Por Herculano Domício - Jornal Cruzeiro do Vale

Por Herculano Domício

10/06/2016

EXEMPLO?
O diretor da Diretoria de Trânsito de Gaspar – Ditran – de Gaspar, José Lourival Lana, não sabe dirigir veículos automotores. Nada excepcional, mas estranho. Antes de ser nomeado por Pedro Celso Zuchi, PT, já respondia processo por ter usado carros da Ditran, com motoristas, em deslocamento particular. Parece que aprendeu a lição. Esta semana, ele com a esposa Tânia dirigindo, no horário de serviço, foi de Gol vermelho da família ao posto do Gasparinho. Adivinha onde estacionou? No passeio público da Rua Frei Solano. Se não sabe dirigir, tudo bem. Mas, o diretor da Ditran de Gaspar devia conhecer minimamente a legislação de trânsito para dar exemplos e com eles, exigir e multar os gasparenses.

ILHOTA EM CHAMAS I
O PSD de Ilhota está desistindo da reeleição do advogado e prefeito Daniel Christian Bosi. Alternativamente está lançando o ex-secretário de Agricultura, Roberto Poerner, conhecido como Beto Perna. Por enquanto é um balão de ensaio para estancar as pesquisas que dão a derrota de Bosi para qualquer nome que se colocar contra ele. É isto que demonstram todas as pesquisas, inclusive as feitas pelo próprio PSD. A média de rejeição chega até a 70%. Esta coluna informou que Bosi estava mal nas pesquisas; foi desmentida. Anunciou que Bosi poderia não ir à reeleição por conta de todos os problemas de ordem jurídica e a falta de reconhecimento da sua gestão (apenas 12% em média); foi desqualificada. O PSD tomou juízo na recuperação do poder e lavou a alma da coluna, com algo óbvio e que circulava internamente no partido, mas que dependia unicamente de Bosi.

ILHOTA EM CHAMAS II
Vai que o nome de Beto Perna, pega. Mas, para isso, Beto terá que esconder Bosi. Triste! É isto que dizem também as pesquisas. Do outro lado, a junção do PP e PMDB para se ter uma chapa de oposição única está tendo muitas dificuldades para se concretizar. Há ranços antigos instransponíveis nos antagônicos partidos. Possui também a característica de volta ao passado, que na eleição de Bosi, os ilhotenses tentaram sepultar. Mas, pelas pesquisas, erraram. A troca de Bosi por Beto Perna, pode favorecer a campanha do PSD de Gaspar. É que o ex-presidente do diretório daqui, Fernando Neves, agora é empregado como assessor de Giovânio Borges, foi em Ilhota, secretário de Bosi e parceiro do desastre político administrativo. Fernando se prepara para ser o coordenador da campanha de Marcelo de Souza Brick, PSD. Os fatos e os resultados podem ser invocados pelos adversários devido às semelhanças, inclusive no discurso de mudanças.

"NEGA MALUCA"
A administração do PT encheu Gaspar de asfalto por ruas e vielas. Em muitos casos, sem a devida preparação da cancha, sem o cuidado para o esgotamento pluvial, o que piora a conservação e durabilidade do asfalto. A ação da administração de Pedro Celso Zuchi é política e principalmente, eleitoreira. Populismo com o dinheiro de todos. Tudo com resultado de curto prazo e de pouca duração. Sobrará para quem suceder a administração petista, se ela perder. Esta rua da foto é a João Alberto Wenske, no Gasparinho. Como se vê, sem canalização para as águas da chuva, sem meio fio, sem calçadas e asfalto soltando às pencas, como constatou, sob os olhares indignados dos moradores de lá, a aniversariante da semana (7) a vereadora Andreia Symone Zimmermann Nagel, PSDB. Esta “nega maluca”, como se apelidou este tipo de cobertura asfáltica em ruas de precária preparação, a vereadora não levou para a festa dela. Nem os da rua João Alberto querem.

TRAPICHE

Um pemedebista histórico – que já está filiado em outro partido e faz tempo - estava viajando. Assim, não pode comparecer à festa dos 50 anos do partido aqui em Gaspar. De volta à cidade, na semana passada foi a um cacique do PMDB pegar o seu diplominha.

Conversa vai, conversa vem, foi convencido a trair. Preço da traição a favor do seu ex PMDB? A presidência do Samae. Mas, a cidade inteira sabe que se o PMDB ganhar, a presidência do Samae está prometida para outro histórico e até agora, segurando todas as barras no partido: Walter Morello.

Como se vê, um dos dois vai morrer de sede e não vai ter a água tratada na autarquia, com todos os cabides dela, depois da vitória e se ela acontecer para o PMDB. E assim muitos outros vão descobrir que a rede de cargos prometidos é menor do que aparenta.

Perguntar não ofende. O PMDB de Gaspar vem loteando a futura administração para atrair velhos e novos cabos eleitorais, ou sossegar quem ele não cuidou e agora lhe pode complicar?

Outro fator complicador é como está se escolhendo os candidatos a vereador, os verdadeiros cabos eleitorais. Exemplo? O presidente da Associação dos Moradores do Belchior, Carlos Roberto Pereira, estava listado para ser candidato. Mas, como Jaime Kirchner diz que vai à reeleição, Pereira está se auto-descartando. Então...

E para encerrar e mostrar como o PMDB cuida pouco do seu próprio terreiro perdendo tempo em invadir dos outros. Naquela homenagem dos 50 anos quem ele esqueceu? A família de Pedro Werner. Existe em Gaspar alguém mais peemedebista de pé duro, caçador de votos, de se sacrificar do que foi Pedro Werner? E a lista não para aí...

O ex-vereador Claudionor Souza e Cruz, PSDB que está na corrida para ser vice, alternativamente está mapeado para ser o coordenador de campanha de Andreia Symone Zimmermann Nagel.

Sabia-se desde o início que a intervenção do PT no Hospital de Gaspar era para economizar no orçamento municipal, sucateá-lo técnico e financeiramente, bem como para servir aos seus com privilégios. Foi isso que aconteceu esta semana. Alguma coisa em desacordo com o PT, PCdoB, PDT nacionais? Acorda, Gaspar!

Pais continuam inconformados e a administração petista colocando panos quentes. Hoje às 17h haverá mais protestos contra o abuso sexual de um professor cuidador de 20 anos em uma criança de 3 anos na Creche Municipal Cachinhos de Ouro, no Figueira.

Os bêbados agradecem. Desde março o bafômetro da Ditran de Gaspar está em São Paulo para aferição e até agora não voltou. Outra: a máquina de sinalizar de R$101 mil, que não sinaliza como a coluna mostrou, reapareceu.

 

Edição 1753

Comentários

Servidor Desconfiado
13/06/2016 12:48
Herculano, porque será que a prefeitura continua a esconder as informações dos servidores do samae? Será que querem acobertar alguma coisa? E mais, hoje já estamos no dia 13 e no portal da transparencia nada de aparecer as informações referente ao salário dos servidores do mês de maio. Até quando a prefeitura vai desafiar o MP e sair sem punições? Só em Gaspar mesmo.
Sidnei Luis Reinert
13/06/2016 12:31
Dirceu joga isca para o PMDB

Brasil 13.06.16 06:53
José Dirceu sugere fazer uma grande barganha, capaz de unir todos os partidos. Em particular, PT e PMDB.

A Folha de S. Paulo explica:

"A proposta, ainda incipiente, teria o objetivo de incluir não só o PT, mas todas as siglas comprometidas na Lava Jato.

A ideia é que a negociação seja comandada pela presidência da cada partido, que faria um relatório com informações reveladas aos procuradores, inclusive com fatos ditos por Dirceu e Vaccari.

Dessa forma, em troca de pagar multas e assumir os erros, os políticos envolvidos nos crimes receberiam benefício, como redução de penas".

http://www.oantagonista.com/posts/dirceu-joga-isca-para-o-pmdb
Sidnei Luis Reinert
13/06/2016 12:27
STF volta atrás

Brasil 13.06.16 08:20
O golpe contra a Lava Jato pode funcionar.

De acordo com Lauro Jardim, o STF se prepara para reverter, no próximo dia 22, o entendimento de que o réu deve ser preso após a condenação em segunda instância.

Em fevereiro, a decisão foi aprovada por um placar de 7 a 4. Votaram a favor da antecipação da prisão os ministros Dias Toffoli, Edson Fachin, Teori Zavascki, Luís Roberto Barroso, Luiz Fux, Cármen Lúcia e Gilmar Mendes.

Agora os dois primeiros - Dias Toffoli e Edson Fachin - parecem ter mudado de ideia.

No Brasil, as conquistas duram pouco.

http://www.oantagonista.com/posts/stf-volta-atras
Herculano
13/06/2016 11:23
QUERIDA, DEU ERRADO!, por Ricardo Noblat, de O Globo

"É uma guerra, tem sido uma guerra."

Michel Temer, presidente interino da República, sobre o primeiro mês do seu governo.

Primeiramente... Se Dilma tivesse chances de voltar ao cargo do qual foi afastada, ela não acenaria, como o fez em entrevista à TV Brasil, com a proposta de convocação de um plebiscito para que os brasileiros digam se são favoráveis a uma eleição presidencial antecipada. Caso ocorresse, a eleição serviria à escolha de um presidente para completar o mandato de Dilma. O que significa...

QUE DILMA TEM plena consciência de sua impossibilidade de governar até o dia 31 de dezembro de 2018, como deveria. O impeachment passou na Câmara com os votos de 71,5% dos 513 deputados, obrigando-a a se afastar do cargo. Foi admitido no Senado com os votos de 67,9% dos 81 senadores. Esse percentual tem tudo para ser maior no ato final do julgamento dela.

DILMA CAIU PORQUE pedalou contra o Tesouro, fez um governo desastroso e perdeu apoio político. Quer voltar por pouco tempo, preocupada apenas com sua biografia. "Querida, deu errado. Você só tem de escolher por qual porta sair" ensinou Lula a Dilma no dia em que ela se despediu do Palácio do Planalto. Hoje, refugiada no Palácio da Alvorada, espera que a sorte mude seu destino.

PARA ELA, BEM QUE os brasileiros poderiam se encantar outra vez com a ideia de Diretas já! Ou seja: nem Dilma, nem Temer, mas um terceiro. E já! E assim, devolvida temporariamente ao poder, Dilma sairia mais tarde dali pela porta de quem abdicou de direito adquirido pensando acima de tudo no país - Dilma, a generosa; Dilma, a abnegada; Dilma, a estadista.

HAVERIA OUTRA PORTA pela qual a ex-presidente poderia sair: ado rotundo fracasso do governo provisório de Temer. Ela nunca admitirá que torce para que Temer fracasse, mas não faz outra coisa, não deseja outra coisa. Dane-se o país, se esse for o preço a pagar para dar um lustro no que se dirá de Dilma no futuro. Golpeada, Dilma caiu, mas o golpista-mor, também. Vítima e algoz. Lorota!

TEMER É VISTO COM muita desconfiança, e é natural que seja. Ele é do PMDB, partido tão encrencado na Lava-Jato quanto o PT. Por duas vezes foi vice de Dilma, responsável, assim como Lula, pela dramática situação econômica, política e moral que o país atravessa. Temer é uma esfinge. Mas Dilma, não. Decifrada, a maioria dos brasileiros deu-lhe as costas.

LULA ESTÁ PERDIDO. H disso dão testemunho os que convivem com ele, e os que o escutam falar nos raros atos públicos a que comparece. No da última sexta-feira, que lotou apenas quatro quadras da Avenida Paulista, no Centro de São Paulo, nem Lula nem ninguém perdeu tempo em comentar a proposta de plebiscito com Diretas já! Daqui a dois anos haverá diretas. Antecipá-las para quê? Para o PT perder?

AGORA A DERROTA SERIA certa. Este ano ou em 2018, não se sabe se o PT contaria com Lula como candidato. Sérgio Moro deve saber. Ou oministro Teori Zavascki, do Supremo Tribunal Federal. Lula poderá escapar de ser preso para que não se dê ao PT um aspirante a mártir. Não mais uma jararaca de vida curta, talvez um São Sebastião flechado. Mas livrar-se da Lava-Jato, esqueça. Ele não se livrará.

SE TEMER NÃO FOR alvejado por uma bala perdida ou, pior, certeira, dessas que ultimamente produziram severo estrago na imagem de influentes caciques do PMDB, seguirá capengando na direção do seu Santo Graal - um ajuste nas contas públicas e a aprovação de algumas reformas econômicas. É pouca ambição? Não, não é. Nas atuais circunstâncias, é muita.
Herculano
13/06/2016 11:17
QUWEIDA, DEU ERRADO!, por Ricardo Noblat, de O Globo

"É uma guerra, tem sido uma guerra."

Michel Temer, presidente interino da República, sobre o primeiro mês do seu governo.

Primeiramente... Se Dilma tivesse chances de voltar ao cargo do qual foi afastada, ela não acenaria, como o fez em entrevista à TV Brasil, com a proposta de convocação de um plebiscito para que os brasileiros digam se são favoráveis a uma eleição presidencial antecipada. Caso ocorresse, a eleição serviria à escolha de um presidente para completar o mandato de Dilma. O que significa...

QUE DILMA TEM plena consciência de sua impossibilidade de governar até o dia 31 de dezembro de 2018, como deveria. O impeachment passou na Câmara com os votos de 71,5% dos 513 deputados, obrigando-a a se afastar do cargo. Foi admitido no Senado com os votos de 67,9% dos 81 senadores. Esse percentual tem tudo para ser maior no ato final do julgamento dela.

DILMA CAIU PORQUE pedalou contra o Tesouro, fez um governo desastroso e perdeu apoio político. Quer voltar por pouco tempo, preocupada apenas com sua biografia. "Querida, deu errado. Você só tem de escolher por qual porta sair" ensinou Lula a Dilma no dia em que ela se despediu do Palácio do Planalto. Hoje, refugiada no Palácio da Alvorada, espera que a sorte mude seu destino.

PARA ELA, BEM QUE os brasileiros poderiam se encantar outra vez com a ideia de Diretas já! Ou seja: nem Dilma, nem Temer, mas um terceiro. E já! E assim, devolvida temporariamente ao poder, Dilma sairia mais tarde dali pela porta de quem abdicou de direito adquirido pensando acima de tudo no país - Dilma, a generosa; Dilma, a abnegada; Dilma, a estadista.

HAVERIA OUTRA PORTA pela qual a ex-presidente poderia sair: ado rotundo fracasso do governo provisório de Temer. Ela nunca admitirá que torce para que Temer fracasse, mas não faz outra coisa, não deseja outra coisa. Dane-se o país, se esse for o preço a pagar para dar um lustro no que se dirá de Dilma no futuro. Golpeada, Dilma caiu, mas o golpista-mor, também. Vítima e algoz. Lorota!

TEMER É VISTO COM muita desconfiança, e é natural que seja. Ele é do PMDB, partido tão encrencado na Lava-Jato quanto o PT. Por duas vezes foi vice de Dilma, responsável, assim como Lula, pela dramática situação econômica, política e moral que o país atravessa. Temer é uma esfinge. Mas Dilma, não. Decifrada, a maioria dos brasileiros deu-lhe as costas.

LULA ESTÁ PERDIDO. H disso dão testemunho os que convivem com ele, e os que o escutam falar nos raros atos públicos a que comparece. No da última sexta-feira, que lotou apenas quatro quadras da Avenida Paulista, no Centro de São Paulo, nem Lula nem ninguém perdeu tempo em comentar a proposta de plebiscito com Diretas já! Daqui a dois anos haverá diretas. Antecipá-las para quê? Para o PT perder?

AGORA A DERROTA SERIA certa. Este ano ou em 2018, não se sabe se o PT contaria com Lula como candidato. Sérgio Moro deve saber. Ou oministro Teori Zavascki, do Supremo Tribunal Federal. Lula poderá escapar de ser preso para que não se dê ao PT um aspirante a mártir. Não mais uma jararaca de vida curta, talvez um São Sebastião flechado. Mas livrar-se da Lava-Jato, esqueça. Ele não se livrará.

SE TEMER NÃO FOR alvejado por uma bala perdida ou, pior, certeira, dessas que ultimamente produziram severo estrago na imagem de influentes caciques do PMDB, seguirá capengando na direção do seu Santo Graal - um ajuste nas contas públicas e a aprovação de algumas reformas econômicas. É pouca ambição? Não, não é. Nas atuais circunstâncias, é muita.
Herculano
13/06/2016 11:13
IDEIA DELIRANTE, editorial do jornal O Estado de S. Paulo

Dilma Rousseff está cada vez mais perdida em seus devaneios. Percebendo que a versão de que é vítima de um "golpe" não colou, a presidente afastada investe agora numa tentativa desesperada de reverter no Senado a clara tendência pela decretação de seu impeachment. Está propondo uma ideia estapafúrdia: se for reconduzida ao Planalto, convocará um plebiscito sobre a antecipação da eleição presidencial. Aprovada nas urnas a tese da eleição, renunciará. E um novo presidente da República - ou uma nova presidente, sabe-se lá - se encarregará, com a legitimidade que ela acusa Michel Temer de não ter, de concluir o mandato.

A ideia de promover eleições, especialmente quando o País está mergulhado numa crise geral, tem algum apelo popular. Principalmente se for apresentada como um ato de generoso desprendimento por parte de uma mulher que se apresenta como injustiçada por seus inimigos, mas disposta a entregar nas mãos do povo os destinos do País.

A eleição presidencial antecipada já está prevista na Constituição, se ocorrer a vacância dos cargos de presidente e vice-presidente. Se essa vacância ocorrer nos dois primeiros anos do mandato ?" no caso, até 31 de dezembro próximo ?" será automaticamente convocada nova eleição, para presidente e vice, "noventa dias depois de aberta a última vaga", segundo o artigo 81 da Constituição. Acontecendo a vacância dupla a partir do início do segundo ano de mandato, a eleição se dá indiretamente, pelo Congresso Nacional, em 30 dias.

Para que haja eleição direta como propõe Dilma - mas não como ela necessariamente quer -, é preciso que não haja presidente nem vice-presidente. Como não passa pela cabeça de Michel Temer renunciar à Vice-Presidência, as coisas são menos simples do que Dilma expõe. Ela também se diz disposta a "convocar" a consulta popular, mas essa prerrogativa é exclusiva do Congresso, a partir de qualquer uma de suas duas Casas, como estabelece o artigo 14 da Constituição Federal. O que significa que, se está falando sério, Dilma terá primeiro que convencer os senadores ou os deputados a aprovar a convocação do plebiscito, o que tem de ser feito por pelo menos um terço dos deputados ou senadores.

Enquanto exercia a Presidência, principalmente a partir do início do segundo mandato, Dilma sempre teve enorme dificuldade para fazer passar no Congresso propostas em que tinha interesse. Nada leva a crer que será diferente na hipótese remota em que ela acabe sendo reconduzida ao Planalto. Estariam os parlamentares interessados em eleição presidencial antecipada?

