Por Herculano Domício - Jornal Cruzeiro do Vale

Por Herculano Domício

06/12/2017

“Os que dizem que não há deficit na Previdência se dividem em dois grupos: os enganados e os enganadores. Os enganados são inocentes. Os enganadores não”, por João Borges, comentarista e editor de economia do Jornal das Dez, da Globo News, ex-assessor de imprensa do Banco Central

DEPUTADOS, SENADORES E OS DA ESQUERDA DO ATRASO QUEREM QUE OS TRABALHADORES E POBRES SUSTENTEM A PREVIDÊNCIA E PRIVILÉGIOS DELES E DOS FUNCIONÁRIOS PÚBLICOS ESTÁVEIS, DE ALTOS SALÁRIOS, ATÉ A MORTE

Estamos discutindo a mini-Reforma da Previdência. É pouco, mas ainda assim é muito, se eventualmente ela for aprovada.

Contra números, esta discussão mostra que há analfabetos que não sabem fazer contas e gente que entende muito do assunto, mas que se porta como canalha, manobrando os pobres, analfabetos, ignorantes, os desinformados, chantageando para levar grandes lascas dos nossos pesados impostos, num assunto socialmente essencial para o futuro e o mínimo bem-estar de todos.

E por que? Porque os parlamentares, eleitos para nos representar e não é só do PT, PDT, PSB, PCdoB, PSTU, PCO, PSOL, Rede e outros da esquerda do atraso, defendem apenas a si próprios e gente poderosa que ganha muito como eles. Gente que é estável mesmo não produzindo, aposenta-se muito cedo e com salários altos e integrais. E quem paga esta injusta conta? Os mais pobres, os trabalhadores e até mesmo os desempregados. Vergonha sem fim!

No Brasil, 63% dos trabalhadores, sem esses privilégios defendidos por uma maioria expressiva de políticos e todos os sindicalistas, numa junção de interesses diabólicos, aposentam-se, em média aos 66 anos, repito, 66 anos, e com apenas um salário mínimo: repito, um salário mínimo. Para esses aposentados, quase indigentes, nada vai mudar. Vão continuar recebendo com a Reforma o mesmo um salário mínimo por mês e se aposentando aos 66 anos diante dos privilégios dos outros.

Entretanto, é para essa gente desprotegida, enfraquecida, pobre, analfabeta, ignorante e desinformada, que os sindicalistas, e principalmente os políticos, por sacanagem e esperteza, pois querem os votos dela para se perpetuar no poder, privilégios próprios dos políticos, dos sindicatos e funcionários públicos, estão aterrorizando-a, com ideias, números e propaganda. Todos falsos.

Até a contrapropaganda oficial esclarecendo minimamente os desinformados sobre esta inversão de valores, pediram na Justiça para embargar. A canalhice é tamanha, que querem anular o embate dos números e ideias. Preferem a versão única e a escuridão sobre a dialética, o contraditório. Sintomático! Vale a propaganda dos sindicatos, das guildas de privilegiados e os discursos populistas dos políticos, que nos roubam até a esperança, porque sensatez seria pedir muito a esses parasitas sociais.

Se este arremedo de Reforma não for feito, além de quebrar o Brasil, corre-se o risco de não se pagar, em pouco tempo, essas milionárias aposentadorias, simplesmente por falta de dinheiro como já acontece em vários sistemas estaduais, como o do Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul e Minas Gerais. Mas, até o debacle, raspa-se o tacho e quando não houver o que raspar, os pobres, os fracos, os analfabetos, os ignorantes e desinformados serão os primeiros ameaçados. É que essa gente é esperta e não possui nenhuma sensibilidade para se salvar nos seus privilégios.

Os trabalhadores da iniciativa privada, não darão conta de sustentá-los como querem e fazem hoje em dia. Os impostos serão tão altos, que nada – como educação, saúde, segurança e obras essenciais - poderá mais ser oferecido aos brasileiros. Todo o dinheiro arrecadado irá para pagar as polpudas e milionárias aposentadorias de poucos. Um dia, até isso terminará. O país, então entrará definitivamente no buraco.

É impossível pensar que se possa sustentar aposentadorias de R$ 20 mil, R$30 mil, R$40 mil por mês ou mais, que em alguns casos chegam a R$100 mil, para gente que quer se aposentar aos 45 ou 50 anos, com expectativa média de viver até aos 80 anos.

Quem vota contra a Reforma da Previdência vota a favor dos ricos e contra os pobres pagadores dessa conta injusta. Simples assim. Os senadores e deputados enganam seus eleitores de forma torta e discarada.

Veja, este resumo do debate recente na Rede Bandeirantes de Televisão. Ele esclarece muito das falácias que gente entendida tenta espalhar por aqui, inclusive. Essa gente só pensa nela. Pensa no presente. É a nata da Casa Grande, disfarçada de defensora dos pobres, fracos e oprimidos da senzala, usados apenas de massa de manobra para deixá-la permanente no poder e sustentada pela maioria sem voz, enganada e entorpecida por discursos e promessas eleitorais falsos.

Alguns políticos, estão, verdadeiramente, receosos que se votarem pela Reforma, não serão reeleitos, pois a minoria de funcionários públicos privilegiados fará a contrapropaganda. Os políticos sabem que não é isso, se forem corretos e claros com a maioria que os elege. Na verdade, os sabem que a não reeleição deles é um sentimento generalizado entre os eleitores, exatamente pelo que eles são, não fazem pela sociedade, mas defendem o assalto que tomaram o estado. Também simples assim.

Tanto que hoje, uma pesquisa do Datafolha mostra que 60% julgam o trabalho deles ruim e péssimo e certamente, não é porque eles podem votar a favor da Reforma. Ao contrário. Porque percebem como sacanas atrás de benefícios e privilégios para si próprios e não votando para o sucesso da sociedade que o elege.

O fenômeno do retrocesso chamado Jair Bolsonaro, PSC, 27 anos no parlamento, sem produzir nada, a não ser frases de efeito, esclarece definitivamente o enjoo dos brasileirox com seus políticos. É um brado de liberdade, mesmo sabendo que está se voando para um precipício, como foi com Fernando Collor de Mello. Uma parcela da sociedade chegou a tal ponto do insuportável, que prefere até o suicídio, aos políticos que a manobra e a faz sustentar nas suas lambanças, roubando e negociando diante de si os seus pesados impostos.

A não reeleição de parlamentares não está diretamente ligada à Reforma da Previdência que atinge uma minoria, mas poderosa, de privilegiados do mundo político e do funcionalismo, mas à roubalheira empreendida na última década dos pesados impostos de todos e à luta feroz que os políticos fazem para acabar com a Lava Jato, onde os envolvidos, mostraram para a sociedade e eleitores, para se safar, que existe também uma Justiça diferenciada para andar de cima que os protege e aplica rigorosamente para os mais pobres, analfabetos, igonorantes e desinformados. Nada mais. Wake up, Brazil!


(Clique na imagem acima para assistir ao vídeo)

 

INCOMPARÁVEIS

Na Câmara de Gaspar, pelo jeito, bateu o desespero no PT. Ele está cada vez mais isolado, depois que o vereador Wilson Luiz Lemfers, PSD, como revelei aqui. Quase silenciosamente, Lemfers “deixou” o tal “Bloco Democrático” para votar com o governo, mesmo que seletivamente.

O PT age em duas frentes: está comparando 12 anos de governo de Pedro Celso Zuchi (2001-2004 e 2009-2016) com 11 meses do governo Kleber Edson Wan Dall, PMDB. Ai não dá, não é! O PT vai apenas tornar Kleber uma vítima da sua própria propaganda enganosa. Na outra, com as emendas obrigatórias sobrando em Brasília, está alocando parte delas, aqui, o que é justo e normal. Mas, coloca o governo Kleber como pedinte e o PT como tutor daquilo que ele próprio não resolve.

É certo que o governo de Kleber não deslanchou, muito por culpa dele próprio e do prefeito de fato, o secretário de Fazenda e Gestão Administrativa, presidente do PMDB em Gaspar, e coordenador da campanha de Kleber, Carlos Roberto Pereira. A imposição e a vingança não combinam com resultados das urnas de outubro do ano passado, mas combinam com o PMDB daqui e seu longo histórico. E por conta disso, já experimentou vários revezes no passado. Não aprendeu. Vai no mesmo caminho.

Kleber fez uma campanha com promessas irresponsáveis (era a segunda), não se preparou adequadamente para ser governo previsível, pois sempre esteve folgadamente na frente nas pesquisas, montou uma equipe notoriamente fraca do ponto de vista técnico, de inovação, transformação e até de realização. Pior, caiu nas armadilhas deixada pelo próprio PT por não querer enfrenta-lo de frente e impor uma nova marca de governo, pois foi para isso que foi eleito. Quem o elegeu não queria a continuidade, certamente. Nem o retrocesso, definitivamente, como aparenta.

Quem como ação de governo começou a plantar flores nos canteiros improvisados da cidade sem algum objetivo claro de resultado, mostra exatamente a que veio. Prometeu remendar em 30 dias a ponte do Vale inaugurada inapropriadamente pelo PT em 30; levou seis meses. Assumiu – por que quis - a arapuca da intervenção do Hospital de Gaspar feita pelo PT, que ninguém sabe de quem é o Hospital, um buraco nas finanças do município e que com essa gula contra os recursos públicos, deixou o sistema dos postinhos, policlínica e farmácia – que atende os mais pobres e os eleitores - funcionando precariamente, alvo de ira dos necessitados.

Neste assunto, arrumou um culpado: a técnica que indicou e já expurgou; atendeu na Câmara que lhe colocava a faca no pescoço, não para defender os mais pobres, os doentes, mas a corporação de médicos. Agora, está metido em outra enrascada. Trocou o Anel de Contorno, caro de propósito para deixá-lo inviável pelo governo do estado, por migalhas num arremedo de contorno interno. Já começou a “fritação” do seu outro técnico. Como no caso do Hospital, a mobilidade que poderia ser uma boa bandeira, tornou-se problema e motivo de desgastes por interesses pequenos de toda a sorte.

Na educação, depois de aumentar as filas creches diante da inércia para dar solução ao grave problema social, inventou o atendimento em meio período para os outros, não para os filhos dos políticos e comissionados; até eleição democrática de diretores das escolas e CDIs, desmoralizou com intervenções para atender correligionários. A incoerência se tornou a sua marca: desmoralizou o discurso da economia, tão necessária, ao aumentar em R$600 mil por ano com comissionados e funções gratificadas.

Kleber não encontrou um eixo. Isso mostra que não se preparou. Falta-lhe estratégia, gente capaz e competente. Sobram puxa-sacos, improviso e vingadores. Por isso, está tampando buracos, está fazendo muito, mas pouco ao mesmo tempo. Está deixando aquela velha máxima sobrepor no seu governo: a soma de pequenos problemas não resolvidos, tornam-se, como percepção ao povo, um grande problema. E os pequenos se acumulam porque ele não possui uma bandeira macro para desfraldar, um rumo, um objetivo, uma realização.

Pior. Está, pelos seus, perseguindo, vingando-se, logo ele, que se diz religioso e trouxe um monte deles para o seu redor. O velho estilo do PMDB que apareceu com Bernardo Leonardo Spengler – o que não terminou o mandato por dúvidas administrativas e Adilson Luiz Schmitt, o que não se reelegeu por birras e más influências, inclusive caseiras, ressurgiu. E o PT já percebeu. Mas comparar 12 anos com 11 meses, aí é trabalhar contra o seu próprio argumento e tornar Kleber vítima da fiscalização politiqueira. Acorda, Gaspar!

O OUTRO LADO QUANDO NÃO AJUDA NA VERSÃO, É FALSO, É MUDO, É ASSESSÓRIO, MENTE E CUSTA CARO PARA O CONTRIBUINTE

Está é uma coluna de opinião, de observação, de comentários e não, necessariamente de informação, notícia ou reportagem, a função principal do portal e do jornal. A coluna trabalha essencialmente com fatos públicos e já expressos na mídia como notícia, informação ou reportagem; ou a coluna trabalha com documentos disponíveis em meios legais, de transparência obrigatória ou fornecidos por suas fontes (e que não são poucas).

Todavia, os atingidos, direta ou indiretamente, reclamam, por esperneio, e nem tanto como direito, do tal “outro lado”, a versão da opinião que não cola, que não se sustenta, a que incrimina mais, e que apenas atende o ego de quem o vê perde-lo por sua ação imprópria, contradição e hipocrisia.

Tenho feito experiências com as duas principais assessorias públicas de Gaspar, na verdade, cabides de emprego com os pesados impostos de todos. Elas são constituídas para a propaganda, oficial e ao modo antigo, dos políticos e os do poder de plantão. Essa forma não possui mais efeito prático nos dias de hoje onde as mídias sociais, amplamente participativas na era dos smartphones. Ela torna irrelevantes o modelo de assessoria convencional, antiga, do tempo do jeitinho, da Câmara e a da prefeitura. Meus leitores e leitoras já sabem disso e não vou me repetir nos artigos que já escrevi e demonstrei sobre essa anomalia técnica.

Mas, as vezes eu tenho recaídas. Teimoso, não aprendo às lições que são me dadas. O que fazer! Veja mais esta.

Na quarta-feira, dia 29 de novembro (estamos no dia seis de dezembro), cedo, mandei este e.mail para a Assessoria de Imprensa da Prefeitura de Gaspar. Aí você pensa, aquela estrutura toda, em minutos, vai lhe dizer que ao mesmo está viva e honra os seus bons salários pagos pelo povo. Que nada!

Até agora, um silêncio só, como se isso pudesse ser uma punição, se eu fosse um manso, dependente e incompetente para não descobrir o que tentam esconder ou dourar, como fizeram indecorosamente no caso da Saúde Pública, e cujo conteúdo oficial publicado saiu pela culatra; ou armam como se o tempo fosse suficiente para esquecer ou apagar os contratempos em que se meteram, ou possuem a obrigação ética de esclarecer à sociedade.

Como já escrevi, essa gente da assessoria não é do ramo, não é profissional, tem medo de perder o emprego, e por isso se deixa levar por coisas acadêmicas – e até ideológicas - que não cabem mais nos dias hoje.

Pior, submetem-se, como cordeiros, a leigos que de comunicação não sabem e nem saberão nada, porque estão em outra era, precisam exercer o poder de mando a qualquer preço sobrepondo à moralidade, à ética, à legalidade e à transparência. Falta-lhes o essencial: a estratégia, a inteligência e o profissionalismo no pesado jogo, sem regras.

Ou vocês, leitores e leitoras, acham que este descaso é da Superintendência de Comunicação? Talvez até ela concorde e tenha pedido o aval, o que seria um absurdo ético. Esta ação é orientada e de conhecimento pleno do prefeito Kleber Edson Wan Dall e do prefeito de fato, Carlos Roberto Pereira, todos do PMDB.

