Por Herculano Domício - Jornal Cruzeiro do Vale

Por Herculano Domício

07/12/2017

TRANSPARÊNCIA ZERO I
A vida em sociedade livre e democrática, não existe sem a representação política. Esqueçam quaisquer tratados que distratarem este pilar da democracia representativa. E ela se dá com a transparência para os eleitores. Resumindo: nesse modelo, sempre haverá políticos a nos representar. Entretanto, sem a fiscalização dos cidadãos, os políticos, os nossos representantes, bem pagos, zombam da nossa cara. Os vereadores de Gaspar, viram e mexem, igualam-se ao pior da política e dos políticos que estampam às manchetes nacionais. Os vereadores tiveram a oportunidade de melhorar essa transparência e representação. Ensaiaram, mas silenciosamente, colocaram no lixo, a própria boa ideia deles. Incrível. Esperei. Veio o final do ano. Nada. Todos calados. Inclusive os que se dizem da oposição.

TRANSPARÊNCIA ZERO II
O Projeto de Resolução 2/2017, vejam só, assinado só por vereadores da base de apoio a Kleber Edson Wan Dall, PMDB (Ciro André Quintino, Evandro Carlos Andrietti, Francisco Hostins Junior, Francisco Solano Anhaia, todos do PMDB, mais Franciele Daiane Back, PSDB, José Ademir Moura, suplente e Sílvio Cleffi, ambos do PSC), deu entrada no dia primeiro de março. No mesmo dia, Anhaia, líder do PMDB, pediu a retirada do PR. E o engavetou até ser arquivado. Nenhuma explicação!

TRANSPARÊNCIA ZERO III
O que dizia o tal PR? “Atualmente, ainda existem quatro hipóteses em que há votação secreta nesta Câmara: eleição da Mesa Diretora; deliberação sobre a perda de mandato de vereador; deliberação sobre a aplicação de censura pública e perda temporária do exercício de mandato, no caso de descumprimento, por qualquer vereador, de deveres inerentes a seu mandato ou prática de ato que afete a sua dignidade; e no julgamento do prefeito por infração político-administrativo”. Coragem; decência mínima. Aplausos! ”O objetivo deste PR é extinguir a votação em escrutínio secreto nesta Casa de Leis, tornando a votação nos casos acima mencionados, nominal”, justificaram os autores. Então ao retirar no mesmo dia em que deu entrada, qual o medo, jogo e que os vereadores querem nos esconder? Esta é a cara da Câmara deste ano.

TRANSPARÊNCIA ZERO IV
Quer mais? Está escrito pelos próprios vereadores no PR que foi para o lixo: “Nunca se viu outrora, tamanha identificação entre o povo brasileiro e seus representantes políticos. Um anseio de mudanças, sem precedentes, ou talvez que se iguale ao movimento das ‘Diretas Já’, tomou conta da nação. Diante de tal contexto, torna-se imprescindível o término de quaisquer hipóteses de voto secreto do vereador, uma vez que sendo ele representante direto do povo não pode subjugar à vontade popular face a meras manobras políticas e interesses individuais. Para que isso ocorra, é necessário que o voto do vereador não seja instrumento ensejador desses ardis, mas apenas reflita claramente os interesses de seus mandatários (o povo)”. Depois sou eu o exagerado no que escrevo? Os nossos vereadores são incoerentes, demagogos e até hipócritas com o que eles próprios escrevem nos seus projetos. Ficam expostos e depois reclamam quando se cobra à transparência naquilo que fazem e principalmente, não fazem. Daqui há duas semanas, será a eleição da Câmara, e os traidores, se houver, estarão protegidos pelo voto secreto. Com a palavra a base e o vereador Anhaia, que retirou o PR da tramitação e ficou de bico calado. Acorda, Gaspar!

TRAPICHE

Atalho da história. Os atuais vereadores de Gaspar escolheram antigos ou históricos pares para homenagear ontem os 70 anos da Câmara. As escolhas devem ser respeitadas, principalmente quando feitas por colégios. Mas... Franciele Daiana Back, PSDB, a mais jovem vereadora, escolheu sozinha o seu protetor Claudionor Cruz e Souza. Depois, apenas comunicou a escolha.

Relegou o seu padrinho de campanha Amadeu Mitterstein, liderança reconhecida no distrito do Belchior, ou até, um dos fundadores do partido Mário Pera, hoje longe daqui. Essa gente sem memória e cheia de interesses, perde-se à toa, quanto tenta se vingar ou reescrever a história na qual não participou, mas a usufrui.

A jogada. O aumento da Cosip em Gaspar estava proposto na Câmara, como Projeto de Lei Complementar 11/2017. Havia debate para tirar ele do rito de urgência. Vendo complicações, antes, porém, o Executivo e a base, transformaram o PLC no Projeto de Lei Ordinária 98/2017.

Porque disso? O PLC precisava dois terços dos votos para ser aprovado. E isso seria um problema para os da prefeitura. Um PL, a maioria simples aprova. Resumindo: a oposição, cada vez menor, está sendo triturada.

Com transparência tudo é mais difícil. Depois que aqui relatei a compra de telefones caríssimos para a Câmara às portas das férias dos vereadores de Gaspar, pela segunda vez não apareceram pretendentes.

O PMDB de Gaspar fez o seu ‘final do ano do 15’ para os seus. Duas coisas se destacaram: o luxo, a seletividade dos puxa-sacos e à quase nenhuma participação do povo, sua reconhecida força eleitoral; e nas redes sociais, nas fotos, só deu o presidente Carlos Roberto Pereira com o rebento. O poder muda mesmo as prioridades das pessoas, dos políticos e dos partidos!

As colunas Olhando a Maré, de segunda e quarta-feira desta semana, feitas especialmente para os leitoras e leitoras do portal Cruzeiro do Vale, o mais antigo, o mais atualizado e líder de acessos, bombou. Ao mesmo tempo, desgostou muitos políticos.

Entre os assuntos estava a comparação injusta de 11 meses da gestão de Kleber Edson Wan Dall, PMDB, com 12 anos de Pedro Celso Zuchi, PT; o “coroné Wando” que impôs a sua vontade destituindo uma eleição democrática para diretor de escola e CDI; o afastamento acertado do vereador Cícero Giovane Amaro, PSD, do Samae; o não funcionamento das assessorias de comunicação cabides da Câmara e da prefeitura; a falta de prestígio do prefeito de Ilhota, Érico de Oliveira, PMDB; e a experiência de um vereador-suplente novato. Ufa!

Dança em local sensível. Sai o comissionado Marcos Roberto da Cruz e no seu lugar foi nomeado Ismael Ferreira, para diretor de Compras e Licitações de Gaspar.

Quando há interdição, anunciada com antecedência devida à detonação de rochas na duplicação da BR 470, sobra poeira para os moradores na rua Vidal Flávio Dias, usada como alternativa pelos motoristas. Mas, agendada para amigos, o caminhão pipa do Distrito do Belchior, governada por Raul Schiller, PMDB, foi autorizado abastecer piscinas de particulares de alguns privilegiados de lá. Ai, ai, ai.

A denúncia foi feita na Ouvidoria sob o protocolo 390. Foi instaurada por conta disso, uma Sindicância para “apurar” os fatos e eventualmente “punir” os culpados. Como o caso envolve gente graúda politicamente e chegada ao poder, esta será mais uma daquelas sindicâncias que leva anos e nada se conclui, ou um tadinho vai levar a culpa. Acorda, Gaspar!

Ilhota em chamas I. Continua a prática reiterada, por influência do Executivo na Câmara, no trâmite pelo rito regimental. Mais uma vez aconteceu com os PLCs 48/2017 e 52/2017, PLOs 75/2017, 79/2017 e 80/2017 de autoria do prefeito Érico de Oliveira, PMDB, e o PLO 09/2017 da Câmara, possibilitando sua deliberação em um único turno de discussão e votação na mesma sessão ordinária.

Ilhota em chamas II. Todas as três empresas que se habilitaram para administrar a “Águas de Ilhota”, tomada da Casan, não conseguiram vencer a licitação. São elas: Sandrini & Botega Ltda., que vive às turras com o Observatório Social de Blumenau; a Saneatec Saneamento e Tecnologia Ltda.; e a Itajui Engenharia de Obras Ltda.

 

Edição 1830

Comentários

Herculano
10/12/2017 18:35
O SELO LIBERAL, por Rodrigo Constantino, na revista Isto É

Conforme escrevi aqui na coluna passada, o liberalismo está na moda e todos querem tirar uma casquinha dele, vestir a jaqueta de liberal. O Instituto Liberal, tradicional representante do movimento no Brasil, atuando desde a década de 1980, pode colaborar para separar o joio do trigo, detectando os oportunistas de plantão. Sugeri com base nisso a criação de um selo de qualidade para testar quais candidatos realmente se comprometem com nossos valores e princípios.

A ideia é bem simples: de dez itens fundamentais, o candidato precisa concordar com ao menos sete. Caso contrário, não merece usar o selo de liberal. O candidato liberal, para executivo ou legislativo, deve se comprometer a:

1) defender a privatização das estatais, incluindo Petrobras, Banco do Brasil e Caixa, partindo da premissa que não cabe ao Estado ser gestor de empresas ou banqueiro;

2) jamais votar por qualquer medida de aumento de impostos, partindo da premissa que já temos uma carga tributária indecente em nosso País, e respeitar o equilíbrio fiscal, com o foco no corte de gastos do governo, especialmente de privilégios para funcionários públicos;

3) sustentar um banco central independente com metas claras de inflação e nada mais;

4) tratar a reforma previdenciária como prioridade, sendo o ideal a criação de contas individuais de capitalização, para por fim ao esquema coletivista de pirâmide do atual INSS;

5) considerar o FGTS roubo e defender que o trabalhador deve ter o direito de escolher onde aplicar os seus próprios recursos;

6) lutar por uma radical reforma de flexibilização da CLT, para colocar fim nesse modelo fascista e marxista que trata patrão como explorador e empregado como oprimido;

7) não votar a favor de qualquer medida que represente aumento da nossa burocracia estatal, já em patamares absurdos;

8) reduzir o protecionismo comercial e abrir nossa economia de verdade, para deixar a livre concorrência fazer o seu "milagre";

9) apoiar o projeto Escola Sem Partido, que pretende acabar com a doutrinação ideológica em nossas escolas e combater a ideologia de gênero imposta a nossos alunos, assim como pregar o voucher;

10) defender o direito legítimo de o cidadão de bem portar armas para se defender e revogar o Estatuto do Desarmamento em vigência a despeito da escolha popular.

Existem muito mais coisas importantes, mas essa já seria uma excelente agenda liberal. Ninguém pode pretender usar o rótulo sem defender um drástico enxugamento do Estado, reduzindo burocracia, impostos e privilégios, e combatendo com rigor o MST, as máfias sindicais e as ONGs "progressistas" bancadas pelo governo. E então, seu candidato é mesmo um liberal ou só finge? Cobre dele o selo IL de qualidade!

O seu candidato é mesmo um liberal ou só finge? Cobre dele o selo IL de qualidade!
Herculano
10/12/2017 18:27
PT ESTUDA ELEITOR DE BOLSONARO

Conteúdo de O Antagonista. O PT encomendou pesquisas qualitativas, quantitativas e análises de redes sociais para decifrar o potencial de Jair Bolsonaro, informa o Painel da Folha.

"Os petistas admitem que 'a ideia que ele representa' tornou-se poderosa com a agudização da crise: uma pauta moral, com apelo entre evangélicos e cuja bandeira do combate à violência a qualquer custo é o abre-alas.


(?) Os dados mostraram Bolsonaro com força no Rio e em estados com tradição no agronegócio. Seu eleitor é engajado e está alheio a qualquer estrutura partidária.

Bolsonaro conta com uma rede de divulgadores que se dispõe a tirar dinheiro do próprio bolso para organizar atos e fazer propaganda das plataformas dele. O estudo indica que a base do deputado tem capilaridade em diversos setores vinculados à segurança.

Para se contrapor a Bolsonaro, a direção petista está à procura de um projeto para a redução da violência que tenha efetividade, mas não esbarre no autoritarismo."

O Antagonista lembra que o resultado da omissão dos governos do PT em segurança pública foi o recorde do número de homicídios no Brasil em 2016: 61.619; 7 pessoas mortas por hora no país.

LULA E A RAZÃO PARA ASSALTAR

A quantidade de notícias neste domingo sobre insegurança pública e os dados que mostram a preocupação dos brasileiros com a questão, sem falar no aumento da população carcerária no país, também deveriam despertar a seguinte pergunta:

Por que existem tantos criminosos no Brasil?

As causas da criminalidade são variadas, claro, mas uma delas é a justificativa moral para o crime pela baixa renda ou por qualquer outra condição social do criminoso.

Enquanto igrejas cristãs ensinam aos pobres que o crime é pecado independentemente de sua condição, intelectuais, artistas e políticos de esquerda disseminam no ambiente cultural o relativismo que arrefece o freio moral aos piores impulsos individuais.

Uma frase de Lula em entrevista à rádio Continental AM, de Campos-RJ, nesta semana, ilustra a tese esquerdista:

"Um jovem que está trabalhando, que recebe um salário e pode comprar um celular bonito como este teu, ele não tem por que assaltar uma pessoa para roubar um celular."

A conclusão inevitável é que um jovem desempregado tem, sim, por que assaltar.

Na prática, a esquerda insulta os pobres de bem, que buscam vencer sem recorrer ao crime, e legitima as ações daqueles que se deixam levar pelo mal que ela fomenta.
Herculano
10/12/2017 18:23
AMANHÃ É DIA DE COLUNA OLHANDO A MARÉ INÉDITA
Miguel José Teixeira
10/12/2017 12:55
Senhores,

As tornozeleiras do Senhor Reitor. . .

Chove artigos e manifestações em defesa de reitores ladrões e "cumunistas" que infestam as Universidades Federais.

Lugar de LADRÕES é na cadeia. . .

E se estes reitores ladrões e "cumunistas"ainda tiverem um pouco de consciência, que sigam o exemplo "daquelezinho" e SUICIDEM-SE!!!

Inovem. . .cometam o "reitoricídio"!!!

Fora, escória vermelha. . .vá à PQP!!!

Herculano
10/12/2017 12:39
2018 JÁ. ALCKMIN ASSUME O COMANDO DO PSDB, BATE EM LULA E NO PT E, COM ACERTO, FAZ ACENO A TEMER E AO PMDB, por Reinaldo Azevedo

A convenção nacional do PSDB elegeu, neste sábado, Geraldo Alckmin presidente do partido. O governador de São Paulo passa a dispor na legenda de um poder que nunca teve. Em 2006, quando enfrentou Lula nas urnas, era uma espécie de patinho feio aos olhos de muitas alas. Agora não. Embora tenha sido tocado, sim, pela Lava Jato ?" seu caso chegou há pouco ao STJ ?", sobreviveu à voragem da operação.

Ao alvejar o senador Aécio Neves com a fúria que se viu, Rodrigo Janot limpou o céu ao voo de Alckmin. E este, obviamente, aproveitou a oportunidade. O discurso deste sábado evidencia uma mudança no rumo desastroso que sua pré-candidatura vinha assumindo. Vamos ver se mantém bico e cauda devidamente posicionados para um voo sustentável.

Com a devida vênia, eu nunca subestimo a capacidade que têm os tucanos de fazer bobagem ?" como se viu, aliás, neste sábado, embora, no geral, as coisas tenham se saído bem.

Vamos ver.

Conforme o esperado, o discurso do pré-presidenciável mirou o petismo. Lembram-se quando os companheiros falavam da tal "herança maldita"? Pois é? Alckmin fez ainda um aceno, modesto, ao governo Michel Temer e ao PMDB.

Lembrou:
"Lula será condenado nas urnas pela maior recessão da nossa história. As urnas o condenarão pelos 15 milhões de empregos perdidos, pelas milhares de empresas fechadas, pelos sonhos perdidos."

E indagou:
"Será que petistas merecem nova oportunidade? Nós os derrotaremos nas urnas."

E reconheceu:
"Registre-se os esforços do atual governo, que, pouco a pouco, começa a reversão da tragédia econômica em que o país foi colocado".

Não houve críticas ao Planalto, e, como se vê, ainda que mitigado, ouviu-se até um elogio.

É o caminho certo ?" a rigor, é o único para a candidatura tucana. Se o PSDB seguisse na trilha em que vinha, que consistia em disputar com o PT um lugar entre as forças de oposição a Temer, o desastre se consumaria por antecipação.

Em todo caso, neste sábado, deu-se apenas o primeiro pass
Sidnei Luis Reinert
10/12/2017 12:33
Roberto Sombrio, são uns lixos mesmo,

o PSDB e o PT se uniram em evento que aconteceu em São Paulo no dia 02 de dezembro. Temendo a ascensão de Jair Bolsonaro para 2018, e a atual popularidade de ideias da direita conservadora que se espalham na sociedade, o PSDB juntamente com o PT e outros partidos de esquerda organizaram o primeiro "Manifesto de Convergências pela democracia e direitos humanos", o evento foi fomentado por uma ala do PSDB denominada, "Esquerda pra Valer". Esse manifesto conta com a participação de alguns figurões da nossa classe política como, Fernando Henrique Cardoso, José Serra, Eduardo Suplicy, José Anibal, Alebrto Goldman, Eduardo Jorge, entre outros. A verdade é que o PSDB sempre foi de esquerda, sempre foi um partido identificado com o Socialismo Fabiano. O PT e o PSDB são criações de um mesmo grupo de esquerdistas empenhados em aplicar no Brasil o que Lenin chamava de "estratégia das tesouras". Nesse vídeo você saberá toda a história dos tucanos e como eles se transformaram, equivocadamente, nos únicos representantes da direita no Brasil por tanto tempo.

O PSDB revela sua verdadeira face em evento em São Paulo! https://www.youtube.com/watch?v=-BBE9hQb1HQ

Link do " PSDB Esquerda pra Valer": http://esquerdapravaler.com.br/
Sidnei Luis Reinert
10/12/2017 12:20
General Mourão para Governador do Rio de Janeiro!


