Por Herculano Domício - Jornal Cruzeiro do Vale

Por Herculano Domício

06/02/2017



A PLACA DA PONTE I
Ria macaco. E principalmente da imprensa de Gaspar – menos desta coluna e por extensão, por causa dela, do jornal e portal Cruzeiro Vale, por favor - e a de Blumenau. Daí a razão da liderança, credibilidade do Cruzeiro, a melhor das premiações. Os políticos, os poderosos e os enganados se contorcem. A imprensa foi feita de boba pelo PT e o governo de Pedro Celso Zuchi por oito anos seguidos. Estou de alma lavada, mais uma vez. E o atestado foi dado no final da semana passada por essa mesma imprensa que rejeitou à realidade. Ela fez agora, manchetes atrasadas admitindo que omitiu o que sempre apontei. Ria macaco. A RBS TV Blumenau veio a Gaspar na sexta-feira para uma coletiva de imprensa convocada pela prefeitura. Era para ouvir do prefeito Kleber Edson Wan Dall, PMDB, de que ele acataria as recomendações do Ministério Público que cuida da Moralidade Pública, sobre a Ponte do Vale: inaugurada sem ela estar pronta. Não vou repetir a ladainha das recomendações que todos já conhecem. Na coluna “Olhando a Maré” da sexta-feira, inclusive, disponibilizei na internet, a mais acessada do portal Cruzeiro do Vale, o documento do MP na íntegra.

A PLACA DA PONTE II
Entre outras recomendações da promotora Chimelly Louise de Resenes Marcon, a que todos os políticos, de todos os partidos e os parceiros poderosos deles nas maracutaias dentro e fora da política combatem e a querem longe daqui, estava a de retirar a placa de “inauguração” da ponte do Vale. Óbvio: inaugurou-se o que não estava pronto e pior, proibido de se inaugurar pela própria lei (e que pelo bom senso e ética nem precisaria ter qualquer lei para esses casos), lei vejam só, foi sancionada pelo próprio Zuchi. Resumindo: tudo de fachada mais uma vez, só para dar exemplo de moralidade e atingir os adversários, fingir-se santo para analfabetos, ignorantes e desinformados. Reino da hipocrisia. Faça o que eu digo, mas não faça o que eu faço. Meu Deus!

A PLACA DA PONTE III
Voltando. No Jornal do Almoço de sexta, a RBS – que já apontei aqui para tantas reportagens realizadas pela metade na proteção ao governo petista de Zuchi e o que é mandado pelo de Blumenau dos deputados Décio Neri de Lima e Ana Paula Lima – revelou – antes de todos da imprensa daqui, ressalte-se -, que a placa de “inauguração” já tinha sido ela retirada de lá da ponte do Vale. Ai, ai, ai. E não foi a prefeitura de Kleber quem fez isso, como recomendou o MP. Todos na atual gestão alegam que nada sabiam daquela “retirada”.

A PLACA DA PONTE IV
Consultado pela RBS, o próprio Zuchi, na maior cara de pau, como se assim pudesse fazer o que fez, disse que foi ele (ou alguém a mando dele) quem a “retirou” de lá, assim, sem comunicar ninguém, como se fosse um roubo de algo público. E qual foi a argumentação dele para a RBS sobre o que fez, ou mandar fazer ou assumiu num arroubo de heroísmo tosco? De que a placa foi feita por sua família, e colocada lá como uma homenagem dela para ele. Como? Essa liberalidade pode? Assinou o crime? Até na hora de sair do governo, o PT e o Zuchi – comandados pelo PT de Blumenau - fizeram uma placa fake (falsa) para as fotos das capas dos jornais, portais, redes sociais, whatsapp e imagens das reportagens das tevês? Mais: depois de zombarem com a cara de todo mundo, vandalizaram o cenário do faz de conta e destruíram parte dele?

A PLACA DA PONTE V
Aqui sempre mostrei que aquelas solenidades feitas pelo PT e o Zuchi, em qualquer lugar de Gaspar, a todo momento, como assinaturas de contratos e convênios, eram em sua maioria montadas. Um espetáculo muito bem calculado e estruturado. Só para gerarem entrevistas sem perguntas (ou com perguntas “combinadas” previamente nos estúdios e alhures); tudo para mascarar ou até esconder os temas problemas da cidade e da gestão petista; para se alicerçarem na autopromoção político eleitoral. Ou seja, fazia-se manchetes apenas com os papelinhos “assinados” de obras que quase nunca saíam do chão ou se atrasavam. O vício era tão grande que os gestos se repetiam nas mesmas obras. Assinaturas, assinaturas, discursos, discursos, entrevistas, entrevistas, manchetes, manchetes. Obra, que é bom, nada.

A PLACA DA PONTE VI
Exemplos? Aos montes. Veja o que acontece com o loteamento das casinhas de Plásticos ali no bairro do Belchior Baixo, com diversos postos de saúde, creches, de várias ruas do tipo Madre Paulina...Quando denunciados ou questionados aqui nesta coluna, vinha o pau puro da administração petista contra este escriba. Zombaria. Descrédito. Perseguição. Processos. Constrangimento. Humilhação. Tentativa de roubar patrimônio particular (com ajuda do PP). Pior do que, neste caso da ponte do Vale, além manipulação da imprensa para as suas comemorações particulares, o PT, Zuchi e os petistas, usaram a família do ex-prefeito Dorval Rodolfo Pamplona e que deu nome à ponte. Ela foi levada de boa-fé a aplaudir a placa, que nem oficial era. Os pamplonas foram feitos de figurantes para descerrar uma placa que a família de Zuchi fez para homenagear o chefe do clã como o “grande construtor” da ponte? E que agora deu sumiço nela? É pracabar! A verdadeira placa de inauguração da ponte até existe, está lá, escondida e não foi usada para a “inauguração”. A imprensa nunca percebeu que ela existia. Minha Nossa Senhora! São Pedro rogai por nós. Em que faculdade essa gente da imprensa se formou? Filhos da pauta, do press release, da preguiça e das coisas extravagantes dos seus amigos da esquerda.

A PLACA DA PONTE VII
Vamos lá. Primeiro inauguraram uma ponte sem as condições de uso; segundo, fizeram uma placa onde o nome do prefeito Pedro Celso Zuchi é até maior do que o PT usou para escrever e homenagear, o ex-prefeito Dorval Rodolfo Pamplona que dá o nome ao ponte; terceiro, pego no contrapé e para descaracterizar o possível crime, o ex-prefeito manda ou ele próprio retira a placa fake (falsa) e particular promocional; quarto, se ela foi colocada num ato oficial, cerimonial, a retirada dela, na calada da noite, não é um ato de vandalismo, um crime contra um bem público? Quinto: Zuchi alega que a família mandou confeccioná-la, mas isso é permitido? Ele não mandava nesse negócio? Não tinha assessoramento? E sobre um bem público? Ou seja, prova-se que com o PT, a mistura do privado, familiar, amigos e do público é algo prático, recorrente e só questionado – e acertadamente - contra os adversários.

A PLACA DA PONTE VIII
Afinal quem pagou a placa que agora foi rotulada de particular e se não houvesse esse quiproquó tudo se encaixaria na normalidade das coisas anormais de Gaspar? A família do ex-prefeito (como ele afirmou à RBS) ou os gasparenses com os seus pesados impostos? Por que a prefeitura de Kleber não esclarece isso de uma vez? Basta olhar os documentos contábeis e ver quanto custou essa placa (e a verdadeira). Ou a administração está tão perdida assim? Até pode, o titular não é do ramo e nem interditou a sua OAB. Para a busca desse documento contábil, não é necessário polícia, afinal Zuchi já esclareceu o sumiço da placa. É público. A materialidade já está caracterizada, mesmo que ele volte atrás por orientação, o que é possível. E para encerrar. Se não bastasse a uma parte da imprensa de Gaspar levar um baile servindo ao ex-prefeito e ao PT, ainda tem a coragem de questionar a ação do MP e quer que a ponte seja entregue com defeitos. Para que? Para ter assunto e assim levantar contra quem a liberou incompleta, livrando logo da responsabilidade gerencial quem a inaugurou pela metade e que fez essa mesma imprensa de boba? Cuidado com a armadilha, Kleber! Acorda, Gaspar!

ENTREVISTA I
Este texto, com algumas correções e atualizações, os leitores e leitoras já passaram o olho na área de comentários da coluna na sexta-feira sob o título “a desastrosa entrevista do prefeito de Gaspar à RBS TV de Blumenau”. Ela provocou reação no paço da Praça Getúlio Vargas. Natural. Estão desacostumados. Mas se corrigir ai são outros 500! Tudo, por enquanto, neste quesito, igual ao antecessor e a maioria dos políticos. Então o governo e o prefeito vão continuar expostos e dependentes de orações. Quem assistiu entrevista do prefeito Kleber sobre a ponte do Vale, no Jornal do Almoço, da RBS TV de Blumenau e está disponível para quem queira, teve a clara impressão que ele está perdido, não domina o assunto e está mal assessorado. Está pisando sobre ovos e parece com medo do PT ou da decisão que deve e tem que tomar. Ora, quem convoca uma entrevista coletiva, deve estar preparado, deve ter em mente o que vai falar, o que vai argumentar, o que vai refutar, o que vai fazer e como provar, o que não vai falar, bem como quem vai culpar.

ENTREVISTA II
Outra: nem sempre é o prefeito quem deve dar a entrevista se ele notoriamente não está preparado, não domina o assunto ou possui dificuldades de comunicação, ou não inspira confiança perante à imprensa ou não domina o ambiente de questionamentos. Estavam com ele na entrevista, o chefe de gabinete Pedro Inácio Bornhausen e o secretário de Planejamento, Alexandre Gevaerd (petista criado por Décio Neri de Lima), já mais tarimbados neste tipo de assunto e pressão. Quem cuida mesmo da comunicação oficial na prefeitura de Gaspar? O PT dava um baile. Pedro Celso Zuchi, zombava num palco limpo e preparado. O PMDB, PP, Kleber e os que mandam nele, tateiam. Inacreditável é ouvir Kleber culpar uma tal burocracia pelas eventuais dificuldades nos resultados pretendidos e prometidos. Nem isso se inovou. Zuchi tinha na ponta da língua a mesma piada como desculpas para os sonhos não realizados. Comunicação é coisa séria. Ainda mais nos dias de hoje. Não é para amigos, amadores, gente mimada ou que usa a função para se posicionar no status. É muito mais do que gerar press release fraquinhos, disponibilizar fotos, pressionar a imprensa para ser mansa porque se está em início de governo, cuidar do site e do facebook. Comunicação é hoje ente de resultados, fator de sucesso e desastre, ainda mais quando se tem um produto sem crédito, o político e partidos políticos manchados em épocas de cobranças profundas da sociedade. Acorda, Gaspar!

A PONTE SEM DATA? I
Começou mal. A prefeitura e o prefeito Kleber quando anunciaram no dia dez de janeiro o fechamento da ponte do Vale para a conclusão das obras, deram prazo para a reabertura: 25 de fevereiro. Fizeram aquilo, ouvindo os técnicos da ponte (que foram lá demonstrar os perigos) e os técnicos da prefeitura. O que aconteceu sexta-feira da semana passada quando perguntados? De que não podem cumprir esse prazo? Ai, ai, ai. É cedo demais para esse tipo de previsão e descumprimento. Logo no primeiro mês? Baseados no que deram o prazo de reabertura da ponte? Na sexta-feira, num estranho jogral, todos disseram que dinheiro não é problema. Ele está aqui. Ora, se dinheiro não é problema, qual o verdadeiro problema que todos se enrolam como documentação, contratos, medições, ajustes de contas etc e tal. Muitos curiosos, amigos e inabilitados...

A PONTE SEM DATA? II
O que de fato existe nisso tudo? Falta de transparência misturada com inexperiência com ares juvenis de arrogância. Montaram uma equipe de amigos. Alguns deles com notória falta de qualificação para o cargo nomeado e desafio que se impõe no cargo e nos dias de hoje. Não foi feita uma transição adequada (mesmo que paralela). Não se prepararam antes das eleições e depois dela, para assumir de fato a prefeitura de Gaspar que se sabia tinha labirintos criados pela má gestão ou a proposital armadilha dos petistas derrotados. Nem mais, nem menos. Sempre escrevi isso aqui. Sempre zombaram. E tentam me acuar até hoje. O tempo é senhor da razão. E chegou cedo demais. Isso é ruim, até mesmo para o jornalismo. E quem paga a conta? O gasparense, mais uma vez. Então qual a diferença entre o PT e o PMDB de Gaspar que sempre pergunto aqui no que toca a gestão antiga, para os amigos, os partidários sem a competência e o mérito, além dos interesses de poucos aninhados no novo poder? A cada dia prova-se que não existe essa diferença. O PT está rindo. Como nos tempos de Adilson. E desta vez antes do esperado. Como veio cedo a reprovação, também há tempo para corrigir o rumo desse barco. Basta o timoneiro querer. Acorda, Gaspar!

A CÂMARA VOLTA
Quase dois meses depois da última sessão deliberativa, a Câmara de vereadores de Gaspar volta. Uns dizem renovada por que dos 13 vereadores que deverão estar na sessão de hoje, 12 o fazem pela primeira vez. Mas quem dá as cartas? Um experimentado e cujos vícios já apontei na coluna de sexta-feira. Entre outras coisas, Ciro André Quintino, PMDB, mandou comprar frigobares para todos os gabinetes vereadores e nenhum deles recusou o mimo. A notícia repercutiu muito nas redes. E teve gente, que aqui saiu em defesa da ideia, como Luiz César Hening. Escreveu-me ele: “quanto aos frigobares continuo sendo a favor sim, pois na minha visão, eles serão utilizados para conforto da comunidade quando for visitar e cobrar seu vereador. Apenas temos visões diferentes”. Sim temos visões diferentes sobre um mesmo tema. E eu a respeito, mas discordo.

A SEDE DO POVO I
Luiz. Essa visão que temos de que os políticos são os nossos senhores, desculpe-me, é atrasada. Eles são nossos representantes. Eles pediram votos para estarem lá. E quando pediram votos deram com o dinheiro do bolso deles, água, refrigerantes, cervejas, churrascos e usaram a geladeira deles. Por que agora eles não fazem a mesma coisa, já que estão sendo remunerados por nós? Esse suposto conforto a que você se refere, é pago por todos nós. Quando pediram votos, as excelências estiveram nas nossas casas. Por que agora os vereadores eleitos, deverão esperar os eleitores nos gabinetes deles implorando por uma audiência, agora com água gelada para melhor serem enrolados? A história se repete. Político se elege e logo vira um Rodrigo Bórgia, o indecente Papa Alexandre VI, onde para ser poder, tudo é válido. Em Itajaí, por exemplo, discute-se não remunerar o vereador enquanto ele não trabalha. Ou seja, tomou posse no dia primeiro de janeiro e só amanhã, dia sete de fevereiro, vai trabalhar de verdade pelo povo, quando há sessão deliberativa. Mas, sobre isso, nem um pio do presidente, dos demais vereadores, do povo de Gaspar.

A SEDE DO POVO II
Quer mais Luiz? O rosário tem três terços. É longo. Enfadonho. Político não tem paciência para uma dezena sequer. Até hoje, o presidente Ciro, nenhum vereador ou apoiadores deles falaram sobre as férias de 45 dias (e que na ponte do lápis é muito mais) das suas excelências, nem sobre as espertezas das férias dos assessores quando os vereadores estão trabalhando e que diz “trabalha” quando os vereadores estão de férias... E aqui em Gaspar, apesar da legislatura ter sido instalada no dia primeiro de janeiro, houve mais do suficiente tempo para se confeccionar uma pauta para a sessão. Entretanto, o trabalho na Câmara durante esse período foi tanto, que ela só foi disponibilizada ontem ao final da tarde.

A SEDE DO POVO III
Luiz: a maioria dos vereadores em Gaspar e em outros lugares (pois é regra) subverte a ordem naturais das coisas. Depois de eleito, vira um nababo, uma “autoridade” e não um servidor dos eleitores. Para se eleger correr atrás dos eleitores. Eleitos, esperam que os eleitores correm atrás deles; Distancia-se e vai para o seu gabinete de ar refrigerado (Franciele Back, PSDB, ao menos diz que vai fazer reuniões itinerantes para o seu eleitorado), com frigobar, com água que ele diz ela servir para o atendimento público, mas que na verdade serve essencialmente os seus. É só olhar quantos e quem aparece no gabinete do vereador e se beneficia das suas mordomias, todas pagas pelos pesados impostos de todos os munícipes. Mudar o horário para o povo frequentar a Câmara? Aí são outros quinhentos. A proposta de resolução já existe e pode ser emendada até o dia 22, mas ela é fruto, mais uma vez, da esperteza, do oportunismo de quem até dezembro de 2016 não queria que assim fosse... O povo realmente está com sede, mas não é exatamente de água gelada, se o mais longevo vereador José Hilário Melato, PP, não falhar na presidência do Samae e não deixar a cidade sem o líquido potável! Um isopor, comprado com o salário do próprio vereador, cairia bem. Acorda, Gaspar!

TRAPICHE


A prova da decadência moral, ética e de princípios do PT – onde qualquer meio é válido para os fins - e daquele de Blumenau que manda no de Gaspar, estampou-se no velório de Marisa Letícia Lula da Silva, no último sábado.

Um ato de dor familiar se transformou num, em local apropriado a sede de um sindicato, comício para fazer do partido enlameado e de Lula, vítimas cujos “algozes” entre eles a Justiça, os investigadores, a imprensa investigativa e o Ministério Público, devem ser vingados – a qualquer custo - pelos seus eleitores, simpatizantes e fanáticos, reconduzindo-o ao poder quem destruiu o país quando esteve neste mesmo poder.

O “ato religioso” de pregação política foi oficiado por Dom Angélico Bernardino, bispo emérito de Blumenau (o inspirador vingativo dessa gente daqui, que já se foi embora depois de dividir a cidade e o bispado de sua influência no Vale do Itajaí).

O primeiro bispo de Blumenau e que fez estragos nas paróquias daqui de Gaspar – e o Gilberto Schmitt que o diga com a sua Santa Clara -, segundo o colunista Reinaldo Azevedo, de Veja, é conhecido como padre de passeata. No velório, de branco, bordado em azul no lado esquerdo peito: Jesus. Mariza, a imolada, de vermelho, no caixão fúnebre.

Pois bem. O padre ao invés de encomendar o corpo e exaltar a alma, tornou Marisa tornou intencionalmente uma mártir. Tudo para ressuscitar o moribundo, o pecador e algoz dos trabalhadores e dos brasileiros, o PT e seu líder sem caráter, o marido da morta.

Aí, o bispo Angélico (angélico?) renegou a liturgia fúnebre e o livro de salmos, tomou conta do palanque. Ele deu início ao seu comício calhorda, transmitido ao vivo pelas mídias alternativas, substituindo as rezas e a expiação. Mais uma vez o profano prevaleceu sobre o dito sagrado e a fé. Ocasião.

O espetáculo de sábado apenas ratificou mancha que paira sobre os católicos brasileiros fé, os engolidos pela Teologia da Libertação, a que esconde bem os vícios de poder dos Borgias do século 14 e de triste memória para os cristãos dos séculos 20 e 21.

Um vandalismo aos princípios morais da pregação Jesus, da fé e princípios cristãos sempre perpetuado pelos poderosos de plantão. Para esse caso dos Bórgias, contra essas espertezas da fé e poder, levantou-se a Reforma Evangélica, com Martim Luthero, a qual neste ano em outubro faz 500 anos.

“A Marisa Letícia foi uma guerreira na luta a favor da classe trabalhadora. Atentem para as reformas trabalhistas que sejam contra os trabalhadores; a reforma da Previdência, contra pobres e assalariados. É preciso que estejamos atentos”, observou Dom Angélico.

“Homilia” feita na medida para analfabetos, ignorantes e desinformados, públicos prediletos de políticos e de pregadores religiosos que usam a religião para dar fundo a ideologia de esquerda. “Homilia” apropriada para os interesses ao poder de um sindicato, sem discurso fundamentado para as suas ideias do atraso, local do comício.

A reforma da Previdência – como está proposta - vai pegar em cheio os abastados, os estáveis, os servidores públicos de altos vencimentos, cheios de regalias, que se aposentam cedo, com salários integrais polpudos que podem chegar até a R$100 mil, incluindo seus penduricalhos, tudo pago pelos trabalhadores da iniciativa privada, privados desta possibilidade e que os leva aposentar-se em média com pouco mais de um salário mínimo.

A reforma da Previdência – como está proposta - vai contrariar uma categoria superprotegida por sindicatos conduzidos pela CUT e todos aparelhados pelo PT, todos sob às bençãos pela Igreja Católica, a mesma que até em enterros, usa Jesus para falsamente defender os pobres, pois de verdade, defende os privilégios dos ricos, quase todos ateus e se não são, por moda e afirmação, fazem questão de declarar que são. Tenha piedade de nós.

Do leitor Roberto Sombrio: “o sucesso do BBB mostra o tamanho da imbecilidade do povo brasileiro. A imbecilidade segue em todas as ações como jogar fora um cão que foi um dia animal de estimação. Atitude vil que mostra bem a cara do brasileiro ‘pé de chinelo’”.

“Imbecilidade maior ainda é da prefeitura e dos políticos, que por lei não cria um centro de zoonoses para acolher animais descartados. Sabem muito é acolher cupinchas para lhes afagar os ombros”.

