05/01/2018
Este é o carrão do prefeito de Ilhota, Érico de Oliveira, PMDB. Este é o exemplo que ele dá aos munícipes: estaciona sobre a calçada e desta vez na Rua Modesto Vargas. Não é a primeira vez que isso acontece. Flagrado em outra situação exposta aqui, ele contou lorotas para arranjar desculpas e se sentir livre das cobranças de que a lei é feita para todos. Érico acaba de criar um cabideiro de empregos, a tal Ditran – Diretoria de Trânsito. Pelo jeito, ela só servirá para fiscalizar e punir os outros, os adversários e empregar amigos, correligionários...
Os políticos e os agentes públicos irresponsáveis, de um modo geral, e em especial os de Gaspar, querem-me transformar num homem de sorte, num palpiteiro dos deuses ou um vidente afamado. Como escrevi aqui, com ampla antecedência de que o vereador Silvio Cleffi, PSC, era o plano B, e assim ele foi eleito no dia 19 de dezembro para presidência da Câmara, para a atual legislatura, os políticos malsucedidos nas suas armações, estratégias e promessas, estão a espalhar, que o meu escrito fora apenas uma arriscada jogada premotinória, própria dos charlatães.
Repito.
Fato um: a política não é coisa para novatos.
Fato dois: a política dos iniciantes manipulados por velhas raposas cobra caro e é a derrocada dos teimosos, mentirosos, incompetentes e dissimulados.
Fato três: com charlatanice ou não é que eu acertei e a fantasia dos políticos de Gaspar foi derrotada mais uma vez para a realidade.
Quem lê esta coluna, por anos afio, sabe que raríssimas vezes, antecipei nomeações ou eleitos. E por dois fatos muito simples que a experiência me ensinou: primeiro porque esta coluna não é essencialmente de informações, mas de observações, investigações e opiniões; e segundo porque, é arriscado dar uma informação feita de especulações ou sabidamente fruto dos jogos dos bastidores de interesses, onde você é simplesmente usado, e com isso, pode expor e perder uma fonte confiável, também usada nesse brutal jogo dos poderosos.
Então não houve nem charlatanice, nem premonição, mas uma antecipação de algo que estava em curso que não se conseguiu estancar ou nem se perceber por quem estava seguro da vitória.
Ao informar os meus leitores e leitoras de que Silvio Cleffi poderia, repito, poderia ser o plano B na Câmara, eu o fiz julgando ser até isso difícil e arriscado de acontecer diante das armações, promessas e circunstâncias; escrevi me arriscando, porque tinha fontes confiáveis dentro de quem manipulava o carteado do poder e não na oposição, a quem não consultei; fiz por uma boa razão: o problema, como se alegava, estaria no comportamento da “noiva” da hora, Franciele Daiane Back, PSDB. Ela não conhecia direito o jogo nas cartas que se viravam contra ela. Franciele, de fato, não cuidava do noivo (o poder), suas promessas e dos amigos dele.
Agora, olhando o passado, a informação recebida e que a tornei pública, bem como os fatos se concretizando na realidade, fica claro que: ou se queria assim, ou subestimou-se o movimento em curso, ou o poder de plantão foi incompetente para se reverter o que estava escrito, não se sabe direito há tempos ou que se instalou de última hora. Há muitas controvérsias e dissimulações que se resolverão com o tempo.
O que mais incomoda os que gravitam no poder de plantão em Gaspar e foram engolidos pelos fatos? É serem relembrados que conspiraram, que foram infiéis, que restam dúvidas ou que foram incapazes. Qualquer escolha lhes coloca como culpados.
Então, para eles, fica fácil de colocar a culpa no Correio [o Cruzeiro do Vale, o mais antigo, o de maior circulação em Gaspar e Ilhota] que trouxe a carta com a má notícia, ou quem a escreveu [eu], e não em quem de fato, verdadeiramente, provocou a má notícia [os do poder de plantão]. Gente esquisita, essa! Preferiram não ouvir os avisos de que isso aconteceria [e de fato aconteceu]; ou não trabalharam para reverter o que se anunciava [e criaram culpados fora do ambiente de culpas].
