Por Herculano Domício - Jornal Cruzeiro do Vale

Por Herculano Domício

13/11/2015


SINAIS DA TRAMA I

Na terça, a Câmara de Gaspar rejeitou o Projeto de Lei Complementar 4/2015. Ele dava poderes ao prefeito de plantão hoje e no futuro para redistribuir servidores de suas funções originais definidos por concursos específicos. Abria perigosamente a possibilidade para tanto beneficiar como para prejudicar os servidores por conotação partidária. Como a notícia é velha, e venceu a lógica por apenas um voto (sete a seis), vale a pena ver quem votou a favor deste projeto além dos quatro vereadores do PT: José Hilário Melato, PP, e Giovano Borges, PSD, alinhados do governo de Pedro Celso Zuchi, PT.

SINAIS DA TRAMA II
É com eles dois (Melato e Giovano), mais o vereador Jaime Kirchner, PMDB, que o PT conta para aprovar outro projeto de lei: o 49/2015, que dá para o passado, o presente e o futuro, eternamente, caros e famosos advogados, perícias e pareceres em todas as instâncias para os prefeitos, vices, secretários e vereadores, tirando o dinheiro que está faltando na saúde pública, remédios, educação, pavimentação, manutenção de estradas e obras. Jaime está de férias. Quem votou no seu lugar e contra as pretensões do PT foi o suplente Sérgio Luiz Batista de Almeida, PSDB, ex-presidente do Sintraspug. Em duas semanas, todavia, Jaime estará de volta. E ai...

INDEFESA CIVIL I
O que apareceu na Câmara? O requerimento Nº 178/2015 do suplente de vereador Sérgio Luiz Batista de Almeida, PSDB, ao prefeito Pedro Celso Zuchi, PT. O que ele queria saber? Que destino foi dado à sua (e da vereadora Ivete Mafra Hammes, PMDB, ainda em licença) indicação nº 268/2014, pasmem, do dia 24 de junho de 2014. O que pedia a indicação ao prefeito Pedro Celso Zuchi, PT? Um Projeto de Lei para alterar “dispositivos na Lei n° 3.102, de 22 de maio de 2009, que Cria a Coordenadoria Municipal de Defesa Civil - COMDEC do Município de Gaspar, dispõe sobre o Fundo Municipal de Defesa Civil, altera anexo da Lei nº 2612, de 4 de julho de 2005, revoga dispositivos anteriores e dá outras providências”.

INDEFESA CIVIL II
Sérgio Almeida deve estar brincando. Desde quando a Defesa Civil é algo sério e prioritário aqui em Gaspar e para a administração petista? Se nem a régua oficial para medir o nível do Rio Itajaí-Açú temos; as estações de coleta dados pluviométricos é feita por uma rede de amadores; e as cotas de inundação ninguém sabe direito se existem, é preciso esperar as enchentes para se improvisar, testar e se desmentir. Tudo uma grande experiência com algo muito sério. No Whats App da titular Mari Inez Testoni Theiss, ela fez trolagem com suas amigas na semana passada e deu o tom da Indefesa Civil. “A prefeitura de Gaspar emitiu um alerta solicitando que economizemos água, pois já fazem três horas que não chove e esta seca está se tornando preocupante”. Claro, se chover e encher, todos no Vale sabem que nesta área aqui, o improviso é algo impressionante. Acorda, Gaspar!

PARTIR PARA CIMA
A água bateu no gogó. Não bastassem as pesquisas internas, o deputado Décio Neri de Lima, que era de Blumenau e agora está em Itajaí, mas que manda no PT daqui, ordenou usar massivamente a imprensa, fazer propaganda feitos e bobagens, promessas como assinaturas de contratos, expor os possíveis candidatos, e deixar as portas abertas para todas as composições com PMDB, PSD e PP. A outra orientação é para bater menos na vereadora Andreia Symone Zimmermann Nagel, PSDB. É que com a radicalização, o PT estava fortalecendo a vereadora. Só os petistas daqui não conseguiram ver isso e tantas vezes alertados por entendidos. Tem gente contrariada com a nova orientação, entre eles o próprio presidente do PT local, José Amarildo Rampelotti.

TRAPICHE

Afinal, a verba de R$ 14,7 milhões da ponte do Vale foi depositada como veio aqui afirmar o dono da administração e do PT daqui, o deputado Décio Neri de Lima, que estava em Blumenau e agora migrou para Itajaí? O prazo máximo, da autoridade máxima, amigo de Luiz Inácio Lula da Silva, era 30 de outubro. Hoje é 13 de novembro. Acorda, Gaspar!

O PSDB de Gaspar não tinha vereadores. Agora possui dois na Câmara. Andreia Symone Zimmermann Nagel que saiu do DEM, e o suplente Sérgio Luiz Batista de Almeida, que entrou no lugar de Jaime Kirchner, PMDB, licenciado por 30 dias. É que na última eleição o PSDB estava na coligação com o PMDB e o PV, do Charles Petry, e que agora está no DEM.

O ex-governador e atual deputado estadual, Leonel Arcanjo Pavan, PSDB, e o prefeito Pedro Celso Zuchi, PT, recentemente trocaram algumas palavras. Zuchi quis saber se era para valer a candidatura de Andreia Symone Zimmermann Nagel, PSDB, a prefeita. Teve a confirmação. Zuchi então retrucou: “é a única que tem alguma chance”. E agora? O próprio PT sabe que ele é o responsável por isso tudo ao menosprezá-la na sua determinação?

Fui desmentido, várias vezes e pelo atual presidente do PMDB de Gaspar, Carlos Roberto Pereira. Mas, no dia 27 de outubro, depois de participar da convenção estadual do PMDB, o vogal do diretório daqui, o ex-vereador Antonio Osni Woleck, o Toni da Churrascaria, pediu para sair, onde era tido como um histórico.

Outro histórico que saiu do PMDB de Gaspar foi Tarcísio Nelson Hostin, conhecido como Bia. Com Toni, Bia, Laudelino França, conhecido como Didi, mais um que se foi do PMDB. Kleber Edson Wan Dall, ex-vereador, ex-presidente e pré-candidato a prefeito está em silêncio.

O vereador e presidente do PT, José Amarildo Rampelotti, como líder do partido é o último a falar nas sessões da Câmara. E ai ele se aproveita bem desta situação. Da tribuna e sem conceder apartes, ataca, acusa, mente, faz propaganda falsa como uma franquia nacional de tudo que se vê no ministério Público, Justiça e imprensa. Fica tudo como se verdade fosse.

Na última sessão, Rampelotti acusou a vereadora Andreia Symone Zimmermann Nagel, PSDB, de omissa na solução que a prefeitura tenta dar às condições de trafegabilidade em época de enchentes na ligação da Lagoa, onde ela mora, com a BR-470. Terminada a sessão, Andreia mostrou a indicação 392/2013  e que o prefeito Pedro Celso Zuchi, PT, ignorou e mofou no seu gabinete e na prefeitura por esses dois anos.

Em família. O marido de Andreia, Luiz Nagel, estava presente na sessão. Também correu em socorro dela. Fez relembrar a Rampelotti que ele, Nagel, Rampellotti, o secretário de Obras, Lovídio Carlos Bertoldi, a vereadora e o presidente da Associação, Luiz Brassanini, PT, já se reuniram para buscar uma solução que envolve Ilhota e por isso, difícil. Rampelotti acha que a indicação e a reunião não foram nada. O que vale é o seu discurso e a mentira para enganar os ouvintes e desmoralizar a vereadora e os que não se alinham com ele, Zuchi e o PT. Acorda, Gaspar!

Quando contraria os seus interesses do poder e alianças que arma nos bastidores, o presidente da Câmara, José Hilário Melato, PP, usa o Regimento Interno. Suspendeu a sessão de terça-feira por 15 minutos porque não queria ouvir o murmúrio do plenário contra o PLC 04/2015 e a voz de Luiz Henning.

 

Edição 1724

Comentários

NONO NONO NONO
16/11/2015 20:41
NÃO QUERO ME IDENTIFICAR.PORQUE TRAB NA SECRET DE OBRAS. O LOVIDIO SEMANA PASSADA FILIOU 5 FUNCIONARIOS DA SECRET NO PR.PARECE QUE ELE QUER SER CAMDIDATO A PREFEITO PELO PR E O PT DE VICE COM MARILUCI OU AMARILDO
Mariazinha Beata
16/11/2015 18:59
Sidnei Luis Reinert, concordo com cada palavra de Olavo de Carvalho. E tem quem ainda paga para padre vermelho escrever.

Bye, bye!
Gilberto
16/11/2015 14:21
Resposta a Adalgida

Adalgida, infelizmente é um sonho a criação de um plano de carreira para os funcionários municipais de Gaspar.

O que vale por aqui é o puxa-saquismo, aos amigos do rei vale tudo para beneficiá-los, se não dá para dar cargo comissionado, se dá os mais variadas gratificações , insalubridades, Jarí, horas extras e progressão horizontal é só olharmos o portal de transparência que está tudo lá e foi esse o motivo de demorarem tanto para tornar isso publico.

Não existe interesse por parte do Sindicato em lutar pelos seus associados pois presidente do Sindicato está prestes a se aposentar.

Enquanto não mudar os dirigentes do sindicato ou o tribunal de contas se interessar pelo assunto teremos sempre essa injustiça.
Herculano
16/11/2015 14:16
O PREÇO DA PILHAGEM, editorial do jornal O Estado de S. Paulo

Os prejuízos em que a Petrobrás incorreu por ter aplicado bilhões de reais em dois projetos lançados por mero interesse político-eleitoral do ex-presidente Lula, mas cuja viabilidade havia sido condenada por pareceres internos e diagnósticos realizados por consultorias privadas, são o retrato do modelo de gestão que o governo petista impôs à estatal. As previsíveis e maléficas consequências que a pilhagem da Petrobrás traria para a empresa e para o País vão agora sendo apontadas e aferidas por auditorias como a que o Tribunal de Contas da União (TCU) concluiu há pouco.

Os projetos de duas refinarias premium - uma no Maranhão, outra no Ceará - foram anunciados por Lula em 2008 para agradar aos governadores daqueles Estados. O relatório de uma empresa contratada pela estatal para melhorar a qualidade dos projetos das refinarias levou à redução do custo total delas de US$ 44 bilhões para US$ 33,7 bilhões. Mesmo assim, o risco de prejuízo continuou muito alto, de praticamente 100%, como apontou uma auditoria externa. A diretoria da Petrobrás, por isso, sabia dos riscos.

Sem que os projetos tenham saído do papel, a Petrobrás gastou com eles R$ 2,7 bilhões. Como mandam as práticas contábeis seguidas por empresas sujeitas a auditorias externas, esse valor foi lançado como prejuízo, o que só aconteceu no terceiro trimestre de 2014.

Não apenas a diretoria executiva da estatal, mas também seu Conselho de Administração - na época presidido pela então ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff - tinham informações sobre a má qualidade dos projetos das refinarias. Dadas as evidências das perdas que eles provocaram, o TCU poderá investigar se houve omissão do Conselho de Administração nesses casos.

Grandes festas políticas marcaram o anúncio da construção das duas refinarias - a Premium I em Bacabal (MA), e a Premium II em São Gonçalo do Amarante (CE) - e, depois, o lançamento de suas pedras fundamentais, sempre com a presença de Lula e da então ministra Dilma Rousseff, que vinha sendo preparada pelo presidente para sua sucessão.

No comício que deveria marcar o início das obras da Premium I, no Maranhão - o que, de fato, nunca ocorreu -, com a grandiloquência típica de seu discurso populista, Lula disse que, quando as refinarias passassem a operar, o Nordeste nunca mais seria apontado como a parte pobre do País.

Para mostrar que cumpria a promessa do presidente, em fevereiro de 2010, pouco antes do início da campanha que asseguraria a primeira eleição de Dilma, a diretoria da Petrobrás assinou o contrato de terraplenagem da Refinaria Premium I no valor de R$ 711 milhões com a construtora Galvão Engenharia, investigada na Operação Lava Jato. No mesmo ano, foi assinado o segundo contrato, de US$ 422 milhões, de licenciamento para o uso de tecnologia do projeto básico, assistência técnica e serviços de pré-engenharia. Esses dois contratos, com valores corrigidos, produziram a maior parte do prejuízo contabilizado pela Petrobrás com as Refinarias Premium. De acordo com o TCU, essas obras e serviços foram contratados com antecedência desnecessária, o que pode caracterizar erro de gestão.

Para não admitir a inviabilidade das duas refinarias - determinada por razões técnicas, por mudanças no mercado do petróleo e pela variação da taxa de câmbio -, a Petrobrás tentou alongar o cronograma das obras e aumentar de 25 para 40 anos a vida útil das refinarias. Mas, afinal, acabou tendo de anunciar o abandono dos projetos e arcar com o prejuízo, o que piorou ainda mais os resultados financeiros já severamente prejudicados por uma política irresponsável de preços e pelo esquema de corrupção desvendado pela Lava Jato.

Ao longo da gestão petista, a capacidade financeira da Petrobrás foi dilapidada não apenas pelo vasto esquema de corrupção montado para beneficiar dirigentes da empresa, partidos e políticos da base governista, mas também pela irresponsável transformação da empresa em instrumento político-eleitoral do governo.
Gilberto
16/11/2015 12:58
enquanto em Blumenau o sindicato luta pelos direitos dos funcionários públicos, aqui o sindicato organiza apenas uma festinha de final de ano.
Quando é a nova eleição do sintraspug ?
Sidnei Luis Reinert
16/11/2015 12:17
Quem poderá reagir contra a "gestapo fiscal"?

Boneco do Mourão, ontem, em Brasília

Edição do Alerta Total ?" www.alertatotal.net
Por Jorge Serrão - serrao@alertatotal.net

A maior novidade das manifestações de rua ocorridas domingo (reunindo menos gente que o esperado) foi a entrada em cena, em Brasília, do boneco gigante do General Antônio Mourão - mais novo "herói nacional" (depois do juiz Sérgio Moro). O militar simboliza aquela coragem de emitir um grito patriótico contra tudo de errado no Brasil - onde é preciso haver uma reação concreta e objetiva contra muitos abusos cometidos pela máquina estatal.

Por enquanto fica restrita à gritaria nas redes sociais o protesto contra mais uma inconstitucional medida do desgoverno do crime organizado. Uma Instrução Normativa da Receita Federal, que fere claramente o inciso VII do Artigo 5o da Constituição Federal, vai permitir, na prática, a quebra do sigilo bancário dos contribuintes. Com esta "e-financeira", o fisco se concede poderes de uma gestapo tupiniquim para realizar um cruzamento fiscal até então protegido legalmente.

A IN 1.571/2015 determina que, a partir de dezembro deste ano, bancos, seguradoras, planos de saúde, distribuidoras de títulos e valores mobiliários e demais instituições financeiras, deverão enviar para a Receita Federal, toda a movimentação financeira dos cidadãos. As informações serão mês a mês, e os saldos no final de cada ano de todas as operações que o contribuinte realizou no ano. O Leão quer conhecer, com exatidão, a movimentação financeira detalhada de cada brasileiro (seja pessoa jurídica e física) e assim confrontar os valores informados com os declarados pelo cidadão ou pelas empresas na declaração anual do Imposto de Renda.

A Receita cruzará os dados da e-financeira com o e-social e conferir se tudo coincide com a movimentação declarada pelo contribuinte. Na realidade, ocorrerá uma devassa mês a mês de toda sua movimentação bancária, Planos de Saúde, Cartórios de imóveis, Instituições financeiras, Bolsas de Valores, Cartões de Crédito, Aplicações financeiras por cpf e empréstimos consignados. Nada disso ficará sigiloso para o vigilante Estado Capimunista tupiniquim.

O plano técnico é que, a partir de 2017, as declarações de imposto de renda já sejam preenchidas, automaticamente, pelo sistema da Receita. O cidadão só vai informar se os dados conferem ou não, e por qual motivo. O modelo vai abrir a brecha para perseguições seletivas. Quem garante que aqueles que forem considerados "inimigos do Estado" não vão sofrer um rigor seletivo do fisco?

A Lei Complementar 105 define concretamente que o sigilo bancário engloba "operações ativas ou passivas e serviços prestados" pelas instituições financeiras. Acontece que as gestapos tupiniquins fazem o que querem. Apesar da expressa proteção constitucional, ocorrem quebras de sigilos bancários e fiscais de indivíduos ao arrepio da lei. Instituições bancárias cedem informações resguardadas com sigilo a terceiros ou até mesmo a outras instituições bancárias.

Leia a íntegra da E-Financeira - http://www1.receita.fazenda.gov.br/sistemas/e-financeira/
Almir ILHOTA
16/11/2015 11:25
Caro ILHOTA querida, acredito que deva estar chegando muito próximo de o Daniel ter que devolver 4,5 milhões, pois o TCE, juntamente com o MP, nos processos por improbidade somam mais do que isto, mas como já citei aqui todos tem direito a ampla defesa e ao contraditório, se não deve beleza, mas se deve eles tem que pagar, e alias, o processo do ex prefeito já transitou julgado, e ele já foi condenado? Acho melhor você se informar melhor, e sei que a verdade sobre o atual prefeito deva lhe perturbar, pois o ex ficou 8 anos no governo e este pouco mais de 2 anos, logo....
Ilhota Querida
16/11/2015 08:51
Ao Almir Ilhota,
O atual prefeito tem algum processo para devolver R$ 4,5 milhões aos cofres publicos? Não? Então o dia que ele tiver, ou seja, nunca, daí voce vem falar comigo sobre improbidade administrativa!!!
Herculano
16/11/2015 08:06
O TERROR DE CADA UM, por Valdo Cruz, para o jornal Folha de S. Paulo

Paris gera um alerta mundial contra o terrorismo. As cenas de crueldade perpetradas pelo Estado Islâmico são injustificáveis. Seja lá o argumento que se use: vingança, religioso ou desigualdade.

Há um pouco ou muito de cada um destes componentes na ação dos terroristas. Todos podem e devem ser motivos de protestos. Nenhum dá a liberdade a quem quer que seja para tirar a vida alheia.

Já vivemos momentos piores na história da humanidade. Mas nunca estivemos tão próximos de cada uma destas tragédias como hoje na era da conexão tecnológica global. O que nos torna mais sensíveis a elas ou, pelo menos, deveria.

Afinal, nossas reações não são as mesmas para tragédias semelhantes que ocorrem a cada dia mundo afora. Ficamos mais indignados quando atacam a Paris que conhecemos e visitamos. Nem tanto quando as explosões são em Cabul.

A vida tirada no Afeganistão, onde muitos de nós jamais iremos, vale o mesmo que a subtraída na França, que alguns consideram segunda pátria. Não que isto deva ser motivo para não usar a tragédia de Paris a fim de alterar este caos planetário criado pelo Estado Islâmico.

Pelo contrário. Mas não só lá, em Paris, mas acolá, em Bagdá. E também aqui, nas nossas esquinas e morros, onde uma guerra diária é travada e não nos indignamos com a vida alheia tirada, mas tão somente com a segurança ameaçada.

Tal argumentação não tira um minuto do sono de boa parte dos líderes mundiais, principalmente os ocidentais. Que vão utilizar os atos terroristas de Paris para destruir seus autores e acabarão levando juntos muitos inocentes como os atingidos nas ruas parisienses.

Mas talvez desperte aqui ou acolá o sentimento de que devemos nos indignar com atentados semelhantes onde aconteçam, com quem seja, até com nossos inimigos. Não é nada fácil. Mas se queremos um mundo novo, este é o caminho.
Herculano
16/11/2015 08:04
COMBATE AO TERRORISMO TEM QUE SER REPENSADO, por Ricardo Noblat, de O Globo.

Em mais um espetáculo de horror patrocinado supostamente pela organização terrorista Estado Islâmico, cerca de 150 pessoas foram mortas em Paris, 80 atravessaram esta madrugada com ferimentos e em estado grave, e pelo menos mais 200 foram para casa ou ainda repousam em hospitais com ferimentos leves.

O banho de sangue chocou o mundo e reforçou mais uma vez a forte impressão de que a política contra o terror, assim como foi concebida e está sendo executada pelos Estados Unidos e países aliados, não deu certo até aqui. Pelo contrário: o terror cresceu desde os ataques de 11 de setembro de 2001.

Nas últimas duas semanas, atentados terroristas atingiram Egito, Rússia, Líbano e agora a França. No Líbano, anteontem, um duplo atentado suicida contra um reduto do Hezbollah, na periferia de Beirute, deixou 43 mortos e mais de 200 feridos. Morreram 224 pessoas no avião russo derrubado no Sinai egípcio.

Lembra da Al-Qaeda de Osama Bin Laden? Seu líder foi morto pelos Estados Unidos. A organização perdeu a importância. Foi suplantada amplamente pelo Estado Islâmico, que luta para criar um califado na Síria, recruta jovens na Europa, espalha sua mensagem pelo mundo e detona bombas por toda parte.

Relatório do governo dos Estados Unidos, divulgado em junto último, concluiu que os ataques terroristas no mundo aumentaram em 35% em 2014 frente ao ano anterior. Mais de 60% deles concentraram-se no Iraque, Paquistão, Afeganistão, Índia e Nigéria. Ontem, finalmente, o terror atingiu o coração da Europa.

Tudo indica que pela primeira vez, homens-bomba deixaram seus países para se imolar em atentados em terras estranhas. Células terroristas adormecidas em Paris acordaram para cometer o mais trágico ataque da história recente da França. Há, hoje, naquele país, cerca de 5 mil suspeitos que o governo não dá conta de monitorar.

É provável que terroristas treinados no Oriente Médio estejam entrando neste momento em vários países da Europa como se fossem refugiados políticos em busca de trabalho e paz. Não há como impedir tal infiltração. Ou não foi descoberta ainda uma maneira eficiente e segura de detê-la.

Sempre se dirá que o terrorismo estaria pior se não fosse enfrentado com os métodos atuais. Pode ser. Mas esses métodos não têm bastado. É mais do que hora de rediscuti-los.
Herculano
16/11/2015 07:59
A CARNIFICINA DA VEZ, por Vinicius Motta, para o jornal Folha de S. Paulo

Nos quase quatro anos compreendidos entre janeiro de 2012 e setembro de 2015, 187 pessoas foram assassinadas em Paris. Bastaram três horas na última sexta-feira para oito facínoras islamitas elevarem em 70% aquela cifra.

Homicídios se reduzem no mundo rico. Ao que consta pouco dependentes do ciclo econômico e das características culturais de cada população, as taxas de incidência desse crime declinam, seja na mais conflituosa e armada sociedade dos Estados Unidos, seja na própria França.

O limite da queda parece próximo de ser atingido na Escandinávia. A Suécia registrou 87 assassinatos em 2014, menos de um para cada grupo de 100 mil habitantes. As sociedades contemporâneas talvez encontrem ao redor dessa marca algo como sua "taxa natural" de homicídios.

Assassinatos, de todo modo, tornam-se ocorrência cada vez menos frequente, e em alguns casos quase exótica, nos países desenvolvidos. Quando o grau de tolerância à violação do corpo tende a zero, o índice civilizatório arranha o máximo.

O jihadismo espetaculoso concluiu que trazer de volta os banhos de sangue para centros ultracivilizados como Paris, Nova York, Londres e Madri é proveitoso para sua causa. O contraste entre tais massacres esporádicos e um ambiente de proteção crescente à autonomia do indivíduo desperta nos terroristas a esperança de causar um choque térmico capaz de implodir o edifício cultural do Ocidente.