Michel Temer exerce a Presidência, substituindo a presidente afastada de acordo com o que estabelece a Constituição. Não tem nenhuma razão para renunciar. Assim, a eleição antecipada que Dilma afirma desejar só será possível se aprovada por um plebiscito que não se limitaria a convocar a consulta, mas também declararia a vacância dupla ?" o que seria, na verdade, a cassação do mandato do vice-presidente. Em resumo, o golpe imaginário, de que Dilma se queixa de ser vítima, seria aplicado, de verdade, em Michel Temer.

Assim, mesmo que Dilma esteja realmente disposta a cumprir o que promete ?" convencer o Congresso a convocar o plebiscito e, aprovada a eleição antecipada, renunciar à Presidência ?", a viabilidade prática dessa ideia é, no mínimo, extremamente duvidosa. Se o julgamento final do processo de impeachment pelo Senado for realizado, como está previsto, em agosto, restarão menos de cinco meses para que - com uma eleição municipal prevista para outubro - sejam realizados ainda este ano, primeiro, o plebiscito e, em seguida, se for o caso, a eleição para escolher quem concluirá os dois anos de mandato que Dilma ainda teria. De quebra, teria que ser resolvido o problema de saber quem ocupará a Presidência da República no meio tempo entre a renúncia da desprendida Rousseff e a posse do novo chefe de Estado. O presidente da Câmara dos Deputados, seja ele Eduardo Cunha, seja Waldir Maranhão? Arre!
Herculano
13/06/2016 11:07
OS PRIVILÉGIOS DOS SERVIDORES, Ruth Aquino, para a revista Época.

Parte 1

Somos viciados em privilégios. No Brasil, todo mundo tem, ou busca, um privilégio para chamar de seu.

Uma hora esta caixa-preta será aberta. O debate da Previdência Social já mudou as leis em vários países. Não há como nenhum Estado pagar aposentadoria integral de supersalários a funcionários e seus viúvos e viúvas e dependentes. Aposentadorias, pensões e benefícios pagos pela Previdência representam cerca de 20% dos gastos do governo. Vai piorar. Não dá.

Se é para equilibrar contas públicas e não quebrar o país, essa vaca terá de deixar de ser sagrada.

Além de prender os ladrões sem-vergonha da República, o Brasil precisa da reforma da Previdência. O Brasil e o resto do mundo, que hoje envelhece muito. Não é para fazer maldade, mas para não perpetuar privilégios e desigualdades até os 100 anos de idade. Há, em países menos hierarquizados, uma estrutura de saúde e acolhimento digna e mais democrática para os velhinhos.

A estabilidade dos servidores ?" direito adquirido, previsto na Constituição ?" é outro tabu a discutir. A impossibilidade de demitir um servidor colide com a meritocracia e estimula a acomodação. Alguns países acabaram com a estabilidade, outros a flexibilizaram ou adotaram contratos temporários. O desempenho do servidor passa a ser controlado, premiado ou punido.

O foco do serviço público deveria ser a satisfação do cliente e não a garantia do servidor num emprego vitalício. Há casos em que o servidor se torna mero aproveitador de um cargo ou emprego ao qual só comparece para assinar o ponto ou nem sequer comparece por ter outras fontes de renda. Uma minoria, sim, nascida de um sistema de privilégios.

É um assunto explosivo. Na semana passada, recebi vários protestos de servidores à minha coluna ("O trem da vergonha nos Três Poderes") que criticava os reajustes e aumentos aprovados pela Câmara a 16 categorias de funcionários públicos, num momento de ajuste fiscal. Dá para entender a mágoa de alguns, quando eu chamo os servidores de "casta privilegiada". Generalizações são mesmo injustas. Se pensarmos nos professores e policiais, que cuidam de educação e segurança, não há nada de privilégio no dia a dia deles.
Herculano
13/06/2016 11:01
OS PRIVILÉGIOS DOS SERVIDORES, Ruth Aquino, para a revista Época.

Parte 2

Alguns desses leitores não tinham reajuste em seus vencimentos havia vários anos e, com a aprovação do pacote e a bênção do presidente interino Michel Temer, poderão repor as perdas da inflação. Aumentos reais estavam embutidos no pacote de bondades. É importante que os servidores tenham em mente que trabalhadores do setor privado estão abrindo mão de direitos trabalhistas e até de reposição de perdas, para se adequar à crise e evitar demissão. Os autônomos ?" exceto profissionais liberais como os médicos ?" tampouco conseguem repor a inflação.

O leitor Alcides Pestana escreveu que "esses jornalistas vivem à caça de notícias deste naipe, será ódio?". O leitor Fábio Vicente disse que "o ódio pelo servidor público nasce da incapacidade de ser aprovado em concursos os quais (sic) a concorrência chega a mais de 2 mil candidatos/vaga". O leitor Roberto Tavares disse que "chamar os servidores públicos de casta é um desrespeito com a categoria. Se acham que somos privilegiados, demonstrem que são capazes e façam concurso público".

Muitos servidores se acham mesmo superiores só porque fazem concurso público. Frequentemente alegam, a seu favor, que "dão o máximo para servir o país". E isso lhes dá direito a estabilidade e aposentadoria integral? O leitor Paulo Roberto de Almeida, em reação a um editorial do jornal O Estado de S. Paulo, "O déficit da previdência pública", escreveu: "Eu sou um funcionário público e, para que fique muito claro, quero deixar explícito, mais uma vez, que sou contra: 1) estabilidade no setor público 2) privilégios de qualquer tipo em relação ao setor privado 3) salários exorbitantes 4) outros abusos e vantagens típicos do mandarinato que caracteriza o Brasil. Acho que vai demorar para corrigir, se é que um dia se corrigirão essas iniquidades".

Há muitas maneiras de enriquecer no Brasil. A mais rápida é se tornando vereador, deputado, senador, prefeito, governador e presidente ?" ou dando a sorte de ser mulher, marido, filho ou parente de qualquer um deles. Não só pelo que ganham, mas pelo que desviam, mamam e roubam (não todos, mas...). Uma outra maneira, mais lenta, de se dar bem na vida financeiramente é: conseguir um emprego público. Faça concurso, e mais concurso, insista. Assim você não poderá ser demitido e vai ganhar tanto penduricalho e benefício em seus vencimentos ao longo da vida que ficará garantido. Mire nos Tribunais de Contas.

No livro Estado, democracia e administração pública no Brasil, o autor, Marcelo Douglas de Figueiredo Torres, escreve: "A defesa de velhos e insustentáveis privilégios geralmente se esconde sob o seguinte argumento: se é para corrigir o problema A, também deveremos atacar simultaneamente os outros problemas B, X, Y ou Z. É cristalino que essa posição é absolutamente fundada na defesa dostatu quo. Na prática, o raciocínio é o seguinte: se é preciso acabar com os privilégios dos funcionários públicos, também devemos resolver as questões da sonegação fiscal e dos incentivos tributários, da corrupção, dos favorecimentos na execução orçamentária, dos subsídios aos grandes agricultores, dos empréstimos camaradas do BNDES, dos lucros aviltantes do setor financeiro e assim por diante". É claro que é fundamental melhorar a gestão da Previdência. Mas não basta.

O Brasil, dos iletrados aos pós-doutores, sabe que corrupção não se combate com altos salários, mas com leis, valores éticos e morais, corregedorias eficientes. E com o controle social. O problema é que nossa sociedade é viciada em privilégios. Todo mundo tem, ou busca, um privilégio para chamar de seu.
Herculano
13/06/2016 10:57
REGITRO

Hoje, dia de Santo Antônio, é aniversário de Odir Barni, ex-contador da prefeitura de Gaspar e fundador do Sintraspug - Sindicato dos Trabalhadores no Serviço Público de Gaspar.
Herculano
13/06/2016 08:35
FALANDO SÉRIO, por Valdo Cruz, para o jornal Folha de S. Paulo

Michel Temer disse que falava em tom de brincadeira, mas, no fundo, o recado era bem sério e deveria ser assumido por todos que desejam que o país saia da crise.

Em discurso na semana passada, o presidente comentou que, caso algo aconteça e ele não permaneça à frente do Palácio do Planalto, o país estará salvo da atual crise se a sua equipe econômica for mantida.

Presidente interino, Temer conta com o "time de primeira grandeza" que escalou na área econômica como um dos trunfos para virar definitivo até o final do atual mandato.

Ele costuma perguntar. "A Dilma volta e tira o Padilha, Meirelles, Ilan Goldfajn, Pedro Parente, Maria Silva, Carlos Hamilton, Manuseto de Almeida?" De fato, imaginar tal hipótese é de assustar a qualquer um.

Ops, menos à presidente afastada e seus seguidores, aos quais Dilma promete uma guinada à esquerda se voltar ao Planalto. Como assim? Sua política econômica quebrou o país e ela ainda promete mais da receita.

O fato é que, se a equipe econômica de Temer tiver tempo necessário e apoio suficiente para reorganizar suas áreas, em pouco tempo o país volta a crescer. O primeiro teste virá em breve, quando Henrique Meirelles enviar ao Congresso a proposta de teto para os gastos públicos.

De longe, temos hoje o pior Legislativo da história recente do país. Viciados em gastos, de preferência para suas bases eleitorais, nossos atuais parlamentares, com raras exceções, adoravam a política fiscal irresponsável de Dilma Rousseff.

Agora mesmo, nos gabinetes do Congresso, o que já se ouve são reclamações sobre a ideia de limitar o crescimento dos gastos. Cada um querendo preservar sua área de cortes. Deveriam olhar para o rombo deste ano e pensar um pouco mais.

Enfim, esta turma precisa encarar a realidade de terra arrasada deixada pela administração petista. Não dá mais para viver no mundo dos sonhos enquanto o desemprego cresce. É hora de falar sério.
Herculano
13/06/2016 08:33
DEMORA NA DEMISSÃO DE PETISTAS TRAVA O GOVERNO, por Cláudio Humberto, na coluna que publicou nos jornais brasileiros

Aliados de Michel Temer reclamam que o governo continua "infestado" de petistas. Nos ministérios e demais órgãos federais, apesar da troca de titulares, o comando da burocracia permanece com militantes do PT, que sabotam ações do governo. Isso sem contar casos como os da estatal EBC e do plano de saúde Geap, cujos gestores se beneficiam da criação malandra de "mandato" para se agarrarem às boquinhas.

OLHO DA RUA
O Palácio do Planalto tranquiliza os servidores: "todos os petistas serão demitidos". É só questão de tempo, diz o ministro Geddel Vieira Lima.

DESENCARNANDO
Temer "foi obrigado a trocar o pneu com o carro em movimento", reconhecem os aliados, mas é preciso deixar sabotadores para trás.

FORÇA DO APARELHAMENTO
"O desaparelhamento do PT não se faz de uma hora para a outra", justifica o líder do governo, deputado André Moura (PSC-SE).

MONITORAMENTO
O governo já monitora, para levar à Justiça, os casos de perseguição de chefetes petistas a subordinados que apoiaram o impeachment.

MARIDÃO DE JANDIRA TINHA RELAÇÕES COM MACHADO
Jandira Feghali (PCdoB-RJ) levou R$ 410 mil da Queiroz Galvão, uma das empreiteiras investigadas no roubo à Petrobras, mas autoridades suspeitam que a ligação da deputada ao ex-presidente da Transpetro Sergio Machado, que providenciou as doações suspeitas, decorria das relações dele com seu marido Severino Almeida, presidente de uma Conttmaf, entidade de trabalhadores da área de atuação da Transpetro.

NÃO É NOVIDADE
Em 2005 e 2006 Jandira Feghali destinou R$ 3,8 milhões em emendas que beneficiaram outra entidade, um sindicato presidido pelo maridão.

BANDA DE MÚSICA
Enquanto Jandira tocava de ouvido com empreiteira, seu irmão Ricardo Feghali, músico do Roupa Nova, arrumou R$2 milhões da Lei Rouanet.

COMUNISTA CAVIAR
Jandira ganhou R$ 300 mil da Energia Verde e R$ 110 mil da Siderúrgica Vale do Pindaré, empresas ligadas à Queiroz Galvão.

PASSANDO O RODO
A Câmara abrirá processos contra "mortadelas chiques", aspones de deputados que posam de manifestantes nos corredores e no Salão Verde. Podem ser demitidos. A Polícia Legislativa monitora a situação.

MUITOS CACIQUES
Servidores da presidência da Câmara estão perdidos com tantos chefes. Além do afastado Eduardo Cunha, atendem a Waldir Maranhão, que é sem nunca ter sido, e Fernando Giacobo, o 2º vice.

PRESIDENTE ADIVINHO
Michel Temer deve ser adivinho. Juntou parecer do jurista Luiz Fernando Pereira dizendo que chapa vitoriosa não pode ser cassada por denúncias da Lava Jato. Um mês depois, a própria Odebrecht coloca Dilma, a cabeça de sua chapa, na cena do crime do "petróleo".

NEM PILOTO DE AVIÃO
Nomeado ministro do Esporte, Leonardo Picciani (PMDB-RJ) foi o deputado federal que mais gastou com a emissão de passagens aéreas, até maio. Ele torrou R$ 89,81 mil. É quase um piloto de avião.

TOM MAIOR
O senador Ricardo Ferraço (PSDB-ES) subiu o tom contra petistas e dilmistas na comissão do impeachment. Surpreendeu até mesmo os "apaixonados" Lindbergh Farias (PT-PE) e Gleisi Hoffmann (PT-PR).

POR NOSSA CONTA
O deputado Zeca do PT (PT-MS) queimou R$ 3.202,89 em um único posto de combustível, no mês passado. Nada demais se tivesse coçado o próprio bolso, mas quem paga é o coitado do contribuinte.

SEMANA DE GRITARIA
A Comissão do impeachment se reúne esta semana para ouvir testemunhas.Dilmistas tentam estender o fim das oitivas, previsto para dia 20. Já senadores pró-impeachment acham o prazo uma eternidade.

C?"DIGO DE MINERAÇÃO
Ambientalistas acreditam que o desastre da barragem de Mariana tende a acelerar a votação do projeto do novo código de mineração. O deputado Laudívio Carvalho (SD-MG) é o relator da proposta.

FASE 31
Os suspeitos habituais andam cansados das noites de insônia: começa a terceira semana sem a 31ª fase Lava Jato sair às ruas.
Herculano
13/06/2016 08:24
AMANHÃ´É DIA DE COLUNA INÉDITA

Nestes dias frios, algo sempre quente para contrabalançar. Nesta terça-feira é dia de coluna Olhando a Maré inédita. Exclusiva para os internautas do portal Cruzeiro do Vale, o mais antigo, o mais atualizado, o mais acessado e o de maior credibilidade.
Herculano
13/06/2016 08:20
FINALMENTE O PT VAI ADMITIR QUE É UMA ORGANIZAÇÃO CRIMINOSA COM FRANQUIAS?

Vai admitir apenas para se livrar da punição, junto com suas cabeças coroadas que patrocinaram a roubalheira nacional dos pesados impostos dos brasileiros e que faltam à saúde pública, por exemplo?

Livres, partido lambuzado que persegue gente honesta e dirigentes calhordas que enganam analfabetos, ignorantes, mal informados~, dependentes, pobres, fracos, medrosos continuarão na senda do crime, achaque e busca do poder? Wake up, Brasil! Acorda, Gaspar!
Herculano
13/06/2016 08:12
SE ELES ASSUMEM O ERRO E OS CRIMES, QUAL A RAZÃO DOS PARTIDÁRIOS CONTINUAREM COM AS BANDEIRAS DA INOCÊNCIA E DA PERSEGUIÇÃO HASTEADAS? MANCHETE DO JORNAL FOLHA DE S. PAULO: PRESOS, DIRCEU E VACCARI PROPÕEM "LENIÊNCIA PARTIDÁRIA" A PT

Parte 1

Texto de Bela Megale. Presos pela Lava Jato desde o ano passado, os petistas José Dirceu e João Vaccari Neto sugeriram a correligionários que a sigla faça um acordo de "leniência partidária".

Segundo relatos de pessoas que estiveram com o ex-ministro e o ex-tesoureiro do PT no último mês, a ideia teria surgido do próprio Dirceu e foi apresentada a ao menos a dois deputados do partido e a dois advogados que confirmaram à Folha terem abordado o tema com os petistas.

"Não sei se foi o Dirceu que pensou nisso, mas ele defende. Pensamos nessa possibilidade e em outras. A ideia é passar uma régua na história do PT, assumir a culpa e fazer com que isso se reflita nas pessoas físicas", disse Roberto Podval, advogado do ex-ministro na Lava Jato.

A proposta consistiria em acordo seguindo o modelo de leniência feito por empresas, em que elas assumem crimes e são condenadas a pagar multas. Em troca, mantêm a possibilidade de fazer contratos com o governo e seus executivos podem aderir ao acordo, com diminuição de pena ou até perdão judicial.

A maior diferença entre leniência e delação é que a primeira é feita com empresas, e a segunda, pessoas físicas.

Segundo relatos de envolvidos no debate, a proposta, ainda incipiente, teria o objetivo de incluir não só o PT, mas todas as siglas comprometidas na Lava Jato.

A ideia é que a negociação seja comandada pela presidência da cada partido, que faria um relatório com informações reveladas aos procuradores, inclusive com fatos ditos por Dirceu e Vaccari.

Dessa forma, em troca de pagar multas e assumir os erros, os políticos envolvidos nos crimes receberiam benefício, como redução de penas.

O tempo na prisão é preocupação dos petistas, já que Dirceu é o réu da Lava Jato que recebeu a maior condenação em uma única ação ?"20 anos e dez meses. Vaccari foi condenado a mais de 24 anos em duas ações penais.

Essas penas não são definitivas, pois há processos em curso envolvendo ambos que ainda não foram julgados.
Herculano
13/06/2016 08:11
SE ELES ASSUMEM O ERRO E OS CRIMES, QUAL A RAZÃO DOS PARTIDÁRIOS CONTINUAREM COM AS BANDEIRAS DA INOCÊNCIA E DA PERSEGUIÇÃO HASTEADAS? MANCHETE DO JORNAL FOLHA DE S. PAULO: PRESOS, DIRCEU E VACCARI PROPÕEM "LENIÊNCIA PARTIDÁRIA" A PT

Parte 2

PRIMEIRA VEZ

Pela primeira vez desde que surgiram as acusações contra o partido no esquema de corrupção da Petrobras, petistas cogitam a possibilidade da sigla assumir delitos e fazer uma espécie de autocrítica. Até então, o PT nega todas as irregularidades.

A leniência também pode ser um meio do partido evitar que seja inviabilizado por dívidas, caso se torne alvo de novos processos.

A proposta, porém, não é consenso nem entre petistas. Alguns acham impossível que ela avance porque as demais siglas não a apoiariam.

O deputado Carlos Zarattini (PT-SP) faz parte do grupo que não acredita no acordo. "Não vejo sentido, já que não temos notícia de que políticos do PT agiram para beneficiar empresas em troca de dinheiro e vemos as atividades do Vaccari como legais."

Ele visitou os petistas presos na última quinta (9), mas disse que nunca debateu o assunto com eles ou com o PT.

