Por Herculano Domício - Jornal Cruzeiro do Vale

Por Herculano Domício

13/02/2017

PARA PENSAR
“No futuro, que já começou, o político terá de ser honesto, senão por razões de ordem moral, mas por imperativo tecnológico”. Uma observação coletada na web e que faz todo o sentido. Afinal, a internet está não deixando mais gestor público e político imune ou recluso nos seus aos que ferem a legislação e a ordem pública. Tudo é registrado ou controlado por sistemas acessíveis, auditáveis, fáceis e rápidos de serem conferidos. O mundo mudou. A sociedade está mudando. Os políticos e gestores públicos não perceberam ou resistem essas mudanças. Esses vão sobrar.

ILHOTA EM CHAMAS
Baseado na portaria 13/2017, do dia seis de janeiro, noticiei aqui que Paulo Roberto Drun, PPS, secretário de Ilhota, foi nomeado pelo prefeito, cumulativamente, sem remuneração específica (ainda), Gestor de Convênios. Estranhei. A pequena nota despertou à atenção do advogado Aurélio Marcos de Souza. Ele questionou tal nomeação na Ouvidoria, usando a prerrogativa da lei da transparência. Quis saber qual o dispositivo legal existente na estrutura da prefeitura que amparava tal nomeação naquela função. A prefeitura respondeu de que ela não existe. Ainda vai mandar à Câmara, um projeto de Lei que atribui ao secretário de Indústria e Comércio a Gestão de Negócios. Meu Deus! Entenderam para que serve o jornalismo investigativo? Entenderam a razão do questionamento dos cidadãos, como fez o doutor Aurélio? Entenderam a razão pela qual os políticos no poder em Ilhota tanto reclamam, praguejam a coluna e deste colunista?



A EDUCAÇÃO AMADORA
Na semana passada, Gaspar abriu oficialmente o ano letivo de 2017. Poucos perceberam. A imprensa praticamente nem registrou. Mas, a repercussão entre os professores da rede municipal foi a pior possível. Quase todos escondidos e criticando. O medo e a omissão ainda são traços relevantes nos que possuem, infelizmente. Volto. Foi uma festa de confraternização pós-eleição entre alguns amigos novos no poder e em algo tão sério e essencial. Não houve comprometimento. Não houve direcionamento e posicionamentos. Com isso, dois recados foram dados em algo tão vital para a formação e conhecimento de crianças e jovens: a alienação e o despreparo. A alienação vem exatamente na mesma semana em que o Senado aprovou a reforma do ensino médio e que vai impactar diretamente até 2020 sobre como preparar um novo modelo de escola para o estudante que vai enfrentar os últimos anos de ensino médio. O ato mostrou que o governo de Kleber Edson Wan Dal, PMDB e sua secretária de Educação, Zilma Sansão Benvenutti, desde quando venceram em outubro, não se estabeleceram na mudança de rumos no ensino local e até desconhecem o próprio “plano de governo” que apresentaram na campanha à Justiça Eleitoral.

RETROCESSO
Primeiro vamos convencionar que pela Constituição e pela Lei de Diretrizes Básicas de 1996, cabe aos municípios proporcionar creches, pré-escolas e ensino fundamental e investir no mínimo 25% do orçamento municipal. Segundo, que o estado deve priorizar o ensino médio. Reconhecido isso, volto. O PT fez da educação um instrumento de catequese em Gaspar, onde até os dias dos Pais e Mães foram suprimidos numa afronta ao núcleo e o elo familiar e religioso. Ou seja, o PT disse claramente o que queria além do pedagógico. E para fazer a cabeça do professorado e repassar a doutrinação com fundamentação técnico, sempre fez as aberturas dos anos letivos com uma palestra para agradar os seus e calar os omissos e sem contra-argumentos. Vou lembrá-los de três delas. “Educação: que futuro nos espera?”, pelo professor Mozart Neves Ramos, em 2014. Ele foi eleito em 2008 pela revista Época uma das pessoas mais influentes daquele ano. “Ser professor no século XXI”, com o professor Moacir Gadotti, ex-diretor-geral do Instituto Paulo Freire, o que dispensa qualquer referência aos distintos docentes; isso foi em 2015. E “Em busca do sucesso pedagógico: planejar, executar e avaliar”, com o doutor em Educação, Cipriano Luckesi, foi a de 2016. E neste 2017 onde o PMDB substitui o PT no poder? Flores, balas, boas-vindas, bate-papo sobre liderança, êxtase de alguns e mais nada. Pilhéria. Descaso. O mundo em ebulição e Gaspar a reboque do atraso. E em temas essenciais.

O QUE PROMETEU? I
E o que os candidatos, hoje prefeito e vice, respectivamente, Kleber Edson Wan Dall, PMDB e Luiz Carlos Spengler, PP (cuja mãe foi professora) prometeram no seu “plano de governo” à Justiça Eleitoral? Pouca coisa específica e mistura da com cultura e esporte. Ou seja, já dava a perfeita noção do que aconteceu na semana passada na abertura do ano letivo. “Ampliar a quantidade de vagas em CDI`s, construindo novas unidades e viabilizando parcerias público-privada”. O que foi feito efetivamente? Nada se reportou. Ah, mas ainda é cedo, diriam os amigos e gente na própria imprensa que insiste na mansidão? Cedo para os temerosos. Cedo para os que usam e se estabelecem permanentemente nas desculpas. Cedo para os que tiveram coragem para a promessa, mas não possuem a mesma competência para prover as soluções. Exagero? O próprio “plano de governo” dá a pista da solução, colocada lá de última hora apenas para neutralizar uma proposta adversária: “viabilizando parcerias público-privada”. Então! O que se avançou nisso?

O QUE SE PROMETEU? II
Sabia-se do descomprometimento do PMDB e PP com a educação naquilo que o município é responsável desde o início. Era só olhar o segundo tópico de importância do tal “plano de governo” (e já comentei sobre isso pelo menos três oportunidades): “Viabilizar a implantação de um campus universitário em Gaspar”. Ora, essa não é a prioridade e nem a obrigação constitucional ainda mais quando é notório que naquilo que se é obrigado (falta de vagas nas creches, falta de contraturno, de turno integral, falta de professores efetivos, que demanda ACTs além da reciclagem continuada). O tal “plano de governo” está recheado de outras promessas eleitoreiras na área de cultura, esportes e lazer. Tudo por votos. Tudo para atender cabos eleitorais ou fazer soar bem aos ouvidos de gente com interesses, desinformada, analfabeta e ignorante. Nada coerente. Nada foi minimamente reestruturado ou possui ligações consequentes para a sua efetiva implantação. Nada possui um calendário, orçamento ou projeto. Tudo ao jeito bem antigo.

O QUE SE PROMETEU? III
Está lá no “plano de governo” do PMDB e PP: “reativar os laboratórios de informática nas escolas”; ótimo; mas por quem e por que foram desativados? Quanto custará reativá-los? Como ficarão eles seguros dos vândalos, ladrões? Como se darão as manutenções? Onde serão esses laboratórios? Por que das escolhas? Quais os prazos? Respostas? Nenhuma. Mais outra: “aprimoramento dos programas de formação continuada, valorizando os profissionais da educação”; excelente; mas onde está o cronograma, o custo, a rubrica? Quem e porquê vai se beneficiar desta formação? Para não ir mais adiante, querem mais um exemplo da falta de foco e do enchimento de linguiça desse “plano de governo” do PMDB e PP para a educação de Gaspar? “Viabilizar estudos e propagar a rede de escolas e profissionais para implementação do horário integral de forma progressiva”. Viabilizar estudos? Sinceramente, é uma enganação atrás da outra. E a abertura do ano letivo demonstrou isso de forma clara. Alguém sério, num plano de governo sério, escreveria para ser entregue à Justiça Eleitoral isso, se exequível e claro: “viabilizar no segundo semestre de 2017 (ou primeiro semestre de 2018) a implantação de tantas escolas, com tantos alunos em horário integral, comprometendo até 5% do orçamento da área...”. Ponto final. É algo concreto. Como a Educação é amadora, os planos maquiados ao menos são profissionais. Eles viabilizam tudo, até estudos sem prazos para terminarem. Acorda, Gaspar!

GIGOLÔS DOS BRASILEIROS I
Os deputados federais deram, na semana passada, mais uma demonstração de desprezo pelos eleitores em plena grave crise que os brasileiros suportam com pesados sacrifícios. Os deputados fizeram legislação em causa própria tirando R$ 819 milhões em 2016 e repetem esse valor em 2017, ano em que não eleições, dos pesados impostos destinados à saúde, segurança, educação, obras etc. Agora, diante do buraco negro que criaram, para obterem vantagens e impedir punições nas prestações de contas perante o Tribunal Superior Eleitoral, os deputados resolveram fazer uma lei, em regime de urgência. Nela nem, atenuam, ora vejam só, à prestação de contas desse dinheiro que é do contribuinte. Pegos no contrapé, uns se esconderam. Outros desafiaram, como foi o caso do deputado Esperidião Amim Helou Filho, PP, aquele que como relator das dívidas dos estados, mandou a conta para todos e livrou das contrapartidas, os políticos.

GIGOLÔS DOS BRASILEIROS II
A tentativa da Câmara dos Deputados de anistiar os partidos políticos, solapando poderes do TSE, foi a face mais evidente do atrito entre as legendas e aquela corte, que no vácuo de legislação pertinente, nos julgamentos, tem legislado. Isso é resultado da indisciplina dos partidos. Os deputados, diante da pressão e repercussão, voltaram momentaneamente atrás. Dos 16 deputados catarinenses, nove estavam na sessão que deliberou pela urgência em colocar o assunto, do nada, na pauta do dia seguinte: Celso Maldaner, Edinho Bez, Rogério Peninha Mendonça, Ronaldo Benedet, Valdir Colatto, todos do PMDB; Esperidião Amim Helou Filho, PP; Carmem Zanoto, PPS, João Paulo Kleinubing, PSD, Pedro Uczai e Décio Neri de Lima, ambos do PT. No ano que vem eles estarão entre nós, com dinheiro nosso no tal Fundo Partidário e que não querem prestar contas. Virão pedir os nossos votos para continuarem nesse mundo onde quem só paga a conta é o eleitor enganado.

O PT MOSTRA AO PMDB COMO FISCALIZAR I
O PMDB deixou a fiscalização sobre o governo do PT nos últimos quatro anos por conta da ex-vereadora Andreia Symone Zimmermann Nagel, DEM e depois PSDB. Tudo para não se expor no projeto de eleição de Kleber Edson Wan Dall. O PT, na segunda sessão já manda um recado de que a vida de Kleber não será fácil. O que está na pauta de hoje? Um requerimento do vereador Dionísio Luiz Bertoldi. Ele quer informações detalhadas referentes ao Projeto de Lei 01/2017. Ele institui gratificação por exercício de atividade especial na coordenadoria municipal de Defesa Civil de Gaspar. Dionísio quer saber (e já sabe, na verdade) se já existe um servidor a ser cedido por órgão federal ou estadual para ocupar tal função? Em caso afirmativo, enviar cópia do termo de cessão; com a promulgação da Lei Complementar 69/2015, parece que a estrutura da Coordenaria de Defesa Civil, criada pela Lei nº 3.102/2009, já teria sido tacitamente revogada. A redação da proposta, portanto, não está apresentando conflito com os termos da LC 69/2015? Espera-se que o servidor venha a desempenhar as funções de Superintendente ou de Coordenador (embora a existência desse cargo não seja clara hoje na estrutura)? Não existe conflito entre o "caput" do art. 1º e seu parágrafo único? Por que não se opta pela nomeação do servidor no cargo em comissão de Superintendente de Defesa Civil? Pretende-se ocupar este cargo com outra pessoa?

O PT MOSTRA AO PMDB COMO FISCALIZAR II
Primeiro, se Kleber fizer o mesmo que fazia Pedro Celso Zuchi, PT, a resposta pode até nem chegar. Segundo, se o PMDB for que nem o PT, usa a maioria construída, aprova o PL 01/2017 na Câmara e manda bananas para o PT, ou seja, faz o jogo pouco democrático e transparente de quem sempre está no poder e possui a maioria no Legislativo. Terceiro, o PT e o Dionísio – assim como parte da cidade e o próprio PMDB/PP) sabem de toda a história, apenas estão trucando, marcando território e mandado recados. Quarto, fazem bem o PT e PMDB. Quanto mais fiscalização, melhor. Pena que o PMDB não teve essa mesma disposição quando foi oposição. E por último: o PT de Dionísio não possui autoridade nenhuma para questionar sobre Defesa Civil, que a tornou cabide de empregos de amigos. Assim a cidade ficou à mercê de curiosos durante oito anos. Não deixou legado nenhum. Inacreditável. Agora, ao menos, o PT deve dar a chance a nova administração errar tanto quanto. Pelo menos no início. Acorda, Gaspar!

MAQUIAGEM I
Já foi constituída na prefeitura de Gaspar a “comissão” que vai negociar com o Sindicato do Trabalhadores no Serviço Público de Gaspar – o Sintraspug -, o reajuste dos servidores públicos de Gaspar. O prefeito Kleber Edson Wan Dall, PMDB, estará protegido e não entrará nos debates.

MAQUIAGEM II
Na sexta-feira a “nova administração” de Gaspar anunciou o Grupo Gestor de Gastos, formado pelo Secretário Municipal da Fazenda, Carlos Roberto Pereira; o Procurador Geral do Município, Felipe Juliano Braz; e o Chefe de Gabinete, Pedro Inácio Bornhausen. Eles, segundo o press release, formam uma equipe de monitoramento de resultados, dando suporte aos secretários. Primeiro, já observei que essa gente não é do ramo. E continua a provar isso. Segundo, já informei que a atual administração de Kleber, ainda não disse a que veio. Terceiro, é claro que não conhece as demandas e conceitos da gestão privada e até mesmo a pública. Para Kleber, esse “grupo” de três e que na verdade é de dois, é para “otimizar, remanejar, colaborar. A intenção é justamente frear gastos desnecessários. Podemos fazer isso com uma dose extra de trabalho e boa vontade”. Mas, vamos ao prático. Trata-se de uma blindagem ao Kleber. Nada mais. Com isso, fica claro quem governa de fato. Mais. Nem inovar, inovaram: vamos voltar a 2006, ou seja, 11 anos atrás.

MAQUIAGEM III
Em julho daquele ano, o decreto 1548, do então prefeito Adilson Luiz Schmitt, PMDB (hoje sem partido), o que é considerado doido pelos do PMDB e PP que estão hoje no poder, criava e nomeava os membros de um tal Conselho Municipal Extraordinário de Finanças. Tudo, segundo o decreto, como o de Kleber, para economizar, controlar, colocar no colo de um pequeno grupo, as decisões e ao mesmo tempo, tirar “responsabilidades” das costas do prefeito alguns possíveis enquadramentos da Lei de Responsabilidade Fiscal. Eram eles: Márcio Afonso Hostins, Secretário Municipal de Administração e Finanças; Aurélio Marcos de Souza, Procurador Geral do Município; Marco Beduschi, Chefe de Gabinete do Prefeito; Ana Caroline Serafim, Diretora Geral da Secretaria de Administração e Finanças; Valter Dias Pereira, Diretor Geral de Auditoria e Controladoria e, Ademor Luiz Machado, Diretor de Orçamento e Gestão. Até nisso não se inovou. Naquele tempo, além de político, o grupo era técnico. Agora, é de curiosos, mas com poder absoluto. Acorda, Gaspar!

ILHOTA EM CHAMAS I
Ilhota se transformou de uma hora para a outra numa cidade loteamento. Há perto de 3.600 lotes aprovados e muitos deles em execução. E o processo se acelerou com a vinda de empreendedores de fora e atraídos pela abertura da ponte dos Sonhos e principalmente a duplicação da BR 470. Ela “facilitaria” comunicação e consequentemente à expansão residencial dos de classe média e que trabalham no litoral. Ilhota nunca teve um ordenamento da ocupação do solo adequado. Nem um Plano Diretor discutido com a sociedade. O que apareceu no Diário Oficial dos Municípios – aquele que se esconde na internet e não tem hora para sair - de sexta-feira e na sexta-feira saiu perto das 18h? Um “Edital de Convocação de Reunião Extraordinária 01/2017”, assinado pelo vice-prefeito Joel José Soares, DEM, e que segundo o edital, estaria o vice respondendo pela assessoria de Planejamento.

ILHOTA EM CHAMAS II
E o que diz o edital? “A Assessoria de Planejamento do Município de Ilhota, através de suas atribuições legais, conferidas pela Portaria nº 025/2017, conforme dispõe a Lei Complementar nº 16/2007 que trata do Código Urbanístico do Município de Ilhota, além das disposições contidas no Decreto nº 16/2017 convoca os integrantes do Conselho da Cidade de Ilhota, Mandato 2017-2019, para a reunião que se realizará no dia 13 de fevereiro de 2017, às 18h00min, em caráter extraordinário, no salão da Secretaria Municipal de Cultura, localizado na Rua Dr. Leoberto Leal, nº 160, Centro, no Prédio da Prefeitura Municipal para deliberar sobre a seguinte ORDEM DO DIA: a) Discussão e Aprovação do Regimento Interno do Conselho da Cidade; b) Convocação de Audiência Pública sobre o Estudo de Impacto de Vizinhança do Loteamento Schneider; c) Deliberação sobre a alteração do Código Urbanístico para regularização da Descrição de Zoneamento do Parque Industrial. d) Assuntos Gerais”.

ILHOTA EM CHAMAS III
Quem são os integrantes do Conselho da Cidade de ilhota? Quando foram nomeados? Onde isso está publicado? Um edital feito no dia nove, publicado no dia 10, sexta-feira, após o expediente, para uma reunião na segunda-feira, dia 13? É legal. E invoca-se o Estatuto das Cidades que entre outras coisas pede ampla publicidade, prazos e participação popular? Esse assunto de loteamento em Ilhota já deu dor de cabeça e uma reunião pré-eleitoral, onde a moeda de troca da conversa foram lotes. Ela vai infernizar a vida de muita gente por lá. E esse pessoal continua desafiando, dando trela e base para desconfianças e provas no inquérito. Ilhota continua ardendo por dentro.

