Por Herculano Domício - Jornal Cruzeiro do Vale

Por Herculano Domício

10/04/2017

PERGUNTAR NÃO OFENDE
O que o prefeito Kleber Edson Wan Dall, PMDB, fez nos cem primeiros dias de governo dele e que ele prometeu fazer para os gasparenses, na campanha eleitoral, logo que assumisse? Ah, é cedo? Tem gente prestando contas em vários cantos de Santa Catarina e cantando vitórias expressivas, diante de um mar de dificuldades e que é para todos. Não era para mudar? O que mudou? Acorda, Gaspar!

NÃO O VOTO EM LISTA
Nem tudo está perdido. Vai a votação na sessão da Câmara de Gaspar uma tal Moção de Repúdio. É contra a reforma política embalada no Congresso que afasta o eleitor das escolhas e traga mais dinheiro dos pesados impostos para a campanha eleitoral e políticos gastarem ao invés dessa dinheirama estar na Saúde, Educação, Assistência, Obras e Segurança. Os vereadores dizem que são contra o vergonhoso voto em lista fechada e fundo de financiamento. Quem assina a tal moção? A base de Kleber Edson Wan Dall: Francisco Hostins Júnior, Evandro Carlos Andrietti, Francisco Solano Anhaia e Ciro André Quintino, todos do PMDB, mais Franciele Daine Back, PSDB, bem como Silvio Cleffi e José Admir de Moura, ambos do PSC. 

PATÉTICO I
O prefeito de Gaspar, Kleber Edson Wan Dall, PMDB, disse na sexta-feira ao micro Jornal do Almoço da RBS TV, de Blumenau, que não há prazo definido por ele e pelo governo dele para reabrir a Ponte do Vale. Patético. Um administrador trabalha com conhecimento dele e sua equipe, planejamento, metas, prazos e resultados. Kleber, na campanha eleitoral, disse-nos que ele seria diferente ao que estava na administração petista e sempre se enrolava para a população. E por isso está obrigado a se estabelecer nas premissas prometidas. Kleber está plantando flores. Aparenta renegar os princípios elementares de um executivo que muda o destino e sabe onde quer ir e chegar. No fundo, Kleber confirma tudo o que venho escrevendo sobre esse assunto. Reafirma o que já se questiona: ou ele ainda não sentou verdadeiramente na cadeira de prefeito ou escolheu mal seus assessores – que centralizam as decisões e não assumem as estratégias e ações erráticas do início do seu governo. Eles é que deveriam lhe dar o conhecimento que não possui – e natural que seja assim, pois ninguém sabe de tudo. Deixam-no exposto. Afinal: trabalham contra o líder? Ou Kleber não os lidera? Ai, ai, ai.

DATAS FURADAS
Kleber em entrevistas anteriores já deu duas datas para a reabertura da já irresponsável inaugurada politicamente ponte do Vale. Todas furaram. Ele se recusa dar uma nova data. Medo? Insegurança? Ou seja, já sabe que não pode cumpri-la? Mas, essa nova data (ou prazo) existe, pelo menos no papel. E eu a revelei na coluna de sexta-feira feita especialmente para a edição impressa do jornal Cruzeiro do Vale, o mais antigo, o de maior circulação em Gaspar e Ilhota e de maior credibilidade e mesmo assim, Kleber insistiu no disfarce por orientação de “assessores”: mais enrolação. A prefeitura assinou o 10º aditivo com a empreiteira mineira Artepa Martins. Prorrogou o prazo de término das obras da Ponte do Vale para o dia 31 de maio e do contrato para o dia 30 de junho. Então o prefeito Kleber, tem ou não tem uma nova data para o término dos trabalhos da ponte do Vale? Está receoso que o dia 31 de maio vá chegar e os problemas não estarão resolvidos outra vez? Aí já é demais para quem projetou 25 dias de reparos vai gastar mais de quatro meses.

FALA DAQUILO QUE NÃO CONHECE
Kleber na própria sexta-feira divulgou um vídeo. Ele é confuso e o áudio é precário. Ele fala sobre o reparo da ponte do Vale que nunca acaba, come dinheiro novo dos gasparenses, inclusive o IPTU, e que deveria ir para novas prioridades. O próprio Kleber na 89,7FM assegurou que o reparo que faz não terá novos custos. Mas, quem acredita? O vídeo foi gravado no próprio canteiro de obras. A iniciativa é muito boa e eu mesmo a recomendaria. Entretanto, foi mal executada. Outra vez, falhou a assessoria que o rodeia como um todo, especialmente a de comunicação que deveria cuidar do assunto. É o que dá nomear amigos, curiosos e gente obrigada à paga de campanha por tetas do governo pago pelo povo, ou ouvir gente que não é do ramo, mas influi como se fosse um expert. O que o Kleber deveria ter dito e não disse por medo ou porque possui algum acordo para encobrir os erros e os errados da administração petista, e nesse rol de culpados, a própria empreiteira Artepa Martins, a única responsável técnica pelo resultado que se está consertando?

NEGA-SE A APONTAR O CULPADOS
“Gasparenses: eu recebi uma obra cara, vergonhosamente malfeita e acabada na margem direita. Ali o solo cedeu, algo previsível, pois esse problema é amplamente conhecido não apenas dos leigos, mas os técnicos. Eles não observaram e não tomaram as medidas preventivas para se evitar o problema que agora tento consertar com o dinheiro do povo. Tive que fechar a ponte do Vale recém-aberta, exatamente para evitar acidentes, um mal maior aos cidadãos e o aumento dos custos da reparação. Os técnicos da empreiteira prometeram-me entregar o reparo em 25 dias, deram um novo prazo e agora não sabem quando vão terminar o serviço. Vamos cobrar os custos dos responsáveis, sejam eles políticos ou técnicos. Assinei mais um aditivo com a empreiteira que valerá até o dia 31 de maio. Até lá pretendo liberar a ponte para todos os gasparenses, baseando-me na promessa dos construtores da ponte e que estão fazendo as correções”.

ASSESSORIA DE CURIOSOS
Vocês acham que eu exagero? Então assistam o vídeo do prefeito Kleber. Primeiro, ele é um mau comunicador. Segundo, Kleber explica tecnicamente aquilo que ele não conhece. Com isso, não ele transmite nenhuma segurança. Por que Kleber não botou um engenheiro da empreiteira, ou da sua secretaria de Obras, para esclarecer o que ele não domina? Por que Kleber não foi objetivo naquilo que os gasparenses mais querem saber: de quem é a culpa, quem vai ressarcir os pesados impostos dos gasparenses que estão sendo gastos no conserto e quando a obra servirá à sua finalidade, ou seja, uso e melhoria da mobilidade? E tudo no Dia do Jornalista. Aliás essa técnica que está sendo aplicada ali na cabeceira, já foi usada como remendo. Por que, então não deu certo? É preciso explicar! Com o remendo e o vídeo, o problema que era do PT e do Zuchi, de agora em diante, será do PMDB/PP e de Kleber. O PT já tem o discurso pronto. Ingênuos!

UM REMENDO DUVIDOSO JÁ TESTADO
Leitores e leitoras, essa história é repetida e não se aprendeu com os erros. O que estão fazendo lá, novamente, na cabeceira da ponte do Vale com tecnologia que dizem ser inovadora e custos que alguém terá que pagar, nada mais é do que aquele famoso estaqueamento de bambus improvisado que a administração de Pedro Celso Zuchi, PT, fez naquela região para “segurar” o mesmo solo instável sob o CDI Dorvalina Fachini. Nos dois casos, os engenheiros sabiam do problema antecipadamente; relegaram a informação e depois tiveram que correr atrás com mais dor de cabeça e dinheiro de todos nós. Como lá no Dorvalina e como será na cabeceira da ponte, segundo um engenheiro especialista em solo e que conhece os dois casos, trata-se de uma ferida que nunca vai curada. Sempre haverá problemas e vai se gerar custos públicos para remediá-las. Acorda, Gaspar!

PROTEÇÃO FALHA I
Um relatório interno do Conselho Tutelar de Gaspar, mostra que no mês de março foram recebidas 124 denúncias, um número bem superior ao mesmo mês do ano passado. Todavia, o que chamou mais atenção dos profissionais, foram as denúncias sobre a falta de frequência às aulas de menores matriculados nas escolas instaladas em Gaspar. Qual a razão de se fazer um relatório como esse se ele não se torna público, não há uma discussão pública e uma ação integrada para remediar o problema constatado? Tudo é tratado como segredo e na escuridão. É claro como a luz do sol, esse tipo problema só se agravará a cada ano até se tornar complexo, caro e lento para ser resolvido parcialmente. Por que escondê-lo? Medo? Incúria? Incapacidade? Falta de recursos? Alienação? Verdadeiramente, no fundo, trata-se de crime não o que se constata, mas o que se esconde evitando remediações.

PROTEÇÃO FALHA II
Políticas públicas se fundamentam em dados e realidade. Os dados, neste caso existem e permitem reações organizadas, conhecidas e com mitigações de curto prazo satisfatórias. A realidade também está expressa nos dados: agrava-se perturbadoramente os casos de crianças que deixam de frequentar as escolas locais por indigência dos pais, das famílias desestruturadas e das próprias autoridades que deveriam “policiar” este descaso preocupante. Descobrir o que causa isso e como estanca-lo, é obrigação da sociedade via o poder que elege e seus servidores que paga para isso. Mas, em Gaspar, o problema se esconde, exatamente para não ser cobrado naquilo que é obrigação. É isso que dá colocar curiosos, amigos, ou políticos por indicações religiosas para tocar a Assistência Social. Nada mudou. Os números mostram que piorou. Acorda, Gaspar!

BLOQUEIO DOS BENS DE PIZZOLATTI I
A imprensa catarinense deu pouca divulgação, como vem fazendo deste assunto há muito tempo. Na semana passada a Justiça Federal no Paraná, mandou bloquear mais de R$124 milhões em bens do ex-deputado Federal e presidente do PP catarinense, João Alberto Pizzolatti Júnior, como parte daquela ação que se estruturou para punir o PP e vários próceres seus enrolados na Lava Jato. O que chama atenção é o montante exagerado de bens do ex-deputado, até então desconhecido publicamente. Pizzolatti se mantém protegido pelo foro privilegiado, pois se "exilou" como secretário de Relações Institucionais no distante governo pepista de Roraima. Pizzolatti nega tudo, diz que é perseguido e que está provando que é inocente nessa história toda. Hum!

BLOQUEIO DOS BENS DE PIZZOLATTI II
Dois pontos para encerrar esse caso. O principal cabo eleitoral de Pizzolatti, um funcionário público da Fazenda Estadual, em Gaspar, foi sempre o José Hilário Melato, PP, o mais longevo dos vereadores e hoje licenciado para ser presidente do Samae. Pizzolatti um dia até chegou a afirmar que bancaria a campanha de Melato para prefeito, tudo para colocar pressão nas negociações locais e deixar seu cabo em posição de privilégio. Hoje, Melato quer distância dessa associação com Pizzolatti. Ingrato. O outro ponto é que a pequena Pomerode teve dois deputados de projeção, todos, “casualmente” oriundos da Fazenda estadual: Pizzolatti (federal) e Gilmar Knaesel, PSDB (estadual), que virou secretário do Turismo. Ambos destruíram as suas carreiras políticas com dúvidas administrativas durante o mandato ou a gestão política-administrativa. Pizzolatti só não chegou a ser secretário da Fazenda, porque Esperidião Amim Helou Filho, PP, quando governador, barrou a insistente pretensão de Pizzolatti, por presumir que teria problemas. Acertou e conviveu sempre com o problema.

FOGO AMIGO?
Pela portaria nº 5.179, de 28 de março de 2017, a secretaria da Saúde de Gaspar instaurou processo administrativo para apurar responsabilidade da empreiteira Torre Forte por inexecução parcial do contrato nº FMS 32/2015. Trata-se da construção da enrolada Unidade de Saúde da Margem Esquerda que vem do governo do ex-prefeito Pedro Celso Zuchi, PT. Conforme visitas realizadas nos dias 16 e 22 de fevereiro e três de março deste ano, a obra estaria parada, sem nenhum trabalhador ou responsável técnico pertencente à Torre Forte. E preventivamente, nenhuma anormalidade foi relatada à prefeitura pela empreiteira. Só para lembrar Torre Forte se envolveu em disputas concorrenciais no governo de Zuchi chegando a ser declarada inidônea. O seu responsável técnico naqueles episódios era o engenheiro Nelson Wan Dall Júnior, irmão do atual prefeito Kleber Edson Wan Dall, PMDB. Nelson acaba de ser nomeado como gerente de infraestrutura na Agência de Desenvolvimento Regional, de Blumenau, o sugadouro de dinheiro público dos catarinenses.

ILHOTA EM CHAMAS I
A administração de Érico Oliveira, PMDB, em Ilhota foi às compras. Uma para cumprir uma obrigação constitucional e outra para fazer funcionar o governo. Para merenda escolar e para combustíveis, ele registrou de cara uma despesa de mais de R$3 milhões que por mecanismos podem subir muito mais até o final do ano.

ILHOTA DE CHAMAS II
Na merenda foram vários registros diferentes. O maior deles foi de R$ 515.312,00 para os produtos secos. Quem ganhou? Distribuidora de Alimentos Oliveira Ltda. ME CNPJ: 80.413.479/0001-27, do bairro Figueira, aqui de Gaspar. Já para as carnes, foram outros: R$ 151.663,00 e que serão fornecidos por Rosar Alimentos Ltda. EPP, CNPJ: 81.825.952/0001-46, de Balneário Camboriú. Enquanto para frutas, verduras e hortaliças serão pagos outros R$ 192.837,00, a Jean Carlos Pereira Nunes, CNPJ: 01.652.394/0001-25, de Itajaí. Somam-se ainda R$ 11.850,00 de água natural em garrafas de 20l, fornecidas por J & B Comercio e Distribuidora de Agua Bebidas e Alimentos CNPJ: 23.596.565/0001-8 e de R$ 72.670,00 de pães de forma (R$4,47) e francês (R$9,17) vindos de Ilhopan Ilhota Panificadora Ltda., ME CNPJ: 03.005.603/0001-74, ambos de Ilhota. Também se habilitou na ata de registro de preços para fornecimento de diversos itens para a merende escolar de Ilhota, em até R$ 329.765,00, a Comercial Storinny Ltda-EPP CNPJ: 73.977.480/0001-19, de Perequê, em Porto Belo.

ILHOTA EM CHAMAS III
Enquanto isso, a Walendowsky Distribuidora de Combustíveis Ltda., de Brusque, ganhou a concorrência para fornecer R$ 2.255.294,00 em combustíveis. Ela propôs gasolina a R$3,33 o litro, diesel a R$2,90 e o Arla 32, R$51,00 o galão de 20l.

A HERANÇA DE PAULO AFONSO I
Uma invenção de um desastrado governo peemedebista. Funcionário público também oriundo da Fazenda, boa lábia e deputado estadual, Paulo Afonso Evangelista Vieira (1995/99) no governo dele, criou as tais letras da Invesc e em 1997 deu o primeiro calote ao não pagar os juros da debentures emitidas para financiar dívidas e investimentos. Este desastre ardiloso de cunho fiscal e contábil custou a Paulo Afonso um desgastante processo de impeachment na Assembleia. Encurtando, voltando à realidade de 20 anos depois e que mostra às consequências de um governo sem rumo: o prejuízo de R$ 6,2 bilhões da tal de Santa Catarina Participação e Investimentos S. A., conforme balanço de 2016 que acaba de ser publicado.

A HERANÇA DE PAULO AFONSO II
O que representa isso? Três meses inteiros de arrecadação bruta do Estado. Se essa conta tivesse que ser bancada hoje, cada um dos 7 milhões de catarinenses teria que desembolsar R$ 883. Impressionante o que os políticos fazem contra o estado e o seu povo. Eles olham apenas o presente e deixam a conta para todos pagarem no futuro. Esta também será a conta que o atual governo de Raimundo Colombo, PSD, está deixando para os pagadores de pesados impostos. Inchou a máquina, não cortou, não racionalizou e concedeu benefícios aos servidores estáveis e que vão se tornar insustentáveis para o tesouro do estado. O primeiro assessor competente que Colombo mandou embora e no início do seu primeiro mandato, foi o talentoso economista Ubiratan Rezende, uma espécie de Pedro Parente, a quem rotulava como amigo. Imagina, se não fosse...

 

TRAPICHE


A depender do aparelhamento que se fez via o decreto 7.400 assinado pelo prefeito Kleber Edson Wan Dall que nomeou os novos membros do Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente de Gaspar, os pesadelos continuarão à área. Triste sina que vem desde os governos de Bernardo Leonardo Spengler, PMDB, Adilson Luiz Schmitt, PMDB e três mandatos de Pedro Celso Zuchi, PT.

Os escolhidos da área governamental foram Roni Jean Muller e ele que não conhece nada do assunto, mas está metido em tudo (suplente Claudionei de Oliveira), Santiago Martin Navia, eleito vice-presidente, (Calisto Lopes Cerqueira), Renato da Costa Brambilla Marquetti (José Gabriel Corrêa) e Sandra Mara Hostins (Lurdes Caresia da Silva).

Já os conselheiros não governamentais indicados e aceitos são estes: Kelly Pereira Cunha (suplente Alexssandra Goya Fernandes) Rogério Alves de Andrade (Vera Lucia Stuepp Uesller), Jéssica Vitorino (Jucemara Glovacki Pessoa Fernandes) e Gislaine dos Santos, eleita presidente (Milena Maria Soares Pereira).

Resta saber diante desses nomes, qual a posição que eles tomarão em relação a intenção do governo de Kleber que além de passar a mão no Fundo da Infância e Adolescência - FIA, cujo Projeto de Lei, está na Câmara para deixa-lo à míngua.

Esta intenção compromete seriamente, por exemplo, o chamamento público do CMDCA cujo edital foi lançado na semana passada, o qual permitirá acolher até 12 projetos, num total de R$1,2 milhão, e que parte dele pode ser sustentado com os recursos do FIA e que estão querendo drená-lo para áreas diversas. Acorda, Gaspar!

A prefeitura de Gaspar vai pagar à Furb este ano, num primeiro instante, se não vier mais aditivos, R$164.205,50 para ela executar o Projeto de Formação Continuada dos professores e funcionários da Rede Municipal de ensino.

As tetas. No site interno da prefeitura de Gaspar já há uma saudação de boas-vindas à penca de novos comissionados. Oficialmente, o Diário Oficial dos Municípios escondia essas indicações. Aguardava-se a edição de segunda-feira. A administração de Kleber Edson Wan Dall, PMDB, retarda a publicação oficial por dois aspectos: impacto na comunidade com essas nomeações políticas e principalmente, pela reação dos que ficaram de fora. E não são poucos.

Até a edição de sexta-feira liberada no final da tarde, apareceu somente o nome de Celso Xavier Schmitt, para supervisor administrativo da secretaria de Obras e Serviços Urbanos. Mas nele apareceu também a exoneração de Deixe Antunes dos Santos nomeada no dia três de janeiro coordenadora de serviços.

“O caminho é a redenção do Congresso Nacional mediante uma composição melhor do que a das últimas décadas. É preciso haver uma conscientização coletiva. A má qualidade de parte substancial do Congresso reflete a má qualidade do eleitorado. O eleitor deveria exigir um pouco mais de si mesmo e não apenas dos titulares da função pública”, José Francisco Rezek, ministro aposentado do Supremo.

Com a lista fechada que os políticos armam em Brasília e usando os nossos pesados impostos para eles fazerem campanha caçoando de nós, impostos que estão faltando à saúde, educação, obras, segurança... esta tal redenção sugerida por Rezek nunca chegará.

Os cidadãos deveriam ter vergonha na cara e exigir mais de si mesmo como pelo menos ter a liberdade de escolher diretamente, mesmo de forma errada, seus representantes, numa eleição cara, e num aparelho caro que sustenta por quatro anos. Vergonha.

Pensando bem. Um estado que tem Luiz Fernando “Vampiro” como seu secretário de Infraestrutura, escolheu uma marca sem retoques para as condições das nossas rodovias estaduais.

Mais enrolação. O que já era para estar pronta vai se esticar, no mínimo, até o dia Primeiro de Maio. É quando a Al Certa Construtora promete entregar a reforma e melhorias na Escola Ferandino Dagnoni, em Gaspar. Para o dia 27 de abril, ela diz que vai entregar as obras do CDI Fátima Regina.

Outra da enrolação, só que desta vez da empreiteira Múltiplos Serviços e Obras. A prefeitura determinou a retomada da drenagem, preparação e asfaltamento da Rua Madre Paulina. A promessa é de que ela fique pronta até 27 de outubro, repito, outubro deste ano. Antes, a prefeitura fez alguns ajustes no contrato: suprimiu R$ 346.600,84 e acrescentou R$ 241.738,72 na obra. Ou seja, abriu espaço para novos questionamentos.

Atrapalhados. Um retrato de como ainda funciona o RH, a secretaria de Administração e Gestão, a Chefia de Gabinete e a Procuradoria Geral de Gaspar por onde assunto caminhou e ninguém percebeu que alguma coisa não batia. No dia 22 de fevereiro o Diário Oficial dos Municípios publicou o decreto 7.371.

Ele tinha a seguinte redação: “Fica concedida, nos termos do artigo 62, parágrafo 5º da Lei Municipal nº 1.305, de 09 de outubro de 1991, pensão vitalícia à dependente Hildegard Sansão, em virtude do falecimento do seu esposo, o servidor municipal, Pedro Schnaider, ocorrido no dia 21 de janeiro de 2017”.

Pasmem. Mais de um mês depois, o Diário Oficial traz uma errata do decreto 7.371. O funcionário falecido que gerou pensão à sua viúva a partir de 21 de janeiro não era Pedro Schneider, mas José Sansão. E depois sou eu quem exagero.

Gaspar vai as compras. No dia 20 de abril vai comprar fraldas descartáveis, infantil e geriátrica, para distribuição gratuita; no dia 25, madeiras; no dia 26 será a vez das cotações para tubos, grelhas, lajotas, pavers, meio fio, tampas e lajes; e no dia 27, materiais esportivos.

Mais uma vez o tempo é o senhor da razão. Eu sempre afirmei que o PT de Gaspar é mandado pelo PT de Blumenau, onde já foi referência, e hoje agoniza a ponto de ter feito de Gaspar, um grotão se comparada à importância no contexto estadual, a sua tábua de salvação na região, onde acabou perdendo tudo.

O PT liderado pelo deputado Federal Décio Neri de Lima, ex-prefeito de lá e que já mudou o domicílio eleitoral para Itajaí, e de sua mulher, a deputada estadual, Ana Paula Lima, sempre me amaldiçoam quando lembro isso nos meus textos.

Pois é. Quem é o novo presidente do PT de Gaspar? Aldo Avosani, ex-assessor parlamentar de Décio. Quem é o mais novo assessor parlamentar de Décio? O ex-prefeito de Gaspar, Pedro Celso Zuchi. O que o PT não tolera é que os analfabetos, ignorantes e desinformados sejam esclarecidos. Outra vez estou de alma lavada. E pelos meus próprios contumazes algozes. Acorda, Gaspar!

Perguntar não ofende? Estamos caminhando para a reta final da entrega do Imposto de Renda à Receita Federal. O que se fez na cidade para conscientizar contadores e pagadores de impostos para destinar parte dele para o Fundo da Infância e Adolescência, ao invés de se mandar para o sugadouro dos políticos em Brasília?

Mais despesas para quem diz que não tem dinheiro. A prefeitura de Gaspar pediu mais veículos em locação e ampliou em três meses o atual contrato com a Rivel, de Brusque.

Alto risco. Fornecedores estão olhando com lupa jurídica, os aditivos que a prefeitura de Gaspar tem feito nos contratos que passaram por disputas em licitações. Entendem alguns que não se tratam de aditivos, mas modificações substanciais do produto contratado e que anulam as condições de competição da licitação. E pode ser.

Na semana passada, por exemplo, foi publicado o aditivo nº 1 do contrato Saf- 109.2016 feita com a Brusfogo, para a implantação do projeto preventivo do CDI Tia Maria Elisa, na Tomada de Preços nº. 224/2016. Ele teve a prorrogação do prazo de execução (até 12/04/2017), com a supressão (R$ 11.938,50) e acréscimo (R$ 14.986,73) do contrato alterando assim as condições do próprio edital de concorrência.

Ilhota em chamas IV. A prefeitura contratou o tal Diário Oficial da União por R$ 7.987,31.

Ilhota em chamas V. Mais comissionados. Foram nomeados para chefe de divisão Alvarilda Aparecida de Souza e Josimar Saes.

Ilhota em chamas VI. A prefeitura abriu licitação para a contratação de empresa que vai fornecer lajotas sextavadas, drenagem pluvial e sinalização viária para 278,40m da Rua Severo Silveira Ramos, no bairro Minas. No dia 24 de abril se conhecerá o vencedor. O Ministério das Cidades é quem bancará as obras.

O ex-prefeito Pedro Celso Zuchi, PT, na sua rede social, identifica-se desde 31 de dezembro de 2016 como “saiu do emprego na Empresa Prefeitura de Gaspar”. Hum!

 

Edição: 1796

Comentários

Sidnei Luis Reinert
13/04/2017 12:20
Os corruptos se reinventam


Edição do Alerta Total ?" www.alertatotal.net
Por Jorge Serrão - serrao@alertatotal.net

"Corrupção é via de mão dupla: Empresário quer obra, e Político quer comprar voto". Por esta lógica maldita, fica fácil entender por que os crimes investigados em 76 inquéritos abertos pelo supremo ministro Edson Fachin tratam de R$ 451 milhões pagos a políticos corruptos. Só os delatores da Odebrecht revelaram ter repassado R$ 224,6 milhões por obras e contratos nos governos federal, estaduais e municipais. Outros R$ 170 milhões foram "doados" ilegalmente por medidas provisórias, emendas parlamentares e resoluções legislativas que atendiam aos interesses da empreiteira.

O cidadão honesto - que assiste ao noticiário político viralizado nas redes sociais da Internet ?" fica com a certeza de que a corrupção sistêmica é promovida por um mafioso esquema de Crime Institucionalizado. O crime político-econômico é conseqüência de um modelo estatal com regramento excessivo, falsa transparência e fiscalização ineficiente ou conivente com as falcatruas. Sem pagar algum "pedágio", nenhum empresário (do mais santo ao mais diabólico) consegue fazer negócios no Brasil. O Capimunismo rentista tupiniquim existe para roubar eu, você, toda sociedade.

Nesses tempos de correria para declarar o "Imposto de Renda", o que causa mais revolta é como a Receita Federal ?" que tem o aparato de um Grande Irmão do Big Brother ?" não pune políticos, familiares e laranjas deles que ostentam enriquecimento ilícito. Também é imperdoável ?" porém compreensível ?" a "incompetência" de órgãos públicos com servidores profissionais bem remunerados para fiscalizar os gastos públicos, pedir investigação sobre corruptos ou julgá-los no tempo hábil para servir de exemplo à sociedade pagadora de 93 impostos, taxas, contribuições e infindáveis multas.

O mais escandaloso é o pepelão dos chamados "Tribunais de contas" ?" que não são repartições do Judiciário, mas órgãos auxiliares do Poder Legislativo. Em recente artigo neste Alerta Total, o cientista político Hélio Duque botou o dedo na ferida. Dos 233 integrantes desses tribunais, 53 respondem a acusações na Justiça. Dos nove ministros titulares do Tribunal de Contas da União (TCU) ?" órgão auxiliar do Congresso que analisa e julga as contas dos administradores de recursos públicos federais ?" quatro são investigados em inquéritos que apuram prática de corrupção.

Embora ressalve que no Brasil existem 33 tribunais de contas com corpo técnico de profissionais e auditores qualificados e competentes, Hélio Duque também explica por que os "tribunais" acabam não cumprindo devidamente seu papel fiscalizador: 80% dos conselheiros dos Tribunais de Contas são oriundos da atividade política: 107 foram deputados estaduais; 62 secretários de Estado; 48 vereadores; 37 dirigentes de empresas públicas; 29 secretários municipais; 22 prefeitos; 16 deputados federais; 3 senadores; e, um governador ?" conforme dados da ONG Transparência Brasil.

Além das graves falhas (propositais?) de fiscalização do uso do dinheiro público, também é preciso questionar a eficiência no cumprimento do dever de ofício do Ministério Público, e, por conseqüência, do poder judiciário. Ao MP cabe investigar e denunciar. Aos magistrados cabe julgar o que for denunciado, dando amplo direito de defesa aos acusados. Até agora, habitualmente, a bomba estoura no colo dos empresários "corruptos".

Só agora, na Era Lava Jato, surge a expectativa de que os políticos "onestos" também acabem punidos. Será que isso vai acontecer? Ou eles serão punidos na primeira instância judicial, porém acabarão salvos nos infindáveis recursos aos tribunais superiores? As famílias dos corruptos eventualmente punidos (empresários ou políticos) continuarão desfrutando das riquezas criminosamente acumuladas, enquanto nós, os otários, continuaremos pagando impostos sem a devida contrapartida prometida pelos governos?

A única saída para o Brasil é uma mudança estrutural. No atual regime capimunista rentista e corrupto, o crime institucionalizado continuará reinando. Se o atual modelo não for mudado, os bandidos continuarão reinando. Eles já estudam como se reinventar. Por enquanto, gastam boa parte do dinheiro público roubado para pagar o "exército" de caríssimos advogados.

Os "deuses" do tal mercado sequer se abalam com a divulgação das listas que prometem ser "o fim do mundo para os corruptos". O impacto da corrupção brasileira já está "precificado". A única preocupação deles é com os bilionários novos negócios que estão prestes a ser fechados - em parceria com os governos e muitos dos políticos agora "listados". A corrupção brasileira está banalizada. Só uma Intervenção Institucional pode neutralizá-la e, talvez, acabar com ela.

O modelo brasileiro de politicagem corrupta esgotou-se. O problema é que os bandidos tentarão reinventá-lo... Com a mais deslavada naturalidade, Marcelo Odebrecht proclamou que não existe político no Brasil que não tenha recebido dinheiro de caixa 2, sabendo ou não do crime. Temos de "fechar" a fábrica de bandidos: o Estado Brasileiro. Mudar sua estrutura é a única solução. Se o Brasil não for reinventado, continuará subdesenvolvido, porque assim é mais fácil controlar e roubar a sociedade.