Três advogados com experiência em acordos de delação e leniência ouvidos pela Folha afirmaram não ver empecilhos para partidos fazerem esse tipo de negociação.

"Não há vedação expressa a partidos, mas a lógica das disposições legais remete a empresas", avalia Rogério Taffarelo, especialista em direito penal econômico.

O advogado de Vaccari, Luiz Flávio D'Urso disse que nunca falou do assunto com seu cliente.

O presidente do PT, Rui Falcão, não quis se manifestar.

Procuradores da Operação Lava Jato questionados pela Folha sobre a possibilidade de acordos de leniência serem negociados com partidos políticos afirmaram "não haver espaço para isso".

Hoje, a avaliação do Ministério Público Federal e da Procuradoria-Geral da República é que nomes como de Vaccari e Dirceu têm mais serventia à operação como exemplos do que como colaboradores.

Os investigadores também defendem que não há espaço para anistia ou benefícios de redução de pena dos dois envolvidos nas investigações, principalmente por não existir "clima político para isso".

No entanto, os procuradores acreditam que é provável que o PT e outros partidos tentem se salvar e reduzir as penas de seus filiados por essa via, já que boa parte dos políticos implicados na Lava Jato estão condenados, respondendo a processos ou sendo investigados.

João Vaccari está preso desde abril do ano passado, e José Dirceu desde agosto. O primeiro é acusado de corrupção, lavagem e associação criminosa. O segundo, de formação de quadrilha, corrupção e lavagem de dinheiro.
Herculano
13/06/2016 07:59
BOM, BARATO, BELO. E INÚTIL, por Carlos Brickmann

O estádio mais caro da Copa, o Mané Garrincha, de Brasília, foi declarado pela Justiça incapaz de receber jogos de futebol. Corinthians e Palmeiras jogam lá, agora, por falta de tempo de remarcar a partida. A lindíssima ciclovia à beira-mar, no Rio, seria perfeita se pudesse ficar à beira-mar. O aquário do Pantanal, iniciado em 2011, deveria ser inaugurado em 2013. Não foi: até agora só serviu para matar peixes. Na bela reforma do porto do Rio, para as Olimpíadas que começam daqui a dois meses, sumiram seis vigas de aço de 20 toneladas cada uma. Como? De que jeito?

Mas o melhor exemplo de desperdício do dinheiro público é o novo bonde fluminense. Ficou pronto tarde demais, entra em serviço sem testes. Testes de tecnologia do bonde? Sim: o bonde se chama "veículo leve sobre trilhos", VLT, e, portanto, não é um bonde, embora seja um bonde, inspiradíssimo nos bondes que, do início do século 20 até mais ou menos 1970, prestaram excelentes serviços de transporte por bonde.

É difícil. Mas trabalhar direito por aqui sempre foi difícil: Luiz Gonzaga e Miguel Lima brincaram num divertido forró com nossa dificuldade em fazer contas: "Sou diplomata, frequentei academia, conheço geografia, sei até multiplicar (...)" Qual o problema? Acertar o troco, sem pixulecos, sem ladroeira. Como hoje. Divirta-se com Luiz Gonzaga: http://wp.me/p6GVg3-1Wv

LUCROS E PERDAS

O Governo Federal calculou o custo dos Jogos Olímpicos em R$ 28 bilhões (só dinheiro público, sem contar iniciativa privada, se houver). Os gastos públicos já alcançaram R$ 39.2 bilhões. Na Copa, gastou-se menos: R$ 27.1bilhões. Mas ainda sairá mais dinheiro: a estrutura da cobertura, 225 toneladas espalhadas por 1.809 m², ainda não chegou da Espanha. E vai custar caro transportá-la até Campo Grande e remontá-la todinha.
Herculano
13/06/2016 07:58
BRIGA DA BOA, por Carlos Brickmann

Quando Marcelo Odebrecht nasceu, Delfim Netto já tinha sido secretário da Fazenda do Estado de São Paulo, comandante com plenos poderes da economia nacional, ministro do Planejamento, Agricultura e Fazenda, embaixador na França. Sabe mais sobre política e política econômica do que qualquer outra pessoa. Sabe muito sobre política nuclear brasileira. E sabe muito sobre muitos políticos, de todos os partidos. Ao intimá-lo para depor em Curitiba, a delegada da PF Renata da Silva Rodrigues pode estar abrindo novas e pesadas frentes de trabalho. Quer investigar R$ 240 mil recebidos por ele da Odebrecht?

Então, tá.

A ENERGIA DE DELFIM

Curitiba? Para quem respondeu a comissões militares de inquérito e enfrentou o Relatório Saraiva, documento hostil em que um coronel da ativa o acusava de ter recebido US$ 6 milhões de propina de financiadores de usinas hidrelétricas, Curitiba não deve causar muita preocupação.

PEQUENA, MAS ESPERANÇOSA

Diálogo do governador mineiro Fernando Pimentel, PT, pressionado por investigações, com sua filha: "Ela disse: 'Pai, você foi militante político desde a juventude. Foi pro mundo político. Depois se engajou na militância partidária. Foi prefeito, ministro, agora é governador. Tantas coisas agora neste momento, maldades, acusações. Será que vale a pena?' Me lembrei daquele verso de Fernando Pessoa: 'tudo vale a pena quando a alma não é pequena' ".

Pois é. Mas nunca é pequena a energia para buscar recursos que, naturalmente, serão destinados com generosidade, alegria e boa-vontade a quem deles estiver mais necessitado.

COMO DIZ O PROVÉRBIO

Esposas de Eduardo Cunha e de João Santana, ambas enfrentando processos, têm características em comum: gastos pessoais altos, cartões de crédito bem fornecidos, facilidade de estabelecer novos contatos, disposição para enfrentar problemas delicados, até mesmo os que lhes são impostos pelo Judiciário e parecem intransponíveis. São mulheres especiais, que atraem políticos poderosos. A razão é simples, considerando-se as pessoas citadas: como diz o provérbio, duas cabeças pensam melhor do que uma.

VOA, DILMA!

Dilma está sem jatinho? Não faz mal: alguém lhe alugou um para que fosse conversar com aliados, em Campinas. E por que não viajou em avião comercial? Porque não pode, uai. Jatinho é o único veículo (fora aquele outro que todos os piadistas vão citar) que lhe permite voar sem ser vaiada.

DIA DE FOLGA

São João cai numa sexta, 24 de junho. Boa parte dos tribunais comemora o dia do santo com um descanso extra: em Alagoas e Piauí, fecham por uma semana, de 24 em diante. Na Bahia e Paraíba, fecham no dia 23 e só reabrem em 4 de julho. A menos que alguém queira festejar também o Independence Day.
Herculano
12/06/2016 20:24
O PEDÁGIO DA APAE EM GASPAR ARRECADOU NO SÁBADO R$18.575,36

O ponto da Margem Esquerda foi o que mais arrecadou, R$3.131,00, seguido do Bairro Sete de Setembro com 2.610.20 e Linhas Círculo com R$2.562,95. Ao todo, tinham em Gaspar dez pontos e um no Distrito do Belchior.
Herculano
12/06/2016 11:43
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Herculano
12/06/2016 11:41
A MANCHETE DO DOMINGO NO MUNDO REVELA CAMINHOS: A NEGAÇÃO DO DIÁLOGO, O FANATISMO OU A DISCRIMINAÇÃO
POLÍCIA IDENTIFICA ATIRADOR E DIZ QUE HÁ PELO MENOS 50 MORTOS APOS MASSACRE E TIROTEIO EM BOATE GAY, EM ORLANDO, FLORIDA, NOS ESTADOS UNIDOS

Conteúdo das agências internacionais. Policiais afastam familiares de boate cenário de um tiroteio múltiplo em Orlando (EUA)

Policiais afastam familiares de boate cenário de um tiroteio múltiplo em Orlando (EUA.

A polícia disse, durante entrevista coletiva, que pelo menos 50 pessoas foram mortas durante um tiroteio em uma boate gay em Orlando, nos Estados Unidos. Foi declarado estado de emergência em Orlando.

A polícia identificou o suspeito como Omar Saddiqui Mateen, 27, nascido em Port St Lucie, na Flórida, embora o FBI (agência de inteligência americana), que comanda as investigações, não tenha confirmado o nome durante a segunda entrevista coletiva do caso. Segundo a rede CNN, a família do atirador seria do Afeganistão e ele tinha treinamento sobre armas. O presidente dos EUA, Barack Obama, determinou neste domingo que o governo federal forneça toda a assistência necessária a autoridades locais de Orlando.

O atirador foi morto pelos agentes policiais que invadiram a casa noturna Pulse, em Orlando, no centro da Flórida. Outros 53 feridos foram encaminhados a hospitais da região. Um policial foi ferido na cabeça pelo atirador, mas, segundo o chefe de polícia, foi salvo pelo capacete que usava. Com a invasão, o chefe de polícia John Mina diz ter resgatado 30 pessoas.
Sidnei Luis Reinert
12/06/2016 11:33
A verdadeira bomba da OAS

Brasil 12.06.16 07:31
O presidente da OAS, Léo Pinheiro, delatou Marina Silva e Aécio Neves.

O Antagonista foi o primeiro a publicar esses fatos.

Mas há algo muito mais importante do que o simples furo jornalístico.

As mesmas pessoas que revelaram ao nosso site as denúncias contra Marina Silva e Aécio Neves revelaram também que Léo Pinheiro prentende denunciar as negociatas de Lula junto ao BNDES.

Releia o post que publicamos dois meses atrás.

O resto da imprensa ainda não chegou lá. Mas um dia vai chegar.

http://www.oantagonista.com/posts/a-verdadeira-bomba-da-oas
Herculano
12/06/2016 09:56
COMO DEVE SER A FACADA, por Vinicius Torres Freire, para o jornal Folha de S. Paulo

Suponha-se que o Congresso aprove o teto dos gastos federais, projeto que Michel Temer deve lhe enviar nesta semana.

Como o governo vai se ajeitar para viver sem um aumento real de despesa de mais de 4% ao ano, em média, que se viu nos anos de Dilma Rousseff? Em dinheiro de hoje, são cerca de R$ 50 bilhões por ano.

A partir de 2018, o aperto deve ficar bem doído. A feia necessidade pode ser a mãe da invenção de modos de fazer mais com menos. Mas aumentos de eficiência não ocorrem de um dia ou ano para o outro, ainda menos em burocracias. Isto posto, o que fazer?

Primeiro, isso mesmo: um plano sistemático de aumento de eficiência. O grosso desse programa deve afetar as despesas de saúde e educação, pois os demais gastos grandes são pouco ou nada flexíveis e dependem de outro tipo de atenção.

Os ministros da área estão informados? O governo já pensou em inventar equipes especializadas para lidar com o assunto?

Segundo, a fim de evitar massacre maior, convém transferir recursos de outras áreas para o dispêndio social, que tende a crescer, mesmo quando bem feito. Por exemplo, a população cresce e envelhece, mais gente usa o SUS, ainda mais nos anos de crise.

Onde estão as "sobras" mais à mão? As desonerações (reduções de tributos) da Previdência, concedidas à larga nos anos Dilma, são despesas (gasto tributário) no Orçamento. No ano passado, levaram R$ 27 bilhões - um ano inteiro de Bolsa Família. Paulatinamente, as empresas que sobreviverem vão ter de devolver esse dinheiro.

Terceiro, o governo deve propor que cada cidadão possa receber apenas um benefício social: se recebe abono salarial, não recebe outra "Bolsa" qualquer, por exemplo.

Menos certo, deve haver também um aperto nas concessões de aposentadorias rurais, que fazem quase todo o deficit da Previdência (rombo de mais de R$ 93 bilhões. É um programa assistencial, na prática). O povo miúdo vai perder.

Quarto, a Previdência. Mesmo que viesse reforma imediata e miraculosa, o gasto ainda subiria nos próximos anos. Tem até subido menos, 1,3% em 2015 (R$ 6 bilhões), ante 4,8% na média dos anos Dilma.

Ou seja, sem reajustes reais do salário mínimo e, pois, do valor do piso dos benefícios, no curto prazo o problema previdenciário fica menos explosivo. Presume-se que o reajuste do piso previdenciário será desvinculado do reajuste do mínimo.

Note-se de qualquer modo que o valor médio do benefício CAIU 1% no ano passado.

Quinto, excluídas as despesas da Previdência do setor privado e "despedaladas", a despesa federal baixou 5% no ano passado, em boa parte porque caíram os investimentos "em obras", embora até o gasto com servidores tenha diminuído.

No médio prazo, é possível racionalizar os gastos com folha de pessoal ou com programas governamentais superpostos ou obsoletos, desde que exista um plano sério de reforma administrativa, não essa bobajada de reduzir ministérios.

No entanto, o investimento federal está deprimido demais. O que entrar por um lado, deve sair pelo lado do gasto "em obras".

Em suma, fazer o teto (de gastos) será menos complicado do que administrar a guerra por pão dentro da casa. Para funcionar direito, seria preciso reinventar o governo.
Herculano
12/06/2016 08:48
JOÃO VACARI DECIDE QUEBRAR O SILÊNCIO. O PT E PETISTAS TREMEM.

O homem que arrecadou e distribuiu mais de 1 bilhão de reais em propina para o PT, do qual foi tesoureiro, se prepara para falar à Lava Jato, relata Robson Bonin? - em texto que assinou para a revista Veja que já está nas bancas e trata na capa da pedofilia na Igreja Católica.

Em março passado, o ex-tesoureiro do PT João Vaccari Neto teve uma conversa reveladora com um de seus companheiros de cárcere. A situação de abandono do superburocrata petista, sentenciado a mais de 24 anos de prisão e com pelo menos outras quatro condenações a caminho, fez o interlocutor perguntar se ele não considerava a hipótese de tentar um acordo de delação com a Justiça.

Conhecido pelo temperamento fechado, que lhe rendeu o apelido de "Padre" nos tempos de militância sindical, Vaccari respondeu como se já tivesse pensado muito sobre o assunto: "Não posso delatar porque sou um fundador do partido. Se eu falar, entrego a alma do PT. E tem mais: o pessoal da CUT me mata assim que eu botar a cara na rua".

Algo aconteceu nos últimos dois meses. Depois desse diálogo travado com um petista importante e testemunhado por outros presos, Vaccari não resistiu às próprias convicções e resolveu romper o pacto de silêncio. O caixa do PT, o homem que durante décadas atuou nas sombras, o dono de segredos devastadores, decidiu delatar.

Preso desde abril do ano passado, o ex-tesoureiro, hoje no Complexo Médico-Penal de Pinhais, no Paraná, está corroído física e psicologicamente, segundo relatam pessoas próximas. Ele sabe que a hipótese de escapar impune não existe. Assim como os demais delatores, sabe que, aos 57 anos de idade, a colaboração com a Justiça é o único caminho que pode livrá-lo de morrer na prisão. Os movimentos do ex-tesoureiro em direção à delação estão avançados. Emissários da família de Vaccari já sondaram advogados especializados no assunto.

Em conversas reservadas, discutiu-se até o teor do que poderia ser revelado. Um dos primeiros tópicos a ser oferecido aos procuradores trata da campanha eleitoral de Dilma Rousseff em 2014. Vaccari tem documentos e provas que podem sacramentar de vez o destino da presidente afastada, mas não só. O ex-tesoureiro sempre foi ligado ao ex-­presidente Lula e, como ele mesmo disse, conhece a alma do PT.

A cúpula do partido foi informada sobre a disposição do ex-tesoureiro há duas semanas. A primeira reação dos petistas foi de surpresa, depois substituída por preocupação. Até onde o ex-tesou­reiro chegaria? Uma comitiva foi despachada a Curitiba para tentar descobrir. Encarregado da missão estava o líder do PT na Câmara, Afonso Florence, que foi ao presídio acompanhado pelo ex-deputado paranaense Ângelo Vanhoni. Em Pinhais, ainda não se sabe exatamente de que maneira a comitiva conseguiu driblar os controles da prisão e conversar longamente com o ex-tesoureiro.

Magoado, reclamando de ter sido esquecido na prisão, Vaccari confirmou sua decisão de quebrar o silêncio. Os petistas retornaram a Brasília estranhamente mais calmos. Florence procurou o líder do PT no Senado, Paulo Rocha, e relatou a conversa que tivera com Vaccari. "Será uma explosão controlada", disse. O que significava isso? O parlamentar explicou que Vaccari pode prestar depoimentos calculados, detonando explosões com efeito controlado para provar a "ilegitimidade" do governo Temer. Se o plano petista der certo, a carreira política de Dilma Rousseff será liquidada, mas também terá arrastado ao cadafalso o presidente interino Michel Temer, por comprometer a chapa eleita em 2014.
Herculano
12/06/2016 08:37
O JOVEM LOBÃO FICOU ZANGADO, por Elio Gaspari para os jornais O Globo e Folha de S. Paulo

O senador Edison Lobão (PMDB, ex-PFL, ex-PDS, ex-Arena) chegou ao Congresso em 1979, governou o Maranhão, foi ministro de Minas e Energia de Lula (2008-2010) e de Dilma Rousseff (2011-2014). Assumiu falando em usinas "termas", mas acostumou-se a dizer "térmicas". Na sua carreira conseguiu muito. É nome de município (18 mil habitantes), fez de um filho senador (cavalgando a suplência) e da mulher deputada federal. Tem uma emissora de televisão e rádios. Os interesses de sua família incluíram uma construtora e uma distribuidora de bebidas. Tudo isso e mais a amizade de José Sarney.

Com sua seca figura, Lobão atravessa tempestades sem perder a calma. Já foi acusado de participar do loteamento de fundos de pensão estatais, de companhias de eletricidade, da mina de Serra Pelada e do Instituto de Resseguros. Foi um dos primeiros marqueses jogados na frigideira da Operação Lava Jato e coleciona acusações de pelo menos sete colaboradores da Justiça, dois dos quais falaram em nome da Camargo Corrêa e da Andrade Gutierrez. O senador atravessa esse tiroteio negando qualquer má companhia, pois já chegou a se queixar: "Vejo com profunda tristeza. Fica difícil fazer parte da vida pública". Seu filho homônimo chegou a filosofar: "A ética é uma coisa subjetiva, muito abstrata".

O padrão Lobão de serenidade foi quebrado por Márcio, o filho do senador que desde 2008 dirige a Brasilcap, braço dos planos de capitalização do Banco do Brasil. Grande comprador de obras de arte, casou-se com a filha de um dos maiores colecionadores do país e empregou-a no gabinete do pai. Ele foi sócio de um ruinoso presidente do fundo Postalis numa importadora de BMWs, mas sempre manteve-se discreto.

Sérgio Machado localizou-o informando que lhe passava R$ 300 mil mensais de sua caixa de propinas. A informação foi divulgada pelo repórter Lauro Jardim, a quem Márcio Lobão mandou uma carta dizendo o seguinte:

"O delator Sérgio Machado é um rato roedor. Roeu a decência. Roeu o respeito pelo próximo. Roeu a própria família, inclusive o filho, e agora, de forma vil e irresponsável, está a roer todos os amigos do seu falecido pai [...] roendo também a educação que recebeu".