BAILE DO HAVAII
Começa nesta sexta-feira a venda dos ingressos para o Baile do Hawaii organizado pelo Jornal Cruzeiro do Vale. Este é um evento tradicional em Gaspar, que chega a 7a edição para movimentar a cidade. Neste ano, ele vai ser realizado na Sociedade Alvorada, com salão climatizado. “É tempo de Reviver os bons bailes de Gaspar”, é o tema da festa. Lembro-me de dois bailes de Debutantes ali no Alvorada. Disputadíssimos e com jovens ciumentos para os visitantes de outros municípios. Quem comprar os camarotes e mesas na área vip deste Baile do Hawaii terá algumas regalias, como algumas vagas de estacionamento garantidas no próprio Alvorada, informa a coordenadora do evento, Indianara Schmitt. Os estacionamentos do centro também estarão funcionando na noite do dia oito e madrugada do dia nove de abril, quando acontece o baile. Ele terá todos os ingredientes que fizeram sucesso por esses anos todos. Faça sua reserva e participe. Informações com a Indianara pelo telefone 9 9933-8373 (whatsapp) ou no 3332-9060.


TRAPICHE


Manchete da edição impressa de sexta-feira do jornal Cruzeiro do Vale: “por que existem tantas salas comerciais para alugar no Centro de Gaspar?” Enrolaram na resposta exata. Ela é simples. Porque o PT de Dilma Vana Rousseff e seu sócio PMDB (era vice) quebraram o Brasil.

Ou seja, os brasileiros de bem estão pagando esta alta dívida construída pela incompetência, teimosia, corrupção desenfreada e até pela má escolha da maioria de eleitores que foram as urnas nos últimos 13 anos quando o Brasil tinha conseguido a estabilidade econômica. Essa maioria foi convencida de que isso era supérfluo. Parece que era essencial.

Se os empreendedores, empresários que passam mal ou quebraram (e devem impostos para sempre ao governo para sustentar uma máquina de privilégios) e os trabalhadores que perderam o emprego (mais de 12 milhões), ou os ainda empregados que tiveram os seus salários achatados, não perderem a memória, nunca mais votarão em gente tão eticamente desclassificada e incompetente para governar sem desperdiçar e roubar.

Os únicos incólumes nesta crise que sacrifica a maioria, só os políticos, seus assessores, os servidores públicos, estáveis, principalmente um pequeno, barulhento e influente grupo de altos vencimentos e regalias, que continuam recebendo aumentos reais, adicionando eternos penduricalhos, reposições em plena crise, além sindicalistas que vivem tirando vantagens dos que passam fome e privações na saúde, segurança, educação...

Não é à toa que o portal Cruzeiro do Vale tinha outra manchete: “novena da Desatadora dos Nós reúne milhares de fiéis na Igreja Matriz de Gaspar”. Erram quando votam e escolhem os governantes, vereadores, deputados e senadores que infernizam as nossas vidas, e aí ficam dependente de rezas e milagres.

Não há santo que entenda a burrice repetida e tenha disposição para atender os incautos (e até gente esclarecida) que foram enlaçados por nós da imprudência, da armadilha e da conjuntura.

E para encerrar esse assunto da reportagem do Cruzeiro sobre os imóveis disponíveis para aluguéis por aqui. Os meus leitores e leitoras sabem de que não se trata de marcação, mas de constatação. “A equipe do Cruzeiro do Vale solicitou dados que mostrem a quantidade de empresas que abriram e fecharam no ano de 2016 em Gaspar. Porém, segundo secretário [da Fazenda, Roberto Carlos Pereira], o relatório foi perdido pela gestão anterior [do PT].

Ou seja, o secretário não é do ramo e não domina a equipe técnica. É impossível a um município como Gaspar não saber quem pediu para abrir, quem fechou o seu negócio por aqui no ano passado, por exemplo. Se verdadeira a alegação do secretário, ela é grave e mostra um descontrole inaceitável. Como se pode fazer planejamento numa secretaria da Fazenda se não há dados, histórico? Acorda, Gaspar!

De alma lavada, outra vez. Os leitores e leitoras desta coluna nunca foram privados desta informação e dúvida. Aliás, quem é o pecuarista José Carlos Bumlai do PT de Gaspar?

A mesma imprensa que ignorou (e zombou) por quase cinco anos o que sempre noticiei aqui, agora faz manchete sobre as dúvidas e os relacionamentos estranhos do governo de Pedro Celso Zuchi, PT, com os “usuários” da Arena Multiuso, prometida abertamente em campanha política a um grupo de apoiadores e usufruída, inclusive, por familiares. Quem apura isso? O Ministério Público. E faz isso à base de inquérito, dados e provas.

Ilhota em chamas I. O ex-procurador geral de Gaspar e ex-assessor jurídico da Câmara de Ilhota (e cito as funções do Aurélio para mostrar aos leitores e às leitoras que há competência técnica no questionamento), Aurélio Marcos de Souza, escreve o seguinte na sua rede social.

Ilhota em chamas II. “Ilhota transparência zero - só a mosca é diferente. Cadê os extratos de Dispensa de Licitação nºs 01/2017, 02/2017, 03/2017, 04/2017, 05/2017, 06/2017, 07/2017 e 09/2017 que ainda não foram publicados do Diário Oficial dos Municípios?”

Ilhota em chamas III. “Hoje é dia 07/02/2017, em pesquisa a página Oficial do Município de Ilhota e Diário Oficial dos Municípios, até o presente momento um único procedimento licitatório em Ilhota, que é o Credenciamento - nº 001/2017”.

Ilhota em chamas IV. “Já no Diário Oficial, estão publicados além do Credenciamento 001/2017, e 2 (dois) extratos de Dispensa de Licitação o nº 08/2017 e o 10/2017, e seus respectivos extratos de contrato”.

Ilhota em chamas V. Volto, até o fechamento da coluna nesta segunda-feira as 17h, nada havia sido esclarecido pela prefeitura sobre este assunto no Diário Oficial dos Municípios.

Ilhota em chamas VI. Só para lembrar: Ilhota é aquela prefeitura que costumava “pregar” na porta do gabinete do prefeito, como constatou inquéritos e o Ministério Público que cuida da Moralidade Pública, os atos oficiais, ou publicá-los discretamente num jornal de Joinville que não circulava por aqui e odeia até hoje a indiscrição da imprensa investigativa.

Revogado o processo licitatório 06/2016 que tinha como objeto a prestação de serviços de publicidade e propaganda do Município de Gaspar. Armada no governo do PT, o processo Administrativo nº 242/2016 encontrou por parte da atual administração peemedebista, fundamentos no artigo 49 da Lei nº 8.666/93 (Lei das Licitações) para barra-la.

Começou a gastança. Enquanto vão à imprensa fazer manchete de economias(?) mas não mostram os números, os novos políticos gestores de Gaspar fazem pregão para Registro de Preços para futuras aquisições de divisórias e forro de PVC modular, com instalação. A entrega dos envelopes será n o dia 23.

Foram renovados dois contratos com a Jovil – Segurança Privada – para a vigilância desarmada patrimonial. Um de R$145.200,00 na Fundação de Esportes e outro de R$213.600,00.

Arrecadação em baixa, cobrança em alta. A prefeitura de Gaspar fez contratos com o Sicoob Maxicrédito, Sicredi, Cecred, Banrisul, e Bradesco e Banco do Brasil para a cobrança de tributos municipais. O valor de cada contrato, foram exatos R$40 mil.

O prefeito de São Paulo, João Dória Júnior, PSDB, como prometeu, e está cumprido, está doando o salário dele para Instituições. Os R$ 17.948,00 líquidos referentes a seu salário de janeiro à AACD (Associação de Assistência à Criança com Deficiência).

Feitos os cálculos, sabe-se agora que o prefeito de São Paulo, ganha tanto quanto o prefeito de Gaspar, Kleber Edson Wan Dall, PMDB. Entretanto a complexidade, responsabilidade, preparo, mudanças e o resultados são incomparáveis.

Ilhota em chamas VII. O prefeito Érico de Oliveira, PMDB, continua achando que a imprensa investigativa é um problema. Por isso, qualquer questionamento, só por escrito e sem prazo para ser respondido.

Ilhota em chamas VIII. E por que? Antes ele perde tempo, faz uma reunião entre iluminados, consulta-se advogados para só então armar uma resposta. Ingênuos. Quando há transparência e profissionalismo, a resposta está na ponta da língua para não deixar nenhuma dúvida. Os políticos não aprendem.

Ironia do leitor Vlad, na área de comentários da coluna na internet. “Falem o que quiser, mas Sérgio Cabral [PMDB] tem a minha admiração. E muitos políticos deveriam seguir o seu exemplo? Construiu Bangu 8, inaugurou e está morando lá. Isso que é confiar no trabalho que fez. E ainda levou a família, amigos e colegas de trabalho”.

Na sessão passada, os vereadores apresentaram 45 indicações. Na sessão de hoje, mais 44. Espremendo, tudo do mesmo. É fogo de palha e motivo para fazer cartinhas para os eleitores pedintes e repassando a responsabilidade.

O PT, PDT e o PSD apresentaram na semana um projeto de resolução para mudar o horário das sessões da Câmara. Hoje, tem uma emenda substitutiva. No portal da Câmara de Gaspar não está disponível o projeto original, nem a emenda. Consultada, a ouvidoria se faz de surda. É frequente a Câmara desafiar a obrigação judicial de deixar esse material disponível e a ouvidoria de atender o cidadão. Então...

 

Edição 1788

Comentários

Violeiro de Codó
16/02/2017 18:46
Correio do Povo/Juremir Machado da Silva

16/02/2017

Teste rápido 1, caro leitor. Em quem você confia mais?

a) Michel Temer

b) Moreira Franco

c) Romero Jucá

d) Eunício Oliveira

e) Eliseu Padilha

f) Renan Calheiros

g) Carlos Marun

h) Eduardo Cunha

i) Geddel Vieira Lima

j) José Sarney

k) Edison Lobão

l) Todos juntos no mesmo partido

m) Todos juntos no mesmo governo

n) Todos juntos no mesmo partido e no mesmo governo
Herculano
16/02/2017 15:48
AMANHÃ É DIA DE COLUNA INÉDITA

Exclusiva para os leitoras e leitores da edição impressa do jornal Cruzeiro do Vale.

A coluna que é lida pelos formadores de opinião, pelos que escrevem opinião e não podem escrever o que gostariam de escrever, mas o que os poderosos no poder de plantão ou as conveniências de convivência comunitária e familiar lhes permitem.

Uma coluna que até advogados, por prevenção, pedem na Justiça para não citá-los para que não se mostre o que aconteceu nas causas de seus clientes partidários.

Uma coluna que descobre o quanto os novos assessores dos novos políticos já são velhos na prática de dúvidas e censura aqui e alhures. Moscas do mesmo bolo. Ilhota está em chamas, e Gaspar ainda não acordou.
leo
16/02/2017 14:39
PEDÁGIO PTRALHA . MAIS UM QUE FOI NA DONA JUSTIÇA PEDIR O DINHEIRO DO PEDÁGIO DOS COMISSIONADOS DO EX GOVERNO PTRALHA. GILMAR JOSÉ TERNUS EX COMISSIONADO DA SECRETARIA DE TURISMO DE GASPAR.MOVEU UM PROCESSO EM 2015 CONTRA O DIRET?"RIO MUNICIPAL DO PARTIDO DOS TRABALHADORES[PT] DE GASPAR.E COMO O EX PROCURADOR DO MUNICÍPIO ELE TAMBÉM GANHOU .
Sidnei Luis Reinert
16/02/2017 12:12
O risco Lula para 2018 é concreto?


Edição do Alerta Total ?" www.alertatotal.net
Por Jorge Serrão - serrao@alertatotal.net

Enquetes usadas para induzir opinião de incautos (divulgadas exaustivamente) e outras pesquisas empregadas para definir estratégias políticas (nem sempre reveladas ao grande público) coincidem em um ponto: Luiz Inácio Lula da Silva e Jair Bolsonaro despontam como "nomes fortes" para a ainda distante sucessão presidencial de 2018. Os levantamentos divulgados ou sigilosos indicam que o Presidente Michel Temer segue no fundo do poço da impopularidade. Com 10% de aprovação, ainda continua inviabilizado para uma reeleição. Especula-se que ele apóie um tucano na sucessão.

No meio do caminho das pretensões presidenciais tem alguns problemas. Um deles é o "Efeito Lava Jato" (que pode mandar presidenciáveis para cadeia ou, se não chegar a tanto, pode queimar o filme do candidato por desmoralização). O segundo óbice é o desempenho da economia (se melhorar muito, beneficia um candidato governista; do contrário, contamina e inviabiliza quem estiver temerariamente junto de Temer). O terceiro é o extremo desgaste dos partidos políticos, tanto da base governista quanto da "oposição" petista, que prejudica demais qualquer candidato.

O fantasma de Lula já começa a apavorar os opositores. O ex-Presidente aposta que vence o desgaste imposto pelos processos na Lava Jato. Lula tira bom proveito das bobagens cometidas por Michel Temer, sobretudo com a escolha de aliados enrolados com corrupção. Lula também segue na ofensiva contra o juiz Sérgio Moro e a Força Tarefa ?" o que alegra muitos supostos "opositores". Lula aposta que conseguirá posar de vítima de "perseguição política", viabilizando o nome para 2018. O risco Lula é concreto, por falta de opções possíveis na próxima disputa ao Palácio do Planalto.

Embora faça um trabalho impressionante nas redes sociais, sobretudo mobilizando jovens com viés conservador (público que cresce cada vez mais), Jair Bolsonaro corre alto risco de morrer na praia poluída da sucessão. O deputado pode nem conseguir a indicação de seu partido ?" o PSC ?" para entrar na disputa. A tendência é que seu nome ?" se realmente se torna viável ?" acabe providencialmente sabotado pelos demais partidos ?" que lhe fecharão as portas. Lula já não tem este problema, porque a Petelândia brinca do que ele mandar.

2018 ainda está longe... Mas as especulações já assustam muita gente que desenha estratégias políticas e empresariais. Enquanto isso, o Brasil segue na mesma de sempre, sem definir, claramente, qual o projeto de Nação... Assim, o Crime Institucionalizado segue hegemônico, apesar dos esforços das Lava Jatos da vida...
Sujiro Fuji
16/02/2017 09:43
Sabe porque tantos dias sem água do SAMAE?
Macaco não toma banho.
Herculano
16/02/2017 08:47
AMANHECEU. PF CUMPRE MANDATOS EM INVESTIGAÇÕES EM PROPINA EM BELO MONTE

Conteúdo do jornal Folha de S. Paulo. Texto de Bela Megale, da Sucursal de Brasília Polícia Federal deflagrou nesta quinta (16) a operação Leviatã para cumprir mandados expedidos pelo STF (Supremo Tribunal Federal).

Os seis mandados de busca e apreensão foram expedidos pelo ministro Edson Fachin, que assumiu a relatoria da Lava Jato no Supremo após a morte de Teori Zavascki em um acidente aéreo em janeiro. Eles estão sendo cumpridos no Rio de Janeiro, em Belém e Brasília nas residências dos investigados e em seus escritório de trabalho.

As buscas são referentes a um Inquérito instaurado a partir de provas obtidas na Operação Lava Jato.

Segundo nota da PF, as medidas decorrem de representação formulada pela Polícia Federal no curso de Inquérito que apura pagamento de propina a dois partidos políticos, no percentual de 1% sobre as obras civis da hidrelétrica de Belo Monte, no Pará, por parte das empresas integrantes do consórcio construtor.

Entre os alvos da operação estão os principais envolvidos no esquema de repasse de valores aos agentes políticos, que seriam o filho de um Senador da Republica e um ex-Senador ligado ao mesmo grupo político.

Os investigados poderão responder pelos crimes de corrupção, lavagem de dinheiro e organização criminosa.

O nome da operação decorre da obra "O Leviatã", do filósofo Thomas Hobbes. Nela, ele diz que o "homem é o lobo do homem", comparando o Estado a um ser humano artificial criado para sua própria defesa e proteção, pois se continuasse vivendo em Estado de Natureza, guiado apenas por seus instintos, não alcançaria a paz social.
Herculano
16/02/2017 08:44
PERSISTÊNCIA É MAIS IMPORTANTE DO QUE A INTELIGÊNCIA,por Érica Fraga

"Por que a capacidade de trabalhar duro não é considerada um talento natural?"

A pergunta é feita por Garry Kasparov, um dos maiores jogadores de xadrez de todos os tempos, em sua biografia, publicada há uma década.

No livro, o enxadrista conta que, quando se tornou o mais jovem campeão mundial do jogo, aos 22 anos, em 1985, passou a ser questionado frequentemente sobre o segredo de seu sucesso. Rapidamente percebeu que suas respostas decepcionavam.

Isso acontecia, por exemplo, quando ele dizia que sua memória era boa, mas não exatamente fotográfica.

E o talento inato para o xadrez? Segundo Kasparov, seu pai percebeu muito cedo que ele tinha jeito para o jogo, mas que essa característica só se transformou em uma super-habilidade porque sua mãe o ensinou a estudar e praticar com afinco.

A capacidade de perseverar descrita pelo enxadrista pode ter menos glamour do que a inteligência, mas tem aparecido com frequência crescente nas pesquisas sobre educação.

Estudiosos do tema, como a psicóloga americana Angela Duckworth, da Universidade da Pensilvânia, têm afirmado que a determinação é crucial para a aprendizagem.

Em um de seus muitos experimentos detalhados sobre o assunto, Duckworth e Martin Seligman concluíram que a autodisciplina era um indicador duas vezes mais forte do que o QI (coeficiente de inteligência) para explicar as diferenças entre as notas de alunos dos EUA no fim do ensino fundamental.

A contundência de descobertas desse tipo fez a preocupação sobre como ajudar crianças e jovens a desenvolver habilidades como a persistência ultrapassar os muros da academia e chegar aos formuladores de políticas educacionais.

É um debate tanto instigante como complexo.

A crença na inteligência como principal explicação para o sucesso escolar, profissional e pessoal prevaleceu por décadas. Isso talvez se explique por que medir atributos como a capacidade de identificar padrões e fazer contas é mais fácil do que avaliar a tal habilidade para trabalhar duro descrita por Kasparov.

Ser dedicado pode significar estudar três horas por dia para um aluno e seis para outro. Quanta perseverança é necessária para melhorar a aprendizagem?

Experiências como a de alguns países asiáticos mostram que o excesso de disciplina pode acabar sendo prejudicial à saúde, ainda que garanta resultados brilhantes em testes de aprendizagem. Como atingir o equilíbrio?

A lista das chamadas habilidades socioemocionais ou competências do século 21 mencionadas como importantes é longa. Dedicação, autocontrole, extroversão, capacidade de trabalhar em grupo e de sentir empatia são apenas algumas delas. É viável trabalhar todas na escola? Como?

Estudiosos reconhecem a necessidade de mais pesquisas para responder a essas perguntas.

A falta de respostas mais conclusivas não invalida, porém, as tentativas de reformular currículos com base no que já é conhecido. As experiências nessa direção têm servido como insumo para avaliar as iniciativas de maior e menor êxito.