Sombrio sabe o que escreve. Tem gente que enche o facebook de cachorros e outros animais para dar lições que não as possui ou pratica, atrair incautos e pedir votos para gente devota por animais, mas que os livra nas esquinas das vidas, sem dó, sem piedade, a quem chamou como amigo, que postou fotos, vídeos e outros quetais nas redes. Falso.

Gente que quando no poder não foi capaz não apenas de construir um centro de zoonoses, mas também incapaz de propor uma política pública para conscientização, controle, vacinação e castração. Até mesmo os abrigos particulares ficaram ao relento e dependentes de esmolas.

Imbecil é quem dá bola para gente assim, que usa sentimentos ao sabor dos interesses pessoais, comunitários e políticos partidários.

Ilhota em chamas I -Dedo do prefeito Érico de Oliveira, PMDB.A Câmara de Ilhota, o presidente Francisco Domingos, PMDB, nomeou Amanda Cristina Maschio, para o cargo de Assessora Jurídica. Este cargo foi exercido até o ano passado pelo advogado gasparense Aurélio Marcos de Souza.

Ilhota em chamas II – Sem publicidade oficial. Será que procedimentos e atos tiveram validade? Só no início de janeiro no Diário Oficial dos Municípios – aquele que se esconde na internet e não tem horário para sair – publicou o Regimento Interno da Câmara de Ilhota.

Ilhota chamas III -Sabe quando ele foi aprovado? Em 11 de dezembro de 2012. Quem eram os vereadores? Luiz Peixe, Rogênio Luiz Lavino, Miguel Nunes, Ricardo Alexandre Freitas, José Antônio Lessa, Ilário Pelz, Vanildo Reichert, Carlos Henrique e Roberto Prebianca.

Ilhota em chamas IV - Quando entrou em vigor? No dia 28 de dezembro de 2012. Ele revogou as disposições da Resolução de 11/12/1990.

Ilhota em chamas V – O prefeito Érico de Oliveira, PMDB, depois de ensaiar cortar ou restringir o transporte dos universitários de Ilhota para Itajaí, Balneário Camboriú, Blumenau e Indaial, voltou atrás.

Ilhota em chamas VI – E por que o prefeito voltou atrás? Primeiro porque foi falsa a sua afirmação de que a prefeitura estava sem dinheiro. Se há dinheiro para aumentar as diárias e contratar secretários – inclusive de fora de Ilhota – há dinheiro para enviar estudantes a outras paragens para melhorar o nível de conhecimento do município.

Ilhota em chamas VII – Mas, o que pesou foi o que disse na campanha e quis esquecer depois de ganhar a eleição. Não só prometeu esse serviço, mas ampliá-lo. Foi cobrado das promessas pelos eleitores. E diante da maré de azar que estava acometido, percebeu que o melhor era não já mexer já neste abelheiro.

Ilhota em chamas VIII – Já escrevi aqui. O prefeito Érico não está obrigado a dar ônibus de graça para os estudantes universitários de Ilhota como pensam alguns. A obrigação dele é com a creche e o ensino do primeiro a nono ano. Nada mais.

Como registrou o proprietário e editor do jornal Cruzeiro do Vale, Gilberto Schmitt, na sua coluna Chumbo, de sexta-feira, “Pela quantidade de requerimentos e indicações que os vereadores estão dando entrada, essa primeira sessão vai levar, no mínimo, umas cinco horas. Tomara que todos saiam do papel! E tomara que toda essa empolgação de início de mandato dure nos próximos quatro anos”.

Realmente está acima da média. Mas considerando que são 12 novos vereadores e que muitas delas vêm das promessas da campanha eleitoral na busca dos votos para se elegerem e que há quase dois meses não é feita uma sessão para apresentar esses pedidos, tudo se acumulou e na média, é pouco. Outra trabalhar cinco horas por semana é muito pouco. Um trabalhador que paga os vereadores, se está empregado, trabalha em média 44 horas.

Agora fazer requerimento para o prefeito é fácil, e como registrou Gilberto, o difícil é ele sair do papel. Até ontem a metade da tarde quando disponibilizei a coluna para a edição no portal Cruzeiro do Vale, estavam registrados uma moção (sim, já tem moção), três requerimentos e 45 indicações. Havia uma tendência em aumentá-los para a sessão de hoje.

A primeira indicação foi do presidente da Casa, Ciro André Quintino, PMDB, o único reeleito que estará na sessão de hoje. O que ele pede ao prefeito? O óbvio. Pura perda de tempo até pelo genérico do pedido.

“Providenciar a pintura das faixas de travessia e adequação da sinalização de trânsito nas proximidades dos educandários do município, tendo em vista a volta às aulas no mês de fevereiro”. Ai, ai, ai.

Mas há coisas diferenciadas, além dos tradicionais pedidos de roçadas, limpeza de bueiros, melhorias ou colocação de abrigos em pontos de ônibus, asfalto nega maluca, sinalização, lombadas, trevos alemães, pinturas de faixas, melhoria de iluminação, denominação de ruas, implantação de calçadas (que é obrigação dos proprietários de terrenos e não da prefeitura) ou academias ao ar livre. Eles dominam 80% desse tipo de indicação.

Entre as diferenciadas está a construção de uma Casa Mortuária, no Barracão, pedida pelo próprio Ciro, a implantação de posto para emissão de documentos no Distrito do Belchior, pedida por Franciele Daine Back, PSDB.

Mas o vereador Francisco Solano Anhaia, PMDB, ousou um pouco mais. Pediu uma rampa de lanchas debaixo da ponte do Vale para a Margem Esquerda(?); que o terreno de Arno Goedert na cabeceira da ponte (que se inviabilizou para construções devido as proteções da margem do ribeirão) que une as ruas Aristiliano Ramos e Nereu Ramos seja desapropriado para melhorar o acesso à Avenida das Comunidades; e que o embarque e desembarque dos estudantes do Colégio Madre Francisca Lampel, não de se dê pela rua São José, mas pela Carlos Wehmuth.

Já o primeiro requerimento foi de Franciele. Ela pediu à mesa, e vai à votação, a realização de uma sessão itinerante da Câmara na Sociedade Harmonia, no Distrito do Belchior, no dia 10 de agosto, às sete horas da noite.

A primeira moção, e de aplausos, registrada nesta legislatura foi do Ciro. É para as Linhas Círculo. É que dia no dia 23 de janeiro de 1938 ela começou a operar em Gaspar. Neste ano completou 79 anos.

 

Edição 1787

Comentários

Herculano
09/02/2017 17:00
ELE É EVANGÉLICO. PREGA UMA MORAL QUE CORROMPE SE NA ÉTICA PÚBLICA.RELIGIOSO NO PODER SEMPRE ME LEMBRA OS BORGIAS. EM NOME DO DIVINO TUDO É POSSÍVEL.MINISTRO DO STF SUSPENDE NOMEAÇÃO DO FILHO DE CRIVELLA PARA A CASA CIVIL DO RIO DE JANEIRO

Conteúdo do jornal O Estado de S. Paulo. Texto do Uol (Folha de S. Paulo).O ministro Marco Aurélio Mello, do STF (Supremo Tribunal Federal), suspendeu nesta quinta-feira (9) a nomeação do filho do prefeito do Rio para o cargo de secretário da Casa Civil do município. Marcelo Hodge Crivella foi nomeado secretário pelo próprio pai, Marcelo Bezerra Crivella, no dia 1º de fevereiro.

Marco Aurélio atendeu a um pedido feito por um advogado que alegou haver "clara afronta ao Princípio da Moralidade insculpido na Constituição Federal" e que disse ser um caso de nepotismo.

"O gesto do prefeito é um claro exemplo de nepotismo, que contraria a súmula vinculante n. 13 diante da nova discussão que se abriu no Supremo Tribunal Federal sobre o assunto, e ainda autonomamente constituindo-se em afronta aos Princípios Republicano, da Moralidade Pública e da Impessoalidade", disse o advogado Victor Travancas na reclamação constitucional.

Para justificar o pedido de liminar, o advogado alegou que "caso haja exercício do cargo público pelo filho do prefeito e os seus atos sejam nulos, a demora da decisão poderá acarretar prejuízos irreparáveis a municipalidade".

O ministro Marco Aurélio acatou o pedido. "Defiro a liminar para suspender a eficácia do Decreto P nº 483, de 1º de fevereiro de 2017, do Prefeito do Município do Rio de Janeiro", diz o resumo da decisão do ministro.
Sidnei Luis Reinert
09/02/2017 12:20
Cérebros da corrupção apostam na salvação


Edição do Alerta Total ?" www.alertatotal.net
Por Jorge Serrão - serrao@alertatotal.net

Sustentáculo do poder federal, direta ou indiretamente, desde 1985, patrocinando aquela Nova República que já nasceu esclerosada pelo aneurisma da corrupção, o PMDB comprova que consegue ser tão ruim ou pior que o PT ?" o partido que desmoralizou a honradez. Faz nenhuma diferença se Michel Temer é comandante ou se apenas finge ser refém do partido ultracorrupto. O Brasil se desintegra, consolidando-se como País subdesenvolvido e dependente do modelo rentista explorador. Seguimos comandados por cérebros da corrupção.

O noticiário dá nojo. Assusta a repetição de erros e sacanagens, sem punição ou correção de rumos. Todos sentem os efeitos da combinação entre má gestão da coisa pública, corrupção sistêmica, explosão de violência e crise econômica. Já ficou claro que o inimigo é o sistema. Neutralizá-lo parece impossível. A maioria das pessoas apenas reclama. Não consegue reagir, nem trabalhar a favor de soluções concretas para o problema. Revoltas, quando ocorrem, alimentam a barbárie e beneficiam os infratores que seguem governando.

A verdadeira crise é estrutural. O Brasil faliu moralmente. A Nação não tem rumo. A União parece soviética: centralizadora, mentirosa e corrupta. A Federação é uma ilusão, com estados e municípios dependentes de Brasília. O Presidente, os governadores e os prefeitos são fantoches. Atuam como reféns ou parceiros da organização criminosa. Alguns até são apanhados no tsunami moralizador. Mas a maioria segue desgovernando até a próxima eleição, quando será escolhido outro corrupto para operar o sistema.

O jogo fica cada vez mais bruto. O povão, mais puto. A simples bronca, no entanto, nada resolve. É mera ferramenta de otário. O impasse alimenta as crises. A incapacidade de reação é uma constante. Quem consegue pensar não consegue adesões suficientes para agir no sentido das mudanças estruturais. Mas o cérebros da corrupção ?" mesmo quando afetados por pressão altíssima que provoca aneurismas mortais ?" seguem apostando na salvação. Eles têm muito dinheiro (roubado) acumulado para isto. Quem não tem segue escravizado, pagando as contas ?" quando dá para fazer isto.

Assim segue o Brasil. A Revolução brasileira está em andamento. Mas sua velocidade nem sempre é proporcional à necessidade urgente de sobrevivência da maioria das pessoas. Os bandidos profissionais só precisam tomar cuidado porque as detonações de mudanças históricas ocorrem quando alguém aperta o botão "foda-se", e muitos outros resolvem fazer o mesmo...
Eleuteria Perez
09/02/2017 11:46
Sr Herculano

Vazou a seguinte noticia; prefeito Kleber chama Jose Hilario Melato no gabinete, entre outras, quer devolver o 4? - 4 Suxucky por que tem cheiro de PT.
Mas em troca quer um suvam CRV da Honda flex também 4x4.
Como senhor disse, PMDB é igualzinho ao PT.
O lasqueira. A sorte que o Samae não tem verba nem pra comprar canos.
Sidnei Luis Reinert
09/02/2017 06:38
Cai mais uma falácia da bancada de esquerda do crime:

Em vídeo, o ministro da Justiça de Lula: "O desarmamento não pretende tirar arma de bandido"
Com toda essa onda de violência no Espírito Santo, voltou-se a discutir o Estatuto do Desarmamento, que, ignorando o resultado do referendo de 2005, tornou praticamente impossível ao cidadão brasileiro ter acesso legal a uma arma.

O assunto é espinhoso e é sempre contrariado pela imprensa, que alega que os homicídios teriam "crescido menos" após o desarmamento. Da parte da população, resta sempre a crítica de que tal medida era inócua, só atingia pessoas honestas.



No vídeo abaixo, Márcio Thomaz Bastos, ministro da Justiça do governo Lula, deixa bem claro: a campanha pelo desarmamento não visava a retirar armas dos bandidos, mas apenas evitar acidentes.

http://www.implicante.org/acervo/em-video-ministro-da-justica-do-governo-lula-confessava-que-o-desarmamento-nao-tiraria-arma-dos-bandidos/?utm_content=bufferdf5a6&utm_medium=social&utm_source=facebook.com&utm_campaign=buffer
Herculano
09/02/2017 06:01
da série: a mesma imprensa que avaliza o discurso da esquerda do atraso contra a Polícia Militar é a que se diz horrorizada com o que acontece nas matanças nas prisões, o domínio dos bandidos no Espírito Santo onde a imprensa não vai cobrir e prefere fotos e vídeos de comuns. Ao mesmo tempo, a Polícia Militar dá argumentos para a esquerda tosca.

A NOVA GUERRA DO ALEMÃO, por Marco Aurélio Canônico, para o jornal Folha de S. Paulo. Quase ninguém de fora está vendo ou noticiando, mas o Complexo do Alemão está em guerra novamente. Desde a última quinta (2), seguidas operações policiais ?"que o comando da PM trata oficialmente como "incursões de rotina"?" vêm resultando em tiroteios que infernizam a vida dos moradores.

Fotos, vídeos e relatos divulgados nas redes sociais descrevem como tem sido viver em área conflagrada. As balas começam a voar desde cedo, quando trabalhadores e crianças estão saindo de casa. Não raro a troca de tiros se estende por muitas horas, ininterruptamente. As imagens de imóveis completamente perfurados são a evidência medonha disso. Parece Aleppo, mas é o Rio.

Dono de um dos piores IDHs da cidade, mesmo em comparação com outras favelas, o complexo sedia oito Unidades de Polícia Pacificadora, que há muito tempo perderam o controle do território. Pior, os comandantes das UPPs parecem ter perdido também o controle sobre seus homens.

Multiplicam-se na internet denúncias de abusos cometidos por policiais. Segundo os moradores, eles invadem casas para usá-las como esconderijo, ponto de observação e base para troca de tiros com os criminosos. Há fotos para comprovar.

Relatos de "esculachos" e mesmo de crimes mais graves também tornaram-se comuns. Numa cidade em que a Justiça já autorizou, em novembro passado, a excrecência de um mandado de busca e apreensão coletivo em favela, os PMs sentem-se à vontade para agir sem freios.

O pior é que o Alemão já viu esse cenário, e ele termina em tragédia. Em 2007, 19 moradores do complexo foram mortos em uma dessas megaoperações policiais. A maioria das vítimas não tinha relação com o tráfico e foi executada de modo sumário e arbitrário. Quão pouco evoluímos em uma década.
Herculano
09/02/2017 05:45
O BOM RESULTADO DA RECEITA DE JANEIRO, por Ribamar Oliveira, no jornal Valor Econômico

Além da inflação baixa em janeiro, o governo tem mais motivos para comemorar. No mês passado, a arrecadação de tributos federais administrados pela Receita Federal (excluída a contribuição previdenciária) registrou uma alta real de mais de 1%, na comparação com janeiro de 2016, de acordo com os dados preliminares extraídos do Siafi, o sistema eletrônico que contabiliza todas as receitas e despesas da União.

Se não for considerado o resultado de Outubro passado, quando houve uma arrecadação extra de R$46,8 bilhões por conta da lei que regularizou os ativos mantidos ilegalmente por brasileiros no exterior, este é o primeiro aumento real da receita desde março de 2015. Em outubro, por causa da "repatriação" de recursos, o aumento real foi de 36,71%
Herculano
09/02/2017 05:35
PRINCIPAL PROBLEMA DE EDUARDO CUNHA É AMORALIDADE, NÃO O ANEURISMA CEREBRAL, por Josias de Souza

A plateia já se vacinou contra as espertezas de Eduardo Cunha. Mas o personagem às vezes lança no ar um germe desconhecido, imune à prevenção. No seu primeiro depoimento ao juiz Sergio Moro, Cunha desafiou todas as imunidades com a história de que carrega no cérebro um aneurisma igual ao que matou a mulher de Lula, Marisa Letícia.

Nada no longo histórico de manobras de Eduardo Cunha vacinara o brasileiro contra isso: o rei da frieza recorrendo a um apelo emocional! Nada poderia ser mais inesperado. Estrela da Lava Jato, o ex-deputado comportou-se como um criminoso de anedota ?"do tipo que que, depois de matar pai e mãe, pede na audiência com o juiz piedade para um pobre órfão. Cunha usou o aneurisma para sair da cadeia.

Em 21 de dezembro do ano passado, Cunha já havia mencionado o aneurisma numa conversa com médicos da penitenciária onde está hospedado. Instados a encaminhar documentos que comprovassem a doença, familiares e advogados do preso deram de ombros. Nesta quarta-feira, convidado a realizar exames na cadeia, Cunha se recusou. Horas depois, seus defensores anexaram ao processo o papelório com o diagnóstico.

"Atesto que o senhor Eduardo Consentino da Cunha é portador de aneurisma intracraniano, localizado na artéria cerebral média esquerda, diagnosticado em julho de 2015, por angioressonância e angiotomografia", anota, por exemplo, atestado emitido pelo médico Paulo Niemeyer Filho. "Na ocasião, recomendei ao paciente tratamento cirúrgico."

Pois bem, supondo-se que haja sob a cabeleira rala de Eduardo Cunha uma artéria com dilatação inusual e permanente, cabe a pergunta: E daí? O que levou Eduardo Cunha a se transformar num corrupto de mostruário foi sua amoralidade congênita, não o aneurisma cerebral. O inchaço da artéria pode ser tratado ou até eliminado por meio de cirurgia. A ausência de moral é incurável. Contra ela, o melhor remédio é mesma a cadeia.

A direção do Departamento Penitenciário do Estado do Paraná assegura que a cadeia que abriga Cunha está equipada para prestar ao preso toda a assistência de que precisa. Assim, não resta senão tratar o personagem com o rigor e o respeito que qualquer outro preso merece.

Prestes a espetar em sua biografia a primeira sentença condenatória rubricada por Sergio Moro, Cunha parece ter perdido a oportunidade de uma delação. Talvez possa tentar uma redução de pena invocando a tese de que deve ao meio em que vive sua formação como corrupto.

Se teve tanto sucesso em fazer fortuna às margens do Estado sem ser molestado, foi porque teve o estímulo e a cumplicidade do sistema político que nos desgoverna. Seus advogados podem tentar convencer o doutor Moro de que o Brasil deve sentir remorso de tudo o que fez com seu cliente e se apiedar dele. O risco é o juiz concluir que, depois de tanta impunidade, o único tratamento adequado seria uma cana longeva.

Não vai curar a amoralidade do preso. Mas pelo menos pode atenuar a revolta que o brasileiro sente toda vez que a Receita Federal lhe arranca o coro, chamando-o de "contribuinte".
Herculano
09/02/2017 05:28
A TECNOLOGIA MATA MESMO OS EMPREGOS?, por Roberto Dias, para o jornal Folha de S. Paulo

O paulistano que chega à catraca do ônibus com dinheiro na mão corre o risco de pregar um susto involuntário no cobrador. Fazê-lo trabalhar na era do Bilhete Único expõe ainda mais a obsolescência da profissão ?"só 6% das viagens envolvem cédulas e moedas.

Apesar da obviedade, sucessivas administrações fracassaram em acabar com a função. Como mostrou a Folha, a atual gestão faz novo ensaio, com uma transição: as viagens em dinheiro ficariam mais caras.

Os cerca de 20 mil cobradores de São Paulo representam 10% do custo do sistema. Mais dia, menos dia, perderão o emprego. As corporações podem até retardar, mas não barrar o avanço tecnológico. Isso é ruim?

Para quem fica sem trabalho, claro que sim. Mas a tecnologia não é necessariamente esse ceifador de empregos que tanta gente pinta.

Fez barulho um trabalho da consultoria Deloitte que defendeu o contrário. Ao olhar mais de um século de dados de emprego na Inglaterra, os autores concluíram que "a tendência de contração do emprego na agricultura e na manufatura tem sido superada pelo rápido crescimento nos setores de cuidados médicos, economia criativa, tecnologia e negócios". Nessa transição, as máquinas assumem só as tarefas mais repetitivas.

A variável chave dessa troca é a educação, capaz de reverter a resultante da força tecnológica, evitando que ela impulsione o desemprego e a desigualdade. Por trabalhoso, esse aspecto acaba frequentemente sublimado no debate.

Um exemplo: apenas alguém preparado pode se valer da explosão das ferramentas de produção e transmissão de fotos e vídeos para criar um negócio. Mas esse conhecimento técnico não era pré-requisito para o despertador humano, sujeito que, antes da disseminação do aparelho, ia de casa em casa cutucando as pessoas pela janela para acordá-las. Hoje nem nos piores pesadelos alguém deve sentir falta desse profissional.
Herculano
09/02/2017 05:25
CONSUMIDOR DE ENERGIA É VITIMA DE NOVO GOLPE, por Cláudio Humberto, na coluna que publicou hoje nos jornais brasileiros

Outra vez, a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) age em defesa das empresas e contra os consumidores. A ineficiência das termelétricas e a incapacidade da Aneel fizeram o consumidor pagar R$1,6 bilhão a mais nas contas de luz, entre 2010 e 2015. Mas a Aneel decidiu que o dinheiro cobrado a mais não será devolvido. Afano idêntico ocorreu de 2002 a 2009: o brasileiro pagou R$7 bilhões a mais na conta de luz, mas a Aneel dispensou as empresas da devolução.