Por duas vezes, chamou Machado de "cagueta" e, para felicidade geral, anunciou que vai processá-lo. Se isso acontecer, virão por aí fortes emoções.

MAUS MODOS
Com a chegada de Michel Temer ao Planalto, os bons modos regressaram ao Palácio. Estavam ausentes desde 2003, quando Fernando Henrique Cardoso deixou o prédio.
Temer não é apenas bem educado, chega a ser um virtuoso das boas maneiras. Exatamente por isso deveria controlar a ferocidade de seus janízaros. Cortar a entrega da cópia da seleção diária de textos da imprensa para a presidente afastada, Dilma Rousseff, foi pura mesquinharia.

O Palácio da Alvorada, onde vive a senhora, já ficou sem energia seis vezes. Se foi problema técnico, deu-se um caso de incompetência. Se não, foi molecagem.
Herculano
12/06/2016 08:37
OS PORNOPODERES, por Elio Gaspari, para os jornais O Globo e Folha de S. Paulo

Pelo que se sabe do papelório que a Procuradoria-Geral da República encaminhou ao STF (Supremo Tribunal Federal) justificando seu pedido de prisão dos pajés do PMDB, a principal acusação é a de que estivessem tentando obstruir a ação da Justiça.

"Obstrução da Justiça" é coisa que cai na velha observação do juiz americano Potter Stewart a respeito da pornografia: "Não sei defini-la, mas reconheço-a quando a vejo".

No polígono Brasília-Rio-São Paulo-Curitiba há umas 5.000 pessoas que se julgam suficientemente poderosas para ajudar empresários e políticos enredados pela Lava Jato. São senhores que ajudam amigos como se cumprissem regras da boa educação.

A quem interessar possa:

Se A pede a B que fale com C para pedir a D um alívio nas referências a E em seu depoimento ao Ministério Público, está tentando obstruir a ação da Justiça. Se der certo, corre o risco de dormir na cadeia.

EREMILDO, O IDIOTA

Eremildo é um idiota deliberado e aprende muito com o prefeito Eduardo Paes, do Rio. Em janeiro, o doutor inaugurou a ciclovia Tim Maia e, em abril, ela desabou. Há duas semanas, inaugurou o elevado do Joá e nele apareceram buracos. O prefeito explicou: "Tem um problema, sim, de qualidade da mão de obra no Brasil, e material, enfim... Tem que se dar uma olhada nisso".

Eremildo acha que se comete uma injustiça quando se pensa que Paes culpava os peões da empreiteira Odebrecht, cujo presidente foi para a cadeia. O idiota garante que Paes opinava sobre a qualidade da mão de obra dos prefeitos, governadores e presidentes.

PROTEGIDOS

Deve haver muita gente com raiva de Sérgio Machado, inclusive um pessoal acostumado a resolver problemas a bala. Vale informar que uma das primeiras condições negociadas para sua colaboração foi a garantia da proteção para Machado, a mulher e seus três filhos.

CAIU A FICHA

Algumas dezenas de deputados deram-se conta de que a proteção dada a Eduardo Cunha não será suficiente para salvá-lo da Justiça.
Esforço vão, servirá apenas para desmoralizar a Casa.

FALTA DE ASSUNTO

O comissariado voltou a falar em convocação de um plebiscito para se decidir se é conveniente realizar nova eleição presidencial. Parece só uma proposta esdrúxula, mas é menos que isso. Trata-se apenas de falta de rumo. Desde 2013, quando o ronco das ruas assustou o governo, sempre que o comissariado não sabe o que fazer, propõe um plebiscito. Na ocasião, o vice-presidente Michel Temer mostrou que aquilo não passava de maluquice.

CELSO FURTADO, TEORIA E PRÁTICA

Celso Furtado viveu 84 anos, foi superintendente da Sudene, ministro do Planejamento e da Cultura e nunca teve seu nome envolvido no sumiço de um só alfinete. Em 2011, o comissariado petista lançou ao mar o petroleiro que leva seu nome, e Dilma Rousseff discursou festejando a obra da Transpetro: "No Brasil, muita gente dizia que dava para crescer, mas que poucos ficariam ricos. Celso Furtado disse que crescimento era uma coisa e desenvolvimento era outra, que país só se desenvolvia se o povo crescesse junto".

Em 2015, o estaleiro de onde saiu o "Celso Furtado" fechou, desempregando 2.000 trabalhadores, mas uns poucos maganos ficaram ricos.
A memória do presidente da Transpetro, Sérgio Machado, mostrou a distância que há entre as teorias de Celso Furtado e a prática da criação de polos navais no Brasil. Desde 1955, os contribuintes financiaram três, e todos quebraram.

Machado contou que a construção do "Celso Furtado" atrasou e que ele embolsou um capilé para aliviar o valor da multa. Em 2011, a Transpetro contratou a construção de oito navios, metendo Sérgio Buarque de Holanda e o economista Rômulo de Almeida na fantasia. O contrato ficou em US$ 536 milhões. A lasca de Machado foi de US$ 1,5 milhão.
Herculano
12/06/2016 08:25
GESTÃO TEMER CONSERVA A CABEÇA NA RESPONSABILIDADE FISCAL E OS PÉS NA LAMA, por Josias de Souza

Parte 1

Sugestão para analisar o desempenho de Michel Temer neste domingo (12), dia em que o governo interino faz aniversário de um mês e que você não tem nada com o que se preocupar. Repare na equipe econômica. Ao celebrado Henrique Meirelles (Fazenda), adicionaram-se os aplaudidos Ilan Goldfajn (Banco Central), Maria Silvia Marques (BNDES) e Pedro Parente (Petrobras). Você ouve o que eles têm a dizer e se convence de que a situação pode melhorar, deve melhorar, tem que melhorar. Você fica otimista, volta a acreditar no futuro.

Agora pense no PMDB e nos personagens que rodeiam Temer. O presidente do partido, Romero Jucá, expurgado do Planejamento 12 dias depois de nomeado. O mandachuva do Senado, Renan Calheiros, com uma denúncia e 12 inquéritos no STF. O cardeal Eduardo Cunha, que dá as cartas na Câmara mesmo bloqueado pelo Supremo. José Sarney, o inaposentável. Todos com a prisão requerida na Suprema Corte. Desanimou, certo? É impossível pensar no PMDB e continuar otimista.

Michel Temer escolheu sustentar-se sobre duas estacas de aparência contraditória. Primeiro, propôs-se a transformar a política econômica, devolvendo-a aos trilhos da responsabilidade fiscal e da racionalidade monetária. Segundo, decidiu montar sua base no Congresso da maneira mais tradicional: comprando apoios. Manteve o toma-lá-dá-cá. Preservou e até ampliou espaços que os chefões partidários e os coronéis estaduais ocupavam na máquina federal sob Dilma.

Os mais céticos dizem que Temer busca a quadradura do círculo. Em privado, seus auxiliares palacianos dizem que não se trata de opção, mas de pragmatismo. Nessa versão, Temer mantém a cabeça nas reformas modernizantes e os pés na lama do fisiologismo porque se move com a sabedoria de quem entende o país com que está lidando. Ou o governo joga esse jogo ou Temer não será presidente, disse ao blog um dos operadores políticos do governo. É preciso recordar que o impeachment ainda não foi julgado, ele acrescentou.

Foi dando que Temer recebeu do Congresso tudo o que pleiteou até o momento. Obteve a abertura do processo de impeachment na Câmara e o afastamento de Dilma no Senado. Alterou a meta fiscal do governo, elevando o déficit de 2016 para inacreditáveis R$ 170,7 bilhões. Aprovou na Câmara, em dois turnos de votação, a emenda da DRU, que desvincula as receitas engessadas pela Constituição, permitindo ao governo gastar livremente 30% das verbas alocadas para setores específicos. São matérias que Dilma não conseguia fazer andar.
Herculano
12/06/2016 08:24
GESTÃO TEMER CONSERVA A CABEÇA NA RESPONSABILIDADE FISCAL E OS PÉS NA LAMA, por Josias de Souza

Parte 2

O resultado é que, vistas as coisas da perspectiva de hoje, para devolver a economia aos trilhos, o governo de Temer informa que terá de transformar sua base congressual numa espécie de PMDB hipertrofiado. A diferença é que saíram do guardachuva do governo PT, PCdoB e um pedaço do PDT. E entraram PSDB, DEM, PPS e Solidariedade. O resto se manteve irremediavelmente igual ao que vigorava sob Dilma.

Por mal dos pecados, é esse pedaço do Brasil, o pedaço das negociatas e dos vícios insanáveis, é esse pedaço do país que transforma a Operação Lava Jato num sucesso de público. Afirma-se no Planalto que, depois que deixar de ser um presidente interino, Temer acumulará musculatura para tomar distância dos companheiros tóxicos do PMDB e adjacências. Será?

O sucesso do governo continuará dependendo de sua funcionalidade no Congresso. Nesta semana, até quarta-feira, Temer deve levar pessoalmente ao Legislativo a proposta de emenda constitucional sugerida por Henrique Meirelles para impor um teto às despesas da União. A aprovação dessa matéria e de outras reformas como a da Previdência e a trabalhista exigirão muita co$tura política.

Temer, depois de ter beijado a cruz do fisiologismo, não terá como assegurar a tão propalada governabilidade senão por meio das alianças espúrias e da tolerância com os maus costumes. Uma tolerância que já o levou a praticar gestos tão arriscados como confiar a presidência da Caixa Econômica Federal a Gilberto Occhi, um funcionário de carreira que foi apadrinhado pelo PP, o partido do petrolão.

Quis o destino que, três décadas depois da eleição de Tancredo Neves, em 1985, o PMDB retornasse a Presidência da República. Novamente, pela via indireta. O maior partido do país não tem prestígio para eleger um presidente pelo voto direto. Tentou com Ulysses Guimarães, em 1989. Amealhou ridículos 4,7% dos votos válidos. Foi à luta novamente com Orestes Quércia, em 1994. Cravou irrisórios 4,4% dos votos. Desde então, o PMDB dedica-se a trocar tempo de tevê e apoio congressual por posições na máquina estatal, onde encaixa seus balcões.

A alegação de que o governo não sobrevive sem uma rendição incondicional às alianças espúrias já não é aceitável. Impossível digerir, por exemplo, a presença de André Moura (PSC-SE) ?"tri-réu no STF, acusado de tentativa de homicídio, investigado na Lava Jato, miliciano parlamentar de Eduardo Cunha?" na posição de líder do governo na Câmara. Difícil de engolir também a presença de investigados na Esplanada dos Ministérios.

De resto, permanece atravessado na traqueia o silêncio de Temer diante da notícia de que a fina flor do seu partido teve a prisão requerida pela Procuradoria da República. Com um mês de existência, o PMDB e a decadência política que o partido representa tornam o resto do governo quase supérfluo.

Se Temer não for capaz de se dissociar do pedaço podre de sua coalizão, não será possível notar nada nos próximos dois anos e meio, nem mesmo uma eventual evolução da economia, de tanto que vai existir o PMDB de Renan, Cunha, Jucá e Sarney. Dependendo do lado que Temer escolher, seu destino será: enquanto a Lava Jato crescer, o governo irá ficando cada vez mais desnecessário.

Hoje, a grande sorte de Temer é que ninguém deseja a volta de Dilma. Aparentemente, nem ela própria, já que sua prioridade depois de um hipotético retorno seria a realização de um plebiscito para saber se os brasileiros querem vê-la novamente sentada na poltrona de presidente. Depois da corrupção sistêmica, do desgoverno permanente e do empregocídio que levou mais de 11 milhões de brasileiros ao olho da rua, não é difícil prever qual seria o resultado da consulta popular.
Herculano
12/06/2016 08:20
VOLTAR PARA QUÊ?, por Bernardo Mello Franco

Neste domingo (12), completa-se um mês desde que Dilma Rousseff assinou a notificação do impeachment, deixou o Palácio do Planalto e se recolheu ao Alvorada. Na temporada de exílio, ela criticou o substituto e prometeu lutar para voltar à Presidência. Faltou responder a uma pergunta: voltar para quê?

Dilma deve uma explicação sobre o que pretende fazer na hipótese, por ora improvável, de o Senado revogar o seu afastamento. Na noite de quinta-feira, surgiu uma pista. Na entrevista à TV Brasil, ela indicou que convocaria um plebiscito sobre a realização de novas eleições.

"A consulta popular é o único meio de lavar e enxaguar essa lambança que está sendo o governo Temer", disse. "Eu acho que pode ser um plebiscito de alguma forma. Eu não vou aqui dar o menu total, mas essa é uma coisa que está sendo muito discutida", acrescentou.

Parte da esquerda sonha com uma volta em que Dilma retome o programa de 2014, que ela abandonou depois de se reeleger. Há dois problemas: o dinheiro acabou e o Congresso deve impedi-la de governar.

A presidente foi afastada por 71,5% dos deputados e 67,9% dos senadores. No papel, ela precisa virar poucos votos no Senado para arquivar o processo de impeachment. Na prática, teria que mudar a opinião de mais de uma centena de parlamentares para voltar com condições mínimas de aprovar seus projetos.

Ainda faltaria contabilizar a reação das ruas e o estrago que pode ser provocado pelas novas delações da Operação Lava Jato.

A rejeição a Temer pode fortalecer a tese de novas eleições, mas é preciso haver um consenso mínimo entre as forças que não querem efetivar o interino. Por enquanto, não há unidade nem no PT. Na noite de sexta, o ex-presidente Lula evitou o assunto ao discursar para uma multidão na avenida Paulista. Alguns dos principais movimentos que apoiam o "Fora Temer", como o MST, não querem ouvir falar em plebiscito.
Herculano
12/06/2016 08:09
CONGRESSO PRECISA VOTAR REDUÇÃO DA MAIORIDADE, por Cláudio Humberto na coluna que publicou neste domingo nos jornais brasileiros;

Em pleno o clamor contra o estupro coletivo no Rio, uma garotinha de 11 anos foi estuprada em Brasília por adolescentes seguindo a liderança de um homem feito de 16 anos. Nem foram incomodados. São "crianças", segundo a lei. Um crime horrível foi praticado, uma menina que brincava com bonecas ficará com sequelas emocionais irremovíveis, mas não haverá culpados, nem punição. E o Congresso reluta em discutir e votar a redução da maioridade penal para 16 anos.

CRUÉIS E COVARDES
O grupo de adolescentes estupradores dopou a menina antes de abusar dela com selvageria, crueldade e covardia.

NÃO É REMÉDIO, É PUNIÇÃO
Reduzir a maioridade não é o "melhor remédio", mas ao menos abriria a chance de punir assaltantes, assassinos e estupradores de 16 anos.

ELE SABE O QUE FAZ
Ciente de que aos 16 anos poderia ser punido, o estuprador brasiliense pensaria mil vezes antes de liderar crime tão abjeto quanto covarde.

RENAN É QUEM MANDA
A proposta de emenda constitucional nº 171, que reduz a maioridade, está há 23 anos nas gavetas do Congresso.

PLANALTO DEVERÁ CORTAR MAIS PRIVILÉGIOS DE DILMA
O corte de aviões da FAB foi só o começo das restrições a Dilma Rousseff, que, afastada por cometer graves crimes contra a Nação, age como se continuasse no cargo. A Secretaria de Governo revê tudo, até com base no único precedente. Afastado, Fernando Collor não teve qualquer dos privilégios de Dilma: um exército de assessores, palácio, empregados, carros com motoristas, seguranças, jatos da FAB, nada.

FIM DAS DIÁRIAS
O ministro Geddel Vieira Lima finaliza levantamento dos assessores da de Dilma, cujas generosas diárias serão suspensas.

DEVOLVA O FILÉ
O número de assessores, cerca de 200, também deve ser reduzido. Os melhores cargos, subtraídos por Dilma, devem voltar ao Planalto.

FORÇA-TAREFA
Para evitar questionamentos do corte na Justiça, a área jurídica da Casa Civil apoia os trabalhos da Secretaria de Governo.

IMPERADOR RENAN
Prefeitos e deputados alagoanos estão preocupados com a pretensão do senador Renan Calheiros de "eleger" o próximo prefeito de Maceió. Como já controla o governo de Alagoas e grande parte dos deputados estaduais e federais, Renan parece candidato a Imperador de Alagoas.

SANGUE NO OLHO
Tucanos no Senado garantem que não permitirão o retorno de Dilma à Presidência da República. Segundo eles, o Congresso não se acovardará diante da decisão que precisa ser tomada: o impeachment.

SONEG?"METRO
Mais de R$ 230 bilhões em impostos teriam sido sonegados no Brasil este ano, estima a turma do Sonegômetro, criado por sindicalistas em resposta aos imbatíveis e chocantes números do Impostômetro.

ESTILO
Advogado de Dilma no impeachment, o ex-ministro José Eduardo Cardozo deve estar ganhando bem para defender a presidente afastada. Desfila no Senado com um Apple Watch de R$ 2 mil.

MUDANÇA NA OI
O diretor financeiro da Oi, Marco Schroeder, deve assumir a presidência da operadora de telefonia, em substituição a Bayard Gontijo, que está de saída.

SEGURANÇA REFORÇADA
Após a sequência de invasões de manifestantes, a Câmara reforçou a segurança em locais estratégicos. E o serviço de segurança monitora os baderneiros mais assíduos para impedi-los de entrar na Casa.

PERNAS CURTÍSSIMAS
O deputado Sibá Machado (PT-AC), expert em pagar mico na internet, divulga no Facebook uma "pesquisa" sobre o governo Temer sem indicar fonte. Estranho é a somatória dos dados: extrapola os 100%.

OTIMISMO TRABALHISTA
O presidente do PTB do Tocantins, ex-deputado José Geraldo, acredita que seu partido sairá fortalecido porque soube se posicionar na crise, e aposta no crescimento dos trabalhismo nas eleições de outubro.

PERGUNTA NO ALVORADA
Neste Dia dos Namorados, Dilma vai receber flores?
Herculano
12/06/2016 08:02
O PRESIDENTE E O SANTO, por Hélio Schwartsman, para o jornal Folha de S. Paulo

"Dai-me a castidade e a continência, mas não agora". A frase, de santo Agostinho (Confissões VIII, 7), cai como uma luva para descrever o comportamento fiscal do governo Temer. Até aqui, os únicos cortes de gasto que ele de fato promoveu foram tirar o avião de Dilma Rousseff e reduzir limite do cartão de crédito que abastece a despensa da presidente afastada.

No mais, a estratégia do governante interino parece ser a de reduzir ao máximo a lista de demandas de categorias capazes de fazer barulho, varrendo os custos para o megadeficit de R$ 170 bilhões, que cai na conta política de Dilma e não na sua. Com isso, Temer compra tranquilidade e a cooperação do Congresso para aprovar suas medidas econômicas.

Tem dado certo. Propostas boladas ou encampadas pela equipe econômica, como a lei que estabelece um teto para os gastos públicos, a Desvinculação de Receitas da União, a popular DRU, e o pacote de regras mais rígidas para a elaboração do Orçamento, ou já começaram a avançar no Legislativo ou o farão em breve.