É, portanto, alentador o fato de que o governo brasileiro pretenda incluir as competências socioemocionais na Base Nacional Comum Curricular, como revelou o jornalista Paulo Saldaña em reportagem sobre o assunto.

A divulgação do documento é esperada, com atraso, para o próximo mês.

Embora seja o ponto de partida, a base precisará apresentar diretrizes claras, fundamentadas nas melhores experiências nacionais e internacionais. Só assim conseguirá guiar as redes na formulação de currículos capazes de melhorar o sofrível desempenho dos estudantes brasileiros
Herculano
16/02/2017 08:42
UM EXEMPLO DE JORNALISMO ENGAJADO, PARTIDÁRIO E DE ESQUERDA QUE DEFENDE O POPULISMO MARQUETEIRO

Manchete do jornal Folha de S. Paulo. DORIA RECRIA LEVE LEITE COM ENFOQUE NOS MAIS POBRES E SEM ADOLECSCENTES

Titulo do comentário de Sérgio Saraiva, no CGN, um blog de Luiz Nassif, que era sustentado pelos governo do PT. O LEITE DAS CRIANÇAS E O JORNALISMO QUE NÃO OUSA DIZER O NOME

Doria corta mais da metade do Leve Leite.Esta é a manchete correta, observa o autor.

A partir de março de 2017, o Programa Leve Leite da prefeitura de São Paulo deixará de atender às crianças com mais de 7 anos de idade. Hoje, o programa atende crianças da rede municipal de ensino de 0 a 14 anos [criança com 14 anos? Que bebe leite? Só para atender aos produtores de leite e à corrupção enfraquecendo as verbas da educação?].

João Doria determinou uma redução de mais de 53% em relação ao atendimento atual. O programa será reduzido a menos de sua metade. Mais de 480 mil crianças deixarão de receber o benefício do fornecimento de leite.

Além da redução da faixa etária, o programa limitará a entrega a famílias com renda familiar de até R$ 2.811,00 e reduzirá a entrega para 1 kg por aluno por mês, ao invés dos 2 kg atuais.[há para a esquerda do atraso o amparo não se limita a quem realmente tem necessidade, mas quem possui rendimentos e quer aumentá-lo ampliando a desigualdade social?]

Uma medida de impacto direito na vida das famílias mais pobres, as que se utilizam do ensino municipal. Uma redução drástica de benefícios.[ discursos: pobres, realmente pobres continuarão recebendo naquilo que é o exigido para uma dieta].

Porém vejamos como a Folha de São Paulo apresentou tal medida:"Doria recria Leve Leite com enfoque nos mais pobres e sem adolescente".

O uso do eufemismo "recriar" no local de reduzir e chamar criança de 7 anos de adolescente é jornalismo que não ousa dizer o nome: "falta de vergonha na cara" [igualmente como afirmar, como afirma o autor da opinião que um marmanjo de 14 anos é uma criança].

Com tamanho corte de benefícios, João Doria pretende economizar mais de R$ 180 milhões [ que serão aplicado em outras prioridades na Educação, pois esta verba está rubricada nos mínimos 25% que deverão ser gastos com ela, e que o autor militante omitiu].

Somente para termos uma comparação, João Doria anunciou, há poucos dias, que pretende gastar R$ 100 milhões este ano com propaganda.

Fácil entender o porquê do tom ufanista da manchete [esta conclusão tem dois viéses: primeiro que economizou leite dos pobres para dar em propaganda à Folha para fazer a manchete que fez, o que não é possível devido a rubrica orçamentária, e porque o blog que ele escreve não é recebedor com a saída do governo do PT da prefeitura de S. Paulo de verbas públicas, por falta de audiência.
Herculano
16/02/2017 08:19
EIS A RAZÃO PELA QUAL O POVO NÃO ACREDITA E TRATAM OS POLÍTICOS COMO BANDIDOS. APENAS 1% DOS RÉUS COM FORO PRIVILEGIADO É CONDENADO, DIZ LEVANTAMENTO

Conteúdo do jornal O Estado de S. Paulo. Texto de Gilberto Amendola, da sucursal de Brasília. Levantamento do projeto Supremo em Números, da FGV Direito Rio, mostra que, de janeiro de 2011 a março de 2016, apenas 5,8% das decisões em inquéritos no Supremo Tribunal Federal foram desfavoráveis aos investigados ?" com a abertura da ação penal. Ainda segundo a pesquisa, o índice de condenação de réus na Corte é inferior a 1%.

No Supremo são julgados políticos ?" deputados, senadores e ministros de Estado ?" que detêm foro privilegiado. O tema votou ao debate com a nomeação, pelo presidente Michel Temer, de Moreira Franco como ministro da Secretaria-Geral da Presidência. A nomeação, contestada, teria por objetivo conferir foro a Moreira, citado em delação da Odebrecht, e evitar eventual investigação na primeira instância. Nesta terça-feira, 14, o ministro do STF Celso de Mello manteve a nomeação.

No ano passado, a Corte barrou o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva na Casa Civil de Dilma Rousseff. A nomeação do petista ?" alvo da Lava Jato ?" também foi questionada na época.

Para o coordenador do Supremo em Números, Ivar Hartmann, na prática, o foro representa uma "vantagem". "É uma forma de escolher o juiz. Quando Dilma e Temer decidiram nomear Lula e Moreira, optaram por um processo mais longo e com grandes chances de não dar em nada", disse Hartmann.

No período analisado pelo Supremo em Números, em 404 ações penais, apenas três resultaram em vitória da acusação; em 71 delas o sucesso foi da defesa; 276 prescreveram ou foram enviadas a instâncias inferiores (68% do total); em 34 houve decisões favoráveis em fase de recurso; e 20 permaneceram em segredo de Justiça.
Em relação a inquéritos, foram 987 no mesmo período. Deste total, 57 resultaram em vitória da acusação; em 413 o sucesso foi da defesa; 379 prescreveram ou foram remetidos a instâncias inferiores (38% do total); houve oito decisões favoráveis em fase de recurso e 130 ficaram em segredo de Justiça.

"Existe um princípio básico no Direito de que uma pessoa não pode escolher quem vai julgá-la. Então, esse princípio está sendo violado. A única forma de corrigir esse desvio seria o fim do foro", afirmou Hartmann.
Moreira Franco. Um dia após manter Moreira Franco ministro, Celso de Mello afirmou nesta quarta-feira, 15, que levará a discussão ao plenário da Corte se houver pedido de recurso dos autores dos mandados de segurança contra a nomeação do peemedebista ?" os partidos PSOL e Rede. O PSOL já informou que vai recorrer.
Herculano
16/02/2017 08:05
DELAÇÕES E CRIME ORGANIZAÇÃO, por Almir Pazzianoto Pinto, no jornal O Estado de S. Paulo

Aquilo que no jargão policial era conhecido como "crime comum" assumiu tal nível de sofisticação que a expressão se apequenou. E a correta passou a ser "crime organizado".

A complexa estrutura de grandes facções criminosas obedece a código fundado em usos e costumes e a organograma. Embora seja inviável o seu registro como pessoas jurídicas, são empresas com diretorias, consultores, gerentes e infraestrutura operacional, na qual estão os subalternos incumbidos dos assaltos a bancos e carros-fortes, do tráfico de entorpecentes, de roubos de veículos, assassinatos, sequestros, rebeliões, comercialização de produtos roubados. Como empreendimentos marginais revestidos de características singulares, é comum recorrerem à terceirização mediante subcontratos.

Entre marginais, ocultar a identidade é prática obrigatória, destinada a dificultar a ação de investigadores. Ao invés do nome, usam apelidos relacionados a hábitos, aparência física ou origem. Entre os mais divulgados temos o Paca, Birosca, Gegê do Mangue, Sono, Madruga, Moringa, Gordão, Casca, Bô, Tio, Boy, Marcola, Fernandinho Beira-Mar.

O topo da pirâmide econômica nacional alberga, entre políticos e homens de bem, delinquentes de alto coturno reunidos em partidos ou sociedades registradas como pessoas jurídicas de direito privado, com ações na Bolsa. Os objetivos, porém, são mesmissimamente os mesmos, como escreveu Ruy Barbosa na Réplica: amealhar dinheiro ilegal para conquistar, aprofundar e fortalecer poder.

No crime organizado os resultados são contabilizados em reais. Já no crime engravatado os meliantes não se satisfazem com pouco. Os negócios, aparentemente regulares, celebrados de acordo com as exigências legais, envolvem centenas de milhões ou bilhões de dólares. O crime organizado socializa os resultados entre os membros das quadrilhas, em pagamento de honorários a advogados, corrupção de policiais, assistência aos familiares dos mortos, presos ou foragidos e serviços à comunidade. Nas altas esferas as ambições são maiores. Grandes grupos rateiam o dinheiro infame que, por motivos óbvios, será ocultado por testas de ferro, laranjas, ou camuflado em paraísos fiscais. Computadores, celulares e gravadores substituem pistolas, fuzis e metralhadoras. A segurança não é tarefa confiada a guarda-costas, mas entregue a famosos escritórios de advocacia. Nas trocas de informações telefônicas, ou pela internet, o crime engravatado aderiu ao uso de sugestivos cognomes: Boca Mole, Angorá, Caju, Índio, Polo, Las Vegas, Babel, Primo, Feia, Bitelo, Campari, Kfata, Pino são os mais conhecidos.

Se nos aspectos estruturais o crime organizado e o crime engravatado revelam semelhanças, no comportamento em juízo as diferenças são imensas. Na ética do crime comum ou organizado, delação é delito imperdoável, punido com execução sumária, à bala. Sem fazer comparações, lembro que Judas Iscariotes delatou Cristo com um beijo, Joaquim Silvério dos Reis entregou Tiradentes à Coroa portuguesa e o Cabo Anselmo apontou companheiros ao DOI-Codi.

Como acusação anônima, a delação é, também, expediente abominável. Quem confessa acusa a si mesmo, o delator lança a rede contra terceiros. Com algum esforço é possível compreender que o faça, após ser cooptado por especialistas na técnica indolor de arrancar informações. Relatam-se casos de delatores habituados a vida farta, deferências e privilégios que não resistiram após permanecerem confinados alguns dias em cubículo de concreto, sem cama e sem banheiro, obrigados a comer de marmita e se servir de latrina turca. Privados da presença da família, tendo a cara estampada na televisão, em jornais e revistas, concordaram com a amenização da pena delatando cúmplices, sócios e amigos íntimos. A delação pode resultar de deslize ou excesso de confiança. Na maioria dos casos, entretanto, é tentativa abjeta de ser tratado com leniência.

O Código de Processo Penal (CPP) não se refere à delação como meio de prova, mas autoriza o juiz instrutor a recorrer a fonte independente de informações, sutil designação dada ao delator, no artigo 157, § 2.º. É o mapa da mina, o caminho das pedras. Abrevia investigações. Delação homologada tornou-se modalidade transversal de prova provada usada para acelerar a tramitação de processo. Simplifica a tarefa de dosagem da pena, aliviada pela entrega da cabeça de alguém.

Sou pouco afeito ao Direito Processual Penal. Conheço, porém, razoavelmente a natureza humana para entender que a delação deve ser admitida com parcimônia e apenas em casos especiais. O País é grande; as condições de vida, marcadas por violentos contrastes; as divergências políticas, não raro impregnadas de radicalização. O ódio ao adversário passa do pai ao filho, ao neto. Em alguns Estados a estrutura do Poder Judiciário é deficiente, com escasso número de comarcas e juízes, como revelam os relatórios do Conselho Nacional de Justiça (CNJ). Em mais de 70% delas não há Defensoria Pública e nem sempre o acusado dispõe de alguém para defendê-lo.

Nos processos da Operação Lava Jato as evidências são robustas. As provas obtidas pelo juiz Sergio Moro apressaram a coleta de documentos e de informações, permitindo que as ações sejam julgadas com presteza. A confirmação das decisões convence de que tudo se fez conforme o devido processo legal, garantido o direito de defesa.

O crime engravatado é tão repulsivo quanto o crime organizado. Exige dura repressão. A Justiça não pode tergiversar, mas persegui-lo com a fúria dos justos para que não prolifere e ponha em perigo a democracia. A Operação Lava Jato é algo inédito na História. E deve prosseguir até as últimas consequências.
Herculano
16/02/2017 07:56
da série: a ingenuidade do oposição e indignação da imprensa da esquerda do atraso que infesta as redações. Os governos democráticos ou parlamentaristas só se de sustentam com coalizões, O problema é a qualidade delas e só isso deve ser questionada.Notáveis não significa competência e resolução. E curiosos, ou sem qualificação, incluindo o nível de alfabetização,como em Gaspar, são apenas farra e irresponsabilidade partidária e política.

A AULA DO PROFESSOR PADILHA, por Bernardo Mello Franco, para o jornal Folha de S. Paulo

Na campanha pelo impeachment, Michel Temer prometeu montar um ministério de notáveis. Ele nomearia uma equipe de auxiliares reconhecidos pelo talento, e não pela ficha corrida ou pelo apoio de deputados e senadores.

O balão de ensaio murchou rapidamente. Ao tomar posse, o presidente imitou os antecessores e loteou a Esplanada em troca de votos no Congresso. Prevaleceu o velho "toma lá, dá cá", no qual ele se especializou como poderoso chefão do PMDB.

Na semana passada, o ministro Eliseu Padilha relembrou o truque em tom de galhofa. Em palestra para funcionários da Caixa Econômica Federal, ele narrou os bastidores da escolha do ministro da Saúde, Ricardo Barros. A fala foi transcrita pelo jornal "O Estado de S. Paulo" e vale como uma aula de fisiologismo.

"Lembram que quando começou a montagem do governo diziam: 'Só queremos nomear ministros que são distinguidos na sua profissão em todo o Brasil, os chamados notáveis'? Aí nós ensaiamos a conversa de convidar um médico famoso em São Paulo, até se propagou que ele ia ser ministro da Saúde", contou.

Padilha se referia ao respeitado cirurgião Raul Cutait, livre-docente da Faculdade de Medicina da USP. "Aí nós fomos conversar com o PP. 'O Ministério da Saúde é de vocês, mas gostaríamos de ter um ministro da Saúde assim'", prosseguiu.

Animado com o interesse da plateia, o peemedebista narrou o desfecho do diálogo: "Diz para o presidente que nosso notável é o deputado Ricardo Barros". "Vocês garantem todos os nomes do partido em todas as votações?". "Garantimos". "Então o Ricardo será o notável".

Há nove meses no cargo, Barros se notabilizou por dizer besteiras e defender os interesses dos planos de saúde. Apesar do desempenho pífio, tem recebido boas notas do professor Padilha. O PP também parece satisfeito. Desde que assumiu o ministério, não deixou de cumprir um dever de casa dado pelo Planalto.
Herculano
16/02/2017 07:46
PADILHA NÃO É BOM EXEMPLO, MAS É OTIMO AVISO

Na Era petista, a Casa Civil da Presidência da República foi ocupada por seis personagens. Dois estão presos em Curitiba (Dirceu e Palocci), uma foi fisgada na Operação Zelotes (Erenice), dois encrencaram-se nas franjas da Lava Jato (Mercadnate e Gleisi) e uma outra foi vendida ao eleitorado como gerente impecável e terminou sua carreira moída pelo impeachment (Dilma). O histórico recomenda comedimento. Mas Eliseu Padilha pisa nas evidências distraído.

É preciso reconhecer que o todo-poderoso da Casa Civil de Michel Temer tem razão. Se aquela gravação em que ele foi pilhado explicando como o Ministério da Saúde saiu das mãos de um médico insigne para cair no colo de um deputado insignificante significa alguma coisa, é o triunfo a rendição do governo Temer à mesmice que sempre foi tratada como algo "absolutamente normal". Vale a pena desperdiçar um pedaço de tempo ouvindo Padilha:

"Todos os governos que fazem composição com vários partidos colocam a participação de outros partidos no governo. Foi o que nós fizemos. O PMDB sozinho não iria governar. Aliás, a história política brasileira depois da reabertura democrática, tem mostrado que o presidencialismo é de coalizão. Vários partidos sempre vão apoiar o governo. E com isso eles têm participação no governo, o que é mais do que normal, absolutamente normal."

Do jeito como as coisas sucedem, sob absoluta normalidade, o país vive um período de hedionda expectativa: qual será o primeiro escândalo da Era Temer? No assanhamento que toma conta dos partidos, no desassombro com que Padilha opera o balcão, no entrechoque do patrimonialismo com o interesse público, está sendo gerado o primeiro escândalo. Não se sabe onde ele explodirá. Por enquanto, é apenas um descalabro esperando para ganhar as manchetes, um fantasma precoce de uma operação que a Polícia Federal batizará com um nome criativo.

Não se sabe o nome e o partido do futuro réu. Mas o escândalo que o projetará toma forma, vem vindo. Depois, Padilha e Temer dirão que não sabiam de nada. E lamentarão os malfeitos. Farão a promessa de que o governo cortará na própria carne. Talvez digam que não ficará pedra sobre pedra. Mas realçarão que o aliado merece o benefício da dúvida. Que diabo, ele ainda não foi denunciado. O Supremo Tribunal Federal não o converteu em réu. Não há uma sentença! Por que afastá-lo?

No episódio que Padilha considerou "absolutamente normal", o Planalto fritou o respeitado cirurgião Raul Cutait para entregar a pasta da Saúde ao deputado-engenheiro Ricardo Barros, do PP, partido campeão no ranking dos enrolados na Lava Jato. Mal comparando, José Dirceu fez coisa parecida quando passou pela cadeira hoje ocupada por Padilha. Ao lotear o Ministério de Minas e Energia, Dirceu determinou à então titular da pasta, Dilma Rousseff, que acomodasse o engenheiro Silas Rondeau na presidência da Eletronorte.

Formado na escolha de graduação de José Sarney, Rondeau (pronuncia-se Rondô) seria guindado pouco depois ao posto de presidente da Eletrobras. Para promovê-lo, o Planalto orientou Dilma a levar à frigideira o engenheiro nuclear Luis Pinguelli Rosa. Súbito, o mensalão derrubou Dirceu. Dilma foi alçada por Lula à Casa Civil. E Rondeau a substituiu na pasta de Minas e Energia..

Em maio de 2007, um auxiliar de Rondeau foi preso por agentes federais numa operação chamada Navalha. Acusado pela PF de receber de uma empreiteira um envelope com R$ 100 mil, Rondeau viu-se compelido a deixar o ministério. A Procuradoria o denunciou por corrupção passiva. Depois, sumiu pelo caminho, soterrado por escândalos maiores, como o mensalão.