Leia, o email:

“Liliane [Machado, a superintendente de Comunicação da prefeitura de Gaspar], bom dia.
Na sexta-feira, publiquei. Abaixo:

Deu zebra. O Tribunal de Contas mandou a prefeitura de Gaspar parar o processo de contratação da empresa de tickets refeição/alimentação para os servidores e que substituiu o polêmico “auxilio alimentação” disfarçado de salário e que vinha sendo pago aos servidores há 23 anos.

A licitação foi realizada no dia nove de novembro e no valor de R$ 8.059.535,87. Coisa grande, então! Por isso, também suscita brigas grandes e com gente especializada nisso.

É que uma das participantes da licitação, a Trivale Administração Ltda., achou-se prejudicada. Ela foi eliminada da concorrência por não atender um dos itens do edital: o que trata da exigência de que os índices de endividamento sejam menores ou iguais a 0,50 e de liquidez corrente, igual ou superior a 1,5, para as participantes daquela licitação’.

Então gostaria de saber:

Em que ponto deste processo, ele parou, pois foi assim que o relator do caso no TCE determinou.

O que a prefeitura está fazendo para contestar? Qual o argumento?

Por que a prefeitura exigiu índices tão baixos, se eles não são comuns neste tipo de concorrência?

Os tickets foram distribuídos este mês aos servidores? Se não, por quê?
Quando será feito?

Grato
Herculano”

Continuo sem as informações da prefeitura, e logo num assunto que penso ela estar certa e a defendi. Estou reclamando? Não! Estou expondo os penduricalhos que não funcionam como o projetado, tudo pago com dinheiro público e que dizem estar escasso na prefeitura. Penso que sou mais eficiente. Desde muito cedo aprendi a não ser dependente dessa gente chapa-branca e corporativa do mundo da lua dos políticos.

Os tais tickets não foram distribuídos neste pagamento de novembro, como o planejado (e não adianta desmentir, porque tendo a oportunidade de se pronunciar antes desta minha afirmação, assim não o fez). E por quê? Exatamente devido a zebra que surgiu com a decisão do TCE, noticiada aqui em primeira mão, surpreendendo até o interessado, o Sindicato.

Afinal, para que serve uma superintendência de imprensa na prefeitura de Gaspar se ela não consegue sequer dizer que recebeu um e.mail, numa confirmação de praxe, dar prazos ou até informar que não vai responder nada porque não reconhece o colunista como um “amiguinho” seu, refém de press releases ou de silêncios providenciais? A economia, que a prefeitura, acertadamente tanto persegue, talvez possa começar por essa assessoria cabide. Acorda, Gaspar!

VEREADOR CÍCERO GIOVANI AMARO, PSD, FOI AFASTADO DO SAMAE

Cícero Giovani Amaro, PSD, combativo vereador da oposição, funcionário efetivo do Samae de Gaspar, foi afastado da sua função pelo presidente da autarquia, o mais longevo dos vereadores e ora licenciado, José Hilário Melato, PP. Esta é a notícia. Era esperada, inclusive pelo próprio Cícero que já esperneava sobre o assunto há algum tempo, na tentativa de evita-la.

Cicero quer tornar esse ato do Samae, um fato político partidário e ser apenas vítima dele. Cícero, infelizmente, neste caso, está errado. Antes de ser legal, é ético este ato de escolha. E não combina, o acumulo, para quem faz o papel de combater o errado. “O mesmo diretor que concedeu a liberação [para participar das sessões], é o mesmo que afastou [das funções]”, respondeu-me laconicamente num pedido de esclarecimento.

Cicero! Você acredita em palavra de político, apesar de você um deles, mas pode mudar esse conceito generalista? Nem na palavra, nem mesmo no que se escreve. Veja o ofício de Cícero ao Melato e ele concordando de próprio punho com o pedido de Cícero. Mais do que isso: Melato descontava as horas que Cícero faltava no Samae para ir à Câmara, como mostram os holerites abaixo. Então é um jogo de poder, dissimulação e perseguição. Mas é assim mesmo...

Quando Cícero se candidatou a vereador, como qualquer outro funcionário público, sabia que era incompatível pela colisão de horários, o exercício da função pública no Samae e a de vereador.

Preferiu ignorar e enfrentar o problema lateralmente e com puxadinhos frágeis do ponto de vista legal. Não fez a escolha certa para preservar a sua imagem, história e autonomia política. Deixou para o prefeito Kleber Edson Wan Dall, PMDB, o secretário de Fazenda e Gestão Administrativa Carlos Roberto Pereira, ambos do PMDB, e José Hilário Melato, realizarem a escolha por ele o que era uma ação só do próprio Cícelo. Está pagando por isso. Era simples. Óbvio e necessário.

Foi isso, por exemplo, o que aconteceu, com a ex-vereadora Andreia Symone Zimmermann Nagel, hoje presidente do PSDB de Gaspar. Ela era professora concursada e os horários até nem eram conflitantes. Mas, para não ser cobrada e exposta, devido à oposição que fazia ao governo do PT de Pedro Celso Zuchi, bem orientada pela sua consciência ética, ela tomou a iniciativa e se licenciou sem remuneração de professora. Cicero preferiu acumular os dois proventos e as vantagens das funções, pendurado numa “negociata” com quem é muito mais experto nesse assunto do que o Cícero. Então, fez tudo errado.

Agora, Melato, que pressionou de todos os meios Cicero para se afastar do Samae ou diminuir as críticas ao governo de plantão, viu o atual vice-prefeito Luiz Carlos Spengler Filho, PP, ser funcionário público e vereador ao mesmo tempo. Luiz Carlos é um agente de trânsito, mesmo que possa se escudar em uma suposta arrajada escala de horários. Ou seja. Exerceu e recebeu pelas duas funções. O PT de Pedro Celso Zuchi não afastou Luiz Carlos, como deveria, ou poderia ter feito.

Este fato, segundo a oposição e Cícero, mostra a perseguição aos opositores por Kleber, Luiz Carlos, e o próprio doutor Pereira. Podem ser. Mas, a decisão de Melato, está correta. E está mais correta, quando a oposição da atual legislatura tentou, e não emplacou, um projeto de lei, que proibia o vereador eleito em Gaspar ser secretário ou um comissionado. Ela atingia diretamente, a princípio, Melato.

Ora, se não está na lei que um vereador não pode ser nomeado um comissionado, o que está na lei, o de cumprir o horário no serviço público, deve, obrigatoriamente, ser aplicado, podendo o superior, neste caso Melato, responder por essa omissão, prevaricação, se não regularizar essa dupla jornada em benefício da instituição pública a que serve. Aliás, a prevaricação já está configurada desde o início do ano e devia ser objeto de questionamento judicial.

Cicero esticou a corda nesse assunto, o máximo possível. Em março escrevi e previ. Em três outras ocasiões, repeti a percepção.

Cícero pode até ser ingênuo, mas não os que o cercam. Cícero poderia ter saído por cima, pedindo a sua licença sem remuneração e não o fez. Agora, talvez, depois da lição, poderá ser um vereador mais ativo. Cícero precisa chorar menos para não se igualar aos políticos que perder a credibilidade logo cedo. Ainda há tempo para se recuperar. E prudente é trocar de orientadores!

Abaixo portaria 135 de 01 de dezembro de 2017, que foi publicada no Diário Oficial dos Municípios – aquele que se esconde na internet e não tem hora para ser publicado – nesta segunda-feira. Ao final os holerites do vereador onde estão descontadas as horas que esteve na Câmara.

“Determina o afastamento do servidor Cícero Giovane Amaro facultado a opção pela remuneração do cargo de fiscal de saneamento do Samae ou do eletivo de vereador municipal, em razão do desempenho simultâneo das funções públicas e do mandato eletivo, por haver incompatibilidade de horários no desempenho das funções.

José Hilário Melato, Diretor Presidente do Serviço Autônomo Municipal de Água e Esgoto de Gaspar, Estado de Santa Catarina, no uso das atribuições legais e com fundamento no artigo 38 inciso III da CF/88 bem como no artigo 132 do Estatuto dos Servidores Públicos de Gaspar-SC.

Resolve:
Art. 1º Que em razão da clareza do texto constitucional acerca da acumulação de cargos, ao dispor que quando do desempenho simultâneo das funções públicas e do mandato eletivo, houver a compatibilidade de horários, nos termos dos artigos, 37, inc. XVI e 38, III, da Constituição Federal, é possível o recebimento acumulado de ambas as remunerações.

Art. 2º Por não ser este o caso do servidor, eis que há no município a regulamentação que fixa o horário de funcionamento das repartições públicas que por sua vez sobrepõe o horário das sessões ordinárias da Câmara Municipal de Vereadores que iniciam-se às quinze horas e trinta minutos tendo duração de três horas, conforme disposto no Regimento Interno daquela r. Casa Legislativa, resta clara a efetiva existência de incompatibilidade.

Art. 3º Considerando que a Lei Orgânica Municipal, no que diz respeito ao exercício de mandato eletivo, remete às disposições da nossa Carta Maior. Considerando que segundo a Constituição Federal a acumulação só seria possível se houvesse a compatibilidade de horários. Considerando também que a Controladoria Geral do Município comunica esta Autarquia (através Ofício nº 024/2017 – CGM) da clara incompatibilidade e consequente afronta à legislação federal em vigor.

Art. 4º Determino o afastamento do cargo de Fiscal de Saneamento o Sr. Cícero Giovane Amaro, devendo optar pela remuneração do cargo efetivo ou do eletivo, em obediência ao que dispõe a Constituição da República Federativa do Brasil.

Art. 5º Do teor da presente dê-se ciência a Câmara de Vereadores. Art. 6º Esta portaria entra em vigor na data de sua publicação”.


 

Edição 1830

Comentários

Paty Farias
07/12/2017 13:03
Oi, Herculano

O Ministro do STF, Luiz Fux, acaba de ser eleito Presidente do TSE.
Blog do Políbio

Chupem PToffoli e Gilmar Boca de Galocha!!!
Belchior do Meio
07/12/2017 12:52
Sr. Herculano:

"Enquete do portal Diário do Poder põe Jair Bolsonaro (PSC) com 22% das intenções de voto, contra 15% para Geraldo Alckmin (PSDB). Em 3º está "Nenhum". Lula (PT) e Henrique Meirelles (PSD) tem 10% cada." - Coluna Cláudio Humberto

Ué! Não foi o esquerdopata de carteirinha Reinaldo Azevedo que disse que o Lulla era o melhor?

Minha avó sempre me disse que a mentira tem pernas curtas. O LuLLa é uma mentira materializada. O típico encantador de burros.
Renato
07/12/2017 12:47
O sr. Mário Pera deveria orientar melhor a vereadora do seu partido, pois quando teve a oportunidade de se manifestar favorável pela mudança de horário da câmara preferiu cumprir a parte dela no acordo com prefeito Pereira.
Sidnei Luis Reinert
07/12/2017 12:11
A Luta pelo Poder no Brasil: nova via para tomada do poder de forma violenta


Artigo no Alerta Total ?" www.alertatotal.net
Por Carlos Alberto Pinto Silva

O Brasil vive, atualmente, uma triste realidade inovadora, com o emprego de atividades de Guerra Híbrida como nova via para a tomada do Poder de forma violenta.

Como escreveu Engels, citando Marx: "Que a violência, porém, ainda desempenha outro papel na história" (além de ser agente do mal), "um papel revolucionário, que ela, nas palavras de Marx, é a parteira de toda a velha sociedade que anda grávida de uma nova". (Anti-Dühring)[1]

Violência preparada para exercer um fim fundamentalmente político, ou qualquer tipo de agressão organizada que procura causar dano, visando interesse político, leva a atividades de Guerra Híbrida, nova via violenta para a tomada do poder, cuja campanha de preparação[2] articula-se em um processo que abrange da busca do apoio externo, "apoio à insurgência", a "aumento da insatisfação por meio de propaganda e esforços políticos e psicológicos para desabonar o governo", destacando-se também o papel central de mobilização desempenhado por algumas ONGs, sindicatos, movimentos sociais, organizações estudantis e pela mídia. E conforme cresce a insurreição, cresce também a "intensificação da propaganda; e a preparação psicológica da população para a luta armada".[3]

Nota-se, em conexão, que pesquisa recente divulgada pelo jornal Valor Econômico, aliada a vários outros dados, mostra que é enorme a chance de a esquerda voltar ao poder em 2018 [4], pela via pacífica[5].
O passo seguinte é o desenvolvimento da fase violenta, onde se procura continuar a busca do apoio externo e inicia a Guerra em Rede, que pode ser composta por conflito travado contra um estado por terroristas, criminosos, ou por grupos militantes da sociedade civil - Guerra em Rede Social (GERS).

Um dos fatores mais relevantes que contribui para incentivar, atrair e agregar a população aos atos preparatórios e de violência de atividades de Guerra Híbrida é o uso das mídias sociais como meio de comunicação e propagação de informações. A definição de guerra híbrida de Frank Hoffman inclui exatamente "Operações psicológicas que utilizam as mídias sociais para influenciar a percepção popular e a opinião internacional".[6]

A Guerra Psicológica Midiática é realizada por especialistas em guerra psicológica infiltrados na sociedade civil. Esses experts se aproveitam do fato midiático, obtido por intermédio do emprego planejado da propaganda e da ação psicológica, para direcionar a conduta das pessoas.
Na Guerra Psicológica o alvo prioritário passa a não ser mais o terreno físico, mas o cérebro dos indivíduos, e o objetivo final, a sua mente, mediante a manipulação informativa e a ação psicológica orientada para direcionar a conduta social em massa.[7]

Nesse contexto surge o letal terrorismo urbano para coerção e/ou intimidação do governo, autoridades e da sociedade.

"Especialistas ligados às ciências humanas, identificam o "dedo do caos" em revoluções políticas, em transformações econômicas e na modificação de costumes e regras morais."[8]

As atividades de Guerra Híbrida, para a desestabilização de um governo, podem ser interpretadas com a utilização da teoria do caos, visando a tomada violenta do poder.

Realidade vivida na atual conjuntura brasileira indica que:

- estão acontecendo atividades de guerra híbrida no Brasil, visando a conquista do Poder, portanto, já nao se trata de uma teoria, mas, sim de uma afirmacão;

- os protestos vividos em Brasília em 24 de maio de 2017, sinalizam que passamos às atividades de Guerra Híbrida: início da fase violenta para a conquista do Poder;

- continua a busca do apoio externo através ação de partidos políticos, políticos[9] e ONGS no exterior;

- tenta-se o controle das Forças Armadas via orçamento baixo e aperto salarial;

- aumentam as investidas para dificultar o trabalho do Judicíario no combate à corrupção no chamado crime organizado do colarinho branco [10];

- existe uma violenta campanha midiática, realizada pela imprensa televisada e escrita, visando desestabilizar o atual governo federal e influenciar na volta da esquerda ao Poder em 2018.

