07/11/2017
Os servidores, com a regência do Sindicato dos Trabalhadores no Serviço Público de Gaspar – o Sintraspug - apostaram no bafo, na agenda política, no desgaste do já desgastado poder de plantão, o qual sem inteligência, prioridade, coordenação e estratégia, vem pifando uma atrás da outra. Ainda não deu certo o barulho para os servidores.
Eles continuam pintados para a guerra. E barulho vai ser pouco desta vez para os servidores e o Sindicato. É possível até este, ou outro governo, em algum momento, voltar atrás na sua acertada decisão tomada segunda-feira no Paço. Mas, o caminho para tornar a vida dos servidores e do Sindicato já está devidamente construído. É que os tempos são outros...
Foi uma reunião tensa entre os servidores e Sindicato com a Administração Municipal. Agora, o Sintraspug e os servidores, terão que lidar com à realidade e à pretensão na Justiça. O governo de Kleber Edson Wan Dall, PMDB, e Luiz Carlos Spengler Filho, lavou às mãos. Trocou-se a politicagem pela análise jurídica do suposto direito adquirido. Agora, é sob o olhar do que diz a lei e a hermenêutica que a restringe ou a amplia para a sentença dos julgadores.
Antes de continuar, quero reafirmar o que sempre escrevi: o que a atual gestão do Sintraspug busca em desespero de causa, não é culpa sua, mas resultado de 23 anos de omissão dos servidores e do Sindicato. O que o governo de Kleber, Luiz Carlos e o secretário da Fazenda e prefeito de fato, Carlos Roberto Pereira, abriu esta ferida em nome de uma suposta moralidade administrativa. Quer, segundo demonstra, colocar os pingos nos ís, neste improviso desmedido. Nele, os servidores querem usufruir de privilégios, que nem estão na lei ou, regulamentados devidamente por ela.
E por que insisto numa suposta moralidade administrativa?
Quem quer cortar privilégios dos servidores não pode criar para os seus como os R$600 mil por ano com comissionados e funções gratificadas. Não pode fazer viagens fake a Brasília, levar uma caravana numerosa e dar prejuízos aos cofres públicos.
Entretanto, ressalta-se: as viagens estão na Lei; os R$600 mil estão na lei, inclusive com aval da oposição e entre eles vereador do PT, a mesma que ajuda no circo dos "direitos adquiridos" para ter palanque e votos fáceis. Ressalte-se, outra vez: o Sintraspug foi omisso nessa discussão lá atrás e que hoje lhe afeta, diretamente. Faltou bafo, quando o bafo era decisivo, que agora o Sindicato e os servidores usam=no sem efeito prático. Ele serve apenas para a espuma de uma causa que vai lhe custar anos de discussão.
Voltando. Como sou preguiçoso e como o Sintrapug fez um bom "press release opinativo", vou me aproveitar dele, para pontuar o assunto.
O título: "Prefeito resiste e formalizará proposta de reajuste zero aos servidores de Gaspar". O Sintraspug também resiste. São dois resistentes, então! Isso prova que é preciso um árbitro: a Justiça. O título deveria ser assim: “o prefeito resiste e manda a Justiça decidir e ele (e o Sintraspug) vai ter que acatar o que ela sentenciar”. A outra parte do título é duvidoso: “reajuste zero aos servidores”? Mas, eles já não ganharam integralmente isso lá em abril? Ah, mas se refere apenas ao Vale Alimentação? Hum! Um truque para o sensacionalismo? Esclarecido.
UMA PEGADINHA
Mas, a questão não está “sob judice” agora? Aumentar algo que se discorda e se judicializa para esclarecer, não é o mesmo que enfraquecer a tese da demanda da discordância? Então o prefeito nesta questão preferiu não cair na armadilha da contradição que lhe poderia enfraquecer na contenda na jurisdição. Acertou! E o Sintraspug está na dele, a de espernear.
Antes um parêntesis. Consegui ser supremo. Todos os dois lados estão críticos contra a coluna. No Paço acha-se, os donos dele, que eu devia ser cordeiro e não deveria lembrar, neste momento, as suas fraquezas, erros e incoerências. Já os servidores acham que estou patronal, e enfraquecendo-os perante à população quando esclareço à sua luta, que acho legítima, mas sem propósito, pelos privilégios pagos pelos gasparenses.
É uma opinião. Como escrevi: não sou político, não sou servidor, sou a maioria, o maior interessado e o principal entre todos, pois sou o pagador dos pesados impostos que sustenta tudo isso. Aliás quantos vereadores os servidores elegeram só com os votos dos servidores?