O problema é que todas essas medidas remetem mais ao futuro do que ao presente. E é muito mais fácil promover cortes no futuro do que no presente, especialmente para Temer, que não parece lidar muito bem com pressões. Só que um dia o futuro precisará se tornar presente. Ou não?

O mesmo santo Agostinho (Confissões, XI, 14) lança dúvidas: "De que modo existem (...) o passado e o futuro, se o passado já não existe e o futuro ainda não veio? Quanto ao presente, se fosse sempre presente, e não passasse para o pretérito, já não seria tempo, mas eternidade. Mas se o presente, para ser tempo, tem necessariamente de passar para o pretérito, como podemos afirmar que ele existe, se a causa de sua existência é a mesma pela qual deixará de existir?" Para Agostinho, o tempo não passa de uma ilusão. Espero que o presidente não pense como o santo, ou teremos problemas.
Herculano
11/06/2016 19:14
"TEM SIDO UMA GUERRA", DIZ MICHEL TEMER SOBRE O 1ºMÊS NO PODER

Conteúdo do jornal Folha de S. Paulo. Texto e entrevista de Valdo Cruz e Gustavo Uribe, da sucursal de Brasília. "É uma guerra, tem sido uma guerra", disse o presidente interino, Michel Temer, à Folha sobre seu primeiro mês de governo, que se completa neste domingo (12).

A frase revela seu estado de espírito por enfrentar mais dificuldades do que antecipava. Em 30 dias, perdeu dois ministros, recuou em decisões e encontrou situação fiscal pior que imaginava.

Alojado no gabinete presidencial, dando sinais de cansaço diante de mais uma noite de poucas horas de sono, Temer diz não se incomodar com as batalhas diárias. "Apesar de todas as turbulências, críticas e pressões, foi um mês de sucesso", afirmou o peemedebista na quinta (9).

Faz questão de enumerar o que classifica de "saldo positivo", listando as medidas aprovadas no Congresso que a "Dilma não conseguia", como a mudança da meta fiscal, a prorrogação da DRU (mecanismo que desvincula receitas da União) e a aprovação do presidente do Banco Central, Ilan Goldfajn.

"Restabelecemos a interlocução com o Congresso, votamos projetos com ampla maioria e estamos retomando a confiança no país, não é pouca coisa para um começo de governo", afirmou, buscando rechaçar as críticas de início de administração marcado por idas e vindas.

Criticado por montar um ministério sem mulheres e integrado por políticos citados na Lava Jato, o peemedebista prefere dizer que "montei um time de primeira grandeza na área econômica", citando Henrique Meirelles (Fazenda), Pedro Parente (Petrobras), Maria Silvia Bastos Marques (BNDES) e Goldfajn.

Ele gosta de repetir que, numa hipótese de não permanecer no governo, o país estará "salvo" se a equipe econômica for mantida. Indagado se seu comentário revela temor de volta de afastada Dilma Rousseff, ele diz preferir não avaliar: "Eu não tenho feito nenhum gesto contra ela. Respeito quem passou".

A interlocutores, contudo, demonstra confiança na permanência. Nem mesmo as ameaças de senadores nos últimos dias de mudar de lado e votar contra o impeachment abalam a crença de Temer de que ficará até 2018.

Sobre a tese de plebiscito para convocar novas eleições, encampada pela petista como estratégia para tentar ganhar o julgamento do impeachment no Senado, Temer, antes de tudo, lembra: "Primeiro, eu preciso renunciar". Em seguida, diz. "Depois, digo com toda tranquilidade, temos tido mais de 300 votos, às vezes mais de 340 na Câmara. Isto reflete confiança neste governo. Nossas vitórias no Congresso mostram que não tem espaço para a Dilma voltar."

Provocado a citar a maior surpresa negativa neste primeiro mês de governo, ele não aponta as demissões de ministros provocadas pela delação do ex-presidente da Transpetro Sérgio Machado, mas a situação fiscal do país.

"Foi surpreendente, de forma negativa, o que encontramos aqui. As contas muito piores do imaginávamos, a Petrobras quebrada, os Correios quebrados, a Eletrobras quebrada. E eles ainda ficam numa campanha agressiva contra mim", diz, em tom de desabafo.
Carlinhos Silva
11/06/2016 18:42
Herculano nova capanhia em Ilhota, já é um sucesso #brickveladanielbosiparagaspar.
Herculano
11/06/2016 15:44
SOBROU CAMINHADA E COMIDA

Os candidatos a prefeito de Gaspar estão tendo neste (e no outro foi assim também) final de semana muito trabalho.

Muita festa de Igreja, muita feijoada, muita promoção beneficente (como o pedágio em pról da Apae para participar, conversar e convencer.

O que se pode notar é que eles andam sozinhos. Está faltando a companhia dos futuros candidatos a vereador, inclusive no rico e poderoso PT.

Para os outros se entende: é a crise financeira. Para o PT, é a crise moral, ética e a falta de discurso.
Sidnei Luis Reinert
11/06/2016 12:32
Lula avisa que não perdoa Sérgio Moro


Edição do Alerta Total ?" www.alertatotal.net
Por Jorge Serrão - serrao@alertatotal.net

O mito decadente Luiz Inácio Lula da Silva voltou ontem a incorporar o espírito de $talinácio, na manifestação que a petelândia promoveu na Avenida Paulista contra o governo provisório de Michel Temer. Aproveitou seus 35 minutos de discurso em cima de um caminhão de som, para mandar um recado direto ao juiz Sérgio Fernando Moro.

Evidentemente, Lula cometeu a covardia tática de não citar o nome do magistrado que está cada vez mais próximo de cuidar, pessoalmente, dos processos judiciais que envolvem seu nome. Abusando da teatralidade habitual para se passar por vítima, Lula chegou a embargar a voz, em dois trechos da falação aos seus fanáticos seguidores.

Primeiro chorinho de Lula: "Todo dia leio que querem me prender, que eles querem prender o Lula, que eles querem encontrar alguma coisa do Lula, ou que delatem o Lula. Mas eu sou uma pessoa muito paciente. A paciência que eu tenho veio da minha mãe quando, muitas vezes, ela não tinha comida para colocar na mesa e ela não reclamava. Todo dia eu leio uma coisa. É o meu filho que é dono da Friboi, é o meu filho que tem avião, é o PT que é uma organização criminosa. E acho que todo petista desse país deveria abrir um processo contra quem fala que o PT é uma organização criminosa".

Segundo muchocho, desta vez no melhor estilo ameaçador do $talinácio contra o Moro: "Não perdoo atitude de vazamento ilícito de minhas conversas ao telefone como foi feito algum tempo atrás. Não admito aquilo, que tem um objetivo, que é tentar execrar a minha imagem para eu não ser candidato a presidente. Mas eu digo a vocês, quanto mais eles me provocarem, mais eu corro risco de ser candidato a presidente em 2018. Se eles acham que vão me amedrontar com ameaças, eu quero dizer que quem não morreu de fome até os cinco anos de idade, não tem medo de ameaça. Tem gente que escreve que eu estou doente. Mas eu não estou. Estou melhor hoje do que aos 50 anos".

Curiosamente, Lula preferiu pegar bem leve contra aquele que era o alvo principal da manifestação. Abrindo margem para especulações já anunciadas sobre um pacto de não-agressão violenta com Michel Temer, a fim de que ambos possam formar, mais adiante, uma aliança maior contra Sérgio Moro e a Força Tarefa do MPF, Lula chegou a ser delicadíssimo na ironia contra quem tirou a cadeira da Dilma: "Não vou falar fora Temer porque, da minha parte, não fica bem. Temer, você é um advogado constitucionalista e você sabe que não agiu correto assumindo a presidência interinamente".

Independentemente do que fala em público, intimamente Lula sabe que seu destino imediato está nas mãos do ministro Teori Zavascki. O relator dos processos da Lava Jato no Supremo Tribunal Federal pode devolver, a qualquer momento, para a primeira instância judicial, a denúncia contra Lula sobre suposta tentativa de obstrução da Justiça, em parceria com o delator Delcídio do Amaral - ex-senador petista e ex-líder do desgoverno Dilma - na escandalosa compra do silêncio de Nestor Cerveró, ex-diretor Internacional da Petrobras. Lula se complica por causa de uma reunião que fez com Delcídio, no Instituto Lula, em maio de 2015, pertinho das negociações para Cerveró virar "colaborador premiado" da Lava Jato.

Lula está com o dele apertadinho porque o Procurador-Geral da República, Rodrigo Janot, já deu um parecer ao STF recomendando que o caso retorne para o juiz Sérgio Moro. O inquérito em que Lula, Delcídio e mais cinco pessoas foram denunciadas tramita sob sigilo. Em um pedido encaminhado ao STF, Janot foi contundentemente objetivo: "Constatou-se que Luiz Inácio Lula da Silva, José Carlos Bumlai e Maurício Bumlai atuaram na compra do silêncio de Nestor Cerveró para proteger outros interesses, além daqueles inerentes a Delcídio e André Esteves, dando ensejo ao aditamento da denúncia anteriormente oferecida".

Também estão nas mãos de Teori - podendo retornar para Sérgio Moro, outras investigações contra Lula. Por causa das delações das empreiteiras OAS e Odebrecht, Lula se apavora com o caso do triplex do Guarujá e do sítio em Atibaia. Teori também cuida do caso que deixou Lula mais pt da vida - e que revelou para a humanidade seu ladinho $talinácio -, nas conversas nada republicanas com a Presidenta afastada Dilma Rousseff. Teori também segura outro processo, inquérito-mãe na Lava Jato, que apura formação de quadrilha nos desvios bilionários de grana na Petrobras.
Herculano
11/06/2016 11:03
LULA NÃO GRITOU "FORA TEMER" PORQUE SUA ÚNICA CHANCE DE SOBREVIVER É O "DENTRO TEMER", por Reinaldo Azevedo, de Veja

Parte 1

Só Dilma e alguns fanáticos acreditam numa possível volta; os petistas que pensam estão de olho em 2018 e sabem que o retorno de Dona Doida seria o fim do partido

Se Dilma não fosse tão cabeçuda, tão turrona, eu teria até um pouquinho de pena dela. Acontece que a mulher não deixa. Ela é tão escandalosamente tola na relação com o PT que chega a ser irritante. Vamos pensar.

Nesta sexta, houve manifestação contra o governo Temer em quase todas as capitais do país. A maior foi em São Paulo. Ocupou quatro quarteirões da Paulista, numa massa rarefeita. Os organizadores anunciaram 100 mil pessoas. Bem, com boa vontade, havia lá umas 20 mil. Os petistas não enganam nem os próprios militantes.

E olhem que Lula, a estrela maior, anunciou presença e, de fato, discursou. Dilma é politicamente xucra; ele não! Atenção! O chefão do PT não gritou "Fora Temer". Até porque Lula tem a esperança de que o "Dentro Temer" possa ainda beneficiá-lo. Vamos, então, pôr os pingos nos is.

Atenção! O PT que pensa já desistiu do "Fora Temer" e não quer nem ouvir falar em "novas eleições". O PT que tem miolos está se preparando para 2018. Quem é antipetista tem de se preparar é para enfrentar o partido que raciocina, não o que rumina a derrota. Explico melhor.

A carta
O PT e os ditos movimentos sociais levaram Dilma a se comprometer em assinar um carta que anuncia a conversão de seu governo à esquerda caso ela sobreviva ao impeachment. Atenção! Ela só volta à Presidência por vontade dos senadores, mas estaria assumindo um compromisso com os esquerdistas. Resumo da ópera: só ela acredita que essa conversão poderia levá-la de volta ao Planalto. Ao forçá-la a fazer esse movimento, os petistas a fazem assinar a sentença de morte.

Os lunáticos
Os dilmistas - uma minoria de lunáticos no PT - afirmam que a presidente afastada "aceitaria" (podem rir!!!) convocar um plebiscito com vistas a novas eleições. Assim, caso fosse reconduzida ao Palácio, aceitaria a consulta popular. Pois é? Lula já deixou claro que não quer nem ouvir falar dessa história, num sinal de que louco não é.

Schopenhauer
Entre quatro paredes, os petistas do núcleo duro só não chamam Dilma de Schopenhauer? Por quê? Lula já dá de barato que Temer ficará na Presidência até 2018 e conta com ele para fazer o ajuste de que o país precisa. Uma eventual eleição agora o obrigaria a disputar a Presidência. Se derrotado, seria o fim da linha. Se vitorioso, o que é improvável, também.
Herculano
11/06/2016 11:03
LULA NÃO GRITOU "FORA TEMER" PORQUE SUA ÚNICA CHANCE DE SOBREVIVER É O "DENTRO TEMER", por Reinaldo Azevedo, de Veja

Parte 2

O pior
Os petistas que pensam (não é o caso de Dilma), ainda que coisas malignas, ponderam que o pior cenário para o partido seria a volta de Dona Doida ao poder. A simples piora das expectativas conduziria o país à ruína, sem contar que ela reassumiria como refém dos movimentos de esquerda.

O que quer o PT?
Mas, então, o que quer o PT? Ora, manter o país num clima de mobilização constante até 2018, jogando nas costas de Michel Temer a responsabilidade por todos os desacertos. Pensem: por que a CUT rejeitou a proposta de greve geral de Rui Falcão? Vagner Freitas, o presidente da entidade, explicou: porque, até agora, o presidente interino não tomou nenhuma medida que a central possa tachar de "contra os trabalhadores". De fato, o PT, hoje em dia, torce por cortes em programas sociais porque sabe que, sem isso, fica difícil levantar uma bandeira.

A aposta
A aposta do PT, hoje em dia, é no desgaste de Michel Temer. O núcleo duro do partido chegou à conclusão de que essa é a única chance de sobrevivência do partido. A volta de Dilma corresponderia a condenar a legenda à morte.

Mas então...
Mas, então, nós, os que não somos petistas, não deveríamos torcer por isso? Não! O Brasil é maior do que o PT. O partido morreria, sim, mas o país, que já vive uma crise de dimensões inéditas, tenderia à ingovernabilidade.

Dilma sabe disso?
Dilma sabe que o PT não quer a sua volta? Ela sabe, sim, mas não se conforma. É por isso que, à diferença do que reza a lenda, a Afastada e Lula se odeiam. Ele tem a certeza de que ela conduziu o PT à ruína. E ela tem a certeza de que nada mais fez do que dar sequência à obra do mestre. Quem está certo? Os dois!

Em suma?
Lula não gritou "Fora Temer" porque sabe que a sua única chance de sobrevivência está no "Dentro Temer". Já deu início à campanha eleitoral. O chefe inconteste do partido que comandava a organização criminosa que tomou conta do estado brasileiro ainda teve a cara de pau de chamar os deputados de picaretas, relembrando frase célebre de 1994.

Pois é? Vinte e dois anos depois, sabemos que o partido de que ele é o líder máximo comandou o maior assalto aos cofres públicos de que se tem notícia.

Eis Lula, o que não é? picareta!
Herculano
11/06/2016 08:07
"QUANTO MAIS ME PROVOCAM MAIS EU CORRO RISCO DE VIRAR CANDIDATO, DIZ LULA

Conteúdo do Uol (Folha de S. Paulo) O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou que poderá ser candidato nas eleições presidenciais de 2018, durante o ato contra o governo Temer (PMDB), realizado na avenida Paulista na noite desta sexta-feira (10). "Quanto mais eles me provocarem, mais eu corro risco de ser candidato a presidente em 2018. Se eles acham que vão me amedrontar com ameaça, eu quero dizer, que quem não morreu de fome em Garanhuns (PE), não tem medo de ameaça nesse país", declarou Lula, em referência a sua infância no sertão pernambucano.

No primeiro ato unificado da Frente Brasil Popular, composta por movimentos de esquerda e centrais sindicais, desde que Michel Temer assumiu a presidência interinamente, há menos de um mês, Lula o criticou por promover mudanças no governo, a exemplo da diminuição do número de ministérios. De acordo com o ex-presidente, a atual gestão promove "um desmonte" no país e de só querer "privatizar", em vez de governar. "Se a solução fosse diminuir ministérios, era melhor tirar a Fazenda, o Planejamento e deixar os ministérios dos pobres", disse Lula.

Temer foi comparado ao ex-presidente cubano Fidel Castro, em certo trecho do discurso do ex-presidente, para afirmar que o presidente interino não tinha autoridade nem legitimidade para realizar mudanças no governo. "Após a decisão do Senado de afastar a Dilma, Temer pegou a interinidade e não agiu como interino. Ele assumiu com a mesma liberdade e autoridade com que Fidel Castro entrou em Havana após a Revolução cubana. Mas ele não tinha autoridade."

Em outra referência direta a Temer, Lula declarou que o ex-presidente sabe que não agiu corretamente assumindo a Presidência da República. 'Por favor, permita que o povo retome o governo com a Dilma e dispute eleições em 2018 para ver se você vai ser presidente", disse o ex-presidente.
Herculano
11/06/2016 08:00
PARTIDOS NOS TOMARAM R$ 307 MILHÕES EM 5 MESES, por Cláudio Humberto, na coluna que publicou hoje nos jornais brasileiros

Os partidos políticos retiraram do Tesouro Nacional mais de R$ 307 milhões, a título de Fundo Partidário, somente entre janeiro e maio. O dinheiro do fundo partidário tem sido gasto em aluguéis, marqueteiros, pessoal, impressão de materiais etc. O PT foi o partido que mais embolsou dinheiro público este ano, R$ 40,86 milhões, gastos com assessores e aluguel de jatinho particular para seus dirigentes.

MORDOMIA
Jatinho alugado de Brasília para Campinas, que levou Dilma nesta semana, com capacidade para 8 pessoas, custa R$ 39,6 mil. Só de ida.

O POVO PAGA
Habituado a chamar opositores de "elite", o ex-pobretão Lula só viaja de jatinho pago pelo PT, bancado pelo contribuinte.

CAMPEÕES
O PSDB é o segundo da lista dos que receberam dinheiro do Fundo Partidário: R$ 33,68 milhões. O PMDB levou R$ 32,83 milhões.

BOLSO CHEIO
Até nanicos encheram os bolsos. Com um único deputado, PMB tomou R$ 439,22 mil, mesma quantia paga a um certo Partido Novo.

VENDA DE ATIVOS DA ELETROBRÁS GERA DESCONFIANÇA
Caiu como uma bomba, na força-tarefa da Lava Jato, como se fosse um alarme de "incêndio a bordo", a defesa que o ministro Fernando Coelho Filho (Minas e Energia) fez da suposta necessidade de vender ativos da Eletrobrás. O ministro acha "insustentável" a situação da estatal, que acumula prejuízos bilionários desde 2012. O temor é que venda de empresas estatais são sempre marcadas por corrupção.

DESCONFIANÇA
A venda de empresas do sistema Eletrobrás esbarra na desconfiança do Ministério Público Federal, que investiga a ladroagem do "eletrolão".

ELETROLÃO
O "eletrolão" seria ainda maior que o "petróleo", esquema montado para roubar a Petrobras em R$ 23 bilhões, nos governos Lula e Dilma.