- perdura a violência no campo desencadeada pelo MST [11];
- ocorrem greves políticas, com a finalidade de paralizar os transportes de passageiros [12] no país;

- resurge a união da esquerda visando o retorno ao Poder em 2018 [13], enquanto a deputada Benedita da Silva declara: ..."sem derramamento de sangue não há redenção, com a luta e vamos à luta com qualquer que sejam as armas.";

- manifesta-se a atuação do PCC e CV com objetivo político [14];

- verifica-se a falência da política de segurança pública dos estados, causando grande inquetação na população e descredito das autoridades; e

- o crime organizado do colarinho branco plantado em todos os níveis do Poder (Federal, estadual e municipal).
Para fazer frente a esse cenário é essencial que sejam evocados alguns cuidados que a sociedade deve ter:

- a natureza do emprego de atividades de Guerra Híbrida para a tomada do Poder de forma violenta, cria condições para que as ações possam passar despercebidas na busca de seus objetivos, e provavelmente adquirir uma posição política vantajosa antes que o governo e a sociedade possam perceber a situação e reagir para se contrapor a essa atividade; por esta razão os planejadores do movimento violento o mantem sigiloso o máximo de tempo possível e procuram apresentar suas ações como uma forma não violenta e legal para a disputa pelo Poder,aproveitando toda a proteção das leis que a democracia lhe oferece;

- atenção e participação do momento político e social que o Brasil esta vivendo.

- voto consciente visando o combate à corrupção e a eliminação da política de pessoas que participaram ou foram responsáveis pelos desmandos vividos no Brasil, nas últimas duas decadas; e

- criar novas estratégias de Defesa do Estado Democrático de Direito, justamente porque a nova realidade para a tomada do Poder de forma violenta não se alinha com as antigas fronteiras de relacionamento de poder existente, alterada com a mudança de foco dos conflitos com o surgimento da Guerra Híbrida.

Atenção: O manual abaixo encontrado, na internet, é uma boa indicação que se deva pensar no assunto.

MANUAL DE RESISTÊNCIA REVOLUCIONÁRIA NÃO PACÍFICA.

LINK: https://issuu.com/robertovaladarescaiafa/docs/manual_pratico_de_resistencia_nao_p

Carlos Alberto Pinto Silva é General de Exército na reserva.
Herculano
07/12/2017 11:44
VOCÊ TEM 20 ANOS PRA TIRAR A MÃO DAÍ, por Ana Paula Henkel (a Paula do Vôlei), para o jornal O Estado de S. Paulo

Não deveria me incomodar com um prêmio que já foi dado a Adolf Hitler, Vladmir Putin, Aiatolá Khomeini, Barack Obama e duas vezes a Josef Stálin, mas a revista TIME este ano resolveu esbofetear todas as mulheres que, como eu, tiveram que enfrentar dificuldades incalculáveis na vida por não aceitarem assédio ou trocarem carícias por fama e fortuna.

Exageros à parte, quem recusa o teste do sofá paga um preço, quem aceita sobe mais rápido. Fato. Ser ético e profissional, ter valores e princípios morais dados pela família e não por novela ou blogueiro lacrador, honrar pai e mãe, optar pelo bom, verdadeiro e justo sem atalhos ou concessões degradantes, pode ser um "teto de vidro" profissional e pessoal para quem se dá ao respeito. Se não houver violência ou coerção, é opção. Acertado não é caro.

Não me refiro às mulheres selecionadas pela TIME, mas é preciso dizer que todos que cedem a assediadores voluntariamente para acelerar o sucesso e engordar a conta bancária não me representam. As apressadas também não fazem jus a milhões de mulheres que se matam de trabalhar todos os dias, que fazem dupla jornada, que precisam ser mães, companheiras, filhas, irmãs, amigas, funcionárias, chefes, e mesmo assim não vão para a cama com o inimigo.

Perdoem meu francês, mas como respeitar uma mulher que desce a roupa para subir mais rápido na vida e depois de conquistar todo dinheiro e sucesso vem posar de porta-voz contra o assédio e a violência sexual? Quantas mulheres tão ou mais talentosas e aptas abriram mão de estar no topo para manter a própria dignidade? Quantas de nós tiveram vidas de entrega, sacrifício e puro altruísmo, que transformaram o mundo num lugar melhor sem lucrar nada com isso? Façam-me o favor!

Por mais que me esforce, nunca chegarei aos pés do heroísmo de Haley Batista, a professora que morreu há dois meses lutando contra um psicopata e com 90% do corpo queimado para salvar crianças que nem eram suas parentes, deixando seu bebê de um ano órfão. Onde estão as homenagens a seu exemplo e à sua memória? No dia que uma destas feministas de butique vier pedir minha piedade, mostrarei para ela a foto de Haley, esta sim a Mulher do Ano. Que o céu receba sua alma em festa.

Por mais que tente, nunca chegarei perto da alma heroica de Kayla Mueller, uma médica voluntária americana que foi capturada pelo Estado Islâmico na Síria e que foi mantida refém e estuprada constantemente no cativeiro. Antes de ser morta, Kayla tentou proteger várias outras mulheres de se tornarem escravas sexuais. Por que Kayla nunca foi capa da TIME?

Há algo de errado num mundo que aplaude desqualificadas que ficam ricas e famosas sabe-se lá como enquanto Haley Batista e Kayla Mueller viram notas de pé de páginas na história. Herói é quem coloca em risco sua própria segurança, seu patrimônio e sua vida para ajudar o próximo, não quem lucra numa troca de favores inconfessáveis e anos mais tarde, milhões e milhões na conta bancária depois, resolve, em outra jogada de marketing, faturar ainda mais com o vitimismo. Esse falso holofote não joga luz no verdadeiro problema do assédio.

Antes que os assassinos de reputações apareçam distorcendo esse texto, é bom deixar bem claro: os vilões dessas histórias de assédio são evidentemente os assediadores, mas quem topa voluntariamente trocar sexo por uma promoção ou um caminho mais curto para a fama não merece prêmios pelo simples motivo de que muitas mulheres, na mesma situação, recusaram a oferta. Outras ainda denunciaram seus agressores, correndo todo tipo de risco para que estes monstros não cometessem mais crimes e fizessem mais vítimas. São elas que merecem meu respeito e minhas homenagens. Acredite, sei do que estou falando, o caminho mais longo e sem "atalhos" para o sucesso é demorado mas é também libertador.

Muitas atrizes de Hollywood que hoje são festejadas como "quebradoras do silêncio" passaram anos numa bizarra mudez alimentando uma perturbadora cumplicidade que acabou protegendo predadores sexuais. Enquanto roteiros de filmes eram trocados e fotos no tapete vermelho com vestidos de grife eram tiradas, outras mulheres sem a mesma projeção que as empoderadas de Hollywood eram vítimas de estupros e assédio sexual. Por que demoraram tantos anos para se tornarem "a voz das mulheres"?

Não me peçam para reverenciar atuações de mulheres poderosas e milionárias que davam belos discursos com os olhos marejados sobre o assédio e a violência contra a mulher enquanto fingiam não saber quem eram os predadores, alguns deles na platéia como Harvey Weinstein. Não julgo nem condeno, cada um sabe de si, mas também não me peçam para aplaudir celebridades consagradas que escolheram se calar por anos e anos contra os algozes de quem não tinha a mesma voz.

Assim como nas telas, estas celebridades foram atrizes também na vida real, escondendo uma verdade inconveniente para blindar uma vida de festas, glamour, dinheiro e mentiras. Hipocrisia e atuações dignas de um Oscar.
Herculano
07/12/2017 11:38
ARGENTINA NA FRENTE. JUIZ PEDE PRISÃO DE CRISTINA KIRCHNER

Conteúdo de O Antagonista. O juiz Carlos Bonadio pediu a retirada da imunidade parlamentar e a prisão da ex-presidente argentina Cristina Kirchner.

Trata-se do caso em que ela é acusada de acobertar iranianos responsáveis pelo atentando contra a Associação Mutual Israelita Argentina, em 1994, que deixou 85 mortos.

Cristina assumiu na semana passada o mandato de senadora.

As informações são da agência estatal de notícias Télam
Herculano
07/12/2017 11:38
ARGENTINA NA FRENTE. JUIZ PEDE PRISÃO DE CRISTINA KIRCHNER

Conteúdo de O Antagonista. O juiz Carlos Bonadio pediu a retirada da imunidade parlamentar e a prisão da ex-presidente argentina Cristina Kirchner.

Trata-se do caso em que ela é acusada de acobertar iranianos responsáveis pelo atentando contra a Associação Mutual Israelita Argentina, em 1994, que deixou 85 mortos.

Cristina assumiu na semana passada o mandato de senadora.

As informações são da agência estatal de notícias Télam
Herculano
07/12/2017 11:27
CÂMARA APROVA PROJETO DE SOCORRO À CAIXA COM RECURSOS DO

Conteúdo de O Antagonista.O plenário da Câmara aprovou hoje projeto que permite ao conselho curador do FGTS adquirir, por resolução, bônus perpétuos emitidos pela Caixa para socorrer o banco público.

A medida, aponta o Estadão, é uma tentativa de driblar o TCU, que investiga a operação. O Ministério Público junto à corte de contas apontou desvio de finalidade do fundo e risco de dano ao patrimônio dos trabalhadores.

A operação é considerada necessária pelo governo para que a Caixa continue emprestando sem restrições e não fique sem capital em época de eleições
Herculano
07/12/2017 11:23
UM DOS LÍDERES DO MBL - MOVIMENTO BRASIL LIVRE -, KIM KATAGUIRI, ESTÁ EM BLUMENAU
Renato
07/12/2017 10:23
Bom dia Herculano,

Qual a razão do silêncio da imprensa escrita sobre o aumento de 40% da taxa de iluminação pública, proposto pelo prefeito Pereira de Gaspar?
Miguel José Teixeira
07/12/2017 09:47
Senhores,

"Em caravana pelo Rio, Lula culpa Lava Jato por mazelas do Estado"

No circo brasil, os palhaços somos nós, contribuintes!!!

Em 2018, lembrem-se da máxima:

"vassoura nova sempre varre bem"

NÃO REELEJA!!!
Herculano
07/12/2017 08:49
UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA CATARINA É UM ANTRO DE DÚVIDAS E NEGOCIATAS. POLÍCIA FEDERAL FAZ NOVA OPERAÇÃO CONTRA DESVIOS. VERGONHA QUEM VAI SE SUICIDAR DESTA VEZ PARA A COMOÇÃO DA IMPRENSA, ESQUERDISTAS. POLÍTICOS E ACADÊMICOS CONTRA AS APURAÇÕES?

Conteúdo de Veja. Texto de Guilherme Venaglia. A Polícia Federal realiza, na manhã desta quinta-feira, a operação Torre de Marfim, que investiga desvios de verbas em contratos da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC). Noventa policiais cumprem catorze de busca e apreensão e seis de condução coercitiva em Florianópolis e Balneário Camboriú e apuram delitos em contratos de projetos que somam 300 milhões de reais entre 2010 e 2017.

"Dentre as irregularidades, os investigadores encontraram indícios de contratações de serviços sem licitação prévia, pagamentos realizados a empresas pertencentes a gestores de projetos, que estariam vinculadas a servidores da universidade ou das fundações de apoio e até mesmo pagamentos efetuados a empresas fantasmas", informa a PF em nota. A investigação desta quinta-feira não está relacionada à operação Ouvidos Moucos, que, em setembro, prendeu e afastou o ex-reitor da UFSC, Luiz Carlos Cancellier de Olivo.

Contestada pela sua atuação na universidade após o suicídio de Cancellier no começo de outubro, a Polícia Federal ressalta que a operação tem como alvo irregularidades que, antes de serem levadas ao Ministério Público Federal (MPF) e ao Poder Judiciário, "foram auditadas pelos órgãos de controle CGU e TCU. As auditorias geraram recomendações solicitando a correção de práticas administrativas que poderiam levar ao mau uso do dinheiro público, o que não foi atendido pelos administradores".

O órgão também aponta que a Federal de Santa Catarina, maior universidade pública do estado, é também a "recordista em recomendação para correção de irregularidades", em levantamento atribuído à Controladoria-Geral da União (CGU). Seriam 120 recomendações, "o dobro do segundo colocado". Os investigados responderão por crime licitatório, peculato, lavagem de dinheiro e improbidade administrativa.
Herculano
07/12/2017 08:41
A IMPRENSA PREGUIÇOSA, IDEOLóGICA, CHAPA BRANCA, COLETORA DE BENEFÍCIOS FINANCEIROS, IRRESPONSÁVEL COM A SUA FUNÇÃO SOCIAL E MENTIROSA COM SEUS LEITORES, OUVINTES E TELESPECTADORES

Eu sempre escrevi aqui, que Santa Catarina era mal administrada pelo prefeito de Lages Raimundo Colombo, PSD, e o estado estava quebrado.

Fui desacreditado, ignorado e demonizado, exatamente por não estar atrelado a nenhum esquema de poder, amizade de conveniência e sustentação de verbas públicas.

O que está mais uma vez na coluna de hoje de Moacir Pereira, no Diário Catarinense, que só agora, apesar desse problema ser antigo, no diz numa pequena nota na sua coluna.

"NO LIMITE

Governador Raimundo Colombo (PSD) realizou viagem sigilosa a Brasília, acompanhado do vice-governador Eduardo Pinho Moreira (PMDB), Foi solicitar "help" do presidente para socorrer as finanças do Estado. Recebeu a informação da equipe econômica de que o governo está no limite e que não há mais espaços para novos empréstimos. Temer garantiu apenas a liberação de R$800 milhões, sendo R$100 milhões para o Profisco e R$700 milhões para o Fundam".

Entenderam?

É impossível a um jornalista do porte de Moacir Pereira, vivendo, e com fontes especiais em Florianópolis, e com o portal da transparência à disposição, não ter conhecimento de que Santa Catarina está quebrada, e não é de hoje.

Isso só aconteceu, porque a RBS SC, usou o jornalismo de conveniência para um bancão de negócios, onde até seus ex-executivos era parte do governo, desde a época de Luiz Henrique da Silveira, PMDB.

Isso só se tornou possível, porque a Adjori, fez e faz a mesma jogada para os jornais do interior, onde poucos são os privilegiados.

Quem perde? Todos.
Herculano
07/12/2017 07:56
REI MORTO, REI POSTO, por Marco Aurélio Canônico, no jornal Folha de S. Paulo

Como os que o antecederam e os que o sucederão, o bandido mais procurado do Rio, Rogério 157, caiu. É a lei geral para os traficantes cariocas: quando não são presos, acabam assassinados. Não raro, passam pelas duas coisas.