Diz o "press release" do Sindicato. “Mais uma vez, a administração não atendeu os pedidos dos servidores”. Espera aí. É assim? Uma administração se ajoelha e é obrigada a atender os pedidos dos servidores? Ai, ai, ai. Onde está o debate, o diálogo e principalmente à base legal para isso?
“Na reunião do dia 06/11 no gabinete, o prefeito Kleber informou que manterá as seguintes medidas: Proposta 0% no auxilio alimentação, item data base 2017; não será suspensa a Licitação 112/2017 [ que souberam só aqui nesta coluna] que retira da remuneração dos servidores o auxílio (Contrariando a lei 1491/1994). E que os servidores devem aguardar resposta do judiciário, não importa o tempo de leve e em que instâncias tenham que recorrer, para reverter o prejuízo que possam ter na remuneração.”
Não entendi! Não será suspensa licitação que retira remuneração dos servidores, contrariando a lei 1.491? Vamos por partes, como diria, Jack, O Estripador. Que remuneração foi retirada? O modo que não está legalizado? Hum! Pois, pelo que sei, foi garantido aos servidores, que todos receberão os tickets no valor pactuado e em vigor que é de R$400 por mês. O que se perdeu no valor real de aquisição de alimentos a cada servidor? Nada! Nadinha! O que não vai ser permitido, em tese, é o aumento real de salário, que a lei 1.491, em nenhum momento garantiu, não foi formalizada e que os servidores querem ter isso como um direito adquirido ou depois de 23 anos, espertamente reconhecida e sancionada pelo prefeito da hora.
Resumindo: o que o governo de Gaspar não reconhece é o suposto direito adquirido, que vai ser discutido na Justiça, em todas as instâncias, não importando o tempo que isso leve. E ai, se resolve esta pendenga. Será esclarecido. E um lado vai ter que se conformar com a decisão. Pois só um lado estará com a razão!
Tem mais no "press release": o “Chefe de Gabinete [Bornhausen] afirmou que não é necessária a presença do prefeito nas rodadas de negociação com o sindicato, pois ele tem muitas agendas e o Grupo Gestor foi nomeado para atender esta demanda e tomar as decisões necessárias em favor da administração, assim podem evitar o desgaste político do prefeito Kleber”. Perguntar não ofende: o que mesmo fazia o ex-prefeito Pedro Celso Zuchi quando havia negociações com o Sintraspug? Estava lá negociando ou validando o que que se negociara e ele dava como certo ou aceitável?
A palavra do prefeito, em tese, não volta atrás. Dos seus negociadores, quase sempre. É aregra de ouro. O que o Sintraspug quer, é trazê-lo para uma armadilha. Como é mal assessorado, é possível até que isso aconteça!
O Sintraspug reclama e com razão: “a prefeitura irá restringir informações do sindicato aos servidores.” Só conseguirá isso, diante da inércia do Sindicato. Com as redes sociais, com o mundo digital de hoje, essa decisão ou afirmação é uma bobagem sem tamanho e mostra como o Sintraspug está acuado e reclamando com algo fora da pauta.
A guerrilha sindical na comunicação é uma das mais afiadas não só no Brasil, mas no mundo. Então, conta outra. Ou o Sintraspug quer a assessoria de comunicação da prefeitura para instrumentalizá-la? Cuidado! Ela nem funciona para o governo que a toca e paga, dificilmente funcionaria para outros interesses.
Finalmente, ao convocar a reunião de hoje a tarde, a presidente Lucimara diz que "é preciso que todos os servidores participem neste momento. Será a assembleia que definirá quais os rumos e estratégias da categoria para Luta e Resistência a Retirada de Direitos". Resistência? Um sindicato é feito de ações contínuas e não de resistências.
E elas só acontecem quando suas posições estão fragilizadas, exatamente porque as suas ações falharam em algum momento e antes da resistência. Acorda, Gaspar!
“Meu povo” é como o prefeito Érico de Oliveira, PMDB, supõe tratar os ilhotenses, nos comentários que faz na sua rede social. Este “meu povo” não se sabe, de verdade, se são os cidadãos e cidadãs do município, ou se são os da sua rede de poder. Parece até ter posse desse povo. Às vezes, como escreve, parece um grito de socorro ou de insistência para desmentir alguém que só ele sabe quem é.
É o que parece.