Vamos aguardar para ver se a ampla difusão dos vídeos com relatos sobre corrupção conseguem mexer com os brios de quem tem a legitimidade efetiva para mudar tudo: o povo brasileiro ?" que é vítima e conivente com a sacanagem reinante.´

Os filmes sobre máfia viraram programas infantis diante dos relatos da corrupção brasileira...
Herculano
13/04/2017 12:00
OS DESAFIOS DA LISTA DE FACHIN, editorial do jornal O Estado de S. Paulo

A revelação da lista dos inquéritos abertos, no âmbito da Operação Lava Jato, pelo ministro Edson Fachin no Supremo Tribunal Federal (STF) é um verdadeiro cataclismo para o mundo político. Vê-se ali toda a cúpula da política nacional citada nas delações dos executivos da empreiteira Odebrecht. Revelada pelo Estado na terça-feira passada, a chamada lista de Fachin inclui 8 ministros de Estado, 3 governadores, 24 senadores e 39 deputados. São, no total, 98 investigados com foro privilegiado. Além disso, outros pedidos de investigação, como os referentes aos ex-presidentes Dilma Rousseff, Luiz Inácio Lula da Silva e Fernando Henrique Cardoso, foram encaminhados às instâncias inferiores, já que os envolvidos não têm mais foro privilegiado. Na primeira instância, são 201 os investigados.

Se a extensão da lista de Fachin impressiona, não se pode perder de vista o que ela de fato é. Não é uma lista de condenação nem tampouco de acusação. São autorizações para investigar políticos, a partir de informações obtidas por meio das delações dos executivos da Odebrecht. Relembrar essa realidade é importante nos tempos atuais, em que o clima de indignação contra a corrupção parece transformar a mera citação de um nome num documento de investigação em prova cabal de culpa penal. São coisas distintas, e, numa democracia, é essencial que cada um preserve a capacidade de diferenciá-las.

O sereno reconhecimento da exata natureza da lista não diminui, no entanto, a sua gravidade. É estarrecedor constatar como pairam acusações sobre toda a cúpula política do País. É necessário, portanto, que o STF ?" em especial, o ministro Edson Fachin, mas não apenas ele ?" dê às investigações o especial tratamento que merecem. Seria de enorme crueldade com o País admitir a possibilidade de que esses inquéritos se arrastem no tempo. Seria condenar o País a viver uma crise prolongada desnecessariamente, com sérias consequências para a qualidade de nossa democracia e de nossa economia. Ambas precisam, agora, de revigorantes e não de mais sangria. Cabe portanto ao Judiciário imprimir toda a diligência possível nas investigações, esclarecendo o quanto antes à sociedade quem é culpado e quem é inocente.

Ciente de não se tratar de um trabalho isolado da Suprema Corte, cabe ao relator, ministro Edson Fachin, exigir do Ministério Público Federal (MPF) e da Polícia Federal (PF) a diligência requerida pelo caso. Não se pode condenar o País a ficar em compasso de indefinida espera, com a desculpa de que o STF tem outros importantes processos a resolver. A alta posição dos investigados na República demonstra, com folga, a necessidade de uma velocidade especial no andamento desses inquéritos.

Além do evidente interesse público presente no caso, a projeção dos envolvidos na vida nacional exige um rápido desfecho das investigações. Além disso, é incompatível com um Estado Democrático de Direito deixar expostas em praça pública, indefinidamente, acusações penais contra quem quer que seja. Como relator, o ministro Edson Fachin é o guardião constitucional da reputação de toda essa gente, que agora está exposta.

Se a lista de Fachin impõe um desafio ao Judiciário, ao exigir-lhe uma excepcional diligência, ela também esporeia o Executivo e o Legislativo. Cabe a todos, também aos investigados, continuarem exercendo com denodo suas funções públicas. Há uma grave crise econômica, social e moral a ser enfrentada. Parte importante desse empenho se concretiza no andamento das reformas propostas pelo presidente Michel Temer, com especial destaque para a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 287/2016, que altera as regras da aposentadoria.

O País sofrerá um castigo imerecido se as investigações decorrentes das delações da Odebrecht paralisarem ou atrasarem as reformas. A limpeza da política deve facilitar a resolução dos problemas nacionais, e não complicá-la ou impedi-la. Simplesmente é irreal achar que a vida do País e das pessoas pode ficar em suspenso até que o STF conclua suas investigações.

No momento, este é o grande desafio nacional, que envolve diretamente os Três Poderes. Sem qualquer atraso, é preciso combater a corrupção, investigando com diligência e isenção, e, também sem atraso, é preciso devolver ao País as condições para seu desenvolvimento econômico e social.
Herculano
13/04/2017 11:51
O PELEGO E SEU PATRÃO

Conteúdo de O Antagonista. Lula é a maior fraude de todos os tempos.

Ele enganou a maioria dos brasileiros. Em particular, ele enganou a esquerda.

Em seu depoimento, Pedro Novis disse que Emilio Odebrecht era "o empresário de maior proximidade com Lula".

Eles se conheceram na década de 1980. O pelego Lula era convocado por Emilio Odebrecht para sedar as greves na indústria da Bahia.

Quando se tornou presidente da República, Lula cumpriu a promessa de entregar o setor petroquímico para seu patrão.

Primeiro, ele impediu que os esquerdistas da Petrobras comprassem o grupo Ipiranga. Em seguida, ele mandou anexar a estatal à Braskem.

A origem da ORCRIM

Lula e Emilio Odebrecht arquitetaram seu plano criminoso nos primeiros meses de 2002.

O empreiteiro elegeria Lula com dinheiro de propina; em troca, Lula entregaria o setor petroquímico à Odebrecht.

Lula delegou a Antonio Palocci a tarefa de negociar a propina.

Emilio Odebrecht, por sua vez, encarregou Pedro Novis de acertar os pagamentos clandestinos.

O depoimento de Pedro Novis sobre as campanhas de 2002 e 2006 é essencial para se compreender a origem da ORCRIM que tomou conta do Brasil.

O depoimento está dividido em duas partes, que O Antagonista vai exibir logo mais.

Na primeira parte, Pedro Novis descreve o esquema de pagamentos. Na segunda, ele diz quais foram as contrapartidas oferecidas por Lula.

O segundo bloco do depoimento de Pedro Novis é ainda mais espantoso do que o primeiro.

Ele fala sobre as contrapartidas oferecidas à empreiteira depois que Lula foi eleito presidente da República.

Em 2006, o esquema de pagamentos de propina da Odebrecht para a campanha de Lula repetiu o de 2002.

Pedro Novis acertava os valores com Antonio Palocci.

No lugar de Delúbio Soares, porém, entrou José de Filippi. E no lugar de Duda Mendonça entrou João Santana.

Pedro Novis disse que a Odebrecht entregou à PGR documentos bancários que compravavam um depósito de 820 mil euros numa conta de João Santana no exterior. Mas ele garantiu que o total pago ao marqueteiro foi muito maior.

A ODEBRECHET NO MENSALÃO

Em 2002, a Odebrecht deu 20 milhões de reais a Lula.
Desse total, de acordo com Pedro Novis, apenas 50 mil reais foram declarados pela campanha. O resto foi pago por fora ?" em espécie ou depositado no exterior.

Os valores eram requisitados por Antonio Palocci.

Mas quem recebia os pagamentos em nome de Lula eram dois protagonistas do mensalão: Delúbio Soares e Duda Mendonça.
Herculano
13/04/2017 11:44
EU ME AMO

Nova técnica de comunicação da prefeitura de Gaspar e da administração de Kleber Edson Wan Dall, PMDB: o auto-elogio naquilo que é obrigação e óbvio.

Se a Ditran está colocando guardas nos pontos nevrálgicos do trânsito em Gaspar, ela está apenas exercendo o papel para o qual é pago e fazendo o óbvio. Ah, mas a administração do petista Pedro Celso Zuchi não fazia. E foi por isso, que ele perdeu e houve a troca de governo. Acorda, Gaspar!
Carlos Eduardo da Costa
13/04/2017 10:28
Quanto vale sua Ignorância?

Quer saber por que estamos nessa situação política?

Você acha que o PT é o culpado por tudo?

Assista aos 6 vídeos do Brasil Paralelo.

www.brasilparalelo.com.br

Não seja mais massa de manobra, sem mesmo saber que é.
Assista e compartilhe....
Alcides Fernandes dos Santos
13/04/2017 10:21
Gostaria aqui de registrar a bela iniciativa da Diretoria - Geral de Trânsito ( Ditran ).Em colocar os agentes de trânsito em locais estrategicos no horario de mais fluxo de veiculos.Meus parabéns.
Felipe
13/04/2017 09:27
Bom dia Herculano, Gasparenses e Ilhotenses.

Infelizmente esse modelo e sistema político atual mostrou e continua mostrando toda sua fragilidade. Sua estrutura, permite e incentiva os políticos a viverem da política, por que? Porque vale a pena financeiramente, a razão de ser político para dar orgulho aos familiares e amigos está em segundo ou terceiro plano, e há de convir comigo, que hoje em dia ninguém tem orgulho de ser político, o que as pessoas admiram mais é o poder que eles tem e em que podem lhe ajudar. O valor necessário para bancar uma eleição de deputado estadual para cima, é muito alto, por isso não tem como se eleger por meios legais, e todo mundo sabe disso!!! Salvo pouquíssimas exceções, onde o candidato é algum religioso e as pessoas votam nele por causa de sua religião ou porque é algum iluminado que as pessoas votam por confiança... O problema todo é como fazer para desmantelar isso, acabar com isso??!! Não reeleger mais?? A justiça punir rigorosamente e mostrar que o crime não compensa? Sinceramente não sei, mas precisa ser algo muito forte e dolorido para mudar esse câncer que se tornou nossa política e nossos políticos.
Herculano
13/04/2017 08:07
O LIBERALISMO E A TEOLOGIA DA PROSPERIDADE, por Claudir Franciatto, jornalista, no Instituto Liberal

Pesquisa da Fundação Perseu Abramo mostra os caminhos tortos do espírito anglo-saxão chegando ao Brasil?

Com que alegria recebi a notícia dos resultados divulgados pela insuspeita ?" neste caso, que fique claro, por ser de esquerda e trabalhar para o PT ?" Fundação Perseu Abramo sobre sua pesquisa junto a legiões da periferia de São Paulo. Para desconsolo da instituição e seu partido, e regozijo nosso, essa horda com rosto, nome e sobrenome está se tornando liberal! Conforme resumiu André Lahoz Mendonça de Barros, em artigo na Veja desta semana sobre o levantamento feito pela Fundação e suas conclusões, "o Estado não é visto como solução; ele é o inimigo que atrapalha quem empreende e dá empregos. A prosperidade é fruto do esforço, não da ação de movimentos de classe. O indivíduo conta. As pessoas querem competir e prosperar, apesar das dificuldades da vida na periferia. Muitos sonham em empreender".

Com isso, descobriu-se enfim, o porquê esse fenômeno de João Doria chegar ao topo do poder municipal sem ter feito uma carreira política e sem sequer precisar de um segundo turno. Entretanto, um item da pesquisa me chamou a atenção. A confirmação de uma tese que venho defendendo e que é objeto do meu livro O Pensamento Liberal e a Teologia da Prosperidade, a ser lançado ainda em 2017. Vejam bem, um item sutil, meio escondido lá no meio dos demais resultados: a sondagem concluiu que a maioria dos pesquisados, moradores de bairros pobres da periferia de São Paulo, declarou-se evangélica, notadamente de cunho neopentecostal.

Enquanto grande parte não evangélica da nossa sociedade se limita a chamar os pastores, bispos e apóstolos das igrejas neopentecostais de "ladrões" e "enriquecedores com a tragédia alheia", eles estão trazendo para o Brasil - sorrateira e imperceptivelmente - certo "espírito anglo-saxão" de coragem, desbravamento, atitude individual positiva, que forjou uma nação como os Estados Unidos, e nos faltava. E como nos fez falta sempre!!

Lembro que, abrangendo numa análise nosso continente, o ultraliberal venezuelano Carlos Rangel, em meu livro A Façanha da Liberdade (1985), dizia que "o indivíduo latino-americano não tem encontrado estímulo nem recompensa em comportamentos que o façam sentir-se parte da sociedade civil em seu conjunto. De forma até compreensível, tem procurado ingressar, à procura de amparo, em algum setor privilegiado". E complementa que essa e outras situações de puro antiliberalismo não surpreendiam, "já que a origem das repúblicas latino-americanas foram os impérios espanhol e português, mercantilistas, estatistas, antagônicos à sociedade civil, com economias baseadas no monopólio, no privilégio, na corrupção e, em geral, nos entraves burocráticos ao desenvolvimento e até à existência de uma sociedade civil capaz de contrabalançar o poder do Estado".

A isso acrescente-se a pregação conformista característica da igreja cristã que aqui se instalou desde a colonização e era preponderante até bem pouco tempo. Além de um certo pessimismo jansenista herdado pela "intelligentsia" francófila junto com a propensão social-estatizante das linhagens intelectuais herdeiras de Rousseau a Marx.

O dízimo sem (nenhuma) vergonha

Entretanto, agora, de repente, temos uma periferia liberal?!! Sim, porque o trabalho das igrejas neopentecostais é diferente de tudo que se fez no Brasil até hoje. Mesmo se você é ateu, vá até lá e assista. Trata-se do único local ?" o único ?" onde se diz ao brasileirinho humilde, que nunca foi estimulado positivamente a nada, que ele pode. Sim, ele pode sair da situação de penúria e injustiças. Mas sem contar com mais ninguém a não ser com Deus e ele mesmo.

Enquanto você subestima e chama esse pastor/bispo de "ladrão", ele (querendo ou não) vai insuflando legiões cada vez maiores de excluídos a terem fé não mais apenas na salvação pós-vida, mas na redenção em vida. E aí é que entra a perfeição do "sistema neopentecostal" para alcançar seus objetivos: qualquer que seja a meta do fiel, só depende da fé em si mesmo e em Deus, a partir de determinada atitude afirmadora do compromisso. É uma aliança, uma sociedade. Você prova com o dízimo e as ofertas. Está na Bíblia. Rigorosamente assim. Ao "cortar da própria carne", ou seja, do próprio bolso, você alavanca a fé. Porque está ajudando a "obra de Deus", está fazendo sua parte. Então Deus fará a dele. O líder da Teologia da Prosperidade no Brasil, bispo Edir Macedo, costuma indagar, didaticamente: "Como você pode crer num Ser tão grande e todo-poderoso e, ainda assim, viver na miséria?!".

Com isso, o indivíduo parte para suas atividades muito mais otimista, leve, acreditando no futuro. Jamais alguém havia dito a ele que era possível. Entretanto é ele mesmo e não um governo, uma entidade, ou o que for, que está conquistando. Passou a ser um indivíduo e não mais uma massa disforme à mercê de forças fora de si mesmo. Os pastores não incitam o fiel a orar e ficar sentado, mas a agir ?" dentro e fora da igreja.

Porque o Estado, quanto mais cresce ?" todos sabemos ?" mais tende a só ter recursos e energia para cuidar de si mesmo. Um glutão insaciável que só olha para o próprio e obeso umbigo. O povo começa a descobrir isso. E o espírito anglo-saxão da força da sociedade civil se inicia a crescer no país. Por tortos caminhos. Como é o jeito, dizem, que Deus escreve.
Herculano
13/04/2017 08:03
SEXTA-FEIRA É DIA DE COLUNA OLHANDO A MARÉ INÉDITA E FEITA ESPECIALMENTE PARA A EDIÇÃO IMPRESSA DO JORNAL CRUZEIRO DO VALE.

A COLUNA JÁ ESTÁ PRONTA DESDE ONTEM. PENA QUE O ESPAÇO SEJA RESTRITO. TEM GENTE QUE COMEMORA EM GASPAR E ILHOTA.

O LIXO FEDE, MAS NÃO VOU TRATAR DELE

O SAMAE ESTÁ INUNDADO, MAS NÃO VOU TRATAR DELE

ILHOTA CONTINUA EM CHAMAS, MAS NÃO VOU DAR UMA LINHA SOBRE

A ADMINISTRAÇÃO DE KLEBER EDSON WAN DALL, PMDB, ESTÁ MONTADA EM INCOERÊNCIAS, SENDO TOCADA POR CURIOSOS E INTERESSES QUE ESTÃO DEIXANDO-O EXPOSTO. MAS, PRATICAMENTE NÃO VOU ESCREVER NADA SOBRE

AFINAL, SEXTA-FEIRA É SANTA. MAS, NA TERÇA-FEIRA...ACORDA, GASPAR!
Herculano
13/04/2017 08:00
EM POLÍTICA, A PERVERSÃO PASSA DE pai PARA FILHO, por Josias de Souza

Ninguém escolhe a família em que vai nascer. Na política, demonstra a Lava Jato, além do formato do nariz os filhos herdam os maus hábitos dos pais. Vários sobrenomes frequentam o escândalo do petrolão aos pares. Por exemplo: Renan Calheiros e Renan Filho; Jáder Barbalho e Helder Barbalho, Cesar Maia e Rodrigo Maia; Romero Jucá e Rodrigo Jucá; José Agripino Maia e Felipe Maia; José Dirceu e Zeca Dirceu, Mário Negromonte e Mário Negromonte Júnior.

O fenômeno ajuda a explicar por que o melado da política escorreu até chegar à devassidão exposta na colaboração da Odebrecht. Os pais, naturalmente, não queriam encrencar os filhos. E vice-versa. A questão é que, nesse universo, a promiscuidade entre os agentes políticos e as empresas que gravitam na orbita do Estado sempre foi natural como as escamas nos peixes. Antinatural é a exposição da pilhagem que sustenta o modelo.

Entre as serventias da família está a de recordar ao indivíduo sua condição humana. Acompanhando o envelhecimento dos pais, os filhos lembram que vieram do pó e a ele voltarão. A Lava Jato talvez acelere o processo de envelhecimento das carreiras de alguns herdeiros políticos. Esqueceram de espanar o pó acumulado sobre os móveis enquanto apregoavam novidades.
Herculano
13/04/2017 07:35
LULA NEGA SER LADRÃO, MAS NÃO PROCESSA DELATORES, por Cláudio Humberto, na coluna que publicou hoje nos jornais brasileiros.

A cada denúncia sobre seu papel protagonista no maior escândalo de corrupção da História, o ex-presidente Lula nega ser o ladrão que as delações revelam, reclama de "perseguição" e "vazamentos seletivos", chama os delatores de "mentirosos" etc, mas nem sequer ameaça processá-los. Marcelo Odebrecht, o mais devastador dos delatores, revelou vários pagamentos de propina a Lula, o "Amigo" da Odebrecht.

MELHOR NÃO PROVOCAR
A força-tarefa crê que Lula e Dilma não processam Marcelo Odebrecht, por exemplo, porque o empresário guarda ainda de muitos segredos.

CALÚNIA NÃO DEVE SER
Se mentisse ao confessar pagamentos de propina a Lula, Marcelo Odebrecht estaria sujeito a processo por crime de calúnia.

DETALHES SóRDIDOS
A cada depoimento, a Justiça conhece os detalhes mais sórdidos da relação promíscua de Lula e Dilma com a Odebrecht.

ELA TAMBÉM NÃO
Dilma se diz vítima daqueles que, para se livrar de prisão, "inventam fatos" tentando envolvê-la no caso. Mas não processa os delatores.

LISTA DE FACHIN REVELA OS 'SANTOS DO PAU OCO'
Não há na Lista Fachin nenhuma grande surpresa, mas da relação de investigados estão políticos que sempre fizeram pose de vestais, comportando-se como freirinhas inocentes no meio de um "bordel chamado Congresso". Entre os "santos do pau coco" estão a ex-deputada Manuel D'Ávila (PCdoB) e a não menos auto-canonizada deputada Maria do Rosário (PT-RS), ambas na folha da Odebrecht.

'ELA', A GRAZZIOTIN
Vanessa Grazziotin (AM) levou R$1,5 milhão. Seu codinome, "Ela", porque era a única mulher do PCdoB a negociar propina na Odebrecht.

OLHA O PALADINO
Carlos Zarattini, líder do PT, é acusado de ajudar a Odebrecht a vender um shopping por R$800 milhões ao fundo Previ (Banco do Brasil).

O 'INDIGNADO'
A Odebrecht diz que Aloysio Nunes (PSDB-SP) pediu e levou R$500 mil no caixa 2. Ele ameaçou processar a coluna, que avançou a notícia.

TEMPO DE SERVIÇO
O ex-executivo da Odebrecht Alexandrino Alencar confessou à Justiça pagamentos de R$ 150 mil para a deputada petista Maria do Rosário. Contou que ela se relaciona com a empreiteira desde 2008.

CONVERSA MOLE
Tanto Fernando Reis, ex-presidente da Odebrecht Ambiental, quanto Alexandrino Alencar, ex-executivo do grupo, destacaram o "potencial" de Vanessa Grazziotin e Maria do Rosário para justificar a propina.

PROMESSA É DÍVIDA
Ao delatar o senador Romero Jucá (PMDB-RR), o ex-executivo da Odebrecht Cláudio Mello Filho revelou que havia "taxa de sucesso" da corrupção. Entregado o que prometia, o político comprado levava mais.

NÃO FOI LISTA, FOI MALANDRAGEM
Ao contrário do divulgado "analistas" e "especialistas", o Congresso não ficou às moscas em consequência da Lista Fachin. É que deputados e senadores, como sempre, decidiram vazar para antecipar o "feriadão".

TRABALHAR PARA QUÊ?
O feriadão iminente e a ressaca da Lista Fachin esvaziaram a reunião da Frente Parlamentar Mista das Micro e Pequenas Empresas no Congresso. Dos 387 membros, apenas dez parlamentares apareceram.

LISTA PESADA
Os arquivos digitalizados da Lista de Fachin contêm cópias dos documentos que fundamentam as ações e também os vídeos dos depoimentos. São 190 Gigabytes de inquéritos e 120 Gb de petições.

SITUAÇÃO CONSTRANGEDORA
Paulo Medina foi afastado do Superior Tribunal de Justiça, acusado de corrupção, quando presidia a Associação dos Magistrados. Agora, outra entidade, a dos Juízes Federais (Ajufe), tem um ex-presidente na Lista de Fachin: Flávio Dino (PCdoB), governador do Maranhão.

EMENDA NO TRABALHO
A Reforma Trabalhista, cujo relatório foi lido nesta quarta-feira (12), ganhou 850 emendas ao projeto original. Apenas oito foram retiradas pelos autores. É o projeto mais emendado de todos os tempos.

PENSANDO BEM...
...só respirou aliviado ontem o ex-presidente Lula, que pela primeira vez não está na lista. Por enquanto
João Barroso
13/04/2017 07:33
Herculano

Será que o ex-prefeito Celso Zuchi teria coragem de dar uma voltinha com os deputados Décio Lima e Ana Paula Lima aqui em Gaspar? Se o ex-prefeito Zuchi for candidato a prefeito novamente como ele vai explicar ao eleitorado que é assessor do Décio Lima? Acho que queimou o filme.
Herculano
13/04/2017 07:32
A LISTA COLOCA O BRASIL NO ABISMO, SEM REDE, por Clovis Rossi, no jornal Folha de S. Paulo

A lista do ministro Luiz Edson Fachin coloca o sistema político brasileiro pendurado em um abismo horrendo, sem rede de proteção e sem prazo para ser atravessado.

Por mais que a lista não seja propriamente uma grande novidade, o fato é que ela representa uma espécie de consolidação do elenco da corrupção e, como tal, causa a sensação de que "não sobrou ninguém honesto e correto para que o povo tenha um mínimo de esperança", como escreveu o leitor Victor Claudio para o Painel do Leitor desta quarta-feira (12).

É um exagero, claro, mas é uma sensação inescapável quando se verifica, por exemplo, que estão citados todos os presidentes do período democrático, à exceção de José Sarney, que tem lá seus próprios problemas, e de Itamar Franco, que já morreu.

Fernando Collor, Fernando Henrique Cardoso, Luiz Inácio Lula da Silva e Dilma Rousseff ?"estão todos lá.

Sobre o governo de Michel Temer, que já não tem legitimidade eleitoral, pode-se dizer que perde legitimidade de ação. Em qualquer lugar (civilizado) do mundo, fica inteiramente desacreditado um presidente que tem todos os seus quatro homens mais próximos e de mais confiança fulminados por suspeitas de corrupção.

No Brasil de Temer, não são apenas quatro os seus auxiliares que figuram na lista, mas boa parte de sua base de sustentação (65% dos citados pertencem à base do governo atual ).

Como não há hipótese de que se faça uma eleição direta mais ou menos imediata, o governo Temer estará suspenso no abismo até 2018.

O que não quer dizer que a eleição de 2018 permitirá eventualmente ultrapassar o buraco negro, porque boa parte dos presumíveis candidatos também aparece na lista.

Claro que os condescendentes dirão que a abertura do inquérito determinada por Fachin não significa que todos sejam culpados. Concordo, mas cabem observações relevantes para matizar essa obviedade:

1 ?" A denúncia da Procuradoria, acatada por Fachin, baseia-se nas delações da Odebrecht. Para que os delatores mentiriam, se perderiam, nesse caso, os benefícios previstos no esquema?

2 ?" Se as delações não são verdadeiras, por que então a Odebrecht se comprometeu a pagar R$ 6,7 bilhões em um acordo de leniência, que, segundo a Folha, os procuradores norte-americanos consideram o maior do mundo?

3 ?" Se o ministro Fachin aceitou mandar abrir inquéritos é, obviamente, porque encontrou na denúncia da Procuradoria elementos suficientes para tanto.

Por fim, mesmo que se aceite pelo valor de face a ideia de que ainda não há culpados, não há como escapar da observação do sempre competente Igor Gielow quando diz, na Folha de quarta, que "o efeito político da lista é bem mais eficaz do que o judicial".

Introduza-se na equação a correta avaliação de Fábio Wanderley Reis, um dos melhores cientistas políticos do Brasil, que lembra que, sem a atividade política "não vamos poder administrar o país".

Pois é, professor, é a esse abismo a que nos levou a corrupção da indispensável atividade política.
Herculano
13/04/2017 07:28
da série: você não conhece algo parecido por aqui?

ANDRÉ ESTEVES COORDENOU A AJUDA À CARTA CAPITAL

Conteúdo de O Antagonista.Emilio Odebrecht reforçou à PGR que o pedido de ajuda financeira à Carta Capital foi feito a ele diretamente por Lula. À época, o petista já não era mais presidente.

Quem coordenou a arrecadação para salvar a revista foi André Esteves, confirmou o delator. Em sua delação, Marcelo Odebrecht deu a mesma informação.

Ao falar de uma doação de três milhões de reais ao negócio de Mino Carta, a PGR perguntou sobre a contrapartida da revista, se havia um compromisso de fazer reportagens favoráveis ao governo petista.
Emilio respondeu:

"Era assim: 'Eu não quero que você esteja tolhido de dar informações, mas não explorem as informações'."
Informações contrárias, claro.

A Odebrecht ajudou financeiramente outros veículos, mas no caso da Carta Capital o pedido não era feito por representantes da revista, e sim por Lula.
Herculano
13/04/2017 07:25
da série: este não é o retrato de Gaspar que disse que precisava ser governada por políticos novos, como se fossem novos políticos, novas idéias, novas ações? Todos a serviço dos interesses dos velhos que dão o tapa e escondem a mão.

FORÇAS "MODERNIZADORAS" SE DEIXARAM SEDUZIR PELA OLIGARQUIA, por Oscar Vilhena, no jornal Folha de S. Paulo

A democracia brasileira não sofreu nenhuma séria ameaça nessas últimas três décadas. Não foi desafiada por grupos terroristas e não houve nenhum tirano determinado a usurpar o poder.

Mesmo os militares, tradicionalmente dispostos a uma aventura autoritária, mantiveram-se leais ao jogo democrático. A decomposição do sistema representativo veio de dentro.

Foram as novas forças "modernizadoras", seus partidos e governos, que se deixaram seduzir pelas velhas lideranças oligárquicas e patrimonialistas, assumindo uma relação sistêmica e promíscua com diversos setores de "vanguarda" de nossa economia.

Financiamento ilegal de campanhas, licitações fraudulentas, cartelização de fornecedores e prestadores de serviços públicos, "compra" de legislação, isenções fiscais e empréstimos com juros subsidiados, sem qualquer demonstração de ganhos sociais, tornaram-se o combustível de um acirrado, mas perverso, sistema de competição eleitoral.

A lista ecumênica de Fachin não trouxe grandes surpresas. Também não causará maior instabilidade. Grande parte do estrago já havia sido realizado. A sua extensão apenas confirma o estado de putrefação do sistema representativo.

A questão agora é como sair do atoleiro. Se o sistema de justiça tem se demonstrado surpreendentemente efetivo para desestabilizar uma prática política comprometida, pouco pode contribuir para a sua reforma.

Se estivéssemos em um sistema parlamentarista, haveria o recurso de se dissolver o Parlamento e chamar novas eleições. No regime presidencial, com mandatos pré-estabelecidos, é muito mais difícil sair da crise.

Caberá aos diversos setores da sociedade civil superar suas divisões e pressionar o Congresso para que ele não aprove medidas que venham a interromper o processo de depuração política iniciado pela Operação Lava Jato, como a anistia ou o voto por lista fechada.

O segundo desafio da sociedade é impor a aprovação de reformas incrementais, como o fim das coligações e alguma forma de cláusula de barreira, que racionalizem o sistema representativo e permitam uma melhora substantiva do parlamento na próxima eleição.

Ao Judiciário, além da tarefa de apurar com imparcialidade as distintas denúncias trazidas pelas delações, responsabilizando a cada um de acordo com seu grau de culpa, ou mesmo absolvendo os inocentes, cumprirá uma missão eventualmente ainda mais difícil, que é defender a nossa fragilizada democracia contra os ataques de um corpo político ferido e acuado.
Herculano
13/04/2017 07:18
QUEM SOBRA?

Conteúdo de O Antagonista. Ciro Gomes e Marina Silva, segundo o Valor, "são os presidenciáveis menos afetados pela lista do ministro do STF, Edson Fachin".