Pode levar mais ou menos tempo ?"o até então chefe do tráfico na Rocinha trocava de esconderijo a cada dois dias, segundo a polícia; além disso, em certos casos a liberdade pode ser comprada de policiais corruptos?", mas esse ramo do crime não forma aposentados. Rogério Avelino da Silva já havia sido preso em 2010, depois da invasão ao hotel Intercontinental, em São Conrado. Dois anos depois, foi solto com um habeas corpus.

Seu retorno ao sistema prisional certamente será mais longo, mas e daí? Como disse o secretário de Segurança Roberto Sá, "a história do Rio, infelizmente, mostra que essas pessoas são sucedidas [por outros chefes]". Não existe vácuo de poder, ainda mais numa cidade em que três facções e incontáveis milícias disputam o controle territorial com o Estado. Pouco após a prisão de 157, os tiroteios entre gangues rivais voltaram à Rocinha.

Sá, o mais recente dos enxugadores de gelo no comando da segurança do Rio, disse outra frase esclarecedora: "A gente tem mantido uma média de 4.000 prisões por mês". É um número inacreditável. Mais do que isso, é deprimente: tanta gente sendo presa, e é impossível encontrar um carioca que esteja se sentindo mais seguro.

De resto, na ação desta quarta (6), a polícia mostrou novamente que não perde uma chance de fazer bobagem. Num dia que lhe deveria ter sido totalmente favorável, a corporação teve de explicar o comportamento ilegal e sem noção de seus agentes, que fizeram selfies sorridentes com o bandido. Curiosamente, ele também aparece rindo em uma delas, como se numa reunião de amigos.
Herculano
07/12/2017 07:50
AMANHÃ É DIA DE COLUNA OLHANDO A MARÉ, INÉDITA, FEITA ESPECIALMENTE PARA A EDIÇÃO IMPRESSA DO JORNAL CRUZEIRO DO VALE, O MAIS ANTIGO E DE MAIOR CIRCULAÇÃO POR AQUI

O texto principal está pronto desde abril. É isso, mesmo! São aqueles que eu faço e guardo esperando que as coisas mudem por aqui. E os tem em dezenas. Dariam várias coluna.

Antes que os vereadores de Gaspar entre mais uma vez de férias, apesar da renovação quase total do Legislativo, vou escrever, mais uma vez da incapacidade deles de serem transparentes na Câmara e para com a sociedade que sustentam eles com votos e grana preta. Acorda, Gaspar!
Herculano
07/12/2017 07:43
PARA LULA, JUSTIÇA BOA É JUSTIÇA LENTA, LENTÍSSIMA, por Josias de Souza.

Lula, como se sabe, é o político mais honesto que Lula conhece. Mas a Polícia Federal, o Ministério Público Federal e o Judiciário colocaram em dúvida sua honestidade. Correm contra o pajé do PT nove processos criminais. Um inocente convencional faria questão de ser julgado rapidamente, para demonstrar sua honestidade. Mas Lula revela-se um inocente sui generis.

Num dos processos, referente ao caso do tríplex do Guarujá, Sergio Moro condenou Lula a 9 anos e meio de cadeia. Lula recorreu ao TRF-4. Agora, está incomodado com a perspectiva de o julgamento do seu recurso ocorrer no primeiro semestre do ano que vem. Lula acusa o tribunal de ser eficiente demais. Exige um julgamento mais lento. É como se estivesse apaixonado pela interrogação que paira sobre sua cabeça.

Os advogados de Lula, Cristiano e Valeska Martins, foram à Europa. Em encontros com parlamentares, advogados e acadêmicos, a dupla ataca a imagem do Brasil no estrangeiro. Atribui a suposta rapidez do TRF-4 a uma hipotética perseguição a Lula. O mesmo tribunal já absolveu o tesoureiro do PT, João Vaccari Neto numa ação penal em que Sergio Moro o havia condenado. Mas para a defesa de Lula todos são suspeitos, inclusive os desembargadores. Só Lula é imaculado. Nesse ritmo, o condenado do PT será candidato não ao Palácio do Planalto, mas ao posto de mártir.
Herculano
07/12/2017 07:28
A CONTRIBUIÇÃO DE TIRIRICA, por Bernardo Mello Franco, no jornal Folha de S. Paulo

Depois de sete anos, Tiririca fez seu primeiro e último discurso como deputado. Foi o que ele disse ao subir à tribuna da Câmara e anunciar que vai deixar a política.

O palhaço não parecia fazer graça. Em tom de desabafo, ele reclamou da "mecânica louca" do Congresso e se declarou decepcionado com a experiência em Brasília.

"Estou saindo triste pra caramba, muito chateado com a política e o nosso Parlamento", disse. "É uma vergonha muito grande", reforçou.

Craque na comunicação popular, o comediante engatou uma crítica à boa vida dos colegas. "A gente tem toda essa mordomia, sem falar na carteirada que muitos de vocês dão..."

Ele ensaiou continuar, mas puxou o freio de mão. "Jamais vou falar mal de vocês em qualquer canto que eu chegar", disse. Os poucos deputados presentes respiraram aliviados.

Em 2010, Tiririca causou sensação ao aparecer fantasiado no horário eleitoral. "O que é que faz um deputado federal? Eu não sei, mas vote em mim, que eu te conto", prometeu.

As palhaçadas lhe renderam 1,3 milhão de votos e garantiram mais três vagas para a sua coligação. Uma delas ficou com Valdemar Costa Neto, que o convenceu a se candidatar.

O poderoso chefão do PR já havia renunciado para não ser cassado no escândalo do mensalão. Depois seria condenado a sete anos de prisão por corrupção e lavagem de dinheiro.

Tiririca fez barulho na campanha, mas foi um deputado discreto, que só se destacou por não faltar às sessões. Em dois mandatos, conseguiu aprovar apenas um projeto, que beneficiou sua categoria ao incluir espetáculos de circo na Lei Rouanet.

Apesar do discurso moralista, o palhaço imitou velhas práticas dos colegas. No mês passado, a revista "Veja" revelou que ele usou verba da Câmara para viajar e fazer show no interior de Minas Gerais.

Se cumprir a última promessa, o deputado deixará ao menos uma contribuição à política: uma reeleição a menos em 2018
Herculano
07/12/2017 07:25
ADVOGADOS TENTAM POSTERGAR ACORDO DA POUPANÇA, por Cláudio Humberto, na coluna que ele publicou hoje nos jornais brasileiros

Advogados dos bancos na negociação para repor perdas da poupança, cujos honorários atingem R$500 milhões anuais, resistem à assinatura do acordo supostamente para não perderem essa receita milionária, que será suspensa com o pagamento dos R$12 bilhões acordados. Na Advocacia Geral da União (AGU) há indignação com o "protagonismo", na manobra, de advogados contratados pelo Banco do Brasil (BB). Apesar da revolta, oficialmente a AGU não se manifesta sobre o caso.

BB NO ADIAMENTO
Nelson Wilians e Advogados, do BB, estaria liderando a tentativa de adiar o acordo até março, supostamente para alongar contratos.

INDIGNAÇÃO NA AGU
Fontes da AGU dizem ser "incontida" a indignação da ministra Grace Mendonça, que se orgulha do acordo após 24 anos de "embromation".

QUE GOVERNO
Para fonte do Planalto, o escritório contratado pelo BB no governo Dilma não parece sintonizado com a injeção R$12 bi na economia.

COMO AVESTRUZES
Contratado no governo Dilma, em licitação que virou caso de polícia, o Nelson Wilians não se manifestou, assim como BB, AGU e Febraban.

NÃO HÁ ESCAPATóRIA PARA A LEI DA FICHA LIMPA
A Lei da Ficha Limpa barra candidaturas de condenados por "órgãos colegiados" como tribunais (a segunda instância da Justiça). Mas a lei também considera condenações de órgãos colegiados as oriundas de tribunais de contas estaduais ou municipais, processos de órgãos profissionais como a OAB ou Fenaj e até mesmo decisões de demissão tomadas em processos administrativos no âmbito do serviço público.

É FICHA SUJA
A ex-presidente Dilma (PT), por exemplo, foi condenada no impeachment pelo Tribunal de Contas da União e pelo Senado Federal.

COLEGIADO NA JUSTIÇA
O ex-presidente Lula pode ser encaixado na Lei da Ficha Limpa e ser considerado inelegível caso seja condenado na segunda instância.

CONSEQUÊNCIAS
Lula foi condenado a 9 anos e meio de prisão por corrupção e lavagem de dinheiro. Confirmada a condenação, será "ficha suja" por 8 anos.

MINISTRO DESASTRE
Perguntado, o líder do PP na Câmara, Arthur Lira (AL), não mede palavras: como articulador político do governo, o ministro Antônio Imbassahy "é um desastre, não existe, não faz, nada produziu".

ALÍVIO NOS MUNICÍPIOS
Foi aprovada por unanimidade a emenda do senador Raimundo Lira (PMDB-PB) que acrescenta 1% ao Fundo de Participação dos Municípios para reforçar o caixa de prefeituras nos meses de setembro.

ACARAJÉ COM PIMENTA
Após afirmar que a candidatura do deputado Jair Bolsonaro (PSC-RJ) vai "desidratar", o prefeito de Salvador, ACM Neto, disse ser engano pensar que Lula não será candidato. "É preciso enfrentá-lo na rua", diz.

TERREMOTO DE 15.7 GRAUS
Sérgio Cabral pode virar caso menor: o bandidão 157, preso ontem no Rio, estaria disposto a acordo de delação para entregar sua clientela: empresários, políticos, artistas etc. Daí a comoção que a prisão gerou.

ORGULHOSOS DO FEITO
A bandidolatria em voga explica o incômodo com as selfies de policiais ao lado do Bandidão 157, no Rio. Não deveriam, mas eles se deixaram fotografar para exibir o traste como troféu. E não por "admiração".

INVESTIR OU NÃO INVESTIR...
Depende de decisão do Tribunal Regional Federal da 1ª Região o investimento de mais de R$1 bilhão da mineradora canadense Belo Sun, no Pará. Apesar de liberado até pelos órgãos ambientais, o empreendimento "Volta Grande" foi embargado a pedido do MPF.

CERIMONIAL LIGADO
Se ano passado a IstoÉ colocou o juiz Sérgio Moro e o senador Aécio Neves (PSDB-MG) lado a lado, este ano o magistrado foi colocado perto do jogador Alan Ruschel e de Caco Azulgaray, diretor da revista.

CONSENSO EM ÚLTIMO
Enquete do portal Diário do Poder põe Jair Bolsonaro (PSC) com 22% das intenções de voto, contra 15% para Geraldo Alckmin (PSDB). Em 3º está "Nenhum". Lula (PT) e Henrique Meirelles (PSD) tem 10% cada.

PENSANDO BEM...
..fechar questão na reforma da previdência, em certos partidos, é como vascaínos combinarem torcer para o Flamengo. Funciona só na teoria.
Herculano
07/12/2017 07:22
O VOO DESORIENTADO DOS TUCANOS QUE ESTÃO SEM LÍDERES, RUMO, PROGRAMA E ELEITORES. AGENDA ECONôMICA ENVELHECEU, DIZ ELENA LANDAU

Conteúdo do jornal Folha de S. Paulo. Texto e entrevista de Nicola Pamplona, da sucursal do Rio de Janeiro. Após 25 anos, a economista Elena Landau deixou o PSDB e já negocia adesão ao Livres (novo nome do PSL), onde vê maior possibilidade de elaborar uma agenda econômica liberal. Sua saída, diz, foi motivada por divergências com a cúpula do partido, tanto em questões econômicas como éticas.

Ex-diretora do BNDES e com passagem pelo conselho de administração da Eletrobras, ela viu como "um balde de água fria" a divulgação, pelo Instituto Teôtonio Vilela (ITV), de um programa econômico "envelhecido".

Folha - Por que a sra. decidiu se desfiliar do PSDB?

Elena Landau - Por uma série de motivos, entre eles a permanência de Aécio [Neves] à frente do partido. Sem prejulgamentos, porque Aécio não é nem réu, mas acho que a gente tinha que ter uma posição diferente do resto dos partidos. O PSDB sempre se comprometeu a ter uma imagem diferente. E agora o PSDB, apesar de não ter réu nenhum, começa a ser comparado ao PT, ao PMDB, que têm dirigentes réus, candidatos réus. Acho que o PSDB não aprendeu com o evento mensalão.

Folha - Teve outras divergências?

Há uns quatro ou cinco meses, Tasso [Jereissati] nos pediu para alinhavar um conjunto de propostas que pudessem dar a ideia de refundação do partido, que lançamos como um manifesto, com discurso mais liberal, revisão de uma série de políticas públicas, da forma de atuação. Apesar disso, veio o documento do Instituto Teotônio Vilela, que foi desenvolvido em um seminário para o qual ninguém foi convidado. Foi um balde de água fria porque é um texto envelhecido, com discussões sobre estado mínimo, estado máximo... Ninguém mais fala isso. É como se quisesse dar uma resposta: "Olha, pessoal da esquerda, a gente não é favor do Estado mínimo. Olha, pessoal da direita, a gente não é a favor do Estado máximo".

O documento coincidiu com uma decisão de cúpula para não ter mais disputa na convenção e optar pela conciliação. Não é nem pela conciliação, muito menos pelo nome do governador Geraldo Alckmin, mas achávamos que o partido estava pronto para ir para uma convenção moderna, em que cada um mostraria sua visão. Então, me dá a sensação de que as decisões vão fica na cúpula.

Folha - A sra. considera se filiar a algum partido?

Fui convidada pelo Livres, mas não estou considerando me filiar. Fui convidada para um trabalho mais técnico, mais acadêmico, que é presidir a fundação do Livres, o que dá a possibilidade de montar um programa, debater ideias.

O discurso é amplamente liberal, e acho que o Brasil precisa entender melhor o que é o liberalismo, porque fala-se muito de liberalismo econômico, mas não tem liberalismo nos direitos civis. Tem várias pessoas que defendem a privatização, mas são contra o casamento homoafetivo.

Acho que tem que discutir ideias, costumes, sem preconceito, e não só liberalismo econômico, porque a coisa fica capenga. Quanto mais gente discutir essa pauta, mais importante para o Brasil e menos o perigo do populismo intervencionista, que está liderando as pesquisas com Lula e Bolsonaro.

Folha - A ideia é lançar candidato ao Executivo?

Foi muito recente e vou sentar nesta semana com a pessoa que faz toda essa parte da estrutura. O objetivo é trazer mais gente para uma agenda nova. Mas acho que o objetivo maior é Congresso. Que não vai para presidente. E entendo que a gente deve se unir em torno de uma candidatura viável de centro. Gosto muito de Alckmin e acho que pode compor.

Folha - E, na sua opinião, quais seriam os principais desafios da agenda econômica?

A primeira coisa é a Previdência. Penso que, se a Previdência tivesse vindo junto com a PEC do Teto [que cria limite para o gasto], o governo poderia explicar melhor o que está querendo. Agora, já fez tanta concessão nessa reforma da Previdência que já estamos no mínimo do mínimo.

