13/11/2017
Na coluna de segunda-feira, só aqui, os gasparenses souberam que bem em meio ao caos da Saúde Pública em Gaspar e sob o combate acirrado – e acertado, neste aspecto – da dita oposição ao governo de Kleber Edson Wan Dall, PMDB, um dos causadores e agora crítico desta situação caótica, o ex-prefeito Pedro Celso Zuchi, PT e que é assessor do deputado Décio Neri de Lima, PT, resolveu complicar e dar o pior dos exemplos à comunidade, aos doentes, pobres e desassistidos.
Zuchi furou a fila dos postinhos para ser atendido privilegiadamente no posto do Bela Vista (divisa de Blumenau), a quase 20 quilômetros do posto onde está inscrito, no outro lado da cidade, o do Barracão (na divisa com Brusque), pois residiria no Bateias. Como? Zuchi usou um esquema de facilidades que agora a prefeitura resolveu apurar quem facilitou e o porquê disso. Quem ajudou Zuchi no posto do Bela Vista, fraudou não apenas um protocolo, mas a cidadania, para diminuir só ao prefeito, por suposto poder, “autoridade” ou amizade, a fila de mais de 40 dias para apenas seis. Dissimuladamente, usou um protocolo de emergência, só possível às grávidas. Meu Deus!
Na coluna para a edição impressa de sexta-feira do jornal Cruzeiro do Vale, voltei ao tema, de forma mais sucinta. Evitei recontar o caso. Escrevi que não entendia como situação e oposição se silenciaram na Câmara sobre o assunto, numa autoproteção dos poderosos naquilo que é errado e usurpam dos fracos, doentes e desassistidos. Um lavando a mão do outro e muitos pagando por isso.
Entretanto, entre os comentários que recebi e aprovei da coluna internet, estava um de quem se identificou como Juverci da Motta. Pasmem, defendendo o ex-prefeito.
“A verdade deve se sobrepor aos interesses políticos e diferenças pessoais. Vamos ao ponto: 1) no Barracão não tem médico dermatologista”; Interrompo: realmente não tem. E para acessar um, o protocolo diz, que o paciente dever ir ao posto [do Barracão], ser consultado por um clínico geral (espera média de 47 dias, atualmente); na consulta o clínico geral, constatando essa necessidade, encaminha o paciente para o atendimento de um dermatologista. A espera por um dermatologista pode ser de meses na Policlínica, onde estão reunidas (ao menos devia) as especialidades, ou com algum especialista conveniado (clínica ou consultório), com o mesmo tempo de espera. Ou seja, Zuchi não seguiu a via crucis a que todo pobre, doente e desassistido passa em Gaspar e em quase todos os outros lugares dependentes do SUS.
Mas, Juverci insiste: “2) O ex-prefeito tem plano de saúde;” Bom, se possui ou não, eu não sei. Mas, como é aposentado da Petrobrás, isso seria normal. E ai é de se perguntar: porque Zuchi, com plano de saúde, cercado de familiares médicos, foi furar a fila no posto de Saúde em Gaspar e longe da sua casa e posto original, o do Barracão? A ninguém que possui plano de saúde é proibido acessar o SUS, mas o governo deveria ser ressarcido pelo plano. Mas, isso é outro comentário e longe do foco deste comentário.
Juverci não desiste no seu arrazoado: “3) Ele {Zuchi] agendou esta consulta médica;”. Agendou, sim. E a fez de forma errada, torta. Esta é a questão que virou notícia. Ele deveria ter agendado no Barracão e esperado 47 dias lá por um clínico geral. Pulou. Ele conseguiu agendar no Bela Vista e lá deveria ter esperado 41 dias, mas conseguiu ser atendido no Bela Vista em seis dias.
Juverci insiste: “4) A demanda nesta especialidade [dermatologia, penso e não ginecologia] é pequena”; Em dermatologia? Brincadeira! Como já expliquei, e a secretaria de Saúde confirma por gente que não quer dar a cara (por que?) nesse angu, que não é. E além disso, não há, oficialmente, dermatologista trabalhando no posto do Bela Vista para a prefeitura: há clínico geral e como tal ele deve atender lá os pacientes.
E vejam essa conclusão de Juverci: “5) Não houve ‘fura fila’”. Mas, que teimosia! Diante de tudo o que já se esclareceu até aqui, quem parece estar errado é o doente, o pobre, o desassistido sem padrinho esperando por consultas há semanas e meses nas filas do sistema público de saúde de Gaspar.
E para finalizar Juverci no seu comentário dá chance à dúvida. Ainda bem! Todavia, percebam bem quem ele acha que deva ser punido: “6)Quero dizer que sou plenamente favorável de que busque a verdade, que se puna rigorosamente em caso de desvio de conduta, tanto o infrator (caso seja verdadeira a denúncia), quanto os que levantaram esta hipótese de conduta imoral e grave. Onde estão os edis da situação e oposição? Vão se calar? Busquem a verdade, ou demonstrarão serem medíocres”.