Resumindo e encerrando. Não tive sorte, não palpitei e nem exerci qualquer ato de mediunidade, pois desconheço completamente esse ofício e tenho justificadas descrenças para quem crê nisso. Agora, se os políticos e o poder de plantão em Gaspar continuarem nessa falta de respeito, posso lhes assegurar que não há boas previsões. Elas são fatídicas. Elas vão repetir o passado, o outro aviso, que tentam escamoteá-lo. Ou não se lembram dos governos de Bernardo Leonardo Spengler, o Nadinho e Adilson Luiz Schmitt, este último em parceria com o PP de hoje?
A vingança é o pior ingrediente do sucesso. Desastrosa ainda quando feita por gente nova, mal orientada e com a mão invisível dos velhos. O jogo está trapaceando as cartas desse baralho. E o pior cego é aquele que se nega a enxergar. Kleber, Luiz Carlos Spengler Filho, PP, Carlos Roberto Pereira, PMDB, estão atrás de culpados para serem vingados. Não vai dar certo, mais uma vez! Acorda, Gaspar!
O mundo que sustenta os políticos com os pesados impostos já está trabalhando duro, faz tempo. Enquanto isso, os políticos estão de férias. Vamos trabalhar até maio para pagar a máquina pública – cheia de privilégios. Ela não funciona, é cara e não retorna em serviços de forma ágil e de qualidade para o cidadão e a cidadã.
A prefeitura de Gaspar está de “plantão”. A vida ao “normal” só na próxima segunda-feira dia 15 de janeiro. A marola começou no dia 21 de dezembro. Antes de prosseguir, devo sublinhar que o prefeito Kleber Edson Wan Dall, PMDB, no primeiro ano terminou com os feriadões lastreados pelos pontos facultativos. Teve gente, e graúda, que demorou para se acostumar. Inclusive entre os comissionados.
A Câmara, terá a primeira sessão só no dia seis de fevereiro. Ela está de ressaca desde o dia 19 de dezembro. Neste ano, pelo menos, não haverá as férias de julho na Câmara. Nela, há assessores parlamentares que armam “férias” no recesso do vereador e as pegam de fato em pleno trabalho do vereador. Ou seja, provam que o vereador não precisa de assessor, pois estão de férias quando ele mais precisa. Feitas as contas podem chegar até a quase 80 dias. Nesta semana, apareceram para trabalhar na Câmara apenas dois assessores dos 13 parlamentares: o de Ciro André Quintino e de Francisco Solano Anhaia, PMDB.
Falando em férias. Este, será um ano de feriadões. Será um ano de eleições. Será um ano de surpresas. Mas, não se sabe se será um ano de mudanças. A votação de outubro seria uma oportunidade ímpar para a limpeza de gente que não respeita os pesados impostos pagos pelos gasparenses, ilhotenses e catarinenses, gente que quando no poder aumentou a inflação, criou milhões de desempregados, gerou uma crise econômica sem fim, deixou os brasileiros morrerem na fila do SUS e ser alvo da bandidagem desenfreada devido a um sistema prisional falido sob todos os aspectos.
Deputados e senadores, dizendo-se nossos representantes e agindo em nosso nome, tiraram bilhões de reais da saúde, educação e segurança para colocar nas eleições de outubro. E estão aí, na maior cara de pau, a pedir a reeleição com o nosso dinheiro feito dos pesados impostos que não retornam em obras essenciais como a duplicação da BR 470. Vergonhoso não para eles, mas para nós que os escolhemos e podemos dar mais uma chance se cairmos nas lábias deles.
Deputados e senadores, macacos velhos, pressionados por uma minoria, mas eleitos por uma maioria que traem desavergonhadamente, negam-se à Reforma da Previdência. Sem a Reforma mantém-se os privilégios para servidores públicos e políticos nas aposentadorias precoces (45/50anos) e com salários integrais milionários (R$20, 30,40 e até mais de 100 mil por mês impossível aos outros trabalhadores). É que 63% dos trabalhadores da inciativa privada – os que pela quantidade verdadeiramente elegem os políticos - só conseguem se aposentar em média aos 66 anos de idade e com apenas um salário mínimo.
Políticos e servidores não querem uma aposentadoria igual para todos. Políticos e servidores querem que os trabalhadores percam as suas pequenas aposentadorias para sustentar as suas milionárias.
Os deputados e senadores também estão de férias, mas só para os eleitores aos quais tramam o bote, a enganação. Estão escondidos, armando conchavos com seus cabos eleitorais – vereadores, suplentes de vereadores, prefeitos, vices, secretários municipais, gente empregada em Florianópolis e em Blumenau na famigerada ADR - para se perpetuarem nas boquinhas, anunciando que serão, mais uma vez, nossos representantes.
