Por Herculano Domício - Jornal Cruzeiro do Vale

Por Herculano Domício

09/03/2017

BELCHIOR EM BAIXA
O retrato do “novo” governo do prefeito Kleber Edson Wan Dall, PMDB, está na indicação do primeiro intendente do recém-criado Distrito do Belchior – onde Gaspar verdadeiramente nasceu. Kleber levou dois meses e oito dias para indicar e empossa-lo. E quando fez, desprezou o próprio belchiorenses: não foi capaz de levar alguém do Distrito – ou ao menos disfarçar como convidar alguém que não aceitaria e ter do convidado uma negativa para fazer a afronta que fez. Kleber e seus iluminados apenas realizaram um grande ajeitômetro dentro do PMDB. Kleber indicou Raul Schiller, ex-vereador já sem votos no seu reduto da Figueira, ou seja, do outro lado do Rio Itajaí Açú. Sobre a sua capacidade? Não é esta questão, mas a sinalização errática do governante com o Distrito. Preferiu a intervenção. E tudo, com o aval da vereadora do bairro, Franciele Daiane Back, PSDB, que dá a maioria na Câmara para o governo de Kleber e Luiz Carlos Spengler Filho, PP. Na semana passada, Kleber e seu vice, como já tinha comentado, já tinham dado mostras de desprezo pela gente do Belchior ao não irem a Audiência Pública sobre a segurança no bairro do Belchior Baixo, vizinho da Penitenciária de Blumenau. Acorda, Gaspar!

ILHOTA EM CHAMAS I
A Justiça que tarda, falha. Paulo Roberto Drun, PPS, é o secretário de Indústria e Comércio do governo de Érico de Oliveira, este apadrinhado do ex-prefeito Ademar Felisky, ambos do PMDB. Drun não se livrou de uma dor de cabeça antiga: aquela doação supostamente irregular de madeiras para a construção de casas aos atingidos da catástrofe ambiental severa de novembro de 2008. Ele fez isso no governo de Felisky quando era o diretor da Defesa Civil e estava no PSDB, depois foi vereador entre 2013 e 2016 no governo do oposicionista Daniel Christian Bosi, PSD; não tentou a reeleição. Agora no dia 28 de março acontecerá a audiência na terceira Vara da Comarca de Gaspar. O ex-titular da 3ª promotoria, Henrique da Rosa Ziesemer, ofereceu uma denúncia criminal de peculato (grave), em abril de 2014, contra ele.

ILHOTA EM CHAMAS II
A história é simples e ao mesmo tempo complicada porque há jogos e interesses políticos de todos os lados. Drun teria mandado dar a Gilberto Monteiro, amigo, frequentador de reuniões religiosas e morador de Ilhotinha, 80 metros cúbicos de madeira de lei apreendidas pela Receita Federal no Mato Grosso e doadas para reconstrução de casas atingidas pelas enxurradas no ano anterior em Ilhota. A denúncia da irregularidade iniciou inocentemente com uma briga de vizinhos que foi parar na polícia. Valmor Bleichuvehl ficou incomodado com um aterro feito Gilberto Monteiro (o beneficiado pela madeira para a nova casa). O desnível criado fazia com que a água do terreno de Gilberto viesse para o de Valmor. E não teve acerto entre os dois. O Inquérito bem instruído foi feito pelo competente delegado Paulo Norberto Koerich, hoje titular do Gaeco, de Blumenau. E incluía até a suposta compra de votos.

ILHOTA EM CHAMAS III
Drun nega relacionamento próximo com Gilberto. Nega que tenha doado as madeiras e apontou para um subordinado Roberto Carlos Merlin, a eventual decisão da doação (o que não lhe tira a responsabilidade). Aponta também que os documentos que confirmam a doação (oferecidos por uma desafeta política e na época na Defesa Civil, Tatiana Reichert, PP) estão todos sem assinaturas. Nega a vantagem eleitoral. Como a casa de Gilberto foi construída (e todos os ouvidos no inquérito confirmaram), como a casa original não foi destruída pela catástrofe, mas estava em estado lastimável devido o tempo da sua existência, sem apontar o critério da escolha, justificou que as madeiras não foram doadas com a finalidade específica de reconstrução para os atingidos daquele fenômeno (?). Os advogados de Drun são Gustavo Nascimento Fiuza Vecchietti e Marjo Jucimara Andreatta.

TRAPICHE


A primeira demissão de um cargo comissionado do governo de Kleber Edson Wan Dall, PMDB, praticamente passou em branco. Esperei. Todos em silêncio. O decreto 7.359, de 10 de fevereiro de 2017, exonerou o professor Marco Aurélio da Cruz Souza do cargo em comissão de diretor pedagógico da Fundação Municipal de Esportes, Turismo, Cultura e Lazer.

Marco foi nomeado no dia três de janeiro. Alegou-se para a decisão que estava assoberbado com compromissos, incluindo as aulas na Furb e Unifeb. Uma pergunta básica: essa ocupação não havia quando foi nomeado?

Marco lidera a Associação de Dança de Gaspar. Ela foi devidamente riscada do mapa pela administração de Pedro Celso Zuchi, PT. Na campanha eleitoral foi disputada aos tapas pelos candidatos concorrentes. Por causa disso, quase causa embaraços devido à legislação eleitoral. Nesta “corrida”, o PMDB levou a melhor.

Até na falta de criatividade, o PMDB, PT e PSD são iguais. Distribuíram bombons às mulheres no seu dia, na quarta-feira.


Samae inundado. A frota está com a troca de óleo estourada em média em três mil quilômetros. Uma economia que pode custar bem cara.

A nova administração de Gaspar diz que está revendo todos os contratos. Faz bem. Mas, pelo jeito essa revisão não atinge os apoiadores. Enquanto o aluguel do Cras, no Sertão Verde, suprimiu-se R$1.800,00, os do Sine e da Junta Militar ficaram intactos nos valores contratados. Então...

Leitor atento às notas do Trapiche de sexta-feira sobre o tema censura e perseguição de políticos locais a veículos de comunicação me pergunta: mas quem comprou o jornal chapa branca do Nadinho? Hum!

Outra e sobre o mesmo tema, com o claro intuito de me entisicar: “então quer dizer que o PT não fez censura aos veículos de comunicação de Gaspar?”

Respondo: aos veículos, em tese. Ao Cruzeiro do Vale e principalmente contra esta coluna e este colunista por não se alinharem incondicionalmente. Mas, do PT e da esquerda do atraso, é esperado esse típico comportamento absolutista.

Até mesmo essa premissa é enviesada. O PMDB que está no poder hoje em Gaspar tinha dado sinais claros na campanha de 2012 que ele queria a imprensa subjugada.

Naquela oportunidade, recorrendo a Justiça, já tinha tirado do ar a 89,7FM e impedido a publicação de uma pesquisa eleitoral em jornal concorrente. Mesmo assim, perdeu as eleições.

E para encerrar este capitulo se não for provocado novamente. Tudo isso se trata de coerência ou de ética, ou de ambos?

Mudou o governo e esta coluna permaneceu fiel aos seus leitores e leitoras no apontamento dos vícios, incoerências e erros dos políticos e gestores públicos contra os pesados impostos de todos.

E quem escolheu mudar de poleiro? É também, na minha opinião, coerente e fiel, mas ao poder de plantão. São escolhas. E a ética? Aí é outra discussão. E tenho opinião solidamente formada a respeito.

Quanta diferença. Enquanto o ex-candidato a prefeito de Gaspar, Marcelo de Souza Brick, PSD, dependente de esquemas bate de gabinete em gabinete por uma teta em qualquer governo, a ex-candidata Andreia Symone Zimmermann Nagel, PSDB, voltou a dar aulas.

Andréia ainda estrutura com a cunhada, Eli Regina Nagel dos Santos, professora e ex-secretária de Educação de Ilhota, um projeto de uma escola particular de contraturno. Então...

Samae inundado. Do leitor Roberto Sombrio: “Continuam as imbecilidades e não vão terminar nunca. O presidente do Samae [de Gaspar, José Hilário Melato, PP] diz que a rede de água rompe porque dilata. Vai que os canos são “DI LATA” e não de aço”.

O jogo continua. No Conselho Municipal da Criança e do Adolescente foi instaurado uma Comissão Processante, fruto de uma denúncia contra uma conselheira. Cheira volta ao passado.

 

Edição 1791

Comentários

Erva Daninha
13/03/2017 15:22
Oi, Herculano;

"PSOL MONTA NÚCLEO DENTRO DO COLÉGIO PEDRO II E É ACIONADO PELO MINISTÉRIO PÚBLICO, JUNTO COM REITOR DA ESCOLA, por Rodrigo Constantino, do Instituto Liberal"

O Psol é barriga de aluguel do PT.
Violeiro de Codó
13/03/2017 14:44
Sr. Herculano

O EIKE (amiguinho de fé e irmão camarada do Lulaladrão) ESTÁ ARREPENDIDO POR TER SE APRESENTADO À LAVA JATO.

Quem mandou ser bandido.
Se não fosse, passava pela vida sem ter se quer pisado nas inesquecíveis dependências de Bangu.
Sidnei Luis Reinert
13/03/2017 12:18
Um arcebispo italiano perto do Papa Bento XVI afirmou que a administração Obama pode ter sido cúmplice das "tremendas pressões" que levaram o ex-papa a renunciar em 2013.

Não é "coincidência" que alguns grupos católicos "pediram ao Presidente Trump que abra uma comissão de inquérito para investigar se a administração de Barack Obama exerceu pressão sobre Bento XVI", disse o arcebispo Luigi Negri em uma entrevista segunda-feira, citando outras revelações por Wikileaks sobre Os esforços do Partido Democrata para influenciar a direção da Igreja Católica nos Estados Unidos.

"Ele permanece envolto em mistério por enquanto", disse ele à imprensa Rimini 2.0, "mas estou certo de que os responsáveis ??serão descobertos".

O arcebispo fazia referência a uma carta escrita por um grupo de católicos norte-americanos ao presidente Trump no último mês de janeiro pedindo que a administração conduzisse uma investigação sobre uma possível conspiração Soros-Obama-Clinton por trás da renúncia do papa Bento XVI.

A carta declarou especificamente que "temos razões para acreditar que uma mudança de regime do Vaticano" foi projetada pela administração Obama ".

Aproximadamente um ano depois de uma conversa por e-mail divulgada pelo Wikileaks, os autores argumentam que "encontramos que o Papa Bento XVI abdicou sob circunstâncias muito incomuns e foi substituído por um papa cuja aparente missão é fornecer um componente espiritual à agenda ideológica radical A esquerda internacional ".

Em revelações surpreendentes em outubro passado, o chefe da campanha de Clinton, John Podesta, descobriu que criou falsas organizações "católicas" para usar os líderes da Igreja para promover uma agenda liberal no Congresso e promover a agenda do Partido Democrata.

No meio das centenas de e-mails de John Podesta lançados pelo Wikileaks, um continha um relatório dos católicos da Aliança pelo Bem Comum, uma associação católica falsa fundada por Podesta para provocar uma revolução na Igreja Católica.

O diretor-executivo da organização, Christopher J. Hale, referiu-se à "árdua preparação do grupo para a viagem apostólica do Papa Francisco aos EUA".

Junto com os esforços para infiltrar a hierarquia da Igreja, a colusão da organização com a administração Obama também ficou evidente no relatório de Hale.

"Eu falei com a Casa Branca ontem e eles nos asseguram que o apelido dos meios de comunicação nos chamando de 'God Squad' não é apenas nothings doces, mas na verdade uma avaliação justa da diferença substancial que estamos fazendo nesta conversa", escreveu ele.

O Arcebispo de Filadélfia, Charles Chaput, descreveu um encontro com dois membros da outra organização "católica" que Podesta afirma ter fundado - Católicos Unidos. Em um ensaio publicado, o arcebispo descreveu uma metodologia assustadoramente semelhante àquela empregada pelos católicos na Aliança.

Chaput disse que os dois homens eram "flacks óbvios para a campanha de Obama eo Partido democrata - criaturas de uma máquina política, não homens da igreja," que mostraram "talentos notáveis ??do servil partisan hustling."

Em uma declaração separada, o chefe da Conferência Episcopal dos EUA, Dom Joseph E. Kurtz, emitiu uma acusação contra a equipe de Clinton, chamando-os por interferirem na autogestão da Igreja para "ganhos políticos de curto prazo".

Kurtz sugeriu que as ações de Podesta na criação de grupos de lobby "católicos" para o Partido Democrata constituíam uma violação da liberdade religiosa, "um dos princípios fundadores da nossa república", que garante o direito das comunidades de fé de "preservar a integridade de suas crenças e Auto-governança adequada ".

Na sua entrevista, Dom Negri disse ter visitado o papa Bento XVI "várias vezes" desde a renúncia do pontífice em 2013. Negri renunciou no mês passado como arcebispo de Ferrara-Comacchio, um posto que lhe foi atribuído pelo papa Bento XVI, ao atingir a idade de reforma obrigatória 75.

O arcebispo Negri não atribuiu toda a culpa pela renúncia de Bento XVI à administração Obama, mas disse estar "certo de que a verdade surgirá um dia mostrando grave responsabilidade tanto dentro como fora do Vaticano".
Sidnei Luis Reinert
13/03/2017 12:11
E se Lula voltar a ser Presidente?


Edição do Alerta Total ?" www.alertatotal.net
Por Jorge Serrão - serrao@alertatotal.net

A pergunta que mais encagaça a politicagem brasileira não é quem está na lista do Procurador-Geral da República, a partir das 78 delações premiadas da Odebrech. A grande novidade é quem conseguirá ficar de fora da denúncia que deve ser oferecida nesta segunda-feira por Rodrigo Janot, envolvendo a turma com foro privilegiado na Lava Jato. Já circula uma brincadeira nas redes sociais advertindo que Paulo Maluf (eternamente vilanizado pela petelândia) não aparece na apavorante listagem...

Menos eletrizante que a lista de Janot ?" já que todos os corruptos profissionais sabem que estão nela ?" é a expectativa sobre o depoimento de Luiz Inácio Lula da Silva, no dia 3 de maio, ao juiz Sérgio Fernando Moro. A malandra petelândia já tira até proveito do encontro forçado que pode ser juridicamente trágico. A cúpula do PT insiste para que Lula anuncie que concorrerá, pela sexta vez, ao Palácio do Planalto, alguns dias antes de sentar na 13ª Vara Federal da tal "República de Curitiba".

Lula depende da própria vontade para concorrer. No entanto, independe dele se terá condições legais para a aventura. Lula é tido como a cereja do bolo da Lava Jato, com grande chance de acabar condenado. O raciocínio é: se pegaram Sérgio Cabral Filho, imagina o que pode acontecer com o chefão de José Dirceu, Antônio Palocci e tantos tesoureiros petistas já condenados e sem previsão de deixar a cadeia tão cedo?

Nunca se pode nem deve subestimar Luiz Inácio Lula da Silva. No entanto, é bom deixar claro que o prazo de validade dele já acabou há muito tempo. O nome dele não interessa mais ao poder globalitário financeiro que controla o Brasil. Ou seja, ele é peça absolutamente descartável e carta completamente fora do baralho ?" exceto na cabeça de seus fiéis seguidores. O tal "Queremismo" (Queremos Lula) não tem consistência. É um desejo de gente fanática, sem noção ou corrupta.

Apesar de descartado, nada impedirá que faça muito barulho, sobretudo contra Michel Temer ?" que considera um traidor. Lula só pode ser contido, de verdade, se acabar condenado por Sérgio Moro. Assim mesmo, como sempre faz, ainda pode tirar proveito de ter sido transformado em vítima.

Independentemente do futuro de Lula, vamos mergulhar em uma etapa de radicalização política até a eleição de 2018.
Edu Pena
13/03/2017 12:01
Herculano

Parabéns por ter esquecido nosso executivo.
Herculano
13/03/2017 07:08
A DEFESA COMBINADA

Conteúdo de O Antagonista. Os depoimentos da Odebrecht devem ocorrer a partir de 9h30.

Sergio Moro é pontual.

Mas José Roberto Batochio certamente fará de tudo para tumultuar o julgamento.

Além de ser advogado de Antonio Palocci, ele é advogado também de Lula e Guido Mantega.
Herculano
13/03/2017 07:03
EIKE ESTÁ ARREPENDIDO POR TER SE APRESENTADO À LAVA JATO

Conteúdo de Veja. Texto de Gabriel Mascarenhas. Ele avalia que entregou informações aos investigadores, sem receber nada em troca

Eike Batista até hoje se martiriza pelo dia em que procurou a força-tarefa da Lava Jato em Curitiba, em maio de 2016.

Hoje, o empresário detento sabe que não adiantou nada ter se apresentado espontaneamente para prestar depoimento. Oito meses depois, foi preso. Eike avalia que entregou parte de seu arsenal de informações, sem obter nada em troca.

Se pudesse voltar no tempo, já naquela ocasião, ele teria apresentado um acordo de delação premiada e possivelmente, morrido sem conhecer as inesquecíveis dependências de Bangu
Herculano
13/03/2017 06:55
O VERDADEIRO LEGADO DE LULA, editorial do jornal O Estado de S. Paulo

No mesmo dia em que tomou conhecimento do escabroso volume de dinheiro sujo usado pela Odebrecht para, no dizer do ministro Herman Benjamin, do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), "apropriar-se do poder público", o País foi apresentado ao resultado negativo do Produto Interno Bruto (PIB) de 2016. Poderiam ser dois dados estanques que apenas por uma infeliz coincidência vieram à luz ao mesmo tempo. Mas não são. Está-se diante do mais eloquente painel do desastre que representou o governo do ex-presidente Lula da Silva, um tétrico quadro dos males infligidos aos brasileiros pelo lulopetismo.

É este o verdadeiro legado de Lula - a pior recessão econômica desde 1948, quando o PIB passou a ser calculado pelo IBGE, e uma rede de corrupção sem precedentes, cuja voracidade por dinheiro público parece não ter deixado incólume sequer uma fresta do Estado Democrático de Direito.

Em depoimento prestado ao TSE no processo que apura o abuso de poder econômico da chapa Dilma-Temer na última eleição presidencial, Hilberto Mascarenhas Filho, ex-executivo da Odebrecht, afirmou que entre 2006 e 2014 a empreiteira destinou US$ 3,4 bilhões - mais de R$ 10 bilhões ?" para o financiamento de campanhas eleitorais por meio de caixa 2 e para o pagamento de propinas, no Brasil e no exterior, como contrapartida ao favorecimento dos negócios da empresa por agentes públicos.

Igualmente grave foi a divulgação da queda de 3,6% do Produto Interno Bruto no ano passado, embora este resultado já fosse previsto pelo mercado. Em 2015, a retração da atividade econômica havia sido ainda mais expressiva ?" 3,8% ?", de modo que os dois últimos anos representaram um encolhimento de 7,2% da economia brasileira. Considerando o crescimento da população no período, em média, os brasileiros ficaram 11% mais pobres no último biênio.

Alguns analistas atribuem parte da responsabilidade pelo resultado negativo de 2016 ao presidente Michel Temer, tendo-se em vista que em maio do ano passado ele assumiu o governo após a aceitação, pelo Senado, da abertura do processo de impeachment contra a ex-presidente Dilma Rousseff. É caso de desinformação, uma absoluta ignorância da dimensão do dano causado às contas públicas por seus antecessores, ou simplesmente malícia. Aqueles que não deixam a catarata ideológica obnubilar a clareza dos números não têm maiores dificuldades em responsabilizar os que, de fato, devem ser responsabilizados. A profunda crise econômica por que passa o País é resultado direto da mais nociva combinação de atributos que pode se esperar em um governante: inépcia e má-fé.

Lula é corresponsável pelos crimes cometidos por Dilma Rousseff, que, com justiça, lhe custaram o cargo. Mais do que uma escolha, Dilma foi uma imposição de Lula ao PT como a candidata do partido nas eleições de 2010. Jactava-se Lula de ser capaz de "eleger até um poste". De fato, elegeu um, que tombou deixando um rastro de destruição.

Estivesse verdadeiramente imbuído do espírito público que anima os estadistas que escrevem as melhores páginas da História, Lula poderia ter conduzido o País na direção daquilo que por muito tempo não passou de sonho. Nenhum governante antes dele reuniu apoio popular, apoio congressual - hoje se sabe a que preço -, habilidade política e uma conjuntura internacional favorável, tanto do ponto de vista macroeconômico como pessoal. O simbolismo de sua ascensão ao poder era, a priori, um fator de boa vontade e simpatia. Todavia, apresentado aos caminhos históricos que poderia trilhar, Lula optou pelo próprio amesquinhamento, para garantir para si, sua família e apaniguados uma vida materialmente confortável.

Cada vez mais enredado na teia da Operação Lava Jato, Lula apressa-se em lançar sua candidatura à Presidência em 2018. Como lhe falta a substância da defesa jurídica bem fundamentada ?" tão fortes são os indícios de crimes cometidos por ele apurados até aqui ?", resta-lhe o discurso político como derradeiro recurso.

Se condenado em segunda instância, Lula ficará inelegível pela Lei da Ficha Limpa. Mas se o tempo da Justiça não for o tempo da próxima eleição, que a retidão dos brasileiros genuinamente comprometidos com a construção de um País melhor seja implacável no julgamento das urnas.
Herculano
13/03/2017 06:38
RECANDIDATURA DE JANOT IRRITA GRUPO DE PROCURADORES E AMIMA OS INVESTIGADOS, por Josias de Souza

O desejo do procurador-geral Rodrigo Janot de se recandidatar ao cargo fez dele um alvo de críticas e maledicências. Em privado, procuradores contrários à ideia de conceder um terceiro mandato de dois anos a Janot o acusam de colocar a Lava Jato a serviço de sua vaidade. No Senado, investigados que têm poderes constitucionais para rejeitar a recondução de Janot enxergam na movimentação do personagem uma oportunidade a ser aproveitada.

Embora não admita em público, Janot se prepara para disputar a cabeça da lista tríplice de candidatos à chefia do Ministério Público Federal. A relação irá à mesa de Michel Temer, a quem caberá escolher um nome para submeter à apreciação do Senado em setembro, quando termina o segundo mandato de Janot. A antecipação do debate eletrifica os porões da Procuradoria num instante em que a Lava Jato muda de patamar com a deflagração dos inquéritos decorrentes das delações da Odebrecht.

Os procuradores vivem algo muito parecido com um racha. O pedaço da corporação que se opõe à continuidade de Janot alega que o grupo do procurador-geral escora sua recandidatura num falso argumento. Nessa versão, os partidários de Janot sustentariam a tese de que a permanência dele é indispensável à condução dos processos da Lava Jato. Seus opositores enxergam nessa pregação um quê de onipotência e de presunção.

"A tese flerta com a onipotência porque pressupõe a inexistência na Procuradoria de pessoas capazes de substituir um procurador-geral dotado de poderes absolutos", disse a coluna um dos colegas que olham para Janot de esguelha. "A tese embute uma certa presunção porque a lentidão da Lava Jato em Brasília é uma evidência de que todos estão sujeitos à condição humana. Há muito por ser aprimorado na coordenação dessa investigação. E o Janot deveria estar concentrado nissso."

Mantido o desejo continuísta, Janot terá de contar com a boa vontade de políticos encrencados. Se for indicado pelo delatado Michel Temer, precisará passar novamente pelo crivo de um Senado apinhado de investigados. Que podem rejeitar sua recondução ou cozinhá-la em banho-maria, para obter algum tipo de concessão. Um movimento como esse levaria às fronteiras do paroxismo o esforço da turma que gostaria de "estancar a sangria.".

A oligarquia política já mostrou do que é capaz ao acomodar dez investigados da Lava Jato na Comissão de Constituição e Justiça do Senado, responsável pela sabatina de candidatos a procurador-geral. O rol de encrencados inclui o senador Edison Lobão (PMDB-MA), que foi escolhido por seus pares para presidir o colegiado. Janot dependerá do voto dessa gente, que saboreia desde logo a ilusão de ter o xerife da Lava Jato na mão.
Herculano
13/03/2017 06:27
À ESPERA DE DELAÇÕES, TEMER LANÇA MÃO DE ESTRATÉGIA PARA SOBREVIVER ATÉ 2018, por Leandro Colon, no jornal Folha de S. Paulo

À espera do terremoto da Odebrecht, que pode ter início nesta segunda-feira (13), o presidente Michel Temer lança mão das estratégias para sobreviver até 2018.

A primeira delas é tentar mostrar que o governo não vai parar com a revelação das delações que atingem o coração do PMDB e gabinetes de alto escalão do Palácio do Planalto.

Na semana passada, em meio à expectativa da divulgação da lista de investigados, Temer foi à Paraíba visitar obras da transposição do rio São Francisco. E outras viagens estão previstas por ele no curto prazo.

Ao mesmo tempo, o presidente busca um diálogo tête-à-tête com a imprensa. Tem dado entrevistas e conversado com os jornalistas que cobrem o seu governo diariamente.

Outro passo está no Congresso. Extremamente impopular do lado de fora, Temer aposta na maioria ampla de sua base aliada para garantir a aprovação de reformas essenciais, como a da Previdência.

Mesmo que a proposta venha a ser alterada em pontos relevantes, o que vale para o Planalto é aprová-la.

A Fazenda é mais uma trincheira. O pesadelo da Odebrecht e o processo de cassação da chapa Dilma-Temer não causam, por ora, desconforto à rotina de Henrique Meirelles.

Ao contrário do fogo amigo disparado contra Joaquim Levy no governo Dilma, Meirelles trabalha sem que o Planalto meta o bedelho ?"até porque quem poderia fazê-lo, Eliseu Padilha, alvo de delatores, está com um pé fora do governo.

A aposta nos bastidores em Brasília é que dificilmente a chapa Dilma-Temer será cassada, apesar do voto neste sentido que deve ser dado pelo relator, Herman Benjamin (TSE).

