Por Herculano Domício - Jornal Cruzeiro do Vale

Por Herculano Domício

08/01/2018

 

ILHOTA EM CHAMAS I

As trapalhadas dos políticos de Gaspar tomaram o espaço quase que integral das últimas colunas. E os políticos de Ilhota saudaram isso como o cansaço, o “acerto” ou falta de assunto do colunista em relação às suas dúvidas e mazelas. Então está na hora de retomar para mostrar aos meus exigentes leitores e eleitoras de Ilhota que, mais uma vez, o poder de plantão falseia e é valente naquilo que sabe e está vulnerável. Caras–de-pau.

O que faz uma cidade sem imprensa livre ou investigativa, e uma oposição estruturada para cumprir com o seu dever e exercício? Os governantes de plantão tomam conta da cidade, enganam seus cidadãos e eleitores. E quando acuado, o poder de plantão, na maioria dos casos, faz “composições” com os oposicionistas e chantagistas de toda a ordem para esconder o que devia ser endireitado. Tudo para continuar nas tetas, na sanha e nas vantagens para si, os seus e familiares contra a cidade, contra a transparência e a moralidade pública.

Ilhota nunca teve imprensa. E o poder de plantão – seja qual for - nem deixaria ela existir. É um perigo e custa caro. Como funcionava a publicidade dos atos até surgir eletronicamente o Diário Oficial dos Municípios, controlado pela Federação Catarinense dos Municípios? O prefeito de plantão “pregava”, quando “pregava”, e na maioria dos casos dizia que fazia isso, mas segundo ele, quando questionado por tais documentos não estarem lá, argumentava que o vento e vândalos tinham arrancado, que os munícipes que “não sabiam ler direito” ou não se interessavam pelo que estava “pregado” lá na porta da prefeitura.

Eram ordens, portarias, decretos e principalmente editais para dar sentido de poder e legalidade. E em Ilhota, quando os fatos poderiam dar margens às dúvidas, fazia-se publicação num jornal bem distante, em letras bem pequenas e em meios anúncios tolos. Nada daquilo circulava em Ilhota, para que dos atos, da publicidade, das dúvidas, dos erros intencionais e da transparência, ninguém tomasse conhecimento. Mas, os recortes dos anúncios distantes estavam todos lá, recortados, para burlar e dar contornos de legalidades aos atos.

Quem mais os políticos de Ilhota combatem atualmente? Esta coluna, o Ministério Público, o Tribunal de Contas e o advogado Aurélio Marcos de Souza. Esta coluna porque desnudou os políticos e encorajou alguns cidadãos e políticos, traídos, ao desmonte dos castelos como veremos abaixo.

Aliás o poder de plantão atualmente em Ilhota (Érico de Oliveira e Ademar Felisky, ambos do PMDB) são até ingratos. Só chegou lá, usando a coluna para se inflar nos discursos, comícios e redes sociais, para instruir o MP e TCE. Agora acham-na um problema? O que mudou? Os políticos; a coluna continua com o mesmo padrão editorial. Então...

A coluna só servia, entendia a então oposição que tramava voltar ao poder (e voltou), só para desnudar os adversários, como o ex-prefeito Daniel Christian Bosi, PSD. Escondida, a dita oposição, “terceirizou” o serviço que era só dela, mas não o fez.

A INGRATIDÃO DOS POLÍTICOS NO PODER

Agora, lambuzada na sobra do trabalho arriscado dos outros e de volta ao poder de plantão, os anões políticos e éticos, perceberam que a coluna não escolhe alvos, mas fatos ilegais, incoerentes e que ferem os cidadãos pagadores de pesados impostos e a moralidade pública, sejam eles feitos e dissimulados por quais agentes forem. Resumindo, a mesma coluna que o “ajudou” a dita oposição contra fatos errados da gestão anterior, que não mudou o foco, é um problema a ser eliminado. É o cachorro correndo atrás do próprio rabo.

O atual poder de plantão de Ilhota é ingrato com o Ministério Público. Por que? Foi a ação decisiva, estruturada, cheia de provas contra a imoralidade pública, que deixou acuado o ex-prefeito, mas deixa mais exposto, em algo mais grave os atuais do poder de plantão. Fantasiaram-se naquela churrascada e foguetório hipócritas na comemoração da prisão do ex-prefeito Daniel Christian Bosi, PSD. Alguns saudaram a saída da titular Chimelly Louise Marcon de Resenes e que fez história na Comarca. Agora, já e cedo, estão arrepiados com a substituta, Andreza Borinelli, tão técnica e obstinada quanto Chimelly.

O poder de plantão de Ilhota é ingrato com o Tribunal de Contas do Estado e também com o advogado Aurélio Marcos de Souza, pelos mesmos motivos já expostos até aqui. Aurélio, profissional de qualidade nesse ramo da administração pública depois de ter sido o procurador geral de Gaspar, serviu inocentemente à dita oposição.

Ela tinha em Érico o candidato dela. Aurélio Marcos como procurador da Câmara de Ilhota – comandada pelo PMDB - fez a parte profissional dele. Instrumentalizou juridicamente as ações contra os erros do poder de plantão liderado pelo então prefeito Daniel, advogado, e que mandou às favas todos os procedimentos administrativos. Ademar, Érico, como siameses, e o entorno desses capos, eleitos, descartaram Aurélio, como se ele fosse um pária. Agora, estão desonrando-o, como se isso diminuiria a sua capacidade cidadão e profissional de apontar o erro e as sacanagens dos políticos contra a sociedade.

Afinal, quem trouxe para Ilhota a parte podre do PMDB de Balneário Camboriú e teve que bater em retirada já nos primeiros dias de governo? Quem trouxe para ilhota a parte podre do PMDB Luiz Alves para empregá-la e dar assessoramento? São os mesmos que em Ilhota não toleram a imprensa curiosa, a coluna, o MP, o TCE e o advogado Marcos Aurélio. O poder de plantão em Ilhota está cada vez mais perto de entrar em colapso jurídico.

Veja o que aconteceu em Luiz Alves recentemente. O MP da Comarca de Navegantes descobriu que o ex—prefeito Viland Bork – hoje secretário de Obras e um dos principais conselheiros do prefeito em Ilhota - deu aumentos seletivos, por portarias, à alguns amigos funcionários públicos efetivos, sem passar pelo crivo da Câmara. O rombo, segundo o MP, pode chegar a R$1 milhão

Quer mais. O mesmo assunto dos loteamentos que levou o ex-prefeito Daniel à cadeia, ronda como fantasma o atual governo. As mesmas empresas de assessorias aos municípios que os fez sonegar contribuições ao INSS, e deixou falida a prefeitura de Penha, também esteve por aqui, por ser muito próxima de Ademar Felisky. Encerrando. Assunto não faltará. E os donos do poder tem razão em se queixar da a imprensa livre, da coluna do MP, o TCE e doutor Aurélio Marcos de Souza. Deveriam, urgente, é mudarem o rumo dessa barca enquanto ainda há tempo. Falta pouco para ir a pique. Não aprenderam com as lições deixadas pela saudosa balsa.

ILHOTA EM CHAMAS II

O artigo acima (Ilhota em Chamas I), pode ser interpretado por alguns como uma fantasia, perseguição deste escriba contra determinados políticos ou siglas, como a busca de fama fácil ou de audiência pelo sensacionalismo, ou a exposição contra irresponsabilidade cidadã dos gestores e agentes públicos e ainda, a pura difamação de quem se diz ungido para “salvar” analfabetos, ignorantes e desinformados que os elegeu, escolheu, sustenta-os com os seus pesados impostos e na outra ponta, não possuem o exercício mínimo do direito à fiscalização, voz e ação de barrar os vícios, dúvidas e resultados desses políticos.

É assim que os envolvidos – direta ou indiretamente - sempre me qualificaram. Sei o que escrevo. Estou acostumado à reação. O couro é grosso de tanto apanhar. E não é de hoje, mas de décadas. E por conta disso me desmentiram, mas o tempo é o senhor da razão e lava-me à lama. Ele, por linhas certas e torta, sempre me restabelece na verdade. Ainda assim inconformados, os que me constrangem e humilham, tentam-me saquear no que possuo, incluindo informações, dignidade e credibilidade. Processam-me para intimidar, calar e me desmoralizar. Nada deu certo até agora. E será sempre assim...

Este assunto a seguir, já abordei aqui há dois meses. Refere-se a uma Ação Civil Pública (08.2017.00362603-7) proposta pelo MP da Comarca Gaspar no final de outubro do ano passado por compra irregular de material de iluminação em Ilhota. Era época do prefeito Ademar Felisky, PMDB (2004/2012). Volto, hoje, apenas com um ponto específico.

É algo público, que pode ser acessado na Justiça por qualquer cidadão. Ele mostra, como os políticos agem e o descontrole é uma marca para facilitar os negócios ou procedimentos proibidos por lei especifica na administração pública. Mostra também como os políticos no poder de plantão coagem seus subordinados, mesmo como servidores efetivos, os quais deviam estar subordinados apenas à lei e não às mazelas do mandatário.

PARA QUE CONTROLAR?

O depoimento da servidora Janete Custódio à autoridade policial de Ilhota, que integrou aquele inquérito e deu lastro fundamental à Ação Civil Pública, é revelador sobre todos os aspectos, mas principalmente no “modus operandi” do político da cidade do interior sem imprensa, sem oposição com os mesmos vícios da situação, sem um observatório de cidadania, sem uma Câmara atuante, plural e transparente... E olha que Janete não é nenhuma adversária do PMDB e do ex-prefeito Ademar. E mesmo assim...Leia e confira você mesmo parte do seu estarrecedor depoimento e conclua, se for capaz.

“[...] que, eu sou servidora pública municipal efetiva tendo sido aprovada em concurso público para o cargo de técnico administrativo; que, há dez anos, exerço a função de responsável pelo controle interno do Poder Público Municipal de Ilhota; que, dentre minhas funções está a fiscalização dos atos internos do Município, conferência de relatórios encaminhados pelos demais órgãos da Administração, confronto de tais relatórios, envio das informações ao Tribunal de Contas do Estado-TCE, e abastecimento do sistema e-Sfinge. [...] Por conta da sonegação de informações pelos diversos setores da Prefeitura Municipal não foi possível a realização de confronto dos atos administrativos e, portanto, prejudicado o próprio controle interno; [...] Registra que o setor de contabilidade e de licitações não prestavam quaisquer informações ao Controle Interno;

[...] Que em todo o período em que o Sr. Ademar Felisky ocupava o cargo de Prefeito Municipal e em que exerço a função junto ao controle interno, em momento algum, me foram apresentados documentos que permitissem o controle de bens e serviços, tais como: aquisição de material permanente e sua destinação, materiais de consumo, materiais de construção; igualmente, jamais tomou ciência acerca do emprego de tais materiais em obras, atividades e serviços públicos; que, também nunca houve efetiva fiscalização com relação a contratos firmados pela Prefeitura, pois os termos de contrato não me eram apresentados e, se requisitados, me eram negados, mediante diferentes justificativas; [...] que estes setores- Contabilidade e Licitações e Contratos-ocupados por Rubens e sua esposa Cris, respectivamente, não prestaram quaisquer informações para o Controle Interno e quando o faziam, era tardiamente, de modo a impossibilitar a fiscalização dos atos; [...] Que, as licitações deflagradas pela Prefeitura eram de responsabilidade exclusiva de Cris e, como não havia a publicação dos atos pela internet, eu nem tinha como acessar os documentos pertinentes a exercer a fiscalização dos atos praticados pelo Poder Público Municipal [...]

Que, em relação aos atos praticados pelo Poder Executivo Municipal, anota que estes não eram publicados em veículos oficiais; que, os atos também, por regra, sequer eram publicados no mural da Prefeitura; que, acredita que, numa proporção de 80% a 90% dos atos administrativos não eram objeto da necessidade de publicidade; que, não eram publicados naquela mural também os editais de licitação; que, inclusive, particularmente, nunca vi nenhum edital de licitação pública divulgado no mural da Prefeitura e desconheço se foram publicados em algum veículo de imprensa, oficial ou não [...]

Eu sei que Silvio Januário adquiriu imóveis às margens do Rio Itajaí-açu, onde haviam edificações simples (casinhas), que depois foram desmanchadas e construídas novas edificações formadas por um único prédio com várias salas; sabe que aquela pessoa, Silvio, matinha um vínculo de amizade muito forte com o então Prefeito Ademar, e comentavam que Silvio era testa de ferro do Ademar e as salas foram alugadas para a Secretaria de Educação; Que sabe ainda que Silvio Januário é proprietário de uma empresa que fornecia material elétrico para o Município de Ilhota; Que, com relação à aquisição de material elétrico, sabe que eram adquiridos em larga quantidade, em curto espaço de tempo e com valores significativos, razão pela qual tais bens deveriam ficar, por algum período em estoque no almoxarifado; porém, tem conhecimento de que o depósito não ocorreu. (Grifou-se)".

SAMAE INUNDADO

Aos leitores e leitoras, peço desculpas pela quebra da palavra afiançada. Já tinha escrito que este assunto estaria, se não encerrado, ao menos interrompido por algum tempo. Foram oito colunas (algumas longas) sobre a suposta traição e a participação decisiva do mais longevo dos vereadores de Gaspar, José Hilário Melato, PP, na eleição de Silvio Cleffi, PSC, para a presidência da Câmara à Franciele Daiane Back, PSDB. A promessa acordada foi do próprio vereador.

Melato o mais longevo, é um jogador experimentado nos jogos e dissimulações políticas. É o “dono” da Câmara sem estar lá. Ele está “emprestado” no jogo de poder, governabilidade e status, como “presidente” do Samae, uma autarquia, até então modelo na cidade.

Na Câmara, se não fez com “intenção”, Melato foi pela matreirice ao não assinar uma ata de uma reunião que sacramentava no dia sete de dezembro à eleição de Franciele e o destino dos outros anos, o verdadeiro causador, ou “usado no ensaio”, da surpresa e impasse na eleição da mesa diretora. Franciele também colaborou, como já expliquei.

No Samae de Gaspar, desde o primeiro dia em que assumiu a autarquia, o que se auto-intitulou executivo - função que nunca exerceu anteriormente nos cargos de assessoramento da área fiscal -, só acumula problemas para o prefeito Kleber Edson Wan Dall, PMDB, e para o vice Luiz Carlos Spengler Filho, PP, cujo saudoso pai, também ex-vereador e ex-vice-prefeito, foi presidente do Samae na gestão de Adilson Luiz Schmitt, PMDB. Cuca foi exemplar, apesar de não ser um executivo, nem ter conhecimentos técnicos específicos, formação acadêmica para a gestão, administração, jurídica, contábil e fiscal. Mas lhe sobrava, relacionamento e a arte de compor com os antagônicos e os de melhor instrução.

Não são poucos os relatos de erros técnicos primários, motins internos, falta de água e água contaminada nos bairros (como na foto) e casas dos gasparenses. Toda semana há relatos aqui neste espaço de gasparenses sobre os mesmos temas.

Impressionante como isso assumiu uma proporção de uma hora para outra. Nunca havia sido visto antes em gestões anteriores.

GESTÃO MANCA

Diante dessa mudança brutal de uma hora para a outra, estão claras cinco coisas. Primeiro, o poder de plantão com Kleber, Luiz Carlos e Carlos Roberto Pereira, não quer enxergar; segundo, o poder de plantão está de mãos atadas para se criar uma solução não ao seu governo, mas aos gasparenses; terceiro: é um boicote interno no Samae ao novo titular e seu modo de presidir, gerenciar e liderar pessoas e processos; quarto: é resultado do erro que Melato estabeleceu ao escolher uma equipe de comissionados e cargos de confiança sem conhecimento técnico, sem resolutividade e sem comprometimento. Ele preferiu os próximos e políticos aos efetivamente com conhecimento e liderança. E finalmente, a conclusão óbvia em quinto lugar: por medo e motivos conhecidos, este assunto não consegue ser debatido nos outros veículos, principalmente, as rádios. Assim ele vem dar nas redes sociais e parar aqui com mais assiduidade.

O final de ano no Samae não foi fácil para ninguém. Quem queria ficar na escala de plantão, por vingança foi impedido. Quem não queria estar lá, foi escalado e não veio, faltou. Até o relógio ponto foi danificado para não identificar os faltosos. Por fim, faltou água em alguns pontos, por conta de erros técnicos absurdos. Todos motivados pela bateção de cabeças e falta de liderança na área técnica. E sob o patrocínio do presidente da autarquia. Poderia ser pior, se houvesse mais calor e a demanda de água fosse ainda maior do que foi.

Não vou repetir e esticar os comentários. Vou ao que apareceu no último dia do ano de 2017 e na primeira semana deste ano na área de comentários da coluna, a mais lida, a mais acessada, a mais acreditada, a que dá voz aos leitores e leitoras, no portal mais antigo e acessado de Gaspar e Ilhota, o Cruzeiro do Vale.

Primeiro registro

“Dia 31 de Dezembro, o Distrito do Belchior ficou sem água. Motivo? Dia 30, à noite não tinha operador na ETA - Estação de Tratamento de Água, do Bela Vista. Aí, segundo relatos dos que estão no Samae, foi deslocado o operador do Belchior para o Bela Vista. Antes, ele desligou a ETA do Belchior às 17 horas do dia 30 religando somente as 7:30 do dia 31.

O que aconteceu? Secou reservatório. Consequência? Quando a água voltou, veio suja e o "berreiro" foi grande.

Ontem, dia dois, foi o dia da Rua Luiz Franzoi, na Margem Esquerda e toda suas transversais nos pontos mais altos ficarem sem água. Motivo? Problemas no booster (uma bomba de pressão na rede) da Margem Esquerda. Pior arrumaram à meia-boca, no sistema implantado pelo Gaspar Eficiente (seria, deficiente?). E por que? Porque não há bomba reserva, com o improviso ela não funciona no automático, não reconhece a pressão e trava. E aí quem não recebe a água são os clientes do Samae, são cobrados mesmo sem a água em casa” (Meu comentário em 03.01.2018).

Segundo Registro

"Quero aqui agradecer ao governo de Kleber Edson Wan dall e ao diretor do SAMAE, Hilário Melato pela incompetência por me deixar por 48hs (até agora) sem água. Apesar de pagar as contas de água em dia, o retorno ou talvez o presente que recebo deste governo infame em 2018 é este.

Devem estar na praia se esbaldando feito galinhas no milho sem se preocupar com o que acontece nesse circo que armaram e cujo espetáculo não lhes interessa. Incompetentes, irresponsáveis a vender ideias de vento e surrupiar o povo” (Roberto Sombrio, no dia 4.1.2018).

Terceiro Registro

“O caso do Samae já não sei se é incompetência ou é coisa de moleque. Só moleque pouco se importa com a desgraça dos outros. O pior nesses casos que se tornaram corriqueiros é a atitude dos funcionários do Samae que de uma hora para a outra não entendem mais sobre como concertar ou ajustar uma bomba. Hoje na parte da manhã até as 11hs tinha água, agora a rede está seca. Quero ver quanto tempo vai levar até que alguém tire a bunda da cadeira para verificar porque a bomba não está funcionando.

O prefeito Kleber e o diretor Melato com certeza não estão nem aí, pois já tem seus empregos que garantem surrupiar o povo e se precisarem de mais grana é só baixar um decreto ou aumentar impostos como fizeram com a Cosip. Neste país não há lei que dê um basta nesse lixo” (Roberto Sombrio, 05.01.2018).

Quarto Registro

“Quem diria que sentiríamos Saudades de Élcio[Carlos de Oliveira, ex-presidente, indicado pelo PT]. Sempre chegava cedo e saia tarde, cumprimentava a todos e não mandava recados. Recebia a todos os funcionários em seu gabinete e nunca deixou faltar água por mais de 8 horas, exceto um dia em que funcionário colega nosso e seu opositor fechou de propósito um registro na Pedro Simon onde poderia e sabia que era só ter amarrado com arame ou estrangulador.

 Hoje o macaco veio, izicutivu, não cumprimenta ninguém. E pra falar com ele só com hora marcada. Tem os incompetentes ao seu lado, fez lei para beneficiar o sobrinho e deixa faltar água em todos os cantos. Mente dizendo ser seu projeto do reservatório da ETA 1 e não fala que foi o diretor anterior que licitou o projeto e deixou 3 milhões em caixa. Não fala que diretor anterior enterrou mais de 20km de rede nova, substituída ou ampliada. Aqui, no Samae a coisa tá feia, falta comando e competência e sobra arrogância.

Estava esquecendo: a reforma da ETA 2 do Bela Vista também foi licitada pelo também incompetente diretor, mas verdade seja dita. Melato seus dias estão contados” (Comentário de um leitor em 05.1.2018).

 Quinto Registro

“O Calinho Bornhausen tá três dias sem água e foi ele que indicou o ‘deretor’ Melato pro Samae. Até o padrinho está tomando na cabeça (Comentário de um leitor em 05.01.2018).

Sexto Registro

“É ou não é coisa de moleque. O dia inteiro sem água e apesar de ligar para o Samae avisando que a bomba está desligada, ninguém resolve. Se querem detonar com o diretor Hilario Melato que tomem outra atitude e não as custas do consumidor. Quando Gaspar terá uma gestão séria? E o prefeito é evangélico, pelo menos é o que dizem. Deve ser Santo do Pau Oco. (Roberto Sombrio 06.01.2017).