DENÚNCIAS NO STF
Pai do ministro de Minas, o senador Fernando Bezerra (PSB-PE) é acusado no STF de fraude, lavagem, tráfico de influência e corrupção.

NO COLO DE MORO
A força-tarefa da Lava Jato em Curitiba deve receber os casos do apartamento tríplex e do sítio em Atibaia, que envolvem o ex-presidente Lula. O caso do grampo com Dilma deve permanecer com o Supremo. Mas só até a conclusão do impeachment.

APOCALIPSE
"O retorno de Dilma é absolutamente inviável, uma catástrofe. É mergulhar o país em um apocalipse", garante o senador Ricardo Ferraço (PSDB-ES), em entrevista ao portal Diário do Poder.

DECADÊNCIA
Para atrair público ao protesto contra Michel Temer, ontem, na Avenida Paulista, o PT recorreu outra vez ao velho truque do showmício, criado nos anos 1980 por partidos cuja pregação não empolgava ninguém.

PRETENSÃO A CAMINHO
O procurador-geral Rodrgo Janot negou a "pretensão" de entrar na política. Mas vai ter, apostam muitos mineiros que o conhecem bem. Primeiro, deputado federal em 2018; depois, governador de Minas.

QUATRO ANOS DE GAVETA
A Câmara pode votar nestes dias acordo Cinematográfico entre o Brasil e o Reino Unido, para produção de filmes e programas de TV, em inglês e português, com vistas... às Olimpíadas. Foi assinado em 2012.

PÉ NA TÁBUA
Beto Mansur (PRB-SP), que tem presidido sessões da Câmara, vai acelerar o ritmo para evitar horas extras. A farra voltou, após Waldir Maranhão (PP-MA) afrouxar a regra, fazendo média com funcionários.

POR NOSSA CONTA I
O deputado Adail Carneiro (PP-CE) não pensou duas vezes em colocar na nossa conta a compra de um suco de laranja por R$ 16,50. Também nos repassou o custo de R$ 7,50 em uma latinha de refrigerante.

POR NOSSA CONTA II
Mesmo declarando ter dois carros, o deputado Adelson Barreto (PR-SE) pagou em Aracaju R$ 10 mil para alugar outros dois de luxo. R$ 6 mil em um Honda/CRV e R$ 4 mil em um Toyota. A conta é nossa.

PENSANDO BEM...
...depois de tantas lorotas, só falta os petistas acusarem o juiz Sergio Moro de contribuir para a superlotação nos presídios.
Herculano
11/06/2016 07:54
GOVERNO GASTOU CERCA DE R$ 650 MIL COM MANUTENÇÃO DE DILMA APOS AFASTAMENTO, por Josias de Souza

Dilma Rousseff vive desde o dia 13 de maio uma derrocada dourada. Ela já havia reconhecido que, afastada pelo Senado, seria "carta fora do baralho". Mas, enquanto aguarda o veredicto final dos senadores no julgamento do impeachment, permanece no Palácio da Alvorada, às expensas dos contribuintes. Fechada a contabilidade de maio, o governo gastou com Dilma cerca de R$ 650,7 mil. Os dados obtidos pelo blog são oficiais. Podem ser conferidos no quadro que ilustra esse post. Procurada por meio de sua assessoria, Dilma não quis fazer comentários sobre o tema.

O custo mais alto refere-se à folha salarial: R$ 446.441,09. Dilma fez jus ao contracheque integral: R$ 38.049,68. A cifra superou o teto do funcionalismo, medido pelo salário dos ministros do STF, hoje fixado em R$ 33.700. A remuneração do staff que Dilma recrutou para assessorá-la custou em maio R$ 312.536,48. A soma inclui encargos, comissões e gratificações. Outros R$ 95.854,93 foram pagos à equipe que dá prontidão médico no Alvorada.

Excluíram-se da conta as mais de cem pessoas que asseguram ao palácio presidencial uma hospedagem cinco estrelas: cozinheiros, garçons, arrumadeiras, seguranças e um infindável etcétera. Ainda assim, o Planalto, agora sob nova direção, cogita forçar uma redução das despesas com a assessoria direta de Dilma. Alega-se que é preciso reforçar a equipe do presidente interino Michel Temer.

O segundo item mais oneroso foi a conta das viagens de Dilma. Noves fora as despesas com os aviões da FAB, usados por Dilma, as equipes que viajaram antes para preparar os três deslocamentos realizados entre os dias 13 e 30 de maio sorveram R$ 113.100,59 em passagens aéreas e diárias. O Planalto achou um exagero, já que Dilma não cumpre mais agendas oficiais como presidente. E decidiu impor limites às viagens dela.

Há uma semana, escorando-se em parecer da assessoria jurídica da Casa Civil, o Planalto restringiu as viagens da presidente afastada nas asas da FAB aos voos entre Brasília e Porto Alegre, cidade que Dilma adotou para viver e onde moram sua filha e seus dois netos. Dilma estava na capital gaúcha quando soube da novidade. Subiu no caixote: "Houve uma decisão da Casa Civil ilegítima, cujo objetivo é proibir que eu viaje", disse. Ameaçou viajar em aviões de carreira. Acabou se entendendo com o PT, que fretará jatos para suas viagens.

No período entre os dias 13 e 31 de maio, foram lançadas nos cartões de pagamento do Alvorada despesas de R$ 81.675,49. O grosso foi destinado à compra de alimentos e produtos para copa e cozinha: R$ 62.112,69. O resto pagou da manutenção dos automóveis à aquisição de produtos de limpeza e higiene. De resto, as contas de telefones celulares, atualizadas até o dia 6 de junho, custaram R$ 4.598,16. A de internet, fechada em 8 de junho, saiu por R$ 4.893,00.

o prazo para que Dilma seja julgada pelo Senado é de até seis meses. Mas estima-se que a votação ocorrerá em meados de agosto. São pequenas as chances de um retorno.
Herculano
11/06/2016 07:49
A CRISE É UM MODO DE GOVERNO, por Vladimir Safatle, professor de filosofia na USP, para o jornal Folha de S. Paulo

"Aos nossos Amigos: Crise e Insurreição" é um pequeno livro de um conjunto de autores anônimos chamado Comitê Invisível. Ele acaba de ser lançado no Brasil (n-1 Edições) em um momento que não poderia ser mais propício. Sua capacidade de apresentar teses sobre a natureza dos impasses da vida contemporânea é algo que há muito havia desaparecido das prateleiras das livrarias.

"Desde 2008, vivemos em constante ritmo de insurreição", dizem os autores. Nosso maior erro é não perceber como estamos, seja no Brasil, na Turquia, na Espanha, na Tunísia ou na Grécia, em um processo mundial de contestação e desencanto. Faz parte de uma lógica de gestão de crise mundial dar a impressão de que estamos todos a lutar contra governos locais e aparatos nacionais de poder.

No entanto, esses governos são apenas repetidores de uma mesma política global, que parece saída da mesma cabeça, feita com maior ou menor intensidade. Nossas discussões são sobre intensidades da mesma política, sobre se tais direitos serão ou não desmontados, sobre qual a intensidade dos cortes, não sobre caminhos alternativos.

Essa homogeneidade mostra duas coisas fundamentais. Primeiro, que nenhuma saída será local ou nacional. Segundo, e mais importante, que apenas a perpetuação de um estado permanente de choque poderia nos levar a tamanha limitação da capacidade de pensar. O que talvez nos explique por que a crise não é algo a ser combatido pelas práticas de governo. Há muito a crise se tornou a própria prática de governo. Previne-se, por meio de uma crise permanente, toda e qualquer crise real.

O que significa que essa crise que aparece diariamente nos jornais não passará. Ela ficará continuamente como um fantasma a justificar toda "austeridade". Haverá sempre um corte na previdência a fazer, uma restrição orçamentária a impor, gordura a cortar em uma "reestruturação permanente de tudo" que só não mudará uma coisa: a defesa da elite patrimonial, os rendimentos da oligarquia financeira.

Mas para submeter populações inteiras a tal regime de governo faz-se necessária uma verdadeira engenharia psicológica de duas mãos.

De um lado, vende-se a ideia de que a crise "é o momento vivificante da 'destruição criadora' que cria oportunidades, inovação, empreendedores, em que só os melhores, os mais motivados, os mais competitivos sobreviverão". Ou seja, a crise seria o momento no qual a coragem como virtude poderia aparecer. Por isso, os que temem a crise, procurando proteção, só poderiam estar a agir como crianças. Eles não são sujeitos conscientes da falácia de uma destruição criadora que sempre poupa aqueles bem nascidos. Eles são crianças mimadas.

Não por acaso, as políticas de gestão da crise são chamadas de políticas de "austeridade". O termo remete à lógica protestante de uma vida austera, responsável, adulta e realista contra o dispêndio, o excesso e a irresponsabilidade. Ele traz no seu bojo a ideia de que, enquanto você trabalhava, alguns "vagabundos" se aproveitavam, não precisando se impor uma vida restrita como a que você foi obrigado a suportar. É contra os "privilégios" desses mimados que todos deveriam lutar.

O raciocínio é primariamente falso. Se alguém está a procurar "vagabundos" deveria começar por olhar no topo do sistema financeiro e na casta rentista da elite brasileira, não nas classes historicamente desfavorecidas. Mas isso pouco importa, pois o discurso da austeridade não se sustenta em algum dado de realidade, mas na tentativa de impor uma ética por trás de conjuntos de práticas de governo. Por isso, é no terreno ético que o combate deve iniciar.

Daí uma compreensão decisiva: "O que acontece hoje não é apenas que alguns queiram impor uma austeridade econômica a outros que não a desejam. O que acontece é que alguns consideram que a austeridade é, em absoluto, algo bom, enquanto que outros consideram, sem de fato ousar afirmar tanto, que a austeridade é, em sua totalidade, uma miséria".

Como essa "vida austera", há de se impor uma outra ideia de vida, baseada na partilha em vez da economia, na conversa em vez do silêncio, no excesso ao invés da restrição. A austeridade sempre foi a forma de restringir a vida de muitos para garantir o gozo de poucos. Eis algo que aparece na base da crise como modo de governo.
Sidnei Luis Reinert
11/06/2016 05:25
"?Socialistas de botequim"

Brasil 10.06.16 11:50
Gilmar Mendes também discursou, nesta manhã, em encontro na Procuradoria Geral do Rio de Janeiro, registra o Valor.

O ministro disse que o impeachment está "a caminho de se concretizar", relembrou que "a realidade fiscal não aceita desaforos" e fez questão de salientar que "fraudes contábeis foram praticadas para anestesiar a população em ano eleitoral".

Mas Mendes lacrou mesmo quando fez o seguinte comentário:

"É inegável que o Brasil se tornou uma república egoísta, corporativista. Temos socialistas de botequim, ganham altos salários, cuidam dos seus interesses corporativos e entre um champanhe e outro fazem discursos pelos pobres."

http://www.oantagonista.com/posts/gilmar-mendes-socalistas-de-botequim
Claudio V. Lamim
10/06/2016 21:10
Tomará que Daniel Chistian Bosi fosse ser secretário em Gaspar caso o Brick ganhe a eleição para Prefeito. Que Brick leva-se tambem a super duas caras Tatiana Richart, o inosxidavel Alisson Pereira, e liso-Mem Gilberto de Souza.
Olha que estamos torcendo por Brick em Gaspar, se ele prometer que ira levar estes estrovos para Gaspar, eu mudo para Gaspar só para votar nele, acho que tem um monte de ilhotense que tambem fará isto.
Herculano
10/06/2016 18:37
RUÍNA DA ELETROBRÁS É A REALIZAÇÃO DO PT E PMDB, por Josias de Souza

O ministro Fernando Coelho Filho - improvisado na pasta de Minas e Energia porque Michel Temer precisava acomodar o PSB em algum lugar da Esplanada - levou os lábios ao trombone nesta sexta-feira para alardear o que era apenas sussurrado: a situação da Eletrobras, holding estatal do setor elétrico, é "insustentável". Para sair do buraco, a companhia terá de vender ativos, disse o ministro.

A Eletrobras é vítima do mesmo complô que levou à breca a Petrobras. Sua ruína é uma realização do PT e do PMDB, sócios majoritários do empreendimento governamental nos períodos de Lula e Dilma Rousseff. Na origem do problema estão três fenômenos encontradiços no setor público e conhecidos do brasileiro: a inépcia gerencial, o fisiologismo político e a corrupção - muita corrupção.

Pilhada pelo mesmo consórcio político-empresarial que assaltou a Petrobras, a Eletrobras fez o Brasil passar um vexame internacional no último dia 18 de maio. A Bolsa de Valores de Nova York suspendeu os negócios com ações da estatal brasileira. Por quê? A companhia não conseguia informar a situação de suas contas no exercício de 2014.

Responsável pela auditoria da Eletrobras, a KPMG recusou-se a assinar o balanço. Exigiu que fossem escriturados os prejuízos provocados pela corrupção. Uma roubalheira que levou a estatal ao radar da Lava Jato. Só a construção da Usina Hidrelétrica de Belo Monte resultou em propinas de R$ 150 milhões, informaram executivos da Andrade Gutierrez que aderiram à delação premiada.

A dinheirama foi rachada entre PT e PMDB, metade para cada legenda. Assim como sucedeu na Petrobras, lavou-se tudo na bacia das doações eleitorais das campanhas de 2010, 2012 e 2014. Dinheiro sujo higienizado na Justiça Eleitoral.

São investigados no caso Belo Monte figurões do PMDB: os senadores Romero Jucá (RR), Renan Calheiros (AL), Valdir Raupp (RO), Jader Barbalho (PA) e Edison Lobão (MA). O delator Delcídio Amaral, ex-senador do PT, adicionou ao rol de implicados os ex-ministros Erenice Guerra e Silas Rondeau, do governo Lula, e Antônio Palocci, dos governos Lula e Dilma.

Por mal dos pecados, assim como ocorrera na Petrobas, Dilma é protagonista da derrocada da Eletrobras. Xerife do setor energético desde o primeiro mandato de Lula, ela jamais desapontou os políticos que tratam o público como privado.

Em 2004, quando era ministra de Minas e Energia, Dilma fritou um respeitado presidente da Eletrobras, Luis Pinguelli Rosa, para acomodar no lugar dele Silas Rondeau, afilhado político de José Sarney.

Em 2005, alçada à Casa Civil pela queda do companheiro José Dirceu, Dilma cacifou o nome de Rondeau para substituí-la no comando da pasta de Minas e Energia. Decorridos dois anos, o ministro de Sarney foi pilhado pela PF na Operação Gautama.

Acusado de apalpar um envelope contendo propina de R$ 100 mil, Rondeau deixou o cargo. E foi substituído, com o aval de Dilma, por Edison Lobão, outro ministro da cota de Sarney. Eleita presidente, em 2010, Dilma manteve Lobão na Esplanada. Trocou-o mais tarde por outro senador do PMDB: Eduardo Braga (AM). Hoje, sob Michel Temer, a ministro é do PSB. Mas a Eletrobras continua sob o controle do PMDB do Senado.
Jango da Nobrega
10/06/2016 18:21
Herculano

Porque será que a petezada está todinha quieta, principalmente aqueles do Face, os vereadores, a...., o...., mais o....,....., ninguém dá mais um pio, por que será? Tem um secretário que tbém sumiu, será que o gato comeu a língua desse povo, é de morrer de rir....será que criaram vergonha na cara. Só quero ver a choradeira na hora em que o Lula vier pra Curitiba, depois vem a Dilma, como diz o Gilberto, ai, ui,ai, ui...E a turma do PMDB tbém, a hora tá chegando....é até bonito de ver, um silencio só. E a eleição tá chegando, qual será o discurso destes dois, PT e PMDB, será que vão enganar alguém ainda aqui em Gaspar. Sei não.
Herculano
10/06/2016 18:17
SOBRE O MEU AV?", O ESTADO E O "ESTADO BRASILEIRO", por Mario Sabino, para o Antagonista

Acho graça quando petistas me xingam de "fascista". Sou fruto da oposição ao fascismo.

Explico: o meu avô materno refugiou-se no Brasil ao receber um ultimato de Benito Mussolini para sair da Itália. Era cair fora ou morrer. Mussolini lhe deu essa oportunidade porque ambos trabalharam juntos no jornal socialista Avanti! e nutriam certa afeição recíproca quando eram colegas de redação.

É impossível que Mussolini tenha odiado o meu avô, no máximo uma minúscula nota de rodapé na sua biografia. Mas o meu avô odiava Mussolini, a ponto de a simples pronúncia do seu nome ser proibida diante dele. Até mesmo falar dos feitos dos antigos romanos - que os fascistas pateticamente tentaram copiar - era considerado ofensa grave. Nada podia lembrar Mussolini, o homem que o expulsara da Itália e havia assassinado muitos dos seus amigos.

Meu avô era melhor do que Mussolini? Digamos que não teve a chance de provar. O meu avô era, mais do que socialista, anarco-socialista, amigão de Errico Malatesta, prócer do movimento italiano (os que me chamam de "socialista Fabiano" vão adorar saber). Uma vez no poder, talvez mandasse fuzilar Mussolini, sem lhe dar a chance de escapar para a América do Sul. Só estou sendo franco porque a minha mãe morreu e os dois tios maternos que me restam dificilmente lerão esta newsletter.

A minha existência, portanto, se deve ao fato de um anarco-socialista ter sido expelido da Itália por um socialista que se tornou o Duce fascista. Assim sendo, é natural que eu pense no meu avô quando leio a palavra "fascista" ou a expressão "socialista Fabiano" associadas a mim. Mas eu também penso nele ao ouvir jovens adeptos do liberalismo em pregação pelo fim do Estado.

O meu avô anarco-socialista pregava o fim do Estado. Ele basicamente queria substituir essa grande conquista da civilização por sindicatos de trabalhadores em assembleia permanente que decidiriam tudo: do preço do leite ao fim das fronteiras nacionais. Troque-se os sindicatos dos trabalhadores em assembleia permanente pelas leis do mercado e a privatização de todas as atividades humanas e eis que temos a profissão de fé desses jovens adeptos do liberalismo que pregam o fim do Estado. O nome de tal profissão de fé é anarco-capitalismo.

A revolta mais do que justificada contra o "Estado brasileiro" deveria nos fazer refletir menos sobre o substantivo e mais sobre o adjetivo. Diminuir o nosso Estado é fácil, difícil é fazer com que ele não seja brasileiro.

O Estado é uma grande conquista da civilização porque, lá na sua origem, impediu que devorássemos uns aos outros. Depois, porque resultou na separação entre o público o privado, sem matar o privado. Mais tarde, porque propiciou a escola gratuita. Em seguida, porque possibilitou a construção de redes de saúde, saneamento básico, iluminação e transporte dignos desses nomes para as massas. Por último, viabilizou a criação de museus e bibliotecas fantásticos.

O Estado da civilização, como se pode ver, é o exato oposto do Estado brasileiro" - um monstrengo surgido da colusão entre os patrimonialistas da direita e esquerda nacionais, lubrificados por um povo ignorante e abúlico.