É um pensamento estúpido, que leva a ações estúpidas. Há quase 15 anos celerados suicidas praticam, em nome de sua religião, carnificinas periódicas em grandes cidades ocidentais. Não lograram alterar nem sequer em um grau a marcha secular civilizatória dessas sociedades.

Ajudaram, na verdade, a fortalecer nesses países a convicção de que alguns adversários do modo de vida ocidental não são dignos de diálogo nem de compreensão.
Herculano
16/11/2015 07:55
OS INTELECTUAIS SÃO DO BEM? por Luiz Felipe Pondé, filósofo, para o jornal Folha de S. Paulo

Tenho me perguntado uma coisa há algum tempo, e o leitor que me acompanha sabe disso. A pergunta que me atormenta é: por que nós intelectuais achamos que somos do bem?

Explico meu estranhamento. Intelectuais são pessoas normais e, portanto, movem-se por interesses que nem sempre podem ser confessados em voz alta. Por exemplo: vaidade, ambição, paixões, racionalizações pragmáticas, inveja, ódio, amor, instintos competitivos; enfim, nada de novo no front. E dinheiro? Claro que sim, mas, em nossa vida de profissionais do saber, normalmente, isso se traduz em "verbas de pesquisa", "horas-aula", "palestras", "concursos".

No fim das contas, é grana. E prestígio, moeda de alto valor em nosso mundo. Principalmente porque esse nosso mundo é pobrinho de grana. Logo, vaidades tomam o lugar da pouca quantidade de grana. Mas mente-se com frequência em relação aos interesses financeiros nesse mundo (principalmente no Brasil, que patina numa mentalidade neolítica contra a sociedade de mercado), normalmente por mera pose. E fatos como esses (refiro-me a esta pose) é que me levam de novo à pergunta inicial: por que nós intelectuais assumimos que somos do bem?

Penso que uma primeira resposta está em nossa vaidade: resta-nos a pose de ser do bem, já que não temos muito dinheiro e, fora do nosso mundo, não temos muito prestígio. Ser do bem é uma vaidade que data, no mínimo, do clero católico medieval. Nós intelectuais somos o novo clero do mundo: posamos de representantes do sumo bem, mas agimos como todo humano miserável, movido pelas mesma paixões dos "ignorantes".

Mas tem mais coisa nesse angu. Qualquer um pode ver esta percepção de que somos do bem no modo arrogante como assumimos que as pessoas comuns são meio idiotas (ainda que não digamos isso claramente). Por exemplo, essa gente iletrada a favor da maioridade penal, contra o aborto, que come carne aos montes, que "acredita na família" (só gente inculta comete esse erro), que pensa que com armas nas mãos pode se defender de bandidos, que acha que o mundo está dividido em "gente de bem" e "bandidos", ou seja, essa gente comum é de uma estupidez que choca nosso intelecto muito mais "bem informado".

Acho que há alguns indícios na própria história da filosofia que alimentam essa vaidade de nos tomarmos como gente do bem a priori. Já Platão, ao reagir à religião grega ou à tragédia, vê sua filosofia como uma "reforma do mundo". Com a chegada do cristianismo na filosofia, a ideia de que os "homens do conhecimento" eram homens de Deus tornou-se uma presunção de superioridade moral ainda maior.

Mas é com o advento do iluminismo francês e da teologização da política por gente como Rousseau e Marx (quem quiser aprofundar essa ideia leia Isaiah Berlin) que a arrogância intelectual chegou ao seu perfil contemporâneo. A política se fez teologia, e nós, seus agentes da graça redentora.

É verdade que quando você estuda mais, você fica com um olhar mais "sofisticado" para o mundo. Mas essa "sofisticação" implica que o saber comum, impregnado no cotidiano de milhares de pessoas, seja menor do que o de uma só pessoa que lê muitos livros? Ou que essa "sofisticação" torna você uma pessoa moralmente melhor? Não creio. Intelectuais aderem a toda forma de humilhação cotidiana de outras pessoas, assim como aderiram a toda forma de violência política no século 20. Mas, ainda assim, minha tribo está segura de que representa o néctar moral do mundo.

Basta ver a história recente do PT (grêmio que reuniu a esmagadora maioria dos intelectuais brasileiros nos últimos tempos) para ver o ridículo dessa gente. E o pior é a pergunta que decorre diretamente da derrocada moral do PT: como esses intelectuais "brilhantes" não foram capazes de enxergar que o glorioso partido era na realidade uma assembleia de gente no mínimo "duvidosa" moralmente? Todos esses anos de estudos para apostar numa entidade corrupta como esta?

Intelectuais não são reserva de moral nenhuma. Não somos os guardiões do bem. E é desse "não" lugar que devemos falar.
Herculano
16/11/2015 07:45
A DELINQUÊNCIA DE DITOS "ANALISTAS" IMPRESSIONA. PARA ELES, TODO SÃO CULPADOS, MENOS OS TERRORISTAS, por Reinado Azevedo, de Veja

Brasil e mundo afora, trapaceiros intelectuais vão buscar as origens do terror nas Cruzadas, no colonialismo, em Israel... Só os criminosos são inocentes

Incrível a delinquência intelectual de alguns ditos analistas ocidentais, inclusive entre nós.

Na sexta-feira, nem consegui registrar o nome do bruto ?" e, em princípio, pouco me interessa ?", um professor de Relações Internacionais da Universidade Federal Fluminense, sugeria na GloboNews que o risco maior dos atentados era a exploração que a direita poderia fazer?

E ele mandou brasa: "Tudo o que o terrorismo islâmico quer é um governo de direita". Uau! Em dez meses, a França, governada pela esquerda, foi alvo de dois atentados brutais. É evidente que há profissionais de primeiríssima linha atuando na emissora. Mas ali também se encontra a gaiola das loucas do esquerdismo chulo.

Mundo afora, acreditem, há gente recuperando o peso que teriam as Cruzadas ?" sim, elas mesmas! ?" no quadro atual, como se o extremismo islâmico contemporâneo tivesse nascido de uma reação ao cristianismo, o que é uma boçalidade. Também não faltam os antissemitas de sempre, que aproveitam para voltar suas baterias contra Israel, como se o jihadismo estivesse preocupado em dar um território aos palestinos.

O colonialismo do século 19, claro!, continua a ser um culpado muito influente. Afinal, estaria na origem da exploração etc. e tal ?" como se o que os próprios muçulmanos fizeram do que herdaram dos europeus não tenha se mostrado muito pior do que aquilo que os colonizadores fizeram quando tinham o poder.

Depois de passar por todas essas culpas é que os valentes admitem, vá lá, que os terroristas também têm lá a sua parcela de responsabilidade
Herculano
16/11/2015 07:37
E AGORA? AVAL DE LULA GARANTIU CONTRATO BILIONÁRIO COM PETROBRÁS, DIZ DELATOR

Conteúdo do jornal Folha de S. Paulo. Texto de Bela Megale. Representantes do grupo Schahin que fecharam um acordo para colaborar com as investigações da Operação Lava Jato indicaram que o aval do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva foi decisivo para que o grupo conseguisse um contrato bilionário com a Petrobras em 2007.

Segundo eles, o contrato foi uma compensação em troca do perdão de uma dívida milionária que o PT tinha com o banco Schahin. Foi o empresário José Carlos Bumlai, amigo do ex-presidente, que mencionou o apoio de Lula a executivos do grupo durante as negociações para livrar o PT da dívida, eles disseram.

As negociações ocorreram no fim de 2006, após a reeleição de Lula, de acordo com um dos depoimentos colhidos pelos procuradores da Lava Jato. Em 2007, poucos meses depois da conversa com Bumlai, a construtora do grupo Schahin assinou com a Petrobras um contrato de US$ 1,6 bilhão para operar o navio-sonda Vitória 10.000.

DELAÇÃO

O episódio foi relatado a procuradores da Lava Jato na semana passada, em Curitiba, por um dos acionistas do grupo, Salim Schahin. Ele controla o grupo com o irmão, Milton. As negociações para que o Schahin colabore com as investigações tiveram início há quase dois meses.

Salim fechou na semana passada acordo de delação premiada em troca de redução da sua pena no futuro, mas o acordo ainda não foi homologado pelo juiz federal Sergio Moro, que conduz os processos da Lava Jato no Paraná.

Representantes do grupo Schahin que participam das negociações disseram que os acionistas não tiveram contato com o ex-presidente Lula, mas acharam suficiente a garantia oferecida por Bumlai de que ele daria seu aval ao contrato do navio-sonda.
Herculano
16/11/2015 07:16
CPI FARÁ DEVASSA NO FINANCAMENO PÚBLICO DO MST, por Cláudio Humberto na coluna que publicou hoje nos jornais brasileiros

Membros da CPI da Funai e Incra articulam a aprovação de requerimento para devassar o financiamento público que banca as atividades do MST. Estão na mira do relator, Nilson Leitão (PSDB-MT), ONGs como a Associação Estadual de Cooperação Agrícola de São Paulo (Aesca), que recebeu muito dinheiro do Ministério do Desenvolvimento Agrário e é suspeita de repassar dinheiro para o caixa da entidade.

Preto no branco

O presidente da CPI, Alceu Moreira (PMDB-RS), diz que o ministro petista Patrus Ananias (Desenvolvimento Agrário) pode ser convocado.

Caso divino

Erika Kokay (PT-DF) tenta barrar a comissão na Justiça. Moreira diz não entender o motivo e alfineta: "PT foge da CPI como o diabo foge da cruz".

ONG: negócio lucrativo

Dados do Contas Abertas apontam que R$ 6 bilhões/ano saem do bolso do contribuinte diretamente para "entidades sem fins lucrativos".

Marcha vermelha

A Marcha das Margaridas (2015) contou com farto dinheiro do governo. Ao menos R$ 855 mil rateados entre Caixa, BNDES e Itaipu Binacional.

CUNHA APOSTA NA LENTIDÃO DA JUSTIÇA DA SUIÇA

O presidente da Câmara, deputado Eduardo Cunha (PMDB), acredita que a Justiça da Suíça deve demorar no mínimo um ano para responder a todos os seus pedidos de esclarecimento. Essa demora poderá retardar por igual período o processo a que responde no Conselho de Ética. Se isso não lhe for concedido, está pronto a recorrer à Justiça, alegando "cerceamento ao direito de ampla defesa".

Aposta perigosa

Eduardo Cunha não deveria apostar todas as suas fichas na estratégia de protelar o processo. A justiça suíça tem sido ágil, em relação a ele.

Tratamento vip

O ministério público suíço também tem sido ágil, e atende prontamente às demandas dos colegas brasileiros. O próprio Cunha que o diga.

Dito e feito

Empresário e senador nordestino (PMDB) há anos disse a esta coluna ser difícil "pegar" o Cunha, mas ele não resistiria a uma investigação.

Mão que lava a outra

O acordo para sepultar a CPI do BNDES passa por Eduardo Cunha, que se comprometeu com Lula a não avançar sobre negócios que podem comprometer as empresas da família do ex-presidente.

Pressão contra Levy

Lulistas críticos de Joaquim Levy levaram indicadores para Dilma, na tentativa de convencê-la a demiti-lo. Até mentem, dizendo que a saída de Levy faria a bolsa subir e o dólar cair. Mas ela não é tão boba assim.

Sangue novo

Deputados federais tucanos de primeiro mandato mandaram um recado para quem deseja suceder ao líder atual, Carlos Sampaio (SP): não aceitam qualquer dos líderes do PSDB dos últimos cinco anos.

Medida autoritária

Com a medida que proíbe o bloqueio de rodovias por caminhoneiros, a Câmara aprovou a convocação do ministro José Eduardo Cardozo. Os ruralistas já avisaram: convocarão Jaques Wagner nesta terça (17).

Vida que segue

O presidente do Conselho de Ética, José Carlos Araújo (PSD-BA), não se impressiona com as sete representações contra deputados: "Quando chega uma nova (representação), a gente toca o barco".

Manobra detectada

É consenso no Congresso: a oposição percebeu o movimento de Eduardo Cunha em sintonia com o governo. "Por isso, a oposição deve ter partido para cima dele", conclui o aliado Artur Lira (PP-PB).

Gato no telhado

"O impeachment de Dilma subiu no telhado", afirma o deputado Betinho Gomes (PSDB-PE), representante tucano no Conselho de Ética da Câmara. Segundo ele, "não seremos usados como moeda de troca".

Os sem-opinião

O que anima Eduardo Cunha na representação por quebra de decoro é a composição do Conselho de Ética. Segundo ele, os deputados eleitos por "voto de opinião" são minoria, o que o beneficiaria.

Pensando bem...

...até d. Elza, se viva fosse, teria dificuldades de acreditar nas versões do filho Eduardo Cunha, sobre a dinheirama na Suíça.
Herculano
15/11/2015 20:45
CRÍTICAS A MORO "REVERBERAM VOZES DO ATRASO", DIZ PRESIDENTE DA AJUFE

Conteúdo de Veja. Texto e entrevista de Walter Nunes, da sucursal de Brasília. Em junho, logo após a prisão do empreiteiro Marcelo Odebrecht na Operação Lava Jato, o juiz federal Sérgio Moro sofreu críticas, sobretudo de advogados, que achavam que as medidas adotadas pelo magistrado eram exageradas. Foi acusado até de manter réus presos como forma de "tortura" para que eles revelassem segredos do esquema de corrupção dentro da Petrobrás. Na ocasião, Moro evitou responder aos críticos. Quem saiu em sua defesa foi o juiz federal Antonio César Bochenek, presidente da Ajufe, a Associação dos Juízes Federais.

Veja -Nos últimos anos, juízes ganharam cada vez mais notoriedade. Sérgio Moro, por exemplo, é aplaudido por onde passa. Por quê?

Antônio César - Os juízes fazem o que sempre fizeram, exercem sua função: ouvem testemunhas, expedem mandados, prolatam condenações criminais. A novidade está na outra ponta: é a notoriedade dos réus -- políticos, empreiteiros, que chama a atenção para a atuação do juiz. A impunidade dos envolvidos em escândalos gera um sentimento de indignação na população, que acaba por aguarda com ansiedade uma resposta do juiz e do Judiciário. Depois de anos sem punião, quando essa equação começa a mudar, pelo próprio amadurecimento democrático do Brasil, é natural que os responsáveis pela transformação recebam destaque na imprensa, nas redes sociais.

Veja - Mas esses juízes também têm sido alvo de críticas, não?

Antônio César -As críticas aos juízes responsáveis pela condução de operações como a Lava-Jato, por exemplo, têm duas origens: ou reverberam as vozes do atraso ou estão impregnadas de valores ideológicos. Nesses tipos de caso, o comportamento dos juízes deve ser exatamente igual ao que deve ser em qualquer processo: dentro da mais estrita legalidade. Os órgãos de Controle do Judiciário - como o Conselho Nacional de Justiça (CNJ) e o Conselho da Justiça Federal (CJF) - estão aí para coibir eventuais abusos. E os recursos judiciais integram os meios processuais e democráticos para a revisão das decisões judiciais, que são passíveis de falhas eventuais.

Veja - O juiz Sérgio Moro e a Ajufe têm defendido, no Congresso Nacional, a aprovação de um projeto que prevê a possibilidade de cumprimento da pena para crimes graves já a partir da condenação em segunda instância, antes do trânsito em julgado. Por quê?

Antônio César - O sistema processual penal brasileiro hoje é protelatório. Há possibilidades infindáveis de atrasar a punição do infrator por meio de recursos, na grande maioria dos casos, só para prolongar o caso. O nosso projeto confere maior eficácia à sentença e ao acórdão condenatório prolatado por tribunal, seja de apelação ou do júri. Isso quer dizer que o condenado por crimes graves como corrupção e lavagem de dinheiro poderá iniciar o cumprimento da pena antes do trânsito em julgado. O objetivo é combater a impunidade e evitar prescrições, pois, diferentemente do dito popular, a justiça que tarda falha. O que nos dá absoluta segurança para defender esse adiantamento do cumprimento da pena é o dado que indica que apenas 1% das condenações criminais são revertidas pelas cortes superiores. Os Estados Unidos e a França, berços do constitucionalismo e das garantias fundamentais, têm legislação semelhante e não dependem de julgamentos de terceira ou quarta instância para a prisão em crimes graves.
sidnei luis reinert
15/11/2015 20:28
De Olavo de Carvalho:

Todos os movimentos de oposição estão corretos, do ponto de vista moral, mas deveriam levar em consideração o seguinte: os comunolarápios não chegaram ao poder tomando Brasília de assalto. Pacientemente, discretamente, foram ocupando cada sindicato, cada sociedade de bairro, cada igreja, cada redação de jornal, cada universidade. Foi um processo lento, invisivel e sistemático que durou cinqüenta anos. O poder deles NÃO ESTÁ em Brasilia nem nas ruas. Está espalhado por todo o território nacional, em milhares de pequenas instituições, cargos, posições. Se não forem desalojados de seus postos, um a um, nunca largarão a rapadura.
Mariazinha Beata
15/11/2015 19:26
Seu Herculano;

Paulo Fillipus me representa em Brasília.

Bye,bye!
Urgente
15/11/2015 17:43
Secretario de saúde de Ilhota, determinou que ambulância transporta-se servidores da sexta feira da região dos baus, para votar na eleição da Associação dos Servidores de Ilhota. Aquela que começou as 5 horas da tarde, e todos os servidores da prefeitura já estava lá.
Herculano
15/11/2015 17:37
CONTRA A CORRUPÇÃO, ROUBALHEIRA, INCOMPETÊNCIA E DESGOVERNO, MANIFESTANTES PEDEM EM BRASÍLIA A SAÍDA DE DILMA VANA ROUSSEFF

Conteúdo do jornal Folha de S. Paulo. Texto de Fábio Monteiro, da sucursal de Brasília. Cerca de 2.000 pessoas, segundo estimativa da Polícia Militar, ocuparam neste domingo (15) o gramado em frente ao Congresso Nacional. Eles pediram o impeachment da presidente Dilma Rousseff, a saída do Partido dos Trabalhadores do governo e o fim da corrupção. Os organizadores estimaram o público em 3.000 pessoas.

Os manifestantes começaram a se concentrar no local por volta das 10h, carregando bandeiras do Brasil, além de faixas e cartazes contrários ao governo. Vários deles levaram os bonecos em miniatura do ex-presidente Lula vestido de presidiário, exemplares que ficaram conhecidos em outras manifestações como "boneco pixuleco".

Um novo boneco inflável foi erguido. Os grupos que pedem a intervenção militar fizeram um boneco homenageando o general Antônio Mourão, que era o responsável pelo Comando Militar do Sul e foi exonerado após duras críticas ao governo Dilma Rousseff. O grupo gastou em torno de R$ 12 mil com o boneco.

Com instrumentos musicais, o grupo também puxou cânticos que citam os presidentes da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ) e do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL).

TENSÃO

Houve momentos de tensão entre os manifestantes e a polícia. Por volta das 13h, um deles tentou furar o bloqueio e acabou sendo detido. O grupo, então, optou por subir para a pista principal da Esplanada dos Ministérios, para protestar em frente ao Palácio do Planalto. Mas o isolamento também impediu que o grupo pudesse avançar. Uma manifestante foi acusada de injuria racial a um policial e também foi presa.

Em alguns momentos, a polícia usou gás de pimenta para dispersar os manifestantes que tentavam invadir o Congresso Nacional.

A maior parte do grupo se dispersou após uma forte chuva que caiu no início da tarde. Mas mesmo no auge do protesto, o número de pessoas que marcaram presença foi bem menor que o registrado em protestos anteriores. Vários manifestantes apontaram diversas razões para o menor público, mas avaliam que houve falta de divulgação e informações mais detalhadas sobre o ato.

Por conta do protesto, o trânsito em toda a Esplanada foi fechado. O cordão de isolamento que protegeu o Congresso também teve participação da Polícia Legislativa.
adalgida
15/11/2015 17:06
PLANO DE CARREIRA E PREVIDÊNCIA PARA OS SERVIDOR MUNICIPAIS DE GASPAR!! AGORDA GASPAR!!
Papa Bagre
15/11/2015 15:55
Ilhota Querida, será por que Daniel Bosi ficou incomodado esta semana na prefeitura com a visita do oficinal de Justiça de Gaspar. Te digo, foi por que tomou conhecimento que esta sendo acusado criminalmente de fraude na licitação de tubos lá em florianopolis, além de estar respondendo em Gaspar por improbidade administrativa.
luis roberto fernado
15/11/2015 15:22
A secretária de desenvolvimento social de Gaspar, não tem alburgue para pessoas em situação de rua e não tem um cras na margem esquerda! acorda gaspar
Pernilongo Irritante
15/11/2015 14:17
Na "A Terra dos Craques - Os Ronaldinhos dos Negócios", não entendo como aquele programa da Globo, Pequenas Empresas-Grandes Negócios, ainda não fez um programa sobre a família do Lula.
É um dos maiores casos de sucesso do empreendedorismo nacional.

De catador de bosta num zoológico a um empresário de sucesso com ganho de R$2,5 milhões da noite para o dia.
Herculano
15/11/2015 13:43
UMA BANDEIRA DE GASPAR EM BRASÍLIA CONTRA A CORRUPÇÃO

Paulo Fillipus, gasparense do Belchior está em Brasília, acampado, na manifestação do Movimento Brasil Livre contra a corrupção e a roubalheira dos políticos, especialmente do governo do PT, PMDB, PP, PSD, PDT, PCdoB.

Onde ele está ou vá, está a bandeira de Gaspar. Nas redes ele conta a luta dos soldados do MST, comandados por Stedeli, que a todo momento teta invadir e intimidar os acampados. Para eles, conforme relato de Fillipus, protestos e o lugar só possuem legitimidade na ocupação, quando feitos pelo PT e a horda de esquerda, a maior parte paga, que se locupleta no governo e na corrupção.

A todo momento há intimidação, ameaça de invasão e infiltração. É uma guerra psicologia permanente. Wake up, Brazil!
Herculano
15/11/2015 13:13
CHEGOU A HORA DA GUERRA DE EXTERMÍNIO CONTRA OS DEGOLADORES QUE DILMA AFAGA, por Augusto Nunes, de Veja

Talvez pela presença de dois brasileiros entre os sobreviventes dos atentados em Paris, talvez porque mesmo um neurônio solitário desconfia que há limites até para o horror, Dilma Rousseff não ousou recomendar ao governo francês que reagisse ao massacre promovido pelo Estado Islâmico com um convite para uma rodada de negociações diplomáticas. Foi o que sugeriu a governante desgovernada em setembro de 2014, quando baixou em Nova York para envergonhar de novo o Brasil.

Neste pavoroso 13 de novembro, Dilma tratou de dissimular a simpatia pela seita extremista mais selvagem do planeta. "Consternada pela barbárie terrorista, expresso meu repúdio à violência e manifesto minha solidariedade ao povo e ao governo francês", declarou pelo Twitter na sexta-feira. Não é lá grande coisa ?" faltou, por exemplo, a indispensável menção ao Estado Islâmico, com todas as vogais e consoantes. Mas a mensagem parece proclamação de estadista se comparada ao que disse há pouco mais de um ano, na entrevista concedida antes da discurseira na ONU.