Hoje, há outros rondeaus rondando as páginas policiais. Cedo ou tarde darão o ar da graça. E muitos lamentarão não ter percebido que Eliseu Padilha, esse notável operador de normalidades, não era propriamente um bom exemplo, mas um extraordinário aviso.
Herculano
16/02/2017 07:43
LULA NO DESERTO DA TURMA DO PODER, por Vinicius Torres Freire, no jornal Folha de S. Paulo.

O PRESTÍGIO de Michel Temer baixa. O de Lula sobe, ainda que pelas beiradas do balde de desprezo em que os políticos estão a boiar, se tanto.

Os tucanos, pior ainda, afundam na água turva da política como o eleitorado a vê.

Pesquisas de popularidade e voto dizem nada sobre a eleição distante, mas indicam que, no curtíssimo prazo:

1) Lula será caçado;

2) Há espaços de sobra na feira já agitada de especulações de pré-candidaturas a presidente;

3) O "bloco de poder" terá muitos problemas em 2018, pois suas figuras de proa, já carcomidas, vão atravessar um deserto socioeconômico.

A rejeição ao governo aumenta desde que Temer assumiu, em junho, segundo pesquisa encomendada pela CNT. As pesquisas de outubro de 2016 e fevereiro confirmam a tendência captada pelos Datafolha de julho e dezembro de 2016.

Lula venceria a eleição de presidente contra qualquer candidato. Aécio Neves e Geraldo Alckmin estão na sombra das trevas de Jair Bolsonaro, empatados.

Lula, por ora, está mais vivo que os tucanos. Pouco pode fazer para evitar condenações na Justiça além de uma campanha nacional a fim de recauchutar um tanto de sua imagem, o que seria bastante ao menos para fazer de sua prisão um problema, dado que haveria um risco aumentado de comoção.

O mero risco de que não se torne inelegível deve ser um incentivo para que Lula seja mais atacado. Entre o Carnaval e a Semana Santa, deve dizer ao PT o que fará da vida.

O PT não sabe o que fazer. Está em um impasse, entre uma burocracia presa a seus cargos e à podridão do partido e parlamentares que plantam nos jornais ameaças de que vão dar o fora.

No Datafolha ou na CNT, o governo Temer é desaprovado (ruim ou péssimo) por praticamente metade dos eleitores. Seus aliados tucanos maiores descem juntos a ladeira, mesmo desde antes o impeachment.
Nenhuma surpresa.

Mesmo antes da deposição de Dilma Rousseff, três em cinco eleitores queriam eleger um novo presidente, diretas-já. O país está no terceiro ano de recessão. Não há plano, econômico ou outro, que inspire ânimo na população, o que já se viu em momentos de economia avariada. Nunca é apenas "a economia, seu burro".

A memória de crescimento dos anos Lula piora a sensação de horror econômico, ainda mais agora que, para muito povo comum, "é todo o mundo ladrão mesmo".

A previsão mediana para 2017 é de economia estagnada. Para 2018, de crescimento de 2,3%. Não se recupera assim nem o tombo de 2017. O problema nem é apenas esse.

No caminho, o governo pretende mudar as leis da Previdência e do trabalho. Não importa o que se pense no assunto, a impressão e o efeito dessas reformas no curto prazo são politicamente ruins.
O eleitorado diz e repete que quer caras nacionais novas ou que tenham escapado da moenda recente.

Essas pesquisas devem incentivar o lançamento de balões, como Carmen Lúcia outro dia e, agora, até João Doria, prefeito de São Paulo, e Raul Jungmann, ministro da Defesa.

Também deve animar estudos precoces de viabilidade de nomes como Henrique Meirelles, há mais tempo na feira política, de Ciro Gomes, que acaba de se lançar, ou de Geraldo Alckmin, que está para começar campanha pelo Nordeste, antes que seja tarde demais
Herculano
16/02/2017 07:39
PMS BRIGAM POR CARGOS CIVIS PARA APOSENTAR CEDO, por Cláudio Humberto, na coluna que publicou hoje nos jornais brasileiros

Militares, policiais militares e até bombeiros disputam a tapa, em todo o País, oportunidades de serem colocados à disposição de governos municipais, estaduais e até federal, em razão de uma portaria bizarra de 2012, do Comando do Exército. Pela portaria 871, é transferido automaticamente para reserva remunerada (aposentadoria) quem ocupar por mais de 2 anos cargos fora da sua unidade militar.

OUTRA MAMATA
Se a ideia era inibir a transferência para trabalhar fora dos quartéis, a portaria bizarra acabou criando outra mamata no serviço público.

OBJETOS DE DESEJO
Gabinetes de políticos policiais ou militares como Jair Bolsonaro são os mais procurados por milicos para antecipar aposentadoria integral.

FESTA NO GABINETE
Um major lotado no gabinete de Bolsonaro esfrega as mãos: no domingo (19) completa 2 anos fora da PM e vai ganhar aposentadoria.

PRESSÃO
No Distrito Federal, a Casa Militar do governo vive sob grande pressão para apressar processos de cessão de PMs para outros órgãos.

AGÊNCIAS DA PETROBRAS SAEM NA VÉSPERA DA FOLIA
A Petrobras vai divulgar no dia 22, véspera de Carnaval - quando tudo acaba em samba - as duas agências de propaganda que vão dividir sua verba anual de R$500 milhões por cinco anos. Uma das favoritas é a carioca NBS, que no governo do PT se chamava "Quê" e cujo diretor, Dudu Godoi, foi marqueteiro de Lula. A outra deve ser a paulista Fischer, da Trindade Investimentos, cujo sócio figura na Lava Jato.

NO BULL SHIT
Tanto quanto a Fischer, NBS tem reputação de agência criativa. Sua denominação são as iniciais de "No Bull Shit".

DEZOITO CITAÇÕES
Danilo Amaral, da Trindade, é citado 18 vezes na delação de Sérgio Machado, ex-Transpetro, por receber R$ 30 milhões do petrolão.

PALMAS PARA ELE
Em 2015, Danilo Amaral, ganhou fama com imagens nas redes sociais constrangendo o ex-ministro petista Alexandre Padilha em restaurante.

ZAP NUNCA MAIS
Chantageada por WhatsApp pelo hacker Silvonei José de Jesus Souza, a primeira-dama Marcela Temer deixou de utilizar o aplicativo em 11 de maio de 2016, mesmo dia em que o bandido foi preso.

RECORDE NEGATIVO
Já são 106 os policiais sequelados por "disparos acidentais" de armas da Taurus que resolveram processar a empresa. Mas a Taurus celebra o recorde da venda de 2 mil pistolas. Uma lei marota obriga nossas polícias a comprar armas "made in Brasil", que só a Taurus produz.

NOME DE MINAS
Aécio Neves levou até Michel Temer a sugestão de Carlos Velloso para ministro da Justiça, mas sabe que o ex-presidente do Supremo Tribunal Federal não é o "nome do PSDB". De Minas Gerais, certamente.

MANDOU BEM, GUILHERME
Procurador-geral de Justiça do RS, Marcelo Dornelles se enrolou para explicar ao competente repórter Guilherme Baumhardt por que só os procuradores não recebem salários em parcelas, ao contrário dos demais. Ficou parecendo que se acham servidores de primeira classe.

CPI AGONIZA
Findo o impacto inicial, a CPI da Lei Rouanet, prorrogada ontem, caiu mesmo no esquecimento. É comum reuniões com apenas dois deputados: o presidente, Alberto Fraga (DEM), e Izalci (PSDB), do DF.

PURA HIPOCRISIA
A imprensa costuma criticar governos que nomeiam ministros que não garantem votos no Congresso, mas fingiu "choque" com o sincericídio do ministro Eliseu Padilha (Casa Civil), revelando que é o número de votos do partido no Congresso que determina a escolha do ministro.

DÍVIDA PARCELADA
José Carlos Aleluia (DEM-BA) apresentou emenda à Medida Provisória 766/17, que regulariza débitos de pessoas e empresas, para que municípios também possam parcelar os débitos junto à união.

CULTURA NA CADEIA
Em 7 anos, detentos de quatro prisões de segurança máxima de quatro Estados (PR, MS, RN e RO) produziram 6 mil resenhas de livros. A cada obra lida e resenhada, eles reduzem quatro dias da pena.

PENSANDO BEM...
...permanecendo preso, Eduardo Cunha ao menos não vai apanhar de senhoras indignadas no aeroporto.
Herculano
16/02/2017 07:21
POS-VERDADE E LAVA JATO, po Carlos Fernando dos Sanos Lima, procurador regional da República, é mestre em direito pela Universidade Cornell (EUA) e membro da força-tarefa da Operação Lava Jato, no jornal Folha de S. Paulo

"Pós-verdade" foi escolhida pelos Dicionários Oxford como a palavra mais significativa de 2016. Creio ser o resultado merecido, pois nunca na história houve a disseminação de deturpações conscientes dos fatos em favor de crenças pessoais quanto nos últimos dois anos. Não se trata de um fenômeno restrito às redes sociais, mas que se espalha por toda a sociedade.

Poderia parecer inútil, portanto, diante disso e dos interesses e paixões políticos que envolvem a Operação Lava Jato, que se tente uma abordagem racional para informar a população sobre os fatos desvelados pelas investigações.

Todavia, enfrentar esses interesses e paixões é imperativo. Informar claramente os resultados é um dos pilares de sustentação da operação. A luz solar não é só o melhor desinfetante contra a corrupção -o é também contra a manipulação da informação.

Dentre as pós-verdades que se procura impingir à população, uma das mais rasteiras é que a Lava Jato procura criminalizar a atividade política. A verdade é bem diferente -as investigações apontam que o sistema político brasileiro utiliza-se, isso sim, de meios criminosos, como a corrupção e a lavagem de dinheiro, para o financiamento de onerosas estruturas partidárias e caras campanhas eleitorais.

Assim, não se está querendo tratar a política como crime, mas revelar que certas atividades são, pura e simplesmente, crimes.

Há corrupção toda vez que um político ou funcionário de um partido prometem algum benefício público em troca de dinheiro, pouco importa a forma pela qual esse pagamento se dará. O uso de transações aparentemente legais é apenas o disfarce com que se pretende ocultar as reais motivações.

A conclusão, portanto, é que qualquer pagamento em troca de favores e benefícios públicos, seja através de doações contabilizadas, seja por meio de operações ocultas e disfarçadas, é corrupção.

Pensar de outro modo seria isentar o criminoso "toma lá, dá cá" que se instaura nas mais diversas esferas de governo e entre partidos políticos de esquerda e direita, o que acarreta desvios de dinheiro público como os descobertos na Petrobras.
Melhor seria então que deixássemos os pudores e essas doações viessem carimbadas com sua destinação. Assim teríamos, por exemplo: "esta doação eleitoral é para compensar a boa vontade do ministro Fulano de Tal em nos liberar a verba prevista em contrato superfaturado com o governo".

Obviamente, há muito o que mudar no país. Não basta todo o esforço feito até agora nas investigações da Lava Jato, pois a classe política resiste em entender esse novo cenário.

Pensando em mudanças, o Ministério Público Federal ofereceu suporte a uma iniciativa popular conhecida como "10 Medidas contra a Corrupção", que transformaria o panorama da impunidade.

Infelizmente, mesmo diante do apoio de mais de 2 milhões de pessoas, do convite sincero de se discutir honestamente as medidas apresentadas, sempre na esperança de seu aperfeiçoamento, a maioria dos deputados federais preferiu jogá-las por terra em retaliação às investigações.

Contudo, não devemos desistir - nem a força-tarefa da Lava Jato nem a população brasileira. As medidas elaboradas no projeto devem ser acompanhadas de reformas políticas com objetos claros.

Alguns pontos são básicos: tornar as campanhas mais baratas e as decisões públicas mais transparentes, determinar que obras públicas sejam precedidas de exaustivos estudos e projetos, eliminar regulamentos que só existem para criar dificuldades.

Dessa forma, cabe a cada um de nós combater o bom combate, ir além do nosso cotidiano, do cumprimento de nossas obrigações diárias. Neste momento histórico, isso significa lutar por um país melhor, da forma que pudermos -em casa com nossos familiares, nas escolas, nos escritórios, nas fábricas e também nas praças, derrubando mentiras e impondo mudanças.

Só assim escaparemos dos seguidos ciclos de fracassos econômicos e sociais que a corrupção nos impõe.
Titica
15/02/2017 21:42
Senhor Herculano

Ta uma lástima a situação aqui no Gasparinho, além de vazamentos de água no bairro há mais de uma semana tem mais 4 buracos no asfalto. Será que ta faltando mão de obra ou planejamento? É o homem parece entender só de leis.
Ilhota Daninha
15/02/2017 20:42
Herculano,
Prefeito de Ilhota que falava muito em transparência, mandou vários projetos de leis para a Câmara de Vereadores em caráter de urgência, mas alguns vereadores não tiveram acesso ao conteúdo dos projetos, que já tinham dado entrada na mesa diretora da Câmara. O prefeito já conta com a vitória, porque tem a maioria de vereadores na mão. O prefeito queria cortar a bolsa de estudos de 50% para servidores temporários. Para o prefeito, educação é gasto e não investimento!
Herculano
15/02/2017 20:29
ECONOMIA? MAIS COMISSIONADOS EM GASPAR

ELIZABETH OTTIQUIR para o Cargo de Assessora Administrativo de Controle na Secretaria Municipal de Administração; CLAUDIO ROBERTO ÁVILA, para o cargo de Diretor de Esportes,na Fundação Municipal de Esportes, Turismo, Cultura e Lazer; GELASIO VALMOR MULLER, para o cargo de Diretor de serviços Urbanos, da Secretaria Municipal de Obras e Serviços Urbanos; MARI JANETE VOIGT PAIM DA SILVA, para o cargo de Diretora do Departamento Pessoal, na Secretaria Municipal de Administração e Gestão.

Na área de Educação, a dança foi geral nas funções de confiança. Um chororô. Uma pena. Quem é culpado? Os professores e o sindicato. Eles se alinham ao apadrinhamento político e não à meritocracia e produtividade. Enquanto for assim, quando se troca o rei, os competentes serão os primeiros a terem a cabeça cortada e os bobos e oportunistas da corte, os privilegiados no tempo do novo poder de plantão. E quem perde? As crianças, os jovens, os alunos, os estudantes, os professores, os educadores, a educação.

Uma curiosidade dos ajeitômetros. A portaria 5.149 resolveu remover, por permuta com a servidora Jane Zanini, a partir de 07 de fevereiro de 2017, o servidor RENATO CESAR ZIMMERMANN [ex-presidente da Fundação de Esportes],ocupante do cargo efetivo de Professor de Educação Física DOC IV - 8, lotado com 40 horas semanais, sendo 30 horas semanais na E.E.B. Norma Mônica Sabel, e 10 horas na E.E.B. Aninha P.Rosa, ficando com 40 horas na E.E.B. Norma Mônica Sabel.
Herculano
15/02/2017 20:25
JUNTO COM CUNHA, STF MANTÉM PRESA A RESPIRAÇÃO DOS PODEROSOS, por Josias de Souza

Por um placar de 8 a 1, o Supremo Tribunal Federal manteve Eduardo Cunha na cadeia. Ao negar o pedido de liberdade ao ex-presidente da Câmara, a Suprema Corte manteve presa também a respiração de alguns dos mais poderosos políticos da República. O ex-amigos de Cunha tornaram-se prisioneiros do medo.

A liberdade funcionaria para Cunha como um fabuloso antidepressivo. Atrás das grades, o personagem continuará trocando o sono por divagações noturnas sobre o seu futuro penal. A qualquer momento, pode concluir que a delação também funciona como um barbitúrico. Passaria a dormir bem. E seus ex-companheiros é que teriam pesadelos.

Quanto mais longeva for a cana, maior será o risco de Cunha tornar-se um delator. Ele já usufrui das facilidades da hospedaria carcerária de Curitiba há três meses e 26 dias. Na semana passada, ao negar um pedido de habeas corpus formulado pela defesa de Cunha, Sergio Moro enfiou dentro do seu despacho uma recordação curiosa.

Moro recordou que, no curso do processo, Cunha arrolou Michel Temer com sua testemunha de defesa. O juiz da Lava Jato lembrou que teve de vetar algumas das perguntas que o ex-deputado dirigira ao presidente. Eram itens "absolutamente estranhos ao objeto da ação penal", escreveu Moro. "Tinham por motivo óbvio constranger o Exmo. Sr. Presidente da República e provavelmente buscavam com isso provocar alguma espécie intervenção indevida da parte dele em favor do preso."

São claros os propósitos das palavras incluídas por Moro no despacho em que manteve Cunha preso. O juiz quis sinalizar que não está alheio aos movimentos da turma do torniquete, que trabalha para "estancar a sangria". Ao manter a situação inalterada, o Supremo como que desafiou involuntariamente a resistência do preso.

Eduardo Cunha é um outro nome para frieza. Mas o que está em jogo é a sua capacidade de sopesar custos e benefícios, não o seu poder de resistência. O ex-deputado pode concluir que a delação é um bom negócio. E se há algo que seus ex-amigos não ignoram, é que Cunha entende de negócios como poucos. Daí a respiração presa.
Herculano
15/02/2017 20:23
PARA OS AMIGOS, TUDO; E NADA, por Carlos Brickmann

Convenhamos: a opinião pública já se cansou do vaivém dos políticos que tentam escapar da Lava Jato. Se avisarem no Congresso que o Japonês da Federal apareceu para uma visita de cortesia, quantos parlamentares o esperarão tranquilamente no gabinete? Como se sentirá um eleitor que participou das manifestações contra Dilma ao saber que a Comissão de Constituição e Justiça, que ouvirá o escolhido para o Supremo, tem dez de seus 13 integrantes respondendo a processo no mesmo tribunal cujo novo ministro estão contribuindo para escolher - e todos loucos para afogar a Lava Jato? Como se sentirá este eleitor que marchou contra Dilma sabendo que o líder do Governo no Congresso enfrenta os mesmos problemas jurídicos da líder do PT, Gleisi Hoffmann? Lembrando que Renan lidera a maior bancada do Senado - bancada que já foi de Lula e de Dilma e hoje é Temer desde criancinha? Consciente de que quem é bem tratado pelo Governo, hoje, foi bem tratado pelo Governo Dilma, de quem era íntimo? É um pessoal coerente: está sempre ao lado do governo. Se o Governo muda, mantém-se a seu lado.

Uma boa hora para protestar é agora, quando ficou claro que amigo é amigo e a lei é para os outros. Mais: Lula deve depor nesta sexta, acusado de obstruir as investigações da Lava Jato. Está sendo organizada uma grande manifestação popular, em todo o país. Não nesse domingo, nem no próximo, que é Carnaval. Mas daqui a 40 dias, no final de março.