Edição do Alerta Total ?" www.alertatotal.net
Por Jorge Serrão - serrao@alertatotal.net

Qual o real objetivo de "punição" ao General Antônio Hamilton Mourão, depois que ele afirmou que o Presidente Michel Temer faz "um balcão de negócios para governar", em palestra aos simpatizantes do grupo Terrorismo Nunca Mais (Ternuma) no Clube do Exército, em Brasília, na noite de quinta (7 dez)?
A resposta é fácil: quem realmente mandou tirar Mourão da Secretaria de Economia e Finanças do Exército quis apenas mandar um recado e tentar acuar alguns dos 15 Generais membros do Alto Comando do Exército que pensam exatamente da mesma maneira que ele. A maioria dos Generais de quatro estrelas da ativa não suporta mais a "crise ética e moral sem precedentes".
A covarde vingança burocrática contra Mourão aceita diferentes interpretações. Claramente, foi um ato inútil e precipitado que só tende a aumentar a ira de alguns Generais. Mas também pode ser um ato de dissimulação do próprio Alto Comando apenas para dar uma satisfação imediata ao Palácio do Planalto, ao Ministério da Defesa ou ao Gabinete de Segurança Institucional da Presidência da República. Legalmente, não caberia uma punição mais grave a Mourão.
A "punição" (?), em pleno sábado (?), foi, no mínimo esquisita. O Chefe do Centro de Comunicação Social do Exército, General de Divisão Otávio Santana do Rego Barros, postou no site do EB o "Infomex 041 de 9 de dezembro de 2017", tratando de uma subida movimentação de Oficiais Generais: "Incumbiu-me o Sr Comandante do Exército informar que apresentará ao Sr Ministro de Estado da Defesa , para encaminhamento ao Sr Presidente da República, a seguinte proposta de movimentação de Oficiais-Generais: "Gen Ex Antonio Hamilton Martins Mourão designado para Adido SGEx; Gen Ex Luiz Eduardo Ramos Baptista Pereira designado para Sect Econ Fin".
Na prática, Mourão foi substituído e jogado na "geladeira" (cargo de Adido na Secretaria-Geral do Exército). A SGEx tem várias missões: "Preparar e secretariar as Reuniões do Alto Comando do Exército (RACE); Conduzir os processos de concessão das medalhas sob sua responsabilidade; Regular o Cerimonial Militar do Exército, em âmbito nacional; Organizar, publicar e divulgar os Boletins do Exército; e Assessorar o Cmt Ex no que se refere à normatização do uso de uniformes". O combatente Mourão fica no cargo até 31 de março de 2018, quando parte para a "reserva pró-ativa"...
Fala sério... A punição a Mourão é fake. O General foi apenas retirado de uma função burocrática para outra idêntica. Ao tem efeito prático. Trata-se de uma mudança apenas alegórica. É muita ingenuidade acreditar que a cabeça dele tenha sido pedida, de verdade, pelo impopular Michel Temer, por ter achado "insustentável" a situação do General, depois do teor verdadeiro da palestra que deu na quinta-feira. Fofocas palacianas, captadas por ouvidos biônicos, indicam que a genial maneira de punir Mourão partiu do Gabinete de Segurança Institucional, dirigido pelo ministro Sérgio Westphalen Etchegoyen ?" um General de Exército que Temer sempre ouve atentamente.
O General Antônio Hamilton Mourão já estava na alça de mira do Alto Comando do PMDB. Mourão tinha abalado os podres poderes, em setembro, quando sugeriu que poderia haver uma intervenção militar no Brasil, se o País mergulhasse no caos, caso o Judiciário não resolvesse o problema político. Agora, foi punido apenas pelo que disse, livremente, na palestra intitulada "Uma visão daquilo que me cerca": "Não há dúvida que, atualmente, nós estamos vivendo a famosa Sarneyzação. Nosso atual Presidente vai aos trancos e barrancos, buscando se equilibrar, e, mediante o balcão de negócios, chegar ao final de seu mandato".
Mourão é hoje o mais popular dos Generais, sobretudo pela juventude que apóia a candidatura de Jair Bolsonaro à "Comandante-em-chefe das Forças Armadas"... Mourão é um dos ardorosos defensores da opção Bolsonaro ?" um ex-capitão do Exército que optou, há 28 anos, pela "carreira" de Deputado Federal. A "punição" de mentirinha ao Mourão gera indignação nas redes sociais. Portanto, é mais uma ajudinha ao Jair Bolsonaro ?" que torce pelo Botafogo (sem trocadilho, por favor)...
Mourão falou nada demais no evento do Ternuma: "Se o caos for instalado no País... E o que a gente chama de caos? Não houver mais um ordenamento correto, as Forças Institucionais não se entenderem, terá que haver um elemento moderador e pacificador nesse momento, mantendo a estabilidade do País, e não mergulhando o País na anarquia. Agindo dentro da legalidade, ou seja, dentro dos preceitos constitucionais, e usando a legitimidade que nos é dada pela população brasileira. As Forças Armadas estão atentas para cumprir a missão que cabe a elas. Mas, por enquanto, nós consideramos que as instituições têm de buscar fazer a sua parte".
Já que Mourão foi mandado para a sibéria burocrática, em um ato institucional flagrantemente covarde, vale uma sugestão ao militar que é reconhecidamente honesto, corajoso e preparado para liderar e administrar. Já que planeja se mudar para o Rio de Janeiro, a partir de 31 de março, quando parte para a reserva pró-ativa, por que o General Mourão não entra para a política, se filia a um partido e concorre ao Governo do Estado do Rio de Janeiro?
Mourão seria um candidato imbatível ao Palácio Guanabara, já que a grande demanda eleitoral dos cariocas e fluminenses, em 2018, será por Ordem e Segurança, em um Estado destruído pela corrupção e pela violência descontrolada?
O Alerta Total sugere: Mourão para Governador do RJ! E senta o aço na campanha, General Mourão... Você seria a maior surpresa eleitoral do ano que vem...
Roberto Basei
10/12/2017 10:26

PARA QUEM ADMINISTRAR A P?"LIS


Em uma cidade como a nossa de 60.000 habitantes, quem tiver uma percentagem de 25% já é o suficiente e é assim que trabalha a atual, no causo para menos ainda pois se elegeram com 11 mil e poucos votos,menos que na anterior e acreditam não precisar de mais ninguém eles se bastam...
Herculano
10/12/2017 07:36
MEIRELLES E BC ERRAM O ALVO, por Vinicius Torres Freire, no jornal Folha de S. Paulo

Os economistas de Michel Temer erraram o alvo. O crescimento deste fim de ano deve ser menor que o previsto por Henrique Meirelles, ministro da Fazenda. A inflação deve ficar muito abaixo da meta do Banco Central.

A conjunção de crescimento e inflação baixos demais é prato cheio para economistas críticos do governo, os de esquerda em particular.

Mais importantes que chutes errados do time temeriano, porém, são as consequências da recuperação retardada para a política econômica e eleitoral de 2018. Caso a economia continue pouco mais quente que um cadáver, que bicho vai dar?

Até outubro, Meirelles dizia em público que o crescimento deste último trimestre seria de 2,7% (em relação a 2016). Para chegar a tanto, será preciso um avanço de perto de 0,7% neste final de ano. Otimistas preveem 0,2%.

Na média, zero. Caso o ministro acerte, a gente pode pedir desculpas e se divertir avacalhando um erro estrambótico de previsão do mercado.

A meta de inflação é 4,5%, com piso de 3%. O IPCA deve fechar este ano por aí ou menos. Mais difícil que estimar o PIB é acertar essa meta, reconheça-se. Além do mais, o Banco Central pode argumentar que a política econômica vinha de caos e barbárie, que a baixa do preço dos alimentos foi surpresa grande, que a inflação deve voltar à meta em 2018 e que, enfim, política de juros leva um tempo assim não muito preciso para fazer efeito.

O teste do pudim vem agora. Espera-se que não esteja envenenado.

Para falar de besteira grossa, recorde-se que a conta dos favores do governismo para lobbies fortes e amigos em geral está para lá de R$ 30 bilhões. Seria o bastante para dobrar o valor do investimento "em obras" deste ano. Dada a nossa pindaíba, não é pouca porcaria.

Certos economistas dirão que essas minúcias não afetam o longo prazo etc. Não é bem assim. Exageros de curto prazo podem ter efeitos econômicos duradouros, além do risco de causarem revolta a ponto de fazer com que o povo eleja um boçal para presidente. Mas certos economistas parecem adeptos de uma seita pitagórica, amantes de números perfeitos no espaço sideral.

Neste mundo sublunar, os eleitores estão muito pessimistas. Se nada mais der errado, aquele crescimento de Meirelles só vai ocorrer no terceiro trimestre de 2018, estima o mercado. Em relação à miséria de hoje, 2,7% de crescimento melhoraria os humores, decerto. Mas seria tarde para ambições políticas de governistas ou de seus companheiros de viagem e, convém lembrar, melhora de PIB não se traduz de imediato na vida cotidiana e não determina voto, necessariamente.

Caso a economia ainda esteja fria na época de definição de candidaturas (março a junho), haverá problemas no "centro" (algo entre Lula e o ferrabrás das cavernas). Temer continuará a ser o beijo da morte nas urnas, o PSDB terá de explicar seu caso com o governo e forasteiros eleitorais podem se animar de novo.

Caso o PIB não reaja no primeiro semestre, a inflação permaneça baixa e o mercado não tenha faniquitos políticos, os economistas de Temer estarão com facas no pescoço e nenhum queijo na mão, sem remédios macroeconômicos e explicações no armário. Justificar a catatonia econômica será o menor de seus problemas.
Herculano
10/12/2017 07:34
SE CONDENADO NO TRF4, LULA VIRA LOGO FICHA SUJA, por Cláudio Humberto, na coluna que publicou neste domingo nos jornais brasileiros

Caso o ex-presidente Lula perca os recursos que impetrou no Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF-4), após a condenação a 9 anos e seis meses pelo juiz Sérgio Moro, ele estará fora da disputa de 2018 em razão da Lei da Ficha Limpa, cujo artigo 15 impede o registro da candidatura do condenado por órgão colegiado. É o caso do TRF-4. Ainda que solto, o ex-presidente permanecerá inelegível por 8 anos.

Só COM FICHA LIMPA
"Quem se candidata a um cargo precisa preencher conjunto de requisitos estabelecidos", preconizou o ministro Edson Fachin no STF.

LIMINAR SERÁ DERRUBADA
Advogados de Lula sinalizam que vão recorrer a liminar para garantir sua candidatura. Mas a medida não resistirá ao julgamento de mérito.

A REGRA É CLARA
A lei da ficha limpa torna inelegível quem foi condenado por órgão colegiado, teve o mandato cassado ou renunciou para evitar cassação.

ANTERIOR À LEI
"Fatos anteriores à inscrição da candidatura podem ser levados em conta", disse Fachin em julgamento deste ano sobre a aplicação da lei.

PLANOS DE SAÚDE EXPULSAM IDOSOS IMPUNEMENTE
A Agência Nacional de Saúde Suplementar criou o espaço para que as operadoras explorem a clientela à vontade: contratos coletivos ou corporativos. Neles, ao contrário dos planos individuais, o cliente pode ser dispensado a qualquer tempo, mediante aviso prévio de 60 dias. É assim que quase 3 milhões de clientes idosos foram expulsos do sistema no momento em que mais necessitam de atenção à saúde.

PERVERSÃO
Perverso, o projeto da nova lei dos planos de saúde legalizava o assalto de 100% no valor da mensalidade de quem completa 59 anos.

VISTA GROSSA
Os planos criaram esquema, com ajuda da ANS, para expulsar quem completa 60 anos de idade. Não "interfere" na negociação dos clientes

REGULA NADA
Agência "reguladora", a ANS não impõe limites à definição por parte de operadoras de mensalidades e principalmente dos reajustes de planos.

TORCIDA POR MARUN
Assim como torciam pela saída de Imbassahy, deputados e assessores palaciano não escondiam, no fim da tarde de sexta, a preferência pelo deputado Carlos Marun (PMDB-MS) para a Secretaria de Governo.

DICA DE LEITURA
A comoção gerada pela prisão do Bandidão 157, com nítida torcida pelo criminoso, pode ser entendida num livro magnífico: "Bandidolatria e Demonicídio", de Diego Pessi e Leonardo Giardin de Souza.

ALOYSIO FICA
O presidente não deve mexer nas Relações Exteriores até abril, como esta coluna antecipou há um mês. Michel Temer é velho amigo de Aloysio Nunes e gosta do seu trabalho à frente da diplomacia.

APELO DRAMÁTICO
Antônio Imbassahy foi demitido da Secretaria de Governo no último dia 21, mas fez um apelo dramático ao amigo Michel Temer para permanecer até a véspera da convenção do PSDB.

REFORMAS E REFORMAS
A reforma ministerial a ser realizada por Michel Temer no fim deste ano depende também da votação do projeto de reforma da Previdência, que o governo planeja realizar nos dias 18 e 19 próximos.

CARÍSSIMA GENEROSIDADE
A luta para reformar a Previdência ganhou o mundo, e não há quem a critique. O jornal Financial Times, de Londres, chegou a registrar que o sistema de aposentadorias no Brasil "é excessivamente generoso".

O COMITÊ DA GRANA
O MEC oficializou a nomeação dos membros do Comitê Gestor do Fundo de Financiamento Estudantil, que vão gerenciar cerca de R$ 5,2 bilhões/ano do Fies e outros R$ 2 bilhões do fundo garantidor.

MAMATA BRASILEIRA
Após a primeira reforma da previdência no governo FHC, o número de pedidos de aposentadoria subiu de menos de 100 mil em 1993 para 420 mil em 1998, enquanto a idade caiu de 53 anos para 48 anos.

PENSANDO BEM...
...este domingo (10) é o Dia do Palhaço. Em anos eleitorais deveria se chamar de Dia do Cidadão Brasileiro
Herculano
10/12/2017 07:31
AINDA HÁ DIFERENÇA ENTRE O PT E A ESQUERDA DO ATRASO E O PSDB. ENQUANTO O PT MANTÉM UMA RÉ COMO PRESIDENTE DO PARTIDO E UM RÉU COMO CANDIDATO A PRESIDENTE DOS BRASILEIROS, O EX-PRESIDENTE DO PSDB, SENADOR AÉCIO NEVES, APENAS UM INVESTIGADO, É VAIADO EM CONVENÇÃO DO PARTIDO AO SE DESPEDIR E PRESTAR CONTAS. NÃO CONSEGUIU FICAR LÁ POR 40 MINUTOS. PENA QUE ISTO SEJA EXCEÇÃO NOS PARTIDOS POLÍTICOS BRASILEIROS

Conteúdo do jornal Folha de S. Paulo. Texto de Daniel Carvalho, Bruno Boghossian e Talita Fernandes, da sucursal de Brasília, e de Thais Bilenky, enviada a Brasília. O presidente licenciado do PSDB, senador Aécio Neves (MG), foi hostilizado neste sábado (9) ao chegar à convenção nacional do partido, em Brasília.

Na entrada do centro de convenções onde ocorre o evento, uma claque favorável ao mineiro o aguardava. O nome dele (escrito em chapéus de alguns dos apoiadores que o esperavam) foi gritado em coro pelo grupo.

Eles seguravam uma faixa em que o mineiro era aclamado como "o melhor presidente da história do PSDB" e agradeciam a ele por sua "coragem e comprometimento com o país".

O grupo o acompanhou até a porta do auditório. Lá dentro, sem os apoiadores, Aécio ouviu vaias e gritos de "fora!".

O locutor do encontro tentou contornar a situação. O mineiro não foi chamado para sentar à mesa montada no palco da convenção e, na sequência, deixou o evento. Ele ficou no local durante 40 minutos.

Tucanos, no entanto, disseram que as vaias não foram para o senador, mas para o governador do Distrito Federal, Rodrigo Rollemberg.

Aécio perdeu força no partido e se licenciou da presidência da sigla em maio, depois que foi gravado pedindo R$ 2 milhões ao empresário Joesley Batista, da JBS.

Ele chegou a ter o mandato suspenso e o recolhimento noturno determinados pelo STF (Supremo Tribunal Federal), mas o Senado reverteu a decisão. Nesta semana, o mineiro teve seus sigilos bancário e telefônico quebrados.

Apesar das vaias, aliados de Aécio se mostraram aliviados com gritos de guerra em sua defesa. "Graças a Deus", disse o deputado Caio Nárcio (MG).

André Pagy, delegado do PSDB-MG, o defendeu. "O legado do senador é histórico. Ele tem uma importância enorme para o partido e nós estamos aqui para apoiá-lo. As pessoas têm direito de se manifestar contra, é da democracia."

Militantes de Minas Gerais reclamaram que Aécio não foi anunciado com destaque e gritaram o nome dele de novo. O deputado Marcus Pestana (MG) foi até eles e explicou que a decisão foi tomada para evitar manifestações contra o senador.

BALANÇO

Logo que chegou à convenção, Aécio fez um rápido balanço de sua gestão à frente do PSDB e defendeu a unidade da legenda.

"Esse período dos últimos quatro anos em que administrei como presidente o PSDB foi o mais fértil, de crescimento do partido", disse. "O PSDB depende de sua unidade interna para vencer os adversários que estão no campo externo."

Questionado se acreditava em uma aliança com o PMDB no ano que vem, o senador respondeu: "Não fecho as portas para ninguém".

Aécio também defendeu a reforma da Previdência e disse que pior do que vê-la aprovada sem os votos do PSDB "é vê-la não aprovada pela ausência dos votos do PSDB". "Acredito que o governador Geraldo Alckmin terá as condições de levar o partido a reafirmar os seus compromissos com as transformações estruturais que o país precisa viver", emendou.

Nas últimas horas, Aécio informou a aliados que faria passagem curta pela pela convenção e evitaria constrangimentos ao governador de São Paulo, Geraldo Alckmin.

Alguns dos temores dos aliados do paulista era que o mineiro quisesse discursar no evento ou que ele aparecesse ao lado de Alckmin na foto oficial em que ele deverá figurar como pré-candidato ao Planalto.

OUTRAS LIDERANÇAS

Líderes tucanos começaram a chegar no fim da manhã à convenção do PSDB. O governador Geraldo Alckmin, que deve assumir o comando da sigla durante a reunião, fará um discurso em que é esperado seu lançamento como pré-candidato a presidente em 2018.

Acompanhado do senador Tasso Jereissati (CE), destituído da presidência do PSDB por Aécio Neves em novembro, Alckmin tomou café ao lado do espaço.

Os discursos de deputados e senadores filiados à legenda se iniciaram perto do meio-dia. Antes, militantes e delegados estaduais falaram no palco, onde um gigante painel exibe, abaixo do nome do partido, a frase: "Unidos por um Brasil que precisa mudar".
Herculano
10/12/2017 07:21
GENERAL PRó-INTERVENÇÃO DECIDE PENDURAR A FARDA, por Josias de Souza

Crítico de Michel Temer e partidário da intervenção militar como remédio contra o "caos" ou a impunidade de corruptos, o general Antonio Hamilton Mourão vai pendurar a farda. Ele passaria para a reserva apenas no final de março de 2018. Mas avisou ao comandante do Exército, general Eduardo Villas Bôas, que decidiu adiantar o relógio. Formalizará o pedido de desligamento nos próximos dias. A informação foi repassada ao ministro Raul Jungmann (Defesa), que avisou ao presidente da República. Auxiliares de Temer suspeitam que o general tenha pretensões políticas.

Mourão tomou o rumo da saída de emergência após ser comunicado por Villas Bôas sobre seu desligamento do posto de secretário de Economia e Finanças do Exército. Foi uma resposta à palestra ministrada pelo general na quinta-feira. Nela, Mourão declarou que Temer se segura no cargo graças ao "balcão de negócios" (assista no vídeo acima). Também afirmou, pela segunda vez em menos de três meses, que a hipótese de intervenção militar não é carta fora do baralho.

O novo surto de loquacidade provocou o deslocamento de Mourão para a função de adido da Secretaria-Geral do Exército. Trata-se de uma espécie de geladeira administrativa. E o general preferiu dar no pé a enfrentar uma rotina glacial até março. Na palestra de quinta-feira, feita no Clube do Exército, em Brasília, a convite do grupo Terrorismo Nunca Mais, a plateia dirigiu apelos para que o orador participasse das eleições de 2018. E Mourão: "Eu apenas digo uma coisa: não há portas fechadas na minha vida."

De resto, corre entre seus colegas de farda a informação de que Mourão disputará no ano que vem a presidência do Clube Militar. Em trajes civis, o general afasta-se da cadeia hierárquica que o obriga a bater continência para Temer. E sua língua ganha o direito de se expressar livremente, sem o inconveniente do risco de punição. Apeado da Secretaria de Economia e Finanças do Exército, Mourão não se deu por achado. "É uma movimentação normal dentro do Exército", declarou em entrevista. Não é bem assim.

Em viagem ao Oriente Médio, o ministro da Defesa soube que Mourão havia reiterado suas críticas e repisado a tecla da intervenção militar. Pelo telefone, Raul Jungmann acertou com o general Villas Bôas o congelamento do general. O comandate do Exército comunicou aos generais que integram o Alto Comando da Força sobre o envio de Mourão à geladeira. Em seguida, conversou com o próprio Mourão.

Neste sábado, já de volta a Brasília, Jungmann foi ao Palácio do Jaburu, a residência oficial de Temer. Comunicou ao presidente sobre as providências que acertara com o comandante Villas Bôas. Temer avalizou as decisões. Foi a segunda punição anotada na ficha de Mourão. Em 2015, ainda sob Dilma Rousseff, críticas do general ao governo já haviam lhe custado o posto de comandante Militar do Sul.