Ao comentar os ataques aéreos americanos a regiões da Síria subjugadas pelos degoladores compulsivos, a entrevistada reiterou a obediência incondicional à política externa da canalhice. "O uso da força é incapaz de eliminar as causas profundas dos conflitos", começou o besteirol. "Lamento enormemente isso. O Brasil sempre vai acreditar que a melhor forma é o diálogo, o acordo e a intermediação da ONU". Em seguida, revelou que no peito de uma carrancuda sem remédio também bate um coração.

"Nos últimos tempos, todos os últimos conflitos que se armaram tiveram uma consequência: perda de vidas humanas dos dois lados", recitou em dilmês castiço. Dilma chora seletivamente. Ela só "lamenta enormemente" a perda de aliados no combate travado desde a juventude contra o Grande Satã ianque. Jamais derramou uma única e escassa lágrima, por exemplo, pela decapitação de civis em rituais gravados em vídeos difundidos pela internet.

Dilma nunca emitiu sequer sinais de desconforto com o martírio interminável imposto pelo Estado Islâmico aos nativos das terras conquistadas. Nunca se solidarizou com os povos destroçados pela rotina da violência doentia. Chacinas, estupros, torturas, mutilações, a destruição de monumentos históricos, o desterro de milhões de fugitivos, o calvário dos que ficaram para trás ?" nada disso, como se viu na entrevista em Nova York, consegue perturbar o sono da presidente.

O monumento à cafajestagem erguido pelo poste que Lula fabricou foi implodido no mesmo dia por uma nota divulgada pelo secretário-geral da ONU. Além de endossar enfaticamente os bombardeios ordenados pela Casa Branca, Ban Ki-Moon pediu que fossem intensificados. "Assassinos só entendem a linguagem da força", concordou Barack Obama. Neste sábado, o presidente François Hollande evocou a frase de Obama ao resumir o que houve em Paris: "Foi um ato de guerra"..

Um ato de guerra. Ponto. E executado poucos meses depois da execução dos cartunistas do Charlie Hebdo. Essa espécie de ferocidade insolente não permite aos afrontados quaisquer recuos, hesitações, dubiedades e outras manifestações de covardia. Ou as grandes democracias removem o tumor jihadista ou o mundo civilizado será devolvido ao tempo das cavernas. Já está claro que bombardeios aéreos não bastarão para consumar-se a missão urgentíssima.

Só uma portentosa e implacável ofensiva por terra garantirá o libertação dos territórios ocupados e o extermínio da organização criminosa que faz o que nem a Alemanha nazista ousou fazer. A aliança das potências ocidentais deve incluir a Rússia, desafiada pela explosão de um avião de passageiros. Como ensinou o primeiro-ministro inglês Winston Churchill nos anos 40, ao aceitar a parceria com a União Soviética, é preciso identificar claramente o alvo principal e enxergar o mais perigoso inimigo comum.

Governantes dssa linhagem não erram a escolha ao chegarem à encruzilhada. Eles sabem quando é preciso primeiro ir à guerra para que venha a paz verdadeira.
Herculano
15/11/2015 13:08
O TERRORISMO VISTO PELOS COMUNS

Estas cartas estão na edição deste domingo o jornal Folha de S. Paulo.

O pavoroso atentado terrorista em Paris (Múltiplos atentados terroristas atingem Paris e deixam dezenas de mortos) pertence àquela categoria de atos insanos, que somente nós humanos, no reino animal, temos condições de praticar. Urge que as lideranças globais encontrem soluções factíveis no sentido de conter as divergências políticas e socioeconômicas que estão levando a essa forma bestial de luta por tais desencontros. JOSÉ DE ANCHIETA NOBRE DE ALMEIDA, advogado e historiador (Rio de Janeiro, RJ)

Nossas profundas condolências ao povo francês, pelos inocentes martirizados pelos bárbaros travestidos de muçulmanos. FRANCISCO RAMOS (Brasília, DF)

A face mais tenebrosa do terror é o sentimento de vingança e ódio que ele desperta. Será mais fácil uma caçada aos culpados do que a discussão sobre como e por que os grupos extremistas agem. As razões são históricas, com indefinições sobre culpados, mas com vítimas evidentes pelas ruas. ADILSON ROBERTO GONÇALVES (Lorena, SP)

Em qualquer guerra que se preze, cada lado utiliza as armas de que dispõe. O ocidente cristão "civilizado" utiliza drones, caças ou mísseis de última geração tecnológica; os "bárbaros" islamitas retrucam com o "terrorismo". Sem dúvida, os primeiros estão "ganhando": causam muito mais baixas anualmente ao inimigo do que as que sofrem. Contudo, os métodos empregados pelos "selvagens" do Islã são mais chocantes e mais adequados à exposição midiática. Não há mocinhos nem bandidos nessa trágica história. OTÁVIO SIMÕES BARBOSA FILHO (Brasília, DF)
O Estado Islâmico é a terceira força na guerra civil síria e decidiu espalhar o terror na Europa por se opor tanto a Assad e seus aliados quanto aos países ocidentais que querem derrubar o líder sírio. Estamos diante de uma escolha impossível entre viver um horror sem fim com o terrorismo cotidiano ou o fim do horror por meio de uma guerra opondo potências mundiais. LUIZ ROBERTO DA COSTA JR. (Campinas, SP)

Quanto já não se matou no mundo por causa do fanatismo religioso no passado? Estamos tristes, mas quem mais deve chorar hoje é aquele por quem matam. Deus está de luto pelos filhos que criou.BEATRIZ CAMPOS (São Paulo, SP)

Triste dizer, mas neste país só uma tragédia nos faz esquecer, momentaneamente, a outra. Pela primeira vez em meses, em função dos massacres de Paris, Eduardo Cunha e seu inesgotável cinismo não brilharam na primeira página dos jornais. CARLOS MORAES (São Paulo, SP)

Em que medida o terrorismo posto em prática na França preocupa o pessoal do COL (Comitê Organizador Local) do maior evento esportivo do mundo, a Olimpíada, que sediaremos no ano que vem? ANTONIO CARLOS ORSELLI (Araraquara, SP)
Mariazinha Beata
15/11/2015 13:06
Seu Herculano.

O sr. notou minha ausência? (quanta presunção!!!)
Foi por motivo de força maior.
Não quero cansá-lo com os meus escritos, por isso vou reduzi-los em duas etapas:
1 - Me lasquei para entender o novo Blog (é que nasci analfabeta como a mãe do LuLLa), até que um vizinho me disse uma frase mágica, "aperte na tecla F5". E eis que a maravilha se fez.

2 - Ainda não "desceu" a foto da cara do bofe do Leonardo.
Uma amiga psicóloga me sugeriu um método de curar fobia. Então faço assim, ao abrir o jornal virtual logo clico no Olhando a Maré, rolo para os comentários, assim não preciso encarar o caPiroTo vermelho amigo do LuLLa e da DiLLma.
Ainda bem que o Gilberto não colocou-o no início da lista.

Bye, bye!
Herculano
15/11/2015 12:51
PRAZO DE VALIDADE, por Miriam Leitão, para O Globo

Ter um ministro da Fazenda enfraquecido pelos constantes ataques internos e por frequentes derrotas agrava a crise econômica. E é esse caminho que o governo e o PT escolheram. Lula, a sombra de Dilma, acha que Henrique Meirelles será a solução dos aflitivos problemas da economia brasileira. Ninguém tem o poder de sozinho tirar o país do buraco em que este governo o colocou.

O equívoco ?" mais um ?" do ex-presidente Lula é achar que ministro tem prazo de validade e que o de Joaquim Levy acabou. Então compre-se um remédio novo na farmácia chamado Henrique Meirelles. É o que Lula está determinando que a presidente em exercício, sua criatura, faça. Ela mais cedo ou mais tarde obedecerá ao seu criador.

Joaquim Levy deveria ter saído do governo, por sua própria vontade, quando foi enviado ao Congresso o orçamento deficitário. De todas as vezes que ele não foi ouvido, aquele momento foi o pior. Primeiro, porque a decisão foi tomada pela presidente com os ministros Aloizio Mercadante e Nelson Barbosa, enquanto ele cumpria missão de defesa da CPMF junto a empresários. Chamado às pressas a Brasília ele entrou em reunião que já havia decidido enviar aquele orçamento. Levy sabia, e alertou, que a decisão levaria ao rebaixamento do Brasil. E foi o que aconteceu. Naquele momento ele deveria ter deixado o governo, mas ficou e foi seguidas vezes ignorado. Um ministro que não é ouvido pelo governo e cujas propostas o Congresso rejeita ajuda pouco a tirar o país da crise. Pelo contrário, os sinais contraditórios de uma situação como esta aumentam a incerteza e agravam a turbulência.

Nos últimos dias a presidente o ouviu e recuou da decisão de aceitar novos truques na meta. Essa coisa de meta com desconto é também uma forma de manipulação de números. A meta é ou não é. Essa pequena vitória de Levy foi uma forma de a presidente livrar-se da convicção de que ela faz o que o seu mestre manda. Como se intensificaram os ataques de Lula a Levy, ela lhe concedeu uma pequena vitória para simular independência.

A grande questão é se Henrique Meirelles, hoje na presidência da holding do JBS, seria solução para o nosso dilema de uma economia com inflação alta, recessão forte, desordem nas contas públicas e aguda falta de confiança do investidor. Meirelles foi visto como boa opção pelo mercado, tanto que ao circular seu nome a cotação do dólar caiu. Agradou também ao empresariado que o recebeu como quase-ministro na Confederação Nacional da Indústria.

Meirelles tem muitas qualidades e ajudou o país a atravessar um momento de dificuldade e desconfiança que começou com a posse de Lula. O momento atual é muito pior e nada do que ele fez garante que repetirá o mesmo desempenho agora. No começo do governo Lula, o país estava com contas ajustadas, a alta da dívida tinha sido efeito da desvalorização cambial que foi revertida com a nomeação de uma equipe determinada a defender a estabilidade. A crise de confiança foi dissolvida com a nomeação daquela equipe em que Meirelles contava com diretores do período de Armínio Fraga, e o então ministro Palocci havia nomeado Marcos Lisboa, Joaquim Levy e Murilo Portugal. O mundo vivia o início do boom de commodities.

Com a recuperação da confiança na economia, muitos dólares entrando e a unidade na equipe econômica foi mais fácil virar o jogo. Depois Meirelles enfrentou maiores dificuldades quando Guido Mantega assumiu. Muitas vezes houve tentativa de interferência do PT na política monetária. Meirelles teve que várias vezes lembrar ao presidente Lula que ao receber o convite pedira carta branca e recebera essa garantia. Todas as vezes que o então presidente do Banco Central lembrou a Lula daquele compromisso, o ex-presidente recuou da tentativa de interferência no BC.

E agora, ele teria essa autonomia? Não teria. Por temperamento, a presidente Dilma centraliza e interfere em tudo, e está convencida de que sabe economia por ser economista. Seu conhecimento do tema nos trouxe à inflação de dois dígitos e à pior recessão desde o Plano Collor. Um Meirelles sozinho não fará verão. Se ele receber convite "concreto" que se lembre de que a história não se repete.
Herculano
15/11/2015 12:45
O QUE RESTOU DE DILMA, editorial do jornal O Eetado de S. Paulo

Sem ter mais a que se agarrar, tragada pela crise derivada de sua própria incompetência e que lhe ceifou a popularidade e a autoridade, a presidente Dilma Rousseff limita-se agora a dar sobrevida ao mito segundo o qual seu governo, mesmo em meio à penúria, continuará a cuidar "de quem mais precisa", isto é, "aqueles que menos têm", conforme declarou na terça-feira passada.

Segundo a petista, os programas sociais serão preservados dos cortes orçamentários pois "mudam a vida das pessoas no Brasil". "A gente corta aquilo que a gente vê que deve ser cortado, que pode ser cortado, e mais na frente a gente recupera. Mas tem coisa que você não pode cortar, porque, se cortar, você prejudica as pessoas", explicou a presidente. Como tudo neste desgoverno em que a administração de Dilma se transformou, tal compromisso encerra uma série de imposturas.

Em primeiro lugar, Dilma já está permitindo cortes justamente nos programas sociais que, segundo ela, são intocáveis. O Minha Casa, Minha Vida, por exemplo, está sendo "ajustado à disponibilidade orçamentária", segundo explicou no mês passado o ministro das Comunicações, Ricardo Berzoini. O eufemismo de Berzoini mal esconde a tesourada: dos R$ 26 bilhões anunciados como cortes no Orçamento de 2016, nada menos que R$ 4,4 bilhões se referem ao programa habitacional.

Neste ano, dos R$ 19,9 bilhões previstos para o Minha Casa, Minha Vida, apenas R$ 3,2 bilhões haviam sido executados até agosto. O Orçamento de 2016 prevê R$ 15,5 bilhões, mas tudo indica que haverá mais cortes. Essa conjuntura em nada se parece com a de 2014, ano da campanha que reelegeu Dilma, quando o Minha Casa, Minha Vida consumiu todos os recursos previstos ?" quase R$ 17 bilhões.

Outro programa tido como essencial por Dilma, o Pronatec, voltado para o ensino técnico, executou menos de 45% dos R$ 4 bilhões projetados para este ano, reduzindo em 60% o número de vagas em relação ao ano passado. Em 2016, o programa de ensino técnico sofrerá corte profundo e terá R$ 1,6 bilhão para gastar.

Além disso, o mais emblemático dos programas petistas, o Bolsa Família, também está penando. A presidente garante que não haverá cortes, mas desde julho o governo não repassa a Estados e municípios os recursos necessários para a manutenção do programa, conforme informou O Globo. O Orçamento separou R$ 535 milhões para a gestão do Bolsa Família ?" que é feita pelos municípios e inclui o cadastro de beneficiários e o acompanhamento escolar e médico, para confirmar se as contrapartidas estão sendo cumpridas ?", mas apenas R$ 263,8 milhões foram repassados até agora. Assim, são os municípios, também em situação financeira precária, que são obrigados a custear essa estrutura, enquanto o governo federal não cumpre sua parte, mas posa de benfeitor dos pobres.

Assim, resta demonstrada a farsa segundo a qual o governo, graças à vocação petista para ajudar "aqueles que menos têm", não fez e não fará cortes na área social. Mas o problema principal nem é esse ?" afinal, se tal contingenciamento é inevitável para ajudar a recuperar a economia, que seja feito sem mais delongas. O problema de fundo é que programas como o Bolsa Família deveriam ser provisórios, mas vão se tornando permanentes e com cada vez mais beneficiários, pois os petistas foram incapazes, após mais de dez anos no poder, de criar as condições necessárias para que os beneficiários deixassem de depender da ajuda do Estado e conseguissem viver de seu próprio esforço. Ao prometer manter o Bolsa Família custe o que custar, Dilma não apenas briga com a realidade orçamentária, como confessa o completo fracasso das utopias petistas.

Esse fracasso fica ainda mais acentuado graças ao amadorismo com que a economia do País foi conduzida nos últimos anos. A crise atual traz muitas dúvidas sobre o futuro, mas uma grande certeza: os mais prejudicados por ela serão os pobres, justamente aqueles de quem Dilma e o PT prometeram cuidar.
Herculano
15/11/2015 12:42
GUERRA PELAS MENTES, por Merval Pereira, para o jornal O Globo

Os ataques coordenados na sexta-feira 13 em Paris, assumidos pelo Estado Islâmico como uma reação à participação militar da França no combate ao terrorismo são vistos por especialistas como uma etapa a mais da ação horizontalizada de células autônomas, imaginadas pelo ideólogo sírio Abu Mussab Al-Souri, um veterano da Al-Qaeda, que lançou as bases desse novo tipo de terrorismo, muito mais difícil de ser detectado pelos serviços de inteligência.

Uma das maiores autoridades internacionais sobre terrorismo islâmico, o francês Gilles Kepel, autor do livro "Terror e martírio", onde revela os pontos principais de um libelo de Al-Souri pela resistência islâmica mundial, estuda esse novo terror utilizado pelo Estado Islâmico e divide a sua atuação em dois níveis: no mundo virtual, usando as mídias sociais, e no mundo real, na guerra na Síria.

Através do Facebook, You Tube e Twitter eles cooptam jovens para matar em suas próprias cidades, ou recrutam "soldados" para enviar à Síria/Iraque. Textos de doutrina, sobre escolha de alvos e os métodos, são enviados pelas redes sociais, e os jovens têm autonomia para escolher onde atacar.

Há orientações específicas para ataques a judeus e a organizações a eles ligadas, mas não nas sinagogas. Em abril, Seis pessoas se esconderam numa arca frigorífica de um supermercado 'kosher' (judaico) em Paris atacado por terroristas. No Facebook, passou a circular um filme de 2008 em que um grupo ameaçou o Bataclan por dar todo o ano uma festa para a Magav, a polícia de fronteira israelense. Outros alvos são os eventos esportivos, e por isso na sexta-feira houve atentados nos arredores do Stade de France, onde a seleção de futebol jogava com a presença do presidente François Hollande.

O atentado à Maratona de Boston foi também fruto dessa orientação internacional, o que faz com que a segurança dos Jogos Olímpicos no Rio no ano que vem ganhe uma dimensão maior ainda. A 21ª Conferência do Clima (COP 21) que tem início previsto para o dia 30 e até agora está mantida, também é outro grande foco, mas provavelmente os atentados foram feitos na sexta-feira para se antecipar às medidas de segurança extrema que deveriam ser montadas para a reunião do clima da ONU.

O francês Gilles Keppel diz que a Europa é fundamental na estratégia do Estado Islâmico de ganhar as mentes das sociedades árabes e européias, a fim de estabelecer conflitos sociais que levem a uma guerra civil até que o poder total seja conquistado.

Segundo Keppel, o Estado Islâmico provoca o Ocidente para que a reação radical favoreça o surgimento de uma islamofobia que fará com que os árabes e descendentes tenham que escolher o seu lado do conflito. Ele acredita que a guerra real contra o Estado Islâmico acabará sendo vencida pelos países ocidentais, mas a guerra virtual, através das novas tecnologias digitais, continuará sendo desenvolvida em diversos locais por células autônomas.

Para ele, é difícil vencer com bombas uma guerra ideológica que oferece para os jovens uma situação real que se parece em tudo com os joguinhos eletrônicos de realidade virtual que estão acostumados a jogar.

Gilles Keppel diz que o Islã na França é muito amplo, e é preciso vencer essa guerra de domínio dos corações e mentes dos árabes e seus descendentes para neutralizar essa estrutura horizontalizada do Estado Islâmico que, ao contrário da Al-Qaeda, dá aos recrutados capacidade de ação às vezes até mesmo individual e alimenta sonhos de poder.
Herculano
15/11/2015 07:39
ARMA-SE

No site da Câmara de Gaspar, ainda não apareceu a pauta da sessão de terça-feira. Normalmente ela é conhecida na sexta-feira,

Como o site da Câmara não atende os princípios da transparência, como intimou recentemente em Ação Civil Pública o Ministério Público que cuida da Moralidade Pública, fica a dúvida, se a pauta existe e está na gaveta do presidente José Hilário Melato, PP, o que não quer a transparência e joga para que quatro vereadores do PT se tornem com ele uma maioria numa Câmara de 13 vereadores.

É que o projeto de lei 49/2015, aquele que dá advogados, perícias e pareceres caros, eternamente, com o dinheiro dos nossos pesados impostos que está faltando aos posto, farmácias, hospital, abrigos, escolas, obras, conservação de estradas e pontes aos ex, atuais e futuros prefeitos, vices, secretários municipais e vereadores deve ir à pauta. Ele está carimbado com regime de urgência. Então... Acorda, Gaspar!
Herculano
15/11/2015 07:28
FALTA EXTINTOR

Ilhota continua em chamas. Tem gente que vai perder a langerie...
Herculano
15/11/2015 07:26
BC MANDA A CPI, EM BRANCO, OS DADOS DE SIGILO, por Claudio Humberto na coluna que escreveu hoje para os jornais brasileiros

Chamou atenção da CPI que tenta abrir a "caixa preta" do BNDES, a omissão de dados em documentos recebidos para análise de contratos desse banco de fomento investigado por financiamentos suspeitos. O Banco Central mandou em branco o resultado de quebras de sigilo, determinadas pela CPI, de agências de publicidade que participaram de campanhas petistas. Faltam informações consideradas importantes.

Hostilidade

É conhecida a arrogância do BNDES: o Tribunal de Contas da União teve de ameaçar o presidente com multas para ter acesso a contratos.

Blindagem

Documentos mostram que não foi enviado qualquer contrato do BNDES na Argentina, por exemplo, onde as suspeitas se multiplicam.

Top-Top em ação

Também chegaram em branco à CPI do BNDES documentos que deveriam conter informações sobre o aspone Marco Aurélio Garcia.

Retaliação

Eduardo Cunha deve "matar" a CPI do BNDES como parte do acordo com o governo e em retaliação à oposição, que retirou apoio a ele.

GOVERNO ESTUDA IDADE MÍNIMA DE APOSENTADORIAS

O governo escalou o ministro Ricardo Berzoini (Governo) para negociar a aprovação da nova CPMF. A aliados, Berzoini sinaliza apoio a medidas de médio e longo prazos, para alavancar o ajuste fiscal. A proposta que surge agora com força é a definição de nova "idade mínima" para aposentadoria, a fim de "reduzir o rombo" na Previdência ?" alegação sempre usada para recriar o imposto do cheque.

Ajustes

O governo discute a nova idade mínima em nível interministerial. Tudo indica que a proposta será de uma idade mínima de 65 anos.

Fórmula em vigor

Hoje não há idade mínima para aposentadoria, apenas para tempo de serviço: 30 anos de contribuição para mulheres e 35 para homens.

Porta-voz

O autor da ideia, que a equipe econômica adorou, foi o líder do PP na Câmara, deputado Eduardo da Fonte (PE).

A cena se repete

Com a família enrolada em denúncias, o ex-presidente Lula não sai de Brasília. Há dias, ele deixava um hotel com o ministro Jaques Wagner (Casa Civil) quando viu repetida uma cena: foi xingado de "ladrão".

Sobra de energia

A economia em queda ligou o alerta: o ministro Eduardo Braga (Minas e Energia) teme encerrar o ano com sobra de energia. E não tem linha de transmissão ou acordo internacional para exportar o excedente.

Troco

O deputado Jean Wyllys (Psol-RJ) quer dar o troco em João Rodrigues (PSD-SC). Ameaça representar contra ele no Conselho de Ética. Em outubro, os deputados quase se agrediram no plenário da Câmara.

Jogo jogado

O presidente da Câmara sempre retribui os elogios de Jaques Wagner na mesma medida. Mas, nas conversas com o novo velho amigo, jamais esquece de detonar seu antecessor Aloizio Mercadante.

UNE não é a mesma

Bastante rodado, o deputado Carlos Cadoca (PCdoB-PE) lamenta no que se transformou a União Nacional dos Estudantes (UNE), que combateu a ditadura. "Não é a mesma que ajudamos a criar", recorda.

Sem punição

Os tucanos afirmam que a repatriação de recursos irregulares do exterior representa a "extinção da punibilidade". "Ajuda o governo a fazer o ajuste fiscal com recursos ilegais", diz Vanderlei Macris (SP).

Nervosismo

Relator do processo contra Eduardo Cunha no Conselho de Ética, Fausto Pinato (PRB-SP) se desculpou pelo nervosismo, na primeira entrevista. "É que eu estou acostumado a falar só com rádio AM".