O que dizer de João Doria? O que dizer de Jair Bolsonaro?

Ciro Gomes e Marina Silva escaparam da lista de Fachin, mas eles representam a velha classe dirigente, que deve ser arrasada em 2018.

Os eleitores querem nomes novos.
Herculano
13/04/2017 07:04
NOVA NORMALIDADE, editorial do jornal Folha de S. Paulo

Com quase uma centena de investigados, entre ministros (8), senadores (24), governadores (3), deputados federais (39) e outros nomes de alta plana da política brasileira, a relação divulgada pelo ministro Edson Fachin, do Supremo Tribunal Federal, parece justificar as sensações apocalípticas de que foi cercada na opinião pública.

Se qualificá-la de "lista do fim do mundo" parece adequado, do ponto de vista subjetivo, há entretanto a considerar que representa apenas mais um passo, não decisivo, num processo de desgaste que já vem de um bom tempo e que demorará ainda mais para conhecer seu fim.

Outras listas, com nomes também de peso, já vieram a público. Em 2015, o procurador-geral, Rodrigo Janot, pedia a abertura de inquérito no STF contra 47 políticos, dos quais até agora apenas 6 se tornaram réus, sem que nenhuma condenação se tenha efetivado.

A atual relação de nomes provém de outro pedido da Procuradoria-Geral da República, baseado em delações premiadas ?"cujo teor já vinha sendo oficiosamente posto a público?" de executivos ligados à construtora Odebrecht.

Que se determinem investigações sobre os citados é a consequência natural desses depoimentos. Se a veracidade do que disseram os executivos é condição para os benefícios penais que pleiteiam, não seria possível desconsiderar as acusações que dirigem a tantos políticos.

São de diversa gravidade, aliás. Enquanto o ministro da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações, Gilberto Kassab (PSD), é inquinado do recebimento de R$ 20 milhões entre 2008 e 2014, seu colega de partido, o deputado potiguar Fábio Faria, é citado como beneficiário de um "pixuleco", vá lá o termo, de R$ 100 mil.

Contra alguns políticos conhecidos, como o ministro da Cultura, Roberto Freire (PPS), ou as senadoras Kátia Abreu (PMDB-TO) e Vanessa Grazziotin (PC do B-AM), consta o recebimento de verbas pelo sistema do caixa dois, sem que, entretanto, se identifique em troca de que favores específicos tal financiamento se justificasse.

Em outro patamar estão as suspeitas de corrupção passiva ?"cuja apuração será muito mais complexa?" que pesam sobre figuras de peso como os ministros Moreira Franco (Secretaria-Geral) e Eliseu Padilha (Casa Civil), por favorecimentos à Odebrecht em licitações.

A amplitude de nomes e forças políticas atingidas desacredita em definitivo teorias quanto a vieses partidários da Lava Jato. No PSDB, até então relativamente poupado, expoentes como José Serra, Aloysio Nunes, Aécio Neves e Antonio Anastasia são citados ?"e mesmo, de passagem, o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso.

Haverá muito a investigar antes de qualquer condenação, ou absolvição, definitiva. Como aconteceu em revelações anteriores, o país e a política prosseguem suas atividades, numa espécie de nova normalidade: a normalidade do escândalo generalizado
Herculano
13/04/2017 07:03
CARTA DO IMPENSÁVEL ENTROU NO BARALHO, por Josias de Souza

Os principais presidenciáveis brasileiros se fingem de vivos. Mas tornaram-se vivos tão pouco confiáveis que a conjuntura começa a lhes enviar coroas de flores. A colaboração da Odebrecht joga a última pá de cal sobre as pretensões políticas de cada um. Ao entrar em sua fase radioativa, a Lava Jato corroeu o que restava da oligarquia política. E incluiu o impensável no baralho de 2018.

No cenário atual, para virar um presidenciável favorito basta adotar um discurso raivoso contra a classe política, declarar guerra à corrupção e prometer virar do avesso tudo isso que está aí. O Brasil já elegeu dois presidentes que engarrafavam oportunismo: Jânio Quadros e Fernando Collor. O primeiro renunciou e morreu sem deixar saudades. O outro foi renunciado e continua subtraindo a prataria.

A Odebrecht gravou a sua logomarca nas testas de Lula, Aécio Neves, Geraldo Alckmin e José Serra. Estão mais para réus do que para candidatos. Desfilam de cara limpa na praça Ciro Gomes e Marina Silva. Um fala demais. Outra fala de menos. Roçam o alambrado Jair Bolsonaro e João Dória. Um, por absurdo, é ponto de exclamação. Outro, por imprevisível, é interrogação.

A política flerta com o desastre. E é plenamente correspondida. Conforme já noticiado aqui, PSDB, PMDB e PT rodam uma reencenação sui generis de 'Os Três Mosqueteiros'. Sob o lema de 'um por todos, todos por um', os maiores partidos do país comportam-se como se fossem capazes de matar ou morrer por uma saída que não enxergam.

Submetido à chapa quente de Curitiba, Lula estende a mão no subsolo para Fernando Henrique Cardoso. Que hesita em corresponder ao gesto com receio de ganhar as manchetes como participante de um conciliábulo anti-Lava Jato. Michel Temer acompanha os movimentos sonhando com um acordo que livre o seu mandato-tampão de um processo de sarneyzação.

Todos gostariam de preparar o salão para a sucessão de 2018. O problema é que já não parece possível reiniciar um novo baile sem terminar a faxina da fuzarca anterior. A esse ponto chegou a República. A colaboração da Odebrecht resultou na mudança do regime. Inaugurou-se uma espécie de monarquia do lodo. Reina a estupefação!
Herculano
13/04/2017 07:00
DELAÇÃO É OPORTUNIDADE HISTóRICA PARA STF, QUE PRECISA TOMAR A DIANTEIRA, por Roberto Dias, no jornal Folha de S. Paulo

Durante três quartos da história do Brasil independente, os congressistas não contaram com foro especial. Passaram a tê-lo em 1969, no regime militar, direito preservado pela Constituição de 1988.

Não por isso, como afirmou à Folha o decano do STF, Celso de Mello, os parlamentares sem essa salvaguarda ficaram "menos independentes ou perderam a sua liberdade para legislar até mesmo contra o sistema em vigor". Classificando o modelo brasileiro como "quase insuperável" no mundo, ele argumentou em favor da supressão total do foro privilegiado para matérias criminais.

Só que essa entrevista ocorreu há distantes cinco anos, e nada mudou.

A atual presidente do STF, Cármen Lúcia, afirmou no mês passado que "já passou da hora" de discutir o foro, que "não pode ficar como está". Disse isso mas dias depois postergou a votação de um processo que poderia restringir o uso do foro no seu tribunal, proposta feita pelo ministro Luís Roberto Barroso.

As delações da Odebrecht abrem uma janela de oportunidade histórica para a corte. O Supremo precisa tomar a dianteira como nunca antes. Do Congresso e do Executivo, por motivos óbvios, é que não aparecerá a saída do beco político.

Já que o foro está aí, o STF deveria encontrar um caminho para alcançar o desfecho dos inquéritos em velocidade recorde. Não é aceitável o ritmo de cruzeiro de sempre, nítido na primeira lista de Janot, que dois anos depois continua inconclusa, sem nenhuma condenação.

Se isso demandar alguma inovação administrativa, eis a hora de implementá-la. Em 2007, na gestão de Ellen Gracie à frente do Supremo, criou-se a figura do juiz auxiliar, útil no julgamento do mensalão.

Sem virar a página da Odebrecht o quanto antes, a bola de neve do foro especial não vai parar de crescer. E sem derreter essa neve o país não vai parar de patinar. Para sair do atoleiro é preciso fazer força extra.
Antonio Silva
12/04/2017 21:30
Wandall = Zuchi
Isso mesmo, essa semana mais um comissionado foi apresentado na secretaria de saúde, o pastor da igreja não sei do que, esse senhor vai trabalhar não sei onde é mole, ficou o dia todo ao lado da telefonista contando as ligações atendidas, podem rir, mas é verdade.
Wandall disse enxugar os comissionados mas aos pouquinhos estão aparecendo, e outraa areas sendo enxugadas, têm apenas 3 ou 4 pessoas trabalhando para toda prefeitura para elétrica, hidraulica e manutenção geral, os carros da Secretaria de saúde é um caos, pergunte pra quem sai com aqueles veículos, ar condicionado que não funciona, carro sem suspensão, carro sem freio, quando não um combo, sem freio, suspensão,comissionado que entrou inicio de Abril sem saber o que vai fazer, pessoas que estão dando um duro pra mostrar serviço porque prometeram uma FG e até agora nada,
A C O R D A G A S P A R !!!
Roberto Sombrio
12/04/2017 21:30
Oi, Herculano.

Está difícil ter alguém em Gaspar com coragem para ser prefeito.
Se é que sabem o que é ser prefeito.

O ex-prefeito Pedro Celso Zuchi, PT, diz que "saiu do emprego na Empresa Prefeitura de Gaspar".
Pior empregado que já tivemos. Devia devolver o dinheiro que recebeu.
Já chegaram no Décio Lima, o próximo será ele.

Agora ninguém mais trabalha no Congresso, mas continuam recebendo salário e benefícios.
Digite 13, delete
12/04/2017 20:04
Olá, Herculano;

Augusto Nunes:
"Doria está administrando São Paulo com a competência demonstrada nos 100 primeiros dias de mandato".

Enquanto isso, aqui, Kleber está se afogando de tanto plantar flor.
Herculano
12/04/2017 20:03
DILMA QUIS SABER SE TEMER RECEBEU PROPINA POR CONTRATO DA PETROBRÁS, DIZ MARCELO ODEBRECHET

Conteúdo do jornal Folha de S. Paulo. Texto de Fabio Serapião e Rafael Moraes Moura, da sucursal de Brasília. Em um dos seus depoimentos prestados no âmbito do acordo de colaboração premiada com a Lava Jato, o empreiteiro Marcelo Odebrecht assumiu pagamentos de propina para o PMDB e o PT por conta do contrato PAC SMS da diretoria Internacional da Petrobrás. Segundo o delator, tanto a ex-presidente da estatal, Graça Foster, como a ex-presidente Dilma Rousseff (PT) foram informadas sobre os pagamentos ilícitos. Na conversa com Dilma, segundo Marcelo, teria transparecido que a então presidente queria saber se seu vice, Michel Temer, teria recebido valores oriundos do contrato.

"Eu contei tudo que tinha contado pra Graça contei pra ela. Presidenta, veja bem, não é justo o que Graça fez. Eu achava que ela queria saber se Michel estava envolvido? mas você percebe que ela queria instigar quem era a pessoa que estava recebendo isso", detalhou Odebrecht.

Os repasses ao PMDB, disse Marcelo, foram solicitados a Márcio Faria, diretor de Oléo e Gás do grupo Odebrecht, pelos então deputados Eduardo Cunha (PMDB-RJ) e Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN). Por parte do PT, os repasses teriam sido tratados com o tesoureiro do partido João Vaccari. Questionado sobre os valores, Marcelo informou que não saberia o valor exato, mas que "foi relevante, foi 10, 20 milhões de reais" pagos na véspera da campanha de 2010.

Em sua delação, Odebrecht contou que soube dos pagamentos quando Graça Foster telefonou para perguntar se o PMDB havia recebido valores oriundos do contrato. "O que na época me foi informado, comentado, é que ela estava preocupada era com esse tal pagamento que foi feito para eleição de 2010 do grupo do PMDB", explicou Marcelo.

Aos investigadores explicou que o caso foi diferente dos outros da estatal uma vez que não era costume o político solicitar os repasses. "No caso a Petrobrás, a conversa era com diretores, a mensagem dos padrinhos políticos eram pelos diretores", explicou Odebrecht.
O PAC SMS foi um contrato de prestação de serviços para a área de Negócios Internacionais da Petrobrás, dentro do plano de ação de certificação em segurança, meio ambiente e saúde. O contrato guarda-chuva contempla vários países e, em 2011, foi ampliado para incluir serviços específicos em Pasadena.
Herculano
12/04/2017 19:59
BANCO CENTRAL REDUZ SELIC PELA 5ª VEZ SEGUIDA CORTE DE 1%

Conteúdo do jornal O Estado de S. Paulo.O Comitê de Política Monetária do Banco Central (Copom) decidiu nesta quarta-feira, 12, reduzir a taxa básica de juros, a Selic, em 1 ponto porcentual, para 11,25% ao ano. Esta é a quinta vez seguida que os diretores do órgão decidem pelo corte no juro básico, que agora atingiu o menor patamar desde outubro de 2014. A decisão foi unânime.

O presidente da instituição, Ilan Goldfajn, já havia sinalizado em entrevistas que o corte na Selic iria acelerar para 1 pp, considerando a projeção de inflação para o fim deste ano, que deve ficar em 3,6%. Na reunião de fevereiro, o BC decidiu pelo corte de 0,75 pp, assim como na reunião anterior, no mês de janeiro
Herculano
12/04/2017 19:54
SEXTA-FEIRA É DIA DE COLUNA OLHANDO A MARÉ INÉDITA E FEITA ESPECIALMENTE PARA A EDIÇÃO IMPRESSA DO JORNAL CRUZEIRO DO VALE.

A COLUNA JÁ ESTÁ PRONTA. PENA QUE O ESPAÇO SEJA RESTRITO. TEM GENTE QUE COMEMORA.

O LIXO FEDE, MAS NÃO VOU TRATAR DELE

O SAMAE ESTÁ INUNDADO, MAS NÃO VOU TRATAR DELE

ILHOTA CONTINUA EM CHAMAS, MAS NÃO VOU DAR UMA LINHA SOBRE

A ADMINISTRAÇÃO DE KLEBER EDSON WAN DALL, PMDB, ESTÁ MONTADA EM INCOERÊNCIAS, SENDO TOCADA POR CURIOSOS E INTERESSES QUE ESTÃO DEIXANDO-O EXPOSTO. MAS, PRATICAMENTE NÃO VOU ESCREVER NADA SOBRE

AFINAL, SEXTA-FEIRA É SANTA. MAS, NA TERÇA-FEIRA...ACORDA, GASPAR!
Herculano
12/04/2017 19:45
PROJETO DE LEI EXIGE DIVULGAÇÃO DE ÍNDICES DE INFECÇÕES HOSPITALARES EM SANTA CATARINA.

Conteúdo e texto press release do gabinete do deputado. O projeto de Lei de autoria do Deputado Estadual, Milton Hobus (PSD), exige que unidades hospitalares de Santa Catarina divulguem índices de infecções hospitalares adquiridas nos hospitais. A proposta vale para quaisquer instituições que estejam instalados no Estado.

O PL prevê que os dados devem ser atualizados a cada dois meses. Deve constar no projeto gráficos com a evolução dos registros, números de mortes causadas por infecções hospitalares nos 24 meses antecedentes.

O documento reforça a responsabilidade de cada hospital produzir o relatório público.
Herculano
12/04/2017 19:43
NEGóCIOS DO MAIS HONESTO. ODEBRECHT BANCOU ELEIÇÃO DE LULA EM 2002 EM TROCA DO SETOR PETROQUÍMICO

Conteúdo de O Antagonista.Emílio Odebrecht e Pedro Novis revelaram em suas delações que a aproximação com Lula e Antonio Palocci começou ainda na campanha de 2002 e que o objetivo do grupo era obter o controle do setor petroquímico por meio da privatização.
O patriarca fala dos "objetivos do grupo empresarial com os pagamentos feitos a título de contribuição de campanha, aí incluída a mudança de rumo em relação ao setor petroquímico".

Lula vendeu seu mandato à Odebrecht desde o primeiro momento.
Despetralhado
12/04/2017 19:39
Oi, Herculano

O DESPETRALHADO das 15:37 hs., não sou eu.
Amarildo
12/04/2017 19:10
Colunista, eu avisei que as nomeações viriam, e como falei, vieram retroativas ao dia 03 de abril. Esse é o partido que está no poder, sempre preocupado com os seus. Como eles mesmo falam: "Nós temos orgulho e cumprir nossas promessas de campanha."

Segue a lista no diário oficial.

Art. 1º Ficam nomeados, a partir de 03 de abril de 2017, os servidores abaixo especificados, para o exercício de cargos em comissão no Poder Executivo do Município de Gaspar:

I. DELGIO RONCAGLIO, inscrito no CPF sob o nº 294.387.649-68, para o exercício do cargo em comissão de Diretor Administrativo, da Secretaria Municipal de Desenvolvimento Econômico e Renda, ref. 55;

II. EVANDRO SCHNEIDER IMHOF, inscrito no CPF sob o nº 895.867.869-00, para o exercício do cargo em comissão de Coordenador Geral de Logística, da Secretaria Municipal de Saúde, ref. 50;

III. MARCOS ROBERTO DA CRUZ, inscrito no CPF sob o nº 007.937.979-69, para o exercício do cargo em comissão de Diretor Compras e Licitações, da Secretaria Municipal de Administração e Gestão, ref. 55 ;

IV. MARIA HELENA SCHULTZ, inscrita no CPF sob o nº 605.781.739-72, para o exercício do cargo em comissão de Coordenadora Geral SINE, da Secretaria Municipal de Desenvolvimento Econômico e Renda, ref. 50;

V. MAURICIO JOSE DE SOUZA, inscrito no CPF sob o nº 480.646.889-49, para o exercício do cargo em comissão de Coordenador Geral Oficina, da Secretaria Municipal de Obras e Serviços Urbanos, ref. 50;
VI. NORBERTO DOS SANTOS, inscrito no CPF sob o nº 601.130.069-34, para o exercício do cargo em comissão de Diretor Obras do Belchior, do Gabinete do Prefeito e Vice- Prefeito, ref. 55;

VII. OSNILDO MOREIRA, inscrito no CPF sob o nº 543.061.089-53, para o exercício do cargo em comissão de Diretor de Cemitério, da Secretaria Municipal de Obras e Serviços Urbanos, ref. 55.


Art. 2º Este Decreto entra em vigor na data de sua publicação, retroagindo seus efeitos para 03 de abril de 2017.
Herculano
12/04/2017 15:50
PSOL PEDIRÁ AO SUPREMO QUE INVESTIGARÁ TEMER, por Josias de Souza

O PSOL prepara um recurso para pedir ao Supremo Tribunal Federal que inclua Michel Temer no rol de investigados da Lava Jato. O partido usará como fundamento do seu pedido uma decisão de Teori Zavascki, ex-relator dos processos do petrolão na Suprema Corte, morto em acidente aéreo. Conforme noticiado aqui no blog, Teori anotou em despacho datado de 15 de maio de 2015 que a jurispudência do Supremo autoriza que um presidente da República seja investigado por fatos alheios ao seu mandato. Segundo esse entendimento, a Constituição veda apenas a responsabilização do presidente, não a investigação para coleta de provas e eventual abertura de processo após o término do mandato.

Líder do PSOL na Câmara, o deputado Glauber Braga (RJ) declarou: "A partir do momento em que já houve uma decisão do ministro Teori, reconhecendo a jurisprudência do Supremo no sentido de que presidente da República pode passar por um processo de investigação, a bancada do PSOL, em conjunto com o partido, resolveu entrar com uma medida judicial solicitando ao tribunal que Michel Temer também passe por um processo de investigação. O presidente inclusive é alvo de citações robustas da sua participação em atividades que precisam necessariamente ser esclarecidas. Estamos, nesse exato momento, formulando as peças para protocolar no Supremo. Nosso entendimento, como concluiu o ministro Teori, é o de que um presidente da República não pode ser réu. Mas a investigação pode e deve ser feita."

O PSOL decidiu também encaminhar ao procurador-geral da República Rodrigo Janot um pedido de reconsideração de sua decisão sobre o tema. Temer foi poupado de investigações porque Janot argumentou junto ao ministro Edson Fachin, atual relator da Lava Jato no Supremo, que ele desfruta de "imunidade temporária", pois o paragrafo 4º do artigo 86 da Constituição estipula que "o presidente da República, na vigência de seu mandato, não pode ser responsabilizado por atos estranhos ao exercício de suas funções."

Janot já havia invocado o mesmo argumento em 2015, em benefício da então presidente Dilma Rousseff. Nessa época, o PPS, hoje integrado ao governo Temer, contestou a posição do procurador-geral. Foi em resposta a esse questionamento que Teori Zavaschi reconheceu, em despacho:

"Não se nega que há entendimento desta Suprema Corte no sentido de que a cláusula de exclusão de responsabilidade prevista no parágrafo quarto do artigo 86 da Constituição (o presidente da República, na vigência de seu mandato, não pode ser responsabilizado por atos estranhos ao exercício de suas funções) não inviabiliza, se for o caso, a instauração de procedimento meramente investigatório, destinado a formar ou a preservar a base probatória para uma eventual e futura demanda contra o chefe do Poder Executivo."

No caso de Dilma, a investigação não foi aberta porque na ocasião, além de invocar o texto da Constituição, Rodrigo Janot alegou que ainda não havia indícios que justificassem um inquérito. Em relação a Temer, a posição é diferente. O próprio ministro Fachin menciona o nome do presidente em inquérito que abriu contra seus dois auxiliares mais próximos. Evocando posições da Procuradoria, o relator da Lava Jato anotou: "Há fortes elementos que indicam a prática de crimes graves, consistente na solicitação por Eliseu Padilha e Moreira Franco de recursos ilícitos em nome do PMDB e de Michel Temer, a pretexto de campanhas eleitorais."

Além de uma manifestação do ministro Edson Fachin, o PSOL reivindicará em sua petição uma manifestação do plenário do Supremo. "Achamos que é essencial que se crie uma regra a ser adotada em casos do gênero", disse o líder Glauber Braga.
Herculano
12/04/2017 15:41
COM CAIXA DOIS, DOAÇÃO OFICIAL ERA "BONUS", SEGUNDO MARCELO ODEBRECHET. OU SEJA, OS POLÍTICOS VIVIAM IMPUNES NO CRIME E POR ISSO ELES SEMPRE ALEGAM QUE TUDO ESTÁ NA PRESTAÇÃO DE CONTAS, A OFICIAL. MAS A CAMPANHA DE VERDADE ERA FEITA COM PROPINAS NO CAIXA DOIS E QUEM TINHA MAIS, TINHA MAIS CHANCES DE GANHAR.FOI O QUE ACONTECEU NAS RECENTES ELEIÇÕES MUNICIPAIS APESAR DA LEGISLAÇÃO E VIGILÂNCIA MAIS RIGOROSA

Conteúdo do jornal Folha de S. Paulo. Texto de Estelita Hass Carazzai, de Curitiba. Em depoimento ao juiz Sergio Moro, o herdeiro do grupo Odebrecht, Marcelo Odebrecht, afirmou que o pagamento a políticos em caixa dois era recorrente na empreiteira.

Em uma de suas planilhas, as doações eleitorais oficiais eram identificadas como "bônus".

"Três quartos do custo estimado das campanhas era caixa dois. Então, o pessoal precisava de caixa dois", disse o executivo, em audiência realizada na segunda (10) e tornada pública nesta quarta (12).

No depoimento, o herdeiro voltou a afirmar que o ex-presidente Lula era tratado internamente como 'Amigo', e diz que a empresa disponibilizou a ele um saldo de R$ 40 milhões de propina, ao final do seu mandato.

"A gente entendia que o Lula ainda ia ter influência no PT. O Lula nunca me pediu diretamente isso; eu combinava com o [ex-ministro Antonio] Palocci", afirmou.

O executivo diz não saber o destino de todo o dinheiro, mas sabe que alguns valores foram sacados em espécie, por exemplo, a pedido de Palocci, e descontados do saldo "Amigo".

"Quando ele pedia isso, eu sabia que estava se referindo a Lula", declarou o empreiteiro.

Parte do saldo também serviu para a compra de um terreno que seria doado ao Instituto Lula, num plano que acabou sendo abortado. A Odebrecht, depois, vendeu o terreno e "creditou" o valor no saldo "Amigo" novamente, segundo contou Marcelo.

DEPARTAMENTO DE PROPINAS

O atual delator da Lava Jato admitiu que a Odebrecht estruturou um departamento de propinas no início da década de 1990, simultaneamente ao escândalo dos anões do orçamento, em 1993, e à internacionalização da companhia. A ideia era acabar com o "descontrole total" da contabilidade e continuar atendendo às demandas dos políticos.

Com isso, passou a pagar propinas no exterior ?"chamadas pelo empreiteiro de "pagamento não contabilizado". Os presidentes de cada unidade de negócios tinham autonomia para fazer seus pagamentos.

Parte deles era feita em offshores. Outra parte, paga em dinheiro em espécie, por meio de doleiros que recebiam os valores da Odebrecht no exterior e se encarregavam de convertê-los para reais.

"Essa questão de eu ser o grande doador, no fundo, é também [para] abrir portas", afirmou.

Segundo o delator, qualquer pedido que ele fizesse a um político no Brasil, mesmo que de um pleito legítimo, gerava uma "expectativa de retorno financeiro". "Infelizmente, em toda relação empresarial com um político, por mais que o empresário peça pleitos legítimos, no fundo, tudo gera uma expectativa de retorno", afirmou.

No depoimento, Marcelo também confirmou que o apelido "Italiano" era uma referência ao ex-ministro Antonio Palocci, tido como seu principal interlocutor no governo do PT.

Ele voltou a afirmar que se sentia "o bobo da corte" do governo, ao assumir projetos caros por pressão do governo federal, como os estádios da Copa.

"É um absurdo. O governo cria os problemas para a gente, e depois, quando a gente entope nossa agenda para solucionar, eles criam a expectativa de que a gente vai doar", afirmou. "A gente fica lá mendigando para o governo resolver os problemas que me criou."

O executivo também contou um episódio em que o ex-ministro Guido Mantega teria dito, em meio à negociação de um programa de refinanciamento, que tinha a expectativa de que a Odebrecht doasse R$ 50 milhões à campanha da ex-presidente Dilma Rousseff em 2010.

Esse valor está incluído nos créditos da planilha "Programa Especial Italiano". Mantega, nessa tabela, é referido como o "Pós-Itália".

"Ele não chegou para mim e falou para mim: 'Olha, só vou fazer isso por causa disso'. Mas a gente estava discutindo um assunto, ele botou [o número] no papel e disse que tinha a expectativa", afirmou Odebrecht.

Os vídeos do interrogatório, ocorrido no início da semana, foram divulgados nesta quarta (12), após o levantamento do sigilo da delação da Odebrecht pelo STF (Supremo Tribunal Federal).

OUTRO LADO

Em nota, o Instituto Lula informou que o ex-presidente nunca pediu valor indevido à Odebrecht nem "a qualquer outra pessoa". "Lula não tem nenhuma relação com qualquer planilha na qual outros possam se referir a ele como 'Amigo'", diz.

O advogado de Palocci, José Roberto Batochio, vem afirmando que o ex-ministro é inocente e que jamais intercedeu em favor da Odebrecht, mas cumpria seu papel. O apelido "Italiano", segundo ele, não se refere a Palocci, mas "é um apelido em busca de um personagem".

Mantega tem negado irregularidades.
Despetralhado
12/04/2017 15:37
Pato manco, musa, napo... tudo farinha do mesmo saco!

Segundo delações, Ana Paula Lima teria recebido R$ 500 mil da Odebrecht
Chamada de "Musa" no sistema de pagamentos, deputada teria recebido o pagamento em 2012


Segundo delações, Ana Paula Lima teria recebido R$ 500 mil da Odebrecht Solon Soares/Agencia AL
Foto: Solon Soares / Agencia AL
Jornal de Santa Catarina
Jornal de Santa Catarina
Chamada de "Musa", segundo documento do Supremo Tribunal Federal (STF), a deputada estadual Ana Paula Lima (PT) é suspeita de ter recebido R$ 500 mil, valor esse repassado pelo Setor de Operações Estruturadas do Grupo Odebrecht ?" então Foz do Brasil. O dinheiro teria sido enviado à campanha da então candidata a prefeita de Blumenau como uma "contrapartida a interesses da empresa, notadamente na área de saneamento básico, espaço em que almejava atuar como concessionária", conforme o segundo parágrafo do inquérito 4.457, assinado pelo ministro do STF, Edson Fachin. O texto ainda destaca que esse repasse não foi contabilizado na corrida eleitoral, o que é ilícito.

No Partido dos Trabalhadores desde 1987, Ana Paula está no seu quarto mandato na Assembleia Legislativa de Santa Catarina. Nesse meio tempo, após a derrota de seu marido Décio Lima para João Paulo Kleinübing em 2008, chegou a pleitear o cargo máximo do Executivo blumenauense na eleição seguinte, mas sem sucesso. E é justamente no ano em que concorre à prefeitura que teria ocorrido o fato delatado por Paulo Roberto Welzel, ex-diretor da Foz do Brasil (que pertencia à Odebrecht), e Fernando Luiz Ayres da Cunha Santos Reis, ex- presidente da Odebrecht Ambiental. A deputada teria recebido o montante, conforme o inquérito, a pedido do deputado federal Décio Lima (PT).

Em 2012, a petista recebeu licitamente pouco mais de R$ 1 milhão em doação de campanha. Desse total, 40% vieram de quatro frentes, três do estado de São Paulo: Consultora Triunfo (R$ 150 mil), Litucera Limpeza e Engenharia (R$ 150 mil), Cosan (R$ 50 mil) e GDC Alimentos (R$ 50 mil), esta última de Itajaí. O suposto valor que teria sido enviado à deputada estadual corresponderia, portanto, a mais da metade das despesas que a parlamentar teve cinco anos atrás durante o pleito eleitoral.

Sidnei Luis Reinert
12/04/2017 12:37
TRUMP GANHA JOGO DE GALINHA NUCLEAR COM CHINA: RPDC FORÇADO A SE LEVANTAR
Coreia do Norte retrocede devido à diplomacia de Trump

A China anunciou que vai forçar a Coreia do Norte a recuar de fazer ameaças nucleares:

https://www.infowars.com/trump-wins-game-of-nuclear-chicken-with-china-dprk-forced-to-stand-down/
Sidnei Luis Reinert
12/04/2017 12:19
Quem mais será o próximo dedurado?