Depois disso, acho que um dos desafios é uma reforma administrativa, para o Estado se concentrar naquilo que é fundamental. Os bancos públicos cresceram de tal maneira que expulsaram boa parte dos privados de determinados segmentos, o BNDES ocupou um espaço indevido. Tudo isso tem que ser reajustado.

Folha - A privatização da Eletrobras passa no Congresso?

Acho que não tem como voltar atrás. Por melhor que seja a administração da Eletrobras, chega uma hora em que não tem como, que o Tesouro vai ter que capitalizar.

De onde vem o dinheiro? Tem que chamar capital. Tem uma frente ampla contra a privatização da Chesf, mas onde eles estavam quando a Chesf foi destruída pela Dilma [Rousseff]? Não estão preocupadas com a sobrevivência da Chesf, estão preocupadas com a sobrevivência dos cargos políticos.
Herculano
07/12/2017 07:16
JUROS REAIS SÃO DE 2,92%. JÁ HOUVE TAXA MAIS BAIXA? JÁ! NO GOVERNO DILMA! PENA QUE OS JUROS REAIS, ENTÃO, FOSSEM... IRREAIS!!!, por Reinaldo Azevedo, na Rede TV

Não adianta. Por mais que se assanhe a conjuração de idiotas, pessimistas interessados, vigaristas, fascistas de esquerda, fascistas de direita e gente de cabeça preta e oca, o fato é que a economia brasileira vai encontrando o seu caminho. O que não quer dizer que não possa se perder. É claro que pode. Basta que o país não faça, por exemplo, a reforma da Previdência, e os problemas virão, estejamos certos disso como o suceder de dias e noites.

O Comitê de Política Monetária do Banco Central baixou a Taxa Selic para 7% ao ano e sinalizou que, em fevereiro, pode haver um novo corte de 0,25 ponto. Aí, dá a entender o próprio Banco Central e, do mesmo modo, avaliam os operadores do mercado, será preciso esperar. A eleição será um fator de estabilização ou de desestabilização. Depende do que virá pela frente, não é? Haverá um favorito com os meridianos no lugar? O país vai escolher um doidivanas? Sua Excelência "O Povo" indicará o caminho. Na democracia, é muito difícil negar a máxima de que cada povo tem o governo que merece.

Caso a Câmara aprove a reforma mitigada da Previdência ainda neste ano, ficaremos por conta do Senado. Sendo boas as perspectivas e não havendo pela frente terror eleitoral, a trilha parece segura. Com a queda da Selic nesta quarta, os juros nominais chegam a seu número mais baixo.

Mas e a taxa real, descontando-se a inflação? Bem, aí as coisas mudam um pouco de figura, embora as notícias continuem boas. Não basta, leitor, descontar os praticamente 3% de inflação de 2017 (o esperado é 3,03%) dos 7% da taxa de juros, caso em que os juros reais seriam de 4%. A conta é outra: é preciso considerar os 7% num período de 12 meses em face do IPCA (inflação) projetado também em 12 meses. E este, estima-se, é de 3,96%. Ainda assim, também não basta subtrair 3,96% de 7%, caso em que os juros reais seriam de 3,04%. Na verdade, eles são um pouco menores. Com a nova Selic, ficaram em 2,92%. Existe uma fórmula para o cálculo do juro real, a saber.

Taxa Real = 1 + Taxa Nominal ?" 1 X 100
1+ inflação

Se a Taxa Nominal é de 7%, podemos expressá-la em números decimais, a saber: 0,07
Fazendo-se o mesmo com a inflação, tem-se 0,0396

Vamos submeter os dados à fórmula:
Taxa Real = 1 + 0,0700 ?" 1 X 100
1 + 0,0396

Taxa Real = 1,0700 ?" 1 X 100
1,0396

Taxa Real = 1,0292 ?" 1 X 100

Taxa Real = 0,0292 X 100

Taxa Real = 2,92%

Sim, em dezembro de 2012, no glorioso governo de Dilma Rousseff, o país teve juro real menor: 1,39%. Acontece que já estávamos sob o império da irresponsabilidade que redundaria no desastre. Era o juro real mais baixo da história recente, mas com inflação de 5,84%, bem acima do centro da meta, que era de 4,5%. Em 2013, ela saltou para 5,91%; 6,41% em 2014 e 10,67% em 2015. A síntese daqueles anos do samba-do-petista-doido poderia ser esta: os companheiros tentaram baixar juros na porrada porque, ora vejam!, achavam que, assim, dinamizariam a economia, o que concorreria para baixar a inflação. Que, por óbvio, subiu em vez de cair. Aí foi preciso elevar juros, o que contribuiu para aprofundar a recessão, mas com inflação nos cornos da Lua.

Não pensem que tanta incompetência é coisa corriqueira. Não é, não.

O que estou dizendo é que o país, agora, tem a menor taxa nominal de juros de sua história e a mais baixa taxa de juro real que é, digamos, REAL: vale dizer: o presidente não resolveu dar um murro na mesa para forçar a queda. Ademais, a inflação está abaixo até do piso da meta.
Herculano
07/12/2017 07:10
O FALSO DISCURSO DO GOVERNADOR E A PROPAGANDA ENGANOSA DO GOVERNO QUE "COMPRA OU CALA" CRIMINOSAMENTE A DETERIORADA IMPRENSA LOCAL E ATÉ OS óRGÃOS DE FISCALIZAÇÃO, INCLUINDO TCE E ALESC

SC E MT PERDEM, GARANTIA DA UNIÃO PARA NOVOS EMPRÉSTIMOS; SP GANHA

Conteúdo do jornal Folha de S. Paulo. Texto de Mariana Carneiro, da sucursal de Brasília. Dois Estados tiveram as notas de avaliação pelo Tesouro Nacional reduzidas neste ano: Santa Catarina e Mato Grosso.

As notas foram divulgadas nesta quarta-feira (6), já sob a nova metodologia de avaliação do Tesouro Nacional.

Os Estados e municípios com notas A ou B podem obter garantia da União para a contratação de novos empréstimos. Os demais, com notas menores, não terão operações de crédito com o governo federal como fiador autorizadas. As operações com avala da União têm taxas de juros mais baixas.

Pela avaliação, Santa Catarina e Mato Grosso caíram de B para C.

São Paulo repetiu a nota B, segundo a nova avaliação. Na metodologia antiga, o Estado era nota C e, por isso, não podia tomar empréstimos com aval da União.

O número de Estados com notas A e B aumentou de 12 em 2016 para 14 em 2017.

Os Estados com situação fiscal crítica têm a pior nota (D). São eles Rio de Janeiro e Rio Grande do Sul.

Espírito Santo e Pará são os únicos com notas A.

Minas Gerais, embora o próprio Estado tenha decretado calamidade financeira em 2016, não tem nota, pois não apresentou todas as informações necessárias para a avaliação do Tesouro. Faltaram dados sobre a disponibilidade de caixa do Estado.

O diagnóstico do governo federal sobre o conjunto dos 27 Estados e Distrito Federal é que as finanças estaduais melhoraram em 2016, em relação ao observado em 2015.

A renegociação da dívida dos Estados com a União ajudou, admite o próprio Tesouro ?" considerado duro nas negociações com os governadores.

Com a medida, os Estados deixaram de pagar o equivalente a R$ 19 bilhões ao governo federal em 2016. A cifra, somada a um aumento de receitas dos governadores ?" que elevaram impostos e receberam mais transferências do governo federal ?", ampliou em R$ 47 bilhões os recursos para os Estados.

Esses recursos foram consumidos no aumento de despesas primárias, como salários do funcionalismo, aposentadorias e custeio. Do total de R$ 47 bilhões, R$ 13 bilhões foram usados para pagar pessoal e R$ 17 bilhões para honrar compromissos para manter a máquina pública.

Já os investimentos perderam R$ 2,7 bilhões em verba.

Olhando sob uma perspectiva mais longa, desde 2010 ?" a crise dos Estados começou a dar sinais em 2013 ?", os gastos com aposentadorias de servidores saltaram de 10,6% da receita para 14,3%. Essa despesa cresceu mais do que os gastos com pessoal da ativa, por exemplo, que subiu de 42,4% para 45,2% da receita.

Nesta mesma comparação, os investimentos caíram à metade, em relação à receita: de 14,2% para 7,5%.

PESSOAL

Embora no conjunto o retrato das finanças dos Estados pareça menos negativa, os indicadores de gastos com pessoal de alguns entes seguem preocupantes.

Nove apresentam percentual de gastos com pessoal acima do que é permitido pela Lei de Responsabilidade Fiscal. São eles: Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, Rio Grande do Norte, Paraná, Paraíba, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais e Goiás.

A crise dos Estados se deveu principalmente ao aumento do endividamento a partir de 2013, ocorrido simultaneamente a uma escalada de gastos com pessoal.

Como a segunda despesa é rígida (não se pode cortar salários de servidores ou aposentadorias de um ano para outro), os Estados acabaram com as finanças estranguladas, sem capacidade de pagar os empréstimos que haviam tomado.

Em 2013, ano do ápice das operações de crédito, os Estados tomaram quase R$ 42 bilhões emprestados no mercado. Tudo com aval do governo federal. Em 2016, a quantia se reduziu para R$ 15 bilhões.

METODOLOGIA DA NOTA

A nova metodologia de avaliação dos Estados para a formulação da nota leva em conta três pilares: endividamento, liquidez (disponibilidade de recursos) e nível de poupança.

Os dois primeiros indicadores refletem a situação de 2016 (último ano sob avaliação). Já no terceiro, são consideradas informações dos últimos três anos, compondo uma média ponderada ?" o último ano tem peso de 50% no cálculo.

No caso do endividamento, é avaliada a dívida do ente e quanto isso representa de sua receita. Em resumo, o objetivo é analisar a solvência do Estado ou município.

No indicador de liquidez, é verificada a disponibilidade de caixa em relação às obrigações financeiras assumidas.

No quesito poupança, se o Estado está reservando dinheiro para obrigações que vencerão no futuro.

A composição dos três indicadores forma notas que vão de A a D.

Os sinais de positivo e negativo que havia na classificação anterior foram suprimidos.
Roberto Sombrio
06/12/2017 21:36
Oi, Herculano.

O PT é burro mesmo. Não sabem fazer contas nem comparativos e garganteiam porque a única coisa que sabem é que 12 é maior do que 11.
Sempre querem dar o exemplo, no entanto o ex-prefeito Zuchi aproveitou de sua velha pilantragem utilizando-se um posto de saúde fora de sua região de domicilio, pisando no direito dos que moram no bairro Bela Vista.

Está na hora e é urgente acabar com essa praga chamada PT.
Mariazinha Beata
06/12/2017 19:38
Seu Herculano;

O chargista que me desculpe, o nome correto dele é SPONHOLZ.
Bye, bye!
Sidnei Luis Reinert
06/12/2017 19:20
O PMDB não pode reclamar do PT, nem vice versa, ambos sempre comeram e se lambuzaram no mesmo prato.
Maria de Fátima Albino
06/12/2017 19:10
Caro Herculano;

Ao Twitter, Aloysio Nunes Ferreira ?"o ministro das Relações Exteriores do governo Temer disse que as ideias do deputado Jair Bolsonaro
"não enchem uma xícara".

Jair Bolsonaro rebate;
"Ele deve se sentir superior porque as dele transbordam um vaso sanitário!"

Meu Rei, em 2018!
Mariazinha Beata
06/12/2017 18:55
Seu Herculano;

O Ciro Quintino (parece o Nerso da Capitinga KKK...), é como diz o Spanhol:
"Sujo, feio e malvado".
Bye, bye!
Violeiro de Codó
06/12/2017 18:45
Sr. Herculano:

"E entre os que amarraram o bode contra o Cicero Giovane Amaro, PSD, está Ciro, da base do governo. Ele apenas escondeu a mão do tapa."

Aonde assino neste maravilhoso texto onde a mão do cara de cigano mostrou que é um traíra?
Esse cara tem tanta utilidade na Câmara quanto uma camisinha pra Thammy Gretchen.

Quero fazer parte do movimento:
Ciro Quintino
#NãoReeleja
Papagaio de Pirata
06/12/2017 18:35
Olá, Herculano:

Sobre a despedida de Tiririca;

"Ao final do rápido discurso, ele recebeu alguns aplausos, como do colega Esperidião Amin (PP-SC)."

Trocando em miúdos, quer dizer: um palhaço batendo palmas para outro palhaço.
Luis Cesar Hening
06/12/2017 17:49
Comparar o governo de kleber com o do PT de Zuchi é muito fácil, mas vamos comparar os primeiros 11 meses de Zuchi, com os primeiros 11 meses de Kleber e veremos que este governo fez muito mais com menos, pois o seu antecessor deixou uma prefeitura quebrada e sem recursos, com a maquina inchada e com vários problemas, principalmente nos pilares fundamentais para a comunidade que é a educação e a saúde. Diferentemente do antecessor a Zuchi que deixou a saúde redondinha e a educação também. Eles do PT falam que pegaram a cidade destruída em 2008, sim pegaram, mas não falam que pegaram a cidade com dinheiro em caixa, todas as contas pagas e com mais de trinta projetos aprovados em Brasilia graças a competente Marisa Heining que era a responsável pela pasta. Agora o atual prefeito pegou a prefeitura sem dinheiro, a saúde um caos, hospital endividado, sem o CAR, e um termo de ajuste de conduta na educação., deixado de proposito para prejudicar .
os ptralias contam tanta mentira que acabam acreditando nelas
Herculano
06/12/2017 17:07
A GRAMÁTICA DA MELANCOLIA TUCANA. OU: É FÁCIL TER CANDIDATO; É DIFÍCIL TER UMA CANDIDATURA, por Reinaldo Azevedo

É fácil ter um candidato. É muito difícil ter uma candidatura.

Ser candidato conjuga dois atos de vontade: a de quem se lança e a da agremiação.

A candidatura já é fruto de uma vontade coletiva ?" e, no caso, o tamanho dessa coletividade faz toda a diferença.

Ser candidato comporta sonhos, devaneios, muitas orações subordinadas adverbias condicionais ?" "se eu for presidente", "se eu vencer" ?" escoltadas pela devida oração principal, com verbo no futuro: "Eu farei, realizarei, moverei montanhas, convencerei Maomé?"

Ter uma candidatura implica lidar com os limites do real. E não há lugar para os devaneios. O Conselheiro Acácio, nesse caso, costuma dizer, com aquele ar sapiente que lhe confere o senso de obviedade, que uma candidatura sabe que as consequências vêm sempre depois.

O PSDB tem um candidato já: é o governador Geraldo Alckmin.

Mas o PSDB está alvejando a tiros de irresponsabilidade a sua candidatura.