Se a estratégia der certo, Temer chegará ao fim de 2018 impopular, talvez um tanto isolado, mas celebrando uma economia com sinais de fôlego e as reformas aprovadas.

Um balanço positivo para quem terá governado com o apoio de protagonistas dos capítulos policiais mais constrangedores da Lava Jato.
Herculano
13/03/2017 06:24
CÂMARA TEM 513 DEPUTADOS, MAS PAGAMOS A 1.476, por Cláudio Humberto, na coluna que publicou hoje nos jornais brasileiros.

A legislação prevê 513 vagas para deputados federais eleitos nos 26 Estados e no Distrito Federal, mas o dinheiro do contribuinte é usado para pagar um total de 1.476, quase o triplo. A conta inclui, além dos deputados atuais, 501 que são aposentados, número correspondente a outra Câmara), além de 515 beneficiários que recebem pensão devido ao falecimento de 462 deputados que já exerceram mandato na Casa. Na Câmara, deputados podem se aposentar a partir de dois anos de mandato, fazendo opção pelo Plano de Seguridade Social dos Congressistas (PSSC).

Ê VIDÃO...
Cada deputado ganha por mês R$33.763, além de imóvel funcional ou auxílio-moradia de R$ 5.253 e até R$ 45 mil em despesas ressarcidas.

O CÉU É O LIMITE
A Câmara já deu posse a 554 deputados, entre titulares e suplentes, desde a eleição de 2014, apesar de só existirem 513 vagas.

NA CONTA DA VIÚVA
Além das regalias, deputados federais dispõem franquias de selos, telefones e passagens aéreas, inclusive os que moram em Brasília.

CÂMARA PARALELA
Segundo o departamento de pessoal da Câmara havia, em dezembro do ano passado, 501 deputados aposentados. Quase outra Câmara.

DIÁRIAS E CARTÕES JÁ CONSUMIRAM R$ 20 MILHÕES
O governo Michel Temer pagou R$ 13,5 milhões em diárias no mês de janeiro deste ano a servidores, que também torraram outros R$ 6 milhões com cartões corporativos nos primeiros dois meses do ano. No mesmo período, sob comando da ex-presidente Dilma, em 2015, o gasto com cartões superou os R$ 7 milhões e o valor pago em diárias foi de mais de R$ 48 milhões por mês, em média.

COMPARAÇÃO
No governo atual em relação ao governo petista houve redução de 72% com gastos de diárias de servidores e 15% com cartões corporativos.

FARRA
Durante governos do PT, o uso dos cartões foi alvo de chuva de denúncias por gastos com tapioca etc: R$ 689 milhões em 14 anos

SIGILO
Durante o governo Lula, para evitar a fiscalização, foi criada uma lei que esconde mais de 90% dos gastos de quem os paga: o contribuinte.

MAIS OU MENOS CONHECIDO
O prefeito João Dória Jr já não é um ilustre desconhecido no Nordeste. Se a eleição presidencial fosse hoje e ele o candidato do PSDB, teria 4% dos votos em Alagoas, de acordo com levantamento do Paraná Pesquisa. Ele tinha 4% no início da campanha à prefeitura paulistana.

À DORÊ
O ex-presidente Lula será ouvido, mais uma vez, pelo rigoroso juiz federal Vallisney de Souza Oliveira. O depoimento do petista está marcado para a próxima terça-feira (14), às 10h, na capital.

EXPECTATIVA
É grande a expectativa em Brasília pela da "Lista Janot 2", nesta segunda-feira, com nomes de políticos citados nas delações dos 77 executivos da empreiteira Odebrecht, a mais enrolada da Lava Jato.

BENDITA SOIS
As assembleias legislativas de Amazonas, Rondônia e Mato Grosso quase não têm mulheres. Em cada uma dessas Casas Legislativas, só uma única deputada e 23 deputados.

PÚBLICO E DE BOA QUALIDADE
Na contramão das críticas à saúde pública, o HRAN (Hospital da Asa Norte), em Brasília, tem sido elogiado pelos pacientes, surpreendidos pelo nível de atendimento e qualidade dos equipamentos à disposição.

BEM NA FITA
A Advogada-Geral da União, Grace Mendonça, é muito bem avaliada pelos colegas no governo federal. Ela tem sido figura constante em reuniões palacianas e se tornou a mulher forte do governo Temer.

POSSE NO STM
O Superior Tribunal Militar (STM) vai empossar, dia 16, às 17h, seu novo presidente, ministro José Coelho Ferreira, e, na vice-presidência o ministro general de Exército Lúcio Mário Barros Góes.

PRESSÃO FUNCIONOU
Depois de protesto de servidores, a diretoria-geral da Câmara dos Deputados desistiu de cortar funções e gratificações dos concursados para liberar espaço no orçamento para comissionados e apadrinhados.

PENSANDO BEM...
...já é março e na Esplanada o ano mal começou.
Herculano
13/03/2017 06:18
COMPRAR OU NÃO COMPRAR SEGURO DE VIDA, EIS A QUESTÃO, por Márcia Dessen, planejadora financeira pessoal, para o jornal Folha de S. Paulo

Sabemos que vamos morrer um dia. O que não sabemos é quando e como vamos morrer. Quanto mais prematuro for, maior será o impacto financeiro para a família com patrimônio insuficiente para substituir a renda do provedor que partiu.

Não é possível evitar a morte, mas é possível proteger nossos entes queridos até que sejam independen- tes financeiramente. O produto que oferece essa proteção é o seguro de vida e existem duas formas de adquiri-lo.

Quer ter um seguro de vida com cobertura de R$ 1 milhão? Você pode comprar essa proteção a partir de hoje e pagar R$ 800 por mês para o resto da vida. Ou pode in- vestir R$ 800 por mês e acumular R$ 1 milhão em 30 anos. Entendeu a diferença?

No primeiro caso, o risco e o dinheiro são da seguradora. Se você ficar inválido, a seguradora paga a você por sobrevivência; se você morrer, paga aos seus herdeiros. Se você desistir do seguro, o dinheiro não volta, fica para seguradora em razão do risco que ela assumiu.

No segundo caso, o risco e o dinheiro são seus, mas o problema é que vai demorar um tempão para acumular R$ 1 milhão. O dinheiro pode ser resgatado e usado como você quiser, ele é seu. Mas, se o risco de morte ou invalidez acontecer no início da fase de acumulação do dinheiro, você terá pouco dinheiro guardado.

Esta é a pergunta cruel: compro um seguro de vida agora para garantir uma cobertura alta desde já ou assumo o risco e corro o risco de morrer cedo deixando pouco dinheiro para meus herdeiros? Se a decisão for comprar um seguro, outra pergunta difícil: que tipo de seguro comprar?

O seguro de vida tradicional cobre o risco de morte por qualquer causa, natural ou acidental, e também o risco de invalidez que impede o segurado de trabalhar e ganhar dinheiro. Nessa modalidade, o valor do prêmio é corrigido de acordo com a faixa etária. Quanto maior a idade, maior será o custo de manter a apólice. José contratou um seguro de vida inteira aos 35 anos pagando um prêmio mensal de R$ 115. Aos 65 anos, o prêmio se aproxima de R$ 1.750. Se ele parar de pagar, perde tudo o que pagou.

Quer evitar a elevação do custo com a idade? Considere a compra de um seguro de vida resgatável que protege a vida inteira e concede o direito de resgate após carência de dois anos. O prêmio inicial é maior, mas não muda conforme a faixa etária. Se o segurado parar de pagar, receberá um percentual de tudo que pagou. No caso de José, por exemplo, o prêmio fixo da apólice seria de R$ 1.130, e, se ele resgatar aos 65 anos, receberá cerca de 90% do prêmio pago.

Pedro e Fernanda, 35 anos, são recém-casados e pretendem ter dois filhos, em breve. Não acham que precisam de seguro de vida inteira e estão pensando em outro tipo de seguro. Querem cobrir o risco de morte ou invalidez somente durante o período mais crítico, em que o impacto seria muito elevado para a família se algo de grave acontecer com o principal provedor.

Como querem garantir a tranquilidade da família para os próximos 20 anos, tempo estimado de criação e educação dos filhos, decidiram contratar um seguro de vida pelo prazo determinado de 20 anos. Ideia de custo? Se Pedro contratar um seguro termo por 20 anos, pagará R$ 175 por mês. Esse tipo de seguro não é resgatável e não tem reenquadramento por faixa etária.

Carlos trabalha por conta própria e corre o risco de sofrer um acidente que o impeça de trabalhar e ter sua renda interrompida por uns tempos. Cogita comprar um seguro, mas não quer gastar muito com o prêmio. Está avaliando a compra de um seguro de acidentes pessoais para se proteger do risco de invalidez permanente, total ou parcial, decorrente de acidente. Como a cobertura desse seguro é menor, o custo também é.

Está em dúvida sobre a necessidade de ter ou não um seguro? Tem vontade e orçamento para contratar um seguro, mas não sabe escolher o mais adequado? Um corretor de seguros é o profissional mais adequado para te orientar. E também um planejador financeiro certificado que abarca várias competências, avaliação de riscos, entre elas. Como Regina Pratavieira, que reúne as duas competências e fez a revisão técnica deste artigo
Herculano
13/03/2017 06:12
AMANHÃ É DIA DE COLUNA OLHANDO A MARÉ INÉDITA E ESPECIAL PARA OS LEITORES E LEITORAS DO PORTAL CRUZEIRO DO VALE, EXPONDO AS FRAQUEZAS E CONTRADIÇÕES DO PODER DE PLANTÃO EM GASPAR E ILHOTA
herculano
13/03/2017 06:09
POLÍTICOS TÊM POUCO A FAZER PARA MELAR A LAVA JATO, por Vinicius Mota, no jornal Folha de S. Paulo

Não é de hoje que políticos ameaçados pela Lava Jato cogitam de resolver seus problemas judiciais num só chofre. A questão é saber se lhes restou instrumento para alcançar o objetivo.

O julgamento do mensalão já havia bloqueado o caminho da canetada judicial atômica, como a que liquidou em 2010 a operação Castelo de Areia. A própria ideia de tratar o mensalão como falta menor, meio alternativo de custear campanhas, acabou vencida pela maioria do Supremo.

A jurisprudência agora, além de mais ponderada diante de erros formais da investigação, vai direto ao ponto: houve corrupção? Não há digressão sobre caixa 1 e caixa 2 capaz de absolver um réu se o juiz assentir a essa pergunta fundamental.

A muito discutida aceitação da denúncia contra o senador Valdir Raupp em nada inova. A segunda turma do STF admitiu por unanimidade abrir o processo pela acusação de corrupção. Gilmar Mendes e Dias Toffoli, suspeitos de sempre de integrar o "acordão", não foram exceção.

A dupla de ministros recusou a imputação de lavagem de dinheiro. Para Toffoli, esse crime só se configura após a recepção de um recurso ilegal, e Raupp não havia recebido o dinheiro antes de ele ser repassado à campanha. Embora o precedente do mensalão pareça fortalecer o ponto de Toffoli, a maioria dos ministros da turma acatou também a denúncia de lavagem.

O debate judicial é mais sutil e razoável do que faz crer o barulho estimulado por políticos aflitos. Há pouca diferença entre os julgadores nos temas cruciais. Sendo sobretudo interpretativa, a divergência em torno do aspecto lateral da lavagem dificilmente será desfeita com novas leis.

Para estancar a sangria, os parlamentares deveriam estar dispostos a aprovar uma anistia não ao caixa 2, como se ventila, mas aos crimes de corrupção e lavagem. Estão, contudo, impedidos pelas circunstâncias de materializar esse desejo.
Renato
12/03/2017 19:38
Primeiro embate na Câmara?

Parecer da Comissão de Legislação, Justiça, Cidadania e Redação, ratificando o Parecer do Relator Geral ao Projeto de Lei nº 1/2017, de autoria do Executivo Municipal, que INSTITUI GRATIFICAÇÃO POR EXERCÍCIO DE ATIVIDADE ESPECIAL NA COORDENADORIA MUNICIPAL DE DEFESA CIVIL DO MUNICÍPIO DE GASPAR.
Observação 1: O Parecer do Relator Geral foi pelo arquivamento deste projeto de lei, nos termos do artigo 57, parágrafo primeiro, do Regimento Interno.
Observação 2: A Comissão, pela maioria dos seus membros votantes, opinou:
(x) pela ratificação do parecer do Relator Geral nos termos do art. 58, inciso IV, alínea "a" , do Regimento Interno da Câmara Municipal de Gaspar, uma vez tratar-se de matéria ilegal e inconstitucional e, nos termos do parágrafo 1º do artigo 57 do Regimento Interno, delibera pela inadmissibilidade total da proposição e, consequentemente, por seu arquivamento.
Observação 3: Lembra-se que, nos termos do artigo 57, parágrafo 3º do Regimento Interno, o referido projeto de lei será definitivamente arquivado, se o Parecer da Comissão de Legislação for aprovado pelo Plenário. Caso o Parecer for rejeitado, o projeto de lei seguirá sua tramitação regimental.
Destino: o Parecer da Comissão de Legislação, Justiça, Cidadania e Redação ao Projeto de Lei nº 1/2017 está em única discussão.
O Parecer da Comissão de Legislação, Justiça, Cidadania e Redação ao Projeto de Lei nº 1/2017 está em única votação.
Herculano
12/03/2017 15:46
NA CORTE DO REI ARTUR, por Fernando Gabeira, no Jornal O Globo

Janot decidiu não quebrar o sigilo da ação internacional da Odebrecht: é o que dizem os jornais

As revelações dos dirigentes da Odebrecht inauguram a fase da tsunami que deverá levar o Brasil a reformar seu sistema político. Não podia dar certo. A Odebrecht deu R$ 10,5 bilhões aos políticos. De um modo geral, ela ganha quatro vezes o valor de suas propinas. Uma só empresa, portanto, deve ter faturado R$ 42 bilhões de vantagem nessas operações. Janot decidiu não quebrar o sigilo da ação internacional da Odebrecht: é o que dizem os jornais. Isso esconderia um pedaço do Brasil por algum tempo.

É um pedaço tão sinistro que, no futuro, de alguma forma, o país terá que se desculpar por ele. Interferência em seis processos eleitorais estrangeiros, compra de ministros e até de presidentes, como no Peru ?" tudo isso é um escândalo sem precedentes. Ele vai se tornar muito mais grave se concluirmos que a Odebrecht foi financiada pelo BNDES. A corrupção no continente e na África era movida com dinheiro oficial, um eufemismo para dinheiro do povo.

Os danos à imagem do Brasil, infelizmente, não se esgotam nessa trama que Janot, aparentemente, quer manter em sigilo. O jornal "Le Monde", numa reportagem de grande repercussão, afirmou que o Brasil teria comprado a escolha do Rio para a Olimpíada. Um empresário brasileiro depositou cerca de US$ 1,5 milhão na conta de um dirigente do COI. Nesta semana, um dos envolvidos no episódio, Frank Fredericks, pediu demissão. Ele monitorava o sorteio e levou US$ 300 mil. O mais interessante da história é o personagem que surgiu como o corruptor ativo, o empresário brasileiro Arthur César de Menezes Soares Filho, velho conhecido da política fluminense: o Rei Artur. Ele era dono da Facility e tinha amplos negócios com o governo Cabral. Eram amigos. Lá fora, isso não importa. O que as pessoas guardam é a ideia de que o Brasil comprou a Olimpíada.

Se chamo a atenção para as manchas na imagem do país é porque realmente me sinto um pouco confuso sobre o país em que estou vivendo. Em 1949, os norte-americanos fizeram um filme chamado "Na corte do Rei Artur". É a história de um mecânico que leva um golpe na cabeça e acorda na corte do Rei Artur, no século XVI, e se apaixona por Alessandra. São os artifícios da máquina do tempo. Agora, levamos uma pancada na cabeça e acordamos na corte do Rei Artur, uma versão pós-moderna na qual o melhor amigo do rei é, na verdade, o Tio Patinhas, Sérgio Cabral, que estocava dinheiro, joia, ouro, diamante, quem sabe um dia para despejá-los em sua piscina de Mangaratiba.

Sempre se falou no Rei Artur e em seus negócios escusos. Mas comprar uma Olimpíada é algo que surpreende pela audácia, assim como surpreende pela audácia a fortuna de seu amigo, que considerávamos apenas um corrupto de médio porte. Nesse livre devaneio, a corte do Rei Artur se estende por todo o país. Levamos uma pancada na cabeça e constatamos que o sistema partidário brasileiro está em vias de desaparecimento.

Marcelo Odebrecht, bobo da corte? É um luxo mesmo para um lugar com tanta esperteza. Literalmente, essas empresas devem ter roubado do Brasil o valor do déficit orçamentário deste ano, R$ 139 bilhões. Associadas a um governo corrupto, roubaram tudo o que podiam aqui e, com uma parte do dinheiro, foram comprar autoridades lá fora. E como se não bastasse, o tronco fluminense teria comprado uma Olimpíada, uma festa internacional teoricamente voltada a estimular valores éticos e fraternidade entre os povos.

Finalmente roubaram também a limpidez da imagem do país no exterior. Esse sistema político partidário está pela hora da morte. A insistência da esquerda em negar o gigantesco processo de corrupção e o papel de Lula no seu comando é um dado imutável, mas, ao mesmo tempo, decisivo para as eleições de 2018. A autocrítica é uma saída que poderia fortalecer a esquerda a longo prazo, mas a tiraria do páreo. Por outro lado, o confronto com a avalanche de dados que surgem das delações e documentos é um caminho masoquista que vai arrasá-la ainda mais.

Apesar da pancada na cabeça que me levou à corte do Rei Artur, creio que posso imaginar paisagem depois da batalha ao acordar desse golpe. Passada a tsunami, o sistema partidário será levado na enxurrada ou terá de se abrigar em patamares éticos mais elevados, através de uma reforma.

E as eleições presidenciais brasileiras podem tomar, por caminhos diferentes, o mesmo rumo da francesa. Pela primeira vez, a tradicional alternativa esquerda-direita não irá ao segundo turno.

O chamado momento pós-ideológico não significa o fim do populismo, pois na França, assim como nos Estados Unidos, ele assume outras formas, canaliza o ressentimento popular e torna-se um dos atores principais do processo.

No filme "A corte do Rei Artur", o mecânico americano Frank Martin, de Connecticut, termina pedindo reformas no reino. Aqui, além de reformas, algumas prisões são necessárias, inclusive a do próprio rei.
Herculano
12/03/2017 15:44
A COBRANÇA DOS NETOS, por Celso Ming, no jornal O Estado de S. Paulo

Se essa reforma ficar apenas no cosmético e nas gambiarras, a atual geração corre o risco de ser acusada de egoísmo; a definição de um limite de idade é tecnicamente imprescindível

A reforma da Previdência Social é inevitável e inexorável, mas será incompleta.

Além disso, enfrenta grave potencial de conflito entre gerações e algumas grandes contradições. O que deixar de ser feito agora será dolorosamente cobrado no futuro, porque a conta será descarregada sobre os que vêm vindo aí.

Se essa reforma ficar apenas no cosmético e nas gambiarras, a atual geração corre o risco de ser acusada de egoísmo, de excessivamente acomodada e de falta de compromisso com filhos e netos. Quanto maior for o rombo futuro da Previdência, tanto maior será o tamanho da conta a ser descarregada sobre os que estiverem começando.

A definição de um limite de idade é tecnicamente imprescindível. Mas enfrenta uma contradição. Quanto mais tempo tiver de esticar sua vida ativa para fazer jus ao benefício da aposentadoria, tanto mais o trabalhador manterá fechada sua vaga para os que vêm depois. Em outras palavras, o aumento do limite de idade tende, por esse lado, a contribuir para o desemprego entre os mais jovens.

Essa conclusão não pode ser absolutizada porque, entre os problemas permanentes do mercado de trabalho em quase todos os setores, está a baixa oferta de emprego para os cinquentões. Esse é fator que tira importância à contradição anterior, mas leva a outra. Se não encontrar emprego depois dos 50 anos e tiver de esperar até os 65 anos para se aposentar, o trabalhador terá dificuldade em honrar sua contribuição para a Previdência e, nessas condições, não ajudará a cobrir o déficit.

Há quem argumente que essa faixa etária tende a migrar para o trabalho autônomo, especialmente para o setor de serviços. É o caso do metalúrgico que vira motorista do Uber ou o da funcionária de indústria têxtil que passa a vender cosméticos de porta em porta.

O problema aí é que, mesmo que esses autônomos garantam o pagamento da própria contribuição mensal para o INSS, ficará faltando a parte da empresa na cobertura do rombo.

Não é apenas o envelhecimento da população e outros determinismos demográficos (veja o gráfico) que vêm sabotando o esquema convencional de financiamento da Previdência. A radical metamorfose do emprego também contribui para isso. Toda atividade econômica enfrenta hoje revolução tecnológica altamente poupadora de mão de obra.




Infográficos/Estadão

A inteligência artificial, a internet das coisas, a tecnologia da informação e toda a parafernália digital vieram para ficar e por onde ficam fecham empregos. São os bancos que transformam celulares e iPads em agências bancárias; são as vendas do comércio pela internet que dispensam instalação de lojas e contratação de vendedores; é a nova arrumação da produção e a automação industrial que levam as empresas a operar com uma fração do contingente de funcionários com que operavam antes.

Ou seja, embora inevitável para conter a trajetória em direção à insolvência, a reforma da Previdência que vem aí será necessariamente insatisfatória. No dia seguinte à sua aprovação pelo Congresso, será necessário começar a pensar nas etapas seguintes, de maneira a não deixar as novas gerações na rua da amargura.
Herculano
12/03/2017 09:47
A RESISTÊNCIA DAS CORPORAÇÕES, por Marcos Lisboa, economista e presidente do Insper, para o jornal Folha de S. Paulo

Demandas salariais das forças de segurança ocasionalmente ultrapassam a negociação administrativa e repercutem na política.

A questão militar foi um dos motivadores da Proclamação da República. Um movimento em que o principal marechal apoiava a monarquia e o imperador até a véspera e a maioria da população terminou por ser excluída do processo eleitoral.

O golpe de 64, que inaugurou uma longa ditadura, foi antecedido pelas virulentas manifestações de militares de todos os andares, nas mais diversas direções.

A extrema esquerda e a extrema direita, no Brasil, divergem nas alianças que fazem, mas compartilham muito da agenda econômica e do desrespeito ao Estado de Direito para impor as suas demandas.

Ambas são nacionalistas, protecionistas, acreditam na capacidade do Estado em liderar o desenvolvimento econômico e têm pouca confiança nos mecanismos democráticos de mediação de conflitos.

Existem muitos exemplos da resistência de algumas corporações ao ajuste necessário decorrente de um poder público que prometeu mais do que pode oferecer. Empresários rejeitam discutir os benefícios obtidos nos últimos anos, como desonerações ou incentivos fiscais. Grupos de servidores reagem a medidas de ajuste, como no Paraná em 2015 ou no Piauí em 2016.

Recentemente, houve a paralisação da Polícia Militar no Espírito Santo, o que é proibido pela Constituição. Os agentes, com salários em dia graças ao ajuste fiscal, pleiteavam reajustes inviáveis diante da queda de receita.

Segundo investigação da Polícia Federal, reportada pelo jornal "O Estado de S. Paulo", havia uma rede de apoio ao movimento, incluindo vários deputados federais que compartilham uma agenda identificada com a extrema direita.

O governo não cedeu e a paralisação foi interrompida. Centenas de policiais estão sendo processados, alguns presos.

Esse conflito exemplifica as consequências de um ajuste fiscal organizado. As corporações reagem, em alguns casos com o inaceitável sacrifício de inocentes, mas seu poder de barganha é reduzido. A transparência e o ajuste compartilhado auxiliam resistir à demanda por benefícios dos grupos organizados em detrimento da maioria.

Outros governos estaduais, porém, cedem às corporações, e o resultado é uma crise fiscal desorganizada. Alguns obtêm reajustes e recebem seus salários em dia, enquanto os demais sofrem com atrasos nos pagamentos.

A resposta desorganizada lembra as consequências da alta inflação dos anos 1980, em que grupos de interesse conseguiam reajustes ou subsídios e a conta era paga de forma difusa pelo restante da sociedade, com a perda de renda real e a deterioração da economia.
Herculano
12/03/2017 09:41
PROCESSO DO TSE REVELA QUE O CRIME COMPENSA, por Josias de Souza

Em conversa com um amigo, o ministro Herman Benjamin, do Tribunal Superior Eleitoral, chamou de "kafkiano" o processo que mantém sub judice a Presidência de Michel Temer. A definição é inexata. Na verdade, o processo é pós-kafkiano. O barulhinho que se ouve ao fundo é o ruído de Franz Kafka se contorcendo no túmulo ao perceber que o absurdo perturbador de sua ficção foi superado por uma história fantástica passada num país imaginário. Uma história bem brasileira.

A realidade dos autos relatados pelo ministro Benjamin está cada vez mais inacreditável. O interesse pelo julgamento do processo diminui na proporção direta do aumento das evidências de que a vitória de 2014 foi bancada com dinheiro roubado da Petrobras. Autor da ação que pede a cassação da chapa Dilma Rousseff?"Michel Temer, o PSDB anda tão ocupado em salvar o país que já não tem tempo para cobrar a punição dos crimes que apontou.

O tucanato tornou-se o esteio do governo Temer. O derrotado Aécio Neves virou um levantador de ministros. O vice-derrotado Aloysio Nunes Ferreira acaba de ser nomeado chanceler. Na oposição, o PSDB era incapaz de reconhecer a honestidade dos governantes. No governo, esqueceu que o PMDB é incapaz de demonstrá-la. Todo o dinheiro sujo que a Odebrecht investiu em 2014 não daria para vestir 1% das desculpas esfarrapadas dos tucanos para conspirar contra a lógica no TSE.