Em tempo de crise

O governo gastou R$ 160 mil para desenvolver um aplicativo para que beneficiários verifiquem se o dinheiro do bolsa família caiu na conta. Como precisa de celular para isso, também banca a compra de iPhone.

Pergunta na Lava Jato

Lula não é chamado para depor, nem mesmo investigado, apesar das acusações contra ele e filhos, porque é considerado inimputável?
Herculano
15/11/2015 07:17
SEM DEFESA, editorial do jornal Folha de S. Paulo

Deputados e senadores, com a sanção da presidente Dilma Rousseff (PT), fizeram algo que parecia inimaginável: aprovaram a lei que regulamenta o direito de resposta sem se darem ao trabalho de corrigir as evidentes agressões à Constituição que desvirtuam todo o texto.

O resultado é desolador. Como esta Folha tem sustentado, o direito de resposta constitui contraparte indispensável à plena liberdade de expressão. Desde 2009, porém, o país via-se privado de regras claras para a prerrogativa constitucional.

Naquele ano, o Supremo Tribunal Federal derrubou a Lei de Imprensa, de 1967. Tomada em conjunto, essa herança da ditadura não se mostrava compatível com a Carta de 1988. Mas ali havia os únicos parâmetros, ainda que imperfeitos, para o direito de resposta.

Da ausência de balizas resultaram prejuízos. De um lado, quem se sentia ofendido deixou de ter uma trilha segura para exercer o direito. De outro, veículos de comunicação ficaram expostos a normas penais e civis que bem podem servir aos propósitos de quem quer inibir a investigação jornalística.

Era preciso, portanto, editar nova lei específica ?"mas não essa que saiu do Congresso e passou quase incólume pela mesa presidencial.

Seu maior defeito está em criar tantos obstáculos para o veículo de comunicação se defender judicialmente que, na prática, termina por constituir embaraço à plena liberdade de informação jornalística ?"o que a Constituição proíbe.

A lei recém-sancionada por Dilma Rousseff acerta ao fixar prazos relativamente curtos para ser feito um pedido extrajudicial de direito de resposta, para abertura de um processo e para seu julgamento.

Comete uma enormidade, todavia, ao estabelecer que o órgão de imprensa terá 24 horas para apresentar ao juiz as razões pelas quais não atendeu ao pedido extrajudicial e um total de 72 horas para oferecer sua contestação.

Como as ações podem ser abertas em qualquer parte do Brasil, e não necessariamente onde o veículo de informação tem sede, é fácil ver que os prazos são inexequíveis. E há mais.

O magistrado, em 24 horas, poderá dar decisão provisória em favor do ofendido, sem que ninguém tenha exercido defesa. Caso o órgão afetado queira suspender a liminar ou sentença, poderá, como de hábito, buscar um tribunal.

Ocorre que, numa aberração jurídica, a lei determina que o recurso só poderá ser analisado se passar pelo crivo prévio de um colegiado. Como não existe tal colegiado reunido a todo o tempo, o que a lei faz, no fundo, é impedir que a apelação seja examinada.

Tudo como se a Constituição, ao tratar de garantias fundamentais, não assegurasse o contraditório e a ampla defesa, a duração razoável do processo e a apreciação, por parte do Judiciário, de possível lesão ou ameaça a um direito.

Essa lista não esgota todas as falhas da lei, mas já basta para que entidades historicamente ligadas à proteção da liberdade de expressão e de informação acionem com urgência o STF ?"e caberá a este, assim como fez diante da Lei de Imprensa, agir para que não se abalem esses dois pilares da democracia.
Herculano
15/11/2015 07:09
O NOSSO GUIA ESTÁ FRITANDO A DOUTORA DILMA, por Elio Gaspari, para os jornais O Globo e Folha de S. Paulo

A fritura de Joaquim Levy mudou de qualidade. Habitualmente, presidentes fritam ministros, mas, no caso do doutor, um ex-presidente (Lula) está fritando ao mesmo tempo o ministro da Fazenda e a inquilina do Planalto (Dilma Rousseff).

Quando circula a informação de que Nosso Guia sondou Henrique Meirelles para o cargo e que ele pediu carta branca para assumir o cargo, a coisa muda inteiramente de figura. Quem está sendo frita é a doutora Dilma. Neste caso surge uma novidade: seu impeachment pelo PT.

Isso tudo poderia ser fabulação, mas o ex-presidente do Banco Central soprou o fogo ao dizer que não recebeu um convite "concreto". O que vem a ser um convite abstrato, só ele pode explicar.

Certo mesmo é que Levy ainda não chamou o caminhão da mudança, como fez Mário Henrique Simonsen em 1979, porque não quer ser responsável pelo pandemônio que provocaria.

Com Lula convidando ministros e o seu preferido admitindo cripticamente que há algo no ar além aviões de carreira, os escrúpulos de Levy tornam-se despiciendos. O pandemônio já está criado.
Herculano
15/11/2015 07:08
LULA E SUA TEORIA DO RETROCESSO POLÍTICO, por Élio Gaspari, para os jornais O Globo e Folha de S. Paulo

Lula disse na Colômbia que sente "um cheiro de retrocesso político na América Latina e na América do Sul" e pediu à plateia que não acreditasse "nas bobagens da imprensa". Nosso Guia tinha ao seu lado o ex-presidente do Uruguai, José Mujica.

Falta explicar o que Lula considera "bobagens da imprensa".

Certamente não são as notícias sobre a honorabilidade de Pepe Mujica, um ex-guerrilheiro que presidiu seu país de 2010 até março passado e elegeu seu sucessor. Ele não teve mensalón, nem petrolón. Continuou morando na mesma casa, com o mesmo carro e a mesma cachorra Manuela. Ao assumir, anunciou que doaria 70% de seu salário para a construção de casas para os pobres. Segundo a Transparência Internacional, o Uruguai, junto com o Chile, têm os menores índices de corrupção da América Latina.

Talvez Lula esteja falando das "bobagens da imprensa" em relação à Argentina, que vai eleger seu novo presidente no dia 22. Lá, 14 anos de domínio do casal Nestor e Cristina Kirchner levaram a economia para o buraco e a família da presidente para a fortuna. O país tornou-se conhecido pelos escândalos envolvendo as relações do governo e seus amigos com empreiteiros, petrogatunos e exportadores.

Uma banda da esquerda latino-americana acumula duas marcas sinistras. Tem a mais longeva das ditaduras em Cuba e os dois países mais corruptos do continente: a Venezuela narcobolivariana, seguida pela Nicarágua sandinista da família Ortega. A Bolívia, Equador e Argentina têm índices de corrupção piores que o Brasil.

O que há por aí não é um cheiro de retrocesso político, mas a verificação de que existem países assolados pela corrupção e têm governos que se dizem de esquerda. O Chile e o Uruguai estão na outra ponta.

Bolivarianos, sandinistas e petistas chegaram ao poder com a bandeira da moralidade. O que há no ar não é um cheiro de retrocesso político, mas de repúdio aos pixulecos.

Roubalheira não tem ideologia. O general Augusto Pinochet tinha o apoio de grande parte da população chilena enquanto torturava e matava opositores. Quando se descobriu que ele e sua família tinham US$ 15 milhões em 125 contas secretas, a direita chilena jogou sua memória no mar.

Quando o filho da presidente chilena Michelle Bachelet foi apanhado em traficâncias, ela demitiu-o e disse que enfrentava "momentos difíceis e dolorosos como mãe e presidente". Não culpou a elite nem viu conspiração, muito menos "retrocesso político". Viu apenas realidade: Seu filho metera-se numa roubalheira.
Herculano
15/11/2015 07:07
MEIRELLES 2.0, por Élio Gaspari, para os jornais O Globo e Folha de S. Paulo

Atribui-se ao doutor Henrique Meirelles o desejo de centralizar no ministério da Fazenda o comando Banco Central. É uma malvadeza que se faz com o ocupante da presidência do BC de 2003 a 2011.

Enquanto esteve no cargo, Meirelles defendeu a autonomia do Banco.

No vazamento de documentos da diplomacia americana pelo Wikileaks apareceu um telegrama de 2006 do embaixador americano americano à época, o empresário Clifford Sobel. Ele narrou um encontro com Meirelles, durante o qual o doutor "pediu que o governo dos Estados Unidos usasse discretamente sua relação com o do Brasil para discutir a importância de se mandar ao Congresso uma legislação garantindo" a "autonomia" do Banco Central. Sugeriu que o secretário do Tesouro americano levantasse o assunto com Lula e com o ministro Guido Mantega.

Meirelles disse que o telegrama não refletia "com propriedade o tema de qualquer conversa que eu tenha tido." O embaixador recusou-se a comentar o assunto.

Não há notícia de outro pedido de pressão sobre o governo de Pindorama feito por uma autoridade brasileira com nível ministerial.

QUEM VIVE, VÊ

Enquanto ex-ministros de Dilma e comissários petistas são hostilizados em restaurantes, Fernando Henrique Cardoso é chamado para uma média de vinte selfies quando entra em restaurantes do centrão de São Paulo.

Num caso, uma senhora pediu que ele gravasse uma mensagem para seu pai, que está internado num hospital.

PEDALADA ELÉTRICA

Pedalando o mercado de energia elétrica desde o ano passado, o governo obrigou empresas geradoras a comprar a produção de usinas térmicas, que custa muito mais caro.

Disso resultou um rombo de, no mínimo, R$ 20 bilhões. As concessionárias de hidrelétricas recusam-se a pagar pela pedalada e vêm ganhando liminarmente sucessivos litígios na Justiça. Se ninguém pagar para ninguém, no fim do ano o mercado de energia entrará num apagão financeiro.

Como as empresas precisam dar lucro para distribuir dividendos aos seus acionistas, a Agência Nacional de Energia Elétrica ofereceu às geradoras um esparadrapo natalino de R$ 2,5 bilhões, diluindo o resto do espeto para os anos (e governos) vindouros.

Seja qual for a solução dessa encrenca, a conta irá para os consumidores. Até aí, tudo bem. O que falta é o governo reconhecer o custo de sua pedalada. Ele lida com o assunto como se ele fosse um problema dos macedônios.

Se a doutora tivesse reconhecido que as hidrelétricas estavam num nível critico, não precisaria ter recorrido às térmicas. Agora os eleitores iludidos ficarão com a conta.

PALPITE

Há um ano, no dia de hoje, o juiz Sergio Moro encarcerou 25 executivos de empreiteiras. Alguns deles colaboraram com as investigações e foram libertados, com ou sem tornozeleiras.

Quem estuda os horóscopos da turma de Curitiba acha que a proximidade do recesso do Judiciário pode estimular algumas novas prisões.

Antes do arrastão do ano passado havia empreiteiras achando que sairão da encrenca ressarcindo a Viúva com a construção de presídios.
Herculano
15/11/2015 06:48
PLANALTO CRÊ QUE SUPEROU RISCO DE IMPEACHMENT, por Josias de Souza

Um dos operadores políticos de Dilma Rousseff escora-se num raciocínio do ex-governador mineiro Magalhães Pinto para definir a conjuntura. Política é como nuvem, dizia Magalhães. Você olha e ela está de um jeito. Olha de novo e ela já mudou. Na avaliação predominante no governo, disse o auxiliar da presidente, as nuvens carregadas do impeachment, visíveis até bem pouco, dissiparam-se.

Há dois meses, recorda o analista, Eduardo Cunha comportava-se como oposicionista, o Planalto colecionava derrotas no Legislativo e a oposição equipava-se para abrir o processo de cassação do mandato de Dilma antes do final do ano. Hoje, o presidente da Câmara joga com o governo, o Planalto começa a sair das cordas e a oposição deixa gradativamente de ser monotemática.

Além da própria Dilma, compartilham da tese de que as nuvens tornaram-se menos ameaçadoras, Lula e os ministros Jaques Wagner (Casa Civil) e Ricardo Berzoini (Articulação Política). Porém, eles reconhecem ?"em maior ou menor grau?" que a estabilidade política do governo, por precária, está enganchada nos indicadores econômicos e na imprevisibilidade da Lava Jato.

Paradoxalmente, a margem de manobra do governo cresce na proporção direta da redução da influência de Dilma em seu próprio governo. Em privado, Lula intercala críticas a Dilma e auto-elogios. Afirma, por exemplo, que a coisa começou a melhorar depois que a afilhada política ouviu os seus conselhos e trocou na Casa Civil Aloizio Mercadante pelo "Galego", como se refere a Jaques Wagner.

Deve-se a Wagner e ao próprio Lula a desobstrução do diálogo com Eduardo Cunha. Uma conquista de dois gumes, já que pressupõe o socorro das forças governistas ao vilão de mostruário da Lava Jato. Um passo em falso do PT no Conselho de Ética e Cunha pode voltar a torcer o braço de Dilma.

Para completar sua intervenção na Presidência da afilhada política, Lula agora pega em lanças pela troca de Joaquim Levy por Henrique Meirelles, no Ministério da Fazenda. Se ceder, Dilma sinalizará em definitivo que, não podendo elevar a própria estatura, não se importa de rebaixar o pé direito do seu gabinete. Se resistir, oferecerá matéria prima nova para que Lula continue exercendo seu papel predileto: o de inimigo cordial da ex-gerentona.
Herculano
15/11/2015 06:41
TERROR DEPOIS DO TERROR, por Bernardo Mello Franco, para o jornal Folha de S. Paulo

No momento em que esta coluna é escrita, as autoridades francesas ainda contam mortos e feridos em Paris. O ataque da sexta-feira 13 foi o maior da década na Europa. O terror voltou a assombrar o Ocidente, na cidade que fundou a ideia moderna de democracia.

Os extremistas escolheram lugares cheios de jovens em busca de diversão. Entre os alvos estavam uma casa de shows, um restaurante badalado e um estádio de futebol.

A reação da arquibancada mostrou como podemos ficar atônitos diante da tragédia. Ao ouvir as explosões fora do estádio, a multidão vibrou, como se um torcedor tivesse acionado um rojão. Depois que as notícias correram, a massa voltou para casa entoando uma versão triste e comovente da Marselhesa.
Não há argumentos para justificar a barbárie. Os terroristas mataram civis inocentes, que não tinham como se defender, em nome de uma ideia delirante de guerra santa. A participação da França em ações militares no Oriente Médio não pode relativizar nem explicar o massacre.

Também não é hora para um campeonato de tragédias, como se o desastre humano e ambiental em Minas Gerais ou os atentados da véspera no Líbano tirassem a importância do que aconteceu em Paris.
O comunicado do Estado Islâmico mostra que o mundo está diante de uma ameaça grave, embalada por um discurso fanático e intolerante. Os extremistas querem impor a lógica do medo e da submissão, e tratam todos os que se opõem a eles como "infiéis". As grandes potências terão que mudar de estratégia para combater o grupo, que já provou ter grande capacidade de organização e reação.

As consequências do ataque ainda são imprevisíveis, mas já é possível dizer que os primeiros efeitos serão mais medo, mais intolerância e mais xenofobia na Europa. A corda tende a arrebentar nas costas dos refugiados, que já sofrem com a ação dos fanáticos em sua terra natal.
Herculano
15/11/2015 06:29
BRASÍLIA DOS MILAGRES, por Carlos Brickman

O ótimo escritor americano Mark Twain dizia que os Estados Unidos tinham o melhor Congresso que o dinheiro podia comprar. Problema deles: em nosso país tropical, abençoado por Asmodeus e bonito por natureza (mas que beleza!), os parlamentares abrem o mar do nosso dinheiro que virou vermelho. Milagre!

Pois o milagre se realiza há anos. O deputado João Alves dizia que enriqueceu ganhando sucessivas vezes na Loteria - deve ser verdade, porque deputado não pode mentir, é quebra de decoro. Eduardo Cunha, em operações só agora conhecidas, vendia carne brasileira enlatada para a África, e o dinheiro ia para a Suíça.

Talvez seja a carne daquele gado valorizadíssimo criado por Renan Calheiros, rebanhos imensos, que apenas as monumentais pradarias russas (e as fazendas alagoanas ainda maiores, mas que de tão modernas são apresentadas em modo compacto), do hoje presidente do Senado. E descobriríamos que a pensão para a bela mãe de sua não menos linda filhinha viria da venda do maravilhoso gado para o exportador Eduardo Cunha.

Ou talvez o gado de Cunha fosse criado nas fazendas aéreas de Romero Jucá, para que a pata dos bois não machucasse a terra com suas duras pisadas. Nas áreas do ranário da família Barbalho, aquelas amplamente financiadas pelo BNDES, jamais: ali, se um dia rãs surgissem, os bois poderiam pisá-las. Mas as tais rãs que tanto custaram aos cofres públicos nem precisam aparecer. Rãs fantasmas podem ser pisadas por bois fantasmas, fantasmagoricamente, todos financiados com dinheiro público real.

Real? Vá lá: dólar.

A TERRA DOS CRAQES

Em Brasília, a Tenda dos Milagres, milagres proliferam. Gente que quando morava na Grande São Paulo nem pensava em enriquecer se deu bem no Planalto. Os Ronaldinhos dos Negócios enricaram com aquele esporte tão popular, tão apreciado, tão praticado no Brasil: o futebol americano. Deram-se tão bem fora de São Paulo que, mesmo quando tiveram de retornar ao Estado, nem casa quiseram: moram de favor em mansões suspensas de amigos generosos e desinteressados.

O Gogó de Ouro recebe milhões por requisitadas palestras, para ouvintes ávidos e privilegiados, que pagam pela exclusividade, porque ninguém fora das salas refrigeradas e protegidas jamais ouviu qualquer palavra lá pronunciada, jamais viu sequer fotos destes eventos tão lucrativos. Nem selfies! Há até coxinhas brancos, feios, golpistas e de olhos azuis dizendo que as palestras, como as rãs do tal ranário, são apenas imaginação.

Mas foram pagas, são reais. Ou dólares.
Herculano
15/11/2015 06:28
COMO ESTÁ,FICA, por Carlos Brickmann

Dilma e Eduardo Cunha são hoje amigos desde criancinhas. Cunha será um obstáculo ao impeachment, os parlamentares do PT tentarão impedir que Cunha seja derrotado na Comissão de Ética. Um não pode romper com o outro ou os dois se afogam.

Se bem que o escorpião não podia picar o sapo no meio do rio, pois ambos morreriam, e picou assim mesmo - porque era de sua índole.

AS ROSAS NÃO FALAM - E SE FALAREM?

Atenção que esta é uma bomba. Conta o jornalista Carlos Newton que o repórter Thiago Herdy, futuro presidente da Abraji, Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo, ganhou na Justiça o direito de acesso aos dados do cartão corporativo do Governo Federal usado por Rosemary Noronha, ex-chefe da representação da Presidência da República em São Paulo.

O mandado de segurança 20.895 foi concedido pelo ministro Napoleão Nunes Maia Filho, do Superior Tribunal de Justiça. Rose sempre teve a confiança de Lula. E, apanhada na Operação Porto Seguro, da Polícia Federal, manteve-se até hoje em silêncio. Mas seu cartão corporativo pode indicar muita coisa - até mesmo, como se comenta, se participou de viagens aéreas com Lula sem constar na lista de passageiros.

Segundo a decisão judicial, não há motivo para o sigilo do cartão de Rose. Mas, se o Governo fez questão do sigilo, é porque acha que motivos há.

TARDA E FALHA

No dia 5, romperam-se as barragens da Samarco, em Minas; um rio de lama tóxica destruiu várias cidades e matou mais de duas dezenas de pessoas - ainda sabe-se lá quantas que terão desaparecido na lama. A presidente Dilma foi visitar a região uma semana depois, no dia 12, e não botou os pés em terra: bastou-lhe o sobrevoo de helicóptero. E garantiu que o Ibama vai multar a Samarco em R$ 250 milhões, de imediato, fora outras multas possíveis. E daí? Daí, nada.

Das multas impostas pelo Ibama, 99% não foram pagas, ponto final. Das multas impostas pelo Governo Federal como um todo - Ibama, Banco Central, agências reguladoras, TCU - só 3,7% foram pagas. Os devedores não apenas não pagam como não são sequer inscritos no Cadin, o Cadastro dos Inadimplentes, cujo objetivo é registrar quem não paga para proteger o Governo de assinar contratos com eles. Por enquanto, há R$ 25 bilhões em multas não pagas.

O Governo finge de bravo, multa, ninguém paga e fica por isso. Quanto às providências para ajudar os atingidos, isso é com os outros, sabe-se lá quem.

PERGUNTAR NÃO OFENDE

Se o dinheiro que o Governo quer que seja repatriado é clandestino e está em contas secretas, como se sabe a quanto monta?

Alguém terá vontade de trazê-lo?
Herculano
14/11/2015 18:12
A CAPA DE VEJA E O PMDB MOSTRA QUE NÃO VAI LARGAR O OSSO QUE ROI DESDE JOSÉ SARNEY,PASSANDO FERNANDO COLLOR DE MELLO, ITAMAR FRANCO, FERNANDO HENRIQUE CARDOSO, LUIZ INÁCIO LULA DA SILVA E AGORA DILMA VANA ROUSSEFF: "O PLANO TEMER"

O vice-presidente se prepara para a cada vez mais presente eventualidade de a titular ser afastada do poder. Ele conversa com políticos, juristas e empresários. Tem um plano para si e para o Brasil pós-Dilma. Não vê conspiração, mas cautela

Texto chamada de Robson Bonin e Daniel Pereira. "Vá buscar o funcionário a quem compete me substituir." Essa foi a ordem de Deodoro da Fonseca, o primeiro presidente da República, em 1891, mandando avisar a seu vice e desafeto, Floriano Peixoto, que o cargo estava vago. Desde o nascimento da República, em momentos de impasse, vices se ergueram do segundo plano para assumir o poder. Em 1909, Nilo Peçanha assumiu depois da morte do presidente Affonso Penna. Delfim Moreira, oitavo vice-presidente, tornou-­se o terceiro a assumir a Presidência, pelo falecimento de Rodrigues Alves, vítima da gripe espanhola. Café Filho, pela morte de Getúlio Vargas, a caminho do impeachment. Jango, pela renúncia de Jânio Quadros. A Junta Militar, pela doença do general Costa e Silva. José Sarney, pela morte de Tancredo Neves, e Itamar Franco, pelo impeachment de Fernando Collor.

Agora, Michel Temer, pelo sim, pelo não, decidiu se preparar para a possibilidade, cada dia mais real, de Dilma Rousseff ser afastada do poder. Em trinta anos de carreira política, Temer se portou sempre com discrição, evitou polêmicas e mediu cuidadosamente cada palavra dita, a fim de se equilibrar entre interesses diversos e muitas vezes contraditórios. Aos olhos do público, tornou-se o retrato do político sem sal. Nos bastidores, no entanto, consolidou-se como um especialista na arte de trabalhar em silêncio, costurar acordos de coxia e escalar degraus na hierarquia do poder.

Mesmo sem despertar paixões, Temer conquistou três vezes a presidência da Câmara dos Deputados e elegeu-se duas vezes vice-presidente da República. Mesmo sem brilhar nas urnas, prepara-se agora para o maior desafio de sua trajetória. Temer e caciques do PMDB, partido que ele preside, estão certos de que Dilma Rousseff será cassada no começo do próximo ano. Em vez de ajudá-la, querem substituí-la.

