Por Herculano Domício - Jornal Cruzeiro do Vale

Por Herculano Domício

08/09/2016

OS PLANOS FURADOS
A repórter Aline Franzói da “TV Gaspar” – um sistema de comunicação via internet - jogou recentemente várias cascas de bananas na sabatina dos quatro candidatos a prefeito de Gaspar. Acostumados a uma imprensa que não faz perguntas – por acha-las “bobas” e inconvenientes -, teve candidato que escorregou, e feio. Aline fez o óbvio. Olhou os planos dos candidatos na Justiça Eleitoral. Apenas os cobrou de como fariam o que escreveram e prometeram. Quem tiver dúvidas, é só acessar o arquivo da entrevista na “emissora” e avaliá-la. Esta coluna, na edição de terça-feira só para a internet, mostrou algumas dessas incoerências e falácias feitas para enrolar analfabetos, ignorantes, desinformados, alienados e fanáticos sem causa. Há até candidato que ache isso tudo uma grande diversão (com o dinheiro dos pesados impostos de todos). Outra. Folheando decisões do Tribunal Superior Eleitoral, é possível perceber que político eleito foi cassado exatamente por contrariar ou não cumprir o que prometeu no seu Plano de Governo assentado na Justiça. Acorda, Gaspar!

GOELA ABAIXO I
Depois de três anos pronto, mas engavetado porque contrariou à lógica do processo, da cidade, dos cidadãos e principalmente dos interesses dos sempre donos do poder - o que não impediu que se pagasse muito, mas muito dinheiro dos gasparenses para Iguatemi que a fez processo entre técnicos e quatro paredes a pedido da administração de Pedro Celso Zuchi, PT -, a obrigatória revisão do Plano Diretor de Gaspar. Ela foi fatiada, e vai sair parcialmente da gaveta, quase silenciosamente. Vem com as “providenciais” emendas de vereadores e da própria prefeitura para atender os interesses combinados em época de campanha eleitoral. O que nasceu torto, vai terminar mais torto, e via goela abaixo dos cidadãos e do próximo prefeito. Falta o Ministério Público mais uma vez se interessar melhor por este assunto nebuloso.

GOELA ABAIXO II
E para dar a chancela de transparência que se exige na lei que valida os Planos Diretores e suas obrigatórias revisões, a Câmara armou uma audiência pública o Plano Diretor de Transporte e Mobilidade Urbana e o Plano Diretor de Desenvolvimento Urbano. Vai ser nesta quinta-feira no auditório da Câmara. E a que horas? Às 14h30min. Ou seja: quando todos possíveis interessados ou a população de um modo em geral, estarão trabalhando. Por que se faz isso? De propósito, para escárnio e afronta à transparência, ao diálogo, ao debate, ao conhecimento. O Estatuto das Cidades exige que antes de se fazer a revisão, se discuta com as comunidades e afetados. Não foi feito. Pede-se sucessivas audiências em várias fases do processo de estruturação da revisão. Não foi feito. Agora, para aprovar o que está embrulhado, marcado, vão fazer uma única audiência, com divulgação mínima, em horário impróprio, com presença mínima e de gente oficial para assinar a ata, tudo para dar ares de regularidade a que está falho. Acorda, Gaspar!

COMO FUNCIONA
O que apareceu na Câmara na terça-feira. Algo grave que se sabia, mas se relutava em torna-lo público. É a face da perseguição que a administração do PT de Pedro Celso Zuchi move aos funcionários que discordam sobre as políticas empregadas. O PT, todavia, sempre acusa outras administrações desta prática e até usa como discurso de campanha. A carta de Méri Terezinha Biz Willrich, Educadora Social, posou na mesa do presidente Giovanio Borges, PSB, e lá vai ficar providencialmente parada. Escreve Meri: “Venho relatar fato ocorrido nesta comarca no dia 18/08/2016, envolvendo a minha pessoa e a secretária de assistência social de Gaspar dona Maristela Cizeski. (...) Concluo que, neste tempo em que sou funcionária pública do Município de Gaspar, venho sofrendo e presenciando diversas situações caracterizadas como assédio moral. Se questionarem todos os servidores da Secretaria de Assistência Social, muitos poderão confirmar as atitudes desta Secretária, que muitas vezes fala conosco aos berros e de forma grosseira, nos fazendo passar por situações constrangedoras e vexatórias. Peço posicionamento e atitudes com relação a esta situação acima descrita em forma de denúncia, e que se apura a prática de assédio moral conforme Lei nº 2415, de 07 de novembro de 2003”. O que vai acontecer? Ele vai ser persiguida pelo aparelho político e partidário. Se fosse com outro partido, tudo estaria complicado.

TRAPICHE

Há um vídeo noturno na rede que está gerando o maior ti-ti-ti. Ele foi feito por candidato a prefeito de Gaspar. Nele, com o vice – por falta de conteúdo e proposta - zomba dos eleitores. Parece o Marcos narrando uma corrida de descida desvairada no morro da Vó Salvelina.

O PMDB de Gaspar depois de obter a declaração de voto do ex-prefeito Luiz Adilson Schmitt na campanha de Kleber Edson Wan Dall, sinalizou um agrado para o ex-prefeito Luiz Fernando Poli. Ele nasceu no MDB, passou pelo PFL e estava no PDT apoiando o PT de Pedro Celso Zuchi.

E o que apareceu na Câmara para emocioná-lo à nova mudança? A moção póstuma 25/2016 da vereadora Marli Iracema Sontag, PMDB, a Eurides Luiz Poli, ex-alfaiate e músico, pai de Luiz Fernando.

A ponte dos Sonhos, que sempre será conhecida como a ponte de Ilhota, foi nominada oficialmente de Padre Cláudio Jeremias Cadorin, “in memorium”. Redundante. O nome do padre só poderia ser para ser lembrado em memória. Pois é proibido nominar patrimônio público com nomes de vivos.

Ilhota em chamas. Com a ponte, agora é fácil aos do Centro de Ilhota irem aos Baús. Quem fez isso neste feriado se assuntou com o calçamento feito há três meses pela administração de Daniel Christian Bosi, PSD, no Baú Baixo, com verbas do Fundam. Ela precisa de “patrolamento” de tanto buraco e desalinhamento. A estrada de barro está melhor para se andar.

O PT está sendo desnudado. Dilma Vana Rousseff foi defenestrada. É legal. É complexo. É político. Não será fácil aos petistas compreender este fato. Mas, o próximo a cair será o PMDB e Michel Temer. Não será difícil. A campanha nos municípios corre sérios riscos de ser contaminada.

E por quê? O PMDB sempre foi gigolô do poder (oito anos com o PSDB e 13 anos com o PT). Nunca governou nada, apenas chantageou e usufruiu. O PMDB é parceiro – tenta esconder – deste desastre da economia como inflação alta, rombo nas contas públicas, 12 milhões de desempregados, ladroagem, corrupção, filas nos postos de saúde, SUS falido, hospitais à meia boca, farmácias sem remédios, insegurança, obras paradas...

O PMDB parece que não se deu conta da responsabilidade em que se meteu. Enquanto os trabalhadores e empreendedores que pagam pesados impostos estão quebrando ou perdendo empregos, queda de lucros e salários, o PMDB para se sair bem na foto ou comprar chantagistas, sem dinheiro, e sob pressão, está aumentando os salários dos funcionários públicos com estabilidade. Vai dar errado mais uma vez. O recado do Maracanã na quarta-feira foi de brancos, classe média alta e não de sindicalistas pagos com sanduíches de mortadelas.

Não há diferença entre PT, PMDB, PCdoB, PSD, PP, PDT, PR, PRB, PTB e outros que sustentaram os governos petistas de Lula e Dilma, mensalão, petrolão, eletrolão e o agora, o incrível roubo dos aposentados nos fundos de pensões.

Ontem no Centro de Gaspar uma pesquisa tinha três perguntas da hora: “você vota no candidato indicado pelo ex-prefeito Adilson”?; “você vota no candidato indicado pelo prefeito Celso”?; “quais desses candidatos a vice influencia o seu voto”?

Só no domingo a Justiça Eleitoral oficializou as candidaturas de Andreia Symone Zimmermann Nagel, PSDB, Kleber Edson Wan Dall, PMDB e Marcelo de Souza Brick, PSD. No feriado de Sete de Setembro foi a vez de Lovídio Carlos Bertoldi, PT.

 

Edição 1766

Comentários

Belchior do Meio
12/09/2016 18:39
Sr. Herculano:

Na nossa paróquia o padre não quer que façam mais hóstias.
Quando veio rezar a missa e não havia hóstias, foi embora. Não quer mais dormir na casa paroquial e foi para um ap em Blumenau para ficar mais perto do seu hobby.

Bem faz o padre.
Não tem esposa.
Não tem filhos.
Não trabalha (o dinheiro cai do céu).
Em tão tem mais mesmo é que curtir a vida, e quanto aquela meia dúzia de gatos pingados que teimam em aparecer, que vão procurar o que fazer.
Se o padre precisar de alguém para ajudar a pregar sarrafo nas portas (como diz o meu neto)
Tô dentro!
Ana Amélia que não é Lemos
12/09/2016 14:00
Sr. Herculano:

Encontrei no site Pensa Brasil.

"EUA pede prisão imediata de Dilma Rousseff, ela acaba de ser condenada no caso de Pasadena.
Um oficial de justiça do Estado de Rhode Island entregou a contra-fé (termos da ação judicial) que inclui Dilma e mais 11 autoridades brasileiras pelos prejuízos causados a acionistas da Petrobras nos Estados Unidos.
Assim, desde então Dilma é considerada, formalmente ré da ação movida por investidores.
A informação é confirmada pelo escritório Labaton Sucharow, que representa Providene, Capital do Estado onde tramita a ação."

Antes tarde do que nunca!
Despetralhado
12/09/2016 13:07
Oi, Herculano;

"BOULOS LIDEROU A MARCHA DO MSENB: MOVIMENTO SEM EIRA NEM BEIRA ... por Reinaldo Azevedo, de Veja"

Os Boulos, os Lindembergs Farias, os Suplicy, as Erundinas da vida (segundo Reinaldo Azevedo), mais a CUT (braço de uma organização criminosa) e outros bandidos do Chefão Lula não sabem é que grandes líderes lideram pessoas, não organizações.
Herculano
12/09/2016 08:20
POUPAR CUNHA SIGNIFICA LANÇAR O "FORA POVO!", por Josias de Souza

Eduardo Cunha é, hoje, um dos políticos mais detestados do país. A pesquisa mais recente do Datafolha mostrou que 85% dos brasileiros querem que seu mandato seja passado na guilhotina. A Câmara marcou para a noite desta segunda-feira o tão esperado momento. O encontro de Cunha com o cadafalso ocorre quase um ano depois da abertura do processo de cassação, em 13 outubro 2015. É o mais longo processo da história da Câmara.

Deve-se a demora às infindáveis manobras protelatórias adotadas por Cunha ?"artimanhas facilitadas por uma rede de proteção tecida com os laços monetários que unem o acusado a dezenas de deputados. De repente, inverteu-se a relação custo-benefício. As urnas municipais ameaçam cobrar um preço alto pela devoção ao profano. E as enquetes jornalísticas começaram a revelar que já se formou maioria a favor da interrupção da amnésia combinada que faz de Cunha um ser inimputável.

Os deputados não têm alternativa ?"ou param de agir como se nada tivesse sido descoberto sobre Cunha ou param de fingir que representam os eleitores. Se optarem por qualquer solução diferente da perda do mandato, estenderão um tapete vermelho para que o Supremo Tribunal Federal conclua o serviço que iniciou ao arrancar Cunha da linha sucessória da República, afastando-o da presidência da Câmara e suspendendo o exercício do seu mandato.

Eleito presidente da Câmara depois que Cunha renunciou ao posto, há dois meses, Rodrigo Maia disse que só levará a cassação a voto se houver em plenário a maciça presença de pelo menos 420 dos 513 deputados. Bastam 257 votos para aprovar uma cassação. A margem de segurança idealizada por Rodrigo Maia dá uma ideia do pânico que hipótese de Cunha se safar ainda provoca. Imagine-se, por exemplo, os danos que uma eventual falta de quórum causariam.

No processo da Câmara, Cunha é acusado de mentir aos colegas sobre sua condição de correntista oculto de bancos na Suíça, algo que configura a quebra do decoro parlamentar. Entretanto, assim como sucedeu com Dilma Rousseff, Cunha está sendo avaliado pelo conjunto de sua obra, que inclui o recebimento de propinas milionárias do petrolão. Não importa a modalidade do resgate. Livrando a cara de Cunha por ação ou omissão, a Câmara entraria em autocombustão.

Permitir que Cunha volte a circular pelos corredores da Câmara é o mesmo que lançar um movimento intitulado 'Fora, Povo!' Ficaria entendido que a elite parlamentar brasileira considera-se mais inteligente e ética do que o resto da população. Mais: para dar certo de verdade, o Brasil precisaria trocar de povo. Esse que está aí é de péssima qualidade. Não consegue entender que a desonestidade com fins comerciais não justifica a incivilidade de uma punição.
Herculano
12/09/2016 08:17
BOULOS LIDEROU A MARCHA DO MSENB: MOVIMENTO SEM EIRA NEM BEIRA; SUPLICIY NÃO CHUPOU A BOCA DE NINGUÉM, por Reinaldo Azevedo, de Veja

Ato reúne, segundo a PM, apenas 8 mil pessoas; é que o povo anda sem saco pra essa gente que se diz sem teto e sem medo

Guilherme Boulos - o chefão da milícia MTST (Movimento dos Trabalhadores Sem Teto) e de uma tal "Frente Povo Sem Medo", outra marca publicitária que ele criou - afirmou que 60 mil pessoas participaram neste domingo do protesto contra o governo Temer. É evidente que se trata de uma mentira do MSENB (Movimento dos sem Eira nem Beira).

Basta olhar as fotos. A PM calculou que o ato reuniu, no pico, 8 mil pessoas. Ainda parece ser uma conta generosa. A CUT também está entre os organizadores. O ponto é o seguinte: a população já anda sem saco para a turma que se diz sem teto e que, com efeito, se mostra sem medo de atrapalhar a vida alheia.

O ato contou com figurões de esquerda. Os dois mais patéticos eram, como sempre, o senador Lindbergh Farias (PT-RJ), que agora decidiu fazer um pouco de agitação em São Paulo, e o prefeito Fernando Haddad (PT), aquele que aparece na pesquisa Datafolha com 9% das intenções de voto e cuja gestão é rejeitada pela esmagadora maioria dos paulistanos.

Ah, claro! Luiza Erundina e outros psolistas estavam lá. Finalmente, essa gente está de novo reunida. No fim das contas, são iguais, não é? Ou alguém imagina que a ex-prefeita tem um entendimento de democracia muito superior ao de Haddad? Ali, todos se estreitam num abraço insano. Eduardo Suplicy (PT), candidato a vereador, também marchou. Parece que, desta vez, não chupou a língua de ninguém.

Estou gostando de ver. Quanto mais Lindberghs, Suplicys e Erundinas nas passeatas, menos gente comparece. A fedentina do oportunismo se impõe, não é mesmo?, e a população a repudia.

Três pessoas foram detidas. O grupo portava bolas de gude, soco-inglês e uma faca de cozinha. Uma das garotas da turma disse que usava aquilo apenas para se proteger, mas que o negócio dela é mesmo democracia. Claro, claro?

A PM foi mais uma vez hostilizada e atacada, inclusive por Lindbergh e Haddad. Isso evidencia o tamanho da irresponsabilidade da dupla.

É crescente nas ruas as reclamações do cidadão comum contra os protestos. O PT está contando se levantar dos escombros com esses atos. Tenho para mim que, a continuar assim, assina é a sua sentença de morte. Tomara!
Herculano
12/09/2016 08:10
POR QUE EDUARDO CUNHA NÃO QUER SER CASSADO?

Para continuar com foro privilegiado e não ser julgado pelo juiz Sérgio Moro em Curitiba, além de manter o patrimônio que conquistou com a corrupção de poder.

Com o foro privilegiado, ele sabe que o Supremo é lerdo e mais amigo dos políticos, como bem demonstrou no julgamento do impeachment de Dilma Vana Rousseff, PT, onde com o expresso consentimento do até hoje presidente do STF, ignorou vergonhoisamente texto expresso da Constituição.
Herculano
12/09/2016 07:51
É DISPARATE SUGEIR QUE IMPEACHMENT É EQUIVALENTE À REPRESSÃO DA DITADURA, por Ferreira Gullar, escritor

Após um processo de impeachment que durou cerca de nove meses, a presidente Dilma Rousseff teve que deixar o governo. Esse é um fato de grande importância, pois assinala o fim da hegemonia política do Partido dos Trabalhadores e de seu líder, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

Deve-se observar, ainda, que a deposição de Dilma importa igualmente ao fim do regime populista no Brasil, a exemplo do que aconteceu na Argentina e ameaça ocorrer também na Venezuela, na Bolívia e no Equador. A identificação desses governos ficou evidente durante o tempo em que o PT governou o país. E mais evidente se tornou, agora, após o impedimento de Dilma Rousseff, quando os governantes populistas retiraram seus embaixadores do Brasil, como protesto à deposição da presidente petista.

Esse é um fenômeno tipicamente latino-americano, de que o exemplo mais notável é o socialismo bolivariano inventado por Hugo Chávez. O populismo de esquerda surgiu em decorrência do fim do regime comunista em escala mundial, como uma alternativa encontrada pelos movimentos radicais que nasceram inspirados na revolução cubana. Uma opção, até certo ponto, coerente.

No caso brasileiro, Lula, ao assumir a Presidência, deu início a uma série de programas visando melhorar as condições de vida de setores mais carentes da população, e disso resultou a ampliação de sua popularidade, possibilitando que se reelegesse e, em seguida, elegesse Dilma Rousseff, que nunca havia sido sequer vereadora.

Acontece, no entanto, que a adoção por programas populistas inevitavelmente conduziu os países que o adotaram à crise econômica, uma vez que, enquanto aumentam os gastos do Estado com os programas sociais, pouco ou nada investem no crescimento econômico do país.

O populismo lulista oferece-nos alguns exemplos da ineficácia desse procedimento, que visa, na verdade, conquistar os votos dos setores carentes da sociedade para se perpetuar no poder.

Outro fator agravante dessa política populista é a ampliação do consumo, pelas camadas mais pobres, de bens como aparelhos de televisão, geladeiras e até mesmo automóveis. Para viabilizá-lo, o governo reduziu os impostos e emprestou dinheiro público a empresas, a juros abaixo do valor de mercado. A consequência inevitável de tal política era, sem dúvida, a crise econômica. E ela veio.

Dilma Rousseff, ao depor na segunda-feira, 29 de agosto, sugeriu que o processo a que respondia no Senado Federal era equivalente à repressão que sofreu na época da ditadura militar. Trata-se evidentemente de um disparate, uma vez que o processo atual baseou-se num dispositivo constitucional. Por outro lado, as acusações que lhe foram feitas tiveram a confirmação objetiva de técnicos do Tribunal de Contas da União.

Não obstante, tanto no pronunciamento inicial como nas respostas que deu aos senadores favoráveis ao impeachment, afirmou repetidamente que era vítima de um golpe parlamentar. Por isso, segundo ela, o que estava em jogo ali, naquele julgamento, era o regime democrático brasileiro.

Tratava-se, sem qualquer dúvida, de uma afirmação descabida, uma vez que não apenas o crime de responsabilidade que cometeu foi atestado por autoridades de indiscutível isenção, como, no curso do processo, pôde ela se valer de todos os recursos em sua defesa, como é facultado aos réus no regime democrático.

Tanto ela quanto os dirigentes do PT sabem disso. Não obstante, insistem em se colocar, diante da opinião, como vítimas de um golpe arbitrário e, portanto, antidemocrático. Desse modo, tanto ela quanto eles, que nunca morreram de amor pela "democracia burguesa", tentam apresentar-se como seus defensores agora, quando as bandeiras que empunhavam já não empolgam muita gente.
Herculano
12/09/2016 07:37
É UMA PENA QUE A CONSTITUIÇÃO SEJA RENEGOCIADA EM UM TEATRO RIDÍCULO, por Celso Rocha de Barros, sociólogo, para o jornal Folha de S. Paulo

Se o governo Michel Temer acabar em poucos meses, será um duro golpe (calma, calma) para mim. Em 6 de abril de 2016, escrevi duas páginas na "Ilustríssima" sobre as perspectivas do governo Temer, aproveitando o gancho de uma discussão sobre patrimonialismo que, semanas antes, mobilizara dois intelectuais importantes, Jessé de Souza e Marcus Melo. Deu trabalho escrever o artigo.

Por isso, se Temer cair rápido, vou me sentir meio idiota por ter gasto tanto conceito com pouco governo. Terá sido como escrever sobre algum desses governos de curta duração que aterrorizam os vestibulandos, como o de Brochado da Rocha. Algum sujeito entrou para a história das ideias brasileiras por sua análise do governo Brochado da Rocha? Pois é.

Digo isso tudo porque começa a haver ruídos na aliança que derrubou Dilma Rousseff. Na semana passada, o advogado-geral da União, Fábio Medina Osório, foi demitido e saiu dizendo que o governo quer parar a Lava Jato. A suspeita de que o PMDB fez o impeachment para parar a Lava Jato já existia desde que o presidente do PMDB, Romero Jucá, foi gravado dizendo que teria de mudar o governo para "estancar essa sangria". Digam o que quiserem, era uma pista.

Com o afastamento de Dilma Rousseff, parece que já podemos falar sobre o assunto, de modo que, enfim, dessa vez o pessoal reclamou. Os movimentos pelo impeachment protestaram contra a demissão de Medina Osório, e, fica aqui o reconhecimento, a "Veja" deu capa. O PSDB voltou a fazer sua cara de "também não sei como foi que vim parar aqui".

A pergunta importante é: o pessoal que apoiou o impeachment vai abandonar Temer? O PSDB, o DEM, os movimentos de rua, aquele cara que se vestia de Batman, o outro que talvez seja cassado nesta segunda (supondo que se trate de duas pessoas diferentes)?

O governo vai continuar sendo o que é. Acredito que há, sim, chances de a economia melhorar. Mas a política vai ser isso mesmo que vimos nesta semana. No dia da votação do Senado disseram que haviam vencido a justiça, a verdade, a ética, o Brasil. Não sei quem venceu, mas quem tomou posse foi o velho PMDB. Eles sempre fazem isso, impressionante.

Ninguém precisa me explicar os argumentos para não apoiar o novo governo, eu não o apoio. Mas esses argumentos não eram válidos antes da votação no Senado? O plano era derrubar o PT e correr de volta para o Facebook na hora de virar vidraça? Alguém aí do outro lado vai entrar no movimento por novas eleições? Eu acharia isso bom. Ou estão pensando em algo alucinado, como eleição indireta ou parlamentarismo?

E, finalmente, se a turma do impeachment abandonar Temer, isso não diminui as chances de os deputados aprovarem as medidas que deveriam garantir a recuperação econômica? Nesse caso, posso mandar fazer a camiseta "Meu amigo foi na passeata de impeachment e só me trouxe de presente um novo governo Sarney"?

O mais provável é que todo mundo ali continue apoiando o governo e escrevendo textos críticos apropriadamente inofensivos. Mas é uma pena que a renegociação de nossa Constituição (pois é disso que trataremos nos próximos meses) seja feita em meio a esse teatro ridículo. Essa era uma boa hora para um diálogo nacional franco, mas esse é um cenário ainda mais improvável do que um segundo governo Brochado da Rocha.
Herculano
12/09/2016 07:34
A CORRUPÇÃO NÃO É SO DOS POLÍTICOS, É DOS ELEITORES QUE ROUBAM A SI MESMO

O GOVERNO ESTÁ PROVANDO QUE TEM GENTE RECEBENDO DO INSS FINGINDO QUE ESTÁ DOENTE

O GOVERNO DESCOBRIU QUE EM BRASÍLIA, ONDE NÃO TEM MAR, NÃO TEM RIO E SO O FALSO LAGO PARANOÁ, 45 MIL, REPITO 45 MIL "PESCADORES" RECEBEM O SALÁRIO DEFESO
Herculano
12/09/2016 07:31
SENADORES GASTAM VERBA INDENIZATORIA SEM PUDOR, por Cláudio Humberto, na coluna que publicou hoje nos jornais brasileiros

Mesmo com o Brasil em crise, o Senado gastou sem pudor, de janeiro a agosto, R$ 12,1 milhões com verba indenizatória, batizada de "cotão" ou "Cota para Exercício da Atividade Parlamentar". Além do salário atual de R$ 33,7 mil, cada senador pode solicitar "ressarcimento" de todas as despesas que quiser, de mordomias a "consultorias", apesar de dispor de quadro de servidores dos mais qualificados de Brasília.

DESTINAÇÃO MAIS ÚTIL
Com os R$ 12,1 milhões do "cotão", o Senado poderia ajudar a reduzir o déficit habitacional construindo 174 casas populares.

SEM LICITAÇÃO
Com cotão, os senadores não precisam se submeter às regras da Lei de Licitações, na hora de comprar materiais e contratar serviços.

É DINHEIRO QUE NÃO ACABA
Em todo o ano de 2015, o Senado torrou R$ 35,58 milhões com o "cotão". O gasto sempre cresce de forma expressiva no fim do ano.

COÇAR O BOLSO, QUE É BOM...
Entre as despesas que os senadores põem na conta do contribuinte estão aluguel, material de consumo, Correios, combustíveis etc.

RESERVAS INTERNACIONAIS CONGELARAM COM DILMA
A ex-presidente Dilma sempre usou como "grande conquista" do seu governo o saldo das chamadas reservas internacionais do Brasil, "como prova da solidez da economia". Mas era tudo mentira: desde o dia da sua reeleição, em 5 de outubro de 2014, até seu afastamento, em 12 de maio deste ano, as reservas não cresceram um só centavo, segundo registros do Banco Central, para além dos US$ 375,7 bilhões.

PARA QUE SERVEM
As reservas internacionais são usadas, por exemplo, para administrar flutuações cambiais e cobrir déficits internacionais.

QUEIMANDO RESERVAS
Entre a vitória de Dilma nas eleições e o início do segundo mandato, em janeiro de 2015, as reservas diminuíram US$ 2,3 bilhões.

BOM COMEÇO
As reservas cresceram em US$1,3 bilhão em dez dias, desde a posse definitiva de Michel Temer como presidente, no dia 31 de agosto.

FORO PRIVILEGIADO
O ministro Luis Barroso faz parte do grupo de ministros do STF contra o foro privilegiado. Para ele, é urgente uma redução drástica no modelo atual. No máximo, cinco ou seis autoridades deveriam ter o privilégio.

ARTICULAÇÃO
Caso substitua o ministro Ricardo Barros (Saúde) como se fala com insistência em sua antessala, o presidente Michel Temer terá de optar pelo partido que indicará o novo ministro: PP, PSDB e PMDB.

É HOJE
Há nos meios jurídicos uma expectativa muito positiva em relação à presidência da ministra Cármen Lúcia no Supremo Tribunal Federal (STF), que se inicia às 15h desta segunda-feira (12). Seu vice, Dias Toffoli, presidirá a Suprema Corte a partir de 2018.

PERFIL TÉCNICO
Assessores do STF destacam que o perfil técnico da ministra Cármen Lúcia a diferencia de Ricardo Lewandowski, a quem vai substituir na presidência do STF. Ele aprecia uma condução mais, digamos, política.

SO FALTA O TST
Há mulheres compondo o Supremo, assim como os tribunais superiores STJ, TST, STM e TSE. Mas somente o TST, o primeiro a receber mulheres ministras, ainda não foi presidido por uma delas.

PENDÊNCIAS
Passado o impeachment, o senador Lindbergh Farias (PT-RJ) poderia aproveitar os microfones, nos protestos, para explicar o bloqueio judicial dos seus bens, por supostas maracutaias dos tempos de prefeito de Nova Iguaçu, e a suspeita de envolvimento na Lava Jato.

ELE NÃO LIVRA NADA
Enquanto o trabalhador se vira nos trinta com R$ 880 do salário mínimo, o deputado Jair Bolsonaro (PSC-RJ), que ganha R$ 33,7 mil por mês, cobrou da Câmara reembolso de R$ 17,28 de um almoço.

FALTA LEALDADE
O pecuarista José Carlos Bumlai, amigão de Lula, reclama do abandono dos aliados. Encarcerado, relata a pessoas próximas "a falta de lealdade" do ex-presidente, outro prestes a ser preso.

PENSANDO BEM...
...baseando sua defesa em ataques à PF, ao MPF, ao juiz Sérgio Moro e até a ministros do Supremo, Lula não precisa de acusação.
Herculano
12/09/2016 07:26
ERRO NO SENADO MINA PRESTÍGIO DO TEXTO CONSTITUCIONAL, por Vinicius Mota, para o jornal Folha de S, Paulo

O Supremo Tribunal Federal, nas respostas iniciais a questionamentos do impeachment, confirmou a expectativa de que não alterará o núcleo da decisão do Senado : deposição de Dilma Rousseff sem suspensão de direitos políticos.

A manobra que fatiou a votação em duas, endossada pelo ministro Ricardo Lewandowski, contraria dispositivo explícito da Constituição. Ainda assim, deverá prevalecer na corte a tese de que o julgamento dos senadores não pode ser reformado.

No juízo político do presidente da República, segundo esse argumento, o Senado dá a palavra final, inclusive na forma de interpretar a lei e aplicar a pena. Os parlamentares, como os ministros do tribunal nos julgamentos comuns, teriam naquele caso a prerrogativa de "errar por último".

O termo traduz a natureza procedimental do Estado democrático de Direito. Para o bem da coletividade, a partir de um determinado ponto todo conflito legal é considerado encerrado, ainda que a controvérsia na sociedade possa persistir.