A candidatura, diga-se, quase sempre termina com uma gramática do passado, articulando o chamado "consecutivo temporum" do que já não mais pode ser, uma vez que são muitos os candidatos, mas realmente poucas as candidaturas ?" no caso do presidencialismo, só uma é bem-sucedida. E lá fica o vivente a ver futuros no passado, coitado: "Sonhei, sonhava, sonhara, tinha sonhado? que o Brasil fosse?" E há outras formas de expressão de uma irrealização no passado que deixou um futuro por vir.

Por que começar o texto com uma digressão gramatical? Para tornar menos aborrecida a lenga-lenga tucana sobre a reforma da Previdência. O partido marcara para hoje uma reunião da Executiva Nacional para cuidar do assunto. Não aconteceu por falta de quórum. Aliás, já se havia anunciado previamente o boicote.

Alberto Goldman, presidente interino do partido, que faz o possível para levar adiante o barco, admitiu que um grande número de tucanos está "vacilando". Mas notem: não empregou o verbo em seu sentido hoje mais usual, que tem no neologismo "vacilão" o seu substantivo, empregado às vezes, como adjetivo, mais eloquente. Originalmente, "vacilar" é não ter muita firmeza de uma coisa ou do seu contrário, ir de um lado para o outro, demonstrar certa fraqueza. Outro sentido, este desaparecido, é provocar ou sofrer dano?

O "vacilão", como sabem, é o sujeito que faz bobagem por imprudência, imperícia, covardia ou esperteza malsucedida.

Goldman empregou a palavra em seu sentido tradicional. Vejo "vacilões" às pencas no PSDB em sentido derivado.

Falta-lhes tudo: objetividade, leitura da realidade, coragem?

A pior coisa que pode acontecer ao país, e também ao PSDB, é a reforma da Previdência empacar.

A pior coisa que pode acontecer para o PSDB apenas é o governo Temer fazer a reforma sem a ajuda do partido.

E o candidato com isso?

E a candidatura com isso?

Bem, o PSDB está deixando claro, com seus vacilos em sentido tradicional e seus vacilões em sentido derivado que prefere uma caminhada sem o PMDB. Articulará, então, como força que se quer hegemônica as alianças, com muitos cafezinhos e seduções ou embargos auriculares, ignorando aquela que é a principal agenda do futuro do Brasil.

"O PSDB desejava que seu candidato fosse o nome de união do centro".

Mas vieram os vacilos e os vacilões.
Herculano
06/12/2017 16:46
OBSERVAÇõES DO COTIDIANO III

Manchete do portal Cruzeiro do Vale nesta tarde. "Corpo de idoso é encontrado enrolado em cobertor em Blumenau".

Ele tinha apenas 61 anos.

O que é um idoso na língua portuguesa? Um velho, ancião, provecto, centenário, nonagenário, octogenário, matusalém, anoso, vetusto, longevo, grandevo, macróbio.

Não diz que um recém chegado à década dos 60 anos seja um velho, um ancião...

Qual a definição do dicionário para idoso? "Que ou quem tem idade avançada".

Hora, se o IBGE atesta que a expetativa média de vida dos brasileiros é de 74,9 anos e em Santa Catarina beira aos 80 anos, 61 anos, ao qual já ultrapassei em muito, não pode ser a idade para o termo idoso, como se conhece no dicionário.

Até esse conceito mudou, e ainda não se atualizou no jornalismo feito de jovens, mas que viverão, produtivamente, na expetativas muito, mas muito além dos 61 anos.
Herculano
06/12/2017 16:32
OBSERVAÇõES DO COTIDIANO II

Com todo o respeito, principalmente por ser um assíduo leitor meu, no mais amplo espaço de debate que Gaspar já conheceu. Mas, em que mundo o ex-vereador de Gaspar Mário Pera, PSDB, está.

Sobre o seu comentário, aprovado, lá no início do dia de hoje!

A Câmara de Gaspar não é mais como no seu tempo; a cidade também e os políticos que nela habitam também. Saudosismo é bom, mas é preciso se adaptar e lutar contra a realidade. E a realidade é bem diversa daqueles bons tempos. Talvez por falta de vigilância, debate e transparência contra a cara de pau dos políticos que estão cada vez mais distantes das suas comunidades e mais perto dos seus interesses de poder, e até, negócios.

A Câmara virou uma máquina de empregar e dar privilégios à um grupo seleto de privilegiados (vereadores e principalmente seus funcionários, tudo com a devida aprovação da mesa e da própria Câmara).

O cunhado de Pera e hoje presidente da Casa, Ciro André Quintino, PMDB, é um contumaz farreador do dinheiro público e por aqui, vários fatos já foram anunciados, denunciados e criticados. O site da instituição como instrumento de interatividade e transparência popular, é manco. Precisou até da intervenção do Ministério Público e de sentença judicial.

Então não é segredo nenhum. Na última legislatura, inclusive, Ciro foi o que mais usou as tais diárias. Nesta legislatura, logo empossado, preferiu ir gazetear em dia de sessão, em Brasília e tornou a Câmara, um prédio alugado de amigos, um "palácio", antes de ser um local de debate e acesso do povo, como por exemplo, reuniões mais frequentes e depois das 18h, como exatamente queria Cicero e a minoritária oposição.

E entre os que amarraram o bode contra o Cicero Giovane Amaro, PSD, está Ciro, da base do governo. Ele apenas escondeu a mão do tapa.
Sidnei Luis Reinert
06/12/2017 16:21
Temer passou da hora de ser aposentado, sem benefício


Edição do Alerta Total ?" www.alertatotal.net
Por Jorge Serrão - serrao@alertatotal.net

Fim de papo! O Presidente Michel não tem 342 votos para aprovar a tal reforma da previdência na Câmara dos Deputados. É a falência do presidencialismo de coalizão ?" que sempre acaba em colisão. Na véspera do fla-flu eleitoral de 2018, a base amestrada não quer saber de desgaste. Além disso, o tema não foi devidamente debatido com a sociedade brasileira. Apenas vendeu-se a versão imprecisa de que as mudanças previdenciárias seriam a salvação do Brasil. Só podem estar de sacanagem.
Qualquer estudo com um mínimo de seriedade vai demonstrar, facilmente, que o problema previdenciário é apenas um reflexo da gastança da máquina estatal brasileira. A grana que entra a cada segundo nos cofres da Previdência, sem transparência, sempre foi usada para roubalheiras ou para financiar o rombo das contas públicas, na cara dura. A contabilidade previdenciária da União Federal, estados, e municípios é uma caixa-preta. O trabalhador ou servidor são sempre convocados a contribuir mais para cobrir o dinheiro que evapora com o pagamento de super-aposentadorias e hiper-pensões dos marajás do setor público.
Reforma da Previdência? Só se for no novo (?) governo federal... Não adianta tentar dar um golpe desses na canetada e na base do rolo compressor parlamentar. O assunto é estratégico. Precisa ser exaustivamente debatido com foco na mudança estrutural ?" e não na mera contabilidade de conta de chegada. Antes de mexer no regime previdenciário, é fundamental discutir como reinventar a máquina estatal brasileira. A partir disso se pode até pensar em um regime previdenciário único.
Ou seja, qualquer tentativa de reforma da previdência, na atual estrutura, é uma brutal sacanagem com o trabalhador e com o servidor público. Não basta reformar, porque, muito em breve, terá que mexer em tudo de novo. Antes, é preciso ocorrer um choque de transparência nas contas previdenciárias. O dinheiro da seguridade social não pode ser usado para outros fins ?" como o desvio ilegal e indevido para cobrir a impagável conta da dívida pública.
Novamente, é fundamental insistir: "O Brasil tem jeito" ?" como prega o Comandante do Exército, Eduardo Villas-Bôas. No entanto, a única solução efetiva e eficaz é a Intervenção Institucional que reinventará o Brasil, tornando-o uma Nação Capitalista de verdade, produtiva, com um Estado do tamanho certo (nem máximo, nem mínimo, nem "musculoso" ?" como pregam os criativos e perdidos tucanos).
Enfim, não há solução mágica sem a definição de um Projeto Estratégico de Nação, a partir de uma nova Constituição que será elaborada pelo livre debate na sociedade, e não mais um texto com letras-mortas produzido por políticos que nada querem mudar de verdade.
Herculano
06/12/2017 16:16
OBSERVAÇÕES DO COTIDIANO I

Da excelente jornalista, na minha opinião, é claro, Natuza Nery, ex-Folha de S. Paulo e hoje na Globo News no Twitter, onde a olhandoamaré tem seu espaço de observação do cotidiano, por meio da opinião dos outros:

"Ele subverteu o bordão: pior que tá, fica. Pela primeira vez na tribuna, Tiririca se despede e diz que sai com 'vergonha' da política".
Herculano
06/12/2017 15:23
O DEPUTADO CATARINENSE ESPERIDIÃO AMIM HELOU FILHO, PP, APLAUDIU O PALHAÇO TIRIRICA,PR-SP QUANDO DA TRIBUNA DISSE QUE OS DEPUTADOS, VERGONHOSAMENTE NÃO TRABALHAM.

UM, PELO MENOS ERA UM PALHAÇO AUTÊNTICO, COM DISCURSO DE QUEM NÃO CONSEGUE MAIS CONVIVER COM A CARA PALHAÇADA PAGA PELOS PAGADORES DE PESADOS IMPOSTOS.
Herculano
06/12/2017 15:19
PELA PRIMEIRA VEZ NA TRIBUNA, TIRIRICA SE DESPEDE E DIZ QUE SAI COM "VERGONHA" DA POLÍTICA

Conteúdo do jornal O Globo. Texto de Cristiane Jungblut, da sucursal de Brasília. Eleito com mais de um milhão de votos em 2014, o deputado Tiririca (PR-SP) subiu à tribuna da Câmara nesta quarta-feira para anunciar que faria seu primeiro e último discurso, afirmando que vai "deixar a política". Tiririca disse que deixará o Parlamento "triste para caramba" e acrescentou que o que acontece na política e também no Congresso é "vergonhoso".

- Subo pela primeira vez e a última (à tribuna). Estou saindo triste para caramba, estou muito chateado mesmo com o Parlamento.

- Não fiz muita coisa, mas pelo menos fiz o que fui pago para fazer. O que vi nestes sete anos saio com vergonha. Mas gostaria que vocês - só um pedido de gente, de povo - olhassem mais para o povo ?" disse Tiririca.

O parlamentar disse parlamentares têm "mordomia" e ganham bem.

- Nem todos os 513 trabalham. É vergonhoso: ando de cabeça erguida porque tenho coragem, mas muitos de vocês andam disfarçados. Já vi deputados envergonhados. A gente é bem pago, R$ 23 mi limpos, tem apartamento, mordomia. Não fiz nada, mas o pouco que eu fiz, fiz de cabeça erguida. É vergonhoso, é uma vergonha ?" disse ele, repetidas vezes.

Nestes sete anos, Tiririca ficava no canto do plenário e sentava nas cadeiras destinadas a assessores e não nas reservadas aos deputados. Artista, tendo a profissão de palhaço, o parlamentar sempre preferiu ficar no canto, sempre aceitando tirar fotos e selfies pedidas.

Ao final do rápido discurso, ele recebeu alguns aplausos, como do colega Esperidião Amin (PP-SC).
Herculano
06/12/2017 15:08
GEDDEL E LÚCIO FORAM BEM CRIADOS PELA MAMÃE GATUNA, por Augusto Nunes, na Veja.

O ex-ministro da Secretaria de Governo Geddel Vieira Lima - 22/11/2016 (André Coelho/Agência o Globo)
Ex-chefe da Casa Civil de Lula e ex-melhor amiga de Dilma Rousseff, Erenice Guerra acaba de ter o título de Matriarca da Ladroagem roubado por Marluce Vieira Lima. Perto do que andou fazendo a mãe do ex-ministro Geddel Vieira Lima e do deputado federal Lúcio Vieira Lima, as bandalheiras de Erenice e seus filhotes parecem coisa de meliante aprendiz.

Na denúncia apresentada ao Supremo Tribunal Federal, a procuradora-geral da República, Raquel Dodge, informa que a baiana de 79 anos "tinha um papel ativo e relevante nos atos de lavagem de dinheiro. Apesar de ser uma senhora de idade, não se limitava a emprestar o nome aos atos e a ceder o closet. Era ativa". Era ela, por exemplo, quem guardava o dinheiro ilícito amealhado pelos meninos.

Primeiro guardou os quilos de cédulas no próprio apartamento. Depois em outros endereços, até que a polícia invadiu o único apartamento do mundo com vista para um mar de grana furtada. Num trecho da denúncia de 64 páginas, Raquel faz o resumo da ópera composta pelos Vieira Lima, em parceria com um punhado de comparsas, entre 2010 e 2017:

A mamãe larápia e os filhos gatunos se associaram "com a finalidade de cometer crimes de ocultação de origem, localização, disposição, movimentação e a propriedade de cifras milionárias de dinheiro vivo proveniente diretamente de infrações penais como corrupção, peculato, organização criminosa, além de outros ciclos anteriores de lavagem de dinheiro".

A Procuradoria Geral exige uma indenização por danos coletivos no valor de 51 milhões de reais, o mesmo tamanho da fortuna que posou para a posteridade naquele apartamento em Salvador. Raquel Dodge pede que Lúcio "passe a ser monitorado com tornozeleira eletrônica e seja obrigado ao recolhimento domiciliar noturno nos dias de trabalho". Para Marluce, solicita prisão domiciliar em tempo integral.

Caso se juntassem na mesma cela de cadeia onde Geddel já está, os três talvez ficassem mais felizes. O Brasil decente certamente ficaria bem melhor.
Genaldo
06/12/2017 15:00
Herculano

Se querem comparar governos, que comparem os 11 meses de um e de outro.
Mostrem também como cada um pegou a administração, quantos projetos em andamento e recursos em caixa.
Fora isso, não tem como comparar.
Renato
06/12/2017 13:36
Boa tarde Herculano,
É injusto comparar os onze meses do prefeito Pereira com os doze anos do PT.
Deve se adicionar na comparação os 8 anos de mandato do PMDB do Nadinho e do Adilson Schmitt, genro de quem manda no Pereira.
Erva Daninha
06/12/2017 12:50
Oi, Herculano

VEREADOR CÍCERO GIOVANI AMARO, PSD, FOI AFASTADO DO SAMAE

Esse estamento político parasita e sanguessuga é a desgraça do Brasil.
#NãoReeleja
Herculano
06/12/2017 12:45
da série: este retrato é de Brasília, mas aqui em Gaspar e Ilhota não é a mesma coisa? Triste!

NUNCA NA NOSSA SALA, por Ruy Castro, no jornal Folha de S. Paulo

Há dias, escrevi aqui que, pelo que vemos e ouvimos na TV, o nível dos nossos senadores e deputados era de amargar. "Muitos mal sabem ler", arrisquei - e devo ter acertado, porque ninguém se apresentou para defender a si próprio ou aos colegas. E não estava me referindo ao fato de que, ao ler extensos relatórios, suas excelências fazem isso em tom monocórdio, engolindo consoantes e sem tirar os olhos do papel - estes são os doutores entre eles. Referia-me aos que leem mal mesmo, por falta de cartilha na infância.