Devolvida a Porto Alegre e à sua insignificância, Dilma Rousseff entregou-se a duas atividades. Quando não está cuidando dos netos, dedica-se a denunciar o "golpe". No TSE, os defensores de madame se juntam aos advogados de Michel Temer numa tabelinha a favor da protelação. Difícil saber se golpeados e golpistas fogem de um julgamento rápido por que são capazes de tudo ou por que são incapazes de todo.

Há mais: Temer, o processado, indicará entre abril e maio, dois dos ministros que o julgarão no TSE. Há pior: o presidente do Tribunal Superior Eleitoral, Gilmar Mendes, frequenta o noticiário na condição de conselheiro do acusado. Quando Dilma ainda estava sentada na poltrona de presidente, Gilmar pegou em lanças pela abertura do processo, evitando que a podridão das contas eleitorais descesse para o arquivo. Agora, o mesmo Gilmar afirma: o mais importante é a exposição do lixão, não o resultado do julgamento.

Em meio a este cenário pós-kafkiano, um período excepcional da história do país, a qualquer momento se verá a maioria dos ministros do TSE declarar a respeito dos milhões em verbas sujas que passaram pelas arcas de 2014: "Calma! É só caixa dois, gente!". E o brasileiro perceberá que não é que o crime não compensa. É que, quando ele compensa, muda de nome.
Herculano
12/03/2017 08:11
ANDRADE GUTIERREZ DIZ QUE SUBORNOU O TRIBUNAL DE CONTAS DE SÃO PAULO QUE EXATAMENTE DEVERIA FISCALIZAR E PUNIR OS ERROS DE POLÍTICOS E SEUS CONTRATADOS

Conteúdo do jornal Folha de S. Paulo. Texto de Bela Megale, da sucursal de Brasília, com Mário César Carvalho. Um executivo e um ex-diretor da Andrade Gutierrez afirmaram, em negociação de acordo de delação com a Operação Lava Jato, que a empreiteira pagava propina para que o Tribunal de Contas do Estado de São Paulo não apontasse problemas em licitações e contratos de obras, sobretudo os do Metrô.

O órgão é responsável por decidir se as licitações e contratos do governo paulista são regulares ou não.

Um dos relatos diz que a empresa pagava o correspondente a 1% do valor do contrato que estava sob análise do tribunal para Eduardo Bittencourt Carvalho, ex-conselheiro do órgão.

O valor era entregue em dinheiro vivo para representantes do conselheiro, segundo um candidato a delator.

Bittencourt foi afastado do tribunal pela Justiça no final de 2011 sob a acusação de enriquecimento ilícito: ele acumulou um patrimônio de R$ 50 milhões quando era conselheiro, incompatível com o salário que recebia,
segundo a acusação do Ministério Público aceita pela Justiça.

Ele conseguiu voltar ao cargo em 2012 por decisão do STJ (Superior Tribunal de Justiça) e aposentou-se em seguida.

DIVISÃO DO SUBORNO

Segundo o relato de um dos candidatos a delator nas novas negociações da Andrade com o Ministério Público Federal, Bittencourt afirmava que o dinheiro era dividido com os outros conselheiros, com uma exceção: Antonio Claudio Alvarenga.

No entanto um ex-diretor do grupo que também negocia delação relata que todos os sete conselheiros teriam recebido suborno.

A lista do ex-diretor tem os nomes dos seguintes conselheiros: Antonio Claudio Alvarenga, Antonio Roque Citadini, Edgard Camargo Rodrigues, Fulvio Julião Biazzi, Renato Martins Costa e Robson Marinho.

Bittencourt refutou, por meio de seu advogado, Paulo Sérgio Santo André, que tenha recebido qualquer recurso ilícito. Segundo o advogado, as decisões eram colegiadas, e o conselheiro votou contra os interesses de grandes empreiteiras em vários julgamentos.

A lista traz o quadro do TCE dos anos 1990 até 2012, quando houve mudanças na composição. Desses conselheiros, Citadini, Costa e Rodrigues continuam no tribunal.

Robson Marinho foi afastado do cargo pela Justiça em agosto de 2014, sob acusação de ter recebido um suborno de cerca de US$ 3 milhões, em valores de 2013, da Alstom em conta na Suíça.

A Andrade Gutierrez fez em maio do ano passado um acordo de leniência, uma espécie de delação para empresas, relatou uma série de crimes e aceitou pagar uma multa de R$ 1 bilhão, a segunda maior da Operação Lava Jato.

Com a delação de outras empreiteiras, os procuradores descobriram que havia omissões e convocaram a empresa para fazer um complemento, chamado por eles de "recall". É esse complemento que está sob negociação.

ATRÁS DA PROPINA

A Andrade Gutierrez fez uma auditoria para checar o caminho do dinheiro que foi distribuído como propina e descobriu que os valores entregues a Bittencourt foram repassados a um operador financeiro. A auditoria, no entanto, não encontrou rastros de pagamentos que cheguem até os outros conselheiros.

A Polícia Federal já apontou que a Andrade Gutierrez fez pagamentos suspeitos a empresas de fachada, usadas para repassar propina.

O Tribunal de Contas paulista, formado por sete conselheiros nomeados pelo governador, é o segundo mais importante do país, só atrás do Tribunal de Contas da União.

Não se sabe detalhes do suposto acordo entre a Andrade Gutierrez e Bittencourt, mas o fato é que o tribunal apontou problemas em obras da empresa para o Metrô. O TCE, porém, nunca provou o que era a maior preocupação das empreiteiras: a divisão das obras por meio de cartel.

Citadini, por exemplo, acusou problemas em obras da linha 5 - lilás e no monotrilho. O preço da linha 5 teve um aumento de R$ 1,05 bilhão. O trecho feito pela Andrade Gutierrez e Camargo Corrêa foi o que sofreu a maior elevação: passou de R$ 862 milhões para R$ 1,15 bilhão, aumento de R$ 284,4 milhões.

Citadini pediu que a obra do monotrilho fosse paralisada porque não havia projeto básico, detalhamento de custos, e a concorrência feria a Lei das Licitações.

Em janeiro do ano passado, o governo rompeu o contrato do monotrilho alegando que as empresas abandonaram a obra. Já a Andrade Gutierrez dizia que o governo atrasava pagamentos.

O conselheiro Renato Martins Costa apontou problemas de suspeita de cartel no trecho da linha 2 feito pela Andrade, mas o contrato acabou sendo aprovado. No caso da linha 5, também há suspeita de cartel. A Folha registrou antes o resultado da licitação, e o Ministério Público aponta em ação que corre na Justiça um prejuízo de R$ 329 milhões causado pelo cartel
Herculano
12/03/2017 08:05
"É COR DE ROSA CHOQUE", por Carlos Brickmann

M de Michel, M de Marcela, M de Michelzinho, M do comando político do Governo. Só M, M de machos - que não entendem nada do M de mulher.

Michel Temer, como Dilma antes dele, não pode ver ninguém comendo banana na outra calçada sem atravessar a rua para ver se escorrega na casca. Teve tempo para elaborar um discurso memorável, mas preferiu a fórmula das revistas femininas da década de 1950, privilegiando o bom desempenho doméstico.

Temer até que fez coisas, há muito tempo, para ser bem lembrado pelas feministas. Criou, por exemplo, as delegacias da mulher, que de São Paulo se espalharam pelo Brasil. Mas os maus hábitos com relação a mulheres são comuns entre os políticos. Quando a ministra Ellen Gracie foi sabatinada no Senado, houve parlamentares que elogiaram seu porte, sua elegância, suas roupas. Alguém se lembrou de comentar os ternos e o porte do ministro Alexandre de Moraes?

Pior ocorreu quando Sylvia Kristel, a bela estrela do filme Emmanuelle, visitou o Congresso. Parlamentares de idade avançada, cabelos mal pintados, babavam diante da atriz. Um deputado, olhando para ela, levou um tombo..

E qual era a participação de Sylvia Kristel na política? Zero. Nenhuma. Estava no Brasil para um ensaio fotográfico da revista Status, e passou pelo Congresso. Pois não é que naquele dia o Congresso estava cheio?

A fala infeliz de Temer tornou-o alvo dos defensores dos direitos das mulheres. Como adverte a música de Rita Lee, não provoque: é cor-de-rosa choque.

ESPERANDO JANOT - BOM

O Supremo Tribunal Federal solicitou aos veículos de comunicação interessados na Lista de Janot (os pedidos formulados pelo procurador-geral da República Rodrigo Janot), que enviassem um HD em que coubesse todo o material disponível. Isso indica que as acusações da Promotoria estão para ser liberados, e os jornalistas terão conhecimento de tudo que os procuradores solicitam ao Supremo, sem vazamentos seletivos. Não haverá mais boatos de que fulano será investigado, já que todas as suspeitas dos procuradores estarão na Lista de Janot.

ESPERANDO JANOT - MAU

Acontece que o Supremo pediu à mídia que envie equipamentos com capacidade de memória de um terabyte ?" um trilhão de bytes. Um smartphone bem recente, o iPhone 7, tem na versão mais cara a capacidade de 256 gigabytes, GB. Um terabyte equivale a 1.024 GB. Com um terabyte, dá para guardar umas 200 mil músicas; e gravar 730 filmes de 1h30, com qualidade de imagem de DVD.

Quem é que vai analisar tudo isso de arquivos? Este é o problema da Lava Jato e das operações conexas: o volume da ladroeira é tamanho que fica impossível acompanhar tudo, individualizar as culpas, analisar convenientemente as provas, julgar os réus. Há quem diga que essa foi a tática dos principais envolvidos: contar tudo, até superar o limite operacional de quem os julga. Ninguém é jovem entre os acusados na bandalheira. Se o julgamento demorar, talvez nem ocorra.

ESPERANDO JANOT - REAL

Hoje há 800 réus de ações penais aguardando julgamento no foro privilegiado do Supremo. Segundo pesquisa da Fundação Getúlio Vargas, publicado no bom site jurídico Espaço Vital, "o tempo de espera de um processo para uma nova providência do ministro relator ou revisor, que era de sete dias em 2002, saltou para 42 dias em 2015". O pessoal apanhado na Lava Jato deve, claro, se preocupar. Mas talvez não seja preciso preocupar-se muito.

A MAGIA ELEITORAL

Depois de anos de guerra fiscal, São Paulo e Goiás chegaram a um acordo. Goiás festeja os termos da paz: "Os incentivos fiscais foram determinantes para o crescimento de Goiás nos últimos anos", diz o governador Marconi Perillo, "e agora estão garantidos em nossa política de desenvolvimento". O governador Geraldo Alckmin determinou a retirada da ação que pedia o fim dos incentivos fiscais goianos; e o Supremo retirou a questão da pauta de julgamentos.

Nada como interesses eleitorais comuns para promover reconciliações, não é mesmo? Alckmin quer ser candidato à Presidência da República em 2018, mas precisa vencer no PSDB seus adversários Aécio Neves e José Serra. O goiano Perillo agora está a seu lado; e pode ser vice de Alckmin, ou senador.

O TERROR ELEITORAL

O problema das eleições é que todos os candidatos se transformam automaticamente em alvos. Antigos aliados que se julgam abandonados, por exemplo. E agora os adversários do PSDB querem atingir simultaneamente Alckmin, Serra e o senador Aloysio Nunes ?" que substituiu seu amigo José Serra no Itamaraty ?" com o caso Paulo Preto. O poderoso Paulo Preto, ou Paulo Vieira de Souza, foi presidente da Dersa, que administra as mais modernas rodovias paulistas, e, depois de acusado de se relacionar bem com Carlinhos Cachoeira e Fernando Cavendish - um, bicheiro; outro, presidente da Delta, empresa que acabou sendo proibida de realizar obras para governos - deixou o cargo. Queixou-se de Serra, dizendo que aliados feridos não podem ser abandonados. E agora há quem diga que ele prepara uma delação premiada. Seria um problema sério para o PSDB.
Herculano
12/03/2017 07:50
SE O DINHEIRO FALA, O QUE ELE DIZ E QUAL É A SUA INFLUÊNCIA, por Marcus André Melo, professor de ciências sociais na Unverdidade Federal de Pernambuco, para o jornal Folha de S. Paulo

"Money talks" é uma expressão idiomática americana para denotar a influência do dinheiro em geral.

Em "If money talk what does it say? Corruption and business financing of political parties" (se o dinheiro fala, o que diz? Corrupção e financiamento empresarial de partidos), um dos mais instigantes estudos de ciência política sobre financiamento de campanha (focado no Canadá, Alemanha e Austrália), Iain McMenamin pergunta: influência para quê?

Como distinguir a doação empresarial corrupta da não corrupta? Essa é a questão mais instigante do trabalho. Ela é crucial para a discussão atual sobre caixa 1 e caixa 2.

Como argumenta o autor, as elites empresariais, por definição, tendem a apoiar partidos de direita por dois motivos. Primeiro, há alinhamento ideológico entre a agenda pró-mercado desses partidos e as empresas que dela se beneficiam.

Alguns grandes doadores ?"como, nos EUA, os irmãos bilionários Koch?" fazem doações para avançar uma agenda ideológica não só pró-mercado, mas francamente ultraconservadora no plano moral e comportamental.

Segundo, as empresas, individualmente, compram acesso e benefícios : o alinhamento resultante é pró-business (não pró-mercado) e as empresas individuais se beneficiam diretamente. A forma institucional utilizada é a doação por uma ou poucas empresas organizadas em cartel.

Para McMenamin, as doações empresariais a partidos de esquerda, ou socialistas, só ocorrem em função da compra de acesso ou troca corrupta.
Com base em ampla base de dados e testes estatísticos, McMenamin revela oscilação no padrão das doações empresariais. Em ambientes institucionais com baixa corrupção, como os países estudados no livro, estas são expressivas apenas quando os governos de direita estão no poder ou são competitivos.

Em outras palavras, alternância no poder implica volatilidade: o volume de doações diminui quando partidos de esquerda estão no poder.
No Brasil, sai governo e entra governo, de coloração partidária distinta, e as doações permanecem elevadíssimas. Não há volatilidade.

E mais importante: o principal indicador para afinidades eletivas mafiosas são relações entre elites empresariais e partidos de esquerda, já que o apoio pró-mercado faz pouco sentido para além da retórica típica do adesismo.

O contrário não é verdadeiro: ou seja, isso não implica que não haja corrupção em governos de direita. A diferença é que, nesse caso, confundem-se o apoio pró-mercado e o apoio pró-business.

Do alto de sua experiência como ministro de várias pastas e também juiz do Supremo Tribunal Federal, Hermes Lima (1902-1978) se perguntou em suas memórias sobre o pragmatismo na política: "Como poderá haver governo sem política?... quem governa é político, faz política, não a ideal, a pura, a imaculada, mas a política compatível com o estado da Nação, que as urgências do dia a dia e os imprevistos do pragmatismo tingem com violência". E concluiu: "Política é atividade para pecador".

Mas os "pecadillos" divisados pelo grande líder socialista deram lugar, nos últimos governos, a pecados mortais nunca vistos. Os pecados mortais são menos sutis. Atingiram, inclusive, o vetusto Ministério da Fazenda, do qual ex-titulares faziam dublês de ministros e operadores de assombrosa operação mafiosa. Esta é a verdadeira criminalização da política: não aquela atribuída ao Judiciário.

A distinção entre o apoio pró-mercado e o pró business (ou troca corrupta individualizada) é crucial. Mas o que é ainda mais importante é que ambos afrontam a democracia. O primeiro por violar a igualdade de condições na disputa política. O segundo por transgredir princípios republicanos quanto à res pública.
Herculano
12/03/2017 07:37
MULHERES SÃO APENAS 11% DOS DEPUTADOS DO BRASIL, por Cláudio Humberto, na coluna que publicou neste domingo nos jornais brasileiros.

Políticos se derramaram em elogio às mulheres, no Dia Internacional celebrado em 8 de março, mas pouco fazem para alterar o machismo que caracteriza essa atividade: no Brasil, elas ocupam apenas 11,8% de todos os cargos de representação parlamentar, nos âmbitos estadual e federal. Hoje, há 1.575 deputados federais, estaduais e distritais, dos quais 1.390 são homens e só 185 são mulheres,

NÚMEROS AFRICANOS
As mulheres são menos representadas no parlamento, no Brasil, do que em países como a Namíbia e Etiópia, na África.

ÂMBITO FEDERAL
Na Câmara, as 60 deputadas federais ocupam 11,7% de 513 vagas. No Senado, a proporção sobe para 13,6%, com 11 senadoras em 81.

ÂMBITO ESTADUAL
Nos Estados e no Distrito Federal, a representação feminina é similar à média federal: dos 1.062 mandatos, 125 são de mulheres (11,7%).

EXEMPLO DO AMAPÁ
A Assembleia Legislativa do Amapá é a mais equilibrada em todo o País: de 24 deputados estaduais, 13 são homens e 11 são mulheres.

CONTRIBUINTE BANCA 142 SENADORES E APOSENTADOS
Além dos 81 senadores no exercício do mandato e outros quatro licenciados por mais de 120 dias, o contribuinte paga por mais 61 senadores aposentados como Aloizio Mercadante (PT-SP), José Sarney (PMDB-AP), Eduardo Suplicy (PT-SP) e Jorge Bornhausen (ex-PFL, atual DEM-SC). Até 1999, parlamentares conseguiam emplacar a aposentadoria com só oito anos de contribuição. Agora é proporcional.

MAL CONTRIBUIU
Ex-senadora e ex-ministra de Dilma, Ideli Salvatti (PT-SC) ficou no Senado por 7 anos. Hoje recebe aposentadoria de R$ 7,7 mil por mês.

VALOR CHEIO
Gerson Camata, ex-senador pelo PMDB do Espírito Santo, por exemplo, recebe aposentadoria integral de R$ 33,7 mil por mês.

VOCÊ QUEM PAGA
O salário de senadores é de R$ 33,7 mil, além da cota parlamentar a título de "ajuda de custo" e auxílio-moradia de R$ 95 mil/mês.

CUSTO SUPLENTE
Sempre que um senador se licencia, o contribuinte gasta no mínimo R$67,5 mil com o suplente que assume. Correspondem a dois salários pagos a título de "ajuda de custo". Desde 2011, 108 titulares e 38 suplentes de senadores receberam salário extra, ao assumir mandato.

ENGROSSA, MAS ATRASA
O caso da denúncia contra a reeleição de Dilma, no Tribunal Superior Eleitoral, tem sido na prática atrasado pelo PSDB, o autor. A cada novo aditamento, engrossando denúncias, reabre-se o prazo para defesa.

INCHAÇO
Deve ser aprovado na Câmara o regime de urgência para o projeto da lei orgânica da Advocacia-Geral da União. Caso aprovado, haverá duas novas carreiras no órgão e mais 3 mil vagas para analistas e técnicos.

PASSIVO PETISTA
O ministro Roberto Freire (Cultura) revelou em artigo no portal Diário do Poder que uma força-tarefa examina a prestação de contas de 20 mil projetos beneficiados pela Lei Rouanet. O desleixo dos governos do PT foi criminoso: a PF identificou fraudes no valor de R$ 180 milhões.

O CUSTO DA FALTA DE EDUCAÇÃO
Relator da reforma do Ensino Médio, o senador Pedro Chaves alerta para um dado alarmante: os custos dos altos índices de repetência e abandono escolar chega a custar R$ 35 bilhões por ano ao Brasil.

ESTRANHA DEFESA
Artigo no site do PT no Senado defende a soltura do almirante Othon Pinheiro da Silva, ex-Eletronuclear, condenado na Lava Jato a 43 anos de cadeia por roubar o País. Para os petistas, "não há provas".

BLINDAGEM
O senador Lasier Martins (PSD-RS) reapresentou o texto original das "Dez Medidas Contra a Corrupção", segundo ele, para proteger os investigadores "das investidas emasculadoras" em curso na Câmara.

ACARAJÉ PROIBIDO
O Tribunal de Justiça da Bahia acertou convênio com os Vigilantes do Peso para submeter os servidores a dieta que lhes reduzam o peso. Acarajé, bobó de camarão, e outras iguarias com óleo de dendê, nem pensar. Espera-se que a conta não seja paga pelo contribuinte.

PENSANDO BEM...
...sobraria um bom dinheiro para aposentados e pensionistas se a reforma da Previdência incluísse o fim da aposentadoria de políticos.
Herculano
12/03/2017 07:30
RASTEJANTES

O leitor Roberto Sombrio escreve-nos na noite de sábado: Sabe o que significa BRASIL?

Burros
Rastejando
Alegres
Sob a
Imposição do
Legislativo.

Primeiro, o Legislativo, em tese, seria a representação popular, ou seja, de todos nós brasileiros. E foram escolhidos por nós. no voto livre e democrático. Ou seja, possuem legitimidade.

Segundo: se o Legislativo - Câmara Municipal, Assembléia Legislativa e Câmara Federal, pois o Senado é a representação dos Estados Federados - impõe, o faz em nosso nome com a legitimidade do mandato que concedemos aos nossos representantes.

Terceiro: e se o Legislativo impõe contra a nossa vontade é porque está mal informado por nós, mal formado porque o escolhemos mal e liberto para nos sacanear porque não temos à capacidade de renová-lo ou mecanismos de freá-los durante o mandato.

Quarto: basta ver o que os parlamentares fazem com Gaspar. Em tempo de eleições, compram cabos eleitorais e estes, próximos, fazem o papel de estimular e enganar os analfabetos,ignorantes e desinformados - que são a maioria.

Quinto: e os alfabetizados, esclarecidos e informados - que são a minoria e divididos -ficam quietos para não se incomodarem com a tropa de choque dos candidatos do grande esquemão, do discurso populista e das juras e promessas de representar as soluções óbvias que nunca serão bandeiras de verdade quando eleitos.

Conclusão: Então, depois, só restam aos alfabetizados, esclarecidos e informados, pagarem a parte principal dessa pesada conta, onde o Legislativo legisla para poucos, para os poderosos e para se manter os mesmos políticos na política para o sentido de máfia se perpetue. Acorda, Gaspar!
Herculano
12/03/2017 07:12
SENADORES SÃO PRESSIONADOS NAS REDES SOCIAIS PARA ACABAR COM O FORO PRIVILEGIADO

Conteúdo do jornal O Estado de S. Paulo. Texto de Isadora Peron, da sucursal de Brasília. Senadores estão sendo cobrados nas redes sociais para assinar um requerimento de urgência para levar a plenário a votação de uma Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que acaba com o foro privilegiado. A matéria foi aprovada pela Comissão e Constituição e Justiça (CCJ) em novembro do ano passado, mas, apesar da pressão popular, líderes do Senado não têm demonstrado disposição de acelerar a tramitação do projeto.

Para ganhar urgência e garantir a inclusão da PEC na pauta, o pedido precisa do apoio de pelo menos 41 dos 81 senadores. Por ora, há apenas nove assinaturas. O fim do foro privilegiado para políticos é uma das principais bandeiras dos protestos marcados para o próximo dia 26, que estão sendo organizados por grupos como o Movimento Brasil Livre (MBL), um dos principais a apoiar o impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff.

Cobrança. O senador Waldemir Moka (PMDB-MS) tem usado a sua conta no Twitter para responder os eleitores que estão cobrando a sua assinatura no pedido de urgência. "Não tenho tempo de ficar pelos corredores (do Senado) atrás de uma lista. Se chegar a mim, assino.", afirmou no microblog. O peemedebista justificou que apenas um pequeno número de senadores assinou ao pedido porque "no Senado, circulam várias listas para todo o tipo de situações".

Ele também afirmou que "sempre" foi a favor do fim do foro privilegiado, e pediu respeito aos internautas que o acusavam de estar fugindo do debate. "Você não sabe com quem está falando. Antes de falar em covardia procure conhecer o parlamentar melhor", disse.

Um dos articuladores do pedido de urgência, o líder do DEM no Senado, Ronaldo Caiado (GO), afirmou que, na próxima semana, o grupo irá retomar a coleta de assinaturas. Ele defendeu colegas que ainda não apoiaram a iniciativa liderada pelo senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP), como Moka, e disse acreditar que eles irão conseguir o número necessário para levar a PEC a plenário em breve.
Herculano
12/03/2017 07:07
PT E PSDB, MENSALÃO E ACORDÃO, por Vinicius Torres Freire, no jornal Folha de S. Paulo

Quase todos os partidos querem uma passagem para o trem da alegria da anistia para o caixa dois e para dinheiro "legal" de campanha com origem suja. A negociação anda frenética.

Essa paz dos cemitérios começa a receber apoio de gente de fora do universo paralelo da política politiqueira. Gente da direita à esquerda; letrados, causídicos e capitalistas. Dão ares de armistício de interesse nacional à tese de Aécio Neves: se pegam os menos piores, fica tudo de lambuja para forasteiros suspeitos.

Dado o momento histórico (ironia), convém lembrar a semelhança da tese do acordão de 2017 com os argumentos a que PT e PSDB (sic) recorriam para se defender no mensalão, em 2005. Recordar é viver. Ou não.

"Todo o mundo vai ficar no mesmo bolo e abriremos espaço para um salvador da pátria? Não, é preciso salvar a política... Um cara que ganhou dinheiro na Petrobras não pode ser considerado a mesma coisa que aquele que ganhou cem pratas para se eleger." Aécio Neves, em jantar de confraternização pluripartidária, 8 de março de 2017.

"Há caixa dois com corrupção e caixa dois sem corrupção. Corrupção é ter um relacionamento com o empresariado que condicione contribuições de campanha a decisões administrativas. Outra coisa é o financiamento de campanha, dentro da legalidade ou à margem." Ricardo Berzoini, então recém-eleito presidente do PT, 14 de outubro de 2005.