A expressão, entretanto, não ilumina tão bem o fato de que o erro na última instância tem efeitos duradouros. O pior, no caso do impeachment, é desprestigiar a vontade literal dos constituintes de 1988.

Quando o que está descrito no texto fundamental do pacto civil não vale sempre e para todos, tudo passa a ser permitido.

Analfabetos constitucionais, como os propagadores de que o presidente da República no Brasil teria o poder de convocar novas eleições ou plebiscitos, terão campo fértil nessa terra de ninguém.

"Diretas já" ocorrerão apenas se Michel Temer deixar a Presidência até 31 de dezembro próximo. Se a vacância ocorrer depois, serão "indiretas já". Se não acontecer, ele governará até o fim de 2018. Assim dispõe a Constituição, mas a amplitude de interpretação adotada por seus aplicadores finais recomenda dedicar nosso tempo à leitura de outros livros.
Herculano
12/09/2016 07:23
GOVERNO MANCO, por Ricardo Noblat, para o jornal O Globo

O adjetivo "bizarro" pode sugerir uma coisa e o seu contrário, soar como insulto ou um elogio, significar algo ou simplesmente nada. Há dez dias, o ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal, classificou de "bizarra" a decisão do Senado, abençoada por seu colega Ricardo Lewandowski, de cassar o mandato da ex-presidente Dilma Rousseff, preservando, contudo, os seus direitos políticos.

NO CASO, POR "bizarra" entenda-se "extravagante", como o ministro logo se apressou a esclarecer. Na verdade, a decisão foi no mínimo inepta, em total desacordo com a Constituição. Presidente que comete crime de responsabilidade é punido com a perda do mandato e dos direitos políticos por oito anos. Não é uma coisa ou outra. A Constituição é clara quanto a isso no parágrafo único do artigo 52.

BEM, MAS PELO VISTO, às favas com a Constituição que senadores e ministros do Supremo juraram cumprir ao serem diplomados e empossados. A ministra Rosa Weber, relatora das ações e recursos impetrados contra a decisão do Senado, já mandou para o arquivo quase todas elas. Mais adiante, o plenário do Supremo poderá deliberar a respeito. Ou não.

OS INCONFORMADOS com o desfecho do impeachment acusam o Senado de ter desprezado os fundamentos jurídicos do processo e levado em conta apenas os aspectos políticos quando cassou o mandato de Dilma. Não caberia acusar igualmente o Senado de só ter considerado os aspectos políticos quando manteve o direito de Dilma de poder disputar eleições?

NO PAÍS DA extravagância de gastos não autorizados pelo Congresso, da corrupção que abateu a Petrobras e que garfa parte do salário de servidores públicos endividados, e do pouco apreço à lei, tudo continua sendo possível ou tolerado. Chama-se de golpe o que não foi golpe e de "decisão soberana do Senado" o que não passou de um golpe contra a Constituição.

NADA DEMAIS, pois, que o governo resultante de tamanho desmantelo se caracterize pelo menos até aqui pela prática de bizarrices, mas não só. Por sua origem, é de fato um governo incomum, invulgar. Mas é também estranho, esquisito e grotesco, sem ser necessariamente cômico. Porque não provoca risos. Provoca inquietação dadas as circunstâncias do país.

ADMITO QUE teve lá sua graça o episódio bizarro da modelo nua cujo corpo acabou pintado no quarto andar do Palácio do Planalto horas depois da consumação do impeachment. Como engraçada foi outra bizarrice produzida naquele mesmo dia com a transmissão ao vivo pela televisão da reunião de Temer com os seus ministros. Eles pensavam que se tratava apenas de uma gravação.

NÃO TEVE GRAÇA alguma, porém, saber que o presidente fora surpreendido pelo apoio do seu partido à preservação dos direitos políticos de Dilma. É crível que ele tenha sido traído pela maioria dos senadores do PMDB liderada por Renan Calheiros? Porque é difícil acreditar que ele concordasse com um ato que violaria a Constituição. Por certo, uma bizarrice não seria.

TAMPOUCO FOI a promessa de Temer de enviar ao Congresso a reforma da Previdência antes das eleições, para depois recuar e, em seguida, recuar do recuo. A menção aos "40 que levantam carros" anabolizou as manifestações de rua. Servirá para tal o anúncio da jornada de trabalho diário de 12 horas e a suspeita de que se trama contra a Lava-Jato. São tiros de um governo manco no próprio pé.
Herculano
12/09/2016 07:22
COLUNA INÉDITA

Amanhã é dia de coluna Olhando Maré inédita. Mas, só para os internautas que fazem do portal Cruzeiro do Vale o mais acessado de Gaspar e Ilhota.
Herculano
12/09/2016 07:20
HOJE É DIA DOS POLÍTICOS NA CÂMARA PROVAREM QUE SÃO CAPAZES DE CORTAR UMA CABEÇA PARA SALVAREM AS SUAS.MAS CUNHA RESISTE E AMEAÇA. "MINHA CASSAÇÃO FORTALECE TESE DE GOLPE CONTRA DILMA". AUSÊNCIA, ABSTENÇÃO E O VOTO NÃO CONFIRMAM QUE OS POLÍTICOS USAM O VOTO CONTRA OS ELEITORES QUE SUSTETAM OS POLÍTICOS E O DINHEIRO QUE USARAM PARA A ROUBALHEIRA E CORRUPÇÃO ENTRE ELES

Conteúdo do jornal Folha de S. Paulo. Texto de Daniela Lima, da sucursal de Brasília.Ex-presidente da Câmara que detonou o processo de impeachment de Dilma Rousseff e réu no petrolão, Eduardo Cunha (PMDB-RJ) diz que se os colegas de plenário cassarem seu mandato nesta segunda-feira (12) estarão fortalecendo o discurso de que a queda da petista foi "um golpe".

"Os defensores do PT querem a minha cabeça para ter o troféu. O discurso do golpe precisa da minha cassação. Isso é o que vai turbinar o PT para 2018", afirma.

Cunha falou com a Folha na sexta (9), a última entrevista antes da definição de seu futuro político. Na conversa, pede que deixem seu destino nas mãos do Supremo Tribunal Federal e reafirma que os deputados precisam "julgar sabendo que amanhã serão julgados".

Não quis dizer como anda a relação com Michel Temer, mas fez análises pessimistas sobre o futuro do presidente. Diz que ele se tornou refém do PSDB e que poderá ser dragado pela mesma crise de representatividade que pôs fim ao mandato de Dilma. Conta que vai escrever um livro sobre o impeachment e, mais uma vez, rejeita discutir uma delação.

Leia trechos da conversa abaixo.

ENQUETES
É pressão de mídia, que fica em cima. Muitos dos que declararam [ser a favor da cassação do mandato] me procuraram e disseram que não é bem assim.

TROFÉU
Os defensores do governo corrupto do PT querem a minha cabeça para ter o troféu. O discurso do golpe precisa da minha cassação, vai dar munição para eles dizerem que o processo é tão deturpado que quem autorizou a abertura do impeachment foi cassado. Para eles, essa é uma luta de vida ou morte. Sou o principal inimigo deles, o algoz. Existe um espírito de vingança e eles querem consumar na votação. Não tenha dúvida: a minha cassação vai representar o fortalecimento do discurso do golpe.

DILMA
Vi parte da defesa da Dilma [no Senado]. Achei horroroso. Era a Dilma. Não poderia ser melhor porque era ela. Continua mentindo até dizer chega. Não sei se ela tem conta na Suíça. Pode não ter sido pega. Sei que o marqueteiro dela disse que recebeu caixa 2, com o conhecimento dela. Isso é retidão? Ela não é uma pessoa que possa ser chamada de idônea. Por mais que ela queira dizer que não teve nenhum crime, o crime de caixa 2 da campanha dela vai ter a consequência da cassação da chapa no TSE. Não sei se vai incluir o [então] vice, essa é uma decisão do TSE (Tribunal Superior Eleitoral). Mas, do foi apresentado ali, não tenho dúvida que vai caminhar para a cassação. Pena que lentamente, se tivesse julgado no tempo devido, talvez não tivesse o impeachment.

CORRUPTO
Que discurso da moralidade o PT pode fazer? Ali é uma estrutura partidária. Não são membros corruptos. Os tesoureiros estão presos. Todos os parlamentares do PT, mesmo os que não participavam diretamente do processo, tiveram a campanha financiada com dinheiro do partido. Se tiveram, e o dinheiro está atribuído à corrupção, todos estão lá pelo caixa do petrolão.

O JULGAMENTO
Tenho que acreditar que quem assume o papel de julgador vai fazê-lo com a convicção de que hoje está julgando, mas amanhã poderá ser julgado. Todo mundo vai querer julgar da forma como gostaria que fosse julgado. É o que eu faria.

DOSIMETRIA
Não sou culpado de nada. Agora, o que estão tentando fazer é dizer que tenho que ser punido de qualquer maneira. Me punir passou a ser uma demanda. Então, como é uma demanda estão discutindo a dosimetria da minha punição (risos).

AMEAÇA
Se cassarem um ex-presidente da Câmara com uma situação absurda [Cunha é acusado de mentir à uma CPI ao negar ser titular de conta na Suíça], tendo um processo judicial em curso, amanhã não poderão cassar qualquer um? Isso é ameaça ou é constatação? Falam que fiz ameaça quando disse que mais de 160 parlamentares estão sob investigação, com inquérito, processo. Se eles forem julgados pelo texto da acusação, não vai sobrar ninguém.

MENTIRA
Ser cassado sob acusação de mentir? Como se todo mundo só falasse a verdade? Se menti ou não menti, será resolvido quando o Supremo decidir [o caso]. Se for condenado, terei mentido. Se não for, não terei.

PLANALTO
O governo não tem que se meter, não deve se meter e não quero que se meta. Não se trata disso. Não estão entendendo que estou sendo vitimado. Querem entregar a minha cabeça no contraponto do processo de impeachment e isso é um erro que vai ter consequências. Isso é o que vai turbinar o PT para 2018.

PRESSÃO SOBRE TEMER
Se fosse verdade, então o governo seria muito fraco, porque não arruma um voto.

ABANDONO DO PMDB
Não me sinto nem abandonado nem amparado. Sinto que o ambiente está tumultuado pela eleição. Marta Suplicy (PMDB-SP), por exemplo, que defendeu a minha cassação. Logo ela, que conviveu com a corrupção do PT desde a origem, estava lá até agora há pouco, que acabou de subir no ônibus e quer sentar na janelinha... É por isso que ela vai perder a eleição em São Paulo.

'ARMADILHA TEMER'
Ele está vivendo uma situação difícil, inclusive com erro de agenda. As manifestações de 2013 nunca foram sepultadas. Essa crise foi o propulsor do impeachment. Agora, Michel assumiu e, de certa forma, ele herda a crise de representatividade. Aqueles que votaram na Dilma e também no Michel ?"ele foi votado pelos mesmos 54 milhões?" votaram num programa de governo apresentado pela Dilma que não foi cumprido. Ele precisaria compreender que ele foi votado por esses 54 milhões, que votaram em um programa de governo que a Dilma não cumpriu.

REFÉM
Há a sensação de que ele fica refém, porque ele entrega a política e o governo para aqueles que foram a oposição, que perderam a eleição para ele. É importante dizer isso: o PSDB e o DEM perderam a eleição para a Dilma e para o Michel. Se você quer legitimar o poder, tem que legitimar o poder eleito pelos 54 milhões. Quando você quer fazer o programa do PSDB e do DEM, passa a impressão de que quem está governando é o PSDB e o DEM. De uma certa forma, está trazendo para si a falta de representatividade. Os que votaram em você não reconhecem isso e aqueles que votaram no programa PSDB/DEM não entendem que o Michel é o representante legítimo para exercer isso. Nessas circunstâncias, ele está numa armadilha.

COMPORTAMENTO
Tem que ter um pacto mínimo, mas não temos mandato reformador. Temos um mandato resultante de uma crise. Não dá para se comportar como se tivesse se ganho uma eleição, com um programa que não foi discutido e apresentado à sociedade.

OS INSATISFEITOS
Vai acontecer o seguinte: nesse primeiro momento, há [nas ruas] os movimentos orquestrados pelo PT, mas daqui a pouco vão se agregar os outros, os insatisfeitos com o programa não cumprido da Dilma, os que votaram no Aécio... Isso é uma situação muito perigosa.

REELEIÇÃO
O PSDB adotou essa posição de censor depois que se divulgou a ideia de que o Michel poderia ser candidato à reeleição. Eles ficaram com a desconfiança. Não vão ser sócios de um governo que dê certo, porque se der certo o candidato é o Michel. Se der errado, serão partícipes do fracasso. Então eles vão ficar nessa posição. Votam o que for de interesse deles e criticam o que não for. Demarcaram uma diferença.

TIRO NO PÉ
Não tenha dúvida que essa história de reeleição quem colocou foi a entourage do Michel, que pensa nisso. Nem acredito que ele tenha essa intenção. A divulgação foi um tiro no pé. Mas toda entourage tem o seu Mercadante.

DELAÇÃO
Não existe essa história. Isso visa tentar me constranger. Só faz delação quem cometeu crime e eu não cometi. Essa boataria começou porque tenho uma advogada, que trabalha comigo há muito tempo, que fez a delação do Sérgio Machado.

GRAVAÇÕES
[Esses relatos] Também vieram do fato da minha advogada ser a mesma do Sérgio Machado. Isso acabou me prejudicando muito. O que foi feito pelo Sérgio Machado é absurdo. Jamais gravei, compactuei ou conversei com alguém que grave quem quer que seja. Não aceito isso. Tenho repulsa pessoal.

ERROS
Cometi dois grandes erros. O confronto exagerado que estabeleci [com Rodrigo Janot] acabou chamando uma reação corporativa do Ministério Público. E, talvez, eu devesse ter ignorado o governo, não ter partido para o rompimento. Estava convencido que havia articulações para me constranger. O problema é que eu poderia ter continuado com a minha certeza e não ter reagido como reagi.

EXCESSOS
Posso ter errado a forma do que falei, mas, na prática, pergunto: quantas denúncias foram aceitas pelo Supremo? Com a minha, duas. Quantas foram apresentadas e estão paradas? Quantos inquéritos estão abertos? Quais são as movimentações dos inquéritos? Como o presidente do Senado tem denúncia há quase quatro anos e ela não é apreciada?

ISONOMIA
O Supremo não me tratou com isonomia. Se você olhar com frieza, os motivos do meu afastamento são absurdos. Qualquer punição que eu tenha, quem me deu não foi o parlamento, foi o Supremo, quando me afastou. O Judiciário está se sobrepondo aos outros poderes. Está desbalancendo a harmonia e a independência.

LIVRO
Vou escrever um livro sobre o impeachment. Ainda não pensei no título. Vou escrever com todos os detalhes tudo o que aconteceu dentro desse processo do qual participei. Tenho uma boa memória, né? Tenho ele rascunhado dentro da minha cabeça. Pretendo ter ele pronto até o fim desse ano. Acho que, talvez, o ponto de partida seja as manifestações de 2013. Tudo começa ali.

CÉU E INFERNO
Quem lida bem com política sabe que, já dizia Murilo Badaró, ela é a única atividade que você pode morrer e ressuscitar várias vezes. Já vi muita gente morrer e ressuscitar. Isso não me preocupa. Já vivi muitas coisas, já vi muita coisa acontecer. É como uma gangorra. Isso não me preocupa.

DIA SEGUINTE
Não espero perder o mandato mas, se acontecer, o livro vai sair mas rápido. Vou ter mais tempo.
Herculano
12/09/2016 07:10
SEM SENTIDO, editorial do jornal O Globo

Decisão do STF tira do alcance da lei um número grande de maus políticos

O Brasil patina num contencioso político (em especial, o partidário) que, tanto quanto os ajustes na economia, precisa ser enfrentado com urgência. São demandas cujo equacionamento se impõe como missão urgente, de modo a enfrentar a baixa qualidade da representação no Legislativo e no Executivo, terreno onde germinam males crônicos (corrupção, assistencialismo, ações de toma lá dá cá etc.), que contaminam o Congresso e, país afora, casas legislativas, governos estaduais e prefeituras.

Nessa pauta, a revisão das regras de formação de partidos, com a adoção de cláusulas de desempenho, e de seu funcionamento (proibição de coligações em eleições proporcionais, por exemplo) terá o sadio efeito de depurar o cenário político nacional. No entanto, são temas que, por mais que se imponham à saúde política do país, enfrentam fortes resistências.

Há proposições nesse sentido no Congresso, mas não é fácil aprová-las. Por outro lado, o país já contabiliza avanços importantes, ao menos no campo da legislação eleitoral ?" dos quais a aprovação da Lei da Ficha Limpa, uma iniciativa exógena nos tradicionais trâmites de projetos que chegam ao Congresso, é a sua mais notável expressão. Criada por iniciativa popular, desembarcou no Legislativo em Brasília ancorada em mais de um milhão de assinaturas de apoio, uma demonstração de força que desestimulou notórios grupos de parlamentares a desoxigená-la.

A lei, aprovada em 2011 sob aplauso da sociedade, chancelada pelo Supremo Tribunal Federal, é eficaz antídoto contra a presença na política de personagens que a desqualificam e degradam. Com ela, a Justiça Eleitoral ganhou um poderoso instrumento legal para barrar a candidatura de condenados em segunda instância. Ressalte-se, como positivo, o cuidado que a Ficha Limpa teve de buscar o anteparo de sentenças formuladas por colegiado de juízes, uma forma de a legislação não servir a ações de má-fé, ou a perseguições e picuinhas cartoriais eventualmente estimuladas para prejudicar inimigos políticos em tribunais de primeira instância. É um dispositivo avançado, cujo alcance saneador parecia ser questão vencida. Portanto, surpreende a decisão da maioria do STF de, ao julgar um processo, condicionar o enquadramento de prefeitos e governadores na lei somente após sanção de maioria qualificada de câmaras municipais e assembleias legislativas a processos de desaprovação de contas. Até então, a Ficha Limpa os alcançava tendo como motivo bastante ?" e justo, por criterioso ?" a condenação de suas gestões orçamentárias por tribunais de contas.

Isso equivale, na prática, a tirar do alcance purificador da lei esses maus políticos. É da (má) tradição da política brasileira o controle de casas legislativas regionais pelo chefe do Executivo, uma dominação que se dá por diversas formas ?" em geral, no âmbito de deletérias práticas que fomentam a corrupção. A interpretação do Supremo é passível de recurso, portanto de nova abordagem do pleno da Corte. É a chance de o tribunal rever essa incompreensível desidratação da lei.
Sidnei Luis Reinert
11/09/2016 18:57
O QUE (REALMENTE) EXISTE, POR TRÁS DO "FORA TEMER"?
Vc está impressionado com todas essas "gigantescas" manifestações de hostilidade ao PRESIDENTE MICHEL TEMER?
É tão ingênuo, a ponto de achar que se trata de um movimento "da população como um todo"?

Leia os fatos abaixo, e vc vai entender tudo:
1) Segundo o Ministro Elizeu Padilha, somente em Brasília, há 45 mil "pescadores" que estão recebendo o "auxílio-defeso" (pago durante a Piracema), instituído pelos petistas. Cerca de 500 mil, no Brasil todo. É muito "pescador", hein?
2) O famigerado MST (que não tem nem CNPJ) recebeu, nos últimos seis anos, cerca de 268 milhões de reais, dos cofres públicos.
3) A não menos famosa UNE, só em 2011 e 2012, recebeu 44 milhões de reais, a título de "compensação pelas perseguições sofridas, durante a Ditadura".
4) A CUT (dispensa apresentações), recebeu, de 2008 a 2015, cerca de 345 milhões de reais. Dinheiro público, é claro !
5) O Bolsa-Família contabilizou FRAUDES, somente no período 2013-2014, no valor aproximado de 2,5 BILHÕES de reais. Havia cerca de 584 mil FUNCIONÁRIOS PÚBLICOS inscritos no Programa. Recebendo...
6) Em julho, foram demitidos, pelo Governo Temer, 2010 servidores comissionados pelo Governo Dilma, todos petistas e ocupando "cargos de confiança". Os salários dessa corja variavam entre R$ 8.554,00 e R$ 24.535,00. Nenhum era concursado.
E por aí vai...
ENTENDEU AGORA, quem são esses insufladores do "Fora Temer", E QUAL É A SUA REAL MOTIVAÇÃO ????
Coloque-se no lugar de quem MAMAVA desse jeito, nas tetas do erário, desde 2003. MUITA GENTE ! É até compreensível a raiva que sentem, diante da perspectiva do fim de tanta moleza!
Sidnei Luis Reinert
11/09/2016 18:44
Desprezaram o povo do belchior baixo, fazendo pedalada do belchior alto para o meio do belchior. Os PMDB... deveriam começar a pedalada no belchior baixo para comer bastante pó e depois atravessar a BR 470 (travessia perigosa) e pegar o calçamento esburacado e fedido de esgoto do belchior central e alto e depois façam o retorno de onde vieram... de bicicleta é claro.
Assim sentiriam na pele pelo menos 1 dia o que passamos aqui diariamente.
Joaquim Nabuco
11/09/2016 15:42
Herculano

Tem petista no Face pedindo para o eleitor não vender seu voto por 100 reais, senão vai ficar:
100 médicos
100 escolas
100 voz
100 moral
100 respeito
e o que eu digo: NÃO VOTE NO PT SENÃO VOCÊ VAI FICAR:

100 MÉDICOS
100 EMPREGOS
100 VOZ
100 RESPEITO

VAI CONTINUAR:

100 EXAMES MÉDICOS
100 CIRURGIAS
100 100 REMÉDIOS
100 CRECHES
100 EMPRESAS QUE SAÍRAM DE GASPAR
100 HOSPITAL

Esse é o verdadeiro PT, fala dos outros, só que faz igual e é bem pior que os outros, pense nisso. Não vote nelles.


Erva Daninha
11/09/2016 13:21
Olá, Herculano;

Metas: (+ ou - assim)
"Retomada as Obras na Madre Paulina".

Alguém interessado nos votos daquela rua teve que se mobilizar para garantir o seu "emprego" público, se não, sua empresa fica inviável.
Sujiro Fuji
11/09/2016 13:17
"Nego" é o passado dela.
Mariazinha Beata
11/09/2016 12:41
Seu Herculano;

O PMDB copiou Andréia - às 11:53hs - ...

"E até importou participantes que levou num ônibus."

Além dos ônibus, teve sanduiche com mortadela e itubaína?
Que falta de criatividade do PMDB em copiar o PT!
Bye, bye!
Herculano
11/09/2016 12:28
"SE TEMER MANTIVER A GOVERNABILIDADE, FARÁ UM GRANDE FAVOR AO BRASIL"

Conteúdo do Antagonista. Entrevista e texto de Márcio Juliboni. Para o professor de ética da Unicamp Roberto Romano, Temer sofre com a falta de carisma e a "herança maldita" do presidencialismo brasileiro.

Roberto Romano não espera muita coisa de Temer. Para ele, o presidente não mudará a estrutura política nem econômica do país por falta de força política e de uma estratégia clara de mobilização do Congresso.

Somem-se a esses fatores um aliado maquiavélico no comando do Senado e o PT, disposto a inflamar as ruas no papel de paladino da democracia ferida pelo "golpe", e Temer corre o risco de ficar tão emparedado quanto os pronomes de suas mesóclises. Confira os principais trechos da entrevista a O Financista:

O Financista: Quando era interino, o mercado tolerava as concessões de Temer aos grupos políticos, lembrando a necessidade de consolidar apoio. Como efetivo, ele mudou?

Roberto Romano: Temer continua cedendo, e o pior é que a atuação de seus ministros é desastrosa. Cada declaração que dão, como a da reforma trabalhista, mostra que não há coordenação política. Com isso, o governo não é capaz de mobilizar ninguém. Os grupos de interesse estão no Congresso, à espera de sinalizações claras, mas só estão ficando mais confusos. Isso pode atrasar, e muito, a tramitação dos projetos do governo.

O Financista: Mas Temer é conciliador ou apenas um presidente fraco?

Romano: Esse é um problema sério no mundo todo, de crise de Estados e partidos, não apenas de Temer. Quando a política virou um negócio, impediu o surgimento de verdadeiros estadistas. Hoje, não há mais do que cinco no mundo. Mas, aí, entram fatores próprios de Temer. Ele nunca foi uma liderança. Cresceu à sombra de Montoro e, depois, de Quércia. Tanto que teve muita dificuldade para se projetar no PMDB. Ele não tem carisma. Então, a situação é essa: temos uma crise de liderança no Brasil e no mundo. Para sair da crise, precisamos de lideranças verdadeiras. Mas o sistema não deixa que surjam.

O Financista: Temer cairá na mesma armadilha do PT, a de ter mais problemas com a base aliada do que com a oposição?

Romano: Isso é mais do que certo, porque é um problema fundamental do presidencialismo brasileiro. O poder central arranca os recursos dos Estados e municípios. Depois, para aprovar seus projetos, fica nas mãos dos chefes políticos de cada região. Eles cobram um preço alto para que os recursos voltem, em troca de apoio aos projetos. É uma estrutura anacrônica, burocrática e gastadora. No fundo, Temer herdou a herança maldita do presidencialismo brasileiro (risos).

O Financista: Renan Calheiros é um aliado confiável de Temer no Senado?

Romano: Renan não é um aliado confiável nem de si mesmo. Ele é, por excelência, alguém que trabalha apenas por seus interesses. Mas ele sabe se mover. Um político poderoso é aquele que faz favor até para seus inimigos. Basta lembrar o que ele disse a Gleisi Hoffmann. A sorte de Temer é ter o Romero Jucá a seu lado, que pode passar as informações do que acontece no Senado para o presidente. Mas Jucá não é Deus. Não adianta a informação chegar ao Planalto, se não houver gente capaz de processá-la e dar uma resposta adequada.

O Financista: Os protestos contra Temer podem crescer a ponto de inviabilizar o governo?

Romano: Não sei. Primeiro: o PT está destreinado, depois de anos no Planalto, mas tem know-how de oposição e sabe infernizar quando quer. Segundo: as reformas vão desagradar a uma boa parte da classe média. Terceiro: dada a falta de liderança de Temer, ele corre o risco até de desagradar aos patrões. Quarto: a radicalização da PM está pegando muito mal: a polícia não tem preparo para lidar com protestos de rua. Agora, a classe média "média" não irá para a rua com o PT, porque está com muita raiva dos petistas. A dúvida é quanto o partido conseguirá mobilizar a classe média baixa, que perdeu muita coisa e age mais pelo bolso do que pela ideologia.

O Financista: Com tudo isso, qual o cenário mais realista para Temer?

Romano: Esse será o governo do possível. Não vai modificar a estrutura política nem econômica. Isso não é agenda para um governo transitório como o de Temer. Sinceramente, se ele chegar a 2018 com bases mínimas de governabilidade, já terá feito um grande favor ao Brasil.
Herculano
11/09/2016 11:53
ANTES ERAM AS CARREATAS. AGORA OS PASSEIOS DE BICICLETAS

O PSDB de Andreia Symone Zimmermann Nagel inovou e foi logo copiado. No dia Sete de Setembro ao invés da caras e politicamente incorretas carreatas do passado, a vereadora liderou um passeio de bicicleta por bairros periféricos ao Centro de Gaspar. Segundo ela, foi para economizar - há limite de gastos - e principalmente divulgar a sua ideia de fazer ciclovias em Gaspar, caso ela for eleita.

Os mais de cem participantes chamaram a atenção dos adversários. O PMDB de Kleber Edson Wan Dall imitou a iniciativa neste sábado no Belchior. E até importou participantes que levou num ônibus.

Andreia repetiu o exercício neste domingo. No filme que está na internet é possível ver que a adesão praticamente dobrou ao primeiro.
Herculano
11/09/2016 10:00
MAIS OBSTÁCULOS, por Merval Pereira, pra o jornal O Globo

Contrariando a jurisprudência do STF, a decisão do ministro Marco Aurélio Mello, do Supremo Tribunal Federal (STF), de desbloquear a indisponibilidade de R$ 2 bilhões em bens das empreiteiras Odebrecht e OAS que havia sido decretada pelo Tribunal de Contas da União (TCU), em função do superfaturamento na construção da refinaria Abreu e Lima em Pernambuco, é mais uma medida polêmica que pode inviabilizar a tentativa de recuperar dinheiro desviado da Petrobras no escândalo investigado pela Operação Lava-Jato.

O ministro Marco Aurélio Mello, além de questionar o poder do TCU de bloquear bens de empresas particulares, concordou com a defesa da empreiteira, que alegou que a medida colocaria em risco a própria sobrevivência da construtora, já em recuperação judicial: "A manutenção da medida cautelar [bloqueio] pode sujeitar a impetrante à morte civil. A eficácia da tomada de contas especiais nº 000.168/2016-5, bem como de outros processos de controle conduzidos pelo Tribunal de Contas, e o ressarcimento por eventuais prejuízos causados ao erário dependem da permanência da construtora em atividade", afirmou o ministro.

Acontece que o STF já havia analisado a questão dos poderes do TCU quanto ao bloqueio de bens quando o ex-diretor da Petrobras Nestor Cerveró e o ex-presidente da estatal Sérgio Gabrielli tentaram anular a indisponibilidade decretada pelo ministro José Jorge, referente ao escândalo de Pasadena. Na época, foi sorteado como relator do mandado de segurança o Ministro Gilmar Mendes, que negou a liminar e, em seguida, proferiu um acórdão na Segunda Turma, acompanhado por todos os ministros.

No mandado de segurança impetrado por Sérgio Gabrielli e outros, o ministro Gilmar Mendes disse que "quanto ao mérito, não há que se falar em ilegalidade ou abuso de poder em relação à atuação do TCU que, ao determinar a indisponibilidade dos bens, agiu em consonância com suas atribuições constitucionais, com disposições legais e com a jurisprudência desta Corte".