Tremei, corruptos!

QUEM É QUEM?

A Associação Nacional dos Delegados da Polícia Federal pede ao presidente Michel Temer a substituição do seu diretor-geral, delegado Leandro Daiello. A Associação culpa Daiello pela saída de delegados que integravam a Lava Jato desde o começo e diz estar temerosa de que as investigações sejam prejudicadas. OK, mas quem é que comandou a Polícia Federal desde o início da Lava Jato? Bingo: o próprio Leandro Daiello.

Se ele apresentou bom trabalho, o que parece inegável, como é que de repente sua permanência poderia afetar as investigações? O curioso é que esta é a primeira vez na história da PF que os delegados pedem a substituição de seu chefe - e exatamente quando a PF desfruta do maior prestígio entre a população.

COMO É MESMO?

Parece brincadeira: no Espírito Santo, com a volta ao trabalho de pouco menos de dois mil dos policiais militares rebelados, tanto o Governo Federal como o capixaba se apressam em proclamar a "volta à normalidade". Suas Excelências que nos perdoem, mas a normalidade estará de volta só quando os amotinados forem identificados e julgados por motim - e julgar meia dúzia, achando que isso servirá de exemplo, a todos não vale. Servidores públicos armados não fazem greve nem desobedecem ao comando.

Não se pode admitir que deem exemplo para outras PMs, nem que tenham o poder de decidir quando irão obedecer. Este colunista acha que o policial militar ganha pouco e não tem proteção nem reconhecimento adequados. Mas motim, isso não pode.

OS DONOS DO PODER

O primeiro efeito da leniência com o motim já tem data para ocorrer: na sexta, policiais capixabas fazem assembleia para decidir sobre greve geral.

O TEMPO PASSA

O jogo entre Flamengo e Botafogo, no Estádio Nilton Santos, antigo Estádio João Havelange, ou Engenhão, exigia segurança redobrada: era dia de sol, com 13 blocos carnavalescos nas ruas do Rio e 25 mil ingressos vendidos antecipadamente. Mas foi, ao contrário, policiado por um número reduzido de homens. Motivo: querendo seguir o exemplo capixaba, policiais militares fluminenses se esconderam atrás da saia de suas esposas, que fingiam impedir que saíssem dos quartéis. Morreu um torcedor do Botafogo na briga de torcidas.

Foi a crônica da morte anunciada. Até quando?

QUESTÃO DE SONHOS 1

Num momento em que suas relações com os Estados Unidos estão em baixa, qual a saída do México para manter em dia seu comércio exterior? A professora Raquel León, professora da Universidade Autônoma de Puebla, propôs em Brasília a intensificação do relacionamento econômico entre México e América do Sul. A ideia é ótima e será boa para mexicanos, brasileiros, e sul-americanos em geral; mas não substituirá as trocas do México com os Estados Unidos.

Hoje, o comércio do México com o Brasil atinge US$ 9,2 bilhões. Com os EUA, chega a US$ 550 bilhões por ano.

QUESTÃO DE SONHOS 2

O comércio exterior brasileiro, no total, com o mundo todo, não alcança os US$ 200 bilhões por ano. Comerciar mais com o México é ótimo, mas o Brasil, ao menos por enquanto, não tem condições de substituir os Estados Unidos como seu parceiro preferencial. É por isso que Trump se sente à vontade e é até grosseiro para tentar obter mais vantagens dos mexicanos.
Herculano
15/02/2017 19:58
FICOU

Francisco Solano Pereira acabou de se aposentar como Motorista da prefeitura, mas ficou. O decreto 7362, de 13 de fevereiro diz que ele "fica nomeado, a partir de 02 de fevereiro de 2017, para o exercício de cargo em comissão de Diretor de Manutenção, lotada na Secretaria Municipal de Obras e Serviço
leo
15/02/2017 19:56
DESESPERO CADA VEZ MAIOR.EX CANDIDATO A PREFEITO DE GASPAR MARCELO BRICK.FOI COM O SEU AMIGO,VÁRIAS VEZES A FLORIPA,FALAR COM O LÍDER DO PSD GELSON MERISIO E MILTON HOBUS. ATRÁS DE UMA TETA NA ADR[ANTIGA SDR] DE BLUMENAU QUE TINHA PROMETIDO A VAGA DE GERENTE REGIONAL DO IPREV SC . MAIS O PMDB FOI MAIS RÁPIDO COM A AJUDA DO DEPUTADO ESTADUAL ALDO.E INDICOU O EX PREFEITO DE POMERODE ROLF NICOLODÉLLI .QUE JÁ ASSUMIU O CARGO DE GERENTE REGIONAL DO IPREV SC.COM O EX CANDIDATO AGORA O BRASIL TEM 12 MILHÕES E UM DESEMPREGADOS.
Herculano
15/02/2017 19:54
NA MARRA

Bianca Darli Menestrina, acaba de ser nomeada procuradora efetiva na Procuradoria Geral do Município. Ela se classificou em 5º lugar no concurso 01/2014, ou seja, administração de Pedro Celso Zuchi e não foi chamada.

Ela precisou ir a Justiça para ser efetivada. A decisão liminar - ou seja, cabe recursos - foi recebida no dia 25 de janeiro de 2017 pela prefeitura. Ela foi, proferida pelo juízo da 2ª Vara Cível da Comarca de Gaspar. O no Mandadode Segurança registrado sob o nº 0303683-92.2016.8.24.0025,
Herculano
15/02/2017 19:48
A DANÇA DOS NÚMEROS

Algumas áreas na prefeitura de Gaspar estão sem recursos. E pela segunda fez que o prefeito Kleber Edson Wan Dal, PMDB,faz decretos para suplementar saldos das dotações orçamentárias no atual Orçamento.
Herculano
15/02/2017 19:34
ILHOTA EM CHAMAS

A ex-vereadora Alyne Cristina Debrassi da Silva, que trocou o PSD pelo PPS, funcionária como agente administrativa concursada na prefeitura, acaba de ser liberada. Ela vai trabalhar na Câmara de Blumenau.

Ela não se elegeu. Estava na coligação que elegeu o prefeito Érico de Oliveira, PMDB.Mas, o ex-prefeito Ademar Felisky, PMDB, influiu para Alyne não ter destaque na atual administração.Ai...
Luiz
15/02/2017 16:52
Não é possível, conheço petista ferrenhos que se sentem traídos por este molusco cachaceiro e ladrão, q dizem jamais votariam nele, aqui todos conhecem alguns também com este sentimento...., ou estão nos fazendo de bobo.
Esta pesquisa só podem ter sido feita dentro dos diretórios do PT. Impossível ser diferente. Tem também os idiotas como diz o amigo ai embaixo.
Mas será q são tantos assim ou então vivemos num pais de idiotas....
Herculano
15/02/2017 16:36
QUEM RESPIROU ALIVIADO NA SEGUNDA, COMEÇOU A SE COÇAR HOJE. O MINISTRO CELSO DE MELLO ADMITE ENCAMINHAR AO PLENÁRIO DO STF O CASO DE MOREIRA FRANCO

Conteúdo do jornal O Estado de S. Paulo. Texto de Breno Pires e Rafael Moraes Moura, da sucursal de Brasília. Um dia tomar uma decisão que manteve Moreira Franco (PMDB) no cargo de ministro da Secretaria-Geral da Presidência da República, o ministro Celso de Mello, do Supremo Tribunal Federal, afirmou que levará a discussão para o plenário da Corte, se houver recurso dos autores dos mandados de segurança contra a nomeação do peemedebista ?" os partidos PSOL e Rede Sustentabilidade. O PSOL já afirmou que irá recorrer da decisão.

Nesta segunda-feira, 14, Celso de Mello, relator do caso, indeferiu os pedidos dos partidos, que argumentavam que a nomeação - feita quatro dias após a homologação das delações da Odebrecht - teria o propósito de impedir a investigação contra o ministro na primeira instância.

Moreira Franco é citado em delações da Odebrecht com a alcunha de "Angorá" na planilha da empreiteira. A delação de Cláudio Melo Filho, ex-diretor de relações institucionais da Odebrecht, traz 30 menções ao peemedebista. Com a nomeação, Moreira Franco passa a ter foro privilegiado, ou seja, só poderá ser processado pelo Supremo Tribuno Federal.

"Se tiver recurso, vai para o plenário", disse o ministro Celso de Mello. Ele explicou também que, sem recurso, "não há necessidade de submeter ao referendo do plenário, tratando-se de liminar concedida ou denegada em mandado de segurança".

"Estou aguardando o decurso do prazo para eventual recurso, que poderá ser interposto, e vou dar o normal prosseguimento, adotando as medidas processuais necessárias inclusive com citação do litisconsorte passivo necessário, que é o ministro de Estado. A presença dele processualmente é necessária para que a decisão do Supremo, qualquer que ela seja, tenha plena eficácia. Finalmente ouvirei como fiscal da lei o chefe do Ministério Público, o Procurador Geral da República, e portanto a tramitação será normal como é a de qualquer mandado de segurança", disse o ministro.
Herculano
15/02/2017 16:29
O PAÍS DOS POLÍTICOS BANDIDOS QUE ELEGEMOS E PAGAMOS COM OS NOSSOS PESADOS IMPOSTOS, ELES SE PROTEGEM PARA NÃO SEREM ALCANÇADOS PELA JUSTIÇA E AINDA NOS GOVERNAREM, VERGONHOSO. A PASSIVIDADE DO POVO TAMBÉM

LÍDER DO GOVERNO, ROMERO JUCÁ, PMDB, ARTICULA PEC QUE BLINDA LINHA SUCESSORIA DO PRESIDENTE DA REPÚBLICA DE PUNIÇÕES DA LAVA JATO

Conteúdo do Infomoney. Caso a medida seja aprovada, os parlamentares terão oferecido imunidade temporária aos presidentes da Câmara dos Deputados e do Senado Federal, Rodrigo Maia e Eunício Oliveira.

O presidente do PMDB e líder do governo no Congresso, senador Romero Jucá (RR), começou a coletar assinaturas de parlamentares para a tramitação de uma PEC (Proposta de Emenda à Constituição) que visa proteger ocupantes de cargos da linha sucessória de sanções referentes a atos anteriores ao exercício da função. As informações são do jornal O Globo.

O texto visa aclarar a previsão constitucional que diz que o presidente da República não pode responder por fatos anteriores ao mandato. Tal vedação será usada pela defesa do presidente Michel Temer no julgamento da cassação da chapa composta com Dilma Rousseff no Tribunal Superior Eleitoral.

Caso a medida seja aprovada, os parlamentares terão oferecido imunidade aos presidentes da Câmara dos Deputados e do Senado Federal, Rodrigo Maia (DEM-RJ) e Eunício Oliveira (PMDB-CE), que não poderiam, por exemplo, ser investigados por suposto recolhimento de propina, pela operação Lava Jato.

É possível que a PEC tramite em regime de urgência, tendo em vista a ampla maioria da base do governo.
Herculano
15/02/2017 16:20
A PESQUISA MOSTRA CLARAMENTE QUE 70% DOS BRASILEIROS NÃO TEM NOMES A PRESIDENTE NO ANO QUE VEM.

ENTÃO A IMPRENSA FAZ MANCHETE EQUIVOCADA. USA APENAS UM UNIVERSO 30% COMO SE ELE FOSSE O TOTAL.

ESTE FENOMENO AMOSTRAL DÁ MARGEM PARA O SURGIMENTO NA ÚLTIMA HORA DE NOVOS NOMES SURPREENDENDO COMO O QUE ACONTECEU NAS ELEIÇÕES MUNICIPAIS DE OUTUBRO PASSADO

LULA LIDERA COM 30,5%% DOS VOTOS EM EVENTUAL DISPUTA EM 2018, DIZ PESQUISA.

Conteúdo do jornal O Estado de S. Paulo.Texto de Erich Decat, da sucursal de Brasília.Se as eleições presidenciais fossem hoje, o ex-presidente Lula venceria a disputa com os demais adversários, segundo pesquisa CNT/MDA divulgada nesta quarta-feira pela Confederação Nacional dos Transportes (CNT).

De acordo com o levantamento, Lula apresenta hoje 30,5% das intenções de votos contra 11,8% de Marina Silva; 11,3% do deputado Jair Bolsonaro (PSC-RJ).

O senador Aécio Neves (PSDB-MG) aparece apenas em quarto colocado, com 10,1%. Ciro Gomes (PDT-CE) tem 5% e o presidente Michel Temer conta com 3,7%.
A soma de branco/nulo ou indecisos chega a 27,6%. Esses valores têm como base a consulta de intenção de voto estimulada, quando os nomes dos candidatos são apresentados aos entrevistados.

No cenário de consulta espontânea, quando não é apresentado nenhum nome aos entrevistados, Lula também lidera com 16,6% as intenções. Neste caso, Bolsonaro aparece em segundo com 6,5% e Aécio Neves em terceiro, com 2,2%. A soma de branco/nulo ou indecisos chega, contudo, a 67,8%.

Favorito. "O presidente Lula ganha hoje em todos os cenários. Se as eleições fossem hoje, facilmente seria eleito como presidente da República. Há também um crescimento bastante significativo do Jair Bolsonaro, que mostra esse nicho de pessoas que pensam de forma diferente da média", afirmou o presidente da CNT, Clésio de Andrade.

Na avaliação dele, também pesa a favor de Lula o fato de a pesquisa ter sido realizada após a morte da ex-primeira-dama Marisa Letícia. "Não tem dúvida. Estamos chegando à conclusão de que todos os aspectos pesaram. O passionalismo, a comoção e provavelmente alguma coisa de saudade dos bons tempos do Lula", considerou.
A pesquisa foi realizada entre os dias 8 a 11 de fevereiro. Foram ouvidas 2.002 pessoas, em 138 municípios de 25 unidades federativas, das cinco regiões. A margem de erro é de 2,2 pontos percentuais com 95% de nível de confiança.
Herculano
15/02/2017 16:07
CABRAL NÃO COME COMIDA DA PRISÃO, RECEBE JORNAL E FICA SOLTO

Conteúdo do Congresso em Foco. Texto de Gabriel Pontes.Em entrevista à rádio BandNews FM, detento que ficou preso na mesma ala que o ex-governador relata regalias de Cabral e seus companheiros de cela. Secretaria de Administração Penitenciária diz que informação não procede

Após ficar preso na mesma ala do ex-governador do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral (PMDB), um presidiário denunciou as regalias recebidas pelo político dentro do presídio. Em entrevista à rádio BandNews FM, o ex-detento ?" liberado nesta semana, por ser um crime de baixa periculosidade ?" contou detalhes da rotina do ex-governador. Segundo o relato, Cabral o come comida da prisão, recebe jornal diariamente e só fica dentro de sua cela quando os outros detentos estão em banho de sol. O restante do dia, fica solto.

A rotina de luxo para um penitenciário é uma realidade não só para Cabral, como para aliados do ex-governador também presos em Bangu 8. Mesmo com as regalias, o ex-detento conta que o ex-governador está muito abatido, mas é sempre educado e solícito com os companheiros.

Em sua cela, que Cabral divide com mais três pessoas, ele tem um colchão diferente dos usados pelos outros detentos, além de ventilador e um cooler ?" abastecido diariamente com dois sacos de gelo. Ao contrário dos demais, o ex-governador não usa o uniforme da Secretaria de Administração Penitenciária (Seap), mas apenas uma blusa branca e a calça da Seap, diz o relato.

As refeições de Cabral são diferentes, segundo a fonte da BandNews FM. Os pratos são preparados especialmente para ele. "Via strogonoff, picanha, feijoada. Mas, churrasco e festinha não tem", conta o ex-detento. Por isso, as quentinhas da Seap que seriam de Cabral são jogadas fora.

O rapaz que contou os detalhes da vida de Cabral em Bangu 8 diz que ficava a cerca de dois metros de distância da cela do ex-governador. Conta, ainda, que tinha pouco contato com Cabral e falava com ele apenas para pedir o jornal emprestado.

A Secretaria de Administração Penitenciária nega veementemente o relato: "A informação não procede", diz em nota. Segundo a Seap, "a unidade prisional vem sendo fiscalizada constantemente pelo Ministério Público e Vara de Execuções Penais, que não constataram tais mordomias citadas".

Sérgio Cabral está preso desde novembro, quando foi deflagrada a Operação Calicute, também desdobrada da Lava Jato. Na segunda-feira (13), ele passou mal e foi levado à Unidade de Pronto Atendimento (UPA) do complexo penitenciário. Após a realização de exames, ele foi liberado e passa bem.
Ana Amélia que não é Lemos
15/02/2017 16:04
Sr. Herculano:

Michel Temer está fazendo um bom governo, pena que o brasileito é mal informado. Temos de última hora uma boa noticia do governo dele, que é o aumento da cota de milho para o Nordeste de 140 milhões para 200 milhões.
Pergunte quantos sabem disso? Pergunte qual é o indice de inflação, taxa Selic ou cotação do dolar atua? E pergunte quanto estava no tempo da era do PT? E mais, a Petrobras se valorizando na Bolsas de Valores. Um Governo de 5 meses que pega um pais de terra arrasada vão querer o quê?

PT e PMBD na briga de foice não sei qual é o pior.
Fico com o PMDB por não ser comunista.
Digite 13, delete
15/02/2017 15:47
Olá, Herculano

Sobre a pesquisa; o que me espanta são estes 39,7% que, ou estão mamando nas tetas do petê ou são completamente idiotas.
Despetralhado
15/02/2017 15:37
Oi, Herculano;

KKKKKKK..., pesquisa inócua!
O santo dos santos Luifináfio estará na jaula em 2.018...
Mariazinha Beata
15/02/2017 15:34
Seu Herculano;

"SOBRAM ASSUNTOS" - às 18:42 hs.

Que chique!!!
Este é o resultado com que o senhor nos brinda gratuitamente com informação de qualidade.
Parabéns!
Bye, bye!
Herculano
15/02/2017 13:17
LULA NA FRENTE. É O QUE DIZ A PESQUISA DA CNT

Lula venceria Aécio por 39,7% a 27,5%, bateria Marina por 38,9% a 27,4% e derrotaria Temer por 42,9% a 19%.
Herculano
15/02/2017 13:12
AVALIAÇÃO POSITIVA DO GOVERNO É DE 10,3%, DIZ CNT/MDA

Conteúdo do jornal O Estado de S. Paulo. Texto de Erich Decat, da sucursal do Brasília.A avaliação positiva do governo Temer apresentou queda nos últimos quatro meses e foi para 10,3%, de acordo com pesquisa CNT/MDA divulgada nesta quarta-feira, 15, pela Confederação Nacional do Transporte (CNT). Levantamento anterior, divulgado em outubro do ano passado, apontava uma avaliação positiva por parte de 14,6% dos entrevistados.