De vez enquanto você alguns deles dando entrevista nas rádios, aparecendo nos jornais e portais, como provedores do povo, dizendo que trouxeram uma verbinha para o seu cabo eleitoral dar ao hospital, à escola, ao calçamento da rua, à associação... Disfarces. Estes recursos não são dos políticos, mas da sociedade. E não deveria servir de esmola e trocas, mas da ação continua do político com o seu reduto eleitoral. Acorda, Gaspar!
Com a aprovação do Orçamento de Santa Catarina de 2018, conheceu-se também quanto os deputados estaduais ficaram para distribuir neste ano eleitoral. Todos os deputados tiveram direito a 35 emendas com valores mínimos de R$ 100 mil. No total R$ 5,7 milhões foram destinados a eles.
De forma geral, por não haver o voto distrital puro ou misto, os deputados pulverizaram o investimento entre todas as regiões do Estado. É claro, que preferiram às bases eleitorais e, consequentemente, regiões onde são mais ativos. Ana Paula Lima, PT, Jean Jackson Kuhlmann PSD e Ismael dos Santos – o desaparecido -, ambos do PSD, direcionaram a maior parte das emendas para Blumenau e região, enquanto Serafim Venzon PSDB, focou a região de Brusque, e Milton Hobbus, PSD, o Alto Vale do Itajaí.
Agora a boa notícia e que mostra o quanto Gaspar, que não possui ainda candidato a deputado estadual e que nunca elegeu um – o que chegou mais próximo disso foi Pedro Inácio Bornhausen, PP -, é importante em ano de eleição para os políticos forasteiros. Só em ano de eleição! Na soma dos cinco deputados do Vale, Blumenau será a líder em recursos: R$ 2,5 milhões, seguida por Gaspar com R$ 1,2 milhão e Brusque com R$ 750 mil. E este número de Gaspar vai aumentar, porque aqui estão “pousados”, sabidamente, muitos paraquedistas deputados ou candidatos de outras regiões.
O voto distrital puro ou o misto, diminuiria esta distorção. Valorizaria o deputado da região. Obrigaria ele olhar mais para Gaspar, Ilhota mesmo ele sendo de Blumenau, por exemplo, que possivelmente seria o distrito a ser considerado. Além disso, no voto distrital puro, Gaspar melhoraria, em tese, sensivelmente a consciência do eleitor gasparense e as chances do município ter um representante na Assembleia Legislativa para defender os seus interesses, como por exemplo, o Anel de Contorno, o pagamento das obrigações para com o Hospital etc.
AS VERBAS DO GOVERNO TEMER QUE O PT DE GASPAR USA PARA A PROPAGANDA
Na Câmara, a líder do PT, a ex-vice-prefeita por oito anos e tarimbada vereadora Mariluci Deschamps Rosa, queixa-se, com frequência na Tribuna de que o governo “golpista” de Michel Temer, PMDB, está comprando todo mundo com as tais emendas parlamentares.
Já escrevi, e isso está amplamente desmascarado na mídia, que as tais emendas são constitucionais, obrigatórias e criadas pelos próprios parlamentares para uso político deles, independentes de partido e poder. Elas estão no Orçamento da União. E todos os parlamentares, inclusive os da oposição, têm direito, ganham e distribuem aos seus currais eleitorais. Neles, fazem discursos, como se fossem uma conquista pessoal e usufruem na busca de votos. É do jogo jogado.
Dias desses, o deputado Décio Neri de Lima, presidente do PT de Santa Catarina, fez propaganda com uma verba de R$250 mil para o Instituto Federal de Educação ali no Bela Vista, que só está ali, depois de um acordo entre a Acib, do então Ricardo Stodieck que tinha a preferência total por Blumenau com a Acig, do então Samir Buhatem, intermediado pela ex-senadora Ideli Salvatti, PT, que depois tentou esconder essa história e fazer disso um cavalo de batalha para o seu partido para Gaspar.
Para não passar recibo de ingrata, Mariluci, na Câmara, ao ver a presença do atual presidente Acig, Nelson Küstner, na plateia, a contragosto do seu discurso ufanista, meio que tentou dividir a conquista do Instituto para Gaspar com o PT, que tem outros esquecidos: a Associação de Moradores do Bela Vista. Ela doou a área onde está o IFSC. A associação recebeu originariamente essas terras em doação da então Ceval, hoje Bunge.