Entenderam como as coisas funcionam para os políticos poderosos quando usurpam o que é prioritário para o povo ou deve ser usado, no mínimo com igualdade entre os da Casa Grande e os da senzala? “Que puna rigorosamente em caso de desvio de conduta, tanto o infrator (caso seja verdadeira a denúncia), quanto os que levantaram esta hipótese de conduta imoral e grave”.
Bom a denúncia é verdadeira. Está documentada, a não ser que mudem as fichas dos protocolos e ai estará configurado outros crimes: o de falsidade ideológica e prevaricação. Mesmo sendo verdadeira, o leitor (ou leitora Juverci), defensor do ex-prefeito, acha também que devam ser punidos os que levantaram a questão, os que vão apurar a questão no âmbito administrativo, e quem divulgou esta questão: eu.
Entenderam como funciona o poder e os poderosos, mesmo fora do poder e contra os fracos, que mais precisam do sistema e bancam com seus pesados impostos e não obtém o justo retorno? A divulgação inibe esta prática danosa à cidadania e que cheira a privilégios.
Enquanto se quer que se esconda esses fatos graves no injusto sistema público de saúde, a fila dos pobres, doentes, fracos, desassistidos nos postinhos e no Hospital, que não se sabe quem é o dono, mas que usufrui dele, a só aumenta. Acorda, Gaspar!
Terça-feira é dia de sessão na Câmara em Gaspar. Todos sabem, principalmente os vereadores. Onde estavam os vereadores Francisco Solano Anhaia e Evandro Carlos Andrietti, ambos do PMDB, na terça-feira passada? Em Brasília. Fazendo o que? “Acompanhando” o prefeito eleito, Kleber Edson Wan Dall, PMDB, e o de fato, o secretário da Fazenda e Gestão Administrativa, Carlos Roberto Pereira, presidente do PMDB de Gaspar, na suposta peregrinação por verbas a projetos do governo gasparense.
Kleber, como fazia Pedro Celso Zuchi, PT, e por isso era criticado, não avisou à população – a quem serve e motivo da sua eleição - que estava de viagem marcada, nem qual o motivo dela que justificasse a montanha de diárias (de terça a quinta-feira). Transparência e falta de respeito, zeros. Ou alguém acha que se compram cinco passagens aéreas, hospedagens para três dias e se estabelece uma agenda na Capital Federal sem uma antecedência mínima.
Muito menos os vereadores, tiveram essa preocupação o de mostrar de que estavam com essa agenda. A missão de vereador não é exatamente a de buscar verbas, mas a de legislar e fiscalizar o executivo em nome da população. Essa busca por verbas, ou seja, parte dos nossos pesados impostos, ela vira moeda de troca nas mãos de políticos, quando não desperdiçados ou sustento de corrupção dos que estão no poder, apesar de bem-vinda. Entretanto há ai explícitas segundas intenções.
A ida dos vereadores do PMDB a Brasília sabe-se bem a razão dela, além do passeio, selfies e histórias de deslumbramentos: foi o de tirá-los do fervor do debate dos problemas com os servidores, estes inconformados com a troca pelo governo do PMDB e PP do “auxilio alimentação” por tickets. Mais nada. Um prêmio.
Todos do PMDB se retiraram estrategicamente, nestas duas semanas, do debate e da pressão na Câmara: Francisco Hostins Júnior - que deverá retornar amanhã à liderança do governo -, Anhaia e Andrietti. Só isso!
A ida dos vereadores a Brasília não foi exatamente para encaminhar ofícios pedindo verbas para seus redutos eleitorais, como se apressaram em se justificar, orientados depois de se exibirem nas redes sociais, serem questionados e reportados aqui. Foi também um ato de campanha eleitoral do ano de 2018.
Os vereadores, como cabos eleitorais, aproveitaram para promover seus candidatos a deputado Federal. Entregaram e fotografaram papelinhos, que alimentarão discursos para pedir votos. Se as verbas vierem ou não, é um fato irrelevante. Vale o discurso. Vale a intenção. E a culpada se nada der certo como se propagandeou, sempre será, como tem sido, a tal burocracia. Teatro manjado.
CABOS ELEITORAIS
Ora, se os são cabos eleitorais dos deputados Federais, os vereadores viajantes com o dinheiro do contribuinte, deviam ao menos economizar isso. E tente leitor ver essas despesas de diárias no Portal da Transparência da Câmara.
Tudo embrulhado. É preciso máquina de calcular e muita paciência. E olha que há sentença judicial mandando clarificar isso e faz anos. Mas, como o Ministério Público não age e os políticos zombam.