Mourão migrou de uma vitrine sediada em Porto Alegre para Secretaria de Economia e Finanças do Exército. Agora, despejado também desse posto, Mourão foi enviado para os fundões da burocracia do Exército. Daí a decisão de antecipar o pijama. O novo traje pode liberar de vez a língua do general.
Herculano
10/12/2017 07:16
da série: por que intelectuais, ideológicos, gastadores, mau gestores e quebradores de universidade devem estar isentos de investigações, inquéritos, prisões e punições. Estranha proteção para um andar sem noção do mal que faz a sociedade acadêmica

CAÇAR REITOR VIROU UM HOBBY EXIBICIONISTA, por Élio Gaspari, nos jornais O Globo e Folha de S. Paulo

Com o estrépito costumeiro, a Polícia Federal varejou a cúpula da Universidade Federal de Minas Gerais. Cumprindo mandados de condução coercitiva, detiveram o reitor Jaime Artur Ramirez, a vice-reitora, duas ex-vice-reitoras e o presidente da Fundação de Desenvolvimento e Pesquisa.

A iniciativa relaciona-se com uma investigação que corre em sigilo. Corre em sigilo, mas um delegado teve a bondade de informar que ela se relaciona com a malversação de algo como R$ 19 milhões na construção de um Memorial da Anistia e de pesquisas relacionadas com o estudo dos crimes praticados durante a ditadura.

Levados à sede da Polícia Federal, os professores depuseram e foram libertados, com a imprensa na porta para entrevistá-los e fotografá- los na condição de suspeitos.

Os professores viram-se expostos, mas não se apresentou qualquer acusação específica contra eles. Tipo "A" é acusado disso, "B" é acusado daquilo.

Não custa lembrar que o reitor da Federal de Santa Catarina estaria envolvido num desvio de R$ 80 milhões. Ele não fora ouvido e não era acusado de ter desviado um só centavo, nem o desvio teria sido de R$ 80 milhões, pois esse era o valor de todo um programa plurianual. Luis Carlos Cancellier matou-se.

Os professores mineiros não foram mandados à carceragem nem proibidos de entrar na universidade, como aconteceu em Florianópolis. Conduzidos à Polícia Federal, lustraram o espetáculo, mas foram para casa.

Ficam as seguintes questões:

A lei diz que a condução coercitiva é necessária para levar à delegacia a pessoa que não atendeu a uma intimação. Houve intimação? Nem pensar.

Qual a lógica de conduzir uma pessoa à delegacia, com a publicidade produzida pela autoridade coatora, em cima de um inquérito que corre em sigilo?

Voltando-se ao episódio de Santa Catarina, passaram-se dois meses e as autoridades ainda não produziram uma só acusação documentada. Tomara que o façam, porque na operação de outubro foram mobilizados mais de cem policiais.

Se alguém acha que esse tipo de espetáculo doura a imagem dos policiais, procuradores e juízes que investigam ladroeiras, deve suspeitar que se dá o contrário: "O resultado será absolutamente negativo".

BANHO QUENTE

Faz tempo que a cadeia federal de Curitiba livrou a nobiliarquia da Lava Jato de banhos frios. Discretamente, a empreiteira Mendes Junior providenciou a instalação de um boiler no pavilhão.

Os companheiros de infortúnio deram o título de "benemérito" ao empresário Sérgio Cunha Mendes, vice-presidente da empresa e hóspede da carceragem durante alguns meses.

MALVADEZA

De um experimentado conhecedor da política de São Paulo: "O João Doria é candidato a presidente, a governador e a qualquer outro cargo que lhe permita fugir da prefeitura".

O AMIGÃO DE LULA

Lula pode chamar seu ex-tesoureiro Antonio Palocci de mentiroso porque contou ao Ministério Público que recebeu US$ 1 milhão do ditador líbio Muammar Gaddafi.

Contudo, Nosso Guia não deve esquecer o que disse ao "Rei dos Reis" em dezembro de 2003, quando visitou Trípoli:

"Quero dizer ao presidente Gaddafi que, ao longo dessa trajetória política, assumi muitos compromissos políticos. Fizemos alguns adversários e muitos amigos. Hoje, como presidente da República do Brasil, jamais esqueci os amigos que eram meus amigos quando eu ainda não era presidente da República".

À época, essas palavras soaram esquisitas, porque não havia como achar laços de amizade que pudessem ter unido Lula e Gaddafi. O comissário Palocci sabia do que se tratava.

CORAÇÃO DO JUIZ VIROU O JOGO

Caiu na burocracia do INSS o caso de uma menina, portadora de lesão cerebral, que vivia com a mãe, sob a guarda da avó. A senhora, idosa, sustentava a família com a pensão que recebia depois da morte do marido. Em vida, ela quis assegurar o futuro da criança e requereu sua guarda para transmitir-lhe a pensão. A senhora morreu antes que o processo chegasse a um desfecho e o benefício da menina foi negado.

Um advogado resolveu lutar pelo caso e, mesmo tendo perdido na segunda instância, recorreu ao Superior Tribunal de Justiça. Lá a jurisprudência não admite o pedido de guarda formulado por avós para efeitos previdenciários. (Num caso semelhante, faz tempo, o general Emílio Garrastazu Médici adotou uma neta, mas deixa pra lá.)

O processo foi para a mão do ministro Luis Felipe Salomão e ele virou o jogo: "Em momento algum ficou evidenciado que o objetivo único da recorrente seria, repita-se, pura e simplesmente, garantir o recebimento de benefício previdenciário pela neta, mas, acima de tudo, o escopo perseguido era a segurança de sustento para que a menor, com necessidades especiais, tivesse condições dignas de vida e sobrevivência".

Salomão foi acompanhado por todos os outros ministros da Quarta Turma do STJ e a menina receberá o benefício.

VISIONÁRIO

De um visionário, olhando para a geleia da sucessão presidencial:
"Sonhei com o novo presidente, mas não consegui reconhecê-lo. Deu para ver o Armínio Fraga no Ministério da Fazenda e o Pedro Parente na chefia da Casa Civil, sendo que ele, ao assumir, colocou um par de algemas sobre a sua mesa de despachos"

O MARECHAL CASTELLO CRITICOU A FÚRIA CARCERÁRIA

Em maio de 1965, um coronel que chefiava inquéritos militares destinados a investigar a infiltração das ideias esquerdistas em órgãos públicos prendeu o editor Ênio Silveira, cuja casa, a Civilização Brasileira, revolucionara o mercado editorial brasileiro.

Ênio era um homem elegante e destemido. Era também comunista e o presidente Castello Branco sabia disso. Castello, por sua vez, foi um general francês metido na anarquia de uma ditadura militar latino-americana.

Nessa fase envergonhada do regime, o escritor católico Alceu Amoroso Lima dizia que estava em curso um "terrorismo cultural". "Doutor Alceu" tornou-se um capeta na visão dos encarregados de inquéritos.

Depois da prisão do editor, o marechal Castello mandou um bilhete manuscrito ao general Ernesto Geisel, chefe de sua Casa Militar. Infelizmente esse papel ficou no silêncio dos arquivos por muitos anos. Ele dizia o seguinte: "Por que a prisão do Ênio? Só para depor? A repercussão é contrária a nós, em grande escala. O resultado está sendo absolutamente negativo. (...) Há como que uma preocupação de mostrar 'que se pode prender'. Isso nos rebaixa. Penso que devemos tomar medidas decisivas. Comprometo-me a amparar os IPMs. Mas não devo estar apoiando uma espécie de chicana policial e judicial. (...) Os companheiros do governo se sentem constrangidos. (...). Os resultados são os piores possíveis contra nós. É mesmo um terror cultural."
Herculano
10/12/2017 06:57
AS MAGIAS DO NATAL, por Carlos Brickmann

A frase é de Lula, nesta terça, no Maranhão: "Todo ladrão tem de ir para a cadeia". O Maranhão, Estado mais pobre do Brasil, é dirigido pela família Sarney, aliada de Lula, ou pelo PCdoB, aliado de Lula.

O PSDB está dividido, com relação ao Governo Temer, entre o Muro e o Muro do B. O Partido do Muro, chefiado pelo chanceler Aloysio Nunes, aceita tudo, menos descer de lá de cima. O Muro do B, chefiado por quem não tem força no Governo, combinou com o presidente Temer "uma saída elegante". Como diria Temer, tê-la-ão: o PSDB certamente ficará feliz quando souber que o pé que vai levar no local adequado usa calçados finos.

Sérgio Cabral, PMDB, ex-governador do Rio, condenado em primeira instância a 72 anos de prisão (mas pode me chamar de 30, pena máxima a ser cumprida), presta o Enem nesta semana para História. Cabral, formado em Jornalismo, diz que adora História. Nada mais justo: o Brasil foi descoberto pelo Cabral português, e outro Cabral, carioca, soube pesquisar os tesouros que o país escondia. Tem mais: o estudo permite abater parte da pena. Se o Brasil não mudou, será com certeza um bom abatimento. Quem sabe teremos ainda novas chapas peemedebistas com Cunha e Cabral?

Cabral lembra algo de nossa história. Diz, por exemplo, que não é como Adhemar de Barros, ex-governador paulista que cunhou o slogan "rouba mas faz".

E não é mesmo: obra de Adhemar podia ser cara, mas era feita.

BOM VELHINHO SEMPRE VEM

Lembra-se do doleiro Lúcio Funaro, envolvido desde 2003 na remessa de dinheiro ilegal ao Exterior? Em 2003, foi apanhado por Moro, mas sabe como é, o tempo passa, o tempo voa e ele foi se mantendo no ramo. Agora, apanhado de novo, delatou muita gente e conseguiu pegar apenas dois anos de pena. Mas vai passar o Natal em casa, porque o bom Papai Noel não se esquece de ninguém. Sai da Papuda nesta semana, seis meses antes de completar os já generosos dois anos com que havia conseguido se safar. Se Funaro, que não pertence a partidos, sai tão cedo, por que outros vão ficar?

CONEXÃO AFRICANA

O ex-ministro Antônio Palocci, um dos homens mais importantes do Governo Lula, coordenador da campanha de Dilma, totalmente abandonado pelos companheiros quando foi preso, está concluindo sua proposta de delação premiada, informa a revista Veja. Palocci promete provar que Moamar Khadaffi, ditador da Líbia, deu um milhão de dólares à campanha de Lula em 2002 ?" dinheiro lavadinho, a fundo perdido, "empréstimo" sem devolução.

Lula chamava o líbio de "irmão". Khadaffi, ditador da Líbia por 42 anos, foi deposto e morto em 2011. Palocci diz ter outras coisas a contar sobre movimentação ilegal de recursos, mas a de Khadaffi tem um sabor especial: a lei brasileira pune com o cancelamento de registro do partido o recebimento de dinheiro do Exterior. Lula não poderá ser candidato, nem o PT poderá apresentar outros candidatos: o partido talvez seja extinto.

ESPADA A PRÊMIO

Num dos quatro encontros que teve com Khaddafi, Lula ganhou uma espada de aço e ouro branco, cravejada de pedras preciosas. Ao deixar a Presidência, Lula guardou a espada num cofre do Banco do Brasil, em nome de sua esposa Marisa e do filho Fábio Luís Lula da Silva. A espada foi localizada pelo juiz Sérgio Moro e devolvida ao Tesouro.

ALERTA

Quem conhece o empreiteiro Marcelo Odebrecht está convencido de que o período na prisão não o modificou de forma alguma. Como dizia do rei Luís 18 da França o chanceler Talleyrand, após a Revolução Francesa e o período de Napoleão Bonaparte, "nada aprendeu e nada esqueceu".

A REFORMA VEM CHEGANDO

A votação será mesmo apressada, atrapalhada, como aliás é frequente ocorrer em nosso Congresso, principalmente quando se aproxima o recesso. Mas tudo indica que a reforma da Previdência ?" meio esfarrapada ?" será aprovada. E talvez seja aprovada até por mais do que se imagina, especialmente se o pessoal mais resistente do PSDB descobrir que, se continuar no muro, vai deixar claro que não teve a menor importância no resultado da votação. É o risco que também corre o PSD de Kassab: assistir à aprovação, deixando claro que, com ou sem PSD, Temer vai vivendo.

PIOR DO QUE ESTAVA, FICA

Não se iluda com a suposta beleza do gesto de renúncia do deputado Tiririca. Em oito anos, é seu primeiro discurso - a primeira vez que nos deixa entrever sua posição política. Levou esse tempo todo desfrutando os benefícios, aliás indecentes mesmo, que agora denunciou. E ainda aproveitou para pagar as despesas de um espetáculo de circo do qual era o astro com dinheiro da Câmara.

Tiririca, ao contrário do que prometeu, não contou o que é que um deputado federal faz. Mas seguiu o exemplo deles.
Herculano
10/12/2017 06:48
CUIDADO COM OS CHECK-UPS, por Hélio Schwartsman, no jornal Folha de S. Paulo

A inexperiência é o único defeito que não piora com a idade. Todos os demais são agravados pela passagem do tempo, em especial as agruras do corpo. Envelhecer é uma porcaria. Tem minha solidariedade, portanto, Marcelo Coelho, que esta semana nos brindou com um delicioso texto sobre os horrores da senescência de um ponto de vista levemente hipocondríaco.

Tenho um único reparo à coluna de Coelho. Ele parece depositar nos check-ups mais fé do que merecem. Há duas manias relacionadas à saúde que se conservam populares, apesar de as evidências recomendarem maior discernimento: tomar vitaminas e submeter-se a check-ups.

No caso das vitaminas, o martelo já foi batido. Há farta literatura a mostrar que a suplementação pode ser perigosa para quem não tem deficiências nutricionais. Além de fazer mal ao bolso, certas vitaminas, notadamente a E e o betacaroteno, aumentam o risco de morte por câncer e eventos cardiovasculares.

Check-ups são mais controversos, mas a coisa vai pelo mesmo caminho. Uma revisão de 2012 da prestigiosa rede Cochrane envolvendo mais de 180 mil pacientes mostrou que check-ups anuais não reduzem nem a mortalidade nem a morbidade, mas produzem um aumento da ordem de 20% em diagnósticos variados, que, não raro, levam a procedimentos desnecessários, com os riscos e custos que lhe são intrínsecos.

Aqui é necessário certo cuidado. Esse achado não implica que as pessoas devam deixar de ir ao médico, especialmente se estiverem sentindo algo diferente ou se sofrem de alguma doença crônica. O ponto central é que as baterias de exames pedidos meio a esmo, sem uma boa suspeita diagnóstica a justificá-los, não são uma boa ideia. Ao menos no nível populacional, geram mais falsos positivos do que diagnósticos certeiros.

Exames só fazem sentido à luz de sintomas ou da história pessoal e familiar do paciente.
Vandormei Perowuskiniovswqui
10/12/2017 03:17
Sr. Herculano

Eu acredito que o sr. Sombreiro, plante em Suas isoladas terras algo, que cachorros abandonados não fumem.
Roberto Sombrio
09/12/2017 22:26
Oi, Herculano.

PSDB, PT, PMDB, PP, PR, PCdoB, PSOL...
Todos começam com P de PORCARIA.
Bem! Tem os novos, Podemos... acabar de destruir o Brasil ou o Avante... para roubar mais.

Lixo, só lixo e acham que estou inventando a roda. Alckmin é o que sobra dos babacas e já está a tempos com os parafusos soltos.

PSDB e sua empáfia nojenta. FHC só fala quando está maconhado e completamente fora de órbita.
Herculano
09/12/2017 18:11
O DISCURSO DO NOVO PRESIDENTE DO PSDB, GOVERNADOR PAULISTA GERALDO ALCKMIN, POR ENQUANTO, NÃO COMBINA COM ELE, E PRINCIPALMENTE COM AS ATITUDES DO PARTIDO DIANTE DA RECUPERAÇÃO, MODERNIZAÇÃO E MUDANÇAS DE GESTÃO E RESULTADOS PARA O PAÍS

Eis a parte propositiva e ao mesmo tempo, incoerente com as atitudes dos parlamentares e lideranças do PSDB diante do que o próprio discurso diz ser óbvio fazer para reverter esse grave quadro de crise que o PT e a esquerda do atraso meteu o país e os brasileiros. Incrível.

Quero fazer uma saudação muito especial ao estadista que é o presidente Fernando Henrique Cardoso. Presidente Fernando Henrique mudou para sempre as bases da economia brasileira. E será sobre ela, presidente, que o nosso partido vai trabalhar.

O trabalho iniciado pelo PSDB, o nosso partido, é uma obra inacabada. Temos compromisso com as reformas e princípios que vão dar condições para que o Brasil volte a crescer. Nós sabemos como chegar lá porque acreditamos em políticas públicas perenes, não em bravatas, em marketing, mas em políticas públicas perenes.

O PSDB é um instrumento de modernização do Brasil, do Brasil que nós queremos, inserido na economia internacional, o Brasil desburocratizado, o Brasil de uma agenda competitiva. Estamos posicionados para uma agenda moderna, uma agenda do século 21. Vamos perseguir a inovação de forma obsessiva. O conhecimento e a imaginação criando o futuro a passos largos.

Já passou a hora de tirar o Peso desse Estado ineficiente das costas dos trabalhadores e dos empreendedores brasileiros. Defendemos reformas que quebrem privilégios e beneficiem o conjunto da nossa população. Vamos sim trabalhar pelas reformas: a mãe das reformas, a reforma política. Nosso modelo político se exauriu. Aprendi na medicina, suprima a causa, e o efeito cessa. A reforma da previdência, necessária, para não termos brasileiros de 2 classes, mas termos um regime geral de previdência social. A reforma da justiça: O Brasil não é apenas um país desigual, o Brasil é um país profundamente injusto. A reforma tributária vai fazer mais justiça. A reforma trabalhista, que o PSDB gestou através de um grande parlamentar, o nosso Rogério Marinho, modernizando as relações de trabalho.

Defendemos a volta dos investimentos por meio de um grande salto qualitativo no ambiente de negócios com uma política fiscal dura. Aliás, foi com o governo do PSDB, do presidente Fernando Henrique, que instituiu a Lei de Responsabilidade Fiscal, que nós praticamos com Mário Covas, nosso professor Mário Covas, em São Paulo, que nos dizia: é possível conciliar política e ética, política e honra, política e mudança. É através da responsabilidade fiscal que nós vamos poder investir nos hospitais, nas escolas, na segurança pública.

Quero aqui destacar a necessidade dos investimentos em logística em um país das dimensões continentais do Brasil. Defendemos no nosso PSDB as concessões, as PPPs, infraestrutura é emprego direto na veia, saneamento básico, moradia, para retomar o emprego e a renda da nossa população. O Senador Serra aqui destacou as dificuldades da Saúde. Se nós fizermos uma pesquisa do Oiapoque ao Chuí, nós vamos ver o clamor do povo, pela dificuldade de acesso à Saúde.

Governar é escolher. Sei que o dinheiro é curto, mas não vamos nos descuidar daquilo que interessa ao povo. A obra prima do Estado é a felicidade das pessoas. Vamos suar a camisa para podermos avançar. Quero destacar na saúde a necessidade de novas tecnologias para que a gente possa ter mais prosperidade.

Educação de qualidade, o bom casamento entre o técnico e o tecnológico, fazendo um casamento do mercado de trabalho com a formação profissional. Enfim, o Brasil crescendo a pleno vapor, com mais emprego e diminuindo desigualdades deste país continental que é o Brasil.

Temos a competência para ajudar o Brasil. Temos o dever de unir o Brasil. Temos os caminhos para devolver o Brasil aos brasileiros.

O Brasil vive um ressaca. Descobriu que a ilha da fantasia petista nunca foi a terra prometida. A ilusão petista acabou em pesadelo,; acabou na maior crise econômica e ética da história deste país. Agora é hora de olhar pra frente. Os brasileiros não são tolos. Estão vacinados, hoje, contra o modelo lulopetista de confundir para dividir, de iludir para reinar.