Para ele, a indisponibilidade de bens está no campo das atribuições constitucionais de controle externo exercido pelo Tribunal de Contas da União, de acordo com a Constituição, "pois são investigadas possíveis irregularidades, apontadas pelo Ministério Público junto ao TCU, quanto à operação de compra da refinaria mencionada".

Nesse ponto, Gilmar Mendes destacou que a jurisprudência do STF reconhece assistir ao Tribunal de Contas da União "um poder geral de cautela, que se consubstancia em prerrogativa institucional decorrente das próprias atribuições que a Constituição expressamente outorgou à Corte de Contas para seu adequado funcionamento e alcance de suas finalidades".

Ele cita o julgamento do mandado de segurança 24.510/DF, cuja relatoria foi da ministra Ellen Gracie, onde o ministro Celso de Mello acentuou "a importância da legitimidade constitucional dada ao TCU para adotar medidas cautelares destinadas a conferir a real efetividade às suas deliberações finais, de modo a permitir que possam ser neutralizadas situações de lesividade, atual ou iminente, ao erário".

O ministro Gilmar Mendes aduziu que "é por isso que entendo revestir-se de integral legitimidade constitucional a atribuição de índole cautelar, que, reconhecida com apoio na teoria dos poderes implícitos, permite, ao Tribunal de Contas da União, adotar as medidas necessárias ao fiel cumprimento de suas funções institucionais e ao pleno exercício das competências que lhe foram outorgadas, diretamente, pela própria Constituição da República".

Não fora assim, argumentou Mendes, "adotada, na espécie, uma indevida perspectiva reducionista, esvaziar-se-iam, por completo, as atribuições constitucionais expressamente conferidas ao Tribunal de Contas da União. Atribuições que a Constituição expressamente outorgou à Corte de Contas para seu adequado funcionamento e alcance de suas finalidades".

A decisão monocrática do ministro Marco Aurélio pode significar, segundo ministros do próprio TCU, um triste fim para todas as auditorias e os esforços de recuperação do dinheiro desviado na Petrobras. Se não puderem bloquear ativos das empresas envolvidas, corre-se o risco de, ao fim do processo, as empresas terem esvaziado o patrimônio das construtoras, repassando tudo para as holdings ou para outras empresas do grupo.
Herculano
11/09/2016 09:57
"ASSIM É, SE LHE PARECE", por Eliane Cantanhede, para o jornal O Estado de S. Paulo

O governo Michel Temer parece aquele boneco Bobão: cai para um lado, cai para o outro, gira desengonçado, mas acaba de pé. A oposição está irritada e animada, botando suas bandeiras vermelhas na rua, com a propaganda do "golpe" e do "Fora, Temer". E, da arquibancada, a grande maioria da população ainda olha, desconfiada, sem tirar conclusões. O impeachment passou, mas o jogo ainda está sendo jogado.

Começar um governo depois de um longo e traumático processo de impeachment é muito diferente de assumir sob embalo de uma campanha acirrada, de uma vitória nas urnas e de uma vibrante festa de posse. No caso de Temer, acrescentem-se as circunstâncias: uma crise de dar dó, Orçamento destroçado e a Lava Jato pairando sobre tudo e todos.

Quando se fala de Itamar Franco, vêm à tona o sucesso, a pacificação política e o Plano Real, mas não começou assim... Não havia contestação ao impeachment de Collor nem protestos nas ruas e o único partido que virou as costas à transição foi o PT, mas Itamar penou na questão crucial: a economia. Foram quatro ministros da Fazenda, até que Fernando Henrique reunisse os melhores economistas e entregasse o Plano Real. E ainda vieram mais dois ministros. Seis em dois anos.

Olhando retrospectivamente, os tempos Itamar parecem uma maravilha, mas entraram e saíram da Fazenda Gustavo Krause, Paulo Haddad, Eliseu Resende, FH, Rubens Ricupero e Ciro Gomes. A cada chegada, uma incerteza. A cada saída, uma crise, com exceção de FH, que saiu para a campanha e dali para o Planalto.

Logo, não chega a ser dramático Temer trocar os ministros do Planejamento e do Turismo e o advogado-geral da União. O problema é que Romero Jucá ainda sonha voltar e Henrique Alves saiu de fininho, mas Fábio Osório pode ser uma bomba. Saiu por acúmulo de erros, como diz o Planalto, ou para não esquentar a Lava Jato, como ele diz?

Com três meses de interinidade e dez dias de governo de fato, Temer já apanha dos protestos, das centrais trabalhistas, das entidades patronais, do funcionalismo, do corporativismo, dos analistas, da base aliada e de próceres do próprio PMDB, tudo isso sob a premência das reformas e a sombra da Lava Jato. Quem mais? Quando?

As primeiras obrigações do presidente são não falar fora de hora e fora do tom e dar um freio de arrumação no próprio governo, que comete um erro atrás do outro e se mostra prodigioso em dar munição aos inimigos. Menosprezar um bordão forte como "golpe", desdenhar das manifestações, escorregar em declarações nas áreas de educação, de saúde e, agora, na delicadíssima área trabalhista são coisas de amadores, não do governo de quem presidiu a Câmara três vezes.

Assim como a palavrinha mágica "golpe" ajudou a cristalizar, talvez em milhões de pessoas, a percepção de que o impeachment de Dilma foi ilegal e ilegítimo, a "jornada de 12 horas" ajuda a oposição a ratificar que Temer vai retroceder nos direitos e abandonar os pobres à própria sorte. Em vez de falar esse absurdo, o governo bem que poderia ter usado e abusado, a seu favor e a favor da verdade, dos resultados do Ideb, que configuram o fracasso da "pátria educadora" de Dilma.

Política e comunicação são indissociáveis, dentro de uma velha concepção de que "assim é, se lhe parece". Ou seja, o que parece (golpe, retrocesso social...) passa a ser considerado como fato. É a isso que Temer precisa urgentemente reagir. Além de agir para efetivamente melhorar o governo.

?"tima troca: Eduardo Cunha sai amanhã da Câmara e Carmen Lúcia entra na presidência do Supremo, levando mulheres competentes para a sua chefia de gabinete, a Secretaria-Geral e as secretarias de Comunicação e de Segurança. As pessoas certas, no lugar certo, no momento histórico certo. Boa sorte!
Herculano
11/09/2016 09:55
NEM FORA TEMER, NEM FORA DILMA. É FORA LADRÃO

E quem rouba não É exatamente a pessoa, o político eleito, o empoderado em qualquer cargo, mas organizações criminosas - como políticos corrompidos, mentirosos e dissimulados, que se escondem atrás de fachadas chamadas partidos políticos. E não somente os grandes, os pequenos são tão perigosos quanto. Nascem já com o propósito da sacanagem para servirem de aluguel, escape...

Essas organizações chamadas de partidos políticos, instruídas, feitas de gente esperta e em alguns casos, de verdadeiros bandidos, usam pessoas como candidatas as quais as vendem para os analfabetos, ignorantes e desinformados como sendo acima de qualquer suspeitas, religiosos, bom moços, mulheres frágeis, gente do povo, pessoas perseguidas, etc...

O eleitor precisa urgentemente saber que partidos praticam isso e quem eles usam para se fingir de cordeiro, ou com a pele do povo sedento por honestidade.

É preciso saber, debater, esclarecer e divulgar quais partidos são verdadeiras organizações criminosas, e quem são esses candidatos usados por esses partidos. Eles quase sempre nunca trabalharam na vida em um lugar ou cargo decente, de alta responsabilidade, nem sabem gerir as suas próprias finanças, ou seja, nem estão habilitado a gerirem as finanças públicas feitas com o nosso dinheiro.

As eleições deste dois de outubro é uma resposta a este estado degenerado de coisas contra o cidadão e cidadã. Fora aos ladrões dos nossos pesados impostos, que pagamos para se ter assistência pública de saúde, educação de qualidade, moradia, segurança etc e eles levam para si e suas organizações criminosas, disfarçadas de partidos, continuarem no poder, comprovando votos, enganando os eleitores.

FORA LADRÃO
Herculano
11/09/2016 09:40
MINIRERRFORMA POLÍTICA MUDA MUITO NA DIREÇÃO CORRETA, por Samuel Pessoa, para o jornal Folha de S. Paulo

Tramita no Senado PEC (proposta de emenda à Constituição) de minirreforma política. De autoria do senador do PSDB do Espírito Santo, Ricardo Ferraço, conta com relatoria do senador do PSDB de São Paulo Aloysio Nunes Ferreira. O projeto institui a cláusula de desempenho e veda coligação para eleição proporcional.

A intensa crise política atual tem inúmeras causas. A elevada fragmentação partidária agrava o problema: aumenta o custo do Executivo no exercício de seu poder de agenda no Congresso Nacional, dificultando, portanto, a governabilidade.

Difícil governar com 32 partidos e outros 35 na fila para a obtenção de registro.

O desenho institucional, com voto proporcional em grandes distritos (cada Estado é um distrito), gera elevado número de partidos.

Escolhas recentes de gestão do próprio governo petista, que tentou desidratar o PMDB criando vários "pequenos PMDBs", e decisões equivocadas do STF agravaram o problema.

É consensual na ciência política brasileira que o elevado grau de fragmentação não tem gerado ganhos de representação de grupos minoritários da sociedade. É indústria que atende somente aos interesses de uns poucos: abocanhar parcela dos R$ 800 milhões do Fundo Partidário e vender tempo de televisão.

A cláusula de desempenho da PEC determina que "terão direito a funcionamento parlamentar aqueles [partidos] que obtiverem, nas eleições para a Câmara dos Deputados, no mínimo, 3% de todos os votos válidos, distribuídos em, pelo menos, 14 unidades da Federação, com um mínimo de 2% dos votos válidos em cada uma delas".

O parágrafo seguinte estabelece que "somente os partidos políticos com funcionamento parlamentar terão direito a estrutura própria e funcional nas Casas Legislativas, participarão da distribuição dos recursos do fundo partidário e terão acesso gratuito a rádio e televisão, na forma da lei".

Deputados eleitos por partidos que não atingirem a cláusula de desempenho não perdem o mandato. Podem continuar no partido sem direito a funcionamento parlamentar, convivendo com as limitações daí decorrentes, ou podem mudar, sem maiores ônus, para outro partido.

A PEC, atendendo ao anseio de pequenos partidos ideológicos, permite coligação para eleição proporcional na forma de federação de partidos. Para todos os efeitos práticos, a federação de partidos funciona, ao longo do período de sua vigência, como se fosse um único partido. Em particular, os partidos federados terão que participar do processo eleitoral e atuar conjuntamente não somente no Senado e na Câmara Federal mas também nas Assembleias dos Estados e do Distrito Federal, bem como nas Câmaras de Vereadores.

Como regra de transição, a PEC estabelece cláusula de barreira mais leve em 2018, de somente 2% de todos os votos válidos; e a proibição de coligação em eleições proporcionais vigorará somente a partir de 2022.

A grande virtude da iniciativa do senador Ferraço é que a reforma proposta é incremental e ataca a fonte de um dos maiores problemas de nosso sistema político: a excessiva fragmentação partidária.

Em vez de tudo mudar para que fique tudo como está, reforma-se quase nada para mudar muito na direção correta.
Herculano
11/09/2016 09:38
O AJUSTE MORAL, por Ruth Aquino, para a revista Época

Os políticos brasileiros têm uma dívida moral gigantesca com o país. Precisam começar a saldá-la.

A palavra de ordem no Brasil de hoje, mais que ajuste fiscal, é "ajuste moral". Por isso o novo slogan nas redes sociais é #ForaLadrao, apartidário e impessoal. Ele abarca a todos. Não só aos ladrões de bilhões de reais ou dólares, mas aos vândalos de sonhos, ideais e convicções. Ladrões da inclusão social, das estatais, dos direitos a um voto limpo, ladrões da paz, da educação e da saúde. Os presidentes ?" a destituída e o entronado ?", os governadores, os prefeitos, os senadores, os deputados, os vereadores, todos têm uma dívida moral gigantesca com o país. Algumas medidas são urgentes para começar a saldar essa dívida.

A cassação do ex-presidente da Câmara Eduardo Cunha. É uma ironia que possa ser cassado apenas por "quebra de decoro", mas é assim que a banda toca. Acusado de mentir à CPI da Petrobras ao negar conta na Suíça em seu nome, Cunha esperneia há dez longos meses. Precisa ser punido exemplarmente, em nome da moralidade. Que Cunha não seja apenas suspenso, como quer. O Brasil deseja que ele perca seu mandato e se torne inelegível.

O veto ao aumento indecente para o Judiciário num momento de crise econômica profunda, em que a comida desaparece da mesa do povo e o emprego some do cotidiano. A nova presidente do STF, a mineira Cármen Lúcia, que assume na segunda-feira, é uma esperança de austeridade, com sua dedicação quase monástica à vida pública. "Não gosto muito de festas. Eu gosto é de processo", disse a ministra do Supremo, que já se expressou contra altos gastos no Poder Judiciário.

O cerco implacável às doações ilegais nas próximas eleições municipais. Continua a festa das fraudes e dos laranjas, mas o Tribunal de Contas da União e o Tribunal Superior Eleitoral estão de olho. O TSE identificou mais de 21 mil pobres que transferiram ao todo R$ 168 milhões a campanhas municipais. O TCU detectou irregularidades em mais de um terço de 114 mil doações a candidatos a prefeito e vereador. Até morto aparece como doador. Beneficiário de Bolsa Família também. Chega de propina.

O desmascaramento dos desvios bilionários de quatro dos principais fundos de pensão do país, que atingem 1,3 milhão de trabalhadores. Rombo de mais de R$ 50 bilhões, provocado por investimentos fraudulentos, superfaturamento de contratos. Envolvendo energia, petróleo e infraestrutura. Maiores lesados são funcionários da ativa e aposentados das estatais. A operação foi batizada pela Polícia Federal com base numa modalidade de investimento. Nome chique: Greenfield. E nem Dilma Rousseff nem Michel Temer sabiam de nada. Que se abram agora as caixas-pretas do BNDES. #ForaLadrao.

A redução do patético número de partidos políticos. São 35 ?" e deles, 27 com representação na Câmara. Muito mais que um fatiamento de siglas, é um esquartejamento do sistema partidário, que dificulta a formação de uma consciência política. Não há coerência a princípios ou a programas. Essa pulverização desmobiliza o eleitor. Cada vez menos se vota por partido no Brasil. O PT destruiu a força da sigla com sua avalanche de erros éticos e de gestão. Os políticos trocam de filiação partidária como quem troca a gravata ou o corte de cabelo. As maiores manifestações de rua, a favor ou contra, nada têm a ver com um partido específico. Acordem para sua falta de sintonia e seu isolamento. E #ForaLadrao.

O despertar para o maior desafio e única esperança das futuras gerações: a educação universal e de qualidade, em horário integral.O Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb) mostrou que, em dez anos, a nota do ensino médio avançou em 0,3 ponto. Ou seja, próximo de nada. O Brasil continua a avançar nos primeiros anos do ensino fundamental. Mas o que proporcionamos a nossos adolescentes? Por ano, 700 mil alunos abandonam o ensino médio. Estamos condenando mentes jovens à mediocridade ou a coisa pior.

Um choque na gestão de Saúde e no calamitoso índice de saneamento básico. Basta de ver famílias sofrendo em filas de hospitais, morrendo por falta de remédio, de médico ou de internação. Saneamento é um tema que não rende leitura. Fede demais. Mas é preciso se indignar: metade da população brasileira ainda não tem esgoto coletado em suas casas. Nesse item que compromete a qualidade de vida e a saúde, o Brasil está em 11o lugar na América Latina. Medalha de incompetência e negligência.

Em um mês que tanto se falou de superação e inclusão pelo esporte, em que nos emocionamos com tantos atletas que transformaram adversidades financeiras e físicas em histórias de sucesso, ouro, prata e bronze, os políticos brasileiros precisam compreender que merecem todas as vaias do mundo. Até prova em contrário, são culpados.
Sidnei Luis Reinert
11/09/2016 08:50
Não dá para esquecer o que aconteceu em Blumenau, alguém quer isto em Gaspar?

Vereador reeleito em Blumenau (SC) negociou obra e até óculos com eleitores12
Vinícius Segalla e Guilherme Balza
Do UOL, em Blumenau (SC) e em São Paulo 01/05/201312h00

O vereador Fábio Fiedler (PSD) conseguiu se reeleger em Blumenau (139 km de Florianópolis), nas eleições de 2012, com a segunda maior votação (5.542 votos), negociando desde obras de asfaltamento até par de óculos para crianças, segundo mostra investigação do MPE (Ministério Público Estadual), em Santa Catarina.

O coordenador de campanha do candidato foi o então secretário municipal de Obras Alexandre Brollo, que mesmo ocupando cargo público trabalhou para Fiedler, utilizando a estrutura municipal, conforme apontam as investigações do MPE.
VEREADOR PAGA ATÉ ?"CULOS EM TROCA DE VOTO; OUÇA


A atuação do vereador está ligada a um megaesquema de corrupção instalado em Blumenau, com o objetivo de desviar dinheiro público. Segundo o MP, o esquema já teria sido responsável por um prejuízo de pelo menos R$ 100 milhões aos cofres públicos, o equivalente a 7% do orçamento de 2012 da cidade catarinense.
Divulgação
Fábio Fiedler (PSD), vereador de Blumenau (SC) que estaria envolvido em esquema de corrupção e compra de votos

Ambos listam uma série de vias cujo asfaltamento teria potencial de angariar votos para Fiedler. Muitas das vias citadas foram batizadas por eles com nomes de outros investigados no esquema, como "bequinho do Fumagalli", "rua do Jacomel".

Luiz Henrique Fumagalli era servidor da Secretaria Municipal de Obras e trabalhou na campanha de Fiedler; já Eduardo Jacomel era diretor-presidente da URB (Companhia Urbanizadora de Blumenau), que está no centro do esquema investigado pelo MPE.

Na conversa, Brollo indica que várias vias que serão asfaltadas irão beneficiar candidatos do grupo político de Fiedler --o mesmo do então prefeito João Paulo Kleinubing (PSD)--, mas que é necessário escolher uma rua que beneficiaria diretamente o candidato a vereador.
Herculano
11/09/2016 08:17
A LEI PARA OS MAIS FRACOS, por Carlos Brickmann

A Operação Lava Jato comemora mais de dois anos de sucesso de público e êxitos no ataque a enormes focos de corrupção. Já condenou 74 réus a penas de mais de mil anos de prisão. Tem sido cautelosa ao botar gente na cadeia: políticos em atividade, por exemplo, são poucos; empresários de peso foram presos, foram condenados, mas só os de trato mais difícil estão na cadeia. Outros fizeram delação premiada e hoje vivem confortavelmente em suas mansões. Mesmo os políticos atingidos, como o ex-líder do Governo Dilma no Senado, Delcídio do Amaral, tiveram boas chances de livrar-se do pior. A casa de Delcídio, onde ele está recolhido, é ótima, e já abrigou festas com 700 convidados. Citando a excelente obra A Revolução dos Bichos, de George Orwell, em que os animais tomam conta de uma fazenda e acabam escravizados por outros animais, "todos os animais são iguais, mas alguns são mais iguais que os outros".

Mas ser mais igual não parece suficiente aos que já são mais iguais: no Congresso, pensa-se numa lei que anistie os envolvidos nos crimes de Caixa 2 cometidos até as eleições de 2014 - as últimas que se realizaram. Abre-se caminho para discutir se pixulecos seriam propinas ou doações para o Caixa 2 de partidos e candidatos. Isso criaria tal novelo jurídico que multiplicaria o trabalho dos investigadores e daria muito mais tranquilidade a receptores e doadores. Enfim, aos corruptos, a paz que tanto desejam.

LULA NA FRITURA

Este colunista não acredita que Lula seja preso, a não ser, eventualmente. por poucos dias. Mas este colunista não acreditava na prisão de empreiteiros, nem na de José Dirceu, e estava enganado.

Mas o fato é que corre risco, mais ainda depois que o ministro Teori Zavascki rejeitou o pedido de transferir seus inquéritos para o STF. Pior: ao recusar o pedido, Zavascki acusou a defesa de Lula de "embaraçar as investigações". Está aberto o caminho para que Lula vá a Curitiba enfrentar Sérgio Moro.
Herculano
11/09/2016 08:16
FALAM MUITO!, por Carlos Brickmann

É fácil saber quais são as medidas mais importantes até agora adotadas pelo presidente Temer: são aquelas das quais desistiu, explicando (ele ou algum ministro) que não era bem assim, ou voltando atrás e desistindo daquilo que horas antes era imprescindível. Alguém precisa contar ao presidente que seus publicitários e marqueteiros podem criar slogans criativos, com ou sem a assistência do Michelzinho, mas que sua tarefa mais importante é comunicar à população aquilo que o Governo quer fazer.

Mais ainda, têm de manter em mente o princípio básico de sua profissão: comunicação não é o que se transmite, mas o que o público percebe.

É MAS NÃO É

Neste caso foi ainda pior: ao comunicar mudanças na legislação trabalhista, liberando e formalizando empregos por hora, tudo foi tão mal explicado que até grandes jornais, com equipes experientes, se confundiram, achando que o Governo queria autorizar o horário de trabalho de 12 horas por dia (contra os oito atuais).

Resultado: o ministro teve de se desmentir no dia seguinte. E quem acredita nele de agora em diante?

CUNHA, ENFIM

O Supremo negou por 10x1 o pedido de Eduardo Cunha para que seu processo de cassação fosse suspenso. A votação da Câmara para decidir o processo está marcada para amanhã. O número de parlamentares que se declaram dispostos a votar contra Cunha é suficiente para cassá-lo.

Terminou? Não se sabe. Cunha é hábil, estudioso, capaz de encontrar novos caminhos para adiar a decisão do processo. Há dois caminhos óbvios (e Cunha deve conhecer outros): (a) falta de quórum e (b) questões de ordem para prolongar indefinidamente a sessão, até que seja adiada para sabe-se lá quando, já que não há datas disponíveis. Há um número fixo para cassá-lo, 257 (metade mais um dos deputados). Se aparecerem poucos deputados, alcançar 257 votos fica muito mais difícil.

É claro que, cedo ou tarde, Cunha será cassado. Isso faz com que seu apoio, antes maciço, se esvaia. O resultado depende do que for mais importante: favores passados ou falta de perspectivas de favores no futuro.

TRABALHAR CANSA

Feliz com as perspectivas de amanhã? Calma: ou se vota a cassação de Cunha amanhã ou não se sabe quando. Em seguida a Câmara entra em seu quinto recesso do ano, agora para que Suas Excelências participem da campanha eleitoral. Depois da eleição haverá segundo turno, comemorações, articulações em busca de boquinhas com quem ganhou.

PARABÉNS, MINISTRA CARMEN!

Nesta segunda, há outro evento que não depende de ninguém: a ministra Carmen Lúcia toma posse na Presidência do Supremo Tribunal Federal, no lugar do ministro Ricardo Lewandowski.

Duas boas notícias.
Herculano
11/09/2016 08:11
ALGODÃO ENTRE CRISTAIS, por Dora Kramer, para o jornal O Estado de S. Paulo

A crise persiste, a turbulência resiste e os conflitos de natureza política ainda insistem em marcar presença no ambiente de maneira contundente. Ciente do cenário nacional ainda conturbado em que assumirá amanhã a presidência do Supremo Tribunal Federal, a ministra Cármen Lúcia Antunes Rocha ?" mineira de Montes Claros, onde nasceu há 62 anos sob o signo de Áries - fará um discurso de panos quentes, no sentido da união do País, do fim da ideia da divisão entre "nós" e "eles".

Ela acredita que a fala estará em sintonia com o anseio da maioria da população e irá ao encontro da necessidade mais urgente do Brasil: a pacificação entre as forças políticas (sem prejuízo do exercício da oposição e da liberdade de expressão) e a harmonia entre os Poderes. Notadamente no âmbito do Judiciário ?" aqui entendido o destaque ao tribunal que presidirá pelos próximos dois anos.

A despeito das posições firmes e declarações de clareza indubitável ?" é da autoria dela o conceito expresso durante o julgamento do mensalão sobre o caráter criminoso do uso de caixa 2 nas campanhas eleitorais - a ministra no primeiro momento evitará alimentar polêmicas. O que não significa que não as "comprará" adiante, ao longo do mandato.

Quando chamada a se manifestar, em duas delas certamente enfrentará resistências entre magistrados: aumento do teto salarial do Poder Judiciário (em tramitação no Congresso). Cármen Lúcia é contra o reajuste, pelo mesma razão que decidiu deixar de lado a tradicional festa de comemoração da posse de presidentes do Supremo. Não é hora de gastar, de reivindicar vantagens nem de simular prosperidade em momento de privação geral na economia.

A nova presidente do Supremo Tribunal Federal também contraria boa parte de seus pares ao se opor à concessão de auxílio-moradia, ao menos para a magistratura de instância superior. Para dar o exemplo, deixou o apartamento funcional e comprou uma casa em Brasília. Financiada. Tais características não fazem de Cármen Lúcia uma heroína: são convicções de uma mulher culta, mas comum, em universo de gente que se considera incomum. De onde, provocará estranheza.

Desculpa esfarrapada. Para Eduardo Cunha melhor seria que o menor número de deputados comparecesse à sessão marcada amanhã, cuja pauta é a cassação de seu mandato. Ausências o favorecem.

Os aliados dele simplesmente não irão. Os adversários fazem campanha para assegurar presenças. No meio disso há os mais interessados nas eleições municipais. São instados a comparecer sob o argumento de que o eleitorado não lhes perdoará a ausência.

A isso respondem: em 2018, ninguém vai se lembrar de quem votou ou deixou de votar na cassação de Eduardo Cunha, mas em 2016 o prefeito, de quem depende a eleição futura do deputado, lhes cobrará presença imediata.

Com essa justificativa, muitos irão se ausentar dizendo que o motivo foi o atendimento às bases.

Terrenos na lua. Os primeiros movimentos pós-impeachment do PT indicam que o partido continua operando no campo da fantasia.

Pede que o Supremo anule o julgamento, a despeito das constantes negativas; insiste na "denúncia" internacional do golpe, cuja tendência é cair no vazio diante da crescente recusa dos países de aceitar a tese; propõe campanha por eleições diretas já sabendo da impossibilidade constitucional da empreitada.

Tais propostas animam o auditório, mas não prestam bom serviço à necessidade de o PT recuperar credibilidade junto à sociedade.
Herculano
11/09/2016 08:08
GOVERNO TEMER NÃO SE CANSA DE FAZER INIMIGOS, por Vinicius Torres Freire, para o jornal Folha de S. Paulo

O governo não tem se cansado da arte de fazer inimigos, prejudicar seus negócios e confundir até pessoas de boa vontade com o novo presidente. Tanto que, no final da semana útil, o Planalto resolveu outra vez arrumar a casa, no dizer de um ministro.

Ministros são chamados às falas para falar menos, "cabresto curto". Acerta-se o calendário de votação do teto e da mudança na Previdência. A "reforma ministerial" fica para o ano que vem; seria feita na medida do apoio dos partidos a essas emendas constitucionais. A trabalhista, fica "para depois".

A motivação imediata dessa conversa foi a mais recente saraivada de tiros do governo no próprio pé, o anúncio de uma razia nas leis do trabalho deste país de 11,6% de desemprego. O problema, obviamente, não é apenas de relações públicas, embora o governo pareça incapaz mesmo de fazer demagogia verbal eficiente, que é de graça.

Além de colocar um freio na conversa trabalhista, no Planalto se diz que "foi encaminhado" com as cúpulas da Câmara e do Senado o calendário da votação do teto de gastos do governo e da reforma da Previdência. O teto seria votado neste ano. A mudança da Previdência passaria na Câmara e ficaria para 2017 no Senado. Nada anda, porém, até a eleição.

No entanto, a grande impopularidade do governo não terá melhorado com essa história de reforma trabalhista, mais um capítulo de Maquiavel às avessas: anunciar aos poucos a intenção de fazer o mal.

Na sexta (9), a Força Sindical, parte da coalizão que depôs Dilma Rousseff, soltou nota em que chamou as propostas de reformas de Temer, na Previdência e na CLT, de "delirantes". Até o fim do mês, fará protesto nacional contra as medidas. Outros sindicatos e centrais preparam manifestações ainda em setembro.

O congelamento dos gastos federais já reunira uma frente de oposição, esta transversal, de médicos e empresas do setor a sindicatos e outros movimentos sociais, que não quer mexidas na saúde. Outro desgaste vitaminado pelo governo, os reajustes do funcionalismo, um problema em si, pega de resto muito mal entre um povo que padece sob os índices de sofrimento socioeconômico mais altos em décadas.

Afora o desemprego em alta e a renda em baixa, considere-se a inflação. A carestia dos alimentos voltou aos picos que causam raiva social. Nos últimos 12 meses, preços de comida e bebida subiram em média 14%, ao mesmo nível que detonou o começo do grande mal-estar de 2013.

Comenta-se a falência de Estados e, em breve, de prefeituras, mas não se atenta de fato para o efeito concreto disso na vida do povo miúdo (mas não só), em especial na saúde, o que mais aflige as gentes. O colapso final de vários Estados está próximo. Notícias sobre prefeituras exauridas começarão a pipocar. A arrecadação ainda cai cada vez mais rápido.

Nesse ambiente de medo e sofrimento crescentes, o governo propõe uma reforma trabalhista mal pensada, mal estudada e mal discutida, se não apenas rapina. Mesmo em termos econômicos, um pacotão de reformas liberalizantes simultâneas costuma dar problema ou em nada. Em termos políticos, é uma tolice que pode custar a aprovação do essencial e urgente, um plano fiscal para conter a ruína econômica.
Herculano
11/09/2016 08:04
DILMA LEVOU 52 OBJETOS DO ALVORADA NA MUDANÇA, por Cláudio Humberto, na coluna que publicou hoje nos jornais brasileiros

Foi identificado o sumiço de ao menos 52 objetos do Palácio Alvorada desde quando a ex-presidente Dilma Rousseff o desocupou, partindo para Porto Alegre, segundo fontes próximas ao Planalto e Ministério da Transparência. Ela terá de devolver todos os objetos à União, sob pena de processo no Tribunal de Contas da União e até na Justiça comum. Dilma começou a mudança para o sul na madrugada de segunda (5).