Depois de empregar gente de fora, especialmente as desempregadas do PMDB, em cargos chaves na sua administração; de ampliar assustadoramente a estrutura administrativa, com criação de novas secretarias; vira e mexe, o prefeito Érico, sai de relho na mão explicando de que não é mandado por ninguém. Qual é mesmo à razão disso?
Ora, se não é mandado por ninguém, não precisa, com assiduidade nos comentários nas redes, conversas e discursos cifrados, se justificar e espantar supostos fantasmas. Basta exercer com autonomia, o cargo conferido nas urnas. É que Érico não se livrou da sombra do seu padrinho e tutor, não só no ambiente político, mas no administrativo, o ex-prefeito Ademar Feliski, PMDB.
E é contra esse passado de poder que ele lida para ter vida e liderança própria. Os próximos se incomodam, informam e cobram esta autonomia. Já o seu tutor exige fidelidade, reverência, agradecimento. Esta é a questão central desse incômodo
Érico, para se justificar nas dificuldades que eventualmente encontra na sua administração, e nos supostos avanços que faz, reiteradamente se comparação com o prefeito anterior, Daniel Christian Bosi, PSD. Ai já é covardia! Ao teimar em se comparar com que foi reconhecido nas urnas como péssimo, é pedir para se equiparar ao pior.
Quem mesmo orienta o prefeito Érico nesta questão? Ele devia subir o sarrafo para o salto com a vara não em centímetros, mas em metros quando se compara com Daniel. Adversários e críticos, todos os políticos e gestores públicos vão ter em seus mandatos. Dependerá de como esses críticos serão suportados. Até nisso, Érico erra. Não é capaz de ver nos críticos à oportunidade para melhorar para o povo.
Érico devia cuidar é da parte legal. Essa sim é preocupante. Essa sim traz problemas. Essa sim, inviabiliza sonhos. Essa sim, atrapalha a imagem de bom realizador. O Ministério Públlico encontrou em Ilhota uma desconfiança singular em quase tudo. O MP não é político, não é adversário, não é imprensa; é técnico. E com o aumento da estrutura e sem a devida contrapartida nas receitas, quem vai estar de olho nos números e não no povo é o Tribunal de Contas. Então...
Onde estava nesta terça-feira e fica até quinta-feira, o prefeito de Gaspar, Kleber Edson Wan Dall, PMDB? em Brasília. Fazendo o que? Se dependesse do site da prefeitura e da transparência dos que governam a cidade, nada se saberia.
Transparência zero. Espertezas, dez. E eram críticos das mesmas viagens e gestos do ex-prefeito Pedro Celso Zuchi, PT
Mas, havia um registro na rede social pessoal. Festa.
Estava com Kleber, o secretário de Fazenda e Gestão Administrativa, Carlos Roberto Pereira, Diretor de Captação de Recursos, Jorge Luiz Prucino Pereira.
Pasmem! Junto os vereadores Evandro Carlos Andrietti e Francisco Solano Anhaia, também do PMDB, exatamente num dia de sessão, a única da semana. O PMDB ficou sem líder na Câmara e eles livres dos questionamentos da suposta oposição no caso dos servidores. Sobrou, mais uma vez, para o improvisado líder do governo, o médico e funcionário público, Silvio Cleffi, PSC.
Anhaia estava sem voz na sessão passada (fez uma cirurgia nas cordas vocais) e saiu dela para são se contrapor com os servidores. Pelo jeito melhorou para viajar.
Quem banca tudo isso nas diárias? Os pagadores de pesados impostos. Ora, se há um discurso de economia e de colocar a casa em ordem por parte da atual administração, qual a razão do governo de Kleber fazer uma viagem a Brasília, escondido, e dizendo que vai buscar verbas. Quais? Para que?
Ir ao gabinete do deputado Rogério Peninha Mendonça, PMDB, como mostra a foto, logo numa terça, sendo que até na segunda-feira ele estava aqui em Santa Catarina, fazendo política, caçando votos e armando a sua reeleição. Quem depende de Gaspar para os votos no ano que vem? Peninha ou Kleber? Por que esta reunião não foi feita em Gaspar?
A assessoria de imprensa, calada, reagindo apenas às informações básicas.
Segundo ela, a grande comitiva gasparense foi lá por merrecas. Analisem e concluam. Acorda, Gaspar!
Sobre fatos essenciais como a Arena Multiuso, o Anel de Contorno, a ponte do Bela Vista, a repavimentação e a urbanização da Anfilóquio Nunes Pires... nada.
Edição 1826
Copyright Jornal Cruzeiro do Vale. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita do Jornal Cruzeiro do Vale (contato@cruzeirodovale.com.br).