"Há uma diferença entre quem recebeu recursos de caixa dois para financiamento de atividades político-eleitorais, erro que precisa ser reconhecido, reparado ou punido, daquele que obteve recursos para enriquecimento pessoal, crime puro e simples de corrupção." FHC, 3 de março de 2017, rebatendo acusações contra tucanos.

"Vocês não são corruptos. Vocês cometeram erros, mas não de corrupção." Lula, para deputados federais do PT, 7 de outubro de 2005. Argumentava que o dinheiro do mensalão fora usado apenas para despesas eleitorais não declaradas à Justiça.

"Vocês estão pagando um preço muito alto por uma coisa que é reprovável, mas que foi feita por todos os partidos e, portanto, não pode significar o banimento da vida pública." Antonio Palocci, então ministro da Fazenda, na mesma reunião de Lula com a bancada do PT.

"Agora, o caixa dois tem que ser desmistificado também. Necessariamente não significa um quadro de abuso de poder econômico." Gilmar Mendes, ministro do Supremo, à BBC Brasil, 10 de março de 2017.

"Já disse que investigação vale para todos. O problema de campanha eleitoral deve ser investigado. Agora, ele é diferente de corrupção, malversação de dinheiro público. São coisas distintas." Geraldo Alckmin, então também governador de São Paulo, 4 de agosto de 2005.

Segundo Alckmin, eram diferentes os casos do PT e o de Eduardo Azeredo, então presidente do PSDB, que recebera financiamento de campanha do tesoureiro do mensalão, Marcos Valério.

"[O PT] usou de um recurso não contabilizado para quitar dívidas das nossas campanhas... Por que nós usamos esses recursos? Porque as dívidas, as campanhas eleitorais, todos nós aqui nesta sala sabemos como é feita a campanha eleitoral." Delúbio Soares, ex-tesoureiro do PT, na CPI dos Correios, 20 de julho de 2005.
Herculano
12/03/2017 07:04
MINISTRO QUER SOCORRER BILIONÁRIOS DA SAÚDE COM DINHEIRO DO ANDAR DE BAIXO, por Elio Gaspari, nos jornais O Globo e Folha de S. Paulo.

O deputado Ricardo Barros é aquele engenheiro que o ministro Eliseu Padilha mencionou como o "notável" do Partido Popular que substituiu o médico Raul Cutait durante o processo de escolha do ministro da Saúde de Michel Temer. O maior doador de sua campanha eleitoral, com um cheque pessoal de R$ 100 mil, foi o empresário Elon Gomes de Almeida, dono do plano de saúde Aliança.

Barros entrou atirando. Criticou a amplitude do SUS e disse que estimularia a adesão de novos fregueses aos planos de saúde privados. Disse isso numa época em que há grandes planos de saúde quebrados, outros na fila e todos sofrendo um dreno de 1,5 milhão de fregueses, 192 mil só em janeiro passado.

Para resolver o problema dos planos, e só deles, Barros lançou a ideia de um plano popular no qual os clientes fingem que pagam e os maganos fingem que atendem. Um sistema de medicina privada que produz bilionários (em dólar) está precisando de dinheiro e quer buscá-lo no fundo do tacho do andar de baixo. É o populismo alternativo. Com a novidade, será mais fácil aumentar as mensalidades, mais difícil marcar uma consulta e até impossível ter acesso a procedimentos mais complexos. Se os planos caros atendem mal, é fácil imaginar o mafuá que Barros produzirá.

A ideia de Barros pode ter todos os defeitos, menos um: ninguém será obrigado a aderir a essa mágica. Vai quem quer, e quem for, que arroste.

CONSELHO

O procurador-geral Rodrigo Janot foi aconselhado a sair da disputa pelo terceiro mandato.

A BLINDAGEM DE MARIZ

O advogado Antonio Claudio Mariz de Oliveira mostrou que a sorte, aliada ao desinteresse, deu-lhe uma poderosa blindagem, com a qual resistiu à radioatividade de Michel Temer. Com ela, Temer contamina os amigos, só os amigos.

Mariz entrou nas listas (e nas frigideiras) para ser ministro da Justiça (duas vezes) e da Defesa. Depois seria promovido a assessor penitenciário. Passou incólume e está em paz no seu escritório paulista.

Os raios-Temer já fritaram José Yunes e Geddel Vieira Lima (bem passados), Eliseu Padilha e Romero Jucá (ao ponto).

ALGEMAS A POSTOS

A colaboração de Jonas Lopes de Carvalho, ex-presidente do Tribunal de Contas do Rio, explodirá a estrutura das artes e manhas do PMDB no Estado. Os ex-governadores Sérgio Cabral e Anthony Garotinho terão com o que se preocupar. Acima deles, por incrível que pareça, o poderoso Jorge Picciani, presidente da Assembleia Legislativa. Isso para não se falar nos demais conselheiros e nas pencas de prefeitos que passavam pelo Tribunal.

A colaboração do doutor e de seu filho já foi homologada e, pelo andar da carruagem, a Polícia Federal e o juiz Marcelo Bretas estão preparando o bote.

EREMILDO, O IDIOTA

Eremildo não é um idiota qualquer e desdenha dos admiradores enrustidos de Donald Trump, aqueles que relevam o que julgam ser simples exageros verbais do amado líder do Norte. Para Eremildo tudo o que ele diz deve ser levado sério.

Segundo o cretino, não há dúvida de que Barack Obama grampeou o telefone de Trump. Afinal, ele nasceu no Quênia.

MADAME NATASHA FAZ COMO TEMER: GOSTA E CHECA PREÇOS NOS SUPERMERCADOS

Madame Natasha faz como Temer gosta e confere preços em supermercados. Além disso, procura defender o idioma. Ela concedeu uma de suas bolsas de estudo ao advogado José Roberto Batochio por sua exposição do que viria a ser uma sentença judicial:

"Trata-se da síntese resultante da necessária conflagração dialética entre a tese acusatória e a antítese defensiva, estruturadas à vista da prova recolhida nos autos".

Nesse artigo, Batochio expressou-se em francês, latim e inglês.

PALPITE

Um advogado que rala por causa da Lava Jato está convencido de que, um dia, José Yunes estava em seu escritório quando um passarinho disse-lhe que devia divulgar a teoria da "mula involuntária", porque sua chapa estava esquentando.

O passarinho teria vindo da Procuradoria Geral da República.

TEMER IMPROVISA

Michel Temer deveria ser mais parcimonioso nas suas exibições de conhecimento.

Outro dia ele disse que os brasileiros têm uma característica interessante: sempre formam seus povoados perto da água. Sua cidade natal, por exemplo, fica às margens do rio Tietê.

Os brasileiros têm essa característica desde o ano 6.000 antes de Cristo, quando viviam na Mesopotâmia.

DILMA X TEMER

No governo de Dilma Rousseff, Eduardo Cunha era um poderoso cacique da oposição e temia ir para a cadeia.

Dilma foi deposta e veio Michel Temer, com seu governo de "salvação nacional". Cunha está na cadeia mostrando a força de sua memória. De oposicionista solto, foi promovido a governista preso, porém influente.

DUAS MULHERES DE 1917

Com o transcurso da Semana Internacional da Mulher, no ano do centenário da Revolução Russa de março e do golpe bolchevique de outubro, aqui vão breves lembranças da vida de duas mulheres que tiveram a vida mudada naqueles dias.

Com pernas de zagueiro e uma incrível capacidade de sedução, a bailarina Matilda Kchessinskaia tinha 20 anos quanto o futuro czar Nicolau deixou a virgindade na sua cama. O rapaz tinha 24 anos. Ela tornou-se amante de dois grão-duques, teve filho com um deles, mas nunca disse de qual.

Acumulou uma fortuna e vivia num palacete em São Petersburgo até que sua casa foi ocupada (e saqueada) pelos bolcheviques. Lênin foi para lá quando chegou à Rússia. A bailarina viu uma estrela do feminismo comunista desfilando no jardim com seu casaco de arminho.

Kchessinskaia fugiu com suas joias e acabou em Paris, onde montou uma escola de dança. Como aconteceu a quase toda a plutocracia russa, viveu no exílio vendendo joias e esperando o colapso do comunismo. Morreu em 1971, aos 99 anos, na pobreza, ajudada por uns poucos amigos, entre eles a bailarina Margot Fonteyn.

Matilda estava no lugar certo da escala social, porém ficou do lado errado da revolução. Lidia Pereprigina era uma órfã de 15 anos, de uma pobre família da Sibéria. Estava no lugar errado da escala social mas namorara Iossif, ou Koba, um bolchevique banido que passava semanas sozinho no no gelo do Ártico, acompanhado apenas pelo cão. Em 1917 Lidia estava grávida do comunista. Ele tinha 39 anos e boa pinta. Deixou o vilarejo em março e nunca mais deu notícias, nem para saber se a criança tinha nascido. Só em 1921 Lidia associou Koba ao Stálin que aparecia nos jornais, mas nunca tentou contatá-lo. Mais tarde, contou a verdade ao menino Alexander, advertindo de que ele não devia revelá-la a ninguém.

O filho de Stálin lutou na guerra, foi ferido três vezes, viu-se promovido a major e cuidou de uma cantina numa cidade de mineiros. Lidia morreu em silêncio, mas seu neto, Iuri Davidov, fez um exame de DNA com amostras de outro descendente de Stálin e encerrou décadas de rumores.
Roberto Sombrio
11/03/2017 21:33
Oi, Herculano.

Esta é a previsão da OCDE (Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico) para o desempenho da economia brasileira em 2017: nenhum crescimento. Zero.

Bem! Depois de viver por 13 anos sob o comando do partido do "Recruta Zero" Lula, não podia ser diferente.
Roberto Sombrio
11/03/2017 21:21
Oi, Herculano.

Sabe o que significa BRASIL?

Burros
Rastejando
Alegres
Sob a
Imposição do
Legislativo.
Sidnei Luis Reinert
11/03/2017 18:26
O Brasil não é mesmo deste mundo

Economia 11.03.17 17:45
Na melhor das hipóteses, o Brasil acumulará um crescimento de 1,5% entre 2017 e 2018, segundo a OCDE (veja o quadro abaixo). Já o mundo crescerá 6% no período. "Apenas" quatro vezes mais.

Os números comprovam: vivemos em outro planeta.

http://www.oantagonista.com/posts/o-brasil-nao-e-mesmo-deste-mundo
Herculano
11/03/2017 17:28
PARA ENDIREITAR O BRASIL, por Rodrigo Constantino, na revista Isto É.

Escrevi na coluna da semana passada que, apesar do momento cada vez mais propício, ainda há um vácuo à direita na política brasileira, dominada por esquerdistas radicais e moderados. As ideias liberais e conservadoras ganham força, mas falta quem as defenda de forma mais organizada e partidária. O DEM tem um ou outro político mais liberal ou conservador, mas basta lembrar da mudança de nome do então PFL para ver como o partido sente ojeriza do liberalismo clássico. Já o PSDB está bem longe da direita.

Só na cabeça de quem nada entende de ideologia política o PSDB seria um partido de direita, e não de centro-esquerda, defensor da socialdemocracia que é. E para não deixar dúvidas, o vice-presidente nacional do partido, Alberto Goldman, disse essa semana que João Doria "não tem o perfil da história política do PSDB". Não tem mesmo. E justamente por isso ele tem se saído tão bem! Doria representa uma lufada de ar renovador no partido, com perfil mais agressivo e dinâmico, sem medo de rebater os ataques chulos dos petistas ou mesmo de espetar com vontade Lula. Também defende sem timidez as privatizações.

Se em 2018 for Jair Bolsonaro contra algum socialista, não restará dúvidas de quem apoiar

Para Goldman, seria melhor os tucanos colocarem um senhorzinho mais "moderado", ou seja, com postura acovardada e "em cima do muro", para que a esquerda radical possa vencer uma vez mais. Tem tucano que não cansa de apanhar dos radicais de esquerda. Mas Doria, que vem despertando tanta aprovação por essa sua postura arrojada, teve de sair publicamente em defesa da candidatura de Geraldo Alckmin, pois seu próprio partido começou a cortar suas asas preocupado com sua ascensão. Quem nasce para lagartixa nunca chega a jacaré, e o PSDB nasceu para ser uma espécie de PT com perfume francês, mais moderado e com algum bom senso na economia.

Não me levem a mal: não é tão pouca diferença assim. Basta ver o estrago deixado pelo PT, com a pior depressão de nossa história. Os tucanos não seriam tão incompetentes nem tão ideológicos assim. Rejeitam o bolivarianismo. São uma esquerda herbívora mais civilizada, não carnívora como aquela representada pelo PT, PSOL e REDE. Se Doria não for mesmo candidato, teremos a extrema-esquerda, com alguém como Lula ou Ciro Gomes, e a esquerda moderada, com algum tucano. Do lado direito, teremos Bolsonaro, um nacionalista que tem aprendido mais sobre o liberalismo econômico, e que exerce um importante papel no Legislativo contra os socialistas, mas que não tem exatamente um perfil de bom gestor para o Executivo. Claro, se for ele contra algum socialista, não restará dúvidas de quem apoiar. Mas confesso que a direita liberal ainda carece de um bom nome para representá-la. Quem sabe não aparece algo novo por aí para endireitar de vez o Brasil?
Herculano
11/03/2017 17:11
PRONTO. SE TEMER TIVER JUÍZO, ESSE NÃO VOLTA. PADILHA TINHA 4 SENHAS PARA RECEBER CAIXA 2 DA ODEBRECHT

Conteúdo do jornal O Estado de S. Paulo. Texto de Rafael Moraes Moura, da sucursal de Brasília. O ministro-chefe da Casa Civil, Eliseu Padilha, recebeu da Odebrecht pelo menos quatro senhas para o pagamento de caixa 2 ao PMDB, segundo informou o ex-executivo José de Carvalho Filho em depoimento prestado ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) nesta sexta-feir, 10. As senhas eram as seguintes: Foguete, Árvore, Morango e Pinguim.

Como revelou neste sábado (11) o Estado, Carvalho afirmou ao TSE que Padilha intermediou o pagamento de caixa 2 para o PMDB. Segundo fontes informaram à reportagem, Padilha teria acertado locais de entrega do dinheiro da empreiteira mediante senhas trocadas com o ex-executivo. O valor total destinado ao PMDB chegou a R$ 5 milhões, dos quais R$ 500 mil teriam sido destinados ao então deputado federal Eduardo Cunha (PMDB-RJ).

Segundo o Estado apurou, José de Carvalho Filho procurou o peemedebista para solicitar os endereços onde seriam entregues as quantias. Padilha teria fornecido os endereços repassados para a ex-secretária Maria Lúcia Tavares, que atuava no setor de propina da Odebrecht. Era Maria Lúcia a responsável por criar senhas que seriam entregues posteriormente por José de Carvalho a Padilha.

O depoimento do ex-executivo foi feito nesta sexta-feira (10), no âmbito da ação que apura se a chapa de Dilma Rousseff (PT) e Michel Temer (PMDB) cometeu abuso de poder político e econômico para se reeleger em 2014.
José de Carvalho afirmou que, para entregar as senhas, esteve com Padilha pelo menos quatro vezes. O ex-executivo da Odebrecht trabalhava na equipe do ex-diretor de Relações Institucionais da Odebrecht Cláudio Melo Filho. No anexo de delação premiada que veio a público em dezembro, Melo relata que foi Carvalho Filho quem o apresentou a Padilha.

Os repasses da Odebrecht ao PMDB teriam ocorrido nas seguintes datas: 13/08/2014 (R$ 1,5 milhão, senha: foguete); 02/09/2014 (R$ 1 milhão, senha: árvore); 04/09/2014 (R$ 1 milhão; senha: morango), 10/09/2014 (R$ 1 milhão, não constaria a senha); 30/09/2014 (R$ 500 mil, senha: pinguim)

De acordo com José de Carvalho Filho, um dos locais indicados por Padilha foi o escritório de José Yunes, amigo e ex-assessor de Michel Temer. Esse pagamento teria sido realizado no dia 4 de setembro de 2014.
Outro lado. Procurado pela reportagem na sexta-feira, 10, à noite, o ministro Eliseu Padilha informou que está em repouso por recomendação médica e não se manifestaria sem ter conhecimento do conteúdo.

Segundo o Estado apurou, apesar de o depoimento de José de Carvalho Filho trazer novas suspeitas sobre Padilha, o ministro Herman Benjamin, relator da ação que pode cassar a chapa Dilma/Temer no TSE, não deverá intimá-lo para prestar depoimento. Isso porque os fatos narrados não se relacionam diretamente com captação de recursos para a campanha da chapa presidencial, que é o objeto da ação que tramita na Corte Eleitoral
Herculano
11/03/2017 17:05
FIM DA FARRA DO FORO PRIVILEGIADO TORNARÁ RESPONSABILIZAÇÃO MAIS CÉLERE, por Ronaldo Caiado, médico, produtor rural e senador pelo DEM-GO, no jornal Folha de S. Paulo

No próximo dia 26, a sociedade brasileira volta às ruas para clamar por justiça no âmbito da vida pública. Justiça sem privilégios, nos termos do artigo 5º da Constituição ?"cláusula pétrea?", de que "todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza".

O símbolo que condensa, perante o povo, a ideia de que há privilégios é a instituição do foro por prerrogativa de função, que hoje alcança um número despropositado de beneficiários.

Segundo a Ajufe (Associação dos Juízes Federais), são cerca de 40 mil ?"isso mesmo!?" os beneficiários desse foro, muito a propósito chamado de privilegiado. Só no Judiciário, de longe o mais abrangido pelo foro, são 34.676, segundo a Ajufe.

Uns têm jurisdição no STF (presidente e vice-presidente da República, ministros de Estado, parlamentares federais, integrantes dos tribunais superiores); outros (governadores e desembargadores), no STJ; e outros ainda (magistrados, procuradores, promotores, prefeitos, deputados estaduais), nos Tribunais de Justiça e nos Tribunais Regionais Federais, a segunda instância da Justiça brasileira. O foro ainda beneficia membros de tribunais de contas, comandantes militares e chefes de missões diplomáticas.

Detalhe: têm direito ao foro mesmo em casos de crimes comuns, alheios ao exercício de suas funções públicas.

A percepção popular é que o foro é uma espécie de blindagem judicial, o que agrava a desconfiança da sociedade para com suas instituições.

Na medida em que o alcance do foro vai muito além dos fundamentos que o conceberam ?"proteger os mais altos cargos da República?", torna-se ele uma excrescência.

Além do sentido moral repudiado pela população, e em claro confronto com o espírito isonômico da Constituição, há, no caso das autoridades com foro no STF, o transtorno operacional que daí advém. Transforma-se o STF em tribunal penal, o que não é de sua índole nem de sua destinação de Corte Constitucional.

O foro é uma sobrecarga a um volume já de si monumental de demandas, acima, em regra, da capacidade estrutural dos tribunais superiores. Veja-se o caso do STF, que, com apenas 11 juízes, julga cerca de 100 mil casos por ano, enquanto a Suprema Corte norte-americana, com o mesmo número de magistrados, julga apenas cem casos.

Em tal contexto, os réus do foro privilegiado beneficiam-se da lentidão processual, decorrente dessa sobrecarga, o que faz com que a imensa maioria se beneficie da prescrição de seus crimes.

Enquanto o juiz Sérgio Moro, da 13ª Vara Federal, de Curitiba, já julgou e sentenciou mais de uma centena de envolvidos na Lava Jato, o STF ainda não condenou ninguém.

Isso explica a resistência de muitos ao fim do foro, hoje proposto por PEC em tramitação no Senado, já aprovada na Comissão de Constituição e Justiça e que tem meu integral apoio.

Se o foro tem o propósito de resguardar os mais altos cargos da República, que cumpra seu propósito, restringindo-se aos presidentes dos três Poderes e a algumas poucas funções mais - e apenas para os crimes de responsabilidades, isto é, os atos inerentes ao exercício da função.

Nos crimes comuns, todos, como qualquer cidadão, reportam-se à jurisdição de primeiro grau. Além do impacto moral, vital para restabelecer a credibilidade das instituições, o fim da farra do foro tornará o processo de responsabilização mais célere e o clamor da sociedade por justiça será, enfim, atendido.

Privilégio é exceção - e a Constituição (artigo 5º, XXXVII) quanto a isso é claríssima: "Não haverá juízo ou tribunal de exceção"
Sidnei Luis Reinert
11/03/2017 16:18
Imaginem se fosse o BOLSONARO que tivesse dado essa entrevista!!


Saiba o que Lula pensa sobre machismo e homossexuais

Publicado em 26 de outubro de 2015 por Editor em ReaçaBlog, RELEIA com 3 Comentários
Em 1981, o então líder sindical do ABC e maior expoente do nascente Partido dos Trabalhadores deu uma entrevista para a Revista do Homem (ou Homem), edição brasileira da revista Playboy antes de a Editora Abril utilizar abertamente a marca Playboy.

Nela, Lula fala sobre sexo, machismo, homossexualidade e política. Separamos alguns trechos:

Lula sobre homossexuais:

"Homem: E como você vê o homossexualismo, o relacionamento íntimo entre pessoas do mesmo sexo?

Lula: Eu poderia dar uma de presidente de partido e falar, cada um faça do seu corpo o que bem entender, já que a terra vai comer, então que os outros comam enquanto têm vida, mas acho que não é isso. Veja, eu não tenho preconceito não, o cara a que chamam de homossexual no nosso meio a gente chama de veado, mesmo. Eu sou contra isso (homossexualidade), e não sei se é uma questão psicológica ou o tipo de berço que a pessoa teve. E quem sabe nós sejamos os culpados dessas pessoas serem assim, tem que entender como elas são, e embora eu não concorde com isso (homossexualidade) acho que têm o direito de existir, o direito de agirem da forma que julguem melhor, mesmo por que minha opinião a culpa é da sociedade e não delas."

Lula sobre machismo:

"Homem: Lula, você é machista?

Lula: Depende, eu gostaria de saber o que é ser machista. Vou colocar minha situação para que entenda se isso é machismo, ou não. Muitas pessoas me criticam pelo fato de minha mulher não ter uma participação política como eu tenho. E eu acho que ela não tem que ter, porque eu tenho três filhos e alguém precisa cuidar deles. Eu não posso pagar uma empregada, assim quem tem que cuidar deles é a mulher. Quer queira, quer não, o cara que tem uma vida política como a minha não pode falar, bem eu vou chegar em casa pra lavar a louça, trocar a cama, dar banho na molecada. Seria fantasia e mentira dizer isso. Então se isso é ser machista, eu sou machista. (Silêncio) Eu gosto de tomar banho e que minha mulher leve a roupa pra mim no banheiro. A Marisa ainda corta as unhas do meu pé, me espreme os cravos, trata de mim, e eu acho que ela se sente bem fazendo isso. Eu não admito, por exemplo, as madames que falam em independência e liberdade e colocam uma empregada doméstica ganhando cinco mil cruzeiros por mês e ainda ficam comentando: minha empregada até vê televisão, até almoça na mesa comigo. Então você quer sua liberdade subordinando uma outra pessoa num regime escravocrata?"



Alguns anos antes, em 1979, Lula deu uma entrevista para a mesma revista. Alguns trechos são históricos e lembrados até hoje:

Lula sobre bestialidade e sua iniciação sexual:

"Homem ?" Com que idade você teve sua primeira experiência sexual?
Lula ?" Com 16 anos.
Homem ?" Foi com mulher ou com homem?
Lula (surpreso) ?" Com mulher, claro! Mas, naquele tempo, a sacanagem era muito maior do que hoje. Um moleque, naquele tempo, com 10, 12 anos, já tinha experiência sexual com animais? A gente fazia muito mais sacanagem do que a molecada faz hoje. O mundo era mais livre?"


Lula sobre seus ídolos:

Playboy ?" Há alguma figura de renome que tenha inspirado você? Alguém de agora ou do passado?

Lula [pensa um pouco]- Há algumas figuras que eu admiro muito, sem contar o nosso Tiradentes e outros que fizeram muito pela independência do Brasil (?). Um cara que me emociona muito é o Gandhi (?). Outro que eu admiro muito é o Che Guevara, que se dedicou inteiramente à sua causa. Essa dedicação é que me faz admirar um homem.

Playboy ?" A ação e a ideologia?

Lula ?" Não está em jogo a ideologia, o que ele pensava, mas a atitude, a dedicação. Se todo mundo desse um pouco de si como eles, as coisas não andariam como andam no mundo. (?)

Playboy ?" Alguém mais que você admira?

Lula [pausa, olhando as paredes] ?" O Mao Tse-Tung também lutou por aquilo que achava certo, lutou para transformar alguma coisa.

Playboy ?" Diga mais?

Lula ?" Por exemplo? O Hitler, mesmo errado, tinha aquilo que eu admiro num homem, o fogo de se propor a fazer alguma coisa e tentar fazer.

http://reaconaria.org/blog/reacablog/saiba-o-que-lula-pensa-sobre-machismo-e-homossexuais/
Sidnei Luis Reinert
11/03/2017 15:51
Os eletrizantes "Precaotários" no Brasil


Edição do Alerta Total ?" www.alertatotal.net
Por Jorge Serrão - serrao@alertatotal.net

O que pode ser mais eletrizante no Brasil desgovernado pelo Crime Institucionalizado?

A briga feia entre Luiz Inácio Lula da Silva e seu amigo-advogado José Roberto Batochio porque o famoso causídico insiste em investir em uma bombástica delação premiada do ex-ministro da Fazenda Antônio Palocci Filho, um dos ilustres presos na Operação Lava Jato?

Ou eletrizante é a briga horrorosa entre o Presidente Michel Temer e o Senador Renan Calheiros (cotadíssimo para réu na Lava Jato com as 78 delações premiadas da Odebrecht), em função do descontentamento com um acordo esquisito que o preso Eduardo Cunha teria firmado para garantir a eleição do Rodrigo Maia para presidente da Câmara dos Deputados?