Sétimo Registro

“Senhor Roberto Sombrio, com certeza, tem razão de reclamar que está sem água, mas uma coisa eu te digo: ninguém quer ferrar com o tal diretor, porque ele se ferra sozinho. Nós encanadores temos a responsabilidade, sim, de cuidar da captação e toda rede de distribuição e ramais de água, mas fomos proibidos de chegar perto das bombas, pois existem pessoas muito responsáveis na área. Só pro sr. ter a informação: eu tive que abrir a bomba do Samae na Rua Douglas Alexandre com a picareta. Isso mesmo. Estava de plantão, liguei pro Samae e ninguém tinha a chave. Abri com uma picareta pois ela estava pegando fogo. O chefe e os responsáveis nem sequer apareceram. Então eu lhe afirmo que eles cavam sua própria cova e nós não temos culpa de nada”, (Marcelo Poffo, funcionário da área de manutenção de redes do Samae de Gaspar, no dia 06.01.2017).

Volto. Sabe quem vai ser punido por tomar a iniciativa para minorar o problema e relatar o que realmente acontece lá no Samae de José Hilário Melato aos gasparenses? Marcelo Poffo. Por que? Porque foi o único funcionário, e da área operacional, o que sofre, o que ouve a ponta, os clientes sem água, capaz de dar satisfação a um cliente indignado do Samae.

A punição será política, “exemplar” e autoritária. Marcelo apenas, em poucas linhas, mostrou a esbórnia que se tornou o Samae de Gaspar nas mãos de Kleber, Luiz Carlos, Carlos Roberto Pereira, Melato e outros. O Samae está loteado por interesses políticos partidários do poder de plantão.

Esteve em outros. Mas, neste a incompetência e arrogância transbordam. O interesse do consumidor, do pagador, mesmo na falta de água, produto essencial, não está em questão. Vergonha.

Oitavo Registro

“Marcelo Poffo. Meu desabafo acabou atingindo você e outros que estão sem folga atendendo a comunidade, mas chega um momento que tudo perde o limite. Verificar toda manhã quanto de água tem na caixa para saber se é possível lavar roupas, louça ou limpar qualquer área. Não se engane, no entanto, achando que o diretor do Samae vai se ferrar sozinho. Esses caras não se ferram nunca, estão no topo do jogo sujo e rodeados de moleques que os acobertam e tramam a cada minuto qual o próximo passo para ter mais poder.

Quem se ferra são sempre você e eu. Gaspar, assim como outros lugares na política estão rodeados de capangas interesseiros que apoiam pessoas escolhidas a dedo para cargos chave. Não se iluda. São pessoas que não respeitam a si próprios, como esperar que respeitem o próximo?

Gaspar está afundando, o Brasil está afundando e a cada dia tratam de fazer o que é necessário ao país e ao município sempre com menos e mal-acabado ou definido e só trabalham para arrancam mais um pedaço” (Roberto Sombrio, na noite do dia 6.01.2017).

Encerro. É preciso escrever ou desenhar mais alguma coisa para entender o que se passa na atual administração do Samae? O que acontece com o Samae, acontece em tão ou mais grave proporção na Saúde (postinhos, policlínica, farmácia básica, hospital que ninguém sabe de quem é mas tem intervenção da prefeitura e é um sumidouro de recursos públicos, na Educação (falta de mais de mil vagas creches), Assistência Social, Ditran... Acorda, Gaspar!

 

Comentários

Herculano
11/01/2018 18:43
Só PARA AVISAR: A COLUNA OLHANDO A MARÉ INÉDITA DESTA SEXTA-FEIRA E FEITA ESPECIALMENTE PARA A EDIÇÃO IMPRESSA DO JORNAL CRUZEIRO DO VALE, JÁ ESTÁ PRONTA, EDITADA E FOI PARA O PARQUE GRÁFICO
Paty Farias
11/01/2018 18:05
Oi, Herculano

Comentário de um anônimo no Blog do Políbio:

"Para melhor organizar a viagem em apoio ao comandante Lula, dia 24 em Porto Alegre, a ordem de embarque e saída dos ônibus será a seguinte:

Dia 23/01 - saída as 11:00
Embarcam os companheiros com tornozeleiras finais 1,2 e 3;

Dia 23/01 - saída as 14:00
Embarcam os companheiros com tornozeleiras finais 4, 5 e 6;

Dia 23/01 - saída as 16:00
Embarcam os companheiros com tornozeleiras finais 7,8,9 e 0.

Diretório Regional do Partido dos Trabalhadores"

É bom mesmo a polícia fazer uma varredura, deve ter muito fugitivo infiltrado nos acampamentos.
PT e bandidos, tudo a ver.
Erva Daninha
11/01/2018 17:56
Oi, Herculano

Lendo os comentários no O Antagonista alguém falou bem do LuLLadrão, ao que um outro respondeu;
"Só pode ter saído da cabeça do bonecão de Olinda".

Será que a fama da Marilucí chegou em Sampa?
Sujiru Fuji
11/01/2018 13:08
O Bolsonaro sendo comparado com a estirpe da ralé da bruxa Erundina?

Antagonista, falar bobagem faz mal à saúde.
Erva Doce
11/01/2018 13:03
Oi, Herculano

"Se Jair Bolsonaro não puder participar de debates na televisão durante a campanha, já poderá contar com 5 milhões de seguidores em sua página no Facebook." O Antagonista

5 milhões e um, porque não tenho facebook e estou com o Mito!!
Herculano
11/01/2018 12:48
COM PSL, BOLSONARO NÃO GARANTE PARTICIPAÇÃO EM DEBATES

Conteúdo de O Antagonista.Ao escolher o diminuto PSL para lançar sua candidatura à Presidência, Jair Bolsonaro reduziu suas chances de participar dos debates de TV nas eleições de 2018.

É que o artigo 46 da nova Lei Eleitoral só assegura a participação de candidatos dos partidos que tenham representação mínima de cinco deputados federais na Câmara.

A regra se aplica ao número de parlamentares que o partido tinha até 30 de setembro de 2017 ?" apenas dois no caso do PSL e três no caso do Patriotas/PEN.



A decisão de convidar o candidato que não se enquadra na lei é da emissora de TV, mas Bolsonaro corre o risco de repetir Erundina, na campanha de 2016.

Ainda valia a regra antiga de, no mínimo, nove parlamentares. Como o PSOL só tinha cinco, as TVs não eram obrigadas a chamá-la.

A deputada e ex-prefeita de São Paulo acabou de fora de vários debates. Ela chegou a protestar na porta da Bandeirantes.
Anônimo disse:
11/01/2018 12:36
"FUNDADOR DA REDE DE LOJAS HAVAN SE LANÇA NA POLÍTICA EM SANTA CATARINA"

Herculano, só o fato dele não ser petista é um caso a ser olhado com mais atenção.
Só teremos paz depois que for enforcado o último comunista com as tripas do último petista, conforme já dizia a Revolução Francesa.
Sidnei Luis Reinert
11/01/2018 12:20
Juízes querem Lula condenado, inelegível e solto


Edição do Alerta Total ?" www.alertatotal.net
Por Jorge Serrão - serrao@alertatotal.net

A maior e melhor novidade da eleição presidencial de 2018: Luiz Inácio Lula da Silva não será candidato. Ficará impedido pelas condenações e confirmações de condenações a ele impostas em casos de corrupção. A decisão já foi tomada em um fórum informal de magistrados. Unidos, eles decidiram pela condenação. Também resolveram que, ao menos por enquanto, nada de prisão ?" para que Lula não acabe posando de falsa vítima.

Em encontros informais, magistrados fecharam posições sobre o caso Lula. Eles entenderam que existem razoes para condenar e prender, sim, o líder petista. No entanto, a maioria deles não quer conflitos, baderna, perda do controle institucional. Os juízes não querem dar motivos parra vagabundos, que não têm nada a perder, tentarem botar fogo no Pais. Eles avaliam que uma eventual prisão de Lula traria melhores conseqüências para o clima de insegurança no eixo RJ-SP. O temor valeria para os demais estados.

Essa corrente que optou por vetar a candidatura de Lula, sem prisão de imediato, venceu e optou pelo desgaste da imagem do personagem, que é o que vem sendo feito. Processos, inquéritos, depoimentos fazem parte do jogo estratégico. Portanto, o grand-finale do dia 24 de janeiro será o prego no caixão da não candidatura, o que vai deixar a petelândia, literalmente, pt da vida. Prisão? Só depois de ter sido condenado nos vários processosa que responde. Aí sim, na avaliação dos magistrados, a maioria do "povo" reconhecerá que a situação dele não tem jeito mesmo.

Derrotados saíram os magistrados que queriam a prisão de Lula, mesmo sob risco de uma convulsão social, o que poderia justificar uma Intervenção Institucional liderada por membros também insatisfeitos das Forças Armadas. Lula perderá o "direito" (que não tem) a ser candidato novamente. Em troca, ao menos no primeiro momento, não vai para a cadeia pelos crimes que o Ministério Público Federal lhe imputa. Alguns grandes empresários ?" com alguns bilhões em patrimônio ?" participaram desses encontros com juízes.

Todos que fecharam tal acordo fizeram um outro pacto: não revelar que tais reuniões ocorreram, e nem insinuar, mesmo em caráter reservado, o nome de quem participou delas. Aliás, qualquer menção ao evento, deve receber aquele velho carimbo de "teoria da conspiração". Aos petistas, só resta chorar sobre a corrupção deslavada. O Projeto de Poder do PT foi para o inferno. Lula será justiçado politicamente. É o preço que pagará por ter desafiado o sistema ?" que ajudou, muito, a aparelhar, mas agora prova do próprio veneno que o nazismo petralha produziu.

Enfim, o feitiço de Lula se voltou contra ele mesmo. O companheiro $talinácio é o nosso malévolo às avessas. Suicidou-se politicamente, porém prefere seguir posando de cadáver politicamente insepulto, como se fosse um coitadinho perseguido. Lula só é vítima se for vítima dele mesmo. Agora, se Lula insistir em radicalizar, seu prejuízo tende a ficar ainda mais alto e mais caro.

Por enquanto, a ordem na Petelândia é pela "resistência e mobilização". No dia 17, às vésperas do julgamento do recurso no TRF-4, Lula participará de uma conferência sobre seu caso. Os advogados Cristiano Zanin, Valeska Teixeira e Geoffrey Robertson ?" que representa o petista na ONU ?" participarão de um ato em São Paulo.

Até que ponto Lula ainda pretende radicalizar contra o Judiciário e o Ministério Público Federal? Só ele e seus advogados estelares sabem...

Geraldo Temerário

Michel Temer confirmou ontem que irá ao Foro de Davos, entre os dias 22 e 25 de janeiro, para o tradicional beija-mão aos controladores do globalitarismo.

O Presidente acha conveniente estar fora do País no dia 24, data em que está marcado o julgamento do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva pelo Tribunal Regional Federal da 4.ª Região (TRF-4).

Michel Temer dá uma linda entrevista ao Estadão, na qual indica que seu presidenciável predileto é o tucano Geraldo Alckmin, pois prefere que Henrique Meirelles continue reinando no Ministério da Fazenda e que Rodrigo Maia se reeleja Presidente da Câmara dos Deputados...
Herculano
11/01/2018 09:47
DESISTA DA REFORMA, TEMER

Conteúdo de O Antagonista. Um dos principais conselheiros de Geraldo Alckmin, Roberto Giannetti da Fonseca, quer que Michel Temer desista da reforma previdenciária.

Ele disse ao Valor:

"Seria preferível, a esta altura, deixar que o novo governo instalado em 2019, com o cacife eleitoral restabelecido, propusesse logo de cara essa reforma essencial, de forma a eliminar todos privilégios insustentáveis, corrigir a questão etária para a realidade demográfica brasileira atual e futura, além de proporcionar uma fase de transição das reformas que permita sua aceitação pela maioria da população e do novo Congresso."

E mais:

"Já houve tantas concessões para aprovar essa reforma que outra mudança das regras de aposentadorias será necessária de qualquer forma. O risco, com uma aprovação agora, é de os meios políticos darem uma relaxada. Essa reforma se faz com o capital político de um mandato novo, nos seis primeiros meses, quando o poder de mobilização do presidente é maior. Ou reformamos a Previdência já em 2019, para uma base atuarial sustentável a longo prazo, ou estaremos incorrendo em imperdoável equívoco fiscal que custará muito caro no futuro próximo, com a provável falência da Previdência e do Tesouro Nacional."

Ele está certo, é claro.
Herculano
11/01/2018 09:31
BOLSONARO DIZ QUE Só ABANDONA CANDIDATURA SE FOR MORTO OU TIRADO NA "COVARDIA"

Conteúdo do jornal Folha de S. Paulo. Texto de Ranier Bragon e Camila Mattoso, da sucursal de Brasília.

Afirmando que só abandona a sua candidatura à Presidência da República se for morto ou tirado "na covardia", Jair Bolsonaro (PSC-RJ) publicou em suas redes sociais a primeira manifestação de viva voz sobre reportagens da Folha que relataram o patrimônio dele e dos filhos parlamentares, além do recebimento de auxílio-moradia mesmo tendo apartamento próprio em Brasília.

"Só em duas situações eu posso não estar neste ano no debate presidencial: se me tirarem na covardia por um processo qualquer, na covardia, (...) ou se me matarem. Não to preocupado com isso. Se me matarem vão ter que me enterrar, vão arranjar outro Celso Daniel [prefeito petista, assassinado em 2002]."

Em um vídeo de 11min39s postado no final da noite desta quarta-feira (10), Bolsonaro afirmou estar propenso a vender seu apartamento na capital federal e passar a ocupar um imóvel funcional da Câmara e acusou a Folha de ser um jornal "canalha".

"O que está em jogo? É o poder, é quem vai sentar-se naquela cadeira presidencial. (...) Sou uma pessoa completamente fora do establishment, sou o diferente, sou aquele intruso no poder", afirma, citando que PSDB e PT tem um leque de apoio parlamentar e no Executivo muito maior do que o dele. "O que acontece? Aponta a bateria pra cima de mim. No caso, a Folha de S.Paulo, tentando me desestabilizar e me colocar no mesmo nível dos candidatos deles, que eles apoiam, do PSDB. Eles preferem até um petista na Presidência do que eu."

Em reportagens publicadas nos últimos dias, a Folha mostrou que Jair Bolsonaro e seus três filhos parlamentares multiplicaram o patrimônio na política, tendo hoje 13 imóveis em pontos valorizados do Rio e de Brasília, com preço de mercado de pelo nenos R$ 15 milhões. Relatou também que o presidenciável e seu filho Eduardo, deputado federal como o pai, recebem mensalmente R$ 6.167 de auxílio-moradia da Câmara mesmo tendo apartamento próprio em Brasília.

"Por exemplo, pegaram meu patrimônio [e disseram]: '?"óóó´, ele tem um apartamento em Brasília e recebe auxílio-moradia'. Tenho sim, apartamento de aproximadamente 60 metros quadrados [na verdade, 69 metros quadrados]. Que que eu posso fazer? Vender o apartamento, comprar aqui no Rio de Janeiro um outro imóvel e ir morar num apartamento mansão da Câmara, de 200 metros quadrados, alguns com hidromassagem, com tudo, com segurança, que eu não vou pagar. Não vou pagar IPTU, não vou pagar condomínio", afirmou o deputado.

"Estão implicando em R$ 3.500, R$ 3.600 que eu recebo a título de auxílio-moradia, como se eu fosse um bandido. Eu estou propenso a fazer isso, de acordo com os comentários que eu vejo aqui no Face, vender o apartamento em Brasilia e comprar um aqui [no Rio]."

A Câmara destina apartamentos funcionais aos parlamentares, mas como não há imóveis para todos os 513, ela paga auxílio-moradia no valor mensal de R$ 4.253. De duas formas, por reembolso para quem apresenta recibo de aluguel ou em espécie, sem necessidade de apresentação de qualquer recibo, mas com desconto de 27,5% relativo a Imposto de Renda. Jair e Eduardo Bolsonaro utilizam essa segunda opção, o que rende mensalmente, para cada um, R$ 3.083.

O auxílio-moradia pode ser recusado pelos congressistas. Em novembro, por exemplo, 27 dos atuais 513 parlamentares abriram mão da verba.

No vídeo, Bolsonaro não faz menção a essa hipótese, porém. "Alguns falam que o apartamento do Sudoeste [na região central de Brasília] é área nobre. Comprei esse apartamento em 1994, naquele tempo não era área nobre. Como na Barra da Tijuca. No caso, há 40 anos atrás Barra da Tijuca não tinha o valor que tem hoje. Aí a Folha pega o patrimônio meu, junta com os dos filhos... Eu sou eu, o meu filho responde pelos atos deles, assim como meu irmão responde pelos atos dele."

Diferentemente do que diz, Bolsonaro adquiriu suas duas casas em um condomínio fechado da Barra da Tijuca nos últimos 9 anos, não há 40 anos. Ele também atua política e legislativamente em conjunto com seus três filhos parlamentares, um deputado federal, um estadual e um vereador.

O deputado confirma que o valor atual de seu patrimônio e dos filhos parlamentares é o que foi publicado pela Folha ?""Pegue o patrimônio dos três [quatro, na verdade], se for atualizar o nosso patrimônio, deve ser aproximadamente isso que eles botaram lá, R$ 13 milhões [ao menos R$ 15 milhões]"?", afirma defender mudanças na legislação para que os valores de imóveis possam ser atualizados no Imposto de Renda, mas critica o jornal em tom mais contundente em relação à reportagem que relata seu recebimento de auxílio-moradia.

"A Folha pega e multiplica os anos todos que estamos em Brasília, soma com meu filho e dá um milhão: 'Ganhou um milhão de auxílio-moradia'. Ao longo de quantos anos? Eu não sei, de 20 anos? É um crime, é um jornal canalha, a Folha de S.Paulo é um jornal canalha!"

No vídeo, em que Bolsonaro está de bermuda e veste camisa da seleção de futebol do Japão, o deputado diz que não responderá as 32 perguntas enviadas pela Folha na semana passada, antes da publicação da reportagem. Mas chama por três vezes os repórteres a inquiri-lo pessoalmente, possibilidade que não havia sido oferecida por ele até agora.

"Eu não vou responder [as perguntas enviadas pela reportagem]. Folha de S.Paulo, venha aqui, senta aqui, senta aqui [bate com a mão na mesa], traga aqui seus homens, seus contadores, seus advogados, seus jornalistas e vamos conversar. E eu vou gravar. As duas últimas vezes que fizeram isso comigo, e não fizeram mais, se deram mal", afirma o presidenciável, completando: "Me chamar de corrupto, aí complica. Dá a entender que eu sou corrupto como uma parte são os parlamentares, aí complica, aí fica difícil. Isso não é jornalismo, isso é um trabalho porco da mídia."

A Folha procurou novamente a assessoria de Bolsonaro no começo da manhã desta quinta-feira (11) solicitando a marcação de local e hora para a entrevista.

No vídeo, Bolsonaro diz ainda ser o único que não irá "compor" para obter governabilidade ?""Governabilidade pra eles é ratear o poder público, ministérios, estatais"?" e defende medidas radicais para resolver alguns dos problemas do Brasil.

"A gente vai resolver as questões do Brasil e ponto final. E certas coisas tem que ser com radicalismo. Como você vai combater a violência, soltando pombinhas? Dizendo que são excluídos da sociedade.? 'Ah, vamos investir em educação'. Sim, tem que investir em educação, mas o reflexo vai ser daqui a 30 anos no tocante à violência. Nós temos como resolver os problemas do Brasil, sem salvador da pátria, mas com salvadores, que será a grande maioria da população brasileira, que pensa como eu."
Herculano
11/01/2018 08:53
VAMOS AOS FATOS: LUCIANO Só FALOU COMO CANDIDATO NO FAUSTÃO PORQUE OS DONOS DA GLOBO PERMITIRAM. O RESTO É PAPO-FURADO, por Reinaldo Azevedo, na Rede TV.

De vez em quando, cismo que sou eu a ter de dizer algumas coisas. Começo com uma questão de princípio: nunca sou judicioso ou opiniático sobre intenções, apenas sobre fatos. A razão é simples: para os crentes, o fundo das consciências a Deus pertence; para os que não se fiam nessas coisas, resta constatar que o dito-cujo se extingue com o vivente. Ou vai com ele, integrando o não-ser universal, "arcano impossível de ler", como já disse o poeta. Só os fatos me interessam ?" ainda, ou sobretudo, os por virem.

O Luciano Huck que apareceu no "Domingão do Faustão" é candidato à Presidência da República. Sim, Luciano ainda é candidato ?" por mais insana que eu considero, E CONSIDERO, a postulação. Fausto Silva serviu de cabo eleitoral, e quem sabe como são feitas as salsichas na Globo, sejamos óbvios, sabe também que o programa não teria ido ao ar sem a anuência já nem se diga da cúpula - como se sabe, cúpula sempre pode ser demitida. Não! O programa foi ao ar com a anuência dos donos.

Tinha jeito de campanha eleitoral.

Tinha sotaque de campanha eleitoral.

Tinha conteúdo de campanha eleitoral.

Era, em suma, campanha eleitoral.

E a negativa oficial da emissora e a determinação de que ninguém permanece nos quadros da empresa com essa agenda e coisa e tal?? Bem, esperavam o quê? Só faltava que se admitisse ali um projeto, não é mesmo? Já imaginaram: "A TV Globo admite que vê com simpatia a candidatura de Luciano Huck. Assim, a emissora reconhece o seu direito de usar o seu principal programa de entretenimento e seu apresentador mais estrelado, e caro, para dar suporte a tal postulação".

Bem, sendo isso impossível, convenham, a negativa da emissora foi uma desnecessidade, beirando o ridículo. Por que afirmo isso?

Ora, a Globo teria um jeito bem mais convincente ?" e, ouso dizer, honesto ?" de deixar claro que Luciano não é seu candidato: impedindo manifestações daquela natureza. Afinal de contas, não se tratava de um programa jornalístico, não é mesmo? Estamos falando da área de entretenimento, que vem assumindo na emissora, note-se, cada vez mais, um sotaque politicamente correto, engajado, "cidadão". Nesses casos, é preciso tomar cuidado para que o jornalismo, então, não se confunda com entretenimento?