O índice da avaliação negativa do governo também registrou aumento, chegando a 44,1% ante 36,7% registrados no final do ano passado. O número de pessoas que consideram o governo Temer como bom caiu de 12,5% para 9,1%. Apenas 1,2% avaliaram como ótimo. Em outubro de 2016, 2,1% consideravam o governo ótimo.

Por outro lado, os que consideram o governo Temer como ruim subiu de 13,2% para 17,6%. Também teve uma ampliação no índice de pessoas que consideram o governo como péssimo, de 23,5% para 26,5%.

Já para 38,9% dos entrevistados, o governo Temer tem tido uma atuação regular. O índice sobre esse quesito na última pesquisa era de 36,1%.

Em relação à aprovação do desempenho pessoal de Temer, também foi registrada uma queda de 31,7% para 24,4%. Já o número de pessoas que desaprovam o desempenho pessoal de Temer subiu de 51,4% para 62,4%.

A pesquisa foi realizada entre os dias 8 a 11 de fevereiro. Foram ouvidas 2.002 pessoas, em 138 municípios de 25 unidades federativas, das cinco regiões. A margem de erro é de 2,2 pontos percentuais com 95% de nível de confiança.
Herculano
15/02/2017 13:08
OS POLÍTICOS E SEUS PARCEIROS. DIGA-ME COM QUEM ANDAS QUE DIREI QUEM...

Na campanha, o PMDB de Gaspar escondeu o deputado Rogério Peninha Mendonça, PMDB. E por que? Porque ele votou contra a cassação do ex-deputado Eduardo Cunha, pois não via nele nenhum pecado.

Escondeu na cam panha quando havia coleta de votos. Agora, eleitos, os políticos se exibem em fotos e propaganda enganosa. Como no governo do PT de Pedro Celso Zuchi, anúncios, papelinhos, entrevistas sem perguntas e fotos.

Já o deputado Esperidião Amim Helou Filho dispensa apresentação

É um político populista, antigo e carreirista descomprometido com o dinheiro dos eleitores e dos contribuintes que sustenta o político.

Esperidião como relator na Câmara, por duas vezes, foi contra a contrapartida na farra dos ajustes de contas dos estados, irresponsáveis na gestão. Por causa dele, o estado do Rio está à mingua, pois deu esperanças de que a conta do Rio, como de qualquer outro estado, poderia ser paga mais uma vez por todos os brasileiros.

Na semana passada, Amim, votou pela urgência na matéria para livrar os partidos e os políticos da responsabilidade do mau uso do Fundo Partidário, o dinheiro que a sociedade dá para os políticos fazer campanhas e sustentar partidos, ao invés de usá-los em Saúde, Educação, Segurança, obras...

Advogou a responsabilidade do "gestor", ou seja, um laranja, um contador, livrando a cara do político, donos de eternos diretórios provisórios

Fotos reveladoras...
Sidnei Luis Reinert
15/02/2017 12:28
Temer aposta que Lava Jato não atinge Moreira


Edição do Alerta Total ?" www.alertatotal.net
Por Jorge Serrão - serrao@alertatotal.net

O Presidente Michel Temer trabalha com a altíssima possibilidade de que Wellington Moreira Franco não será alvo de inquérito da Lava Jato no foro privilegiado do Supremo Tribunal Federal. A falta de provas objetivas para investigar ou processar Moreira teria sido um dos motivos pelos quais o ministro Celso de Mello manteve a nomeação do "Gato Angorá" (royalties para o falecido Leonel Brizola) no estratégico cargo de ministro da Secretaria-Geral da Presidência.

Nos bastidores da politicagem, circula a certeza de que Moreira não era o elo fundamental de ligação política, para captação de recursos de campanha eleitoral, com o grupo Odebrecht. Embora o nome dele tenha sido citado 30 de vezes na delação premiada de Cláudio Mello Filho, ex-diretor de Relações Institucionais da Odebrecht. Michel Temer aposta que não há provas concretas que incriminem ou desabonem Moreira ?" seu articulador de confiança no plano de aproveitar uma crise brutal para promover o desmonte do Estado brasileiro, gerando privatizações, concessões e parcerias-público-privadas bilionárias.

Até março, o Procurador-Geral da República, Rodrigo Janot, enviará ao STF suas conclusões sobre as 77 delações de dirigentes da Odebrecht. Janot pedirá que seja retirado o sigilo sobre as transações penais da empreiteira. O ministro Edson Fachin é quem decidirá se tudo se tornará público ou não. Janot tem quatro hipóteses de definição: 1) Arquiva denúncias quando não encontrar provas de crime. 2) Pede ao STF que permita a investigação de autoridades com foro privilegiado. 3) Se houver comprovações de crimes de personagens sem foro, Janot pode pedir o fatiamento do processo e a remessa das denúncias à primeira instância da Justiça Federal. 4) Oferecer diretamente denúncia contra denunciados ?" o que não é prática comum do Procurador-Geral.

Temer aposta que Moreira estará livre dos rolos da Lava Jato. O Presidente já teria informações seguras sobre isto. Ele só não tem certeza que a regra valha para outros auxiliares seus. Por isso, já deu o recado que sairá do governo quem virar réu. O governo aposta que a salvação completa de Moreira será anunciada em breve, para alegria dos rentistas e parceiros dos políticos que esperam faturar bilhões nos negócios promovidos pelos peemedebistas, tucanos e afins...
No domingão do ainda distante 26 de março a população é convidada pela organizada movimentomania para novas manifestações de rua. Temer não está preocupado com a força dos atos públicos. O Presidente aposta que sua medida de liberar os saques de contas inativas do FGTS vai surtir efeito favorável a sua imagem ?" que sempre foi tão desgastada quanto a da Dilma (lembram dela?).
Herculano
15/02/2017 11:56
COPEIRO ENTREGA FARRA DE DELCÍDIO DO AMARAL EM JURERÊ, por Maurício Lima, no Radar-on-line, na Veja

Funcionário do deputado publicou série de vídeos com farra pelo litoral catarinense

Como revelou o Radar, o ex-senador petista Delcídio do Amaral tem passado o verão cercado de mordomias. O dolce far niente inclui até passeios de lancha, o que irritou profundamente o juiz Vallisney Oliveira. Delcídio, no entanto, não contava que teria sua vida mansa filmada e divulgada no Facebook.

Isso porque seu copeiro, Rerinha Araújo, registrou toda a excursão do político por Jurerê Internacional, um dos destinos mais caros do país. Os vídeos começam no Ano Novo e prosseguem até o dia 15 de janeiro.

Incluem uma coleção de passeios de lancha, praias paradisíacas e ruas de áreas ricas de Florianópolis. Num deles, Delcídio aparece no barco, de óculos e chapéu
Herculano
15/02/2017 11:52
LULA, A INÊS DE CASTRO BARBUDA: DEPOIS DE MORTA, ELA FOI RAINHA!, por Reinaldo Azevedo, na Veja

E Lula quer ser aquele que foi sem nunca ter sido. É o nosso candidato a Inês de Castro do petismo: aquele que, depois de morto (refiro-me ao projeto do PT), tornou-se ministro. Já chego lá.

É chato ter de ficar repetindo as coisas, mas lá vai. Só os petistas e certa direita xucra sustentam que o Apedeuta estava para o governo Dilma como Moreira Franco está para o de Michel Temer.

O que os diferencia? Tudo! Comparados ambos, cada um em seu tempo, estão em situações diversas. Lula já era formalmente um investigado, o que Moreira Franco não é. Sabe-se, em razão de um vazamento, que foi citado por um delator da Odebrecht.

Lula não exercia cargo nenhum no governo Dilma. Claramente, buscou-se guindá-lo à Casa Civil à época para tirá-lo das garras de Sergio Moro. Mais do que isso: ele era considerado o único com condições, no petismo, de barrar o impeachment. Tanto é assim que montou num hotel o que estava destinado a ser um balcão de favores.

Moreira Franco já era um dos principais interlocutores do presidente Michel Temer, com mais influência do que a esmagadora maioria dos ministros. Na prática, era já um ministro. Não foi um arranjo, improviso.

Agora Inês de Castro

Mas Lula não se conforma, certo? Se Inês, "depois de morta, foi rainha" (pesquisem rapidamente sobre a vida da nobre senhora?), na formulação literalmente imortal de Camões, Lula, depois de apeado do poder, quer ser ministro. Nem que seja simbólico.

Ele formalizou um pedido no Supremo para que o pleno decida se sua nomeação foi ou não legal. E o fez pouco depois de Celso de Mello negar liminar suspendendo a posse de Moreira Franco. Como se sabe, liminar concedida por Gilmar Mendes, em março do ano passado, impediu a posse do ex-presidente na Casa Civil, apontando desvio de função.

Escreve a defesa de Lula no pedido para que a decisão de Mendes seja apreciada pelo pleno: "Verifica-se, portanto, que em situação em tudo e por tudo idêntica à do peticionário não se impôs qualquer óbice para a assunção da função de ministro de Estado por Wellington Moreira Franco".

Só a direita aborrecida e as esquerdas acham que são coisas equivalentes.

Mas por que agora?

Bem, vamos ver. Mendes concedeu a liminar. Antes que um recurso fosse apreciado pelos demais ministros, Dilma foi afastada da Presidência em razão da aceitação, pelo Senado, do processo de impeachment ?" vale dizer: tornou-se ré. E Lula, claro, não chegou a ministro.

Efeito prático?
A defesa do ex-presidente afirma: "Embora a liminar deferida nestes autos já tenha produzido graves ?" e irreversíveis ?" consequências para o Peticionário e para o País, não se pode permitir que um ato jurídico válido, que foi a nomeação do peticionário para o cargo de ministro de Estado, fique com uma mácula indevida".

É evidente que Lula pretende mais do que ser uma simples Inês de Castro barbuda. Caso o Supremo decida reexaminar a questão e na hipótese de a liminar de Mendes ser simbolicamente derrotada, é claro que Lula sairá por aí a se dizer uma vítima.

E quem vai se ocupar do pedido? Bem, a petição teve ser enviada ao próprio Mendes. Suponho que, em algum momento, o ministro vai fazer uma consulta ao plenário a respeito.

Ah, ocorreu-me agora: irá ele reivindicar por algum tempinho ao menos o foro especial por prerrogativa de função?

Isso tudo não passa, como é evidente, de espuma política. Mas Lula é político, não é? Nem sempre é uma atividade em que a lógica e o bom senso se estreitam em defesa da virtude?
Miguel José Teixeira
15/02/2017 09:17
Senhores,

Três, para não perder o hábito:

1) Na bela charge, cabe mais um anagrana: MALA!!!

2) Sobre o título CABRAL É DENUNCIADO EM 184 CRIMES DE LAVAGEM DE DINHEIRO. Some-se 1 + 8 + 4 = 13. . .BINGO!!! PT na cabeça. . .

3) Será que a diferença entre as decisões sobre a pose de lula e a do angorá está no vazamento da gravação??? Bessias, responda por favor.
vlad
15/02/2017 08:55
Pois é... Até hoje não entendi... pra reconhecer que a bandidagem dos políticos é maior do que o Brasil, tem que por a culpa no Lula. Nem assim prendem ele. Concluindo: ou é o mais esperto do planeta ou o mais honesto do Brasil. Quem sabe a resposta?
Herculano
15/02/2017 08:27
ESTA É UMA COLUNA QUE RESPEITA OS POLÍTICOS, MAS NÃO ACREDITA NELES. ATÉ HONESTIDADE É MARKETING. E MARKETING PARA ELES É PROPAGANDA ENGANOSA, É VANTAGEM, OPORTUNISMO. ENTÃO..
Herculano
15/02/2017 08:24
ERA DO PMDB

Os leitores e leitoras desta coluna, sabiam desde novembro, que a vaga do Iprev na AGR de Blumenau e que foi cabide de emprego do agora prefeito Kleber Edson Wan Dall, com vencimento superior a R$ 11 mil por mês, tinha dono: o PMDB. Então só poderia ser indicado no lugar de Kleber, um peemedebista ou um in dicado pelo PMDB.

Foi o que aconteceu mesmo circulando notícias falsas, plantadas por políticos espertos, de que tinham chances de ganhar tal vaga para se sustentar no nada fazer. Ela já estava ocupada.
Herculano
15/02/2017 08:15
ESTADO TERMINAL, editorial do jornal Folha de S. Paulo

Nada há de imprevisível na situação trágica vivida pelo Estado do Rio de Janeiro. O prazo para um desfecho se tornou exíguo, mas o elenco de atores inconsequentes prolonga o drama como se um final feliz fosse possível; não é.

O estado terminal das finanças do governo fluminense resulta de uma década de gestão irresponsável de políticos do PMDB.

A ruína teve início com Sérgio Cabral Filho, que renunciou no final do segundo mandato e hoje se acha preso sob acusação de tomar propinas. Prosseguiu com seu vice, Luiz Fernando Pezão, que agora arca com as consequências do descalabro que coonestou.

Há a cobrir um buraco nas contas do Rio de pelo menos R$ 62,4 bilhões até 2019. Tal é o montante de um acordo firmado em janeiro com o Planalto, em que Pezão se obrigou a cortar gastos, aumentar impostos e contribuições do funcionalismo, além de vender ativos.

Só assim a administração estaria credenciada a retomar empréstimos para pagar os servidores. O Rio se encontra à beira de um motim policial como o que convulsionou o Espírito Santo.

Para que o acordo se efetive, há que votar leis estaduais, como a que autoriza privatizar a Companhia Estadual de Água e Esgoto.

Impõe-se também uma lei complementar federal para que o Estado possa voltar a endividar-se, o que hoje está vedado pela Lei de Responsabilidade Fiscal.

A Assembleia Legislativa fluminense resiste às medidas urgentes de austeridade. Nesta terça-feira (14) o caso Cedae deveria ser votado, mas sofreu novo adiamento. E o projeto de lei do Ministério da Fazenda só deve ser enviado ao Congresso no final desta semana.

Acossado pelas manifestações dos servidores ?"os quais, sofrendo já com o ônus imediato da sucessão de descalabros, têm razão de protestar?", Pezão buscou um atalho: recorreu ao Supremo Tribunal Federal (STF) para antecipar os benefícios do acordo mesmo sem iniciar os sacrifícios.

O ministro Luiz Fux, do Supremo, em lugar de uma liminar, deu aos governos estadual e federal um prazo de 30 dias para que as leis necessárias sejam aprovadas. Todos ainda parecem iludidos com a possibilidade de adiar o inevitável.

Há momentos em que parece impossível uma solução organizada para o caso fluminense. É imperativo, porém, que a saída encontrada não implique concessões que premiem os aventureiros do Rio, menosprezem administrações austeras como a do Espírito Santo e encorajem outros Estados a seguir na trilha da irresponsabilidade.
Herculano
15/02/2017 08:13
O HUMOR QUE FERE MAIS QUE O NOTICIÁRIO E A CRÍTICA CLÁSSICA

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, criou o tal "fake news" (notícia falsa, inventada ou com o único propósito de atingi-lo) para desqualificar jornalistas,noticiários e veículos reconhecidamente qualificados. O crime deles? Perguntar, publicar fatos irrefutáveis. Algo muito conhecido por aqui no Brasil, em Gaspar, Ilhota...

O tiro saiu pela culatra. Foi assim no passado (Ronald Reagan, Bill Clinton, George Busch...). Aprendizado zero.

Os grandes jornais (e cadeias de tevês) não se intimidaram. Ao contrário. Ampliaram as equipes com mais qualificados produtores, editores, repórteres investigativos, além de colunistas mais agudos.

Resultado? Houve um aumento brutal de audiência nos portais pagos de notícias dos jornais, ampliação de audiência das grandes redes de tevês, enquanto o jornal impresso, em queda, algo comum diante da tendência e tecnologia, ela estancada (e será momentânea).

Foi graças ao Washington Post, por exemplo, que ontem, o assessor de segurança anunciou a sua renúncia, depois de Trump, disfarçar e tentar esconder por dias, a conversa e o episódio do encontro com o embaixador russo, antes da posse de Trump e os Estados Unidos tinha ainda outro governo, para tratar de assuntos de governo.

Entretanto, o bombardeio que desnuda as incoerência, as dúvidas, as fragilidades e os radicalismos de Trump nada se compara às críticas irônicas, com risos, disparadas nos programas de humor e que são muitos e de múltiplas tendências e facetas nas tevês, rádios, stand up (teatros) e charges dos impressos dos Estados Unidos.

Ou seja, os políticos não entenderam muito bem que quando procuram e se estabelecem no poder, se estabelecem também ao julgamento público por seus atos, omissões e coisas que fazem, dissimulam e tentam esconder do público.
Herculano
15/02/2017 07:53
A POLÍCIA FEDERAL ESTÁ NAS RUAS PARA PRENDER QUEM DESVIOU RECURSOS NA UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARANÁ
Herculano
15/02/2017 07:48
AO PÉ DA LETRA, por Hélio Schwartsman, para o jornal Folha de S. Paulo

Todos são inocentes até prova em contrário. Esse é um princípio básico do Estado de Direito. Nas tiranias, pessoas são condenadas por vontade e graça do soberano, mas, nas democracias, é preciso que o Estado apresente provas da culpa no âmbito de um processo judicial, no qual a defesa terá várias chances de contra-argumentar.

Essas regras são sagradas, mas apenas na esfera do direito penal. Não é porque todos são inocentes até prova em contrário que você precisa oferecer um cargo de diretor de "compliance" ao suspeito de corrupção ou pedir em casamento a mulher que é acusada de matar seus maridos. Há uma diferença entre as garantias dadas aos réus, que devem ser robustas, e a avaliação moral que se faz de um indivíduo na vida cotidiana, que admite gradações.

Essa diferença parece ter sido esquecida pelo mundo político brasileiro. Temer tenta dar foro privilegiado a um de seus auxiliares mais citados na Lava Jato e agora afirma que conservará todos os ministros citados em delações até que se tornem réus, o que tende a levar mais tempo do que a duração do governo.

No Legislativo, os parlamentares não fazem por menos. Acabaram de eleger como chefes das duas Casas dois congressistas também citados e puseram um terceiro para comandar a poderosa CCJ do Senado.

É claro que todos são inocentes até prova em contrário, mas daí não decorre que gente sobre a qual paira dúvida deva ser galgada a cargos de grande visibilidade e que ainda têm o poder de influir em questões que podem afetar seus próprios casos.