Fala sério... Nada pode ser mais chocante, no pior sentido do termo, que a Agência Nacional de Energia Elétrica admitir, pública e oficialmente, que nós, os otários consumidores de energia elétrica, pagamos R$ 1,8 bilhão a mais nas contas de luz em 2016, porque os FDPs dois burocratas socializaram conosco os "encargos operacionais" da usina de Angra 3 ?" que pode demorar mil anos luz para ficar pronta...

Mais chocante ainda é ouvir, nos noticiários amestrados, é o modo criativo como a Aneel promete devolver aos otários consumidores os valores a mais (furtados na mão burocrática grande). Imagine aquele apresentadorazinha linda de televisão lendo esta piada: "A Agência Nacional de Energia Elétrica afirmou que os valores cobrados a mais serão devolvidos aos consumidores por meio de reajustes menores nas tarifas de energia elétrica na medida em que forem vencendo os prazos de revisão tarifária de cada distribuidora. A previsão da agência é de que os reajustes nas contas de luz devem ficar até 1,2 pontos percentuais menores para compensar os valores cobrados indevidamente dos usuários".

Essa promessinha sem vergonha da Aneel é mais uma demonstração de como o Estado Capimunista tupiniquim rouba recursos da sociedade, em formatos legalmente criminosos que terminam impunes e ampliando prejuízos econômicos diretos para os consumidores/contribuintes. Quem não paga a conta de luz tem a energia cortada quase que imediatamente, um mês depois de dívida acumulada. União, Estados e Municípios costumam ser implacáveis com quem lhes deve algum pagamento...

Já o Super Poder Estatal, quando é forçado a admitir que agiu contra a legislação, nunca devolve, diretamente, o dinheiro furtado da sociedade. Lançam precatórios (dívida judicial com promessa de pagamento algum dia) ou "precaotários" (promessa vazia, com grande chance de não ser cumprida, de que, algum dia, de forma criativa, será ressarcido o seu prejuízo causado pela burocracia governamental).

Entendeu por que não dá para perder tempo com as briguinhas de prostitutas promovidas pelos poderosos de plantão, que ajudam a desviar a atenção sobre os males que eles causam aos cidadãos?

É hora de os brasileiros se unirem para elaborar um Plano Estratégico para a Nação, viabilizando uma inédita Intervenção Institucional que estabelecerá a Segurança do Direito (a Verdadeira Democracia) no Brasil. O resto é debate de pouca utilidade e muita perda de tempo...
Herculano
11/03/2017 08:30
COMO VIVE E AGE A ESQUERDA DO ATRASO. DOAÇÕES ILEGAIS, CORRUPÇÃO E PROPINA QUE BENEFICIEM POLÍTICOS, AGENTES PÚBLICOS, EMPRESÁRIOS E INTERMEDIÁRIOS, PODEM. DOAÇÕES DIRETAS EM BENEFÍCIO DA POPULAÇÃO E À LUZ DO DIA QUE NÃO ONEREM O ENTE PÚBLICO E OS PAGADORES DE PESADOS IMPOSTOS, NÃO PODEM. DEVEM SER PROIBIDAS E ATÉ CRIMINALIZADAS. GRUPO PEDE QUE JUSTIÇA PROÍBA JOÃO DORIA JR, PSDB, PREFEITO DE SÃO PAULO, DE RECEBER DOAÇÕES DE EMPRESAS

Conteúdo do jornal Folha de S. Paulo. Texto de Mõnica Bérgamo.Quatro moradores da capital entraram com uma ação popular nesta sexta (10) no Tribunal de Justiça de São Paulo com um pedido de liminar para que a Prefeitura de São Paulo e o prefeito João Doria (PSDB) sejam impedidos de continuar recebendo doações de empresas privadas.

Os autores questionam a legalidade da prática, mencionam o princípio da moralidade, previsto na Constituição, e levantam dúvidas sobre a relação entre o poder público e os empresários.

"Da pintura de pontes à entrega de automóveis, da poda de árvores à instalação de lâmpadas e azulejos ou de serviços de limpeza à entrega de medicamentos, doações empresariais (seja em serviços, seja em produtos) é artigo que não tem faltado na prateleira da Municipalidade", afirma o documento.

A prefeitura diz que a prática é legal e os procedimentos são publicados no "Diário Oficial".

O grupo que move o processo - formado pelo empresário Allen Ferraudo, o assistente jurídico Luiz Rogério da Silva, o sociólogo Marcelo Ferraro e a advogada Renata Vieira Silva e Sousa - argumenta que não existe o conceito de "empresa cidadã" na relação com o poder público, já que elas têm o lucro como objetivo e possuem interesses.

Doria já afirmou que as doações são um "gesto de cidadania" e que não há contrapartida da prefeitura.

O pedido levado à Justiça relata ainda que algumas das empresas doadoras mantêm contratos de prestação de serviço, disputas jurídicas e dívidas com o município de São Paulo.

O caso ainda será julgado pelo Tribunal de Justiça. A prefeitura não se manifestou sobre a ação até a publicação deste texto.

GRAFITES

Os autores do processo são filiados ao partido Rede Sustentabilidade e formam um grupo chamado Elo Paulista. Eles, que dizem que a ida à Justiça foi por uma iniciativa própria, já haviam entrado com uma ação contra o prefeito, em fevereiro, por causa dos grafites.

E chegaram a ter uma vitória no caso, com uma liminar que impediu a gestão Doria de apagar as pinturas sem o aval do Conpresp (conselho municipal do patrimônio). A decisão foi derrubada dias depois, livrando a prefeitura de buscar a liberação do órgão antes de pintar muros de cinza.
Herculano
11/03/2017 08:04
AGÊNCIAS DA CAIXA ABREM NESTE SÁBADO

As agências da Caixa em Gaspar, Blumenau, Brusque e Itajaí abrem hoje para dar informações e permitirem o saque do FGTS das contas inativas dos nascidos em janeiro e fevereiro.

É das 9h as 15h
Herculano
11/03/2017 08:00
VENEZUELA 'É UMA DITADURA' ANÁLOGA AO REGIME MILITAR BRASILEIRO, DIZ ALOYSIO, por Josias de Souza

Empossado no cargo de ministro das Relações Exteriores há apenas quatro dias, o tucano Aloysio Nunes Ferreira tornou-se a primeira autoridade brasileira a se referir à Venezuela sem eufemismos: "É uma ditadura", disse ele, em entrevista a coluna

O novo chanceler comparou o governo do presidente Nicolás Maduro ao regime militar brasileiro, implantado depois do golpe de 1964: "É uma ditadura com alguns espaços que ainda se preservam, como nós já tivemos aqui no Brasil no tempo do autoritarismo. Você tinha espaços dos quais a oposição se utilizou para acumular forças e pressionar o regime."

Aloysio afirmou que o governo de Michel Temer lançará mão de "todos os meios" para estimular em organismos internacionais a abertura de "um diálogo real entre governo e oposição". Classificou de "preocupante" a situação da Venezuela. Enxerga no país vizinho o seguinte: "escalada do autoritarismo, presos políticos, Judiciário manietado, imprensa manietada, violência nas ruas e a falta de uma janela eleitoral."

AP?"S CRITICAR TRUMP, ALOYSIO ESPERA PARA VER SE 'PORRE' PASSOU

Durante a conversa, o ministro recorreu ao humor para comentar uma trapaça do destino. Nas pegadas da eleição de Donald Trump nos Estados Unidos, sem suspeitar que a sorte lhe reservara uma poltrona de chanceler, o então senador Aloysio Nunes foi à canela do adversário de Hillary Clinton como um zagueiro de time de várzea: "Trump é o Partido Republicano de porre. É o que há de pior, de mais incontrolado, de mais exacerbado entre os integrantes do seu partido."

A diplomacia traz o significado no nome. Funciona melhor quando é macia. Por isso, perguntou-se ao novo chanceler se a canelada não dificultará os seus contatos com autoridades norte-americanas. E ele: "?Porre a gente toma. [?] Eu bebo muito pouco, mas já me aconteceu. E eu me recuperei. Curei a ressaca." Acha que Trump já se recuperou do porre? Aloysio, como que trocando o figurino de senador pelo de ministro, disse que olha para Washington com o mesmo olhar de dúvida do papa Francisco. Prefere "esperar para ver."

Seja como for, Aloysio não acredita que seus comentários causem transtornos. "Nós temos nos Estados Unidos um extraordinário diplomata, que é o nosso embaixador Sérgio Amaral. Ele tem um roteiro, que está seguindo, em bastante consonância com os norte-americanos, com a nova administração? Essa declaração não cria nenhum problema."

ALOYSIO CHAMA MERCOSUL DE 'FICÇÃO' E ESPERA FORTALECER O BLOCO

No seu primeiro compromisso oficial como chanceler, Aloysio participou, na última quinta-feira, em Buenos Ayres, de uma reunião com os chanceleres dos outros países-membros do Mercosul: Argentina, Uruguai e Paraguai. Suspensa do grupo, a Venezuela não foi convidada. A "revitalização" do Mercosul é uma das prioridades da gestão de Michel Temer. Sem rodeios, o sucessor de José Serra no Itamaraty chamou o Mercosul de "ficção."

Não seria mais negócio para o Brasil se dissociar dessa ficção?, quis saber o repórter. E Aloysio: "Não, é transformar a ficção numa realidade." Como? Eliminando barreiras que impedem a conversão do Mercosul numa efetiva área de livre comércio. De resto, o ministro diz haver "um interesse crescente da União Europeia para ter um acordo com o Mercosul." O Brasil jogará suas fichas nesse acordo, sem desprezar os entendimentos bilaterais.

"Temos interesse em fazer acordos bilaterais com Japão, temos acordos bilaterais com a China, com a Rússia. Com todos os países que compõem a Aliança para o Pacífico ?"Chile, Peru, México e a Colômbia?" nós temos acordos bilaterais, inclusive acordos que vão fazer com que nós tenhamos um comércio inteiramente livre entre o Brasil e esses países."

A PEDIDO DA ARGENTINA, BRASIL LIMITA POUSOS DE AVIÕES BRITÂNICOS

Aloysio informou que o Brasil deve restringir o uso do seu território para o pouso de aviões militares do Reino Unido a caminho das Ilhas Malvinas. Fará isso em atenção a uma reclamação do governo argentino, que reivindica a soberania das Malvinas. Os dois países guerrearam pelo arquipélago em 1982. Esmagados, os argentinos perderam 649 soldados. E mandaram à cova 255 inimigos.

Entre 2015, ainda sob Dilma Rousseff, e 2016, já sob Michel Temer, pelo menos 18 aviões militares britânicos usaram o território brasileiro como escala de reabastecimento de voos que tinham as Ilhas Malvinas como destino final. Em acordo firmado com a Argentina, o Brasil comprometera-se a desautorizar esse tipo de pouso, exceto em duas circunstâncias: emergências e missões humanitárias.

Antecipando-se a uma averiguação que está sendo feita pela Aeronáutica, Aloysio admitiu que é improvável que os 18 pousos sob exame tenham sido emergenciais ou humanitários. Daí a intenção de "tornar mais rigorosos os procedimentos", desautorizando os pousos quando for o caso. Nas palavras do ministro, a intenção do governo brasileiro é a de tornar os procedimentos "inquestionáveis."

ALOYSIO JUSTIFICA APOIO DO PSDB A TEMER E TORCE PARA ELE NÃO CAIR

A chegada de Aloysio à Esplanada dos Ministérios tem um quê de paradoxal. Na disputa presidencial de 2014, ele foi candidato a vice na chapa encabeçada pelo correligionário Aécio Neves. Com a derrota da dupla, o PSDB protocolou no Tribunal Superior Eleitoral um pedido de cassação da chapa rival: Dilma Roussef?"Michel Temer. Hoje, o tucanato é o esteio do governo Temer e Aloysio, convertido em chanceler, torce para que o TSE não passe na lâmina o mandato do substituto constitucional de Dilma.

Reuniram-se no processo movido pelo PSDB indícios eloquentes de que milhões em verbas roubadas da Petrobras irrigaram a campanha vitoriosa em 2014. Mas Aloysio endossa a tese segundo a qual a contabilidade da campanha de Temer deve ser apartada da escrituração do comitê de Dilma. "Toda punição, para que se efetive, exige, juridicamente, um nexo de responsabilidade'', afirma. ''Quem faz tal coisa sofre tal consequência. Então, é preciso que se apure efetivamente a responsabilidade do candidato à Presidência e do candidato a vice-presidente. Não são coisas que possam ser julgadas sem que haja uma apuração específica de responsabilidade de cada um. Na minha opinião, são questões que podem ser perfeitamente desmembradas ?"contas de Temer e contas de Dilma."

Quanto à presençaa do PSDB no governo, Aloysio disse: "É uma questão de responsabilidade política para com o país nós ajudarmos o presidente Temer a tirar o Brasil dessa crise profunda em que o governo anterior o colocou. O governo Temer surgiu da ruína do governo Dilma. [?] É uma ponte que tem que ser construída para 2018, em grande parte com pedaços de um naufrágio que ele encontrou na praia. Esse é o Congresso. E sem ele não se governa, não se aprovam as reformas."

PARA ALOYSIO NUNES, DEBATE SOBRE ANISTIA DE CAIXA DOIS É INOCUO

Acusado de receber R$ 200 mil no caixa dois da construtora UTC, Aloysio reitera que sua inocência será demonstrada no inquérito que corre no Supremo Tribunal Federal. "O próprio empresário, o dono da UTC [Ricardo Pessoa], disse que eu nunca fui atrás dele, nunca pedi dinheiro para ele. Então, tem que encerrar o inquérito."

A despeito do drama que o assedia, o novo chanceler considera inócuo o debate sobre anistia do caixa dois. Por quê? "A ideia de anistiar caixa dois eu acho uma besteira, porque só se anistia aquilo que é crime. Caixa dois hoje não é um tipo penal. É o recebimento de dinheiro por parte de um candidato, um dinheiro que ele não declara na sua prestação de contas. É um tipo penal de direito eleitoral.

Aloysio prossegue: "[?] Evidentemente, quem recebe recursos e não declara está cometendo crime eleitoral. Imagine você ter que arranjar um projeto de lei dizendo o seguinte: não é crime eleitoral receber dinheiro e não declarar. O Ministério Público vai continuar a denunciando. Denuncia por formação de quadrilha, lavagem de dinheiro, por corrupção. É um falso problema."
Herculano
11/03/2017 07:52
ADICIONOU-SE O CRIME CONTRA A DEMOCRACIA AO CONTRA A ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA, por Demétrio Magnoli, geógrafo e sociólogo, no jornal Folha de S. Paulo.

"Abaixo a canaille! Fora todos." No mundo sem nuances da política sectária, a delação da Odebrecht e a nova lista de Janot servem tanto a Jair Bolsonaro quanto a Lula.

Os "salvadores da pátria" simétricos erguem suas candidaturas sobre os escombros do sistema representativo. O primeiro almeja ser visto como um líder puro, ilhado pelo oceano da corrupção. O segundo aposta na normalização da corrupção: ele quer ser visto como tão impuro quanto todos os demais.

Celso de Barros não está só quando classifica como "picaretagem" o "discurso de que havia algo de excepcional na corrupção petista" (Folha, 6/3). Mas está errado.

Em busca de tons de cinza, Alckmin pede que se separe "o joio do trigo". Sua distinção - entre os "que enriqueceram" e "outros casos" - é uma tentativa pouco sutil de caiar a parede do caixa 2.

De fato, caixa 2, em si, não é crime. Contudo, sinaliza uma série de crimes subjacentes: as doações "por fora" quase sempre derivam de fraudes em licitações e superfaturamento de obras públicas. Aprendemos que as quadrilhas de políticos e empresários inovaram, usando o caixa 1 (e, portanto, os tribunais eleitorais) para lavar dinheiro de propina. Mesmo assim, o caixa 2 continua a ser um indício clamoroso de desvio de dinheiro público.

Tudo é "joio" nos campos arados pela corrupção. Política ou juridicamente, não faz sentido separar o político que se apropriou de dinheiro público para construir patrimônio (os "que enriqueceram") do que preferiu usá-lo para financiar sua carreira (os "outros casos"). As duas práticas costumam andar juntas.

E, sobretudo, "o hospital que não foi feito com o dinheiro roubado é o mesmo nos dois casos", como registra Barros. Contudo, há "algo de excepcional" na corrupção 2.0 inaugurada nos governos petistas: neles, adicionou-se o crime contra a democracia ao crime contra a administração pública.

O "Estado-Odebrecht" é a aliança, montada pelo lulopetismo, entre empresas estatais, empreiteiras e bancos públicos para financiar um bloco de poder. As sentenças judiciais do mensalão descreveram, em minúcias, os mecanismos de formação e consolidação da maioria parlamentar governista.

Os processos da Lava Jato revelam a extensão e amplitude do fenômeno. As coalizões políticas articuladas em torno de Lula e Dilma apoiaram-se na redistribuição de dinheiro público para os partidos da base governista.

Os US$ 3,39 bilhões movimentados pelo tal Departamento de Operações Estruturadas da Odebrecht ultrapassam, largamente, os limites da corrupção tradicional. Nas incontáveis reuniões de Marcelo Odebrecht com os dois presidentes, fazia-se planejamento político. Perde-se, além do hospital, a crença nas instituições democráticas.

Há "algo de excepcional" na internacionalização da corrupção. O "Estado Odebrecht" criou redes de corrupção na América Latina e na África, muitas vezes conectadas às ações de marketing político e lavagem de dinheiro de João Santana junto a governos amigos do lulopetismo. Nesse cenário, operando com recursos do Tesouro, o BNDES ajudou a converter o Brasil em agente corruptor.

Será uma vergonha e uma desgraça reinserir a Odebrecht na ordem jurídica, por meio de acordos de leniência.

O PT, apesar de tudo, não é uma quadrilha, pois não deve ser confundido com sua direção eventual. Mas a Odebrecht, sim, é uma quadrilha. Não há solução senão desmantelá-la, em nome da ordem pública e da segurança nacional.

A corrupção 2.0, que ameaça a democracia, nasce da convicção antidemocrática de que um partido é detentor da "verdade histórica". A crença de que os outros são "inimigos do povo", repetida à exaustão por 13 anos, funciona como sua chancela ideológica.

Mas, depois de inventada, a corrupção 2.0 torna-se um artigo disponível para qualquer governo. O maior dos erros seria banalizá-la, como quer Barros.
Herculano
11/03/2017 07:47
MALANDRAGEM RENDE R$ 20 MILHÕES A DEPUTADOS, por Cláudio Humberto, na coluna que publicou hoje nos jornais brasileiros.

Sem qualquer despesa para se instalar em Brasília, onde já moravam, os atuais 289 deputados federais que foram reeleitos embolsaram mais de R$ 19,5 milhões de "ajuda de custo". O dinheiro foi pago no início da atual legislatura, em janeiro e fevereiro de 2015. Eles recebem "ajuda de custo" pelo "fim do mandato" e ainda levam mais uma grana ou "ajuda de custo" pelo início do novo mandato. Total: R$ 67,5 mil cada.

GOLPE NO ERÁRIO
A "ajuda de custo" do deputado no início do mandato, mesmo tendo sido reeleito, é um "auxílio" para sua mudança e instalação em Brasília.

OS MAIS MALANDROS
Os oito deputados eleitos por Brasília, apesar de já residirem no local de trabalho, também recebem, sem corar, os R$ 67,5 mil extras.

SUPLENTES IDEM
Cada um dos deputados suplentes que substitui o titular também recebe "ajuda de custo" de início e fim de mandato, como no Senado.

SEM DESCONTOS
Cada auxílio concedido é de R$ 33.763, o equivalente ao salário, mas sem se sujeitar ao teto constitucional ou sofrer qualquer desconto.

ALAGOANOS AVALIAM BEM PREFEITO E GOVERNADOR
Levantamento do Paraná Pesquisa encomendado pelo portal Diário do Poder, mostra que o prefeito de Maceió, Rui Palmeira (PSDB), é o campeão na avaliação que os alagoanos fazem dos seus principais gestores: o tucano soma 65,1% de aprovação. O governador Renan Filho (PMDB) também merece avaliação positiva: 62,9%. Rui tem 42,7% de avaliação positiva (ótimo e bom) e Renan Filho 40,8%.

AVALIAÇÃO NEGATIVA
Na avaliação negativa (ruim e péssimo), Rui e Renan se aproximam em Alagoas: 18,7% e 19,2%, respectivamente.

AMOR POR MACEIO
Indagados sobre se escolheriam morar em outra cidade ou continuar em Maceió, 75% dos entrevistados escolhem a capital alagoana.

DADOS DA PESQUISA
O Paraná Pesquisa entrevistou 1.500 alagoanos em 46 municípios do Estado. A margem de erro é de 2,5% e a confiabilidade de 95%.

PREOCUPAÇÃO
Os alagoanos aprovam o governo Renan Filho, de uma maneira geral, pesquisa do Diário do Poder/Paraná, mas, de zero a 10, a nota máxima é 5,3 (para educação). Todas as demais áreas têm nota abaixo de 5.

JANAÍNA VICE
Torcedores da candidatura de Jair Bolsonaro a presidente tentarão persuadi-lo a se aproximar da jurista Janaína Paschoal, paulista que foi a musa do impeachment. Consideram-na sua "vice ideal".

ISSO VAI DEMORAR...
A primeira "Lista Janot" resultou em 27 inquéritos abertos nos últimos dois anos, na Lava Jato. São 50 políticos investigados. Mas apenas 8% (quatro réus) foram condenados até agora, no Supremo Tribunal.

FIM DO SIGILO
As dezenas de delações de executivos da Odebrecht que serão disponibilizadas pelo Supremo nos próximos dias, devem conter vídeos com os depoimentos. Tudo filmado em 4K, tecnologia de alta definição.

GARRA TRICOLOR
O diretor-geral da Polícia Federal, Leandro Daiello Coimbra, brincou com alguns outros diretores da PF sobre o novo ministro da Justiça: "já gostei dele, é dos meus. Descobri que também torce para o Grêmio".

SOL QUADRADO
Um dos dez foragidos mais procurados pela Interpol no Brasil foi preso pela Polícia Federal em Parintins (AM). Carlos Eduardo do Amaral Pinheiro é irmão do ex-prefeito de Coari Adail Pinheiro, e era procurado desde 2015, acusado de fraudar os cofres públicos em R$ 7 milhões.

RESULTADO RIDÍCULO
Estudo da organização IPU (União Interparlamentar, em inglês) mostra que o Brasil ocupa a 154ª posição na lista da representação feminina no Congresso. São 130 posições abaixo de Burundi, por exemplo.

É A LEI
O Tribunal de Justiça de Minas acatou alegação do desembargador Catta Preta e aplicou a lei Maria da Penha contra uma mãe de Vespasiano que agrediu a filha de 10 anos. A menina pediu dinheiro e a mãe não gostou, aplicando-lhe mordidas e unhadas. Pegou 2 anos.

PENSANDO BEM...
...reconhecer Blumenau como capital cervejeira do Brasil foi a decisão mais importante da semana em Brasília.
Herculano
11/03/2017 07:41
da série: incrível o fanatismo dos lulistas e a forma como trata a maioria dos cidadãos como trouxas, idiotas, ignorantes, analfabetos e desinformados. Depois de quebrarem o Brasil e os brasileiros pela incompetência, má gestão, populismo com o dinheiro dos outros e roubarem bilhões de todos nós, os sabidos e instruídos do PT, com a maior cara de pau, são capazes de argumentar que o país só melhorará com a volta do PT ao poder. Já declaram uma esperteza:empenhar a bandeira do crescimento que o PT rasgou e que estará de volta no ano que vem não por obra do PT e aniquilar a Justiça que pude a corrupção.

CENÁRIO DE 2018 SO ESTABILIZA COM LULA, por André Singer, assessor do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, PT, no jornal Folha de S. Paulo.

Parte da semana foi consumida pelo debate a respeito do que provocou a violenta retração de 2016, divulgada terça (7) pelo IBGE: -3,6% do PIB. Como a queda de 2015 havia sido -3,8% configurou-se recessão maior do que as ocorridas no início dos anos 1980 e 1990.

Não obstante o alto interesse da discussão sobre as causas da tragédia, o leite foi derramado e é preciso ver o que vem adiante. O governo Temer deverá transitar até o fim entre ameaças de cassação, reformas regressivas mais ou menos duras e impopularidade. E depois?

O sistema político está se organizando para providenciar absolvição branca aos líderes dos partidos tradicionais. Esse é o sentido da frase de Aécio, quarta-feira (8), sobre a necessidade de "salvar a política". Vai ser difícil promulgar tal anistia e deixar Lula de fora e, é claro, Alckmin seria anistiado também, saindo à frente de outros tucanos pela força da vitória que obteve em 2016.

Independentemente de considerações judiciais, que pertencem a uma esfera não diretamente política, o cenário estabilizador seria aquele em que Lula pudesse ser candidato. Não porque represente uma alternativa radical ao que está aí, mas porque significaria uma variante popular para o pós-crise.

Lula terá que empunhar a bandeira óbvia da retomada do crescimento, que, aliás, provavelmente já estará em curso. Não creio que se proponha a revogar o que tiver sido aprovado por Temer. A diferença entre a sua candidatura e a do PSDB - hoje provavelmente representada por Alckmin - seria relativa ao papel do Estado e dos programas sociais na aceleração de um crescimento bem baixo. Embora em visível ascensão, o nome de Bolsonaro não parece vocacionado a estar rapidamente entre os maiores.

No segundo cenário, o Partido da Justiça (PJ), a mídia, os capitalistas e a classe média recusam-se a "salvar a política" em nome de serem fieis à narrativa de que é preciso ir até o fim no combate à corrupção. Nesse caso, o PJ teria que disponibilizar um quadro para concorrer, pois os partidos tradicionais estarão aniquilados. Joaquim Barbosa, Sergio Moro, Cármen Lúcia, Ayres Britto?