Primeiro: esses R$250 mil são bem-vindos e ponto final. Não interessa se vai beneficiar jovens e é um ponto de interesse na alavancagem de um suplente de vereador do partido, cria de Zuchi.
Todavia, esse dinheiro é federal para uma instituição federal. Ou seja, Décio desobrigou o governo Federal, que ele chama de golpista, em R$250 mil naquilo que o próprio governo estava obrigado. E por que? Porque o Instituto, feito de jovens, é um local de resistência eleitoral e política da esquerda e especialmente do PT.
Então, as verbas do governo de Michel Temer, PMDB, por emendas parlamentares obrigatórias, as mesmas combatidas pelo PT, PCdoB, PDT, PSOL, PSB para os votos da aprovação do Teto Constitucional, da Reforma Trabalhista, do travamento dos dois impeachments e na improvável Reforma da Previdência, vão exatamente favorecer e são usados explicitamente na campanha da esquerda e do PT. Nem mais, nem menos. O resto é palanque.
Estranho? Contraditório? Incoerente? Bobagem! É mesmo falta de esclarecimento aos analfabetos, ignorantes, desinformados que são maioria e elegem essa gente. Os fanáticos, dirigentes e militantes, disfarçam, mas eles sabem exatamente o que está acontecendo, fazendo e manipulando. É o jogo jogado.
Segundo: o PT, que elegeu Michel Temer como vice e por isso ele se tornou presidente da República, foi à prefeitura de Gaspar em Dezembro com Décio, sua mulher, a deputada estadual Ana Paula Lima, o assessor de Décio e ex-prefeito aqui por 12 anos, Pedro Celso Zuchi, a sua ex-vice, Mariluci e seus vereadores para anunciar ao prefeito Kleber Edson Wan Dall, PMDB, o vice- Luiz Carlos Spengler Filho, PP e outros, a destinação de R$450 mil da verba do governo do PMDB de Temer, o golpista, ao Hospital de Gaspar.
O Hospital – que ninguém sabe a quem ele pertence - está sob intervenção desde o governo de Zuchi. Só faltava os petistas negarem essa ajuda. Então a verba, da emenda obrigatória de Décio, bem-vinda. Sensacional. Todos juntinhos. E não apenas por uma causa humanitária comum, mas por uma intervenção criada pelo PT. Detalhe: a foto desse encontrou na sala de Kleber, sumiu do site da prefeitura. Hum! Juntos, mas invisíveis.
RESUMINDO
As emendas parlamentares obrigatórias são majoritariamente para a saúde. Décio, que tem direito a elas como todos os outros parlamentares, por conta disso e de seu futuro, Décio não teria muitas alternativas em não alocá-las, mesmo que minimamente, em Gaspar. Décio não iria correr o risco, em plena campanha dele e dos seus, de ser acusado de não ter atendido, por vingança e pirraça, as suas bases só porque é governada pelo PMDB do “golpista” Temer ou do partido que derrotou o PT por aqui nas últimas eleições. Político que pensa no passado, morre. E o PT só usa o passado. Quando se trata de futuro, faz aliança até com o diabo.
E se Décio não direcionasse o que tem direito aqui, como seu assessor e cabo eleitoral, Zuchi, poderia se inflamar nos discursos e alianças na busca de votos para a reeleição de Décio, da mulher dele Ana Paula e outros do campo da esquerda por aqui? Esta é a mesma verba que esteve disponível por exemplo para o deputado Rogério Peninha Mendonça, PMDB, que o PT e os da esquerda do atraso afirmam elas foram ou são usadas para a compra de votos a favor de Temer e para as reformas que “tiram” direitos dos trabalhadores, os quais o PT prefere desempregados, fracos, mendigos do estado que não funciona, não os atende.
Então, a incoerência dos discursos termina quando os fatos são esclarecidos e principalmente, quando a causa comum não é exatamente à sociedade, mas a reeleição, a permanência dos grupos políticos, oligárquicos e até familiares no poder com os seus vícios e dúvidas, os quais renegam às mudanças e o saneamento. É por isso que estão com medo da eleição de outubro do ano que vem, onde a reeleição é algo temido e temerário. No fundo, estão todos juntinhos. Acorda, Gaspar!
Copyright Jornal Cruzeiro do Vale. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita do Jornal Cruzeiro do Vale (contato@cruzeirodovale.com.br).