Convenham: não é um imperativo do mundo da informação a gente saber que Angélica reprova esse negócio de os brasileiros ficarem se dividindo em partidos. Coisa feia! Da mesma sorte, o público do "Domingão do Faustão" não teria tido violado o seu direito à informação se não ficasse sabendo que Luciano acha que devemos construir pontes, não muros? O Reino da Metáfora talvez estivesse melhor sem o clichê.

Para encerrar o capítulo das intenções: "o programa foi gravado faz tempo!", dizem alguns. É mesmo? Então houve o devido tempo para, inclusive, não levar o quadro ao ar.

A Globo tomou uma decisão política. Isso é apenas fato. Não me interessam as intenções.

Plano B do tucanato insensato
Luciano, de resto, é um projeto com mais conexões do que se parece. Só se surpreenderam, por exemplo, com o flerte de FHC com a candidatura do apresentador os desinformados. Os leitores deste blog e os ouvintes do programa "O É da Coisa", da Band News FM, sabem da coisa desde 27 de novembro, não é? Nessa data, publiquei um post intitulado "Huck era o Plano B do alto tucanato; em linguagem épica, um 'cavalo de Troia': Soletrando 3". Luciano havia, então, anunciado que não seria candidato de jeito nenhum. Escrevi o seguinte:
"Há quem não aposte, e não estou fazendo juízo de valor, mas apenas um registro, que a candidatura de Geraldo Alckmin possa empolgar o suficiente. Luciano, que não é um desses populistas vulgares que os meios de comunicação fabricam às vezes, era uma espécie de "hedge", de proteção, de segurança, para a hipótese de isso acontecer. Vínculos familiares e outras afinidades eletivas o aproximam da elite empírea do tucanato, que não via a candidatura com maus olhos. Muito pelo contrário."

E isso não mudou. É claro que se trata de desespero político, de insanidade em altíssimo grau. Tudo o que os setores mais radicalizados à esquerda e à direita querem é um candidato que tenha a marca da "Globo". Já expus meu ponto de vista e reitero: é o caminho mais curto para a esquerda voltar ao poder. As rejeições à emissora que se articulam à direita e à esquerda se somariam, fiquem certos.

Nota à margem: o raciocínio de que o caminho se abre para Luciano se Lula não estiver na disputa é coisa de asnos. Ao contrário: sem o chefão petista e com o apresentador no páreo, a "verdade" que se consolidaria seria outra: "A Globo ajudou a tirar o petista para tentar eleger o seu presidente". Se Lula escolhesse um poste, elegeria um poste.

E ninguém venha me dizer que ele não seria capaz disso, não é mesmo, Dilma?

Já disse ao apresentador o que eu tinha de dizer na minha coluna na Folha de 27 de novembro, intitulada "Luciano ajuda longe da urna; não pode ser nome palatável do medo de pobre". Lá se lê:
"A fragmentação no terreno do antipetismo seria de tal ordem que um engenheiro celestial ?"ou infernal?" de esquerda não conseguiria pensar em nada melhor para seus propósitos. E é nesse ponto que chego ao "é da coisa". Luciano, o Tiririca dos descolados, teria grande chance de disputar o segundo turno com o candidato de Lula.
Seria o nome mais derrotável.
Isso vai contra o senso comum? Paguem para ver. Não teríamos, reitero, uma eleição, mas um plebiscito. Luciano, que me parece ser uma boa pessoa e um empresário capaz, seria massacrado pela pergunta: "Você aceita ser governado pela Globo?" O "não" venceria com folga, ainda que a questão não fosse exatamente verdadeira."

Num dado momento da conversa de Fausto com Luciano, ouvimos algo mais ou menos assim: o Brasil precisa mudar, abandonar certas práticas que provocam a repulsa da maioria do povo brasileiro?

Concordo com eles.
Herculano
11/01/2018 08:43
da série: a notícia e a história é velha, mas por aqui, só babação. Esta é a reportagem que está hoje no jornal Folha de S. Paulo.

FUNDADOR DA REDE DE LOJAS HAVAN SE LANÇA NA POLÍTICA EM SANTA CATARINA

Texto de Joana Cunha.O mais novo expoente da classe de gestores privados que resolveram se lançar à política no Brasil é Luciano Hang, fundador da Havan, rede varejista notabilizada pela decoração das fachadas de suas lojas, em que replica a Casa Branca e instala uma Estátua da Liberdade com dezenas de metros de altura.

No último diz 5, o empresário preparou um evento, chamando a mídia local, para anunciar sua entrada na política. Sem sinalizar o cargo almejado e o partido em que ingressará, ele conta que se desfiliou do MDB, ficando livre para fazer escolhas.

"Quero participar ativamente [da política] sendo ou não candidato. Ontem, a minha desfiliação do PMDB mostra que eu estou livre para escolher o partido e um cargo", discursou o empresário, com entoação semelhante à de políticos experientes.

"As pessoas dizem: 'Ah, mas o fulano é muito radical'. Tem certas coisas em que, hoje, no país, precisa ser radical. O Brasil tem certas coisas em que tem que bater com o pau em cima da mesa", completou Hang, vestindo uma camiseta estampada com a frase "o Brasil precisa de nós".

Não demorou para que brotasse na internet a informação de que, após se colocar à disposição da política, Hang teria sido convidado por Jair Bolsonaro (PSC-RJ) para ser vice da candidatura do deputado à Presidência.

Procurada, a Havan não confirma se o convite de fato aconteceu nem se teria sido aceito. Quem deve ocupar a vaga de vice na candidatura de Bolsonaro é o senador Magno Malta (PR-ES), segundo aliados do deputado.

O dono da Havan, por sua vez, não chegou a revelar suas preferências, mas disse rejeitar candidatos populistas "que só falam aquilo que o povo que escutar", ou que não queiram fazer reformas.

QUEM É?

Se vier a ser candidato, Hang terá de combater o desconhecimento do público, fruto da sua preferência pela discrição nos 30 anos de história da empresa que ele fundou em Brusque (SC) e expandiu por 15 Estados chegando a 107 lojas atualmente.

Aos 55, Hang intensificou suas aparições públicas há pouco mais de um ano, quando percebeu, com base em uma pesquisa entre os consumidores da rede, que sua identidade não estava clara na cabeça do consumidor.

Ele resolveu assumir a mensagem em uma campanha publicitária da rede para contestar as versões recorrentes entre consumidores de que a Havan pertencia a filhos dos ex-presidentes Lula e Dilma Rousseff ou a sócios americanos, chineses ou coreanos.

A rede tem mais de 12 mil trabalhadores e obteve um faturamento superior a R$ 4 bilhões em 2017.

As fachadas exóticas com os ícones americanos vêm de uma paixão do empresário pelos Estados Unidos e foi criada para representar a "liberdade que a rede oferece ao consumidor" diante de um portfólio de produtos muito vasto, segundo a empresa.

Nos anos 1990, a Havan começou a consolidar o perfil de megalojas pelo qual hoje é conhecida: ampliou a oferta de tecidos e importados de baixo valor, passando a vender eletrônicos, brinquedos, ferramentas, utensílios domésticos e outros.

Ainda no evento em que se apresentou politicamente, ao ser questionado pela plateia se concorreria ao governo de Santa Catarina ou a um cargo nacional, o empresário repetiu cinco vezes: "Estou aí!"
Herculano
11/01/2018 08:24
A COLUNA OLHANDO A MARÉ, INÉDITA, PARA A EDIÇÃO IMPRESSA DO CRUZEIRO DO VALE, DESTA SEXTA-FEIRA, JÁ ESTÁ CONCLUÍDA. ELA VAI MOSTRAR COMO NESTE PRIMEIRO ANO DE GOVERNO OS POLÍTICOS novatos TROPEÇARAM NAS SUAS PRóPRIAS PERNAS
Herculano
11/01/2018 08:23
CLASSE MÉDIA ALTA FOI A QUE MAIS SENTIU O PESO DOS PREÇOS, por Mauro Zanforlin, no jornal Folha de S. Paulo

A taxa de inflação de 2017 recuou para um patamar de pelo menos duas décadas atrás. Em média, os preços subiram 2,95% no país, segundoo IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo, do IBGE) e 2,27% em São Paulo, de acordo com o IPC (Índice de Preços ao Consumidor, da Fipe).

Essas taxas são apenas uma média e não representam os custos exatos de cada consumidor. Para uns, o peso no bolso vem de alimentos; para outros, dos gastos com escola; e há quem sinta mais as despesas com saúde.

Em 2017, quando a inflação ficou abaixo da meta do governo (4,5%, com tolerância de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo), qual foi a classe de renda mais afetada?

A Fipe (Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas) fez um estudo comparativo dos efeitos da inflação do ano passado sobre os consumidores das classes de renda de 1 a 5 salários mínimos, de 1 a 10 e de 10 a 50.

Os dados apontaram que a inflação castigou mais os consumidores da classe média alta, que, no ano passado, sofreram impacto de 3,35% sobre os preços.

Já os consumidores que pertencem à faixa de renda de 1 a 5 salários mínimos tiveram um aumento médio de apenas 1,98%. Os que recebem de 1 a 10 salários enfrentaram alta de 2,27%.

A faixa de menor renda foi beneficiada pela queda do preço do alimento, que, em 2017, teve recuo médio de 2,5% em São Paulo.

Sentiu no bolso, porém, os custos com habitação e com transporte, que subiram 3,64% e 4,38%, respectivamente ?"os transportes pesaram mais para essa faixa de renda que para as demais.

Segundo a Fipe, de cada R$ 100 que os consumidores dessa faixa de renda gastaram no ano passado, R$ 26,5 foram com alimentos, R$ 33,8, com habitação, e R$ 12,5, com transporte.

Já os consumidores da faixa de renda de 10 a 50 salários mínimos tiveram uma evolução menor dos gastos com alimentos e habitação, mas foram castigados pelos elevados reajustes nos contratos de assistência médica e de educação.

Os contratos médicos e os gastos laboratoriais subiram 13% no ano passado para essa classe de renda. Já seus custos com educação tiveram elevação de 8%.

Saúde e educação também afetaram o orçamento das pessoas que ganharam entre 1 e 10 salários mínimos, mas com impacto menor que o percebido pela classe média alta
Herculano
11/01/2018 08:18
O JUDICIÁRIO PRECISA CUMPRIR AS REGRAS QUE EXIGE DOS OUTROS, por Apolo da Silva, em Os Divergentes.

O Poder Judiciário e o Ministério Público não podem se colocar acima das regras que exigem dos outros. Se um juiz pode impedir a posse de uma ministra porque responde a um processo judicial, este mesmo juiz deveria fazer um pente fino no Rio de Janeiro e afastar de suas funções todos os juízes que respondem a processos. A mesma regra deve ser exigida da Procuradoria Geral da República.

Aliás, juízes e integrantes do Ministério Público deveriam ser investigados mesmo quando querelantes desistem de um processo. Conheço o caso de um juiz que tentou surrupiar pedaço de terra de um cidadão comum. Pode haver indício de intimidação. Juízes condenados a receber vantagens salariais indevidas não deveriam ser afastados? A moralidade vale para todos.

O juiz que quer impedir a posse da deputada Cristiane Brasil no Ministério do Trabalho por responder a um processo, trabalhista deveria adotar a mesma atitude em relação a condenados. A deputada não pode assumir. Mas ministros de Tribunais Superiores podem se manter em seus cargos nas mesmas circunstâncias?

Os ministros do TCU indicados por uma Câmara dos Deputadas lotada de investigados e condenados deveriam também ser tratados com o mesmo rigor com que tratam os outros. Ninguém está acima das suspeitas. Se normas valem para uns, tem que valer para todos. O Judiciário não pode ficar imune. Não está acima da lei.
Herculano
11/01/2018 08:07
JUSTIÇA TRABALHISTA TEM R$197 MILHÕES PARA MORADIA, por Cláudio Humberto, na coluna que publicou hoje nos jornais brasileiros

Justiça mais cara do Brasil, mais dispendiosa que toda a justiça norte-americana, a Justiça do Trabalho terá em 2018 o total astronômico recorde de R$197,7 milhões para gastar apenas em "auxílio-moradia", ainda que os magistrados beneficiados tenham casa própria na cidade onde atuam. Tanto dinheiro para bancar esse privilégio único no mundo consta da Lei Orçamentária aprovada no Congresso e já sancionada.

DIPLOMACIA GASTA MENOS
O Ministério das Relações Exteriores gasta bem menos em auxílio-moradia dos seus funcionários lotados em 225 postos mundo afora.

SALÁRIO MÉDIO ALTO
A Justiça do Trabalho custou R$17 bilhões em 2016, dos quais R$15,9 bilhões (93,5%) bancaram apenas os salários dos 56 mil servidores.

CONTAS ELEVADAS
O "auxílio-moradia" dos procuradores custará R$124,1 milhões e a mesma conta, no meio militar, alcança R$115,9 milhões.

CASTA DE PRIVILEGIADOS
A maioria pobre do País paga o "auxílio-moradia" do mesmo grupo de servidores federais cujos privilégios a reforma da Previdência combate.

AÉREAS: MARACUTAIA ACABA, MAS NINGUÉM É PUNIDO
O Ministério do Planejamento suspendeu a portaria 555/14, assinada no governo Dilma, pela qual o governo passou a comprar passagens diretamente às companhias, sem licitação e sem redução de preços. A medida, de 2014, foi adotada após lobby das empresas aéreas. Como no modelito "Petrolão", as regras de contratação foram discutidas antes com as empresas a serem contratadas. E ninguém foi preso.

PESSOALMENTE
Os presidentes das principais empresas (Avianca, Azul, Gol, TAM) se reuniram no Ministério do Planejamento para acertar as benesses.

COMO PINTO NO LIXO
Além da portaria 555, Dilma editou a medida provisória 651/2014, que concedeu benefício fiscal de 7,05% às companhia aéreas.

PEDALANDO IMPOSTOS
Com a MP 651, de Dilma, as companhia aéreas ganharam o "direito" de serem dispensadas da retenção de vários tributos na fonte.

CAUSA PRóPRIA
Uma comissão da Câmara aprovou um projeto curioso, esta semana: comerciante com loja em aeroporto não pode cobrar o que quiser. Se virar lei, o projeto obrigaria a "regulação de preços" pelo aeroporto.

NOVO EM TUDO
O partido Novo tem procurado adeptos nas praias alagoanas. Arma barraquinha e distribui balões cor de laranja entre banhistas. E explica que não será aceita a filiação de políticos em atividade. A conferir.

BOA BENGALA
Não fosse a "PEC da Bengala", que em 2015 ampliou de 70 para 75 anos a idade-limite para aposentadoria no Supremo Tribunal Federal, o ministro Ricardo Lewandowski teria que pendurar a toga em maio. E Celso de Mello e Marco Aurélio já seriam aposentados há dois anos.

AÇÃO PARA A PLATEIA
Danilo Cabral (PSB-PE) foi à Justiça para barrar a MP 814, da privatização da Eletrobrás, alegando a fantasia de que os preços da energia vão aumentar. Estatal, subiu mais de 67% nos últimos meses.

FAÇA O QUE DIGO
A Justiça do Trabalho anulou 66 demissões na Universidade Metodista de São Paulo, que sofre com inchaço, custos siderais e a perda de receita de 3 mil ex-alunos. A Justiça do Trabalho, a mais cara do País, não indicou fonte de dinheiro para a Universidade pagar suas contas.

DESIMPORTÂNCIA
O autointitulado "manifesto" no Change.org pela participação de Lula na eleição tem menos assinaturas que o abaixo-assinado para banir atletas violentos do campeonato de basquete universitário nos EUA.

ALô NOVOS PARTIDOS
Acaba no dia 7 de abril próximo o prazo para a obtenção junto à Justiça Eleitoral do registro dos estatutos dos novos partidos políticos que pretendem entrar na disputa das eleições 2018.

SEM DEFINIÇÃO
Precisam ser realizadas entre 20 de julho e 5 de agosto as convenções partidárias que vão definir os candidatos à eleição de outubro próximo, ou seja, de seis a oito semanas antes da eleição.

CONTAGEM REGRESSIVA
Hoje a data é cabalística: faltam 13 dias para o julgamento de Lula.
Herculano
11/01/2018 08:02
TERRITóRIO ALHEIO, editorial do jornal Folha de S. Paulo

Está claro, a esta altura, que o governo Michel Temer (MDB) sujeitou-se a constrangimentos desnecessários ao escolher a deputada Cristiane Brasil (PTB-RJ) para o cargo de ministra do Trabalho.

Não apenas pelo fisiologismo mais tacanho -o objetivo básico da indicação era manter as boas relações com o cacique petebista Roberto Jefferson, pivô do escândalo do mensalão e pai da nomeada.

Adicionalmente, logo se descobriu que a parlamentar já havia sido condenada por violar a CLT na contratação de um motorista.

Na sequência da repercussão negativa do episódio, a Justiça Federal do Rio de Janeiro suspendeu a posse de Cristiane Brasil citando o artigo 37 da Constituição, que elenca a moralidade como princípio da administração pública.

Por compreensível que seja o mal-estar com a escolha do governo, o caminho judicial para lidar com a questão se mostra perigoso.

A liminar concedida expande em demasia os limites subjetivos dentro dos quais a Justiça pode interpretar a Carta, interferindo no princípio da separação dos Poderes.

O artigo 37 também diz que a eficiência deve pautar a gestão do Estado. Isso significa que juízes podem suspender medidas do governo que considerem ineficientes?



Como bem observou a professora Eloísa Machado de Almeida, da FGV, em artigo publicado por esta Folha, a moralidade ali mencionada não deve ser entendida como categoria aberta que tudo admite.

Ao contrário, a própria Constituição explicita, em vários outros artigos, os parâmetros pelos quais esse conceito se materializa.

Em relação à nomeação de ministros, o texto não estabelece nenhuma exigência além da idade mínima de 21 anos e do pleno gozo dos direitos políticos. A decisão é prerrogativa do Executivo, por mais infeliz que possa parecer.

Uma combinação de fragilidade governamental e desgaste da política tem levado o Judiciário a ocupar espaços dos quais deveria guardar prudente distância.

Valendo-se de leituras muito particulares das normas legais -e não raro movidos por clamores da opinião pública ou mesmo alaridos ocasionais inflados por militantes-, magistrados invadem territórios dos demais Poderes.

O próprio Supremo Tribunal ajudou a abrir a caixa de Pandora quando impediu a nomeação do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva para a Casa Civil do governo Dilma Rousseff, para nem mencionar outras decisões casuísticas acerca de prisões e afastamentos de autoridades.

É certamente difícil dispor de poder e renunciar a exercê-lo, mas tal autocontenção está entre as capacidades dos melhores juízes
Herculano
11/01/2018 07:59
"SE COLAR, COLOU"

Conteúdo de O Antagonista.Michel Temer desdenhou a candidatura de Rodrigo Maia.

Ele disse para o Estadão:

"O Rodrigo está se movimentando muito, mas ainda acho que a prioridade dele é se reeleger para a Presidência da Câmara, que é um cargo excepcional. De qualquer forma, ele não tem nada a perder, só a ganhar. E é aquela história, se colar, colou".
Herculano
11/01/2018 07:55
QUEM ENFIOU A FACA NA INFLAÇÃO BAIXA, por Vinicius Torres Freire, no jornal Folha de S. Paulo

FICA CADA vez mais barato comprar TV, eletrodoméstico, carro, assinatura de internet, móvel, roupa. Ficam cada vez mais salgados planos de saúde, escola, creche, médico, serviços pessoais.

Tem sido assim nos últimos cinco anos. Não foi muito diferente no ano da inflação magrinha de 2017, pouco menos de 3%.

A inflação seria mais esquálida se não fossem alguns saltos acrobáticos de preços. O equivalente a mais da metade do IPCA de 2017 veio de planos de saúde, serviços pessoais, Petrobras e da conta de luz caseira.

O que o IBGE chama de "combustível doméstico", basicamente gás e eletricidade, subiu mais de 15%. Planos de saúde, 13,5%. A mensalidade da escola de crianças aumentou 10%, assim como a gasolina e a taxa de água e esgoto. Os serviços bancários ficaram quase 9% mais caros.

Dá assunto para muita conversa essa inflação persistente de serviços, de saúde e educação e de preços administrados (pelo governo).

A estrela maior desse circo são os preços voadores dos planos de saúde, com alta de 85,5% desde 2012, seguidos de escola das crianças (mais de 80%), combustíveis domésticos (68,5%) e serviços pessoais (63%, grupo composto basicamente de salões de beleza, serviços bancários e empregados domésticos). Na outra ponta, o preço dos eletroeletrônicos regrediu 5%. O de móveis e roupas subiu menos que o IPCA, em torno de 25%; o do carro novo, 6%.

No período, a inflação média, o IPCA acumulado, foi de uns 44%. Os salários nominais acompanharam a inflação. Aumento real quase zero, pois.

Não há, claro, princípio segundo o qual os preços devam todos subir tanto quanto a média, ao contrário. Mas a lista de quem está na frente da corrida indica alguns suspeitos e, talvez, problemas na economia.

O que se passa com os preços dos planos de saúde? De creche e escola de ensino infantil, fundamental e médio?

Que choque pode vir a causar a dolarização dos preços da Petrobras? Em parte, o poder da estatal petroleira no mercado de gasolina no médio prazo pode ser confrontado pela indústria do etanol. Mas esse não é bem o caso do diesel, para nem falar dos problemas do enrolado mercado de gás.

Preços de energia têm subido muito desde a explosão da crise, em 2015, mas se destacam menos em prazo mais longo. Em boa parte, recuperam-se dos tabelamentos de Dilma Rousseff, ficando próximos da média dos reajustes desde 2012. Ainda assim, a dolarização de derivados de petróleo e o salseiro do setor elétrico, ainda longe de solução, são fatores de risco.