Mas vejam a audácia dessa turma. Depois de ter quebrado o Brasil, Lula diz que quer voltar ao poder. Ou seja, meus amigos: ele quer voltar à cena do crime. Será que os petistas merecem uma nova oportunidade?

Fiquem certos de uma coisa, meus amigos: nós os derrotaremos nas urnas. Lula será condenado nas urnas pela maior recessão da nossa história. As urnas o condenarão pelos 15 milhões de empregos perdidos, pelas milhares de empresas fechadas, pelos sonhos desfeitos e negócios falidos.

As urnas o condenarão pela frustração dos projetos de milhões de famílias levadas ao desespero, por ter sucateado a nossa saúde, atentado contra a saúde dos brasileiros. As urnas o condenarão pelo desgoverno, pela destruição da Petrobrás, por obras inacabadas e abandonadas.

As urnas o condenarão por incitar o maior conflito entre os poderes da história recente, por nos ter posto na vexatória posição de lanterna no cenário internacional

As urnas o condenarão por ter sequestrado a esperança da juventude. Por jogar brasileiros contra brasileiros para, no final, atirar pela janela a autoestima de todos nós. As urnas condenarão Lula, meus amigos, por ter sido ele o grande responsável de uma década perdida. Registre-se os esforços do atual governo, que pouco a pouco começa a reversão da da tragédia econômica a que o país foi colocado.

O PSDB reitera sua disposição, no âmbito do Congresso, a [apoiar a] aprovação das reformas necessárias ao país. Presidente Fernando Henrique, temos compromisso com nossa história, temos coerência em nossas atitudes. Aliás, nós, governadores, Beto Richa e colegas aqui presentes; Prefeitos tucanos, João Doria; Nós nunca nos furtamos a fornecer soluções para problemas que extrapolam nossas fronteiras. É o caso do descalabro da criminalidade, aqui bem colocado pelo presidente Fernando Henrique. Uma tragédia que já transformou o Brasil em líder mundial de homicídios, em números absolutos. São os nossos jovens que estão morrendo. Propusemos a criação de uma Agência Nacional de Inteligência integrando os órgãos federais, as polícias estaduais, os órgãos de inteligência dos Estados para combater o crime organizado, principalmente o tráfico de drogas e tráfico de armas. Esse banco de dados será unificado, acessível a todos os órgãos de segurança. O Brasil faz fronteira com dez países, uma das maiores fronteiras do mundo, cinco vezes maior que a fronteira dos Estados Unidos com o México. Temos quase 17 mil quilômetros.

Todos cobram muita coerência, muita disciplina e muita paz dentro do nosso partido ?" Como se não fôssemos o PSDB, os famosos tucanos.

Há quem duvide de que possamos fazer uma campanha eleitoral à altura das expectativas do ano que vem

Pois bem, eu não concordo com esses diagnósticos. Prefiro ficar com a opinião de um militante tucano, um dos mais brilhantes economistas brasileiros

Luiz Carlos Mendonça de Barros descreveu, de forma exemplar, o estilo, o jeitão do nosso partido, Pimenta da Veiga: É uma grande escola de samba. Momentos antes do início do desfile. Uma aparente desorganização, um aparente desencontro dos seus membros. Parece que ninguém se entende. Soa o apito vigoroso e toda aquela multidão evolui organizada, entusiasmada. Quando chega a hora do desfile, a bateria começa a tocar e toda aquela multidão, cantando o hino da escola, sai dançando na sequência certa na avenida.

Aguardem o que vai acontecer conosco o ano que vem. Tocado o apito, iniciado o processo eleitoral, o Brasil vai presenciar nosso melhor desempenho. Nosso bloco de forças, Formado por todos nós juntos, unidos. Partidos aliados, vamos mudar esse país.

Amigos tucanos e tucanas, cada um de nós carrega uma história de lutas na política. Eu optei por me afastar do exercício da medicina e atuar na vida pública, mas nunca desisti de cuidar de pessoas.

E é isso que tenho feito ao longo de toda a minha vida. Conversando, ouvindo, presidente Fernando Henrique? ouvindo as demandas do povo, prestando contas cotidianamente, trabalhando dia e noite. Foi essa a vida que escolhi e confesso que dela tenho orgulho.

Como dizia meu pai, política é dedicação, coragem moral e vida pessoal modesta. Sigo esse mandamento com muito orgulho de seu conteúdo e saudades de seu autor. Termino minha fala com uma citação de Santo Agostinho: "a esperança tem duas filhas lindas: a indignação e a coragem. A indignação nos ensina a não aceitar as coisas como estão; a coragem, a mudá-las".

Pois bem, nossa indignação e nossa coragem juntas vão mudar o Brasil!
Herculano
09/12/2017 18:01
O PSDB DE SC PARECE UMA PIADA NA REPRESENTAÇÃO NACIONAL

Está na chapa chamada de "unidade" do Diretorio Nacional, representando Santa Catarina: o senador Dalírio José Beber, nada a observar; a deputada Federal Giovânia de Sá, que não se orienta pelo partido, é contra a Reforma da Previdência e a favor dos supersalários com aposentadorias precoces dos funcionários públicos, e vejam só: o ex-deputado estadual Gilmar Knaesel, enrolado até o pescoço com dúvidas durante a gestão na secretaria de Turismo, do governo de Luiz Henrique da Silveira, PMDB.
Herculano
09/12/2017 17:50
FHC, EM LAPSO DE BOM SENSO, PARECE TER DESCOBERTO A P?"LVORA!, por Rodrigo Constantino, no Instituto Liberal

O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB) fez um discurso pedindo que o partido se reconecte com as ruas, durante sua participação na convenção nacional da sigla, neste sábado (9), em Brasília.

"O povo está enojado, irritado com todos nós. O povo sente como se fosse uma grande traição nacional", afirmou o ex-presidente. Ainda bem que percebeu! Estamos mesmo, e é uma grande traição o que o PSDB fez ao não enfrentar o PT direito, com coragem, firmeza, denunciando seu comunismo, o Foro de SP etc.

Reiterando declarações feitas nesta semana em entrevista à Folha, FHC disse que "as pessoas querem coisas simples e diretas". Desejam, segundo ele, "decência, emprego, educação, saúde, transporte e segurança".

Parabéns, descobriu aquilo que temos falado há anos. O povo não quer saber da pauta "progressista", da agenda esquerdista libertina, de movimento LGBTXYZ, de feminismo, de aborto, de drogas, de ideologia de gênero. O povo quer o básico!

Ou seja, o povo não liga para a turma do GNT people, para o pessoal do "quebrando o tabu", para essa elite que dissemina baboseira e indecência em nome da "diversidade". O povo quer segurança e emprego, decência e liberdade, valores morais e sua religiosidade respeitada, ensino de verdade e hospitais aceitáveis, transporte e saneamento básico, honestidade dos políticos e punição para marginais.

Cansamos de avisar: saiam da bolha "progressista"! Conversem com pessoas de carne e osso, com o povão! Esqueçam a patota do Projaquistão. Vejam o que o povo realmente deseja. É o básico! E a esquerda não tem como oferecer isso. Incluindo o PSDB?
Herculano
09/12/2017 17:38
FERIU A HIERARQUIA MILITAR. ESTICOU A CORDA. DESAFIOU E EXPERIMENTOU A PUNIÇÃO. COMANDO DO EXÉRCITO PUNE GENERAL QUE ATACOU TEMER E PREGA GOLPE MILITAR.FICARÁ SEM FUNÇÃO POR DEFENDER GOLPE MILITAR E ATACAR TEMER

Texto de Claudio Humberto.

O general Antonio Mourão, que recentemente provocou polêmica ao endossar a idéia de "intervenção militar", e nesta quinta-feira (8) atacou o presidente Michel Temer durante palestra, provocou a antecipação de movimentação no alto-comando do Exército. Mourão perdeu a chefia da importante Secretaria de Economia e Finanças e virou "adido" junto à Secretaria Geral do Comando do Exército. A decisão foi do próprio comandante do Exército, general Eduardo Vilas Bôas, e já comunicada ao ministro Raul Jungmann (Defesa).

Na prática, Mourão ficará sem função: "adido" da Secretaria Geral do Exército equivale ao "Departamento de Escadas e Corredores (DEC)", espécie de "limbo" para onde são enviados diplomatas punidos pelo Ministério das Relações Exteriores. Além de defender "intervenção militar", expressão amena para designar "golpe militar", Mourão colocou o general Villas Bôas em "saia justa" ao menos duas outras vezes.

O INFORMEX CONFIRMOU A MOVIMENTAÇÃO.
A substituição do general Mourão pelo general Luiz Eduardo Ramos Baptista Pereira foi registrada no "Informex", boletim que representa a palavra oficial do Exército Brasileiro, em nota assinada pelo general Otávio Santana do Rêgo Barros, chefe do Centro de Comunicação Social. A nota informa que essa "proposta de movimentações" será submetida a Jungmann e a Temer

Nesta quinta-feira (8), durante palestra em Brasília, Mourão voltou a colocar o governo e o comandante do Exército em "saia justa" ao atacar o presidente Michel Temer, acusado pelo militar de transformar o Palácio do Planalto num "balcão de negócios", para manter-se no poder e, de quebra, defendeu a candidatura do deputado Jair Bolsonaro (PSC-RJ) à presidência da República e voltou a pregar "intervenção militar" como solução para a crise política no Brasil.

Em setembro, o general Mourão defendeu ao menos três vezes o golpe militar, que chama de "intervenção", durante palestra na Loja Maçônica Grande Oriente, também em Brasília: "Ou as instituições solucionam o problema político, pela ação do Judiciário, retirando da vida pública esses elementos envolvidos em todos os ilícitos, ou então nós teremos que impor isso". Na oacsião, o governo decidiu não punir o militar, que o faria "crescer". No governo anterior, ele criticou Dilma Rousseff e perdeu o comando direto sobre tropas do Sul, passando a ocupar o cargo do qual agora foi afastado de secretário de Economia e Finanças do Comando do Exército
Sidnei Luis Reinert
09/12/2017 12:25
Temer do "balcão" pedirá a cabeça do Mourão?


Edição do Alerta Total ?" www.alertatotal.net
Por Jorge Serrão - serrao@alertatotal.net

Perguntinha básica ?" que não quer calar: Será que o "comandante-em-chefe" das Forças Armadas, Michel Elias Temer Lulia, vai exigir que o Ministro da Defesa, Raul Jungmann, cobre do Comandante do Exército, General Eduardo Villas-Bôas, uma punição exemplar ao General de quatro estrelas na ativa, Antônio Mourão? Só porque o Diretor de Economia e Finanças aproveitou uma palestra promovida pelo grupo "Terrorismo Nunca Mais" (Ternuma), no Clube do Exército, em Brasília, para afirmar que o Presidente Temer faz "um balcão de negócios para governar"?
Resposta mais provável: A tendência é que o Michel Temer "entube" a crítica pesadíssima. Mais preocupado com suas reforminhas e com os negocinhos que interessam à cúpula do PMDB, a última coisa que o impopular Presidente deseja é arrumar uma confusão com as Forças Armadas e, sobretudo, com aquele que é considerado o mais popular dos Generais, porque teve coragem de "meter o pau" (ops!) na Dilma Rousseff quando ela ainda era Presidenta e Comandanta das FFAA.
O mais provável é que o General Villas-Bôas dê aquela bronca pública de mentirinha no Mourão, para que fique o dito pelo não dito, embora Mourão tenha apenas falado a mais pura verdade sobre um desgoverno insustentável, promotor de negociatas explícitas. Também é quase certo que o ativo maçom Mourão não se retrate do que declarou sobre o "modus desgovernanti" do ex-maçom (irregular) Temer. Mourão é eleitor declarado do Jair Bolsonaro ?" hoje o inimigo preferido dos "donos do poder".
O General Antônio Hamilton Mourão já tinha abalado os podres poderes, em setembro, quando sugeriu que poderia haver uma intervenção militar no Brasil, se o País mergulhasse no caos, caso o Judiciário não resolvesse o problema político. Agora, o militar não merece ser punido apenas pelo que disse, livremente, na palestra intitulada "Uma visão daquilo que me cerca". Mourão foi claro e objetivo: "Não há dúvida que, atualmente, nós estamos vivendo a famosa Sarneyzação. Nosso atual Presidente vai aos trancos e barrancos, buscando se equilibrar, e, mediante o balcão de negócios, chegar ao final de seu mandato".
No evento do "Ternuma", Mourão repetiu o que tinha afirmado em setembro: "Se o caos for instalado no País... E o que a gente chama de caos? Não houver mais um ordenamento correto, as Forças Institucionais não se entenderem, terá que haver um elemento moderador e pacificador nesse momento, mantendo a estabilidade do País, e não mergulhando o País na anarquia. Agindo dentro da legalidade, ou seja, dentro dos preceitos constitucionais, e usando a legitimidade que nos é dada pela população brasileira. As Forças Armadas estão atentas para cumprir a missão que cabe a elas. Mas, por enquanto, nós consideramos que as instituições têm de buscar fazer a sua parte".
O que deixou o Palácio do Planalto em pânico e Temer, muito pt da vida, foi que a evento com Mourão aconteceu horas depois de encerrada a 316ª Reunião do Alto Comando do Exército (sigla Race), que durou quatro dias, no Forte Apache (apelido do QG do EB), mobilizando 15 oficiais de quatro estrelas da ativa. Depois do encontro, seguindo a política de transparência, o Comandante Villas-Bôas soltou um texto, enviado a oficiais da "reserva pró-ativa", no qual retrata a pura realidade brasileira:
"O momento político e econômico é preocupante. Vivemos uma crise ética e moral sem precedentes. Entretanto, o reerguimento do Brasil só depende de nós, sendo nossa responsabilidade como cidadãos participar desse processo. Nossa nação precisa amadurecer. Temos em nosso trabalho diário e na educação dos nossos filhos, a capacidade de produzir a mudança que queremos. Esse câmbio de direção começa em cada um de nós, fazendo o que é certo a cada dia. Que nas próximas eleições, saibamos exercer com excelência o direito máximo do povo de escolher seus representantes por meio do sufrágio. Votemos com consciência e sabedoria, elegendo políticos que tenham compromisso com um projeto de país".
Mourão informou, na palestra, que vai para a reserva no dia 31 de março de 2018. Também avisou que vai morar no Rio de Janeiro. Indagado se pretende entrar para a vida política, sendo candidato, foi enigmático: "Eu apenas digo uma coisa: não há portas fechadas na minha vida".
Herculano
09/12/2017 08:07
MIRA EL PAJARITO!Mira el pajarito!

Conteúdo de O Antagonista.O Antagonista revelou mais cedo que a Lava Jato está no rastro de Luiz Carlos Rocha Gaspar, que poderia ser o elo das supostas contas secretas de José Dirceu e Lula na Espanha.

Em Valência, Gaspar se associou ao empresário espanhol Palmiro José Soriano Frasquet, que atua na área de energias renováveis.

Frasquet compartilhou no Google+ uma foto com Lula, que também foi compartilhada por Gaspar.

Não há detalhes de quando ou onde foi tirada, mas o ex-presidente parece animado.
Herculano
09/12/2017 08:00
da série: o candidato da bandidagem, dos corruptos e mentirosos tem a fala falsa certa para os seus bandidos, os analfabetos, ignorantes e desinformados. Em que país Lula, PT e a esquerda do atraso estão? Por querem roubar e corromper mais, aumentar a inflação, a misérias, as filas no SUS, e o desemprego, além quebrar empresas e o país?

TEMER "INVENTOU DOENÇA" DA CORRUPÇÃO PARA ANESTEISAR O POVO, DIZ LULA NO RIO

Conteúdo do jornal Folha de S. Paulo. Texto de Cátia Seabra, enviada especial ao Rio de Janeiro. O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva encerrou, na noite de sexta-feira (8), sua caravana pelos Estados do Espírito Santo e do Rio com duros ataques à Lava Jato e ao presidente Michael Temer.

Para uma plateia de estudantes que lotaram a concha acústica da UERJ (Universidade Estadual do Rio de Janeiro), com 2.000 assentos, Lula se comparou ao ex-presidente Juscelino Kubitschek, que foi acusado de ter um apartamento na avenida Vieira Souto, no bairro carioca de Ipanema ?"o imóvel nunca foi localizado.

Tanto à noite como pela manhã, Lula afirmou que "estamos entorpecidos", sem reação à reforma trabalhista implementada pelo governo Temer.

Para aplicar essa anestesia, afirmou Lula, "inventaram uma doença", a corrupção.

Aos estudantes, ele disse também que os delatores da Lava Jato têm vida nababesca. Após perguntar por onde estariam os delatores, Lula acrescentou: "Estão com vida de nababo, comemorando, fumando charuto cubano, tomando conhaque. Sabe quem está fodido? O povo trabalhador", disse.

No encerramento, o petista afirmou ainda que Temer é um instrumento do capital financeiro, sendo capaz de fazer aquilo que FHC prometeu, mas "não teve coragem de fazer": acabar com a CLT.

Na viagem ao Rio, ele aproveitou também para dar um empurrão em seus dois candidatos no Estado: o ex-ministro Celso Amorim, para o governo, e o líder do PT no Senado, Lindbergh Farias (reeleição).

Apontado como um possível plano B petista caso Lula seja impedido de disputar, o ex-prefeito Fernando Haddad participou dos atos com estudantes.

Nos discursos, Lula avisou: "Eu voltei à ativa"
Herculano
09/12/2017 07:49
TUCANOS PODEM TER RECUPERADO O JUÍZO E REDESCOBERTO O REAL ADVERSÁRIO, por Reinaldo Azevedo, na Rede TV

Os tucanos podem ter começado a pôr a cabeça no lugar. A ver. Dado um partido que andou fazendo bobagens em série, convém ter prudência. Sabemos que Lula e o PT serão os alvos principais de Geraldo Alckmin no discurso que fará neste sábado, na convenção nacional tucana que o aclamará presidente do partido. É o que faz sentido.

Ridícula e sem propósito era a determinação de setores da legenda, com as quais Alckmin flertou, que pretendiam ?" e alguns pretendem ainda ?" fazer oposição ao presidente Michel Temer e a seu governo. Constatou-se, ademais, tratar-se de um discurso falacioso. Por quê?

Os tucanos viviam por aí a dizer que deixar a base do governo não implicava votar contra o país. Seguiriam, por exemplo, a apoiar as reformas. Não foi o que se viu. A ala "rompicionista" é também aquela que pretende fugir do debate da Previdência, com medo da reação das urnas.

Alckmin, cumpre notar, exerce enorme influência na bancada de deputados federais de São Paulo. E estes votaram nas duas denúncias contra Temer para derrubar o presidente. Vale dizer: não havia apenas o propósito de se desligar do governo; essa fatia quis mesmo foi achar um lugar na oposição, o que é uma estratégia que ultrapassa a linha do ridículo.

Ao focar a crítica em Lula e no PT, Alckmin e o PSDB lembram, então, onde estão os verdadeiros adversários.

Isso quer dizer que o PMDB cerrará fileiras com Alckmin? Ainda é cedo para isso. Até porque o governador ainda não se comprometeu em ser um candidato que falará em defesa das muitas conquistas do governo Temer, de seu legado.

Sem essa combinação e essa certeza, o PMDB pode vir a ser o eixo de uma outra candidatura de centro, o que seria muito ruim para Alckmin
Herculano
09/12/2017 07:47
DEMISSõES NA ESTÁCIO SÃO CHANCE PARA SINDICATOS MOSTRAREM SERVIÇO, por Julianna Sofia, secretária de redação da sucursal de Brasilia do jornal Folha de S. Paulo

A demissão de 1.200 professores do país pelo grupo de ensino superior Estácio, quando as novas regras trabalhistas nem sequer completaram o primeiro mês de vigência, não deixa de despertar calafrios. São profusas as dúvidas sobre a aplicação do novo regramento à realidade laboral.