ORIGEM DO AFANO
O afano anterior começou na definição do reajuste na conta de luz em 2002, dividindo-se as despesas do setor pelo número de consumidores.

'ESQUECIMENTO' FATAL
O número de consumidores aumentou ao longo dos anos, assim como a receita, mas a Aneel "esqueceu" de atualizar o cálculos.

CUSTOU-NOS CARO
O "esquecimento" rendeu R$7 bilhões às distribuidoras de energia. A Aneel, sempre boazinha com empresas, dispensou-as da devolução.

QUEM ERA PIOR?
Deu em nada a CPI criada na Câmara para apurar o afano de 2009: ficou difícil de saber quem era pior, investigados ou investigadores.

HARTUNG DEVERIA EXPULSAR OS AMOTINADOS DA PM
O governador do Espírito Santo, Paulo Hartung, deveria ser tão duro nos atos quanto nas palavras contra o motim covarde de policiais militares, e observar exemplo históricos. Como o do então governador do Ceará Tasso Jereissati (PSDB), hoje senador, que decidiu expulsar em 1997 todos os policiais que ameaçavam greve, convocar conscritos do Exército e abrir novo concurso. Santo remédio: o motim foi desfeito.

MANDOU BEM
Paulo Hartung utilizou as expressões adequadas para definir o motim de PMs: chantagem, população sequestrada, pedido de resgate.

NÃO HONRAM A FARDA
Expulsão coletiva é remédio doloroso, e certamente necessário, para PMs que desrespeitam o dever constitucional de proteger a sociedade.

FIM DA CONFIANÇA
O governo e o povo capixabas já não confiam em policiais que lhes deram as costas, escondendo-se debaixo das saias das suas mulheres

LEGADO INFELIZ
O ex-presidente do Senado apoiou o desarmamento e o endurecimento da lei do porte de arma. No Espírito Santo, a população desarmada se esconde em casa sem ter como se defender de bandidos armados.

POLÍCIA CENOGRÁFICA
O ministro interino da Justiça, José Levi, autorizou mais 100 homens da Força Nacional (ou "Farsa Nacional") para o Espírito Santo, juntando-se aos 200 PMs já enviados. Não é nada, não é nada, não é nada mesmo: o contigente da Polícia Militar do ES amotinada soma 11.000 homens.

UM ESPECIALISTA
O senador Pedro Chaves (PSC-MS) é cotado para presidir a Comissão de Educação do Senado. Especialista, foi ele quem incluiu Artes e Educação Física no currículo básico na reforma do ensino médio.

ACLAMAÇÃO
Fernando Collor (PTC-AL) volta a presidir a Comissão de Relações Exteriores do Senado quase por aclamação. A pasmaceira recente contrastou com sua marcante atuação por duas vezes à frente da CRE.

AJUDOU MUITO
Contribuiu ?" e muito ?" para a eleição de Edison Lobão no comando da Comissão de Constituição e Justiça o arquivamento de investigações contra ele, na Lava Jato, a pedido do Procurador-Geral, Rodrigo Janot.

MOURA FICA
André Moura (PSC-SE) deve manter-se Líder do Governo na Câmara, cargo pretendido por Osmar Serraglio (PMDB-PR). O "centrão" deve ficar com a liderança para evitar "poder demais" para Rodrigo Maia.

DEBOCHE NA CÂMARA
No protesto de ontem, policiais não tiveram dificuldade para invadir as dependências da Câmara. A tal Polícia Legislativa, acuada, virou piada entre servidores. "Só são machos contra a CUT", ironizavam.

APERTO NELES
Abaixo-assinado no site Change.org já tem mais de 257 mil assinaturas pedindo um projeto de lei que obrigue todos os políticos brasileiros a se aposentarem ?" exclusivamente ?" pelo INSS.

PERGUNTA NA LEI
O que é pior: policial que não recebe e não trabalha ou bandido que ganha para não parar de "trabalhar"?
Herculano
09/02/2017 05:18
A URGÊNCIA DOS DEPUTADOS CATARINENSES

Da bancada de 16 deputados Federais, nove estavam presente à sessão e todos votaram a favor para aprovar na terça-feira o pedido de tramitação em regime de urgência de um projeto de lei que confronta uma resolução do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e reduz a previsão de punições a partidos políticos, envolvendo prestação de contas.

São eles:

Celso Maldaner, Edinho Bez, Rogério Peninha Mendonça, Ronaldo Benedet, Valdir Colatto, todos do PMDB; Esperidião Amim Helou Filho, PP;Carmem Zanoto, PPS, João Paulo Kleinubing, PSD, Pedro Uczai e Décio Neri de Lima, ambos do PT
Herculano
09/02/2017 04:58
A IMPRENSA PROFISSIONAL E INVESTIGATIVA É UM "PROBLEMA" PARA OS POLÍTICOS E OUTRAS INSTITUIÇÕES QUE GOSTAM DO ESCURINHO PARA "REINAREM" A FAVOR DOS PODEROSOS NO PODER E CONTRA A SOCIEDADE QUE A SUSTENTA COM OS PESADOS IMPOSTOS E A QUEM REPRESENTAM OU DIZEM DEFENDE-LA.

MAIA CRITICA A "FIXAÇÃO DA IMPRENSA" POR LAVA JATO E NEGA RESTRIÇÃO AO TSE

Conteúdo do jornal Folha de S. Paulo. Texto de Ranier Bragon e Daniel Carvalho, da sucursal da Brasília. Reeleito há menos de uma semana presidente da Câmara, o deputado Rodrigo Maia (DEM-RJ) se irritou na manhã desta quarta-feira (8) com jornalistas que o questionaram sobre a aprovação, no dia anterior, da urgência na tramitação de um projeto que tira poderes do TSE (Tribunal Superior Eleitoral).

O projeto de lei veda a possibilidade de o TSE punir partidos que não apresentem ou tenham rejeitada a prestação de contas anual.

O texto revoga ainda o artigo da Lei dos Partidos Políticos que dá ao tribunal a função de emitir instruções para detalhar o funcionamento da lei.

O presidente do TSE, ministro Gilmar Mendes, disse que o projeto "consagra a impunidade dos partidos".

Com a aprovação da tramitação em regime de urgência, o projeto pode ir à votação. O texto estava pautado para esta quarta-feira, mas, diante da repercussão negativa, Maia retirou a matéria da pauta.

Maia disse que a imprensa tem "fixação" pela Lava Jato. Apelidado de "Botafogo", Maia é citado como beneficiário de R$ 600 mil na delação da Odebrecht, o que nega. Seu sogro, o agora ministro Moreira Franco (Secretaria Geral da Presidência), também aparece na delação.

A Operação Lava Jato descobriu o uso da estrutura financeira de algumas legendas em atos de corrupção.

Segundo Maia, a urgência do projeto foi aprovada para discutir apenas um ponto do texto, o que trata dos diretórios provisórios.

As cúpulas nacionais dos partidos querem manter o poder de ter direções estaduais e municipais provisórias. Com isso, asseguram poder de influência muito maior sobre suas instâncias inferiores, fortalecendo o "caciquismo" dentro das legendas.

"A imprensa hoje divulga de forma equivocada e com pouca apuração sobre qual o objetivo da votação da urgência do projeto de ontem. No plenário foi dito que só tinha um objetivo naquele projeto que é a parte que fala dos diretórios provisórios, já que o TSE, por resolução, legislou. Dentro do projeto que foi aprovada a urgência, é a única parte que queremos tratar. Não haverá e nunca houve intenção do parlamento de votar a parte que foi polemizada", afirmou Maia.

Apesar da negativa desta manhã, Maia teve a oportunidade de se manifestar publicamente sobre o tema no plenário, na véspera, mas permaneceu calado.

Na ocasião, o deputado Chico Alencar (PSOL-RJ) foi à tribuna discursar contra o projeto: "O problema desse projeto, e aí nós somos contra a sua urgência, é que ele, sob a capa aparentemente meritória de assegurar autonomia na gestão financeira dos recursos de partidos políticos, na verdade (...) retira prerrogativas que consideramos importantes do órgão fiscalizador geral, a Justiça Eleitoral, e do Tribunal Superior Eleitoral".

Presidindo a sessão a poucos metros de Alencar, Maia se limitou a dizer após o discurso do deputado do PSOL: "A Presidência solicita aos senhores deputados que tomem os seus lugares a fim de ter início a votação pelo sistema eletrônico".

Maia disse que a garantia de que não haverá apreciação de todo o texto com as limitações ao TSE é ele. "A garantia é a minha palavra. A palavra do presidente da Casa", afirmou.

"Este tema é uma espuma para especulação da imprensa, talvez por um dia com menos notícia", disse Maia diante da insistência dos jornalistas.

Ao ser questionado se a votação do projeto não seria uma tentativa de evitar punições referentes à Lava Jato, Maia respondeu de forma curta e encerrou a entrevista.

"Você me desculpe. Esta pergunta é uma pergunta absurda. Não faz nenhum sentido essa fixação que a imprensa tem na Lava Jato, ela não está nesta matéria em votação na Câmara dos Deputados", disse Maia.
Herculano
09/02/2017 04:46
AMANHÃ É DIA DE COLUNA INÉDITA PARA A EDIÇÃO IMPRESSA DO JORNAL CRUZEIRO DO VALE

Herculano
09/02/2017 04:45
O TERMO "MULATO" NASCEU RACISTA, MAS SEM ELE É DIFÍCIL ENTENDER O BRASIL, por Sérgio Rodrigues, jornalista e escritor, no jornal Folha de S. Paulo

A palavra "mulato(a)" está na berlinda. Rebola no centro da polêmica às vésperas daquele que promete ficar na história como o Carnaval PC ("politicamente correto", claro, e não "Partido Comunista" ou "computador pessoal").

No pente fino que alguns ativistas passam em marchinhas consagradas à cata de vestígios de preconceito, a palavra tem sido tratada como piolho. Anda com fama de racista. Será?

Começo por varrer da avenida e jogar no lixo o argumento autoritário de que, não sendo mulato (há controvérsia), devo ficar calado no meu canto. É inaceitável.

Um axioma PC tão difundido quanto tolo sustenta que cabe apenas a quem se sente ofendido dizer o que é ofensivo, o que justificaria o fato de nazistas se ofenderem com a existência de judeus. Não. Decidir o que é ofensivo requer um concerto social de vozes. Vamos em frente.

Filha de uma época escravocrata (século 16), é inegável que a palavra "mulato" nasceu racista. Seu parentesco com "mula" é um fato. O elo entre o animal e a pessoa mestiça de branco e negro se deu pela ideia de hibridismo. O latim "mulus" já designava o produto ?"estéril?" do "cruzamento do cavalo com a jumenta, ou da égua com o jumento" (Houaiss).

Como se vê, ninguém chamou propriamente o mulato de burro, mas isso não atenua o pecado original da palavra. Dificilmente uma associação entre pessoas e muares teria prosperado sem o adubo racista.

Entre essa constatação etimológica e a revolta de setores do movimento negro contra "mulato", contudo, há uma distância. Se qualquer um pode problematizar (termo da moda) o que quiser, problematizar a problematização não é menos saudável.

Palavras mudam. "Rapaz" é primo de "rapina": era o salteador. "Brasileiro" já foi o nome pejorativo dos nativos desta terra. Em mais de quatro séculos, o vocábulo "mulato" se encharcou tanto de história que hoje seria impossível descartá-lo sem uma grave perda cultural.

Desde que Gilberto Freyre enterrou o racismo pseudocientífico da eugenia, exaltando a miscigenação, o "mulatismo cultural" virou marca de identidade nacional. A impureza como destino, a mistura como salvação contra a intolerância crescente do mundo. Nossa melhor arte o confirma.

Claro que nada disso é simples. Como apontam os críticos do mulatismo, ele também pode mascarar conflitos e atenuar tensões num país em que até hoje há quem defenda esta ideia espantosa: "Não existe racismo no Brasil".

O Brasil é racista, mas de um racismo meândrico muito diferente do americano, no qual negro é negro, branco é branco e a mulata não é a tal. E vem de lá o modelo ?"ululantemente racista?" segundo o qual basta ter "uma gota" de sangue negro para ser negro. Não mulato, não mestiço, nada de nuance. Negro.

A importação desse trator conceitual é avanço? Retrocesso? Meio a meio? Ninguém disse que seria simples. De todo modo, acho recomendável ir devagar nessa hora, nem que seja em respeito ao sábio mandamento carnavalesco de João Bosco e Aldir Blanc:
"Não põe corda no meu bloco!"

Baixando o volume da gritaria, talvez a gente consiga distinguir na cantoria vinda do bloco que desfila na rua ao lado o potencial libertário dos versos mulatos de Martinho da Vila: "José do Patrocínio/ Aleijadinho/ Machado de Assis que também era mulatinho/ Salve a mulatada brasileira!"
Herculano
09/02/2017 04:36
"DESCOBERTA" DA IMPRENSA E QUE OS PAGADORES DE PESADOS IMPOSTOS QUE SUSTENTAM ESSE TIPO DE BANDIDO JÁ SABIAM

BRASÍLIA VOLTOU DAS FESTAS NATALINAS E DE ANO NOVO CARREGADA DE "REFORMISMO", MAS CONTRA O POVO DOS SACRIFÍCIOS QUE IMPÕE AO POVO.

MAS COM A IMPRENSA INVESTIGATIVA ATIVA E AS REDES SOCIAIS ESCLARECIDAS, ESTÁ DIFÍCIL A VIDA DOS QUE SE DIZEM "REFORMISTAS", PASSAM POR CIMA DA LEIS E CRIAM OUTRAS NA CALADA DA NOITE PARA SE PROTEGEREM NOS ROUBOS.

ESTÁ MAIS TRABALHOSO DISFARÇAR PALAVRAS E ATOS AOS ANALFABETOS, IGNORANTES E DESINFORMADOS DISFARÇAR QUE MANIPULAM NOS GROTÕES.

AS RUAS ESTÃO RONCANDO. NO ANO QUE VEM HAVERÁ ELEIÇÕES E O POVO ESTÁ CANSADO DE PAGAR ESTA CONTA. NÃO S?" PARA OS POLÍTICOS.SERÁ A HORA DA LIMPEZA...

"Normalidade institucional" parece coisa boa. Lorota. É código para acomodar os interesses de quem está no poder e de lá não sai", Diego Escosteguy, editor da revista Época.
Herculano
08/02/2017 22:13
NOMEAÇÃO DE MOREIRA FRANCO É SUSPENSA POR DECISÃO JUDICIAL

Conteúdo do Poder 360. Texto de André Shalders. O juiz federal Eduardo S. Rocha Penteado, da 14ª Vara federal em Brasília, suspendeu na tarde de hoje (8.fev) a nomeação do ministro-chefe da Secretaria-Geral da Presidência, Moreira Franco. A AGU (Advocacia Geral da União) informou que vai recorrer da decisão.

O juiz lembra que a nomeação de Moreira Franco, na semana passada, ocorreu logo após a homologação dos acordos de delação premiada da empreiteira Odebrecht pelo STF.

"É dos autos que Wellington Moreira Franco foi mencionado, com conteúdo comprometedor, na delação da Odebrecht no âmbito da Operação Lava Jato (fls. 63/65). É dos autos, também, que a sua nomeação como Ministro de Estado ocorreu apenas três dias após a homologação das delações, o que implicará na mudança de foro" , escreve o juiz.

Além disso o magistrado cita o precedente aberto pelo ministro do STF Gilmar Mendes. Em março de 2016, Mendes decidiu liminarmente suspender a nomeação do ex-presidente Lula como ministro-chefe da Casa Civil de Dilma Rousseff.

"No Mandado de Segurança no 34.070/DF, o Ministro Gilmar Mendes reconheceu que consubstancia desvio de finalidade o ato do Presidente da República que nomeia Ministro de Estado com o propósito de conferir a este foro por prerrogativa de função. Tratava-se, no caso, da nomeação de Luiz Inácio Lula da Silva para o cargo de Chefe da Casa Civil, à época realizado pela Ex-Presidente Dilma Rousseff", escreve Eduardo Penteado.
Herculano
08/02/2017 21:59
PRONTO.PULOU POR CIMA DA CONSTITUIÇÃO COM AJUDA DO STF. REELEITO PRESIDENTE DA CÂMARA, O REFORMISTA, LOGO MOSTROU A QUE VEIO. ARMOU PARA TORNAR LADRÃO DE PARTIDO SANTO. A POLÍCIA FEDERAL ESTÁ PROVANDO QUE ELE É UM DOS SANTOS.RECEBEU R$1 MILHÃO EM PROPINA DA OAS

Conteúdo do jornal O Estado de S. Paulo, Texto de Daiane Cardoso e Isadora Peron,da sucursal de Brasília. Após a repercussão negativa, o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), retirou de pauta o projeto que impede o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) de punir os partidos que tiverem as contas rejeitadas ou que não apresentem suas prestações anuais de conta.
Foto: Marcelo Camargo|Agência Brasil
Poderes
Rodrigo Maia (DEM-RJ), presidente da Câmara
Maia, no entanto, defendeu que deve ser mantida a votação da parte do texto que permite às siglas manterem comissões provisórias por tempo indeterminado. "Eu acho que gente pode votar, não hoje, mas com calma a parte que trata das comissões provisórias", disse.
O presidente da Câmara criticou ainda o fato de o TSE, ao editar a resolução sobre o funcionamento dos partidos, ter exercido uma função que cabe ao Parlamento. "Eu já conversei com o ministro Gilmar Mendes, que não há vontade de suprimir o poder de ninguém. Mas também gostaríamos que o nosso poder de legislar fosse mantido", disse. O ministro afirmou nesta tarde que a iniciativa consagra a impunidade.

Pela manhã, Maia disse que houve um mal-entendido e criticou a imprensa por ter criado uma falsa polêmica em torno da aprovação da urgência para votar o projeto. Segundo ele, a intenção dos deputados sempre foi votar apenas o trecho que trata sobre as comissões provisórias, e não retirar poder de fiscalização e punição da Justiça Eleitoral.

Pela proposta, a resolução do TSE que estabeleceu que as siglas só poderão manter comissões provisórias em cidades ou Estados por até 120 dias seria derrubada. A norma foi aprovada pela corte eleitoral em dezembro de 2015, mas só valerá a partir de março deste ano. Isso porque ela foi suspensa por um ano em 3 de março de 2016, após partidos pedirem mais tempo para se ajustar à nova regra.
Herculano
08/02/2017 21:51
TEMENDO O RONCO DAS RUAS E QUE JÁ SE ENSAIAVA, MAIA RETIRA DA PAUTA PROJETO QUE IMPEDIA PUNIÇÃO A PARTIDOS E E QUASE TODOS DEPUTADOS CATARINENSES ASSINARAM PARA COLOCÁ-LO COM URGENTE

Conteúdo do jornal O Estado de S. Paulo. Texto de Daiene Cardoso e Isadora Peron, da sucursal de Brasília.Após a repercussão negativa, o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), retirou de pauta o projeto que impede o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) de punir os partidos que tiverem as contas rejeitadas ou que não apresentem suas prestações anuais de conta.

Maia, no entanto, defendeu que deve ser mantida a votação da parte do texto que permite às siglas manterem comissões provisórias por tempo indeterminado. "Eu acho que gente pode votar, não hoje, mas com calma a parte que trata das comissões provisórias", disse.
O presidente da Câmara criticou ainda o fato de o TSE, ao editar a resolução sobre o funcionamento dos partidos, ter exercido uma função que cabe ao Parlamento. "Eu já conversei com o ministro Gilmar Mendes, que não há vontade de suprimir o poder de ninguém. Mas também gostaríamos que o nosso poder de legislar fosse mantido", disse. O ministro afirmou nesta tarde que a iniciativa consagra a impunidade.
Pela manhã, Maia disse que houve um mal-entendido e criticou a imprensa por ter criado uma falsa polêmica em torno da aprovação da urgência para votar o projeto. Segundo ele, a intenção dos deputados sempre foi votar apenas o trecho que trata sobre as comissões provisórias, e não retirar poder de fiscalização e punição da Justiça Eleitoral.

Pela proposta, a resolução do TSE que estabeleceu que as siglas só poderão manter comissões provisórias em cidades ou Estados por até 120 dias seria derrubada. A norma foi aprovada pela corte eleitoral em dezembro de 2015, mas só valerá a partir de março deste ano. Isso porque ela foi suspensa por um ano em 3 de março de 2016, após partidos pedirem mais tempo para se ajustar à nova regra
Herculano
08/02/2017 21:46
PERCEBE? A BANDIDAGEM ESTÁ SOLTA NÃO APENAS NO ESPÍRITO SANTO

"Percebo que o mundo político de BSB perdeu o pudor: tentativa de limitar atuação do TSE, escolha de investigado para CCJ... impressionante!", Gérson Camarotti, da Tevê Globo.
Herculano
08/02/2017 21:42
OLIGARQUIA POLÍTICA APERTOU O BOTÃO DE "DANE-SE", por Josias de Souza.

A ideia de que é preciso firmar um pacto para "estancar a sangria" da Lava Jato, exposta por Romero Jucá numa gravação, virou um fantasma que, de vez em quando, sacode seu lençol sobre Brasília. Nesta quarta-feira, indicou-se para presidente da mais importante comissão do Senado, a Comissão de Constituição e Justiça, o senador Edison Lobão, encrencado na Lava Jato. Acomodado nessa cadeira, Lobão comandará a sabatina de candidatos a ministro do Supremo Tribunal Federal e a procurador-geral da República.