Edição do Alerta Total ?" www.alertatotal.net
Por Jorge Serrão - serrao@alertatotal.net

O que pode e deve acontecer depois da ampla divulgação e transparência do Listão do supremo ministro Edson Fachin contra 8 ministros, 12 governadores, 24 senadores, 37 deputados e cinco ex-Presidentes da República ?" todos denunciados pelos 78 delatores premiados do Grupo Odebrecht? Será que o Brasil conseguirá, realmente, ser passado a limpo? Tentar é imprescindível...

O mais previsível é, inicialmente, um dantesco espetáculo de desmentidos oficiais nas redes sociais da Internet. Assim que os delatados caírem na real, durante o inquérito e após a revelação das denúncias de outras empreiteiras (como a Andrade Gutierrez, Camargo Correa e OAS, entre outras), assistiremos ao agravamento da guerra institucional de todos contra todos, com um destruidor festival de "deduragens" ?" que podem ou não render alguma "premiação".

Outra grande probabilidade é a ampliação de uma instabilidade política que atrasará, ainda mais, a sonhada retomada do crescimento econômico. Só um "investidor" imbecil ?" ou quem tem muito dinheiro roubado que precisa lavar ou esquentar ?" vai aplicar em empreendimentos produtivos em um País no qual a politicagem produz insegurança jurídica até acabar indiciada por corrupção ativa e passiva, lavagem de dinheiro, falsidade ideológica, formação de quadrilha, formação de cartel, fraude em licitações e por aí vai... Por enquanto, a bolsa (B3) está subindo... Até quando?

A tensão gerada pelo Listão do Fachin, que terá desdobramentos para outras 201 figuras sem foro privilegiado, tem tudo para atrasar o ritmo das complicadas "reformas" de Michel Temer. Aliás, citado em delações, o marido da bela Marcela só não pode ser denunciado porque Presidente da República no Brasil é praticamente "intocável": só pode ser incriminado por algo que tenha cometido no exercício do mandato. A "imunidade presidencial temporária" é mais uma de nossas legítimas "jabuticabas"...



Vergonhoso é ter cinco ex-titulares do Palácio do Planalto investigados pela versão Suprema da Lava Jato: José Sarney (PMDB), Fernando Collor de Mello (PTB), Fernando Henrique Cardoso (PSDB), Luiz Inácio Lula da Silva (sempre ele) e a inesquecível Dilma Rousseff. Só Collor tem foro privilegiado porque está no mandato de senador. Os outros correm sério risco de acabar sentando na vara de juízes padrão Sérgio Moro...

É impagável o estrago imagético e moral de ter o nome citado em um listão como o de Fachin, mesmo que o político termine absolvido, após um enrolado processo de investigação, denúncia, indiciamento e julgamento que pode durar até 10 anos nas diversas instâncias do veloz judiciário tupiniquim. Os políticos listados ?" e outros 201 que foram mencionados pelos "colaboradores premiados" da Odebrecht ?" terão imensas dificuldades reeleitorais ?" principalmente porque a fonte de grana secou para a campanha de 2018.

Os 76 inquéritos abertos ontem por Edson Fachin são apenas o começo de uma temporada infernal para a corrupta politicagem brasileira. Apesar do cinismo habitual, muitos não agüentarão a pressão psicológica quando realmente começar a fase de produção de provas, depoimentos de testemunhas de defesa e de acusação, perícias em documentos e quebras de sigilos bancários, fiscais e telefônicos. O fato institucionalmente preocupante é que, por envolver tanta gente poderosa, com super-advogados contratados a peso de ouro, os processos no Supremo Tribunal Federal não tem data prevista para terminar...

A famosa "sociedade brasileira" terá de sair efetivamente da letargia e exigir que os inquéritos e julgamentos não terminem "em pizza" no "Dia de São Nunca". O perigo é que essa judicialização da politicagem acabe impactando a legítima atividade política, de modo ainda mais negativo. O problema mais grave é que, no modelo vigente, apesar da pressão popular, o modelo continua o mesmo. Sem mudanças estruturais, a eleição de 2018 pode promover uma "renovação" de mentirinha: bandidos serão substituídos por outros corruptos ?" em um ciclo vicioso que se renova a cada dois anos, nos municípios, nos estados e na União Federal.

Se tudo demorar demais ?" como é bem previsível e provável -, muitos dos agora denunciados podem acabar livres de punição, porque os crimes tendem a prescrever. Muitos serão beneficiados legalmente porque têm mais de 70 anos de idade... O mais irônico e engraçado desta História toda é que os delatores da Odebrecht denunciaram até "pessoas não identificadas relacionadas aos governos do Rio de Janeiro. São Paulo, Paraná, Rio Grande do Sul e Santa Catarina". Edson Fachin não teve condições práticas de mandar investigar "homens invisíveis".

São exatamente estes operadores "anônimos" que continuam operando o corrupto sistema do Crime Institucionalizado. Portanto, a solução efetiva para o Brasil é uma cirúrgica Intervenção Constitucional, através de uma ampla repactuação legal, para redesenhar a máquina estatal com base no federalismo, na transparência e na criação de mecanismos efetivos de controle dos cidadãos-eleitores sobre a máquina pública nos municípios, nos estados e na União Federal.
Herculano
12/04/2017 11:59
O GOVERNADOR DE SANTA CATARINA, CONTINUA JOGANDO DINHEIRO NO LIXO DOS CATARINENSES AO DAR EMPREGOS PARA POLÍTICOS DESEMPREGADOS

Quem vai ser o o novo secretário da Agência de Desenvolvimento Regional de Itajaí? Edson Renato Dias, o Priquito, PMDB, ex-prefeito de Balneário Camboriú. Hoje, no Centro Administrativo, o vice-governador Eduardo Pinho Moreira, PMDB, confirmou a teta.

Ele substitui Gaspar Laus.
Herculano
12/04/2017 11:50
DIRETO DO MUNDO DA LUA - A NOVA LEI DE IMIGRAÇÃO,por Percival Puggina

Em vídeo gravado há dois anos, Aloysio Nunes Ferreira (PSDB/SP) festeja a aprovação, pelo Senado, de seu alentado projeto de Lei de Migração. Boca torta pelo cachimbo de ex-guerrilheiro, o "Mateus" do assalto ao trem pagador da ferrovia Santos-Jundiaí (1968), diz: "A imigração no Brasil, desde muito tempo, é regulada por uma outra lei, do tempo da ditadura. Toda baseada no conceito de segurança nacional (...). Daqui para a frente, imigrante será bem-vindo e nós criaremos condições para que ele se integre na comunidade brasileira". E por aí vai o senador, falando diretamente do mundo da Lua para este em que Lula e Dilma nos deixaram.

Entre os princípios que fundamentam o projeto do tucano paulista se incluem alguns de natureza sociopolítica:

interdependência, universalidade e indivisibilidade dos direitos humanos dos imigrantes;
repúdio à xenofobia, ao racismo e quaisquer formas de discriminação;
não criminalização da imigração;
não discriminação quanto aos critérios e procedimentos de admissão de imigrantes no território nacional;
promoção de entrada regular e de regularização migratória;
acolhida humanitária.

E outros de natureza socioeconômica, tais como:
integração dos imigrantes documentados ou regulares no trabalho e na sociedade brasileira mediante política pública específica;
acesso igualitário e livre aos serviços sociais, bens públicos, saúde, educação, justiça, trabalho, moradia, serviço bancário, emprego e previdência social;
promoção e difusão dos direitos, liberdades, garantias e obrigações dos imigrantes;
diálogo social na definição de políticas migratórias e promoção da participação dos imigrantes nas decisões públicas.

Eu sei que é exaustivo ler tudo isso. Imagine, então, o conjunto inteiro (42 páginas) dedicado a reproduzir para os imigrantes aquele ideal de terra prometida que os constituintes de 1988 se ocuparam em redigir e jurar para o Brasil. Deu muito errado, mas a ideia, como de hábito, era tão generosa!

Aprovado no Senado, o projeto seguiu para a Câmara dos Deputados, onde tramitou como PL 2516/2015, gerando um substitutivo ainda mais gentil, que, agora, retornou ao Senado sob a alcunha SCD 7/2016.

As perguntas que entrego à reflexão dos leitores são duas. Primeira: em que país vivem nossos congressistas para aprovar preceitos que asseguram a cidadãos estrangeiros direitos sem efetividade para a maioria significativa dos brasileiros? Segunda: qual a lei de imigração mais adequada às condições reais do Brasil e do mundo, neste ano de 2017? A editada em 1980, durante o governo de João Figueiredo, ou essa que se encaminha para aprovação pelo Congresso Nacional? A lei estabelecida durante o regime militar, em vigor até hoje, enuncia assim seus princípios: "Na aplicação desta Lei, atender-se-á precipuamente à segurança nacional, à organização institucional, aos interesses políticos, sócio-econômicos e culturais do Brasil, bem assim à defesa do trabalhador nacional".

O Brasil é obra da imigração para o povoamento e desenvolvimento. Contudo, no mundo de hoje e na situação em que se encontra o Brasil, o tema não pode ser tratado idílica ou imprudentemente.
Herculano
12/04/2017 11:41
OS ONZE INQUÉRITOS DE LULA, ISSO POR QUE NÃO EXISTE NINGUÉM MAIS LIMPO DO QUE ELE NA FACE DA TERRA

Conteúdo de O Antagonista. O primeiro e mais importante inquérito contra Lula relata os pagamentos de propina à ORCRIM [Organização Criminosa] comandada por ele.

Os pagamentos foram detalhados por seis delatores.

Marcelo Odebrecht fala sobre Lula e seus dois gerentes - Antonio Palocci e Guido Mantega - em 15 termos de depoimento.

O segundo pedido de inquérito contra Lula trata dos pagamentos de propina por meio de palestras fraudulentas, a reforma do sítio em Atibaia e a compra do prédio do Instituto Lula.

O terceiro inquérito contra Lula trata dos 4 milhões de reais repassados ao Instituto Lula pelo departamento de propinas da Odebrecht.

O quarto inquérito contra Lula é aquele que envolve os pagamentos de propina para seu irmão, Frei Chico.
Não se trata de uma simples esmola.

Como explica Edson Fachin, "os pagamentos eram efetuados em dinheiro e contavam com a ciência do ex-presidente da República", e podem ser enquadrados no mesmo contexto dos repasses espúrios em favor do PT.

O quinto pedido de inquérito contra Lula trata de seu trabalho como lobista da Odebrecht junto a Dilma Rousseff.

No caso, ele tentou beneficiar a empreiteira na hidrelétrica de Jirau, mas fracassou, porque Dilma Rousseff já havia favorecido uma concorrente.

O sexto inquérito contra Lula trata do pagamento de propina para a campanha de Fernando Haddad, em 2008.
Não é uma caso de caixa 2.

A empreiteira repassou dinheiro a João Santana em troca de "medidas legislativas favoráveis aos interesses da companhia".

O sétimo inquérito contra Lula apura o assalto à Sete Brasil.

De acordo com Marcelo Odebrecht, Lula decidiu ratear a propina de 1% sobre o valor dos contratos entre os funcionários da estatal e o PT.

Marcelo Odebrecht negou-se a fazer esse pagamento porque já havia repassado propina a Antonio Palocci e João Vaccari Neto.

O oitavo pedido de inquérito contra Lula revela sua tentativa de obstruir a Lava Jato aprovando a MP 703, cujo propósito era anistiar as empresas corruptoras que assinassem acordos de leniência com a União.

Nesse caso, ele será investigado juntamente com Jaques Wagner.

O nono pedido de inquérito contra Lula é uma beleza: os 3 milhões de reais pagos pelo departamento de propinas da Odebrecht à Carta Capital.

Leia um trecho da PET 6715 e, em seguida, veja Mino Carta no seminário do PT dizendo que a Lava Jato é a alavanca do golpe.

O décimo inquérito contra Lula trata do dinheiro que o departamento de propinas da Odebrecht repassou para seu filho, Luleco.

Em troca desses pagamentos, Lula se comprometeu a fazer tráfico de influência junto a Dilma Rousseff.

O décimo-primeiro inquérito contra Lula imputa-o de tráfico de influência internacional para favorecer a Odebrecht em Angola.
Herculano
12/04/2017 11:21
INDENIZAÇÃO POR ABANDONO AFETIVO: MAIS UM ESTÍMULO AO óDIO, por Sergio Renato de Mello, no Instituto Liberal

Um colega também defensor público que trabalha comigo aqui em Santa Catarina, defensor da infância e juventude, comentou um caso em que um pai "foi obrigado" e deixar seus filhos no Conselho Tutelar. Essa sua decisão foi motivada principalmente por razões financeiras, dada sua extrema dificuldade para poder sustentar materialmente sua família.

Ainda no mesmo dia, tomei conhecimento que corre projeto de lei que obriga os pais a dar assistência afetiva aos seus filhos, sob pena de serem condenados civilmente em danos materiais e morais. Segundo o tal projeto, que leva o n. 3212/2015 e quer mudar o Estatuto da Criança e do Adolescente, essa assistência deve ser destinada a amparar quanto aos aspectos de educação e profissionais, dando solidariedade e apoio em momentos de intenso sofrimento e dificuldades, estando presente fisicamente quando solicitado pelo menor, atribuindo deveres de convivência e assistência material e moral. Atualmente, esse projeto está na CCJC ?" Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania.

Ao que tudo indica, esse projeto de lei segue a mesma linha ideológica do que já decidiu a ministra Nancy Andrighi, do Superior Tribunal de Justiça, em 2012, quando condenou um pai a pagar indenização moral a um filho abandonado afetivamente. A partir desse julgamento, tornou-se célebre a frase "Amar é faculdade, cuidar é dever" e, nesse sentido, não se impondo o dever de amar, o dever de cuidado traz como consequência a questão de que os pais tenham a obrigação de presença, contato e demais ações voluntárias em favor da prole. Nesse processo foi fixada uma indenização por danos morais no valor de duzentos mil reais.

Mencionei no parágrafo anterior a expressão linha ideológica porque assim penso em razão da conduta do judiciário de sempre querer negar a realidade, a profundidade, a natureza das coisas e a lei natural de convivência humana. Essa tal "bondade superior" dos juízes mais parece perverter do que ajudar a eliminar os conflitos sociais.

Primeiramente, não se nega que filhos como esses possam ter sido abandonados afetivamente. Isso não se discute. Porém, o problema é a negação da realidade que, mais uma vez, o Estado oportuniza a extensão que ele dá a esse tipo de conflito familiar e sentimental. Antes julgando, agora legislando. Assim agindo, ao invés de ajudar na superação do conflito, o Estado acaba fomentando-o ainda mais, não trazendo paz social alguma. Adota-se determinações ou decisões que, sob o ponto de vista prático, parecem salutar, mas, indo mais além, ferem a experiência humana e a natureza.

Ora, o amor vem do coração, é um sentimento divino, um fruto do Espírito Santo. Não importa nascimento, convivência, lugar, distância ou até mesmo desconhecimento. O que importa é que o filho é uma pessoa, passa a necessitar de amor e cuidados específicos e exclusivos da paternidade, algo que só surge naturalmente e não por imposição. O amor de um pai é o mesmo que existe de uma mãe que decide não abortar porque vê que seu filho é, antes de tudo, uma pessoa, um ser humano.

Um exemplo: se fico sabendo que tenho um filho que até então não conhecia, o que impõe a lei moral ou a natureza? Procurar saber sobre esse filho e dar-lhe tudo o que ele precisa como decorrência natural desse dever.

Mas, isso, de forma voluntária, e não por obrigação. Bem disse a decisão e nesta parte acertou: Amar é faculdade. Um pai que ficou sabendo da existência de um filho terá que amá-lo carinhosamente porque pode vir a ter que pagar indenização moral?

Com certeza existem desdobramentos do dever de cuidado e não da faculdade de amar, mas eles pressupõem também que a pessoa assim obrigada ame de fato e de verdade. Ou seja, não se discute as obrigações do dever de cuidado, mas o pressuposto de seu estabelecimento impõe que o pai ou mãe ame seu filho.

Ainda que não se queira impor a obrigação de amar a quem quer que seja, ainda mais na relação paterno-filial, as ações voluntárias decorrentes da faculdade de amar necessitam que a pessoa tenha afeto ou alguma consideração com o destinatário desse direito de ser cuidado. E isso não se verifica em pais e mães que não estão nem aí para seus filhos.

Então, tanto quando um pai desafortunado deixa ou abandona um filho no Conselho Tutelar, também a situação de imposição de tratamento afetivo ou amoroso por meio de desdobramentos meramente comportamentais provocam em qualquer uma certa reação de repulsa. No primeiro caso, por não ser se quer imaginável que um pai tenha tido coragem de deixar seus filhos para o governo cuidar. No segundo, porque não me parece crível que se possa impor comportamentos que pressupõem um mínimo de afeto e amor.

Assim, entendo que errou o Superior Tribunal de Justiça, ao cercear a liberdade individual de pais e mães e também por ter ferido a dignidade da criança que é filho. Agora, o resultado é que esse filho, provavelmente, vai ter que aguentar a presença de um pai que não quer estar ao seu lado.

O judiciário erra, e erra feio, quando o assunto envolve questões mais profundas. O judiciário está totalmente ideologizado por teorias comunistas, por ideais humanitários que se quer chegam perto da dignidade da pessoa humana em seu aspecto puramente natural. Sob o aspecto libertário, então, nem se fala. O indivíduo perde autonomia sobre a sua própria vida e sentimentos. Pensar pode, manifestar há limites e, agora, amar, ainda que aquela decisão do Superior Tribunal de Justiça negue, é obrigado.

Não me parece sustentável que o Estado possa querer fazer brotar em alguém o afeto e o amor por uma outra pessoa. Mesmo que essa outra pessoa seja seu próprio filho, o amor e o afeto devem aparecer, surgirem, espontaneamente, naturalmente, sem coerção. Devem estar atrelados mais do que o mero fato de ser pai e ser filho, de uma relação que vai mais do que a mera convivência (socioafetiva) ou do caráter biológico (nascimento). Mesmo que haja convivência por anos, ainda que a relação de parentesco seja originada do nascimento, sentimentos de profundo apreço, como são o amor e o afeto, não nascem desses fatos, e sim, vêm do coração, de algo natural e espontâneo. Tanto isso é verdade que existem pais biológicos e socioafetivos que amam seus filhos e jamais os deixariam com qualquer pessoa desconhecida, tanto quanto, ou mais ainda, em qualquer órgão do governo destinado ao amparo de órfãos ou desabrigados de tenra idade.

Não se nega que os pais têm o dever de sustento, guarda e educação de seus filhos, conforme o que determina a lei (vide Estatuto da Criança e do Adolescente, em seu art. 22). Alguns tipos de abandono, disso não se duvida, são ilícitos indenizáveis, certamente, até podendo se configurar crime (artigos 133, 244 e 246, todos do CP). Todavia, responsabilizar civilmente alguém por abandono afetivo, ainda que sob fundamento no tal dever de cuidado, é dar vazão demais às carências afetivas de uma pessoa, transformando jovens em uma geração de mimados e ressentidos, que exigem demais e, ainda, financeiramente.

É consequência da já conhecida luta de classes, quando o Estado e a política rivalizam homossexuais e heterossexuais, negros e brancos, mulher e homem, nacionais e estrangeiros, pobres e ricos, capital e trabalho. E, no caso desse texto, filhos e pais. Aliás, os livros didáticos do Ministério da Educação, com ensino de sexo lúdico a pequeninos, cumprindo agenda globalista da ONU, tendem a fazer que os filhos amadureçam mais rapidamente e fiquem desobedientes. Era exatamente isso que pretendia Karl Marx e Engels, ao teorizarem sobre a destruição da família tradicional, em A origem da família, da propriedade privada e do Estado.
Herculano
12/04/2017 08:06
NA HORA DO TRABALHO

Na secretaria de Assistência Social de Gaspar é proibido usar o celular. É uma ferramenta útil. O que deveria ser proibido é o uso abusivo. E isso passa batido apra os protegidos.

Ontem, por exemplo, em pleno horário do serviço, foi postada no Instagram, ou seja, no celular, a comemoração pascoalina da turma do CREAS, comprometendo o atendimento para se comem orar, registrar e postar. Acorda, Gaspar!
Herculano
12/04/2017 07:57
POR QUE LULA NÃO XINGA E PROCESSA ODEBRECHET? por Josias de Souza

Lula precisa atualizar sua retórica. Em entrevista a uma rádio do Piauí, ele repetiu que duvida que tenha um empresário capaz de dizer que pediu "cinco, dez centavos". Lula disse isso um dia depois de Marcelo Odebrecht ter confirmado ao juiz Sérgio Moro que ele é o "Amigo" mencionado nas planilhas de propinas da empreiteira. Segundo Odebrecht, Lula teria recebido não "dez centavos", mas R$ 13 milhões em dinheiro vivo. Lula finge não perceber, mas sua situação penal está mudando de patamar.

Até aqui, a defesa de Lula parece priorizar mais a desqualificação dos investigadores e do que a qualificação do investigado. Essa tática revelou-se um fiasco. De figura imaculada, que nunca sabia de nada do que se passava sob suas barbas, Lula tornou-se um cliente de caderneta do Judiciário, um colecionador de ações penais. Já frequenta o banco dos réus em cinco processos.

Na entrevista desta terça-feira, Lula voltou a fazer pose de presidenciável. "Se for necessário", está disposto a fazer ao país o favor de ser candidato à Presidência novamente. O problema é que sua candidatura já não depende só dele. Na hipótese de ser condenado na primeira e na segunda instância do Judiciário, Lula estará mais próximo da cadeia do que das urnas.

Lula chamou de "canalhas" os responsáveis pelos vazamentos "mentirosos" a seu respeito. Deixou no ar uma interrogação: por que não xinga Marcelo Odebrecht? Por que não anuncia a abertura de um processo contra o empresário por calúnia e difamação? Alguém precisa avisar a Lula que atacar a radiografia não cura a doença.
Herculano
12/04/2017 07:54
BARBOSA PODE ESCREVER O QUE QUISER, Só NÃO PODE PEDIR QUE O LEVEMOS A SÉRIO, por Alexandre Schwartsman, economista, ex-diretor do Banco Central, no jornal Folha de S. Paulo.

O ex-ministro da Fazenda Nelson Barbosa, de nada saudosa memória, cometeu um artigo em que critica o contingenciamento de gastos públicos (R$ 42 bilhões) anunciado recentemente pelo governo como forma de cumprir a meta fiscal deste ano.

Segundo ele, a decisão representa nada menos do que crucificação da população brasileira em uma "cruz de metas fiscais irrealistas", imagem talvez evocativa de um período próximo à Páscoa, mas que, na linha adotada por economistas responsáveis pelo desastre dos últimos anos, é apenas mais um exemplo gritante de desonestidade.

A começar porque Barbosa, membro em tempo integral da equipe econômica que assolou as contas públicas (e, não esqueçamos, tentou esconder o malfeito), não teve o menor problema de fazer rigorosamente o mesmo, seja como ministro do Planejamento, seja em seu breve (ainda bem!) mandarinato na Fazenda.

Há pouco mais de um ano, aliás,gabava-se de ter feito o maior contingenciamento da história do país, em audiência na comissão que analisava o impedimento da então presidente.

O uso de dois pesos e duas medidas, porém, não chega sequer a ser a maior barbaridade do texto. Barbosa omite, por exemplo, que as despesas do governo federal, segundo a avaliação do Ministério do Planejamento, atingiriam, na ausência de ajustes, R$ 1,33 trilhão em 2017, ante R$ 1,24 trilhão em 2016, aumento de 7%, que, deduzida a inflação média esperada para este ano, significaria crescimento real de 3%.

Com o contingenciamento, as despesas federais, medidas a preços constantes, ficariam estáveis entre 2016 e 2017, ou seja, nenhuma contração do lado fiscal.

É bem verdade que a expansão do Orçamento reflete o crescimento das despesas obrigatórias (Previdência e pessoal, entre outras) e queda das discricionárias, mas, ainda assim, considerando que Barbosa e seus asseclas são críticos da reforma da Previdência, principal fonte de aumento de gastos obrigatórios, censuras à redução de dispêndio discricionário soam (e são) particularmente oportunistas.

Da mesma forma, Barbosa omite que a manutenção do gasto federal no mesmo nível de 2016, em oposição a seu aumento acima da inflação, permite que o BC siga cortando a taxa de juros, como deve fazer na reunião desta quarta (12) do Copom, mais do que ocorreria caso o gasto seguisse crescendo em termos reais.

As políticas de Barbosa há um ano levavam o mercado a prever que a taxa Selic chegaria a 12,25% ao fim de 2017; hoje, a previsão se encontra em 8,50%, refletindo em parte a promessa de algum ajuste do lado das despesas ao longo de vários anos (reflexo do teto constitucional, também alvo de críticas equivocadas do ex-ministro).

Descontada, portanto, a inflação esperada para 2018 (5,5% naquele momento), a taxa real de juros ao final de 2017 chegaria a pouco menos de 6,5%; o mesmo cálculo hoje, dada a queda da expectativa de inflação (4,5%), sugere que a taxa real de juros cairia a menos de 4%.

É precisamente essa redução mais agressiva, graças à menor inflação, que deve impulsionar a demanda interna (em particular o investimento) e, com ela, o produto, de forma mais sustentável do que resultaria do maior gasto público.

Barbosa nos custou muito caro. Pode, é claro, escrever o que quiser; só não pode pedir que o levemos a sério.
Herculano
12/04/2017 07:52
A LISTA DE JANOT, E QUE É APENAS DE UMA Só EMPREITEIRA, A ODEBRECHET, MOSTRA CLARAMENTE, A RAZÃO PELA QUAL OS POLÍTICOS QUEREM A LISTA FECHADA PARTIDÁRIA PARA SE REELEGEREM E NÃO SEREM JULGADOS PELO VOTO POPULAR
Herculano
12/04/2017 07:48
NA POLÍTICA, QUEM SAI AOS SEUS DEGENERA MESMO, por Cláudio Humberto, na coluna que publicou hoje nos jornais brasileiros

Citado para indicar a boa índole de filhos, o ditado "quem sai aos seus não degenera" não serve para explicar pais e filhos investigados na Lava Jato, por ordem do ministro Luiz Fachin. O ex-presidente Lula e os filhos Lulinha e Luiz Claudio, o senador Renan Calheiros e o filho governador de Alagoas estão na mesma lista do governador potiguar Robinson Faria (PSD) e o filho, deputado Fábio. O filho, Rodrigo Maia, presidente da Câmara, faz companhia ao pai, César Maia (DEM), assim como o deputado Zeca Dirceu (PT-PR) não nega que é filho de José Dirceu, ex-"primeiro-ministro" de Dilma preso em Curitiba. Também o governador Tião Viana e o irmão Jorge Viana (PT) têm a Polícia Federal na cola.

É O AMOR
Na lista há casais como as senadoras Vanessa Grazziotin (PCdoB-AM) e o marido Eron Bezerra, além de Marta Suplicy com Márcio Toledo.

PERDEU, 'MOM?"'
Estão na lista a senadora Kátia Abreu (PMDB-TO) e o maridão, Moisés Pinto Gomes, que nas investigações foi mencionado como "Momô".

CASAL VINTE BUSCAR
Paulo Bernardo está na lista de Fachin, ao contrário de sua mulher senadora Gleisi Hoffmann (PT), que já é ré na Lava Jato

SEPARADOS NO BERÇO
O deputado Lúcio Vieira Lima (PMDB) figura na lista dos políticos a serem investigados, mas, surpresa, o irmão Geddel Vieira Lima, não.


DUPLEX DE LUXO DE C?"RTES PODE TER SIDO 'PRESENTE' DE FORNECEDOR
O luxuoso duplex de Sérgio Côrtes, ex-secretário de Saúde de Sérgio Cabral, pode ter sido um "presente" do empresário Miguel Skin, fornecedor de produtos para o governo. Côrtes e Skin foram presos nesta terça (11) na Operação Fatura Exposta, da PF. A compra do duplex, em frente à Lagoa Rodrigo de Freitas, no Rio, foi registrada por R$ 1,3 milhão, mas o valor de mercado é estimado em R$ 15 milhões.

METRO VALE OURO
A cobertura de Sérgio Côrtes está localizada em região da zona sul do Rio com metro quadrado a R$ 35 mil, um dos mais caros do Brasil.

DESTINO DA GRANA
Ao adquirir o duplex na Av. Borges de Medeiros nº 2.475, Sérgio Côrtes presidia o Instituto Nacional de Traumatologia e Ortopedia (Into).

APAGANDO RASTROS
A escritura mostra que Sérgio Côrtes "comprou" o duplex à vista, e em espécie. Uma forma de não deixar rastros sobre a origem do dinheiro.

O TRIO DE SEMPRE
O PT é o campeão da Lista de Fachin, com 22 políticos, em "empate técnico" com o PMDB, que tem 20 na mira da Polícia Federal. O PSDB contribui com 15 políticos sob suspeita. É a metade dos enrolados.

BEM COM OS MAIS JOVENS
Apesar de ter seu governo rejeitado pelo conjunto dos mineiros, o governador Fernando Pimentel (PT) é aprovado por 52,4% dos jovens entre 16 e 24 anos, segundo levantamento do Paraná Pesquisas.

DIARISTAS DO GOVERNO
O governo federal já pagou R$ 46 milhões em diárias a mais de 34 mil servidores em 2017, mas R$ 7,6 milhões desse total são mantidos sob sigilo. O campeão, Luiz Andrade (INSS), embolsou mais de R$ 150 mil.

DENÚNCIA GRAVE
O filme "Gloria" (está no Netflix), sobre a diva mexicana Gloria Trevi, conta que ela foi estuprada e engravidada pelo diretor da prisão em Brasília, identificado por "Franco Moura", ao ser presa sob acusação de abuso sexual de menores no México. Absolvida, ela voltou ao sucesso.

SEM EMERGÊNCIA
A Câmara dos Deputados extinguirá a partir de 1º de maio o atendimento emergencial, aos sábados e domingos, no Departamento Médico da Casa. Baixa demanda e altos custos. Servidores chiaram.

BENÉFICA
Especialista em direito trabalhista, José Eduardo Saad, do Via Iuris, vê como benéfica a reforma da previdência. "Há 20 milhões não protegidos por acordos coletivos; serão beneficiados pelos individuais".