A sensação que fica é a de que os políticos perderam o pudor. Isso é ruim porque a desfaçatez com que agem não compromete apenas sua imagem pessoal, mas a da própria política. E, embora políticos individuais possam merecer rejeição, a política como espaço de resolução de disputas sociais e formação de novos consensos é indispensável.
Herculano
15/02/2017 07:45
TJ-SE PAGOU R$ 326 MIL A MAGISTRADO, EM JANEIRO, por Cláudio Humberto, na coluna que publicou hoje nos jornais brasileiros

A folha de janeiro do Tribunal de Justiça do pobre Estado de Sergipe é reveladora dos "supersalários" investigados pelo Senado. Somente um desembargador recebeu R$ 326.446,21 líquidos, quase cem mil a mais que os R$224.002,66 pagos a uma desembargadora do mesmo tribunal. Os dados são públicos e estão disponíveis no Portal de Transparência do próprio TJ-SE. No total, onze desembargadores receberam entre R$ 117.713,36 e R$ 346.671,52 brutos, em janeiro.

PROCESSO ADMINISTRATIVO
Esses valores incluem "parcelas de indenização de férias não gozadas" e diferença salarial fixada em processo administrativo, informa o TJ-SE.

JUSTIÇA BEM PAGA
Um total de 23 juízes de Entrância Final receberam acima de R$100 mil, na folha de janeiro do Tribunal de Justiça de Sergipe.

FOLHA LOTÉRICA
Os ricos salários do TJ-SE têm uma curiosidade: nem mesmo o mais humilde dos 4.216 servidores recebeu menos de R$10 mil, em janeiro.

GESTÃO ANTERIOR
O TJ-SE informou que os valores foram pagos na gestão do presidente anterior do TJ-SE, do desembargador Luiz Antônio Araújo Mendonça.

OUVIDOR DO TURISMO NÃO APARECE NO TRABALHO
Nomeado para o cargo de Ouvidor do Ministério do Turismo, Ciro Rocha Soares é acusado por servidores de não aparecer. Procurado no local em que deveria dar expediente, sua assessoria não soube informar o paradeiro do Ouvidor. O ministério se limitou a dizer que ele tomou posse há um mês e, onipresente, pode estar nos dois blocos onde funciona a repartição chefiada pelo ministro Marx Beltrão.

BANCA BAIANA
Advogado em Salvador, o complicado ouvidor do Ministério do Turismo foi indicado ao cargo pelo chefe de gabinete do ministro.

SILÊNCIO VALE OURO
No Turismo, o chefe de gabinete Mauricio Nascimento é chamado de "papelzinho": aprecia conversar por meio de anotações em papel.

CANDIDATURA
Deputado federal bem votado em Alagoas, Marx Beltrão planeja disputar uma das vaga de senador, em 2018, pelo PMDB ou PSD.

TÁ FEIA A COISA PARA LULA
Advogados de Lula pediram a "absolvição sumária" de Marisa Letícia no caso da propina materializada no duplex do Guarujá. Eles deveriam saber que a morte do acusado extingue o processo. E que "absolvição sumária", que eles pediram, só acontece com acusado vivo.

LIBERAR VISTOS, NÃO
É ótimo que o governo estude a abertura do mercado de voos domésticos para empresas aéreas estrangeiras, mas liberar vistos para países que nos exigem vistos é falta de dignidade, é uma vergonha.

BAHIA DÁ EXEMPLO
Os adoradores de gastos públicos costumam dizer que é "impossível" reduzir despesas de custeio (água, luz, telefone, insumos etc) no setor público. O governador da Bahia, Rui Costa (PT), provou que não: em dois anos, ele cortou gastos e obteve economia real de R$1,2 bilhão.

NÃO CHOREM POR ELES
Levantamento do Tribunal de Justiça revelou 2.774 presos provisórios no Rio Grande do Norte. Tinha gente presa por furtar guarda-chuvas, desodorante e até travesseiro, mas a maioria é de bandidos genuínos.

GASTOS BILIONÁRIOS
Em 2016, os gastos somados do governo federal com Bolsa Família, cartões corporativos e diárias de servidores totalizam R$ 26,9 bilhões. Foram cinco meses de governo Dilma e sete de governo Temer.

CONDENADOS AO ATRASO
Com a sentença de "vínculo empregatício" de motoristas autônomos ao Uber, aplicativo que utilizam, a Justiça do Trabalho dá razão aos que defendem a sua extinção, por representar a vanguarda do atraso no País. Que se cuidem Avon, Herbalife, Natura, Mary Kay etc etc.

INSS PROMETE AGIR
A presidência do INSS prometeu verificar denúncias de servidores contra petistas ainda agarrados como carrapatos às boquinhas na repartição, e se a postura deles é "adequada" a servidores públicos.

B DE BRASIL
De acordo com a revista Forbes, o Brasil é o mercado emergente "mais quente" do momento, à frente dos outros países BRICs, Rússia, Índia e China. "A recessão acabou, mas não o risco", avisa a publicação.

PENSANDO BEM...
...se prefeito precisa autorização "conselho público" para limpar as pichações, como decidiu um juiz de SP, é melhor nem levantar o muro.
Herculano
15/02/2017 07:38
SERÁ QUE FINALMENTE VÃO PERCEBER QUE VALE A PENA COMBATER A INFLAÇÃO?, por Alexandre Schwartsman, para o jornal Folha de S. Paulo

Nesta semana, as expectativas de inflação para 2017 coletadas pelo BC (Focus) caíram levemente abaixo da meta (4,47% x 4,50%), enquanto as estimativas para 2018 se mantiveram em 4,5%.

Embora seja verdade que o Focus não se prime pela exatidão, isso não deixa de marcar uma mudança importante: a última vez que observamos as expectativas ao redor da meta (para o futuro próximo, de 12 a 18 meses à frente) foi no agora longínquo ano de 2011, não por coincidência imediatamente antes do "cavalo de pau" de Alexandre Pombini, que culminou com a inflação de dois dígitos em 2015.

Fato é que a dinâmica da inflação parece ter se alterado a partir do terceiro trimestre do ano passado. Até então, embora o impacto do reajuste de preços administrados já houvesse, em larga medida, se dissipado, a inflação propriamente dita dava poucos sinais de alívio.

Os chamados "preços livres" ainda aumentavam a um ritmo ao redor de 9% ao ano, enquanto os "núcleos" de inflação (medidas menos sujeitas a efeitos pontuais e temporários) vinham em lenta desaceleração, de um pico de 8,5% no começo de 2016 para 7,5% em setembro.

Posto de outra forma, o comportamento dos preços parecia incongruente com a intensidade da recessão.

A taxa de desemprego àquela altura já havia se elevado de 6,5% em meados de 2014 para quase 12% (já descontadas as flutuações sazonais da série), e o PIB acumulava queda superior a 8% em relação ao primeiro trimestre daquele ano, o pico recente de atividade.

A resistência da inflação levou a muitas conjecturas, da "dominância fiscal" à "inércia inflacionária" de alguma forma incorporada à cultura econômica nacional, passando por apelos à "inflação estrutural de serviços".

Em comum essas teses todas apontavam para a ineficácia da política monetária em lidar com o problema e geralmente desembocavam na recomendação de nada fazer.

Não foi essa minha opinião, como sabem os 18 heróis. Argumentei mais de uma vez que o aparente aumento da inércia inflacionária era a resposta racional a um BC que sistematicamente alongara o período de convergência da inflação à meta e se tornara prisioneiro desse mecanismo.

A conclusão, à época, apontava não apenas para um custo mais alto em termos de atividade para domar a inflação como também que esse cresceria quanto mais se adiasse o combate necessário.

Esse estado de coisas mudou de figura a partir de meados do ano passado.

Por um lado a nova diretoria do BC não se deixou seduzir pelas propostas de, mais uma vez, alongar o prazo de convergência de inflação por meio da adoção de uma "meta ajustada" para 2017. Pelo contrário, agiu para calibrar a política monetária mirando o centro da meta, apesar das pressões para que aliviasse a mão.

Por outro lado, é bom reconhecer, as iniciativas no campo fiscal, ainda que prometendo resultados apenas para prazos mais longos, mudaram a percepção acerca dos riscos de sustentabilidade da dívida, firmando o terreno para a ação da política monetária.

Em outras palavras, a promessa de aperto fiscal abriu a possibilidade para a queda da inflação e, com ela, o afrouxamento monetário, que parece ser o principal, se não único, impulso para o crescimento este ano.

Será que finalmente vão perceber que vale a pena combater a inflação?
Herculano
15/02/2017 07:34
VIRA O DISCO

Quem assistiu ontem a sessão do Senado e ouviu os discursos ou intervenções de Lindeberg Farias e Humberto Costa, ambos do PT, mas Vanessa Grazziotin, PCdoB, pensou que ainda estava-se numa das sessões contra o impeachment de Dilma Vana Rousseff, ou da PEC 55, a que limita os gastos do orçamento público Federal.

Falta-lhe assuntos e causas recentes. O atraso é marca dessa gente.

Herculano
15/02/2017 07:30
MORAES GANHOU CABOS ELEITORAIS TOXICOS NA CCJ, por Josias de Souza.

O melhor amigo de um indicado para vaga no Supremo Tribunal Federal é o desconhecido. A esse o candidato à toga pode amar. Por esse pode ser amado. Deu-se algo diferente com Alexandre de Moraes. Por mal dos pecados, o tucano que Michel Temer escolheu para substituir Teori Zavascki ganhou dois amigos conhecidos, muito conhecidos, conhecidíssimos.

Os multi-investigados Romero Jucá e Renan Calheiros, ambos enrolados na Lava Jato, pegaram em lanças na Comissão de Constituição e Justiça para apressar a aprovação do nome de Moraes. Até senadores governistas criticaram a tentativa da dupla de impor ao processo um ritmo de toque de caixa. E a sabatina de Moraes foi marcada para a próxima terça-feira (21).

Renan, que no ano passado tentara levar a cabeça de Moraes à bandeja, chegou a argumentar que o ex-desafeto já havia sido sabatinado no Senado em 2015, quando foi guindado a uma poltrona de conselheiro do Conselho Nacional de Justiça. "Estamos vendo aqui uma cantilena, uma repetição enfadonha de argumentos", ralhou o senador, líder do PMDB.

Jucá soou ainda mais inusitado ao justificar a pressa. Atribuiu a sofreguidão à conveniência de completar urgentemente a composição do plenário do Supremo, para não prejudicar as investigações da Lava Jato. Esqueceu por um instante da pregação do Planalto segundo a qual o novo ministro não vai interferir nos rumos da Lava Jato.

Não há dúvida de que o nome de Alexandre de Moraes será aprovado pelo Senado. A maioria governista é acachapante. Assim, a solução para o neo-magistrado talvez seja colocar um deserto entre ele e e seus novíssimos amigos de infância. Não voltar a vê-los pode ser uma grande ideia. Não ouvi-los jamais seria uma providência de enorme serventia.
Herculano
15/02/2017 07:26
FLOR DO JARDIM DA RESPONSABILIDADE FISCAL, HARTUNG LANÇOU LUZ SOBRE OS OUTROS, por Elio Gaspari, para o jornal Folha de S. Paulo

Somando-se todos os seus mandatos, Paulo Hartung governou o Espírito Santo por dez anos e trabalhou duro no seu saneamento financeiro. Encarnou o respeito à Lei da Responsabilidade Fiscal e aquilo que chama de "o caminho capixaba". O motim da Polícia Militar do Estado mostra a necessidade da busca de algo impossível, uma lei da responsabilidade social. O prometido paraíso fiscal levou o Espírito Santo a viver dias de inferno social.

Enfrentando o motim da PM, o governo de Hartung seguiu um modelo comum aos governadores que esticam a corda e, quando despertam, pedem socorro às Forças Armadas. Em 2012, num motim muito parecido com o capixaba, o governador Jacques Wagner chamou o Exército. Seis governadores já chamaram a tropa e 22 Unidades da Federação já expulsaram policiais militares e bombeiros.

Parecem grandes defensores da lei e da ordem, mas é tudo teatro. Entre 2011 e agosto passado, o Congresso votou duas anistias para policiais e bombeiros que se meteram em pelo menos 33 greves e motins. Nas duas, o PMDB de Temer e Hartung apoiou as iniciativas (curiosidade: um militar que sofreu uma sanção disciplinar enquanto sua tropa estava mobilizada para conter um motim continua com a ficha suja. O PM foi anistiado).

Noutro motim, o dos bombeiros do Rio, o governador Sérgio Cabral foi o paladino da lei e da ordem. Hoje ele está em Bangu. Pezão, seu vice e herdeiro, também chamou o Exército, depois de detonar a responsabilidade fiscal, a social e, quem sabe, a penal.

Hartung sustenta que não atende as reivindicações da PM pois não tem dinheiro. Algum dia se saberá quanto custou a mobilização da tropa federal de 3.000 homens. A desordem que acompanhou o motim custou dezenas vidas e cerca de R$ 500 milhões à economia. Esse aspecto fiscalista das desordens não é o único.

Nesses motins e na forma como os governos estaduais reagem, há uma irresponsabilidade social, impossível de ser legislada, mas possível de ser percebida. Os governadores não se previnem e, quando o caldo entorna, chamam o Exército. Quando tudo volta ao normal, deixam a anistia passar no escurinho do Congresso.

A doce figura de Milton Campos (1900-1972) governava Minas Gerais quando estourou uma greve provocada por salários atrasados e um de seus secretários anunciou que mandaria um trem com soldados para a área.

"Não seria melhor mandar o trem pagador?", perguntou o governador. Seria um exemplo de tibieza, mas esse adjetivo jamais poderá ser associado ao general Ernesto Geisel. Em 1975, ele enfrentava uma greve de fome de presos políticos por melhores situações carcerárias e dois dos seus generais cuspiam fogo. (Entre os presos estavam dois condenados à prisão perpétua, três sequestradores e um dos terroristas que mataram um marinheiro inglês cujo navio visitava o Rio de Janeiro.) Geisel estudou a situação e informou: "Ceder a uma greve é duro, mas eu prefiro ceder".

Se fosse possível redigir uma lei da responsabilidade social, os governantes seriam punidos quando criassem situações caóticas. Em nome da responsabilidade fiscal, Hartung acha que faz o certo, assim como Michel Temer acredita que deve reformar a Previdência e a legislação trabalhista de acordo com as tabelas de seus sábios. Planilha de excel qualquer um faz. Administrar uma sociedade é bem outra coisa.
Herculano
14/02/2017 18:42
SOBRAM ASSUNTOS

A coluna Olhando a Maré de sexta-feira, exclusiva para a edição impressa do jornal Cruzeiro do Vale, já está pronta. Salvo algum "terremoto", nada muda. Impressionante como os assuntos abundam e se escondem.

Os leitores e leitoras do portal, todavia, só terão acesso a nova coluna inédita na manhã de sábado. É que o portal estará fora do ar por 24 horas a partir da manhã de sexta-feira para a troca de servidores terceirizados.

É que os atuais, não dão conta dos picos de acessos e faz desabar o portal. Sucesso e credibilidade é isso. Há prêmio maior do que ser líder de quem foi pioneiro? Acorda, Gaspar!
Herculano
14/02/2017 18:27
UMA ADVERTÊNCIA AOS EX-PREFEITOS QUE FORÇARAM A BARRA E AOS NOVOS QUE NÃO ENTENDERAM AINDA QUE AS EXIGÊNCIAS SOBRE AS GESTÕES PÚBLICAS ESTÃO MUDANDO.CIRO ROZA CONDENADO POR DESVIO E LAVAGEM DE DINHEIRO

Conteúdo do Jornal de S. Catarina.O ex-prefeito de Brusque Ciro Roza (PSB) foi condenado a seis anos, dois meses e 20 dias de prisão em regime semiaberto por desvio de verbas públicas e lavagem de dinheiro. Segundo a Justiça, os crimes ocorreram em 2007. Tiago Maestri, fornecedor da prefeitura na época, recebeu a mesma sentença. Milton da Silva, ex-assessor de Ciro, foi condenado a três anos, seis meses e 20 dias de reclusão em regime aberto por lavagem de dinheiro.

De acordo com os autos, durante processo licitatório para compra de 4 mil toras para a prefeitura, o ex-prefeito ignorou o parecer da Procuradoria que apontava irregularidades, a recusa da Comissão de Licitação em assinar as atas das sessões e homologou duas licitações. Na primeira, para compra de 2 mil toras, Procuradoria e Comissão apontaram que o edital não especificava as obras onde elas seriam usadas e, na segunda, além de não determinar o uso, ainda citava o pagamento parcelado da despesa.

O único participante dos dois processos foi Tiago Maestri, que recebeu R$ 645 mil em cada um. A investigação mostrou ainda que o volume de material nunca foi entregue e que seria superior as necessidades da prefeitura.

Segundo apontou o promotor da ação, Daniel Westphal Taylor, do valor recebido por Maestri, R$ 500 mil foram repassados ao ex-prefeito Ciro Roza através de uma operação de lavagem de dinheiro feita pelo assessor Milton da Silva.

Contraponto

Paulo Portalete, advogado de Ciro Roza e Milton da Silva, informou que soube da condenação através da imprensa, mas que pretende recorrer da sentença:

- Respeitamos as decisões judiciais, mas há um entendimento de nossa parte que o julgamento é contrário à prova dos autos. Então nós vamos tomar as devidas providências e apelar ferozmente à instância superior.

O advogado de Tiago Maestri, Guilherme de Oliveira Matos, afirmou ontem que ainda não havia sido notificado oficialmente da sentença, mas que também vai recorrer:

- Não concordamos com a decisão de forma alguma e vamos providenciar o competente recurso.
Herculano
14/02/2017 18:14
CELSO DE MELLO MANTÉM MOREIRA FRANCO COMO MINISTRO

Conteúdo da revista Veja. Texto de João Pedroso de Campos. O ministro Celso de Mello, do Supremo Tribunal Federal (STF), decidiu nesta terça-feira manter no cargo o ministro da Secretaria-Geral da Presidência da República, Wellington Moreira Franco.

A decisão do decano do STF se deu no mandado de segurança impetrado pela Rede Sustentabilidade contra a nomeação de Moreira Franco, em que se alegava que houve desvio de finalidade pelo Michel Temer na nomeação do peemedebista à pasta, recriada pelo presidente.