Vitória histórica de Michel Temer, a reforma trabalhista libera demissões massivas sem que sindicatos de trabalhadores sejam consultados previamente pelas empresas. Professores demitidos pela Estácio, alguns com mais de 20 anos de casa, foram surpreendidos e informados sobre a decisão ainda dentro de sala de aula.

A Justiça do Trabalho do Rio suspendeu dispensas no Estado e requisitou termos de rescisão, relação dos desligados e dos profissionais que serão contratados para substituí-los. O Ministério Público do Trabalho afirma estar vigilante.

Assim como no - escasso - debate sobre as mudanças trabalhistas, a atuação do ministro Ronaldo Nogueira (Trabalho) beira a nulidade. Ele diz que, se comprovada alguma ilegalidade no desligamento dos professores, será combatida. Até agora, tratava como boato uma esperada onda de demissões pós-reforma.

O grupo Estácio, que tem ações na Bolsa e cresce alavancado no ensino à distância, argumenta que os salários estavam distorcidos, tornando o negócio insustentável. Promete novas contratações pela CLT, com remuneração média de mercado.

A CLT repaginada oficializa o trabalho intermitente, em que o funcionário é acionado só quando há demanda e com ganho proporcional. A regra permitirá, por exemplo, que um professor ganhe menos que o salário mínimo e precise tirar do bolso parte da contribuição à Previdência. Não à toa, a modalidade é foco de boa parte das 967 emendas do Congresso à medida provisória editada para modular a reforma trabalhista.

É hora de os sindicatos provarem se, sem a verba do imposto sindical, ainda sabem arregaçar as mangas.
Herculano
09/12/2017 07:42
SOB FALSA FALSIFICAÇÃO, PSDB VIVE SUA PIOR CRISE, por Josias de Souza

Dizer que o PSDB perdeu a aura que o tornava diferente é pouco para traduzir sua crise, a pior que o partido já enfrentou desde o seu surgimento, há três décadas. Levado no embrulho da onda de descrédito que engolfou a política, o tucanato tornou-se um aglomerado caótico. Vão abaixo meia dúzia de evidências:

1) O PSDB declara-se pacificado sob a presidência de Geraldo Alckmin, inaugurada na convenção nacional deste sábado. Mas ainda convive nos subterrâneos com uma guerra fratricida entre as facções de Tasso Jereissati e de Marconi Pirillo (pode me chamar de centro-avante de Aécio Neves).

2) Alardeia que desembarcou do governo de Michel Temer, mas tolera a permanência de dois filiados na Esplanada: Aloysio Nunes (Itamaraty) e Luislinda Valois (Direitos Humanos).

3) O PSDB é a favor das prévias, previstas no estatuto do partido. Mas finge que Alckmin é presidenciável único, escanteando o rival Arthur Virgílio Neto, prefeito tucano de Manaus.

4) Defende a reforma da Previdência, mas não consegue entregar nem metade dos votos de sua bancada na Câmara.

5) Acusa Lula de buscar a re-reeleição para "voltar à cena do crime", mas guarda um imponente silêncio sobre o pedido de inquérito criminal que corre contra Alckmin no Superior Tribunal de Justiça.

6) Enrola-se na bandeira da ética, mas acoberta Aécio Neves, transformando a corrosão do achacador de Joesley Batista num processo de enferrujamento partidário.

PSDB CHEGA À ANTESSALA DA SUCESSÃO DE 2018 INTEGRADO À VELHARIA

Num intervalo de três anos, o PSDB desceu da antessala do poder para o purgatório. Em 2014, Aécio tivera uma derrota com fragrância de vitória, pois amealhara notáveis 51 milhões de votos. Parecia fadado a eleger-se presidente em 2018. Entretanto, tornou-se um colecionador de processos criminais ?"já soma nove.

A corrosão de Aécio, o prontuário de José Serra, a inconsistência de João Doria e a radioatividade de Michel Temer empurraram o PSDB para o colo de Alckmin. E o eleitorado, cujos humores são prospectados pelos institutos de pesquisa, mantém Alckmin na frigideira onde ardem os sub-Bolsonaros, candidatos com índices de intenção de voto abaixo dos dois dígitos.

No momento, é muito difícil distinguir o partido fundado por Franco Montoro, Mario Covas e Fernando Henrique Cardoso de uma legenda gelatinosa do chamado centrão. E a dificuldade para identicar o DNA daquela legenda nascida em 1988 de uma dissidência do PMDB tende a aumentar.

A pretexto de firmar-se como uma alternativa presidencial de "centro", Alckmin planeja associar-se ao rebotalho da política. Para aumentar o seu tempo de propaganda na televisão, trabalha com a perspectiva de empurrar para dentro de sua coligação legendas como PP, PTB, PR, PSD e até o PMDB.

Alckmin negociava à sombra. Mas o ministro Henrique Meirelles (Fazenda), que também sonha com a Presidência da República, entrou no jogo. Ele disputa com o grão-tucano o apoio dos mesmos aliados tóxicos. Impossível manter fora do alcance dos repórteres um balé de elefantes como esse.
Herculano
09/12/2017 07:40
da série: os intelectuais, que sucatearam as universidades federais, tanto administrativamente quanto no âmbito dialético, agora querem ser também intocáveis, inclusive no roubo ou má gestão que perpetraram. Cadeia e responsabilidade só para o andar de baixo.

É HORA DE DEFENDER A UNIVERSIDADE, por André Singer, ex-assessor do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, PT, no jornal Folha de S. Paulo

Na quarta (6), três meses depois do episódio que levou o então reitor da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) ao suicídio, a Polícia Federal (PF) resolveu repetir a dose com o da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). O procedimento foi o mesmo. Agentes chegam de surpresa à casa da vítima, que nunca fora intimada a depor, cedo de manhã, e a levam, sob vara, para alguma instalação policial.

O engenheiro Jaime Arturo Ramirez teve mais sorte do que o advogado catarinense Luiz Carlos Cancellier, sendo liberado após algumas horas. O segundo, submetido à humilhação de algemas, correntes nos pés, desnudamento, revista íntima, uniforme de presidiário e a cela onde teve que dormir, matou-se 15 dias mais tarde.

Ao deixar as dependências da PF, Ramirez, levado ao mesmo tempo que outros seis quadros da UFMG, fez uma declaração sucinta: "Fomos conduzidos de forma coercitiva e abusiva para um depoimento à Polícia Federal. Se tivéssemos sido intimados antes, evidentemente teríamos ido de livre e espontânea vontade". Alguém duvida?

Segundo os documentos disponíveis, o Ministério Público foi contrário à condução coercitiva. Mas a PF insistiu, e a juíza encarregada acatou a demanda, alegando "possibilitar que sejam ouvidos concomitantemente todos os investigados, (...) impedir a articulação de artifícios e a subtração de provas". Sem qualquer justificativa consistente, a direção da universidade, tal como havia ocorrido em setembro na UFSC, foi tratada como uma quadrilha de assaltantes, justificando o aparato - 84 policiais - destinado a capturá-los.

Na realidade, de acordo com o reitor de uma instituição congênere, a Universidade Federal do Paraná (UFPR), a onda de criminalização dos campi começou no final de 2016, quando "a Polícia Federal irrompeu na UFRGS [a federal do Rio Grande do Sul], em vista de uma suspeita de fraude em um programa de extensão". Em fevereiro de 2016, a própria UFPR foi atingida: 180 agentes cumpriram vários mandados de prisão e oito conduções coercitivas. Depois veio a prisão de Cancellier, a condução de Ramirez e, para cúmulo, mais uma incursão semelhante, na quinta, de novo na UFSC.

Reparem nos nomes das operações sequenciais da PF: "Research", "PhD", "Ouvidos moucos", "Esperança equilibrista" e "Torre de Marfim". É óbvio que estamos diante de uma ação orquestrada e arbitrária, usando os mecanismos de exceção abertos pela conjuntura política, com o objetivo de desmoralizar o sistema público de ensino superior no Brasil.

Se a sociedade civil não for capaz de superar divergências e se unir na defesa da universidade, teremos perdas irreparáveis. Não só na educação como na democracia.
Herculano
09/12/2017 07:34
R$51 MILHÕES DE GEDDEL PODEM SER APENAS SOBRAS, por Cláudio Humberto, na coluna que publicou hoje nos jornais brasileiros

Podem ser apenas "troco" os R$51 milhões apreendidos pela Polícia Federal em apartamento de Salvador usado pelo ex-ministro Geddel Vieira Lima, em Brasília. Investigadores ligados ao caso suspeitam que as malas continham "o que sobrou" de um volume ainda maior de dinheiro: há evidências de que o dinheiro vinha sendo usado para bancar sete empreendimentos imobiliários dos quais Geddel é sócio.

COMEÇOU A APARECER
A PF já identificou ao menos R$5,2 milhões pagos em espécie pela família Vieira Lima à Cosbat Construção e Engenharia.

JÁ SÃO R$56,2 MILHÕES
Somados os R$51 milhões encontrados no apartamento ao que foi pago à construtora, já são R$56,2 milhões de dinheiro vivo identificado.

DIGITAIS EXPLICADAS
O assessor de confiança era autorizado a pagar despesas das obras com dinheiro vivo, por isso suas digitais encontradas nas cédulas.

SETE EDIFÍCIOS
Na Cosbat, a família Vieira Lima investiu em sete edifícios, inclusive o "La Vue", de Geddel, pivô da ruidosa demissão do ex-ministro da Cultura.

PETROBRAS ARGENTINA NAS MÃOS DE ALVO NA LAVA JATO
A Pampa Energia, que comprou ativos da Petrobras Argentina em maio de 2016, já passou para frente, deixando evidência de haver atuado como intermediária. O comprador final é a holandesa Trafigura, enrolada na Lava Jato. Na véspera da saída de Dilma, a Pampa pagou pela subsidiária da Petrobras R$897 milhões, o que foi considerado uma ninharia, e a revendeu por um terço do valor: R$295,2 milhões.

AQUELE CASADO COM ATRIZ
O principal executivo da Trafigura no Brasil é Mariano Ferraz, preso pela Polícia Federal, que pagou R$3 milhões de fiança para ser solto.

ERA TUDO DA PETROBRAS
A Trafigura pagou US$90 milhões em uma refinaria, 250 postos, uma planta de lubrificantes e outra de armazenamento.

AQUI, PRIMEIRO
Esta coluna revelou em fevereiro que o comprador final dos ativos da Petrobras era a Trafigura, enroladíssima na Lava Jato.

MARTELO NÃO FOI BATIDO
O deputado Carlos Marun (PMDB-MS) é dos favoritos para assumir a Secretaria de Governo, deixada pelo tucano Antonio Imbassahy na sexta. Mas ainda não é certo. A decisão só sai na próxima semana.

SAÍDA ACLAMADA
Foram audíveis os suspiros de alívio, no terceiro andar do Palácio do Planalto, onde fica o gabinete do presidente, logo após a confirmação da saída do ministro Antônio Imbassahy da Secretaria de Governo.

MINISTRO DE CURTO PRAZO
A maior dificuldade para confirmação de Carlos Marun na Secretaria de Governo do presidente Michel Temer, ontem, era o fato de ele ficar no cargo somente até o início de abril, prazo de desincompatibilização.

NÃO FALTAM PAIS
O Planalto coleciona histórias de governadores que divulgam como suas obras do governo federal. Em Belém, é o contrário: um comercial de TV e rádio diz que é federal a complexa obra da Av. João Paulo II, em fase de conclusão, na qual o Planalto bancou só 25% do custo.

GASTOS TÊM LIMITE
O teto de gastos públicos começou a funcionar, e bem: a Câmara barrou ontem a criação de 670 cargos ao custo de R$ 93,8 milhões por ano, pretendidos pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ).

ZEN PROBLEMAS
O presidente interino do PSDB, Alberto Goldman, passou a viagem entre São Paulo e Brasília, ontem, fazendo palavras cruzadas, numa atitude bem distante do que o espera na Convenção deste sábado.

PARECE QUE FOI ONTEM
A Corte de Justiça da Espanha negou por unanimidade a extradição do doleiro cearense Alexander Ferreira Gomes, acusado de "lavar" R$ 1 bilhão no Brasil. Ficou por lá. (Publicada em dezembro de 2007).

PAUTA POSITIVA
O Brasil foi parar no Washington Post e outros jornais americanos após a visita do diretor da Associated Press à Amazônia. Maravilhado, Peter Prengaman relata sua experiência com as belezas da floresta.

PERGUNTA AO TUCANATO
A convenção nacional do PSDB deste sábado será realizada em cima do muro?
Herculano
09/12/2017 07:29
DECISÃO NA PREVIDÊNCIA, editorial do jornal Folha de S. Paulo

O imperativo de reformar a Previdência Social está longe de ser uma peculiaridade brasileira. Na OCDE, entidade que reúne os países em estágio mais avançado de desenvolvimento, todos os 35 membros promoveram ajustes em suas regras de aposentadoria, muitos deles profundos, de 2009 para cá.

Também é comum que agruras econômicas e orçamentárias acelerem a adoção de medidas adiadas por anos. Nas nações ricas, a profunda crise iniciada no final da década passada serviu de catalisador; aqui, a ruína das finanças públicas tornou o debate premente.

Guardadas proporções e circunstâncias, os desafios previdenciários assemelham-se, não resta dúvida, em todo o mundo.

Regimes de aposentadoria concebidos no século 20 não dão mais conta da nova realidade demográfica. A alta das expectativas de vida e o declínio das taxas de fertilidade, ambos dramáticos, implicam uma escalada das despesas que, cedo ou tarde, será insustentável.

Ademais, há injustiças a corrigir. Como se busca fazer no Brasil, países como Áustria, Grécia, Irlanda, Israel e Itália acabaram, desde os anos 1990, com normas que diferenciavam servidores públicos de trabalhadores do setor privado.

Novo estudo da mesma OCDE aponta riscos especialmente assustadores na Previdência brasileira.

Conforme as projeções do trabalho, nossos gastos com aposentados e pensionistas, equivalentes a 9,1% do PIB na média do período 2013-15, chegarão a 16,8% em 2050.

Trata-se do maior percentual entre todas as economias analisadas ?"as que pertencem à organização e as emergentes incluídas no G-20. Mais que isso, é o correspondente à metade da atual arrecadação tributária, já excessiva para uma nação de renda média.

Impõe-se, portanto, uma questão aritmética. Ou se reformulam agora as normas, com algum sacrifício para quem está na ativa, ou uma conta muito mais amarga será paga pelos filhos e netos dos contribuintes de hoje.

Os parlamentares que examinam a reforma já têm diante de si, aliás, problemas que não aguardarão as próximas gerações.

A receita do governo deixou de bastar para as despesas (mesmo excluídos pagamentos de juros); o avanço do gasto com aposentados retira recursos de áreas como educação, saúde e infraestrutura.

Da oposição aos situacionistas, doses variadas de demagogia, tibieza e oportunismo rasteiro movem as resistências à mudança. O que se vende como pragmatismo eleitoral não passa, porém, de irresponsabilidade que porá em risco o próximo governo e o país.

Partidos que se pretendem algo além de parasitas do Estado, em particular PSDB e DEM, estarão desmoralizados se não garantirem apoio inequívoco à reforma.
Herculano
08/12/2017 20:29
ILESO, GENERAL MOURÃO TOMA GOSTO PELA ANARQUIA, por Josias de Souza

Num enredo sério, general que leva os lábios ao trombone para alardear intervenções militares é punido pelo governo que avacalhou. Quando a punição não chega, instala-se uma atmosfera de gafieira que estimula a avacalhação. Foi o que sucedeu com o general Antonio Hamilton Mourão.

Em setembro, veio à luz o vídeo com palestra na qual o general Morão admitiu a hipótese de "intervenção militar" como remédio para a crise, caso o Judiciário não conseguisse deter a corrupção. Diante de um oficial capaz de tudo, seus superiores hierárquicos, que deveriam punir a indisciplina, revelaram-se incapazes de todo.

Decorridos menos de três meses, o general Mourão voltou à carga. Em nova palestra, foi à jugular de Michel Temer, supostamente o comandante em chefe das Forças Armadas: "Não há dúvida que atualmente nós estamos vivendo a famosa 'Sarneyzação'. Nosso atual presidente vai aos trancos e barrancos, buscando se equilibrar, e, mediante o balcão de negócios, chegar ao final de seu mandato."

Em seguida, o general voltou a trombetear o golpe: "Se o caos for ser instalado no país? E o que a gente chama de caos? Não houver mais um ordenamento correto, as forças institucionais não se entenderem, terá que haver um elemento moderador e pacificador nesse momento [?]. Mantendo a estabilidade do país e não mergulhando o país na anarquia, agindo dentro da legalidade, ou seja, dentro dos preceitos constitucionais, e usando a legitimidade que nos é dada pela população brasileira."

Em setembro, quando Mourão soltou a língua, o ministro Raul Jungmann (Defesa) reagiu com três dias de atraso. Declarou numa nota que discutiria com o comandante do Exército, general Eduardo Villas Bôas, a adoção "das providências cabíveis". No dia seguinte, o ministro foi desautorizado por Villas Bôas.

"Punição não vai haver", declarou o comandante, numa entrevista em que chamou o transgressor de "grande soldado, uma figura fantástica, um gauchão". E ainda insinuou que concordava com o amigo. Villas Bôas propagou o exótico entendimento segundo o qual, na "iminência de um caos", a Constituição concede às Forças Armadas "um mandato" para intervir.

Diante da má repercussão de suas declarações, Villas Bôas emitiu uma nota para se reposicionar em cena. Escreveu: "O Exército Brasileiro é uma instituição comprometida com a consolidação da democracia em nosso país."

Noutro trecho, acrescentou: "Em reunião ocorrida no dia de ontem, o comandante do Exército apresentou ao sr. ministro da Defesa, Raul Jungmann, as circunstâncias do fato e as providências adotadas em relação ao episódio envolvendo o General Mourão, para assegurar a coesão, a hierarquia e a disciplina."

O comandante do Exército absteve-se de informar que "providências" adotou para resguardar a "hierarquia e a disciplina". Soube-se apenas que punição não houve. Ficou entendido que, sob Michel Temer, um presidente condecorado pela Procuradoria com duas denúncias criminais por corrupção e crimes afins, o general indisciplinado é o menor dos problemas. Impune, Mourão apenas tomou gosto pela anarquia de um governo avacalhado.
Herculano
08/12/2017 20:24
"NÃO CONSIGO SER AMIGO DE IMBECIS, QUE SE FANATIZARAM ATÉ A RUPTURA", por Reinaldo Azevedo, na Rede TV

Leiam o texto que João Pereira Coutinho escreve na Folha. Expressa aquilo em que acredito.

Sim, perdi amigos por causa da política. Não ganhei um só por causa dela. Sempre que a amizade se estabeleceu, como escreveu Mário Faustino sobre o amor, isso se deu "Por cima de qualquer muro de credo, / Por cima de qualquer fosso de sexo." Gosto das pessoas em razão do que Coutinho chama "outras lealdades primárias", a saber (ele cita algumas): "a amizade, o amor, a compaixão, a decência etc".

Jamais rompi ou romperia com amigos em razão de divergências ideológicas, mas os perdi por causa delas (ou de motivações ainda mais subalternas).

A política, quando bem exercitada, estou convencido, é a mais complexa forma de relacionamento humano. Quando menos porque põe nossas crenças e convicções em confronto com a realidade. Reconhecer que a concessão que faz avançar o jogo é, muitas vezes, a melhor expressão do princípio é um exercício de maturidade.

Já fui dormir amigo de pessoas que passaram a me atacar no dia seguinte até para conseguir uma vaga no mercado de ideias ?" ou das "ideias de mercado"; "mercadistas" talvez?

Tenho raiva? Não! Já tive mágoa. Hoje, tenho pena.

Romper com um amigo por causa da política amesquinha, de saída, a política. E expõe uma alma incompatível com as "lealdades primárias", como "amizade, amor, compaixão, decência"?

E, numa lista como essa, é preciso acrescentar a "coragem".