E o plano, ousado, vai muito além da simples intenção. Eles já têm em mãos uma tese jurídica para garantir a posse do vice, uma proposta destinada a tirar a economia da UTI e até alianças fechadas no Congresso.

A presidente Dilma Rousseff, como se sabe, enfrenta um momento inédito de fragilidade. Não tem apoio popular nem parlamentar, lida com um cenário de recessão e inflação e está ameaçada pela possibilidade de abertura do processo de impeachment.

Além disso, corre o risco de ter o mandato cassado pela Justiça Eleitoral, caso seja acolhida a denúncia de que abusou de poder político e econômico, incluindo dinheiro sujo do petrolão, para se reeleger. É justamente na frente aberta no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) que Temer e o PMDB apostam para assumir o governo. As ações na corte têm a chapa Dilma e Temer como alvo. A estratégia do peemedebista é separar a análise das contas de campanha da presidente da análise das contas de campanha do vice.

A meta é imputar os crimes cometidos apenas à mandatária, excluindo o vice de eventual punição, o que lhe daria o direito de ascender ao cargo de presidente. Especialista em direito constitucional, Temer elaborou de próprio punho um parecer preliminar que, em sua avaliação, permite ao TSE desvincular as duas contas. O texto já foi apresentado a ministros de tribunais superiores, juristas renomados e especialistas em direito eleitoral. A receptividade animou Temer.
Almir ILHOTA
14/11/2015 18:02
ILHOTA querida, demorei muito em me manifestar sobre os casos de improbidade administrativa, mas já que você abordou o assunto, quem tem acesso a internet pode verificar que teu amado possui quatorze(14) processo por improbidade, isso mesmo, em tão somente dois anos e dez meses de mandato, imagina o que vem pela frente ainda, sempre defendi e defendo a moralidade na gestão publica se fez mal feito que pague, sempre dando direito ao contraditório e a ampla defesa, mas acusar o Paulo Roberto Drun, ex coordenador da defesa civil de nossa cidade pela distribuição das casas populares por ocasião das cheias de 2008, talvez seja pelo fato, e ai será de fácil comprovação, que viriam para ILHOTA, no inicio da tragédia pouco mais de cinquenta casas, e vieram mais de duzentas, fruto do belo trabalho que realizaram junto a Coab, Reino Arábe, Rotari Club Internacional, e senhora Alice Kuerten, que fizeram as doações das casas, no que o governo estadual, governado pelo saudoso LUIZ HENRIQUE DA SILVEIRA, que doou os terrenos ao município, investigar é direito e dever do MP, condenar somente quando provarem que houve o delito, que neste caso em especial por conhecer o senhor Paulo, saber da sua integridade, da competência em que geriu a defesa civil enquanto a frente da mesma, duvido muito que consigam. Já seu governo defendido ferrenhamente por você, e só por você doou cinco(5) casas aos desabrigados, sua secretária da administração Tatiana Reichert, esta no mais completo ostracismo. justo ela que defendia tanto os seus BAÙS, porque não faz nada agora que possui a caneta. È amigos acusar sempre foi fácil, difícil mesmo è fazer, sendo assim aguardamos que façam melhor do que foi feito até então.
Ilhota Querida
14/11/2015 14:57
É Herdon dos Anjos,
Voce provavelmente não estava na lista da COHAB dos que não receberam a casa!!! Se a notícia é velha pra voce problema é seu, eu vi hoje, e pode ter pessoas que só viram hoje também! Se estão protegendo alguém ou não, isso não me interessa, eu sou um desses que estava na lista e não recebeu a casa, então QUERO MAIS DO QUE TUDO QUE A JUSTIÇA SEJA FEITA, e quem nos fez sofrer mais ainda depois da tragédia que PAGUEM CARO por isso!!! Pode ser antiga pra voce, mas isso não é desculpa para que os culpados nao sejam punidos e também não é menos importante do que qualquer outra coisa, isso foi histórico!!!
Herdon dos Anjos
14/11/2015 14:34
Ilhota Querida, você está de brincadeira!

Esta notícia "alvissareira", com cara de nova, do malfeito do Paulo Roberto Drun (PSDB), na Defesa Civil do governo de Ademar Felisky (PSDB), é muito velha. Há meses eu li aqui mesmo neste espaço. Ilhota inteira sabe disso.

O Jornal de Santa Catarina e Pancho, os alienado ou desinformados, não se interessaram.

Por que publicaram agora, ignorando o processo de cassação do prefeito Daniel do PSD e outros processos recentes, que também li aqui neste mês?

Porque foram pautados pelo Jefferson Forrest, genro de Décio Neri Lima, que é marido de Ana Paula, que protege e possui uma aliança de bastidores com a Tatiana Reichert, a secretária de administração de Bosi.

E porque foram pautados? Porque o PSD e o PT estão de braços dados em Ilhota e não querem que aconteça a cassação de Bosi. Então estão intimidando o Drun, com coisa braba, mas antiga.

Esse pessoal não se emenda e acha que todos são uns bobinhos.
Herculano
14/11/2015 12:55
da série: isto não se parece com alguma coisa que você está vendo no Brasil? Não se importa o sacrifício imposto e o medo que se implanta, o que importa mesmo é o poder e a subjugação contra a legalidade, a ordem, a ética, a via...

COM ESTILO JIHADISTA, ATAQUE SUGERE ESCALADA, por Igor Gielow, para o jornal Folha de S. Paulo

Poucos meses depois dos ataques contra o jornal satírico "Charlie Hebdo", o terror voltou com força multiplicada a Paris. As características da ação, coordenada e envolvendo pelos primeiros relatos armamento pesado e explosivos, demonstram o fracasso do esquema de reforço no policiamento da capital francesa.

Ao longo deste ano, turistas contornavam grupos de soldados do Exército com fuzis em frente a pontos sensíveis, como as sinagogas e lojas judaicas do tradicional bairro do Marais, além de todas as diversas atrações parisienses. Nesta sexta, uma das ações ocorreu justamente em um restaurante não distante da redação do "Charlie".
Este texto é escrito sem confirmações de autoria, mas todos os sinais iniciais indicam o tipo de terrorismo que emergiu com a Al Qaeda, a rede fundada por Osama bin Laden: coordenação, alvos que simbolizam o que o jihadismo vê como a decadência ocidental (restaurantes, boates, eventos de massa) e um senso de espetacularização da violência.

Naturalmente, a pergunta central será sobre o envolvimento da facção Estado Islâmico, que domina porções consideráveis da Síria e do Iraque e que está sob fogo do Ocidente e da Rússia. Até aqui, o grupo parecia mais inspirar do que efetivamente organizar ataques fora de seus domínios.

Ao assumir como obra de um grupo afiliado seu a derrubada de um Airbus russo sobre o Sinai, no fim de outubro, o EI assustou o mundo com a possibilidade de expandir seu terror para os chamados "soft targets": turistas e a indústria que eles movem, basicamente.

Assim como acontecia com a Al Qaeda, a dificuldade central de vigilância enfrentada pelos governos se dá pelo fato da horizontalidade desse tipo de ação. Qualquer maluco pode alegar ser egresso de uma "célula dormente" do EI, é fato, mas o que os ataques de Paris sugerem é algo completamente diferente.

Tudo isso, claro, precisa passar pelo crivo de investigações que começaram há poucas horas. Mas parece insinuar uma escalada que o Ocidente já viu antes, na esteira dos ataques do 11 de setembro de 2001 nos Estados Unidos.

A proximidade da COP-21, a reunião sobre o clima que trará diversos chefes de Estado em Paris, apenas agrava essa perspectiva.

Há algumas semanas, diplomatas franceses em Brasília comentavam sobre as medidas extremas de segurança que iriam ser tomadas para evitar ataques durante a reunião, que pareciam bem draconianas. Deverão ser duplicadas agora.
Ilhota Querida
14/11/2015 12:15
Ao Almir Ilhota que critica ferrenhamente a atual Defesa Civil de Ilhota, deve estar com saudades da antiga né? Acabo de ler uma matéria explendida: http://dc.clicrbs.com.br/sc/noticias/de-ponto-a-ponto/noticia/2015/11/promotoria-denuncia-ex-coordenador-da-defesa-civil-de-ilhota-por-improbidade-administrativa-4902501.html
A 2ª Promotoria de Justiça de Gaspar entrou como uma ação civil de improbidade administrativa na Justiça contra o ex-coordenador da Defesa Civil de Ilhota, PAULO ROBERTO DRUN. Ele teria desrespeitado a listagem de famílias atingidas pelo desastre de 2008 que seriam beneficiadas com a doação de uma casa.

Segundo a investigação do Ministério Público, famílias que estavam na listagem elaborada Companhia de Habitação do Estado de SC (Cohab) nunca receberam o imóvel. Por outro lado, outras que não constavam na lista teriam sido beneficiadas.

A promotora Chimelly Marcon diz que das 100 famílias da lista, apenas 34 receberam as casas. Drun é acusado de escolher os beneficiados de acordo com as vantagens políticas e eleitorais que obteria. Ele foi candidato a vereador em 2012, mesmo ano das doações, e se elegeu vereador pelo PSDB.

Vereador nega acusações

O vereador e ex-coordenador da Defesa Civil, Paulo Drun, nega as acusações. Disse que algumas famílias desistiram dos imóveis e outras foram chamadas no lugar, sempre seguindo os mesmos critérios adotados pelo Serviço Social do município e Cohab. Sobre tirar proveito político da situação, ele explica que a decisão de ser candidato só foi tomada em período posterior às doações e que, portanto, não haveria como se beneficiar.
É MEU AMIGO, AOS POUCO A VERDADE VAI APARECENDO, E QUEM DIZ QUE JÁ ESMAECEU OS EFEITOS COLATERAIS CAUSADOS POR UMA GESTAO MÁ INTENCIONADA NAS ENCHENTES DO NOSSO MUNICÍPIO, AQUI ESTA A PROVA DE QUE ESTA ENGANADO!!! XO CORRUPÇÃO, NOJO!!! QUE A JUSTIÇA SEJA FEITA!!!
Herculano
14/11/2015 09:36
DILMA E O PROCESSO DE CAPITULAÇÃO GRADUAL, por Vera Magalhães, de Veja

Dilma Rousseff saiu da fase da negação peremptória quanto a nomear Henrique Meirelles para a Fazenda e já cogita ceder mais isso a Lula. Ainda empaca na condição de garantir "porteira fechada" na condução da economia ?" com Planejamento, BC, Banco do Brasil, Caixa e BNDES afinados com ele.

Mas quem conhece o processo decisório da presidente acha que ela pode acabar cedendo.
Herculano
14/11/2015 07:29
O QUE HOUVE EM BENTO RODRIGUES NÃO FOI ACIDENTE". FOI CRIME, por Reynaldo Rocha

Parte 1

...Neste novembro. ainda contamos os mortos em meio a poucas certezas. Uma delas: Bento Rodrigues morreu. Outra: não houve um acidente...

Minas Gerais. O nome diz tudo. Existem 200 minas espalhadas pelo território.

Décadas atrás, criou-se uma campanha: "Olhe bem as montanhas!" Elas estavam desaparecendo. Mesmo a Serra do Curral - moldura de Belo Horizonte - parece continuar existindo quando vista da cidade. Mas do outro lado, na face invisível da montanha, vales e campos foram tragados por imensas crateras.

Em 2001, uma barragem se rompeu no município de Nova Lima, a 5 quilômetros de Belo Horizonte. É uma área ambiental, com distritos como Macacos e Rio Acima e dezenas de condomínios horizontais cujos moradores lutam para manter o que o poder público ignora.

Foram cinco mortos, mais de um ano de acessos interrompidos e um imenso mar de lama - hoje seco e estéril - que deveria servir de exemplo e advertência.

Em 2014, outra barragem foi rompida em Itabirito. Três trabalhadores morreram em mais um acidente ecológico irreparável. Foram inúmeros os "pequenos" acidentes que devastam a natureza e matam muitos.

Neste novembro. ainda contamos os mortos em meio a poucas certezas. Uma delas: Bento Rodrigues morreu. Outra: não houve um acidente.

Não chovia. Não houve inundação. Mesmo um sismo de 2.9 graus (a desculpa a que se agarram os defensores do indefensável) jamais provocaria o rompimento da barragem. Foi crime. A negligência - para ficar na tipificação mais leve - está comprovada.

Em 2013, o Instituto Pristino - grupo ambientalista sem fins lucrativos, composto por professores da UFMG - produziu a pedido do Ministério Público um estudo detalhado sobre as barragens de Minas Gerais, especialmente as de Mariana que se mostravam especialmente perigosas.

Segundo a Samarco, a empresa nunca recebeu o estudo que lhe foi entregue em mãos. Uma cópia foi encaminhada ao governo estadual. Em julho deste ano, já na gestão de Fernando Pimentel, uma "auditoria independente" foi contratada. O veredito informou que não havia nada de errado. Tudo normal, tudo estável. Como em 2013, a licença foi renovada.
Herculano
14/11/2015 07:29
O QUE HOUVE EM BENTO RODRIGUES NÃO FOI ACIDENTE". FOI CRIME, por Reynaldo Rocha

Parte 2


... "Os governos de Minas se contentam com qualquer lucro resultante da mineração. O governo federal se dispensa de qualquer ação além de arrecadar o que puder. Tira-se de Minas o que não é renovável. As mineradoras são historicamente donas do solo mineiro. A fiscalização é pouca ou nenhuma..."


Entre 2014 e 2015, a produção aumentou 15% e chegou a 25 milhões de toneladas de minério de ferro. O colosso de rejeitos somou 22 milhões de toneladas. Para armazená-los existem as barragens assassinas. A meta da VALE e da BHP era atingir 35 milhões de toneladas até o fim do ano.

Em vez de construir uma nova barragem de contenção, a Samarco optou por "reforçar" as paredes das existentes. As que se romperam. Fatalidade? É claro que não.

Os governos de Minas se contentam com qualquer lucro resultante da mineração. O governo federal se dispensa de qualquer ação além de arrecadar o que puder. Tira-se de Minas o que não é renovável. As mineradoras são historicamente donas do solo mineiro. A fiscalização é pouca ou nenhuma.

Afinal, o que vale Bento para quem fatura bilhões de dólares por ano? Que força pode ter uma comunidade de pequenos sitiantes que sobrevivem do trabalho e ganham quantias insuficientes para pagar o salário mensal de alguns engenheiros da Samarco ou de burocratas do governo?

As discussões sobre mineração se concentram em royalties e impostos. A vida humana é algo secundário. Os donos do dinheiro não têm tempo a perder com a cultura de vilarejos centenários ou a preservação do meio ambiente.

O governo estadual suspendeu a licença da Samarco. Não era necessário. As correias transportadoras foram afetadas. Não serão recuperadas tão cedo, para retomarem o despejo da lama que inunda Bento e se espalha por Minas e pelo Espírito Santo.


..."Para quem não conheceu Bento, é difícil avaliar a extensão da tragédia. Vidas, histórias, lembranças, vivências, tudo se foi. Tudo isso jaz sob a lama. Há responsáveis com nome e sobrenome. Não foi fatalidade. Foi crime ..."


A BHP está revendo previsões de lucros para 2016. E já comunicou aos mercados internacionais que estuda "medidas alternativas" para impedir a queda da produção. Os moradores de Bento não têm nada a rever.

Quem conhecia Bento dividia o medo com a gente de lá. Uma imensa lagoa fétida recebia uma carga diária de rejeitos produzidos pelo minério destinado à exportação. Os impostos sempre passaram longe do lugarejo marcado para morrer.

Para quem não conheceu Bento, é difícil avaliar a extensão da tragédia. Vidas, histórias, lembranças, vivências, tudo se foi. Tudo isso jaz sob a lama. Há responsáveis com nome e sobrenome. Não foi fatalidade. Foi crime.

Em nome de Bento, o vilarejo enterrado na lama, há que se ter JUSTIÇA.

A lama de Bento não é somente rejeito criminoso. É a lama do descaso histórico com uma nação.

Mesmo que seja com a menor comunidade que insistia em ser digna. Ou até mais por ela.
Herculano
14/11/2015 07:11
TRIPLO SEQUESTRO, editorial do jornal Folha de S. Paulo

Um efeito do descrédito vivido pelo deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ) começa a manifestar-se de forma até salutar sobre um partido supostamente alheio a sua esfera de influência direta.

Com bastante atraso, o PSDB moveu-se nesta semana para desvincular-se da imagem do presidente da Câmara, que, por um bom tempo, ocupou de modo informal o papel de líder da oposição.

O PSDB argumenta que a fraquíssima justificação do peemedebista para as contas na Suíça constituiu "fato novo" a fundamentar uma atitude de firmeza que, a rigor, há muito deveria ter sido adotada.

É que o partido submetia-se ao hábil jogo de Cunha, em cujas mãos ainda se detém o poder de deslanchar o processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff (PT). A aliança tática revelou-se custosa demais para os tucanos.

O mais importante partido da oposição se via sequestrado pela ação do presidente da Câmara. Mais precisamente, é possível dizer que se tratava de triplo sequestro.

Sensíveis à mobilização das ruas, em que parcelas expressivas da população assumiam palavras de ordem mais inflamadas do que costuma permitir o DNA tucano, setores da agremiação tentaram adotar um figurino intransigente.

Embora o slogan de sua propaganda política tenha sido o de uma oposição ao governo, e não ao Brasil, as atitudes do PSDB na Câmara representaram clara aposta no "quanto pior, melhor".

Apoiaram-se medidas contrárias ao ideário clássico da sigla, como a que determinou o fim do fator previdenciário ?"criação, afinal, do governo Fernando Henrique Cardoso (1995-2002).

Após vários acenos à irresponsabilidade fiscal e de alguns atos de açodamento retórico, o PSDB conheceu o irônico dissabor de acompanhar a divulgação de um texto propositivo lançado pelo PMDB, no qual a legenda que mais simboliza a fisiologia e a gastança cobriu-se com as plumas da contenção de gastos e da eficiência gerencial.

Sequestrado pela pressão pró-impeachment, pela aliança com Eduardo Cunha e pela aparente responsabilidade econômica do PMDB, o PSDB terminou sob uma tempestade doutrinária perfeita.

Em favor da ética, sustentava alguém flagrado com dinheiro suspeito no exterior; contra o petismo, seguia-lhe a antiga tese do "quanto pior, melhor"; contra o ajuste de Joaquim Levy, negava a política da era FHC. Na sede oposicionista, perdeu-se num discurso menos confiável que o do PMDB.

Era tempo de cair em si; em conjuntura tão móvel quanto a atual, não há como saber, porém, se conseguirá se manter a salvo das próprias ambiguidades e hesitações.
Herculano
14/11/2015 07:04
A MORAL DE DEUS, por Hélio Schwartsman

Deu na Folha que crianças religiosas não são mais boazinhas que as não religiosas. Ao contrário, o estudo, que envolveu 1.170 participantes de seis países, indicou que muçulmanos e cristãos são um pouquinho menos generosos e mais intolerantes que seus coetâneos criados em lares não religiosos.

Qual é o vínculo entre religião e moral? Para os extremamente pios, ele é total. A moral, eterna, emana de Deus, que a revelou aos homens nas Escrituras. A hipótese não resiste a uma análise mais acurada, já que a Bíblia autoriza condutas que hoje consideramos unanimemente imorais, a exemplo da licença para vender filhas como escravas (Êx. 21:7).

Essa interpretação tampouco se coaduna com a antropologia. A moralidade é tributária de um instinto que se consolidou no homem muitos milênios antes de o primeiro padre celebrar a primeira missa. Sem balizas morais para o convívio social, jamais teriam surgido grupamentos suficientemente complexos para produzir as religiões monoteístas.

Isso permite mudar a pergunta. Se a religião é tão inútil, por que é universal? A resposta está no contexto social. Nos casos em que lidamos com grupos culturalmente uniformes que quase nunca se encontram com outras tribos e, quando o fazem, é para guerrear, a religião mais ajuda que atrapalha. Ela unifica e motiva.

Nas situações mais típicas da modernidade, porém, em que vivemos em sociedades multiculturais em que pessoas de diferentes "backgrounds" interagem o tempo todo, o risco é a religião tornar-se um pretexto para legitimar a violência.

Errei - Estava errada a informação, publicada aqui na terça-feira, de que o governo Alckmin deixou de contabilizar mortes provocadas por policiais em folga para aparecer melhor nas estatísticas. Acrescento, porém, que as múltiplas, cambiantes e contraditórias versões apresentadas pela SSP ao longo da apuração não contribuem para a causa da transparência.
Herculano
14/11/2015 07:00
PT QUER SE LIVRAR DE DIRCEU ANTES DA CONDENAÇÃO, por Cláudio Humberto na coluna que publicou hoje nos jornais brasileiros

As facções Mensagem ao Partido e Construindo Um Novo Brasil, do PT, mobilizam-se pela desfiliação do ex-ministro José Dirceu. Desta vez, encabeça o movimento o presidente petista Rui Falcão, que nada seria no partido sem Dirceu. Todos apostam em condenação do ex-ministro por falcatruas com sua empresa JD Consultoria. Mensagens ao ex-ministro, no cárcere, sugerem que ele peça sua desfiliação.

Chumbo grosso

Denúncia da Lava Jato dá conta que R$ 11,8 milhões surrupiados de contratos entre Engevix e Petrobras, foram pagos a Dirceu.

Constrangimento

O PT quer evitar a expulsão de Dirceu, como anunciou, em maio, que faria com "qualquer petista que cometer malfeitos e ilegalidades'".

O Dirceu do PMDB

O PMDB vive situação semelhante. Não sabe o que fazer, em seu próximo congresso, com o deputado Eduardo Cunha (RJ), enrolado na Lava Jato.

Sai pra lá

A Assembleia Legislativa do Paraná largou na frente. Analisa projeto de lei que pede a revogação do título de cidadão honorário de José Dirceu.

NA TERRA DE DILMA, 59,6% QUEREM IMPEACHMENT

Pesquisa realizada entre os dias 7 e 11 deste mês em Minas Gerais, onde nasceu a presidente Dilma, revela que 59,6% dos entrevistados querem seu impeachment. O levantamento do Instituto Paraná, um dos mais acreditados do País, entrevistou 1.583 eleitores em 84 municípios mineiros. Apenas 30,7% dos conterrâneos são contra o impeachment, 8,1% não são a favor, nem contra, e 1,6% não sabe ou não opinou.

84,2% de desaprovação

A pesquisa em Minas mostrou também que 84,2% dos eleitores desaprovam a administração de Dilma. Apenas 12,7% a aprovam.

Aécio na frente

Em pesquisa estimulada, 43,5% votariam hoje em Aécio Neves (PSDB) para presidente, contra 17,2% de Lula (PT) e 14,3% de Marina (Rede).

Outro cenário

Se o candidato do PSDB fosse Geraldo Alckmin, 25,4% votariam nele para presidente em Minas. Marina subiria para 22,8% e Lula 18,4%.

Passeio indecente

Um grupo de dez senadores marcou viagem para a China, com passagens de primeira classe. A informação vazou e o passeio foi cancelado. Mas o contribuinte gastou R$ 200 mil com a não-viagem.

Presente de Natal

Políticos enrolados na Lava Jato ganharam presente de Natal. O Ministério Público prorrogou o fim do inquérito para 26 de dezembro. Suas excelências só devem ser indiciadas em março, após o carnaval.