VOCÊ QUEM PAGA
Além do sumiço de itens que pertencem ao patrimônio público, a mudança de Dilma, em três caminhões, custou-nos R$ 75 mil.

LULA FEZ PIOR
A mudança de Dilma foi modesta para os padrões Lula, que usou 11 caminhões e levou 697 itens que não lhe pertencem, segundo o TCU.

PAGA LUXO
Além de usar caminhões de mudança, Dilma também levou pertences certamente pessoais em jatinho da FAB.

ESTOQUE DE PRESENTES
Os pertences de Dilma, segundo sua assessoria, vão ser estocados na casa da petista e também num depósito alugado.

GOVERNO TEMER TEM APOIO DE 84% DA CÂMARA
Apesar das dificuldades para recuperar a economia, as votações de interesse do governo Michel Temer tiveram apoio de 84% da Câmara. Em 74 votações, 436 deputados votaram em favor do governo em 50% das vezes ou mais; e 88 menos de 50%. No segundo governo Dilma, a o apoio foi de 66%. Em 246 votações, 391 deputados votaram com o governo em 50% das vezes ou mais; e 168 menos de 50%.

NA BASE DO DIÁLOGO
"Hoje temos um governo que sabe o que quer e não tem medo de dialogar", diz o vice-líder Carlos Marun (PMDB-MS).

NO COMEÇO...
"O governo está no começo e não houve projetos polêmicos", justifica Humberto Costa (PT-PE). Ele aposta na redução do apoio ao governo.

JÁ FORAM MELHORES
Nos dois governos Lula, índice de apoio parlamentar chegou a 77%, mais que Dilma e muito menos que os 84% de Michel Temer.

#FORALADRÃO
Bomba nas redes sociais a resposta dos apoiadores do impeachment (entre 67% e 75% dos brasileiros, segundo pesquisas mais recentes) aos gritos de "Fora Temer". A ordem é reagir com "Fora ladrão!"

OLHA QUEM SORRI
Nas redes sociais, muita gente tem se dado conta de que os protestos contra Temer são estimulados ou organizados por políticos que são investigados na Lava Jato por se beneficiarem do roubo à Petrobras.

MANDOU BEM
A nomeação de Grace Maria Fernandes, escolhida pelo presidente Michel Temer para chefiar a Advocacia Geral da União (AGU), foi bem recebida até pelas entidades que representam servidores.

PLANO ERA MELAR
Após articular com Renan Calheiros e o PT a manutenção dos seus direitos políticos, Dilma usou essa incongruência para argumentar no STF que o "fatiamento" seria "prova da inexistência" dos seus crimes.

MODELO DE GASTANÇA
Randolfe Rodrigues (Rede-AP) pediu ressarcimento ao Senado de R$281 mil em "despesas". É o 3º maior gastador. Perde para Paulo Rocha (PT-PA), R$ 285 mil, e Telmário Mota (PDT-RR), R$ 283 mil.

ERA SO PROCRASTINAÇÃO
O constitucionalista Erick Wilson Pereira observa que o embate entre a defesa de Lula e o ministro Teori Zavascki mostrou que a Constituição só garante o amplo direito à defesa e não o direito à procrastinação.

À ESPREITA
Conhecido pela capacidade de articulação política, o senador Romero Jucá (PMDB-RR) ainda é o candidato preferido de alguns senadores, incluindo Renan Calheiros, para presidir o Senado a partir de fevereiro.

MERA SEMELHANÇA
O deputado Jarbas Vasconcelos (PMDB-PE) define Lula e Eduardo Cunha como "arrogantes e prepotentes". "Eles se parecem nas estratégias de defesa: usam e abusam das mentiras", diz.

MELHOROU MUITO...
A brincadeira é de destacado ministro do TSE: "Na parada militar do dia 7, em matéria de primeira-dama, o Brasil saiu da artilharia ["canhão"] para a força aérea ["avião"].
Herculano
11/09/2016 08:00
CONCLUÍDO O IMPEACHMENT, PSDB E PMDB VOLTAM A SER ADVERSÁRIOS, por Jânio de Freitas para o jornal Folha de S. Paulo

A ambição que une é a mesma que separa. A associação de partidos que conduziu o impeachment resultou da convergência, apenas ocasional, de suas estratégias rumo ao mesmo ponto no horizonte político: a eleição presidencial em 2018. Nem todos moviam-se como aspirantes a conquistar a Presidência. Mas suas posições, da eleição à queda de Dilma, foram todas condicionadas pelo mesmo objetivo imediato: tirar do PT a maior fonte de votos ?"o governo de realizações sociais.

Tomado o governo, o novo poder apresenta como meta, a par da recuperação econômica, a "pacificação política", expressão que pressupõe uma impossível convivência com o PT.

O noticiário só tem podido referir-se, porém, a relações tensas do PSDB e do DEM com Michel Temer.

As cobranças e ameaças de rompimento, feitas pelo PSDB caso o governo protele as reformas duras e impopulares, dão ideia do que as atuais tensões prometem. O PSDB pretende que Temer, fazendo os cortes de direitos previdenciários e trabalhistas, limpe o campo para o governo que os peessedebistas almejam conquistar e, de quebra, fique com os ônus da ação antissocial.

?"nus para Temer serão, porém, ônus para o PMDB. O grande partido incapaz, em 25 anos com eleições diretas, de fazer mais do que figuração nas disputas pela Presidência. Enfim, o comando peemedebista acha agora que manterá eleitoralmente a posse do governo, com Temer candidato ou não. Otimismo que vale como indicação de condutas em várias direções.

Se quer competir mesmo, o PMDB não pode deixar o governo submetido ao PSDB. Também não pode dar-lhe as costas. O melhor tratamento que o PSDB pode esperar é o jogo duplo, que o PMDB pratica sem cerimônia, como Dilma pode testemunhar. Um treininho desse jogo foi feito há pouco, quando Aécio Neves exigiu o projeto de reforma previdenciária em setembro, não depois das eleições.

O Planalto recuou logo: está bem, o projeto sairá neste mês. Mais precisamente, no último dia, sexta-feira 30, a dois dias das eleições. Aécio e o PSDB tiveram que calar.

As dificuldades do governo não são menores no Congresso. Reformas que cortam benefícios contrapõem-se à esperança peemedebista para 2018. Não só na disputa presidencial. Deputados e senadores, dos quais o governo espera que propaguem as reformas como benefícios futuros, sabem que o bolso dos prejudicados fala mais alto.

E, se políticos não são dados a sacrificar-se, muito menos o seriam os do PMDB. Dificuldades, pois, de Temer com o seu partido e, a mais, com os peessedebistas.

Concluído o impeachment, PSDB, com seus caudatários, e PMDB voltam a ser adversários. Muito mais do que o foram antes de se associarem contra Dilma: os peemedebistas não tinham então aspirações reais a conquistar a Presidência. O enfrentamento agora é exterminador. Michel Temer não fará a "pacificação" nem entre os que lhe deram a Presidência. Nem sequer dentro do seu governo, onde o mesmo sonho presidencial acirra o confronto entre o ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, e os peemedebistas que controlam o Planalto.

A crise política sufocando o governo muda a sua forma, e só. Preserva até o risco de agravamento, caso, além de problemas políticos maiores, falhem no Tribunal Superior Eleitoral as manobras que livrem Michel Temer de condenação por irregularidades eleitorais.

MISTÉRIO

Ao receber amanhã a presidência do Supremo Tribunal Federal, a ministra Cármen Lúcia terá oportunidade de aplacar a inquietação que suscitou, ao despedir-se da Segunda Turma do STF. Disse ela: "O Supremo é um só. O Judiciário tem que voltar a ser um só. Hoje tem sido vários, e juntos somos muito mais".

Cada uma das três afirmações, obscuras todas, comporta várias interpretações. Desagradáveis por igual. Juntas, assim a frio, depois de um golpe - e você, está com o passaporte em dia?
Herculano
11/09/2016 07:58
ESTREIA APROXIMA O GOVERNO TEMER DO DESASTRE, por Josias de Souza

As coisas poderiam estar mais tranquilas para Michel Temer, pois Dilma Rousseff foi deposta, Lula enfrenta um surto de morofobia e o PT está tonto. No entanto, depois de usufruir de um ensaio que durou os 111 dias da interinidade, seu governo deu vexame na estreia. Se a gestão efetiva de Temer fosse um filme, as primeiras cenas indicariam que o enredo é sobre uma embarcação temerária, uma tripulação presunçosa e uma pedra de gelo. Tudo muito parecido com Titanic.

Nos dez dias inaugurais da administração seminova, viu-se um comandante deslumbrado, assessorado por contramestres despreparados. O novo elenco parece ter tomado gosto pela vingança, esquecendo-se que tem a obrigação de entregar aos passageiros, sobretudo aos que se encontram no porão, perto da casa de máquinas, três rimas pobres: temperança, segurança e esperança.

As relações com Dilma começaram a azedar quando Temer, preparando-se para desembarcar da função de coordenador político de um governo hemorrágico, declarou que "o país precisa de alguém que tenha a capacidade de reunificar a todos''. Interino, prometera a "pacificação nacional". Efetivado, destilou raiva na primeira reunião ministerial.

"Quero contestar, a partir de agora, essa coisa de golpista. Golpista é você, que está contra a Constituição. Golpe é qualquer um que proponha ruptura constitucional. Não estamos propondo ruptura constitucional. Agora, nós não vamos levar ofensa para casa. Agora, as coisas se definiram. Golpista é quem derruba a Constituição."

Dirigindo-se à sua base congressual, Temer passou uma carraspana, não coordenadas. Abespinhado com a adesão do PMDB ao impeachment meia-sola ?"com deposição, mas sem inabilitação?", engrossou a voz: "Se há gente que não quer governo dando certo, declare-se. Essa divisão na base é inadmissível. Se é governo tem que ser governo."

Temer disse tudo isso e embarcou para a China, como se não houvesse um Brasil por refazer. Poderia ter incumbido o ministro Henrique Meirelles (Fazenda) de representá-lo na reunião do G-20. Mas trocou a emergência de um país em crise por uma beirada de foto na companhia de chefes de Estado que não estavam nem aí para sua presença.

Na China, Temer desfilou com Renan Calheiros a tiracolo. O mesmo Renan que, horas antes, discursara no Senado para pedir aos colegas que não fossem "maus e desumanos" com Dilma. Não seria razoável, ele dissera, que, além da "queda", Dilma fosse submetida ao "coice" que a empurraria para fora da vida pública por oito anos. Foi a partir desse lero-lero que a maioria dos senadores escoiceou a Constiuição.

Em três décadas de vida pública, Temer construiu uma imagem de sobriedade. Traz dentro da boca uma fita métrica, não uma língua. Mede cada palavra. Na China, porém, algo lhe subiu à cabeça. E não foi juízo. Instado a comentar o ronco do asfalto, referiu-se aos partidários do 'Fora Temer' como "as 40 pessoas que quebram carro?" Ecoando-o, o chanceler José Serra declarou que as manifestações eram "mini, mini, mini, mini?"

Foi como se o governo, contaminado pela atmosfera dos Jogos do Rio, resolvesse disputar consigo mesmo uma subolimpíada de modalidade única: o tiro ao pé. Cutucado, o asfalto rosnou um pouco mais alto. E o governo ensinou que é errando que se aprende? A errar.

No feriado de 7 de Setembro, os ministros Eliseu Padilha (Casa Civil) e Geddel Vieira Lima (Coordenacão Política), dois diletos amigos do presidente, voltaram a menosprezar as vaias e os gritos de "Fora Temer". Olharam para a arquibancada montada na Esplanada de Brasília sem se dar conta de que o alarido soava em 25 Estados. As vaias foram a trilha sonora de Temer também na cerimônia de abertura dos Jogos Paralímpicos.

Elsinho Mouco, marqueteiro do PMDB, criou um par de bordões. Contra o 'Fora Temer', vieram à luz o 'Bora Temer' e o 'Fora Ladrão', uma alusão aos escândalos que tisnaram as administrações do PT. Simultaneamente, foi guindada às manchetes a notícia de que Lava Jato mapeia as propinas recebidas na Usina de Belo Monte por pajés do PMDB de Temer. Entre eles, por exemplo, Renan Calheiros, Romero Jucá e Jáder Barbalho. Quer dizer: tomado ao pé da letra, o marqueteiro do PMDB é um feliz adepto do 'Fora PMDB'.

O governo flertou descaradamente com o desastre desde a aprovação do impeachment. Numa evidência de que foi correspondido, o ministro do Trabalho concedeu uma ruinosa entrevista sobre a reforma trabalhista, fornecendo matéria-prima para que petistas e sindicalistas denunciem a insensibilidade social de Temer. Como confusão pouca é bobagem, o chefão da Casa Civil, Eliseu Padilha, fritou o mandachuva da Advocacia-Geral da União, Fábio Medina Osório.

Bem passado, o doutor levou os lábios ao trombone para denunciar que o Planalto trabalha mesmo para abafar a Lava Jato. Ficou no ar a impressão de que o novo governo, se não mudar urgentemente suas práticas e seu rumo, acabará se autoconvertendo num cadáver da gestão anterior. Olhando-se ao redor, percebe-se que é difícil, muito difícil, enxergar inocentes no convés do neo-Titanic. Avistam-se apenas culpados e cúmplices. Percebe-se, de resto, que faltam botes salva-vidas.
Herculano
11/09/2016 07:54
GOLPE É INFLAÇÃO E DESEMPREGO, por Heitor Cony, para o jornal Folha de S. Paulo

Fila de pessoas à espera de atendimento para recorrer ao seguro-desemprego.

Em comentário na CBN desta semana, o assunto que me deram foram as manifestações de rua e protestos, alguns violentos contra o impeachment, Temer, Eduardo Cunha, "et caterva". Não tinha opinião a dar, nem negar nem aprovar.

Contudo, lembrei-me de um programa radiofônico bastante antigo, que era o de maior audiência naquele tempo. Seu produtor e apresentador era o radialista, hoje completamente esquecido, chamado Julio Louzada, que chegou a ser personagem de um jingle do Miguel Gustavo, que dizia: "a mulher do meu melhor amigo me manda bilhete todo dia, desde que me viu, ficou apaixonada, me aconselha seu Julio Louzada".

Genericamente, era o tom dos conselhos pedidos. A resposta que o Julio Louzada dava era simples e direta: "vão tomar vergonha na cara!" De uma forma ou outra isso devia resolver o impasse. Na atual situação que atravessamos, não temos um Julio Louzada para dar uma orientação tão eficaz e necessária.

Não se trata de briga de marido e mulher, mas de um conflito que dividiu a nação em adversários que se esculhambam reciprocamente, apelando para as soluções mais radicais e imbecis.

Infelizmente não temos um Julio Louzada que dê o conselho definitivo e redentor: "vão tomar vergonha na cara". Isso serve para todos os personagens envolvidos na atual crise política, jurídica e econômica. Enquanto isso, os problemas nacionais e pessoais crescem a cada dia. Não interessa se Dilma cometeu crimes de responsabilidade ou se Temer e Cunha são golpistas.

O trágico nisso tudo é que temos milhões de desempregados, inflação em alta, descrédito internacional, falências, até mesmo um filme que conta a historia do roubo da Taça Jules Rimet - drama que, até hoje, como o caso dos ossos de Dana de Teffé, não foi esclarecido. A solução é tomarmos vergonha na cara.
Herculano
11/09/2016 07:50
SEM REFORMAS, BRASIL CORRE RISCO DE EMPOBRECER DIZ MANCHETE DE CAPA DO JORNAL FOLHA DE S. PAULO DESTE DOMINGO. PT, PCdoB,PARTE do PMDB, PSOL, PSTU, UNE, CUT, PCO, MST, MTST,PDT, SINDICALISTAS PELEGOS E OUTROS, SÃO CONTRA. ELES PRECISAM DE POBRES, SUBMISSOS, ANALFABETOS, IGNORANTES, DESINFORMADOS PARA MANIPULAREM NAS ELEIÇÕES E IMPOREM SACRIFÍCIOS DURANTE OS SEUS GOVERNOS COMO O ROUBO DOS PESADOS IMPOSTOS, CORRUPÇÃO PARA POUCOS E OS SEUSO, A FALTA ATENDIMENTO EM POSTOS DE SAÚDE, HOSPITAIS PÚBLICOS,FARMÁCIAS POPULARES, INSEGURANÇA, SOBREPREÇOS NAS OBRAS ETC

E QUANDO CHEGAR A VEZ DO APOSENTADO SE APOSENTAR E NÃO RECEBER O QUE DEVERIA RECEBER ELES MAIS UMA VEZ VÃO MANIPULAR E MENTIR. VÃO AFIRMAR QUE OS GOVERNOS NÃO FORAM RESPONSÁVEIS NO TEMPO QUE DEVERIAM. VÃO ESCONDER QUE ELES ATRÁS DE VOTOS FÁCEIS ENGANARAM O POVO E O FIZERAM DE MASSA DE MANOBRA PARA IMPEDIR OS GOVERNOS DE AJUSTAREM E EQUILIBRAREM A PREVIDÊNCIA COMO TANTOS OUTROS PAÍSES RICOS E ESCLARECIDOS JÁ FIZERAM.

Texto de Érica Fraga. O Brasil se tornará um país envelhecido e pobre nas próximas décadas se não avançar com urgência em políticas para reformar seu regime de aposentadorias e melhorar a qualidade da educação.

O tempo que ele tem para fazer isso se tornou curto, porque se aproxima do fim o impulso que a demografia dá ao crescimento enquanto o grupo de pessoas em idade para trabalhar cresce a um ritmo mais rápido do que o número de crianças e idosos.

Conhecida como bônus demográfico, essa fase começou na década de 70 e terminará antes de 2030, dizem especialistas. Nesse período, pessoas nascidas na explosão populacional dos anos 50 e 60 chegaram ao mercado de trabalho, e a taxa de fecundidade do país começou a declinar.

O primeiro efeito positivo disso foi ter mais gente capaz de gerar renda para dar assistência a crianças e idosos.

No período de 1980 e 2010, a população que tem entre 15 e 59 anos saltou de 56% para 65% do total no Brasil.

O aumento da força de trabalho também leva à expansão da poupança e da capacidade de investimento, elevando o potencial de crescimento da economia e da renda.

O problema no caso do Brasil é que ele não conseguiu aproveitar essa fase para criar as condições necessárias para equilibrar as despesas com a Previdência, a fatia dos gastos do governo que mais cresce.

Isso reduz a margem de manobra do atual governo para reformar a Previdência. O presidente Michel Temer promete apresentar seu projeto ao Congresso neste mês.

"O bônus demográfico pode se tornar uma espécie de energia desperdiçada", diz o economista Paulo Tafner, especializado em Previdência.

Para que isso não ocorra, segundo os especialistas, será necessário aumentar a qualificação dos trabalhadores e tomar medidas para frear os gastos da Previdência.
Sidnei Luis Reinert
10/09/2016 19:09
DILMARY PINTON, MAIS UMA ALOPRADA ESQUERDISTA:

Hillary lamenta críticas a eleitores de Trump

Mundo 10.09.16 18:59
Hillary recuou. No início desta noite, a democrata afirmou, em nota, que lamenta ter chamado metade dos simpatizantes de Trump de "deploráveis".

A candidata à Casa Branca, porém, não deixou de criticar o republicano. "Trump tem construído sua campanha em grande parte sobre o preconceito e a paranoia."

http://www.oantagonista.com/posts/hillary-lamenta-criticas-a-eleitores-de-trump
Sidnei Luis Reinert
10/09/2016 18:59
A CURA...

- Doutor, me ajude, não sei o que está acontecendo comigo!
- O que você está sentindo?
- Ultimamente eu tenho me irritado com tudo. Não aguento ver a Globo, nem ler Veja ou Istoé... Só leio Carta Capital, o blog 247 e chamo todo mundo de fascista...
- Interessante...
- Pois é! Agora quando entro numa discussão, doutor, parto para ataques pessoais, disfarçando a minha falta de argumentos. Isso é horrível!
- Hummm... Alguma compulsão alimentar?
- Pão com mortadela.
- Alguma mania recente?
- Sim. Sem mais nem menos dei pra repetir uma palavra, dia e noite, 7 dias por semana!
- Que palavra?
- Golpe!
- Huuuuuummm... Acho que sei do que se trata, mas vou aplicar um teste pra confirmar. Termine a seguinte frase: a culpa é...
- Difícil, doutor, vem tanta coisa na mente!
- Por exemplo?
- A culpa é do FHC, da direita, das elites, do imperialismo norte-americano, etc...
- Vamos continuar o teste. Diga uma cor.
- Vermelha.
- Um nome que te causa mal-estar?
- Sérgio Moro.
- Quem você quer ver morto?
- Eduardo Cunha
- Impeachment?
- É golpe!
- Temer?
- Fora!
- José Dirceu?
- Injustiçado!
- Dilma?
- Mamãe!
- Lula?
- O homem mais honesto do Brasil!!!
- Meu filho... O diagnóstico é claro. Você contraiu o vírus "petralhis socialistus".
- Isso tem cura?
- Ter tem, mas é um tratamento difícil a que poucos querem se submeter.
- Qual é doutor?
- Se mudar pra Cuba, Venezuela ou Coreia do Norte. Alguns meses nesses lugares e você volta bonzinho e curado.
Sidnei Luis Reinert
10/09/2016 18:55
De Olavo de Carvalho:

Sugestão ao governo Temer (ou a qualquer outro governo que venha a existir neste país): Querem sanear as universidades brasileiras? Não façam nenhuma perseguição ideológica, nem mesmo levantem discussões políticas. Submetam os professores a um teste de língua pátria. Se não a dominam, não é que não tenham condições de ser professores. Não têm condições de ser ALUNOS de uma universidade. Demitam impiedosamente os ineptos, e em um instante a ditadura comunista estará eliminada das nossas universidades.
Mariazinha Beata
10/09/2016 18:41
PMDB DOENTE:

Como é que o Tonho e o Elcio vão se manifestar sobre o cão se a bandeira levantada por eLLes é pura enganação.
Sidnei Luis Reinert
10/09/2016 12:27
Lula delata Marisa

Brasil 10.09.16 08:11
Lula está fazendo de tudo para mandar sua mulher para a cadeia.

Ele disse ontem à noite:

"Imagina o povo que foi induzido pela imprensa a não gostar de mim porque a minha mulher comprou um cisne para o meu filho e vai votar no João Doria que mora numa casa que vale 10 milhões de cisnes. E que aparece nos debates da televisão sem gravata, como se fosse uma pessoa humilde do povo. Só aquele casaco dele daria para comprar os dois cisnes da Marisa e os dois barquinhos que ela tem".

Lula delatou Marisa. É tudo dela.

http://www.oantagonista.com/posts/lula-delata-marisa
PMDB DOENTE
10/09/2016 11:09
Herculano

E agora Tonho Dalçoquio e Elcio de Oliveira não vão defender o cachorro NEGO que a DILMANTA mandou sacrificar sem necessidade porque os funcionário do palacio da alvorada estão dizendo que ele podia viver mais alguns anos e morrer de morte natural queria que voces se manifestase.
Herculano
10/09/2016 09:05
O "NOVO" GOVERNO DO PMDB DE TERMER É IGUAL AO "VELHO" DO PT DE DILMA. AMBOS SOBREVIVEM DA CORRUPÇÃO E AGORA QUEREM ABAFAR A LAVA-JATO PARA PROTEGER OS DESMANDOS, LADRÕES E CORRUPTORES DOS PESADOS IMPOSTOS DOS BRASILEIROS. É O QUE REVELA A REVISTA VEJA DESTE FINAL DE SEMANA AO MOSTRAR O QUE ESTÁ POR DETRÁS DA CONFUSA DEMISSÃO DO ADVOGADO GERAL DA UNIÃO.

Fábio Medina Osório denuncia que sua saída é parte da tentativa de proteger aliados do Planalto envolvidos no escândalo da Petrobras. O texto é de Thiago Bronzatto, Marcela Mattos, Hugo Marques

Demitido por telefone pelo presidente Michel Temer na sexta-feira passada, o advogado-geral da União, Fábio Medina Osório, resolveu quebrar o protocolo. Em vez de anunciar a saída com elogios a quem fica e sumir do mapa, ele decidiu pôr a boca no trombone. Em entrevista a VEJA no mesmo dia da demissão, Medina disse que sai do posto porque o governo não quer fazer avançar as investigações da Lava-Jato que envolvam aliados. Diz: "O governo quer abafar a Lava-­Jato". Medina entrou em rota de colisão com seu padrinho, o poderoso ministro da Casa Civil, Eliseu Padilha. Gaúchos, os dois se conhecem do Rio Grande do Sul, onde Medina foi promotor de Justiça, especializado em leis de combate à corrupção, e Padilha fez sua carreira política.

Medina conta que a divergência começou há cerca de três meses, quando pediu às empreiteiras do petrolão que ressarcissem o Erário pelo dinheiro desviado da Petrobras. Depois disso, Medina solicitou acesso aos inquéritos que fisgaram aliados graúdos do governo. Seu objetivo era mover ações de improbidade administrativa contra eles. A Polícia Federal enviou-lhe uma lista com o nome de catorze congressistas e ex-congressistas. São oito do PP (Arthur Lira, Benedito Lira, Dudu da Fonte, João Alberto Piz­zolatti Junior, José Otávio Germano, Luiz Fernando Faria, Nelson Meurer e Roberto Teixeira), três do PT (Gleisi Hoff­mann, Vander Loubet e Cândido Vaccarezza) e três do PMDB (Renan Calheiros, presidente do Congresso, Valdir Raupp e Aníbal Gomes). Com a lista em mãos, Medina pediu ao Supremo Tribunal Federal para conhecer os inquéritos. Recebida a autorização, a Advocacia-­Geral da União precisava copiar os inquéritos em um HD. Passou um tempo, e nada. Medina conta que Padilha estava evitando que os inquéritos chegassem à AGU, e a secretária encarregada da cópia, Grace Fernandes Mendonça, justificou a demora dizendo que não conseguia encontrar um HD externo, aparelho que custa em média 200 reais. "Me parece que o ministro Padilha fez uma intervenção junto a Grace Mendonça, que, de algum modo, compactuou com essa manobra de impedir o acesso ao material da Lava-Jato", conta Medina. O ex-advogado-geral diz que teve uma discussão com o ministro Padilha na quinta-feira, na qual foi avisado da demissão. No dia seguinte, recebeu um telefonema protocolar do presidente Temer. Grace Mendonça, assessora do HD, vai suceder a ele.

O ministro Padilha, que se limitou a divulgar um tuíte agradecendo o trabalho de Medina, manteve distância da polêmica e não deu entrevistas. Exibindo mensagens em seu celular trocadas com o procurador Deltan Dallagnol, coordenador da força-tarefa da Lava-Jato, e com o juiz Sergio Moro, Medina afirma que a sua demissão tem significado maior ?" o de que o combate à corrupção não está nas prioridades do governo Temer. "Se não houver compromisso com o combate à corrupção, esse governo vai derreter", afirma ele. Ainda assim, Medina faz questão de dizer que nada conhece que desabone a conduta do presidente.
Herculano
10/09/2016 08:48
da série: os políticos no poder precisam de uma massa expressiva de analfabetos, ignorantes, desinformados para facilmente manipular nas eleições como esta de dois de outubro. Nossos alunos ao invés de serem alfabetizados, são catequisados. Este é o crime hediondo do PT e PMDB com a educação

O FUNDO DO POÇO, por Miriam Leitão, para o jornal O Globo

O Brasil piorou onde não pode, de maneira alguma, piorar: na educação. Retrocedeu em matemática, não cumpriu a meta, não melhora há quatro anos. Os resultados divulgados ontem tiram todo o país da zona de conforto, se é que alguém estava confortável nesse tema. "No ensino médio, chegamos ao fundo do poço", diz o educador Mozart Neves Ramos, do Instituto Ayrton Senna.

A recessão é grave, a crise fiscal é grave, o conflito político é grave. Nada é tão perigoso quanto o risco de continuar perdendo na educação e deixar escapar uma geração inteira. Mozart, que foi secretário de Educação de Pernambuco, um dos destaques positivos no ensino médio, dá números a essa tragédia:

?" Por ano, 700 mil alunos abandonam o ensino médio. Como o custo por aluno é R$ 5,5 mil por ano, o Brasil está perdendo R$ 3,7 bilhões por ano, mas o pior é perder uma geração. Nosso bônus demográfico está acabando e se não educarmos esses jovens vamos perder a batalha. Espero que esses dados deem ao Brasil o senso de urgência.

O país tem exemplos de que as medidas certas têm resultados em pouco tempo. No Rio de Janeiro, o ex-secretário Wilson Risolia conseguiu em quatro anos levar o estado do 26º lugar para 4º no Ideb. Ontem, foi para o 5º lugar, mas a nota não melhorou, e o estado não atingiu a meta. O Rio tem que analisar o que andou perdendo depois do grande salto recente. Minas Gerais, que tem tido bom resultado, teve queda da nota. No Sudeste, os únicos a melhorar foram Espírito Santo e São Paulo:

?" A notícia é muito ruim, três ciclos seguidos com resultados negativos. Quando os dados são abertos, há surpresas boas. Política consistente leva a avanços. Mas o que os números contam é que nos primeiros anos do fundamental o país tem tido bons resultados. O desempenho piora nos últimos anos do fundamental. No ensino médio, a situação fica terrível. É uma seleção adversa, os alunos vão se perdendo. À medida que crescem, o resultado cai ?" diz Wilson Risolia, hoje no Instituto Falconi.