MEDO EM QUEDA
Levantamento da CNI revelou que o medo de perder o emprego caiu 1,4%, em relação a março de 2016, para 64,3%. Melhorou, mas ainda está muito longe da média de 48,3%

FIM DA MÁFIA
PEC do senador Paulo Paim (PT-RS) proíbe concursos sem previsão de preenchimento imediato, como era frequente nos governos do seu partido. A ideia é acabar o negócio que dá dinheiro às organizadoras.

PENSANDO BEM...
...a regra, no Congresso, agora é: "todos são suspeitos até que a delação confirme a acusação".
Herculano
12/04/2017 07:44
A DIVULGAÇÃO ONTEM DA LISTA DE JANOT, ESCONDEU NA MÍDIA DE HOJE, UM PROBLEMA CRôNICO DE ASSALTO MASSIVO PARA POUCOS DO DINHEIRO PÚBLICO DA SAÚDE PÚBLICA ENQUANTO MUITOS SOFREM E ATÉ MORREM PERTO DE VOCÊ SEM ASSISTÊNCIA UNIVERSAL OU ATÉ AMBULATORIAL.

ESTE TIPO DE ASSALTO É ANTIGO, MUITO ORGANIZADO, ENVOLVE CADEIAS DE FORNECEDORES, PROFISSIONAIS DA GESTÃO E MEDICINA, E TODOS SE BENEFICIAM DA EMERGÊNCIA E PROCEDIMENTOS QUE NÃO PODEM SER QUESTIONADOS FORA DO AMBIENTE PROFISSIONAL, MUITAS VEZES CORROMPIDOS EM NOME UMA SUPOSTA DA ÉTICA E A FAVOR DA GANÂNCIA DO ENRIQUECIMENTO RÁPIDO

OPERAÇÃO DA POLÍCIA FEDERAL PRENDE EX-SECRETÁRIO DE SAÚDE DE SÉRGIO CABRAL - UM DOENTE E CONTUMAZ LADRÃO -NO RIO DE JANEIRO

Conteúdo do jornal Folha de S. Paulo. Texto de Bela Megale, da sucursal de Brasília e de Gabriela Sá Pessoa. A força-tarefa da Lava Lato no Rio prendeu nesta terça-feira (11) o ex-secretário Sérgio Côrtes, que comandou a pasta da Saúde no governo Sérgio Cabral (PMDB), e outras duas pessoas sob suspeita de fraudes no fornecimento de próteses para o Into (Instituto Nacional de Traumatologia e Ortopedia).

A operação, denominada Fatura Exposta, é resultado do aprofundamento das investigações Calicute e Eficiência, que apontou que o esquema operava não apenas em contratos de obras públicas, mas também em desvio de verbas destinadas à saúde.

A suspeita é que R$ 300 milhões tenham sido desviados por meio de fraudes em licitações entre 2007 e 2016, segundo estimativa da Receita Federal, que integra a força-tarefa. A investigação se apoia em indícios de irregularidades e na delação do ex-subsecretário de Saúde Cesar Romero.

Segundo a apuração, Côrtes favoreceu a empresa Oscar Iskin, uma das maiores fornecedoras de próteses do Rio, quando foi titular da pasta.

Além do ex-secretário, foram presos Miguel Iskin, dono da empresa, e seu sócio em outras empresas Gustavo Estellita. Eles serão indiciados sob suspeita de corrupção passiva e ativa, lavagem de dinheiro e organização criminosa.

De acordo com a força-tarefa, servidores públicos investigados influenciavam as licitações para beneficiar a Oscar Iskin em troca de propina sobre os contratos, muitas vezes sob suspeita de superfaturamento de até 10% de seu valor. Eram contratos para fornecimento de material hospitalar e próteses mecânicas.

Iskim também é suspeito de organizar um cartel para vencer licitações internacionais. Nesses casos, o esquema também superfaturava valores e utilizava mecanismo ilegal para considerar o pagamento de impostos sobre a importação, quando os produtos eram isentos de tributo, já que quem operava as importações eram órgãos estaduais.

Côrtes dirigiu o Into, que é federal, até 2007, quando se tornou secretário de saúde do Estado. Segundo os investigadores, o esquema de Côrtes no instituto vigorou mesmo após sua saída. O Into ficou em evidência no Rio durante a mudança e reforma de seu novo prédio, em 2011, na Avenida Brasil.

DIVISÃO

De acordo com procurador Eduardo El Hage, o montante desviado tinha vários destinos. Cerca de 5% do arrecadado eram entregues a Sérgio Cabral, numa espécie de "praxe de mercado" no que diz respeito a fraudes no Estado.

Os investigadores acreditam que Cabral chegou a receber R$ 16,4 milhões em propinas entre 2007 e 2016. Há suspeitas de que o ex-governador recebia uma mesada de R$ 450 mil do esquema.

Os demais envolvidos recebiam da seguinte forma, segundo os investigadores: 2% para Côrtes, 1% para o subsecretário e hoje delator Romero, 1% para demais funcionários da secretaria e 1% para os conselheiros do TCE (Tribunal de Contas do Estado).

A Receita Federal e o Ministério Público Federal acreditam que os valores eram remetidos de forma ilegal a uma conta do Bank of America nas Ilhas Virgens Britânicas. Essa conta estaria em nome de Iskim, e os investigadores ainda não tiveram acesso aos recursos. Dependem, explicou o auditor Cleber Homem da Silva, de colaboração internacional.

Além da delação de Romero, o esquema já tinha sido mencionado por outros delatores da operação Calicute, os irmãos Renato e Marcelo Chebar. A investigação também encontrou anotações do operador Carlos Bezerra sobre a suposta distribuição do dinheiro desviado e os integrantes do grupo.

Além disso, foi identificada grande quantidade de ligações telefônicas entre Bezerra, Hudson Braga, ex-secretário de obras de Cabral, e Iskim. Bezerra e Braga estão presos, assim como Cabral.

OBSTRUÇÃO

A Procuradoria pediu prisão de Côrtes por suspeita de que ele estaria manobrando para atrapalhar as investigações. Segundo o procurador El Hage, o colaborador, quando ainda estava em processo de negociação dos termos da delação, recebeu telefones e visitas de Côrtes, em que teria sido discutido uma forma de omitir certos personagens do esquema.

Côrtes teria oferecido ao colaborador pagar seus advogados e em troca eles combinariam o que seria dito. O colaborador gravou essas conversas e as entregou ao Ministério Público Federal. "Ele dizia ao colaborador: 'Não adianta você delatar A,B ou C e eu delatar D, E e F'", explicou El Hage.

A força-tarefa não divulgou se estaria negociando ou não delação premiada de Côrtes. "Ele estava atuando de maneira semelhante a do Delcídio Amaral, quando tentou barrar trechos da delação de Nestor Cerveró", disse.

Outro motivo para o pedido de prisão é que muitos dos contratos firmados com empresas do esquema ainda estão em vigor, motivo pelo qual os investigadores suspeitam que ainda pode haver desvios em curso.

Ao todo, foram executados 40 mandados de busca e apreensão no Rio e no Distrito Federal, em residências e empresas dos envolvidos. Côrtes, Iskim e Estelitta foram presos preventivamente.

OUTRO LADO

Os advogados Gustavo Teixeira e Rafael Kullmann, que representam Sérgio Côrtes, divulgaram nota em que afirmam que seu cliente tem interesse em "elucidar os fatos atribuídos a ele e que no momento oportuno provará sua inocência".

A Rede Dor, onde Côrtes ocupava cargo na vice-presidência da empresa após cargo de secretário, divulgou que ele foi afastado de suas funções em razão da prisão.

A Folha não conseguiu contato com a defesa de Miguel Iskim. A empresa de Skin, a Oscar Iskim, divulgou nota em que diz que a empresa ainda não teve acesso aos autos da investigação do Ministério Público Federal. A empresa, no entanto, nega envolvimento em práticas ilícitas.

"No decorrer das investigações ficará comprovado que nenhuma irregularidade foi cometida pelo seu sócio-controlador ou por qualquer outro representante da empresa", diz a companhia. "Com reputação construída ao longo de mais de sete décadas, a Oscar Iskin seguirá à disposição das autoridades para prestar todas as informações necessárias ao esclarecimento dos fatos".

A defesa de Sérgio Cabral não retornou às ligações. A Folha não localizou a defesa do empresário Gustavo Estellita Cavalcanti.

GUARDANAPO

Côrtes era, até esta terça (11), um dos diretores executivos da Rede D'Or, uma das maiores redes de hospitais do país. Em nota, a empresa afirmou que "diante dos fatos ocorridos na data de hoje" decidiu "pelo desligamento imediato do dr. Sérgio Côrtes".

O médico foi secretário de Saúde do Rio de 2007 a 2013 e diretor do Into, órgão agora investigado, de 2002 a 2006.

Ele acompanhava Cabral em um jantar em Paris em 2011, na companhia do empresário Fernando Cavendish, da Delta Construções. Os comensais ?"o grupo incluía secretários de Estado?" posaram com guardanapos amarrados à cabeça, dançando.

As fotos foram divulgadas pelo ex-governador Anthony Garotinho, que os apelidou de "gangue do guardanapo".

O médico é o quarto participante do jantar a ser preso. Cabral foi preso em novembro de 2016, na Operação Calicute ?"atualmente, está em Bangu 8, mesma penitenciária onde está Wilson Carlos, ex-secretário de Governo. Cavendish foi preso em agosto de 2016 e cumpre prisão domiciliar.

Em 2009, Côrtes e o então subsecretário de Comunicação, Ricardo Cota, foram condenados por usar verbas da saúde em publicidade institucional: a pasta repassou R$ 10,15 milhões para a subsecretaria para uso em publicidade institucional.

A prática foi considerada um desvio de finalidade pela Justiça e os dois tiveram de devolver esses valores aos cofres públicos.
Herculano
12/04/2017 07:30
DORIA VAI REINAR NO DESERTO EXPANDIDO PELA LAVA JATO, por Augusto Nunes, de Veja

Na terça-feira em que virtualmente todas as estrelas da política começaram a perder a luminosidade, apagaram-se de vez ou se tornaram cadentes, a única a seguir brilhando com especial intensidade foi a caçula da constelação. A bordo do avião que o levava para a Coreia do Sul, o prefeito João Doria Jr. não tinha motivos para perder o sono com o avanço da Lava Jato ou com a delação da Odebrecht, nem com as explosões decorrentes da lista do ministro Edson Fachin, muito menos com os estragos causados pela epidemia do caixa 2. Doria só não dormiu direito caso tenha cedido à excitação provocada pela suspeita de que o caminho que leva ao coração do poder ficou bem mais curto.

A delação do fim do mundo efetivamente condenou à morte uma era da história política destes trêfegos trópicos, sobretudo por ter interditado as estradas, sinuosas e repletas de desvios, percorridas nas últimas décadas por figurões de todos os partidos. O Brasil redesenhado pela Lava Jato vai-se mostrando incapaz de engolir o que antes descia sem engasgos pela garganta complacente. Os que agora estão marcados pelo estigma da corrupção deveriam desde já procurar outro ofício. Alguns talvez até consigam continuar pendurados no Congresso. Mas nenhum dos alcançados pelo anátema chegará à Presidência da República. Lula, Aécio Neves, Geraldo Alckmin, José Serra ?"? todos acabarão tragados pelo tsunami que apenas começou.

Quem sobrará na vastidão despovoada de gente confiável, de cidadãos honrados, de políticos minimamente interessados nos milhões de brasileiros fartos de cinismo e exaustos do exercício da esperança como profissão? A contemplação da terra devastada informa que pouquíssimos morubixabas escaparão de perdas e danos de bom tamanho. Um deles é certamente o prefeito de São Paulo, e ninguém parece em situação tão confortável. Ele acabou de chegar ao mundo em decomposição. Não tem culpas a expiar, pecados a purgar, explicações a oferecer. Doria conhecerá uma esplêndida solidão no deserto de homens e ideias.

Neste outono de 2017, o destino ofereceu a João Doria o melhor dos mundos: para tornar-se candidato a qualquer coisa, nem precisa declarar-se candidato. Basta seguir administrando São Paulo com a competência demonstrada nos 100 primeiros dias de mandato - recompensada com o recorde de aprovação que tão cedo não será batido. Doria está liminarmente dispensado de enfrentar eleições prévias, contornar antagonismos partidários, sujeitar-se a ciumeiras internas; nada disso. Com o sumiço dos concorrentes, é o protagonista que restou. Pode escolher o papel que lhe conviver. Tem tudo para fazer bonito no papel de mocinho.
Herculano
12/04/2017 07:26
IMPOSTOS NA FEIRA NACIONAL DO SUBORNO, por Vinicius Torres Freire, no jornal Folha de S. Paulo

CADA MEDIDA provisória abria uma feira do suborno, em especial aquelas que tratavam de impostos. É o que fica mais claro e detalhado na torrente de inquéritos abertos para investigar a cúpula política, a "lista de Fachin".

Os mercados da imundície são vários, mas a compra de artigos de medidas provisórias (MPs), futuras leis, era um negócio "reinante", para usar o jargão da família Odebrecht que define prática duradoura no mundo da lambança público-privada.

Segundo a acusação da Odebrecht, pagava-se para obter reduções de impostos sobre exportação, importação e lucros no exterior, mudanças no ICMS, incentivos a setores industriais e o diabo.

Cada MP baixada pelo governo podia ser enxertada com assuntos estranhos ao seu objeto original, os "jabutis". Por vezes se modificavam alíneas obscuras, que rendiam bilhões a uma dúzia de setores diversos da economia.

Uma medida provisória podia tratar de contribuição para a Previdência, inovação nas montadoras, banda larga, computadores nas escolas, câncer e semicondutores, por exemplo. É um caso real, não uma enumeração caótica para impressionar.

Por que outras empresas, além da Odebrecht, não podem ter comprado artigos de MPs convertidas em leis? Leis inteiras? Alguém dá mais?

O caso da Odebrecht parece "hors concours", dados o tamanho, a expertise, a dinheirama e o histórico "reinante" da empresa. Porém, várias outras grandes companhias estão envolvidas em rolos diversos, do petrolão a fraude em concorrência, passando pela compra de decisões do "tribunal" da Receita Federal.

As causas desse desastre sistêmico e histórico rendem e renderão anos e quilômetros de teses e estudos. Mas é difícil que deixem de aparecer na lista de motivos desse colapso nacional a bagunça e a instabilidade da administração econômica.

Resolver assunto tributário por medida provisória é convite à bandalheira. Em 2015, o Supremo proibiu os "jabutis" nas MPs, mas sempre se pode apelar a um rinoceronte, resolução parlamentar ou medida provisória cascuda de lambança.

A barafunda de leis e exceções tributárias estimula a rapina. Governos quase sempre na pindaíba jamais são capazes de programar uma reforma tributária, pois temem perder receita (isso na melhor das hipóteses. Incompetência, ignorância ou mera vontade de corrupção podem entrar no cardápio de motivos).

Mesmo a aprovação de medidas de interesse nacional, como a MP que deu cabo à "guerra dos portos", rendeu capilé. Trata-se de lei aprovada em 2012 impedindo Estados de baixar o ICMS sobre produtos importados a fim de atrair para importadoras e negócios para os portos de sua região.

Era uma bagunça tributária, de resto ilegal, que prejudicava empresas brasileiras. Era uma versão reduzida da "guerra fiscal" entre Estados. Quanto não deve render, aliás, uma isenção fiscal para atrair empresas para seu Estado ou cidade?

A nojeira toda tem formas variadas, óbvio: ajuda em licitações, compras do governo, aquisição genérica de aliados para a causa da empresa corrupta e até apoio sindical, sabe-se agora. Não se comenta muito, porém, a hipótese de que a legislação econômica, que em parte ajudou a quebrar o governo, seja em boa parte um mosaico de subornos
Herculano
12/04/2017 07:24
AMIGO É COISA PRA SE PAGAR, por Carlos Brickmann

Sexta-feira Santa, domingo de Páscoa e, enfim, na segunda-feira que vem, 2017 começa de verdade. A previsão é de tempo quente: na própria segunda, 17, João Santana e sua mulher, Mônica Moura, devem depor no TSE sobre, digamos, as doações desburocratizadas à chapa Dilma-Temer. Na terça, ambos também deveriam ser interrogados pelo juiz Sérgio Moro, no processo do ex-ministro Antônio Palocci, acusado de receber propinas, acarajés e pixulecos para a campanha, o PT e um seleto grupo de amigos. Mas pediram adiamento para o dia 24.
Na quarta, 20, quem depõe é Léo Pinheiro, da OAS, a respeito do apartamento triplex que não é de Lula, no Guarujá. Ele também sabe alguma coisa, ao que dizem, sobre o sítio que não é de Lula em Atibaia. Pinheiro negocia com os procuradores da Lava Jato uma delação premiada. Há quem diga que a cereja do bolo é um esplêndido pixuleco que, este sim, passou a ser de quem não era dono de propriedade nenhuma.

Pule alguns dias: em 3 de maio, Lula deve ser ouvido por Sérgio Moro. Deve ser um dia interessante: grupos lulistas tentam levar uma multidão a Curitiba, para no mínimo constranger o juiz Sérgio Moro e, no máximo, cercar Lula de gente, de tal maneira que o depoimento se torne impossível.

Marcelo Odebrecht disse a Moro que o tal Amigo citado nos papéis da Odebrecht recebendo milhões é mesmo Lula. As reformas milionárias em imóveis que não são dele não passam de lembrancinhas de pouco valor.

AMIGO DE FÉ

Marcelo Odebrecht declarou a Sérgio Moro que os recursos sacados em dinheiro vivo por um assessor de Palocci, R$ 13 milhões, eram para Lula. Este é apenas um caso: não envolve retribuições da Odebrecht pela intermediação de Lula em obras no Exterior, nem em financiamentos do BNDES. A compra de submarinos franceses, no Governo de Lula, pode ter envolvido algo desse tipo: para formalizar a venda, os franceses concordaram em exigir do Brasil que os estaleiros fossem construídos e operados pela Odebrecht, o que elevou o preço em pouco mais de 10%. O contrato era de R$ 31 bilhões, e subiu R$ 3,3 bilhões para a Odebrecht.

A LEI É DURA...

O ministro Edson Fachin, a pedido do procurador-geral Rodrigo Janot, mandou investigar nove ministros de Temer, 29 senadores, 42 deputados federais e três governadores, com base na delação de 78 executivos da Odebrecht. Aécio Neves é campeão de inquéritos, ao lado de Romero Jucá: cinco cada um. Renan Calheiros tem 4 (e seu filho, governador de Alagoas, Renan Filho, tem um). Mas não se preocupe, nem se alegre: o Supremo tem demorado tanto nos inquéritos que é tudo coisa para o longínquo futuro.

...MAS É LEI

Dilma tem agora um problema sério: Marcelo Odebrecht disse que doou 150 milhões de reais às suas campanhas, R$ 50 milhões em 2010 e R$ 100 milhões em 2014. Pior: segundo ele, as doações mais polpudas foram o pagamento pelas medidas provisórias 470, de 2009 - Governo Lula - e 613, de 2013, de alto interesse da empresa. Dilma (e talvez Lula) dificilmente escaparão de um inquérito na primeira instância, sob Moro.

LEVANTANDO...

Está difícil acompanhar a roubalheira? O jornalista Ivo Patarra, que foi petista na época da formação do partido, que foi assessor de imprensa de Luíza Erundina, primeira prefeita petista de São Paulo, que deixou o PT tão logo descobriu o que acontecia, acaba de lançar "Petroladrões - 3 anos da Operação Lava Jato". Conta tudo - e sabe como contar.

...OS VÉUS

Ivo já escreveu um livro revelador, "O Chefe", em 2010, antecipando aquilo que se descobriria com a Operação Lava Jato. E já dizia: "Lula é o chefe". Aquilo que Marcelo Odebrecht acaba de confirmar. "Petroladrões - 3 anos da Operação Lava Jato", 725 páginas. Amazon.com.br, R$ 16,90.

EXPLORANDO OS MAIS POBRES

Como faz o MST, Movimento dos Trabalhadores Sem-Teto, para promover passeatas e dificultar a vida de quem trabalha em São Paulo? Simples: quem comparece a cada ato do MST ganha pontos que servirão para definir quem recebe antes as casas que o movimento, desde os tempos do Governo petista, recebe dos programas federais de moradia popular. Mas não basta ir aos comícios, invasões, bloqueios de trânsito, e votar nos candidatos recomendados pela liderança: é preciso pagar por isso. São R$ 50,00 na inscrição e R$ 30,00 por mês, engordando o cofrinho dos líderes.
O excelente repórter Agostinho Teixeira, da Rádio Bandeirantes (http://radiobandeirantes.band.uol.com.br/conteudo.asp?ID=791106), se inscreveu no MST, pagando todas as taxas e participando da pontuação. Não é tão cansativo: depois das invasões, as barracas só são ocupadas de dia. De noite, os "sem-teto" vão para casa - aquela que eles não têm.
Herculano
12/04/2017 07:20
TODO FEIO FICA DE FORA DA LISTA QUE INCLUI DECRÉPITO, BOCA MOLE, PASSIVO...

Conteúdo do jornal Folha de S. Paulo. Texto de Anna Virgínia Ballousster. "Quem não apareceu está sendo considerado desprestigiado", disse o Forte sobre a lista da qual não ficou de fora. Nem ele nem o Decrépito, o Boca Mole, o Duro e o Passivo. Já o Todo Feio não está lá.

Forte é o apelido atribuído ao deputado Paulo Pereira da Silva (SD-SP), o Paulinho da Força, em planilhas de pagamentos da Odebrecht a cerca de 200 políticos. Divulgada em 2016 pela Polícia Federal,a lista de codinomes se justapõe agora à dos cem investigados em inquéritos abertos por determinação de Edson Fachin, relator da Lava Jato no Supremo Tribunal Federal.

Atendem por Decrépito, Boca Mole e Passivo (também chamado de Comuna), respectivamente, os deputados Paes Landim (PTB-PI), Heráclito Fortes (PSB-PI) e Daniel Almeida (PCdoB-BA). O senador Ricardo Ferraço (PSDB-ES) é o dono da alcunha Duro.

Em dezembro, o ex-deputado paraibano Inaldo Leitão chegou a protestar contra seu apelido, em post no Facebook intitulado "Todo Feio, Eu?".

Foi um dos poucos batizados ausentes da lista de Fachin ?"mas só porque seu caso deixou de ter foro privilegiado e foi enviado para um tribunal de instância inferior.

Não poderiam dizer o mesmo vários frequentadores da alta cúpula de Brasília, como os ministros Romero Jucá (Caju), Eliseu Padilha (Primo) e Moreira Franco (Angorá), todos do PMDB. Os presidentes da Câmara e do Senado, Rodrigo Maia (DEM-RJ) e Eunício Oliveira (PMDB-CE), o Botafogo e o Índio, também são alvos de inquéritos.

Entre os governadores na mira: Santo (Geraldo Alckmin, PSDB-SP), Menino da Floresta (Tião Viana, PT-AC) e Renan Filho (PMDB-AL), filho de outro investigado, o Justiça (senador Renan Calheiros ).

Três políticos com apelidos no diminutivo, o ex-prefeito do Rio Eduardo "Nervosinho" Paes (PMDB) e os senadores Fernando "Roxinho" Collor (PTC-AL) e Aécio "Mineirinho" Neves (PSDB), teriam recebido milhões superlativos da Odebrecht, segundo delatores.

A Odebrecht também tinha um codinome para o que a Procuradoria-Geral da República chama de "departamento de propina": Setor de Operações Estruturadas".

Haja Misericórdia - vulgo Antonio Brito (PSD-BA), deputado também lembrado pelo STF.

Apelidos ainda não identificados: Grisallhão, Baixinho ou Comprido, Padeiro, Cabeça Chata, Tanquinho, Encostado, Duvidoso, Casa de Doido, Flamenguista e Timão.
Herculano
12/04/2017 07:11
JANOT LIVRA TEMER DE INQUÉRITO CONTRA JURISPRUDÊNCIA RECONHECIDA POR TEORI, por Josias de Souza

Valendo-se de um entendimento equivocado, o procurador-geral da República Rodrigo Janot livrou Michel Temer de ser investigado no Supremo Tribunal Federal. Embora existam elementos para a abertura de pelo menos dois inquéritos, Janot argumentou junto ao ministro Edson Fachin, relator da Lava, que Temer desfruta de "imunidade temporária", pois o paragrafo 4º do artigo 86 Constituição anota que "o presidente da República, na vigência de seu mandato, não pode ser responsabilizado por atos estranhos ao exercício de suas funções."

Não é bem assim. O veto constitucional à responsabilização por crimes alheios ao exercício do mandato não impede que o presidente seja investigado. Esse entendimdento foi reconhecido em despacho assinado no dia 15 de maio de 2015 pelo então ministro Teori Zavascki, morto em acidente aéreo. Antecessor de Fachin na relatoria da Lava Jato, Teori anotou:

"Não se nega que há entendimento desta Suprema Corte no sentido de que a cláusula de exclusão de responsabilidade prevista no parágrafo quarto do artigo 86 da Constituição (o presidente da República, na vigência de seu mandato, não pode ser responsabilizado por atos estranhos ao exercício de suas funções) não inviabiliza, se for o caso, a instauração de procedimento meramente investigatório, destinado a formar ou a preservar a base probatória para uma eventual e futura demanda contra o chefe do Poder Executivo."

Teori respondia a uma ação movida pelo PPS contra decisão que isentara a então presidente Dilma Rousseff de investigação no escândalo da Petrobras. Mas no caso de Dilma, além de invocar o texto da Constituição, Janot alegara que, naquela ocasião, não havia indícios mínimos de crime que justificassem a abertura de inquérito. E o Supremo, concluiu Teori, não poderia agir sem ser acionado. "Cabe exclusivamente ao procurador-geral da República requerer abertura de inquérito, oferecer a inicial acusatória e propugnar medidas investigatórias", justificara-se o ministro.

Em relação a Temer sucede coisa diferente. Ele foi mencionado em duas circunstâncias, ambas sujeitas a investigação. Numa o delator Márcio Faria, ex-executivo da Odebrecht, disse que Temer participou de uma reunião em seu escritório em São Paulo, em 15 de julho de 2010. No encontro, disse o delator, discutiu-se a troca dinheiro por favorecimento à empreiteira. Participaram também da conversa os ex-presidentes da Câmara Henrique Eduardo Alves e Eduardo Cunha. Ouvido depois que o tema ganhou o noticiário, Temer reconheceu que houve o encontro. Disse que o interlocutor manifestara o interesse em colaborar financeiramente com o PMDB. Alegou, entretanto, que o encontro foi rápido e "não se falou em doação nem em obras da Petrobras".

Temer também foi mencionado em inquérito que envolve dois de seus ministros: Eliseu Padilha (Casa Civil) e Moreira Franco (Secretaria-Geral da Presidência). Evocando afirmações da Procuradoria, Fachin anotou: "Há fortes elementos que indicam a prática de crimes graves, consistente na solicitação por Eliseu Padilha e Moreira Franco de recursos ilícitos em nome do PMDB e de Michel Temer, a pretexto de campanhas eleitorais."

Se estivesse vivo, Teori Zavascki teria de se render às conclusões que tirou no despacho de maio de 2015, para determinar a abertura de inquéritos contra Temer. Nada impede que Fachin, seu sucessor na Lava Jato, tire a mesma conclusão. Basta que um partido político questione, como fez o PPS. Suprema ironia: há dois anos, a iniciativa do recurso foi do então deputado Raul Jungmann (PPS-PE), hoje ministro da Defesa de Temer.
Herculano
12/04/2017 07:08
LISTA INAUGURA "FIM DO MUNDO" E COM EFEITO LEGAL LENTO, por Igor Gielow, no jornal Folha de S. Paulo.

A primeira vaga oriunda do nascedouro de tsunamis da Procuradoria-Geral da República atingiu as costas litorâneas já previstas ao longo de semanas, quando não meses, de vazamentos. Isso não a torna menos destrutiva, naturalmente, mas há um certo enfado político ao ler a lista daqueles investigados por ordem do ministro Edson Fachin.

A precificação, para ficar num palavrório do mercado, dos danos estava dada. Claro que é o começo do chamado "fim do mundo" previsto para a política tradicional, dada a quantidade de reputações que caminham para o cadafalso. Mas mesmo isso já parece não causar tanto impacto, até ao menos os detalhes mais sórdidos a serem apurados emergirem.

Do ponto de vista mais imediatista, salta aos olhos a vistosa lista de ministros do governo-tampão de Michel Temer (PMDB) ?"o próprio foi citado, mas não será investigado devido à imunidade temporária de que goza, já que as acusações não dizem respeito a atos cometidos em seu mandato.

Se cumprir o que prometeu, Temer terá um problemão de gestão caso todos os nove ministros citados na lista acabem denunciados pela PGR. Neste caso, segundo a régua estabelecida pelo presidente, o afastamento é temporário. Caso virem réus, como especula-se ser o caso da maior parte deles, o gancho é definitivo.

Objetivamente, a falta maior neste caso seria na Casa Civil, com Eliseu Padilha sob fogo. Mas seu afastamento temporário, por motivo de saúde e coincidindo com novas revelações sobre suspeitas sobre sua figura, já pode ter servido de "test-drive" para a situação. No mundo do PMDB, a aparente morte política nunca é definitiva, afinal: Romero Jucá, decapitado do Planejamento quando o governo engatinhava, segue dando cartas de sua cadeira no Senado. Jucá está na nova lista, em cinco inquéritos.

Outro problema potencial para Temer é a paralisação da vida no Congresso. Afinal de contas, são 29 dos 81 senadores e 40 de 513 deputados com a faca no pescoço, e discussões sensíveis como a da reforma da Previdência poderão ser afetadas.

Mas nem tudo é má notícia para Temer, necessariamente: o senador Renan Calheiros (PMDB-AL), que vinha trabalhando pesadamente contra o Planalto na reforma da Previdência para viabilizar sua posição política estadual no ano que vem, está em quatro inquéritos. Seu filho, o governador Renan Filho (PMDB-AL), também tem pedido de investigação aprovado. Se isso não dobrar o grau de agressividade de Renan, o presidente ganha um respiro.