Leiam o artigo de Coutinho

*
Dois amigos brasileiros, que conheço há mais de quinze anos, cortaram relações por causa da política. Quando soube do assunto, ri alto. Pensava que era piada.

Não era. Eles levaram as diferenças ideológicas a sério e se afastaram, depois de discussões feias. Hoje, são dois estranhos na mesma cidade.

O caso representa um problema para mim. Não, obviamente, porque gosto de ambos e lamento o afastamento. Muito menos porque, a partir de agora, terei que me encontrar separadamente com eles. Mas porque eu próprio não sei se consigo continuar amigo de dois imbecis que se fanatizaram até à ruptura.

Entendo que as pessoas tenham as suas preferências ideológicas. Também tenho as minhas.

Mas quem coloca a política à frente de outras lealdades primárias ?"a amizade, o amor, a compaixão, a decência etc.?" revela uma perturbação emocional que está para além da minha tolerância. Será que eles não leram Isaiah Berlin (1090-1997)?

O filósofo morreu há precisamente 20 anos e a sua obra, vasta e heterogênea, não é possível de resumir em breves linhas. Mas há uma ideia recorrente que atravessa os seus textos ?"Berlin escreveu sobretudo ensaios?" e que me parece mais importante do que nunca, sobretudo nestes tempos de retardamento intelectual: o pensamento monista é nocivo em política.

Por monismo, Berlin entendia toda a teoria filosófica que acredita na existência de uma solução ?"uma "solução final", digamos?" para qualquer problema da existência humana.

A tradição racionalista do Ocidente assenta nessa máxima: se existem problemas verdadeiros, então só existe uma resposta verdadeira para esses problemas. Consequentemente, cabe aos homens encontrar a chave da história e organizar a sociedade de acordo com a verdade revelada.

O mérito de Berlin é duplo: primeiro, ao rebelar-se contra essa visão monista, que esquece a diversidade da natureza humana nos seus desejos e fins.

E, em segundo lugar, ao mostrar por que motivo essa visão é uma falácia conceitual e tantas vezes mortal: o monismo, sobretudo quando se expressa em utopias (de esquerda ou de direita, não interessa), parte sempre do pressuposto de que os valores mais caros à existência social podem conviver perfeita e harmoniosamente.

Não podem, não. Faz parte da natureza dos valores eles entrarem em conflito. Pior: os valores podem ser incompatíveis entre si e, às vezes, incomensuráveis, ou seja, podem existir situações em que simplesmente não sabemos qual o valor mais importante.

Será a liberdade? A igualdade? A justiça? Nenhum deles? Só fanáticos, ou então cadáveres, nunca experimentaram a agonia da escolha.

A vida é um caos. E nós, macaquitos ligeiramente mais evoluídos, fazemos o que podemos: compromissos entre valores; equilíbrios frágeis entre concepções rivais da vida. Assim é nas nossas existências privadas. E a coisa piora nas existências públicas. A política não é um jogo de soma zero. É uma negociação permanente.

Isaiah Berlin ensina isso. Tal como Montaigne ou David Hume já tinham ensinado antes dele. Aliás, quando me escrevem a pedir dicas bibliográficas, Montaigne e Hume são os dois nomes imediatos que coloco no topo da lista de qualquer pessoa civilizada.

Os meus amigos, lamento dizer, deixaram de ser pessoas civilizadas. São dois selvagens, enamorados por eles próprios, que acreditam genuinamente que só um deles é o Napoleão.

Boa noite e boa sorte, rapazes. Terei saudades de um passado que já não volta.
Miguel José Teixeira
08/12/2017 17:15
Senhores,

Eis abaixo, uma frase que merece um banner em todo veículo de comunicação:

"País subdesenvolvido é aquele que importa, como novidade, o que os países desenvolvidos já abandonaram como obsoletos."
(Jaime Lerner, arquiteto e urbanista)

Em nossa volta, temos vários exemplos:
1) pombos: já são considerados ratos voadores. . .
2) pardais: devastam plantações. . .
3) vários tipos de peixes, que depredam os nossos. . .
4) ônibus escolares. . .
5) halloween e outros estrangeirismos que nos enfiam goela abaixo.

Atentem para esta pérola no blog do Tonet:
"Tem uma galera do PSDB que acha que o Sylvio Zimmermann é muito low profile como líder de governo."

"low profile". . .blaaaargh. . .
Herculano
08/12/2017 12:49
O PT E O DINHEIRO DE KADAFI: OUTRA BOMBA AMEAÇA IMPLODIR LULA E O PT? SUGIRO QUE MILITÂNCIA ANTIPETISTA NÃO SE ENTUSIASMAR, por Reinaldo Azevedo, na Rede TV
Publicada: 08/12/2017 - 8:19


Kadafi recebe Lula em 2009 na Cúpula da União Africana: tornaram-se amigos?
Epa!

Então mais uma bomba ameaça destruir Lula e o PT? É mesmo, é? E quem teria acendido o estopim? Ele! Antonio Palocci.

Muamar Kadafi voltou do inferno para assombrar a companheirada, carregando uma maleta com US$ 1 milhão.

Será mesmo?

Um espectro ronda o universo das delações premiadas: justamente Palocci. Tudo, no seu caso, obedece a caminhos um tanto heterodoxos. Saiu de sua boca aquela que era, até ontem, a mais bombástica acusação contra o ex-presidente: o petista teria feito um "pacto de sangue" com Emílio Odebrecht que envolvia o tal sítio de Atibaia, palestras a R$ 200 mil (fora impostos), o terreno para a construção do Instituto Lula e, bem?, uma reserva de R$ 300 milhões para enfrentar o interregno fora do poder. O dinheiro seria de livre uso de Lula ou do partido. Primeira estranheza: Palocci poderia ter contado essas coisinhas nada irrelevantes, se verdadeiras, no âmbito da delação. Mas preferiu acender velas no altar de Sérgio Moro, ao qual devotava tal sujeição e submissão no depoimento que beirou a caricatura, o que não escapou ao olhar atento de advogados treinados na arte de construir a imagem do seu cliente.

Nunca é demais lembrar: delator é bandido. Palocci ambicionava o lugar não do marginal pego com a boca na botija, mas o do arrependido por ter colaborado com o malfeito.

Em que aquilo tudo lhe poderia ser individualmente útil? Não ficou claro. Que o objetivo ali fosse incriminar Lula, bem, isso era evidente. Palocci contou o que lhe foi indagado e também o que não foi. E se ofereceu para revelar mais coisas. Desde aquela data, aguarda-se com certa ansiedade a sua delação. Empacou. Uma das dificuldades, tudo indica, está no fato de que a Procuradoria-geral da República não quer ter um novo Joesley Batista nas costas. Sim, as acusações do açougueiro eram também explosivas, mas a população não engoliu os benefícios que o empresário recebeu. Ainda pior: descobriu-se depois que parte daquelas ações que procuraram atingir Michel Temer e Aécio Neves eram armações, com características de flagrante armado.

A Lava Jato não precisa de uma nova desmoralização, agora com Palocci. Uma das dificuldades estaria no fato de que ele é bom para apontar crimes alheios, mas fraco quando se trata de revelar os seus próprios. Prefere ser, assim, aquela testemunha ocular da história, entenderam? Tudo indica que a operação já tem impunes demais.

Depois que Palocci fez aquelas graves acusações contra Lula, o petista saltou do patamar de 30% para o de 35% nas intenções de voto no primeiro turno; no segundo, ele alargou a dianteira no confronto com possíveis adversários. E olhem que, naquele caso, o ex-ministro fazia acusações cujo conteúdo é compreensível para as massas: sítio, terreno, R$ 300 milhões, palestras a R$ 200 mil. O próprio Lula chegou a imaginar estragos na sua imagem. O eleitorado não deu a menor pelota. No país em que tudo vai se mostrando possível, por que não isso?

E, agora, mais uma bomba ameaça implodir o PT: o carniceiro Muamar Kadafi, então ditador da Líbia, teria repassado ao PT US$ 1 milhão para a campanha eleitoral de? 2002!!! Reportagem da Veja informa que Palocci teria feito essa acusação em seu pré-acordo de delação.

A acusação, obviamente, é gravíssima. Se for comprovada, o PT pode perder o registro, segundo dispõe o Artigo 28 da Lei 9.096, a dos partidos políticos, a saber:
O Tribunal Superior Eleitoral, após trânsito em julgado de decisão, determina o cancelamento do registro civil e do estatuto do partido contra o qual fique provado:
I ?" ter recebido ou estar recebendo recursos financeiros de procedência estrangeira;
II ?" estar subordinado a entidade ou governo estrangeiros.

Mas é precisamente nesse ponto que a porca torce o rabo. Como provar que se fez uma doação irregular em 2002? Não existe mais nem mesmo a elite que governava, então, a Líbia.

Recomendo aos senhores leitores antipetistas entusiasmo comedido com a notícia.

Parece-me estranho ?" e a qualquer pessoa minimamente experimentada nas artimanhas da política ?" que aquele que era o braço operante do PT do mercado financeiro tenha como "a grande bomba" contra o partido a doação ilegal feita em 2002 por um ditador que já está morto. O atual governo da Líbia mantém segredo até sobre o local do sepultamento.

A menos que haja uma prova, coisa de que duvido, esse negócio vai gerar muito barulho nas redes sociais, excitar o ânimo da militância antipetista, inflamar ainda mais os já inflamados e morrer no nada.

Ah, sim: servirá para Lula dizer que não só tentam tirá-lo da eleição como querem agora fechar o partido.

Lá vem vitimismo triunfante pela frente.
Herculano
08/12/2017 12:45
QUEM FOR CONTRA REFORMA DA PREVIDÊNCIA DEVERÁ SER COBRADO NAS URNAS, por Rodrigo Constantino, na revista Isto É.

O governo Temer ainda corre atrás dos votos de que necessita para aprovar a reforma da Previdência este ano. A alfinetada que Henrique Meirelles deu no PSDB soou oportunista, e Temer teve que tentar colocar panos quentes.

Meirelles está de olho em 2018, nos dividendos eleitorais da retomada econômica, e pretende se colocar como o candidato da situação. Não quer permitir aos tucanos o bônus sem o ônus de apoiar oficialmente o governo. Entende-se, mas é ato precipitado e arriscado atacar aliados indispensáveis para a aprovação da reforma.

Os tucanos, por seu lado, devem votar com o governo por coerência, como disse Luiz Roberto Cunha, da PUC-Rio:

A situação está piorando porque a população está envelhecendo mais rapidamente e porque há um desequilíbrio das contas públicas. O PSDB tem que levar isso em consideração. A reforma previdenciária fazia parte do Plano Real, que, até por razões políticas, Fernando Henrique não teve condições de complementar. Por uma questão de coerência com a coisa mais importante que o partido fez do ponto de vista econômico, que foi o Plano Real, o PSDB deveria apoiar as reformas.

[?]

Quanto mais rápido aprovarmos a reforma da Previdência, menos risco temos de ter uma crise fiscal mais grave no próximo governo. Deixar para o próximo governo é falta de bom senso e falta de visão em relação ao País.

Se os tucanos votarem contra, portanto, estará escancarado seu oportunismo e isso terá um elevado custo nas urnas. Os eleitores mais atentos sabem da importância dessa reforma para dar continuidade à recuperação da economia.

Que, aliás, já começou e deve ser celebrada sim, como afirmou Alexandre Schwartsman em sua coluna na Folha hoje. O ex-diretor do Banco Central rebate um comentário feito por Marcelo Rubens Paiva, que compara festejar o crescimento de 0,1% no terceiro trimestre a "comemorar um jogo que termina 0x0, mas teve uma bola na trave". Schwartsman explica:

Esperaria de um escritor algo mais original que outra metáfora futebolística, mas acredito que há bons motivos para, sim, celebrar o número divulgado na semana passada pelo IBGE.

A começar porque não veio sozinho. O IBGE revisou as estimativas do desempenho da economia no primeiro trimestre (de 1,0% para 1,3%) e no segundo (de 0,3% para 0,8%), revelando uma economia bem mais dinâmica do que se imaginava. Ao longo dos três trimestres, a economia cresceu a uma velocidade média próxima a 3% ao ano.

[?]

Com base nesses resultados, se não fizermos nenhum grande bobagem em 2018, poderemos ver a economia crescendo ao redor de 3%, ainda não o desempenho dos sonhos, mas bastante decente à luz da crise pela qual o país passou com o fracasso da Nova Matriz.

Se é para manter a desgastada metáfora, o time está invicto há três jogos, depois de ter apanhado por oito em seguida e ido parar na zona de rebaixamento.

Mais interessante, voltou a ganhar apesar de os técnicos demitidos (por incompetência ) jurarem que o esquema atual jamais funcionaria. Só isso já é motivo de sobra para muita comemoração.

Concordo com Schwartsman: há motivo, sim, para comemoração. O Brasil poderia ser hoje uma Venezuela se não tivesse ocorrido o impeachment de Dilma. Que as mudanças tenham vindo de seu antigo aliado, de seu vice-presidente e do PMDB, é algo que incomoda quem quer mais purismo em política, mas não chega a ser surpresa para os realistas. O PMDB tem senso de sobrevivência, e sabe que a corda esticou demais, que era preciso colocar a economia de volta nos eixos.

O que tem sido feito, ainda que aquém da velocidade de que precisamos. Entendo, por inúmeros motivos, quem mesmo assim pretende punir governistas nas urnas, por razões éticas, por falta de convicção na doutrina liberal, por conivência na agenda "progressista" em outras áreas para além da economia etc. Mas as alternativas precisam demonstrar compromisso com o futuro econômico do país, ao menos mais do que o próprio governo.

É por isso que o PSDB, governista até ontem e hoje "oposição", tem que não só apoiar como lutar pela aprovação da reforma previdenciária. E é por isso também que Jair Bolsonaro precisa deixar claro qual a sua postura quanto a essa reforma. O editor Carlos Andreazza escreveu um comentário cobrando essa definição por parte do pré-candidato:

BOLSONARO: O POVO QUER SABER
Há uma questão fundamental, urgente, que precisa ser apresentada ?" agora, já ?" a todos os candidatos a presidente: é a favor ou contra a reforma da previdência?

Sabemos que Lula e os esquerdistas são contra. É bandeira histórica de petistas e linhas-auxiliares a defesa dos privilégios do funcionalismo público.

Mas e os candidatos de centro e de direita? Geraldo Alckmin, por exemplo, já se declarou a favor da proposta do governo. João Amoedo, idem: é a favor e quer uma mudança ainda mais profunda, estrutural.

E Jair Bolsonaro? É contra ou a favor? E, sendo contra, por quê? Será pelos mesmos motivos de Lula? Seja como for, é para ontem que a sociedade precisa cobrar alguma posição do candidato relativa a temas do mundo real ?" esse em que as pessoas vivem e no qual ele aparece em segundo lugar nas pesquisas de intenção de voto.

A posição de Bolsonaro sobre a reforma previdenciária, aliás, é especialmente significativa. Afinal, é um deputado federal ?" e, ao contrário de seus possíveis futuros adversários, o único que terá de votar a matéria.

E aí?

Teremos o Bolsonaro real, o da prática, o conhecido, provado e comprovado em seus votos sempre contrários a qualquer mudança no sistema previdenciário que pudesse afetar os interesses corporativos que representa? Ou teremos o Bolsonaro da teoria, o recente, esse do discurso pró-mercado, o que se aproximou de economistas liberais e que simula um papo de redução do tamanho do estado etc.?

E aí? É tempo de responsabilidade. O eleitor liberal seduzido por Bolsonaro quer saber: o deputado vai votar como? Contra? E, nesse caso, usando o mesmo argumento do filho, também deputado federal, que chegou a negar ?" juro ?" a existência de déficit na previdência?

Essa resposta ?" se é contra ou a favor ?" é decisiva para que o liberal brasileiro saiba se Jair Bolsonaro mudou mesmo de ideia e enterrou a tara pelo Estado, ou se está apenas, como aposto, usando o lustro dos economistas como escada para se projetar?

E aí, deputado: como vota? Vai citar o Ulstra ou o Mises na hora do voto?

O povo quer saber.

O povo quer saber, e tem o direito de saber. Espero que Bolsonaro se posicione o quanto antes, mas que antes de fazê-lo consulte o economista Adolfo Sachsida, ou Bernardo Santoro, ou ainda Paulo Guedes, seu proclamado ministro da Fazenda. Qualquer um dos três, tenho certeza, vai explicar a urgência dessa reforma, ainda que longe do ideal, ainda que cortando pouco na carne do próprio setor público.

Não importa. É o que temos para o jantar. É a única opção concreta na mesa. Rejeitar essa reforma agora é votar contra o Brasil, e os eleitores não devem perdoar quem assim o fizer.
Herculano
08/12/2017 12:34
BOLSNONARO NOMEOU SUA MULHER E TRIPLICOU SEU SALÁRIO

Conteúdo de O Antagonista. Jair Bolsonaro nomeou sua mulher para seu gabinete na Câmara.

Ela só foi exonerada quando o STF proibiu a prática do nepotismo.

Diz a Folha de S. Paulo:

"Jair Bolsonaro empregou por um ano e dois meses a atual mulher, Michelle, em seu próprio gabinete na Câmara dos Deputados. No período, ela ainda foi promovida.

A contratação e a promoção fizeram Michelle ter seu salário quase triplicado em relação à atividade anterior, na liderança do PP, então partido de Bolsonaro.

O ingresso da mulher no gabinete pessoal do político foi oficializado no dia 18 de setembro de 2007. Nove dias depois, os dois firmaram o pacto antenupcial no 1º Ofício de Notas de Brasília -se casaram de papel passado após dois meses. Com a certidão de casamento já assinada, Michelle ficou um ano empregada pelo marido.

Sua exoneração só ocorreu em novembro de 2008, dois meses depois de o STF consolidar o entendimento de que a Constituição de 1988 proíbe a prática do nepotismo na administração pública."
Sidnei Luis Reinert
08/12/2017 12:14
O PT merece ser extinto ?" como os dinossauros?


Edição do Alerta Total ?" www.alertatotal.net
Por Jorge Serrão - serrao@alertatotal.net

Já pensou se o Partido dos Trabalhadores acabar cassado porque recebeu, em 2002, uma doação ilegal de US$ 1 milhão, do falecido ditador da Líbia, Muamar Al Kadafi? Mais interessante será o PT extinto por uma das bombas denunciadas na proposta de delação premiada de Antônio Palocci Filho ?" hoje considerado um "traidor" da petelândia. Tudo porque, em troca de redução de penas, Palocci se compromete a revelar provas de dezenas de crimes que cometeu, com pleno conhecimento e companhia de Lula. A revista Veja antecipa alguns detalhes sórdidos da petralhada.
O PT merece ser extinto, como os dinossauros? Talvez seja este o desejo do cadáver politicamente insepulto de Celso Daniel, seqüestrado, torturado, e assassinado ?" em um crime sem solução. Seus restos mortais, daqui a milhões anos, podem se transformar em hidrocarboneto a ser explorado pela Petrobras que a roubalheira petista quase extinguiu. Acontece que a Petrossauro não morreu, e nós pagamos a conta da corrupção. Vide o botijão de gás (que já subiu 70%) e o combustível mais caro do mundo na bomba de abastecimento.
Enquanto isso, devagar, devagarinho, Lula segue em campanha presidencial antecipada. A torcida do companheiro $talinácio é pela lentidão judiciária. Por mais rápido que o Tribunal Regional Federal da 4ª Região julgue o recurso de sua condenação pelo juiz Sérgio Moro, o tal "trânsito em julgado" permanecerá longe do final, e Lula dificilmente poderá ser impedido de concorrer ao Palácio do Planalto no "fla-flu" de 2018. Embora o líder decadente pareça um cadáver político do ponto de vista moral, ele ainda não está morto.
Da mesma forma como a corrupção e os desmandos seguem mais vivos que nunca em Bruzundanga. Que benefício tiveram os deputados que aprovaram a Medida Provisória 795 que perdoou R$ 54 bilhões devidos por grandes petrolíferas que atuam no Brasil? Agora o absurdo está no Senado, aguando aprovação até dia 15 de dezembro, quando a MP perde efeito. O Brasil deixará de arrecadas R$ 1 trilhão em tributos em 25 anos. E o governo do crime insiste que é a Previdência Social a responsável pelo rombo nas contas públicas... Que sacanagem temerária com o trabalhador do setor privado...
Herculano
08/12/2017 11:58
ao Mercon Siaminato

Sobre a sessão de ontem à noite na Câmara de Gaspar, para homenagear uma história de 70 anos, sem comentários.