Nem "fascista", nem "socialista Fabiano", nem anarquista de qualquer tipo, sou muito pelo contrário.
Almir ILHOTA
10/06/2016 17:25
PIOR CEGO È AQUELE QUE NAO QUER ENXERGAR.

Muito boa a manifestação do mesmo de sempre que se apresenta sempre com um pseudônimo diferente, pois não tem coragem de enfrentar a realidade, dizer que Daniel ira curtir a família, que não tem sede pelo poder, que é humilde, nos faz rir, pois é a mais pura bravata. Não vai a reeleição, que até poucos dias iria, porque não tem coragem, é frouxo, mentiroso, medroso, mas tenho que concordar com ele, é inteligente, pois se fosse candidato a reeleição seria o maior vexame na história politica de ILHOTA. Dizer que construiu a ponte é o mesmo que dizer que fundou ILHOTA, pois todos sabemos que é mais uma de suas mentiras. e foram tantas. Tantas que queria inaugurar a ponte dia 21 de junho, sem nem mesmo estar terminada, mas o governador RAIMUNDO COLOMBO, que é do seu partido não quer vir participar desse engodo. É por esta e tantas mais que não tem coragem de ir novamente pois nós povo não estamos mais bobos em acreditar em tantas mentiras que nos fizeram acreditar. Agora que viu a coisa feia correu, irá deixar todos aqueles que apostaram nele, ou seja aqueles que estão empregados na prefeitura a ver navios, esperando, aguardando o dia em que o PMDB iniciar seu governo e tornar ILHOTA novamente uma cidade próspera.

Super feliz
10/06/2016 16:52
Quem vai multar o diretor de trânsito agora?

Já que sua esposa estacionou na calçada.

Só em Gaspar mesmo.
Herculano
10/06/2016 13:18
A CÂMARA QUE SE LIXA, por Bernardo Mello Franco, para o jornal Folha de S. Paulo

Em 2009, o deputado Sérgio Moraes, do PTB gaúcho, atraiu holofotes ao defender um colega acusado de desviar verba de gabinete. Questionado sobre as críticas, ele deu de ombros: "Estou me lixando para a opinião pública".

Sete anos depois, Moraes continua na Câmara. Também continua se lixando para o que os outros pensam dele. O petebista é um dos integrantes do Conselho de Ética que devem votar a favor da absolvição de Eduardo Cunha na próxima terça-feira.

Nos últimos dias, a Lava Jato moveu novas peças para encurralar o correntista suíço. Em Brasília, o procurador Rodrigo Janot pediu sua prisão preventiva por obstrução da Justiça. Em Curitiba, o juiz Sergio Moro recebeu denúncia contra a mulher dele, Cláudia Cruz, por lavagem de dinheiro e evasão de divisas.

A residência oficial da Câmara passou a ser habitada por dois réus: Cunha, processado no Supremo, e Cruz, na 13ª Vara Criminal do Paraná.

A nova denúncia acusa a ex-apresentadora de torrar cerca de R$ 3 milhões em artigos de grife no exterior. Segundo os procuradores, a gastança com bolsas, sapatos e vestidos foi bancada com propinas do petrolão.

Para Moro, Cunha e a mulher "são verdadeiros titulares das contas secretas no exterior". Em nota, o deputado disse que os milhões na Suíça "nada têm a ver com quaisquer recursos ilícitos ou recebimento de vantagem indevida".

O peemedebista tem repetido que vai escapar da cassação. O presidente do Conselho de Ética afirma que o governo interino "entrou no jogo" para salvar seu mandato. A maioria deve ser assegurada com o voto de Tia Eron, deputada do PRB baiano eleita pela máquina da Igreja Universal.

A blindagem tende a não durar muito, porque as condenações de Cunha e da mulher parecem ser questão de tempo. A Câmara ainda pode evitar o vexame de absolvê-lo, mas parece estar se lixando para a opinião pública e para a Justiça.
Paty Farias
10/06/2016 13:15
Oi, Herculano

Postado pelo jornalista Políbio Braga:

" O jornalista João Leite Neto disse ontem que o agente Newton Ishii, da Polícia Federal, foi alvo de uma armação por parte de membros do PT no intuito de desmoralizar e enfraquecer o departamento de investigações e a Operação Lava Jato.

O editor recebeu nota da Federação Nacional dos Policiais Federais que expõe a questão do mesmo modo.

Na realidade, Ishii faz parte de um grupo de 23 agentes condenados coletivamente pela Polícia Federal em 2003, visando apurar irregularidades no sistema.

Não houve prisão direcionada ao Japonês da Federal, ele se apresentou espontaneamente com o objetivo de se beneficiar do habeas Corpus e prosseguir com seu trabalho sem qualquer atropelo.

A notícia simplesmente camuflou de forma exagerada a mando de dirigentes do PT.

O jornalista afirma ainda que o Japa vêm exercendo suas funções de maneira ilibada e se declara testemunha de que ele vive de maneira simples, sem quaisquer regalias ou fatos que possam denegrir sua imagem."

Caracteristica petista, denegrir a imagem dos que não são bandidos.

Japonês da Federal, meu malvado favorito nº2.
Sujiro Fiji
10/06/2016 13:00
Quanto não rolou de puxileco para um elogio desses.
Herculano
10/06/2016 10:58
DILMA DÁ AULA DE BIOLOGIA POLÍTICA A JOSÉ TRAJANO, JUCA KFOURI, ZÉ CELSO, FERNANDO MORAIS, MERCADANTE E CERQUEIRA LEITE. A LOGICA FOI ESPANCADA!, por Reinaldo Azevedo, de Veja

Em almoço em condomínio chique de Campinas, Dilma ignora o bom senso para uma plateia pouco interessada nos fatos

Quando era presidente, Dilma se fez notável por não ter aprendido a diferença entre um mosquito e um vírus. Também criou a teoria de que era o ovo - que, segundo ela, era posto "principalmente pela mosquita" (!!!) - que transmitia dengue, zika e chikungunya. Mais refinados do que suas aulas de biologia, só os seus tratados de antropologia, que não pouparam a bola, a mandioca, a criança e o cachorro?

Nesta quinta, Dilma almoçou na casa do físico Rogério Cézar de Cerqueira Leite, num condomínio chique em Campinas. E resolveu voltar às suas aulas de biologia, agora aplicadas à política. A mulher que levou o Brasil à bancarrota; que teve a campanha eleitoral financiada por recursos ilegais; que quebrou a Petrobras; que fabricou ao menos três anos de recessão; que fez a inflação fugir do controle; que mandou os juros para os cornos da lua; que fabricou o maior déficit fiscal da história; que conduziu a infraestrutura brasileira ao colapso; que quebrou o setor elétrico? Bem, esta senhora se esmerou na teoria.

Disse a Lírica da Mandioca:
"Há, de fato, um golpe no Brasil. Mas há algo pior que um golpe. Quando você destrói ou cria mecanismos que levam à destruição do regime democrático, você pode fazer de dois jeitos, o jeito do golpe militar, que é como se cortasse a árvore com o machado, ou do jeito do golpe parlamentar, em que você pega a árvore da democracia e infesta de parasitas".

Como se sabe, democracia limpa, sem pragas, é aquela que era comandada por Lula, José Dirceu, João Vaccari Neto,Delúbio Soares, Dilma Rousseff? E que tinha como protagonistas patriotas como Paulo Roberto Costa, Renato Duque, José Sérgio Gabrielli, Guido Mantega, os companheiros empreiteiros?

Ouviram atentamente os ensinamentos da professora Dilma, além do anfitrião, o dramaturgo José Celso Martinez Correa, os jornalistas José Trajano e Juca Kfouri, o escritor bolivariano Fernando Morais e Aloizio Mercadante, aquele senhor que, quando ministro da Educação (!!!), manteve um encontro com o assessor de Delcídio do Amaral, que estava preso, para tentar convencer o então parlamentar a não fazer acordo de delação premiada. Em troca, a família receberia o auxílio necessário. Também estava presente Marcos Pochmann, que chefiou o Ipea e se tornou notável por perseguir adversários ideológicos.

Dilma, cuja campanha recebeu dinheiro no caixa dois de empreiteiras e lobistas, grana confessadamente oriunda de propina, continuou a sua especulação intelectual: afirmou que o tal golpe foi dado pela "direita" - logo, entende-se que o dinheiro sujo que a financiou era de esquerda, certo? A direita, no caso, segundo ela, é o PMDB. Quando o partido estava na sua base de apoio, era de centro. E todos anuíam, fazendo com a cabeça o sinal quase universal da sabujice. Como eu sei?

E Dilma resolveu encerrar com uma aula de lógica para quem faz questão de ter os dois pés no chão e as duas mãos também: disse que o tal "golpe" foi patrocinado pelo PMDB para impedir que a Lava-Jato chegasse à sua cúpula. E a prova seriam os diálogos gravados por Sérgio Machado.

Huuummm? A plateia era toda de esquerda, o que implica, de antemão, que a lógica não se fazia presente. De resto, essa disciplina certamente não é da predileção de um dramaturgo idiossincrático, de um escritor bolivariano e de um economista dito "desenvolvimentista". Poderia ser do interesse de dois jornalistas esportivos, mas eles certamente estavam lá, como se diz, "a nível de pessoas", né?

Houvesse seres lógicos ali, ao menos um teria se lembrado de perguntar:
- Presidenta, se o PT diz que a Lava-Jato é uma articulação de setores de direita que tomaram conta do MP e da PF, como diz o Rui Falcão, por que a direita iria derrubá-la para atacar justamente a Lava-Jato?

- Presidenta, se as gravações de Sérgio Machado provam o golpe do PMDB para atingir a Lava-Jato, como é que vieram a público com o PMDB já no poder, alvejando justamente o partido?

- Presidenta, quanto é 13 menos 4?

E ela teria respondido com a convicção de sempre:
- Lindinho, isso eu já ensinei! Sete!
Herculano
10/06/2016 10:44
VENCIMENTOS DOS SERVIDORES DE SANTA CATARINA ESTÁ POR UM FIO. VEM AI O PARCELAMENTO

Este fato se esconde na imprensa de Santa Catarina, que virou adepta e "defensora" do pagamento dos juros simples da dívida catarinense ao governo Federal, ao invés do contrato pactuado, o de juros compostos.

Como não é bobo, mas acha que todos são trouxas, o governo de Santa Catarina, não propôs a nenhum catarinense que lhe deva ou atrase pagamentos de tributos devidos, a imputação de juros simples sobre o montante devido ou obrigações em atraso.

Vergonhoso não é propriamente o governo, do qual não se espera muito em transparência e resultados, mas o comportamento da imprensa.

Esta ideia de jerico e manobra do juros simples, é na verdade para adiar, para abrir caminhos de negociação, e para esconder o desastre administrativo que foi o governo de Raimundo Colombo, PSD. Cedeu às guildas e viu crescer a folha de pagamento assustadoramente, que ampliou em curto prazo em quase 150% o endividamento do estado.

E o que aconteceu ontem em Brasília na reunião dos secretários estaduais da Fazenda com o secretário executivo do ministério da Fazenda para se discutir este assunto da repactuação da dívida? Nada se avançou, pois os dois lados estão quebrados diante de tanta irresponsabilidade dos políticos, eleitos, pagos com os nossos pesados impostos e que nos governam.

E o que disse o nosso secretário da Fazenda, para pressionar o governo Federal a ceder mais à irresponsabilidade político-administrativa dos governadores? "Estamos pagando os salários com base nas liminares". Palavra de Antônio Gavazzoni em tom de dramaticidade.

Isto confirma o que os servidores catarinenses mais ouvem e temem, todavia, são "tranquilizados", constantemente por Raimundo Colombo, que colocou o estado com pires na mão em Brasília.

Afinal, quem está enganando quem? Quem está mentindo? Quem está querendo levar vantagem sem a tê-la verdadeiramente? Quem vai pagar de fato é o servidor que está com o seu vencimento ou aposentadoria ameaçado como já acontece no Rio Grande do Sul e Rio de Janeiro, e principalmente cidadão que banca toda essa gente irresponsável no governo.
Edson Gustavi
10/06/2016 10:33
Sr. Colunista

Muito bom, tem que mesmo as coisas que ficaram mal feitas.

Mas pede para sua candidata arrancar asfalto na Rua Prefeito Leopoldo Schramm, na Rua José Patrocinio dos Santos, Amadio Beduscbi.

Isto chama-se sensacionalismo Onde estão as propostas da candidata?

Vai me esculachar e dizer que sou petista....
Herculano
10/06/2016 10:17
AS VERDADES INCONFESSÁVEIS DE JANDIRA FEGHALI, por Kim Kataguiri, um dos coordenadores nacionais do Movimento Brasil Livre, em artigo no Huffpost Brasil

No começo deste mês (1º), a deputada Jandira Feghali (PCdoB-RJ), comunista que é alvo de ações trabalhistas, escreveu um artigo neste HuffPost para sustentar que as gravações de Sérgio Machado revelaram a verdade por trás do "golpe": acabar com a Operação Lava Jato.

Discursos enérgicos, teorias da conspiração e palavras de "resistência". Tudo ia muito bem para a deputada, até que a coluna de Lauro Jardim em O Globo revelou que, de acordo com a delação premiada de Sérgio Machado, Jandira recebeu uma "ajudazinha" da Queiroz Galvão.

Na eleição de 2014, a empreiteira foi a maior doadora privada da campanha que a elegeu deputada federal. Apesar das suas críticas à Lava Jato - muito parecidas com aquelas feitas pelos petistas, diga-se -, suas respectivas campanhas de 2010 e 2014 receberam recursos de quatro empresas investigadas na operação: UTC, Keppel Fels, Brasfels e Queiroz Galvão.

Jandira tentou responder, mas só piorou a própria situação. Em sua página no Facebook, afirmou que, em "diversas campanhas", foi apoiada por aqueles que reconheceram nela uma "defensora da indústria naval" e que, "por ter impedido diversas falências", recebeu o apoio de empresários.

Como é que Jandira ajudou a Queiroz Galvão, uma empresa de faturamento bilionário, a não falir? Ainda que o tivesse feito, por que razão o faria? Desde quanto comunistas se preocupam mais em salvar empresários do que em fazer revolução? Não faria mais sentido deixar o perverso e desumano sistema capitalista explodir?

Além disso, justificou o recebimento de empresas dizendo que a lei permite que as doações sejam feitas "por pessoas físicas e pessoas jurídicas". Lauro Jardim não questionou a legalidade de doações empresariais. Mas, já que a comunista decidiu levantar a questão, vamos lá.

Jandira defende, ao menos em seus discursos, o fim de doações empresarias para campanhas políticas. Acha que esse tipo de financiamento corrompe o poder público. É claro que, legalmente falando, a deputada podia ser beneficiária do modelo então vigente. Mas é, sem dúvida nenhuma, uma incoerência ideológica tremenda. Se doações empresariais corrompem o poder público, por que a comunista escolheu, e, como disse em sua defesa, até lutou para receber doações de empresários? Outro ponto: por que receber justo daqueles que estão sendo investigados na Operação Lava Jato?

Por fim, Jandira apela à bravata política: diz que só está sendo atacada porque sua "campanha à Prefeitura está incomodando muito" e porque tem "chances de vitória". Essa é a parte mais engraçada de sua defesa. Quem acompanha as pesquisas para a Prefeitura do Rio sabe que, se todos os fatores conspirarem a favor de Jandira, a pré-candidata não consegue votos nem para eleger-se síndica do prédio onde mora.

Mesmo se posicionando firmemente a favor do PT, partido cujos governos protagonizaram o maior escândalo de corrupção da história do País, Jandira ainda acha que alguém acreditará na sua honestidade. Agora, mais do que nunca, sua narrativa ruiu. De tudo o que Jandira escreveu em seu artigo, concordo com uma coisa: Sérgio Machado, de fato, revelou verdades inconfessáveis.
Herculano
10/06/2016 10:07
OS FANTASMAS DE TEMER, por Guilherme Boulos, graduado em filosofia na USP, classe média alta, membro da coordenação nacional do MTST e da Frente de Resistência Urbana.

Michel Temer sempre foi um homem dos bastidores. Construiu sua influência nas sombras, como estrategista da pequena política, negociando cargos e votos no Parlamento. Não por acaso, ele foi presidente da Câmara por duas vezes, e dirigiu o PMDB por tantos anos. Ali se movimentava com destreza.

Nesse habitat natural armou a conspiração que o levou à Presidência da República. Mas toda negociação tem seu preço. A de um golpe então! Custa caro. Temer subiu a rampa do Planalto com uma extensa lista de restos a pagar. Isso explica a sucessão de presepadas de seu governo em menos de um mês. Anúncios desastrados, um ministério aristocrático e a perda de alguns de seus principais aliados por envolvimento orgânico com corrupção.

Sem falar no clima generalizado de rejeição pelas ruas. Qual setor da sociedade defende seu governo? Fora da Bolsa de Valores, da Fiesp (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo) ou da família Marinho difícil encontrar alguém. Nem a classe média que foi às ruas contra Dilma está disposta a defendê-lo. Parece até um tanto envergonhada com o guisado que suas panelas produziram.

Mas, acreditem, o pior está por vir. Temer terá que entrar em campo para salvar o presidente da Câmara afastado, Eduardo Cunha (PMDB-RJ). E muito provavelmente "salvá-lo-a", segundo seu português rebuscado. Ingenuidade achar que a decisão está nas mãos da deputada Tia Eron (PRB-BA). Temer utilizará todos os recursos à sua disposição para manter o mandato de Cunha, na Comissão de Ética ou no plenário.

Ele não tem outra escolha. Se Cunha for cassado e preso, seu governo não sobrevive 24 horas. Cunha já mostrou que é o tipo de bandido que cai atirando. Sua salvação talvez seja o mais caro dos restos a pagar do golpe. A reação da opinião pública e das ruas é imponderável. Pode ser o estopim.

Além disso tem o ex-presidente da Transpetro Sérgio Machado. O homem-bomba do PMDB já derrubou dois ministros e levou o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, a pedir a prisão do presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL) e do ex-presidente José Sarney (PMDB-AP). Isso porque foram divulgadas, até aqui, apenas uma pequena parte das gravações. Se em uma hora de gravação, Machado derrubou dois ministros, em mais três ou quatro ele derruba Temer. E há quem diga que os áudios de Machado na PGR podem chegar a 60 horas.

Os fantasmas assombram o Jaburu. Cunha e Machado podem transformar o governo ilegítimo de Temer no mais breve da história recente. Mas isso depende muito de Janot e do STF (Supremo Tribunal Federal). E em ambos os casos não há critérios claros de conduta. Janot, por exemplo, tinha os áudios de Sérgio Machado desde março, mas só os tornou públicos em maio. Se o tivesse feito antes poderia ter mudado a história do impeachment.

O mesmo vale para o STF, em particular Teori Zavascki, que segurou por quatro meses a decisão do afastamento de Eduardo Cunha. Pode perfeitamente segurar por mais quatro a decisão sobre as prisões. Seguramente eles têm seus interesses próprios. Resta saber se lhes interessará tomar decisões de impacto antes da votação final no Senado.