Tomada assim, como um fato isolado, a escolha de alguém como Lobão para presidir a principal comissão do Senado seria apenas um absurdo. Mas o inaceitável assume ares de inacreditável quando se considera tudo o aconteceu em Brasília num intervalo de menos de dez dias.

Antes da ascensão de Lobão, Michel Temer havia fornecido a Moreira Franco, amigo delatado pela Odebrecht, o escudo do foro privilegiado. O presidente também indicou para o Supremo o ministro tucano Alexandre de Morais. E levou ao balcão a pasta da Justiça. O PMDB, que sangra na Lava Jato, está no primeiro lugar da fila, pronto para abocanhar o ministério que controla a Polícia Federal.

Nas presidências da Câmara e do Senado já haviam sido acomodados dois delatados da Odebrecht, Rodrigo Maia e Eunício Oliveira. Agora, Edison Lobão. Ele chega ao topo da CCJ empurrado por Renan Calherios e José Sarney, que dispensam apresentação. Tudo isso aconteceu em menos de dez dias. Em Brasília, a união faz a farsa. À procura de um torniquete, a oligarquia política decidiu ligar o botão de dane-se!
Herculano
08/02/2017 21:37
ONTEM E HOJE NÃO FOI FÁCIL EM BRASÍLIA. OS DEPUTADOS PAGOS COM OS PESADOS IMPOSTOS TRAMARAM CONTRA OS BRASILEIROS PARA PERDOAR A ROUBALHEIRA DOS PARTIDOS.

AGORA A NOITE, TODAVIA, UM AVISO AOS ESPERTOS. A VEZ DE MICHEL TEMER ESTÁ CHEGANDO. TRE DO RIO DE JANEIRO, O ESTADO DA BAGUNÇA, CASSOU O MANDATO DO GOVERNADOR PEZÃO E DETERMINOU NOVAS ELEIÇÕES. AGORA VEM A VIA CRUCIS DO MULTIPLICOS RECURSOS NA JUSTIÇA

Conteúdo e texto do Uol (Folha de S. Paulo). O TRE-RJ (Tribunal Regional Eleitoral do Rio de Janeiro) cassou nesta quarta-feira (8) os mandatos do governador do Rio, Luiz Fernando Pezão (PMDB), e do vice-governador, Francisco Dornelles (PP), por abuso de poder econômico e político. Como ainda cabe recurso ao TSE (Tribunal Superior Eleitoral), a decisão não tem efeito por enquanto.

A cassação, caso confirmada pelo TSE, deixa Pezão e Dornelles inelegíveis por oito anos. O TRE-RJ determinou ainda que sejam realizadas eleições diretas para a chefia do Executivo do Estado.

A decisão do tribunal regional foi por maioria dos votos. Segundo nota divulgada pelo órgão, "o abuso de poder econômico e político ficou configurado uma vez que o Governo do Estado do Rio de Janeiro concedeu benefícios financeiros a empresas como contrapartida a posteriores doações para a campanha do então candidato Pezão e de seu vice".

Em seu voto, o desembargador Marco Couto afirmou que "restou comprovado que contratos administrativos milionários foram celebrados em troca de doação de campanha".

Em nota, a assessoria de imprensa do governo do Rio informou que, "quando for publicada a decisão, o governador Luiz Fernando Pezão e o vice-governador Francisco Dornelles vão entrar com recurso no Tribunal Superior Eleitoral (TSE)."

Rio em crise
A decisão do TRE-RJ é mais um baque no governo de Pezão. Ele assumiu em abril de 2014, depois que Sérgio Cabral (PMDB) renunciou para que o então vice disputasse a eleição no cargo. Foi eleito no segundo turno, vencendo o então senador e hoje prefeito do Rio, Marcelo Crivella (PRB).

Pezão foi vice nos dois mandatos de Cabral -- que está preso desde dezembro sob suspeita de receber propina de empreiteiras. Hoje, o governador comanda um Estado em profunda crise econômica e palco de frequentes protestos de servidores públicos, que estão com salários atrasados.

Além de atrasar os pagamentos, o governo quer, para conter gastos, que os servidores aumentem a contribuição para a previdência de 11% para 22%.

Esta quarta, o governo do Rio garantiu o pagamento dos salários dos servidores da segurança no dia 14 e com reajuste de até 10,22%, tudo para evitar um possível motim na área de segurança. No pacote de ajuste fiscal para o Estado anunciado no fim do ano passado, o governo previa adiar o pagamento dos reajustes da categoria para 2020.

Em dezembro, os servidores da segurança engrossaram o ato dos professores e demais servidores públicos e chegaram a invadir a Alerj (Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro) durante a votação do pacote de austeridade enviado à Casa por Pezão.

Na terça (7), servidores do Estado voltaram a protestar na porta da Alerj. Centenas de participantes, a maioria de servidores da Cedae (a companhia de água e esgoto do Estado), foram contra colocar em discussão a privatização da companhia e os demais itens do pacote de medidas anunciadas pelo governo do estado para combater a crise financeira. Na semana passada, houve tumulto em manifestação no mesmo local.

Para pressionar o governo, servidores da Cedae decretaram greve por 72 horas a partir desta terça. Somente 30% dos funcionários estão trabalhando em ocorrências de falta d'água e grandes vazamentos, segundo o SintSama (Sindicato dos trabalhadores das empresas de saneamento básico do Rio de Janeiro). Funcionários da companhia fizeram novo protesto hoje.

A venda da companhia de saneamento é uma das manobras do governo para tentar contornar a crise. Ela faz parte do acordo com a União, que prevê a suspensão do pagamento de dívidas do Estado com bancos federais durante três anos e o empréstimo de R$ 3,5 bilhões para o Rio de Janeiro.

Em meio a toda essa crise, Pezão ainda se viu obrigado a ficar licenciado durante sete meses no ano passado para tratar de um câncer no sistema linfático. Durante o período, foi substituído interinamente por Dornelles.
Antonio Silva
08/02/2017 21:37
Verdade Herculano!!!A politica não muda, a nova secretaria de saúde se diz técnica mas deixou os funcionários com função gratificada da saúde ( maioria fez campanha para o atual prefeito) continua com os funções, fizeram uma volta de 360°, ou seja, ficou no mesmo lugar, outros comissionados foram trocados por pessoas de fora e outros ainda sem assumir o cargo, fora que tem Superintendente de saúde que nunca está na Secretaria pode ir conferir, não sei como essa pessoa bate o ponto no Hospital e pessoas nomeadas com cargo da Secretaria trabalhando sei la onde, pior que nem os funcionários da Secretaria de saúde conhecem a Senhora Monica nomeada para coordenadora de serviços, a merda continua a mesma, acredito que piore um pouco, pois querem cortar o vale refeição que é depositado na conta por ticket, hora se o valor for o mesmo porque contratar o serviço de uma empresa de ticket? Claro seria vantagem se alguém emitisse ticket sem custos ao município, será que quando fazem depósito na conta salário é cobrado taxa? hum algo errado não está certo!!!
Acorda Gaspar
Ilhota
08/02/2017 21:35
Herculano,
O prefeito de Ilhota está levando a sério a transparência, está divulgando como notícia até a compra de pneus, veja só:
http://ilhota.sc.gov.br/noticias/index/ver/codMapaItem/10955/codNoticia/406618#.WJup11UrJkg
Será que ele vai colocar no site notícias como: hoje a prefeitura comprou 5 quilos de arroz porque não tinha nada, comprou 3 lápis porque não deixaram nada, será? kkkkkkkkkk
O prefeito de Ilhota está sendo mal assessorado!
MENINA DA BALSA
08/02/2017 13:44
HERCULANO DO CÉU, PELO AMOR DE QUALQUER COISA!!!!
ALGUÉM PRECISA AJUDAR OS PENSIONISTAS, DOENTES, ENCOSTADOS EM AUXILIO DOENÇA DA PREFEITURA DE ILHOTA MENINO! O DESCASO POR PARTE DO ILHOTAPREV É ABSURDO.
JA COMEÇA COM O FATO DE QUE OS DOENTES PRECISAM SE DESLOCAR DE ILHOTA PARA FLORIAN?"POLIS PARA PASSAR PELA PERICIA MEDICA. AÍ EU PERGUNTO: NÃO TEMOS UM MÉDICO DO TRABALHO AQUI NA REGIÃO QUE NOS POSSA ATENDER? OU É UMA FORMA DE PAGAR HORAS EXTRAS E DIARIAS DESNECESSARIAS PRA ESSES MOTORISTAS? E POR FALAR EM MOTORISTA, TUDO UM BANDO DE MAL EDUCADOS QUE VEM VOANDO POR ESSA BR 101 SEM SE PREOCUPAR COM OS DOENTES NO CARRO. COMPROMISSO COM HORARIO NAO TEM, ELES MARCAM AS 5 DA MANHÃ (!!!!!!) E CHEGAM AS 06:00, E LA VAMOS N?"S TODOS VOANDO POR ESSA ESTRADA. E AINDA ACHAM RUIM PELOS DOENTES RECLAMAREM DO ATRASO. ESSES MESMOS MOTORISTAS ACHAM QUE TAO FAZENDO TURISM DE CERTO, POIS CHEGAM LA DESCARREGAM O PESSOAL E VAO DAR VOLTINHAS POR FLORIPA,DE CERTO TOMAR UMA CERVEJA NO MERCADO PUBLICO, OU EM JURERE INTERNACIONAL CHEGA LÁ OS DOENTES SÃO MAL ATENDIDOS POR UM PERITO GROSSEIRO QUE SEM NENHUM PROBLEMA DE ETICA OU CONCIENCIA DIZ QUE A INSTRUÇÃO DA PREFEITURA NÃO É AFASTAR NINGUÉM. ALGUÉM PRECISA DAR UM JEITO NESSE ILHOTAPREVE QUE S?" SERVE DE PLATAFORMA POLITICA PRA ESSES PSEUDOS POLITICOS
Sidnei Luis Reinert
08/02/2017 12:21
Do professor Olavo de Carvalho:

Diante do que acontece no Espírito Santo, não é este um excelente momento para iniciar protestos de rua CONTRA O DESARMAMENTO CIVIL?
Num momento em que o risco de vida é geral e iminente, que direito têm os filhos da puta de tirar do povo seus meios de defesa própria? O desarmamento civil é MIL VEZES MAIS CRIMINOSO DO QUE MENSALÕES E PETROLÕES.
Por que protestar quando tomam o nosso dinheiro e abster-nos de fazê-lo quando nos entregam, inermes, nas mãos de assassinos?
Se o cidadão não pode ter armas para se proteger mas, se tiver dinheiro, pode contratar seguranças armados para protegê-lo, a conseqüência mais óbvia e inevitável é que S?" OS RICOS TÊM DIREITO À PROTEÇÃO ARMADA.
Desarmamento civil é isso e nada mais.
Sidnei Luis Reinert
08/02/2017 12:14
Temer só teme explosão de violência


Edição do Alerta Total ?" www.alertatotal.net
Por Jorge Serrão - serrao@alertatotal.net

Sabe aquela poderosa blindagem que sempre protegeu o ex-Presidente Luiz Inácio Lula da Silva? O Presidente Michel Temer parece ter uma proteção igual ou mais forte que a do inventor da Dilma (lembram dela? A que caiu no golpe?). Por isso, pouco adianta que um outrora Malvado Favorito Eduardo Cunha, em depoimento ao juiz Sérgio Moro, denuncie que Temer participou, direta e pessoalmente, da indicação daqueles diretores da Petrobras processados por corrupção. Temer alega que é mentira, e fica o dito pelo não dito... Com Lula, no passado recente, sempre foi assim... Com FHC, em passado mais distante, idem...

Michel Temer tem mínima, quase irrisória, chance de ser derrubado ?" do mesmo jeitinho com que aconteceu com Dilma, que exagerou na dose de arrogância e incompetência. Pouco adiantará que o juiz Sérgio Moro pegue as inconsistentes revelações de Cunha e remeta ao ministro-relator Edson Fachin no Supremo Tribunal Federal. Temer não será incomodado. Nos bastidores, já está combinado que alguns integrantes do governo, especialmente do PMDB, terão de segurar a bronca, sozinhos, quando um escândalo estourar. Apoiado pela cúpula do sistema financeiro, que não deseja uma nova mexida brusca no Palácio do Planalto, Temer não será incomodado.

Já se sabe que dará em nada o processo que investiga irregularidades no financiamento de campanha da chapa reeleitoral Dilma-Temer em 2014. Se for decidida alguma culpa, a bronca será descarregada em cima dos tesoureiros do PT. A defesa de Temer já desenhou uma tese bonitinha de "teoria do domínio dos fatos às avessas". O argumento, de fazer inveja a um jurista alemão bêbado, é: Temer não pode ser responsabilizado por eventuais crimes cometidos, diretamente, por arrecadadores de grana petistas. O Tribunal Superior Eleitoral tende a livrar Temer de qualquer punição. E PT saudações...

Apenas o fenômeno da explosão de violência urbana preocupa Temer mais que o desempenho da economia ?" que segue impactando a classe média e a faixa de baixa renda, sobretudo com o desemprego. O Presidente sabe que a manipulação da violência pelo baixo clero do crime organizado atende aos interesses diretos de seus opositores. Temer sabe que se a criminalidade sair do controle, aí sim a maioria da população, assustada e afetada, pode apoiar uma reação de intensidade.

Já chama atenção da população o emprego das forças armadas para segurar "BOs" na Segurança Pública, nas crises de presídios, na greve da PM no Espírito Santo, ou nas explosões de violência no Rio de Janeiro. O temor do governo federal é que a tese de uma "intervenção militar" acabe ganhando força no imaginário popular. A sorte do Presidente é que os militares não têm qualquer intenção política, a não ser agir em missões pontuais de defesa civil ou de garantia da lei da ordem ?" quando governadores pedem autorização legal e o Presidente da República autoriza.

Resumindo: O governo peemedebista-tucano se preocupa com a explosão de violência. Porém, avalia que ela não será capaz de produzir um desgaste capaz de derrubar o Presidente Temer. O Brasil sofre de "aneurisma" político, mas a cúpula de poder prefere deixar tudo sangrando...
Herculano
08/02/2017 11:10
POR QUE A ESQUERDA DEFENDE A "DESMILITARIZAÇÃO" DA POLÍCIA?, por Rodrigo Constantino, do Instituto Liberal

A campanha da esquerda contra a Polícia Militar é conhecida. Vemos diariamente uma intensa propaganda negativa, que chega a retratar os policiais como a maior ameaça à paz. Alguns chegam ao extremo de pedir o fim da Polícia Militar, como fez Gregorio Duviver. Outros posam de mais "moderados", e alegam desejar "apenas" a "desmilitarização da PM". O que estaria por trás disso?

O maestro Tom Martins fez um comentário cirúrgico que sintetiza com perfeição o verdadeiro objetivo oculto nessa campanha:

É claro que a esquerda não quer "acabar com a polícia". O que desejam é a "desmilitarização", ou seja, tornar a polícia uma força civil com direito de greve, etc. Alguns falam em centralização das polícias, algo que apenas colocaria o centro de decisões muito mais longe da população, exatamente o oposto do modelo americano. Mas o principal ponto é que as polícias trocariam a ordem militar por um sistema de funcionários públicos civis.

E por que os esquerdistas odeiam a Polícia Militar? Porque a polícia, sendo militar, não está sob o jugo dos sindicatos. Num país onde grupos comunistas dominam os sindicatos, desmilitarizar as polícias seria o mesmo que controlá-las. A esquerda já domina as universidades, as redações, a Igreja, o lumpesinato, o meio cultural e o ambiente político-partidário. Falta apenas controlar os detentores do monopólio do uso da força bruta do estado. Por isso o ponto urgente em sua agenda: a "desmilitarização da PM".

Na República Sindical que é nosso país, sob domínio da esquerda, é simplesmente insuportável que a PM esteja fora disso. O sonho desses esquerdistas é que cada policial fosse exatamente como os "professores" do ensino público, em sua maioria capachos dos sindicatos ou militantes disfarçados que fazem proselitismo ideológico e lavagem cerebral nos estudantes. É uma questão de controle. Como Bene Barbosa resumiu: "Tática de dominação e controle. Só isso!"

Claro, falo dos líderes da esquerda, ou seja, dos oportunistas safados que sabem muito bem o que estão fazendo e possuem uma agenda por trás de cada ato pensado. Não entram nessa lista os idiotas úteis, os românticos bobocas e infantis, que pintam unhas de branco pela paz ou usam camisetas com a pomba que o comunista Picasso eternizou como símbolo do pacifismo, desenhada em uma litografia de presente para o assassino Stalin.

Esses "pensam" mesmo que policiais com flores em vez de armas fariam muito mais pela paz, e nem o caos anárquico no Espírito Santo é capaz de fazer tal crença balançar. É uma questão de necessidade, pois essa turma vive no mundo da estética, e imaginar seres humanos como figuras santificadas, cantando de mãos dadas "Imagine", faz parte da personalidade fraca e covarde dessa gente, massa de manobra dos canalhas.

Mas a liderança não é nada boba. Sabe o que está em jogo. Defende bandidos como "vítimas da sociedade" e policiais como os "algozes da sociedade" porque querem fomentar o crime e enfraquecer a lei, tomando o controle do monopólio da força pelo estado. É tudo parte de um esquema totalitário de poder.
Titica
08/02/2017 08:39
Sr. Herculano,


Bom se nada mudou na prefeitura, assim vamos ter mais uma policlínica, mais uma ponte, mais estradas, mais cabides de empregos e evidentemente .ais incompetência, soberba e nariz empinados. Oh pouca vergonha.
Herculano
08/02/2017 08:30
TEMER TEM PRESSA PARA ANUNCIAR O NOME DO NOVO MINISTRO DA JUSTIÇA E DA SEGURANÇA PÚBLICA, por Ricardo Noblat, em O Globo

Acossado por jornalistas, de manhã, no Palácio do Planalto, e à tarde no Palácio do Itamaraty onde ofereceu um almoço ao seu colega argentino Maurício Macri, o presidente Michel Temer falou rapidamente sobre o processo de escolha do sucessor de Alexandre de Moraes no Ministério da Justiça e da Segurança Pública. Moraes foi indicado para a vaga de Teori Zavascki no Supremo Tribunal Federal (STF).

Primeiro, Temer disse que o processo demoraria "dias". Depois, que demoraria "muitos dias". A outros interlocutores, ele tem dito que não tem pressa para escolher o novo ministro porque somente no fim do mês o Senado deverá aprovar o nome de Moraes para o STF. Não é bem assim. Temer quer surpreender o país com a escolha rápida do sucessor de Moraes. Ela poderá estar concluída antes do fim desta semana.

Mais do que isso: se tudo correr bem, como ele deseja, o anúncio do nome poderá ser feito até o próximo sábado ou mesmo antes. Isso significa que Temer já se fixou em poucos nomes para pôr no cargo. Trata-se agora de examiná-los em conjunto com seus principais conselheiros, mandar sondá-los e fazer sua escolha. "Será uma escolha pessoal. O ministro da Justiça é muito importante", comentou.

Por pessoal, não se imagine que ele escolherá um nome sem levar em conta a opinião dos partidos que apoiam o governo, se não de todos porque são muitos, mas daqueles mais expressivos. Certamente não nomeará ninguém que possa lhe criar embaraços com o Congresso. De resto, Temer havia prometido nomear para a vaga de Teori alguém com um perfil "essencialmente técnico" e à altura dele. Moraes carece de tais atributos.

Não basta que o próximo ministro seja um jurista ou advogado de peso. É preciso também que ele saiba lidar com os problemas da área da Segurança Pública, seja por já ter exercido algum cargo que lhe deu tal experiência, ou por ter acumulado conhecimentos a respeito. Ao contrário dos presidentes que o antecederam, Temer está convencido de que deve encarar a tragédia do sistema carcerário nacional e da violência urbana.

O advogado Antônio Cláudio Mariz de Oliveira, amigo de mais de 30 anos de Temer, é um jurista de peso e foi Secretário de Segurança Pública de São Paulo. Temer sente-se em dívida com ele porque cogitou nomeá-lo Ministro da Justiça em abril último e depois Ministro da Defesa. Mariz ficou de fora do governo por ter dado uma entrevista onde criticou a Lava Jato e disse que a Polícia Federal não deveria cuidar apenas de corrupção.
Temer receia que a oposição ao nome de Mariz volte a se manifestar no Congresso e fora dele se o escolher para o lugar de Moraes. Mas ainda não descartou seu nome
Herculano
08/02/2017 08:29
CÂMARA DARÁ AOS PARTIDOS LICENÇA PARA ASSALTAR, por Josias de Souza

A Câmara dos Deputados deve votar nesta quarta-feira um projeto de lei que, na prática, concede aos partidos políticos uma licença para assaltar dinheiro público. A proposta é de uma simplicidade estarrecedora. Hoje, partidos que não prestam contas ou que têm as contas reprovadas deixam de receber dinheiro público do Fundo Partidário e sujeitam-se à cassação do registro pela Justiça Eleitoral. Com a aprovação da proposta, nenhum partido poderá ser proibido de funcionar ?"mesmo que não preste contas ou que suas escriturações anuais sejam reprovadas.