E por que? Porque os vereadores perderam a noção da história de Gaspar. Acorda, Gaspar!
Mercon Siaminato
08/12/2017 08:34
Herculano

a Câmara de vereadores, fez homens a ex vereadores, alguns merecidamente outros não mereciam nem se quer se serem citados.
No entanto, outros foram esquecidos, principalmente alguns que deram suas vidas em prol do povo Gaspar e se.
E o presidente Coro, falou a bobagem que seria impossível humanamente homenagear a todos.
É uma palhaçada atrás da outra.
Herculano
08/12/2017 07:23
PROPOSTA DE REGULAÇÃO DE SANEAMENTO OPõE ESTATAIS E INICIATIVA PRIVADA, por Maria Cristina Frias, na coluna Mercado Aberto, no jornal Folha de S. Paulo

Uma proposta de medida provisória que alteraria a regulação de serviços de água e esgoto no país gera divergência entre companhias estaduais e empresas privadas.

Há consenso sobre padronizar a regulação do segmento, o que o texto prevê ao atribuir à Agência Nacional de Águas (ANA) tarefa de dar diretrizes à prestação do serviço.

A discordância está no ponto que obriga cidades a realizar chamamento público antes de renovar contratos de saneamento com empresas estaduais. Caso haja interesse privado, haveria licitação do serviço.

A regra atual permite a assinatura de contratos com estaduais sem licitação.

"Locais mais afastados poderiam ter tarifas mais caras", diz Roberto Tavares, presidente da Aesbe (associação das estaduais).

As companhias praticam preços iguais tanto em cidades rentáveis quanto nas deficitárias. Com a nova regra, diz Tavares, só nas superavitárias haveria interesse.

"O projeto incentiva competição e aumento dos investimentos na área", afirma Alexandre Lopes, vice-presidente da Abcon (que reúne empresas privadas do setor).

Uma alternativa é que a ANA estimule a formação de grupos de cidades para contratação dos serviços, o que tornaria a operação mais atrativa, segundo Lopes.

"Embora atraente à primeira vista, a proposta resultaria no aumento da desigualdade na prestação do serviço de saneamento", diz Jerson Kelman, presidente da Sabesp.

"Entendemos os argumentos e podemos alterar o texto ou enviá-lo como projeto de lei", diz Hernane de Miranda, diretor da Secretaria Nacional de Saneamento Ambiental.

"O essencial é que a regulação nacional seja aprovada, o resto pode ser discutido depois", diz Rogério Tavares, diretor da Aegea, que administra 48 concessões.

"Municípios viáveis, que são poucos, serão privatizados, terão tarifa menor e serviço melhor. Os mais pobres ficarão mal atendidos, com empresas estaduais sem recursos. Não dá para [o privado] levar o filé e deixar o osso"
Herculano
08/12/2017 07:16
CÚPULA DO PSDB PREFERE CONVENÇÃO SEM AÉCIO, por Josias de Souza

A decisão do ministro Marco Aurélio Mello de autorizar a quebra dos sigilos bancário e fiscal de Aécio Neves espalhou constrangimento pelo ninho tucano. Integrantes da cúpula do PSDB gostariam que o senador fizesse ao partido o favor de não dar as caras na convenção nacional marcada para este sábado.

Até a noite desta quinta-feira, Aécio não se dera por achado. Mas um pedaço expressivo do tucanato torce para que o senador mineiro tenha suficiente presença de espírito para perceber a importância da sua ausência de corpo. Avalia-se que, faltando-lhe o bom senso, Aécio corre o risco de ser vaiado no encontro que aclamará Geraldo Alckmin como novo presidente do PSDB.
Herculano
08/12/2017 07:14
LULA DEVE DESCULPAS AO RIO, por Bernardo Mello Franco, no jornal Folha de S. Paulo

O palanque aceita quase tudo, mas Lula está abusando. Em caravana pelo Rio de Janeiro, o ex-presidente passou a culpar a Lava Jato pela falência do Estado.

Na quarta-feira, ele disse que o povo fluminense "não merece o que está passando". Isso é uma obviedade, o problema veio na frase seguinte. "A Lava Jato não podia fazer o que está fazendo com o Rio", afirmou.

O ex-presidente sustentou que a investigação dos desvios na Petrobras seria responsável pela crise na estatal. "Por causa de meia dúzia que eles dizem que roubaram e ainda não provaram, não podem causar o prejuízo que estão causando", disse.

Se a tese fosse verdadeira, seria melhor deixar que a turma continuasse roubando à vontade. Além de interromper a pilhagem, a Lava Jato já devolveu R$ 1,4 bilhão à empresa.

Nesta quinta, Lula lamentou as prisões de Sérgio Cabral e Anthony Garotinho. "O Rio não merece ter governadores presos porque roubaram", afirmou. Mais uma vez, o problema veio depois. "Eu nem sei se isso é verdade, porque não acredito em tudo o que a imprensa fala", disse.

A esta altura, é mais fácil encontrar um torcedor do São Cristóvão Futebol e Regatas do que um carioca que acredite na inocência de Cabral. O peemedebista já foi condenado três vezes por corrupção, e suas penas somam 72 anos de cadeia.

Quando a Polícia Federal o transferiu do Leblon para Bangu, houve foguetório nas ruas. No mês passado, servidores com salários atrasados distribuíram bolo e salgadinho para festejar o aniversário da prisão.

Lula disputou cinco eleições presidenciais e venceu quatro delas no Rio. Antes de começar a sexta, ele deveria pedir desculpas por ter feito campanha para Garotinho e Cabral.

No ano passado, o PT foi praticamente dizimado no Estado. O partido governava dez municípios e só conseguiu vencer em Maricá, onde Lula esteve na quarta-feira. Antes do comício, a prefeitura recrutou funcionários para ajudar a encher a praça.
Herculano
08/12/2017 07:08
PMDB INDICA FARMACÊUTICO PARA PRODUÇÃO MINERAL, por Cláudio Humberto, na coluna que publicou hoje nos jornais brasileiros

A indicação política apequena órgãos técnicos, como o Departamento Nacional de Produção Mineral (DNPM), responsável pela gestão das riquezas do subsolo do Brasil. As indicações políticas contemplam até farmacêutico para cuidar do subsolo. A esperança do setor é a recém-criada Agência Nacional de Mineração (ANM), com a garantia de absorção dos concursados altamente qualificados do DNPM.

TEM MELHORAL?
Político ligado ao PMDB e dono de farmácia no interior, Sidnei Eckert foi nomeado superintendente do DNPM no Rio Grande do Sul.

VAI UM CHURRASCO?
No Rio, a superintendência do DNPM foi entregue pelo PMDB a um fisioterapeuta, sócio de uma churrascaria.

VAI UMA CIBALENA?
Na Paraíba, a principal autoridade da área de subsolo é farmacêutico de formação. Mas o que o levou ao cargo foi a ligação ao PMDB.

DESLEIXO
O PMDB nomeou 9 superintendentes estaduais no DNPM, e 7 ainda estão vagas. Ficam nos estados de AL, ES, PE, PI, RN, RR e SE.

POUPADORES: ACORDO PODE SER ASSINADO ATÉ SEGUNDA
A ministra Grace Mendonça (Advocacia Geral da União) espera confirmar a assinatura a qualquer momento, no máximo até segunda-feira (11), do acordo de R$12 bilhões entre bancos e poupadores prejudicados pelos planos econômicos. O governo tenta vencer a resistência de escritórios de advocacia que estariam manobrando o adiamento da assinatura para aumentar seus ganhos.

TRAPALHADA
A revelação da manobra dos advogados causou reboliço. O Banco do Brasil até informou que não dispõe de banca de advocacia contratada.

MANOBRA NEGADA
Nelson Wilians & Advogados, banca contratada pelo Banco do Brasil no governo Dilma, nega manobra para postergar assinatura do acordo.

JOÃO SEM BRAÇO
Após ignorar contatos da coluna, impondo espera de até 51 minutos ao telefone, a assessoria da Nelson Wilians "estranhou" o registro disso.

IDOLATRIA COMPRADA
O ex-ministro Antonio Palocci contou ao Ministério Público Federal, segundo Veja, que o ex-ditador Líbio Muamar Kadafi deu US$1 milhão a Lula, na campanha de 2002. Agora dá para entender por que Lula se referia ao facínora como "meu líder, meu irmão, meu ídolo".

ANTES QUE NOS VEJAM
A Câmara liberou a assinatura do ponto dos deputados já às 5h30 da manhã desta quinta (7), para que eles tivessem tempo de pegar voos mais cedo para seus Estados. Só voltarão a trabalhar na terça (12).

FALTOU CONTAR
Tiririca disse o que muita gente queria dizer, mas, ao contrário do eleitorado que o elegeu deputado, ele recebeu R$3 milhões em salários e torrou R$ 1,28 milhão com a cota parlamentar desde que foi eleito.

RARA VITóRIA
A prisão do Bandidão 157 foi notícia até na Alemanha, mas o jornal Deutsche Welle, de Hamburgo, torce o nariz: "A captura do chefe do crime representa uma rara vitória para as autoridades do Rio".

SUJOU NA LIMPEZA
O Ministério Público de Contas do DF quer anular o contrato de limpeza pública, emergencial, da empresa Sustentare. A proposta derrotada na licitação, da Cavo, faria o governo economizar R$ 2 milhões por mês.

PARECE QUE FOI ONTEM
A Odebrecht deu US$ 200 mil à campanha de Cristovam Buarque (PT) ao governo de Brasília, em 1994. Virou escândalo e o PT até prometeu devolver a grana. Nunca o fez. (Publicada em 8 de dezembro de 1998).

SEM ERRO
Pedro Parente garantiu ter autonomia "que nenhum outro presidente teve" na Petrobras. Isso mostra que a interferência política na empresa acabou. E que, agora, os diretores responderão sozinhos por tudo.

FUNDÃO MULTIPLICADOR
O fundão eleitoral de R$ 1,7 bilhão (para a eleição de 2018) foi a única "conquista" da reforma política no Congresso, este ano. Mas "pode chegar até a R$ 8 bilhões", diz o senador Ronaldo Caiado (DEM-GO).

PENSANDO BEM...
...com cinco dias de folga desde ontem, o Natal chegou cedo em Brasília. Mas apenas para deputados federais.
Herculano
08/12/2017 06:54
VIVA O CONGRESSO; FORA, HERóIS DO óBVIO, por Reinaldo Azevedo, no jornal Folha de S. Paulo

Este é um texto em defesa do Congresso. Como? Não quer saber dele, leitor amigo? Entendo as suas razões, mas você está errado -a menos que sua reserva se deva à metafísica do estilo do autor, que, para lembrar um conto de Machado de Assis, seria, então, incapaz de fazer com que "Sílvio", o substantivo, mantivesse um encontro amigável com Sílvia, o adjetivo. Isso à parte, faça um esforço. Ocorre que, para tratar do Parlamento, precisarei falar da Lava Jato, de Sergio Moro em particular.

Publico esta coluna três dias depois de o juiz ter sugerido a Michel Temer que dê um golpe nos Poderes Judiciário e Legislativo. O doutor convidou presidente a usar a sua influência para que o STF não mude jurisprudência sobre a prisão após condenação em segunda instância. Também quer ver o chefe do Executivo na defesa da redução ou da extinção, não ficou claro, do foro especial por prerrogativa de função.

No rádio e na TV, expressei o temor de que o magistrado morra afogado tentando andar sobre as águas. Não duvido de que tente, no claustro, longe da curiosidade alheia, multiplicar pães e peixes.

Só se exibirá em público quando conseguir a multiplicação em quantidade que considera aceitável... Usar uma solenidade privada, em que é homenageado, para fazer proselitismo de natureza política já seria indecoroso, não estivesse ele propondo o estupro da Constituição. A propósito: quais políticos pressionam Moro, dado que ele supõe que Temer pressione juízes do STF? Ou a matéria inumada de que é feito o livra de tentações que a outros rondam?

Aprecio a coragem autêntica, rejeito a ousadia publicitária, que é uma das expressões da covardia.

Só pode reivindicar a reputação de corajoso quem corre riscos. Pregar a morte de Deus no Ocidente democrático, por exemplo, é coisa para qualquer covarde. Quero ver é fazê-lo em Teerã ou em Riad. "Ah, Reinaldo, mas aí seria suicídio, não coragem..." Fato. Mas então não se reconheça valor ao prosélito das coisas permitidas e dos clichês influentes...

Ousado, corajoso, verdadeiramente provocativo e inovador seria Moro convocar os seus pares de toga e os membros do MPF a abrir mão doauxílio-moradia, por exemplo.

E ele até poderia sugerir que valor correspondente -algo em torno de R$ 1,4 bilhão por ano- fosse investido na PF. E muitas outras centenas de milhões se economizariam caso se cumprisse o disposto no inciso 9º do Artigo 37 da Constituição, que trata do teto da remuneração do funcionalismo.

"Você prometeu um texto em defesa do Congresso e, até agora, só atacou Moro e o Poder Judiciário." Não é ataque, mas crítica. É óbvio que estabeleço aqui um contraste entre um ente que estará sempre errado, mesmo quando está certo, e uma entidade que está sempre certa, mesmo quando errada. Houve quem fizesse mexerico até com o fato de que Temer e Eunício Oliveira, presidente do Senado, não aplaudiram o juiz de pé. Presidentes de Poderes só se levantam em reverência, seguindo certos protocolos, em solenidades oficiais. É assim que se respeita Montesquieu.

Jamais houve uma legislatura que, em um ano e meio, em parceria com a Presidência da República, aprovasse tantas medidas importantes para o país. E só por isso a economia está entrando nos eixos. O fato é que o Congresso, debaixo de vara da Lava Jato, de que Moro é emblema, não faltou ao país. Mas 60% dos brasileiros, atesta o Datafolha, consideram-no ruim ou péssimo.

Vejam o caso da reforma da Previdência. Parlamentares que a imprensa está acostumada a odiar compõem a vanguarda em favor da mudança. Os que integram a plêiade de suas referências morais resolveram se entrincheirar na resistência, lutando brava e corajosamente contra o país -em especial, contra os pobres. Sílvia e Sílvio nutrem desprezo intelectual pelos heróis do clichê, pelos heróis do óbvio
Herculano
07/12/2017 20:40
BOMBA. CAPA DA REVISTA VEJA DESTE FINAL DE SEMANA: O DITADOR MUAMAR KADAFI, DA LÍDIA, MORTO EM 2011, DEU US$1 MILHÃO PARA A CAMPANHA DE LUIZ INÁCIO LULA DA SILVA, PT, EM 2002.

QUEM AFIRMA ISSO? O CAIXA DE CAMPANHA, O EX-MINISTRO ANTONIO PALOCCI.

QUANDO A GENTE PENSA QUE TUDO JÁ SE TINHA REVELADO DA LAMA PRODUZIDA PELO PT E A ESQUERDA DO PODER PARA TOMAR O PODER E NELE QUEBRAR O BRASIL, MAIS APARECE
Herculano
07/12/2017 16:46
O DEPUTADO É TIRIRICA E OS ABESTADOS, SOMOS NOZES, por Marcelo Faria, do Instituto Liberal de S. Paulo

Em seu primeiro e único discurso na Câmara dos Deputados em quase sete anos de mandato, Francisco Everardo Oliveira Silva - o Tiririca - anunciou que deixará a vida parlamentar. Renúncia? Claro que não! Com mais um ano pra mamar às nossas custas, por quê renegar tal mordomia, não é mesmo?

Fora os clichês, sobra muito pouco na fala do deputado. "Vamos olhar um pouco para o nosso país", "vamos olhar pro nosso povo", "mais saúde", "já passei fome", "fui vítima de preconceito", "pro povo isto aqui é uma vergonha" e afins são chavões comuns no discurso de qualquer político, até mesmo nos discursos daquele que tem quase 10 milhões de reais bloqueados por suspeita de corrupção enquanto "combate a zelite".

A realidade, entretanto, é bem diferente. O próprio Tiririca afirma que "não fez muita coisa", mas "foi assíduo" e "votou de acordo com o povo". Ganha 25 mil reais líquidos por mês (fora os shows privados que continua fazendo), mas sua mãe "não tem plano de saúde" e "está no hospital público". Diz que "sai com vergonha" do parlamento, mas "jamais irá falar mal de vocês (políticos) em qualquer canto". Não se envergonhou com R$ 1,286 milhão de reais que gastou até agora, somente em cotas parlamentares (R$ 881,2 mil no primeiro mandato e R$ 404,8 mil até o momento no segundo), tirados do mesmo "povo" que diz defender.

Com suas palhaçadas, levou à Câmara em 2010 o líder de seu partido (PR - Partido da República), Valdemar Costa Neto - aquele que renunciou para não ser cassado no julgamento do Mensalão - além de membros do PT (Vanderlei Siraque), PCdoB (Delegado Protógenes) e PRB (Otoniel Lima). Na segunda, levou o Capitão Augusto - o deputado que anda sempre fardado e quer criar mais uma boquinha partidária, o "Partido Militar Brasileiro" - e Miguel Lombardi. As risadas que proporcionou a estes e outros políticos também não mereceram desculpas.

Sua eleição também foi responsável por destinar uma gorda fatia do fundo partidário ao PR. De acordo com a base nos dados do TSE, o partido do mensaleiro Valdemar recebeu cerca de 160 milhões de reais nos últimos seis anos (dados de 2017 não estão disponíveis), boa parte graças aos votos dados a Tiririca em 2010 e 2014. Querendo ou não, Tiririca engordou os bolsos de políticos que "não olham para o povo".

Tiririca não tem Jose Genoíno como suplente - seu partido não participou de coligações em 2014 e sua suplente imediata é Luciana Costa, do mesmo PR - mas declarou algo muito pior. Em entrevista ao Antagonista, afirmou que votará no líder da quadrilha petista, Lula, por ter sido "um dos melhores presidentes que eu vi". Onde fica o discurso de "vamos olhar para o povo" quando se declara voto em um criminoso que ajudou a roubar a população brasileira? Pois é.

Tiririca é um parlamentar que gastou quase R$ 1,3 milhão dos pagadores de impostos, ajudou um partido controlado por um mensaleiro a receber 160 milhões de reais do fundo partidário e declara voto no maior criminoso do país ?" pior, pode fazer campanha para ele em 2018, levando mais votos para Lula. Ou seja: o palhaço pode ser ele, mas os abestados "somos nozes".
Herculano
07/12/2017 16:33
STF QUEBRA SIGILO BANCÁRIO E FISCAL DE AÉCIO NEVES

Conteúdo de O Antagonista. O Marco Aurélio Mello determinou a quebra dos sigilos bancário e fiscal de Aécio Neves de janeiro de 2014 a maio deste ano, mês em que a PF deflagrou a Operação Patmos.

A decisão do ministro do STF se estende à irmã de Aécio, Andrea, ao primo do senador, Frederico Pacheco, e a Mendherson Souza Lima ?"os três últimos foram soltos hoje, em outra decisão de Marco Aurélio.

O pedido de quebra dos sigilos do grupo havia sido feito em maio pelo então procurador-geral da República, Rodrigo Janot
Herculano
07/12/2017 16:30
FALTA O EXEMPLO. CASA DE FERREIRO O ESPETO É DE PAU.COM ATRASO, TRIBUNAIS INFORMAM SALÁRIOS DE JUÍZES AO CNJ

Conteúdo do site Jota, especializado em conteúdos judicias. Texto de Matheus Teixeira. Após críticas públicas da presidente do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), ministra Cármen Lúcia, sobre a falta de transparência dos tribunais Brasil afora, pelo menos 40 Cortes correram para atender à determinação do CNJ e entregaram esta semana pela primeira vez a planilha com o detalhamento dos vencimentos de seus magistrados.