Sem contar os preços de comida em casa, a inflação de 2017 ficou na meta de 4,5%, isso com desemprego nas alturas e queda de 9% do PIB per capita em três anos. Dá o que pensar.

Por um lado, um repique modesto do preço da comida deve, claro, elevar a média, o IPCA inteiro. Por outro, é possível que o desemprego ainda alto e a inércia da inflação baixa do ano passado contenham os reajustes salariais, o que é "bom, mas é ruim", como diria Tom Jobim, em termos mais pitorescos.

Por fim, o preço da comida foi um alívio, sim, em 2017. Mas, nos últimos cinco anos, ainda sobe mais do que a média dos salários. Na rua, ainda se ouve o povo dizer que "as coisas estão caras".
Araponga
10/01/2018 20:20
Herculano,
A MANJADA ESTRATÉGIA PETISTA:

O perigo maior é o Pimenta bater a carteira do desembargador . Essa gente é capaz de tudo.
Mariazinha Beata
10/01/2018 20:14
Seu Herculano

"o petista Paulo Pimenta pede audiência "de cortesia" ... às 18:59Hs

Me surpreendi porque "cortesia" não faz parte do vocabulário dos petistas, ainda mais vindo de um boi de botas.
Bye, bye
Herculano
10/01/2018 18:59
da série: os bandidos não mudam a tática nunca, nem mesmo na era da comunicação digital e das redes sociais onde até a massa de analfabetos, ignorantes e desinformados já estão desconfiando dessa gente sabida e esperta que os manipula diante das ferramentas de transparência.

A MANJADA ESTRATÉGIA PETISTA

Conteúdo de O Antagonista. Está claro por que o petista Paulo Pimenta pede audiência "de cortesia" com Thompson Flores e depois ataca o presidente do TRF-4 nas redes sociais.

Pimenta espera agora que o desembargador cancele a visita para que o PT possa se fazer de vítima mais uma vez.

Melhor manter a audiência, reforçar a segurança e convocar a imprensa para registrar a cara de boboca do deputado e de seus colegas
Herculano
10/01/2018 18:52
PT QUER TRANSFORMAR LAVAGEM DO BONFIM E LULAVAGEM

Conteúdo de O Antagonista.A Época informa que o PT espera levar 10 mil militantes para uma "mobilização em defesa de Lula" durante a lavagem da escadaria do Bonfim, marcada para amanhã em Salvador.

Lula é um especialista em lavagem.
Sujiru Fuji
10/01/2018 15:13
Os petistas querem brigar com as Organizações Globo?
Entre organizações criminosas não me meto, ainda mais que os acusadores são mestres no crime.
Periquito Australiano
10/01/2018 15:00
Oi, Herculano

... a turma dos Vândalos não esconde que o PAU VAI COMER. Às 07:57

Quantos petista vão voltar de Porto Alegre dentro de um saco de plástico preto?
Periquito Arrepiado
10/01/2018 14:14
PELO CONJUNTO DA OBRA, LULA E DILMA MERECEM CADEIA: 1 ?" Evo Morales toma a Petrobras e a Nacionaliza na Bolívia, prejuízo incalculável / 2 ?" Angra 3 que não saiu do papel ?" 4 Bilhões / 3 ?" Linhas de Transmissão, Usinas de Geração e subsídios de energia ?" 8 bilhões / 4 ?" Copa do mundo sem propinas ?" 6 bilhões / 5 ?" Refinaria Abreu e Lima ?" 35 bilhões / 6 ?" Combustíveis ?" 87 Bilhões / 7 ?" BNDES em subsídios ?" 414 Bilhões / 8 ?" Fundo Soberano ?" 4 Bilhões / 9 ?" Refinaria de Pasadena ?" 1,6 Bilhões / 10 ?" Rombo de 50 Bilhões na Petrobras / 11 ?" Rio São Francisco ?" 3,5 Bilhões / 12 ?" COMPERJ ?" 13 Bilhões / 13 ?" Trem Bala, só para o projeto (que não saiu do papel) 1 Bilhão. PREJUÍZO TOTAL ESTIMADO ?" R$ 261 bilhões
O que seria possível fazer com este valor?
Herculano
10/01/2018 13:01
O ATAQUE DE "O GLOBO" À PRÉ-CANDIDATURA DE MEIRELLES, O VÍCIO DE MANDAR FORA DO CONTROLE E ESPASMOS DA AGENDA DERROTADA, por Reinaldo Azevedo, na Rede TV

Alguém com complexo de Deus anda a dar conselhos ou a tomar decisão no grupo Globo de comunicação. No dia 4, o jornal "O Globo" publicou um editorial estupefaciente - tão frágeis são os argumentos! - contra a pré-candidatura de Henrique Meirelles à Presidência. Não custa lembrar que o mesmo veículo havia mandado Michel Temer renunciar em razão do que a tal gravação de Joesley Batista NÃO trazia?

Que tal deixar o domínio da política para o povo e para os políticos? Meios de comunicação informam, opinam, analisam, mas não emitem "diktats". Tanto pior se vêm ancorados em argumentos toscos.

Então Meirelles não pode se apresentar como pré-candidato porque isso atrapalharia a reforma da Previdência? É mesmo? Os demais candidatos podem ser ou ambíguos a respeito (Alckmin) ou francamente hostis (Lula, Bolsonaro, Ciro, Marina), mas aquele que defende a mudança e a promove há de se manter longe da disputa? Corolário: em nome da reforma da Previdência, deve-se criar um cordão sanitário em torno do político que com ela se identifica!!!

A premissa de que alguém se oporia à reforma só para não jogar água no moinho de Meirelles embute a suposição de que se trata de agenda de um grupo, de um setor, não do país. Em vez de "O Globo" atacar as candidaturas que são contra a reforma, prefere bater, em nome da fé na dita-cuja, no único pré-candidato abertamente favorável a ela.

Em que manual de política se aprende tal lição? Desconheço. Ou conheço: é só o velho vício de mandar ?" que, tudo indica, voltou a sair do controle.

No fim das contas, trata-se de mais um espasmo dos derrotados do movimento "Fora Temer". Afinal, uma candidatura identificada com o governo e com a agenda certa expõe de forma inequívoca:
a: seu erros e análise;

B: seu desastrado engajamento jornalístico numa agenda derrotada pelos fatos - ainda que se pudessem alegar boas intenções.

E isso, também, é apenas um fato.
Tomas
10/01/2018 12:44
QUANTO CUSTOU?

Senhor Herculan, uma provocaçãozinha! Duvido que o SR. saiba o quanto foi pago aquela palestra que levou dinheiro como vento do FIA de Gaspar?
Sidnei Luis Reinert
10/01/2018 12:36
Quero ver se tem PTista de gênero(rrsss) que vai ter coragem comprar criptomoeda "petro"de Maduro( já nasce podre)para lavagem de dinheiro. Será cobra comendo cobra em um futuro não muito distante!

https://www.cnbc.com/2017/12/29/venezuela-oil-backed-cryptocurrency-to-launch-in-days.html
Herculano
10/01/2018 12:09
da série: candidatos políticos são todos iguais. Pensam que deve estar imunes e tudo deve ficar escondido. Os defensores de Bolsonaro, pela atitudes que exibem, são tão perigosos quanto os de Lula, PT e da esquerda do atraso. O que querem esconder? Por que? A sociedade precisa tê-los à limpo, mais do que ninguém, em detalhes.

FALAR SOBRE BOLSONARO, editorial do jornal Folha de S. Paulo

Antes mesmo do início formal da campanha ao Planalto, o deputado Jair Bolsonaro (RJ) dá mostras preocupantes de despreparo para lidar com questões básicas do escrutínio democrático.

Fala-se aqui da reação de Bolsonaro ?"ou das reações, melhor dizendo?" a reportagem desta Folha que descreveu como se expandiu seu patrimônio e o de seus três filhos com mandato parlamentar.

A primeira atitude foi a recusa em apresentar explicações. Ficaram sem resposta as 13 perguntas encaminhadas ao pré-candidato à Presidência na quinta-feira (4), três dias antes da publicação do relato sobre o acúmulo de imóveis pela família ao longo de sua carreira política.

O silêncio só foi rompido após a veiculação do texto, em ambiente no qual o deputado se sente confortável, o das redes sociais. "O Brasil vive a maior campanha de assassinato de reputação de sua história recente protagonizada pela grande mídia", escreveu.

Impossível não notar na declaração o misto farsesco de megalomania e paranoia, mais o surrado ataque à atividade jornalística, tão encontradiços na retórica de defesa daquele que Bolsonaro escolheu como oponente preferencial, o petista Luiz Inácio Lula da Silva.



"A realidade é dura para meus adversários. Precisam (...) apontar pra mim e me chamar de bobo e feio, enquanto suas opções são bandidos, criminosos, mau caráter, corruptos, canalhas, desonestos, e por aí", foi outra diatribe postada pelo presidenciável.

Não deixa de ser espantoso que alguém a reclamar de um imaginário atentado a sua reputação trate em tais termos o que parece ser o mundo político em geral ?"com o qual governará caso saia vitorioso da eleição deste ano.

De resto, o pré-candidato não contestou nenhuma das informações veiculadas acerca de suas posses, embora tenha dito ser vítima de "calúnia". Há um tanto de cálculo, decerto, na beligerância que insufla militantes; difícil imaginar, porém, que uma campanha inteira possa ser conduzida nesse tom.

Bolsonaro é depositário legítimo das intenções de voto de cerca de um quinto dos brasileiros, o que o torna, em contrapartida, motivo de amplo debate e inquirição.

O público tem o direito de saber que ele e seus filhos amealharam patrimônio imobiliário de ao menos R$ 15 milhões, tenha havido ou não ilícito no enriquecimento ao longo de três décadas.

Ou que sua migração do PSC para o PSL provocou a fuga do pequeno grupo de liberais que se aglutinava em seu futuro partido.

Propostas e afirmações desastradas, que o pré-candidato gostaria de deixar no passado, serão novamente trazidas à tona. Um programa de governo será cobrado e confrontado com a realidade.

Nada disso constitui perseguição. Trata-se de processo ?"falho, nem sempre justo, mas essencial?" ao qual devem se submeter todos os postulantes a cargos eletivos.
Herculano
10/01/2018 07:57
O JULGAMENTO DO SÉCULO, por Gilberto Simões Pires em Ponto Crítico.

Com a aproximação do dia 24 (pouco mais de duas semanas), data marcada para o julgamento do maior bandido e mentiroso do planeta, na sede do TRF4 -Justiça Federal da 4ª Região-, em Porto Alegre, vejo que o clima de expectativa se iguala a uma final de Copa do Mundo.

RUIDOSAS MANIFESTAÇõES
Esta forma de comparação me parece muito apropriada porque o grande evento, ainda que seja um julgamento, terá como palco de observação as ruas de Porto Alegre, notadamente aquelas mais próximas da sede do TRF4, onde duas torcidas antecipam que lá estarão prometendo ruidosas manifestações.

TORCIDAS
Se a torcida que quer a ABSOLVIÇÃO do bandido é bem menos numerosa do que aquela que exige a CONDENAÇÃO, uma coisa é inegável: a primeira, por ser formada e liderada por sindicatos e corporações de esquerda, ganha maior destaque pelo prazer de se manifestar com atos de vandalismo e/ou aplicação da violência como forma de intimidação da arbitragem visando obter um resultado a seu favor.

PAPEL DO ÁRBITRO
Já a grande torcida PR?"-CONDENAÇÃO do bandido, formada pela maioria dos cidadãos brasileiros, que acreditam no bom funcionamento das instituições, exige que os julgadores (árbitros) conduzam os trabalhos aplicando tão somente a lei.

JOGO ELEITORAL
Ora, só pelas faltas gravíssimas cometidas pelo bandido, já devidamente reveladas no primeiro tempo do jogo, conduzido de forma magistral (com perdão da redundância) pelo juiz (árbitro) Sérgio Moro, os amantes da JUSTIÇA esperam que os árbitros do TRF4 não só expulsem, definitivamente, o bandido do JOGO ELEITORAL como, principalmente, coloquem o tipo atrás das grades.

O PAU VAI COMER
Enquanto o Brasil inteiro aguarda a data de DECISÃO, o que mais se vê é o péssimo comportamento anunciado, claramente, pela TORCIDA PR?"-ABSOLVIÇÃO DO BANDIDO. Além de prometer uma forte ocupação das ruas de Porto Alegre a partir do final de semana que antecede o dia 24, inviabilizando por completo o trânsito na Capital do RS, a turma dos Vândalos não esconde que o PAU VAI COMER.

O curioso é que o governo do RS, através do péssimo Secretário Cézar Schirmer, não vê problema algum nas manifestações prometidas. Pode?
Herculano
10/01/2018 07:47
da série: mais um retrato da deterioração do governo Raimundo Colombo, PSD, contra os catarinenses entre os inúmeros, incluindo a falência e descontrole das contas. Para os políticos e os fantasiados de gestores públicos, tudo tem desculpas e não uma razão de ser para ser corrigida.

HOMICÍDIOS AUMENTAM 9,7% em 2017 EM SANTA CATARINA, por Diogo Vargas, para o Diário Catarinense, NSC, de Florianópolis

Em um ano com explosão de assassinatos em Florianópolis e Joinville, Santa Catarina fechou 2017 com o que já era previsto: a alta de homicídios. Os dados estaduais divulgados pela Secretaria de Segurança Pública (SSP) na segunda-feira apontam 981 assassinatos de 1º de janeiro a 31 de dezembro, o que representa crescimento de 9,7% em relação a 2016, quando ocorreram 894 homicídios.

O aumento é o maior desde 2014, conforme o balanço divulgado pela SSP. Naquele ano, houve 756 assassinatos em Santa Catarina, o que se for comparado com a quantidade de 2017 significa uma alta de quase 30%. A consequência direta é a elevação da taxa de mortes por grupo de 100 mil habitantes, um dos principais medidores de violência do mundo.

A taxa catarinense em 2017 ficou em 14 mortes por grupo de 100 mil habitantes. Segundo a Organização das Nações Unidas (ONU), a média aceitável é até 10 mortes por grupo de 100 mil habitantes e índice acima disso significa problema, o que é observado pela própria SSP - a secretaria reitera que somente acima de 20 mortes por 100 mil seria algo alarmante considerado pela ONU.

Na divulgação das estatísticas, a SSP não contabilizou as mortes violentas como latrocínios (roubos seguidos de mortes) e em confrontos com as polícias Civil e Militar, o que fatalmente elevaria ainda mais o crescimento da violência em Santa Catarina. Confira os números por ano e por região:

Em Florianópolis, por exemplo, o ano passado teve pelo menos 176 mortes violentas, um recorde na história da Capital catarinense. Destas, segundo a SSP, 149 foram homicídios, contra 79 no mesmo período de 2016.

Já em Joinville, foram 127 homicídios no ano passado ?" em 2016 ocorreram 122. Também houve crescimento de homicídios, por exemplo, nas cidades de Palhoça, Blumenau, Navegantes, Penha, Araranguá, Balneário Camboriú e Balneário Piçarras.

Apuração da autoria das mortes em queda

Outro balanço que preocupa é a queda da apuração de autoria dos assassinatos pela polícia. Em 2017, o esclarecimento dos homicídios chegou a 48,1%, enquanto em 2016 foi de 51,9%. Sobre a motivação das mortes, 48,7% foram por causa não informada. Depois, aparecem o tráfico de drogas com 23,2%, as desavenças com 17,9% e a motivação passional com 5,2%.

O secretário de Segurança, César Grubba, não quis dar entrevista e o motivo não foi informado. A manifestação do titular aconteceu apenas na divulgação oficial do Estado, como tem acontecido nos últimos anos. Grubba afirmou que "é inegável que a criminalidade está cada vez mais audaciosa e isso é inquietante".

O secretário disse ainda por meio da assessoria que "temos enfrentado a criminalidade com políticas públicas em conjunto com a sociedade" e destacou a nomeação de 9.344 servidores para a segurança desde 2011. Grubba também ressaltou que Santa Catarina apresenta números bem distanciados da realidade nacional, o que coloca o Estado em permanente condição de destaque.

Grubba garantiu ainda o empenho no combate às facções criminosas, o que segundo policiais é o grande vilão da explosão dos assassinatos no Estado. Isso por causa da vinda da facção criminosa de São Paulo, que busca território do tráfico de drogas. Para isso, os bandidos promovem mortes de integrantes da facção local de Santa Catarina, os quais por sua vez resistem e também matam os inimigos de fora.

Os confrontos geraram chacinas, invasões de áreas conflagradas, tiroteios e execuções em lugares movimentados em pleno dia. O norte da Ilha de Santa Catarina e o Continente são os principais lugares em que a população convive com o medo e o pavor da ação dos traficantes, em Florianópolis.

Um ponto positivo levado em conta pelo Estado é que em 148 municípios catarinenses não houve homicídio em 2017, ou seja, índice zero de assassinatos nestas cidades. Um outro detalhe é que, das 147 cidades em que houve registros de mortes, em 59 delas aconteceu um homicídio
Herculano
10/01/2018 07:36
EMPURRAMOS NOSSO PROBLEMAS COM A BARRIGA, A ESPERA DE D. SEBASTIÃO, por Alexandre Schwartsman

Foi uma semana tenebrosa para os rumos da política fiscal no país.

Por um lado, balões de ensaio acerca da revogação (ou "flexibilização") da "regra de ouro", dispositivo constitucional que limita o endividamento do governo às suas "despesas de capital".

Por outro, a sanção presidencial à lei que permite o uso de até R$ 15 bilhões do FGTS para empréstimo à Caixa na forma de um bônus perpétuo.

Em ambos os casos, sinalização não apenas das dificuldades relativas à política fiscal mas principalmente da incapacidade de lidar com elas.

Tomemos o caso da "regra de ouro". Ela basicamente permite que o governo emita dívida somente em dois casos: para pagar a dívida que está vencendo (a chamada "rolagem", que, por definição apenas mantem o valor da dívida) e para financiar o investimento público (nesse caso, aumentando o valor da dívida).

Se levada a ferro e fogo, portanto, implicaria limitar o deficit primário ao investimento. Ocorre, porém, que essas grandezas têm apresentado comportamento divergente: o resultado primário, superavitário até 2013, se tornou cada vez mais negativo desde então, acumulando, no caso do governo federal, deficit equivalente a 2,5% do PIB nos 12 meses até novembro de 2017.

Já o investimento, que atingiu seu pico em setembro de 2014 (1,4% do PIB), vem em queda livre desde então, para 0,9% do PIB em 2015 e 0,8% do PIB nos 12 meses terminados em novembro.

Apenas a antecipação do pagamento do BNDES, de R$ 50 bilhões, ocorrida no ano passado permitiu que o novo endividamento não superasse o investimento e quebrasse a "regra de ouro". No entanto, esse tipo de operação permite contornar o problema por algum tempo, mas não resolve o desequilíbrio de fundo.

Da mesma forma, flexibilizar a regra de ouro, mesmo introduzindo medidas obrigatórias de ajuste em caso de violação, pode evitar punições aos responsáveis pela gestão fiscal, mas de forma alguma oferece uma solução para um país em que o gasto obrigatório supera a arrecadação e no qual o mundo político não consegue levar adiante reformas que nos levem a reverter o problema do gasto crescente.

Já no caso da CEF, seu uso irresponsável, patrocinado pelos pais (agora ausentes) da Nova Matriz Econômica, levou o banco a uma situação delicada do ponto de vista da relação entre seus ativos (empréstimos) e seu patrimônio (capital), que hoje já se encontra muito próximo dos limites estabelecidos na atual versão do Acordo de Basileia, que deverão se tornar ainda mais duros com a adoção de sua nova versão, conhecida como Basileia 3.

Na prática, isso requer a injeção de capital novo, mas, dada a penúria do governo federal, seu único acionista, a alternativa foi a autorização para que o FGTS adquirisse uma dívida perpétua da CEF que, para fins regulatórios, equivale a capital. Contabilmente a aquisição dessa dívida não conta como gasto do governo (o FGTS não faz parte da administração pública), também contornando o problema, em vez de enfrentá-lo.

Não é a primeira vez que o governo tem que colocar dinheiro na CEF; com atitudes como essa, também não será a última.

Continuamos, pois, a empurrar nossos problemas com a barriga, na esperança de que algum d. Sebastião venha a resolvê-los, porque nós não queremos fazê-lo.
Herculano
10/01/2018 07:34
O PETISMO IMPARCIAL

Conteúdo de O Antagonista. Ao divulgar com estrépito que, depois de Luciano Huck aparecer no Faustão, o movimento Agora! ganhou milhares de seguidores e adeptos, o PT quer reforçar a ideia de que a Globo está por trás da eventual candidatura do apresentador.

É divertido ver como os petistas agem como petistas imparciais
Herculano
10/01/2018 07:30
TRT DA BAHIA MANDA A CAIXA REINTEGRAR BANDIDO, por Cláudio Humberto, na coluna que publicou hoje nos jornais brasileiros

Governador do Estado entre 1947 e 1951, o sábio Otávio Mangabeira cunhou uma frase definitiva: "Pense num absurdo, na Bahia tem precedente". O absurdo da vez, na Bahia, é a decisão do Tribunal Regional do Trabalho da 5ª Região que determinou a reintegração de funcionário da Caixa Econômica Federal condenado à prisão por crime contra o sistema financeiro nacional em razão do cargo de gerente.

ESTÍMULO
Como o bandido ganhou o regime semiaberto, a Justiça do Trabalho deu 48 horas à Caixa para reintegrá-lo ao sistema que ele roubou.

QUEM NÃO É?
A Justiça do Trabalho ignorou alegação da Caixa de que só podem trabalhar em banco quem não responde a processo criminal ou cível.

BOLSA BANDIDO
Admitido em 2012, o gerente condenado à prisão por maracutaia ainda recebe "auxílio reclusão" de R$ 3.384 mensais da Caixa... que roubou.