O projeto foi empurrado para dentro da pauta de votações graças a um requerimento de urgência aprovado nesta terça-feira. A coisa passou com uma facilidade inaudita. Votaram a favor do ritmo de toque de caixa 314 deputados. Apenas 17 votaram contra ?"isso corresponde à bancada do PSOL, única legenda a rejeitar a fuzarca, mais meia dúzia de gatos pingados de outras legendas. Houve também quatro abstenções. Lendo-a, você notará que a desfaçatez é suprapartidária. Reúne oposição e governo.

O placar do pedido de urgência sinaliza o resultado da votação do mérito do projeto. A aprovação será uma barbada. Um detalhe potencializou a desfaçatez: enquanto os deputados colocavam o descalabro em movimento, o TSE decidia destravar os processos contra três legendas acusadas de se apropriar de verbas roubadas da Petrobras: PT, PMDB e PP. Os processos estavam abertos desde agosto do ano passado. Contêm documentos enviados de Curitiba por Sergio Moro, juiz da Lava Jato. Havia, porém, uma polêmica sobre quem deveria relatar as causas. E o tribunal eleitoral decidiu na noite desta terça que os processos serão distribuídos por sorteio entre os seus sete ministros. Significa dizer que a encrenca sairá da gaveta.

Chama-se Maurício Quintella Lessa o autor da proposta que concede anistia preventiva aos partidos com contabilidade bichada. Filiado ao PR, o personagem está licenciado do mandato. No momento, serve à pátria sentado na cadeira de ministro dos Transportes do governo de Michel Temer. A proposta de Quintela saiu do forno no início de 2016. Não passou por nenhuma comissão.

De repente, aterrissou diretamente no plenário. Por quê? Simples: começam a vigorar no próximo dia 3 de março normas do TSE que preveem a punição das legendas com contas podres. O arrocho deveria ter vigorado no ano passado. Mas os partidos pediram tempo para se ajustar à moralidade. Não tiveram sucesso. Agora, tramam providências para assegurar que os partidos continuem operando como paraísos fiscais 100% bancados pelo déficit público.
Herculano
08/02/2017 08:28
PLANO DE EMERGÊNCIA, por Bernardo Mello Franco, no jornal Folha de S. Paulo

Há nove dias, a ministra Cármen Lúcia validou as delações de 77 executivos da Odebrecht. A visão do tsunami levou o governo a acionar o plano de emergência. A partir de agora, vale tudo para reforçar os diques e proteger os aliados do avanço da Lava Jato.
A primeira medida foi tomada na sexta-feira (3), com a criação de um ministério para dar foro privilegiado a Moreira Franco. A segunda é a indicação de Alexandre de Moraes para o Supremo Tribunal Federal.

Ao escolher um subordinado para a corte, Michel Temer deixou claro que não está preocupado com cobranças éticas. Moraes não é técnico nem discreto, para citar duas qualidades que costumavam ser atribuídas ao ministro Teori Zavascki. Suas virtudes são outras, a começar pela lealdade canina aos superiores.

O futuro das investigações que ameaçam o novo regime está nas mãos do Supremo. Nos próximos meses, a corte vai se deparar com ao menos duas encruzilhadas: o que fazer com réus condenados em segunda instância e como lidar com os habeas corpus que chegam de Curitiba.

As respostas a essas questões vão determinar se a Lava Jato será mesmo diferente ou repetirá o enredo de operações como a Castelo de Areia e a Satiagraha, que ameaçaram poderosos até serem fulminadas nos tribunais superiores de Brasília.

Até a morte de Teori, o tribunal se mostrava inflexível com os réus do petrolão. O ministro Gilmar Mendes, sempre ele, acaba de sinalizar uma possível mudança de ventos. "Temos um encontro marcado com as alongadas prisões que se determinam em Curitiba", disse, nesta terça (7).

A fila de interessados numa guinada da corte seria suficiente para dar a volta na Praça dos Três Poderes. O cordão de delatados atravessaria as duas Casas do Congresso e escalaria a rampa do Planalto até o gabinete presidencial. No Paraná, há outro réu ansioso. Ele se chama Eduardo Cunha e já pagou honorários ao novo ministro do Supremo
Herculano
08/02/2017 08:26
"SOCORRO! GILMAR QUER P?"R FOGO NA FLORESTA E ASSAR A LAVA JATO!", por Reinaldo Azevedo, na Veja

"Socorro! Socorro! Gilmar Mendes quer botar fogo na floresta da moralidade nacional!"

Esse é um asno muito comum nos dias de hoje, que emula com aquele coelho do Bambi.

Mas por que estão escoiceando tanto os fatos nas redes sociais? Antes, algumas informações.

No primeiro julgamento de um procedimento depois do início do Ano Judicial, a Segunda Turma do Supremo negou um recurso que poderia tirar da cadeia um condenado da Lava-Jato, a saber: João Cláudio Genu, ex-assessor do PP, conhecido desde os tempos do mensalão.
Uma explicação rápida. Tratava-se de um recurso chamado "Reclamação". Por intermédio dele, um indivíduo pede o reconhecimento de um determinado direito. O que os advogados de Genu queriam? Que seu cliente fosse julgado pelo STF, argumentando que fatos relacionados àquilo que lhe imputam estão sendo apurados nesse tribunal. Segundo a tese, Sérgio Moro teria usurpado uma atribuição do Supremo. Nota: o juiz condenou Genu a oito anos e oito meses de prisão, que ele está cumprindo em regime fechado.

Teori Zavascki já havia negado uma liminar. A defesa recorreu, e os cinco ministros da Segunda Turma votaram contra, em uníssono: Edson Fachin, Celso de Mello, Gilmar Mendes, Ricardo Lewandowski e Dias Toffoli. Fachin estreou na relatoria. Negou provimento à pretensão da defesa. E nem poderia ser diferente.
Apenas em casos excepcionalíssimos os ministros têm mantido na Corte quem não tem foro especial. E Genu não tem. Há também um pedido de habeas corpus, que ainda não foi apreciado pelos ministros. Creio que será concedido.

De volta a Gilmar Mendes

O ministro seguiu, como se viu, o relator. Considerou a Reclamação descabida. Mas Mendes afirmou uma obviedade que pôs asnos, pardalocas e boquirrotos em polvorosa. Disse isto: "Temos um encontro marcado com as alongadas prisões que se determinam em Curitiba. Temos que nos posicionar sobre esse tema, que conflita com a jurisprudência que construímos ao longo desses anos".
O que há de absurdo ou criticável aí além de nada?

Afinal, as prisões em Curitiba se alongam ou não se alongam sem tempo. O Artigo 312 do Código de Processo Penal não estabelece, com efeito, o tempo máximo da prisão preventiva. Mas define quatro pressupostos para que seja decretada: garantia da ordem pública; garantia da ordem econômica; no interesse da instrução criminal (isto é, pare evitar que o preso altere provas ou manipule testemunhas) e assegurar a aplicação da lei penal ?" vale dizer: impedir a fuga. As tais das ameaças à ordem significam o seguinte: haveria evidências de que a pessoa está prestes a cometer outro crime ou nele já incide. Atenção! Isso tem de dizer respeito ao presente e ao futuro imediato.

Quem lê as petições do Ministério Público, em vez de só ficar vomitando lobby vigarista, sabe que os pedidos do MP para as preventivas evocam, na quase esmagadora maioria das vezes, fatos do passado do processado. Ora, os fatos do passado compõem o conjunto de coisas que fizeram dele um investigado ou um réu. Prender a pessoa preventivamente, antes do julgamento, em razão do crime que a fez ré ?" se não há evidências de crimes no presente, se não há ameaça à instrução nem ameaça de fuga ?", constitui uma óbvia ilegalidade.

É difícil explicar isso às pessoas? Um pouco. Até porque a campanha de desinformação do Ministério Público Federal é poderosa. E seus multiplicadores na Internet tem uma agressividade sempre proporcional à ignorância. Qualquer um que seja preventivamente preso sem o devido amparo no Artigo 312 está sendo alvo de uma ilegalidade.

Já citei o caso de Eduardo Cunha, não? Eu acho que ele é culpado. Mas ele tem de ser julgado e condenado para, então, começar a cumprir a pena.

Cadeia para obter delação

O MPF e Sérgio Moro se zangam quando alguém constata o óbvio: a cadeia é usada como instrumento para forçar o detido a fazer delação premiada. Isso é interpretação? É chute? Não! Foi o que confessou com todas as letras Deltan Dallagnol, na segunda-feira, no Facebook.

Ao tentar impor uma agenda a Alexandre de Moraes, defendendo a execução da pena (prisão após julgamento) depois da condenação em segunda instância, ele escreveu o seguinte (e alguns pares seus ficaram irritados por ele ter entregado o serviço: "A colaboração é um instrumento que permite a expansão das investigações e tem sido o motor propulsor da Lava Jato. O criminoso investigado por um crime 'A' entrega os crimes B, C, D, E ?" um alfabeto inteiro ?" porque o benefício é proporcional ao valor da colaboração (?) Em resumo, a execução provisória (prisão!!!) é o que pode garantir um mínimo de efetividade da Justiça Penal contra corruptos, levando-os à prisão dentro de um prazo mais razoável"

Ninguém precisa interpretar o que está dito com todas as letras.

Agora pensemos de novo sobre o que disse Gilmar Mendes?
"Meu Deus! Ele pediu que se cumpra a lei! Esse ministro deve estar louco, não? Afinal, quando a lei é desrespeitada, ou excepcionalmente aplicada, para punir nossos inimigos, os que consideramos culpados, aqueles de que não gostamos, a gente deve aplaudir, né? Como se fazia na URSS de Stálin, na Alemanha de Hitler ou na Itália de Mussolini".

"Está comparando o Brasil de hoje com aqueles países à época, Reinaldo?"

Não! Eu só estou a demonstrar que esse tipo de comportamento e de procedimento tem história. E não é próprio dos regimes democráticos, com o qual se idêntica, ou tem de se identificar, a direita liberal.
A diferença entre uma prisão ilegal e um linchamento é só de grau. Com um agravante no caso da
Herculano
08/02/2017 08:23
CARROS COMEÇAM A SAIR DO BURACO, por Vinicius Torres Freire, para o jornal Folha de S. Paulo

PARECE QUE ninguém notou, mas a venda da produção nacional de veículos cresce, o que não se via desde o início da recessão, no começo de 2014.

Vendas da produção doméstica: vendas de carros nacionais mais exportações. As vendas totais, que incluem importados, ainda caíram 5,2% em janeiro, em relação a janeiro de 2016. Mas as vendas da produção doméstica aumentaram 9,2%. Aumentam desde novembro. A produção também.

No que diz respeito à recuperação econômica, são os dados de maior interesse, no curto prazo. Lembre-se que as montadoras respondem por 10% da indústria nacional. Arrastam consigo os setores de metalurgia, química, borracha etc., além de uma rede de comércio enorme.

Dado o estado fragílimo da economia, qualquer vento frio de fora ou torrentes de lama política podem jogar o paciente de novo na cama. Mas há melhoras.

Nos últimos três meses, novembro a janeiro, a venda da produção doméstica de veículos cresceu 5,4% em relação ao ano passado. Não acontecia desde fevereiro de 2014.
O copo está meio cheio ou meio vazio? Está muito vazio. Começou a encher com algumas gotas.

As vendas de veículos nacionais (no país e exportação) andam pela média trimestral de 209 mil por mês. Em janeiro de 2014, logo antes do início da recessão, eram vendidos cerca de 297 mil carros, comerciais leves, caminhões e ônibus por mês. Baixa de uns 30%.Depressão.

Na média trimestral, a produção também cresce, 26,5% sobre o ano passado. Parece grande coisa, mas foi um progresso sobre um abismo, um nível de produção semelhante ao do breve colapso de janeiro de 2009 (crise mundial), que durou apenas três meses, ou do nível regular do distante 2004.

Em suma, escalamos dois degraus em um fundo de poço abissal. Vai durar?

As montadoras preveem alta de 11,9% na produção deste ano. Também estavam otimistas no início de 2016. Infelizmente, erraram muito.

As possíveis diferenças de 2017 são, como se sabe, a baixa das taxas de juros, o fim do processo de redução brutal de crédito que se viu em 2016 e, mais incerto, modesta alta do total dos rendimentos do trabalho (que caiu 3,5% em 2016).

O total de empréstimos novos para a compra de veículos continuava a cair até dezembro, dado mais recente disponível. Cai mais devagar, despiora, mas ainda a um ritmo de 16% ao ano (comparadas as médias trimestrais, em termos reais). Em dezembro de 2015, baixava no passo de 36%.

A taxa média de juros para a compra de veículos está em 25,7% ao ano (para pessoas físicas). Baixou um tico desde o pico recente de fevereiro de 2016 (27,6%). Em janeiro de 2014, era de 22,7%. No meio do boom de venda e da farra final de crédito, baixara a 19,5%, em junho de 2013, mês do começo do fim de tanta coisa.

A produção de máquinas agrícolas e rodoviárias, a situação é muito melhor, como se sabe, graças à grande recuperação da agropecuária nesta virada de 2016 para 2017. Nos últimos 12 meses, as fábricas ultrapassaram a produção dos 12 meses anteriores (no caso dos veículos, ainda baixa). O negócio de tratores e colheitadeiras, porém, é muito menor que o de veículos.

Por ora, se acendeu uma vela no fosso das montadoras, de qualquer modo.
Herculano
08/02/2017 08:21
MARIZ, SERRAGLIO E ANASTASIA DISPUTAM A JUSTIÇA, por Cláudio Humberto, na coluna que publicou hoje nos jornais brasileiros

Desde a indicação de Alexandre de Moraes para o Supremo Tribunal Federal, o presidente Michel Temer procura um nome para substituí-lo no Ministério da Justiça. Três se destacam: o célebre advogado Mariz de Oliveira, amigo do presidente, que esteve cotado, além do senador Antonio Anastasia (PSDB-MG) e Osmar Serraglio (PMDB-PR), que, preterido para a Mesa da Câmara, lutava para ser Líder do Governo.

MINISTRO BELTRAME
Temer tem a opção de José Mariano Beltrame, ex-governo do Rio, se deseja priorizar ações de segurança pública no Ministério da Justiça.

MINISTRO MARIZ
É forte a chance de o criminalista Mariz de Oliveira ser convocado pelo presidente para o cargo de ministro da Justiça e Segurança Pública.

GRANDE NOMES
Os ex-presidentes do Supremo Tribunal Federal Ellen Gracie e Carlos Ayres Britto também são citados no Planalto para a pasta da Justiça.

EXIGÊNCIA
Como não pode ver cargo dando sopa, o PMDB quer indicar o ministro da Justiça. Pede "compensação" pela perda da pasta da Articulação.

GESTÃO DO SARAH SERÁ ADOTADA EM HOSPITAIS DO DF
Rara referência de qualidade em saúde pública, o Hospital Sarah, de Brasília, inspirou o governo do DF a adotar o mesmo modelo de gestão no Hospital de Base, sua maior e mais movimentada unidade de saúde. Não há segredo no Sarah, e sim seriedade e compromisso. Não há greves no Sarah. É rigorosíssima a seleção de pessoal, inclusive médicos, e só os melhores são recrutados, sob dedicação exclusiva.

SEM ESTABILIDADE
No Sarah, o não cumprimento rigoroso do contrato, sob regime jurídico diferenciado, pode resultar em demissão. Não há estabilidade.

EXEMPLO PARA O PAÍS
Um rigoroso controle de qualidade da prestação de serviços fez do Sarah ilha de excelência que serve de exemplo ao serviço público.

SUJEITO DE DIREITOS
No Hospital Sarah, o paciente é recebido como um sujeito de direitos e não objeto de eventual direito.

DEPENDE DO MP
Para neutralizar o risco de greves ilegais e covardes, como a da Polícia Militar do Espírito Santo, o Ministério Público precisa ter coragem de processar os grevistas por associação ao crime, e responsabilizá-los criminalmente pelos atos de banditismo que facilitaram.

SEU DINHEIRO
Rodrigo Maia autorizou a substituição de todos os aparelhos de telefone da Câmara. Cada um sairá, em média, por R$900. O barato custa R$700. Procurada, a Câmara não se pronunciou sobre o caso.

DINHEIRO NÃO FALTA
Não falta dinheiro para presídios. O Senado aprovou em novembro R$2,3 bilhões para o Fundo Penitenciário Nacional (Funpen), para além do que havia no orçamento. Como sempre, nenhum centavo para programas de assistência às vítimas dos presidiários, como pede a lei.

CLEPTOMANÍACO
Do advogado paranaense Luiz Fernando Pereira sobre o ex-governador do Rio e atual preso em Bangu: "Sérgio Cabral é o maior cleptomaníaco da história da República. Desde a proclamação!"

CONTRA, 83 MIL
Michel Temer acha que só há elogios a Alexandre de Moraes no Supremo Tribunal Federal, mas abaixo assinado no site Change.org reuniu mais de 83 mil contra à indicação, em menos de 24h.

VAI DEMORAR
Caso o Tribunal Superior Eleitoral cancele o registro da candidatura de Dilma em razão das maracutaias do PT, arrastando Michel Temer ao lamaçal e anulando a vitória em 2014, ainda haverá recursos junto ao Supremo Tribunal Federal. Resultado antes de 2018 é impossível.

OITO FORA
Ao indicar Alexandre de Moraes para o STF, o presidente Michel Temer igualou a marca da antecessora Dilma em substituição de ministros: caíram oito do primeiro escalão no primeiro ano, nos dois governos.

PRESOS EM SÉRIE
A PF prendeu mais quatro, no âmbito da Operação Ápia, que investiga corrupção no Tocantins. Sandoval Cardoso, ex-governador, havia sido preso em outubro. Ontem foi a vez ?" que não se perca pelo nome ?" de Renan Pereira, filho do procurador geral do Ministério Público
Estadual.

PENSANDO BEM...
...aneurisma preventivo não é recurso jurídico.
Herculano
08/02/2017 08:18
ANDRÉ LARA RESENDE É PATRULHADO POR FALAR DE TEMA INTERDITADO, por Elio Gaspari, para os jornais O Globo e Folha de S. Paulo.

No início de janeiro, o economista André Lara Resende publicou no jornal "Valor Econômico" o artigo "Juros e Conservadorismo Intelectual". Longo e incompreensível para quem tropeça em coisas como "velocidade de circulação da moeda", o texto trazia uma pergunta:
"Como é possível que depois de dois anos seguidos de queda do PIB, de aumento do desemprego, que já passa de 12% da força de trabalho, a taxa de juro no Brasil continue tão alta, enquanto no mundo desenvolvido os juros estão excepcionalmente baixos?"

Resende não apresentava a resposta, mas informava que está sendo discutida a eficácia do remédio dos juros altos contra a inflação. É possível que essa receita seja tóxica, e esse é um debate corrente na academia internacional.

André Lara Resende foi presidente do BNDES durante o governo de Fernando Henrique Cardoso e integrou a ekipekonômica que criou e administrou o Plano Real, restabelecendo o valor da moeda nacional.
O artigo recebeu mais ataques que o texto de Carlos Marighella "Algumas Questões sobre as Guerrilhas no Brasil", publicado pelo "Jornal do Brasil" em setembro de 1968.

Na maioria dos casos, Lara Resende foi contestado sem ser citado, como se fosse um ectoplasma. Assim fez o professor Samuel Pessôa reclamando por que "propagandeiam-se heterodoxias que vendem ilusões".

Numa entrevista curta e por isso mesmo pouco articulada, o economista Armínio Fraga informou que "o André foi provocativo", reconheceu que esse é "um debate muito especializado" e atirou na testa. Disse que Lara Resende "implicitamente sugeriu que (...) sendo mais agressivo com cortes de juros no Brasil, talvez levasse a uma queda da inflação, o problema é que essa sugestão encontrou terreno fértil no Brasil, que adora um atalho".

Quando a repórter Erica Fraga perguntou-lhe "por que o Brasil adora atalhos", Armínio desconversou. Falar mal do "Brasil" é um dos tiques nervosos da demofobia.
Armínio Fraga, Samuel Pessôa e o artigo de Lara Resende são mais inteligentes do que esse tipo de debate. O professor Delfim Netto registrou que "a tribo dos economistas está inquieta", nem tanto pelo que Lara Resende disse, mas porque mexeu em coisa que deve ficar fora da agenda: a taxa de juros. Vale reiterar, Lara Resende não defendeu juros baixos mas, como disse Armínio Fraga, "implicitamente sugeriu". E isso não se deve fazer, nem mesmo em artigos incompreensíveis para a patuleia.

Os piores atalhos são os que flertam com o silêncio. É quase certo que Armínio e Pessôa conheçam essa história, mas vale recontá-la.

Em 1973, a editora Agir deveria publicar uma nova edição do clássico "Introdução à Análise Econômica", de Paul Samuelson. Lá ele condenava as ditaduras dizendo que, mesmo quando produzem milagres econômicos, eles são transitórios. Entre elas, mencionou a ditadura brasileira. A editora não queria publicar a referência e pressionou Samuelson com a ajuda de dois corifeus do liberalismo econômico nacional, os doutores Eugênio Gudin e Roberto Campos. O atalho do silêncio funcionou, pois Samuelson concordou com a supressão do parágrafo.
Resultado: os jovens americanos que estudaram pela edição americana aprenderam que o Brasil podia quebrar.

Os brasileiros só viram a quebra em 1982, quando ela aconteceu.
Herculano
07/02/2017 22:53
REGIÃO METROPOLITANA DE BLUMENAU É TEMA DE ENCONTRO, por Alexandre Gonçalves, do Informe Blumenau

No dia 10 de março, a Agência de Desenvolvimento Regional de Blumenau traz para a cidade o ex-prefeito de Curitiba, Cássio Taniguchi, superintendente da região metropolitana de Florianópolis.