Quase meio século

O Código de Mineração em vigor foi assinado há 48 anos pelo ex-presidente Castello Branco, em 1967. O projeto do Marco Regulatório da Mineração continua na gaveta do relator, Leonardo Quintão (PMDB-MG), desde 2011. Ele é assim, ó, com Eduardo Cunha.

Governo da pesada

O líder do governo na Câmara, José Guimarães (PT-CE), anda meio desanimado, meio cansado, mas os adversários reconhecem seu esforço: "Sem ele, a situação do governo seria pior".

Bem legal

O PMDB de Santa Catarina lançou aplicativo de troca de mensagens com o eleitor, para superar a falta de credibilidade dos políticos. Para o deputado Mauro Mariani, a população "deixará de ser espectadora".

Páreo duro

A bancada gaúcha na Câmara demonstra preocupação com a condução política do governador gaúcho Ivo Sartori. Até no partido, o PMDB, sua inabilidade tem sido comparada à da presidente Dilma.

Em nome do Pai

A oposição já não confia na própria força para tocar o impeachment de Dilma: "Vamos entregar nas mãos de Deus", diz o deputado Mendonça Filho (DEM-PE). Mas garante que a oposição não jogou a toalha.

Acelerando fundo

"A sobrevivência do governo depende do rumo do País, não do Eduardo Cunha", afirma o deputado Osmar Terra (PMDB-RS). Segundo ele, Cunha tem função única de acelerar o processo.

Pergunta em Brasília

Quem custeia a milícia do MST que há 40 dias invade e vandaliza prédios públicos em Brasília, sem que o governo federal reaja?
Almir ILHOTAa
14/11/2015 06:51
AMIGOS, a cada dia que passa vimos ILHOTA, mais afundada em problemas e dívidas, não é raro ver e ouvir os fornecedores da prefeitura reclamarem da falta de pagamento, e por conta disto não fornecer mais para a mesma, venho alertando nosso povo de quão incompetente é essa gestão, e muitos passaram a concordar comigo, porem ter que aguardar mais quatorze meses para que possamos começar a melhorar é muito tempo, nossa salvação seria nossos vereadores cassarem este prefeito, para que seu vice ao assumir possa tentar colocar ILHOTA nos eixos, e acredito que isso possa acontecer. Se nossa prefeitura fosse uma empresa privada DANIEL e seus COMPARSAS já teriam falido.
Herculano
14/11/2015 06:43
INSÂNIA EM PARIS, por Valentina de Botas

Alá é grande!, entoavam os demônios enquanto cavalgavam as trevas em Paris. Alá é grande? Depois da marcha da insânia em Paris pela segunda vez no ano, desnecessário gastar muita tinta, papel ou teclas com os demônios.

Enquanto não se ouvir uma voz entre as lideranças islâmicas condenando a malignidade dos adeptos malditos, enquanto a benigna consciência islâmica não se levantar contra a orgia de sangue deste 13 de novembro, impõe-se a conclusão: Alá é menor do que os demônios que anunciam a grandeza dele.
Herculano
14/11/2015 06:39
POR QUE A FRANÇA?

Simples, por ser a terra da Liberdade, Igualdade e Fraternidade.

Os terroristas negam esta máxima para subjugar fracos, mulheres, minorias, analfabetos, ignorantes e desinformados e assim se estabelecer num poder espúrio e prevalente pelo obscurantismo seja ele ideológico ou religioso.

Isto não é esquerda, direita, progressista, conservador, popular ou liberal. Simplesmente é insano e a negação da sua autonomia de pensar num ambiente plural.
Herculano
14/11/2015 06:31
O ESTADO ISLÂMICO CHEGOU AO OCIDENTE. PONTO! por Reinaldo Azevedo

Teóricos de um choque de civilizações entre os muçulmanos e o Ocidente certamente começarão a ser revisitados

Foi um ataque horripilantemente espetacular, a evidenciar que o mal já está na França ?" ou, se quiserem, está entre nós. Não é preciso ter muita imaginação para saber a origem: é claro que estamos falando do Estado Islâmico. Ainda que não se constatasse um liame formal com aqueles delinquentes, há um vínculo que é dado, vamos dizer, pelo espírito do tempo. Os franceses participam dos ataques aéreos às bases terroristas na Séria. O primeiro foi desferido no dia 30 de setembro

Pois é? Depois de um ataque dessa dimensão, a França tem uma dupla preocupação. Com uma enorme população de origem árabe, o terrorismo encontra facilidades extras para se esconder entre pessoas decentes ?" sempre lembrando que o Estado Islâmico tem conseguido também, o que é espantoso, seduzir jovens ocidentais sem qualquer vínculo anterior com o islamismo.

E dessa realidade factual decorre um problema muito fácil de explicar e muito difícil de resolver. É claro que vão crescer o preconceito e a hostilidade às comunidades islâmicas de maneira geral ?" e árabes em particular. Por mais que se façam apelos à razão e que se demonstre que a maioria dos imigrantes e descendentes são pacíficos, é muito mais difícil combater o medo do que a efetiva ameaça.

Teóricos de um choque de civilizações entre os muçulmanos e o Ocidente certamente começarão a ser revisitados. Se tais teorias andaram, por um tempo, em baixa, o Estado Islâmico tem se encarregado de renová-las, uma vez que se mostrou capaz não de infiltrar terroristas em países ocidentais, como fazia a Al Qaeda, mas de mobilizar braços que já estão presentes nesses países.

Mais: a Europa vive uma espécie de transe com a chegada em massa de imigrantes muçulmanos, vindo das áreas da guerra, o que tem gerado a reação muitas vezes violenta de grupos xenófobos. É evidente que uma ocorrência como essa tende a acirrar ainda mais os ânimos.

E o pior de tudo é que resta um recado: esse terrorismo que consegue se esconder no seio da própria sociedade é muito difícil de combater. Infelizmente, não se faz isso sem um estreitamento das liberdades individuais e sem que cresça enormemente a vigilância do Estado sobre os indivíduos.

O terror não mata só pessoas. Mata também as liberdades individuais.
Herculano
14/11/2015 06:14
TERRA EM TRANSE, por André Singer, ex porta voz do governo e assessor do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, em artigo publicado no jornal Folha de S. Paulo

Olhar para a eleição argentina do próximo fim de semana ajuda a colocar a crise brasileira em perspectiva. Apesar de existirem diferenças importantes entre os países, a dificuldade do kirchnerismo guarda pontos em comum com a do lulismo. Mesmo que, ao final do processo, ambos consigam vencer os respectivos desafios ?"o que é possível?", parece estar chegando ao fim a etapa menos competitiva do confronto sul-americano.

O que esperar da fase que virá? Creio que se desenham duas hipóteses, cuja predominância implica destinos diferentes para a região. Na primeira, as opções populares construídas ao longo das últimas duas décadas seriam varridas do mapa por nova onda neoliberal. Na segunda, os setores que se alinharam aos governos mais ou menos progressistas permanecem como alternativa estruturada de poder.

Como lembra o cientista político argentino Atilio Boron, desde que Hugo Chávez ganhou o pleito venezuelano em 1998, os governos progressistas da Venezuela, Argentina e Brasil nunca perderam nas urnas em pleitos para o executivo nacional. O problema não está em perder uma eleição, porém, sim, em como perder. Alternância no poder é parte inevitável da democracia, a questão é a qualidade da oposição que resulta da derrota.

Os elementos populistas presentes na experiência destas décadas ficam claros até na aplicação dos nomes próprios ?"chavismo, lulismo, kirchnerismo?" ao sentido das políticas adotadas. Antes que alguém me acuse de criticar termo que eu mesmo sugeri, esclareço que o fiz como tentativa de esclarecer a natureza do que estava em curso e não como elogio ou propaganda. Sempre destaquei que se tratava de articulação vertical, vinda de cima para baixo, com as naturais consequências.

Uma delas é a dificuldade de organização pela base. A outra, de institucionalização partidária. Com isso, a derrota eleitoral pode significar o derretimento do que se estabeleceu no período anterior, sem que forças sólidas de oposição sejam capazes de barrar o desmonte dos avanços igualitários obtidos, em que pesem as limitações de cada experiência.

É claro que, apesar das identidades, cada caso é um caso. Na Venezuela, houve a criação de brigadas populares; no Brasil, o PT é bem organizado e institucionalizado; na Argentina, o peronismo possui longa história de sobrevivência aos percalços de disputas sempre polarizadas. Goste-se ou não ?"neste caso é o de menos?", esses elementos ajudarão a definir se a próxima etapa será de consolidação das democracias da região ou de confusão generalizada. Em sociedades tão desiguais, a ausência de partidos populares consolidados tende a desestabilizar o processo.
Herculano
14/11/2015 06:07
TERROR INQUIETA PELA NOÇÃO DE QUE NÃO VAI PARAR, por Josias de Souza.

Mais terrorismo. Atentados em série. Novamente em Paris. Mais de cem cadáveres! De todos os malefícios produzidos pela banalização do terror o mais apavorante é a noção de que não vai parar.

A troca da ideologia dos tempos da Guerra Fria pelo obscurantismo religioso atual eliminou a previsibilidade e a nitidez do mundo. Pior: a ilusão de que é possível restaurar a segurança perverteu o conceito de excepcionalidade.

O exercício do vale-tudo pelo Estado, que era excepcional, tornou-se uma permanente evidência da ineficácia dos métodos preventivos. Tão permanente quanto a morte.

A morte pode chegar nas asas de um avião enfiado nas torres gêmeas ou no colete de explosivos sob a roupa dos jovens de aparência inofensiva que se detonam em meio à plateia da casa de espetáculos parisiense.

Não vai parar. A estupidez humana é ilimitada.
Herculano
14/11/2015 06:04
PROPAGANDAS DE GUERRA, por Demétrio Magnoli, geógrafo e sociólogo, para o jornal Folha de S. Paulo

Somos doces, quase melados. É, dizem, nossa herança portuguesa. Caetano Veloso e João Pereira Coutinho duelam sobre Israel/Palestina. Aparentemente, divergem em tudo, menos nos bons sentimentos. De fato, estão de acordo sobre o ponto crucial: partindo de premissas simétricas, descartam a paz pela partilha da Terra Santa em dois Estados. Fazem propaganda de guerra. Suavemente.

Na sua crítica, Coutinho (Folha, 10.nov) explica que é inviável trocar terra por paz pois "a parte árabe sempre recusou essa troca". Como prova, oferece uma visita cuidadosamente truncada à história do conflito, que poderia ser subscrita por Netanyahu. Lá estão o Plano de Partilha da ONU, o Nasser dos "Três Nãos" e o Hamas. Mas, nela, desaparece a pulsão expansionista do sionismo, tão antiga quanto o rejeicionismo árabe-palestino.

Do mapa de Israel comissionado por Ben Gurion, em 1949, que apagava os nomes árabes da topografia da Terra Santa, aos manuais escolares israelenses, que exibiam os palestinos como nômades do deserto, desenrola-se uma etapa dessa história. Das colônias judaicas nos territórios ocupados à anexação da porção árabe de Jerusalém, e dali à incorporação dos arautos do Grande Israel aos gabinetes de Netanyahu, desdobra-se a segunda etapa. Dizer que "a parte árabe" sempre recusou a partilha é tão verdadeiro (ou falso) quanto retrucar que "a parte israelense" sempre a recusou.

Desde 2000, quando Sharon oficiou as exéquias dos acordos de Oslo, Israel congelou as negociações, alegando a ausência de interlocutores legítimos. "Os palestinos são terroristas" ?"o álibi de Netanyahu emerge na invocação de Coutinho sobre "o que aconteceu em Gaza". Mas a retirada de Gaza não era um passo no rumo da paz pela partilha. Sharon, não tão cândido quanto Coutinho, jamais ocultou que sua iniciativa unilateral era o componente inicial de uma "paz dos vencedores" baseada na anexação de Jerusalém e de vastas áreas da Cisjordânia. Sharon fazia política, falando para israelenses; Coutinho faz propaganda, falando para brasileiros.

Caetano (Folha, 8.nov) usa as vozes de outros para narrar a sua própria conversão. No início, ele está com o Breaking the Silence, que contesta a ocupação; no fim, adere ao BDS, que contesta a existência de Israel. A violência da ocupação aparece, no começo, como expressão das políticas israelenses; depois, como o fruto envenenado da própria natureza do Estado judeu. Na conclusão, o texto celebra a memória de Yeshayahu Leibowitz ?"mas de um modo ligeiro, que o reinventa como pioneiro do BDS. O Leibowitz real, um judeu puritano, um libertário inflexível e um sionista de primeira água, alertava sobre os efeitos desastrosos da ocupação sobre a democracia israelense para pedir uma paz em dois Estados. Já o Leibowitz caetanizado detectou "aspectos nazistas na política do país" e traçou o "paralelo Israel/África do Sul" para sustentar um adeus definitivo a Israel.

"Apartheid", "nazismo". Caetano reprova as "formas altivas de intolerância" dos "garotos militantes" do BDS, mas salpica seu adeus com as senhas que eles utilizam. Ele conta que, entre shows e ensaios, "redobrou as pesquisas" sobre o conflito na Terra Santa, mas parece nunca ter acessado os documentos do BDS, disponíveis na internet. Se tivesse feito a lição de casa, saberia que a erradicação de Israel é, realmente, o objetivo político do movimento, não um boato difundido por sindicalistas brasileiros ultraesquerdistas. Mas, nesse caso, sua peça de propaganda seria menos persuasiva.

A propaganda eficaz é uma espécie singular de mentira, erguida com os tijolos da verdade. Coutinho e Caetano completam-se mutuamente. Lendo um, tenho vontade de concordar com o outro ?"e vice-versa. Eles não precisam polemizar: no fim do arco-íris, abraçam-se na rejeição à única fórmula de paz em Israel/Palestina.
Herculano
14/11/2015 06:02
O RADICALISMO ONDE VIDAS NÃO POSSUEM VALOR ALGUM, A NÃO SER CHOCAR E INTIMIDAR OUTRAS

O que aconteceu ontem em Paris, é a negação da Democracia por quem a usa para perpetrar o terrorismo. É a negação da dialética, onde a vontade de um é sempre prevalente, de forma bárbara, sobre o outro, normalmente anônimo e inocente.

Esta cultura - o da imposição física para se defender ideias que não possuem legitimidade ou unanimidade para a parti delas obter poder e se manter nele a qualquer custo e mentiras -está sendo construída no Brasil, por brasileiros. Pior, eles se dizem esclarecidos, democráticos dialéticos, mas não são capazes de dialogar, reconhecer erros e principalmente derrotas.

O que aconteceu em Paris, é um aviso não para o mundo europeu - a elite branca -, mas para o Brasil e o seu futuro, que vê no presente organizações criminosas, sustentadas pelo roubo e corrupção do patrimônio público, disfarçadas de partidos políticos, aparelhando instituições e combatendo a imprensa livre (que investiga, informa e opina), Ministério Público e Justiça. Whake up, Brazilians!
Herculano
13/11/2015 23:23
CENSURA, MEDO, ALINHAMENTO, COVARDIA QUE ALIMENTA DITADORES. IMPRENSA VENEZUELANA QUASE NÃO NOTICIA PRISÃO DE FAMILIARES DE MADURO

Crise econômica, escassez de produtos básicos e altas taxas de homicídio distraem venezuelanos da política nacional

Conteúdo da Veja e Agência Reuters.A prisão de dois parentes do presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, acusados de tráfico de cocaína, foi um embaraço internacional para ele e seu governo. No entanto, a grande maioria dos venezuelanos nem sequer ouviu falar sobre as prisões no Haiti ou as acusações formuladas posteriormente por autoridades americanas, já que quase toda a imprensa local, sob o cerco do chavismo, ignorou a história.

A prisão de um filho de criação e um sobrinho de Maduro, noticiada em primeira mão pela site de VEJA, ganhou a primeira página de um único jornal de âmbito nacional na Venezuela, o El Nacional. O El Universal, outro jornal de repercussão, publicou uma reportagem online, mas não mencionou que os dois venezuelanos detidos - Franqui Francisco Flores de Freitas, de 30 anos, e Efrain Antonio Campo Flores, de 29 - fazem parte do círculo familiar de Maduro.

Simpatizantes da oposição, em geral mais ricos e mais ativos na internet, estavam tomando conhecimento do assunto no Twitter ou Facebook, onde a questão provocou alvoroço. "A notícia não está em nenhum dos jornais locais, mas estamos nas primeiras páginas no resto do mundo!", lamentou a atriz Maria Brito, de 29 anos, que ficou sabendo do escândalo nas mídias sociais.

Além da censura, os venezuelanos enfrentam uma das piores crises econômicas da história do país, e são obrigados a enfrentar horas em filas para obter itens escassos, como carne e antibióticos.
Herculano
13/11/2015 22:42
DEZ MESES DEPOIS DO PIOR ATENTADO DA HIST?"RIA DA FRANÇA, UM TRAUMA AINDA MAIOR, por Reinaldo Azevedo, de Veja
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Canalhas intelectuais tentaram buscar a culpa do "Charlie Hebdo" em janeiro. E agora?

O ataque ao jornal satírico Charlie Hebdo, no dia 7 de janeiro, era, até esta sexta-feira, o pior da história da França. E o trauma na sociedade francesa já não era pequeno.

Parece não haver muitas dúvidas sobre a autoria dos ataques, não é mesmo? Estamos vivendo sob o risco do mal absoluto: o Estado Islâmico. Mas tratarei desse assunto em particular em outro post.

Quando houve o ataque contra o Charlie Hebdo, acusei a delinquência intelectual de certos analistas que, ora vejam, naquele caso, procuraram buscar os responsáveis entre as vítimas.

Mesmo aqui no Brasil teve início um debate asqueroso sobre o ânimo para a provocação do Charlie Hebdo. Nas sublinhas, o que se lia era o seguinte: "A culpa é das vítimas; elas provocaram!" Por incrível que pareça, teve início uma peroração sobre "os limites do humor", como se terroristas precisassemm de motivos. Não! Ele só precisam de pretextos. E os pretextos estão fora da órbita da razão.

Se o ataque ao Charlie Hebdo tinha algum nexo com as charges de Maomé, os de agora se devem a quê? Os esquerdistas de plantão ?" que sentem uma estranha atração pelo extremismo islâmico ?" não queriam nem saber.

Na Folha, um tal Daniel Serwer, professor da Universidade Johns Hopkins, preferiu voltar suas baterias contra a extrema direita francesa, como se esta tivesse invadido a redação do "Chalie Hebdo" para fuzilar pessoas. Raphael Liogier, francês e professor de um observatório de religião, disse, numa fala de impressionante delinquência, que o "desafio real não são os muçulmanos", mas "o fato de estarmos em uma sociedade em que existe um orgulho narcisista de quem era o centro do mundo e perdeu a influência". Tudo seria fruto de uma crise de identidade dos europeus, entenderam?

Não por acaso, grupos de extrema esquerda no Brasil e vagabundos financiados com dinheiro público para fazer suas páginas asquerosas na Internet também não condenaram o ataque. Ao contrário: a exemplo dos terroristas que invadiram o jornal, querem controlar a mídia, querem limitar a liberdade de expressão, querem submeter as opiniões e as vontades a um ente de razão, a uma força superior que diga o que pode e o que não pode no país.

Esses novos atentados, 10 meses depois do trauma do "Charlie Hebdo", serão vistos por muitos como o prenúncio de uma guerra entre dois mundos, mas travada em solo ocidental. Ainda volto ao tema.
Herculano
13/11/2015 20:42
OS REDATORES DO PAPEL?"RIO QUE CANONIZA MELIANTES PETISTAS MERECEM DIRIGIR O DIÁRIO DA PAPUDA, por Augusto Nunes, de Veja

Para livrar o PT da condenação à morte por excesso de vigarice, ganância e incompetência, a direção do partido que virou bando divulgou um documento que ressuscitou o Movimento Pró-Corrupção, em recesso desde que os quadrilheiros do Mensalão engrossaram a população carcerária. EM DEFESA DO PT, DA VERDADE E DA DEMOCRACIA, diz o título do papelório que trucida a verdade e espanca a democracia com a ferocidade herdada dos avós comunistas.

O cortejo de mentiras acusa o juiz Sérgio Moro de proteger corruptos, culpa FHC pela roubalheira do Petrolão e garante que foi Lula quem inventou o combate à ladroagem, fora o resto. Os redatores do documento pretendiam fabricar argumentos para quem ainda consegue enxergar inocentes em meliantes irrecuperáveis. Só conseguiram demonstrar que merecem dirigir a redação do Diário da Papuda, fundado por José Dirceu
Luis Cesar Hening
13/11/2015 20:37
Vereador Melato
s atitudes do vereador Melato como político e na vida pessoal mostram muito bem seu tipo de cara ter, querer me intimidar, não conseguiu vou estar presente em todas sessões possíveis, vou utilizar a tribuna livre, pois a câmara de vereadores é a casa do povo, e um vereador que seus próprios pares não o tem restrições com sua pessoa, não é a mim que vai intimidar. Basta ver o discurso da vereadora Andréa para entender o que digo
Herculano
13/11/2015 20:27
LEWANDOWSKI CHAMA IMPEACHMENT DE GOLPE E EVIDENCIA A MISÉRIA JURÍDICA E ÉTICA QUE CHEGOU TAMBÉM AO STF, por Reinaldo Azevedo, de Veja

Adicionalmente, ministro fala bobagem sobre a duração do regime militar. Mas foi a menor delas, insista-se

Ricardo Lewandowski, presidente do Supremo Tribunal Federal, costuma produzir seu melhor pensamento quando está calado. O diabo é que, de vez em quando, ele fala. E, por óbvio, também toma decisões.

Nesta sexta, ele conferiu uma palestra numa faculdade aqui em São Paulo. Se há quem queira ouvir, né?, fazer o quê? E disse o seguinte sobre a possibilidade de Dilma perder o mandato em razão de um eventual processo de impeachment.

"Estes três anos após o golpe institucional poderiam cobrar o preço de uma volta ao passado tenebroso de trinta anos. Devemos ir devagar com o andor, no sentido que as instituições estão reagindo bem e não se deixando contaminar por esta cortina de fumaça que está sendo lançada nos olhos de muitos brasileiros".

Trata-se de uma fala energúmena, terrorista e militante. Quem fala aí é o petista, pouco importa se de carteirinha ou não. O homem faz jus à forma como foi indicado por Lula: a mãe dele era amiga de Marisa Letícia, mulher do então presidente. E isso deu em notório saber jurídico. Adiante.

Golpe uma ova. Quando um presidente da Suprema Corte chama de "golpe" o que está previsto na Constituição e na Lei 1.079, das duas uma: ou não sabe nada, ou o que sabe é má-fé. Idiota, Lewandowski não é. Ou não teria chegado aonde chegou com seu currículo magro nas lentes jurídicas.

Volta ao passado tenebroso de 30 anos? Do que esse cara está falando? Do regime militar? Em primeiro lugar, a ditadura durou 21 anos, não 30. No dia 21 de abril de 1985, assumiu a Presidência o senhor José Sarney, e o velho regime estava definitivamente morto.

Se a ditadura tivesse durado 30 anos, teria se estendido até 1994, e a Constituinte de 1988 teria sido redigida sob a força dos tanques. Por que Lewandowski não se cala?

Em segundo lugar, de que diabo de cortina de fumaça ele está a falar? A expressão designa o uso de determinado evento para distrair as pessoas, para tirá-las do foco, para levá-las a se fixar no que não tem importância, deixando de lado o que tem.