O CNJ havia publicado uma portaria em agosto em que obrigava todos órgãos do Judiciário a informarem mensalmente ao conselho os contracheques de juízes e desembargadores. Até sexta-feira passada (01/12), porém, apenas quatro tribunais haviam apresentado os dados dos salários dos servidores da forma como o CNJ exigiu.

Menos de uma semana depois da declaração de Cármen Lúcia sobre o tema, no entanto, outras 39 Cortes encaminharam ao conselho os detalhes dos salários dos magistrados. A presidente do CNJ e do Supremo Tribunal Federal (STF) cobrou publicamente na última terça-feira (05/12) o envio dos dados sobre salários, após defender "transparência" na questão do teto salarial dos juízes de segunda instância.

O CNJ afirma que um dos motivos para o atraso na divulgação se deu por divergência entre os tribunais sobre a forma com que deveriam informar ao conselho os vencimentos. O órgão, então, estabeleceu uma planilha padrão para facilitar a prestação de informações.

Os dados apresentados ao conselho mostram que todos os tribunais depositam valores acima do teto constitucional na conta de vários magistrados ?" vencimentos acima de R$ 50 mil, por exemplo, são comuns. O JOTA questionou as três primeiras Cortes que disponibilizaram os dados, e todas garantem que os pagamentos se dão dentro da lei, pois o subsídio respeita o limite legal e o restante diz respeito a benefícios previstos em lei.

Segundo os dados oficiais, o Tribunal de Justiça do Espírito Santo desembolsou em novembro R$ 107,8 mil apenas com o desembargador Adalto Dias Tristão. Em valor líquido, entrou na conta do magistrado o total de R$ 80,7 mil. Segundo os dados disponíveis no site, ele ganhou de subsídio R$ 30 mil e o restante foi pago pelos chamados "extras": R$ 33 mil de gratificação natalina e R$ 25 mil de pagamentos retroativos.

No mesmo tribunal, o juiz aposentado Arnaldo Bastos recebeu R$ 68 mil em novembro. Foram R$ 28,9 mil de subsídio, R$ 28,8 mil de gratificação natalina e R$ 10 mil de pagamentos retroativos.

A juíza Adriana Costa de Oliveira, da 3ª Vara Criminal de Vila Velha, também ultrapassou o teto: o tribunal pagou a ela R$ 65 mil em novembro ?" ela também foi beneficiada pela gratificação natalina.

Na Justiça estadual de Minas Gerais, o desembargador Alberto Deodato Maia Barreto Neto recebeu R$ 71,1 mil em novembro. Além do salário de R$ 30,4 mil, o tribunal depositou a ele outros benefícios, como R$ 3 mil de plano de saúde e R$ 4,3 mil de auxílio moradia. Também em Minas Gerais o desembargador Pedro Carlos Bitencourt recebeu R$ 70,3 mil em novembro: R$ 30,4 mil de subsídio, R$ 3,3 mil de abono permanência, R$ 3 mil de auxílio saúde, R$ 15,2 mil de indenização de férias, R$ 12,9 mil de pagamento retroativo e R$ 884 de auxílio alimentação.

O TJMG depositou para o desembargador Agostinho Gomes de Azevedo, da 7ª Câmara Criminal daquele estado, R$ 57,1 mil o mês passado.

No Tribunal de Justiça do Amazonas, o juiz Adalberto Carim Antonio recebeu R$ 54,5 mil mês passado, sendo R$ 29,9 mil de subsídio, R$ 1,5 mil de auxílio alimentação, R$ 4,3 mil de auxílio moradia, R$ 10,4 mil de pagamentos retroativos

O CNJ tenta há pelo menos 10 anos dar mais transparência aos contracheques dos servidores do Judiciário. Desta vez, a iniciativa de Cármen Lúcia se deu após a revelação do holerite de um juiz de Mato Grosso que havia recebido R$ 400 mil em um mês.

Em 17 de agosto de 2017, a presidente do conselho assinou a Portaria 63 do CNJ e determinou que os tribunais brasileiros deveriam enviar ao conselho os dados dos pagamentos aos magistrados para cumprimento da Lei 12.527/2011, a Lei de Acesso à Informação, e da Resolução 215 do conselho, de dezembro de 2015, que também disciplina o tema.

O despacho determinava que os tribunais enviassem, a partir de setembro último, cópias das folhas de pagamento do período de janeiro a agosto de 2017, especificando os valores relativos a subsídio e eventuais verbas especiais de qualquer natureza.

Para resolver as divergências na forma de divulgação dos dados, o CNJ estabeleceu uma planilha padrão, com critérios específicos para ser preenchida ?" o modelo serviu de base para a criação de sistema, disponibilizado aos tribunais, para o envio dos dados padronizados.

Outro lado

Por meio de nota, o TJMG afirmou que o vencimento básico pago pela Corte não extrapola o teto legal. "A aplicação do limite constitucional (teto) no âmbito do Poder Judiciário é regulamentada pelas Resoluções 13 e 14 do Conselho Nacional de Justiça. Os valores pagos pelo TJMG atendem às disposições legais e a esse limite. Os valores questionados se referem a direitos legais, como o pagamento de férias vencidas e não gozadas referentes a períodos anteriores. Tais valores são pagos para assegurar a eficiência e a continuidade do serviço público", escreveu o tribunal.

O TJES também afirma que os pagamentos se dão de acordo com a lei. "As remunerações dos magistrados e servidores do Poder Judiciário Estadual são pagas de acordo com a legislação vigente, decisões judiciais e eventuais deliberações do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), além de serem submetidas ao controle do Tribunal de Contas.

Questionado sobre o que são os pagamentos retroativos mencionados na tabela, o tribunal esclarece que trata-se de "valores que magistrado ou servidor tinha o direito de receber, inclusive por força de decisão judicial, e que o Tribunal de Justiça não pagou no passado, por falta de recursos, e que agora estão sendo pagos".

O Tribunal de Justiça do Amazonas, também por meio de nota, informou que "cumpre rigorosamente a legislação vigente". "Os magistrados da Corte recebem seus vencimentos dentro do teto constitucional, bem como as verbas de natureza indenizatória ?" entendimento já pacificado no STF -, que incluem as decisões administrativas devidas aos magistrados, como é o caso da Parcela Autônoma de Equivalência (PAE), que vem sendo paga pelos tribunais de todo o país. As verbas de natureza indenizatória são previstas por lei e não entram no cálculo para o teto constitucional, conforme Resolução 13/2006 do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), bem como a Lei da Magistratura Nacional".

Segundo o TJAM, o detalhamento realizado pelo CNJ "demonstra exatamente o subsídio e direitos pessoais percebidos pelos magistrados, e quais as indenizações e os direitos eventuais que são destinados a esses servidores da Corte, seguindo todas as normas e resoluções vigentes".
Herculano
07/12/2017 16:18
CHEQUER FORAM DO "VEM PRÁ RUA", por Lauro Jardim, no O Globo

Rogerio Chequer, líder do "Vem Pra Rua" - um dos principais movimentos que pediu o impeachment de Dilma Rousseff -, decidiu desligar-se do grupo. Sua saída foi oficializada na tarde desa quinta.

A decisão foi tomada porque Chequer pretende se candidatar em 2018. Como o movimento se define como "suprapartidário", ele teve que se afastar. Chequer deve concorrer a uma vaga na Câmara dos Deputados pelo Partido Novo.
Herculano
07/12/2017 16:14
O RECADO DO GENERAL AO STF (MAS NÃO É S?")

Conteúdo de O Antagonista. Publicamos recentemente que os militares voltariam a rugir contra a esculhambação que tomou conta de Brasília - e que pode resultar na candidatura à Presidência do condenado Lula.

Na quarta-feira, em artigo no Estadão, o general Rômulo Bini Pereira, que foi chefe do Estado-Maior da Defesa, mandou um recado ao STF (mas não só): "Condutas irresponsáveis e antipatrióticas não se podem tornar costumeiras em nossa vida pública".

Leia um trecho:

"Infelizmente, para grande parte da sociedade brasileira, não chegamos a um nível democrático que nos dê esse equilíbrio. Para muitos, incluídos os intervencionistas, o sistema inexiste e o processo político está voltado, exclusivamente, para interesses individuais ou de grupos partidários. Questionamentos são sempre feitos nas possíveis soluções das crises que surgem. Para quê? Para quem? Para onde? O interesse do País raramente está presente nas respostas, ficando quase sempre em segundo plano.

A decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) optando pela prévia aprovação das Casas legislativas para a adoção de medidas cautelares impostas a parlamentares é um exemplo. O corporativismo prevalecerá e políticos acusados de crimes estarão imunes e receberão a chancela de inocentes. Outro exemplo foi o incompreensível pedido de vista de um ministro do STF após sete votos favoráveis a pôr fim à imunidade parlamentar, um enorme anseio da sociedade. O pedido não visa um conhecimento maior da causa, mas sim um prazo ampliado que possibilite o Congresso concluir a votação de emenda constitucional do mesmo tema. Se considerarmos que duas centenas de congressistas são processados no STF, a queda da imunidade provavelmente não passará ?" e nem todos os brasileiros serão iguais perante a lei. Será uma contraposição entre o Judiciário e o Legislativo, advindo certamente outra crise entre eles.

E como se não bastasse, há outro exemplo lamentável. Em sua posse, na presença do presidente da República, o novo diretor da Polícia Federal declarou que uma única mala talvez não desse toda a materialidade criminosa. Referia-se a uma das componentes da denúncia da Procuradoria-Geral da República contra o presidente, justamente quando assumia o cargo que lhe foi dado pelo denunciado. Com certeza uma declaração adrede preparada e comprometida.

Tais exemplos demonstram que no mais alto nível da República o sistema de pesos e contrapesos não funciona como deveria e prima pelo desequilíbrio, sendo, por isso mesmo, comprometido e não confiável, justamente por predominarem os conchavos, os interesses individuais e de grupos, a troca de vantagens e de benesses à sombra de um Congresso subornável e de uma Justiça 'partidária'. As medidas cautelares, o pedido de vista do ministro e a atitude comprometida, tríade degradante para muitos brasileiros, reforçam o descrédito dos nossos três Poderes perante a sociedade.

Segundo publicações veiculadas pelas redes sociais, um trecho de declaração atribuída ao general Figueiredo, último presidente militar, dirigida ao mundo político, chocou a sociedade: '? jogarão a Nação num lamaçal de dimensões continentais, onde o povo afundará na corrupção, na roubalheira, na matança até que se instaure o caos social, seguido de uma guerra civil'. Mesmo que não seja verídica, muitos adeptos da intervenção militar já consideram profética tal declaração.

O Brasil precisa encontrar soluções para os enormes impasses que vivemos, para que nenhuma ilegalidade esteja acima do interesse do povo brasileiro. As forças vivas da Nação, movidas pelos homens de bem, incluindo as Forças Armadas, não podem permitir que condutas irresponsáveis e antipatrióticas se tornem costumeiras em nossa vida pública, por atingirem frontalmente os princípios éticos e morais que conduzem um regime democrático e que resultarão num arremedo de democracia."
Herculano
07/12/2017 16:10
O ATIVISTA DE ARAQUE IMPLODIU A TRAMA CONTRA WILLIAM WAACK, por Augusta Nunes, de Veja.

Interpretando simultaneamente os papéis de sherloque, promotor e juiz, o diretor de jornalismo da Globo, Ali Kamel, só precisou de alguns minutos para abrir e fechar o caso William Waack. O sherloque Kamel decidiu que a frase dita pelo suspeito no vídeo gravado há mais de um ano bastava para o encerramento das investigações. Tratava-se de um racista sem remédio. Convencido de que a gravidade do crime comprometia a imagem da empresa a que serve com exemplar dedicação, o promotor Kamel solicitou o imediato afastamento do apresentador do Jornal da Globo.

Foi atendido de pronto pelo juiz Kamel, que negou ao réu o direito de defender-se e arquivou o pedido de desculpas endereçado a quem se sentisse ofendido pela frase. O rito sumário dispensa tais quinquilharias. Por conhecer William Waack, o grande Boni absolveu-o. O lider genial do grupo de craques que escreveu a história da Globo informou que jamais faria o que fez o diretor de jornalismo. Também por conhecer William Waack, Kamel e aliados não perderam a oportunidade de livrar-se do perigo. O brilho alheio é visto com entusiasmo por chefes talentosos. Mas eterniza a insônia de superiores hierárquicos incuravelmente inseguros.

Punido arbitrariamente, William saiu de cena para aguardar os desdobramentos do episódio. Quem segue no palco, eufórico com a notoriedade súbita, é o operador de câmera Diego Rocha. Foi ele um dos dois funcionários da Globo que produziram e, há poucas semanas, divulgaram pela internet o vídeo transformado em prova contundente de um crime sem perdão. Nesta terça-feira, com uma visita ao prédio da Globo em São Paulo, o próprio Diego demoliu o monumento ao bom mocismo erguido por santarrões de bordel.

A manifestação de respeito ao politicamente corretíssimo apenas camuflava uma conspiração urdida para tirar do ar o melhor jornalista da TV brasileira. Para desferir o tiro que lhe atingiu o pé e ricocheteou na testa dos mandantes da farsa, bastou a Diego alegar na portaria que precisava resolver alguns problemas no setor de recursos humanos. Com a desenvoltura de quem se sente em casa, ele entrou no prédio, circulou pela redação, recebeu cumprimentos de gente que viu em sua delação premiada um soberbo triunfo da tropa que combate preconceitos e invadiu, sem topar com quaisquer obstáculos, o estúdio onde é gravado o Jornal da Globo.

Ali, sentou-se na cadeira que William Waack ocupava, posou para um admirador, postou a imagem no Instagram e lá se foi saborear outros dez minutos de fama. Serão os últimos. A expressão debochada, o meio sorriso atrevido, a frase insolente sob a foto ("O que acham?")", as hashtags provocadoras - tudo somado, desenha-se com nitidez uma figura desprezível. Não se enxerga um único e escasso vestígio da amargura que costuma marcar alvos de agressões racistas. O que se vê com desoladora nitidez é um oportunista arrogante movido pela certeza de que é credor da Globo.

É uma arrogância inibidora, confirmam o silêncio e o imobilismo dos que se mostraram tão ágeis na montagem do cadafalso que esperavam ver escalado por William. O espetáculo do cinismo protagonizado pelo operador de câmera estreou nas redes sociais no começo da manhã. No fim da noite, o sherloque, o promotor e o juiz que habitam o mesmo corpo continuavam à caça de alguma saída.

A promessa de enquadrar os responsáveis pela desmoralização do esquema de segurança e do sistema de vigilância da Globo é uma piada. Diego passeou pelo lugar com o desembaraço de quem zanza na casa da sogra. Tinha a fisionomia distendida pela ausência de culpas e remorso, e exalava a autoconfiança de quem acabou de prestar bons serviços aos anfitriões. Está na cara: Diego Rocha é um crápula fantasiado de ativista afrodescendente.
Herculano
07/12/2017 16:01
A LEITURA DOS FANÁTICOS, ANALFABETOS E AS MANCHETES DOS EDITORES DA ESQUERDA DO ATRASO QUE INFESTAM AS REDAÇÕES NÃO CONSEGUIRAM ENXERGAR O PRINCIPAL DA PESQUISA DATAFOLHA

Para eles, as pesquisas diziam que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, PT, e o deputado Federal há 27 pelo falido Rio de Janeiro, Jair Bolsonaro, PSC, são os dois primeiros na corrida de 2018.

Entretanto, essas mesmas pesquisas, dizem, claramente, também dizem que 70% dos eleitores não vão votar em nenhum deles. Mas, isso foi escondido das manchetes e dos debates. Triste! É assim que se manipula os analfabetos, ignorantes e desinformados.
Herculano
07/12/2017 15:49
LULA EM CAMPANHA: ELE DIZ QUE 2018 SERÁ UM "ANO TURBULENTO". É MESMO? QUEM VAI COMPOR A TURBA? SEUS ALIADOS? por Reinaldo Azevedo, na Rede TV

Luiz Inácio Lula da Silva, presidente da República duas vezes, luta para conquistar o posto pela terceira vez. E o faz à moda lulista, com um pé no radicalismo e outro no acordão com aqueles que tratava até anteontem como inimigos. É claro que conservará alguns na cota do ódio porque, afinal, ao se definirem os adversários, também se estabelece uma identidade. É isso que, até agora ao menos, numa atuação destrambelhada, sem eixo, os tucanos não entenderam. Ainda voltarei a esse ponto.

Nesta quarta, ao discursar para alunos do Instituto Federal, na cidade de Campos de Goytacazes, no Rio, o petista falou algo que, entendo, ficou no meio tom entre a constatação e a ameaça. Penando bem, acho que foi ameaça mesmo. Disse o chefão petista: "Se preparem. 2018 será um ano turbulento". Turbulento por quê? Então é necessário que a gente pergunte quem é que vai compor a turba. Só posso entender que Lula está falando de seus próprios aliados, uma vez que não se notam sinais de confronto em lugar nenhum.

Aqui e ali, um bolsonarista ou outro mais exaltados podem tentar mostrar seus músculos de caricatura de integrantes do Village People, mas parece que isso ainda não caracteriza turbulência. Mesmo quando se dispõem a caçar pedófilos em museus, com aquele crânio inteligente e olhar sempre agudo, ainda assim, creio, não se pode falar em "turbulência".

Desde a redemocratização do país, diga-se, todas os atos públicos que degeneraram em violência foram protagonizados pelas esquerdas, sem exceção. Faltassem outras evidências, há as jornadas em favor do impeachment de Dilma Rousseff. Milhões foram às ruas sem que se registrasse um único incidente, nada. Não se queimou uma lixeira. Não se jogou um coquetel molotov, não se depredou uma agência de banco. E a razão era escandalosamente simples, não? Tratava-se de movimento em favor da ordem democrática, não contra ela.

Desde os atos violentos de junho de 2013, com os quais o PT flertou abertamente na suposição de que estaria cercando a direita, não houve "protesto" ?" e se coloquem aí todas as aspas a indicar o sentido impróprio de uma palavra ?" que não contasse com os black blocs na vanguarda. Com o tempo, os esquerdistas desenvolveram até um método cínico, que acabou sendo comprado pela imprensa como se verdade fosse: no palanque, os líderes anunciavam: "O protesto acaba aqui. Estamos pondo um fim oficial ao ato". Tratava-se, na verdade, de uma espécie de senha. Era o mesmo que dizer: "Vândalos, agora é com vocês".

Eu me lembro do noticiário de TV, da Globo, em particular, que já havia aderido ao politicamente correto de viés fascistooide, a repetir a fórmula: "O protesto seguia pacífico, mas, depois de encerrado, os vândalos?" Daquelas lideranças de esquerda, nunca ninguém arrancou uma palavra contra os mascarados. Eram parceiros. Ocorre que a armação, que era para intimidar governadores considerados "de direita" ?" e lembrem-se de que começaram a patrocinar a violência para valer em São Paulo ?", acabou saindo pela culatra. No começo de junho de 2013, Dilma tinha 57% de ótimo e bom; na última semana, apenas 30%. Era o início da derrocada.

Assim, de saída, digo ao companheiro Lula: não aposte na desordem porque, por óbvio, ela há de cair no seu colo. Para todos os efeitos, 81% rejeitam o governo Temer ?" índice que vai mudar, podem apostar ?", mas a única movimentação que se vê nas ruas é a das pessoas fazendo compras de Natal, que deve ser mais animado neste ano.

Só as esquerdas podem apostar na turbulência. E, ao fazê-lo, o tiro pode, uma vez mais, sair pela culatra

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