Mas, independente disso, o fato é que a instabilidade veio para ficar. Aqueles que acreditaram na fábula da pacificação e união nacional com Michel Temer já começaram a se dar conta de que o buraco é mais embaixo.
Sem falar na velha toupeira. Em clima de recessão e medidas antipopulares, as mobilizações sociais tendem a irromper com cada vez mais força e intensidade.

Quem pariu o golpe que o balance.
Cego em tiroteio
10/06/2016 09:06
Bateram, bateram e bateram em Daniel Bosi e por fim ele não irá a REELEIÇÃO Kkkkkk E agora oposição? Estão mais perdidos que cego em tiroteio!
Daniel é um homem de caráter, já lá em 2012 dizia que não queria ir a reeleição, já que dizem que reeleição é só para roubar, e CUMPRIU COM SUA PALAVRA!!! Isso mostra a humildade desse ser humano, a boa pessoa que é, que não tem a GANA pelo poder que nem MUITOS deste município tem.
Está certo Daniel Bosi, fosse um excelente prefeito, ALÉM DE TORNAR A PONTE UMA REALIDADE, mudasse muita coisa nessa Ilhota, mudasse a forma de Administrar e temos certeza que o que fizesses HOJE ainda renderá muitos frutos lá na frente.
Agora vá curtir a sua vida, a sua família, já cumprisse seu papel, só temos a AGRADECER. OBRIGADO POR TUDO!!!
Herculano
10/06/2016 07:49
TEMER, VITORIAS NO PÂNTANO, por Vinicius Torres Freire, para o jornal Folha de S. Paulo

Michel Temer está à beira de completar série importante de vitórias no Congresso. Apesar do salseiro policial vexaminoso, os parlamentares têm aprovado uma penca de mudanças relevantes, goste-se ou não delas. Na semana que vem, começam a analisar o que pretende ser a maior reforma dos gastos federais em 28 anos, o teto de despesas.

O impulso não vem apenas de Temer. Pouco antes e durante a campanha de deposição de Dilma Rousseff, as poucas lideranças mais substantivas restantes no Congresso haviam decidido tocar um plano de mudanças na economia.

Era um início de reação organizada ao programa e a desastres dilmianos. Elaboraram-se leis, tiraram-se outras da gaveta de poeira. A coalizão de Temer vem aprovando esses projetos com maiorias suficientes para votar reformas constitucionais.

Logo de início, autorizou que o rombo das contas do governo fosse de R$ 97 bilhões para R$ 170 bilhões. Além de um seguro contra o descumprimento da lei fiscal, colocou dinheiro na caixinha de Temer, que pode assim negociar melhor seu início de mandato.

Em breve, deve-se aprovar definitivamente (em outra Casa do Congresso) o seguinte:

1) A Desvinculação de Receitas da União (DRU), em suma autorização para deixar de cumprir certos gastos obrigatórios, o que dá folga na gestão do dinheiro. Medida negada a Dilma. No Senado na semana que vem;

2) A Petrobras não será mais obrigada a ter 30% dos consórcios do pré-sal, o que deve atrair investimento de múltis. Iniciativa do PSDB. Dilma, por baixo do pano, até aceitara alterar essa parte da "sua" lei do petróleo, que levou desastre ao setor. Vai para a Câmara;

3) Lei de Responsabilidade das Estatais, iniciativa do PMDB. Deve ser aprovada na Câmara na semana que vem. Cria normas de nomeação de dirigentes e controles financeiros mais rígidos;

4) Nova lei de elaboração e controle do Orçamento, que vai para a Câmara. Iniciativa do PSDB. Tenta evitar previsões fantasistas e picaretas de receita orçamentária, manobra anual dos parlamentares. Tenta prevenir gastos por debaixo do pano, pedaladas e outras fraudes.

Não é pouca coisa. É um movimento maior que Temer. Mas tem também a ver com os programas que o PMDB lançou no ano passado, parte da campanha contra Dilma Rousseff e da tentativa peemedebista de fazer boa figura diante do resto da elite e dos donos do dinheiro grosso, mas não apenas.

Sim, ainda é preciso terminar de aprovar essa lista de projetos, em tese bem encaminhada, embora o governo Temer, como drogados em recuperação, viva um dia de cada vez. Viciado e contumaz em lambança, seu partido sempre pode ser preso amanhã, digamos.

Feita a ressalva, as coisas parecem andar rápido no Congresso, até porque o governo quer se legitimar logo. O projeto do teto de gastos deve ir ao Parlamento na semana que vem. Nada se sabe sobre a duração do congelamento de despesas (muito longo, encolheria demais o Estado) e dos meios de controlar de fato o crescimento de despesas ?"sem o arrocho social, o teto fica inviável.

Vai ser a batalha crucial do governo Temer. Caso salte este obstáculo, aumenta muito a sua chance de sobrevivência. Não necessariamente de dar certo, note-se.
Herculano
10/06/2016 07:41
EX-MINISTRO DE DILMA GANHA BOQUINHA NA SAÚDE, por Claúdio Humberto, na coluna que publicou hoje nos jornais brasileiros

O ex-ministro da Saúde José Agenor Álvares deu um jeito de se agarrar em uma boquinha no governo de Michel Temer. Álvares foi secretário-executivo antes de ser efetivado ministro e, agora, ganha uma sala exclusiva para dar expediente na Universidade Aberta do SUS. Funcionários reclamam que a UNA-SUS virou biombo para dilmistas que perderam seus cargos, como o ex-assessor Paulo Coury.

GOLPES DE SORTE
Álvares foi secretário-executivo do ex-ministro Marcelo Castro e recebia R$ 35 mil por mês. Com a queda do abestado, ele assumiu o posto.

SALA IMPROVISADA
O atual local de trabalho de Álvares se destinava à produção de material didático, mas tudo foi desfeito para acomodar o ex-ministro.

THE FLASH
A passagem de José Agenor Álvares no comando do ministério foi tão vapt-vupt (15 dias) que ele nem figura na galeria de ex-ministros.

ILUSTRE COLEGA
Na UNA-SUS, onde o ex-ministro José Agenor Álvares foi encostado, também dá expediente o ex-governador do DF Agnelo Queiroz (PT).

CUNHA TROCA PRESIDÊNCIA DA CÂMARA POR MANDATO
Afastado pelo Supremo Tribunal Federal, Eduardo Cunha (PMDB-RJ) tenta negociar a salvação do seu mandato de deputado, no Conselho de Ética da Câmara, onde é julgado por quebra de decoro, em troca da renúncia à Presidência da Câmara. Interlocutores de Cunha pediram ao Planalto para ajudar nesse plano, que inclui em sua "punição" a suspensão do mandato por apenas 90 dias, em vez de cassação.

GRAUS...
Existem graus de punição pela quebra de decoro: as mais leves são a "censura verbal ou escrita" e a suspensão de prerrogativas regimentais.

...DE PUNIÇÃO
As punições mais graves para a quebra de decoro são a suspensão do mandato, já sugerida por aliados de Cunha, e a cassação.

PODE AJUDAR
Michel Temer anda tão incomodado quanto qualquer deputado com Waldir Maranhão (PP-MA), aliado de Dilma, na presidência da Câmara.

BOA NOTÍCIA EM ALAGOAS
Michel Temer quer anunciar em Alagoas, dia 14, um alívio para produtores rurais sufocados por dívidas, abrindo caminho para renegociá-las. Assessores da área econômica alegam que não há margem orçamentária, mas ele ordenou que achem uma solução.

#LIBERATEORI
Completa 1 mês nesta sexta (10) o pedido da força-tarefa da Lava Jato para Teori Zavascki mandar para Sérgio Moro os inquéritos contra Lula. Ele não tem foro privilegiado, mas continua "sob proteção" do STF.

SR. MEIO TERMO
O jeito Michel Temer de encontrar soluções negociadas ficou claro na questão do funcionalismo. Seu objetivo de encontrar um meio termo foi alcançado: o aumento foi garantido, mas não pode superar a inflação.

TEMER RECUSOU DE NOVO
Dois dias após prometer só "técnicos altamente qualificados" para dirigir estatais, Michel Temer nomeou Guilherme Campos Jr para a presidir os Correios. Sua "qualificação": é dirigente do PSD de Kassab.

EMPREGO: PROCURA-SE
Diplomata, o ministro Marcelo Calero (Cultura) enfrenta um problema bizarro: ele não consegue encontrar um embaixador que aceite ser seu subordinado, como assessor internacional do ministério, por se tratar de um secretário, portanto, principiante da carreira.

PÉ NO TRASEIRO
Michel Temer exonerou o secretario-executivo da Comissão de Ética Pública da Presidência, Hamilton Cruz. Ele é suspeito de distribuir "quarentena remunerada" a ex-integrantes do governo Dilma.

DECOLAGEM AUTORIZADA
Aliados de Michel Temer acreditam que haverá recuperação na avaliação do governo após as medidas econômicas. "Ele pegou um avião que caía embicado", alega Carlos Marun (PMDB-MS).

LIÇÃO DE JUSTIÇA
O ministro João Otávio Noronha, do Superior Tribunal de Justiça, recém-eleito Corregedor Nacional de Justiça, fará aula aberta e gratuita Instituto de Direito Público de São Paulo. Será na segunda (13) às 19h.

MUDANÇA
Após o STF mandar Jaques Wagner para a vara do juiz Sérgio Moro, já tem baiano sugerindo que o ex-ministro se mude logo para Curitiba.
Herculano
10/06/2016 07:39
HÁ UM "ATAQUE INCISIVO" À LAVA JATO DIZ PROCURADOR

Conteúdo do jornal Folha de S.Paulo. Texto de Estelita Hass Carazzai, de Curitiba. Os áudios revelados pelo delator Sérgio Machado, que gravou integrantes do governo de Michel Temer e outros peemedebistas, mostram um "ataque incisivo" à Lava Jato e ao combate à corrupção por "alguns políticos específicos", diz o procurador da República Deltan Dallagnol, coordenador da força-tarefa da operação.

"São pessoas tramando em segredo contra a Lava Jato. Querem cortar as asas da Justiça e do Ministério Público", disse, em entrevista à Folha nesta quinta-feira (9).

Segundo ele, há "clareza solar" de que o objetivo dos grampeados era "abafar a operação". "Buscam construir uma cápsula, um escudo para que continuem inatingíveis."

Nos áudios, o ex-ministro do Planejamento Romero Jucá (PMDB-RR) fala em "estancar a sangria" com um novo governo, e o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), sugere mudar a lei de delação premiada ?"um dos principais instrumentos da investigação?" para proibir a colaboração de réus presos.

"De que sangria se está falando? Da sangria de agentes públicos corruptos sendo investigados e levados para um julgamento justo", diz Dallagnol.

Para ele, está havendo um "contra-ataque" à Lava Jato, em medidas como o projeto de lei que prevê a extensão do foro privilegiado a ex-presidentes, a mudança na lei da delação premiada e a nova lei de repatriação de ativos (que permite a legalização de recursos no exterior por meio do pagamento de multa).

"Não é um debate público, movido pelo Congresso como um todo. É uma discussão episódica, uma iniciativa isolada com um objetivo muito claro de estancar a Lava Jato."

O procurador alerta que o projeto das Dez Medidas contra a Corrupção, elaborado por sugestão da força-tarefa e assinado por dois milhões de pessoas, está empacado no Congresso. O projeto aguarda há dois meses a assinatura do presidente interino da Câmara, Waldir Maranhão (PP-MA), para que se instale a comissão especial que irá debater a matéria.

"Eu não consigo acreditar que Waldir Maranhão vai desrespeitar a expectativa de dois milhões de brasileiros que assinaram o projeto", diz Dallagnol.

Ele afirma que a Lava Jato "continua avançando", sem interferência de governo e com independência de investigação, mas que "os inimigos crescem a cada dia".

Para Dallagnol, críticas que ele considera "infundadas" à operação, como as delações de acusados presos ou a prisão preventiva de investigados, seguem uma "tática Goebbels" ?"numa referência ao ministro da propaganda do governo nazista, Joseph Goebbels.

"Você repete uma mentira mil vezes até que ela pareça verdade. Nossa única defesa é a sociedade, e a sociedade nesse momento quer que a Lava Jato se torne a regra", afirma.
Herculano
10/06/2016 07:35
MANOBRA PARA SALVAR CUNHA FICOU MAIS VERGONHOSA APOS SUA MULHER VIRAR RÉ, por Josias de Souza

Ao encampar a espantosa explicação de Eduardo Cunha sobre o dinheiro achado nas contas secretas na Suíça, os aliados do deputado estão, no fundo, pedindo ao brasileiro que faça como eles: se finja de bobo pelo bem da governabilidade. Todos sabem que Cunha mentiu ao dizer que não tem contas no estrangeiro. Mas não convém arriscar a estabilidade do regime por algo tão politicamente supérfluo como a verdade. O diabo é que o doutor Sérgio Moro, ao transformar em ré a mulher de Cunha, Cláudia Cruz, atrapalha a combinação de que o marido dela não fez nada que justifique uma cassação de mandato.

Moro e os investigadores da Lava Jato deixam a infantaria congressual de Cunha numa situação surreal: há uma dinheirama na Suíça que ninguém pode comentar na Câmara. Mas o coordenador da Lava Jato, procurador Deltan Dallagnol, afirma que a mulher de Cunha, servindo-se de parte dessa verba invisível, "cometeu dois tipos de lavagem de dinheiro: 1) ocultação no exterior de mais de US$ 1 milhão, fruto de propinas recebidas pelo marido Eduardo Cunha; e 2)conversão desse dinheiro em bens de luxo."

O procurador Dallagnol traduziu a encrenca para o português das ruas: "Dinheiro público foi convertido em sapatos e roupas de grife." Estava combinado entre Cunha e seus devotos que o dinheiro é de um trust. E não se fala mais nisso. Mas Dallagnol insiste em estragar a festa que faz da Câmara uma Casa de bobos coniventes. "Criminosos do passado usavam laranjas e testas de ferro. Os criminosos mais modernos, mais sofisticados, usam offshores e trusts", disse o procurador.

A tentativa de livrar a cara de Eduardo Cunha na Câmara é apenas mais uma história mal contada da pilhagem do Estado brasileiro, cujo elo mais obscuro e ainda pouco examinado é a devoção de um grupo $uprapartidário de deputados que conclamam ao sacrifício da inteligência coletiva sem se preocupar em esconder o código de barras. A Lava Jato tornou mais vergonhosa a pantomima.
Herculano
10/06/2016 07:32
LULA E MERCADANTE NA CADEIA!, por Reinaldo Azevedo, de Veja

A semana que termina foi a mais obscurante - sim, a palavra existe! - da política brasileira desde que teve início a Lava Jato.

Nem sempre, e eu o apontei quando considerei pertinente, os homens de negro atuaram em terreno legalmente prudente. Mas, desta feita, foram além do limite que separa o Estado de Direito do arbítrio e do abuso de autoridade. E que fique claro: apoio a operação para que ela contribua com o fim da impunidade. E isso só se fará nos limites da lei.

Não serei eu a negar que existam razões para mandar prender os senadores Renan Calheiros e Romero Jucá e o ex-presidente José Sarney. Se existem, não são aquelas que vazaram dos diálogos gravados por Sérgio Machado. No que veio a público até agora, não há crime nenhum. Há no que não veio? Como saber? Se temos ciência do pedido, deveríamos conhecer as causas.

Também é um despropósito que dez ministros do STF sejam informados pela imprensa de que Rodrigo Janot quer prender o presidente do Congresso e um ex-presidente da República. Não existem Poderes soberanos na democracia - e isso inclui o Ministério Público Federal, que Poder não é.

Infelizmente, a esmagadora maioria da imprensa se calou a respeito. Os colunistas que se fizeram notáveis e notórios por atacar a Lava Jato não deram um pio. Eles são contra exageros apenas com os de sua turma. Uns verdadeiros moralistas!

A propósito: por que Janot, pelos mesmos motivos, não pediu a prisão de Lula e de Aloizio Mercadante?

"Obscurante" é tudo aquilo que nos priva de luz. E, por óbvio, também o jornalismo tem sido, a cada dia, mais vítima de ardis que lhe tiram a clarividência e o fazem flertar com as três Górgonas da inteligência: o esquerdismo, a demagogia e o oportunismo.

O esquerdismo é nefasto porque corrói a honestidade intelectual. Quem acha que a justiça deve se sobrepor à precisão merece levar chicotadas metafóricas. Em vez de escrever, deveria se dedicar à revolução ou à caridade. "Sarney, Renan e Jucá? Danem-se! Todos reaças mesmo e do PMDB! Cadeia neles!".

Quem acaba de entender que eu criei uma contradição entre jornalismo e justiça já está perdido. Que vá pra rua babar o "não-vai-ter-golpe".

A demagogia é o conforto dos falsos puros. Confere a seus usuários certo ar de coragem militante, com soluções tão mirabolantes como erradas. É o refúgio da covardia. Entre o ruim e o menos ruim, o demagogo escolhe o impossível, mas com potencial para inflamar os desinformados. "Que tal novas eleições, já que está tudo dominado?".

E o oportunismo completa a obra obscurante e obscurantista ao fazer do contingente o imanente, ao confundir os meios com o fim, ao dar à circunstância o valor da perenidade. Exemplifico, claro!

Ao defender novas eleições (demagogia oriunda do esquerdismo), aproveitando a onda criada pelos pedidos de prisão, Marina Silva deu à luz a seguinte pérola: "A grande contribuição que a Lava Jato vai dar é fazer uma reforma política na prática, já que ela não sai pelos processos políticos". É uma fala fascistoide. Desde quando uma reforma política se faz na delegacia de polícia?

A democracia, à diferença dos que pensam alguns tontos, não aceita todos os desaforos. Não estou ameaçando com o risco de uma ditadura. Não virá. Há coisa ainda pior: a bagunça.
Almir ILHOTA
10/06/2016 06:46
MAIS UMA VEZ OBRIGADO HERCULANO.

Herculano graças a esta conceituada e acreditada coluna nos informa que Daniel Bosi, nosso alcaide esta desistindo de ir a reeleição: GRAÇAS A DEUS, vamos nos ver livres deste incompetente governo, suas mazelas, seus desmandos, a falta de gestão, falta de obras, médicos, medicamentos, e etc. Mas você coloca bem, se pensam em inovar com beto perna, terão que esconder Daniel, mas será difícil, pois o trabalho de oposição nos obrigará a colar a rejeição de Daniel em Beto, logo teremos alguém novo com muita rejeição. E se o psd quer inovar deveria apostar em uma mulher, sim uma mulher, ela a grande Tatiana Reichert, a primeira ministra (ministra) de ILHOTA, ela que era feroz combatente de todos os governos anteriores está mais parada que agua de poço, e não duvido que os 70% d rejeição de Daniel também é fruto da incompetência de TATIANA. Mas o melhor de tudo é saber que se finda o ciclo do pior governo que ILHOTA já possuiu. Vamos aguardar e votar pra que o próximo governo possa fazer ILHOTA retornar aos trilhos, voltarmos a ter um norte, voltar a crescer. E esta eleição ainda promete fortes emoções.

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