Olhando para frente, a "lista do Janot" (ou "do Fachin", ao gosto do cliente) traz duas implicações principais. Ela confirma o veredicto já decantado de que Aécio Neves está virtualmente inviabilizado politicamente como candidato a presidente no ano que vem.

O senador tucano, independentemente de ter ou não culpa no que lhe é atribuído, terá de se explicar em pelo menos cinco inquéritos. Mesmo seus mais fiéis aliados sabem que isso é um peso dificílimo de ser tirado em tempo hábil, mesmo que ele seja inocente, para a disputa de 2018.

O mesmo valerá para o caso de Luiz Inácio Lula da Silva, o ex-presidente que tenta se lançar ao Planalto novamente. Como o caso está em sigilo, não se sabe o que acontecerá às citações a Lula, mas o fato de ela provavelmente ter "descido" para a primeira instância em Curitiba só reforça a areia movediça jurídica na qual o petista está envolto. Isso poderá o tirar de qualquer pleito em 2018, seja juridicamente, seja por dano fatal à imagem: investigadores sugerem que há dados devastadores contra Lula e sua família nas delações da Odebrecht.

Por fim, é importante lembrar que o efeito político é bem mais eficaz do que o judicial. A usual demora processual de cortes superiores deverá arrastar a investigação por anos, quando muitos dos crimes imputados aos políticos estarão prescritos. Como se sabe, da primeira "lista do Janot" pouco ou nada aconteceu em dois anos.

Do ponto de vista eleitoral, de efeito imediato sobre carreiras, o estrago estará feito para quem virar réu.
Herculano
12/04/2017 07:05
INTERROGATóRIO DE LULA TEM TUDO PARA SER ESPETÁCULO E ELE ARMA O CENÁRIO, por Elio Gaspari, para os jornais O Globo e Folha de S. Paulo.

Na sexta-feira, 3 de maio, Lula e o juiz Sergio Moro terão seu primeiro encontro. "Nosso Guia" (título que lhe foi conferido pelo então chanceler Celso Amorim) será interrogado na condição de réu, acusado de ter recebido dois mimos da empreiteira OAS. Um foi a "entrega" de um apartamento reformado em Guarujá. Outro, o custeio do armazenamento de bens de sua propriedade. Tudo somado, o Ministério Público acusa Lula de ter sido beneficiado com cerca de R$ 3,7 milhões (nada a ver com o "Amigo" do caderninho da Odebrecht).

Ele nega ter recebido esses favores e diz que está "ansioso" por esse depoimento, "porque é a primeira oportunidade que eu vou ter de poder saber qual é a prova que eles têm contra mim."

Há um mês, Lula depôs espetacularmente na 10ª Vara Federal de Brasília, no processo que investiga a tentativa de compra do silêncio de um ex-diretor da Petrobras. Transformou a audiência de 50 minutos num comício. O juiz ajudou-o com perguntas genéricas e ele passou nove minutos falando bem de si e de seu governo. Intitulou-se "o mais importante presidente da história deste país", fundador do "partido que fez a maior política de combate à corrupção da história deste país". Quando foi convidado a falar "um pouquinho" do Instituto Lula, fechou o depoimento com uma catilinária de 12 minutos, durante os quais contou uma piada velha (a do sujeito que discursa quando a luz da geladeira se acende) e deu pelo menos 15 tapas e socos na mesa.

Disse duas vezes que não nomeou diretores para a Petrobras, pois essa é uma tarefa do conselho de administração da empresa. Fica combinado assim.

O PT está convocando suas bases para uma manifestação em Curitiba na hora do depoimento de Lula. Numa trapaça do tempo, no dia 3 de maio completam-se 50 anos da apresentação do filme "Terra em Transe," de Glauber Rocha no festival de Cannes. (A obra do cineasta baiano só fora liberada porque seria apresentada na mostra.) Milhares de pessoas na rua, Lula num palanque como réu e o juiz Moro com sua camisa preta seriam cenas à espera de um Glauber.

Lula já maltratou Moro, mas ultimamente vem alisando seu pelo. A boa etiqueta judicial determina que todas as perguntas e respostas de um interrogatório tenham relação com o processo, mas um réu como Lula pode argumentar que sua fala faz parte da estratégia da defesa.

Daí a contar que passou quatro dias na fazenda de seu amigo José Carlos Bumlai sem conseguir pescar um só peixe vai distância enorme. Moro e os advogados de defesa de Lula já tiveram grandes bate-bocas, sempre com um lado querendo calar o outro.

O juiz tem autoridade para cortar a palavra ou corrigir a conduta do depoente. Num episódio inesquecível ocorrido no século passado, o magistrado José Frederico Marques cortou o cigarro do governador Adhemar de Barros: "Réu não fuma". E Adhemar não fumou.

Moro poderá embargar a divulgação do vídeo por algumas horas. Terá mais trabalho se quiser impedir a gravação de um áudio clandestino. Nesse caso, não poderá reclamar caso ele vá ao ar, pois foi um mestre na divulgação imprópria de um telefonema de Dilma Rousseff a Lula.

O suspense do espetáculo de Curitiba dependerá do equilíbrio entre a vontade de Lula de falar e a de Moro de ouvir.

Pela primeira vez desde o início da Lava Jato, Lula poderá sequestrar o espetáculo.
Herculano
12/04/2017 06:48
AFINAL QUEM MANDA NOS GOVERNOS FEDERAL, ESTADUAIS E PRINCIPALMENTE OS MUNICIPAIS? OS POLÍTICOS OU AS EMPREITEIRAS E OS MÚLTIPLOS FORNECEDORES?

POR QUE OS GOVERNADORES, PREFEITOS, ASSEMBLEIAS E CÂMARAS RETARDAM OU DIFICULTAM OS INSTRUMENTOS DE TRANSPARÊNCIA?

SINTOMÁTICO?
Herculano
12/04/2017 06:45
COMPLICOU MAIS O QUE JÁ ESTAVA COMPLICADO.LULA É ALVO DE SEUS PETIÇÕES ENVIADAS POR FACHIN PARA A PRIMEIRA INSTÂNCIA

Conteúdo do jornal O Estado de S. Paulo. Texto de
Breno Pires, Andre Borges e Fábio Fabrini, da sucursal de Brasília, e Ricardo Brandt

Principal nome do PT para as eleições de 2018, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva é alvo de seis pedidos de investigações criminais enviados para a primeira instância, feitos com base na mega delação premiada do Grupo Odebrecht - que inclui 78 delatores -, na primeira Lista de Fachin, tornada pública nesta terça-feira, 11, com exclusividade, pelo Estadão.

São relatos de supostos crimes feitos pelos delatores da Odebrecht nas obras do sítio de Atibaia (SP), que seria patrimônio oculto do ex-presidente, em tratativas para aprovação de uma medida provisória que excluiria o Ministério Público Federal de acordo de leniência (espécie de delação para empresas), acerto de uma mesada para seu irmão Frei Chico, em negócios em Angola, entre outros.

As revelações dos delatores que envolvem Lula e outros alvos sem direito a foro especial, por prerrogativa de cargo, foram encaminhadas pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Edson Fachin, relator da Operação Lava Jato, para a Justiça em primeira instância.

Despesas. Os delatores da Odebrecht relataram à Procuradoria-Geral da República que a empreiteira teria custeado despesas do ex-presidente Lula, como as reformas do sítio de Atibaia, interior de São Paulo, na aquisição de imóveis para o uso pessoal e instalação do Instituto Lula, além do pagamento por palestras do petista.

Segundo o Ministério Público, as condutas 'poderiam funcionar como retribuição a favorecimento da companhia'. As acusações foram feitas por oito delatores, entre eles Emílio Odebrecht e Marcelo Odebrecht, pai e filho.

Brasken. Segundo o Ministério Público, os colaboradores narram o desenvolvimento das relações institucionais entre o Grupo Odebrecht e o governo federal, a criação do Setor de Operações Estruturadas, a criação da empresa Braskem, os pagamentos que teriam sido feitos ao governo e o funcionamento das planilhas "Italiano" e "Pós-italiano", em suposta referência aos períodos em que Antônio Palocci e Guido Mantega ocuparam cargos no governo.

Emílio Odebrecht, de seu turno, descreve o relacionamento mantido com o ex-presidente Lula desde sua campanha, os motivos pelos quais passou a contribuir para ela e seu objetivo de mudar o rumo do setor petroquímico nacional. Pedro Novis, por sua vez, relata, em termos gerais, o relacionamento do grupo empresarial com os ex-presidentes Lula e Dilma.

Filho.
Um dos casos enviados para Curitiba é o que relata que o ex-presidente "Lula teria se comprometido a melhorar a relação entre o Grupo Odebrecht e a então presidente da República Dilma Rousseff".

"Em contrapartida, receberia o apoio da Odebrecht na atividade empresarial desenvolvida por seu filho Luís Cláudio Lula da Silva. Há menção, nesse contexto, de reunião entre Luís Cláudio Lula da Silva e representantes da empresa, ocasião em que foi apresentado ao grupo o projeto 'Touchdown', associado à criação de liga de futebol americano no Brasil", informou Fachin. na petição 6842/DF.

"Noticia o Ministério Público, ainda, a prévia instauração de investigação, no âmbito da Justiça Federal do Paraná, que apura fatos relacionados ao projeto "Touchdown", cenário a recomendar análise conjunta."

Mesada irmão.
Um dos pedidos enviados por Fachin para a Lava Jato em Curitiba trata sobre suposta mesada acertada para um dos irmão de Lula, Frei Chico.

"Segundo o Ministério Público, relatam os colaboradores o pagamento, por parte do Grupo Odebrecht, de uma espécie de 'mesada' em favor de José Ferreira da Silva (Frei Chico), irmão do ex-presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva", relata a petição 6841/DF.

"Narram os executivos que tais pagamentos eram efetuados em dinheiro e contavam com a ciência do ex-presidente da República, noticiando-se, ainda, que esse contexto pode ser enquadrado 'na mesma relação espúria de troca de favores que se estabeleceu entre agentes públicos e empresários', e o pagamento pela Odebrecht em favor do Partido dos Trabalhadores (PT) e do próprio ex-presidente da República já são investigados no âmbito da Justiça Federal do Paraná.

MP da Leniência. A Lista de Fachin também provocará uma investigação da Lava Jato em Curitiba sobre as "tratativas" com Lula e o ex-ministro da Casa Civil Jaques Wagner, feitas pela Odebrecht, para edição da Medida Provisória 703/2015, que altera as regras para acordos de leniência.

As delações premiadas do patriarca da Odebrecht, Emílio Odebrecht, e do responsável pelas relações institucionais do grupo com o Congresso, Claudio Melo Filho, citam os dois petistas

"Trata-se de petição instaurada com lastro nas declarações dos colaboradores Cláudio Melo Filho e Emílio Alves Odebrecht, os quais relatam tratativas entre o Grupo Odebrecht, o ex-presidente da República Luiz Inácio Lula da Silva e o então ministro Jacques Wagner para a edição de legislação que possibilitasse a celebração de acordo de leniência entre o Poder Executivo e pessoas jurídicas envolvidas em infrações sem contar com a intervenção do Ministério Público", informou o ministro, na petição 6.662/DF, encaminhada para Curitiba. "Tais negociações teriam resultado na edição da MP 703/15."

Angola. Um pedido de investigação com base nas delações da Odebrecht também enviado para o Paraná foi o que trata de negócios em Angola, na África.

"Segundo o Ministério Público, os colaboradores relatam possível prática de ilícitos ligados a interesses do Grupo Odebrecht em Angola. Narra-se, nesse contexto, a ocorrência de solicitações de Marcelo Odebrecht dirigidas ao ex-Presidente da República Luiz Inácio Lula da Silva a fim de que utilizasse de sua influência para favorecer a companhia em temas relacionados àquele país."

As petições foram enviadas para Curitiba, onde Lula já é réu em dois processos e investigado em inquéritos ainda sem conclusão. Lula responde a dois processos abertos pelo juiz federal Sérgio Moro, da 13ª Vara Federal, em Curitiba. O caso do sítio, por exemplo, ainda não foi denunciado à Justiça e deve receber as delações que tratam do assunto.
Sidnei Luis Reinert
12/04/2017 06:44
O PT ajudou a armar o retardado da CORRÉIA DO NORTE

A construção do Porto de Mariel, em Cuba, ganhou o noticiário nos últimos meses porque o governo brasileiro concedeu, via BNDES, um empréstimo de 682 milhões de dólares à ditadura cubana para assegurar a obra ?" dois terços do valor total estimado para o porto. Além disso, os detalhes da transação foram estranhamente mantidos em sigilo. Em janeiro deste ano, a presidente Dilma Rousseff esteve na ilha dos irmãos Castro para a inauguração oficial do terminal portuário.

Mas a história não acaba aí: um relatório elaborado por um painel de especialistas do Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU) mostra que Cuba utilizou o Porto de Mariel para abastecer com 240 toneladas de armamento um navio norte-coreano, em descumprimento a sanções internacionais contra o regime autoritário da Coreia do Norte. A operação, realizada há menos de um ano, fracassou porque a carga secreta foi descoberta por autoridades do Panamá, já no caminho de volta à Ásia.



Por causa do flagrante, foi possível encontrar os registros de navegação e reconstituir a rota do navio: em 4 de junho, o cargueiro Chong Chon Gang parou em Havana, onde descarregou rodas automotivas e outros produtos industriais. Em 20 de junho, o navio aportou secretamente em Mariel. Lá, o material bélico foi embarcado. Em 22 de junho, o Chong Chon Gang chegou a Puerto Padre, onde recebeu a carga de açúcar que seria usada na tentativa de esconder o armamento.

Cuba sob Fidel Castro se tornou um hub latino-americano para o tráfico de drogas internacional e também o terrorismo (lembram de Chacal?). Comunistas são criminosos. As Farc usam o tráfico de drogas há anos para infernizar a Colômbia. No Brasil, ainda temos "partidos" de extrema-esquerda defendendo não só a Venezuela de Maduro como a própria Coreia do Norte. Mas se você falar em "Foro de São Paulo" e união entre bandidos do mundo todo sob o manto do esquerdismo, você é acusado de paranoico das teorias de conspiração. Os petistas só querem nosso bem. Mesmo?

O buraco é mais embaixo e a turma joga pesado. São marginais poderosos, que chegaram ao poder em diferentes países usando o discurso sensacionalista de esquerda. Mas são marginais. Comunismo é seita de marginal. A primeira coisa a ser morta por essa ideologia é a ética, considerada coisa de "burguês". Comunistas estão dispostos aos meios mais nefastos para seus "nobres" fins. Essa coisa de "certo e errado" é muito ultrapassada para eles. Tudo aquilo que ajuda na tomada de poder é certo, tudo aquilo que atrapalha é errado. E ponto.

Diante dessa situação, cabe perguntar: quando o BNDES vai abrir os dados sigilosos para que saibamos exatamente quanto, o quê e como esses marginais cúmplices do PT foram financiados com o nosso dinheiro? O historiador Marco Antonio Villa, em sua coluna de hoje, toca nessa questão, cobrando transparência:

Se a nova direção da Petrobras foi omissa, o mesmo se aplica a um dos pilares do projeto criminoso de poder petista, o BNDES. Foi um assalto. Empréstimos danosos ao interesse público foram concedidos sem qualquer critério técnico. Bilhões foram saqueados e entregues a grupos empresariais sócios do PT. Porém, até o momento, Maria Silvia Bastos Marques não veio a público expor, ainda que sucintamente, a situação que encontrou ao assumir a presidência do banco. E os empréstimos a Cuba? E às republicas bolivarianas? E para as ditaduras da África negra?

Não é possível entender o silêncio das presidências da Petrobras e do BNDES. Por que não divulgam a herança maldita que receberam? Desinteresse? Medo? Não é politicamente conveniente? Por que os brasileiros só tomaram ?" e continuam tomando ?" conhecimento das mazelas da Petrobras e do BNDES através dos inquéritos e processos judiciais? Por que os presidentes, ex-diretores e demais responsáveis não foram processados pelos novos gestores?

Boas perguntas. Com a palavra, Maria Silva Bastos Marques, presidente do BNDES. Nós ajudamos involuntariamente a bancar regimes criminosos mundo afora, dos cúmplices da quadrilha petista. Nosso suado dinheiro foi parar nas mãos de comunistas, ou seja, de bandidos dispostos a aterrorizar o mundo para se perpetuar no poder. Mas eis que o ódio, a revolta e o medo se voltam todos contra Donald Trump, o presidente que tem coragem de desafiar essa corja, enfrentar essa máfia mundial vermelha.

Estava tudo melhor quando os americanos tinham um bobalhão no poder fazendo vista grossa a esses acordos entre comunistas, permitindo que eles se armassem cada vez mais para aumentar a ameaça que representam, não é mesmo? Vamos repetir, como aprendemos com nossos "professores" de esquerda, que a ameaça verdadeira ao mundo são os Estados Unidos sob o governo Trump, não esses regimes socialistas, como na época da Guerra Fria era Reagan, não a União Soviética, certo?

Rodrigo Constantino
Herculano
12/04/2017 06:34
CONGRESSO PODE INVIABILIZAR EXISTÊNCIA DE NANICOS, IDEOLóGICOS E DE "ALUGUEL", por Rainier Bragon, no jornal Folha de S. Paulo

Quase 40 anos depois da extinção do bipartidarismo, temos hoje 35 legendas políticas registradas no Brasil e, como informou a repórter Anna Virginia Balloussier, outras 56 na fila.

Na improvável hipótese de que todas elas conseguissem superar as exigências legais - quase 490 mil assinaturas de apoio válidas?", teríamos 91 partidos a aporrinhar os telespectadores no horário nobre.
É demais, sob qualquer ângulo.

Tramita na Câmara projeto, já aprovado pelo Senado, que busca guilhotinar todos os partidos pequenos e nanicos, os já existentes e os que se atrevam a existir.

Ele impõe piso mínimo de votos para que uma legenda receba recursos públicos, estrutura parlamentar e acesso à propaganda na TV.

O problema é que o mesmo foice direcionado às legendas usadas como meros balcões de negociatas também abaterá siglas como Rede, PSOL, PC do B, PV, PPS, Solidariedade, além das que, em formação, se caracterizam por certo caráter ideológico, programático.

Integrantes desses partidos defendem, como alternativa, apenas o fim das coligações nas eleições, método que beneficia os nanicos.

É certo que algo precisa ser feito.

A última sigla a ser criada, por exemplo, o Partido da Mulher Brasileira atraiu de cara 24 deputados federais. A grande maioria homens em litígio com suas siglas e sem a mais pálida atuação pública em defesa dos direitos das mulheres.

Mas com sensibilidade suficiente para saber que a ida para o PMB, sigla nova, era o único jeito de abandonar suas legendas sem risco de perder o mandato por infidelidade.

Pouco tempo depois, uma janela de troca-troca se abriu e 23 se mandaram, certamente em busca da defesa de outras causas nobres.

Hoje o PMB tem apenas um deputado, mas pleiteia na Justiça receber dinheiro público como se 24 deputados tivesse. Coisa de R$ 18 milhões. Objetivamente, um grande negócio
Sidnei Luis Reinert
12/04/2017 06:04
HERCULANO, Bolsonaro não entra nesta lista de sujos... a esquerda pira!
LEO
11/04/2017 21:31
GOSTARIA DE SABER PORQUE QUAND? SE FAZ A CONSULTA DE DADOS DE SERVIDORES MUNICIPAIS DO SAMAE DE GASPAR NÃO APARECE NADA. NO PORTAL DA TRANSPARÊNCIA DA PREFEITURA DE GASPAR.
Herculano
11/04/2017 18:43
FHC: "ESTAMOS TODOS CANSADOS DE CORRUPÇÃO, por Josias de Souza

Em vídeo veiculado na internet, Fernando Henrique Cardoso criticou o divisionismo que marcou o discurso do PT no poder -"nós contra eles"?" e pregou o diálogo: "Já chegou um momento no Brasil em que nós precisamos, não é fazer um acordão de cúpula, mas serenar os ânimos e ver o que interessa a nós todos como conjunto, como país, como povo. [?] Está na hora de nós nos concentrarmos no essencial."

Num instante em que todas as pesquisas atestam que o brasileiro considera essencial a Lava Jato, FHC referiu-se à crise moral como se estivesse ansioso para virar a página: "Estamos todos cansados de corrupção, caixa dois, caixa um manipulado. Isso está tudo errado. Precisamos mudar tudo isso. Precisa mudar também o sistema partidário, uma base moral nova para o Brasil. O que nós precisamos é de mais aceitação do outro, mais tolerância. E ver o que dá para fazer em conjunto, pelo país."

É bom, muito bom, ótimo que lideranças como o grão-tucano se enrolem na bandeira do diálogo. Entretanto, antes de definir "o que nós precisamos" para alcançar "uma base moral nova para o Brasil", é indispensável esclarecer quem tem legitimidade para participar da negociação. Hoje, há mais gente no topo do sistema político querendo se salvar do que pessoas interessadas em resgatar o país. Num ambiente assim, talvez seja mais conveniente virar a mesa, levando as investigações às últimas consequências, antes de puxar as cadeiras.
Herculano
11/04/2017 18:32
HOJE O PT VAI A TEVÊ FALAR AOS BRASILEIROS QUE TUDO ESTÁ PIOR POR CAUSA DO ATUAL GOVERNO E NÃO PELOS 13 ANOS DE PODER DESASTROSOS NA ECONOMIA

ESTÁ PROMETIDO UM PANELAÇO
Herculano
11/04/2017 18:26
OS 21 PETISTAS NA LISTA DE JANOT E QUE O MINISTRO EDSON LUIZ FACHIN AUTORIZOU INVESTIGAR SEGUNDO O JORNAL O ESTADO DE S. PAULO. MAS Só O COMEÇO


Marco Maia

Carlos Zarattini

Paulo Rocha

Humberto Costa

Lindbergh Farias

Jorge Viana

Nelson Pellegrino

Vander Loubet

Vicentinho

Maria do Rosário

Zeca Dirceu

Zeca do PT

Vicente Cândido

Décio Lima

Arlindo Chinaglia

Tião Viana

Cândido Vaccarezza

Ana Paula Lima

Guido Mantega

José Dirceu

Paulo Bernardo

OS GOVERNADORES

Robinson Faria, do PSD, governador do Rio Grande do Norte;

Tião Viana, do PT, governador do Acre;

Renan Filho, do PMDB, governador de Alagoas.

OS MINISTRO DE MICHEL TEMER, PMDB

- Eliseu Padilha, da Casa Civil;

- Moreira Franco, da Secretaria-Geral da Presidência da República;

Gilberto Kassab, da Ciência e Tecnologia;

Helder Barbalho, da Integração Nacional;

Aloysio Nunes, das Relações Exteriores;

Blairo Maggi, da Agricultura;

Bruno Araújo, das Cidades;

Roberto Freire, da Cultura;

Marcos Pereira, da Indústria, Comércio Exterior e Serviços.

Padilha e Kassab responderão em duas investigações cada um.

OS SENADORES

Do PMDB (9):

Eunício Oliveira, do PMDB do Ceará;

Romero Jucá, do PMDB de Roraima;

Renan Calheiros, do PMDB de Alagoas;

Edison Lobão, do PMDB do Maranhão;

Marta Suplicy, do PMDB de São Paulo;

Kátia Abreu, do PMDB de Tocantins;

Eduardo Braga, do PMDB do Amazonas;

Valdir Raupp, do PMDB de Rondônia;

Garibaldi Alves Filho, do PMDB do Rio Grande do Norte.

Do PSDB (6):

Aécio Neves, do PSDB de Minas Gerais;

Cássio Cunha Lima, do PSDB da Paraíba;

Eduardo Amorim, do PSDB de Sergipe;

Ricardo Ferraço, do PSDB do Espírito Santo;

José Serra, do PSDB de São Paulo;

Antonio Anastasia, do PSDB de Minas Gerais.

Do PT (4):

Paulo Rocha, do PT do Pará;

Humberto Costa, do PT de Pernambuco;

Jorge Viana, do PT do Acre;

Lindbergh Farias, do PT do Rio de Janeiro.

Do PSB (3):

Fernando Bezerra Coelho, do PSB de Pernambuco;

Lidice da Mata, do PSB da Bahia;

Dalírio Beber, do PSDB de Santa Catarina;

Do DEM (2):

José Agripino Maia, do DEM do Rio Grande do Norte;

Maria do Carmo Alves, do DEM de Sergipe.

Do PP (2):

Ciro Nogueira, do PP do Piauí;

Ivo Cassol, do PP de Rondônia.

Do PCdoB (1):

Vanessa Grazziotin, do PCdoB do Amazonas.

Do PTC (1):

Fernando Collor de Mello, do PTC de Alagoas.

Do PSD (1):

Omar Aziz, do PSD do Amazonas

OS DEPUTADOS FEDERAIS

Do PT (11):

Marco Maia, do Rio Grande do Sul;

Carlos Zarattini, de São Paulo;

Nelson Pellegrino, da Bahia;

Maria do Rosário, do Rio Grande do Sul;

Vicente "Vicentinho" Paulo da Silva, de São Paulo;

Zeca Dirceu, de São Paulo;

Vander Loubet, do Mato Grosso do Sul;

Zeca do PT, do Mato Grosso do Sul;

Vicente Cândido, de São Paulo;

Décio Neri de Lima, de Santa Catarina;

Arlindo Chinaglia, de São Paulo.

Do DEM (5):

Rodrigo Maia, do Rio de Janeiro;

José Carlos Aleluia, da Bahia;

Felipe Maia, do Rio Grande do Norte;

Onyx Lorenzoni, do Rio Grande do Sul.

Rodrigo Garcia, de São Paulo.

Do PP (5):

Mário Negromonte Jr., da Bahia;

Paulo Henrique Lustosa, do Ceará;

Cacá Leão, da Bahia;

Dimas Fabiano Toledo, de Minas Gerais;

Júlio Lopes, do Rio de Janeiro.

Do PSDB (4):

Jutahy Júnior, da Bahia;

Yeda Crusius, do Rio Grande do Sul;

João Paulo Papa, de São Paulo;

Betinho Gomes, de Pernambuco.

Do PMDB (4):

Jarbas de Andrade Vasconcelos, de Pernambuco;

Pedro Paulo, do Rio de Janeiro;

Lúcio Vieira Lima, da Bahia;

Daniel Vilela, de Goiás.

Do PR (3):

João Carlos Bacelar, da Bahia;

Milton Monti, de São Paulo;

Alfredo Nascimento, do Amazonas.

Do PRB (2):

- Beto Mansur, de São Paulo;

- Celso Russomano, de São Paulo.

Do PSB (2):

José Reinaldo, do Maranhão, por fatos de quando era governador do Maranhão;

Heráclito Fortes, do Piauí.

Do PSD (2):

Fábio Faria, do Rio Grande do Norte;

Antônio Brito, da Bahia.

Do Solidariedade (1):

Paulinho da Força, de São Paulo.

Do PCdoB (1):

Daniel Almeida, da Bahia.

Do PPS (1):

Arthur Oliveira Maia, da Bahia.

Do PTB (1):

Paes Landim, do Piauí.

Gulosos. A comunista, também catarinense de Videira, mas senadora pelo Amazonas e que posa de santa, Vanessa Grazziotin, PCdoB, não só teve verbas da Odebrechet, mas seu marido, Eron Bezerra.

Outra. Nem todas doações podem ser consideradas ilegais para caixa dois de campanhas ou propinas, para caixa 1, mas decorrentes de pagamento de benefício obtido ou prometido. É isto que a investigação autorizada para a Procuradoria pelo Supremo Tribunal Federal, vai configurar no inquérito. E isso vai demorar talvez mais de um ano para ser esclarecida. É assim que funciona o Foro Privilegiado, porque o STF não é um Tribunal Criminal
Herculano
11/04/2017 18:00
JORNAL O ESTADO DE S. PAULO SAIU NA FRENTE. PUBLICOU COM EXCLUSIVIDADE A RELAÇÃO DOS 83 INQUÉRITOS QUE O MINISTRO FACHIN MANDOU ABRIR NA LAVA JATOS CONTRA OS POLÍTICOS

De Santa Catarina estão o senador Dalírio Beber, PSDB; o deputado Federal Décio Neri de Lima e sua mulher, a deputada estadual Ana Paula Lima, ambos do PT; e o prefeito de Blumenau, Napoleão Bernardes, PSDB.
Sidnei Luis Reinert
11/04/2017 12:52
Na Lava Jato, "amigo de ânus é pênis"


Edição do Alerta Total ?" www.alertatotal.net
Por Jorge Serrão - serrao@alertatotal.net

É gigantesca a chance de Luiz Inácio Lula da Silva acabar condenado e preso em pelo menos um dos processos ao qual responde por corrupção. Não há certeza de que, no dia 3 de maio, o juiz Sérgio Moro aproveite a ida de Lula a Curitiba, para um depoimento, e acabe deixando-o por lá, preso provisória ou preventivamente. Outra dúvida é se o depoimento dado ontem por Marcelo Bahia Odebrecht realmente arrasou com Lula e outros poderosos da Petelândia.

Vazou que Odebrecht confirmou que os apelidos nas planilhas de pagamento de propinas do "Setor de Operações Estruturadas da Odebrecht eram mesmo dos petistas. "Amigo" se referia a Lula. O ex-presidente da transnacional baiana confirmou que são reais duas planilhas que registravam pagamentos ao chefão do PT. A primeira, datada de 31 de junho de 2012, revela R$ 23 milhões à disposição de Lula. A segunda, de 31 de março de 2014, indica um saldo de R$ 10 milhões para o mesmo destinatário.

Os saques para Lula aparecem na tabela "Programa B". Segundo Marcelo Odebrecht delatou ao juiz Sérgio Moro, quem repassava dinheiro a Lula, segundo Odebrecht, era Branislav Kontic, assessor do "Italiano" ?" codinome de Antônio Palocci Filho. Guido Mantega era o "Pós-Italiano". A planilha "posição italiano" indica a movimentação de R$ 128 milhões que, segundo a força-tarefa da Lava-Jato, teriam sido destinados ao PT e movimentados por Palocci. O saldo da conta era de R$ 79,5 milhões em 2012.