PROTEÇÃO AO CRIME
Além de reintegrar o criminoso, a Caixa está impedida de demiti-lo por justa causa. E há ainda quem resista à extinção da Justiça do Trabalho.

IMPORTAÇÃO DE ETANOL DOS EUA É CRIME DE LESA-PÁTRIA
O Brasil é auto-suficiente em etanol: vai produzir 28 bilhões de litros na safra 2017/18, para um consumo de 26,5 bilhões de litros. Apesar de o País ser superavitário para consumo veicular, os distribuidores (inclusive americanos, como a Shell) dilapidam reservas cambiais brasileiras importando etanol americano, à base de milho, mais barato por ser subsidiado. Esse crime de lesa-pátria fez do Brasil o maior importador do etanol dos EUA, que é podre por ser muito poluente.

ESMAGANDO O NORDESTE
O objetivo dos distribuidores, que também são produtores de etanol no sudeste, é esmagar os produtores nordestinos com o etanol americano.

MAR DE ETANOL PODRE
Inundam o Nordeste de etanol americano na entressafra no Sudeste e no auge da produção de outros estados, inclusive nordestinos.

ENGANAÇÃO VIGENTE
Distribuidores alegam que o Nordeste é "deficitário" para esconder que, além de São Paulo, Goiás, Minas, Mato Grosso etc produzem etanol.

GEDDEL SEM DELAÇÃO
O ex-ministro Geddel Vieira Lima, preso na Papuda, não tem intenção de acordo de delação premiada, segundo familiares. E não manteve qualquer contato com o Ministério Público Federal (MPF), garantem.

CONFRONTO
Os presidentes do Senado e Câmara andam se estranhando. Rodrigo Maia tenta aparecer para tentar viabilizar projeto presidencial. Discreto, Eunício Oliveira acha que político com essa atitude acaba "atropelado".

DINHEIRO ALHEIO
Parlamentares chegam a comprar quatro passagens para um mesmo dia. E pegam apenas o voo que lhes convier. As passagens, assim como as taxas de cancelamento são pagas pelo contribuinte.

MAIS UMA DA ECT
Em outro sinal da decadência dos Correios, encomenda postada da China levou 14 dias para chegar ao Brasil e outros nove na fiscalização aduaneira. Um mês depois de liberada, ainda não chegou ao destino.

FAB FASHION WEEK
A Força Aérea Brasileira não sabe o que fazer com 137 mil metros de tecido adquirido para confecção de macacões para pilotos. É que a fibra não passou no teste antichamas. Virou cinzas.

FALTAM 14 DIAS
Duas semanas. É o que resta a Lula, condenado a 9 anos e 6 meses de prisão por corrupção e lavagem de dinheiro, antes do julgamento do recurso no TRF-4. Na prática, condenação mantida é eleição perdida.

VIDA MANSA
O ex-ministro Ciro Gomes deu uma pausa na campanha presidencial para uma esticada em Paris. Ninguém é de ferro. Afinal, para "político pobre", como ele se define, sempre há uma bela aposentadoria.

GERSON, 76
Daqueles heróis do esporte nunca suficientemente homenageados, o craque Gerson completa 76 anos nesta quinta (11). O "canhotinha de ouro" foi da mítica seleção brasileira de 1970, tricampeã no México.

PENSANDO BEM...
...processando Luciano Huck, Globo e Faustão por "abuso de poder econômico" e bancando a caravana de Lula com dinheiro público, o PT mostra de novo que pimenta é bom apenas em olhos alheios.
Herculano
10/01/2018 07:27
SUSPENSÃO DE POSSE DE MINISTRA NÃO DEVERIA SER QUESTÃO JURÍDICA, por Heloísa Machado de Almeida, professora e coordenadora do Supremo em Pauta FGV Direito SP, para o jornal Folha de S. Paulo


A decisão liminar que suspendeu a posse de Cristiane Brasil como ministra usa como fundamento a moralidade administrativa. Para o juiz, a nomeação de uma pessoa condenada na Justiça do trabalho para o cargo de ministra do Trabalho não seria razoável; mais do que isso, seria grave e inconstitucional.

Ocorre que a Constituição Federal oferece os parâmetros para essa moralidade administrativa em vários artigos, impondo, por exemplo, a inelegibilidade e a perda de mandato para os condenados definitivos por crimes ou por improbidade (art. 15, 3 e 5); restrições a eleições de parentes de políticos (art.14, §7º); o afastamento do cargo de um presidente que se torne réu ou que cometa crime de responsabilidade (art. 86, §1º e 85). Se não oferece os parâmetros, manda que a lei o faça ?"como na Lei da Ficha Limpa.

Porém, na indicação de ministros de Estado, a Constituição exige apenas a idade mínima de 21 anos e o pleno exercício dos direitos políticos (art. 87). Ou seja, pelos parâmetros constitucionais, trata-se de um cargo de livre nomeação e exoneração, um poder conferido ao presidente da República (art. 84, 1) de escolher sua equipe de governo.

Não há nenhuma vedação constitucional a que condenados no âmbito civil ou trabalhista ocupem cargos ministeriais, assim como não há nenhuma vedação para que um réu ou investigado o faça.

A questão aqui, portanto, não deveria ser jurídica. É uma questão política e, politicamente, poder-se-ia cogitar que apenas um presidente sem nenhuma popularidade ?"e que por isso não se importa com a opinião pública?" teria a pachorra de indicar tal figura para compor um ministério que, cá entre nós, já não guarda grande reputação.

Mas o tema se tornou jurídico a partir do momento em que um juiz decidiu criar novos parâmetros sobre a moralidade administrativa. Mas esse não é um caso isolado. Na verdade, pode-se afirmar que o Judiciário vem impondo uma agenda de moralização judicial da política, muitas vezes à revelia do que diz a lei.

Um conjunto de decisões dos últimos anos revela uma visão bastante particular de como os juízes enxergam a política: algo eminentemente ruim, imoral e viciado. Foi assim quando o STF julgou o financiamento privado de campanhas; quando aprovou a restrição à fusão de partidos na minirreforma eleitoral de 2015; quando implantou a execução da pena sem trânsito em julgado da condenação; quando afastou Eduardo Cunha da presidência da Câmara dos Deputados ou quando acenou que réus não poderiam ocupar cargos na linha sucessória da Presidência da República, sem esquecer o veto à posse de Lula.

O combustível dessa agenda é a Operação Lava Jato que, se por um lado tem o enorme mérito de revelar a corrupção de empresários e políticos, por outro tem servido de pretexto para blindar os abusos do Judiciário. Basta carimbar uma medida como "contra a Lava Jato" para decretar seu fim: veja o debate sobre os supersalários dos juízes ou o indulto do Natal.

Ninguém ignora o altíssimo nível do mar de lama que banha nossa classe política; há muitas razões para críticas contundentes, propostas de reforma e ansiedade por novas eleições. Mas nada autoriza que o Judiciário atue fora das regras por aí, cassando mandatos e ou nomeações.

Não há saída fora da Constituição.
Herculano
10/01/2018 07:23
É OU NÃO UM PARTIDO BANDIDO E DE BANDIDOS?

O ex-presidente Luiz Inácio Lula La Silva, mesmo réu na Lava Jato e cheio de dúvidas éticas e administrativas, com a estrutura deliberada do seu PT, organizou recentemente caravanas pelos estados do Nordeste, Minas Gerais, Rio de Janeiro e Espírito Santo.

Era campanha política fora de hora e proibida pela lei para retornar à presidência da República.

O apresentador e empreendedor de televisão e do show business, Luciano Huck, no domingo passado foi convidado a ir no Faustão, da Rede Globo, falar de tudo da sua vida de artista, empreendedor e até de política, pois seu nome, em algum momento, apareceu, como um possível candidato à presidência da República.

O que fez o PT diante desse fato? Censurou. Ele quer ter a primazia de permitir quem deve ou não ir agora à TV, ao rádio, aos jornais, aos portais e às redes sociais. É a tal socialização e a regulamentação da mídia que prega, mas para beneficiar a si e aos seus, somente.

O PT entrou na Justiça para punir e interditar, a qualquer momento, Luciano Huck como possível candidato, mesmo que ele não faça isso intencionalmente ou declare isso durante as entrevista.

Ou seja. Lula pode e ninguém contesta. Outros não. O PT não deixa. Não admite ter adversários. Como numa ditadura, não aceita concorrência, mesmo que ela não tenha sido oficializada, declarada, mas possá ser uma leve ameça.

O medo faz parte do PT e seus líderes, que querem o poder a qualquer preço e motivo, como se isso fosse a salvação do país que quebraram, desempregaram, corromperam e aumentaram a inflação quando lá estiveram.

No poder, provocarão rios de roubos e corrupção, com o aval democrático da maioria de votos dos analfabetos, ignorantes e desinformados dos brasileiros, orientados por gente sabida (jornalistas), intelectuais e artistas de sempre e que vivem de sugarem os pesados impostos para a lei Rouanet e que está faltando à Saúde Pública, Segurança, Educação, Obras....

O PT detesta ter que disputar eleições, quando há adversários, quando há debate, quando há comparação, quando há transparência e quando o jogo ameça ser limpo, com gente sem estar sujo na Justiça. Wake Up, Brazil!
Herculano
10/01/2018 06:58
A FOTO DE LULA PODERÁ ESTAR NA URNA, por Elio Gaspari, nos jornais O Globo e Folha de S. Paulo

Qualquer previsão para o resultado do julgamento de Lula no TRF-4, marcado para o próximo dia 24, será apenas um palpite. No entanto, quem conhece o assunto assegura que, pelo andar da carruagem, a fotografia de Lula estará na urna eletrônica em outubro. Isso poderá acontecer mesmo tomando-se o mais duro dos resultados, 3 a 0 pela condenação, acompanhando-se o voto do relator. Os recursos aos tribunais de Brasília postergarão o fim do processo, e Lula poderá receber votos, mesmo tendo sido condenado na segunda instância. Esse não é um palpite, é o frio diagnóstico de pessoa capacitada a fazê-lo.

Admitindo-se que Lula seja derrotado, o jogo termina. Se ele ganhar, continua, à espera do resultado de seus recursos, que terminarão no Supremo Tribunal Federal. Nesse caso os 11 ministros do STF estarão diante de uma situação histórica: suspender o mandato de um cidadão que teve em torno de 50 milhões de votos e fez uma campanha apresentando-se como vítima.

Em junho do ano passado o Tribunal Superior Eleitoral decidiu por quatro votos contra três pela improcedência das ações que pediam a cassação da chapa Dilma-Temer. Quem viu o relatório demolidor do ministro Herman Benjamin ficou com a impressão de que o presidente da corte, ministro Gilmar Mendes, formou um bloco decidido a não balançar o coreto das autoridades, pois o que estava no pano verde era a deposição de Michel Temer.

Indo mais longe na máquina do tempo, chega-se ao dia 11 de novembro de 1955, quando o general Henrique Lott, ministro da Guerra até a véspera, botou a tropa na rua e depôs dois presidentes, o que estava no exercício interino (Carlos Luz) e o efetivo, que estava no hospital (Café Filho). Quando Café Filho impetrou um habeas corpus ao Supremo Tribunal para voltar ao palácio do Catete, a corte indeferiu o pedido. Pairava sobre o tribunal a velha frase atribuída ao marechal Floriano Peixoto nos primeiro anos da República: "E quem vai dar habeas corpus ao Supremo?"

Por mais que os processos e os recursos de Lula sejam emoldurados como questões de direito, a cassação de um sujeito que ganhou uma eleição com cerca de 50 milhões de votos (se ele ganhar) salta dos volumes da jurisprudência para os livros de história. Indo-se numa direção ou na outra, cai-se numa inédita encrenca.

Um especialista em legislação eleitoral, colocado diante dessa hipótese, diz que se pode chegar a uma situação na qual os votos dados a Lula (um candidato declarado inelegível ou mesmo preso) podem ser considerados nulos. O problema muda de cara, mas continua o mesmo. Na eleição de 2014 Dilma Rousseff teve 54,5 milhões de votos e Aécio Neves, 51 milhões. Num puro exercício matemático, admitindo-se que em outubro ocorra coisa parecida, o TSE proclamaria a vitória do candidato que teve 51 milhões e informaria ao distinto público que os votos nulos foram 59 milhões (os 54,5 milhões de Dilma mais os 4,5 milhões efetivamente nulos). Piada.

Essa encrenca parte da premissa de que Lula seguirá como candidato até o dia do juízo final. Isso não é necessariamente verdadeiro, ele pode ir ao limite retirando seu nome na última hora, apontando para um poste. Quem? Novomistério, mas, se os silêncios falam, o do ex-governador baiano Jaques Wagner é estrondoso.
Herculano
10/01/2018 06:56
O BRASIL QUE O BRASIL LARGOU, por Carlos Brickmann

Há territórios, no Rio, em que a Polícia só entra com apoio das Forças Armadas. Há áreas, em São Paulo, em que o Governo garante que a Polícia entra, mas onde não entra, não. Em todo o país, há glebas ocupadas pelos movimentos dos sem-alguma-coisa, com reintegração de posse concedida pela Justiça, em que a Polícia não entra. E há o caso mais escandaloso, que agora ocorreu em Goiás: a presidente do Supremo Tribunal Federal, um dos três Poderes da República, tinha decidido visitar o presídio dos motins. Mas desistiu: segundo sua assessoria, "por questões de segurança".

A ministra Carmen Lúcia, presidente do Supremo e do Conselho Nacional de Justiça, tem segurança, pode convocar a Polícia Federal, estava com o governador Marconi Perillo, que tem sob seu comando a Polícia Militar de Goiás. Há a guarda do presídio. E a ministra não pôde entrar. A 200 km da Capital Federal, onde fica o comando das Forças Armadas, o presídio não obedece às autoridades: é exercido por facções do crime organizado, que decidem entre si, pelas armas, quem manda naquela área que, como nos foi ensinado, e até agora acreditávamos, pertencia ao Brasil.

O governador Perillo garantiu que a ministra não conversou com ele a respeito da visita ao presídio; e, se quisesse ir, "teria absoluta segurança para fazer a visita". Sua Excelência só esqueceu de combinar com a equipe da ministra, cuja versão é outra.
Em quem o caro leitor prefere acreditar?

QUEM PODE, PODE

Os poderes Executivo e Judiciário não conseguiram garantir o acesso da presidente do Supremo Tribunal Federal a uma prisão goiana onde quem manda é o crime organizado (qual facção? Isso está sendo decidido com muito sangue).

E o Poder Executivo acaba de descobrir que não tem poder nem para nomear ministros sem receber ordens de fora: o juiz federal Costa Couceiro, da 4ª Vara de Niterói, suspendeu a nomeação da ministra do Trabalho, Cristiane Brasil, obrigando o Governo a adiar a posse. Adiar ou desistir: o recurso foi rejeitado pela segunda instância. Mas Temer garantiu que vai até o Supremo para manter a nomeação. Tudo, menos largar o osso.

A CAUSA
Por que insistir tanto em Cristiane Brasil, que não tem grande presença como deputada nem se notabilizou por vastos conhecimentos na área do Trabalho? Simples:

Cristiana é filha do deputado Roberto Jefferson, chefão do PTB, que tem vinte votos na Câmara ?" votos que podem ser essenciais na votação da reforma da Previdência.

Como comentou um assíduo leitor desta coluna, Alex Solomon, a negociação sobre a reforma da Previdência segue conforme a rotina: "É pagar ou largar".

DIA D- QUASE D

Com manifestações ou sem elas, sejam favoráveis ou contrárias, e seja qual for o resultado do julgamento, o ex-presidente Lula não será preso no dia 24 de janeiro. De acordo com a assessoria de imprensa do TRF-4, onde deverá ser julgado o recurso de Lula contra a condenação em primeira instância, um condenado só pode ser preso depois de esgotados todos os recursos no segundo grau. Mesmo que nenhum juiz peça vista do processo, o que adiará a decisão até seu voto ser proferido, e Lula seja condenado por unanimidade, há a possibilidade de embargos de declaração, em que a defesa pede esclarecimentos sobre a sentença. Se houver prisão, só depois.

VÁLVULA DE ESCAPA
A notícia é excelente para o PT, que inicialmente ameaçava promover manifestações em todo o país (alguns dirigentes do partido, incluindo José Dirceu, falavam até em revolta). Depois reduziu as manifestações a duas, uma em São Paulo, outra em Porto Alegre, e estava em dificuldades para assegurar que as duas tivessem público ao mesmo tempo. Transporte, comida e hospedagem, mais o cachezinho dos voluntários, exigem quantias que hoje as centrais sindicais têm dificuldades de levantar, sem o imposto sindical e com a dramática redução das bancadas e cargos públicos do PT.

O INCRÍVEL HUCK
Luciano Huck, da Globo, apareceu no programa do Fausto Silva, como tantos astros da Globo. Se Huck será candidato, não se sabe. Ainda não é.

HORA H
O deputado Jair Bolsonaro, que até agora navegou tranquilo no mar sem candidatos das eleições presidenciais, está prestes a fazer uma descoberta: a de que não tem tempo de televisão, seja qual for o partido pelo qual decida sair. Nos blocos de 30 segundos, terá direito a algo como meio segundo. E nos blocos de 12m30s, terá pouco mais de 12 segundos. Dá para repetir, sincopadamente, por cinco vezes, a frase "Militar é bom, civil é ruim".

DESEMBARQUE
Não dá tempo nem para responder à reportagem sobre o crescimento de seu patrimônio. O parco horário de que disporá não é tão mau assim
Herculano
10/01/2018 06:50
BOLSONARO E O SISTEMA, por Helio Swartsman, no jornal Folha de S. Paulo

O deputado federal Jair Bolsonaro recebe auxílio-moradia da Câmara sendo proprietário de um imóvel em Brasília e, junto com seus rebentos, acumulou um patrimônio imobiliário que enseja suspeitas.

Alguma surpresa aí? Há décadas no Parlamento, Bolsonaro só se distingue de seus colegas do chamado baixo clero por ser mais desbocado e por levantar bandeiras especialmente desenhadas para ferir as sensibilidades liberais. E, como o recurso a espertezas, jeitinhos e mamatas é moeda corrente entre políticos, o incomum seria se Bolsonaro não estivesse envolvido com essas coisas.

Para o bem e para o mal, o homem é um bicho hipersocial, o que significa que é do convívio com os pares que extraímos as regras de conduta, valores e até o sentido da vida. Num contexto social em que quase todo mundo fuma, o jovem provavelmente também irá fumar. Num contexto social em que todo o mundo rouba, o mais provável é que o indivíduo também roube. As palavras "ética" e "moral" se formaram a partir dos termos grego e latino para "costume".

Uma série de assustadores experimentos psicológicos inaugurados por Solomon Asch nos anos 50 mostra que, só para não ficar contra a corrente, o ser humano é capaz de dizer e fazer todo gênero de bobagem.

É claro que o fato de as pessoas em geral se comportarem assim não significa que devam se comportar desse jeito. Se quisermos uma sociedade melhor e mais funcional, precisamos imprimir um pouco de racionalidade aos comportamentos, o que se faz através de regras republicanas impostas por um sistema de freios e contrapesos em que diferentes instituições buscam controlar umas às outras e aprimorar-se.

Desconfie, portanto, de qualquer candidato que se apresente como contra o sistema, especialmente quando, em seus comportamentos pessoais, ele se não hesita em imitar o que de pior existe nas instituições.
Digite 13, delete
09/01/2018 14:14
Oi, Herculano

No último parágrafo do texto das 10:21 Hs., não sei porque, mas me lembrei da Câmara de Gaspar, colei:

"Como resumiu o cientista político Adriano Gianturco, o episódio é mais uma prova de que a política é um jogo de poder, barganhas, troca de favores e, eventualmente, traições. Quem perdeu com isso foi você, eleitor."
Mariazinha Beata
09/01/2018 14:00
Seu Herculano;

"As denúncias contra Jair Bolsonaro devem ter um impacto nulo nas pesquisas eleitorais."
O Antagonista

É a velha fórmula de sempre. Atacar, desmoralizar, denegrir a reputação das pessoas de bem. Prática comum de petistas, tanto é que o texto é da "Fôia" (aquela, cheia de moscas) às 18:10Hs.

Continua O Antagonista

"Segundo os analistas da Eurasia, entrevistados pelo InfoMoney, 'ele possui seguidores fiéis nas mídias sociais e pode usar facilmente o argumento de que a mídia pró-establishment tem a intenção de atacá-lo'.

Tão certo quanto sem dúvida.
Bye, bye!

Anônimo disse:
09/01/2018 13:09

"O vice-presidente da Assembleia, Aldo Schneider, PMDB, que deveria assumir a presidência agora em fevereiro, mas que ainda padece e tenta se recuperar em São Paulo de grave câncer na coluna, deveria relatar aos seus pares o que é sofrer com tal doença.Vergonha."

Boa Herculano, pimenta nos olhos do outro é refresco.
Gente nefasta!!!
Despetralhado
09/01/2018 12:57
Oi, Herculano

INFORMA A COLUNA PAINEL DO JORNAL DA FOLHA DE S. PAULO, DESTA TERÇA-FEIRA: "PREOCUPADO COM CONFLITO, PT ESCALA COMITIVA DE ADVOGADOS PARA AUXILIAR MILITÂNCIA EM ATO PRó-LULA"

Só me interessa saber se a tropa de atiradores de elite vai estar à postos.

Tiro dado bugio deitado.
Sidnei Luis Reinert
09/01/2018 12:53
General Mourão concorrerá a Deputado Federal pelo Rio de Janeiro
Por Leudo Costa - 09/01/2018


Vale a velha máxima: "Boi lerdo toma água suja"? Instado por milhares de brasileiros para concorrer ao cargo de presidente da república, Antonio Hamilton Martins Mourão , o "GENERAL MOURÃO" está com um pé na política. Seus amigos mais próximos, um dos quais o Cristalvox conversou por mais de 60 minutos, nesta segunda, 08 de janeiro, tem a segurança que o "jovem General" deixa a farda em fevereiro e se torna parlamentar em outubro de 2018. O partido pelo qual irá concorrer não foi revelado.