O tema é a tão propalada instalação da região metropolitana de Blumenau, uma bandeira da região que está desbotada de tanta espera.

O coordenador executivo da ADR, Emerson Antunes (PSC), diz que quer fazer a proposta sair da teoria para a prática. Reconhece que "há anos se fala na importância, mas até agora a coisa não andou". "É preciso fazer os prefeitos da região pensar coletivamente", disse Emerson.

O coordenador quer neste prazo de 30 dias até o encontro, provocar os prefeitos das cinco cidades pertencentes a ADR que ele dirige ?" Blumenau, Gaspar, Pomerode, Luiz Alves e Ilhota ?" e também dos municípios da ADR de Timbó, que tem a cidade sede, Indaial, Rodeio, Rio dos Cedros e Benedito Novo, para que tragam demandas para o debate, de forma a saírem com uma pauta conjunta.

Emerson explica que o que caracteriza uma região metropolitana não é a área de abrangência das ADRs, mas aquilo se chama de conurbação, que é quando as pessoas vivem suas rotinas em mais de uma cidade, movimentando a economia e utilizando serviços públicos comuns. Ele destaca a situação da coleta de lixo, dando como exemplo que Blumenau e Gaspar operam o serviço em contrato emergencial. "Poderiam estar pensando o problema juntos", finaliza.

Tem razão ele. Questões como lixo, transporte, turismo e outros precisam ser pensados regionalmente, pois os Municípios não dão conta sozinhos do problema ou perdem oportunidades ao não atuarem de forma coletiva.

O tema fez parte da recente passagem de Ivan Naatz (PDT) na Assembleia Legislativa como suplente de deputado. Em março do ano passado, conseguiu trazer para cá uma audiência pública do Legislativo, importante, mas de pouco efeito prático.
Herculano
07/02/2017 22:43
PARTIDOS ENXERGAM NA PASTA DA JUSTIÇA OPORTUNIDADE PARA OBTER AUTOPROTEÇÃO, por Josias de Souza

Até ontem, Michel Temer tinha uma vaga de ministro do Supremo Tribunal Federal para preencher e uma lista com 28 candidatos. Hoje, Temer tem 27 preteridos com raiva dele e uma poltrona de ministro da Justiça vazia. Como não há em política erro que não possa ser piorado, Temer enviou para o Supremo Alexandre de Moraes ?"um advogado com plumagem tucana, filiado ao PSDB?" sem dispor de um substituto para o posto de ministro da Justiça. Sujeita-se agora às pressões do PMDB e também do PSDB. As duas legendas tentam indicar ou influir na escolha do novo titular da Justiça.

Não há nessas articulações ninguém preocupado com a necessidade de aperfeiçoar o trabalho da Polícia Federal no combate à corrupção e às facções criminosas. Não se ouve uma mísera ideia sobre como enfrentar a crise nos presídios ou o descalabro da segurança pública, que explode em surtos de violência como o que se verifica agora no Espírito Santo. O que move os políticos, tanto na indicação para o Supremo quanto na escolha do novo ministro da Justiça é o instinto de autoproteção.

Por que diabos os políticos olham para a pasta da Justiça com tanto interesse? A resposta cabe em duas palavras: Lava Jato. Michel Temer disse, em entrevista, que o substituto de Alexandre de Moraes "será uma escolha pessoal", porque o ministro da Justiça "é muito importante." É como se houvesse duas categorias de ministérios: os importantes, que o presidente escolhe pessoalmente, e os desimportantes, que ele leiloa no balcão da baixa política. Temer também declarou que só ouviu elogios à indicação de Alexandre de Moraes para o Supremo. Uma evidência de que, em Brasília, subverte-se até o brocardo. O pior cego é aquele que não quer ouvir.
Herculano
07/02/2017 22:41
NADA MUDOU. A PREFEITURA DE GASPAR TROCOU DE PARTIDO, MAS CONTINUA A ASSINAR PAPELINHOS PARA FAZER MANCHETE E CAPAS DE JORNAIS, PORTAIS E REDES SOCIAIS E ARRUMAR ESPAÇOS PARA DISCURSOS E ENTREVISTAS COMBINADAS.ACORDA, GASPAR!
Erva Daninha
07/02/2017 20:27
Oi, Herculano;

O CUNHA APELA A MORO E DIZ QUE TEM ANEURISMA "COMO DONA MARISA". Às 18:39 hs.

Tá difícil a vida de político ladrão.
Elles roubam e quando são pegos ficam doentes.


Herculano
07/02/2017 18:41
OLHO NO MINISTRO GILMAR MENDES. ELE DEU RECADO QUE QUER VER OS PRESOS POR LONGO TEMPO NA LAVA JATO SOLTOS

Durante os debates, o ministro Gilmar Mendes disse que o colegiado deverá discutir a validade das prisões de investigados na operação. "Temos encontro marcado com as alongadas prisões que se determinam em Curitiba. Temos que nos posicionar sobre esse tema, que conflita com a jurisprudência que desenvolvemos ao logo destes anos."
Herculano
07/02/2017 18:39
O ESPETÁCULO. A DOENÇA NÃO SERVIU PARA BUSCAR SEM PUDOR O PODER E CORROMPER. AGORA, PRESO E EM DESVANTAGEM, REVELA E COMO LULA E O PT, TENTA ARRUMAR CULPADOS PELAS CONSEQUÊNCIAS.CUNHA APELA A MORO E DIZ QUE TEM ANEURISMA "COMO DONA MARISA"

Conteúdo do jornal O Estado de S. Paulo. Texto de Beatriz Bulla, Mateus Coutinho e Ricardo Brandt. Após depor por três horas perante o juiz Sérgio Moro, na Justiça Federal em Curitiba, o ex-presidente da Câmara e ex-deputado Eduardo Cunha (PMDB) leu uma carta de próprio punho na qual afirma que tem um aneurisma ?" como o que vitimou a ex-primeira-dama Marisa Letícia Lula da Silva ?" e que não tem condições de se tratar na prisão onde está detido atualmente.

A audiência desta tarde foi o primeiro interrogatório do peemedebista diante de Moro e começou por volta das 15h. Responsável por aceitar o processo de impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff (PT) ele levou um calhamaço de folhas para a audiência em Curitiba.

Ao final da audiência, a defesa de Cunha protocolou um pedido de liberdade, que será analisado por Moro.
Até então, Cunha havia adotado o silêncio como estratégia. Oficialmente, ele não deu qualquer sinal à Polícia Federal e Ministério Público Federal de que quer colaborar com as investigações. Mas logo após ser preso, contrato o criminalista Marlus Arns, de Curitiba, responsável por algumas das delações da Lava Jato.

Nesta ação, a segunda em que Cunha é réu na Lava Jato, o deputado cassado é acusado de ter recebido em suas contas na Suíça propinas de ao menos R$ 5 milhões referentes à aquisição, pela Petrobrás, de 50% do bloco 4 de um campo de exploração de petróleo na costa do Benin, na África, em 2011.

O negócio foi tocado pela Diretoria Internacional da estatal, cota do PMDB no esquema de corrupção.
O Ministério Público Federal sustenta que parte destes recursos foi repassada para Cláudia Cruz, mulher de Eduardo Cunha, também em contas no exterior ?" a transação está sendo investigada em outra ação, específica contra a mulher do peemedebista.
Herculano
07/02/2017 18:16
CAOS NO ESPÍRITO SANTO MAIS GRAVE DO QUE PARECE E É O RETRATO DO BRASIL, por Reinaldo Azevedo, de Veja.

O que está em curso no Espírito Santo é muito mais grave do que parece. E o Estado brasileiro tem de ter a consciência dessa gravidade para fazer a coisa certa. Em princípio, a reação foi rápida. A tal associação de soldados e bombeiros decretou a greve na sexta, o caos já se instaurou no sábado, e, no domingo, o Exército foi chamado, junto com a Força Nacional de Segurança, que chegou já na segunda-feira. Mas esse é apenas o fragmento mais urgente da narrativa. A questão é mais grave.

Os danos a que estamos assistindo no Espírito Santo não dão conta do perigo. Não custa lembrar. Não é apenas a Federação que está quebrada. A maioria dos Estados também se encontra na lona em razão da mesma crise, fabricada meticulosamente pelo PT. Isso tira dos governadores margem de manobra para realocar gastos mesmo em situações emergenciais.

É o fim da picada que esteja acontecendo essa coisa miserável justamente no Espírito Santo, um estado que vem dando encaminhamento satisfatório à explosiva questão dos presídios, e cujo governador, o bom Paulo Hartung, se deixou pautar pela responsabilidade fiscal

Vejam que coisa. Nem tive tempo de tentar saber quanto ganha um policial militar no Espírito Santo. Mas deve ser pouco. Até outro dia, só o Distrito Federal pagava um bom salário a seus policiais. Explica-se: quem arca com a conta é o governo federal. Caso se tomasse aquele valor como parâmetro, os estados quebrariam.

Notem: a Força Nacional de Segurança e o Exército já se encontram nas ruas. Mesmo assim, as ocorrências criminosas se multiplicam. Afinal, não se tem o mesmo efetivo, com a mesma capilaridade, com o conhecimento da região. Sim, os militares têm de estar lá. Mas sempre há o risco de alguém dizer: "Ih, nem com o Exército resolve", o que confere aos bandidos um poder suplementar.

Cruzamento

Aliás, é bom chamar a atenção para um dado da realidade. Boa parte dos saques, por exemplo, não é praticada por bandidos profissionais. Nada disso! Pessoas comuns, com emprego e carteira assinada, dada a ausência de autoridade, resolvem invadir a loja e tomar o que as faz felizes. E pronto! Não duvido que seja gente que, indagada a respeito, dirá que lugar de bandido é a cadeia.

Há um tanto da crise social aí? Há. Mas pouco. Pobre não está a um passo de ser criminoso. Isso é preconceito. O que conta é outra coisa: as várias culturas do planeta, quase sem exceção, não garantiram ao Estado o monopólio do uso da força por acaso.

Você não precisa ser um hobbesiano empedernido para saber que, no estado da natureza, o homem é o lobo do homem. O que de aparentemente mais cruel os outros animais fazem por necessidade, instinto e determinação genética, nós, os humanos, fazemos por ardil.

O que isso quer dizer? O primeiro passo é reinstaurar a ordem. E isso precisa ser feito com a punição imediata nos grevistas, na forma da lei. Os policiais militares que lideram essa greve têm de ser presos imediatamente, na forma da lei. Estão submetidos à mesma disciplina das Forças Armadas. E, se isso implicar em risco de aumento da crise, com a possibilidade de ela se espraiar, bem, dizer o quê? Que as Forças Armadas, aplaudidas pela população, cumpra seu papel Constitucional, previsto no Artigo 142 da Constituição.

Há sinais de inquietude na Polícia Militar do Rio. Aqui e ali, outras ameaças surgem. Bem, não há negociação com quem foi armado pelo Estado e contra ele se volta ??" e contra a população também! ?", unindo-se objetivamente ao crime organizado.

Militares não podem criar sindicatos. Infelizmente, abusa-se de firulas legais para organizar associações que? funcionam como sindicatos.

Ordem já!

O primeiro |passo é reinstaurar a ordem, com a prisão imediata de militares grevistas. Para que fique claro ao país qual será o procedimento. O segundo é considerar a possibilidade de uma intervenção mais ampla e duradoura.

E há uma terceira questão: o governo federal tem de tomar a iniciativa de formar uma comissão, a mais ampla e representativa possível, para estudar uma fonte de financiamento para a Segurança Pública. A resposta pode ser no médio prazo. Mas constatar essa fragilidade essencial e para anteontem.
Herculano
07/02/2017 18:09
ILHOTA EM CHAMAS

Primeiro: foi um contrato emergencial para regularizar por dois meses a contratação de um caminhão compactador coletor de lixo da Say Muller, de Gaspar, e que faz o serviço desde o dia primeiro de Janeiro.

Agora, foi a vez de aditivar o contrato que a prefeitura possui com a Recicle, de Brusque, desde 2015. Ele foi prolongado por quatro meses até abril. É para aceitar o depósito do lixo de Ilhota.
Sidnei Luis Reinert
07/02/2017 15:32
Do professor Olavo de Carvalho:

Se o cidadão não pode ter armas para se proteger mas, se tiver dinheiro, pode contratar seguranças armados para protegê-lo, a conseqüência mais óbvia e inevitável é que S?" OS RICOS TÊM DIREITO À PROTEÇÃO ARMADA.
Desarmamento civil é isso e nada mais.
Sujiro Fuji
07/02/2017 13:57
Patética essa tentativa de politizar a morte da Dona Enfia As Panelas.
Se a escumalha não respeitou a defunta, porque eu iri respeitá-la?
Desejo um inferno lotado de ladrões do dinheiro público e o distinto dando risadas...
Anônimo disse:
07/02/2017 13:52
Herculano, se o PMDB daqui não quer ser comparado com o PMDB nacional e muito menos com o comparsa de anos, o PT. Porque o Diário Oficial dos Municípios (aquele que se esconde na internet) não é transparente?

LEMBRETE:
Quem gosta de bandido está confessando que é bandido também.
Violeiro de Codó
07/02/2017 13:44
Herculano:

CONTRA MORO - às 08:13Hs

Como brasileiro pagador de impostos e não mamador das tetas do governo, me sinto mais seguro com o juiz Sérgio Moro fazendo palestras nos EUA com agenda aberta e de conhecimento de todos, do que quando o Fanfarrão e a Debiloide iam escondidos com agenda secreta fazer tramoias que agora vem à tona.
O Brasil "devagarim" está sendo passado à limpo, apesar dos PeTralhas.
Herculano
07/02/2017 12:55
DISCURSO NO VELORIO DE MARISA ESCANCAROU A PEVERSIDADE DE LULA, por Kim Kataguiri, coordenador do Movimento Brasil Livre

A moral dos petistas é diferente. Desde o escândalo do mensalão, quando criminosos condenados foram chamados pela militância do partido de "guerreiros do povo brasileiro", ficou claro que, para eles, os fins justificam os meios.

Roubaram? Sim, mas não tem problema; foi para sustentar um projeto de poder em prol dos mais pobres. Lula, ao usar o caixão de sua mulher como caixote de comício, mostrou de maneira cristalina quão perversa é essa moral flexível.

Lula começou seu discurso destacando quão importante foi o sindicato para a sua carreira: "Aqui eu aprendi a falar (...), aqui nós pensamos em criar a CUT, aqui nós pensamos em criar o PT". E por aí foi. E a Marisa? Ah, ela foi uma companheira de partido que "sustentou a barra" para que Lula ascendesse politicamente.

Aos risos, o ex-presidente se orgulhou de nunca ter visto o parto de nenhum de seus filhos, narrando um episódio em que largou Marisa, prestes a parir, num pronto-socorro para ir a uma reunião da diretoria do sindicato, só se lembrando da mulher na manhã seguinte, quando seu filho já havia nascido.

Do bom humor, Lula partiu para o ódio. Disse que Marisa ajudou a construir o partido que "a direita quer destruir", e que morreu triste por causa de uma "canalhice", de pessoas que estariam "levantando leviandades" contra ela. "Moro bandido!", gritou um militante, verbalizando o espírito de rancor que o presidente passava nas entrelinhas.

Lula termina dizendo que não tem medo de ser preso, que sua consciência está tranquila e, por fim, que está sendo vítima de mentiras. O que era para ser um velório se tornou um comício. O que seria um momento de profunda tristeza e solidão para qualquer pessoa normal foi usado como mero combustível para a desmoralizada militância petista.

"Lula, guerreiro do povo brasileiro!", berrava a militância no fim do discurso. Já se passaram mais de 10 anos desde o escândalo do mensalão. A mentalidade doentia do petismo não mudou. E daí que ele usou a morte da esposa como palanque? Foi para reviver um projeto de poder em prol dos mais pobres.

Pelo poder, Lula transformou corrupção em método de governo. Pelo poder, Lula sacrificou até a própria humanidade. Pelo poder, Lula criou a falsa dicotomia entre a moral do chão de fábrica do ABC e a moral "das elites"
Sidnei Luis Reinert
07/02/2017 12:23
Os Covardes Coveiros da Lava Jato


Edição do Alerta Total ?" www.alertatotal.net
Por Jorge Serrão - serrao@alertatotal.net

O "Chefete de Polícia" (assim xingou o inimigo Renan Calheiros) mandou avisar: que no STF tinha uma vaga para Temer lhe brindar. Foi assim que, no Brasil da Piada Pronta (royalties para José Simão), um Presidente da República indicou para o Supremo Tribunal Federal um político tucano da estirpe do Alexandre de Moraes ?" que produziu uma tese de doutorado na Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo condenando a legitimidade de nomear para uma vaga na Corte Suprema alguém que exerça cargo de confiança no poder executivo.

No distante ano 2000, Alexandre de Moraes pregava que era preciso diminuir a possibilidade de utilização dos cargos no STF como "instrumento de política partidária". Por ironia, tal pregação está escrita no livro "Jurisdição Constitucional e Tribunais Constitucionais: garantia suprema da Constituição". A solução proposta pelo acadêmico Moraes era que as indicações supremas fossem divididas entre o Presidente da República, O Congresso Nacional e o Poder Judiciário. Eis a brecha na tese moralista para a indicação do Ministro da Justiça para a vaga aberta pela morte de Teori Zavascki.

O presente para Moraes, que foi péssimo na gestão da crise penitenciária longe de se encerrar, é um sinal de que a Lava Jato corre perigo. O livre pensador Hélio Duque recorda que, nos últimos anos, oito operações de combate à corrupção foram anuladas pelos tribunais superiores do judiciário brasileiro ?" o Superior Tribunal de Justiça e o Supremo Tribunal Federal. Foram detonadas: 1-Castelo de Areia; 2-Banestado; 3-Chacal; 4-Satiagraha; 5-Boi Barrica; 6-Dilúvio; 7-Poseidon; e, 8-Diamante. Será que a Lava Jato corre risco de entrar nesta lista de sabotagem?

Os segmentos pensantes da classe média alimentaram ainda mais tal dúvida, depois que o Presidente Michel Temer cometeu a ousadia de conferir poder supremo ao tucano Alexandre de Moraes. Não foi à toa que Temer optou pela temeridade de fazer uma nomeação inteiramente política ?" e não técnica, como era reivindicação de magistrados. Temer tem uma intenção estratégica no futuro próximo: a impunidade seletiva. Punição para inimigos. Salvação para aliados.

Qualquer um sabe que o grande plano do PMDB e seu parceiro PSDB é gerar proteção, na Corte Suprema, para "alívios" em futuros julgamentos de poderosos com foro privilegiado. A velocidade dos processos no STF tende a andar bem mais lentamente que na primeira instância. Além disso, quem for condenado nas varas federais ?" e não aderir às "delações premiadas" - terá a chance de apelar aos infinitos recursos às instâncias superiores, onde punições podem ser revistas ou anuladas.

A Lava Jato não pode ser enterrada porque conta com o apoio da esmagadora maioria da sociedade brasileira. No entanto, nada na atual conjuntura e estrutura estatal dominada pelo Crime Institucionalizado assegura que a Lava Jato não possa ser "neutralizada" ou contida em seus efeitos punitivos contra o "andar de cima" da corrupta politicagem brasileira. Sérgio Moro, Marcelo Bretas e outros "pontos fora da curva" seguirão rigorosos com quem não tem foro privilegiado. Será que o STF, com o relator Edson Fachin, fará o mesmo com os "poderosos"? Sonhar não custa nada...

Apenas por mera coincidência que não existe, o Procurador-Geral da República, Rodrigo Janot, deu um troco ao PMDB governista pela temerária decisão de indicar Alexandre Moraes para o STF, enquanto se exige que o Ministério da Justiça seja aparelhado pelo partido. Janot pediu ao STF a abertura de inquérito para investigar os super-poderosos Renan Calheiros, José Sarney e Romero Jucá por tentativa de obstrução da Lava Jato. É bomba atômica para Edson Fachin detonar ou desarmar. Ano passado, Teori Zavascki não quis punir o trio... A "República de Curitiba" ?" onde Fachin mora ?" exige apoio à turma do Moro... Morou, Fachin?

O peemedebista Temer terá o mês de fevereiro para definir quem vai lotear o Ministério da Justiça. Alexandre de Moraes entrou de licença, por 30 dias, até que o Senado aprove seu nome. O presidente da casa, Eunício de Oliveira, acredita que emplaca Moraes no cargo no dia 22. Até lá, muita água vai rolar na Lava Jato. Sérgio Moro voltou a jato de Nova York, onde deu palestra ontem, para ouvir, nesta terça-feira, o explosivo depoimento de Eduardo Cunha - um ex-poderoso peemedebista, agora em desgraça.

Graaaaaaande PSDB... Negociou um salvo-conduto aos bandidos do PMDB, em troca da indicação de um filiado ao STF. É assim que muita gente entende a tranqüilidade de um Eike Batista ?" que perde a peruca, porém não perde a cabeça. Depois, tem idiota que ainda tem a coragem de proclamar a besteira de que o PCC é "a quadrilha"... Sacanagem...

O sósia do Lex Luthor em breve estará posando como um dos 11 semideuses do STF. O Super Moro que reforce a blindagem, porque vem muita kriptonita nos bastidores da Lava Jato. Darth Vader está comemorando o supremo apadrinhamento tucano proporcionado por Temer.