Por razões profissionais, ando mergulhado no Brasil da República Velha e convivendo com os grandes nomes da política da época. Muitos chegaram até nós como nomes de ruas, hospitais e até presídios, e, quando os ouvimos hoje, temos de fazer um exercício intelectual para nos lembrarmos de que, em seu tempo, eles discursavam na tribuna, tomavam cafezinho, comiam pastéis, andavam de bonde etc. - enfim, existiam como pessoas. Eles nos fazem pensar sobre a constituição dos governos do passado.

A República Velha (1889-1930), com todos os seus fabulosos defeitos, teve como ministros de Estado homens como o Barão do Rio Branco, Quintino Bocaiúva, Rui Barbosa, Joaquim Murtinho, Lauro Muller, Oswaldo Cruz, Afrânio de Melo Franco, apenas entre os mais facilmente reconhecíveis pela posteridade. O próprio primeiro período de Getulio Vargas (1930-1945) podia se gabar de ter Oswaldo Aranha a seu lado. E, em tempos mais recentes, não foi por falta de cabeças que João Goulart (1961-1964) caiu ?"com ele estiveram Celso Furtado, Darcy Ribeiro, Hermes Lima, Evandro Lins e Silva, San Tiago Dantas, Walther Moreira Salles.

Por que deixamos a política contemporânea nas mãos de certos fulanos que nunca admitiríamos na nossa sala?

Mas o Congresso é a nossa sala.
Sujiro Fuji
06/12/2017 12:38
Mas comparar 12 anos de governo do PT com 11 meses de governo Kleber, é o mesmo que comparar a altura da idosa Mariluci com a altura da adolescente Fran.

Também concordo, aí é demais.
Herculano
06/12/2017 12:35
AS TORNOZELEIRAS DE GRIFE, por Carlos Brickmann

Atenção para o dia 19: o Príncipe dos Empreiteiros, um dos responsáveis confessos por alguns bilhões de dólares em propinas, pixulecos, acarajés, presentes e quetais, aquém e além fronteiras, nunca assaz louvado em terras bolivarianas e africanas, livra-se enfim da prisão. Vai para casa cumprir pena domiciliar; restam-lhe, dizem, R$ 14 bilhões para garantir-lhe um mínimo de conforto. Dizem também que, apesar de não ter ficado pobre, sente-se injustiçado: por exemplo, não teria nada a ver com o sítio de Atibaia, aquele que não é de Lula, e que o presente que Lula jura que não recebeu foi-lhe dado por seu pai, Emílio Odebrecht. As relações de Marcelo com o pai, a mãe, o cunhado, a irmã parecem abaladas. Pior: embora não se considere responsável por boa parte da pixulecagem, seu nome e rosto é que ficaram marcados para a opinião pública, a ponto de se considerar perigosa qualquer indicação sobre sua viagem de retorno.

Há quem tema, dentro da Odebrecht, os próximos depoimentos de Marcelo. Ao que se comenta, ele tem sido muito critico das confissões dos 77 diretores da empresa, e insinua a possibilidade de corrigí-las. Conforme o tipo da correção, isso pode significar a anulação da delação premiada, com a cassação dos benefícios outorgados aos delatores. Mas é tudo muito estranho: o alto comando da empresa confessou os crimes. Se a empresa se responsabilizou pelos crimes todos, como poupar o Príncipe Herdeiro?

A LUTA DE LULA

O juiz-relator do Tribunal Regional Federal de Porto Alegre, o TRF-4, já entregou seu voto sobre o apelo de Lula, condenado a 9 anos e meio de prisão pelo juiz Sergio Moro. O voto é agora encaminhado ao juiz-revisor. Mantida a média de prazo, o recurso de Lula será julgado até março.

TOGAS EM LUTA

Caso seja condenado em segunda instância, o ex-presidente Lula seria obrigatoriamente preso, mesmo que o processo não tenha ainda transitado em julgado? Uma decisão do STF autorizou a prisão do condenado em segunda instância, situação em que Lula se enquadraria se o apelo fosse rejeitado. Mas o ministro Gilmar Mendes disse que o Supremo autorizou a prisão, mas não a tornou obrigatória. O problema então é outro: Lula, que já lançou sua candidatura à Presidência, estaria ou não enquadrado na Lei da Ficha Limpa, mesmo sem aprisionado? Como a questão de Lula envolve posições políticas complexas, haverá boas discussões nos tribunais.

PRISÃO BEM-BÃO

Três deputados fluminenses, Jorge Picciani, Paulo Melo e Edson Albertasi, detidos desde 16 de novembro na Cadeia Pública de Benfica, Rio, recebem normalmente seu salário de R$ 25.322,00. E, embora estejam em outro endereço, custodiados pelo Tesouro do Estado, recebem também auxílio-moradia de R$ 3.190,00 cada um.

Não estranhe: de acordo com a Mesa da Assembleia, como os três foram afastados pela Justiça e não se licenciaram dos cargos, "têm direito ao pagamento decorrente do mandato outorgado pelo voto popular". Os Nobres Parlamentares se baseiam também num antecedente: em março, cinco conselheiros do Tribunal de Contas do Estado foram presos por suspeita de envolvimento em corrupção, e receberam tudo di rei ti nho.

Quem mandou estudar e trabalhar, caro leitor, para ganhar bem menos?

É ASSIM QUE SE FAZ

André Puccinelli, ex-governador do Mato Grosso do Sul, foi eleito no último sábado, em chapa única, para a Presidência Regional do PMDB. O líder peemedebista foi eleito por aclamação 17 dias depois de deixar a prisão, envolvido na Operação Papiros de Lama da Polícia Federal: segundo a acusação, uma empresa de prestação de serviços comprava livros jurídicos superfaturados em quantidade suficiente para atender o Governo.

Puccinelli foi duas vezes prefeito de Campo Grande, duas vezes governador do Mato Grosso do Sul, sempre pelo PMDB; e tem ótimas possibilidades de vencer as próximas eleições para o Governo, em 2018.

REFORMA, NOS DESCONTOS

Ao que tudo indica, a reforma da Previdência do Governo Temer deve passar ?" por margem pequena, insuficiente, após negociação extremamente cara, num dos últimos dias do prazo ?" mas, mesmo assim, passa. O Governo espera 320 votos, quando o mínimo legal seria de 308. Há ainda um pouco de folga para ampliar a vantagem: o PSD do ministro Kassab, por exemplo, tem 38 deputados, dos quais só oito se comprometeram com a votação. Kassab dificilmente deixará seu partido sair com a pecha de infiel aos amigos. E definitivamente não irá concordar em perder ministérios por passar a mão na cabeça de deputados infiéis. Na segunda-feira, Temer avaliou quem é quem e se convenceu de que a reforma pode ser votada
Herculano
06/12/2017 12:31
DEFICIT DA PREVIDÊNCIA AMEAÇA O PAÍS, por Antônio Delfim Neto, economista, ex-ministro da Fazenda dos governos do regime militar, Costa e Silva e Garrastazu Medici, para o jornal Folha de S. Paulo

Os resultados da evolução do PIB apresentados na semana passada pelo IBGE são promissores. Estimam um crescimento de 1,4% entre o terceiro trimestre de 2017 e o seu homólogo de 2016, confirmando que o "empurrão" da demanda estimulado pelo governo federal produziu um efeito positivo.

Pela primeira vez, há tênues sinais de um sonolento aumento dos investimentos. A situação desastrosa deixada pelo governo de Dilma Rousseff em 2016 é muito grave.

Há sérias suspeitas de que o investimento dos últimos três ou quatro anos não tenha coberto nem sequer a depreciação do estoque de capital, o que sugere que o tal "produto potencial" (seja ele o que for) deve ter diminuído.

Como há alguma capacidade ociosa, uma recuperação cíclica de 2,5% a 3% do PIB para 2018 parece possível, se não houver um tumulto político de proporções amazônicas.

É preciso reconhecer que, a despeito de toda a confusão, o governo de Michel Temer vinha conseguindo resultados razoáveis tanto na micro como na macroeconomia, como ficou evidente pela aprovação da emenda constitucional que estabeleceu o teto das despesas.

Lamentavelmente, depois da delação superpremiada da JBS, o "caldo entornou", mas a coordenação política que vinha produzindo bons resultados ainda caminhou um pouco com a aprovação das importantes reformas trabalhistas e do juro de longo prazo (TLP).

Infelizmente, resta um problema sério: a absolutamente necessária reforma da Previdência, sem a qual a destruição da economia brasileira é apenas uma questão de tempo. É preciso repetir: a reforma não é para salvar o governo e muito menos para salvar Temer (que será julgado a partir de 1º/1/2019, sem foro privilegiado).

A reforma da Previdência é necessária (ainda que não seja suficiente) para garantir o controle fiscal nos próximos quatro ou cinco anos e, consequentemente, para que possamos aproveitar a janela de crescimento em 2018. Ela alterará de forma radical o processo de recuperação da economia nacional, condição necessária para a execução de uma política inteligente de estímulo à volta do crescimento inclusivo.

Alguns números convencerão o leitor: de 2007 a 2016, a receita da Previdência cresceu à taxa anual de 10,9% (praticamente igual à do PIB nominal) e a despesa cresceu à taxa de 11,2% ao ano.

Dados os números de 2007 (R$ 306 bilhões e R$ 338 bilhões para receita e despesa), elas atingiram, em 2016, respectivamente, R$ 635 e R$ 875 bilhões. O deficit cresceu de R$ 32 para R$ 240 bilhões, à taxa exponencial de 25% ao ano! Sem reforma, ele comerá, ao longo do tempo, os recursos da educação e da saúde! A demografia não perdoa...
Herculano
06/12/2017 12:29
DIANTE DE TEMER, MORO EXECUTA SHOW DE HUMOR, por Josias de Souza

Agraciado pela revista IstoÉ com o prêmio Brasileiro do Ano, Sergio Moro dividiu o palco com Michel Temer e outros personagens em litígio com a lei. O juiz da Lava Jato tinha duas alternativas: ou encarava o inusitado com um sentido de absurdo ou enxergava tudo sob a ótica do deboche. Preferiu encarar a situação como uma piada. Ao discursar, o juiz da Lava Jato revelou-se um humorista insuspeitado.

Moro falou sobre providências que precisam ser adotadas ou evitadas para combater a "corrupção sistêmica" que assola o país. Reiterou, por exemplo, a defesa da regra que abriu as portas das celas para os condenados na segunda instância. Injetou uma certa ponderabilidade cômica na cena ao pedir ajuda a Temer.

Com duas denúncias criminais no freezer, Temer terá de acertar contas com a Justiça depois que deixar a Presidência. Num instante em que seus aliados tramam aprovar um mecanismo qualquer que mantenha ex-presidentes a salvo de ordens de prisão de juízes como Moro, o comediante sugeriu a Temer que se enrole na bandeira da prisão em segundo grau:

"Mais do que uma questão de justiça, é questão de política de Estado", disse Moro. Ele pediu a Temer que "utilize o seu poder" para influenciar o Supremo Tribunal Federal, de modo a desestimular a mudança da regra. "O governo federal tem um grande poder e grande influência. E pode utilizar isso. Se houver mudança, será um grave retrocesso."

Um detalhe potencializou o teor humorístico do pedido que Moro dirigiu a Temer: o ministro Gilmar Mendes, amigo e conselheiro do presidente, é o maior defensor da política de celas vazias no Supremo.

Gilmar compôs a maioria de 6 a 5 que autorizou o encarceramento de condenados depois do veredicto de tribunais de segundo grau. Mas já deixou claro que pretende mudar o seu voto quando a questão retornar ao plenário da Suprema Corte. Foi como se Moro sugerisse a Temer gritar para Gilmar: "Tem que manter isso, viu?"

Um espetáculo de stand-up comedy só é bom de verdade quando o humorista extrai parte de suas anedotas da própria plateia. Ferino, Moro defendeu o fim do foro privilegiado diante de Moreira Franco, o amigo a quem Temer fez questão de presentear com o escudo. Concedeu-lhe o título de ministro e o consequente direito de ser julgado no Supremo depois que o companheiro virou o "Gato Angorá" das planilhas do Departamento de Propinas da Odebrecht.

O foro concede ''privilégios às pessoas mais poderosas'', declarou Moro, arrancando efusivos aplausos da audiência. ''Seria relevante eliminar completamente o foro ou trazer uma restrição ao foro.'' Como juiz, Moro também dispõe de foro especial. ''Não quero esse privilégio para mim'', refugou, sob aclamação.

Temer e Moreira abstiveram-se de aplaudir Moro. Outros acompanhantes do presidente também sonegaram ao juiz a concessão de uma salva de palmas. Entre eles o presidente do Senado, Eunício Oliveira, o "Índio" da planilhas da Odebrecht.

Como que decidido a borrifar graça na atmosfera, Moro sugeriu ao ministro da Fazenda, também presente à premiação, que seja mais generoso com a Polícia Federal: "Pedindo vênia ao ministro Henrique Meirelles, que faz um magnifico trabalho na economia, me parece que alguns investimentos são necessários para o refortalecimento da Polícia Federal. O investimento na atuação do Estado contra a corrupção traz seus frutos."

Temer discursou depois de Moro. Mas não disse palavra sobre Lava Jato ou o combate à corrupção. Limitou-se aos autoelogios. E bateu bumbo pela reforma da Previdência.

Destoando do resto dos presentes, o presidente da República e seus acompanhantes não ficaram em pé quando Moro subiu ao palco para receber o seu prêmio. Durante o discurso do juiz, exibiam cenhos crispados. Tratadas como reformadoras morais, as piadas não acharam graça de si mesmas. Por sorte, o humor compreende também o mau humor. O mau humor é que não compreende coisa nenhuma.
Herculano
06/12/2017 11:58
O DATAFOLHA MOSTRA QUE OS DEPUTADOS E SENADORES NÃO SERÃO REELEITOS POR CAUSA DAS REFORMAS, INCLUINDO A DA PREVIDÊNCIA, COMO ALEGAM, MAS PORQUE ESTÃO SUJOS PERANTE A OPINIÃO PÚBLICA PELO QUE FIZERAM E NÃO FAZEM DO PRESENTE.

REJEIÇÃO AO TRABALHO DO CONGRESSO ATINGE RECORDE

Conteúdo do jornal Folha de S. Paulo. Texto de Ranier Bragon, da sucursal de Brasília. A rejeição ao trabalho do Congresso Nacional atingiu o seu maior número na história recente. Pesquisa Datafolha realizada nos dias 29 e 30 de novembro mostra que 60% dos brasileiros consideram ruim ou péssimo o desempenho dos atuais 513 deputados federais e 81 senadores.