Na terça os vereadores estavam em Brasília. Até segunda-feira, os seus candidatos deputados federais à reeleição estavam todos aqui no estado. Fazendo o que? Campanha, mapeando, ouvindo e recebendo pedidos (papelinhos) de lideranças e seus cabos eleitoras como os nossos vereadores. Fotos, entrevistas, redes sociais. Mais. Esses candidatos estavam em contato com os eleitores. Os jornais registram isso, é só ver o clipping diário que a Assembleia monta aos deputados estaduais.
Então, por que os vereadores de Gaspar não fizeram o mesmo e preferiram faltar a única sessão da Câmara na semana a que estão obrigados? Por que os candidatos à reeleição não vieram aqui para o contato com os eleitores e lideranças. Enquanto isso, o vereador quando viaja, além do passeio, ganha salário mesmo ausente da sessão pois justifica e ganha com as polpudas diárias, foge da pressão, do debate, do esclarecimento e até mesmo da defesa do prefeito. Papéis invertidos? Não vai dar certo, ou até vai, porque armam sem querer uma depuração nesse modo antigo de agir.
As eleições estão chegando e poderá ser tarde para a correção. As redes sociais não perdoam, as mesmas que os vereadores, os cabos, usaram para mostrar que estavam entregando docinhos e posarem com papelinhos, aos deputados, os seus candidatos. Acorda, Gaspar!
“O suplente de vereador Wellington Carlos Laurentino, o Lelo Piava, e agora presidente do DEM de Gaspar, assumiu a vaga na Câmara no lugar de Franciele Daiane Back, PSDB, que estava na sessão, e disse que votaria para proibir vereador de ser secretário e para mudar o horário das sessões para mais tarde, negados por Franciele. Isso é passado. Se Lelo tivesse lá na época, talvez, tudo teria sido diferente, inclusive a vida do poder de plantão.
Na contramão, no presente, todavia, Lelo defendeu privilégios dos servidores, abonados por políticos descomprometidos e gestores com dificuldades de empregar a lei, e que não estão estabelecidos na legislação em vigor. Lelo se uniu à uma oposição bravateira, sem causa e a vereadores servidores que estão obrigados a este papel”.
Estas duas pequenas notas foram escritas para o “Trapiche” da coluna da edição imprensa de sexta-feira do jornal Cruzeiro do Vale. Mas, foram sacadas por mim mesmo, devido à falta de espaço, para dar lugar à foto do muro que se construiu, para interromper o trânsito e tornar um beco condominial particular, a pedido dos poderosos em 2009, ao arrepio da lei, na Rua Cecília Jonna Schneider Krauss, no Bairro Sete. Quem manobrou? Os que agora querem ter autoridade para discutir a fluidez no trânsito de Gaspar. Ou seja, tinha essa possibilidade, preferiram interrompê-lo ou foram contumazes atrapalhadores neste quesito.
Ainda bem que estas duas notas foram sacadas. Fora de um contexto próprio, poderiam elas serem facilmente confundidas como um complô corporativo deste veículo contra o suplente de vereador. Não é! E neste espaço, mais “espaçoso”, fica mais fácil explicitar o meu ponto de vista que se distancia, sem qualquer juízo de valor, da opinião expressa pelo editor e proprietário do jornal sobre outro assunto.
A minha questão nas duas notas sacadas e reproduzidas acima é a seguinte. Lelo não é apenas um suplente de vereador. É muito mais do que isso: é presidente do DEM de Gaspar, foi microempreendedor, sofreu com a burocracia e os pesados impostos para suportar uma máquina pública, desigual, cara, paquidérmica, cheias de privilégios e sem retorno para o cidadão; é empregado e sabe o que advogada para se dar bem na oposição e agradar os servidores, não possui e não possuirá como empregado.
É MAIS QUE SUPLENTE
Mais: bastaria ler o ideário do seu próprio partido. Ou ele é mais um que usa o partido e manda às favas as propostas supostamente ideológicas ou de princípios do DEM? Hum! Particularmente, a tendência é não acreditar!
Numa troca de e.mails sobre o assunto, Lelo me justificou: “não vem ao caso se é certo ou errado, mas da forma que o prefeito [Kleber] está conduzindo, quer dizer ele é o que menos sabe na história....E não defendo Sindicato, mas sim a maioria dos servidores que foram pegos de surpresa e sem dialogo complica, e a licitação é muito confusa dos tickets...”
Como não vem ao caso se é certo ou errado? Então se é errado o que Lelo defende, vale se tiver aplausos fáceis? Os outros que paguem a conta do errado? Realmente a administração de Kleber Edson Wan Dall, PMDB, ainda não disse exatamente a que veio, mas o que Lelo quer dela? Que seja mais fraca nos acertos que tenta para ficar mais refém das armadilhas do PT como está no caso da saúde e na armação que se meteu no caso do trânsito, exatamente por, neste caso, como sugere Lelo, fazer assembleísmo de algo técnico?