Como falta ao PJ um programa abrangente para os problemas brasileiros, se chegar à Presidência, vai prolongar a instabilidade. Combater a corrupção não é suficiente para responder aos desafios brasileiros. Um terceiro cenário em que se condenam todos, salvando-se apenas o PSDB, tampouco estabiliza o quadro. Sem um partido popular competitivo, as instituições brasileiras ficam mancas.

Os que almejam mudanças progressistas profundas precisarão mirar e trabalhar para o futuro. Não vejo, a não ser por fatores inesperados, possibilidades no curto prazo.
Herculano
11/03/2017 07:28
O TAMANHO DA SACANAGEM, DA INCOMPETÊNCIA E ROUBO

O PT trava uma guerra nas redes sociais para dar ao ex-Luiz Inácio Lula da Silva - agora pré candidato a presidente novamente para quebrar o Brasil e os brasileiros mais uma vez - o título de pai das obras do Rio São Francisco, e que uma parte delas foi inaugurada ontem pelo presidente Michel Temer.

O PT e os lulistas fazem bem.

Estão acostumados a ludibriar os analfabetos, ignorantes e desinformados para alimentar a sua militância fanática e dependentes de boquinhas de altas tetas no serviço pública.

Então, estes dados mostram o tamanho da sacanagem, incompetência e roubo eles escondem: a obra foi inaugurada com cinco anos de atraso e custo de R$ 9,6 bilhões, mais que o dobro do previsto, a obra ainda carece do ramal norte, que só ficará pronto em 2018.

1. Mais que o dobro do custo e esse dobro é bilhões de reais, ou seja, foi um projeto mal feito e virou fonte de desperdícios dos pesados impostos dos brasileiros - inclusive dos catarinenses que contribuíram para a obra.

2. Isso prolonga o prazo e o erro. Ai a sacanagem deliberada vira fonte de propina e corrupção entre os pais das obras e os fornecedores de materiais e serviços.

3. Como o PT e Lula querem ser os pais da obras, são pais de todos esse cenário também, mas isso eles escondem ou dissimulam. Wake up, Brazil!
leo
10/03/2017 21:16
SOBRE A SUPERINTENDÊNCIA DO BELCHIOR,TENHO AMIGOS LÁ E OS MORADORES ESTAVAM ESPERANDO UM NOME DO BAIRRO. UM GRANDE ERRO DA PREFEITURA.UMA VEZ QUE O PMDB TEM VÁRIOS NOMES LÁ. O SEU RAUL SCHILLER FOI VEREADOR REPRESENTANDO OS BAIRROS FIGUEIRA ,BELA VISTA E COLONINHA.E O MORADORES NÃO TEM SAUDADES DAQUELES TEMPOS.PORQUE O SEU RAUL VOTAVA PARA O GOVERNO DO PT,MAIS NOS BAIRROS QUE REPRESENTAVA NADA ERA FEITO.TENHO PENA DO PESSOAL DO BELCHIOR.POLITICO BRASILEIRO É PARA ACABAR.MAIS UMA VEZ O SEU MARCELO BRICK E SEU PSD NO GABINETE DO PREFEITO,SE O PMDB QUISESSE O PSD NO GOVERNO TINHA FEITO UM ACORDO.PARECE QUE O PSD DE GASPAR ESTA DESESPERADO POR UMAS BOQUINHAS NA PREFEITURA.TEM GENTE FALANDO QUE JÁ ESTA MEIO humilhante.
Herculano
10/03/2017 16:47
PSOL MONTA NÚCLEO DENTRO DO COLÉGIO PEDRO II E É ACIONADO PELO MINISTÉRIO PÚBLICO, JUNTO COM REITOR DA ESCOLA, por Rodrigo Constantino, do Instituto Liberal

O Ministério Público Federal no Rio de Janeiro (MPF-RJ) moveu ação por improbidade administrativa contra o Sindicato dos Servidores do Colégio Pedro II (Sindscope), o Partido Socialismo e Liberdade - Rio de Janeiro (PSOL-RJ), o reitor do Colégio Pedro II, Oscar Halac, o professor do Colégio Pedro II e vereador, Tarcísio Motta de Carvalho, além de outros três professores e dois servidores do Colégio Pedro II.

Segundo o órgão, a ação foi motivada por atos de improbidade administrativa ocorridos dentro do Colégio Pedro II na unidade São Cristóvão II, que chegaram ao conhecimento do MPF-RJ por meio de representações e depoimentos prestados por pais de alunos da instituição. Eles alegam que o Sindscope fundou um núcleo do PSOL dentro do colégio, o que foi comprovado durante a tramitação de procedimento administrativo.

O MPF-RJ também apurou que, nas eleições municipais em 2016, houve propaganda eleitoral explícita em favor do candidato do PSOL Marcelo Freixo e do professor Tarcísio Motta de Carvalho, realizados por servidores dentro do Colégio Pedro II com a distribuição de material de campanha.

A ação ainda argumenta que o Sindscope ocupa, de forma irregular, as dependências da escola, já que o contrato de cessão de espaço terminou em janeiro de 2016 sem que houvesse renovação do dispositivo. A instituição de ensino solicitou ao sindicato a devolução do espaço para que fossem criadas novas salas de aula, mas o Sindscope permaneceu no local sem que o reitor tomasse providências para reincorporar o espaço.

Na ação, o MPF requer a aplicação de multa por dano moral coletivo ao Sindscope, ao PSOL, ao reitor e à diretora do sindicato e a condenação dos réus às penas previstas na Lei de Improbidade Administrativa (Lei nº 8.429/92, art. 12).

Mas sabem como é: não passa de "paranoia da direita" falar em doutrinação ideológica nas escolas e universidades. Quem precisa do Escola Sem Partido, não é mesmo? Isso é um CRIME! Esses canalhas militantes querem roubar aquilo que é mais precioso em nossos jovens: sua mente! Querem trocar ensino por catequese ideológica, matemática por socialismo, história por narrativa falsa, português por revolução.

São vermes! São bandidos! E o pior: muitos pais fazem pouco caso disso, acham que não tem tanta importância, que faz parte, que sempre foi assim, que não há grandes problemas. Aí o Brasil vira esse lixo esquerdista, com PT e PSOL conquistando espaços e o esquerdista PSDB tido como quase a "extrema-direita" da política, e todos ficam perplexos. Como pode? Aí está a resposta!

Militantes doutrinadores se disfarçam de professores, montam núcleos partidários dentro das escolas, e criam uma legião de autômatos, de papagaios de slogans marxistas. E as vítimas são os filhos da elite! São esses que votam depois em Freixo ou Lula, encantados com Chico e Caetano.

Ou a gente ataca o mal pela raiz, ou o Brasil não corre o menor risco de dar certo?
Sidnei Luis Reinert
10/03/2017 16:35
Fim do foro: 8 de 41

Internet 10.03.17 15:49
Randolfe Rodrigues, autor do requerimento de urgência para votar a PEC do fim do foro privilegiado no plenário do Senado, tem divulgado em suas redes sociais a lista dos que já assinaram o documento: até agora, oito.

São necessárias 41 assinaturas.

E AÍ DÉCIO LIMA SE NÃO VAI ASSINAR, VAMOS COBRAR PESSOALMENTE EM ALGUMA REUNIÃO POR AQUI MAIS CEDO OU MAIS TARDE!
Periquito Arrepiado
10/03/2017 14:15
A coisa tá feia pro belchior. Schiiiii....ller, vai ser o novo intendente.

Vou pular fora desse galho...
Sidnei Luis Reinert
10/03/2017 13:11
Obama: Uma fraude total!

Malik Obama compartilha foto do certificado de nascimento do irmão Barack,
9 DE MARÇO DE 2017
POR KYLE OLSON
Um Obama juntou-se ao movimento birther.

Malik Obama, meio-irmão de Barack Obama, twittou a imagem do que parece ser a certidão de nascimento de Barack.

Exceto que não é do Havaí, mas sim do Quênia.

http://www.theamericanmirror.com/malik-obama-shares-photo-brother-baracks-kenya-certificate-birth/
Sidnei Luis Reinert
10/03/2017 12:58
NOVA REPÚBLICA COMEÇA IMPLANTANDO UM EXPERIMENTO DE ENGENHARIA SOCIAL NO BRASIL DESDE 1985.

O psiquiatra Dr. Valentim Gentil Filho fornece talvez uma das informações mais preciosas para entender o projeto de engenharia social do Brasil.

Querem saber como a Nova República foi plantando suas bases para desestabilizar a MENTE BRASILEIRA? Usou e conjugou 2 frentes ao mesmo tempo: a saúde e a educação. Quem desconhece esses episódios, NÃO SABE NADA do problema a enfrentar e nem o tamanho dele.

Desde 1985, o Brasil é vítima de de um experimento social. Esse experimento social aconteceu nos EUA, na Inlgaterra, na França, na Itália e foi importado diretamente da NICARAGUA para o Brasil. As ligações desse experimento vem da "reforma sanitária" do pós-guerra. As reuniões estão muito bem documentadas nos encontros que aconteceram no Uzbequistão, na URSS, etc. Uma MESMA equipe CONTROLA o Ministério da Saúde desde 1985, INDEPENDENTE do governo que assuma o Executivo.

O sujeito que mete-se a falar de política no Brasil e desconhece esse fato NÃO SABE NADA do que está acontecendo, NADA, NADA, NADA.

https://www.youtube.com/watch?v=LjPPLnsS5T0&app=desktop
Herculano
10/03/2017 11:54
CONTRADIÇÃO DO MODO DE CORRUPÇÃO PETISTA, por Rogério Furquim Werneck, economista e professor da PUC Rio, no jornal O Globo

Os desembolsos cresceram vertiginosamente ao longo do segundo governo Lula e do primeiro governo Dilma Rousseff.

Brasília vive dias cada vez mais tensos. Com a perspectiva de divulgação da lista de Janot e de parte substancial das delações da Odebrecht, os nervos estão à flor da pele. Temendo que os complexos desdobramentos das delações possam paralisar de vez o Congresso, o Planalto vem tentando correr contra o tempo para, na medida do possível, adiantar o avanço da reforma da Previdência.

O clima de alta tensão vem tornando o debate mais confuso ainda do que já era. Em meio à crescente preocupação com a contenção de danos, não têm faltado esforços contorcionistas de racionalização antecipada do que vem por aí.

Os tucanos apressam-se a esclarecer que palavra de delator não é prova. E que é preciso todo cuidado para não confundir os vários tipos de caixa 2. O PMDB já não sabe mais o que alegar. E, na oposição, há agora quem argua que o centralismo do modo de corrupção petista não deve ser razão para que o partido seja injustamente execrado.

O que se alega é que, em contraste com o PMDB, que deixou que a corrupção se distribuísse pelo amplo arquipélago de forças políticas regionais de que é formado, o PT optou por um comando centralizado da corrupção. Opção que, agora, fará o Partido dos Trabalhadores aparecer na foto como muito mais corrupto, em termos relativos, do que supostamente seria. Por surreal que pareça a alegação, é mais do que compreensível que o PT esteja alarmado com a foto que vem sendo formada a partir dos fragmentos das delações que, aos poucos, têm sido vazadas.

O que agora foi revelado, em depoimento de Marcelo Odebrecht ao TSE, é que, por meio de uma conta corrente mantida ao longo dos governos Lula e Dilma, a Odebrecht teria posto à disposição do PT um total de R$ 300 milhões, em troca de favores acertados com o ministro da Fazenda de turno (O GLOBO, 3 de março). Entre tais favores, merece destaque uma providencial medida provisória relacionada a um programa de recuperação fiscal (Refis), especialmente benéfica ao braço petroquímico do grupo, pela qual a Odebrecht teria concordado em transferir R$ 50 milhões ao partido ("Estadão", 2 de março).

Para sorte do país, quis o destino que os Odebrecht " não se sabe se pelo resquício de meticulosidade germânica que ainda possam ter mantido, ou por soberbo senso de impunidade que possam ter adquirido " insistissem em manter, ano após ano, registros contábeis perfeitamente acurados de todas as transações do operoso "Departamento de Operações Estruturadas"do grupo, responsável pelos pagamentos de propinas.

Em depoimento recente prestado ao TSE, o executivo responsável pela gestão do "Departamento de Operações Estruturadas" revelou que, entre 2006 e 2014, nada menos que US$ 3,4 bilhões (isso mesmo, dólares) foram mobilizados pelo grupo para abastecimento de campanhas eleitorais com caixa 2 e pagamento de propinas, no Brasil e no exterior.

Os desembolsos cresceram vertiginosamente ao longo do segundo governo Lula e do primeiro governo Dilma. De US$ 60 milhões, em 2006, passaram a US$ 420 milhões, em 2010, saltaram a US$ 750 milhões, em 2013, e só recuaram para US$ 450 milhões, em 2014, porque a Lava-Jato já havia sido deflagrada.

À medida que o exato teor das delações dos 77 executivos da Odebrecht vier a público, a foto que, aos poucos, vem sendo composta a partir dos fragmentos de informações vazadas, ganhará constrangedora nitidez. E logo se transformará em longo, circunstanciado e deprimente documentário do espantoso surto de corrupção que tomou de assalto o país desde meados da década passada.

Diz bem do desespero delirante em que caiu o PT que, a esta altura dos acontecimentos, o partido esteja dando asas à fantasia de que, na cena final desse documentário, Lula possa aparecer alçado, mais uma vez, à Presidência da República.
Herculano
10/03/2017 11:50
VERDADES QUE TÊM DE SER DITAS, editorial do jornal O Estado de S. Paulo

Meirelles sublinhou que alterar as regras das aposentadorias não é 'objeto de decisão, de desejo de alguém', mas sim uma necessidade.

O ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, não podia ser mais claro quanto à urgência da reforma da Previdência. Ao abrir ontem o Fórum Estadão dedicado ao assunto, Meirelles sublinhou que alterar as regras das aposentadorias não é "objeto de decisão, de desejo de alguém", mas sim uma necessidade. "A questão não é se a reforma é boa ou ruim. A questão fundamental é se a sociedade brasileira pode pagar os custos crescentes de um sistema que já não tem racionalidade", disse o ministro, deixando claro que não realizar a reforma, tal como apresentada pelo governo, é comprometer o próprio futuro do País.

Finalmente parece que o Brasil tem autoridades dispostas a dizer o que a sociedade tem de ouvir, verdades que foram escamoteadas por governos e políticos irresponsáveis na última década. O populismo que marcou o mandarinato lulopetista interditou, como um tabu, qualquer discussão séria sobre os problemas graves do sistema previdenciário. Mesmo hoje, diante das evidências de que um desastre se avizinha rapidamente, o PT e seu chefão, Lula da Silva, continuam a tratar do tema de maneira inconsequente, procurando incutir na opinião pública a ideia segundo a qual a reforma proposta pelo governo de Michel Temer é desnecessária e, ademais, prejudicial aos trabalhadores. "Essa proposta parece que remonta aos tempos da escravidão", disse Lula em encontro com sindicalistas no final do ano passado, indicando desde então que continuaria a apelar para a desinformação como arma contra o governo.

Justamente para tirar a discussão do terreno da mistificação, que só interessa aos irresponsáveis, e trazê-la para a dura realidade, único lugar onde os problemas são de fato resolvidos, Michel Temer e seus principais auxiliares devem ser francos, como foi Meirelles em sua fala no Fórum Estadão, ao abordarem publicamente a questão da Previdência.

Assim, o ministro da Fazenda tocou, sem meias-palavras, no delicado tema da idade mínima para a aposentadoria. Ao lembrar que tem um amigo que comemorou recentemente 20 anos como aposentado, Meirelles disse que tal situação é, por óbvio, insustentável. "É bom para ele, mas isso custa caro. Já existem pessoas que têm quase o mesmo tempo de aposentadoria do que o tempo trabalhado."

Não se pode condenar quem queira se aposentar o quanto antes, com o maior benefício possível, mas essas pessoas precisam ser informadas de que isso gera efeitos negativos para a sociedade, comprometendo as gerações futuras. "Idealmente manteríamos a Previdência como está, mais generosa", disse Meirelles. "Mas isso tem um custo para a sociedade, e o custo tem de ser compatível com a capacidade contributiva dos cidadãos."

Esse custo foi traduzido pelo ministro por meio de diversos números e projeções de forte impacto. Os gastos com a Previdência saltaram de 3,3% do Produto Interno Bruto em 1991 para 8,1% hoje. Se nada for feito, essas despesas chegarão a 17% do PIB em 2060, e "a Previdência vai ocupar cada vez mais os gastos públicos, considerando que agora temos o teto dos gastos". Segundo o ministro, todas as demais despesas do governo representam hoje 45% do total, mas mesmo que fossem reduzidas para 33%, naquele cenário não seria possível cobrir os gastos com a Previdência. "Todas as outras despesas teriam de ser reduzidas para 20%", advertiu Meirelles.

Tudo isso significa, conforme disse o ministro, que sem a reforma imediata da Previdência outras despesas públicas fundamentais, como saúde e educação, perderão recursos para o pagamento de aposentadorias. Além disso, como lembrou o secretário da Previdência Social, Marcelo Caetano, também presente ao Fórum Estadão, se a reforma não for aprovada pelo Congresso tal como foi encaminhada pelo Executivo, será necessário "realizar reformas mais fortes no futuro para compensar o que deixou de ser feito agora". E o futuro ao qual o secretário se refere é imediato ?" segundo ele, caberia já ao próximo presidente da República, em 2019, encaminhar essa reforma mais drástica.

Como bem disse o ministro Meirelles, "na reforma da Previdência, a linha divisória não é quem é contra ou a favor do governo", e sim "aqueles que são preocupados com as contas públicas e aqueles preocupados em defender algumas categorias específicas". Não pode haver dúvida sobre qual lado o País deve escolher.
Herculano
10/03/2017 11:48
MORO: "HÁ RISCO DE RETROCESSO NA LAVA JATO"

Conteúdo de "O Antagonista". Sergio Moro deu uma entrevista ao Valor.

Ele falou sobre os golpes articulados contra a Lava Jato no Congresso Nacional:

"Eu realmente acho que há risco de retrocesso. Fatos como aquela tentativa de anistia".

A reportagem perguntou:

"O senhor se refere à anistia ao caixa dois ou à tentativa de anistia geral que a Câmara dos Deputados encampou?"

Ele respondeu:

"Se fosse ao caixa dois seria algo menos preocupante. Digo a tentativa de anistia geral. E ainda tem uma incógnita, porque há muitas investigações em andamento. Teremos de ver qual será o destino delas".

MORO: "ALGO MUDOU"

O juiz Sergio Moro disse ao Valor que as manobras contra a Lava Jato não afetam o passado, e sim o futuro do Brasil:

"Olha, eu colocaria assim: o trabalho que foi feito até agora é difícil de ser perdido. Porque já tem várias condenações, pessoas cumprindo pena, centenas de milhões foram recuperados e em parte restituídos para a Petrobras. Acho que a grande questão é até onde vai, entendeu? Para onde se pode ir".

Ele disse também que o apoio à Lava Jato indica que algo mudou no país:

"Não é uma coisa assim, que caiu do céu. É uma coisa que vai se desenvolvendo. E o apoio da sociedade civil organizada. Milhões de pessoas saíram às ruas (?). É difícil prever o futuro. E se isso vai passar a ser uma regra ou se foi uma exceção. Mas algo mudou".
Herculano
10/03/2017 11:35
Ao João Pedro.

Só posso entender como uma provocação. Como você a partir de Pelotas, lá no extremo do Rio Grande do Sul, pode estar sabendo dos quatro cantos de Gaspar?

Outra. Se o Melato resolveu o problema do lixo, não sei exatamente. Mas, posso verificar. Se revolveu, fez o que se espera de alguém que foi indicado para resolver os problemas da água tratada, do lixo e saneamento.

Quer louvor naquilo que é uma obrigação do cargo e da função? Coisa de políticos. Tem muita gente disposta (e a maioria paga) a fazer isso por aqui. Eu apenas olho a maré.

Comentei nas colunas apenas problemas que ele não resolveu e como executivo que diz ser, só piorou.

Sobre o lixo, nesta sexta-feira, faltou espaço. Como comentei na coluna de terça-feira, ele continua fedendo. E é um jogo de cachorro grande que transita em Gaspar, Brusque, Curitiba e Blumenau. Um perigo, pois é suprapartidário. Acorda, Gaspar!
João Pedro Dresch
10/03/2017 10:58
Herculano

Melato arrota aos 4 cantos que o nobre articulista é uma pessoa pobre de espírito, invejosa e que não diz a verdade
Segundo ele, o senhor nunca foi capaz de enxergar as coisas boas feitas por ele à população, como por exemplo a resolução definitiva do lixo em Gaspar.
Tania
10/03/2017 10:18
Bom dia Herculano.
Uma coisa o Rodrigo Maia tem razão, a Justiça do Trabalho é um atraso e os advogados de plantão não vejam a hora de sangrar uma empresa. Não defendo nunca este crápula do Rodrigo Maia, mas que esta Justiça do Trabalho quebrou e vai quebrar muitas empresas é verdade, não adianta fechar os olhos para isso. Tem muita gente querendo arrancar dinheiro fácil das empresas, e estas estão respirando com ajuda de aparelho. O Povo que se julga sempre o coitadinho da história, não sabe o que é ter uma empresa e garantir todo final de mês que sobre dinheiro para pagar salários, impostos, reformas, taxas de tudo que é tipo como Fátima, Ibama, bombeiro, clientes que não pagam, concorrência desleal com a China e outros países afim, investimentos necessários para sobrevivência no mercado, etc. Então realmente é um assunto que merece ser discutido, até onde é necessário uma Justiça do Trabalho, como funciona em países de primeiro mundo. Nunca esquecem que para ter emprego, tem que ter um doido com coragem e espírito empreendedor que abra uma empresa.
Miguel José Teixeira
10/03/2017 09:31
Senhores,

Sobre o tema atual "Licitude do dinheiro", vale a pergunta: será lícito o dinheiro pago à advogados famosos que defendem BANDIDOS tipo zédirceu ???

Herculano
10/03/2017 07:35
VEM CHUVA E TROVOADAS

Mapas meteorológicos mostram a possibilidade de chuvas fortes neste final de semana a partir de hoje no Vale do Itajaí.
Herculano
10/03/2017 07:18
A ORIGEM DE TUDO, por Eliane Cantanhede, para o jornal O Estado de S. Paulo

A decisão do Supremo de abrir inquérito contra o senador Valdir Raupp (PMDB-RO) é uma das mais importantes de toda a avalanche da Lava Jato, porque cria um precedente e atinge em cheio a maior trincheira dos políticos para se defender: recibos e valores declarados oficialmente à Justiça Eleitoral não valem mais nada, ou valem muito pouco, pois não atestam nem a licitude do dinheiro nem a idoneidade do candidato.
Se os políticos já estavam desesperados por causa do caixa 2, entram em pânico com o próprio caixa 1. Acabou o mantra a que recorrem dez entre dez candidatos quando seus santos nomes são citados em vão, ou nem tanto, pelas dezenas de delatores que jorram denúncias e lama contra eles: "Todas as doações de campanha estão declaradas oficialmente à Justiça Eleitoral".

Isso agora entra por um ouvido e sai pelo outro de juízes, procuradores, policiais federais ?" e da mídia. Pela decisão da Segunda Turma do STF, o que interessa não é só o destino do dinheiro, mas principalmente a origem. É aí que mora o perigo para os envolvidos: os vícios, abusos, desvios e maracutaias. Arranjar um papelzinho, rabiscar uma nota fiscal e lavar a trajetória do dinheiro passou a ser de pouca valia.
As investigações podem começar pelas declarações oficiais de campanha, percorrer o caminho inverso e desembocar num esquema em que o dinheiro saía de propinas e de contratos fraudados de órgãos públicos e empresas estatais. O que parecia ser oficial e legal passa a ser ilícito e ilegal. Tudo muda de figura, o papelzinho vira lixo.

E assim chegamos a esta sexta-feira febril, com a forte expectativa de entrega das milhares de páginas das delações da Odebrecht pela PGR ao Supremo e com as acareações de mandachuvas da empreiteira no TSE, que podem fazer toda a diferença para o processo que o PSDB abriu contra a chapa Dilma Rousseff-Michel Temer. Se arrependimento matasse...

O que está em jogo em tudo isso não é um político a mais ou a menos do PMDB ou de Rondônia, vários políticos de PMDB, PSDB, PT, PP, PDT, PSB... de todos os Estados ou um governo. O alvo é o próprio sistema político, a cultura política e eleitoral que se instalou no Brasil.

Quanto mais esperneiam, mais os políticos vão sendo tragados para o fundo do poço e a melhor confirmação disso é a reação unânime e irada a uma nota do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso tentando ponderar o óbvio: não tratar desiguais de forma igual.

"Há diferença entre quem recebeu recursos de caixa dois para financiamento de atividades político-eleitorais, erro que precisa ser reconhecido, reparado ou punido, daquele que obteve recursos para enriquecimento pessoal", defendeu, numa posição corajosa, desde sempre fadada a levar pedradas. Há diferença, sim, entre caixa 2 de campanha e compra de diamantes, lancha e joias, entre caixa 2 e compra de votos no Congresso, entre políticos que tiveram doações eleitorais de Odebrecht e outras empresas privadas (praticamente todos) e os muitos que estão na política para roubar.

Atenção: não há santos nessa história e é preciso investigar, punir e mudar os métodos (e a cultura), mas os diabos não são iguais. Assim, a nota de FHC era um chamamento à racionalidade e a reação foi acachapante. Mas o pior não é isso: como ele citou caixa 2 e o vilão evoluiu para o próprio caixa 1, sua tentativa caducou em menos de uma semana. Sem nada, e nenhum argumento, para pôr no lugar.