Cortina de fumaça, pois, é o discurso de Lewandowski, segundo o qual o impeachment seria golpe. Este senhor está querendo que os brasileiros deixem de considerar a responsabilidade de Dilma Rousseff na crise política que vivemos ?" já nem se diga da econômica.

Este senhor pretende que os brasileiros não divisem os crimes cometidos pelo PT, que, pela segunda vez, é flagrado numa grande esquema para assaltar a institucionalidade.

Gente como Lewandowski provoca em mim uma profunda vergonha, aquela, a tal, a vergonha alheia. Ele tem formação em direito, ainda que vá lá, se fosse jogador de futebol, estivesse mais para um atacante do Íbis, o pior time do mundo, do que para um Pelé? Refiro-me apenas à habilidade específica, não ao caráter. Afinal, o Íbis quer ser o pior time do mundo. E Lewandowski certamente se acha uma sumidade.

Ele sabe que está contando uma grossa mentira jurídica e política ao classificar um eventual processo de impeachment de golpe institucional. Mas por que se obriga a fazê-lo: na melhor das hipóteses, que já é terrível, para ser grato àquele que o alçou da mediocridade ao posto de um dos 11 indivíduos mais importantes da República.

Lewandowski é a evidência da miséria intelectual, teórica e jurídica que também chegou ao Supremo.
Almir Ilhota
13/11/2015 20:23
Poca vergonha agora a noite na eleição para a nova diretoria da Associação dos Servidores Públicos de Ilhota, não era 5 horas da tarde os servidores comissionados já estavam lá. Inventaram uma pauta divergente da pauta publicada no jornal. E não deixaram os servidores da Câmara de Vereadores votarem porque o nome dos mesmos não estava na lista para votação. Até o assessor da Câmara não pode votar porque o nome não estava na lista, o mesmo chegou a mostrar sua folha de pagamento para comprovar que esta em dia. Mas a pelegada do João Roberto e Daniel sequer colocaram na ata as argumentações dele. KKKKKKKK não podia ter sido com outra pessoa.
Herculano
13/11/2015 20:19
LEWANDOWISKI PRECISA DAR NOME AOS "GOLPISTAS", por
Josias de Souza

Numa palestra para universitários, em São Paulo, o presidente do STF, Ricardo Lewandowski disse o seguinte: a sua entrevista ao repórter Roberto D'Avila o senador Aécio Neves disse o seguinte: "Com toda a franqueza, devemos esperar mais um ano para as eleições municipais. Ganhe quem ganhe as eleições de 2016, nós teremos uma nova distribuição de poder. Temos de ter a paciência de aguentar mais três anos sem nenhum golpe institucional.''

Com essas declarações, Lewandowski ecoou a pregação de Dilma Rousseff, de Lula e do PT, que enxergam na defesa do impeachment uma tentativa de golpe. Para o petismo, o discurso não é original. Em 2007, há poucos dias da sessão em que o STF decidiria sobre a abertura da ação penal do mensalão, José Dirceu entoou o lero-lero da "tentação golpista".

No dia em que a denúncia da Procuradoria foi convertida em processo penal, Lewandowski foi o ministro que mais divergiu do voto do relator Joaquim Barbosa. Foram 12 divergências. Ele discordou, por exemplo, do acolhimento da denúncia contra José Dirceu e José Genoino por formação de quadrilha. Terminada a sessão, Lewandowski foi jantar com amigos num restaurante de Brasília. A certa altura, soou-lhe o celular. Era o irmão, Marcelo Lewandowski.

O ministro levantou-se da mesa e foi para o jardim externo do restaurante. Para azar do ministro, a repórter Vera Magalhães, acomodada em mesa próxima, ouviu algumas de suas frases. "A imprensa acuou o Supremo. Todo mundo votou com a faca no pescoço", disse. Acrescentou: "A tendência era amaciar para o Dirceu".

Houve quem enxergasse nas declarações do ministro a fala de alguém que tentara golpear, sem sucesso, o devido processo legal. Fizera isso sem dor na consciência: "Para mim não ficou tão mal, todo mundo sabe que eu sou independente", disse, no fatídico telefonema. Deu a entender que, não fosse pela "faca no pescoço", poderia ter divergido muito mais: "Não tenha dúvida. Eu estava tinindo nos cascos."

O tempo passou. José Dirceu, depois de experimentar uma temporada na Papuda e outra em prisão domiciliar, está preso no Paraná, aos cuidados do doutor Sérgio Moro, o juiz da Lava Jato. E Ricardo Lewandowski, do alto da sua Suprema autoridade, voltou a sentir o cheiro da ameaça de "golpe institucional".

Segundo disse aos universitários, um golpe desse tipo agora mergulharia o Brasil no insondável até 2018: "Estes três anos poderiam cobrar o preço de uma volta ao passado tenebroso de trinta anos. Devemos ir devagar com o andor, no sentido que as instituições estão reagindo bem e não se deixando contaminar por esta cortina de fumaça que está sendo lançada nos olhos de muitos brasileiros.''

Antes que alguém o flagre numa nova conversa telefônica, Lewsndowski talvez devesse dar nome aos golpistas ?"Hélio Bicudo?!? Miguel Reale Júnior?!? Se ficar apenas na insinuação, a plateia pode ser levada a concluir que o ministro está novamento "tinindo nos cascos". O que não fica bem para uma pessoa na sua posição.
Herculano
13/11/2015 15:43
UM JUIZ DO PT? PRESIDENTE DO SUPREMO DEFENDE "AGUENTAR TRÊS ANOS SEM GOLPE INSTITUCIONAL". ENQUANTO ISSO, O GOVERNO INCOMPETENTE, INCONSEQUENTE E CORRUPTO SACRIFICA E EMPOBRECE OS BRASILEIROS QUE NÃO POSSUEM ESTABILIDADE NO EMPREGO COMO O MINISTRO.

Conteúdo do jornal Folha de S. Paulo. Texto de Graciliano Rocha. Sem citar nominalmente a presidente Dilma Rousseff, o presidente do STF (Supremo Tribunal Federal ), Ricardo Lewandowski, disse que o país precisa ter "paciência" nos próximos três anos e não embarcar em um "golpe institucional" que, segundo ele, pode por em risco as instituições democráticas.

A fala do presidente do Supremo ocorreu em palestra em uma faculdade de São Paulo e foi a mais incisiva até agora de um chefe de Poder em defesa da preservação do mandato da petista, que vai até 2018.

Governante mais impopular nas últimas três décadas, Dilma é alvo de pedidos de impeachment já protocolados na Câmara dos Deputados.

"Com toda a franqueza, devemos esperar mais um ano para as eleições municipais. Ganhe quem ganhe as eleições de 2016, nós teremos uma nova distribuição de poder. Temos de ter a paciência de aguentar mais três anos sem nenhum golpe institucional", afirmou o presidente do STF, em palestra na Fadisp, uma faculdade de direito na zona oeste de São Paulo.

"Estes três anos [após o 'golpe institucional'] poderiam cobrar o preço de uma volta ao passado tenebroso de trinta anos. Devemos ir devagar com o andor, no sentido que as instituições estão reagindo bem e não se deixando contaminar por esta cortina de fumaça que está sendo lançada nos olhos de muitos brasileiros", afirmou.

No contexto em que mencionou "cortina de fumaça", Lewandowski se referia a uma crise que ele considera eivada de "artificialismo". Na visão de Lewandowski, a crise do país tem mais fundo político do que econômico.

"O STF não está se deixando envolver emocionalmente por estes percalços que estamos vivendo", disse.

Durante a mesma palestra, o presidente do Supremo afirmou que congressistas são 'amadores' para investigar, referindo-se às infrutíferas CPIs levadas a cabo pelo Legislativo.
Herculano
13/11/2015 15:02
AGENTES DE TRÂNSITO DE GASPAR SÃO AGREDIDOS EM BLITZ,. AGRESSOR, VELHO CONHECIDO POR ESTAS ATITUDES, FOGE MAIS UMA VEZ. QUEM VAI TOMAR PROVIDÊNCIAS?

Os agentes de trânsito de Gaspar Willian Macedo, André Schindler e Rodrigo Lepinski foram agredidos durante uma blitz que faziam nesta manhã em Gaspar, segundo um Boletim de Ocorrência registrado na Delegacia de Polícia por Willian.

O agressor foi Airton Samir de Souza, 38 anos, condutor o veículo placas MBX 0520. Ele ficou furioso após a abordagem dos agentes, saiu do veículo agrediu os guardas, principalmente Willian. Depois o agressor Airton se evadiu. Pior, segundo o BO, isto já aconteceu outras vezes. Vergonha.

Mas, vergonhoso mesmo foi o comportamento e a solidariedade do diretor da Ditran - Diretoria de Trânsito -, Dirceu dos Passos. Quando os agentes estavam na delegacia fazendo o BO, segundo relatam, o diretor passou por lá. Instado a parar, passou direto. Acorda, Gaspar!
Herculano
13/11/2015 14:39
"CONTINUAREMOS AMIGOS", DIZ CARLOS ROBERTO PEREIRA, PRESIDENTE DO PMDB DE GASPAR, SOBRE O EX-PEEMEDEBISTA HIST?"RICO, ANTONIO OSNI WOLECK, O TONI DA CHURRASCARIA,E QUE SE DESFILIOU

Dei a nota sobre a saída do Toni. Cedo no Whatts recebi o seguinte recado. "Bom dia, nunca procurei desmentir vc, sempre tentei lhe deixar informado! De qualquer forma, lamento a saída do Toni, tenho carinho e respeito por ele! Independente de sua posição política, continuaremos amigos!"

Registrado. Mas, reafirmo: quando dei esta nota em primeira mão e faz tempo, sem a oficialização que se documenta agora, fui desmentido pelo Roberto Pereira, que na época ainda não era o presidente do partido.
Flavio D. Mess
13/11/2015 14:39
Boa tarde povo.
Tem certas coisas que precisam ser mais do que bom para acontecer. Sabe qual é uma das coisas que mais dão dinheiro no mundo, "Petroleo". Um ex professor meu de Engenharia da Furb, que faz muitos projetos para Votorantin e Petrobras, em uma de suas aulas nos explicou que a primeira coisa que mais da dinheiro no mundo era uma Refinaria de Petróleo bem ajustada, com as manutenções em dia. A segunda coisa que mais da dinheiro no mundo é uma Refinaria de Petróleo que funciona mais ou menos, e por fim, a terceira coisa que mais da dinheiro no mundo é uma Refinaria de Petróleo com funcionamento muito ruim, mas mesmo assim da muito dinheiro. Não consigo entender o tamanho do estrago que fizeram com a Petrobras para dar prejuízo. Roubar todo mundo sabe que roubaram e muito, mas chegar ao ponto de dar prejuízo!! Tem coisa muiiiito errada, tem boi na linha.
Herculano
13/11/2015 14:21
QUESTÃO DE ESTILO, por José Paulo Kupper, para o jornal O Globo

Poderia parecer uma troca de seis por meia dúzia, mas os perfis de Levy e Meirelles indicam que não é exatamente disso que se está tratando

O talk of the town do momento é a até agora suposta troca no comando da condução da economia do governo da presidente Dilma Rousseff. A conversa das esquinas econômicas é que, depois de insistir e insistir, o ex-presidente Lula estaria prestes a emplacar o ex-presidente do Banco Central em seus dois mandatos, o banqueiro Henrique Meirelles, na cadeira em que se senta, com algum desconforto, desde o início do segundo mandato de Dilma, o economista Joaquim Levy.

Pelo escolhido e pelas medidas que gostaria de ver em execução, parece que Lula acha ser possível repetir na segunda metade da década de 2010 a mágica econômica que funcionou nos anos 2000. Mas as coisas mudaram e, por exemplo, injetar crédito para estimular a demanda, com quer o ex-presidente, pode ter, nos dias de hoje, com desemprego, inflação e inadimplência em alta, o mesmo efeito de dar água a quem não tem sede ?" o risco é de produzir um afogamento.

Há uma série de argumentos para aplicar à falada substituição de ministros o carimbo de improvável. A principal seria a tácita entrega por Dilma da definição das diretrizes de seu governo ao padrinho político. Uma outra restrição ao arranjo arquitetado por Lula é a conhecida rejeição de Dilma a Meirelles, com quem a presidente manteve uma relação pontuada de arestas e de protocolar cordialidade nos tempos em que ambos trabalharam nos governos de Lula.

É útil, contudo, não esquecer que as necessidades da política são especializadas em driblar as improbabilidades. De qualquer maneira, à primeira vista, a substituição de Levy por Meirelles poderia parecer não fazer sentido. Na condução da economia, de fato, Meirelles tocaria a mesma música de Levy, quem sabe até com mais rigor ortodoxo, numa direção contrária ao que Lula e o PT vêm pedindo a Dilma. Mas, pensando bem, não seria exatamente trocar seis por meia dúzia. Há entre Levy e Meirelles uma diferença fundamental de estilo.

Levy é um técnico, com experiência em cargos públicos técnicos e com breve passagem ainda sem marcas distintivas pelo setor privado, em posição subalterna na administração de fundos de investimento do Bradesco. Seu jeito cordial não esconde momentos de forte tensão, uma certa agressividade no debate de temas econômicos e uma ausência de genuína animação ?" que pode ser confundida com falta de traquejo ?" no diálogo e nas negociações com políticos.

"Contratado" com a missão de promover um ajuste fiscal que evitasse a perda do "grau de investimento", Levy, em meio ao ambiente contaminado pela perspectiva do impeachment de Dilma e sob boicote do Congresso, não entregou nem uma coisa nem outra. Também não encontrou caminhos para sair das cordas e oferecer horizontes à retomada do crescimento. Como ministro da Fazenda, em resumo, Levy tem se mostrado um honesto e esforçado secretário do Tesouro.

O perfil de Meirelles é quase o de um Levy invertido. Mesmo no comando de instituições financeiras globais, o ex-presidente do BC sempre teve atuação mais política do que técnica. Engenheiro de formação, fez carreira na subsidiária brasileira do Bank Boston, culminando com a ascensão ao comando de uma operação internacional da instituição. Não erraria quem o classificasse muito mais como um relações-públicas de alto nível, jeitoso no trato e com reconhecida capacidade de negociação política.

Presidente mais longevo no Banco Central da era de metas de inflação, Meirelles entrou e saiu do governo com Lula, colhendo, com o ex-presidente, os louros de um período de equilíbrio e crescimento econômico, sustentado pelo boom dascommodities e por alta liquidez nas finanças globais. Seu currículo à frente do BC, porém, tem também a marca negativa da elevação dos juros básicos em setembro de 2008, às vésperas da quebra do banco Lehman Brothers, e de sua manutenção até o fim daquele ano ?" segundo muitos, um erro que o obrigou a correr com cortes nas taxas, a partir de janeiro de 2009, e reduzir custos à economia tidos como desnecessários.
Sidnei Luis Reinert
13/11/2015 12:22
A Usina Hidrelétrica de Itaipu, na fronteira do Brasil com o Paraguai, bateu ontem de manhã, o recorde de produção de energia em 31 anos de funcionamento.
As 7h12, foi registrada a marca de dois bilhões e 300 milhões de megawatts hora, o suficiente para abastecer o mundo todo por 38 dias e dez horas.
O bacana é que, enquanto sobra energia no Brasil, a gente continua pagando a tarifa mais absurdamente cara do mundo, com o povão e empresários socializando os custos de lambanças feitas pelo governo federal na gestão do setor elétrico...
Almir ILHOTA
13/11/2015 11:18
HERCULANO.

Amigos leitores, eleitores e moradores de ILHOTA, gostaria de usar este espaço, esta coluna, para falar bem do nosso governo, isso me orgulharia e muito, mas infelizmente não ´posso, sou obrigado a falar a verdade, o que vivemos em nossa cidade é uma situação de calamidade publica, nosso gestor simplesmente dá as costas para o que vivemos, não se importa, não liga, e pelo jeito estamos indo literalmente para o fundo do poço, mas fazer o que igualmente a nossa presidenta DILMA VANA ROUSSELF, nosso alcaide DANIEL CHRISTIAN BOSI, governa para poucos e pouco se importa com o que o povo vive, então infelizmente o que nos resta é aguardar o findar de seus mandatos, para que possamos ver uma luz ao fim do túnel.
Eduardo
13/11/2015 09:37
Hoje dia 13 de novembro é o Dia Mundial pelos Atos da Gentileza.
Mas também podemos dizer que é o dia do PETROLÃO - 13 / 11 / 15.
Gentileza esse pessoal teve só com seu pares.
Herculano
13/11/2015 07:44
MARCAS DE UM GOVERNO E DE UM PARTIDO COM AS COISAS PÚBLICAS E O DINHEIRO DOS PESADOS DE TODOS N?"S: A INCOMPETÊNCIA, A INIFICIÊNCIA E A IRRESPONSABILIDADE, ISTO PARA NÃO FALAR DE CORRUPÇÃO, LADROAGEM...

MANCHETES DOS JORNAIS, PORTAIS, NOTICIÁRIOS DE RÁDIOS E TEVÊS: PETROBRÁS ANUNCIA PREJUÍZO DE R$3,8 BILHÕES NO TERCEIRO TRIMESTRE. CONSEGUIRAM QUEBRAR A MAIOR EMPRESA PÚBLICA BRASILEIRA COM POLÍTICA ERRÁTICA DE PREÇOS DOS COMBUSTÍVEIS, INVESTIMENTOS E ESTRATÉGIA UFANISTA IDEOL?"GICA QUE A LEVOU A UMA DÍVIDA ESTRATOSFÉRICA

Parte 1

Conteúdo do jornal Folha de S. Paulo. Texto de Lucas Vettorazzo e Nicola Pamplona, da sucursal do Rio de Janeiro. A Petrobras registrou prejuízo de R$ 3,8 bilhões no terceiro trimestre de 2015, uma queda de 30% em relação ao mesmo período do ano passado. Já a dívida da estatal chegou a R$ 507 bilhões (R$ 91 bilhões mais que no trimestre anterior), sob efeito da valorização do dólar.

O resultado financeiro, divulgado nesta quinta-feira (12), traz fortes impactos da desvalorização cambial e da queda do preço do petróleo nos últimos meses.

Na divulgação, a companhia anunciou nova redução na projeção de investimentos para 2015: em vez dos US$ 25 bilhões, revisados nos início do mês passado, passará a US$ 23 bilhões.

Segundo o diretor financeiro da companhia, Ivan Monteiro, além do câmbio e do preço do petróleo, o resultado foi impactado por fatores não recorrentes, como o pagamento de uma dívida com a Receita Federal referente ao não recolhimento de Imposto de Renda em operações de importação de combustíveis no final da década passada.

Excluindo esses fatores, o balanço mostra que o plano de corte de investimentos e redução de custos operacionais apresenta resultado.

A empresa chegou ao segundo trimestre consecutivo com sobra de caixa, o que não ocorria desde 2007.

A expectativa é que 2015 seja o primeiro em oito anos com receita maior do que os gastos, segundo o diretor.

A expectativa da empresa é fechar o ano com US$ 22 bilhões em caixa, 10% a mais do que a projeção anterior.

A receita com a venda de produtos caiu 7% na comparação com o terceiro trimestre de 2014, para R$ 82,2 bilhões. O faturamento da empresa sofre impacto do preço mais baixo do petróleo e da menor venda de combustíveis no mercado interno, em razão da crise.

O aumento dos combustíveis nas refinarias (6% para a gasolina e 4% para o diesel) só entrou em vigor em 30 de setembro, último dia do terceiro trimestre.
Herculano
13/11/2015 07:44
MARCAS DE UM GOVERNO E DE UM PARTIDO COM AS COISAS PÚBLICAS E O DINHEIRO DOS PESADOS DE TODOS N?"S: A INCOMPETÊNCIA, A INIFICIÊNCIA E A IRRESPONSABILIDADE, ISTO PARA NÃO FALAR DE CORRUPÇÃO, LADROAGEM...

MANCHETES DOS JORNAIS, PORTAIS, NOTICIÁRIOS DE RÁDIOS E TEVÊS: PETROBRÁS ANUNCIA PREJUÍZO DE R$3,8 BILHÕES NO TERCEIRO TRIMESTRE. CONSEGUIRAM QUEBRAR A MAIOR EMPRESA PÚBLICA BRASILEIRA COM POLÍTICA ERRÁTICA DE PREÇOS DOS COMBUSTÍVEIS, INVESTIMENTOS E ESTRATÉGIA UFANISTA IDEOL?"GICA QUE A LEVOU A UMA DÍVIDA ESTRATOSFÉRICA

Parte 2

A desvalorização do real no período elevou a dívida da companhia para R$ 506,6 bilhões, 44% mais que no fim de 2014. Nesse período, o real se desvalorizou em 49,6% em relação ao dólar.

A dívida da empresa é tomada em sua maior parte em moeda estrangeira. Quando o dólar sobe, o seu custo aumenta. O endividamento da companhia é um dos pontos de maior preocupação do mercado. Um dos propósitos do plano de desinvestimento é, aliás, fazer caixa e reduzir o volume de dívidas.

Para o analista Flávio Conde, do site Whatscall, a elevada dívida é "consequência de anos irresponsáveis", nos quais os preços dos combustíveis foram congelados, e os gastos, elevados.

"Gastou-se muito mais do que se gerou, sem quase resultados positivos. Há inúmeros exemplos, como a Refinaria Abreu e Lima, o Comperj [Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro] e as refinarias do Ceará e do Maranhão."

PRAZO MAIS LONGO

Monteiro disse que a Petrobras trabalha para reestruturar o perfil de sua dívida, buscando financiamentos de prazo mais longo e alternativas ao mercado de capitais.

"Espontaneamente, o mercado tem oferecido soluções para nossa dívida. Hoje tem US$ 25 bilhões em oferta de crédito na nossa mesa."

Neste, ano, a companhia já captou US$ 14 bilhões -US$ 11 bilhões para 2015 e US$ 3 bilhões para o ano que vem. A expectativa é fechar, ainda em 2015, todas as captações necessárias para 2016.

A busca por fontes alternativas de captação se tornou necessária após o rebaixamento por agências de classificação de risco, que aumentou os custos da emissão de dívidas pela estatal.

Segundo Monteiro, o processo de venda de ativos pode reduzir a necessidade de novas captações para 2016. Neste ano, a estatal deve concretizar a venda da Gaspetro, que tem participação em distribuidoras de gás canalizado.

Para o próximo ano, a meta é vender US$ 14,4 bilhões em ativos. A diretoria da empresa inicia no dia 16 um giro pelo mundo para negociar outros ativos. "Há enorme interesse", disse o executivo.

Além da Gaspetro, a companhia tenta vender parte da BR, sua rede de gasodutos, térmicas e fatias em campos de petróleo.
Herculano
13/11/2015 07:23
O TARADO DA L?"GICA ELEMENTAR, por Reinaldo Azevedo, para o jornal Folha d S. Paulo.

Peço licença para não tratar do rame-rame do terceiro mandato de Lula, que já deu um golpe em Dilma. Só falta Henrique Meirelles no lugar de Joaquim Levy. Também me dispensarei de falar de Eduardo Cunha e suas contas na Suíça, a não ser isto: "Fora, Dilma! Fora, Cunha!".