Como o Batman já foi forçado a se aposentar, por pressão da bandidagem, os jedis da Força Tarefa e Mestre Yoda Janot que se cuidem... O Império contra-atacou a "República de Curitiba". O vampiro quer sangue, e $talinácio só pensa no enterro da Lava Jato... Django, nele...

Já Temer só pensa em se manter no poder. Tanto que sua defesa no processo que apura crimes na campanha presidencial de 2014 pretende alegar que a arrecadação era contratada por um tesoureiro comandado pela equipe de Dilma Rousseff (lembram dela?), e que ele não tinha domínio sobre tal fato.

O Tribunal Superior Eleitoral, tal qual a Velhinha de Taubaté, deverá acreditar no Presidente, e tudo fica como dantes no Palácio do Planalto, porque o mercado financeiro não quer que Temer caia. Os rentistas também querem que a Lava Jato dê uma paradinha... Logo, no Brasil, juntam-se os coveiros com a vontade de enterrar..
Herculano
07/02/2017 11:49
PRIMEIRO AQUI

Quem é leitor e leitora da Coluna Olhando a Maré, soube aqui muito antes que a sessão de hoje a tarde terá 45 indicações, três requerimentos e uma moção
Herculano
07/02/2017 11:47
ATRAPALHADOS

A secretaria de Administração de Gaspar continua mostrando que ainda não acertou o passo. Falta-lhe gestão. Comando por curiosos.

Ela mandou publicar um decreto anunciando a vacância de cargo de uma servidora. Na sexta-feira, teve que publicar no Diário Oficial dos Municípios - aquele que se esconde na internet - um novo decreto reconhecendo que isso não aconteceu.

Como consequência, o servidor concursado que convocou para o lugar da suposta aposentada, teve também que ser desconvocado.
Herculano
07/02/2017 10:36
O TRIGO DE ALEXANDRE MORAES

Conteúdo de O Antagonista. O Estadão diz que "a expectativa dos políticos é de que Alexandre de Moraes integre uma maioria a favor da tese de que é preciso separar o joio (enriquecimento pessoal) do trigo (financiamento de campanha) ao tratar dos políticos enrolados na Lava Jato".

O código penal já separa o joio do trigo.

Na verdade, o que os políticos enrolados na Lava Jato pretendem é outra coisa: que o joio seja considerado trigo e que o trigo não seja punido ?" nem em casos de lavagem de dinheiro.
Herculano
07/02/2017 10:14
ESTRATÉGIA INUSUAL, por Vera Magalhães, no jornal O Estado de S. Paulo

Uma estratégia inusual à sua personalidade garantiu a Alexandre de Moraes a indicação à vaga de Teori Zavascki no Supremo Tribunal Federal (STF): ele articulou com discrição.

Durou pouco, é verdade. Nesta segunda-feira, 6, Moraes rompeu o silêncio que mantinha nas últimas semanas ?" se abstendo de polêmicas e esperando os adversários ao cargo se queimarem um a um ?" e foi flagrado por um fotógrafo enviando mensagem à mulher pelo celular confirmando a indicação.

Mas o fato é que, depois de entrar em várias bolas divididas desde que assumiu o Ministério da Justiça, as mais recentes depois de explodir a crise penitenciária, Moraes se recolheu. Passou a implementar o Plano Nacional de Segurança nos bastidores.

Enquanto isso, assistiu à montanha-russa que ceifou nomes como Ives Gandra Martins Filho ?" outro dos "finalistas" de Temer ?" e vários ministros do Superior Tribunal de Justiça (STJ).

Prevaleceu o critério político: Temer não esperava ter uma nomeação para o STF em seu curto mandato. Seria um gesto ousado demais indicar seu ministro da Justiça para relatar a Lava Jato. Mas, ao se eximir de indicar o sucessor de Teori até que a própria Corte resolvesse a vacância da relatoria, o presidente abriu caminho para seu favorito.

A expectativa dos políticos é de que Moraes integre uma maioria a favor da tese de que é preciso separar o joio (enriquecimento pessoal) do trigo (financiamento de campanha) ao tratar dos políticos enrolados na Lava Jato. Não à toa, ele contou com a simpatia dos ministros que têm defendido, aberta ou reservadamente, esse entendimento.

Resta saber se o magistrado Alexandre de Moraes primará pela discrição do candidato ao STF ou pela eloquência anterior (e posterior). Para um juiz, o mais sensato é se manifestar só nos autos.
Herculano
07/02/2017 09:31
PRISÃO DE CUNHA É O PRIMEIRO TESTE DE FACHIN, por Helena Chagas, de Os Divergentes

O primeiro teste do ministro Edson Fachin no posto de relator da Lava Jato será sua posição no julgamento da reclamação do ex-deputado Eduardo Cunha contra sua prisão, nesta quarta-feira, no plenário do STF. É bom lembrar que o assunto foi parar lá porque Teori Zavascki identificara, em dezembro passado, uma perigosa tendência da segunda turma da Corte a libertar Cunha.

Houve uma forte articulação de bastidores no PMDB e no governo para tentar influenciar o Supremo a tirar Cunha da cadeia ?" e, com isso, evitar uma delação premiada.

Ao constatar que o ex-deputado poderia ter a seu favor os votos de três integrantes da turma ?" Gilmar, Toffoli e Lewandowiski ?" Teori suspendeu o julgamento e pediu quero caso fosse examinado pelo plenário, o que é uma prerrogativa do relator. Com isso, praticamente revelou, indiretamente, que seu voto seria por manter Cunha preso.

Edson Fachin não tem que manter as posições de Teori na Lava Jato. Mas uma mudança de orientação no caso de Eduardo Cunha a esta altura do campeonato seria emblemática. Além de ser o primeiro ato de um novo relator escolhido com grande expectativa, pode passar a ideia de que o STF resolveu botar um freio na Lava Jato.

Por isso, as apostas em Brasília são de que, depois de amanhã, Eduardo Cunha continuará preso.
Miguel José Teixeira
07/02/2017 09:07
Senhores,

". . .Ao usar o caixão da esposa como palanque para pregar uma narrativa que sabe falsa, Lula encolhe moralmente ainda mais. . ."

Impressionante , Correio Braziliense, hoje (pressuponho que, pelo estilo, seja na Coluna do Ari Cunha, omitida na edição eletrônica)

Político que é político em qualquer oportunidade faz comício. De batizados a velório, onde tiver orelhas abertas, ele despeja o latinório, diz o filósofo de Mondubim. Não foi diferente também durante todo o processo que começou com a entrada da ex-primeira-dama, Marisa Letícia, no Hospital Sírio-Libanês e culminou com seu velório na sede do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC.

Tão logo foi anunciada a enfermidade de D. Marisa, prontamente formou-se na porta do hospital, uma providencial claque raivosa de militantes, arregimentada com o objetivo de hostilizar qualquer um não alinhado e, de quebra, usar um momento que deveria ser apenas de apoio reservado à família, para ocupar espaço na mídia. A imprensa, obviamente, foi o primeiro alvo da ira dos manifestantes. Não faltaram xingamentos e ameaças de todo tipo aos profissionais que cobriam o evento.

Os políticos, em geral, que ousaram prestar solidariedade pessoalmente no local só não foram agredidos graças ao reforço na segurança. Muitos, inclusive, foram obrigados a entrar no hospital por portas laterais para escapar da fúria dos agitadores profissionais. Tudo conforme sempre rezou o manual de boas maneiras imposto aos filiados pelos donos do partido. Até aí nada de mais.

Desde que chegaram ao poder, os dirigentes desse partido sempre fizeram questão de abrir um fosso entre eles e a sociedade não adesista. O problema é que com a decadência da legenda, provocada justamente pelas operações da polícia, as quais acabaram levando à prisão muitas de suas lideranças, o partido, que era um continente antagônico, se reduziu a uma ilhota, cercada de descontentamento por todos os lados.

É nessa condição de encolhimento físico e moral que o próprio chefão do partido não se fez de rogado e, diante da companheira e dos mortos-vivos que acompanhavam o féretro, ousou culpar, pela morte da companheira, as investigações da Operação Lava-Jato e congêneres. Ao usar o caixão da esposa como palanque para pregar uma narrativa que sabe falsa, Lula encolhe moralmente ainda mais.

Herculano
07/02/2017 08:13
CONTRA MORO

O juiz Federal Sérgio Morro foi ontem a Nova Iorque proferir uma palestra na biblioteca de Columbia. Era um convidado e o tema a Operação Lava Jato.

Ambiente cheio. E ai, três insurgiram com palavras, vaias e cartazes de protestos. Foram vaiados e retirados do ambiente. Quem liderava o protesto? A filha do jornalista engajado, que viveu grossas verbas oficiais dos governos do PT, Luiz Nassif. Ela é beneficiária de uma bolsa do programa Ciência sem Fronteira, com cerca de R$22 mil. Ou seja, tinha que protestar mesmo.
Herculano
07/02/2017 08:08
O VELHO "TRUQUE DO ESPECIALISTA", CLÁSSICO NA IMPRENSA [principalmente rádio e tevês], VEM FALHANDO

Conteúdo de o Implicante. Esse expediente é mesmo pra lá de clássico. Trata-se daquele negócio de um programa ou veículo de comunicação chamar algum "especialista" para dar sua opinião "técnica" sobre determinado assunto e, em vez disso, ele basicamente traz a tese de alguma ideologia, corrente, partido etc.

Por que fazem isso? Porque, a rigor, os veículos e programas são (ou deveriam ser) imparciais nesse tipo de coisa. Mas claro que nada funciona assim, então há casos em que chamam alguém para dizer aquilo que não pode ser dito por quem está à frente dessas atrações ou afins.

O problema é que já não vem dando muito certo. Na verdade, vem dando efeito contrário.

Isso porque, com o alcance cada vez maior das redes e o estágio atualmente desenvolvido da organização dos grupos de interesse (seja de que lado for), a coisa não dura mais do que alguns minutos. Rapidamente, tão logo anunciam um "especialista", a rapaziada corre buscar as obras do dito cujo. E muitas vezes encontra pura militância ideológica, política ou até partidária ?" não raro, sobre tema que se insere naquilo a que foi falar como um "técnico".

Esse tipo de caso, aliás, nem tem como ser enquadrado como "perseguição". Se um grande veículo nomeia alguém como especialista, é NATURAL que se procure seu trabalho para um estudo aprofundado ou algo do tipo. E também é natural que a reação seja negativa quando, em vez de vasta obra endossada pelos estudiosos da área, encontram posts em favor (ou contra) os lados abordados na análise.

Sinal dos tempos. Condene-se ou não a prática, parece que veio mesmo para ficar e será cada vez mais comum (e forte) a reação. Eis aí mais um ponto a que a grande imprensa precisa atentar, sob pena de acabar perdendo ainda mais sua influência.
Herculano
07/02/2017 08:04
REGRESSÃO À MÉDIA, por Hélio Schwartsman, para o jornal Folha de S. Paulo

Performances muito acima ou abaixo da média são por definição incomuns. Assim, quando alguém começa a agir surpreendentemente bem ou assustadoramente mal, o mais provável é que logo volte a seu desempenho típico. O nome do fenômeno é regressão à média.

Na vida prática ele nos leva a inferências incorretas, como supervalorizar o poder da punição e subestimar o do reforço positivo. O aluno mediano vai mal na prova e toma uma reprimenda do professor. Como, no teste seguinte, o normal é o estudante voltar à nota mediana, o mestre achará que a bronca funcionou. Já o discípulo que se sai muito bem na avaliação será elogiado. Como dificilmente repetirá o desempenho, o professor concluirá que o incentivo de nada serviu. Nossas mentes ávidas por causalidade não processam bem a distribuição aleatória da sorte e do azar.

A administração Temer vive seus dias de regressão à média. Como se sabe, o governo é bom para angariar apoios no Congresso, não se destaca em pensamento estratégico e é um desastre quando precisa lidar com a opinião pública.

Por um instante, Temer pareceu ter quebrado os grilhões da mediocridade. Após a morte do ministro Teori Zavascki, ele jogou surpreendentemente bem. Era uma situação em que o presidente, que tem como principais assessores gente muito citada na Lava Jato, tinha tudo para enforcar-se. Mas, ao anunciar que esperaria o STF designar um novo relator para a matéria antes de nomear um substituto para Teori, fez uma jogada de mestre e evitou cair numa emboscada do destino.

A boa fase não durou. Temer voltou a ser ele mesmo e decidiu dar um cargo de ministro ao enroladíssimo Moreira Franco, blindando-o contra Moro na Lava Jato, e indicar Alexandre de Moraes para o STF, transferindo diretamente para a corte que poderá julgar atos de seu governo alguém que até ontem estava no governo.

É difícil transcender à própria natureza.
Herculano
07/02/2017 08:01
MORAES SE RECUSA A DETALHAR CONTRATO COM CUNHA, por Cláudio Humberto, na coluna que publicou hoje nos jornais brasileiros

Indicado pelo presidente Michel Temer à vaga de ministro do Supremo Tribunal Federal, Alexandre de Moraes não cogita esclarecer suas relações contratuais com o ex-deputado Eduardo Cunha, de quem foi advogado, em 2013. A coluna indagou o ministro, por sua assessoria, o valor do contrato e como os serviços foram pagos (transferência bancária ou dinheiro vivo), mas o ministro optou pelo silêncio.

DOCUMENTO FALSO
Eduardo Cunha foi acusado no Supremo Tribunal Federal do crime de uso de documento falso. O STF recebeu a denúncia, mas o absolveu.

ATUAÇÃO ELOGIADA
A atuação de Moraes em defesa de Cunha foi elogiada no STF e considerada mais convincente que a acusação do procurador-geral.

CLIENTE AGRADECIDO
Cunha nunca escondeu sua gratidão por Moraes, tanto que a indicação para o STF chegou a ser atribuída ao ex-presidente da Câmara.

É PRECISO EXPLICAR
Moraes deve esclarecer a relação com Cunha: advogado tem contrato protegido por sigilo, mas o indicado para o STF, não, dizem os juristas.

MACRI S?" CONFIRMOU VISITA AP?"S SAÍDA DE RENAN
O presidente da Argentina, Mauricio Macri, fez questão de negociar sua visita de Estado ao Brasil, que se inicia nesta terça (7), para depois da saída de Renan Calheiros da presidência do Senado. Visita de Estado é solene, marcada por pompa e circunstância e, ao contrário de Visita de Governo, impõe uma ida protocolar ao Senado e à Câmara. Macri não queria que Renan fosse o presidente do Congresso a recebê-lo.

NEM PENSAR
Em visita após sua posse, em dezembro de 2015, Macri recusou um encontro previsto com o então chefe do Senado, Renan Calheiros.

DE JEITO NENHUM
Na visita durante os Jogos Olímpicos, em agosto de 2016, Macri evitou se reunir com o senador alagoano, ao contrário de outros governantes.

NADA PESSOAL
Não é pessoal a ojeriza de Macri por Renan. Ele apenas avalia que não ficaria bem aparecer com o senador. Os governos não comentam.

SOBRA DE ENERGIA
O ministro Fernando Coelho Filho (Minas e Energia) explicou ontem que o cancelamento do último leilão de energia limpa, em dezembro de 2016, atendeu a recomendação do Tribunal de Contas da União (TCU), que levou em conta o fato de haver sobra de energia no País.

IMPRENSADO
A senadora Marta Suplicy (PMDB-SP) deve sair do imprensado, na disputa pela presidência da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), para chefiar outra comissão do Senado.

A VOLTA DA DUPLA
Ex-presidente da Comissão do Impeachment de atuação muito elogiada, o senador Raimundo Lira (PMDB-PB) convidou Antonio Anastasia (PSDB-MG) para ser o vice na CCJ. Os tucanos adoraram.

REVISOR DA LAVA JATO
Indicado para o STF, Alexandre de Moraes será revisor da Lava Jato no plenário. O ex-advogado de Eduardo Cunha vai desempenhar papel semelhante ao de Ricardo Lewandowski no julgamento do mensalão.

PDT ENCOLHIDO
O dono do PDT, Carlos Lupi, consolida a fama de "coveiro do partido", como tem sido chamado por ex-militantes brizolistas. Ontem, Lasier Martins (RS) fez seu primeiro discurso já como senador do PSD.

INVESTIMENTOS
O embaixador da Hungria, Norbert Konkoly, informou a Suframa que ao menos três empresas do seu país ?" de software, sistemas e sensores de vigilância ?" planejam se instalar fábricas na zona franca de Manaus.

VISITA VAPT-VUPT
O argentino Mauricio Macri desembarca em Brasília às 10h30, segue para reunião com o presidente Michel Temer, depois almoça no Itamaraty, em seguida visita a Câmara e o Senado, depois o Supremo Tribunal Federal, e às 17h15 bate em retirada para Buenos Aires.

FIM DAS REGALIAS
Abaixo-assinado no site Change.org já tem mais de 120 mil assinaturas pedindo um projeto de lei que acabe com regalias dos políticos, como auxílio moradia, o cotão parlamentar, auxílio viagem etc.

CANDIDATO A SÍNDICO
Derrotado na eleição para vice-presidente da Câmara, o deputado Lúcio Vieira Lima (PMDB-BA) não perdeu o humor. "Na próxima semana, eu lanço candidatura para síndico do meu prédio".

PENSANDO BEM...
...se o Senado "é o céu" para quem é senador, como se diz na política, para simples mortais o Supremo Tribunal Federal é o paraíso na terra.
Herculano
07/02/2017 07:55
RESSENTIMENTO NO BRASIL ATINGE CUMES CONSTRANGEDORES, por Mário Sérgio Conti, no jornal Folha de S. Paulo

Países de classe média grande são relaxantes, diz uma personagem de "Toni Erdmann", comédia que estreia na quinta-feira (9). Concorrente ao Oscar de filme estrangeiro, ela vai do Primeiro Mundo (Alemanha) ao finado Segundo (Romênia) para mostrar algo da classe média europeia.

Um pai e uma filha encarnam a pequena burguesia. Professor de música para crianças, o patriarca pouco trabalha. Usufrui do Estado de Bem-Estar social do pós-guerra e dos costumes libertários de 1968. No início do filme, ele se fantasia de zumbi; é um morto-vivo.

Já a filha é uma executiva do capitalismo turbinado duas décadas depois, a partir do fim da Guerra Fria. Hipercompetitiva no seu blazer preto, ela demite em Berlim, Bucareste ou Cingapura. Tanto faz onde porque o Primeiro, o Segundo e o Terceiro Mundos são trincheiras da globalização, na qual ela é um uber-drone.

A moça é um produto torto de 68. Pôde entrar no mercado de trabalho porque há meio século começou uma vaga feminista, que no entanto ela despreza. Para empregar o seu jargão: está focada na carreira e performa. Usa drogas, sexo e afeições quando a ajudam no trabalho.

A filha acha o pai arcaico e irresponsável. Ele a considera cruel consigo mesma e com os outros. Na penúltima cena, a jovem está nua e o velho é um monstro peludo. Na última, a reconciliação é ambígua.

Como aqui a classe média é minoritária e os pobres preponderam, o Brasil não é relaxante. O país está ainda mais tenso porque é difícil encontrar trabalho, e a pequena burguesia acha que o PT roubou os seus empregos. A ira impera.

O ressentimento atinge cumes constrangedores. Uma trabalhadora que nunca fez mal a ninguém, Marisa Letícia, agonizava, e um panelaço irrompeu em torno do hospital. Médicos, blogueiros e publicitários insuflaram agressões bestiais. O afeto que se encerra no peito nacional se fez ouvir.

A cerimônia que os eleitos pela classe média (e não só por ela) protagonizaram dentro do hospital, porém, não foi uma mera trégua. Foi uma conciliação apoteótica, e tão mais grave porque feita à beira de um leito de morte.

Cleptocratas de todos os partidos, o Planalto e o Congresso em peso, o atual presidente ?"e dois ex?" foram todos muito além do protocolar. Propalaram em alto e bom som seu apreço e afeto pelo adversário da véspera, Lula.

Uma explicação para tal congraçamento se encontra no "homem cordial" de Sérgio Buarque: no Brasil, a nata dominante faz com que sentimentos se sobreponham à fria letra da lei, de modo a beneficiar materialmente o seu clã, a sua casta e a sua classe.

Lula foi além da cordialidade na oração fúnebre que fez diante dos despojos da mulher. Disse quem são, de fato, seus inimigos: "os facínoras que levantaram leviandades contra Marisa". Ou seja, Sergio Moro e os procuradores da Lava Jato.

Ao divulgar a gravação de um telefonema entre Marisa e um filho, que não falaram nada de relevante, mas na qual ela disse um palavrão, o juiz cometeu uma baixeza. Ao processá-la, para atingir Lula, golpeou abaixo da linha da cintura.

Como não querem magoar a classe média, os cleptocratas se calaram. Na morte de Marisa, contudo, ficou evidente que preferem Lula a Moro. Não querem ser presos e receiam a humilhação de suas famílias.

Para Lula, para o que sobrar do PT, para a esquerda toda, resta o mais difícil: reconquistar a confiança dos trabalhadores e da classe média.
Herculano
07/02/2017 07:51
MORAES DEFENDE PRISÃO "POR SENTENÇAS CONDENATORIAS SEM TRÂNSITO EM JULGADO", por Josias de Souza

A chegada de Alexandre de Moraes ao Supremo Tribunal Federal não deve alterar a decisão que empurrou para dentro das cadeias os condenados em duas instâncias do Judiciário. O indicado de Michel Temer à poltrona de Teori Zavaschi escreveu sobre o tema num de seus livros. Chama-se Direitos Humanos Fudamentais. Suas posições coincidem com as do juiz Sergio Moro e dos procuradores da força-tarefa da Lava Jato.