Eternidade. O STF marcou para 18 de abril deste ano (2017!) o julgamento do deputado Paulo Maluf, acusado de desvio de dinheiro de São Paulo para contas no exterior quando foi prefeito. Quando? De 1992 a 1996, há 21 anos! E ainda dizem que nada está mudando neste país.
Maria José
10/03/2017 07:04
Só para ajudar,além dos protegidos dos Deputados Esmael dos Santos e Kleinunbing fazerém parte das tetas do governo Kleber,temos ainda protegidos de Itajaí,B.Camboriu e Brusque e só verificar.Maiores informações na Rádio Corredor da Prefeitura.
Herculano
10/03/2017 06:32
DIFERENTE DAQUI, LÁ E AQUI - PELA ESQUERDA DO ATRASO - NÃO HÁ COMPREENSÃO DE GOLPE: CORTE APROVA O IMPEACHMENT DA PRESIDENTE DA COREIA DO SUL

Conteúdo das agências internacionais. Texto do jornal O Estado de S. Paulo. A Corte Constitucional da Coreia do Sul aprovou nesta sexta-feira por unanimidade o impeachment da presidente Park Geun-hye por envolvimento em um escândalo de tráfico de influência.
Park, de 64 anos, tornou-se a primeira líder democraticamente eleita do país a ser afastada do cargo.Uma eleição presidencial será realizada em 60 dias, segundo a Constituição. Atualmente, a presidência está sendo ocupada interinamente pelo primeiro-ministro, Hwang Kyo-ahn.

Park Geun-hye é acusada de ter permitido que uma amiga influenciasse suas decisões e se aproveitasse financeiramente da amizade

No início de dezembro, parlamentares decidiram pelo impedimento da presidente por 234 votos a favor e 56 contra, indicando que dezenas de membros do partido de Park, o conservador Saenuri, apoiaram o processo.
Park, eleita em 2013, foi acusada de ter permitido que uma amiga, Choi Soo-sil, usasse sua influência sobre a presidente para enriquecer e influenciar em suas decisões políticas. Choi é acusada de forçar doações a duas fundações e utilizar os recursos em benefício próprio.

A imprensa afirma que Choi, de 60 anos, atuou com uma espécie de conselheira, influenciando de maneira considerável as decisões do governo apesar de não ter nenhum cargo oficial.

A presidente negou ter participado das artividades da amiga, mas admitiu ter submetido a Choi as minutas de discursos no início do seu mandato e se desculpou por ter causado "preocupação na sociedade". Acredita-se que Choi também teve acesso a documentos secretos do governo sul-coreano.
Herculano
10/03/2017 05:50
TRABALHO SEM JUSTIÇA? por Bernardo Mello Franco,no jornal Folha de S. Paulo.

O presidente da Câmara, Rodrigo Maia, costuma se dizer um político pró-mercado. Nesta semana, ele radicalizou. Defendeu a extinção da Justiça do Trabalho, sem explicar o que ficaria no lugar.

O deputado do DEM acusou os juízes da área de atuarem de forma "irresponsável". Ele alegou que decisões favoráveis aos trabalhadores teriam provocado a falência de bares e restaurantes no Rio de Janeiro.

"Foi quebrando todo mundo pela irresponsabilidade da Justiça brasileira, da Justiça do Trabalho, que não deveria nem existir", atacou.

A ofensiva não parou por aí. Maia culpou as leis trabalhistas pelo aumento do desemprego: "O excesso de regras no mercado de trabalho gerou 14 milhões de desempregados".

Não é preciso simpatizar com sindicalistas para perceber que o deputado exagerou. A velha CLT tem problemas, mas está longe de ser a maior culpada pelo desemprego.

As vagas sumiram porque o país entrou em colapso, com um tombo recorde de 9% no PIB desde 2014. Maia não concluiu a faculdade de economia, mas sabe que as causas da recessão foram outras, como a intensa crise fiscal no governo Dilma.

"A ideia de que as empresas estão em dificuldade por culpa da Justiça do Trabalho é uma mentira, uma bravata. A CLT era a mesma quando a economia brasileira estava crescendo", lembra o presidente da Associação dos Magistrados da Justiça do Trabalho, Germano Siqueira.

Ele afirma que os juízes podem errar, mas são necessários para arbitrar os conflitos entre capital e trabalho. "O Congresso também comete equívocos, e ninguém defende a sua extinção por causa disso", argumenta.

O ministro Marco Aurélio Mello, do STF, também discorda de Maia. Ele diz que a crise reforçou a importância da mediação entre patrões e empregados. "Temos um mercado desequilibrado, com excesso de oferta de mão de obra e escassez de vagas. Mais do que nunca, a Justiça do Trabalho é indispensável", sustenta.
Herculano
10/03/2017 05:40
HOJE A CAIXA VAI ABRIR MAIS CEDO

Parece um milagre. Um banco com gente estável, desanimada o tempo todo para trabalhar e que parece uma repartição pública do início do século 20 vai abrir mais cedo. Vai ser uma sofrência para os economiários e principalmente os nascidos em janeiro e fevereiro que vão lá sacar e resolver as pendências da liberação do Fundo de Garantia
Herculano
10/03/2017 05:36
TEMER NÃO COGITA AFASTAR MINISTROS INVESTIGADOS, por Josias de Souza

A perspectiva de divulgação dos pedidos de inquérito decorrentes das delações da Odebrecht reacendeu nos porões do governo um debate sobre a situação dos ministros que devem constar da lista da Procuradoria-Geral da República. Dá-se de barato no Planalto, por exemplo, que irão à grelha do Supremo Tribunal Federal os ministros Eliseu Padilha (Casa Civil) e Moreira Franco (Secretaria-Geral da Presidência).

Avalia-se que a novidade tornará ainda mais frágil o já debilitado estado-maior do governo. Ainda assim, Michel Temer não cogita afastar seus auxiliares. Nas palavras de um aliado que conversou com o presidente sobre o tema, "Padilha e Moreira só deixarão o governo nesta fase se quiserem. E eles não deram sinais de que desejam sair."

Temer se mantém aferrado aos critérios que definiu para lidar com os ministros que ardem no caldeirão da Lava Jato: 1) os que forem formalmente denunciados pelo Ministério Público Federal, terão de se licenciar dos cargos. Nessa condição, não perderão o foro privilegiado; 2) aqueles que virarem réus em ações penais abertas pelo Supremo Tribunal Federal deixarão definitivamente o governo.

Na prática, além de fornecer uma desculpa automática para Temer e seus ministros, estes parâmetros como que desobrigam o presidente de pensar sobre o paradoxo que marca o seu mandato-tampão: o governo mantém a cabeça nas reformas econômicas e os pés no pântano da política.

Em privado, Temer revela-se obcecado pela preservação da maioria parlamentar. Seu maior receio é o de que a nova lista de encrencados elaborada pela Procuradoria perturbe o Legislativo a ponto de interferir no ritmo de tramitação de reformas como a da Previdência. O presidente di que fará o que for necessário para evitar o comprometimento das reformas.

Antessala da prosperidade econômica ou nova escala rumo ao abismo político, escolha sua metáfora para o que o governo Temer enfrenta na sua tentativa de chegar a 2018. Uma cena típica de desenho animado talvez seja a maneira mais adequada e sintética para descrever o que se passa.

Nos desenhos, às vezes acaba o chão. Mas os personagens continuam caminhando no vazio. Só despencam quando percebem que estão pisando em nada. Se não notassem, atravessariam o abismo. Temer assiste à deterioração moral do seu governo sem estranhar coisa nenhuma. Sua única preocupação é não olhar para baixo.
Herculano
10/03/2017 05:34
PELOS CRITÉRIOS APLICADOS A RAUPP, TALVEZ MAIS DE CEM POSSAM VIRAR RÉUS, por Reinaldo Azevedo, no jornal Folha de S. Paulo.

"Se Deus é onipotente, pode criar uma pedra que nem Ele próprio consiga carregar?" Qualquer que seja a resposta, eis a morte de Deus como onipotência. Ou não, acudiria São Tomás de Aquino: só se é onipotente apenas sobre as coisas possíveis. E se deve concluir que não há o que Ele não possa fazer, mas apenas as coisas que não podem ser feitas.

Considerações relacionadas ao "Paradoxo da Onipotência" vieram-me à cabeça quando tentava vislumbrar uma saída para o país, sob os auspícios da Lava Jato. Pergunto-me, dado o conjunto da obra, se não estamos caminhando para a conclusão de que Deus está morto ?"e isso bem pode explicar por que tantos buscam, à direita e à esquerda, demiurgos e milagreiros, com ou sem casaca.

Diga-se, à partida, que algumas vitórias e derrotas já estão consolidadas. O PT conduziu o país à ruína econômica, social e política, mas sai, e isto é estupefaciente, com um ganho moral ao menos. Vê triunfar em todo canto, inclusive entre aqueles que foram às ruas pedir a queda de Dilma, a versão de que todos os partidos, os políticos e os pecados são iguais. Assim falou Lula em 2005, quando veio à luz o mensalão.

Como sabem André Singer ou Celso Rocha de Barros ?"que têm por que estar satisfeitos com a obtusidade de alguns de seus adversários intelectuais?", o partido que pretendeu se organizar como o Moderno Príncipe sumiu das referências teóricas (e, pois, práticas) dos conservadores. A direita xucra nunca pensou nisso porque é apedeuta.

A crítica de economia política está sendo engolida pelo moralismo mixuruca, pelo proselitismo vulgar, pela ignorância barulhenta, pela estridência oca. O PT mais perigoso para a democracia é o que não rouba, coisa que alguns seres que ficam berrando impropérios e asnices no Facebook e no YouTube, frequentemente a soldo, são incapazes de entender.

Ainda que pareça absurdo dizê-lo, em termos prospectivos, as esquerdas estão mais atentas do que seus adversários às consequências sociais do desastre econômico que elas próprias fabricaram. No ano passado, a economia recuou ao tamanho que tinha em 2010. Imaginem o que aconteceu com a renda dos pobres. Daqui a pouco, chega a hora de falar em esperança. E aí?

Alguma trilha? Alguma luz? Algum São Tomás para nos lembrar de que precisamos criar um sistema que tenha a onipotência sobre as coisas possíveis? Quem ousará defender uma reforma no modelo, a ser feita por políticos ?"que não podem ser convidados ao suicídio? A economia do tempo das revoluções corta cabeças, mas não consolida nem avanços nem direitos.

Notem: poucos se deram conta das consequências do chamado "Caso Valdir Raupp", de que tratei em meu blog na quarta-feira. O senador por Rondônia se tornou réu no STF porque a Procuradoria Geral da República sustenta que a doação legal que recebeu de uma empreiteira era oriunda da propina na Petrobras. Os senhores ministros lembraram, claro!, que ao MPF caberá o ônus da prova. Ainda não é condenação. Mas réu já é. Está com o carimbo.

Li a denúncia e recomendo que o façam. Por aqueles critérios, qualquer um que tenha recebido doação legal de empresa investigada, esteja evidenciado ou não o liame que justifica a acusação de corrupção passiva, poderá lustrar o banco dos réus. Quantos? Talvez mais de centena. Não por acaso, a razia atinge a elite do Congresso, a quem caberia reformar o sistema, mas de quem se cobra rigor na construção da própria lápide.

Vai se perdendo de vista a ordem das coisas possíveis em benefício daquelas que não podem ser feitas.

Só os delatores riem, vestidos de branco, livres, leves e soltos, como numa propaganda de absorvente higiênico. Enquanto esperam o próximo governo, saboreiam as batatas que Sérgio Moro lhes garantiu.
Herculano
10/03/2017 05:23
PETISTA É O BRAÇO DIREITO DE MEIRELLES NA REFORMA, por Cláudio Humberto, na coluna que publicou hoje nos jornais brasileiros.

Ex-diretor de Benefícios do INSS nos governos Lula e Dilma, e conhecido entusiasta da era PT, Benedito Brunca acabou promovido a secretário de Políticas da Previdência do governo Michel Temer e, assim, virou o braço direito do ministro Henrique Meirelles (Fazenda) no esforço para emplacar a reforma da Previdência. Na era PT, Brunca chefiou a área de Benefícios do Ministério da Previdência por 11 anos.

DOIS SENHORES
Causa espanto na bancada de apoio ao governo Temer no Congresso o papel protagonista de um prócer petista na reforma da Previdência.

AUTOR INTELECTUAL
Ricardo Berzoini foi acusado de "maltratar" os velhinhos, mas se diz na Previdência que a decisão de recadastrá-los foi de Benedito Brunca.

TURMA DE GABAS
Se hoje o petista Brunca se ligou ao ministro Henrique Meirelles, no governo Dilma ele era seguidor do ministro petista Carlos Gabas.

TUTELA PETISTA
O ex-ministro Carlos Gabas é informado regularmente sobre as ações na Previdência, segundo servidores.

PLANALTO OU PAPUDA, AS OPÇÕES DE LULA PARA 2018
Pesquisas para 2018 são prematuras porque até lá os pré-candidatos podem estar inelegíveis ou presos. É o caso do ex-presidente Lula. Ele ainda não sabe se o seu destino será o Planalto ou a Papuda, mas ao menos no Nordeste continua bem. Em Alagoas, 39% votariam nele, se a eleição fosse hoje, aponta levantamento do Paraná Pesquisa para o portal Diário do Poder. Marina (Rede), em 2º, soma 13,3%. Foram ouvidos 1.500 eleitores em 46 municípios. A margem de erro é 2,5%.

AÉCIO E BOLSONARO EMPATAM
Apenas 10,2% dos alagoanos votariam em Aécio Neves (PSDB), que no Estado empata com o deputado Jair Bolsonaro (RJ).

TEM PARA TODOS
Joaquim Barbosa (4,7%), Ciro Gomes (3,6%), Michel Temer (3,5%) e Ronaldo Caiado (0,4%) fecham a lista de intenção de votos.

O TUCANO FAVORITO
Entre tucanos, José Serra é o preferido dos alagoanos para presidente, com 21,8%. Alagoas foi o único Estado onde Serra venceu, em 2010.

DESEMPENHO BAIXO
O Paraná Pesquisa perguntou o que os alagoanos acham do governo Michel Temer. O desempenho dele é duas vezes melhor que o de Dilma, mas é baixo: 24,5% aprovam e 72,4% desaprovam.

'TERRORISMO' CONTÁBIL
O périplo do ministro Henrique Meirelles (Fazenda) por gabinetes do Supremo Tribunal Federal pode representar tiro no pé. "Não é apropriado vir aqui fazer terrorismo contábil", lamentou um ministro.

PRESSÃO CONTRA FACHIN
Além de pressionar o ministro Luiz Edson Fachin a "apressar o passo", a Procuradoria Geral da República recomendou ao próprio Supremo Tribunal Federal a espalhar o "aviso", que bombou nas redes sociais, da iminente liberação das delações da Odebrecht.


NEM TE LIGO
Alheio ao senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP), que mudou de mesa para não ter de cumprimentá-lo, o governador de Goiás, Marconi Perillo (PSDB), saboreou duas garrafas do melhor vinho no restaurante Oscar, em Brasília, quarta (8) à noite, na companhia de quatro amigos.

EXPLORADORES INFAMES
Paulista que quiser passar o fim-de-semana em Paris, a 9.400km de distância, acha passagem a R$1.719. Optando por Maceió, a 2.200km, R$1.700. E a não menos infame Anac ainda libera cobrança de malas.

VAI DECOLAR?
A expectativa é que o juiz Itagiba Catta Preta Neto suspenda ainda hoje a nova regra de cobrança por despacho de bagagem, dada de presente às companhias aéreas pela Anac, agência que deveria fiscalizá-las.

REFORMAS GARANTIDAS
O deputado Carlos Marun (PMDB-MS) reconheceu o racha no partido nas duas casas, mas está confiante que isso não vai atrapalhar as reformas propostas pelo governo. "Estamos acima disso", garantiu.

TRIPLA ACAREAÇÃO
Nesta sexta-feira o processo na Justiça Eleitoral que apura maracutaias na reeleição de Dilma Rousseff terá um lance sensacional: haverá acareação de Marcelo Odebrecht com 3 ex-executivos da empreiteira.

PERGUNTA NA ESPLANADA
O que será mais valioso em Brasília: parte da lista de Schindler, que deverá ser leiloada por R$ 7,6 milhões, ou a famosa "Lista de Janot?"
Herculano
10/03/2017 05:16
ESTAMOS INFANTILIZANDO OS ADOLESCENTES?, por Cláudia Costin, professora visitante de Harvard. Foi diretora de Educação do Banco Mundial, secretária de Educação do Rio e ministra da Administração no jornal Folha de S. Paulo.

Numa visita ao Brasil, pouco depois de sair do Governo da Espanha, Felipe Gonzalez foi questionado sobre o que gostaria de ter feito e não conseguiu. Depois de pensar alguns minutos, disse lamentar que, apesar de avanços importantes em educação, os jovens ainda se formavam e queriam saber o que o Estado faria por eles. Ou seja, eram formados para a dependência, não para a autonomia.

De fato, muitos sistemas educacionais no mundo, e o Brasil não é uma exceção, formam pessoas que demandam trabalho e não consideram a possibilidade de trabalharem de forma independente ou criarem suas próprias organizações. Neste sentido, é promissor ver que, mesmo em tempos de crise, há um crescente número de startups que, criadas por jovens, buscam inclusive aventurar-se em empreendimentos de impacto social relevante.

Não é necessariamente à criação de empresas que me refiro neste texto, mas à formação que é dada aos jovens no país. Já na segunda década do século 21, insistimos em infantilizar alunos adolescentes, julgando-os inaptos a aprendizagens mais complexas, a fazer escolhas de matérias ou a poderem ser responsabilizados por condutas prejudiciais ao grupo.

Nem sequer deixamos que eles organizem o espaço escolar ou limpem suas carteiras. Ao observar um mutirão de limpeza da Faetec, no Rio de Janeiro, organizado por pais de alunos, uma pergunta não queria calar: os alunos participaram? Em caso positivo, certamente tiveram um aprendizado importante.

Outra iniciativa adotada por algumas escolas é organizar assembleias regulares com os alunos, mesmo que ainda muito jovens. Nelas, eles aprendem regras básicas de convivência, discutem melhorias no ambiente escolar e tomam decisões.

Duas outras medidas que podem ajudar o jovem a se tornar autônomo são, por um lado, evitar chamar os pais à escola para discutir disciplina, tratando isso, como ocorre por exemplo na Finlândia, com o próprio aluno, e, por outro, dar-lhe mais flexibilidade na escolha de matérias a serem cursadas. Por que não pensar em eletivas no fundamental dois e no ensino médio?

No ensino médio existirão, na nova proposta, itinerários formativos a serem selecionados pelos alunos, mas não está claro se, dentro delas, especialmente em escolas com jornada ampliada, os alunos poderão escolher que matérias preferem priorizar ou que cursos gostariam de incluir na grade. Isso pode ser pensado, com adaptações, até no fundamental dois.

Em ambas as situações, cabe à escola promover o protagonismo do jovem, mostrando-lhe seu papel como empreendedor de sua vida escolar, na construção dos seus sonhos, do seu projeto de vida
Herculano
10/03/2017 05:12
A PRINCIPAL FOTO DE CAPA DO JORNAL FOLHA DE S. PAULO DESTA SEXTA-FEIRA É BLUMENAU

É foi para registrar que a cidade é a Capital Nacional da Cerveja. A Lei foi sancionada ontem. Na foto além do presidente Michel Temer, PMDB, a rainha e as princesas da Oktoberfest (e a legenda da foto teceu críticas ao pronunciamento do presidente no Dia Internacional da Mulher), os tucanos Napoleão Bernardes (prefeito) e Dalírio Beber (senador) e ao fundo Eduardo Pinho Moreira, PMDB, vice governador).

Ausente dela, o autor do Projeto na Câmara, Décio Neri de Lima, PT, ex-prefeito de Blumenau.

A sansão presidencial aconteceu exatamente quando se dá o bem sucedido e consolidado - apesar de recente - Festival Brasileiro da Cerveja, em Blumenau, e que dá à cidade, diante de várias atitudes e atividades planejadas, um turismo sustentável.

Já a vizinha Gaspar... nem passagem é, pois se dá os cervejeiros, em sua maioria, vem do aeroporto pela BR 470
Herculano
09/03/2017 21:13
JUIZ DE BRASÍLIA SUSPENDE DEPOIMENTOS DE TESTEMUNHAS DE CUNHA

Conteúdo do jornal O Globo. Texto de André de Souza, da sucursal da Brasília. Estão suspensos os depoimentos e respostas por escrito das 18 testemunhas arroladas pelo ex-presidente da Câmara Eduardo Cunha (PMDB-RJ) no processo que investiga irregularidades do Fundo de Investimentos do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FI-FGTS), administrado pela Caixa. Entre as testemunhas apontadas estavam o presidente Michel Temer e o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Cunha está preso desde outubro do ano passado em Curitiba em razão da Operação Lava-Jato.

A medida foi tomada pelo juiz Vallisney de Souza Oliveira, da 10ª Vara Federal de Brasília. Ele fez isso em razão de uma decisão da Terceira Turma do Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF1), que atendeu um pedido de Cunha. O TRF1 determinou que sejam juntadas algumas mídias ao processo e aumentou o prazo de defesa prévia para o ex-presidente da Câmara.

O presidente da Câmara, Eduardo Cunha, durante depoimento na CPI da Petrobras na Câmara
Cunha ocultou dinheiro no exterior durante toda a vida pública, diz MPF
"Suspendo os atos processuais instrutórios relacionados às testemunhas arroladas pela defesa de Eduardo Cosentino da Cunha, inclusive às testemunhas com prerrogativa, em face da decisão proferida pela Terceira Turma do TRF1", decidiu o juiz.

A solução encontrada por Vallisney foi separar os processos. O processo de Cunha vai correr em separado dos demais réus: o ex-ministro do Turismo e ex-presidente da Câmara Henrique Alves (PMDB-RN); o empresário Alexandre Margotto, que firmou um acordo de colaboração premiada; e o ex-vice-presidente da Caixa e ex-conselheiro do FI-FGTS Fábio Cleto, que também é delator. O caso dos três não sofrerá atrasos e será juntado a um processo que tramita em paralelo no qual é réu o doleiro Lúcio Bolonha Funaro, apontado como operador de Cunha.

"Conquanto o TRF da 1ª Região não tenha informado quais midias faltam e devem ser juntadas, visando ao cumprimento à decisão dessa Egrégia Corte, os atos processuais de instrução em audiência em relação ao acusado Eduardo Cunha ficam suspensos (pela 4 ª vez nessa ação penal por determinação do TRF da 1ª Região: dias 19/12/2016; 13/01; 20/01; e 08/03/2017), a fim que o MPF informe se, de fato, existem mídias faltantes e quais seriam, renovando-se o prazo de defesa, agora no prazo legal", escreveu o juiz Vallisney.

Ao todo, Cunha arrolou 18 testemunhas. Por ser presidente, Temer tem a prerrogativa de responder as questões por escrito, sem precisar comparecer pessoalmente na Justiça. Vallinsey tinha autorizado o envio de todas as 19 perguntas feitas por Cunha ao presidente, mas fez uma ressalva: Temer "poderá se reservar ao direito de não responder a perguntas impertinentes ou autoincriminatórias". Agora, este ato também está suspenso.

Além de Temer e Lula, Cunha apontou como testemunhas, entre outros: o ministro da Secretaria de Governo, Moreira Franco; o ex-prefeito do Rio de Janeiro Eduardo Paes; o ex-ministro da Fazenda Guido Mantega; o presidente da Caixa, Gilberto Occhi; o ex-presidente do banco Jorge Hereda; o presidente da siderúrgica CSN, Benjamin Steinbruch; o ministro do Planejamento, Dyogo Oliveira.

Na ação penal, é investigada a liberação de recursos do FI-FGTS. Em suas delações, Cleto e Margotto apontaram o pagamento de propina para o financiamento de diversos projetos, entre eles o do Porto Maravilha, no Rio. Cunha teria sido beneficiado com vantagens indevidas, mas ele nega as acusações.

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Nas perguntas feitas a Temer, Cunha questiona se ele "fez alguma reunião para tratar de pedidos para financiamento com o FI-FGTS" junto com Moreira Franco e André Luiz de Souza, que era representante dos trabalhadores no Conselho do FI-FGTS. Também questionou se Temer conhece e se reuniu com Léo Pinheiro, ex-presidente da empreiteira OAS, e Benedito Júnior, ex-executivo da construtora Odebrecht, para pedir doação de campanha, concluindo: "Se a resposta for positiva, estava vinculada a alguma liberação do FI-FGTS?"

Indaga também se Eduardo Paes pediu aceleração do projeto Porto Maravilha. Pergunta ainda se empresas investigadas por irregularidades no FI-FGTS doaram recursos a campanhas do PMDB e, em especial, à de Gabriel Chalita, candidato do partido a prefeito de São Paulo em 2012 com apoio de Temer. E conclui: "Se positiva a resposta, houve a participação de Vossa Excelência? A doação estava vinculada à liberação desses recursos da Caixa no FI-FGTS?"

A defesa de Cunha diz que é necessário ouvir Temer porque ele "era o presidente do PMDB e responsável pela nomeação de Moreira Franco, antecessor de Fábio Cleto no cargo de vice-presidente da CEF (Caixa), o qual, por sua vez, era o responsável pela aprovação e implantação do Porto Maravilha". Ainda segundo a defesa, Dyogo Oliveira deve ser ouvido porque "foi presidente do FI-FGTS nos dois últimos anos em que Fábio Cleto exercia seu cargo perante a CEF". Moreira Franco, por sua vez, participou da "aprovação do projeto Porto Maravilha".
Herculano
09/03/2017 21:09
RENAM PENDUROU UMA MELANCIA NO PESCOÇO

O ex-presidente do Senado, Renan Calheiros, PMDB-AL, sem holofotes e sem poderes, está com graves problemas psicológicos.