Os casos de sucesso mostram que há um caminho se o país decidir replicar as experiências bem sucedidas. Pernambuco se saiu muito bem atingindo sua meta e ficando em primeiro lugar junto com São Paulo. E isso porque o estado tem feito investimento constante em educação, ampliando a instalação de escolas de regime integral.

- Em Pernambuco, em 2004, começamos a migrar para escola em tempo integral. Hoje elas são metade das escolas. Por 40% a mais de custo, se consegue um resultado extraordinário - diz Mozart.

Um consenso entre especialistas é que o Brasil precisa de mais do que apenas quatro horas em sala de aula. Como ainda tem que descontar tempo de atraso, recreio, esse horário escolar é insuficiente para as necessidades do tempo atual. O ponto que recebe críticas quase unânimes é a grade escolar do ensino médio com 13 disciplinas obrigatórias. Todo ensino é necessário, mas estamos recuando em português e matemática que são a base de todo o conhecimento. Portanto, essas têm que ser as prioridades.

- É fundamental passar para o horário integral e precisamos de uma grade mais concentrada em algumas disciplinas. Além disso, o ensino médio precisa ser interessante. Se a escola não fizer sentido para o aluno, ele sai - diz Wilson Risolia.

Há dados assustadores de retrocesso nos últimos anos. A matrícula está caindo em todos os níveis. Em alguns estados, aumentou o percentual de analfabetos. Piorou até um indicador que não é educacional, mas tem relação: a Pnad mostrou recentemente que em 2014 aumentou o trabalho infantil.

Os bons exemplos, mesmo localizados, mostram que é preciso encontrar o caminho e persistir nele. Há sempre um padrão nos estados que têm melhora: boa gestão, o foco em desempenho, educação como prioridade de governo. Em Pernambuco, o grande esforço foi feito no ensino médio. Ele é o primeiro no ensino médio, mas é o 19º na 5ª série. O Ceará vai muito bem e tem cidades que são referência, como Sobral, mas o desempenho cai no ensino médio. É preciso ter uma política para todos os níveis do ensino básico. Os dados do Ideb divulgados ontem, do ano de 2015, mostram que o Brasil é uma pátria que não está educando.
Herculano
10/09/2016 08:42
O PT DÁ UMA CANSEIRA!, por Percival Puggina, para o Diário do Poder

Milicianos petistas desfilam em grandes centros aos gritos de "Fora Temer!". Aparentam grande descontentamento, como se lhes houvessem tomado algo muito valioso, tipo assim, digamos, uma presidente como Dilma Rousseff. Naquelas mentes, o Brasil, sem Dilma, sem o PT e com Lula dando explicação para delegado, será tomado pelo caos. Sob o novo governo, supõem, irromperão escândalos na Petrobrás, nas obras federais, nos programas sociais. Os fundos de pensão dos trabalhadores serão dilapidados. A inflação alcançará dois dígitos, o país entrará em recessão e cairá em descrédito, o desemprego se abaterá sobre milhões de famílias. Cairá a renda do trabalhador. Receiam que, com Temer, negocistas reunidos em torno do poder farão transações danosas ao Brasil, comprarão sucatas no exterior e entregarão patrimônio nacional a países de direita. Então, diante desse cenário desolador, as milícias se impacientam e, vez por outra, partem para a ofensiva.

Vivesse entre nós, Miguel de Cervantes não faria o indômito D. Quixote de la Mancha direcionar suas investidas a inocentes moinhos de vento, mas o faria arremeter contra as novas lixeiras. Só um conservador ordinário como Sancho Pança não percebe nelas o potencial reacionário a exigir destruição total. Eu sempre soube que as lixeiras seriam as primeiras vítimas de uma reação esquerdista no Brasil. É muito simbolismo para passarem incólumes. Logo a seguir, pelo estardalhaço que causam e pela transparência que sugerem, viriam as vidraças. Fogo nas lixeiras! Abaixo as vidraças! E, claro, "Fora Temer!".

Tenho encontrado pessoas que depois de desfilarem entre milhões, nas ruas e praças do Brasil, se deixam impressionar pela gritaria dos esparsos grupelhos esquerdistas. Ora, meus caros, nos últimos 30 anos, não houve nem há governo, municipal, estadual ou federal que, tendo o PT como oposicionista, cumpra mandato sem escutar alarido semelhante. O "Fora quem não seja nosso!" faz parte do pujante e rico arsenal retórico do partido. E quando o grito sai de um peito com estrela nada há nele de golpista. É simples manifestação de justificada "repulsa cívica".

Então, o que estamos assistindo não pode causar surpresa. O sentimento que essas manifestações me inspiram é de perplexidade pela contradição formal entre os milicianos de rostos expostos e os de rostos encobertos. Como entender condutas tão diferentes num mesmo evento? Enquanto estes últimos têm consciência da própria incivilidade e falta de compostura, os primeiros parecem orgulhar-se do que são e do que fazem. Pois prefiro os que tapam a cara. Parecem-se mais com seres humanos. Em algum lugar pulsa uma consciência. Os outros, ou deixaram a vergonha de lado em ressaca ideológica, ou, o que é bem pior, seja a soldo, seja como voluntários, querem restaurar o caos que o petismo produziu. E que o país se exploda.
Herculano
10/09/2016 08:40
UMA PRIORIDADE NEFASTA, editorial do jornal O Estado de S. Paulo

Para parte significativa da base aliada do governo, a prioridade absoluta é garantir seus interesses eleitorais no pleito municipal

A frequência com que, no noticiário político, surgem manifestações de parlamentares governistas advertindo que o Palácio do Planalto deve agir com a máxima cautela para evitar que suas ações interfiram negativamente nas eleições municipais mostra o distanciamento desses políticos da grave realidade nacional. Essa atitude confirma, mais uma vez, que boa parte dos congressistas está muito mais preocupada com sua própria sorte do que com a da sociedade que representa. Para parte significativa da base aliada do governo, a prioridade absoluta é garantir seus interesses eleitorais no pleito municipal. O resto pode esperar. Isso significa deixar para depois, para um momento em que for de sua conveniência política, o exame das medidas indispensáveis para combater a crise, que, por isso, continuará a se agravar. É um comportamento irresponsável.

Um dos motivos alegados para o adiamento do envio ao Legislativo dos projetos necessários para enfrentar a crise é o esvaziamento das duas Casas do Congresso no período eleitoral. Prática consagrada, o chamado "recesso branco" do Congresso Nacional no auge das campanhas eleitorais de prefeitos e vereadores propicia a senadores e deputados a oportunidade de estar perto de suas bases municipais. Eles de fato precisam cultivar permanentemente suas bases, pois de lá vêm seus votos. Mas não lhes falta tempo para isso. A rigor, permanecem no Distrito Federal três dias por semana, mas nem por isso abrem mão do "recesso branco".

Ao agir desse modo, os congressistas relegam para segundo plano o trabalho parlamentar para o qual conquistaram seus mandatos. Esse comportamento, embora aparentemente natural, contém, nas atuais circunstâncias, grande potencial de tornar ainda mais difícil e delicado o momento que o País vive.

Essa estranha lógica da atividade parlamentar implica a absurda inversão de valores que elide a responsabilidade que os representantes do povo têm de permanecer atentos às demandas dos cidadãos. Devem igualmente permanecer conscientes de que o papel que lhes cabe é também o de tentar harmonizar essas demandas com os limites institucionais e financeiros da administração pública, adaptando-as, quando necessário, às reais condições do governo.

A real situação do Tesouro Nacional, cujos recursos foram dilapidados pela administração lulopetista em programas populistas ou de interesse de grupos políticos e empresariais por ela escolhidos, não deixa dúvidas quanto à urgência de medidas que imponham desde já limites aos gastos públicos. O déficit colossal do sistema de Previdência Social e as realistas projeções de seu crescimento rápido nos próximos anos, caso suas regras não sejam mudadas, igualmente mostram a premência de sua reforma. Outras reformas, também necessárias para assegurar a retomada do crescimento e sua preservação, precisam ser discutidas e votadas.

Essas são algumas das tarefas que o País espera ver cumpridas, e a execução de boa parte delas está condicionada a decisões do Congresso Nacional. Eis aí a responsabilidade da qual seus membros não podem fugir, ainda que se entenda que tenham compromissos políticos em suas bases. Mas eleição municipal envolve questões municipais. Alegar, como fazem membros da base aliada, que grandes temas nacionais podem comprometer a campanha de seus correligionários é tentar justificar sua omissão.

Da mesma maneira, fogem da responsabilidade que seus mandatos lhes conferem parlamentares que tentam iludir os cidadãos com a ideia de que reformas como a da Previdência representam "subtração de direitos", razão pela qual precisariam ser reduzidas ao mínimo, o que lhes retiraria qualquer eficácia.

Por isso, contraria os interesses do País a crescente pressão, em nome de interesses políticos, para o adiamento ou o abrandamento das medidas propostas pela equipe econômica para sanear as contas públicas e criar condições para a retomada do crescimento econômico.

A esperança da sociedade de um futuro melhor será tanto maior quanto mais firmeza e coerência demonstrarem os políticos ?" o presidente Michel Temer e sua base parlamentar ?" na busca das soluções para os graves problemas do País e na sua efetiva implementação.
Herculano
10/09/2016 08:38
DE COSTAS PARA A SOCIEDADE, por Ronaldo Caiado, senador pelo DEM de Goiás, para o jornal Folha de S. Paulo

De costas para a sociedade, governo não escapará ao fisiologismo

A efetivação do presidente Michel Temer, na imediata sequência do impeachment, processou-se como mero ato burocrático, despojado do simbolismo que o acontecimento impunha. Política também é feita de gestos e símbolos. Foram subestimados.

Ato contínuo, as forças derrotadas, que levaram o país à ruína e protagonizaram os maiores escândalos financeiros de toda a nossa história ?"mensalão, petrolão e agora o ataque aos fundos de pensão, o fundão?", foram às ruas, em atos de vandalismo explícito, "denunciar" as medidas de austeridade a que o país terá de recorrer para curar-se das lesões que elas próprias lhe impuseram.

O governo Temer começa a perder uma batalha vital: a da comunicação. O ambiente de desobediência civil, com conclamação a greve geral e até mesmo a guerra civil, proclamado por pelegos das centrais sindicais e autoridades da ordem deposta ?"a começar pela própria Dilma e seu mentor, Lula?", transmite ao público sinais invertidos: de que o impeachment não apenas é golpe mas imporá sacrifícios desnecessários para lesar "conquistas sociais".

Quem fala são investigados da Justiça ?"alguns já réus, caso de Lula, ou denunciados, caso de Dilma?", a adotar tom acusatório, quando têm só direito à defesa nas barras dos tribunais. E o que fazem o presidente e seu governo? Limitam-se a conversar com o Congresso, em busca de aprovar medidas legais contra a crise. Isso é indispensável, mas não basta. De costas para a sociedade, não escaparão ao fisiologismo.

O novo governo irá se legitimar nas ruas se estiver sintonizado, em permanente comunicação. É preciso que a sociedade saiba como estão as contas do país e quem e como as dilapidou. A analogia com o orçamento doméstico é de fácil assimilação pelo cidadão.

Simples: não se pode gastar mais do que se tem; não se pode endividar além da capacidade de pagar. O governo deposto gastou o que tinha e não tinha ?"e gastou mal. E roubou ?"muito.

Os números são eloquentes. Segundo os investigadores, o ataque aos fundos de pensão ?"um assalto a aposentados e viúvas de pensionistas!?" soma mais de R$ 50 bilhões.

É mais que o petrolão, com os seus R$ 42 bilhões já auditados pela Lava Jato ?"e que o jornal "The New York Times" havia classificado como o maior roubo da história da humanidade. E há ainda por investigar, entre outros, BNDES, Caixa, Banco do Brasil, Dnit, Eletrobras. E a quadrilha é exatamente a recém-deposta pelo mais brando dos seus delitos, o crime de responsabilidade fiscal: PT, seu governo e seu aparato sindical, os mesmos que hoje bagunçam as ruas, no inacreditável papel de acusadores indignados.

É o ladrão acusando a vítima de roubá-lo. Sem interlocução do governo com as ruas, a vítima acabará abraçada ao ladrão e acusando a polícia e a Justiça. Já há sinais preocupantes.

A elite vermelha do PT, que controla várias centrais sindicais, investe no caos, em defesa de seu projeto bolivariano, indiferente à crise, que já produziu 12 milhões de desempregados. Com uma mão, pressiona o governo por aumentos a categorias que já desfrutam de estabilidade funcional e ameaça com greve geral; com a outra, saqueia os fundos de pensão, lesando os aposentados. A sociedade precisa saber disso.



Precisa repudiá-las e entender que não se sai da crise sem sacrifício. Porém, é preciso a força moral do exemplo, cortando na própria carne. Daí o desastre simbólico dos aumentos e da submissão aos lobbies corporativistas. O governo precisa enfrentar o PT e seus asseclas, sobretudo agora, quando seus crimes começam a vir à tona.
Herculano
10/09/2016 08:36
FARINHA DO MESMO SACO. PT E PMDB SÃO IGUAIZINHOS NA LAMBANÇA CONTRA OS PAGADORES DE PESADOS IMPOSTOS

Lendo os jornais de ontem e hoje, lendo as revistas deste final de semana, fica claro que o PMDB e PT que foram sócios do desastre econômico por 13 anos, colocando na rua mais de 12 milhões de trabalhadores, achatando salários, permitindo a inflação alta, engolindo na corrupção e roubalheira os pesados impostos dos brasileiros, fica claro que ambos, PT e PMDB são iguaizinhos na bandidagem.

Foi o PMDB que "mudou" a Constituição - que não mudou nada oficialmente até agora - no grito no Senado, só para proteger a doida Dilma Vana Rousseff. É o PMDB que agora no governo trabalha ativamente contra a sociedade, contra os pagadores de pesados impostos, contra os que não têm acesso à consulta e tratamento na rede pública de saúde, como demonstra a revista Veja, para terminar a operação Lava Jato, onde os seus estão enlameados até o pescoço.

O PMDB - gigolô de poder por oito anos com o PSDB e 13 com o PT - é o partido com mais candidatos no Brasil na eleição de dois de outubro. Ele espera ficar forte para continuar quebrando moralmente o Brasil. Wake up, Brazil!
Herculano
10/09/2016 08:26
POPULISTAS, PICARETAS E RREGUEIROS IDEOLOGICOS, por Bolívar Lamounier, sociólogo, para o jornal O Estado de S. Paulo

Nem todo detentor de mandato eletivo merece ser visto como político.

Os áugures da Antiguidade romana tentavam adivinhar o futuro observando o voo de certas aves ou examinando as entranhas de determinados animais. Tenho tentado aprender com eles, observo o voo dos tucanos e de outras espécies que vez por outra sobrevoam o Planalto Central. Graças a tais exercícios, inclino-me a crer que cedo ou tarde a ansiada reforma política será incluída na lista de prioridades.

Reformar a estrutura institucional é realmente um imperativo, mas não creio que seja suficiente. Penso que precisamos também nos entender quanto ao próprio conceito de política, quanto à política que gostaríamos de ter e quanto ao que realisticamente podemos esperar que aconteça nessa área.

No Brasil atual, como em muitos outros países, o cidadão médio parece acreditar que o grande problema é o excesso de política e políticos. Creio que se equivoca redondamente; não vejo excesso, e sim falta. O que temos em excesso são picaretas, populistas e arengueiros ideológicos; políticos, temos muito poucos.

Os arengueiros são os mais fáceis de reconhecer; ouvir a frase inicial de seus bolodórios é o quanto se necessita para prever a vigésima. Hoje em dia, Lindbergh Farias é ao mesmo tempo seu deus e seu profeta, como ficou claro na sessão de 31 de agosto do Senado Federal.

Populistas e picaretas são um pouco mais complicados. Um traço característico dos populistas do mundo inteiro é a gastança, o desatino fiscal. Aí está Dilma Rousseff que não me deixa mentir. Outro traço tipicamente populista, não menos importante, é o desprezo pela ideia de uma ordem normativa impessoal consubstanciada na Constituição e nas leis. Dele decorre o entendimento de que o essencial da vida política é a malícia e o blefe, e, no limite, uma irrefreável propensão a atropelar e subjugar o Legislativo. Essa combinação de malícia e desprezo pelo Legislativo transpareceu com nitidez em 1993, quando o então candidato Lula, com o evidente objetivo de se isolar como líder inconteste do campo populista, afirmou que pelo menos 300 deputados federais não passavam de picaretas.

Longe de mim duvidar da existência de picaretas não apenas na Câmara dos Deputados, como também no Senado e até no Supremo Tribunal Federal (STF), a julgar pela premeditação com que Renan Calheiros e Ricardo Lewandowski executaram o famigerado fatiamento do artigo 52, parágrafo único, da Constituição na sessão final do impeachment. Mas não creio que a Câmara seja majoritariamente integrada por picaretas. Lá, o que mais se vê são políticos que poderiam prestar um bom serviço na esfera dos Estados e municípios, mas acabam descendo de paraquedas em Brasília, transformados em despachantes federais pelo efeito conjunto do gigantismo da Câmara e por nossa capenga Federação, na qual os Estados e municípios sobrevivem numa condição de permanente mendicância.

Seja como for, as observações acima permitem inferir que nem todo detentor de mandato eletivo merece ser visto como político. O arengueiro não o é porque seu objetivo é propagar ideias preconcebidas, e não colaborar com outros integrantes do Congresso no exame de medidas conducentes ao bem comum. Tampouco o picareta de verdade, aquele que ingressa na disputa eleitoral com vista apenas a auferir vantagens pessoais, a receber o salário e as mordomias que o cargo eletivo lhe proporciona, a se promover por todos os meios que fortaleçam seus negócios privados; e até aquele, um tanto simplório, que apenas almeja contentar seu instinto gregário pelo convívio no meio político brasiliense. Nenhum desses enfrentaria as agruras da luta política se dispusesse de alternativas que mais facilmente lhe assegurassem tais vantagens.

Num plano mais geral, sabemos que política é essa luta que existe por toda parte, mediante a qual numerosos indivíduos e grupos tentam se apossar de uma fração qualquer do poder do Estado. Alguns o fazem porque a disputa em si e a eventual vitória lhes trazem recompensas; outros, porque se sentem convocados a colaborar permanentemente na busca de objetivos mais amplos, ligados ao bem comum da sociedade.

Em seu clássico ensaio A Política como Vocação, Max Weber referiu-se a esses dois tipos como aqueles que vivem da e aqueles que vivem para a política. Obcecado pela ideia de uma ciência política isenta de valores, ele não queria saber da expressão "bem comum". Não se permitindo flertar com Aristóteles, limitou-se a constatar que políticos verdadeiros são os que vivem "para a política", ou seja, os que a abraçam por vocação, como quem obedece a uma convocação ética ou divina.

Mas, convenhamos, não é em obediência a um chamado divino que populistas, picaretas e arengueiros ingressam na política. Esse é o busílis. Voltando ao início, essa é a constatação que levei em conta ao afirmar que os males do Brasil de hoje não se devem a um excesso, e sim a uma falta de políticos. Por motivos que não posso recapitular aqui, o restabelecimento do regime civil e democrático redundou num crescimento mais que proporcional dos três tipos mencionados relativamente ao político por vocação.

Uma disposição pessoal a lutar pelo poder é uma parte importante do conceito do Homo politicus, mas não o expressa em sua totalidade. Outro elemento importante é a "arte da associação", ou seja, a capacidade dos membros de uma coletividade de se relacionarem entre si com o mínimo possível de blefe e malícia. Por último, mas não menos importante, com a devida vênia de Max Weber, é entender que o chamado (calling, vocação, Beruf) divino tem que ver com a busca do bem comum. Para os populistas, picaretas e arengueiros ele será sempre um ruído distante.
Herculano
10/09/2016 08:23
DE PARTIDA, DILMA OPTOU PELA MORTE DO CÃO 'NEGO', por Cláudio Humberto, na coluna que publicou hoje nos jornais brasileiros

A pergunta não se calava em Brasília desde a partida da ex-presidente Dilma Rousseff para Porto Alegre: "Cadê 'Nego'?" Era referência ao cão da raça labrador que ela ganhou do ex-ministro José Dirceu ao assumir a Casa Civil no governo Lula. Nesta sexta (9), a assessoria de Dilma confirmou: "Nego" foi morto (ou "sacrificado"), por opção da ex-presidente cassada, sob a alegação que estava "muito velho e doente".

CONSTERNAÇÃO
O clima dos funcionários do Palácio Alvorada é de consternação e revolta, com a morte de "Nego" com cinco injeções.

NÃO PRECISAVA MATAR
Afeiçoados ao dócil labrador, funcionários do Alvorada afirmam que "Nego" tinha condições de sobrevida digna, até sua morte natural.

CÃO DESCARTÁVEL
Esperava-se no Alvorada que Dilma levasse "Nego" com ela para Porto Alegre, mas isso teria sido desaconselhado pelo veterinário.

O QUE ERA RUIM, PIOROU
Ao ordenar o "sacrifício" de "Nego", Dilma só fez piorar a sua imagem já muito negativa junto aos funcionários do Alvorada.

GOVERNO SUSPEITA DO JUÍZO DO EX-CHEFE DA AGU
No Planalto e no Congresso são frequentes insinuações sobre o juízo do ex-chefe da Advocacia Geral da União (AGU) Fábio Osório Medina. Após ser demitido pelo presidente Michel Temer, ele acusou o governo de tentar "abafar a Lava Jato", afirmando que perdeu o cargo por pretender investigar a participação de membros do atual governo no roubo à Petrobras. Só há um detalhe: a AGU não é órgão investigativo.

CARTEIRADA NO HIST?"RICO
O ex-AGU Fábio Medina foi acusado de protagonizar maluquices como "carteirada" para usar jatinho e tomar iniciativas sem consultar Temer.

EX-AGU NÃO ERA UM 'RP'
Além da acusação de se indispor com subordinados, Medina também não teria conseguido manter boas relações com ministros do STF.

ATO FINAL RUIDOSO
Fábio Medina descompensou quando recebeu pelo ministro Eliseu Padilha (Casa Civil) o recado de Michel Temer decidira demiti-lo.

JUÍZO FISCAL
O deputado Darcísio Perondi (PMDB-RS), relator da proposta do limite de gastos públicos, destaca a importância do ajuste fiscal do governo. "Ou é o ajuste fiscal ou o dia do juízo fiscal", avalia.

TÁTICAS PARECIDAS
O deputado Daniel Coelho (PSDB-PE) compara Eduardo Cunha ao ex-presidente Lula. "Ambos agridem a Justiça, tentam desqualificar as investigações e subestimam a inteligência dos brasileiros".

SEPARADAS POR UMA DÉCADA
Mais de uma década depois, o Supremo Tribunal Federal empossará uma mulher, ministra Cármen Lúcia, na sua presidência, segunda (12). Em 2006, Ellen Gracie foi a primeira da História a ocupar o cargo.

PATROCÍNIO
A Caixa fechou patrocínio com o Botafogo. Agora, no Rio, só falta o Fluminense, entre os quatro grandes. O Botafogo terá R$ 12 milhões por ano. Corinthians, R$ 30 milhões e Flamengo R$ 25 milhões.

S?" VENDO PARA CRER
O deputado federal Glauber Braga (PSOL-RJ) não acredita que a cassação de Eduardo Cunha esteja resolvida. "Só vou ter a convicção (da cassação) quando tiver a apuração do resultado", afirma.

NOS BASTIDORES...
Os candidatos às presidências do Senado e da Câmara aproveitam os holofotes voltados para a cassação de Eduardo Cunha. Ideia é costurar as alianças enquanto o foco das denúncias é o peemedebista.

SEM JURIDIQUÊS
Com linguagem simples e didática, o Manual Esquemático das Eleições 2016, do mestre em Direito Constitucional e doutor em Direito do Estado Erick Wilson Pereira, é item obrigatório de consultas sobre as novas regras eleitorais, aliás, muito peculiares.

EM CIMA DO MURO
Candidato a presidente do Senado, Eunício Oliveira (PMDB-CE) procurou agradar as duas forças do PMDB. Absteve-se no fatiamento do impeachment, afagando Renan Calheiros (AL) e Romero Jucá (RR).

PENSANDO BEM...
...a vinte dias das eleições, o principal tema na política brasileira é... a cassação de Eduardo Cunha.
Herculano
10/09/2016 08:02
A LEI, NA REPÚBLICA DAS BANANAS, por Demétrio Magnoli, geógrafo, sociólogo, para o jornal Folha de S. Paulo

A lei, na república das bananas, dobra-se aos imperativos da velha ordem

"O Senado era quem tinha a palavra final sobre esse julgamento quanto ao mérito e o mérito envolvia também essa questão do fatiamento; portanto, entendo que isso não deve mais ser revisto". Fábio Medina Osório, o advogado-geral da União, não precisava emitir opinião sobre o tema, mas escolheu fazê-lo ?"e de modo incisivo. "O impeachment é página virada e não deve ser remexido pelo STF", declarou à Folha, enviando uma mensagem do governo a quem servia até a demissão, que se deu por outros motivos. Você ainda acredita que Temer não sabia da tramoia articulada entre o PT e o PMDB de Renan Calheiros e aplicada pelo operador Lewandowski?

A lei, na república das bananas e das caxirolas, dobra-se aos imperativos da ordem ?"ou melhor, da velha ordem ameaçada. Medina Osório repetiu orações patéticas, mas cunhadas para funcionarem como teses jurídicas respeitáveis: "Se violou ou não a Constituição, é uma matéria interna corporis. O Senado tem o direito, em tese, de errar por último." Tradução: o Planalto enuncia o paradigma de que a Constituição é "matéria interna corporis" da elite política. Os destinatários do recado são os ministros do STF. Senhores juízes, não subvertam a ordem em nome da lei!

O fatiamento da Constituição obedece a dois propósitos. O primeiro é a lenda petista de que o Senado reconheceu a natureza golpista do impeachment ao preservar os direitos políticos de Dilma. Seus arautos, pensadores em missão partidária, zombam da inteligência do público, obliterando o fato de que a maioria dos senadores votou pela inabilitação da ex-presidente. Bem mais relevante é o segundo: subordinar o texto constitucional a arranjos parlamentares de ocasião. Dezenas de figuras notórias de diversos partidos, na situação ou na oposição, acalentam planos de reciclagem política amparados no paradigma de Medina Osório.

Creio que Temer, um suposto notável constitucionalista, tem pouco com que se preocupar. Nas suas calculadas entrevistas em off, docemente constrangidos, os ministros do STF confessam que subscreverão o esbulho. De olho nas próprias biografias, registram que Lewandowski passou a Constituição num triturador de papel usado. Porém, de olho numa ordem que prezam mais que a lei, advertem para a precedência do "direito do Senado". Um observador atento, mas ingênuo, anotará a contradição: esses são os mesmos juízes que interferiram nos detalhes arcanos dos trâmites regimentais do processo do impeachment, sem nunca invocar o "direito da Câmara". Já um observador cínico concluirá que, para o STF, acima da Constituição, encontra-se o Palácio.

Manifestantes, palavras de ordem, vidraças partidas. O ruído nas praças confunde os sentidos, sugerindo uma ilusória radicalização. De fato, eles não querem "Diretas, Já!", mas um discurso de campanha ?"ou, nas franjas, uma reunificação da militância à esquerda do lulismo. O governo pende no fio do TSE, cujos juízes arrastam às calendas o processo sobre o financiamento eleitoral da chapa Dilma/Temer, protegendo os interesses vitais do Palácio. Significativamente, os tribunos das ruas permanecem calados diante da infinita procrastinação. É que Temer oferece, afinal, um produto em alta demanda: a restauração da ordem.

Definindo a transição em curso, FHC selecionou uma metáfora certeira, mas plena de implicações ambíguas. "A situação atual é como se fosse uma pinguela. Não é uma ponte, é uma pinguela. Mas, se quebrar a pinguela, cai no rio." Ok: "pinguela" é o governo Temer e "rio", a tal da catástrofe. Mas quem, exatamente, "cai no rio" caso a ponte precária não resista? "A nação" ?"eis a resposta clássica, que identifica a sociedade inteira à sua elite política. No altar dessa "nação", o STF sacrificará o contrato constitucional, declarando-o "matéria interna corporis" do Senado. Bananas. Caxirolas.
Mariazinha Beata
09/09/2016 20:52
Seu Herculano;

O senhor anda muito sério, colei do O Antagonista para umas boas risadas:

Agamenon: A Paratocha Paralímpica

"Finalmente entendi por que os cartolas resolveram rebatizar as Paraolimpíadas de Paralimpíadas: eles aleijaram a palavra da letra "o" para que o termo também ficasse deficiente ortograficamente. Mas muito mais importante que os Jogos Paralímpicos são as jogadas sensacionais da Paralimpolítica brasileira. Bilhões de reais são queimados na Pira Sagrada de Brasília diariamente. Nossas autoridades são recordistas mundiais imbatíveis em diversas modalidades: arremesso de verba à distância, revezamento de concorrências sem barreiras, assaltos ornamentais, corrida de Fundo de Pensão, levantamento de empréstimos no BNDES. O Brasil só não tem mais medalhas de ouro porque alguém passou a mão e derreteu as medalhas que estavam sobrando. A roubalheira brasileira é um exemplo comovente de superação.

É por isto que o Palácio do Planalto tem uma rampa: para que as nossas autoridades que têm deficiência de caráter, cara e perna de pau possam subir e descer do poder sem precisar de ajuda. Segundo as estatísticas, 15 entre cada 10 membros do Executivo, do Legislativo e do Judiciário têm alguma deficiência. Nenhuma explicação consegue ficar de pé e, por isso mesmo, eles têm que viver encostados no Estado.