O Cristalvox examina esse movimento de Mourão e dos militares. A "Força" elege um parlamentar com MASSA MUSCULAR capaz de impor o respeito que se exige de um "porta-voz" das Forças Armadas e com DISCURSO inflexível diante do que é ensinado nas Academias Militares e "professado" ao longo dos anos nas unidades militares.

Mourão será um fenômeno eleitoral na eleição de 2018. Herdará, no Rio de Janeiro, todos os votos de Jair Bolsonaro que foram 400 mil em 2014, somados ao anseio majoritário dos cariocas em reencontrar um representante honesto e confiável, capaz de devolver a auto-estima e a certeza que o Rio de Janeiro ainda é viável e possível como Estado.
Herculano
09/01/2018 12:34
NOS ÚLTIMOS 2 ANOS, ESTATAIS CUSTARAM R$ 40 BILHõES À UNIÃO

Conteúdo do jornal Folha de S. Paulo. Texto de Flávia Lima. Nos últimos dois anos, o governo direcionou mais de R$ 40 bilhões para manter estatais federais. É uma quantia considerável. Com esse valor, é possível fazer o custeio e investir nas 63 universidades federais do país por um ano ou beneficiar, via Bolsa Família, 45 milhões de pessoas por um ano e meio.

O raio-X da estatais foi feito pelo IFI (Instituição Fiscal Independente), do Senado, e inclui 149 empresas: 18 financeiramente dependentes da União e 131 independentes.

A receita das empresas dependentes foi de R$ 16,8 bilhões em 2016. Desse total, mais de 90% vieram do Orçamento da União. Segundo Josué Pellegrini, do IFI, não deve ter havido mudanças significativas em 2017.

Entre as independentes, embora recebam esse nome porque têm mais autonomia financeira, o fluxo de aportes federais foi de R$ 6 bilhões em 2016 e de outros R$ 2,4 bilhões previstos para 2017.

Dessa forma, o total recebido pelas 149 empresas deve ter passado de R$ 40 bilhões nos últimos dois anos.

É preciso olhar o universo de empresas com cuidado porque ele é diverso.

Inclui a Valec, estatal dependente que cuida de ferrovias e que teve ex-diretores envolvidos em desvios em obras; e a Infraero, estatal independente que administra aeroportos, mas que, sozinha, recebeu R$ 3,4 bilhões em aportes do governo nos últimos dois anos. Mas também há empresas como a Embrapa, referência em inovação para a agropecuária.

"Nossa proposta foi jogar um pouco de luz nas estatais", diz Pellegrini, autor do estudo.

Ele afirma que a organização de atividades de interesse público sob a forma de empresas sugere capacidade de geração própria de recursos ?"o que acaba não ocorrendo em muitos casos.

Muitas estatais ?"dependentes ou não?" dão prejuízos ao cofres públicos.

Entre as estatais dependentes com passivos maiores do que ativos, os casos mais contundentes são do GHC, rede hospitalar gaúcha, com passivo de R$ 2,7 bilhões, e a Embrapa, cujo passivo era de R$ 1,3 bilhão em 2016.

Entre as independentes, o grupo Eletrobras sustenta, de longe, a pior situação, com patrimônio líquido negativo de R$ 20,3 bilhões em 2016.

Os dados são de 2016 porque os do ano passado ainda não estão disponíveis. Entre um ano e outro, porém, o quadro não mudou de forma significativa, diz Pellegrini.

SALÁRIOS

Entre as dependentes do governo, os custos com o salário de funcionários passam, em alguns casos, de R$ 20 mil ao mês, sem a garantia de que a maioria ofereça retorno proporcional ao investimento demandado do poder público.

Do orçamento total das dependentes, 86% eram absorvidos, em média, por salários e outras despesas correntes e apenas 14% direcionados para investimentos.

Em setembro de 2017, as 18 empresas reuniam 74 mil empregados ?"uma alta anual de 11,4% desde 2011, ano em que o número de funcionários efetivos era de 40,3 mil.

Entre as empresas com maior autonomia em relação ao governo, o ponto de atenção é outro: a distribuição de lucros na forma de dividendos, que funcionam como uma contrapartida dessas empresas à União.

Foram R$ 4,8 bilhões em dividendos pagos até setembro de 2017, ante R$ 1,5 bilhão de igual período de 2016. A marca, porém, ainda está distante do volume anual entre R$ 12 bilhões e R$ 28 bilhões obtido entre 2008 e 2015.

Para Pellegrini, se não existe capacidade de geração de receita própria entre as dependentes, seria melhor incluí-las em outros gastos da administração direta, como aqueles que o governo tem com ministérios. Entre as independentes, é preciso avaliar se o Estado precisa mesmo estar presente no setor.

Em nota, o Ministério do Planejamento disse que não comenta dados de terceiros.
Herculano
09/01/2018 12:29
Júlia:

O que facilita a ação contra a lei do agente pública, neste caso de Luiz Alves? A falta de mecanismos de transparência do e no poder público; a falta de uma oposição organizada voltada não apenas para buscar o poder, mas para fiscalizar o poder de plantão (quem perde, foi na verdade eleito para ser oposição e esquece dessa obrigação perante os seus eleitores); uma imprensa livre, ativa e desprovida de interesses negociais ou partidários; bem como um Ministério Público e um Tribunal de Contas pouco demandados.
Sidnei Luis Reinert
09/01/2018 12:12

terça-feira, 9 de janeiro de 2018
Lula não vai preso, porém não disputa Presidência


Edição do Alerta Total ?" www.alertatotal.net
Por Jorge Serrão - serrao@alertatotal.net

Foi derrubada mais uma falsa expectativa sobre uma prisão de Luiz Inácio Lula no próximo dia 24 de janeiro. Novamente, mais uma vitória da malandragem de Lula. A Assessoria de Imprensa do Tribunal Regional Federal da 4ª Região acabou forçada ao soltar uma nota oficial advertindo que uma eventual prisão de Lula só ocorrerá após o julgamento de todos os recursos em segunda instância.

O chefão $talinácio pode até ter confirmada a sua condenação imposta por Sérgio Moro. Não importa se o placar será por 2 a 1, ou por unanimidade. O máximo que pode acontecer é a esperada embromação, por infindáveis recursos, da sentença final aplicada a Lula não só no julgamento do triplex. O companheiro responde a outros seis processos com enorme chance de condenação na maioria deles. A melhor notícia já foi dada pelo Gilmar Mendes: com tanta bronca, Lula fica inelegível.

Teremos a lei da compensação. Lula não deve ser preso. Pelo menos no curto prazo. No entanto, não vai ter direito a disputar a Presidência da República no fla-flu de 2018. O PT deve lançar algum poste para perder. Lula, por baixo dos panos, terá o maior interesse no sucesso de seu grande aliado Henrique Meirelles. Este é o candidato do sistema a suceder Michel Temer ou Rodrigo Maia (se a saúde temerária falhar). Até mudanças de surpresa, a tendência segue por aí...

Lobo vai comer Lobo, e a chance de sobrevivência de Lula é a vitória do Meirelles em um fla-flu que pode ter até o Rodrigo Maia: "Sou cogitado porque há uma avenida aberta"... Para o Jair Bolsonaro, o Aldo Rebello, para a Marina Silva, para a Valéria Monteiro, para o Geraldo Alckmin, e para outros aventureiros menos ou mais votados... Do jeito que a coisa vai, daqui a pouco teremos gaiato querendo importar a a Oprah pra Presidenta... Mole, não...
Julia
09/01/2018 11:58
Bom dia Herculano.
Ilhota em Chamas - Sobre esse ex-prefeito de Luiz Alves Viland Borck eu já sabia que não era flor que se cheira.
Herculano
09/01/2018 10:28
GLEISI ECONOMIZA NA MORTADELA

Conteúdo de O Antagonista.Se os petistas forem a Porto Alegre para acompanhar o julgamento de Lula, vai faltar gente para o ato na avenida Paulista, que deve contar com o próprio condenado.

Esse é o temor de Gleisi Hoffmann, segundo a Folha de S. Paulo.

Ela está certa
Herculano
09/01/2018 10:21
QUEM PERDE COM BOLSONARO NO PSL? VOCÊ, por Luan Sperandio, no Instituto Liberal

A regra da política brasileira é a imprevisibilidade. Essa constatação é feita mais uma vez no episódio em que Jair Bolsonaro acordou sua filiação ao PSL e desistiu do projeto Patriotas. O movimento, na intenção de ter maiores chances dele chegar à presidência em 2018, possui vários perdedores, principalmente o eleitorado. O presidenciável sepultou 2 projetos que visavam tornar 2 partidos fisiológicos em siglas ideológicas: um partido conservador e outro liberal.

O projeto do Livres e do Patriotas eram relevantes porque, a despeito de termos quase 40 partidos, mais de 70% dos brasileiros não se sentem representados por nenhum deles. Isso se deve ao fato de que os partidos políticos brasileiros não precisam, de fato, representar ninguém para continuarem existindo, graças a privilégios como o fundo partidário. Assim, surgiram dezenas de siglas fisiológicas, sem qualquer compromisso com pautas e proposições prévias, o que incentiva a criação de legendas de aluguel e negociatas.

Para entender esses dois projetos precisamos voltar ao início de 2016. Em março daquele ano, Jair Bolsonaro deixava o PP para filiar-se ao PSC, e o partido lançava-o como pré-candidato a presidência. O projeto feito para ele chegar ao Palácio do Planalto foi interrompido a partir de desentendimentos internos com o parlamentar fluminense ao final daquele mesmo ano. Presidenciável como é, ao longo de 2017, Jair continuou viajando pelo Brasil e sondando partidos em busca de uma plataforma que lhe permitisse disputar a presidência em 2018. Em julho ele anunciou o compromisso com o Partido Ecológico Nacional, que passaria por uma reformulação interna. O propósito: tornar-se o partido conservador brasileiro.

Dessa forma, o PEN providenciou alterações em seu estatuto como parte do acordo para receber Bolsonaro. Retirou dele a causa ambiental e deu uma guinada à direita. Entre as alterações, proibiu-se a coligação com partidos considerados de extrema esquerda e pavimentaram-se deliberações ideológicas: defesa da propriedade privada, contra o aborto e legalização das drogas, a favor da redução da maioridade penal e do uso de armas de fogo para os cidadãos. Dezenas de diretórios passaram a ser dirigidos por indicações do parlamentar e sua assessoria. O Patriotas possuía o promissor projeto de tornar o PEN um partido conservador e com representatividade considerável no Congresso em 2019.

Paralelamente, criou-se o Livres, um grupo de renovação do PSL. Tendo como base a defesa da liberdade individual e econômica, o Livres era responsável por 12 diretórios estaduais e negociava na próxima janela partidária a formação de uma base de até 10 nomes no Congresso, com a ida de parlamentares de outros partidos para o PSL, principalmente os Cabeças pretas do PSDB. Outro fato marcante foi a economista Elena Landau ter saído do ninho tucano e migrado para a Indigo, fundação de políticas públicas criada pela corrente. Essas conquistas pavimentavam o planejamento do Livres de assumir o comando da Legenda ao final do primeiro trimestre de 2018 a partir de uma convenção extraordinária para a troca da cúpula partidária.

O Livres foi possível graças ao apoio do deputado federal, fundador e presidente de honra do PSL, Luciano Bivar, ao passo que o Patriotas possuía a chancela de Adilson Barroso, presidente do PEN. Novamente: eram dois projetos que visavam tornar partidos fisiológicos em ideológicos, destoando do costume da política partidária nacional.

Contudo, a partir de novas divergências internas com a base que estava no PEN antes de Bolsonaro, ele preferiu buscar outra casa e a encontrou no PSL. Luciano Bivar o convidou, e o Livres anunciou sua saída do partido. Bivar pode compor a chapa de Bolsonaro figurando como seu vice na campanha deste ano. No comunicado, eles defenderam em conjunto "o pensamento econômico liberal sem qualquer viés ideológico", seja lá o que seja isso, além da proteção a propriedade privada, valorização das forças armadas e de segurança.

Pensando em longo prazo, esse movimento de conveniência política de Jair Bolsonaro significa várias derrotas. Ele atrapalha a percepção do eleitorado do que seria de fato o liberalismo e sua distinção do conservadorismo, adia a formação de dois partidos que seriam ideológicos com essas respectivas bandeiras (necessárias para melhoria de nosso debate partidário) e evidencia que o presidenciável não está sabendo fazer o jogo político, criando dificuldades para uma candidatura mais robusta e, eventualmente, sua própria governabilidade caso eleito.

Como resumiu o cientista político Adriano Gianturco, o episódio é mais uma prova de que a política é um jogo de poder, barganhas, troca de favores e, eventualmente, traições. Quem perdeu com isso foi você, eleitor.
Herculano
09/01/2018 10:15
UM PARTIDO DE PROVOCADORES COM A MARCA DA DESTRUIÇÃO, DE UMA SUPOSTA GUERRA PERMANENTE CONTRA UM INIMIGO IMAGINÁRIO (ESTABILIDADE SOCIAL,ECONôMICA, INSTITUCIONAL E ÉTICA), DA CONFUSÃO, DO ATRASO, DA MENTIRA, DA DISSIMULAÇÃO, DA VITIMIZAÇÃO COMO MEIO DE SOBREVIVÊNCIA ENTRE ANALFABETOS, IGNORANTES E DESINFORMADOS SUA MASSA MAJORITÁRIA DE SUSTENTAÇÃO PARA SER PODER E CORROMPER

INFORMA A COLUNA PAINEL DO JORNAL DA FOLHA DE S. PAULO, DESTA TERÇA-FEIRA: "PREOCUPADO COM CONFLITO, PT ESCALA COMITIVA DE ADVOGADOS PARA AUXILIAR MILITÂNCIA EM ATO PRó-LULA


Sentido!
O PT escalou uma comitiva de advogados para dar respaldo à militância que vai acompanhar o julgamento de Lula pelo TRF-4, em Porto Alegre, no dia 24. Os defensores vão ficar de prontidão para oferecer suporte jurídico no caso de confrontos ou prisões. A decisão revela a preocupação de dirigentes do PT e dos movimentos de esquerda com o que eles têm chamado de "reação radicalizada" da base do partido à possível condenação do ex-presidente na segunda instância.

Lavo as mãos
As cúpulas do PT e dos movimentos de esquerda têm feito apelos para que os atos sejam pacíficos, mas admitem que o clima de revolta pode tornar a massa incontrolável. Sedes do Poder Judiciário e de meios de comunicação são vistos como potenciais alvos de ataques.
Herculano
09/01/2018 08:52
da série: a política não pé para novatos, como insisto por aqui e sou contestado, achando que santos podem entrar assim sem bater na porta e participar inocentemente das decisões. E ainda sou contestado diante de tantas evidências (e sacanagens).

O JOGO É PARA PROFISSIONAIS, por Bernardo Mello Franco, no jornal Folha de S. Paulo

Acabou-se o que era doce. Pelo menos para o Livres, um dos grupos que sonhavam despontar como novidade em 2018. Com discurso liberal, a turma apostou num atalho para encurtar o caminho das urnas. Em vez de criar um novo partido, negociou um casamento de conveniência com o nanico PSL. Na hora do "sim", apareceu outra noiva. Era o deputado Jair Bolsonaro.

"É com extremo pesar que comunicamos a saída do Livres do Partido Social Liberal", lacrimejou o grupo, em comunicado divulgado na última sexta. Não havia muita opção. Para quem tenta se apresentar como o novo, seria suicídio ficar ao lado de um refugo da ditadura militar.

O PSL preferiu trocar alianças com quem oferecia o maior dote. Em segundo lugar nas pesquisas, Bolsonaro prometeu levar um caminhão de votos. Isso pode garantir a sobrevivência da sigla, ameaçada de perder o dinheiro do fundo partidário.

Pior para o Livres, que havia apostado tudo na tática da barriga de aluguel. O grupo assumiu 12 diretórios do PSL e esperava ocupar a legenda por dentro até mudar seu nome e estatuto. Tudo certo, mas foi ingenuidade acreditar que o dono do PSL entregaria o partido de mão beijada.

O Livres confiou na palavra de Luciano Bivar, um dublê de empresário e cartola de futebol conhecido como o Eurico Miranda do Nordeste. Ex-deputado, ele integrou a bancada da bola, especializada em barrar investigações contra a cúpula da CBF.

Em 2006, Bivar disputou o Planalto com propostas amalucadas, como instalar um quartel em cada favela. Teve apenas 0,06% dos votos. Em 2014, ele apoiou Marina Silva. Quatro anos depois, diz ter "total comunhão de pensamentos" com Bolsonaro. Se o acordo desandar, pode reaparecer ao lado de Lula, Alckmin ou Eymael.

O tombo do Livres é um alerta para outros grupos que tentam entrar na política em parceria com velhos caciques. Num país em que os partidos funcionam como cartórios, o jogo eleitoral é coisa para profissionais
Herculano
09/01/2018 08:46
COMO FUNCIONA O MUNDO POLÍTICO COM OS NOSSOS PESADOS IMPOSTOS E QUE FALTAM PARA TUDO. ASSEMBLEIA DE SANTA CATARINA, GOVERNADA PELO PP,DE SILVIO DEVERECK, CONTRATOU UMA PALESTRA DO MÉDICO DRÁUZIO VARELA POR R%50 MIL E FINGIU QUE PAGOU R$150 MIL. AGORA TENTA EXPLICAR O INEXPLICÁVEL QUE GANHOU AS MANCHETES NACIONAIS

Apesar de renomado,primeiro por que uma palestra para meia dúzia de pessoas do médico cancerologista Dráuzio Varella, por esses exagerados R$50 mil, quando a saúde de Santa Catarina está verdadeiramente na UTI e sem controle do que deve aos prestadores de serviços e fornecedores de medicamentos?

Segundo:esta verba - apesar de ser do duodécimo da Alesc - não teria melhor destino se fosse ao pagamento de procedimentos e medicamentos de gente que está sofrendo na fila à espera de uma consulta para diagnosticar ou tratar o câncer em Santa Catarina e que o governo de Raimundo Colombo, PSD, está omisso e enrolado nos seus próprios descontroles d erros, sob a complacência dos deputados?

Terceiro, por que se contrataria dita palestra por R$50 mil e documentá-la como se pagou três vezes mais: R$150 mil? Isso mostra que a saúde é um negócio para gente sã, sem escrúpulos e bandida, que ganha com o sofrimento, a doença e até a morte dos outros. Essas intervenções de araques em hospitais são reveladoras.

Leia o que vai abaixo, e reflita. O conteúdo é do Diário Catarinense, de Florianópolis, da NSC.

"O médico Drauzio Varella está contestando o contrato firmado pela empresa dele com a Assembleia Legislativa de Santa Catarina, o único até hoje junto ao poder público. Segundo matéria da Revista Época, Drauzio foi convidado pela Alesc e aceitou palestrar no local no dia 15 de dezembro do ano passado.

A Assembleia divulgou ter pago R$ 150 mil pela conferência de uma 1h30. O oncologista, porém, cobrou R$ 50 mil pelo serviço e incluiu nesse valor gastos com deslocamento até Florianópolis.

Na noite de domingo, a Alesc divulgou uma nota de esclarecimento na qual alega que a divergência de valores foi um erro no sistema. Confira abaixo a nota na íntegra:

Com o objetivo de esclarecer a divergência de informação em publicação no Diário Oficial da Assembleia Legislativa do Estado de Santa Catarina sobre o custo da palestra do médico Dráuzio Varella no estado, a ALESC divulga que:

1. O valor empenhado e pago pela ALESC foi precisamente o valor cobrado pelo palestrante, ou seja, R$ 50 mil reais. Que a ação (empenho e pagamento) não teve qualquer tipo de variação de valor.

2. O valor de R$ 150 mil publicado no Diário Oficial da Casa representa um erro do sistema, que somou outros valores equivocadamente a este item de despesa.

3. Que apesar do erro de publicação, o processo prático - inclusive a prestação de contas - nunca teve erro real e, além disso, é público e pode ser livremente consultado por qualquer cidadão.

A ALESC lamenta o equívoco".

Volto.

1. Lamenta? Hum! Quem vai ser penalizado? Erro no sistema, porque o caso veio a público. Quem alimenta o sistema? Não é o sistema. É gente! Há "tantos" erros no sistema do serviço público. Eles só acontecem ou são descobertos, quando há fiscalização. É muita coincidência! Eu que acompanho com frequência o Diário Oficial dos Municípios tenho me deparado com esses "equívocos", depois de revelados aqui.

2. O médico Dráuzio- um exemplo de decência e profissionalismo - nunca fez antes contrato com órgãos públicos para a suas palestras. Bem sabia que isso era um risco, diante do câncer que é o sistema público, que ele também bem conhece, como médico voluntário que foi e é (Carandiru).Logo na primeira palestra, sentiu como funciona esta máquina de errar e engolir impostos dos trabalhadores que não conseguem o retorno para o mínimo em saúde pública.

3. O vice-presidente da Assembleia, Aldo Schneider, PMDB, que deveria assumir a presidência agora em fevereiro, mas que ainda padece e tenta se recuperar em São Paulo de grave câncer na coluna, deveria relatar aos seus pares o que é sofrer com tal doença.Vergonha.
Herculano
09/01/2018 08:12
AVENIDA BOTOFOGO

Conteúdo de O Antagonista. Rodrigo Maia disse que "há uma avenida aberta" para sua candidatura presidencial, apesar de ter menos de 1% nas pesquisas.