Já a aprovação desceu a apenas 5%, também o pior número já registrado.

O levantamento foi feito pouco depois de um mês da votação da Câmara dos Deputados que barrou a tramitação da segunda denúncia criminal contra Michel Temer, presidente com alta impopularidade.

Os números oscilaram dois pontos percentuais em relação à já reprovação recorde do Congresso apontada nos dois últimos levantamentos do instituto, em dezembro de 2016 e abril de 2017 ?"58% de rejeição e 7% de aprovação?", ficando no limite da margem de erro.

A série de pesquisas do Datafolha sobre o desempenho dos congressistas, iniciada em 1993, permite dizer que a atual legislatura é, na média, a mais mal avaliada de que se tem registro.

O índice de reprovação de 2015 até agora nunca ficou abaixo de 41%. Já a aprovação jamais foi maior do que 12%. Nas seis legislaturas anteriores os resultados também foram em geral negativos, mas nunca com indicadores tão ruins.

ANÕES DO ORÇAMENTO

O momento que mais se aproximou ao atual ocorreu em 1993, último ano da hiperinflação e data do estouro do escândalo dos Anões do Orçamento, grupo de congressistas acusados de desviar recursos públicos para os próprios bolsos. No segundo semestre daquele ano, 56% da população rejeitava o trabalho dos parlamentares, segundo o instituto.

Nesses últimos 25 anos, a única vez em que o Datafolha apontou uma avaliação positiva dos congressistas numericamente superior à negativa foi em dezembro de 2003, primeiro ano da primeira gestão de Luiz Inácio Lula da Silva no Planalto (2003-2010).

Os deputados e senadores eleitos em 2014 iniciaram o mandato sob a batuta, na Câmara, do polêmico Eduardo Cunha (RJ).

O deputado do PMDB imprimiu um ritmo acelerado de votação, deu maior independência à Casa em relação ao Executivo e bateu de frente com o governo de Dilma Rousseff, se tornando um dos principais líderes do movimento político que acabaria aprovando o impeachment da petista em 2016.

Afastado do cargo e do mandato pelo STF (Supremo Tribunal Federal), Cunha hoje está preso no Paraná em decorrência das investigações da Operação Lava Jato.

Já sob o governo de Michel Temer, o Congresso aprovou medidas como o congelamento dos gastos federais, uma reforma política bastante enxuta, distante do que se almejava inicialmente, e a reforma trabalhista.

Atualmente, tenta votar o endurecimento das regras para aposentadoria, proposta que também amarga considerável rejeição popular.

O escândalo da Operação Lava Jato também atinge em cheio o Legislativo, incluindo os presidentes das duas Casas, o deputado Rodrigo Maia (DEM-RJ) e o senador Eunício Oliveira (PMDB-CE), que são alvos no Supremo Tribunal Federal de investigações relacionadas ao caso. Ambos negam envolvimento com o esquema.

Devido ao embate entre Cunha e Dilma, o impeachment e a fragilidade do governo Temer, o atual Congresso tem um maior peso na relação de forças com o Executivo, o que não foi observado na maior parte das legislaturas anteriores, que em média trabalharam a reboque da agenda do Palácio do Planalto.

PERFIL CONSERVADOR

Sua atual configuração tem perfil conservador do que anteriores, com atuação relevante das bancadas religiosa, ruralista e da "bala".

A estratificação dos dados da pesquisa do Datafolha, realizada com 2.765 entrevistados, mostra que a reprovação ao trabalho dos parlamentares federais atinge números ainda maiores em alguns segmentos: entre eles, os mais ricos (74%), os com ensino superior (75%), os eleitores do presidenciável Jair Bolsonaro (68%) e os que reprovam a gestão de Michel Temer (69%).

Já uma avaliação um pouco menos negativa do trabalho do Congresso é observada entre aqueles com ensino fundamental (52%), os de religião evangélica pentecostal (51%) e os que têm o PMDB como partido de preferência (42%) ou avaliam positivamente o governo Temer (37%).
Herculano
06/12/2017 11:49
SE DESCUIDARMO, HUDICIÁRIO COMERÁ DuAS SERRAS PELADAS A CADA ANO, por Elio Gaspari, para os jornais O Globo e Folha de S. Paulo

Senhora presidente do Supremo Tribunal Federal e do Conselho Nacional de Justiça.

Vosmicê não me conhece. Vivi no mato, nas terras do "Velho Genésio", perto de Marabá. Um dia meu filho achou uma pedra que brilhava. Isso foi quando a senhora era uma jovem advogada.

Era ouro. A gente estava na Serra Pelada e ela se tornou o maior garimpo a céu aberto do mundo. Em 1980 as gentes correram pra lá. Veio até estrangeiro, e durante cinco anos 120 mil homens carregaram sacos de cascalho naqueles barrancos.

Tiraram dali 30 toneladas de ouro.

Pois veja, há aqui um doutor que fez a conta. Na cotação de hoje essas 30 toneladas valem R$ 4,16 bilhões. Em 2015, os penduricalhos, gambiarras e puxadinhos dos magistrados e servidores do Judiciário custaram R$ 7,2 bilhões. Hoje, a conta deve estar por aí.

Em agosto passado, em Minas Gerais, quatro magistrados e 12 servidores receberam mais de R$ 100 mil líquidos cada um. Um juiz paulista que extorquia dinheiro de um empresário foi condenado a oito anos de prisão, está em regime semiaberto, foi aposentado compulsoriamente e em agosto recebeu R$ 52 mil. Se descuidamos, daqui a pouco, os doutores comerão duas Serras Peladas a cada ano.

A Constituição diz que existe um teto de R$ 33,7 mil mensais para cada brasileiro que trabalha para o governo, e os juízes garantem que cumprem as leis. Deve ser verdade, porque juiz não mente, mas eu penso naqueles caboclos que ralavam no morro. Teve muito sujeito que perdeu tudo com mulheres e cachaça. Foi dinheiro mal gasto, mas duas Serras Peladas anuais para pagar pelos penduricalhos desses doutores será dinheiro mal recebido.

A senhora veja como são as coisas deste mundo. Desde sempre, espanhóis, portugueses e brasileiros procuraram a tal montanha de ouro que existiria na Amazônia.

Há quase 500 anos o Francisco de Orellana desceu de Quito, passou fome, até couro comeu e não achou nada. Está aqui um Bartolomeu. Ele viveu no Pará e jura que por volta de 1640 passou a uns 200 quilômetros de Serra Pelada. A montanha de ouro existia. Como brasileiro não desiste, desentocamos 30 toneladas de riqueza. Pra quê? Pra pagar a cada ano uma Serra Pelada de "puxadinhos". Talvez duas. É pena, mas a burocracia que cria prebendas não produz montanhas de ouro.

Gente de sabedoria me conta que o Brasil cresceu, os Três Poderes custam caro e isso é natural. Só quem não entende é o tabaréu sem estudo, gente como eu. Mas procurei saber melhor e li nos livros que o ouro das vossas Minas Gerais enricou maganos de Portugal.

O Francisco de Orellana, que até hoje masca pedacinhos de couro, ficou assombrando com a conta dos penduricalhos. Desde 2014 as gambiarras comeram o equivalente a 20 mil toneladas de prata das minas coloniais espanholas Os maganos de Madri tiraram da América umas 100 mil toneladas de prata e, mesmo assim, a Espanha teve pelo menos dez bancarrotas. Orellana explica o que houve: entre 1556 e 1700, quatro reis nomearam 334 marqueses e 171 condes, cada um deles com direito ao seu puxadinho.

Senhora, livre-se desse cascalho alheio.

Assino em cruz e respeitosamente despeço-me.

Zezinho do Genésio
Herculano
06/12/2017 11:30
ACORDO DE MORALES CONTRA DROGAS É HIPOCRISIA, por Cláudio Humberto, na coluna que publicou hoje nos jornais brasileiros

A visita de Evo Morales a Brasília só não foi inteiramente inútil porque, além de "filar" a boia no Itamaraty, ele assinou acordo de segurança que prevê, entre outras obviedades, cooperação contra o "tráfico ilícito de entorpecentes", como se existisse um "tráfico lícito". O acordo é uma hipocrisia: ignora o fato de a Bolívia produzir 80% da cocaína consumida no Brasil e nele não há qualquer compromisso do visitante em reduzir a produção da folha de coca, matéria-prima da droga.

ESTRATÉGIA
Ideólogos da quase ditadura boliviana acham que cocaína ajuda a fragilizar "potências imperialistas". Eles acham o Brasil "imperialista".

PAÍS DOENTE
Documento do Itamaraty, de 2007, avisava que a Bolívia de Morales prometia combater o narcotráfico, mas só valorizava a folha de coca.

À MARGEM
A Bolívia sob o tacão de Evo Morales foi suspensa do Grupo Egmont, que reúne 105 países contra lavagem de dinheiro e o terrorismo.

OPS, FOI MAL
Com sua visita a Brasília, Morales acabou por reconhecer a legalidade e a legitimidade do governo Temer, após xingá-lo de "golpista".

TCU DESCOBRE EMBAIXADOR FANTASMA NA UNB
A Secretaria de Fiscalização de Pessoal, do Tribunal de Conta da União (TCU), descobriu uma burla à lei que espantou até ministros e servidores mais experientes: o embaixador do Brasil em Praga (República Tcheca), Márcio Florêncio Nunes Cambraia, acumula seu salário, entre os mais altos do serviço público, com o de professor da Universidade de Brasília (UnB), da qual está afastado desde 1985.

QUE COISA FEIA
O embaixador Cambraia esteve licenciado até junho de 2015, e recebe como se estivesse dando aulas a 9.600 km do seu local de trabalho.

BEM DE GRANA
Cambraia recebe US$21 mil (R$67,8 mil) como embaixador, estima o TCU, e como professor embolsa R$10,7 mil mensais.

EXPECTATIVA
O caso do embaixador fantasma da UnB está com o rigoroso ministro Walton Alencar. A expectativa é de condenação contundente.

UM PAÍS DE CHATOS
Grave ameaça à liberdade, a ditadura do "politicamente correto" gerou bandos de idiotas, inclusive na mídia, que não perdoam nem piada de discurso. Como a do ministro João Otávio de Noronha (STJ), ao brincar em um seminário que heterossexuais já são uma minoria sem direitos.

SEM DISSIDÊNCIA
Apesar de o PMDB da Câmara haver fechado questão sobre a reforma da Previdência, não há unanimidade no partido. Mas o Planalto não quer correr riscos de perder um só voto do partido do presidente.

DESCULPA FECHADA
O fechamento de questão não objetiva "punir" os que votarem contra a reforma da Previdência. E sim dar àqueles que temem reação de parte dos eleitores a desculpa de ter sido "obrigado a aprovar a reforma".

PMDB SEM MOLEZA
A expulsão da senadora Kátia Abreu (TO) deu força à presidência de Romero Jucá. Quem não aceitar o fechamento de questão até para usá-la como desculpa, corre o risco de tomar pé na bunda do PMDB.

COREIA DO NORTE NA MARINHA
O jornalista Renato Alves e a pesquisadora Marcelle Torres, da Escola de Guerra Naval, proferiram elogiadas palestras no Rio, ontem, sobre a Coreia do Norte no Centro de Estudos Político-Estratégicos da Marinha ontem. Alves deve lançar seu livro sobre o tema no influente think tank naval.

EXPLORAÇÃO SEM LIMITE
Estão apavorados com o aumento de 61% nas mensalidades dos servidores que aderiram ao plano de saúde Geap. Servidor de nível médio com mais de 50 anos, vai pagar R$ 1,7 mil/mês, por exemplo.

FERIADO GREMISTA
O juiz de 1º grau de Vera Cruz (RS) resolveu adiar uma audiência de 12 de dezembro para 22 de janeiro. E botou a justificativa no despacho, orgulhosamente: a semifinal do Grêmio no torneio de Abu Dhabi.

JANGO, 41
Há 41 anos, em 6 de dezembro, morria no interior da Argentina o ex-presidente deposto João Goulart, o Jango. A causa da morte tem sido alvo de questionamentos, inclusive da Comissão da Verdade.

PENSANDO BEM...
...o punho erguido de Evo Morales, ao ser recebido gentilmente pelo presidente Michel Temer, lembrou muito gente da mesma laia, como José Dirceu, José Genoino e André Vargas, antes de serem presos.
Herculano
06/12/2017 11:24
INCHAÇO ESTATAL, editorial do jornal Folha de S. Paulo

Ao longo das administrações petistas, o quadro de pessoal das empresas federais experimentou inchaço ainda mais intenso ?"e menos transparente?" que o do funcionalismo de ministérios, autarquias e fundações da União.

De cerca de 370 mil funcionários em 2002, o contingente empregado pelas estatais controladas pelo Tesouro Nacional passava dos 550 mil em 2014, quando as finanças de todo o setor público começaram a entrar em colapso.

Nenhuma razão econômica ou administrativa justifica a espantosa expansão de quase 50% em apenas três mandatos presidenciais. Fora algumas providências pontuais, como a substituição de terceirizados, tratava-se basicamente de obedecer a pulsões ideológicas e corporativas, em meio às ilusões de uma prosperidade efêmera.

Com motivações similares, ampliou-se o funcionalismo do Executivo, no mesmo período, em pouco mais de 25%, para 614 mil. Neste caso, ao menos, há dados disponíveis a respeito da alocação e da remuneração de cada servidor.

Nas estatais, tudo é mais nebuloso: não se conhecem os critérios de contratação, os padrões salariais (inexiste teto legal para os vencimentos), as proporções entre os aprovados em concurso e as nomeações políticas.

Sabe-se, de todo modo, que os quadros passam por enxugamento, acelerado a partir do ano passado. Conforme números recém-divulgados, o total de funcionários das empresas já caiu a 507 mil.

Não desprezível, a redução parece generalizada, abrangendo os quatro grupos que mais empregam ?"Correios, Banco do Brasil, Caixa Econômica e Petrobras.

Louve-se o esforço, baseado em programas de demissão voluntária, mas os resultados tendem a ser fugazes se não for revisto de maneira profunda o atual aparato de 149 estatais em que grassam dívidas, prejuízos e ineficiência.

Afinal, qualquer melhora futura da economia despertará nos governantes as tentações empreguistas, para nem mencionar as vastas oportunidades de corrupção.
mario pera
06/12/2017 11:24
Sobre acumulação de função - servidor público e vereador - sempre foi possivel. Quando fui vereador o servidor público Jacob Goedert se manteve na função e exercia a edilidade. Mas à época as reuniões na Câmara eram as 18 hs e no total de de seis por mês - todas as terças-feiras e mais duas quintas feiras. Reuniões de comissão antes das sessões - chegávamos antes ou depois - ou durante o dia conforme disponibilidade dos componentes. As reuniões à noite ou fim do dia (18hs), estabelece melhor proximidade com a comunidade.

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