O fato gravíssimo é que todas essas informações vazaram, em tempo real, ao site "O Antagonista". O Advogado José Roberto Batocchio, que defende Lula, Palocci e Mantega, reclamou na hora da audiência com Odebrecht. Sérgio Moro teve até de constar na ata judicial que nem ele ou servidora da Justiça que acompanhou a audiência, estavam com celulares na sala, para vazar algo que se queria em sigilo. Os petistas negaram o vazamento. Policiais Federais, na escolta a presos, e procuradores federais também mostraram celulares para comprovar que não foram os autores do crime.

A estorinha vai render... Lula segue jurando que não é o "amigo". Mas, depois dessa delação de Odebrecht, e do vazamento do conteúdo da audiência, com certeza, Marcelo já entra para o time de "inimigos" da Petelândia. A casa de alguém vai desabar, em breve... Por enquanto, vigora o ditado popular chulo, repetido em horas impróprias pelo mal educado Negão da Chatuba: "Amigo de ânus é pênis"...

A turma do Serginho Cabral que o diga. A Lava Jato prendeu hoje o ex-secretário de Saúde Sérgio Cortes... A Operação Fratura exposta vai doer, tanto quanto quem já tomou no TCE ou pode ainda tomar no TCU. Os amigos dos amigos que se cuidem... A corrupção tupiniquim é pornográfica...
Laura
11/04/2017 11:15
Ilhota em Chamas!!!

Sou natural de Gaspar mas moro a 21 anos em Ilhota. Da muita raiva de ver como esses políticos fazem o jogo sujo. Esse ex prefeito de Luiz Alves Viland Bork já praticava essa mesma artimanha de encher a prefeitura com gente sem necessidade, gastando nosso dinheiro, fazendo pouco caso, tudo isso para se beneficiar na próxima eleição com seus cabos eleitorais. Eu acho que ele pensam que somos tanso.

M. Aurelio
11/04/2017 08:41
A Farra dos comissionados em Ilhota está absurda.
Em 4 meses o Cerveró de Ilhota entubou na prefeitura o 3 vezes mais comissionados que o Ex prefeito Daniel Bosi. Fugindo totalmente do que prometeu em campanha. Sem falar da invasão de ex funcionários de Luis Alves que vieram de carona com o secretário de Obras , aquele ex prefeito de Luis Alves, que esta trazendo todo mundo de lá pra cá. Tudo em cargo comissionado ocupando as vagas de quem fez concurso publico e ainda espera ser chamado . Tem até a nova chefe de Gabinete que veio de Luis Alves pra trabalhar de na divisão de compras do município. Isso pode? Não é disvio de função? Nada contra o povo de Luis Alves, desde que venham trazendo uma cachacinha, por que só tomando um porrete pra tolerar as desaventuras desse prefeito e sua corja. Sem falar do seu pequeno príncipe, que acha que a prefeitura de ilhota é o seu playgraud. Mandando desmandando nos servidores. Cadê o Ministério Publico pessoal?
Herculano
11/04/2017 07:06
POLICIA FEDERAL NAS RUAS NESTA MANHÃ DE TERÇA-FEIRA NA BUSCA MAIS LADRÕES DO PMDB DE CABRAL

Conteúdo do jornal O Estado de S. Paulo. Texto de Fausto Macedo e Julia Affonso. A Polícia Federal abriu nesta terça-feira, 11, mais uma operação mirando a gestão do ex-governador Sérfio Cabral (PMDB). O ex-secretário de saúde Sérgio Côrtes (2007 a 2013) e dois empresários foram presos.
A investigação mira em fraudes no fornecimento de próteses ao Instituto Nacional de Traumatologia e Ortopedia. A operação tem base na delação do ex-subsecretário de saúde Cesar Romero Viana Junior.
A empresa Oscar Iskin, ligada aos empresários Miguel Skin e Gustavo Estellita, alvos de mandado de prisão, teria sido favorecida por Sérgio Côrtes.

A propina chegaria a 10% do valores dos contratos. Cerca de 5% ficaria para Sérgio Cabral e 2% para Côrtes.
São cumpridos três mandados de prisão preventiva e dois de condução coercitiva.
Herculano
11/04/2017 07:02
ELE NEGAVA. VOLTOU ATRÁS E DELATOU. OS OUTROS NEGAM, DIANTE DE TANTAS PROVAS, INCLUSIVE DE QUE SÃO ANTES DE TUDO MENTIROSOS CONTUMAZES. QUEM ACREDITA? JUÍZES? A POPULAÇÃO ALFABETIZADA, ESCLARECIDA E INFORMADA, NÃO!

MARCELO ODEBRECHET RELATA PAGAMENTO DE R$13 MILHÕES PARA LULA

Conteúdo do jornal Folha de S. Paulo. Texto de Bela Megale, da sucursal de Brasília e Estelita Hass Carazzai, de Curitiba. O empresário Marcelo Odebrecht prestou nesta segunda (10) o primeiro depoimento ao juiz Sergio Moro depois de fechar delação premiada.

Herdeiro do grupo Odebrecht, Marcelo reafirmou que Lula tinha o apelido de "Amigo" em suas anotações, segundo a Folha apurou.

Ele detalhou que a empreiteira tinha uma conta com esse codinome usada para fazer repasses vinculados ao ex-presidente.
Entre os repasses informados por Marcelo no depoimento estão pagamentos feitos ao Instituto Lula que seriam usados em um prédio que abrigaria a entidade e também R$ 50 milhões direcionados à campanha de Dilma Rousseff por meio do ex-ministro Guido Mantega.

Ele também relatou o repasse de R$ 13 milhões em espécie que teriam sido entregues ao ex-presidente. Segundo a Folha apurou, o empresário disse que o dinheiro saiu da conta "Amigo" e foi pago em parcelas ao longo de 2012 e 2013. Na planilha da Odebrecht esses pagamentos aparecem associados a "Programa B", referência a Branislav Kontic, assessor do ex-ministro Antonio Palocci, e está dividido em seis vezes.

A reportagem apurou que Marcelo reafirmou que Palocci, que foi ministro nas gestões Lula e Dilma Rousseff, era o "Italiano" apontado em planilha de repasses de propina da empresa.

O empresário detalhou os mecanismos de pagamento de vantagens indevidas a Palocci que, segundo ele, era o principal interlocutor da empresa no governo Lula.

A íntegra do depoimento está sob sigilo, assim como o acordo de delação premiada dos executivos da empreiteira, que ainda não foi tornado público pelo STF (Supremo Tribunal Federal).

O interrogatório fez parte da ação contra Palocci, acusado de interceder em favor dos interesses da empreiteira. Ele foi mencionado em planilhas apreendidas na empreiteira que demonstram o pagamento de R$ 128 milhões em vantagens indevidas, segundo a denúncia.

Marcelo apontou Mantega como o sucessor de Palocci no contato com a Odebrecht, sendo ele o "Pós-Itália" na planilha apreendida pela PF.

O advogado Nabor Bulhões, que defende Marcelo, não conversou com a imprensa sobre a audiência. Durante o interrogatório, Moro foi informado da publicação de trechos da audiência na imprensa. Ele prometeu apurar o vazamento.

OUTRO LADO

O Instituto Lula disse que o ex-presidente nunca pediu valor indevido à Odebrecht. "Lula não tem nenhuma relação com qualquer planilha na qual outros possam se referir a ele como "Amigo" (...) Por isso não lhe cabe comentar depoimento sob sigilo de Justiça vazado seletivamente e de forma ilegal."

O advogado de Palocci, José Roberto Batochio, não quis comentar o teor da audiência, sob o argumento de que ela está em segredo de Justiça. Ele vem afirmando que o ex-ministro é inocente e que "Italiano" não se refere a Palocci, mas "é um apelido em busca de um personagem".

Mantega tem negado irregularidades
Herculano
11/04/2017 06:55
da série: e ele jurava que era o mais pobre, o mais honesto da face da terra...imagina-se que nunca jurou isso

MARCELO ODEBRECHET:R$ 13 MILHÕES A LULA, O "AMIGO" DE FÉ. EM ESPÉCIE! por Marcelo Odebrechet, de Veja.

O PT deu início no fim de semana passado ao processo que acabará resultando na nova direção do partido. Foi um troço melancólico. As coisas se explicam. A situação de Luiz Inácio Lula da Silva, o chefe máximo da legenda, que já não era confortável, ficou pior depois do depoimento de Marcelo Odebrecht, nesta segunda, a Sergio Moro. E com vazamento quase simultâneo. O juiz diz que vai mandar apurar. Entendo. Adiante.

Marcelo depôs no processo em que Antonio Palocci, ex-ministro da Fazenda, é acusado de ter intermediado o recebimento de R$ 128 milhões. O empresário confirmou ao juiz o que já se sabe que dissera em delação premiada. Sim, Palocci era mesmo o "Italiano" na tal lista de codinomes. E Lula, ora, ora, o "Amigo" - de fé, irmão, camarada? Parceiro de tantos caminhos, de tantas jornadas.

"Amigo" também era o nome de uma espécie de conta corrente da empreiteira vinculada ao ex-presidente. Ali, eram feitas as anotações de recursos que estariam diretamente relacionadas ao Todo-Poderoso do PT. É o caso dos R$ 50 milhões doados à campanha de Dilma, em 2014, ainda como pagamento de propina por Medida Provisória assinada por Lula, em 2009, que beneficiou a Braskem, do Grupo Odebrecht. Nesse caso, o acerto teria sido feito por Guido Mantega.

Mas há mais. E é neste ponto que a situação pode se complicar para Lula ?" como se já fosse simples. Marcelo relatou o pagamento ao próprio Lula, em espécie, de R$ 13 milhões. "Em espécie", como vocês sabem, quer dizer dinheiro vivo. Nas anotações da Odebrecht, essa grana aparece associada ao "Plano B" ?" referência a Branislav Kontic, assessor de Palocci, e está dividida em seis parcelas.

O Instituto Lula deu a seguinte resposta à reportagem: "Lula não tem nenhuma relação com qualquer planilha na qual outros possam se referir a ele como "Amigo" (?) Por isso não lhe cabe comentar depoimento sob sigilo de Justiça vazado seletivamente e de forma ilegal".

Na semana passada, bateu um pânico bravo no comando do PT. Palocci estaria, digamos, fraquejando e pensando em fazer delação premiada. Até agora, não se tem confirmação nenhuma. Uma coisa é certa: se não o fizer, a chance de amargar muito tempo em regime fechado é gigantesca.

Por que o PT se preocupa? Bem, gente com o tamanho de Palocci, ao delatar também para cima, só pode atingir uma pessoa: adivinhem quem.

Outro dado deixa os petistas especialmente incomodados: essa acusação não vincula o dinheiro a operações partidárias, como os R$ 50 milhões em propina que teriam ido para a campanha de Dilma. Os R$ 13 milhões ficam com jeito de grana repassada para, digamos, o fluxo de caixa do indivíduo Lula
Herculano
11/04/2017 04:57
O MELHOR RESUMO DO DEPOIMENTO DE MARCELO ODEBRECHET

"Dá para imaginar o pesar com que muitos jornalistas terão de dar a notícia de que o seu chefe supremo foi entregue por Marcelo Odebrecht", por Mário Sabino, de O Antagonista, e ex-editor chefe de Veja, referindo-se ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, PT. As provas de que ele era de forma inquestionável o chefe da quadrilha e do crime organizado que assaltou os cofres da República com ajuda de empresários amigos e sacanas.
Herculano
11/04/2017 04:50
"É DE SE LAMENTAR", DIZ MORO SOBRE VAZAMENTO DO INTERROGATóRIO DO DELATOR

Conteúdo do jornal O Estado de S. Paulo. Texto de Julia Affonso, Fábio Serapião, Ricardo Brandt e Fausto Macedo. Onho de 2015, em Curitiba. O interrogatório do empresário Marcelo Odebrecht, que deveria ficar sob o mais rigoroso sigilo por ordem judicial, foi 'transmitido online' pelo site O Antagonista nesta segunda-feira, 10. Os detalhes mais importantes do relato do delator - ouvido pelo juiz federal Sérgio Moro, da Operação Lava Jato -, inclusive sobre suposto repasse de R$ 13 milhões para o ex-presidente Lula, foram levados em tempo real aos leitores do site.

O feito do Antagonista provocou um tumulto ainda na sala de audiências do Fórum Federal de Curitiba, base de Moro e da Lava Jato, quando o criminalista José Roberto Batochio, defensor do ex-ministro Antônio Palocci (Fazenda-Casa Civil/Governos Lula e Dilma) - réu no processo ao lado de Odebrecht por corrupção e lavagem de dinheiro -, alertou o magistrado sobre o incrível vazamento on line.

"Após rápida checagem do site, o Juízo constatou que de fato teria reprodução de afirmações do depoente Marcelo Odebrecht que só poderiam ter saído desta sala", assinalou Moro no Termo de Audiência.

Em meio a um clima de desconfiança geral, os advogados dos acusados, os representantes do Ministério Público Federal e os policiais federais que estavam na sala se dispuseram, 'por iniciativa própria', a mostrar seus aparelhos celulares para demonstrar que não seriam os responsáveis pelo vazamento.

Moro anotou que não caberia a ele exigir a apresentação dos celulares, por envolver questões relativas a sigilo profissional, mas se dispôs a examinar rapidamente aqueles que se dispusessem a mostrá-los, 'sem porém exigir a apresentação'.

Voluntariamente, mostraram os aparelhos celulares e outros aparelhos eletrônicos 'e por sua própria iniciativa' os policiais federais, que faziam a escolta de Odebrecht, os procuradores da República, e 24 advogados de todos os réus na ação ?" além de Odebrecht e Palocci, outros 13 acusados por corrupção e lavagem de dinheiro.

Os advogados que entregaram seus celulares são: Antonio Nabor Areias Bulhões, Maria Francisca Sofia Nedeff Santos, Alexanáre Knoptholz, Carlos da Silva Fontes Filho, Rafael Souto Monteagudo, Marta Pacheco Kramer, José Roberto Batochio, Guilherme Otávio Batochio, Juliano Campeio Prestes, Elaine Angel, Carlos Chammas Filho, Philippe Alves do Nascimento, Valdeque Borges Santos, Paula Sion de Souza Naves, Bruno Salles Pereira Ribeiro, Thiago Tibinka Neuwert, Giulianne Macedo Goedert, Ricardo Mathias Lamers, Vicente Bomfim, Eduardo Sanz de Oliveira e Silva, Bruno Augusto Gonçalves Vianna, Diogo Uehbe Lima, Juliana Fonseca de Azevedo e Joana Paula Gonçalves Menezes Batista.
"Nada foi constatado pelo julgador", registrou Moro.

"Não foi necessária a apresentação dos aparelhos daqueles que chegaram depois do depoimento de Marcelo Odebrecht e fica consignado que os defensores Luiz Guilherme Costa Pellizzaro e Rodolfo Herold Martins saíram antes do término do depoimento de Marcelo Odebrecht e da produção do trecho vazado."

O juiz acrescentou que ele próprio não estava de posse de seu celular. "Fica ainda registrado que nem a servidora que acompanhou a audiência, nem o julgador, estão na posse de aparelho celular na audiência e ainda que haveria uma impossibilidade física de vazamento, já que ocupados com a audiência."

"Quanto ao episódio do vazamento de trechos pontuais, é de se lamentar o ocorrido", observou o magistrado da Lava Jato. "Apesar da voluntariedade da providência acima, nada foi elucidado. Querendo providências, caberão às partes requerer o que entenderem pertinentes em três dias."
Herculano
11/04/2017 04:40
UMA OPINIÃO

"Cabe ao jornalismo sério questionar, cutucar e fiscalizar. Jornalismo não é torcida nem pau mandado do governo como nos anos do PT", Silvio Navarro, jornalista.
Herculano
11/04/2017 04:35
NEGOCIATA DE SUBMARINOS SEGUIU MODELITO LULA, por Cláudio Humberto, na coluna que publicou hoje nos jornais brasileiros

A compra de cinco submarinos franceses por R$ 31 bilhões, durante o governo Lula, seguiu o mesmo modelo das negociatas investigadas na Operação Janus, da Policia Federal, onde o ex-presidente é suspeito de tráfico internacional de influência em favor da Odebrecht. Segundo as investigações, Lula garantia financiamento do BNDES em conversas com dignitários de países, desde que a Odebrecht executasse a obra. Na compra dos submarinos, exigência idêntica foi feita aos franceses.

BASE DA TRAMóIA
A estatal francesa DNSC subcontratou a Odebrecht por R$ 3,3 bilhões, por exigência do governo Lula, para construir uma base e um estaleiro.

TUDO SIGILOSO
Nem mesmo órgãos de controle como Tribunal de Contas da União tinham acesso a contratos de financiamentos do BNDES no exterior.

TUDO SECRETO
O governo Lula alegava "sigilo bancário" nos financiamentos de obras lá fora e o caráter "secreto" dos acordo bilaterais com outros países.

DE PAI PARA FILHO
Para garantir obras à Odebrecht, Lula ofereceria a países financiados juros mínimos e generosa carência de 25 anos para começar a pagar.

LENIÊNCIA: ESQUEMA TENTA EXCLUIR TCU DOS ACORDOS
Continua poderoso no Congresso o lobby das empreiteiras acusadas de roubar a Petrobras. Dias depois de declarar inidôneas seis delas e abrir ações idênticas contra outras 21, o Tribunal de Contas da União (TCU) pode ser excluído da análise dos acordos. É o que prevê projeto proposto pelo deputado e ministro Raul Jungmann (Defesa) e relatado por Vicente Cândido (PT-SP), ambos citados na Operação Lava Jato.

TOCOU O GONGO
O projeto de Jungmann, proposto em 2015, só não foi votado na quarta (5) porque o deputado Edmilson Rodrigues (Psol-AP) pediu adiamento.

OLHO VIVO
O projeto Jungmann deve ser colocado em votação, na Comissão de Finanças da Câmara, nesta semana esvaziada pela Semana Santa.

ESQUEMÃO FORTE
Criados por petistas da CGU para "preservar as empresas", acordos de leniência só protegem os donos, ainda mais ricos depois do "petrolão".

MINEIROS AVALIAM PIMENTEL
São ruins os números do governador de Minas, Fernando Pimentel (PT), mas não uma tragédia: segundo o Paraná Pesquisas, 52,1% o desaprovam e 43% o aprovam. Mas hoje perderia a disputa pela reeleição para o PSDB, tanto para Aécio quanto para Anastasia.

REJEIÇÃO EM ALTA
Aécio Neves é muito querido pelos mineiros, mas 36,9% dos eleitores ouvidos pelo Paraná Pesquisas acham que ele não deveria disputar a eleição de 2018. Quase todos, claro, eleitores do PT.

SUSPEITA DE FRAUDE
A CPI da Lei Rouanet investiga captação de R$1,2 milhão pelo maestro Solielson Goethe para orquestra criada às vésperas das apresentações em fazenda da destilaria de álcool Colorado, patrocinadora do evento.

ATÉ NO ESCONDIDINHO
Na Conferência sobre o Brasil, em Harvard, o ministro Luís Roberto Barroso (STF) se revelou otimista. Lembrou que vencemos a ditadura e a inflação, que pareciam invencíveis, e pediu: "Faça o melhor possível. E seja bom e correto, mesmo quando ninguém estiver olhando."

MUNDO DA LUA
Dilmista juramentado, Otto Alencar (PSD-BA), da comissão do Refis, diz que Henrique Meirelles (Fazenda), como Joaquim Levy, ignora que "o interior do Nordeste não pode ser tratado como o Sudeste".

É NOSSO
Patina na Comissão de Agricultura da Câmara projeto regulamentando a venda de propriedades a estrangeiros. A previsão é entrar no Brasil R$ 20 bilhões, com as transações. Há resistência. ONGs e países (como China, o mais interessado) ficariam vetados nessas transações.

ALGEMAS NO PARTO
O Senado aprovou projeto que impede que mulheres presas sejam algemadas durante o parto. O projeto havia sido aprovado na Câmara na Semana da Mulher e agora seguirá vai virar lei.

DRAMA FAMILIAR
Um filho da presidente do TRE de Mato Grosso do Sul, Tânia Garcia Freitas Borges, foi preso neste fim de semana com drogas, armas e munição que seriam levadas para São Paulo. A família está devastada.

PERGUNTA EM REDE
Como vive e o que faz Marina Silva entre uma eleição e outra?
Herculano
11/04/2017 04:29
MUDANÇAS NO IR AJUDARIAM A REDUZIR O ROMBO NAS CONTAS PÚBLICAS, por Eduardo Cucolo, no jornal Folha de S. Paulo

Os números não sustentam a crítica de que o presidente Michel Temer pratica uma política econômica recessiva com objetivo de beneficiar grandes bancos.

Para alguns setores da esquerda, fazer superavit, ou seja, gastar menos do que se arrecada para reduzir a dívida pública, é pagar juro a banqueiro. Pois Temer encerrará seu mandato em 2018 com um rombo acumulado de mais de R$ 400 bilhões, três vezes o tamanho do buraco deixado por Dilma.

Será o primeiro presidente desde o fim da hiperinflação que não economizará um real para pagamento da dívida. Só por isso, já mereceria um busto em frente a uma ocupação de prédio público.

Pode ser também o primeiro presidente a deixar o governo com a taxa básica de juros abaixo de dois dígitos (8,5%, pelas projeções do mercado).

Ressalte-se que, no Brasil, os resultados econômicos têm se dado mais por questões de circunstâncias, como estar na Presidência na hora certa (hoje, nem tão certa assim) do que de ideologia (no Brasil, tentar fazer a coisa certa da maneira errada).

O atual presidente, no caso, lida com as hoje inevitáveis quedas da inflação e da arrecadação por causa da crise econômica. Ironicamente, Temer poderá baixar os juros como Dilma sempre quis.

Também deveria seguir o exemplo da antecessora no segundo caso.

Em 2015, Dilma propôs tirar R$ 8 bilhões dos mais de R$ 30 bilhões arrecadados pelo Sistema S, mas foi vencida pela Fiesp. Um projeto do senador tucano Ataídes Oliveira tenta ressuscitar a ideia. No final do mesmo ano, com a ajuda do então aliado Romero Jucá (PMDB-RR), quis aumentar o Imposto de Renda sobre aplicações financeiras (mais R$ 10 bilhões), mas abandonou a ideia.

Por último, tentou aumentar a tributação sobre heranças, doações, atletas e artistas. Por último mesmo. Uma semana depois, Dilma deixou o cargo. E o Wagner Moura ainda reclama do impeachment...
Herculano
11/04/2017 04:22
NÃO DIREI AMÉM Só PORQUE O DEM VIROU TEMER, por Josias de Souza

Filiado ao governista DEM, o deputado gaúcho ?"nix Lorenzonni revelou-se um dos mais ferrenhos críticos do governo na comissão especial da Câmara sobre a reforma da Previdência. Seu nome foi citado em reunião de Michel Temer com ministros e líderes partidários. Até colegas de legenda ?"entre eles o presidente da Câmara Rodrigo Maia (DEM-RJ)?" reprovaram seu comportamento. Informou-se a Temer que o DEM cogita retirar Lorenzonni da comissão. Ele ocupa uma assento de suplente. Mencionou-se na conversa inclusive uma carta de advertência que teria sido enviada ao parlamentar.

Ouvido pela coluna, ?"nix deu de ombros: "Não direi amém para o governo só porque o DEM virou Temer." O partido está representado na Esplanada pelo deputado licenciado Mendonça Filho, titular do Ministério da Educação. E Planalto cobra lealdade. Mas ?"nix não parece disposto a pagar. "Tenho independência. Entre os 158 mil gaúchos a quem devo lealdade e os interesses do governo, vou ficar sempre com a sociedade que me elegeu. Ninguém nega a necessidade de reformar a Previdência. Mas essa reforma proposta pelo governo é muito ruim."

O deputado disse que ninguém o procurou. Realçou que o líder do DEM na Câmara, Pauderney Avelino (AM), tem o seu número de celular. "Ele pode me ligar a qualquer momento, não precisa mandar carta. O líder pode trocar os representantes do partido na comissão a qualquer momento. Se quiserem me tirar, que tirem! Eu não vou pedir para sair."

Na opinião de ?"nix, Temer deveria propor uma reforma restrita a um tópico: a elevação da idade mínima para aposentadoria: 65 anos para homens e mulheres. "Até aí, seria aceitável. E ponto final. O próximo presidente, legitimado pelo voto popular em 2018, faria uma reforma profunda da Previdência. Uma reforma discutida com a sociedade na campanha eleitoral. Não dá para aprovar uma coisa dessas no tranco, como quer o governo. Se fosse a voto hoje, o governo seria derrotado."

O Planalto elabora um mapa de votação na Câmara. Discute-se a sério a hipótese de expurgo dos rebeldes. Nesta terça-feira, Temer reúne-se no Planalto com líderes partidários, ministros e membros da comissão especial. Suplente, ?"nix não foi convidado. O deputado Arthur Maia (PPS-BA) vai expor aos presentes o texto mais recente da reforma, que incorpora suavizações negociadas com Temer. O Planalto espera que, feitos os ajustes, seus aliados digam "amém" no Congresso.
Herculano
11/04/2017 04:19
ESTOU CANSADO DA RELIGIÃO DOS CHEFS: RESTAURANTES NÃO SÃO SANTUÁRIOS, por João pereira Coutinho, sociólogo e escritor português, para o jornal Folha de S. Paulo

O melhor restaurante do mundo? Ora, ora: é o Eleven Madison Park, em Nova York. Parabéns, gente. A sério. Espero nunca vos visitar. Entendam: não é nada de pessoal. Acredito na vossa excelência. Acredito, como dizem os críticos, que a vossa mistura de "cozinha francesa moderna" com "um toque nova-iorquino" é perfeitamente comparável às 72 virgens que existem no paraíso corânico.

Mas eu estou cansado da religião dos chefs. Vocês sabem: a elevação da culinária a um reino metafísico, transcendental, celestial. Todas as semanas, lá aparece mais um chef, com a sua igreja, apresentando o cardápio como se fossem as sagradas escrituras.

Os ingredientes não são ingredientes. São "elementos". Uma refeição não é uma refeição. É uma "experiência". E a comida, em rigor, não é comida. É uma "composição".

Já estive em vários desses santuários. Quando a comida chegava, eu nunca sabia se deveria provar ou rezar. Os meus receios sacrílegos eram acentuados pelo próprio garçom, que depositava o prato na mesa e, em voz baixa, confidenciava o milagre que eu tinha à minha frente:

- Pato defumado com pétalas de tomate e essências de jasmim.

Escutava tudo com reverência, dizia um "obrigado" que soava a "amém" e depois aproximava o garfo trêmulo, com mil receios, para não perturbar o frágil equilíbrio entre as "pétalas" e as "essências".

Em raros casos, sua santidade, o chef, aparecia no final. Para abençoar os comensais. No dia em que beijei a mão de um deles, entendi que deveria apostatar.

E, quando não são santos, são artistas. Um pedaço de carne não é um pedaço de carne. É um "desafio". É o teto da Capela Sistina aguardando pelo seu Michelangelo.

Nem de propósito: espreitei o site do Eleven Madison Park. Tenho uma novidade para dar ao leitor: a partir de 11 de abril, o Eleven vai fazer uma "retrospectiva" (juro, juro) com os 11 melhores pratos dos últimos 11 anos.

"Retrospectiva." Eis a evolução da história da arte ocidental: a pintura rupestre de Lascaux; as esculturas gregas de Fídias; os vitrais da catedral gótica de Chartres; os quadros barrocos de Caravaggio; a tortinha de quiche de ovo do chef Daniel Humm.

Gosto de comer. Gosto de comida. Essas duas frases são ridículas porque, afinal de contas, sou português. E é precisamente por ser português que me tornei um ateu dos "elementos", das "composições" e das "essências". A religião dos chefs, com seu charme diabólico, tem arrasado os restaurantes da minha cidade.

Um deles, que fica aqui no bairro, servia uns "filetes de polvo com arroz do mesmo" que chegou a ser o barômetro das minhas relações amorosas: sempre que estava com uma namorada e começava a pensar no polvo, isso significava que a paixão tinha chegado ao fim.

Duas semanas atrás, voltei ao espaço que reabriu depois das obras. Estranhei: havia música ambiente e a iluminação reduzida imitava as casas de massagens da Tailândia (aviso: querida, se estiveres a ler esta crônica, juro que nunca estive na Tailândia).

Sentei-me. Quando o polvo chegou, olhei para o prato e perguntei ao dono se ele não tinha esquecido alguma coisa. "O quê?", respondeu o insolente. "O microscópio", respondi eu.

Ele soltou uma gargalhada e explicou: "São coisas do chef, doutor." "Qual chef?", insisti. Ele, encolhendo os ombros, respondeu com vergonha: "O Agostinho". O cozinheiro virou chef e o meu polvo virou calamares.

Infelizmente, essa corrupção disseminou-se pela pátria amada. Já escrevi sobre o crime na imprensa lusa. Ninguém acompanhou o meu pranto.

É a música ambiente que substituiu o natural rumor das conversas. É a iluminação de bordel que impede a distinção entre uma azeitona e uma barata. É o hábito chique de nunca deixar as garrafas na mesa, o que significa que o garçom só se apercebe da nossa sede "in extremis" quando existem tremores alcoólicos e outros sinais de abstinência. Meu Deus, onde vamos parar?

Não sei. Mas sei que já tomei providências: no próximo outono, tenciono aprender a caçar. Tudo serve: perdiz, lebre, javali. Depois, com uma fogueira e um espeto, cozinho o bicho como um homem pré-histórico.

O pináculo da civilização é tortinha de quiche de ovo do chef Daniel Humm? Então chegou a hora de regressar às cavernas de Lascaux
Herculano
11/04/2017 04:11
JÁ EM GASPAR ONDE O USO INDEVIDO FOI PARAR NA JUSTIÇA NA ADMINISTRAÇÃO DE PEDRO CELSO ZUCHI, PT, E O SEGREDO CONTINUA... BLUMENAU FAZ MANCHETE AO SANCIONAR LEI QUE DÁ TRANSPARÊNCIA AO DESTINO DAS MULTAS DE TRÂNSITO

Conteúdo do Informe Blumenau. Texto de Alexandre Gonçalves. A assinatura da lei na tarde desta segunda-feira teve um caráter simbólico. O prefeito Napoleão Bernardes (PSDB) usou o espaço do Salão Nobre para reforçar sua política de transparência, implantada desde o começo da sua primeira gestão. E além de tudo, fez questão de dar visibilidade para o projeto de um vereador eleito pela oposição, no caso Gilson Souza, o professor Gilson, do PSD.