Ressentidos com o preconceito da opinião pública, os partidos políticos resolveram pegar carona na simpatia que o povo tem com os atletas paralímpicos. Por isso, estão trocando de nome: o PMDB mudou para Paraplégico da Mobilidade Deficiente Brasileira, o PT do Lula virou Partido dos Tetraplégicos, o PSDB agora é o Paralítico Sequelado Débil Boçal. O PC do B agora se chama Partido do Cadeirante do Brasil.

Mas tudo é festa nas Paralimpíadas! A torcida, emocionada, vaiou o presidente Michel Temer, ele mesmo um exemplo de superação: tem 75 anos e ainda pratica o salto com vara patrocinado pela Pfizer. A oposição invejosa foi às ruas exigir que o Temer faça um exame anti-dopping.

Já o Errei Roberto Carlos, como sempre, se recusou a cantar na abertura dos Jogos. O Rei explicou que nunca teve queda pra atleta e não é chegado em esportes. Além do mais, desde criança sempre foi péssimo no futebol e é conhecido por ser um perna de pau.

Curta a minha página no Facebook https://www.facebook.com/agamenonreal/

Agamenon Mendes Pedreira é parahumorista."

Bye, bye!
Herculano
09/09/2016 20:29
REAPARECE SOB TEMER A MALDIÇÃO DA CASA CIVIL, por Josias de Souza

A demissão do ministro Fábio Medina Osório, que chefiava a Advocacia-Geral da União, é um desses episódios menores da administração pública que oferece lições gigantescas ao resto da Esplanada. Ficou entendido que os ministros devem manter um olho nos seus afazeres e outro nos humores do chefe da Casa Civil Eliseu Padilha, a quem Michel Temer parece ter terceirizado atribuições que são exclusivas do presidente da República. Esse tipo de construção administrativa já foi testado sob Dilma Rousseff. Deu no impeachment.

O atual xerife da Casa Civil sabe bem como essas coisas funcionam. Quando seu governo já estava a caminho do brejo, Dilma confiou a coordenação política do Planalto ao vice Michel Temer. Que delegou a parte operacional do balcão ao amigo Eliseu Padilha. Nessa época, chefiava a Casa Civil o companheiro Aloizio Mercadante. Num processo autofágico, dedicava-se a desarticular as articulações de Padilha. Foram tantas as puxadas de tapete que Temer acabou endereçando a Dilma a carta que pavimentou a trilha do impedimento.

''Sei que a senhora não tem confiança em mim e no PMDB, hoje, e não terá amanhã'', escreveu Temer, como que sinalizando para os atores do Congresso que estava pronto para assumir o trono. Fábio Medina, evidentemente, não é Michel Temer. O que liga um episódio ao outro é a uma maldição que costuma perseguir os ocupantes do principal gabinete do quarto andar do Palácio do Planalto: a praga dos superpoderes. O chefe da Advocacia-Geral da União foi ao olho da rua depois de travar uma dura discussão com Padilha na noite de quinta-feira.

O miolo da desavença envolve uma petição que o advogado-geral havia protocolado no Supremo Tribunal Federal. Nela, Fábio Medina pedia acesso aos autos da Lava Jato que envolvem agentes políticos. Cogitava mover ações para reaver verbas públicas malversadas. O ministro Teori Zavascki, relator da Lava Jato no Supremo, deferiu a requisição, determinando o repasse das informações solicitadas. O Planalto parece ter enxergado na iniciativa uma ofensa à sua base congressual, apinhada de parlamentares sob investigação.

Na refrega da noite de quinta, Padilha aconselhou o advogado-geral a pedir demissão. Fábio Medina refugou a oferta. Disse que, se quisesse, Temer teria que demiti-lo. Antecipando-se ao chefe, Padilha mandou-o embora. Seu interlocutor disse que não enxergava na Casa Civil autoridade para tanto. Estava enganado. Padilha mandou rodar uma edição extraordinária do Diário Oficial com o ato de exoneração do ex-colega. Nesta quinta, em audiência, Temer convidou a doutora Grace Maria Fernandes Mendonça para a vaga. E não se deu ao trabalho de receber o demitido. Concedeu ao demitido apenas a humilhação de um telefonema, no qual ratificou nesta sexta-feira a demissão que Padilha sacramentara na véspera.

Acomodado na poltrona presidencial por força do impeachment, cabe a Michel Temer presidir e aos seus ministros seguirem as suas diretrizes. Se o interesse do advogado-geral pela Lava Jato destoou dos desejos de Temer, é mais do que natural que ele seja mandato embora. O que parece antinatural no caso é a falta de transparência (o que há de errado em planejar ações de ressarcimento do dinheiro roubado?) e o excesso de truculência (por que Temer sonegou ao doutor sua tradicional cordialidade?).

Já se sabia que, entre todos os consultores palacianos de Temer, Padilha é o mais pujante. No entanto, ao exibir o forno incinerador de ministros que opera em seu gabinete, o superchefe da Casa Civil de Temer enrolou uma corda no próprio pescoço. Assar Fábio Medina foi fácil. Mas o que será de Padilha quando sua força topar com uma força superior?

Ex-ministro dos Transportes de Fernando Henrique Cardoso, Padilha faria um favor a si mesmo se recordasse o que sucedeu com Clóvis Carvalho. Amigo de FHC, Carvalho, então chefe da pasta do Desenvolvimento, também se imaginava uma fortaleza. Até o dia em que entendeu de pronunciar num evento público a seguinte frase: ''Desenvolvimento tem que se traduzir em renda e emprego. O ministro [Pedro] Malan concorda comigo. Dá, sim, para arriscar mais, para ousar mais. Apressar o passo na retomada do crescimento não trará o apocalipse. E o excesso de cautela, a essa altura, será outro nome para a covardia.''

Presente ao evento, Pedro Malan, então ministro da Fazenda, não disse palavra. Foi à presença do president da República. Teve com FHC uma conversa do tipo 'ou ele ou eu'. Decorridos dois dias, Carvalho foi demitido. Padilha já andou se estranhando com Henrique Meirelles, o Malan de Temer. Divergiram uma, duas vezes. Deixando-se levar pelo equívoco de que a Casa Civil se confunde com o gabinete presidencial, Padilha pode acabar dentro do mesmo forno em que assou o doutor Fábio Medina.

Na Era petista, a Casa Civil foi ocupada por seis personagens. Um está preso em Curitiba (José Dirceu), outro é alvo de delatores (Antonio Palocci), uma terceira foi fisgada na Operação Zelotes (Erenice Guerra), dois encrencaram-se nas franjas da Lava Jato (Aloizio Mercadnate e Gleisi Hoffmann) e uma outra foi vendida ao eleitorado como gerente impecável e acaba de ser atropelada pelo impeachment (Dilma Rousseff). O histórico recomenda comedimento.
Herculano
09/09/2016 20:27
GASPAR "INOVA" NA CAMPANHA POLÍTICA

No dia sete de setembro, o PSDB de Gaspar fez um passeio de bicicleta por ruas do Centro e alguns bairros como o Sete e Santa Terezinha. Fez para promover a candidata e principalmente a ideia dela de implantar ciclovias na cidade.

O PMDB resolveu imitar no passeio e propaganda. E vai promover amanhã uma coisa bem maior para deixar claro a sua força. Bom! E vai ser lá ser lá no Belchior.

Mas o que está nas redes sociais? Que a comitiva vai levar gente daqui do Centro de ônibus para fazer figuração por lá. Outra. As bicicletas para os que vão e voltam de ônibus, vão de carona no caminhão. Tudo fachada. Ai, ai, ai. Depois diz que é perseguido, ou não sabe a razão pela qual fica exposto.
PMDB DOENTE
09/09/2016 19:43
Herculano

O petezinho que se cuide tão colocando asfalto até em acesso particular aqui no Belchior bem na entrada da familia da secretária do distrito do Belchior ali pertinho da zoninha é só passar e ver e fotografar e tocar pra justiça eleitoral. Da-lhe Kleber.
Marcos
09/09/2016 13:23
Estamos de Olho,
Vou jogar mais algumas cascas de banana:
Analisando algumas propostas dos candidatos a Prefeitos, vemos que a maioria promete soluções para os problemas dos Gasparenses sem dizer de onde virá o dinheiro.

Uma das promessas é a construção de mais creches e o aumento de números de vagas, inclusive com o aumento do horário de funcionamento, uma excelente promessa, porém não dizem de onde virá os recursos para o pagamento dos novos funcionários, pois a folha de pagamento está no limite da responsabilidade fiscal, lógico que o dinheiro virá do aumento dos impostos e taxas municipais.

Outro assunto que nenhum candidato fala é de como vão tratar os marajás criados e engordados na era Petista de Gaspar, funcionários com salários base na faixa de 3000 reais e que ao passar dos anos incorporaram aos seu salários o 1/10 de comissão e hoje recebem mais 8000/9000 reais, no deveria verificar se isso é legal.

Como serão tratados os marajás em suas administrações ?
Jefferson Vilela
09/09/2016 12:44
Boa tarde Senhor,

Muito lúcido e esclarecedor seu analise sobre a briga PT e PMDB, cada com suas armas e barganhas politicas que jamais deveria ser usadas. PT faz Adilson de judas, que é criador de Kleber, teve cargo comissionado na sua administração, aliás ele viveu assim de favores. Já o PMDB usa de influências para bloquear verbas para que obras continuem paradas. Mantém contato com lideres PMDBISTAS como Dario Senador e Djalma Berger, para melar o transporte publico em Gaspar. O povo que se exploda.
Enquanto isso Andreia, vai de bike e come pelas beiradas.
Sidnei Luis Reinert
09/09/2016 12:20
Cunha sentará com Lula na vara do Sérgio Moro?


Edição do Alerta Total ?" www.alertatotal.net
Por Jorge Serrão - serrao@alertatotal.net

Diferentes enquetes na inconfiável Câmara dos Deputados indicam já haver mais que 257 votos necessários para cassar o mandado de Eduardo Cunha. A destruição dele é encarada como uma compensação aos petistas pela queda de Dilma. A grande dúvida é se o Malvado Predileto dos corruptos cairá sozinho ou vai contar tudo que sabe, com potencial para detonar a República. Sem foro privilegiado, Cunha cai na vara do Sérgio Moro...

A esposa Claudia Cruz e a filha Daniele já são alvos da República de Curitiba. Quem sabe Cunha já se prepare para o consolo de ter Lula como "companheiro" em calvário parecido, muito em breve... $talinácio já sabe que, depois de Cunha, a próxima grande cabeça a rolar, para "servir de exemplo", seria a dele... O rigor seletivo de cartas marcadas é um truque manjado...

Enquanto não confirma a traição a Eduardo Cunha - certamente temendo por futuras consequências -, o PMDB cuida bem dos negócios, esperando a grana dos chineses e a enxurrada que brasileiros têm guardadas no exterior. O dinheiro está pronto para voltar, mascarado no formato de "Investimento Estrangeiro Direto", na hora de comprar o que sobrou do Brasil na bacia das almas.

O maior passo para a temporada de lucros fáceis prometidos foi dada ontem. O poderoso Wellington Moreira Franco agora é o Secretário Executivo do Programa de Parcerias de Investimento. O PPI foi aprovado por 44 votos a 5 no Senado. O governo pretende realizar a primeira reunião de negócios em 13 de setembro, às 13h. Certamente, é alguma mandinga do Gato Angorá, que já foi maiosta na juventude, para dar sorte...

Aposta-se em uma enxurrada de dólares vindo ou voltando ao Brasil. A dúvida é se o câmbio vai pirar... A tendência seria real desvalorizado frente ao dólar para facilitar a vida dos "compradores"... Mas pode ocorrer o contrário, para dificultar a entrada no jogo de quem não faz parte dos acertos já programados... Na verdade, o câmbio dependerá muito da decisão próxima sobre os juros norte-americanos... O resto, como de hábito, é especulação...

Enquanto a grana não vem de fora, o governo faz o joguinho de cena do ajuste fiscal - um grande conto do vigário para enganar otários. A novelinha é encenada em torno do reajuste ou não de 16,3% para o Supremo Tribunal Federal - que teria efeito cascata para o resto do funcionalismo. O aumento aos supremos magistrados - que eles alegam não ter pedido - assassina de véspera a proposta de emenda à Constituição que limita os gastos públicos de 2017 pela inflação do ano anterior.

Até segunda à noite, a dramaturgia política tupiniquim ficará focada no destino imediato de Eduardo Cunha. Mas é bom prestar atenção, mais cedo, no mesmo dia 12 de setembro, ao discurso de posse da ministra Carmel Lúcia na presidência do Supremo Tribunal Federal. Também é fundamental aguardar se Marcos Valério Fernandes de Souza, grande vilão preso do velho Mensalão, vai mesmo contar algo comprometedor no depoimento que tem agendado com o juiz Sérgio Moro.

Em meio a indefinição e expectativas boas, ruins ou péssimas, o certo é que Ricardo Lewandowski, herói do impeachment-pizza que poupou os dirietos políticos da Dilma cassada, agora vai atuar na segunda turma do STF - que cuida da Lava Jato. Os próximos capítulos no judiciário prometem ser eletrizantes...
Herculano
09/09/2016 11:57
COMO FUNCIONA. COMISSÃO ANTICORRUPÇÃO TEM 18 DEPUTADOS COM PROBLEMAS NA JUSTIÇA. DOIS SÃO CATARINENSES

Conteúdo e texto de Fernando Rodrigues.

Supostas irregularidades vão de rejeição de contas a fraudes em licitações

Grupo analisa medidas de combate à corrupção formuladas pelo MP

Leia as versões dos deputados no final deste texto

Dos 30 titulares que integram a comissão especial da Câmara destinada a analisar propostas de combate à corrupção, 18 têm ou já tiveram algum embaraço com a Justiça.

Entre os membros da comissão que analisa projetos contra a corrupção estão deputados investigados em inquéritos ou ações por supostos atos de improbidade administrativa, peculato e fraude a licitações, entre outros.

O caso mais comum é de rejeição das contas de campanhas eleitorais. São 8 os deputados com esse tipo de pendência. Não há a aplicação de sanções diretas a congressistas que têm suas contabilidades reprovadas.

O Tribunal Superior Eleitoral concede certidão de quitação eleitoral a todos os candidatos que apresentarem suas contas, sejam elas aprovadas ou não. Mas a rejeição das contabilidades de campanha pode oferecer indícios para a abertura de outras apurações de irregularidades, como caixa 2 e desvio de verbas.

As informações são dos repórteres do UOL Luiz Felipe Barbiéri e Gabriel Hirabahasi.

Dos 18 deputados, 3 são do PMDB, 2 do PP, PR e PT, e 1 do PTN, SD, PRB, PTB, PSDB, PV, PSD, PSB e PDT. Eis um resumo da situação de cada um deles (clique para ampliar):

comissão especial foi instalada em julho para analisar um pacote de 10 medidas de combate à corrupção propostas pelo Ministério Público Federal (MPF). A procuradoria apresentou em março uma ação popular com mais de duas milhões de assinaturas em apoio ao projeto.

A matéria transformou-se no projeto de lei 4.850/2016, de autoria do deputado Antonio Carlos Mendes Thame (PV-SP). As propostas agora são analisadas pela comissão especial da Câmara formada por 30 titulares e 30 suplentes.

Entre os pontos debatidos estão a responsabilização dos partidos políticos, a criminalização do caixa 2 e do enriquecimento ilícito de agentes públicos e o aumento das penas para corrupção envolvendo altos valores.

OUTRO LADO
O deputado Sandes Júnior (PP-GO) disse que já foram prestados os devidos esclarecimentos em relação ao inquérito 3444, que investiga se ele tinha ligações com o empresário Carlos Augusto de Almeida Ramos, conhecido por Carlinhos Cachoeira. "Eu já respondi que sou amigo dele, mas não tenho negócios com ele", declarou o deputado. Leia aqui a resposta completa do deputado.

O congressista Antonio Carlos Mendes Thame (PV-SP) afirmou que, em 2010, quando teve as contas de sua campanha reprovadas, não houve qualquer indício de fraude, apenas problemas contábeis. O deputado alega que não acompanhou a contabilidade à época em razão de uma trombose, que o afastou da vida pública.

O deputado Alexandre Serfiotis (PMDB-RJ) disse que a ação na qual é réu por improbidade administrativa refere-se a uma licitação e a uma contratação feitas pela prefeitura do município de Porto Real (RJ) para atender o setor de informática ?" operacionalização do serviço para a prefeitura e a Secretaria Municipal de Saúde. Alega que a licitação e a contratação dos serviços se deram em gestão anterior à sua como titular da Secretaria de Saúde.

O peemedebista Celso Maldaner (SC) disse que não praticou nenhum ato de improbidade administrativa, muito menos teve dolo ou provocou dano ao patrimônio público.

O tucano Carlos Sampaio (SP) atribui a reprovação de suas contas da campanha eleitoral de 2008 a um ''erro formal, que levou à não identificação de um valor pequeno, pelo fato de o banco não querer fornecer a microfilmagem de um cheque, à época''.

Leopoldo Meyer (PSB-PR) afirmou que ''o referido processo teve por objeto 4 placas instaladas em obras públicas, as quais continham informações como: o tipo de obra que estava sendo realizada; a data do início e a data do término da obra; o responsável pela execução; o valor e a origem dos recursos investidos. Leia aqui a resposta completa do deputado.

O petista Paulo Teixeira (SP) disse que ''diante da não aprovação das contas pelo TRE, recorreu ao TSE, que determinou nova análise, que não foi concluída na duração do mandato''.

O deputado Félix Mendonça Júnior (PDT-BA) afirmou que não disputou o pleito em 2006, não fez campanha e nem teve gastos eleitorais. Apenas postulou sua inscrição por circunstâncias meramente estratégicas. A ele foram destinados apenas 258 votos, atribuídos a amigos e familiares próximos.

A deputada Gorete Pereira (PR-CE) informou que o inquérito 3387, do qual é alvo no STF, estaria prestes a ser arquivado.

João Rodrigues (PSD-SC), condenado a 5 anos de detenção em regime semi-aberto pela Justiça de 1ª Instância, afirmou que não houve dano ao erário, desvio de dinheiro e prejuízo decorrentes de seus atos. ''Pressuponho que no STF eu deva ser absolvido porque agora será analisado o mérito'', disse.

Não responderam aos questionamentos os congressistas Aluisio Mendes (PTN-MA), Carlos Marun (PMDB-MS), Fernando Francischini (SD-PR), Ricardo Izar (PP-SP), João Campos (PRB-GO), Paes Landim (PTB-PI), Edio Lopes (PR-RR) e Leonardo Monteiro (PT-MG).
Herculano
09/09/2016 11:50
MINISTRO DA ADVOCACIA GERAL DA UNIÃO É DEMITIDO E GRACE MENDONÇA É CONFIRMADA NO CARGO

Conteúdo do jornal Folha de S. Paulo. Texto de Marina Dias, da sucursal de Brasília. O presidente Michel Temer demitiu o advogado Fábio Medina Osório da Advocacia-Geral da União e nomeou, para seu lugar, Grace Mendonça, que desde 2003 ocupava o cargo de secretária-geral de contencioso, órgão da AGU.

Ela tem trânsito no STF porque é ela quem substitui o advogado-geral nas sustentações orais na Corte quando necessário. Será a primeira mulher a ocupar um cargo no primeiro escalão do governo Temer.

À Folha, Osório confirmou a demissão. Ele disse ter sido informado por telefone e que a escolha foi "política" do governo.

"Fui comunicado pelo telefone. Temer agradeceu pelos serviços prestados e disse que, em função da conversa com Padilha, ficou inviável [minha permanência]", disse Osório à Folha. "Não existe justificativa, há uma escolha política", completou.

O ministro da Casa Civil, Eliseu Padilha, teve um forte embate nesta quinta-feira (8) com o agora ex-AGU. Padilha reclamava da atuação de Osório, principalmente em relação ao pedido de acesso a inquéritos da Lava Jato que o advogado fez ao STF (Supremo Tribunal Federal).

O ministro da Casa Civil queria que Osório se demitisse, mas o advogado se recusou, afirmando que só sairia a pedido de Temer.

A saída de Osório já era cogitada antes mesmo da confirmação do impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff e a efetivação de Temer na Presidência.

A nomeação de uma mulher para o posto visa minimizar as críticas feitas a Temer desde que ele assumiu o comando interino do país em maio. Na época, ele apresentou seu novo ministério composto apenas por homens.

Desde então, ele tentava driblas as críticas dizendo que havia mulheres em cargos importantes como na presidência do BNDES. Durante a sua viagem à China, Temer chegou a minimizar a questão da representatividade de gênero.
Herculano
09/09/2016 11:36
ERRADA

Sob este título, o leitor Henrique repassa-me esta observação

Na edição 1766 de 09/09/2016 na pagina 5 Trapiche foi publicado que o Padre Claudio Jeremias Cadorim não é falecido. Gostaria de lembrar que eu li em algum lugar que ele faleceu la em Minas Gerais. Peço que procure a informação correta e retifique esta informção ou ratifiquem para que possa surtir a verdade da informação.

VOLTO

Agradeço, mas deculpe-me, não há nada à retificar nela. Esta é a nota e que pode ser lida acima, mas que reproduzo na integra como está publicada.

'A ponte dos Sonhos, que sempre será conhecida como a ponte de Ilhota, foi nominada oficialmente de Padre Cláudio Jeremias Cadorin, "in memorium". Redundante. O nome do padre só poderia ser para ser lembrado em memória. Pois é proibido nominar patrimônio público com nomes de vivos."

Onde na nota se afirma ou se insinua que o padre Cadorin está vivo? Ao contrário. A única observação da nota é a informação "in memorium" que seria desnecessária para este caso, pois a legislação só permite nome de pessoas em obras publicas como forma de homenagem quando elas já mortas. Penso que esclareci mais uma vez, o que já estava bem claro. Obrigado pela participação.
Herculano
09/09/2016 11:13
#FORAFORO, por Nelson Motta, para o jornal O Globo

Eles vão fazer o diabo para beneficiar quem cometeu crimes e se acha acima da lei... ou ao longo da lei.

Não é preciso ser um jurista, ou sequer um advogado, bastam um pouco de informação e senso comum, porque o problema não é jurídico, mas administrativo, com efeitos nefastos na vida do país. A Suprema Corte americana julga cerca de cem processos por ano, é um tribunal constitucional, que cria jurisprudência interpretando a Constituição. O nosso Supremo Tribunal julga mais de 15 mil, qualquer ladrão de galinha vai acabar no Supremo, que também é o último refúgio dos que pagam a bons advogados para protelar ao infinito os recursos e comprar sua impunidade.

Ouvem-se ministros do Supremo reclamando de leis bizarras, dos políticos, do governo, dos chicaneiros, até de reajustes salariais, mas não se ouve ninguém propondo uma revisão constitucional da competência do STF, para que se usem os preciosos tempo e saber dos ministros para julgar o que é mesmo importante para o país, a democracia e a Constituição. Com a presidência da ministra Cármen Lúcia, há esperanças de que essas reformas sejam propostas e tirem o STF e o país do atraso institucional.

Com o apodrecimento do Congresso, que tem cerca de um terço dos parlamentares envolvidos, em diversos graus, nos mais variados processos, o Judiciário tomou decisões, certas ou erradas, mas indispensáveis, em momentos cruciais do país, e os políticos reclamaram da "judicialização da política"... O justo é que eles sejam julgados como qualquer cidadão. #BoraMoro!

Eles vão fazer o diabo para manter o foro privilegiado, ou que nome tenha, para beneficiar quem cometeu crimes e se acha acima da lei... ou ao longo da lei. E têm no Supremo superlotado um aliado na impunidade. Mas se o STF confirmar a prisão depois de condenação em segunda instância, como nos Estados Unidos e na Inglaterra, a história do país vai mudar.

Quem vai esperar que deputados e senadores, os maiores interessados, por puro espirito democrático, abram mão dos privilégios que eles mesmos votaram?

Mas o Judiciário e o Executivo podem obrigá-los a discutir o tema, com apoio maciço da opinião pública e de alguns parlamentares honestos e democráticos de todos os partidos. #ForaForo!
Herculano
09/09/2016 11:11
É TUDO OU NADA, por Fernando Dantas, para o jornal O Estado de S. Paulo

'Previdência será batalha de comunicação e não podemos ser mal-entendidos'

"Não tem essa coisa de ajuste moderado, é tudo ou nada", diz Mansueto Almeida, secretário de Acompanhamento Econômico do Ministério da Fazenda. O seu comentário se dirige àqueles que acham que medidas paliativas seriam suficientes para reordenar as contas públicas e tirar o Brasil de uma das maiores crises econômicas da sua história.

Segundo Mansueto, há um intenso e cotidiano trabalho da equipe econômica de Henrique Meirelles de justificar e explicar aos congressistas a necessidade imperiosa de que a Proposta de Emenda Constitucional (PEC) do limite de gastos seja aprovada essencialmente como foi enviada pelo Executivo. Na equipe, a avaliação sobre a receptividade dos parlamentares à PEC é sobriamente otimista.

Na verdade, como explica o secretário, há uma divisão clara de tarefas e responsabilidades no governo. Os contatos entre os auxiliares de Meirelles e o Congresso são basicamente para esclarecimentos técnicos e de redação da PEC, resposta a dúvidas e para tomar conhecimento de eventuais sugestões dos parlamentares. Mas não há negociação, que está sob a responsabilidade da área política do governo. A área política, por sua vez, garante Mansueto, consultará a equipe econômica sobre qualquer mudança que o governo estiver disposto a aceitar no processo de negociação.

O passo seguinte, a reforma da Previdência, será mais difícil que o limite de gastos porque, na visão do secretário, é mais fácil vender a ideia do ajuste fiscal no atacado do que praticar os cortes necessários para implantá-lo. Mudar a Previdência, especialmente, esbarra na percepção de muitos brasileiros de que aposentadorias com menos de 60 anos ou com 25 a 30 anos de contribuição são características normais de sistemas previdenciários.

"Na Previdência, será uma batalha de comunicação, em que temos que tomar cuidado para não sermos mal-entendidos", diz Mansueto. É importante, ele continua, explicar como o sistema de aposentadorias funciona em outros países e destacar o que é anômalo no Brasil, principalmente em relação à evolução da demografia. O governo planeja uma longa campanha de marketing, que se valerá de análises qualitativas de opinião pública e de mapeamento de percepções e críticas em redes sociais.

Concessões. Mansueto observa ainda que, apesar da enorme ênfase no ajuste fiscal, há também em andamento toda uma agenda na área regulatória, de concessões e licitações e relativa a setores como energia e petróleo e gás. Tomou-se a decisão, por exemplo, de vender até o final do próximo ano seis distribuidoras de energia na região Norte que em conjunto tem patrimônio líquido negativo e cujas concessões irão vencendo.

Na legislação das agências reguladoras, estão tramitando mudanças para acelerar nomeações e evitar a falta de quórum, e eliminar a dependência orçamentária em relação aos ministérios setoriais. Nas licitações, algumas medidas são o aumento do prazo entre os editais e o leilão, cuja exiguidade favorece as empresas já atuantes no setor, e a consolidação do seguro garantia, para evitar prejuízos com atrasos e paralisações de obras.

Finalmente, na política comercial e industrial, Mansueto diz que a intenção na Fazenda é de reduzir a exigência de conteúdo nacional nos próximos leilões do pré-sal. Ele também chama a atenção para distorções atuais das medidas antidumping no Brasil, que na sua grande maioria beneficiam setores com monopólio, duopólio ou oligopólio e protegem produtos como alho, cadeados, ventiladores, lápis de madeira, imãs e garrafas térmicas.

O secretário também está tentando levantar todos os regimes especiais de tributação no Brasil, mas o número é tão grande que até agora não conseguiu. Mapear, diagnosticar e reformar o arcabouço tributário e regulatório e o ambiente de negócios no Brasil, para Mansueto, é um complemento fundamental ao ajuste fiscal.
Herculano
09/09/2016 11:10
GOVERNAR É AGIR E COMUNICAR, por Murillo de Aragão, no jornal O Globo

Como na velha piada, "se hay gobierno, soy contra". A imprensa já está cumprindo o seu papel de pressionar o governo Temer. Nada de novo. Tem gente nas redações que acha que para a ex-presidente Dilma Rousseff caber no caixão do crime de responsabilidade foi preciso quebrar seu pescoço e serrar os pés! A solução do impeachment não foi a que gostariam.

Daí existir certa tendência de valorizar as manifestações contra o impeachment como se fossem uma expressão de cidadania. Como sempre, fato e factoide no cotidiano brasileiro brigam uma luta de gato e rato.

Existem, porém, outros aspectos que interferem no cenário inicial da administração Temer. Por exemplo, a comunicação do governo não é boa. Em pouco mais de cem dias, o presidente fez muita coisa. Só que não tem uma estratégia de comunicação à altura dos desafios postos.

Falta direção e estratégia para lidar com a narrativa da nova oposição. A favor do governo existe o fato de que trabalha com instrumentos que eram de Dilma. Mas isso terá que mudar em breve de forma dramática. Comunicar é tão importante quanto governar. O governo Temer terá que se dar conta disso.

Era natural que os incomodados, aqueles que perdem as posições, sinecuras e as mamatas, fossem para as ruas reclamar. Afinal, perderam verbas e empregos. Além de terem perdido a narrativa com o fracasso ético e fiscal do projeto do PT.

De forma mais do que óbvia, vão misturar interesses corporativos com resistência política. Será um jogo de paciência. Mas o governo deve reagir e mostrar por que reclamam. E aí voltamos à necessidade de se ter estratégia de comunicação.

Mesmo sem morrer de amores pelo novo governo, a imensa maioria da população quer que o Brasil vá para a frente. Assim, existe um crédito de confiança dado a Temer. Cabe ao governo responder com iniciativas objetivas que melhorem o ambiente econômico. Inclusive criando uma agenda que sature o cenário com notícias de um governo em ação. Enfim, governar é agir e comunicar.
Herculano
09/09/2016 11:08
DESESPERADO, O PT DO PAZ E AMOR DE GASPAR TIRA A PELE DE CORDEIRO DO SEU INSTINTO DE LOBO, UIVA E PARTE PARA OFENSIVA RASTEIRA CONTRA PMDB E PSD NA TENTATIVA DE SAIR DA RABEIRA, DEPOIS DE OITO ANOS DE PODER SEGUIDOS

O PT de Gaspar, sem discurso, cheios de dúvidas, arrumou e desembrulhou o velho e surrado panfleto de sempre.