Moraes escreveu no livro que a consagração do princípio da inocência, segundo o qual ninguém pode ser considerado culpado antes do julgmento definitivo, não torna inconstitucionais as modalidades de prisões provisórias: "?Permanecem válidas as prisões temporárias, preventivas, por pronúncia e por sentenças condenatórias sem trânsito em julgado."

Em decisão liminar, ainda pendente de julgamento do mérito, o Supremo decidiu no ano passado que os condenados em segunda instância devem aguardar atrás das grades o julgamamento de eventuais recursos. O placar foi apertado: 6 a 5. Teori Zavascki, morto em acidente aéreo, votou com a maioria. O grande temor dos investigadores da Lava Jato é que o substituto de Teori desfaça essa maioria tênue.

Entretanto, Alexandre de Moraes teria de rasgar o que escreveu para promover a reviravolta no Supremo. "A existência de recurso especial dirigido ao Superior Tribunal de Justiça ou de recurso extraordinário encaminhado ao Supremo Tribunal Federal, ainda pendentes de apreciação, não assegura ao condenado o direito de aguardar em liberdade o julgamento de qualquer dessas modalidades de impugnação recursal", anotou o preferido de Temer. O recursos não têm "eficácia suspensiva", ele acrescentou.

Ao abrir as portas das cadeias para réus endinheirados como os da Lava Jato, o Supremo promoveu uma revolução judicial. Antes, encrencados desse porte sabiam que, com dinheiro e bons advogados, podiam ficar em liberdade. Ajuizavam recursos em série, empurrando os processos com a barriga até a prescrição dos crimes. Deve-se à interrupção dessa ciranda a enxurrada de delações que culminou com as 77 colaborações da Odebrecht.

Em tese, as posições que o escolhido de Temer deitou sobre o papel não deixam dúvidas quanto ao seu pensamento. O diabo é que, no caso de Alexandre de Moraes, nem sempre vale o escrito. Numa dissertação de doutorado que escreveu em 2000, o personagem sustentou o seguinte ponto de vista: ocupantes de cargos de confiança (ministro, por exemplo) não deveriam ser nomeados para o Supremo pelo presidente a que serviam. Sob pena de lançar dúvidas sobre a independência do indicado. Guiando-se por sua própria tese, Moraes teria de refugar o convite de Temer.
Herculano
07/02/2017 07:48
da série: incompetentes na gestão, hábeis na corrupção, a esquerda do atraso continua criando mártires para esconder os seus erros e continuar a enganar analfabetos, ignorantes, desinformados e alimentar a sua tosca militância.

SIMPLESMENTE MARISA, por Vanessa Grazziotin, senadora pelo PCdoB-AM, no jornal Folha de S. Paulo

Nosso adeus a dona Marisa Letícia, além da dor, foi carregado de sentimento de tristeza e de profunda indignação com o que ela e sua família foram submetidos. Marisa era uma pessoa simples, com uma trajetória de vida tal qual muitas brasileiras de origem humilde. Mãe e dona de casa responsável, mas acima de tudo uma lutadora, militante.

Aos 9 anos era babá e, aos 13, operária numa fábrica em São Bernardo, onde mais tarde lideraria passeatas de mulheres pela liberdade de sindicalistas presos pela ditadura militar.

Foi companheira e conselheira de um dos mais importantes líderes políticos do mundo. Deixou-nos, vítima de um AVC que lhe ceifou prematuramente a vida aos 66 anos de idade. Ela ainda resistiu por dez longos dias, durante os quais foi alvo de calorosas manifestações de solidariedade, especialmente das pessoas simples do povo.

Mas, lamentavelmente, também foi vítima de agressões estúpidas, bestiais, semelhantes àquelas que levaram Getúlio Vargas ao suicídio. Que mundo é esse em que se comemoram a doença e o falecimento de alguém? Que seres humanos são esses?

Ela imaginou que a eleição do primeiro operário presidente da República deixaria para trás o ódio de classe, assim como acreditou que a eleição da primeira mulher presidente indicasse o fim do preconceito e da discriminação contra as mulheres.

Que nada! A teoria e a prática estão mostrando que são as contradições de classes que alimentam a intolerância entre humanos e desencadeiam as crises.

Dona Marisa e Lula foram e são vítimas desse ódio, que se intensificava na mesma proporção do sucesso do governo. Alguns não admitiram que um homem simples, um operário, ocupasse um posto tão importante.

Lula, diferentemente de muitos, não se trata de um homem simples que venceu na vida porque acumulou riqueza. Pelo contrário, venceu porque ousou dizer que também os simples, os trabalhadores, podem comandar.

Governar não só para aqueles de quem o poder historicamente sempre cuidou, as camadas mais abastadas, mas sobretudo para aqueles a quem sempre se virou as costas, os pobres, os excluídos.

A crise pela qual passamos deixa claro o quanto as diferenças de classe ainda marcam as relações sociais, animam a intolerância e o ódio contra as pessoas. Porém, mesmo vivendo numa sociedade injusta, dividida em classes, não se pode permitir esse tipo de intolerância e de ódio. Temos que entender que não há caminho para a humanidade que não passe pelo amor, pela solidariedade.

Mesmo depois de 72 anos de publicada, a Declaração Universal dos Direitos Humanos ainda é um sonho e um objetivo a ser alcançado.
Neri Pedro Demetrius
06/02/2017 22:49
Sr. Domicio,

Estranhei algumas coisa nesta coluna, a ausência de comentários do lendário sr Sombrio nos últimos 11 meses.
segundo, vi uma no site da prefeitura ou nos jornais da cidade, uma reunião do prefeito da mesa virada com empresários da Rodolfo Vieira Pamplona, entre eles o que manda ex-prefeito Schneider o que manda e tem terras no Gasparim....
Será que quer retorno ao "esforço" vitorioso da campanha?
fico na dúvida, às mas linguas dizem que o tal empresário, fará como fez no Sete de setembro doando terras nobres ao Estado pra construção de colégio estadual e vendendo terreno em bangado, a dita sabolandia ao lado colégio. Assim quer fazer, doar terras pra arena multi uso, para depois vender os charcos ao redor pras classes menos favorecidas e desinformada.
ai credo, o que a ganância e capaz de fazer.
Ticiano
06/02/2017 22:01
Herculano

Parabéns pelos seus escritos, mas hoje aibda e segunda. Segura essa agonia cara.
Mariazinha Beata
06/02/2017 20:17
Seu Herculano;

"o PT, Zuchi e os petistas, usaram a família do ex-prefeito Dorval Rodolfo Pamplona e que deu nome à ponte. Ela foi levada de boa-fé a aplaudir a placa, que nem oficial era. Os pamplonas foram feitos de figurantes..."

O que mais me chocou foi ver uma senhorinha que foi iludida a participar deste evento grotesco.
A família não tem conhecimento como funciona o esquema da quadrilha PT?
Agora já sabem, o PT adora constranger pessoas.

Bye!bye!
Ser Veró
06/02/2017 19:47
Já se passaram 6 dias e no portal transparência ainda não aparece os salários! Como iremos fiscalizar? A prefeitura tem algo a esconder?
Herculano
06/02/2017 18:59
CONFIRMADO

O Ministro da Justiça, o tucano Alexandre de Morais, ligado ao governador de São Paulo, Geraldo Alckmim, foi indicado pelo presidente Michel Temer, para ser ministro do Supremo Tribunal Federal, no lugar do falecido, o catarinense Teori Zavascki. Agora ele terá que ser sabatinado pela Comissão de Constituição e Justiça do Senado, e escrutinado pelos senadores. Só com maioria simples é confirmado.
Herculano
06/02/2017 18:46
COMÍCIO DE CORPO PRESENTE, por José Nêumanne, no jornal O Estado de S. Paulo

No Hospital Sírio-Libanês, onde recebeu os pêsames pelo AVC que provocou a morte de sua mulher, Marisa Letícia, e no Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, antigamente de São Bernardo do Campo e Diadema, que ele presidiu e onde a conheceu, Luiz Inácio Lula da Silva fez o melhor que pôde para confirmar traços inconfundíveis de seu caráter. E mostrou estar em plena forma para repetir, como de hábito, todos os papéis que desempenhou na vida inteira.

Abraçou e afagou Fernando Henrique Cardoso, de cuja candidatura ao Senado, em sublegenda do PMDB, participou, nela empenhando seu prestígio de mais importante líder sindical da História do Brasil. O pleito foi vencido por Franco Montoro, mas , quando este ocupou o governo de São Paulo, o suplente ficou com sua vaga por quatro anos e dela ascendeu ao Ministério da Fazenda, no qual derrubou a inflação com o Plano Real, e terminou na Presidência da República. Chegaram ambos, aliás. Primeiro, o sociólogo da USP, que o derrotou duas vezes, e no primeiro turno. Depois, ele próprio esmagou dois adversários tucanos, assumindo um poder inimaginável, que o fez prosseguir pela escolha insensata da "gerentona" Dilma Rousseff. A imagem do abraço carinhoso mereceu aplausos generalizados de aliados e inimigos de ambos os lados. Saiu vencedor do aconchego, não tanto pelo afeto comungado e exibido, mas muito mais pelo risco representado por sua capacidade de mostrar-se capaz de cruzar pinguelas para ultrapassar abismos que os adversários construíram.

No dia seguinte, passou de novo pelo mesmo teste. Quando recebeu o presidente Michel Temer, sócio nas vitórias improváveis do poste Dilma, sem o qual ela jamais chegaria ao segundo turno em qualquer das duas eleições que venceu, mas por intermédio de quem foi apeada do poder, Lula travestiu-se de camelão. Na intimidade do apartamento hospitalar, que dividia com a mulher morta, conversou com o antigo camarada, que já foi seu súdito, dando o melhor de seu talento conciliador. Ofereceu-se para aconselhar. Deu como exemplos os piores conselhos ?" "só faça a reforma da Previdência quando a economia estiver bombando" e "estimule o consumo" ?", com a convicção de quem parecia depender do sucesso do outro para a própria sobrevivência. Pôs nos seus devidos lugares o adversário que derrotou para assumir um poder que só deixaria 13 anos, 5 meses e 12 dias depois, José Serra, e o antigo subordinado de cujo insucesso agora depende para voltar ao ápice mais uma vez, Henrique Meirelles, presidente do Banco Central em seu governo e ministro da Fazenda de Temer.

Do lado de fora do lugar onde a "galega" jazia, numa longa espera da decisão de protocolos médicos para ter o próprio passamento decretado, hordas de militantes chamaram Temer de "assassino" de uma vítima de mal súbito. Marisa teve um aneurisma identificado há dez anos, mas não se submeteu à cirurgia que a livraria do risco, nem evitou álcool, fumo ou algum mau hábito que levasse ao surpreendente desfecho. Ré em dois processos com o marido e dois filhos também sob o mesmo risco, ela seria uma estátua de gelo se não tivesse sofrido o estresse inevitável nas circunstâncias. Mas nunca seria demais concluir, por mais cruel que isso seja, que o único meio de não sofrer esse tipo de pressão ou tensão é não dar motivos para polícia e Justiça se interessarem por eles.

Temer, naturalmente, também foi xingado de "golpista", apesar de o PMDB dele ter sido fundamental para a vitória do poste, e de "bandido". De fato, o chefe do Poder Executivo foi citado 45 vezes numa delação dos 77 da Odebrecht. Mas, nesse particular, não seria justo usar o insulto nem para humilhar o anfitrião, réu em cinco processos por crimes de corrupção, lavagem de dinheiro e organização criminosa.

Lula nunca teve escrúpulos para agir de uma forma na intimidade e atuar de maneira oposta em público. A "metamorfose ambulante", que ele assumiu ter tomado emprestada da metáfora de Raul Seixas, comprovou que a experiência aprimorou sua capacidade de se metamorfosear. O sapo barbudo, que divertia Brizola ao ver a burguesia inimiga degluti-lo, jamais precisou de contos de fada para transformar-se em príncipe de convescotes. O cafajeste dos palanques nunca dependeu de gritar "shazam" para virar o Capitão Marvel gentil de palácios, mansões e clubes finos.

E essa capacidade de se virar do avesso sem precisar mudar de ambiente nem de vestuário se manifestou de forma mais absoluta mesmo depois de, afinal, a morte ter carimbado os protocolos de Marisa Letícia (alegria em latim). Esta, no caixão aberto, não foi obstáculo para que o marido abdicasse do respeito devido aos entes queridos mortos para se agarrar à oportunosa ensancha de um bom mote para retomar novamente os fados da fortuna, que em vida sempre sorriram ao casal.
Dias antes, o líder do PT na Câmara dos Deputados, Carlos Zarattini (SP), disse no Salão Verde da Casa que a morte cerebral de Marisa se deveu, em parte, a "toda a pressão que ela sofreu, que a família do presidente Lula vem sofrendo, a perseguição da Operação Lava Jato, a tentativa interminável de imputar crimes ao presidente e aos seus familiares. É evidente que isso levou a uma tensão que desaguou nesta situação."
Mas ainda faltava a palavra do mui temido chefão. E ela veio no elogio fúnebre da mulher. Num discurso de 20 minutos, ele não deixou por menos: "Marisa morreu triste por causa da canalhice, da leviandade e da maldade que fizeram com ela (?) Acho que ainda vou viver muito, porque quero provar para os facínoras que eles tenham (sic) um dia a humildade de pedir desculpas a essa mulher (?) Esse homem que está enterrando sua mulher hoje não tem medo de ser preso (?) Descanse em paz, Marisa. O seu 'Lulinha Paz e Amor' vai ficar aqui para brigar por você."

Seu recado foi dado, Lula não perdeu um segundo da chance que teve para tirar proveito daquela situação dolorosa, mas também oportuna. Talvez não se deva esperar resultado espetacular que catapulte seus sonhos de volta à Presidência, pois a multidão que foi ao velório coube nos limites da sede sindical. Ao que parece, não há muito mais a almejar no momento: a volta ao sindicato, não à chefia do governo federal. Os devotos que foram ao ABC não lotariam sequer as dependências do demolido estádio de Vila Euclides, que sediavam as assembleias dos metalúrgicos em greve nos 70.

Não adianta acusá-lo de oportunista ou insensível por tê-lo feito. Afinal, a seu lado, o bispo aposentado dom Angélico Sândalo Bernardino, que esteve ao lado do casal nas lutas sindicais e na resistência à ditadura, fez pior: trouxe, quase como um indulto do papa Francisco, que também não resiste a oportunidades para mostrar seu espírito marqueteiro, seu cajado amigo de pastor. No sermão do comício fúnebre, criticou a reforma da Previdência do governo Temer, a quem Lula se tinha oferecido para "ajudar".

A reforma da Previdência é um remédio muito amargo, mas algo há que ser ministrado para dissolver os trombos que entopem veias e artérias da República, de cama e em coma. Se seu amigo bispo se dispuser a indicar mezinha menos amarga para evitar que os aposentados de amanhã não tenham benefícios a receber de um erário erodido com a grande contribuição dos ladrões perseguidos pela Lava Jato, a hora é esta. Então que o faça e deixem Marisa descansar em paz
Herculano
06/02/2017 18:41
CELSO DE MELLO SERÁ RELATOR DE PEDIDO DO STF CONTRA A NOMEAÇÃO DE MOREIRA FRANCO

Conteúdo do jornal O Estado de S. Paulo, sucursal de Brasília. Caberá ao ministro Celso de Mello, o decano do Supremo Tribunal Federal, responder ao pedido da Rede Sustentabilidade pela suspensão da nomeação de Moreira Franco ao cargo de ministro da Secretaria-Geral da Presidência. O posto foi recriado pelo presidente Michel Temer (PMDB) por meio de Medida Provisória.

O mandado de segurança é assinado pelo juiz Márlon Reis, idealizador do projeto de Lei da Ficha Limpa, e pelo advogado Rafael Martins Estorilio.

A Rede pede que "seja deferido pedido de liminar no sentido de sustar os efeitos do ato de nomeação e posse do Ministro Moreira Franco para o recém-criado cargo de 'Ministro de Estado Chefe da Secretaria-Geral da Presidência da República', até decisão final de mérito".

O pedido do partido vai além do questionamento sobre Moreira ganhar status de ministro. Também mira o presidente Michel Temer ao pedir que ele preste informações à Justiça sobre a nomeação do ministro.

A Rede também pede que seja encaminhado, por ofício, ao ministro Edson Fachin, relator da Lava Jato, um requerimento "para a exibição em original ou em cópia autêntica das delações e quaisquer documentos envolvendo as autoridades impetradas".

A nomeação de Moreira Franco para o cargo de ministro da Secretaria da Presidência, na última sexta-feira (03), foi questionada por políticos da oposição, já que ele passará a ter foro privilegiado em sua nova condição. Moreira Franco foi citado na delação de Claudio Melo Filho, ex-executivo da Odebrecht, mas ainda não é formalmente investigado.
Herculano
06/02/2017 18:35
PELOS CRITÉRIOS DE TEMER, MORAES É OPÇÃO RUIM, por Josias de Souza

Michel Temer avisara aos seus auxiliares que escolheria um nome incontestável para ocupar a poltrona de Teori Zavascki. Dissera que, como primeiro presidente constitucionalista da história, não tinha o direito de errar na escolha do nome do novo ministro do Supremo Tribunal Federal. Fixara dois critérios que guiariam sua escolha: 1) A opção seria técnica, não política; 2) O escolhido deveria ter um perfil semelhante ao de Teori, morto em 19 de janeiro num acidente aéreo. Ao optar por Alexandre de Moraes, Temer desvirtuou seus próprios parâmetros.

Moraes não é um neófito em Direito. Nessa matéria, há coisa pior no Supremo. Mas, além de polêmico, o preferido de Temer tem notórios vínculos com o PSDB. É filiado ao partido. Servia ao governo tucano de São Paulo. Foi alçado à poltrona de ministro da Justiça na cota do tucana

De resto, o perfil de Moraes distancia-se do de Teori como a Terra da Lua. Tanto que auxiliares de Temer, ao conhecer os critérios que o presidente se auto-impusera, já haviam descartado a hipótese de transferência do ministro da Justiça para a Suprema Corte. Em privado, Temer dissera mais de uma vez que considerava Moraes mais útil na Esplanada dos Ministérios. Seus auxiliares apostavam que ele escolheria um ministro do Superior Tribunal de Justiça, de onde saíra Teori.

Supremo paradoxo: tomado por seus escritos, o próprio Alexandre Moraes considera que sua migração da pasta da Justiça para uma cadeira do Supremo não seria recomendável. Numa tese de doutorado que apresentou na USP em julho de 2000, Moraes sustentou que ocupantes de cargos de confiança deveriam ser vetados.

Moraes escreveu o seguinte: ''É vedado [para o cargo de ministro do STF] o acesso daqueles que estiverem no exercício ou tiveram exercido cargo de confiança no Poder Executivo, mandatos eletivos, ou o cargo de procurador-geral da República, durante o mandato do presidente da República em exercício no momento da escolha, de maneira a evitar-se demonstração de gratidão política ou compromissos que comprometam a independência de nossa Corte Constitucional.''

Quer dizer: se Temer seguisse seus critérios ou os ensinamentos do seu ministro da Justiça, Alexandre Moraes jamais seria escolhido para o posto de ministro do Supremo Tribunal Federal.
Herculano
06/02/2017 18:25
A VOZ DO PREFEITO

O Líder do prefeito Kleber Edson Wan Dall, PMDB, na Câmara, será Francisco Hostins Júnior, PMDB. Advogado, já foi do PDT e ex-secretário da Saúde, de Pedro Celso Zuchi, PT
Herculano
06/02/2017 18:21
A FORÇA-TAREFA PARA INVESTIGAR O BNDES TEM DE SER CRIADA IMEDIATAMENTE.

Conteúdo de O Antagonista Como disse o [jornal] Valor, "há mais de uma dezena de procedimentos investigatórios em torno do banco".

Um deles, que já resultou em ação penal, apura o suposto envolvimento direto de Luiz Inácio Lula da Silva em vantagens indevidas que ele teria recebido da Odebrecht em dois períodos: de 2008 a 2010 e de 2011 a 2015".

A mina de ouro de Eike Batista, que não produziu um grama de ouro, é igual à petroleira de Eike Batista e ao estaleiro de Eike Batista.

Ele a comprou por 1,5 bilhão de dólares.

E serviu apenas para pagar propina e enganar os tolos.

Eike Batista, a caminho da prisão, disse que a mina de ouro usada para repassar propina a Sérgio Cabral era a maior da Colômbia.

O Fantástico foi à Colômbia e descobriu que Eike Batista, como sempre, estava mentindo.

"A mina existe, mas nas mãos de Eike não chegou a produzir um grama de ouro. E agora nem pertence mais a ele".
Herculano
06/02/2017 18:13
PRESÍDIO MODELO

A recém inaugurada penitenciária do Vale, em Blumenau, divisa com Gaspar, foi anunciada como modelo. Já houve rebelião, mortes e fugas. Desta vez, oito - a maioria assaltantes de bancos e caixeiros - fugiram depois de cerrarem as grades, nas barbas de todos, que devem ser também surdos antes de serem cegos.

O presídio é que é falho? Pode até ser. Mas, a corrupção de quem cuida dele é maior do que suas vulnerabilidades físicas. O inquérito que rola sobre o velho presídio de Blumenau, de onde os detentos são egressos, não deixa nenhuma dúvidas sobre este assunto.

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