Agora inventou uma disputa entre PMDB e PSDB e afirma que o preso e ex-presidente da Câmara, Eduardo Cunha, PMDB-RJ, está interferindo no governo de Michel Temer, PMDB.

Quem acredita? Muitos. E por interesses de poder, vantagens e corrupção. Neste jogo liderado por Renan que já foi Collor, FHC, Lula e Dilma e quer ser Temer pela chantagem que lhe é peculiar e de há muito, não há nenhum estadista.
Herculano
09/03/2017 19:04
VAI COMEÇAR

Conteúdo de O Antagonista A assessoria de comunicação do STF pediu para que jornalistas interessados na nova lista de Janot entreguem um HD externo com 1 terabyte até as 20h de hoje.

Ainda não há, no entanto, previsão para a quebra do sigilo das delações dos ex-executivos da Odebrecht.
Herculano
09/03/2017 19:01
UFA, ATÉ QUE ENFIM

TRIBUNAL SUPERIOR ELEITORAL ESTUDA BLOQUEAR INFLUÊNCIA DE IGREJAS NAS ELEIÇÕES

Conteúdo da agência Reuters. Texto do Congresso em Foco.

O uso do poder econômico e a influência que as igrejas exercem em grande parte da sociedade brasileira está na mira do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). A corte eleitoral estuda uma cláusula para bloquear esta relação entre religião e cargos eleitorais, principalmente quando envolve dinheiro.

À agência Reuters, o ministro Gilmar Mendes, presidente do TSE, afirmou que há um uso da religião para influenciar as eleições. Neste caso, não se trata apenas de uso dos recursos financeiros das igrejas, mas da própria estrutura física dos templos.

"Depois da proibição das doações empresariais pelo Supremo Tribunal Federal (STF), hoje quem tem dinheiro? As igrejas. Além do poder de persuasão. O cidadão reúne 100 mil pessoas num lugar e diz 'meu candidato é esse'. Estamos discutindo para caçar isso", disse o ministro à agência.

Está na mira do TSE ainda as doações das igrejas para financiamento de campanhas, ou até mesmo a influência dos líderes religiosos para que os próprios fieis doem para os candidatos. Segundo Gilmar Mendes, há nas igrejas um potencial para abuso de poder econômico de "difícil verificação", e existe a necessidade do TSE agir.

Atualmente, a Frente Parlamentar Evangélica do Congresso tem 181 deputados e quatro senadores participantes. Na Câmara dos Deputados, a bancada evangélica em 1998 era composta por 47 deputados. Em 2014, foram eleitos 80. Segundo o IBGE, os evangélicos representam 22% dos brasileiros.
Herculano
09/03/2017 18:53
BATEU O DESESPERO. LULA CHAMA FERNANDO HENRIQUE, DILMA E LÍDERES MUNDIAIS COMO TESTEMUNHAS DE DEFESA

Conteúdo do jornal O Estado de S. Paulo. Texto de Vera Rosa. A defesa do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva convocou os ex-presidentes Fernando Henrique Cardoso e Dilma Rousseff, além dos líderes internacionais Kjell Stefan Löfven (Suécia), François Hollande e Nicolas Sarkozy (França), como testemunhas do petista na ação penal que tramita na 10.ª Vara Federal de Brasília. A Procuradoria da República acusa Lula, nesse processo, de agir para influenciar a compra de 36 caças suecos Gripen, no governo Dilma.

Em nota, os advogados Cristiano Zanin Martins e Roberto Teixeira, que defendem o ex-presidente, afirmam que os argumentos apresentados pelo Ministério Público Federal são uma "prova irrefutável" de "lawfare" - uso indevido de recursos jurídicos para fins de perseguição política.

"(...) Essa ação assenta-se na esdrúxula tese de que Lula teria permitido que o escritório Marcondes e Mautoni 'vendesse' sua influência sobre decisões da então presidente Dilma Rousseff", diz o texto assinado por Martins e Teixeira. "A primeira atuação com esse formato teria ocorrido em relação à compra dos caças suecos Gripen e a segunda, em relação à sanção presidencial da lei proveniente da Medida Provisória 627/2013".

Em dezembro do ano passado, Lula, o filho mais novo dele, Luís Cláudio, e o casal Mauro Marcondes e Cristina Mautoni foram denunciados por "negociações irregulares" que levaram à aquisição dos 36 caças do modelo Gripen e à prorrogação de incentivos fiscais destinados a montadoras de veículos, por meio de uma Medida Provisória.

Os advogados chamaram os testemunhos de Fernando Henrique e Dilma para que os dois esclareçam como funciona uma compra internacional de equipamentos militares. A negociação dos caças começou a ser feita ainda no governo do PSDB (1995-2002), mas só foi concluída na gestão Dilma. Os defensores de Lula argumentam que, desde 2010, a Força Aérea Brasileira (FAB) já entendia que os aviões suecos, e não os franceses, seriam os melhores para o Brasil.

É nessa circunstância que o primeiro-ministro da Suécia, Kjell Stefan Löfven, foi convocado pela defesa de Lula para depor. Na avaliação de Martins e Teixeira, o ex-presidente da França Nicolas Sarkozy e o atual mandatário daquele país, François Hollande, também podem contar aos procuradores por que as tratativas com o Brasil para a venda dos caças não foram concretizadas.

O Ministério Público Federal acusa Lula de tráfico de influência, lavagem de dinheiro e organização criminosa. "Além de vícios processuais relevantes, demonstramos que Lula jamais soube e muito menos autorizou que a Marcondes e Mautoni usasse o seu nome, especialmente para fins negociais", sustentam os advogados do petista. "Não há, aliás, qualquer prova de que isso tenha ocorrido.
Herculano
09/03/2017 18:47
ROMBO DA PREVIDÊNCIA: ESSA CONTA NÃO É DO TRABALHADOR!, uma proposta do Movimento Brasil Livre

O nosso sistema previdenciário é insustentável, irracional e, acima de tudo, injusto. Hoje, todos os trabalhadores são forçados a ingressar num sistema de pirâmide que penaliza os mais pobres e mais jovens e só beneficia a já abastada elite do funcionalismo público.

No mundo, podemos observar quatro situações diferentes nos sistemas previdenciários. Existem países com grande proporção de idosos e que, por essa razão, gastam muito com benefícios previdenciários. É o caso de países europeus desenvolvidos como a Suíça e a Itália. A segunda situação é a de países que, mesmo tendo grandes parcelas de idosos na população, gastam relativamente pouco com aposentadorias e pensões por possuírem sistemas previdenciários mais sustentáveis. É o que acontece na Austrália e no Canadá, por exemplo. A terceira situação é a de países cuja população é jovem e, consequentemente, gastam pouco com previdência. Exemplos são o México e a Coreia do Sul. Por fim, temos a quarta situação: país com população jovem, e, ao mesmo tempo, altos gastos com benefícios previdenciários. Só um país possui essas características: o Brasil.

Para se ter uma ideia da distorção, cerca de 1.9 milhão de funcionários públicos aposentados e pensionistas recebem metade do que se paga a todos os 32.6 milhões de beneficiários do INSS. Ou seja, para cada R$1,00 pago para trabalhadores que se aposentaram pelo INSS, mais de R$8.5 são gastos com os benefícios para o funcionalismo público.

Se mantivermos o atual sistema, daqui a 20 anos não haverá dinheiro para pagar quem estiver aposentado. Pior: quem estiver trabalhando terá de pagar um rombo impagável e não poderá se aposentar. Continuar sustentando a atual pirâmide previdenciária significa sacrificar os nossos idosos e escravizar as futuras gerações.

A reforma proposta pelo governo Temer visa apenas estancar o déficit, mas não encara o problema de frente. Precisamos de uma solução definitiva, não um paliativo. Por isso, o MBL apoia a reforma desenvolvida pela Fipe (Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas) que acaba com a desigualdade institucionalizada pelo atual sistema previdenciário, garante a aposentadoria dos idosos e gera emprego para os mais jovens.

A partir dela, o movimento desenvolveu uma emenda aditiva para o projeto do governo baseada na proposta da Fipe. Para que a emenda seja discutida na comissão que analisa a reforma da previdência, precisamos da assinatura de 171 deputados.

Mais dinheiro no bolso do trabalhador, emprego para os mais jovens e aposentadoria digna para todos. Essa é a proposta da nossa emenda. Nenhum direito a menos. Pelo contrário: garantimos os direitos de todos, dos jovens aos idosos. Sem privilégios para ninguém.

Essa conta não é do trabalhador. Essa conta não é da juventude. Essa conta não é das gerações futuras. Essa conta é da elite privilegiada do funcionalismo público. E é ela que deve pagar.

"Temos direitos adquiridos sobre bens, a casa que construímos, a poupança realizada, mas não temos direitos adquiridos sobre seres humanos" - Hegel.

Quem de Santa Catarina está apoiando esta proposta: Carmem Zanoto, PPS e Celso Maldaner, PMDB.

ENTENDA OS QUATRO PILARES DO PROJETO

A proposta da Fipe se baseia em quatro pilares. São eles:Renda Básica do Idoso (RBI)

Independentemente de contribuição, todo brasileiro com mais de 65 anos teria direito um auxílio de R$500,00 para complementar sua renda. Assim, o sistema evitaria fraudes e seria muito mais abrangente do que é hoje.

Benefício Contributivo por Repartição (BCR)

Seria semelhante ao atual sistema, mas com regras iguais para todos e financiado por contribuições menores que as atuais, sendo algo em torno de 10 a 12%. O trabalhador receberia de acordo com o tempo que contribuiu, sendo que 40 anos representaria 100% de retorno, com um teto de R$2.000,00. Somando o primeiro pilar com este, garantiríamos cerca de 100% de reposição da renda de aproximadamente 80% dos participantes.

Novo FGTS ?" fusão do FGTS com o Seguro Desemprego

O governo rouba 8% do salário do trabalhador todo mês por meio do FGTS, que vai para um fundo cujo rendimento é menor do que a inflação, ou seja, o trabalhador, além de não poder sacar quando quiser, ainda é obrigado a ver o seu dinheiro ser jogado no lixo todos os anos. No caso do FAT(Fundo de Amparo ao Trabalhador) que é financiado pelo PIS/PASEP, 40% do dinheiro é enviado ao BNDES, que financia a exportação de serviços de construtoras em obras de infraestrutura em países como Cuba, Venezuela e Angola, gerando um custo de cerca de R$1.1 bilhão ao ano para o trabalhador brasileiro. A proposta é destinar essas contribuições a uma espécie de poupança que garantiria o Seguro Desemprego e a aposentadoria do contribuinte, sendo que ele mesmo escolheria o fundo em que esse dinheiro seria aplicado. Mais poder de escolha para o cidadão, menos oportunidades para governos corruptos.

Benefício Contributivo Voluntário por Capitalização (BCVC)

Seria um plano de aposentadoria complementar, como os que existem hoje, mas com novas possibilidades. Por exemplo, as empresas poderiam depositar parte do salário no Novo FGTS, reforçando a poupança de longo prazo para a aposentadoria.

Com essa proposta, acabaríamos com o esquema de pirâmide geracional que faz com que pais e avós escravizem os próprios filhos e netos sem nem saber disso e que só privilegia uma elite do funcionalismo público.
Herculano
09/03/2017 18:38
AS REFORMAS DA HORA, Carlos Alberto Sardenberg, no jornal O Globo

O que você prefere, trabalhar 49 anos e se aposentar aos 65 ou retirar-se aos 50 anos com pensão integral?

É verdade que está cada vez mais difícil colocar um político à esquerda ou à direita. Mas, quando se diz que a francesa Marine Le Pen é de extrema-direita, ninguém estranha. Pois então, ao se lançar oficialmente candidata à Presidência, Le Pen colocou em sua plataforma a redução da idade mínima de aposentadoria.

Já no Brasil, todos os partidos e organizações que se dizem de esquerda estão em campanha contra a "reforma direitista e golpista" do governo Temer que pretende aumentar a idade de aposentadoria para 65 anos.

E aí, quem está mesmo à esquerda ou à direita?

Nem tentem responder. Não será por aí que se classificarão as forças políticas. Essas reformas, que visam a equilibrar o gasto público e dar mais dinamismo à economia ?" a capitalista, claro ?", dependem de visão de longo prazo e de líderes capazes de criar ou de aproveitar a oportunidade histórica de fazê-las.

Não é fácil liderar essas mudanças que só produzem efeitos a longo prazo. Pensando no imediato, não há dúvida: o que você prefere, trabalhar 49 anos e se aposentar aos 65 ou retirar-se aos 50 anos com pensão integral?

Para os trabalhadores que já estão no mercado há algum tempo, a coisa é ainda mais delicada. O cidadão achava que ia se aposentar em cinco anos e vai ter que encarar mais dez.

É por isso que essas mudanças em geral ocorrem quando o país está em crise, e as pessoas entendem que, bem, do jeito que está não dá para ficar. Ainda assim, é preciso que uma liderança saiba aproveitar a oportunidade.

Na edição em que trata da eleição francesa, a revista "The Economist" fez uma comparação exemplar. Em 2002, registrou, Alemanha e França tinham renda per capita equivalente. Naquele ano, o esquerdista Gerhard Schröder, do Partido Social Democrata, iniciou um programa de reformas de modo a recuperar a ameaçada competitividade da economia alemã. Na França, Jacques Chirac, da direita, falou em reformas, mas recuou diante das dificuldades políticas.

Hoje, o poder de compra dos alemães é 17% superior ao dos franceses. Os custos trabalhistas caíram na Alemanha e subiram na França. Assim, o desemprego, que era parecido nos dois países, caiu para 4% na Alemanha e permaneceu nos 10% na França, sendo de 25% entre os jovens de menos de 25 anos.

Chirac não fez as reformas porque cedeu à pressão da esquerda, dos sindicatos e dos populistas, para sustentar a "proteção e os direitos sociais dos trabalhadores". Resultado concreto, 15 anos depois, observa "The Economist": uma geração de jovens franceses cresceu à margem do famosamente protegido mercado de trabalho nacional.

Não há no Brasil de hoje uma liderança sequer parecida com a de Schröder dos anos 2000. Não apenas ele entendeu a necessidade das reformas como convenceu seu partido, alguns sindicatos, tradicionalmente ligados à social-democracia, e os eleitores.

Fernando Henrique Cardoso foi um líder assim nos anos 90. Vindo da esquerda, emplacou um programa de reformas liberais que mudou a cara do país e criou bases para o crescimento.

Mas, reparem: Schröder perdeu as eleições seguintes, e Lula ganhou atacando o "neoliberalismo" de FHC.

Hoje, se não temos um outro FHC, temos uma situação econômica tão ruim que cria a oportunidade para as reformas. Aliás, essas reformas necessárias hoje são, no essencial, as mesmas da era FHC e do primeiro mandato de Lula e que foram destruídas pelo próprio Lula e, especialmente, por Dilma. Trata-se de refazer o ajuste das contas públicas (com o teto de gastos, a reforma da Previdência e a recuperação fiscal dos Estados); dar mais competitividade ao ambiente de negócios (mudanças na lei trabalhista, terceirização e simplificação tributária) e trazer mais capital privado, com as privatizações.

O presidente Temer e o ministro Meirelles têm procurado aproveitar a circunstância. Seu discurso: ou saem as reformas já ou o país não retoma o crescimento e quebra mais à frente, quando o ajuste será feito da pior maneira possível.

É o que têm de fazer. O problema é a crise da representação política. Mas, de todo modo, há um ponto interessante: Temer só salva seu governo se fizer as reformas. Precisa convencer disso os outros políticos
Herculano
09/03/2017 18:35
A POLÍTICA TRANSFORMA CEGA O EMPRESÁRIO DE SUCESSO

Milton Hobbus, PSD, foi empresário de sucesso em Rio do Sul. Por conta da fama, foi eleito prefeito, com relativo sucesso empregando as práticas executivas possíveis na burocracia estatal. Depois disso, ele tornou gosto pela política e deixou de orientar pessoalmente os empreendimentos.

Veja a mudança.

Nesta quinta-feira, um press release da sua assessoria diz: Milton Hobus afirma que Casan será referência Nacional

Na Sessão ordinária da Alesc, Milton Hobus (PSD) afirmou que, quando o governo Raimundo Colombo assumiu, a Casan era uma empresa deficitária, sem plano de expansão, e colocava Santa Catarina como um dos piores estados do Brasil em índices de saneamento, com problemas até mesmo no abastecimento de água, o que se reverteu com investimentos e financiamentos viabilizados com aval do Tesouro.

"A Casan vai colocar o estado entre os quatro melhores em índices de saneamento básico no Brasil." Segundo Hobus, o governo Colombo não cogita sequer discutir a privatização da Casan. "Isso é uma coisa que ficará para o futuro.

1. O governo de Raimundo Colombo é aquele que inventou pagar a dívida contraída pelo estado com os juros compostos que foram contratados com juros simples. Na outra ponta, queria continuar cobrando dos devedores ao tesouro do estado, os juros compostos.

2. A Casan é lerda, burocrática e uma vaca cheia de tetas para os políticos que perderam eleições e não possuem empregos por falta de qualificação com salários altíssimos pagos pelo povo.

3. Por isso, a Casan é incapaz de tornar viável, a curto e médio prazos, à limpeza das águas dos balneários que se vende e se sustentam no turismo.

4. Enquanto, os problemas graves avançam, incluindo doenças e vulnerabilidades as pessoas e negócios, a Casan está preocupada em sobreviver para amparar políticos do que efetivamente dar água tratada na demanda, ou coletar e tratar esgotos, para garantir padrões mínimos ao meio ambiente e a saúde dos humanos.

5. Incrível que a existência de uma estatal ineficiente isto esta sendo defendida por um ex-executivo empreendedor de sucesso.
Herculano
09/03/2017 18:17
O AJUSTE DE PESSOAL NAS ESTATAIS, editorial do jornal O Estado de São Paulo

Durante décadas, o poder público converteu as estatais em cabides de emprego e pouco se preocupou em dotá-las de uma estrutura organizacional enxuta e eficiente.

Depois de ter tomado as providências necessárias para promover reformas na administração direta com o objetivo de cortar gastos com folha de pagamento, para ajustar as contas públicas, a partir do final do ano passado o governo federal começou a fazer o mesmo na administração indireta, pedindo à Secretaria de Coordenação e Governança das Empresas Estatais (Sest) do Ministério do Planejamento que estimule a adoção de planos de demissão voluntária (PDVs) e programas de aposentadoria incentivada para enxugar seus quadros de pessoal e racionalizar estruturas organizacionais. Entre suas atribuições, cabe à Sest avaliar a situação das estatais, os gastos de cada plano e o tempo de retorno de seus custos.

Entre as empresas, destacam-se Banco do Brasil, BB Tecnologia e Serviços, Banco da Amazônia, Caixa Econômica Federal, Petrobrás, Eletrobrás, Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) e Companhia de Pesquisa em Recursos Minerais (CPRM). Uma das empresas mais inchadas é a Infraero. Levantamento divulgado recentemente pelo Tribunal de Contas da União (TCU), comparando a Infraero e a Aena, a operadora de aeroportos da Espanha, dá a dimensão do inchaço do quadro de pessoal da estatal brasileira. A empresa espanhola, que movimenta quase o dobro de passageiros do que a brasileira, tem 31% menos funcionários nos setores administrativos e nos centros de suporte. Segundo balanço publicado pelo jornal Valor, os planos de demissão voluntária e aposentadoria antecipada mais ambiciosos são os da Petrobrás, onde o órgão estima que eles devam ter adesão de cerca de 11,5 mil funcionários. Na Caixa Econômica Federal, a estimativa de seus diretores e da cúpula da Sest é de que a adesão chegue a 10 mil bancários ?" e, para alcançá-la, a instituição teve de incluir no pacote a manutenção do plano de saúde para titulares e dependentes.

Apesar dessa estratégia ainda estar em andamento e de algumas estatais terem se atrasado na implementação de seus PDVs, a Sest estima que pelo menos 49 mil trabalhadores da administração indireta deverão sair por vontade própria. O cálculo do Valor leva em conta o pessoal que já se desligou e a expectativa de novas adesões. Nos Correios, que têm cerca de 117,4 mil funcionários, os planos de aposentadoria antecipada e demissão voluntária ainda estão em andamento. O mesmo ocorre na Caixa Econômica Federal, que tem 100 mil bancários em atividade e almeja uma economia anual de R$ 1,8 bilhão com as demissões, a partir do próximo ano. Já a Infraero, que privatizará quatro aeroportos no próximo mês e sabe que terá dificuldades para realocar 1,1 mil funcionários neles lotados, pretende recuperar em um ano e meio os valores gastos com as indenizações. Na Eletrobrás, onde a estimativa é de que 5 mil servidores peçam demissão, os planos ainda dependem de autorização da Sest para serem anunciados aos servidores. Algumas estatais estão bancando os PDVs e programas de aposentadoria incentivada com recursos próprios. Em outras, as indenizações estão sendo pagas com dinheiro transferido diretamente do orçamento do Tesouro Nacional.

O que está levando muitos funcionários graduados de empresas estatais a abrir mão de vencimentos polpudos, além da segurança no emprego, são a consciência de que os tempos áureos de generosidade salarial na administração indireta já ficaram para trás e os benefícios oferecidos nos planos. Em algumas estatais, eles são tão altos que asseguram aos aderentes dos PDVs e planos de aposentadoria antecipada os recursos financeiros de que necessitam para abrir negócios próprios. No Banco do Brasil, por exemplo, que anunciou o fechamento de 402 agências físicas este ano, substituindo suas atividades por agências digitais, foram oferecidos 14 salários adicionais como recompensa para quem aderisse ao plano de aposentadoria antecipada.

Durante décadas, o poder público converteu as estatais em cabides de emprego e pouco se preocupou em dotá-las de uma estrutura organizacional enxuta e eficiente. Esse cenário parece estar mudand
Herculano
09/03/2017 17:59
O FEDOR DO LIXO EM GASPAR

Sai governo de um partido, entra governo de outro partido e esse assunto continua o mesmo: suprapartidário.

Recolhe-se lixo numa ponte e distribui-se lixo na outra.

Tem tudo para enrolar mais gente que andava quieta. Agora se entende a razão pela qual havia tanto silêncio quando oposição e deveria fiscalizar as dúvidas denunciadas pelo fedor. Acorda, Gaspar!
Herculano
09/03/2017 17:55
STJ NEGA PEDIDO DE LULA PARA BRECAR PROCESSO, por Josias de Souza

O ministro Felix Fischer, do Superior Tribunal de Justiça (STJ), indeferiu pedido de Lula para suspender o processo sobre apartamento tríplex no Guarujá. O caso corre na 13ª Vara Federal de Curitiba, sob os cuidados de Sergio Moro. O juiz da Lava Jato inclusive já convocou Lula para prestar esclarecimentos. O depoimento do pajé do PT está marcado para 5 de maio.

O tríplex está em nome da construtora OAS, mas o Ministério Público Federal sustenta que Lula é o proprietário oculto. De acordo com a denúncia da Pocuradoria, a empreiteira bancou reformas para adaptar o imóvel ao gosto do ex-presidente. Instalaram-se no apartamento desde um elevador até uma cozinha gourmet. Reuniram-se evidências de que Lula e sua mulher, Marisa Letícia, recém-falecida, vistoriaram as obras.

Lula nega que seja proprietário do tríplex. Atribui o processo, como de hábito, a uma perseguição política. Deve-se a tentativa da defesa do ex-presidente de brecar o caso no STJ ao receio de que Sergio Moro imponha a primeira condenação judicial de Lula na Lava Jato. Sentenciado, Lula teria de recorrer ao Tribunal Regional Federal da 4ª Região, sediado em Porto Alegre. Derrotado na segunda instância, poderia ser preso. E ficaria inelegível.

O pedido de suspensão foi protocolado no STJ em 21 de fevereiro. O ministro Felix Fischer indeferiu a pretensão dos advogados de Lula em decisão liminar (temporária). Antes de se debruçar sobre o mérito da causa, o magistrado requisitou informações à Procuradoria da República.
Herculano
09/03/2017 17:55
CONTRA O CALENDÁRIO

O Jornal de Santa Catarina, de Blumenau, já foi estadual e referência. Depois que foi comprado pelos gaúchos da RBS ficou menor no tamanho (standart para tabloide), na circulação e virou um jornal de uma cidade com algumas incursões em outras limítrofes para interesses e projetos comerciais.

São folclóricas as cenas contadas dos redadores jovens importados dos pagos do Rio Grande que além de não saberem com que estavam falando, por desconhecerem completamente a história local,para chegarem ao local de trabalho na redação na Rua Bahia, em alguns casos, precisavam pedir informações aos transeuntes ou até usar GPS.

Agora, o jornal foi mais uma vez vendido. Não se sabe exatamente para quem.

E qual foi a principal manchete deste dia 9 de março do jornal diário? Uma boa reportagem sobre e com opniões das mulheres da região como marca e comemoração do Dia Internacional da Mulher. Detalhe: o Dia foi ontem, oito de março.

Jornal que vende - mesmo em reportagem institucional - manchete ultrapassada é como uma banca de peixe que comercializa os produtos podres. Qual mesmo a escola de jornalismo que formou essa gente? Calendário e pauta, parecem que não combinarem.
Herculano
09/03/2017 17:40
BOA NOITE.

A edição impressa de sexta-feira do jornal Cruzeiro do Vale - o mais antigo, o de maior circulação e o de maior credibilidade em Gaspar e Ilhota, já está rodando no parque gráfico.

Dentro de algumas horas, o jornal estará à disposição dos assinantes nas residências, escritórios, oficinas, consultórios, lojas e repartições públicas, ou vendido nas bancas.

Como aperitivo, a coluna Olhando a Maré, já está à disposição dos leitores e leitoras do portal mais acessado de Gaspar e Ilhota.

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