Vou para outra dimensão, lá nas esferas do mundo sonhático de Marina Silva, a líder da Rede, que já nasce soterrada por ideias velhas, ainda que aqui e ali as pererecas coaxem utopias, os passarinhos piem amanhãs, as florestas assoviem redenções... Podem faltar ideias, mas sobram efeitos sonoros.

Marina é contra o impeachment de Dilma, cuja permanência no poder lhe é útil. Uma presidente exangue em 2018 leva o PT para as cordas e deixa o eleitorado de esquerda à procura de uma... Silva! Ou será que só os outros podem ser santos do pau oco, mas não ela, que vem do seringal? Ora...

Nesta quinta, Marina concedeu uma entrevista a Roberto D'Ávila, da Globo News. E se saiu com esta pérola:

"As lideranças políticas do país têm que ter uma curva de aprendizagem. Se foi possível ao Fernando Henrique manter diálogo com o Antônio Carlos Magalhães, e ao Lula manter diálogo com o Sarney, com o Collor, com o Renan Calheiros, com o Eduardo Cunha, por que não é possível o diálogo entre o Fernando Henrique sociólogo e o Lula operário? Esse é o momento de cada um daqueles que já cumpriram a sua função darem as mãos ao Brasil."

É tal a bobagem que nem errado isso está. Marina entende a política como a arte dos senhores da guerra. Não se trata do esboço de uma Teoria das Elites, coisa que nos faz falta. Também não é a realização da Cidade de Deus, em que, para lembrar um poeta, Aquiles abraça Heitor, David se entende com Saul, e Cristo dá um beijo no rosto de Judas.

É só uma análise errada a serviço de seu oportunismo eleitoral. Dá para saber por que FHC buscou o PFL. O que há de virtuoso no Brasil contemporâneo teve origem naquela aliança.

Mas por que foi mesmo que Lula costurou o apoio de Sarney, de Collor, de Renan e de Cunha? O que há de vicioso na política brasileira decorre dos acordos feitos pelo PT. Mais esse partido contaminou os outros do que o contrário. E as coisas assim se deram porque o petismo tinha claro ?"e havia razão prática naquilo, embora essencialmente amoral?" que a hegemonia pretendida só seria possível com a destruição do PSDB.
FHC se aliou ao PFL para reformar o país, segundo o que entendeu ser o certo ?"e nem todos gostaram daquilo. Lula se uniu àqueles outros patriotas para eliminar adversários.

Marina se relança no mercado das ideias ignorando os brasileiros que foram às ruas ?"e que devem reocupá-las em breve. Essas pessoas cobram que as divergências se tornem ainda mais nítidas, não o contrário. De resto, não existem o "FHC sociólogo" e o "Lula operário" nem como antítese virtuosa nem como antítese viciosa. Isso é só uma versão rebaixada da luta de classes, que serve à demagogia do ex-operário, mas não à clareza da sociologia.

NOTA - Se a legalização do aborto se inscreve no lema "Meu corpo, minhas regras", deve-se entender que o feto é parte do corpo da mulher e está sujeito, portanto, apenas a seu arbítrio. Logo, um aborto seria uma amputação. Será imprudente assediar feminazis com a lógica elementar? Seria uma forma de assédio a menores intelectuais? Nego-me a pensá-la como apanágio de machos adultos.
Herculano
13/11/2015 07:18
EM SILÊNCIO, DILMA ASSISTE LULA FRITAR LEVY, por Ricardo Noblat, de O Globo

Afinal, quem preside o país? Quem manda no governo? O que Dilma tem a dizer sobre a investida renovada de Lula contra Joaquim Levy, ministro da Fazenda?

Até outro dia, Lula cobrava a demissão de Levy alegando que fracassara o ajuste fiscal por ele patrocinado. Mas o fazia com certa descrição, entre confidentes.

Lula perdeu a vergonha ?" se alguma vez a teve. Passou a exigir a troca de Levy por Henrique Mairelles, ex-presidente do Banco Central nos seus dois governos.

E mandou a discrição às favas. Ontem mesmo, em Brasília, reuniu-se com políticos de vários partidos e pediu o apoio deles para derrubar Levy.

Lula sabe que Dilma detesta Meirelles. Sabe que Meirelles é tão ortodoxo quanto Levy na condução da economia ?" portanto, não fará grande diferença.

E que Meirelles só aceitará suceder Levy se puder nomear toda a equipe econômica do governo ?" do presidente do Banco Central ao ministro do Planejamento.

Por estilo, Dilma não nomeia ninguém que deteste. Por temperamento, jamais faz todas as vontades de quem nomeou.

Então por que Lula insiste com Meirelles?

Primeiro para mostrar que quem manda no governo é ele. Já foi Dilma. Segundo porque quer ter homens seus em todos os postos importantes do governo.

São homens dele o atual chefe da Casa Civil da presidência da República, Jaques Wagner, e o ministro responsável pela coordenação política do governo, Ricardo Berzoini.

Na Fazenda, Meirelles daria um jeito para que a Receita Federal largasse os pés de Lula e dos seus filhos, suspeitos de enriquecimento ilícito.

No Ministério da Justiça, em substituição ao atual ministro José Eduardo Cardozo, uma pessoa de Lula tentaria enquadrar a Polícia Federal para que ela deixasse em paz a família Lula da Silva.

Levy é um ministro sem futuro no governo. Ele sabe disso. Mas o futuro ministro da Fazenda não deverá ser Meirelles. Salvo se Dilma, na prática, desistir de vez de comandar o governo.
Herculano
13/11/2015 07:15
JUIZ DA LAVA JATO RECUSA MEDALHA DA CÂMARA, por Josias de Souza


Agraciado com uma "medalha do mérito legislativo", oferecida pela Câmara, o juiz federal Sérgio Moro, da 13ª Vara Federal de Curitiba, recusou a honraria, que seria entregue em sessão solene marcada para quarta-feira (18) da semana que vem. Fez isso por meio de ofício. Em linguagem polida, Moro informou no texto que tem mais o que fazer:

"Devido à agenda atribulada e aos compromissos prementes relacionados à condução dos processos atinentes à assim denominada Operação Lava Jato, inclusive com acusados presos, informo que não tenho condições de comparecer à Câmara para receber a medalha na data sugerida."

Sem mencionar os nomes dos 23 deputados enroscados no escândalo da Petrobras, entre eles Eduardo Cunha, que presidirá a solenidade e entregará as medalhas, Moro escreveu no ofício que prefere se abster de constrangimentos:

"?No presente momento, havendo parlamentares federais denunciados em decorrência da Operação Lava Jato, também não me sentiria confortável em receber o aludido prêmio, o que poderia ser mal interpretado ou gerar constrangimentos desnecessários."

De resto, Moro informa no ofício que, considerando-se a importância da medalha, prefere não enviar representante. E deixa no ar a hipótese de recebê-la em ocasião menos imprópria. "?Se for possível, sugeriria que a premiação em relação à minha pessoa fosse postergada para um momento mais apropriado. Se não for possível, peço desde logo sinceras escusas à instituição."

A 'medalha do mérito legislativo' é concedida uma vez por ano a pessoas que "realizaram ou realizam serviço de relevância para a sociedade." O site da Câmara esclarece que "pode ser um cientista, um político, um ator, um cantor, um religioso, enfim qualquer pessoa que em certo momento da história do país realizou trabalho que teve repercussão e recebeu a admiração do povo brasileiro." O nome de Moro escalou a lista por iniciativa da liderança do PPS, comandada por Rubens Bueno, que tem proximidade geográfica com Moro. um partido cujo líder, deputado Rubens Bueno, tem proximidade geográfica com Moro. Foi eleito pelo Paraná, berço da Lava Jato.
Herculano
13/11/2015 07:08
A AGONIA DA SOBREVIDA

Figuras graúdas da finança dão como certa a queda de Joaquim Levy, em conversas reservadas. Essas pessoas fazem questão de dizer que não têm informação privilegiada e que lamentam o destino do ministro, registre-se. Mas não acreditam mais que ele fique.

Ontem, Lula foi a Brasília atirar de novo em Levy, espalhando estilhaços por meio de parlamentares petistas. Disse que o ministro não tem mais apoio "nem no mercado financeiro, embora seja querido"; que Levy não tem "jogo de cintura", que tem um "discurso que cansou", que o país precisa de "alguém que traga esperança", no relato de um parlamentar.

Também ontem, um assessor graduado da presidente ligava espontaneamente para "enfatizar" que o ministro deu "sinal de força", pois o acordo do governo com o Congresso sobre o Orçamento saiu na linha do que desejava Levy, com "respaldo" de Dilma Rousseff.

Quer dizer, acertou-se com a Comissão Mista de Orçamento que na lei orçamentária de 2016 não vai haver "banda" ou "meta flexível", mas um superavit primário fixado em 0,55% do PIB para o governo federal (0,7% para todo o setor público).

Isso então é uma vitória. Para alguém que leva tanto chumbo, trata-se de sinal de sobrevida. Mas o que o ministro teria vencido?

Bons economistas estimam que 2016 será de mais deficit, algo em torno de 1% do PIB, sem contar despesas de velhas pedaladas. Previsões são o que sabemos: no início do ano, o mercado previa superavit de 1% do PIB para 2015. Sem pedaladas, deve haver deficit de pelo menos 1% do PIB. Um erro de mais de R$ 100 bilhões.

Não é o que importa, aqui. O fato é que ninguém da praça acredita na meta do ano que vem.

De resto, a recessão vai ainda se espalhar feito lama tóxica pelas ruas em 2016, vai engolir ainda mais empregos e empresas. Vai ser mais sentida na carne, "nas ruas", do que neste ano. A culpa vai sobrar para Levy.

SINISTRO, HIST?"RICO

Do relatório dos economistas do departamento de pesquisa do Itaú, divulgado na tarde de ontem:

"A atividade econômica não oferece sinais de estabilização... O investimento deve ter recuo maior do que prevíamos. Alteramos a projeção para o PIB em 2015 para -3,2% (antes, -3%). Para 2016, revisamos a queda para -2,5% (antes, -1,5%)".

A economia vai encolher, trimestre por trimestre, até setembro de 2016. No final de ano, fica es- tagnada.

A inflação deste ano deve fechar em 10,1%. Em 2016, em 7%, acima do teto da meta, de 6,5%.

Caso se confirmem essas previsões para o crescimento da economia, a renda per capita (PIB per capita) no Brasil terá diminuído 7,8% no triênio 2014-2016 (esta conta não é do Itaú).

Os números do PIB de Dilma 2 começam a chegar perto do segundo maior desastre do século, o triênio de Collor (1990-92), quando a retração foi de 8,4%. Empata com as crises de 1931 e 1916. Mas esses PIBs remotos não valem muita comparação, se por mais não fosse porque foram calculados a posteriori (o PIB começou a ser medido em 1947).

O recorde do final da ditadura deve permanecer inigualado, queiram os céus: queda de 12% de 1981 a 1983.
Herculano
13/11/2015 07:04
NA PINDAÍBA, DIRCEU MANDA DEVOLVER CASA ALUGADA, por Cláudio Humberto na coluna que publicou hoje nos jornais brasileiros

Preso, sem dinheiro e sem renda, o ex-ministro José Dirceu foi obrigado a entregar a casa onde vive sua família em Brasília, na QL 22 do Lago Sul, após vários meses de aluguel em atraso. O ex-braço direito de Lula teve bens e ativos bloqueados e perdeu a condição de manter os pagamentos em dia. A mulher e a filha de cinco anos, xodó do ex-ministro, residem agora em um pequeno apartamento.

Vaquinha amiga

Amigos se mobilizam para pagar dívidas de Dirceu. Lula não está entre eles. Pelo relatório do Coaf, o ex-presidente não é mais um pobretão.

Ex-presidente atípico

Lula faturou R$53,6 milhões entre os anos de 2011 e 2014, segundo o relatório do Coaf, que investiga movimentações financeiras "atípicas".

Meu nome é trabalho

Se Lula ganhou R$53,6 milhões com "palestras", como diz, faturou R$36,7 mil por dia. Se é que trabalhou todos os 1460 dias do períodos.

Defesa dativa

O ex-ministro tem enfrentado dificuldades até mesmo para custear a defesa. Seus advogados têm sido muito pacientes.

Lobby trava o Marco Regulatório da Mineração

A tragédia provocada pelo mar de lama na região de Mariana (MG) faz lembrar a necessidade de o Congresso avançar no Marco Regulatório da Mineração, que endurece as regras do setor. As empresas não têm interesse no projeto, que se arrasta desde 2011, e fazem lobby para tudo ficar na gaveta. O relator do projeto, Leonardo Quintão (PMDB-MG), ganhou R$ 2,1 milhões de empresas do setor, em sua campanha.

Recordar é viver

Há também vínculos familiares de Leonardo Quintão com o setor. Seu irmão Rodrigo é dono de uma mina e administra outra.

Suprapartidária

Só a poderosa Vale injetou R$ 5,7 milhões nas campanhas eleitorais de políticos do PT, PTB, PTC, PSDB, PP, PR, PSD, DEM e SD.

Fim do oba-oba

Com a aprovação do marco regulatório, a concessão de minas deixa de ser gratuita. Serão leiloadas e a exploração terá prazo de validade.

Novos velhos amigos

Eduardo Cunha correu para o abraço com o governo. Tem encontrado frequentemente um amigo, o ministro Jaques Wagner (Casa Civil), que se derrama em elogios ao deputado acusado de corrupção.

No colo de Madame

Deputado boa praça do PCdoB, muy aliado do Planalto, observou bem o movimento dos tucanos ao declarar rompimento com o presidente da Câmara: "Eduardo Cunha perdeu o PSDB, mas ganhou o PT..."

Papagaio de pirata

Aloizio Mercadante continua fazendo cara de quem não tem o que fazer. É ministro da Educação, não tinha o que fazer lá, mas arrumou vaga de papagaio de pirada de Dilma, no sobrevoo ao mar de lama.

Corda bamba

Nem mesmo os aliados de Eduardo Cunha acreditam que a representação no Conselho de Ética terminará em pizza. "Não vejo clima para matar na admissibilidade", diz Arthur Lira (PP-PB).

Chegou lá

"Olhar de Nise", filme de Jorge Oliveira e Pedro Zoca, será exibido em Los Angeles, selecionado para o Hollywood Brazilian Film Festival, de 9 a 12 de dezembro. No Rio e Brasília, onde passou, foi aplaudido de pé.

Preço da coragem

O governo cortou R$ 7 bilhões reservados ao reajuste de servidores, em 2016, e a deputada Tereza Cristina (PSB-MS) pediu à Comissão de Finanças para ignorar projetos criando cargos ou reajustes. Aí a CUT, braço do PT, que bajula o governo, ataca a deputada nas redes sociais.

Falência técnica

Autor do projeto da lei dos aeronautas, Jerônimo Goergen (PP-RS) está preocupado com a previsão de déficit de R$ 12 bilhões das empresas aéreas para 2016: "Essa cifra implica em falência técnica".

Rubro-negro roxo

O presidente do Bradesco Vida e Previdência, Lúcio Flávio, era rubro-negro roxo. Levava no bolso, no desastre que o matou, seu maior orgulho: a carteirinha de sócio proprietário nº 001 do Flamengo.

Pensando bem...
...pior que sexta-feira 13 é qualquer segunda-feira, exceto para os políticos em Brasília: é dia de denúncias em revistas semanais.
Herculano
13/11/2015 06:54
ÁGUA NAS CANELAS, por Bernardo Mello Franco, para o jornal Folha de S. Paulo.

Não foi um súbito acesso de ética que levou o PSDB a abandonar o deputado Eduardo Cunha. Os tucanos só pularam do barco furado porque começaram a sentir a água nas próprias canelas.

A aliança já afetava a imagem do partido. Ao voltar a seus Estados, os parlamentares passaram a ser cobrados pelos eleitores. Era cada vez mais difícil se dizer indignado com a corrupção do governo e ignorar as provas contra o correntista suíço.

Ao mesmo tempo, o PSDB se deu conta de que foi enrolado por Cunha. O deputado usou o apoio do partido e a ameaça do impeachment para forçar o governo a negociar. Deu certo. Conseguiu um encontro com o ex-presidente Lula e conversas frequentes com o ministro Jaques Wagner.

Com atraso, os tucanos perceberam que o impedimento de Dilma Rousseff se tornou uma hipótese distante. O enfraquecimento de Cunha, as liminares concedidas pelo Supremo e a reforma ministerial fizeram o vento virar a favor do Planalto.

Isso não significa que a presidente deixou de correr riscos, mas obriga a oposição a lidar com um cenário em que o cenário mais provável é sua permanência até 2018. Foi por isso que Aécio Neves admitiu, nesta quinta, que o impeachment "não pode ser a pauta única" da oposição.

A ficha caiu para o senador, mas continua entalada na garganta do deputado Carlos Sampaio. No discurso em que anunciou o rompimento com Cunha, o líder do PSDB afirmou que o peemedebista não pode mais presidir a Câmara, mas ainda "tem todos os elementos" para deferir o pedido de impeachment.

Sampaio é um deputado criativo.

******

"Quem é que não tem briga dentro de casa? Quem não tem um descontrole? Quem não exagera numa discussão?" Na tentativa de defender o indefensável, o deputado Pedro Paulo fez cariocas se lembrarem de uma frase do goleiro Bruno: "Quem nunca saiu na mão com a mulher?"
Herculano
12/11/2015 21:25
O FRACASSO SUBIU À CABEÇA BALDIA DE LULA, por Augusto Nunes, de Veja.

Fernando Henrique Cardoso é sociólogo. Lula deixou de ser torneiro-mecânico em 1976 e nunca mais soube o que é viver do próprio salário. FHC escreve livros. Lula nunca leu nenhum e até agora só rabiscou quatro bilhetes com letra de Jardim da Infância.

FHC, um adversário civilizado derrotou duas vezes o inimigo boçal na disputa da Presidência, sempre no primeiro turno. FHC faz palestras. Lula faz comícios em que elogia o que finge ter feito. O palestrante é o disfarce do facilitador de negócios.

FHC fez o Plano Real, estabilizou a economia, instituiu a responsabilidade fiscal e consolidou a democracia. Lula inventou o Brasil maravilha, passou oito anos celebrando triunfos imaginários, inventou Dilma Rousseff e deixou uma herança maldita que ameaça o Estado de Direito.

FHC é um homem honrado. Lula está na mira da Operação Lava Jato. Mas acha que FHC quer ser um lula quando crescer. O fracasso subiu-lhe à cabeça baldia.
Herculano
12/11/2015 21:23
NO F?"RUM

Qual foi mesmo a razão que levou quase todo o primeiro escalão da prefeitura de Gaspar ontem a tarde ao Fórum da Comarca? O prefeito Pedro Celso Zuchi e a vice Mariluci Deschamps Rosa, ambos do PT, estavam lá. Será que assinaram alguns papelinhos também? E por eu não divulgam como os que fizeram nesta e na semana passada, usando a imprensa? Acorda, Gaspar!
Herculano
12/11/2015 21:12
da série, qualquer semelhança que você saiba por aqui, não é mera consciência.

LULA, POR ACASO, ESTÁ AMEAÇANDO COM UM BANHO DE SANGUE SE O PT DEIXAR O PODER?, por Reinaldo Azevedo, de Veja.

Ao dizer num seminário que sente cheiro de retrocesso, Babalorixá de Banânia expõe o que entende por democracia: PT, Cristina Kirchner e Nicolás Maduro

Luiz Inácio Lula da Silva discursou na terça da abertura da 7ª Conferência Latino-Americana e do Caribe em Ciências Sociais (Clacso), um dos muitos organismos da esquerda na região que vivem mamando nas tetas dos respectivos estados. Entre 2006 e 2012, quem comandou a entidade foi Emir Sader, um subintelectual petista com sérios problemas até de alfabetização. Mas deixo isso pra lá agora.

Em seu discurso, o Babalorixá de Banânia atacou a imprensa livre ?" nem poderia ser diferente ?" e deixou claro onde estão as raízes do seu, por assim dizer, pensamento.

O chefão do partido que protagonizou o mensalão e o petrolão ?" o que, tudo indica, o fará beijar a lona por um bom tempo ?" afirmou sentir um forte "cheiro de retrocesso" na América Latina e na América do Sul.

Retrocesso?

Explica-se: no Brasil, o seu PT chafurda na lama. Na Argentina, o candidato de Cristina Kirchner, Daniel Scioli, deve perder a eleição para Mauricio Macri. Se não houver uma roubalheira de dimensões homéricas na Venezuela, o ditador de chanchada Nicolás Maduro ?" é um palhaço amador, mas ele mata ?" será fragorosamente derrotado pelas forças de oposição nas eleições parlamentares de 6 de dezembro.

Em todos os casos, as respectivas derrotadas significam fortalecimento das correntes que defendem a democracia política e se opõem a regimes aparelhados por milícias mais violentas (como na Venezuela) ou menos, como no Brasil. Por enquanto ao menos.

O Apedeuta fez ainda uma comparação aloprada. Associou os movimentos em curso na América Latina contra os governos de esquerda às agitações que antecederam a Primavera Árabe ?" que "Primavera" nunca foi ?" e que concorreram para o acirramento da desordem política na região.

A comparação é um despropósito porque boa parte dos movimentos que promoveram o que se chamou tolamente de "Primavera" era composta de fundamentalistas islâmicos que queriam ditadura religiosa. Quem combate o PT no Brasil, Cristina na Argentina e Maduro na Venezuela quer um regime de liberdades públicas. Mas há um grão de verdade no que ele diz: aqueles grupos ?" islâmicos, sim! ?", lutavam contra ditaduras. O diabo é que queriam outra, como Dilma, quando pertencia a grupos terroristas. Os antipetistas, antikirchneristas e antibolivarianos querem democracia.

Pós-Primavera Árabe, o que se tem, exceção feita à Tunísia, é banho de sangue e ditaduras ainda mais ferozes, do velho ou do novo establishment. Lula, por acaso, está nos ameaçando com guerra civil quando o PT for apeado do poder pelo Congresso, pela Justiça ou pelas urnas? Lula, por acaso, está nos ameaçando com um banho de sangue?

Sempre que este senhor sente um cheiro de retrocesso político, então é sinal de que a democracia avançou
Herculano
12/11/2015 20:54
SILÊNCIO DE DILMA SOBRE LEVY COMPLICA O AJUTE, por
Josias de Souza

O silêncio de Dilma Rousseff diante dos ataques de Lula a Joaquim Levy começa a produzir efeitos no Congresso. Os parlamentares já questionam a serventia dos projetos fiscais elaborados pelo atual ministro da Fazenda. E começam a avaliar que talvez seja o caso de esperar pela chegada de Henrique Meirelles, o preferido de Lula.

O deputado Lúcio Vieira Lima (PMDB-BA) resume o que se passa: "Ou Dilma faz uma defesa convincente do ministro Levy ou nós temos que considerar a hipótese de não votar mais nada relacionado ao ajuste fiscal. O esforço perdeu a lógica."

Nesta quinta-feira, Lula retomou em Brasília sua pregação em favor da troca de Levy por Meirelles. Espécie de presidente paralelo da República, o padrinho político de Dilma avalia que é preciso mudar a política econômica.

Contra esse pano de fundo, é natural que os congressistas perguntem aos seus botões: "se Lula critica e Dilma não defende o ministro e política dele, por que deveríamos aprovar o ajuste?'' Melhor aguardar pelo ajuste de Meirelles.

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