Tudo para continuar no poder e assim nestas eleições como fez com Dilma Vana Rousseff, enganar os analfabetos, ignorantes, desinformados, amedrontados, encurralados, assistidos e fanáticos, seus eleitores e eleitoras preferidos.

No programa político de hoje nas rádios, o PT usou a declaração pública de voto que o ex-prefeito Adilson Luiz Schmitt, ex-PMDB, fez em Kleber Edson Wan Dall, PMDB, publicada no seu facebook, para fazer terrorismo com os gasparenses. E tem gente que acredita nesse tipo de manobra.

Bem feito para o PMDB de Gaspar. Ele, mal orientado, ficou quatro anos quieto na Câmara vendo todas as barbaridades da gestão do "prefeito Celso". E olha que o presidente do partido era o próprio Kleber. Foi ele, que para atender Melato e o PT, orientou o voto da bancada contra Andreia.

O PMDB e suas figuras fingiram que posando de neutro e santo, se sairiam ilesos. Não teve coragem. Não se preparou para enfrentar o matreiro, insaciável, sem crédito e ética, o PT, que se definha nacionalmente e respira e até intimida como se fosse a cereja do bolo nos grotões.

De verdade, o PMDB de Gaspar foi encurralado pelo "prefeito Celso" e o PT, numa tomada de contas que se engavetou por anos, mas que vai ser feita e pode provocar um estrago danado. E o PMDB não atentou que estava ali nesta postergação, amarrando as suas mãos ao PT e se expondo a quem sempre dominou esse jogo da chantagem, do constrangimento e humilhação.

Agora é esperar o desfecho.

De quebra, e provando a falta de caráter que norteou o processo de impeachment, onde se valeu de tudo para manobrar, acusar e protelar para permanecer no poder, e agora mais do que nunca para empregar a grande leva de desempregados que mamavam nas repartições que aparelhavam em Brasília, o PT, lascou na propaganda também no Marcelo de Souza Brick, PSD.

Ingratos. Dissimulados. Justo o Marcelo que com Giovânio Borges, PSB, foi com José Hilário Melato, PP ( o partido que está com o PMDB), os que mais deram votos para o PT e o "prefeito" Celso fazer na sua gestão barba, cabelo e bigode, cujos muitos fios estão sendo analisados na Justiça e outros dão prejuízos à cidade, ou impedem à transparência ou pior ainda a alternância de poder.

Justo o Marcelo que recebeu de presente do PT o Partido Comunista - que foi "prefeito Celso" por sete anos - para o PT ter o pé em duas canoas, se a do PT afundar, como o desespero parece sinalizar?

Só falta agora o PMDB culpar por tudo isso o Adilson. Quer os possíveis votos dele, mas estranhamente não quer a imagem dele. O que está faltando ao PMDB agora, é o posicionamento que não teve na gestão do "prefeito Celso" e na campanha. Começou com um rolo compressor à moda antiga. Poderá faltar o combustível da coerência para chegar bem até o fim como planejou.

Os dois - PT e PMDB - no fundo se parecem muito, até eram sócios do poder - e do desastre econômico e da corrupção - por 13 anos em Brasília. Só que o PT é dado ao terrorismo, à guerrilha e não tem limites na busca dos infieis

Ah, por enquanto, o PT não atacou o PSDB e o DEM, de Andreia Symone Zimmermann Nagel, a que mais desnudou e apontou as incoerências, desastres e erros da administração petista do prefeito Celso. O PT sabe que ela tem bala na agulha para enfrenta-lo. O PMDB parece que não se preparou para a guerra. Acreditou no tratado de paz do PT e foi para o campo de batalha achando que era uma festa. E não é.Acorda, Gaspar!
Herculano
09/09/2016 10:21
TUNGA NO0 BOLSO ALHEIO, por Eliane Cantanhede, para o jornal O Estado de S. Paulo

O Planalto torce, ou reza, para que a ministra Cármen Lúcia aproveite o seu discurso de posse na presidência do Supremo Tribunal Federal, segunda-feira, para dar alguma sinalização contrária ao aumento dos salários dela própria e de seus dez colegas na mais alta corte. Tida e havida como austera, poderia dizer, por exemplo, que não é hora de aumentar salários já altos, e pagos por toda a sociedade brasileira, enquanto 12 milhões de desempregados estão na rua da amargura.

E por que contar com Cármen Lúcia? Porque o Planalto acha que se esperar pelo atual presidente do Supremo, Ricardo Lewandowski, e pelo presidente do Senado, Renan Calheiros, está perdido. Ou melhor, estamos perdidos todos os que sustentamos o setor público, porque o salário dos ministros da corte é o teto do funcionalismo e tem efeito cascata em todos os três poderes e em todos os Estados.

Aliás, outros aliados do Planalto na guerra contra essa nova farra salarial, além de Cármen Lúcia, são os governadores, que têm grande influência sobre suas bancadas e estão aflitos diante de uma pressão de mais R$ 4 milhões ao ano caso o aumento dos ministros do Supremo passe e arraste para cima os salários dos servidores estaduais.

Os Estados já estão na pindaíba, depois de anos de uma visão estatizante que inflou dramaticamente a folha de pagamentos. Hoje, Rio e Rio Grande do Sul, por exemplo, têm multidões de funcionários, mas não têm como pagá-los. E ainda convivem com categorias querendo mais. Lindo, não é? Alguns governadores lamentam: "Não governamos de fato, viramos gestores de folhas de pagamento".

Bem, Cármen Lúcia e Renan se encontraram ontem, mas juram que ninguém falou e ninguém ouviu nada sobre salários. A ministra foi apenas convidar o senador para sua posse e acha que até lá, ou seja, nestes três dias, quem cuida disso é Lewandowski ?" que, dizem, anda doido para deixar esse presentão para todo o funcionalismo, à custa das contas públicas.

Quanto a Renan: ao reservar para o último ato do impeachment o fatiamento da Constituição para manter os direitos políticos de Dilma, ele mandou um recado para o PT e para o Planalto do correligionário Michel Temer: "Eu posso ser um aliado muito útil (como foi para o PT), ou posso fazer muito mal (como fez ao governo)".

O novo "mal" que Renan poderia fazer, depois de viajar à China com Temer, seria permitir ou, pior, estimular o aumento do STF. E era exatamente o que ele parecia fazer ontem, dizendo que incluiria a urgência do projeto na pauta e, na sequência, poria em votação o próprio projeto. E ainda sugeria separar os subsídios dos ministros do STF das demais carreiras para diminuir o estrago. Só no fim do dia recuou e retirou o texto. Estaria ele se divertindo com coisa séria? A dívida da União é de R$ 4,3 trilhões, com desembolso de R$ 500 bilhões neste ano. É preciso cortar, não aumentar gastos.

"Fora Temer" 1. O Planalto comemorou a reunião de três horas entre cinco ministros e representantes do MST, na segunda-feira, e decidiu: o "Fora Temer" e o enfrentamento político ficam por conta dos partidos; o governo se concentra na pauta, quando pauta houver.

"Fora Temer" 2. Na versão palaciana, os protestos contra o presidente numa arquibancada do 7 de Setembro em Brasília partiram de 120 convidados da USP. O convite à universidade é tradicional, mas o governo mudou, esqueceu de atualizar a lista de convites e instalou o inimigo ao lado da tribuna de honra - onde estavam Temer e Marcela.

"Fora Cunha". De um expoente governista, sobre as chances de Eduardo Cunha na segunda-feira: "Se tiver quórum, ninguém sai vivo daquele plenário". Adeus, querido!
Herculano
09/09/2016 08:26
FALTA DE CRIATIVIDADE DO PMDB

Depois do PSDB e sua candidata Andreia Symone Zimmermann Nagel promover com sucesso no dia sete setembro a bicicletada pelas ruas de alguns bairros de Gaspar, para divulgar a sua campanha e a sua proposta de ciclovias na cidade, o PMDB resolveu imitá-la.

Acostumado as carreatas, vai agora fazer também uma bicicletada no Belchior.

Não é a primeira vez que o PMDB com uma equipe cara de marketing, imita as ações simples - como gravar os seus próprios vídeos no smartphone nos bandeiraços - de Andreia.

Está faltando criatividade e até ética.
Herculano
09/09/2016 08:10
O PODER DO STF, por Merval Pereira, para o jornal O Globo

Ontem foi um dia em que o poder do Supremo Tribunal Federal foi explicitado à larga, com diversas decisões que terão repercussão política importante. A começar pelas dos ministros Teori Zavascki, Rosa Weber e Edson Fachin, que recusaram diversas ações sobre o julgamento do impeachment de Dilma Rousseff por razões puramente técnicas ou por não concordarem com o mérito do pedido, seja a favor da destituída ou de seus adversários.

Oque demonstra que o Supremo, em princípio, não está disposto nem a anular o processo, como pediu a defesa, nem a cancelar o polêmico fatiamento da pena, que permitiu à presidente destituída permanecer com seus direitos políticos intactos.

Embora todas essas decisões sejam preliminares e ainda dependam de uma palavra final, alguns conceitos emitidos pelos ministros indicam uma tendência. Como quando o ministro Teori Zavascki não aceitou o pedido do advogado José Eduardo Cardozo para anular o impeachment, alegando que no relatório do senador Antonio Anastasia foram feitas referências a atos praticados em anos anteriores, quando a acusação formal só poderia se referir a atos praticados em 2015.

O ministro Zavascki disse que "(...) Essas considerações, contudo, foram formuladas para demonstrar que os atos praticados pela impetrante não representaram mera reprodução de uma prática administrativa tolerável, mas como o clímax negativo de um modelo de subvencionamento, já questionável desde 2008, que tornou-se completamente insustentável e temerário para o Estado brasileiro".

Mas houve também ontem a divulgação da decisão do ministro Teori Zavascki de recusar mais um pedido da defesa do ex-presidente Lula para que ele não seja julgado pelo juiz Sérgio Moro na primeira instância de Curitiba. Relator no Supremo das ações referentes à Operação Lava-Jato, o ministro Zavascki foi direto na sua decisão, afirmando que os advogados de Lula queriam "embaraçar" o processo.

Isso porque alegaram que Moro estaria usurpando competências do tribunal, pois já existem processos no Supremo sobre o mesmo tema. O curioso é que, para conseguirem escapar de Moro, os advogados se referiram a uma frase sua em que afirma que Lula seria "o arquiteto do esquema criminoso que vitimou a Petrobras", sem contestá-la, mas apenas indicando que esse tema já estava sendo objeto de análise no STF.

De fato, no Supremo há um pedido de investigação contra Lula por formação de quadrilha feito pelo procuradorgeral da República, Rodrigo Janot, que o acusa de ser o chefe do grupo. Zavascki diz que num caso investiga-se o recebimento de favores indevidos, e no outro a questão da quadrilha. Por enquanto, as investigações devem seguir separadamente, em Curitiba e em Brasília.

Também o ministro Edson Fachin mandou arquivar um habeas corpus apresentado com o objetivo de suspender o processo de impeachment contra a ex-presidente Dilma. A ministra Rosa Weber também negou cinco ações que contestam o fatiamento do julgamento de Dilma, e mandou que em outras a presidente cassada seja incluída como parte interessada, e só depois dará o seu parecer, que deve ser no mesmo sentido de rejeição.

Por último, mas não menos importante, o Supremo decidiu por goleada de 10 a 1 que não havia razão para cancelar a sessão de julgamento da cassação do ex-presidente da Câmara, deputado afastado Eduardo Cunha. O relator, ministro Luís Roberto Barroso não encontrou motivos para tanto, pois não considerou as alegações da defesa consistentes: o número de membros da Comissão de Constituição e Justiça da Câmara na sessão final era o exigido, segundo relato da própria CCJ, e o fato de deputados terem adiantado seus votos não prejudicou o acusado, pois esse tipo de declaração faz parte da atividade política.

Às vésperas de seu julgamento, Cunha tentou a última cartada e perdeu no Supremo que, apesar de toda força revelada com essa judicialização da política, não discute as votações internas da Câmara ou do Senado. Será por isso, e não por uma ação corporativa de defesa do presidente que ontem deixou o cargo, Ricardo Lewandowski, que o plenário não deve se meter no processo decisório que culminou com o fatiamento do artigo 52 da Constituição.

Pode ser uma decisão insuficiente diante da violação constitucional e gramatical praticada, mas o perigo seria anular toda a sessão, colocando o país em uma situação absurda que só aumentaria o caos
Herculano
09/09/2016 08:07
O DESPERTAR DOS MÁGICOS, por Fernando Gabeira, para o jornal O Estado de S. Paulo

Reforma é mesmo para proteger aposentados ou apenas um pretexto para desviar milhões?

Lá se foi o impeachment de Dilma. Em poucos dias a Câmara se livra de Eduardo Cunha. Começou uma nova fase, mesmo para aqueles que não a desejavam.

Os defensores do governo caído também mudaram de palavra de ordem. Volta Dilma saiu de cartaz e no lugar entrou o slogan Diretas Já.

Em tese, deveria começar logo o tempo de mudanças que recuperem a economia, a grande prioridade do momento. Mas por mais que deseje a melhora, novos horizontes, retomada das contratações, o governo Temer ainda não inspira a confiança necessária.

Ele nem se preocupou em enterrar a velha fase. Na China, Temer fez comentários sobre os protestos e Meirelles, que é ministro da Fazenda, também tentou analisá-los. São dois trapalhões com estilo diferente. Temer subestimou o movimento. Meirelles superestimou-o, afirmando que era um protesto substancial com 100 mil pessoas. Os comunicadores do governo não ganham o mesmo que João Santana cobrava do PT. Mas precisam ao menos ensinar uma fórmula de o governo tratar manifestações.

Não é complicado. Basta dizer que manifestações pacíficas são legítimas e as violentas, condenáveis. Não precisa analisar, comparar, tornar-se um comentarista de TV.

Já tendem a dizer bobagem no Brasil. Com o fuso horário trocado, entre uma e outra reunião na China, dormindo durante discursos, a tendência a cometer erros é exponencial. Eles estão se achando. Mas se esquecem de que são apenas a parte que ainda escapou da polícia e, pelas circunstâncias legais, tornou-se a detentora do governo.

Nesta semana foi aberta uma nova frente de investigações policiais: os fundos de pensão. Isso bate direto no PT, que dominava esses fundos.

Mas não deixará de lado o parceiro PMDB. O ex-ministro Edison Lobão já tem seu nome envolvido. O próprio Henrique Meirelles era um dos diretores do Grupo JBS. Ele diz agora que era apenas consultor do grupo. Mas quando entrou para o grupo os rumores sobre a JBS já eram muito intensos. Já se falou de tudo sobre ela. Era tão próxima do governo que se espalhou o boato de que o Lulinha era um dos seus sócios.

O que há de verdade, comprovável pelos fatos, é que a JBS tomava grandes empréstimos do BNDES e injetava muito dinheiro nas campanhas políticas. Dos R$ 2,5 bilhões que pegou do governo, repassou 18,5% da grana em doações. Mas o grupo tinha uma sede enorme de recursos públicos. Não lhe bastava o financiamento, a juros amigos, do BNDES. Era preciso entrar nos fundos de pensão.

O JBS floresceu no governo do PT e era um de seus principais financiadores. Meirelles era do governo anterior e acabou se integrando nessa máquina de captação de dinheiro público. Para mim, soa como um canastrão em suas entrevistas. O mercado o aprova, Temer o escolheu para a retomada, resta esperar que faça a coisa certa.

Quando a Polícia Federal anunciou o tamanho das dívidas dos fundos de pensão, algo como R$ 54 bilhões, a grande pergunta que ficou no ar: como foi possível um rombo dessa dimensão sem que o País se desse conta?

Os boatos sobre aparelhamento datam de 2003. Porém não compartilho a ideia de que a imprensa se tenha omitido e seja a culpada. Os dirigentes dos fundos trabalharam muito para proteger a caixa-preta.

As investigações que resultaram na Operação Greenfield nasceram de reportagens em alguns dos maiores jornais do País. O próprio Ministério Público reconhece que esse foi o ponto de partida.

Demorou, reconheço. Congresso, oposição e autoridades, que deveriam controlar o processo, falharam.

No momento em que se discute a reforma da Previdência, a esquerda, certamente, vai combater as mudanças, mesmo pressentindo que a estrutura atual é insustentável.

É legítimo e necessário que os interesses dos aposentados sejam defendidos num modelo renovado. Mas a base para essa defesa é enfraquecida não só diante da manipulação dos fundos e do golpe nos empréstimos consignados. Os aposentados, afinal, são "os nossos velhinhos que queremos proteger" ou apenas um pretexto para desviar milhões para os cofres do partido ou mesmo para a fortuna pessoal dos dirigentes?

Com o impeachment realizado, esperava uma ligeira queda na temperatura política. Compreendo que as pessoas queiram discutir ainda se houve golpe ou se foi legal. Mas é necessário também olhar para a frente. A mediocridade do governo é o que temos disponível para realizar a transição até 2018.

Durante algum tempo Temer acenou para algo melhor depois do impeachment. Prometeu que mudaria o Ministério, etc. e tal. Aparentemente, é só conversa. As tarefas de recuperação da economia e da política são bastante claras. Temer está feliz com a Presidência, que não alcançaria em outras circunstâncias.

Será preciso um grande impulso para que o País saia da crise. Se o governo, pelo menos, não atrapalhar, há uma esperança de que se chegue a 2018 com alguns problemas resolvidos. Isso numa visão francamente otimista. A tendência a buscar soluções fáceis para problemas complexos continua sendo, na forma do populismo de direita ou de esquerda, uma grande força eleitoral.

Dentro de dois meses teremos eleições nos EUA. A trajetória de Donald Trump sugere muitas análises. Tanto lá como aqui, ampliou-se a estrada da aventura política. É um novo despertar dos mágicos, dos construtores de muros, à direita, aos multiplicadores dos pães, à esquerda.

Enganado por uma falsa renovação ética, saqueado pela corrupção que arruinou grandes empresas, a tendência do eleitorado brasileiro, imagino, será de sobriedade. O que virá em 2018 dependerá muito do que a sociedade construir agora, nesse período de transição. Tempo também para os que querem dedicar sua vida a melhorar a vida do povo reflitam se querem mudanças sustentáveis ou preferem só acalmar sua consciência.
Herculano
09/09/2016 08:05
TEMER NÃO TERÁ GOVERNABILIDADE NAS RUAS, por Guilherme Boulos, formado em filosofia, classe média, mas líder do MTST (Movimento dos Trabalhadores Sem Teto)e da Frente de Resistência Urbana

Ao destituir Dilma da presidência e entregar a faixa a Michel Temer, a maioria do Senado acreditou estar dando um ponto final na crise política. Agora seria olhar pra frente e pacificar o Brasil. Muita gente na elite política continua apostando nisso.

Freud alertou, já no século 19, que quando desejamos muito um desfecho, passamos a acreditar nele sem maior juízo crítico. Assim se forma o pensamento mágico, que está na origem dos contos de fadas. Só essa digressão, somada a uma pitada de empáfia aristocrática, explica a miopia do governo Temer em relação à resistência que enfrentará nas ruas.

"Manifestações inexpressivas", "40 pessoas que quebram carro", "mini, mini, mini" foi o que disseram após dias seguidos de protestos em São Paulo e outras cidades do país. Simultaneamente, o ministro Alexandre de Moraes ?"que mostrou ainda exercer comando direto sobre a PM paulista?" apostava na repressão sistemática para esvaziar as manifestações e rotulá-las como violentas.

A maior resposta foram 100 mil pessoas nas ruas de São Paulo no último domingo. Rio de Janeiro, Recife, Fortaleza, Florianópolis: manifestações de grande expressão foram registradas pelo país. As ruas responderam a provocação com um sonoro Fora Temer.

A tentativa de classificar as mobilizações como "petistas" também fracassou. Embora militantes e parlamentares do PT também estejam ?"legitimamente?" nas ruas, quem presenciou os protestos pôde perceber a presença majoritária de pessoas sem qualquer ligação com partidos e mesmo movimentos sociais, em especial jovens.

Apesar disso, o governo Temer optou por insistir na miopia. Após manifestações em várias cidades no 7 de setembro, inclusive com direito a vaias e gritos de Fora Temer no desfile oficial, Eliseu Padilha declarou que "não havia mais do que 18 manifestantes". Geddel Vieira, famoso boquirroto, foi ainda mais provocativo: "Que protesto? 15 pessoas?". Essa turma não aprende. Horas depois, o Maracanã lotado presenteou Temer com uma vaia ensurdecedora na abertura da Paraolimpíada.

As mobilizações tendem a crescer e ganhar outro patamar. Não somente pela arrogância do governo e a repressão policial. Mas principalmente pela agenda de regressão social que tentarão impor, com as contrarreformas trabalhista e previdenciária e com a PEC 241, que pretende congelar investimentos sociais por 20 anos. Sem falar na operação montada para salvar Eduardo Cunha. É de se esperar uma reação contundente das ruas.

Temer e o PMDB são verdadeiros mestres da política de negociatas para obtenção de maioria parlamentar. Neste quesito, são os melhores profissionais do ramo, a ponto de conduzirem com êxito um golpe institucional no país. A política, para eles, se reduz a isso. Assim, após costurarem uma expressiva maioria de dois terços no Congresso acreditaram que todos os seus problemas estavam resolvidos. A tão almejada governabilidade estaria garantida.

Mas o Brasil não é a Praça dos três poderes. Ter governabilidade no parlamento não significa tê-la nas ruas. E essa Temer não tem e nem terá.

Nesta quinta-feira (8) haverá nova manifestação em São Paulo. Já há outra marcada para domingo, às 14 horas, na Avenida Paulista. Quem achava que terminou se surpreenderá ao ver que está apenas começando.
Herculano
09/09/2016 08:00
da série: o tamanho da crise econômica criada pelo PT, PMDB, PCdoB, PP, PDT, PSD, PR, PRB, PTB e outros, que gerou empobrecimento, inflação alta e 12 milhões de desempregados.

TOMADA DE CRÉDITO POR APOSENTADOS DO INSS CRESCE 50% EM 2016, por Pedro de Carvalho, de Veja

Uma pesquisa inédita revelou que o aposentado está tomando mais crédito junto ao INSS.

Os pedidos já ultrapassaram 1,5 milhões de solicitações, o que representa um crescimento de 50% no volume se comparado ao mesmo período do ano anterior. Em relação ao valor médio solicitado, a diferença foi pequena: 2% de aumento.

O estudo é da Unitfour, empresa fornecedora de dados.
Herculano
09/09/2016 07:54
A ARMA MAIS FORTE SERÁ AMPLIAR A NÃO COOPERAÇÃO COM O GOVERNO, por Vlademir Saflate, professor de filosofia, no jornal Folha de S. Paulo

Cada época tem sua imagem. Há momentos nos quais a essência de tempos históricos determinados encontra sua figura sensível. A ditadura militar teve, por exemplo, a figuração precisa de sua barbárie bruta na foto de Vladimir Herzog enforcado em uma cela, com os joelhos dobrados quase no chão. Demonstrava-se, de forma grotesca, o descaso com qualquer princípio elementar de verossimilhança. Isto é essência mesma de um estado policial: um regime no qual você deve acreditar que alguém morreu enforcado, mesmo que sua foto demonstre exatamente o contrário.

Desde então alguns dizem que o país mudou, mas certamente não para a polícia militar. Ela continua agindo como se devêssemos acreditar que pessoas se enforcam com o joelho dobrado no chão. Não é por acaso que, segundo estudos da socióloga norte-americana Kathryn Sikkink, o Brasil é o único país na América Latina no qual tortura-se mais hoje do que na época da ditadura militar. É porque aqui a imprensa e a classe política dão carta branca para a polícia agir da maneira como convier na defesa dos interesses do seu partido. Sim, não se enganem pois a polícia tem partido. Enquanto o sr. Alexandre Frota e o coral gospel "Jesus ama Ustra e seus amigos" entoam o hino Escola sem Partido, alguém deveria começar por exigir uma Polícia sem partido.

Desde os tempos mais remotos da humanidade, a tática da provocação e da infiltração é utilizada para desqualificar quem contesta o poder. Foi assim em Roma, na Babilônia e nas manifestações de 2013. Vimos inúmeras vezes em que a polícia provocava, jogando bombas em manifestações até então pacíficas, infiltrando-se, atirando a esmo. Ou seja, a função da polícia brasileira não era garantir a ordem, mas produzir e gerenciar a desordem. Produzir imagens de terror para minar o apoio popular às manifestações. Enquanto isto, o Ministério Público, especialmente o de São Paulo, nem cogitava agir a fim de enquadrar o uso da força do braço armado do Estado. O que não era de se estranhar, já que o governador do nosso cafezal, assim como outros governadores pelo país, aplaudiam enquanto seus soldados matavam oito manifestantes, feriam 837 e prendiam 2.608 só em 2013 (dados da ONG Artigo 19). Em outros lugares do mundo, isto seria descrito como uma carnificina. No Brasil, é defesa da ordem.

Então vieram as manifestações pelo impeachment e o milagre aconteceu: uma polícia ordeira, catracas abertas para manifestantes passarem gratuitamente, confraternização entre a polícia e as senhoras com sua nostalgia por "intervenção militar". Em troca a PM fazia o milagre da multiplicação e anunciava ter 500 mil manifestantes em um espaço no qual só cabiam 200 mil. Mas como lembra a foto de Herzog, verossimilhança não é o forte da corporação.

Agora, 62% da população quer que o sr. Michel Miguel devolva ao povo o cargo que ele usurpou e convoque eleições gerais. As ruas voltaram a se encher e a polícia voltou a mostrar qual é o seu partido. Domingo, São Paulo foi palco de uma enorme manifestação, sem patrocínio da mídia e com proibição do governo de São Paulo. Como tudo ia bem, a polícia precisava produzir sua desordem, fornecer imagens de caos. Assim, bloqueia-se previamente novas adesões da população.

Michel Miguel, ao tomar de assalto a república, prometeu ao país a "pacificação". Na sua novilíngua isto significa: bomba, bala e "cadeia preventiva". A imprensa pode, pela enésima vez, insuflar o espantalho dos black blocs e auxiliar o governo em sua luta desesperada por não cair. Mesmo esta Folha publicou um editorial no qual eles eram comparados a fascistas exatamente um dia depois da estudante Deborah Fabri ter perdido um olho por ação da polícia. Não houve o mesmo tom de indignação com o segundo fato, nem com o fato de um tenente-coronel ter descrito essa violência inaceitável com um singelo: "quem planta rabanete, colhe rabanete".

Prefiro não acreditar que alguém entenda que vidraças de bancos e lixeiras sejam mais importantes do que a integridade física de nossos cidadãos. Por outro lado, que fique claro: a arma mais forte atualmente será ampliar as formas de não cooperação com o governo e de não violência. A violência black bloc só serve para fortalecer o estado atual das coisas. Mas se estivermos realmente interessados em não violência a primeira coisa a fazer é ter uma crítica implacável da violência da polícia, de suas práticas primárias de provocação e de seu comprometimento político-partidário.
Herculano
09/09/2016 07:50
"SEM-CARGOS" DO PT JÁ PRESSIONAM POR BOQUINHAS, por Cláudio Humberto na coluna que publica hoje nos jornais brasileiros

Após o impeachment, o governo federal se livra aos poucos de dez mil filiados ao PT que ocupavam cargos comissionados e outras boquinhas em Brasília. Como não vivem longe de cargos públicos, estão de olho em prefeituras de médio e grande portes que esperam conquistar nas urnas. No Recife, figurões do PT como o ex-ministro Luiz Dulci já "colam" no candidato do partido para garantir espaços aos "sem-cargo".

A FONTE SECOU
Além de perderem o governo federal, petistas ficaram desamparados com a ruptura do propinoduto que alimentava o Instituto Lula.

ESTADISTA DO FISIOLOGISMO
Em 2012, Lula negou apoio e até legenda para o então prefeito petista João Paulo disputar reeleição no Recife. Hoje negociam cargos futuros.

DÍZIMO COMO RECEITA
Com a exigência de nomeados para cargos públicos pagarem 10% dos salários ao partido, o PT virou um empreendimento milionário.

TOTAL NACIONAL
Somam 107,8 mil os cargos comissionados no governo federal, que podem ser preenchidos sem concurso.

ENFIM LOCALIZADO, CUNHA RECUSA A NOTIFICAÇÃO
Tão logo Eduardo Cunha reapareceu em Brasília, nesta quinta (8), o secretário-adjunto da Câmara bateu à porta do seu apartamento funcional, levando-lhe um exemplar do Diário Oficial, com a notificação da sessão convocada para votar sua cassação. Tinha também cópias dos pareceres do conselho de ética e da Comissão de Constituição e Justiça recomendando a medida. Ele se recusou a receber o papelório.

PROMESSA É DÍVIDA
Levantamento junto a cada deputado federal mostra que cerca de 270 deles prometem condenar Cunha. São necessários no mínimo 257.

TODO CUIDADO É POUCO
Até o mais confiante dos adversários de Eduardo Cunha admite que, apesar do cenário adverso, ele não pode ser subestimado.

DERROTA ESPERADA
Cunha já admite perder a votação, mas tentar esvaziar o plenário da Câmara a fim de que o mínimo de 257 votos não se confirme.

AMOR COM AMOR SE PAGA
O presidente do Senado, Renan Calheiros, arquivou o pedido de impeachment do presidente do STF, Ricardo Lewandowski, um dos ministros que vai julgá-lo nos sete casos que o envolvem na Lava Jato.