Muito confusa, escreve-me Lelo no assunto dos tickets? O “auxilio alimentação” é salário ou benefício? Custa-me crer que Lelo não saiba qual a diferença entre salário, salário disfarçado e fora do que diz a lei e o que seja benefício? Jovem, inteligente, plugado e ligado ao mundo digital onde tudo se sabe em segundos, é impossível que ele não tivesse a iniciativa de buscar esse esclarecimento na rede ou aos próximos. Preguiçoso, não é. Além disso, não é um político novo, apesar dos seus 26 anos, já me fez observações pontuais interessantes. Então, Lelo, conta-nos outra.
Quer mais? Lelo está sendo, neste caso, mais realista do que o rei. O vice-prefeito Luiz Carlos Spengler Filho, PP, é funcionário público (agente de trânsito), está aplaudindo a iniciativa de Kleber contra a própria classe. Lelo, que não é funcionário público, não! Gaspar tem mais de 66 mil habitantes, quase 45 mil eleitores e apenas dois mil servidores. Mas, numa Câmara de 13 vereadores, há três deles que são ou foram servidores para defende-los, em algo que não está na lei, que vai ser decidido na Justiça. O suplente quer simplesmente ser oposição a Kleber? Ou deveria fazê-la, baseada em crenças, fatos, atos e o que afronta à lei? Ai, ai, ai.
O que Lelo quer salvar é a inércia e até mesmo a preguiça sindical na qual não está muito ligado. Houve tempo e oportunidade para corrigir o que era duvidoso e o próprio Sindicato (os servidores e até os políticos) não o fez. Está obrigado agora. Faz palanque e ganha adeptos.
Por que durante 23 anos o Sindicato não transformou, por suas forças políticas, o suposto aumento de salário em lei, o disfarçado de “auxilio alimentação”? Por que o Sindicato não discutiu a aplicação da legislação como entende hoje, aliás aprovada na Câmara pelos vereadores? Por que nesses 23 anos os próprios vereadores não tomaram à iniciativa de mudar o que aprovaram para aumentar o salário dos funcionários de Gaspar? Porque não podem constituir despesas. Todos viveram nas sombras e se beneficiaram.
OPOSIÇÃO JUVENIL
Discutir o que mais Lelo? Se há dúvidas, elas devem ir à Justiça para decisão e ponto final. E se aplica o que for sentenciado. A vida segue. Vereador não é juiz. Neste caso, Kleber, Luiz Carlos (funcionário público) PP, e o prefeito de fato, o secretário Carlos Roberto Pereira, presidente do PMDB, fazem o que se espera de um gestor público consciente. E é, por coincidência, o que prega e defende o próprio Democratas. Quem defende privilégios fora da lei, para poucos, corporativamente, é a esquerda do atraso, o PT, PCdoB, PDT, PSTU, PSOL, Rede, PCO, UNE, MST, MTST, CUT, Força Sindical....
Lélo também está indignado com o possível corte de uma “verba de ajuda” da prefeitura de Gaspar para transporte a servidores concursados e que moram longe daqui.
Opa! Se está na lei, que se cumpra. Ponto final. E Justiça para a quebra do contrato. Se não está, mais uma vez que se corte o privilégio, ou se faça um projeto de lei, aprova-se na Câmara, para incorporar mais esta aberração. Simples assim.
Quando alguém prestou concurso e morava fora de Gaspar, ou quando já admitido se mudou para outro lugar, sabia que teria que arcar com esse ônus. Entretanto, como o ambiente é político, e quem paga os jeitinhos entre eles são os pagadores de pesados impostos, os trabalhadores, cria-se exceções, as quais se perpetuam. E na tal isonomia, elas se espalham até mesmo a quem não tem direito. É assim que funciona, Lelo.
Para finalizar o que foi muito mais além das duas notas que abriram este comentário e que sobraram da coluna de sexta-feira passada? Criou-se mais um penduricalho. E agora, os beneficiados, têm defensores. Justo. Os mesmos penduricalhos que Lélo, o Democrata, o ex-empreendedor, ou o empregado, não possui, mas paga para senadores, deputados, vereadores, prefeitos, o funcionalismo público, os comissionados... Isso é justo? Sim! Se todos os trabalhadores tiverem o mesmo “direto adquirido” e forem capazes de suportá-lo sem aumentar impostos, que aumenta os preços dos produtos, que aumenta a inflação que tira do mais pobre, que gerar desemprego e quebra a economia como vinha acontecendo. Ou já esqueceram? Acorda, Gaspar!
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