"Nós não estamos deixando apenas o legado da transparência, tem um legado maior", destacou o vereador, afirmando que o fato de ser oposição não o impede de buscar harmonia quando há projetos de interesse coletivo. Professor Gilson estava emocionado. Destacou que nesta segunda-feira completava 100 dias de seu mandato de vereador: "é a primeira lei da minha vida, da minha equipe que também é nova, é muita felicidade".

A lei determina que a Prefeitura divulgue o destino dos recursos arrecadados com as multas de trânsito na cidade no Portal Transparência mensalmente.

"Quem não deve não teme, se não tem nada errado porque não escancarar para a população?", foi a reflexão que o presidente da OAB Romualdo Marchinhacki deixou no ar, ao parabenizar o autor da lei e o prefeito Napoleão.

É uma boa iniciativa, pois são muitas dúvidas sobre o destino das multas e desmistificar o que é chamado de "Indústria da Multa".

Para dar mais simbolismo ao ato, a Prefeitura fez questão de já inserir as informações na sanção da lei, sem esperar aqueles prazos regimentais. No site do Município já estão disponíveis dois links. É preciso ir no link "transparência" e procurar na aba "consulta pública". Lá estará "destinação dos recursos das multas" e "regulamentação do destino dos recursos das multas".

A agilidade foi bacana, simbólica, mas sabe aquele ditado que a pressa é inimiga da perfeição?

Para mim, não estão suficientemente claras as informações disponíveis ali.

Costumava ensinar para meu alunos que quando o jornalista não entende do que viu ele não pode passar para seu público.

Eu sinceramente não achei fácil. Mas também não sou muito "expert". Prometo aprimorar-me no assunto.

Em maio a Prefeitura lançará um novo site da Transparência, prometendo mais funcionalidade de navegação e de acesso às informações. Com mais calma, a equipe responsável pelo projeto de transparência deverá aperfeiçoar o bom trabalho que vem sendo desenvolvido até agora.
Herculano
11/04/2017 04:06
DOS 100 DIAS DE GOVERNO DE KLEBER EDSON WAN DALL E AS ESTRELAS DA CAMPANHA

1. Quantas vagas de creches foram criadas sobre o deficit anunciado de 700? E o tal Campus Universitário? Ou a propagação das escolas profissionalizantes?

2. Em quantos dias reduziu efetivamente a burocracia para a criação de empresas em Gaspar? O Alvará provisório está sendo expedido em 24 horas?

3. E a rede cegonha, por que ela não foi implantada? Aliás a saúde pública, a falta de remédios e o atendimento deficiente nos postos de saúde, continuam a gerar as maiores queixas. E a tal prometida vocação do Hospital de Gaspar que continua sob intervenção, sugando dinheiro dos atendimentos ambulatoriais? E as tais pulseiras que seriam implantadas no atendimento do ambulatório prometida para o primeiro dia de governo? O que ela mudou nesse atendimento?

4.Quanto do prometido mapeamento de risco geológico e de alagamentos em Gaspar foi feito? Aliás, quando o tal superintendente da Defesa Civil vai tomar posse? Já se foram quatro meses de enrolação por escolhas de riscos.

5. Enfim, quantas mudas de flores foram plantadas para se esconder os espinhos? Acorda, Gaspar!
Herculano
11/04/2017 03:41
DIGA NÃO AO FUNDO ELEITORAL, por Hélio Schwartsman, no jornal Folha de S. Paulo.

Há correlação positiva entre preço e qualidade. Uma refeição preparada com ingredientes finos por um chef premiado tende a custar mais do que uma feita com produtos ordinários por um cozinheiro medíocre - e provavelmente será mais agradável ao paladar.

A associação não se dá apenas pelo canal das matérias-primas e da mão de obra mas também pela aceitação do mercado. Quanto mais seletivo é o consumidor que você pretende atingir, maior deve ser a qualidade dos produtos a ele oferecidos.

Essas considerações valem para quase tudo, mas não para a política. Você pode injetar bilhões de reais nas campanhas e nem por isso os candidatos ou a democracia se tornarão melhores. E também não é necessário bajular o eleitor mais exigente para que ele se dê ao trabalho de votar no dia da eleição porque, no Brasil, a lei já o obriga a fazer isso.

Aonde quero chegar com essas observações? Simples. Parece-me um despropósito criar um fundo público de R$ 2,2 bilhões para o pleito de 2018 - que se somaria aos já existentes Fundo Partidário e tempo de rádio e TV - quando inexiste uma correlação importante entre nível de gastos na campanha e a qualidade da democracia.

Trocando em miúdos, não há nenhum problema em as campanhas se tornarem subitamente franciscanas, quando se considera que de toda maneira haverá candidatos e o eleitor escolherá seus representantes entre eles.

Ao contrário, levando em conta que a capacidade dos marqueteiros de fazer o cidadão comprar gato por lebre evolui mais rapidamente que a aprendizagem do eleitor, a redução das oportunidades para empurrar ilusões pode até revelar-se benéfica.

Dadas a premência e o espectro da Lava Jato, eu limitaria a reforma política à cláusula de barreira e à proibição das coligações em eleição proporcional, deixando a discussão de mudanças de maior fôlego para a próxima legislatura
Herculano
10/04/2017 21:34
NÃO TEM JEITO. ENQUANTO A MAIORIA, 63%, DOS BRASILEIROS Só SE APOSENTAM AOS 66 ANOS, POLÍTICOS E SERVIDORES ESTÁVEIS DE ALTO COTURNO, SE APOSENTAM COM SALÁRIOS MILIONÁRIOS E SÃO ELES QUE NÃO QUEREM A APROVAÇÃO DA MUDANÇA DA PREVIDÊNCIA, NÃO OS TRABALHADORES A QUEM ENGANAM, PARA SEREM A BUCHA DE CANHÃO À SUA CAUSA PARTICULAR E CRIMINOSA.

SARNEY BRIGA NA JUSTIÇA POR APOSENTADORIAS DE R$ 73 MIL DEPOIS DE OBRIGADO A DEVOLVER DINHEIRO

Conteúdo do Congresso em foco. Texto de Joelma Pereira e Edson Sardinha. Em tempos de crise, Sarney acumula benefícios dos três Poderes. Defesa diz que não há nada ilegal no acúmulo das aposentadorias que excedem o teto

Enquanto milhões de brasileiros aguardam com apreensão as mudanças previstas na reforma da Previdência, o ex-presidente da República e do Senado José Sarney (PMDB) trava uma batalha judicial para manter sua tripla aposentadoria, que lhe garante uma renda de R$ 73 mil por mês. O valor representa mais que o dobro do teto constitucional para o servidor público no país, o salário de um ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), hoje fixado em R$ 33,7 mil. Sarney foi condenado pela Justiça Federal em Brasília a devolver aos cofres públicos tudo o que recebeu acima desse teto desde 2005. O montante anterior não foi cobrado por ter prescrito o prazo de punção judicial ?" ou seja, o Estado perdeu o prazo para reivindicá-lo.

O ex-presidente acumula uma pensão no valor de R$ 30.471,11 mil como ex-governador do Maranhão, outra de R$ 14.278,69 mil, que recebe como servidor aposentado do Tribunal de Justiça maranhense, e mais R$ 29.036,18 mil como ex-senador.

Para a juíza Cristiane Pederzolli Rentzsch, da 21ª Vara Federal, que condenou o senador em 25 de agosto de 2016, a soma desses benefícios não poderia ultrapassar o teto remuneratório fixado pela Constituição. Sarney recorre da decisão. Além de determinar a devolução do dinheiro recebido ilegalmente, a juíza mandou o ex-presidente abrir mão de benefícios para se enquadrar no limite constitucional. Em sua sentença, Cristiane não fixa o valor a ser ressarcido aos cofres públicos. Se for aplicada a atual diferença entre o que o peemedebista embolsa e a remuneração de um ministro do STF, se considerado desde os cinco anos anteriores à data em que o processo foi autuado no tribunal, a conta pode passar dos R$ 4 milhões.

O advogado Marcus Vinicius Coelho, que defende Sarney no processo, argumenta que as remunerações da ativa ?" incluídas na ação iniciada quando o político ainda estava no exercício do mandato - e os "proventos recebidos da inatividade" não podem ser alcançados pelo teto previsto na Constituição. O ex-presidente da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) alega, ainda, que os proventos são pagos por entes federativos diversos. "Assim, não há o extrapolar do teto constitucional", disse Marcus Vinicius ao site.

No recurso entregue à Justiça, a defesa afirma que Sarney já recebe como ex-governador antes da Emenda Constitucional nº 41/2003, que fixou o teto remuneratório, e da própria Constituição de 1988. Embora tenha controlado a política em seu estado por cinco décadas, o peemedebista foi governador do Maranhão por um único mandato, de 1966 a 1970. Tempo suficiente para lhe garantir R$ 30 mil por mês na conta bancária.

O domínio político da família, também representada pela ex-governadora Roseana Sarney, sua filha, só foi quebrado temporariamente pelo governo de Jackson Lago (PDT) e, na última eleição, pelo governador Flávio Dino (PCdoB).

Na folha de pagamento dos servidores aposentados do Tribunal de Justiça, Sarney aparece como analista judiciário. Em fevereiro deste ano, último mês em que é possível fazer a consulta na página do TJMA, seus créditos ficaram em R$ 14.278,69. Feitos os descontos, a aposentadoria líquida ficou em R$ 11.047,41. O Congresso em Foco não conseguiu apurar em que período o ex-presidente trabalhou na corte.

Em resposta ao site, a Secretaria de Gestão e Previdência do Maranhão (Segep-MA) informou que, "até o momento, não existe no órgão nenhum pedido judicial de suspensão" da aposentadoria. Como o caso ainda segue na Justiça, a suspensão só deverá ocorrer após sentença final.

Vantagens pessoais

Em sua decisão, Cristiane Pederzolli contesta a tese de que o acúmulo não está sujeito ao teto. "Na linha de entendimento dos Tribunais Superiores, a partir da edição da EC (Emenda Constitucional) nº 41/2003, nenhum tipo de subsídio, vencimento ou provento ultrapasse o teto fixado, estando as vantagens pessoais incluídas no teto remuneratório", escreveu.

"Por todo o exposto, forçoso concluir que os valores relativos aos 03 (três) vencimentos, de que cuidam o presente caso, recebidos pelo requerido José Sarney incluem-se no cômputo do teto remuneratório constitucional. Portanto, para a aferição da obediência ao teto, tais vencimentos devem ser tomados 'em adição' e não 'em separado'", reforça a magistrada na sentença.

A denúncia ajuizada pelo Ministério Público foi baseada em notícia publicada pelo jornal Folha de S. Paulo, em 6 de agosto de 2009, que mostrou que o então presidente do Senado recebia pelo menos R$ 52 mil dos cofres públicos por mês. Na ocasião, mais do que o dobro permitido pela Constituição, que estabeleceu como teto salarial o subsídio de ministro do Supremo Tribunal Federal, na época de R$ 24.500.

Lava Jato

Este não é o único problema que Sarney enfrenta na Justiça. Desde fevereiro ele é investigado na Operação Lava Jato. O ministro Edson Fachin, responsável pela operação no Supremo Tribunal Federal (STF), autorizou a abertura de inquérito contra o ex-senador por tentativa de obstrução da Lava Jato junto com os senadores Romero Jucá (PMDB-RR) e Renan Calheiros (PMDB-AL), além do ex-diretor da Transpetro Sérgio Machado. Além de embaraço às investigações, todos são acusados de organização criminosa, conforme revelações feitas em delação premiada de Sérgio Machado, que gravou conversas com os políticos.

Dono de uma das carreiras políticas mais longas da história do país, Sarney exerceu mandatos por 59 anos. Desses, 38 anos foram passados no Senado ?" 14 anos pelo Maranhão (entre 1971 e 1985) e 24 pelo Amapá (de 1991 a 2015). Nesse período, presidiu a Casa três vezes. Vice-presidente eleito indiretamente na chapa encabeçada por Tancredo Neves, assumiu o Planalto com a morte do colega, que nem chegou a tomar posse. Seu governo, o primeiro após a ditadura militar, foi marcado por tentativas frustradas de planos econômicos, hiperinflação e baixa popularidade. Mas também é lembrado por marcar a redemocratização do país.
Guilherme Antônio Melquior
10/04/2017 20:33
Sr. Herculano,

Melato, Sombrinha, Lu e mais turma do PP de Gaspar, liderados pelo Executivo do Samae foram ferrenhos defensores de Pizzolati e Gilmar Knasel, este último preso e solto recentemente.
O macaco veio tá muito bravo com o senhor pelos comentários "desnecessários". Be. que o senhor faz mostre-nos a verdade.
Paty Farias
10/04/2017 20:28
Oi, Herculano

"Se eu fosse petista, também estaria desanimado."
Por Mário Sabino - O Antagonista.

O Lulladrão deve estar espumando, pudera, se eLLe quiser se candidatar terá que disputar com Dória, e aí ... perdeu, bandido!
Mariazinha Beata
10/04/2017 20:19
Seu Herculano;

"saiu do emprego na Empresa Prefeitura de Gaspar".

Péssimo trabalhador, péssimo funcionário.
Ainda bem que foi embora.
Bye, bye!
Erva Daninha
10/04/2017 19:57
Oi, Herculano

"NÃO O VOTO EM LISTA":

Não li o nome dos três petistas na lista.
Ah! Esqueci, são três PaTetas.
Herculano
10/04/2017 18:53
O QUE DORIA ROUBOU DE LULA,por Mário Sabino, de O Antagonista.

Ontem o PT fez eleição interna para escolher dirigentes e delegados municipais. A participação foi um fiasco: 200 mil votantes ante 420 mil em 2013. A direção do partido diz que a queda se deve a mudanças na forma da eleição, mas a verdade expressa pelos números é que o entusiasmo dos petistas pelo PT é metade do que era antes da eclosão da Lava Jato, do impeachment de Dilma Rousseff e de o partido sofrer uma derrota acachapante nas urnas em 2016.

Outra notícia ruim para o PT é que uma pesquisa da Fundação Perseu Abramo, noticiada com exclusividade por O Antagonista, mostra que, na periferia de São Paulo, os trabalhadores que votaram em Lula e deixaram de votar em Dilma sonham em empreender e se consideram parceiros dos empresários que os empregam. Mais: eles comparam positivamente Lula a Silvio Santos, como alguém que subiu na vida dentro do sistema capitalista. Podemos concluir que ficou mais difícil vender o baú ideológico do PT, sem contar que Lula é empreendedor do dinheiro alheio, fato que tende a ficar cada vez mais claro à medida que avançam os processos e investigações da Lava Jato. Como era esperado, Marcelo Odebrecht confirmou hoje que o petista é mesmo o "Amigo" da planilha da propina.

Para completar o quadro, tem-se João Doria, que esmagou o PT nas eleições municipais. O Datafolha tentou esconder que 55% dos paulistanos entrevistados pelo instituto agora querem Doria na Presidência da República. Ele não é só o anti-Lula ou o anti-esquerda. É também o tucano anti-tucano. É, principalmente, o anti-Temer, como se verá daqui a alguns meses. Ele tem de suplantar muitas dificuldades para tornar-se candidato (Geraldo Alckmin e os seus operadores na imprensa paulista, por exemplo, trabalham para torpedeá-lo), porém o mais difícil ele conseguiu em tempo recorde: Doria roubou o anti-tudo-isso-que-está-aí de Lula.

Se eu fosse petista, também estaria desanimado.
Herculano
10/04/2017 18:48
"AMPLA DEFESA NÃO VAI AO EXTREMO DE EXIGIR MILHARES DE DOCUMENTOS, DIZ MORO A LULA

Conteúdo do jornal O Estado de S. Paulo. Texto de Julia Affonso e Luiz Vassalo. O juiz federal Sérgio Moro decidiu que não vai requisitar à Petrobrás a liberação de 'dezenas, centenas ou milhares de documentos' solicitados pela defesa do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. No entanto, o magistrado autorizou que o petista 'consulte todos esses documentos requeridos junto à própria Petrobrás, na sede da empresa ou aonde eles estiverem arquivados'.

Para Moro, os papeis pedidos pelos advogados do petista 'são de muito duvidosa relevância ou pertinência para o objeto da ação penal'.

"A ampla defesa não vai ao extremo de exigir a produção de dezenas, centenas ou milhares de documentos da parte adversa sem que tenham pertinência ou relevância para o processo", afirmou Moro.

O petista é acusado de corrupção passiva e lavagem de dinheiro no esquema de cartel e propinas na Petrobrás. A denúncia do Ministério Público Federal sustenta que ele recebeu R$ 3,7 milhões em benefício próprio - de um valor de R$ 87 milhões de corrupção - da empreiteira OAS, entre 2006 e 2012. A defesa de Lula nega taxativamente.

As acusações contra Lula são relativas ao suposto recebimento de vantagens ilícitas da empreiteira OAS por meio de um triplex no Guarujá, litoral de São Paulo, e ao armazenamento de bens do acervo presidencial, mantidos pela Granero de 2011 a 2016.
De acordo com o juiz da Lava Jato, a defesa de Lula quer documentos como 'cópia das eventuais operações de seguro ou de resseguros dos contratos de construção narrados na inicial (denúncia) ou listagem de todos os valores mobiliários, inclusive, mas sem limitação, ações, ADR, debêntures e dívidas, de emissão a Petrobrás, suas subsidiárias e coligadas, no Brasil e no exterior emitidos desde janeiro de 2003'.

"Aparentemente, pretende a defesa demonstrar que as entidades de seguro ou resseguro não teriam detectado corrupção nos contratos da Petrobrás, tampouco a Comissão de Valores Imobiliários ou Securities Exchange Comission. Ora, se não há notícia de que tais entidades detectaram no passado crimes de corrupção, é o que se pode desde logo afirmar, sem a necessidade de requisitar cópias de milhares de documentos para isso", anotou o magistrado.

"Não havendo prova nos autos de que tais entidades tenham detectado tais crimes, é o que se terá presente no julgamento, ou seja, que tais entidades não detectaram, no passado, os crimes de corrução narrados na denúncia. Isso não quer dizer necessariamente que os crimes não ocorreram, já que executados, segundo a denúncia, em segredo."

Na mesma decisão, o juiz autorizou 'apenas por liberalidade' que a defesa de Lula 'consulte todos esses documentos requeridos junto à própria Petrobrás, na sede da empresa ou aonde eles estiverem arquivados, extraindo cópia por sua própria conta e custo'.
"Fica determinado à Petrobrás, na pessoa de seus advogados, que comuniquem à empresa estatal a presente determinação e que ela deverá disponibilizar, em sua própria sede ou no local onde se encontrem armazenados, a referida documentação", observou Moro. "A própria defesa de Luiz Inácio Lula da Silva é quem deve realizar o contato com a Petrobrás, o que deve ser feito por intermédio dos advogados ou de pessoa por eles indicada."
Herculano
10/04/2017 18:43
DELAÇÃO DE DUDA NÃO ENTUSIASMA PROCURADORES, por Josias de Souza

Procuradores da República que integram a força-tarefa da Lava Jato não se entusiasmaram com a perspectiva de obter a colaboração do marqueteiro Duda Mendonça, como sugere a Polícia Federal. Deve-se a resistência à percepção de que, a essa altura, a delação de Duda serviria mais para premiar um reincidente do que para impulsionar as investigações. Nessa versão, o candidato a delator se oferece para abrir portas que a Lava Jato já teria arrombado sem a sua colaboração.

Formulada sem a participação do Ministério Público Federal, a proposta de delação de Duda foi submetida pela Polícia Federal à apreciação do ministro Edson Fachin, relator da Lava Jato no Supremo Tribunal Federal. Cabe a ele homologar ou rejeitar o acordo. Antes de decidir, Fachin levará em conta a manifestação escrita do procurador-geral da República Rodrigo Janot. O mesmo Janot que questiona no Supremo a competência da PF para negociar acordos de colaboração judicial.

Em ação protocolada há um ano, Janot pediu à Suprema Corte que declare a inconstitucionalidade de trechos da lei de combate às organizações criminosas que autorizam a PF a celebrar acordos de colaboração com delatores sozinha. A ação continua pendente de julgamento. A encrenca envolvendo Duda Mendonça pode acelerar o veredicto.

Arrastado para o epicentro do petrolão pela colaboração da Odebrecht, Duda não é um noviço em escândalos. Réu no julgamento do mensalão, ele foi absolvido, junto com a ex-sócia Zilmar Fernandes. Por unanimidade, os ministros do Supremo isentaram a dupla da acusação de evasão de divisas. Por 7 votos a 3, foram inocentados da imputação de lavagem de dinheiro.

Responsáveis pelo marketing da campanha presidencial de Lula em 2002, Duda e Zilmar mantinham um contrato com o PT. O partido devia-lhes dinheiro. Por isso, receberam do Supremo um tratamento diferente do que fora dispensado aos acusados que receberam propinas do esquema operado pelo publicitário Marcos Valério.

Parte do dinheiro devido a Duda foi sacado nos guichês do Banco Rural, na Avenida Paulista, em São Paulo. A verba vinha da SMP&B, agência da qual Valério era sócio. Mas a própria Zilmar, sócia de Duda, foi ao banco. Não enviou intermediários. Algo que levou até o relator Joaquim Barbosa a votar pela absolvição.

Outra parcela da dívida do PT ?"R$ 10,4 milhões?" foi depositada no estrangeiro, na conta de uma empresa aberta por Duda nas Bahamas, a Dusseldorf. Nesse ponto, Barbosa considerou que houve a deliberada intenção de ocultar a verba. E condenou Duda e Zilmar por lavagem de dinheiro. Acompanharam-no apenas dois colegas. Sete togas divergiram. No geral, a maioria dos ministros avaliou que Duda e Zilmar não sabiam -ou talvez não soubessem- que o dinheiro provinha de origem ilícita. Na dúvida, decidiram a favor dos réus.

Visto agora como reincidente, Duda tornou-se um personagem tão manjado que perdeu, por assim dizer, até o benefício da dúvida. Já não pode alegar que desconhecia a origem ilícita das verbas que recebeu. Daí o nariz torcido de parte dos procuradores. No caso mais rumoroso, o marqueteiro embolsou pelo menos R$ 6 milhões saídos do departamento de propinas da Odebrecht.

Negociado com a participação de Michel Temer e a intermediação do ministro Eliseu Padilha (Casa Civil), o dinheiro foi repassado pela empreiteira ao comitê eleitoral de Paulo Skaf, que concorreu ao governo de São Paulo pelo PMDB em 2014. Duda assinou o marketing da campanha de Skaf, presidente da Fiesp. Os defensores da delação de Duda alegam que Janot e os procuradores não terão como rejeitar o acordo, que adicionaria dados valiosos às investigações da Lava Jato. A ver.
Herculano
10/04/2017 18:40
REFORMA DA PREVIDÊNCIA NÃO VAI PREJUDICAR DE MENOR RENDA, DIZ MEIRELLES.O QUE ELE ESCONDE E TRABALHA CONTRA O GOVERNO, QUE A REFORMA VAI CORTAR AS ALTAS APOSENTADORIAS QUE Só É POSSÍVEL NO SERVIÇO PÚBLICO ONDE 3% DOS APOSENTADOS, CONSOMEM 30% DO PREJUÍZO GERADO E PAGO PELOS TRABALHADORES COMUNS

Conteúdo do jornal O Estado de S. Paulo. Texto de Daniela Amorim e Fernanda Nunes, da sucursal do Rio de Janei. A Reforma da Previdência não vai prejudicar o trabalhador de menor renda, declarou nesta segunda-feira o ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, durante o seminário "Previdência Social no Brasil: Aonde Queremos Chegar?" no Rio. Segundo ele, os mais atingidos são os que possuem carteira assinada e os que tiveram condições de contribuir por mais tempo.
Segundo Meirelles, boa parte dos trabalhadores de renda mais baixa entra e sai do mercado de trabalho com mais frequência, portanto tem mais dificuldade de cumprir com o tempo mínimo de contribuição.

"Ele já tende a se aposentar por idade. Quem na realidade se aposenta mais cedo no Brasil é aquele que tem a possibilidade de estar com carteira assinada e estar contribuindo durante todo o seu período de trabalho", afirmou.

Meirelles disse que as regras atuais incentivam os trabalhadores a sair do mercado de trabalho. Ele afirmou que a idade média de aposentadoria no Brasil é de 59,4 anos, enquanto que no México, que teria condições econômicas semelhantes, essa idade é de 72 anos. "Não vou entrar em detalhes, mas quanto mais generosa e mais cara é a previdência maior é a taxa de juros estrutural da economia", ressaltou.

Dívida dos Estados.
O ministro da Fazenda lembrou a grave situação fiscal de Estados como o Rio de Janeiro, que enfrenta dificuldade de pagar a folha de ativos e inativos.
"Grande parte dos Estados estão tendo dificuldades nessa linha, com tendência de insustentabilidade, por causa da Previdência. Portanto, tem que fazer essa reforma agora", defendeu.

Ele afirmou ainda que poucos Estados brasileiros irão adequar-se aos critérios exigidos pelo governo federal para que se enquadrem no regime de recuperação e estarão aptos a receber ajuda da União. "Os Estados têm que fazer cortes muito sérios. Isso limita."

Entre os potenciais beneficiários estão o Rio de Janeiro e o Rio Grande do Sul. Este último ainda analisa se vai aceitar as condições impostas pelo governo federal, disse o ministro, após participar de seminário sobre a reforma da Previdência, no Rio.

"Não há na Lei previsão de ajuda fiscal do governo federal aos Estados", afirmou o ministro, complementando, em seguida, que a suspensão do pagamento de dívidas ao Tesouro, permitida aos Estados que aderirem ao programa do governo federal, é temporária. "As dívidas serão cobradas no futuro", acrescentou.
Herculano
10/04/2017 18:32
VOCÊ DEFENDERIA O RELATIVISMO RELIGIOSO DIANTE DIANTE DO ESTADO ISLÂMICO? por Luiz Felipe Pondé, filósofo, no jornal Folha de S. Paulo

Somos quase todos relativistas. O filme "Silêncio", de Martin Scorsese, dá um excelente exemplo para a discussão do relativismo cultural (cristianismo católico jesuíta x budismo no século 17 no Japão).

Relativismo é um tema antigo. Na filosofia, data, no mínimo, dos diálogos platônicos em debate com sofistas famosos, como Protágoras e Górgias. "O homem é a medida de todas as coisas", segundo Protágoras. Afirmação fundadora do relativismo, que, nos dias de hoje, virou "cada um é cada um". O relativismo sofista foi reforçado pelos achados da antropologia.

O leitor, assustado, me perguntará: O que vem a ser "relativismo nutella"? "Nutella", aqui, é conceito. Produto de uma filosofia das redes, "nutella" significa algo que não é de raiz. Algo inautêntico. Por exemplo, como diz o próprio oráculo das redes, um marxista de raiz viajava para Moscou, um marxista nutella sonha com a Disney e Nova York.

Poderíamos dizer que nutella aqui é sinônimo de "fake", falso. Ou coisa de mimado querendo dizer que é adulto. Nutella é comida de criança. No caso da esquerda, Lênin seguramente teria horror à moçadinha nutella, que se diz revolucionária hoje porque abraça causas via Face. Esclarecido o conceito de "nutella", via filosofia das redes, voltemos ao fenômeno do relativismo nutella.

Pois bem. Minha tese hoje é que quem defende o relativismo em aulas de humanas prega para conversos. Falar de relativismo nas universidades é fácil. Defender o relativismo no Ocidente é praticar relativismo nutella. Discutir um tema que, aparentemente, parece ser corajoso é ser nutella. Hábito comum nosso esse de tratar de questões difíceis em ambientes absolutamente seguros, como defender o direito à diversidade sexual nos cafés da Augusta.

Dizer que os cristãos foram opressores em ambientes ocidentais é ser nutella. A crítica ao colonialismo em restaurantes em Paris é ser nutella. Falar de diversidade cultural ou sexual entre conversos é ser nutella. E como não ser nutella nesse caso?

Proponho que defendamos o relativismo com gente que, de fato, crê que devemos viver segundo uma fé religiosa única. Gente que, de fato, pratica essa fé religiosa única, acreditando que quem não a faz está errado e merece sofrer por conta desse erro. Quero ver alguém defender o relativismo diante de qualquer forma de fundamentalismo religioso.

Você defenderia o relativismo religioso diante de uma assembleia do Estado Islâmico? A defesa nutella de uma ideia pressupõe o ambiente seguro. Como ser de esquerda dando uma entrevista para a maioria dos jornalistas. Ou defender o aborto para feministas. Ou defender a cura gay para evangélicos reacionários.

Claro, dirá o leitor, não há gente assim entre ocidentais. Mesmo cristãos crentes hoje em dia são "soft" em termos de práticas excludentes ou intolerantes. Teólogos ocidentais são os primeiros a admitir que formas distintas de crenças religiosas podem estar em diálogo e mútua tolerância. O traço do relativismo é se conter diante das certezas de cada um. Implica uma certa redução do valor da crença em si. Ou mesmo uma defesa da ideia universal de amor à humanidade como argumento que sustentaria essa tolerância.

Mas, e se alguém recusasse ser amado dessa forma? E se alguém considerasse essa proposta de amor universal um modo de colonialismo em si (como os budistas de "Silêncio") e defendesse a morte desses proponentes do amor universal?

E se alguém considerasse o próprio conceito de humanidade um truque para você ser como ele quer que você seja?

E como passar do relativismo cultural ao multiculturalismo sem defender parques temáticos étnicos? O multiculturalismo pressupõe a anulação artificial da dinâmica humana em si, que é dissolver culturas em formas novas de culturas.

O relativismo funciona bem como conceito quando falado em ambientes seguros, mas funciona mal quando defendido em ambientes que não creem nele como modo de vida. E mais: Quantas vezes por dia você é, de fato, relativista? Normalmente, a regra é: relativiza-se o que, na verdade, já não se acreditava.

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