Leia um trecho de sua entrevista para O Globo:

"Uma coisa é risco e outra coisa é aventura. Eu não tenho problema de correr risco, mas não estou disposto a participar de uma aventura. Não vejo problema em discutir o assunto. Há partidos achando que eu devo avaliar. Agora, admito que o salto que preciso dar para ser candidato a algo que não seja deputado federal é muito grande. Sou deputado, nunca fui majoritário. Sei que esta seria uma construção que seria feita num ambiente em que a possibilidade de crescer nas pesquisas não é grande. Mas, se estou sendo cogitado como uma alternativa, é porque há uma avenida aberta. E quem vai dirigir por essa avenida? Quem não antecipar o processo, tiver uma base política importante e segmentos da sociedade que possa representar para largada."
Herculano
09/01/2018 08:10
APóS QUEDA RECORDE, PREÇOS EM SUPERMERCADOS VOLTARÃO A SUBIR EM 2018, por Maria Cristina Frias, na Coluna Mercado, para o jornal Folha de S. Pàulo

A queda de preços observada nos supermercados em 2017, a maior desde que entrou em vigor o Plano Real, não deverá se repetir neste ano, segundo a Apas (associação setorial paulista).

A projeção é que, após uma retração de 2,3% no ano passado, a inflação do setor seja similar à do IPCA e gire entre 3% e 4%, diz Thiago Berka, economista da entidade.

"Vai ser muito difícil um recuo [nos preços] desse porte se repetir tão cedo."

A safra recorde de grãos e o elevado grau de desemprego foram os maiores responsáveis pela deflação do último ano, de acordo com a Apas.

"Vamos ter uma safra boa em 2018, mas como a base de comparação é muito elevada, a expectativa é de uma diminuição de 10%, então a oferta sofrerá alguma pressão."

"A demanda também vai aumentar quando houver uma melhora significativa nos postos com carteira assinada, o que ainda não ocorreu."

Nem os últimos meses do ano, que tradicionalmente são de alta nos preços, tiveram uma oscilação muito significativa -em dezembro, eles cresceram 0,27%, abaixo do esperado.

"As categorias que são carros-chefe das festas de fim de ano, como aves, carne suína e chocolates, foram utilizadas pelos supermercados para atrair consumidores, o que fez com que os valores ficassem 'mais comportados'."

A tendência, em 2018, é que carnes e cereais sejam responsáveis pelos maiores aumentos na inflação, segundo o economista.
Herculano
09/01/2018 08:07
CORREIOS: DECLÍNIO ATRASA ENTREGAS E AFASTA CLIENTES, por Cláudio Humberto, na coluna que publicou hoje nos jornais brasileiros

A queda vertiginosa de qualidade dos serviços afugenta os clientes dos Correios, que já não suportam atrasos e extravios de encomendas, e fazem opção por empresas privadas. Uma correspondência comercial saiu de Lisboa para Brasília e levou 47 dias para chegar. Outro leitor, de Goiânia, pagou mais caro para entrega urgente, mas o documento só chegou 25 dias depois em Brasília, a cerca de 200km de distância.

ASSIM NÃO DÁ
Documento postado em Portugal em 20 de dezembro chegou no Brasil no dia 22, segundo o rastreamento, mas ao destinatário ainda não.

ROMBO BILIONÁRIO
Apesar das medidas para reduzir seus gastos, os Correios registraram prejuízo R$ 2,03 bilhões nos primeiros 11 meses de 2017.

NINGUÉM AGUENTA
Grande parte do rombo dos Correios decorre do custo astronômico do plano de saúde dos empregados, de R$450 milhões por ano.

DE FILHO PARA PAI
O plano de saúde que sindicalistas irresponsáveis impuseram aos Correios é único no mundo: beneficia até os pais dos empregados.

AÉREAS LUCRAM MUITO COM O 'COTÃO' PARLAMENTAR
As quatro maiores empresas aéreas brasileiras (Latam, Gol, Avianca e Azul) faturaram R$ 152,7 milhões apenas com a cota parlamentar dos deputados e senadores desde 2015, segundo dados da Transparência do Congresso. Sem licitação, assim como a Medida Provisória do governo Dilma que liberou a compra direta com as aéreas, o gasto com passagens é de longe o mais alto entre as despesas pagas no "cotão".

LATAM, PREDILETA DOS POLÍTICOS
A Latam, que usa critérios distintos para bagagem de mão em cidades diferentes, foi a que mais lucrou com os parlamentares: R$ 67 milhões.

GOL LOGO ATRÁS
Em segundo lugar, a Gol recebeu R$ 48,7 milhões no período. Azul e Avianca levaram R$ 18,6 milhões e R$ 18,3 milhões, respectivamente.

SEM LIMITE
Ao todo, foram mais de 330 mil compras nos últimos três anos, o que equivale a uma média de 557 notas apresentadas por parlamentar.

FONTE MANJADA
O governo atribui a Rodrigo Maia fofocas sobre a saúde de Michel Temer. E outras notícias do poder. Ministros até já combinaram contar lorotas na frente dele só para se divertir com a divulgação, logo depois.

APARÊNCIA É O QUE IMPORTA
Preocupa o Planalto o suposto achaque do deputado Lúcio Vieira Lima a amigos do irmão Geddel, para evitar incluí-los em eventual delação. "Não é verdade, mas verossímil, daí o perigo", disse um ministro.

PEGA-PEGA
O PDT avalia desistir da candidatura de Ciro Gomes. O dono do partido, Carlos Lupi, estaria preocupado com o suposto envolvimento do seu irmão, o ex-governador Cid Gomes, com a Lava Jato.

DONOS DO PODER
O presidente do DEM, senador José Agripino (RN), poderá se reeleger na convenção do partido, marcado para 6 de fevereiro. Mas o prefeito de Salvador, ACM Neto, e Rodrigo Maia querem o comando da sigla.

PÁTRIA LESADA
O general Augusto Heleno classificou como "crime de lesa-pátria" o acordo para a Petrobras pagará R$9,5 bilhões a acionistas nos EUA. E critica a imprensa: "repórteres conseguem o feito de omitir qualquer referência a Lula, Dilma, PT e presidentes da Petrobras responsáveis".

NA SUA CONTA
Custou quase R$ 800 milhões ao contribuinte, em 2017, o "Minha Casa, Minha Vida - Entidades", criado por Lula em 2009 para transferir dinheiro para entidades ligadas a movimentos sociais, tipo MST.

ALô NOVOS POLÍTICOS
Quem pretende concorrer a cargos eletivos este ano deve se filiar a um partido político até dia 7 de abril, seis meses antes das eleições. Dia 7 de abril também é o prazo final para registrar o domicílio eleitoral.

RETÍFICA CH
A proibição, até a eleição, de contratar shows para inaugurar obras etc está na cartilha da AGU com condutas vedadas (e não veladas) aos agentes públicos. A prática, entretanto, é sempre feita de forma velada.

PENSANDO BEM...
...em vez de telefonar ao presidente para saber se o cargo ainda é seu, a nova ministra do Trabalho deveria ter aproveitado para se demitir.
Herculano
09/01/2018 08:04
PERDER PARA UM DÉBIL MENTAL DIZ MAIS DO QUE SOBRE O DÉBIL, por João Pereira Coutinho, sociólogo e escritor português, no jornal Folha de S. Paulo

Pois é: sou um fraco. Li "Fire and Fury: Inside the Trump White House" (fogo e fúria: por dentro da Casa Branca de Trump), o livro-escândalo de Michael Wolff sobre o primeiro ano do nosso Donald aos comandos do mundo. E gostei.

Sejamos sinceros: não sei ?"alguém sabe??" se os fatos que Wolff relata estão certos ou errados. Talvez sim, talvez não. Isso interessa? Para mim, nem um pouco. Como escreveu Mick Brown para o "Daily Telegraph", se aquilo não é verdade, parece verdade.

Essa, aliás, é a melhor definição de ficção que conheço ?"e, se Wolff não é um jornalista íntegro, pelo menos é um romancista talentoso: ele cria um mundo verosímil e nos transporta lá para dentro.

Os diálogos, por exemplo, conseguem a proeza de definir personagens em poucas palavras ?"cada uma com sua voz própria, gramática própria, ritmo próprio. Quando Trump fala, nós conseguimos escutá-lo nas páginas da obra. O mesmo acontece com Steve Bannon, a filha Ivanka e o genro Kushner.

Mas não é apenas a linguagem que é plausível. É a "atmosfera" criada. No "Telegraph", o mesmo Mick Brown fala de uma mistura de "Sopranos" com Kafka. Assino em baixo. Embora eu talvez acrescentasse um pouco de Luis Buñuel (na sua fase mexicana).

Vejamos a noite da vitória. Quando saem os resultados, a reação primeira de Trump é choque e pavor. Como o príncipe da Noruega, ele parece ter visto "um fantasma".

Mas é terror que dura pouco: depois da pergunta inevitável (como foi que isso aconteceu?), a certeza inevitável (isso só podia acontecer a um gênio como eu). Existe alguém que não consiga imaginar essa sucessão de estados de espírito no personagem em causa?

Aliás, o melhor do livro está nesses pormenores cotidianos que constroem (e destroem) o presidente. Como o medo de ser envenenado ?"um clássico de qualquer imperador romano, embora em Roma não existisse McDonald's para salvar o dia. Ou a solidão da besta, encerrada no seu quarto, comendo cheesebúrgueres e tendo o celular como única companhia.

E fora do quarto?

O caos. Um caos infantil, paranoico, surreal. Lá encontramos o defunto Steve Bannon tentando afastar qualquer conselheiro que diminua a sua autoridade sobre o Donald. Lá encontramos Ivanka, a pérfida, sonhando com uma candidatura presidencial futura ?"e revelando aos amigos, entre risos, a mecânica do cabelo do pai (demasiado complexa para explicar aqui).

E também temos o genro, Jared Kushner, desprezado por Trump como um "suck-up" (um reles bajulador, exatamente como eu o imagino pelo seu ar lânguido e timorato).

Uma vez mais, Wolff escolhe as palavras com mestria, mexendo com os preconceitos do público e cobrindo a prosa com um verniz de autenticidade que não está ao nível de qualquer um.

Para Trump, Bannon é "desleal" (e sempre com "um ar de bosta"; difícil discordar). Reince Priebus, ex-chefe de gabinete, é um "fraco" (e demasiado baixo, quase "um anão"). Sean Spicer, ex-porta-voz da Casa Branca, é "estúpido" (e igualmente foleiro). Etc. etc.

Não é preciso uma grande "suspensão da descrença" para imaginar Trump com esses comportamentos. Moral da história?

Para Wolff, o presidente não é apenas "impreparado" (a descrição de Trump aprendendo a Constituição americana é um primor de comédia: pelos vistos, o Donald perdeu o interesse a partir da Quarta Emenda ?"um "gag" digno de Woody Allen).

Trump, no retrato de Wolff, é um débil mental ?"e a Casa Branca é uma espécie de asilo psiquiátrico tomado de assalto pelos próprios doentes.

Claro que uma tese dessas, apesar do talento literário, choca frontalmente com duas perguntas óbvias a que Wolff é incapaz de responder.

A primeira é tentar explicar como foi possível a um débil mental vencer as eleições presidenciais. Não existe aqui uma terrível contradição?

A segunda pergunta, que procede da primeira, é ainda mais desconfortável para a "intelligentsia" progressista: se Trump é um débil mental, que dizer dos que perderam para ele?

É por isso que, depois de ler o livro, a minha última gargalhada não foi para Trump. Foi para os adversários de Trump, que gostam de exibir um estranho complexo de superioridade.

Perder para um "gênio", como Trump se considera, seria compreensível e até perdoável. Perder para um débil mental diz mais sobre a qualidade dos adversários do que sobre o débil propriamente dito
Herculano
09/01/2018 08:00
OS ALVOS DO QUEBRA-QUEBRA LULISTA

Conteúdo de O Antagonista. Petistas disseram à Folha de S. Paulo que, se Lula for condenado em 24 de janeiro, poderá haver uma "reação radicalizada".

De acordo com eles, "sedes do Poder Judiciário e de meios de comunicação são vistos como potenciais alvos de ataques" dos militantes de esquerda.

A TV Globo que se cuide
Herculano
09/01/2018 07:56
SEM FIM, SEM FINS, editorial do jornal Folha de S. Paulo

A Zona Franca de Manaus é o exemplo de almanaque de como programas de benefício tributário se perpetuam e se agigantam, sob os mais variados pretextos, à medida que interesses privados e políticos passam a prevalecer sobre os objetivos originais da medida.

Criada em 1967 pelo regime militar, a ZFM proporcionaria incentivos para o desenvolvimento econômico da Amazônia. Seu prazo era de três décadas; no ano passado, ela completou meio século de vida; após sucessivas alterações, sua vigência está estabelecida na Constituição até o longínquo 2073.

Metas de fomento industrial ou regional pouco importam a esta altura. Pode-se apostar que, em qualquer cenário futuro, um poderoso lobby empresarial e parlamentar buscará nova prorrogação das benesses.

Apenas neste ano, o governo abrirá mão de R$ 283 bilhões em receita tributária ?"muito, diante da arrecadação efetiva esperada de R$ 1,3 trilhão. Do montante, 84% dizem respeito a benefícios sem data para acabar. Os mais de R$ 20 bilhões referentes à Zona Franca, ironicamente, estão em minoria.

Programas do gênero não raro despertam simpatia que obscurece suas distorções. O maior deles, o Simples, começou como alívio para empresas minúsculas; hoje abarca aquelas com faturamento anual até R$ 4,8 milhões, teto regularmente elevado pelo Congresso.

Não é difícil entender a permissividade: reduzir impostos rende dividendos políticos imediatos para governantes e congressistas, a custo opaco ?"ainda que real?" para o restante dos contribuintes.

Foi preciso o Orçamento federal chegar ao esgotamento para que o tema ganhasse relevo na política econômica. Conforme noticiou esta Folha, um levantamento do Tribunal de Contas da União constatou que 53% dos benefícios nem mesmo estão vinculados a um órgão responsável pelo monitoramento de seus resultados.

Rever o alcance de tais iniciativas e, quando for o caso, fixar prazos para seu encerramento são modos menos traumáticos de reforçar as contas públicas do que, por exemplo, instituir novos tributos ou paralisar investimentos.

Não se trata de demonizar a renúncia fiscal, muitas vezes justificável, nem de imaginar que seus valores possam ser convertidos de imediato em arrecadação.

Irracional e injusto é que negócios de viabilidade duvidosa prosperem à sombra do Estado sem vantagem social correspondente
Roberto Sombrio
08/01/2018 22:22
Oi, Herculano.

Estudos estão sendo feitos para que nas eleições de outubro as urnas eletrônicas tenham (além do branco, verde e vermelho), um botão preto.
O eleitor que não quer um candidato que estiver concorrendo, basta digitar o numero do candidato e apertar o tal botão preto.
Este botão será o único ligado a internet e quando os votos das urnas do país somadas, registrarem via internet, que o candidato tem 30% de rejeição, o mesmo é lançado em um esgoto caindo direto na fossa de descarte de onde não volta mais.

Ué! Não existe isso?
Devíamos pensar, pois a tecnologia tem capacidade para executar.
Erva Daninha
08/01/2018 20:09
Oi, Herculano

A coluna Olhando a Maré, bombou!!!
Bombou para tirar água do SAMAE INUNDADO KKK...
Sidnei Luis Reinert
08/01/2018 19:01
Herculano, se os "globalistas" são contra algum candidato cristão que se espelhe em Trump, e que tem como lema DEUS ACIMA DE TUDO, acreditamos estar no melhor caminho, se não o certo...
Invadir brasília e chutar o traseiro dos comunistas como na Ucrânia será difícil de acontecer.
Herculano
08/01/2018 18:35
POLÍTICOS SÃO SEMPRE IGUAIS NAS TETAS E OPORTUNISMO. ELES Só FINGEM NO DISCURSO, POIS QUANDO POSSUEM A OPORTUNIDADE DE SEREM DIFERENTES COMO ALARDEIAM NO PALANQUE, AINDA SÃO CORAJOSOS NA JUSTIFICATIVAS TRATANDO TODOS COMO ANALFABETOS, IGNORANTES E DESINFORMADOS.

Abaixo publiquei uma reportagem desta segunda-feira jornal Folha de S. Paulo sobre o uso da verba auxílio-moradia pelo deputado Jair Bolsonaro, ainda no PSC-RJ. Incrível. Cada vez ele fica mais igual a qualquer outro candidato. Quem paga o apartamento funcional que está à disposição e não é usado pelo deputado, é o povo com seus pesados impostos. Ou seja, é pago duplamente: na manutenção de um apartamento funcional e uma verba auxilio para não usá-lo e pagar outra moradia.

Confunde propositadamente as verbas. Como se a suposta economia de uma, pudesse compensar o mal uso da outra.

Nota da assessoria de Jair Bolsonaro

O advogado Gustavo Bebianno, assessor de Jair Bolsonaro, enviou a O Antagonista nota respondendo à reportagem sobre o pagamento de auxílio-moradia ao deputado.

Leia abaixo a íntegra da nota:

"Em resposta às especulações acerca da utilização da verba parlamentar denominada auxílio-moradia pelo deputado Jair Bolsonaro, informamos que:

1) O auxílio-moradia é verba facultada aos parlamentares não contemplados com imóvel funcional, criada pela Mesa da Câmara dos Deputados em 1979 (ato da Mesa nº 15/79). Sua finalidade é a de custear a moradia dos parlamentares em Brasília, que mantêm residência em diferentes estados do país. O deputado Jair Bolsonaro reside no Rio de Janeiro;

2) Tais apartamentos funcionais são de alto luxo, com quatro suítes cada um, os quais impõem pesados gastos para o Estado. Parlamentares contemplados com apartamentos funcionais não recebem auxílio em dinheiro;

3) O deputado Jair Bolsonaro, assim como outros parlamentares não contemplados com apartamento funcional, recebe essa complementação financeira destinada ao custeio de sua estada em Brasília, cujo valor líquido, após desconto da alíquota do imposto de renda, é de R$ 3.083,43 (vide recente contracheque anexo);

4) O deputado Jair Bolsonaro ocupa pequeno e modesto apartamento de 2 quartos em Brasília, adquirido há alguns anos, o qual nem de longe corresponde ao padrão ostentado pelos seus pares. Ele vive exclusivamente de seus vencimentos como parlamentar e não usufrui ou compactua com qualquer transação ou esquema ilícito;

5) Deputados recebem VERBA DE APOIO À ATIVIDADE PARLAMENTAR, que inclui o custeio de combustível, telefone, locação de veículos, passagens aéreas, restaurantes, consultoria em geral, entre outros. O deputado Jair Bolsonaro é um dos que mais economiza na utilização de tais recursos, tendo devolvido aos cofres públicos mais de R$ 1.3 milhão desde 2010. Esse é fato de extrema relevância, mas que a grande imprensa prefere ignorar."
Herculano
08/01/2018 18:21
da série: enquanto governantes e governadores não forem responsabilizados,incluindo ai à perda dos seus mandatos,os presídios continuarão sendo masmorras aos apenados e um antro de ampla e lucrativa corrupção e ilicitudes ao sistema prisional.Só perde a sociedade que banca tudo isso com os seus pesados impostos sem retorno algum para quem está preso e para quem está livre.

CÁRMEN LÚCIA FOI ALERTADA DE QUE HAVIA EXPLOSIVOS EM PRESÍDIO DE APARECIDA DE GOIÂNIA, por Gérson Camarotti, no G1

Apesar da declaração do governador de Goiás, Marconi Perillo (PSDB), que rebateu a informação sobre insegurança no presídio de Aparecida de Goiânia, a ministra Cármen Lúcia, do Supremo Tribunal Federal (STF), foi desaconselhada de visitar o local por vários interlocutores.

A ministra chegou a viajar para a capital goiana e a se reunir com autoridades do estado nesta segunda-feira (8), mas não foi ao presídio . No local, ocorreram três rebeliões e nove mortes na semana passada.

A ministra, que também é presidente do CNJ, foi alertada inclusive de que havia explosivos dentro do complexo penitenciário, e que presos teriam armas de fogo e até granada. Diante das novas informações, Cármen Lúcia pediu uma nova inspeção no local.

A afirmação de Perillo de que a ministra teria absoluta segurança para fazer a visita foi recebida como uma espécie de "bravata" por auxiliares do STF. Isso porque desembargadores, juízes e integrantes da OAB e do Ministério Público fizeram alertas preocupantes da situação interna do presídio.

Essa não é a primeira vez que Cármen Lúcia não consegue visitar um presídio. Em 2016, quando visitou o Rio Grande do Norte, a ministra foi alertada pelas autoridades locais que não seria possível garantir a segurança dela dentro do presídio de Alcaçuz, pois havia até mesmo campo minado. Meses depois, houve rebelião com o massacre de vários presos no local.
Herculano
08/01/2018 18:10
DE LIVRE ATIRADOR PASSOU A ALVO. RECLAMA, MAS DO QUE? ORA, SE QUER SER PRESIDENTE E DIFERENTE DOS LAMBUZADOS QUE ESTÃO AI, NÃO DEVERIA TEMER À DEVASSA. ELA É A SUA MELHOR PROVA DA COERÊNCIA E FORTALEZA DOS PROPóSITOS.

COM IMóVEL PRóPRIO, BOLSONARO GANHA AUXÍLIO-MORADIA DA CÂMARA

Conteúdo do jornal Folha de S. Paulo. Texto de Camila Mattoso e Ranier Bragon, da sucursal de Brasília. O presidenciável Jair Bolsonaro (PSC-RJ) e um de seus filhos, Eduardo Bolsonaro (PSC-SP), recebem dos cofres públicos R$ 6.167 por mês de auxílio-moradia mesmo tendo um imóvel em Brasília.