PICARETAGEM 'POPULAR'
Quando manifestantes exigem "a continuação dos programas sociais", referem-se ao dinheiroduto que Dilma criou para financiá-los: o "Minha Casa, Minha Vida Entidades", programa quase secreto que despejava milhões em entidades controladas pelo MST, CUT e PT, claro.

TORCIDA PELO BRASIL
Uma frase virou mantra, no Palácio do Planalto: os brasileiros torcem para que o governo Michel Temer tenha sucesso para o bem do Brasil, enquanto os petistas querem o seu fracasso para o bem do seu partido.

DESVINCULAÇÃO, JÁ
Renan Calheiros tem a posição mais sensata sobre a polêmica do aumento dos ministros do Supremo Tribunal Federal: acabar com o "efeito cascata" imediatamente. Só assim o País, quebrado, não terá de gastar, até 2019 (três anos, apenas), R$50 bilhões a mais com salários.

PERDEU, PLAYBOY
O Ministério Público deixou os políticos enrolados na Lava Jato desesperados. Eles queriam o encerramento da Operação em julho, mas foram surpreendidos com a prorrogação até setembro... de 2017.

ALO, MINAS E ENERGIA
A Agência de Energia da China vai gerar 850 MW de energia solar flutuante na província de Anhui. É o maior projeto no mundo. Cobrindo só 8% das superfícies de água dos reservatórios com plantas solares flutuantes, o Brasil aumentaria em 51% a produção atual de energia.

MILICIANOS EM AÇÃO
A valente senadora Ana Amélia (PP-RS) encarou os milicianos do MST que, para se vingar do impeachment, invadiram uma fazenda que já não é dela: "Não vão me amedrontar. Que movimento é esse?".

HERANÇA MALDITA
A Universidade de Brasília cai pelas tabelas: está em 601º no ranking das universidades. Caiu 100 posições em 1 ano. Pudera. Sucateada na era PT e com greves que já fazem parte do calendário anual de folgas, a UnB negligenciou a graduação para priorizar mestrado e doutorado.

PENSANDO BEM...
...não é golpe e nem revolta, é só chororô.
Pagando Brabo
09/09/2016 07:49
Pois é tem gente reclamando no PMDB, do apoio do Adilson, mas espera ai, Adilson apenas divulgou seu voto, agora ruim é ter fazendo campanha Ivete, Laercio Moritz, Tonho do Alvorada, Walter Morello. Ai sim é prejudicial a uma candidatura.
Herculano
09/09/2016 07:44
À MODA ELIO GASPARI, UM E-MAIL DO ALÉM:DE PASOLINI PARA DUVIVIER, por Reinaldo Azevedo, para o jornal Folha de S. Paulo

O humorista Gregório Duvivier, o filósofo Vladimir Safatle e o baderneiro Guilherme Boulos são esquerdistas bastante desiguais na formação, mas idênticos no desassombro com que afrontam os fatos. Eles me contam da decrepitude do pensamento de esquerda. Até a desconstrução do que escrevem cheiraria a naftalina. Mas isso tem história.

Em junho de 1968, o cineasta e polemista italiano Pier Paolo Pasolini (1922-1975) publicou um texto descendo o sarrafo nos estudantes que haviam entrado em confronto com a Polícia em Roma. Pasolini era um esquerdista, mas um homem de cultura, como era o direitista Raymond Aron, na França. Em muitos aspectos, a crítica que faziam àquele espírito era idêntica. Basicamente, repudiavam na revolta estudantil a ignorância, a arrogância, o niilismo agressivo e a ausência de economia política.

Na Internet, vocês encontram o original em italiano. Também há uma versão em espanhol. Destaco trechos nesta coluna. Foi escrito em verso, mas segue uma tradução em prosa. Abaixo, o autor faz um perfil psicológico dos estudantes, rebeldes à orientação do Partido Comunista Italiano, que não apoiava os protestos.

"Sinto muito. A polêmica contra o PCI já tinha sido feita na primeira metade da década passada. Vocês estão atrasados, queridos. Pouco importa se vocês ainda não haviam nascido. Pior para vocês. Agora os jornalistas do mundo todo (inclusive os dos canais da televisão) ficam lambendo (como se diz na linguagem do baixo clero universitário) a bunda de vocês. Eu não, queridos! Vocês têm cara de filhinhos de papai. Eu os odeio como odeio seus pais (...). Vocês têm o mesmo olhar maligno. São medrosos, hesitantes, desesperados, mas sabem também ser prepotentes, chantagistas, convencidos, descarados - prerrogativas estas pequeno-burguesas, meus amigos".

No trecho a seguir, Pasolini se refere ao confronto havido em Valle Giulia, na área central de Roma, no dia 1º de março de 1968, entre os estudantes e a polícia. E diz por que se identificava com os policiais.

"Ontem, quando vocês lutavam com os policiais em Valle Giulia, eu me identificava com os policiais. Porque os policiais são filhos de gente pobre. Eles vêm das periferias rurais ou urbanas. Eu conheço muito bem o modo como foram meninos e rapazes, seus minguados tostões. Conheço o pai deles, que também nunca foi senhor de si, mas por causa da miséria, não da falta de altivez. Conheço a mãe, calejada como um carregador, ou magra como um passarinho por causa de alguma doença. E tantos irmãos; o casebre entre as árvores, em áreas invadidas; casa de cômodos onde há esgoto a céu aberto, ou apartamentos em grandes habitações populares."

"(...)Em Valle Giulia, ontem, houve um fragmento de luta de classes: e vocês, queridos (ainda que do lado certo), eram os ricos, enquanto os policiais (que estavam do lado errado) eram os pobres. Bela vitória, pois, a de vocês! Nesses casos, é aos policiais que se entregam as flores, meus caros. La Stampa, Corriere della Sera, Newsweek e Le Monde estão lambendo a bunda de vocês. Vocês são os filhos deles. (...)"

O texto é imenso e complexo. Os links estão à disposição. Pasolini era um comunista, e é certo que divirjo profundamente de sua leitura, mas não desse retrato que ele faz da militância obscurantista. Também vejo em Gregórios, Safatles e Guilhermes não mais do que os burguesotes mimados que odeiam na Polícia não o seu suposto papel, digamos, contrarrevolucionário. O rancor que secretam é bem mais profundo: é de classe. É, com efeito, uma luta de classes.
Herculano
09/09/2016 07:35
da série: alguns políticos - pressionados pela sociedade que os elegeu e os paga - colocaram a mão na consciência. Enquanto os servidores com estabilidade e altos vencimentos ganham aumentos reais substantivos, os que lhes pagam, perdem o emprego e têm achamento salarial. Enquanto isso não mudar, todos estão obrigados ao mesmo sacrifício. É preciso conter político tipo Renan Calheiros, PMDB-AL, capaz de salvar a pele de seus crimes dando mimos a juízes com o dinheiro dos brasileiros

SENADORES LEVAM AO FREEZER REAJUSTE DO SUPREMO, por Josias de Souza

Sob pressão da opinião pública, do tucanato e de parlamentares que se definem como independentes, o Senado decidiu enviar para o freezer projetos de lei que elevam os vencimentos dos ministros do Supremo Tribunal Federal e do procurador-geral da República de R$ 33,7 mil para R$ 39,2 mil. Retirou-se da pauta um requerimento do PMDB, subscrito por outros partidos, para que as propostas fossem votadas a toque de caixa, em regime de urgência.

O presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), anunciou a meia-volta no final da sessão noturna desta quinta-feira. Ele havia prometido ao presidente do Supremo, Ricardo Lewandowski, que os reajustes salarios seriam submetidos a votação. Recuou depois de receber a visita da ministra Cármen Lucia, que assumirá o comando da Corte na segunda-feira (12). A sucessora de Lewandowski não é uma entusiasta do sindicalismo em causa própria.

O recuo de Renan foi precedido de manifestações de senadores que se opõem ao reajuste das togas do Supremo e do procurador. Esses aumentos desceriam em cascata pela administração pública, engordando contracheques em todo o Judiciário, no Ministério Público e nos altos escalões do governo federal. Até os deputados e senadores ganhariam um pretexto para reivindicar aumento. Renan agora defende que os salários dos ministros do Supremo sejam desvinculados dos demais.

Líder do governo Temer no Senado, o senador Aloysio Nunes (PSDB-SP) sugeriu que os projetos tivessem tramitação regular, sem o selo da urgência. Também discursaram contra os reajustes Paulo Bauer (PSDB-SC), Ricardo Ferraço (PSDB-ES), Ronaldo Caiado (DEM-GO), Reguffe (sem partido-DF), Hélio José (PMDB-DF), Benedito de Lira (PP-AL), José Aníbal (PSDB-SP) e Fernando Bezerra Coelho (PSB-PE).

Dona de um estilo de vida austero, quase monástico, Cármen Lucia parece ter provocado no Senado um surto de sensatez com sua chegada ao comando do Supremo. Num instante em que a recessão engole folhas de pagamento, submetendo 12 milhões de brasileiros à humilhação do desemprego, elevar os vencimentos dos doutores seria o mesmo que flertar com o escárnio.
Herculano
09/09/2016 07:28
VAIAS, APLAUSOS E SILÊNCIO, editorial do jornal Zero Hora, RBS Porto Alegre.

Três tipos de reações do público podem ser percebidas cada vez que o presidente Michel Temer participa de alguma cerimônia em local aberto, como ocorreu na inauguração dos Jogos Olímpicos do Rio, quando ele ainda era interino, e como voltou a ocorrer no desfile da Independência, em Brasília, e na abertura dos Jogos Paraolímpicos, no Rio, ambos na última quinta-feira. A primeira e mais contundente dessas reações é a vaia, manifestada por parte das pessoas inconformadas com o impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff e convencidas de que o atual governo é ilegítimo. Os aplausos e os gritos de apoio ao atual chefe da nação aparecem como resposta ao apupo, protagonizados predominantemente por integrantes do governo e por pessoas que rejeitam o Partido dos Trabalhadores. Mas parte expressiva do público, tanto nas raras aparições do presidente quanto na assistência desses episódios pela mídia, permanece em silêncio, observando o embate político-ideológico pelo poder.

Os silenciosos, que provavelmente são a maioria, aguardam as consequências da troca de governo para se manifestar. Os brasileiros inconformados com a corrupção e com a crise econômica acompanham com ansiedade e interesse a movimentação dos políticos, esperando por medidas que permitam a retomada das atividades econômicas e estanquem a onda de desemprego. Mais: exigem também que políticos, empresários, servidores públicos e outras pessoas comprovadamente envolvidas em malfeitorias sejam exemplarmente punidos, tanto no âmbito da Operação Lava-Jato quanto de outras investigações em andamento.

A maioria até pode estar quieta, mas não está conformada com o país degradado pela última administração e ainda não consertado pela atual. Pelo contrário, os brasileiros mais conscientes estão preocupados com a manutenção de práticas políticas reconhecidamente perniciosas, tais como o apadrinhamento político, a troca de cargos públicos por apoio e o descontrole de gastos. Também estão apreensivos com a violência de algumas manifestações, que deturpam o verdadeiro sentido de uma democracia que deve, sim, ter espaço para vaias e aplausos, mas sem ignorar a eloquência dos silenciosos.
Herculano
09/09/2016 07:26
NÃO TEM JEITO. A LEI MUDA E O POLÍTICO LADRÃO MOSTRA COMO É BANDIDO EM QUALQUER TIPO ELEIÇÃO


Tribunal Superior Eleitoral flagra 21.072 pessoas que, em situação aparente de pobreza, doaram R$ 168 milhões, e não é exatamente em grandes cidades. Quem informa isso, é Natuza Nery, na coluna Painel do jornal Folha de S. Paulo

Até onde não tem
Ao cruzar informações, a Justiça Eleitoral vem desnudando o que suspeita ser uma nova frente de fraudes: doações milionárias de quem, aparentemente, nada tem. O TSE identificou 21.072 pessoas que, mesmo em situação de pobreza, transferiram juntas mais de R$ 168 milhões a campanhas municipais. Uma delas, cuja última renda conhecida é de 2010, doou R$ 93 mil. Outras dez desembolsaram mais de R$ 1 milhão, mas não têm renda compatível com tamanha generosidade.

Não está batendo
Segundo o TSE, há ainda um grupo considerável de doadores registrados como beneficiários do Bolsa Família ou sem terra. Os dados já foram remetidos ao Ministério Público para averiguação.

É festa
Além das candidatas "laranjas" - mulheres lançadas na eleição apenas para cumprir a cota feminina - o TSE quer acabar com outra farra: funcionários públicos que se tornam candidatos só para ficar seis meses fora do serviço, recebendo salário.
Herculano
08/09/2016 20:17
FORA TEMER

O PT de Gaspar que plantou uma placa "Fora Temer" no Diretório ali na rua Itajaí que só esta coluna registrou, sem discurso e até sem obras que queria vê-las entregues por esses dias, estuda mandar fazer uma bandeira "Fora Temer" para percorrer a cidade.

O PMDB que ficou quieto até agora ~e por ter sido sócio do PT no desastre nacional - está preocupado.
Herculano
08/09/2016 20:11
da série: ao contrário do PT...

PÉRIPLO DE BLAIRO MAGGI PELA ÁSIA RENDE 211 MILHÕES DE DOLARES EM NEGOCIOS, por Pedro Carvalho, de Veja.

A viagem de Blairo Maggi pela Ásia tem rendido bons frutos para o Brasil. Na Coreia do Sul, o caixeiro-viajante organizou um seminário para 100 empresários e trouxe na bagagem 211 milhões de dólares.

200 milhões foram fechados em investimentos no agronegócio e infraestrutura. Um acordo de exportação de manga será responsável pelos outros 11 milhões de dólares.

De volta à China, Maggi visitou a Feira Internacional de Frutas de Hong Kong, que conta com mais de 35 país e 650 expositores. Mas o Brasil, mesmo sendo o quarto maior produtor do mundo, não participa do evento.

O ministro, impressionado com a participação chilena na feira, garantiu que ano que vem o país estará presente.
Herculano
08/09/2016 20:05
LAWANDOWISKI, O SANTO, por Mário Sabino

Antes de encerrar sua última sessão à frente do STF, Ricardo Lewandowski fez um balanço da gestão e concluiu citando uma passagem bíblica:

"Tenho a convicção de que combati o bom combate."

Herético.
Herculano
08/09/2016 19:35
DISPUTA DO CABIDE DE EMPREGO DE UMA EMPRESA NASCIDA PARA FAZER PROPAGANDA DO GOVERNO PETISTA E QUE CUSTA MUITO CARO, MAS NÃO TEM AUDIÊNCIA NENHUMA. ENQUANTO ISSO, GENTE MORRE NA FILA DO SUS

Conteúdo do Uol (Folha de S. Paulo). O ministro Dias Toffoli, do STF (Supremo Tribunal Federal), cassou a liminar que mantinha Ricardo Melo como diretor-presidente da EBC (Empresa Brasil de Comunicação), responsável pelas emissoras de rádio e TV do governo federal. A decisão foi publicada nesta quinta-feira (8) e dá permissão para Michel Temer exonerar novamente o jornalista do cargo.

Melo havia sido nomeado diretor-presidente da empresa por Dilma Rousseff no começo de maio, foi exonerado no dia 17 por Michel Temer, então presidente interino, e substituído por Laerte Rímoli. Em junho, por meio de liminar, voltou ao cargo depois de Toffoli ter decidido suspender a exoneração do jornalista.

Após ter assumido a presidência em definitivo com o impeachment de Dilma, Temer exonerou novamente Melo e extinguiu o conselho curador da EBC em publicação no Diário Oficial da União na última sexta.

No mesmo dia, a defesa do jornalista recorreu ao STF e o próprio governo recuou da exoneração de Melo por meio de decreto do presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia, que exerce a Presidência da República interinamente no lugar de Temer.

O UOL apurou que partidos políticos como PT, PDT, PC do B e PSOL entrarão com uma Adin (Ação Direta de Inconstitucionalidade) questionando a cassação do mandato de Melo. Procurada, a defesa do jornalista disse que vai ler o teor da decisão do ministro Toffoli para entrar com um novo mandado de segurança
Herculano
08/09/2016 19:30
ESTA QUINTA-FEIRA NÃO FOI BOA SOB QUASE TODOS OS ASPECTOS PARA O PT QUE SE ACHA DONO DO BRASIL, DOS GROTÕES, DO JUDICIÁRIO...RELATOR DA LAVA JATO NO SUPREMO AFIRMA QUE LULA TENTA "EMBARAÇAR APURAÇÕES".

Conteúdo do jornal Folha de S.Paulo. Texto de Gabriel Mascarenhas, da sucursal de Brasília. Relator dos processos relacionados à Operação Lava Jato no STF (Supremo Tribunal Federal), o ministro Teori Zavascki negou o pedido do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva para que se retirem do juiz Sergio Moro os inquéritos abertos para investigar o petista.

Em despacho assinado na terça (6), disponibilizado no sistema do Supremo nesta quinta-feira, Teori afirma que o recurso apresentado por Lula "constitui mais uma das diversas tentativas da defesa de embaraçar as apurações".

Os advogados argumentam que não cabe à 13ª Vara Federal em Curitiba, da qual Moro é o juiz titular, a tramitação dos procedimentos envolvendo Lula. Dizem que há investigações idênticas correndo no STF e, por isso, deveriam ficar a cargo, exclusivamente, da instância superior.

Um dos pontos da representação do ex-presidente cita a decisão em que Sergio Moro se refere a Lula como suspeito de ser "arquiteto do esquema criminoso que vitimou a Petrobras". Para a defesa, a tese é exatamente a mesma da PGR (Procuradoria-geral da República), braço do Ministério Público Federal que atua no STF.

"Nesse contexto, é importante destacar que esta Corte possui amplo conhecimento dos processos (inquéritos e ações penais) que buscam investigar supostos crimes praticados no âmbito da Petrobras, com seus contornos e suas limitações, de modo que os argumentos agora trazidos nesta reclamação constitui mais uma das diversas tentativas da defesa de embaraçar as apurações", diz Teori.

O ministro negou a reclamação de que Moro teria usurpado a competência do Supremo e afirmou que nos inquéritos sob a responsabilidade da primeira instância ainda não há a delimitação dos fatos apurados, o que só ocorre se houver oferecimento da denúncia.

"São prematuras as alegações de que a suposta ocultação de patrimônio pelo investigado e os supostos recebimentos de benesses das empreiteiras[...] e outras não têm qualquer relação com o esquema criminoso que vitimou a Petrobras e que é objeto da Operação Lava Jato", considera o relator.

Na Justiça Federal em Curitiba, Lula é alvo de três inquéritos por suspeita de corrupção passiva, falsidade ideológica e lavagem de dinheiro.

Teori lembra, no despacho, que o ex-presidente já havia recorrido ao STF para questionar a decisão em que Moro deu publicidade às gravações de ligações telefônicas de autoridades com foro privilegiado, ou seja, que só podem ser investigadas no Supremo. Entre os diálogos divulgados, estava a conversa entre a então presidente Dilma Rousseff e Lula.

Para o ministro, porém, o petista busca "dar aos procedimentos investigatórios contornos de ilegalidade". "Apesar de esses argumentos serem objeto de análise naqueles autos, tal quadro revela a insistência do reclamante em dar aos procedimentos investigatórios contornos de ilegalidade, como se isso fosse a regra", escreveu.

OUTRO LADO

Por meio de nota oficial, a defesa de Lula afirma que o próprio Teori, em outras ocasiões, já reconheceu ilegalidades praticadas por Moro na condução da Lava Jato.

"Isso ocorreu, por exemplo, no tocante à autorização dada para a divulgação de conversas interceptadas envolvendo Lula e, ainda, no tocante ao monitoramento dos advogados do ex-Presidente", diz.

O advogado Cristiano Zanin, afirma no comunicado que seu cliente sofre "clara perseguição pessoal e política" e, segundo ele, por isso, "tem o direito de usar dos instrumentos legais para impugnar decisões judiciais que estão sendo proferidas".

De acordo com Zanin, o ex-presidente é vítima de diversas "outras graves ilegalidades praticadas pelo juiz Sergio Moro" e a decisão de Teori reforça o cabimento do comunicado feito à ONU em julho
Herculano
08/09/2016 19:26
CHORA, CHORÕES E DONOS DOS RESULTADOS. O CATARINENSE TEORI ZAVASCKI, DO STF, INDICADO POR DILMA VANA ROUSSEFF, NEGA PEDIDO DELA PARA ANULAR O IMPEACHMENT. AINDA BEM QUE ELE NÃO TEVE QUE OUVIR A OUTRA CATARINENSE VANESSA GRAZIOTIN E LINDEBERG FARIAS AZUCRINANDO DURANTE O SEU TRABALHO

Conteúdo do jornal Folha de S. Paulo. Texto de Gabriel Mascarenhas, sucursal de Brasília. O ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Teori Zavascki negou nesta quinta-feira o pedido da ex-presidente Dilma Rousseff para anular o impeachment da petista.

Relator do mandado de segurança pelo qual a defesa apresentou seu pleito, Teori afirmou que, nesse caso, não vê razões graves o suficiente para sustentar a interferência do Supremo numa decisão do Poder Legislativo.

"[O juiz] não poderá pretender substituir aspectos de mérito do veredicto de impeachment, soberanamente definidos pelo Senado Federal. Assim, somente em hipótese extremada -em que demonstrada a existência, no processo de impedimento, de uma patologia jurídica particularmente grave- é que caberá uma intervenção precoce na decisão atacada", justificou.

Na peça, protocolada no STF no dia seguinte à aprovação do impeachment, os advogados dizem que a lei que embasou a acusação à Dilma contradiz a Constituição em vigor ().

Teori considera, porém, que a legislação citada descreve com precisão práticas consideradas danosas ao orçamento. Dilma foi afastada sob acusação de ter cometido crime de responsabilidade, ao autorizar gastos da União sem o aval do Congresso.

"É evidente que condutas como "ordenar despesas () sem observância das prescrições legais"; "abrir crédito sem fundamento em lei ou formalidades legais", "contrair empréstimo () sem autorização legal"; "alienar imóveis () sem autorização legal", todos do art. 11 da Lei 1.079/50, particularizam condutas inevitavelmente atentatórias ao orçamento público, que nada mais é do que pressuposto formal de autorização de gastos públicos", escreveu o ministro no despacho.

O relator rebateu a versão de que não foi concedido à ex-presidente o direito à ampla defesa.

"A defesa também pode produzir suas próprias análises sobre o significado conjuntural de cada um dos decretos e atrasos de pagamento narrados na acusação, com argumentos que, todavia, não lograram convencer a maioria necessária dos membros do colegiado julgador, que, repita-se, é o Senado Federal", afirmou.

Como estava analisando uma solicitação de liminar (decisão provisória), Teori afirma em mais de um trecho do despacho que não entrará no mérito da acusação, ou seja, se Dilma é autora ou não das práticas pelas quais foi julgada.

Ele considera, no entanto, que o conceito de crime de responsabilidade possui "extrato essencialmente político".

"Mais uma vez é necessário frisar que, pelo extrato essencialmente político dos crimes de responsabilidade, a projeção atentatória à Constituição Federal não se depreenderá, no mais das vezes, do ato unitariamente imputado ao acusado, mas da desenvoltura negativa que ele adquire no contexto de governança global da Administração Pública", afirmou o ministro.

FATIAMENTO DO IMPEACHMENT

Relatora de outros pedidos relacionados à decisão do Senado, a ministra Rosa Weber também emitiu despachos, nesta quinta, em mandados de segurança apresentados por partidos políticos da base aliada de Michel Temer, como PSDB, PMDB, Solidariedade e PPS.

Essas siglas solicitaram a anulação da votação que garantiu à ex-presidente o direito de ocupar funções públicas, mesmo após o afastamento definitivo.

Rosa estabeleceu prazo de 15 dias para que os autores dos pedido incluam Dilma como parte de seus mandados de segurança.

A decisão atende a um pleito da defesa da ex-presidente, já que apenas as partes do processo têm acesso integral aos andamentos e podem apresentar petições de seu interesse.

A ministra rejeitou, porém, mandados de segurança assinados por pessoas físicas e entidades da sociedade civil que requeriam decisões semelhantes às apresentadas pelos partidos.
Herculano
08/09/2016 19:21
A FANTASIA DE CAMPONÊS INFORMA QUE GILBERTO CARVALHO COMEÇOU A PREPAPARA-SE PARA A VIDA DE FORAGIDO, por Augusto Nunes, de Veja

O ex-seminarista que virou coroinha de missa negra um dia terá de enfrentar o acerto de contas com a Justiça pelas patifarias em que se meteu pelo menos desde 2002

Mergulhado na semiclandestinidade desde 18 de maio, quando foi demitido por Michel Temer da presidência do Conselho Nacional do Serviço Social da Indústria (Sesi), Gilberto Carvalho voltou a dar as caras em Brasília neste Sete de Setembro. Disfarçado de lavrador, juntou-se a um desfile promovido pelo MST não para festejar o Dia da Independência, mas para berrar "Fora Temer".

A exemplo de todos os oficiais do exército do Stédile, começando pelo comandante supremo, o ex-ministro de Lula e Dilma tem tanta intimidade com o mundo rural quanto Lula com os plurais. Como constata o comentário de 1 minuto para o site de VEJA, só viu de perto foices e martelos na bandeira da defunta União Soviética. Se manusear um machado, pode acabar decepando a própria cabeça.

Por que teria resolvido reaparecer com a bizarra fantasia de camponês? A hipótese mais provável é que o ex-seminarista que virou coroinha de missa negra, alertado pela demissão por justíssima causa, começou a preparar-se para a vida de foragido da Justiça. Um dia terá de vivê-la se quiser escapar do castigo amplamente justificado pelas patifarias em que se meteu pelo menos desde janeiro de 2002.

Naquele ano, ele fez o diabo para impedir que se investigasse o assassinato do prefeito Celso Daniel, um dos figurões do PT paulista. A pergunta que nada calará continua à caça de resposta: quando o Brasil saberá toda a verdade sobre a conspiração homicida? Gilberto Carvalho sabe.
Herculano
08/09/2016 19:17
EDUARDO CUNHA PERDE NO SUPREMO E AGORA TERÁ QUE ENFRENTAR O PLENÁRIO NO PROCESSO DE CASSAÇÃO POR FALTA DE DECORO

Conteúdo do jornal O Estado de S. Paulo. Sucursal de Brasília.Por 10 votos a 1, o Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu nesta quinta-feira, 8, negar o pedido apresentado pelo deputado afastado Eduardo Cunha (PMDB-RJ), que queria suspender o processo de cassação contra ele na Câmara.

A defesa de Cunha impetrou um mandado de segurança solicitando a suspensão do processo de cassação desde o início da instrução probatória, além da anulação do parecer final do relator no Conselho de Ética e Decoro e das votações que aprovaram o parecer em comissões da Câmara.

Segundo a defesa, o processo contra Cunha na Comissão de Ética também deveria ter sido suspenso depois que o deputado foi afastado do mandato.

"O Supremo Tribunal Federal somente deve intervir em procedimentos legislativos para assegurar o cumprimento da Constituição, proteger direitos fundamentais e reguardar pressupostos de funcionamento da democracia", disse o relator, ministro Luís Roberto Barroso, que votou contra o pedido apresentado pela defesa de Cunha.

Seguiram o relator os ministros Edson Fachin, Teori Zavascki, Rosa Weber, Luiz Fux, Dias Toffoli, Cármen Lúcia, Gilmar Mendes, Celso de Mello e o presidente do STF, Ricardo Lewandowski.

Na avaliação de Fachin, não cabe ao Poder Judiciário "substituir a decisão tomada pelos órgãos do Poder Legislativo".

Antipatia. A única voz dissonante durante o julgamento foi a do ministro Marco Aurélio, que considerou que o processo contra Cunha pressupõe que o peemedebista esteja no exercício do mandato. "Não podemos potencializar a simpatia e mesmo a antipatia popular do impetrante", disse Marco Aurélio.

Segundo a defesa de Cunha, o deputado afastado está sofrendo um "linchamento". "Contra o meu cliente vale tudo. É o nome na capa, não é como um cidadão brasileiro. Jamais fariam isso com outro cidadão brasileiro", disse o advogado Marcelo Nobre.
Herculano
08/09/2016 19:12
COMO VOTARÁ O PADRINHO DO PMDB DE GASPAR? SO SEGUNDA-FEIRA SE SABERÁ

Por que uma grande parte dos deputados Federais querem que o julgamento que pode cassar Eduardo Cunha, PMDB RJ, seja ele feito após as eleições?

Simples, para terem dois discursos: um nos grotões contra as coisas de Brasília, e outro em Brasília aos amigos do peito e das coisas mal explicadas.

A sessão de segunda-feira, que se tenta esvaziá-la pela falta de quórum, o presidente Rodrigo Maia, DEM, diz que vai colocar isto à prova. Se faltar à sessão, o deputado mente, engana, para o seu eleitorado. A ausência é uma das artimanhas para não se posicionar perante o seu eleitorado.

Se vota a favor de Cunha, salvando-o da cassação, o deputado pode levar uma invertida no curral eleitoral, mas fica contra o patrão e até com as ajudas inconfessáveis dele. E se os dois estiverem melados, ai o perigo ainda é maior.

O deputado Rogério Peninha Mendonça, PMDB, já declarou que se colocada a cassação de Cunha a votação, ele votaria pela cassação de Eduardo Cunha. Entretanto, Peninha que é padrinho de Kleber Edson Wan Dall nas eleições aqui, é um dos que acha que não se precisa dessa pressa votar este assunto espinhoso. Hum!

O PT de Gaspar - depois de ver a sua madrinha Dilma Vana Rousseff ir embora do poder por crime de responsabilidade e depois de quebrar o país - está esperando este desfecho, para o jogo do sujo com o mal lavado, o melhor discurso que lhe restou. Acorda, Gaspar!

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