Ambos são deputados federais. O apartamento de dois quartos (69 m²), em nome de Jair, foi comprado no fim dos anos 90, quando ele já recebia o benefício público, mas ficou pronto no início de 2000.

O político recebe da Câmara o auxílio-moradia desde outubro de 1995, ininterruptamente. Eduardo, desde fevereiro de 2015, quando tomou posse em seu primeiro mandato como deputado.

Ao todo, pai e filho embolsaram até dezembro passado R$ 730 mil, já descontado Imposto de Renda.

Além do apartamento na capital, os políticos da família Bolsonaro têm mais 12 imóveis no Rio, a maior parte adquirida nos últimos dez anos, como mostrou a Folha neste domingo (7).

O auxílio-moradia é pago a deputados que não ocupam apartamentos funcionais no DF. Como há mais deputados do que vagas em imóveis destinados a eles, a Câmara desembolsa para cada um desses, por mês, R$ 4.253.

Há duas formas de pagamento: 1) por meio de reembolso, para quem apresenta recibo de aluguel ou de gasto com hotel em Brasília, 2) ou em espécie, sem necessidade de apresentação de qualquer recibo, mas nesse caso com desconto de 27,5% relativo a Imposto de Renda.

Jair e Eduardo Bolsonaro utilizam essa segunda opção, o que rende mensalmente, para cada um, R$3.083.

O auxílio-moradia pode ser recusado pelos congressistas.

Em novembro, por exemplo, a listagem oficial da Câmara dos Deputados mostra 336 parlamentares ocupando apartamentos funcionais fornecidos pela Casa, 81 recebendo reembolso após apresentarem comprovante de gasto com moradia e 69 recebendo o valor em espécie, descontado o IR, sem necessidade de apresentar qualquer recibo de gasto com moradia, entre eles Bolsonaro e seu filho.

Ou seja, pelas informações da Câmara, 27 dos atuais 513 parlamentares abriram mão de receber o dinheiro ou apartamento da Câmara ?"entre eles os oito deputados do Distrito Federal.

A reportagem visitou o prédio em que está o apartamento em nome do presidenciável, que fica no Sudoeste, uma dos bairros do Plano Piloto, a região central de Brasília.

Segundo funcionários do edifício, Eduardo Bolsonaro é visto semanalmente no local.

CASA PR?"PRIA

O apartamento de Brasília foi um dos primeiros da vida Bolsonaro. Segundo a escritura, o imóvel passou a pertencer oficialmente ao político em maio de 2000.

Em julho de 1998, no entanto, ele já colocava o apartamento em sua declaração de bens à Justiça Eleitoral.

O valor pago, segundo o documento registrado em cartório, foi de R$ 75 mil, pagos em espécie. De outubro de 1995, quando começou a receber o auxílio-moradia, até julho de 1998, quando declarou já ser seu o novo apartamento em Brasília, recebeu a exata quantia de R$ 71,6 mil, também recebidos em espécie.

Não há a data certa do pagamento de Bolsonaro para a Marko Engenharia, construtora do prédio. Na escritura, de 20 de maio de 2000, consta apenas que o preço de R$ 75 mil foi "pagos anteriormente em moeda corrente nacional, pelo que dá plena, rasa, geral e irrevogável quitação".

A Folha falou com o representante da Marko, José Wilson Silva Corrêa, que aparece na escritura como "procurador", mas ele disse "não se lembrar" da transação e que não era responsável por ela.

OUTRO LADO

Procurados desde a última quinta-feira (4), Jair Bolsonaro e seu filho Eduardo não responderam as perguntas enviadas pela reportagem a respeito dos imóveis que possuem.

MORADIA PAGA
Bolsonaro e um de seus filhos já obtiveram R$ 730 mil de auxílio-moradia da Câmara

out.1995
Bolsonaro começa a receber auxílio-moradia

jul.1998
Bolsonaro coloca em sua declaração de bens o seu apartamento em Brasília informando o valor de cerca de R$ 75 mil

mai.2000
Bolsonaro assina a escritura do imóvel, declarando que os R$ 75 mil foram "pagos anteriormente" em "moeda nacional"

jan.2001
Mesmo com imóvel em Brasília, Bolsonaro continuou recebendo o auxílio-moradia, o que faz até os dias atuais

fev.2015
Eduardo Bolsonaro toma posse como deputado federal e começa a utilizar auxílio-moradia, mesmo com o imóvel da família em Brasília

2017
Patrimônio de Bolsonaro e seus três filhos parlamentares chega a 13 imóveis, que valem pelo menos R$ 15 milhões

R$ 622 mil
Total arrecadado por Bolsonaro de out.1995 até 2017

R$ 107 mil
Total arrecadado por Eduardo de fev.2015 até 2017

*Valor nominal da época, considerando desconto de imposto de Renda. Deputados que apresentam comprovante de aluguel podem receber valor integral, sem desconto do IR
Herculano
08/01/2018 18:02
SEM AUTOCRÍTICA, editorial do jornal O Globo

Mesmo economistas ligados ao PT admitem que a situação fiscal estava insustentável

O papel da oposição é, por óbvio, opor-se. Então, mesmo diante das muitas evidências de que a economia está em recuperação, o PT e legendas que compunham a aliança que sustentou Lula e Dilma no poder negarão qualquer melhoria. Bem como legendas que se alinham à esquerda, mesmo sem terem feito parte da gestão lulopetista. É do jogo político.

Como o PT perdeu muitas oportunidades para fazer autocrítica, não deverá reconhecer que a debacle que a dupla Lula-Dilma causou na economia, com o "novo marco macroeconômico", se garantiu a reeleição da presidente, em 2014, também criou as condições para ela ser impedida pelo Congresso. Enquanto jogava o país na mais profunda recessão jamais sofrida, segundo as estatísticas oficiais ( aproximadamente 8% de retração do PIB no biênio 2015/ 2016; queda de 10% na renda per capita, jogando no desemprego uma população de mais de 14 milhões de pessoas.

Houve uma alteração radical na condução da economia do primeiro governo Lula, com Antonio Palocci na Fazenda e Henrique Meirelles no Banco Central, para a segunda gestão, com Dilma Rousseff na Casa Civil e Guido Mantega na Fazenda. A crise mundial aprofundada em 2008/9 serviu de pretexto para o lulopetismo aplicar, enfim, a velha receita intervencionista sempre defendida pelo PT até desembarcar no Planalto.

Com Dilma na Presidência, chegou o momento de ir fundo no experimentalismo nacional-populismo, e o resultado foi o que se viu. O voluntarismo, outra característica deste tipo de visão ideológica, foi exercitado ao extremo. Por exemplo, quando Dilma, em 2011 e 2012, com o BC de Alexandre Tombini sob controle, forçou o corte dos juros básicos da economia ( Selic), de mais de 12,5% para 7,25%, mesmo que a inflação não aconselhasse a redução. Como previsto, ela ganhou fôlego e passou a rodar no limite superior da meta, de 6,5%. Não houve alternativa a não ser permitir que o BC voltasse a elevar os juros. A bola de neve que já descia a ladeira aumentou de velocidade e cresceu.

A clara e indevida intervenção do Planalto no BC ajudou a deteriorar a expectativa perante o Brasil e fez recuar ainda mais os investidores. Projetos de ampliação de fábricas foram engavetados e tudo mais. A inflação se manteve rígida, rumou para os dois dígitos, consumidores se retraíram e foi disparado o gatilho da funda recessão.

A contabilidade criativa de Arno Augustin, do Tesouro, foi acionada sob as bênçãos de Dilma e Guido, para maquiar as contas públicas, e isso levou a presidente ao impeachment. Com a retração, a Previdência, já estruturalmente abalada há tempos, entrou na UTI. O que a equipe econômica de Temer fez foi restaurar alguns princípios sensatos de politica econômica e conseguir que o Congresso aprovasse um teto para os gastos, a fim de dar um horizonte visível ao Orçamento. Tem funcionado: a inflação caiu de dois dígitos para 3%, e disso se beneficiam os salários. E o desemprego recua. Fatos.
Herculano
08/01/2018 18:01
UMA TÊNUE LUZ DOS TÉCNICOS CONTRA POLÍTICOS IRRESPONSÁVEIS COM O BRASIL E OS NOSSOS PESADOS IMPOSTOS QUE SÃO DESVIADOS PARA A FARRA DELES.

DISCUSSÃO SOBRE A REGRA DE OURO NÃO É "ADEQUADA" PARA O MOMENTO, DIZ MEIRELLES


Conteúdo do jornal Folha de S. Paulo. Texto de Maeli Prado, da sucursal de Brasília. Após reunião com o presidente Michel Temer, e em meio a conflito com o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), o ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, afirmou nesta segunda-feira (8) que a flexibilização da chamada regra de ouro, que impede tomar dívidas em volume maior que investimentos, não é "adequada" para o momento atual.

Em 2018, a regra será cumprida, mas no ano que vem a estimativa é que a necessidade de endividamento da União ultrapasse entre R$ 150 bilhões e R$ 200 bilhões os investimentos e despesas com custeio da máquina pública.

"A orientação do presidente é que não deve haver flexibilização ou suspensão pura e simples da regra. O que podemos estudar são regras de auto ajustamento em caso de superação dos limites", afirmou Meirelles. "2018 é uma situação equacionada, vai cumprir. Existem discussões e preocupações com anos futuros. Mas achamos que, de fato, isso não é adequado para este momento", disse o ministro.

Meirelles lembrou que flexibilização da regra era prevista dentro de uma PEC (proposta de emenda à Constituição) de autoria do deputado Pedro Paulo (MDB-RJ), mas afirmou que a prioridade atual é resolver a situação fiscal do país.

"Existe uma proposta parlamentar neste momento, mas a prioridade agora é resolver a situação fiscal do país, concretizada pela votação importante que é a reforma da Previdência. Esse é o nosso foco de atenção, essa é a nossa prioridade. Vamos de fato dar foco na Previdência".

O objetivo da regra é evitar que o Estado se endivide para pagar despesas correntes, como pessoal e manutenção, empurrando a conta para futuros governos. E pune gestores e o presidente da República pelo crime de responsabilidade, que poderia resultar num processo de impeachment.

A PEC em estudo na Câmara permitiria que essa punição fosse suspensa temporariamente, mas a ideia foi rejeitada pelo presidente da Câmara após Meirelles declarar que era a favor da substituição dessa suspensão por mecanismos de controle de despesas, como proibição de reajustes salariais e concessão de novas desonerações fiscais.

Em outras palavras, a equipe econômica defendia que, em caso de descumprimento da regra, seriam acionados automaticamente mecanismos de correção de rota, como proibição de criar novas despesas, contratar pessoal ou aumentar salários de servidores.

Neste ano, segundo cálculos do Tesouro, o governo precisará de R$ 184 bilhões para se adequar à norma. Conta com R$ 148,6 bilhões em devoluções do BNDES ?"R$ 130 bilhões em 2018 e cerca de R$ 20 bilhões que "sobraram" do pagamento feito pelo banco em 2017.

A dificuldade maior, entretanto, é 2019, quando não estão previstos novos pagamentos do BNDES e esse descompasso ficará entre R$ 150 bilhões e R$ 200 bilhões.

BRECHA

De acordo com Oliveira, está sendo feito um levantamento sobre o funcionamento da regra de ouro, e sobre como funcionaria uma possível exceção a ela, que prevê que o Congresso pode dar uma autorização especial para o seu descumprimento.

"A principal dúvida é se essa ressalva pode ser aplicada durante a elaboração do Orçamento ou durante a execução. O texto não é preciso, e há interpretações nas duas direções", declarou.

"A Constituição cria uma ressalva, salvo se houver autorização do Congresso, da maioria das casas. Dada a recomendação para que isso seja estudado mais profundamente, o tema não será tratado de imediato, trataremos mais adiante. Há algumas dúvidas do ponto de vista jurídico que precisam ser sanadas", disse
Herculano
08/01/2018 17:57
O DIA DA IRA, por Denis Lerrer Rosenfield, filósofo, para os jornais O Estado de S. Paulo e O Globo

Para os petistas, a lei vale para todos, menos para eles e, sobretudo, para seu líder maior

Coincidências, no mais das vezes, encobrem nexos necessários entre fatos, discursos e palavras. Casualidades também revelam projetos e tendências, que assim se expressam. Pode igualmente acontecer que tenham um sentido manifestamente intencional, tornando semelhantes projetos políticos que ganham, dessa maneira, uma afinidade eletiva. Tal é o caso do ex-ministro José Dirceu, que declarou ser o dia 24 deste mês, data do julgamento do ex-presidente Lula em Porto Alegre, o "dia da ira".

O parentesco político em questão é com os grupos terroristas islâmicos, no caso, o Hamas, que tem na violência e na destruição do outro seus meios de ação e sua finalidade. No caso deles, a destruição do Estado de Israel, no nosso, a destruição da democracia representativa ou, em outra perspectiva, do Estado Democrático de Direito.

Note-se que o ex-ministro, já condenado, usa tornozeleira eletrônica e está pendente de um julgamento para saber se voltará ou não para a prisão. Normalmente, uma pessoa que se encontra em tal condição deveria usar da prudência, pois está pagando por crimes cometidos, salvo se se considera acima da lei ou, na versão petista, um "preso político". Ou seja, a lei valeria para todos os cidadãos, exceção feita aos petistas e, sobretudo, a seus líderes mais importantes, como é o caso do ex-presidente Lula.

Um caso corriqueiro de tribunais se torna não apenas um espetáculo político, como uma afronta ao império da lei. Nessa perspectiva, o "mensalão" e o "petrolão", símbolos da corrupção política dos governos petistas, tornam-se instrumentos revolucionários. Esqueceram-se de dizer que espoliaram e exploraram a população brasileira, mormente os pobres, e não a "burguesia", que se tornou uma aliada no "capitalismo de compadrio". O Brasil, no desemprego e no retrocesso do PIB, sofre até hoje as consequências dessa aventura, dessa irresponsabilidade política.

Pretender, agora, apresentar o julgamento de Lula como um ato político de "luta" contra os ricos e as classes privilegiadas" está mais para hilário do que para simplesmente cômico, não fosse o fato de muitos brasileiros ainda acreditarem nesse engodo. E esse engodo veste a roupagem revolucionária!

O chamado à manifestação, organizado pelo PT e por movimentos sociais que orbitam em torno do partido, como o MST e o MTST, tem como objetivo deslegitimar, tornar nulo ou dificultar ao extremo o julgamento do ex-presidente. Ora, esses dois ditos movimentos sociais são, em suas versões urbana e rural, organizações hierárquicas com explícito programa revolucionário em moldes marxistas, voltado para a destruição da economia de mercado, da propriedade privada e do Estado de Direito; em suma, para a aniquilação do "capitalismo". Basta a leitura de seus textos, documentos e até entrevistas. A aura romântica tem sua realidade na destruição sistemática que estão empreendendo na Venezuela. O PT, aliás, não cessa de defender o "socialismo do século 21", o bolivarianismo, Chávez, Maduro e asseclas. É isso que querem para o Brasil!

O PT e seus aliados estão perigosamente apostando na instabilidade institucional. Deixam sistematicamente claro que a lei não vale para eles. Ameaçam velada ou explicitamente o TRF-4, cujo trabalho tem sido impecável na condenação dos envolvidos na Lava Jato, sejam eles petistas ou não. A cor partidária, num julgamento, não conta. Os desembargadores encarregados do julgamento de Lula têm tido comportamento impecável. O mesmo vale para o presidente do tribunal, desembargador Thompson Flores, que se tem colocado institucionalmente à altura do desafio.

O objetivo do partido e de seus aliados consiste em criar um clima de agitação, procurando politizar o julgamento de seu líder máximo. Alguns falam de grandes manifestações, petições internacionais, e os mais radicais vislumbram uma invasão do tribunal. Visam até mesmo a criar uma imagem internacional pejorativa do Brasil, como se vivêssemos à margem da lei, na perseguição política da "esquerda". A perversão é explícita. Os que desrespeitam a lei procuram transferir essa imagem para os que defendem o Estado de Direito e fazem cumprir a lei. O crime deixa de ser crime para ser um ato revolucionário!

Observe-se que a defesa de Lula não se preocupa com argumentos jurídicos, mas tão só com encaminhamentos que têm como finalidade maior politização do processo. Advogados tornam-se militantes. Para eles, a lei e a Constituição seriam apenas empecilhos que deveriam ser ultrapassados e desconsiderados a todo custo. A face bolivariana do PT torna-se ainda mais nítida.

Está, verdadeiramente, em jogo o que se pode denominar uma luta política entre a democracia totalitária e a democracia representativa, entre o projeto revolucionário e o Estado Democrático de Direito. A primeira está baseada na ideia de que o "povo" ?" ou melhor, seus representantes e demagogos ?" tudo pode, não importa o respeito ou não à Constituição. A segunda está ancorada na observância das leis, das instituições e da Constituição, impondo limites a essa espécie de ilimitação da dita soberania popular.

O exemplo recente entre nós é o da ditadura bolivariana na Venezuela, com seus líderes nem mais encobrindo que não se preocupam com as instituições democráticas. Num primeiro momento, guardaram ainda a aparência democrática representativa, enquanto mero instrumento de conquista do poder. Agora a máscara caiu.

O projeto petista, em sua fase atual, tem esse componente de uma "democracia totalitária", em que a vontade do povo não conheceria limites. A eleição seria uma absolvição. Os rituais democráticos são ainda observados, porém os discursos e manifestações apontam para a subversão da democracia representativa. Pertence ao passado a mensagem de pacificação da então dita Carta ao Povo Brasileiro, jamais reconhecida, porém, como documento partidário.
Herculano
08/01/2018 17:55
E SE NOS ADAPTAMOS A MESCLAR TRABALHO E SACANAGEM DESDE O PALEOLÍTICO? por Luiz Felipe Pondé, filósofo, no jornal Folha de S. Paulo

As pautas progressistas têm se revelado um pouco ridículas, não? Não que eu ache que as pautas conservadoras estejam muito melhores (tipo perseguir exposições irrelevantes com gente pelada se chupando).

Temo que a própria oposição "progressista x conservador" tenha chegado ao seu ocaso e, com isso, aqueles que a defendem de forma radical (refiro-me à oposição descrita acima) tendem a se tornar fundamentalistas.

Parafraseando a máxima "a virtude está no meio", eu diria que a "virtude está na ambivalência". E toda ambivalência é insuportável para fundamentalistas. O Sapiens é ambivalente e, quando "exagera no mal", degenera, assim como também quando "exagera no bem". E ambivalência e maturidade são primas irmãs.

A virtude mais rara no debate público contemporâneo é alguma dose mínima de maturidade. E as redes sociais só pioram: em termos de debates de ideias, as redes sociais só pioraram o mundo. O debate nas redes sociais é coisa de gente boba.

Exemplos abundam. Sei que tem gente por ai defendendo que a Terra é chapada (chapados devem ser esses defensores da Terra plana).

Mas as idiotices não param por aí. Adentram o terreno do "debate qualificado e acadêmico". E isso é o pior: a universidade, além de irrelevante, vai se tornando, aos poucos, um celeiro que faria inveja ao fundamentalismo islâmico em termos de ódio e intolerância.

A única saída para a universidade é abandonar a intenção de salvar o mundo. As ciências humanas devem desistir de mudar o mundo. Conhecê-lo já é difícil o suficiente.

Os racistas progressistas (a moçada que defende o apartheid sexual como forma de combate ao racismo... Risadas?) repetem o caminho das feministas radicais no seu ódio ao sexo.

O que está por trás do mimimi sobre "miscigenação é genocídio" é o ódio ao sexo. É o ódio à ideia de que negros podem gozar dentro de brancas, e estas adorarem, ou a ideia de que negras podem ficar molhadinhas e com água na boca sonhando em dar para o colega branco. Ou vice-versa.

É o mesmo ódio que o feminismo radical dedica ao homem heterossexual. "Todo ato (hetero)sexual é uma forma de estupro" não quer dizer outra coisa. A obsessão por assédio sexual acabará com as relações entre homens e mulheres em poucos anos. E entre gays também. O ódio é o afeto hegemônico no mundo contemporâneo.

E essa gente se diz "progressista". E se a espécie estiver adaptada a misturar sobrevivência, gozo, trabalho e sacanagem desde o Paleolítico?

Acho que Freud nunca foi tão atual em seu diagnóstico acerca do medo histérico do sexo. O Freud "insuportável" foi deixado de lado pela esquerda inteligentinha.

A esquerda deveria se manter naquilo que ela fez de melhor até hoje: ficar atenta aos danos que a sociedade de mercado causa nas pessoas. Diagnóstico este sintetizado nos conceitos de mercadoria e instrumentalização ?"e largar mão dessas taras sexuais.

E se o desejo sexual morrer quando se tornar "correto"? Não duvido que seja exatamente a intenção desses raivosos contra o gozo alheio. Querem mesmo é fazer de todos os humanos seres castrados no gozo. Não é muito diferente de quem acha que pessoas que gostam de gozar dentro de pessoas do mesmo sexo sejam doentes.

Mas o ridículo vai mais longe. E quem acha que parando de consumir qualquer "matéria animal" está salvando o mundo? Os jovens mais puritanos, fundamentalistas e intolerantes são os que pensam assim. O veganismo é uma forma de fundamentalismo que carrega rúculas ao invés de bombas.

O horror ao sangue é semelhante ao horror ao sêmen ou à mulher molhadinha de tesão querendo "dar". Um dos piores danos aos jovens está sendo realizado nessas escolas que "educam para a paz". O jovem que abraça árvore hoje é o mesmo que não conseguirá abraçar ninguém amanhã.

As taras sexuais da "esquerda de campus" - a esquerda inventada nos campi universitários americanos que tem horror a sangue, sêmen e mulheres molhadinhas de tesão - terá como grande "ganho" o fortalecimento das correntes reacionárias. O século 21 será um terreno baldio de bobos e raivosos regados a algoritmos

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