O partido alegava que a indicação serviu para blindar Moreira Franco com foro privilegiado em meio às delações premiadas da Operação Lava Jato. Somente no acordo de colaboração do ex-diretor de Relações Institucionais da empreiteira Odebrecht, Cláudio Melo Filho, o ministro foi citado 34 vezes
Herculano
14/02/2017 18:11
CABRAL É DENUNCIADO EM 184 CRIMES DE LAVAGEM DE DINHEIRO

Conteúdo da revista Veja. Texto de João Pedroso de Campos. O ex-governador do Rio de Janeiro Sérgio Cabral (PMDB), preso na Operação Lava Jato (Vagner Rosário)
Alvo de três ações penais na Justiça Federal, o ex-governador do Rio de Janeiro Sérgio Cabral (PMDB) pode ser colocado pela quarta vez no banco dos réus. O Ministério Público Federal do Rio de Janeiro denunciou ao juiz federal Marcelo Bretas o peemedebista por 184 crimes de lavagem de dinheiro investigados na Operação Eficiência, desdobramento da Lava Jato no Rio.

Além de Cabral, os procuradores acusam outras dez pessoas, incluindo a ex-primeira-dama fluminense Adriana Ancelmo, a quem são atribuídos sete atos de lavagem de dinheiro. Cabral e Adriana estão presos em Bangu 8, no Complexo Penitenciário de Gericinó, Zona Oeste do Rio.

A denúncia do MPF, que classifica Cabral como "chefe de uma organização criminosa", tem como base as delações premiadas dos irmãos Marcelo e Renato Hasson Chebar, doleiros e operadores financeiros do ex-governador no exterior. Em seus acordos de colaboração, os irmãos Chebar listaram operações de lavagem de dinheiro relacionadas ao esquema de corrupção liderado por Sérgio Cabral que somam 357,5 milhões de reais, dos quais 39,7 milhões de reais no Brasil e 317,8 milhões de reais no exterior.

Conforme os investigadores, o dinheiro foi desviado de obras do governo do Rio de Janeiro durante a gestão do ex-governador, entre 2007 e 2014, como a reforma do Maracanã para a Copa do Mundo, a construção do Arco Metropolitano e o PAC das Favelas.

As apurações das operações Calicute e Eficiência apontam que Cabral cobrava 5% de propina sobre os contratos, enquanto assessores próximos, como os ex-secretários estaduais Wilson Carlos e Hudson Braga, cobravam 1%, a título de "taxa de oxigênio".
Roberto Sombrio
14/02/2017 15:12
Oi, Herculano.

O "Belchior do Meio" sugere aqui na coluna que o presidente da autarquia SAMAE, volte a ser vereador. De que adianta se não entende nada como vereador?

O Sidnei Luis Reinert está indignado com as obras da empreiteira IVAI SETEP na BR 470.
Quando li o nome da empresa que venceu a licitação para esse trecho, sabia que seria serviço de índio, basta olhar os cortes das encostas que estão desmoronando.

Esse é o Brasil criado pelos políticos. Tudo feito nas "coxas".
Sidnei Luis Reinert
14/02/2017 14:38
Temer só quer ganhar tempo contra a Lava Jato


Edição do Alerta Total ?" www.alertatotal.net
Por Jorge Serrão - serrao@alertatotal.net

Todo mundo entendeu a malandragem do Michel Temer. O Presidente prometeu botar para fora do governo qualquer ministro que se tornar réu no Supremo Tribunal Federal, especificamente por denúncias na Lava Jato. O probleminha concreto é: demora muito demais da conta para que alguém atinja tal "status" de processado no STF. Por isso, a temerária ação midiática de Temer serve apenas para ganhar tempo. Ele não abandonará os ministros estratégicos para os negócios do PMDB, embora seu discurso indique o contrário. Tudo é jogo de cena.

Temer apenas experimentou ontem uma estratégia de comunicação mais ofensiva ?" certamente inspirada no estilo Donald Trump de mandar recados diretos ao eleitorado. Publicamente, Temer seguirá defendendo a continuidade da Lava Jato. Nos bastidores, seus parceiros que são alvos do judiciário, agirão no sentido contrário, fazendo o impossível para sabotar e queimar o filme de juízes como Sérgio Moro e Marcelo Bretas, junto com críticas ácidas à atuação da Força Tarefa comandada por Deltan Dallagnol (apontado como potencial candidato ao Senado pelo Paraná na próxima eleição).

A malandragem é evidente. Em palestra na Caixa, o poderoso ministro Eliseu Padilha deixou bem clara qual a estratégia de sobrevivência do governo Temer: "Nosso objetivo era chegar aos 88% de apoio no Congresso. Não há na história do Brasil um governo que tenha conseguido 88% do Congresso. Isso Vargas não teve, JK não teve, FHC não teve, Lula não teve, só nós que conseguimos". Tal "objetivo" só é alcançado de um jeito: pela via do toma lá da cá. O velho esquema mensaleiro e fisiológico do "é dando que se recebe" vigora com toda força na Era Temer.

Nesse meio do caminho, "gênios" da articulação de politicagem, como o maranhense Edson Lobão (presidente da Comissão de Constituição e Justiça do Senado), deixam claro que o plano é aliviar a barra dos aliados com problemas e alcançáveis pela Lava Jato e afins. Embora o presidente do Senado, Eunício de Oliveira, negue tal intenção, Lobão lutará pela anistia ao crime de Caixa 2 de campanha. A tese do Lobão é de envergonhar a Vovozinha: "Todo ano, o presidente anistia alguns presos por conta disso ou daquilo. Houve a lei da anistia durante o regime militar. Resta saber se anistia tal ou qual é conveniente. Vou aguardar que a Câmara decida lá, quando vier para cá nós avaliaremos (...) É constitucional a figura da anistia, qualquer que ela seja".

A turma de Michel Temer só quer ganhar tempo contra a Lava Jato. Nesta terça-feira à tarde, o ministro Celso de Mello, decano do Supremo Tribunal Federal, soltará sua decisão sobre Moreira Franco. O Gato Angorá (apelido dado originalmente pelo falecido Leonel Brizola, e não pelo setor de corrupção da Odebrecht) saberá se terá ou não foro privilegiado no cargo de ministro da Secretaria Geral da Presidência da República. Moreira é citado 30 vezes na delação premiada de Cláudio Melo Filho, ex-diretor de Relações Institucionais da Odebrecht.

Tudo indica que Moreira continuará ministro, até a hora que for formalmente investigado ou denunciado.
Sidnei Luis Reinert
14/02/2017 14:35
Herculano,

o Gilberto quer uma notícia para a capa de sexta? Venha ao Belchior na ponte da BR 470 que passa sobre o ribeirão Belchior. A empresa que está duplicando a BR 470 está construindo um pilar de sustentação DA PONTE QUE SERÁ CONSTRUÍDA AO LADO, no meio do Ribeirão Belchior e a população está indignada.

Com intermináveis aterros feitos na gestão PTralha e agora com o ribeirão sendo mais represado ainda, uma boa chuva de 100mm naquela bacia, fará o Belchior Central virar uma lagoa só!

QUANDO A BR 470 FOI CONSTRUÍDA EM 1980, O EXÉRCITO FEZ UMA PONTE COM VÃO DE 40 METROS. 40 ANOS DEPOIS COM TANTA TECNOLOGIA DESENVOLVIDA, QUEREM FERRAR COM A VIDA DA POPULAÇÃO COM GAMBIARAS DAQUELE TIPO.
Belchior do Meio
14/02/2017 14:14
Sr. Herculano:

TRAPICHE ..."secretário não é do ramo e não domina a equipe técnica", me lembrei do SAMAE.
Ficamos sem água sábado, domingo e 2ºfeira.
Hoje novamente...
Se o presidente da autarquia não presta pra nada, porque não fica vereador?
Herculano
14/02/2017 11:58
AI TEM. OFICIALMENTE, NO PORTAL TRANSPARÊNCIA DA CÂMARA O EX-PREFEITO DE GASPAR PEDRO CELSO ZUCHI, PT, AINDA NÃO APARECE NA LISTA DE ASSESSORES DO SEU GABINETE COMO ELE INFORMOU À IMPRENSA AMIGA DE LÁ.

Esta é a lista de assessores disponível nesta manhã, de terça-feira, dia 14:

ANDERSON PAULO FUECHTER, nomeado em 19/12/2016; CARLITO MERSS, 30/12/2016; CEDENIR ALBERTO SIMON,18/01/2016; CLAUDIONOR DE MACEDO, 30/12/2016;EDER ALEXANDRE MARTINS,26/06/2015;FELIPE ANTONIO DAMO,10/02/2016;JEAN VOLPATO,26/12/2016;JOSE RONALDO GOMES SILVA,19/02/2016; KARINNE DIENNE DA SILVA,08/04/2015; LUCIANA LIMA BREZOLA, 26/12/2016;MARCOS AURÉLIO FERNANDES,05/01/2017; RAQUEL MORCELLI, 02/01/2017;RICARDO PILATI, de 13/01/2017;ROBERTO AUGUSTO HEUER,14/01/2016;VANIO CESAR VIEIRA, 06/01/2017;VITOR SCHMITT SILVEIRA nomeado em 06/12/2016.

Então...
Herculano
14/02/2017 11:41
POR QUE TANTAS PONTOS DE VENDAS EM GASPAR ESTÃO FECHADOS PERGUNTOU O JORNAL CRUZEIRO DO VALE NA SEXTA-FEIRA. O IBGE RESPONDEU HOJE: VENDAS NO COMÉRCIO CAÍRAM 6,2% EM 2016, RESULTADO DO DESASTROSO GOVERNO DO PT E DO PMDB

Conteúdo da Agência Reuters e Uol (Folha de S. Paulo) e As vendas no comércio brasileiro caíram 6,2% em 2016, informou o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) nesta terça-feira (14). Foi o pior resultado em 15 anos, desde 2001, quando começa a série histórica do instituto, e o segundo ano seguido de perdas. Em 2015, as vendas já haviam caído 4,3%.

Em dezembro, as vendas recuaram 2,1% na comparação com novembro, quando subiram 1%. Em relação ao mesmo mês do ano anterior, houve queda de 4,9%, no 21º recuo seguido.

De acordo com Isabella Nunes, economista do IBGE, o consumo e o comércio foram impactados ao longo de 2016 por fatores que inibem o consumo, como a inflação, os juros altos e enfraquecimento do mercado de trabalho.

"Sobre 2017, podemos dizer que o cenário doméstico melhorou em parte pela inflação que já começou a ceder e os juros que estão diminuindo, mas o mercado de trabalho, que tem um peso relevante para a demanda, continua fragilizado", disse.

A confiança, considerada essencial para a melhora da economia, mostra sinais de melhora. A confiança do consumidor apurada pela FGV (Fundação Getulio Vargas) subiu em dezembro.

Queda em todas as atividades
O volume de vendas no ano passado caiu em todas as oito atividades que compõem o setor. Veja os resultados por atividade:

Livros, jornais, revistas e papelaria: -16,1%
Móveis e eletrodomésticos: -12,6%
Equipamentos e material de escritório, informática e comunicação: -12,3%
Tecidos, vestuários e calçados: -10,9%
Outros artigos de uso pessoal e doméstico: -9,5%
Combustíveis e lubrificantes: -9,2%
Supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo: - 3,1%
Artigos farmacêuticos, médicos, de perfumaria e cosméticos: -2,1%
Veículos e construção
Segundo o IBGE, o comércio varejista ampliado, que inclui a venda de veículos e de material de construção, também teve a maior queda da série histórica, de 8,7%. O resultado reflete o desempenho ruim das vendas de veículos, motos, partes e peças (-14%) e de material de construção (-10,7%).

A diminuição no ritmo de financiamentos, a alta taxa de juros e o endividamento das famílias foram os fatores apontados pelo órgão para explicar a queda no comércio.

Vendas só não caíram em Roraima
Considerando os Estados e o Distrito Federal, as vendas no comércio ampliado (incluindo veículos e material de construção) caíram em 26 das 27 unidades.

Os piores resultados foram registrados no Amapá (-16,3%), no Espírito Santo (-15%) no Pará (-14%) e em Tocantins (-13,1%). No Rio de Janeiro, a queda foi de 11,3% e, em São Paulo, de 7%.

182 mil demissões
Na véspera, um estudo da CNC (Confederação Nacional do Comércio) mostrou que o comércio varejista brasileiro fechou 108,7 mil lojas e demitiu 182 mil trabalhadores no ano passado.

O ano superou os resultados negativos de 2015 tanto na quantidade de lojas desativadas quanto em vagas fechadas. Em dois anos, o comércio encolheu em mais de 200 mil lojas e quase 360 mil empregos diretos.

O estudo da CNC mostra que, de dez segmentos do varejo analisados, todos fecharam mais lojas do que abriram no ano passado.
Herculano
14/02/2017 09:16
ESQUERDA QUER ENFIAR SUA PAUTA GOELA ABAIXO DO MBL, por Kim Kataguiri, coordenador do Movimento Brasil Livre, no jornal Folha de S. Paulo

"Não era contra a corrupção? Onde estão as panelas? Era só para tirar a Dilma?". Esse é o novo coro da esquerda moralista, que nunca criticou figuras como Eduardo Cunha e Renan Calheiros enquanto ainda eram aliadas do PT.

Qual é o verdadeiro incômodo? O debate sobre as reformas previdenciária, tributária e trabalhista proposto pelo governo. Se o problema realmente fosse corrupção, os esquerdistas não teriam saído de vermelho às ruas em 2015 e 2016 para chamar Lula ?"que, além de ser réu em cinco ações diferentes, foi, segundo a Procuradoria-Geral da República, peça-chave do maior escândalo de corrupção da história do país?" de "guerreiro do povo brasileiro".

O grande problema é o "fim dos direitos". Qual direito? A isso, eles não sabem responder. Talvez seja o direito de ficar desempregado. Ou o de pagar os impostos mais altos da América Latina. Ou ainda o de ser obrigado a financiar um esquema de pirâmide estatal que rouba dos mais pobres para financiar a elite do funcionalismo público.

"Mas, no governo Temer, também há gente citada na Lava Jato!". Fato. E nós pressionamos e continuamos a pressionar para que todos eles caiam. Onde estava a esquerda quando o MBL cobrou do governo a queda dos ex-ministros Henrique Alves, Geddel Vieira Lima e Romero Jucá? Onde estava a esquerda quando o MBL saiu às ruas em defesa da Operação Lava Jato?

O mais engraçado é ver toda essa gente que dizia que o juiz Sérgio Moro era "tucano", "golpista", "financiado pela CIA" e "treinando pelo FBI" posando de vanguardista da moral e égide da probidade e da decência. Não era ele o juiz que só perseguia o PT e que, na verdade, só queria acabar com o governo Dilma porque estava a mando das elites? Não era ele o "assassino", responsável pela morte de Dona Marisa? O que mudou em tão pouco tempo?

"Ah, mas o Alexandre de Moraes, que é tucano, quer acabar com a Lava Jato, vai ser indicado para o STF, e vocês não fizeram manifestação!". O MBL defendeu o nome de Ives Gandra Martins Filho, presidente do Tribunal Superior do Trabalho (TST), para o STF. Infelizmente, o nome não prosperou. Vamos fazer manifestação porque fomos contrariados? Não! Assim como não o fizemos quando Edson Fachin, jurista que atuou na campanha de Dilma Rousseff, foi nomeado. Gostem ou não, cabe ao presidente da República nomear pessoas para o Supremo. É a lei.

Alexandre de Moraes pode acabar com a Lava Jato? Sim, desde que desenvolva superpoderes, como o de trocar de turma e votar por 5 ministros. Como assim? Ora, a Segunda Turma do STF, que é responsável pelas decisões envolvendo a Lava Jato, tem mantido praticamente todas as decisões do juiz Sérgio Moro, que, muitas vezes são enrijecidas pela segunda instância.

Se aprovado pelo Senado, Moraes irá para a Primeira Turma. Ou seja: não vai votar na grande maioria das questões que envolvem a Lava Jato. Ainda que fosse para a Segunda, seu voto, por si só, não seria vitorioso de saída.

Portanto, caros amigos esquerdistas, desistam. O falso moralismo de vocês não cola. Já vimos a barbárie que vocês promovem tanto dentro como fora do poder. O que realmente os incomoda são as reformas liberais que o MBL sempre defendeu e continuará a defender. Partam para um debate sério, tentem mostrar que as alterativas que apontamos seriam ruins para o Brasil e para os brasileiros.

Já escrevi nesta coluna: as ruas pautaram Brasília no processo de impeachment. Mas não ruas quaisquer: eram e são contra a roubalheira, mas também contra o assalto à institucionalidade.

Nós pautamos Brasília. Não venham as esquerdas, agora, tentar nos pautar, certo, Janio de Freitas?
Herculano
14/02/2017 09:08
LIBERAL ALGUM PODE DEFENDER MAIS IMPOSTO. OU: OS RISCOS DO PRAGMATISMO EXCESSIVO, por Rodrigo Constantino, do Instituto Liberal

Fabio Giambiagi é um economista sério, que tem o meu respeito. Já li seus livros sobre a Previdência, assim como inúmeras colunas em jornais, e percebo nele uma boa vontade em elevar o nível do debate e defender propostas factíveis, realistas e necessárias para impedirmos uma catástrofe fiscal (ainda maior) à frente.

Dito isso, Giambiagi não é um liberal. É, no máximo, um social-democrata pragmático. O que não é pecado, claro, mas preciso deixar claro que suas posturas não estão alinhadas com o liberalismo clássico. Ele é o típico "economista tucano", como a maioria daqueles que são "acusados" de "neoliberais" pela esquerda jurássica, aquela da Unicamp.

Em sua coluna quando se discutia no Congresso um limite de teto para os gastos[ ou seja página virada], isso salta aos olhos. Giambiagi começa elogiando Keynes, "talvez o maior economista do século XX". E faz isso num texto em que prega o aumento de imposto já, uma vez que ele será inevitável em 2019 de qualquer maneira, segundo ele. Eis um trecho:

Peço desculpas ao leitor pela má notícia, mas minha opinião é que em 2019 há boas chances de que o Brasil tenha um encontro marcado com a alta de impostos. Gostemos ou não, em algum momento alguém terá que comunicar isso ao distinto público ?" e contribuinte.

Avisar isso não me agrada. Em mais de uma oportunidade, no passado, me manifestei em diversos artigos na imprensa contra a alta de impostos. Com perdão pela comparação indevida com tão ilustre personagem, mas a situação lembra um pouco o que aconteceu com Lord Keynes (talvez o maior economista do século XX), que, certa vez, questionado por uma pessoa que apontara uma suposta contradição entre o que estava dizendo e o que afirmara no passado, teria respondido: "Quando as circunstâncias mudam, eu mudo. E o senhor?"

[?]

É claro que uma parte importante do ajuste do déficit terá que vir da diminuição da despesa de juros, que é muito pesada. O problema é que ela terá que ser consequência ?" e não causa ?" do ajuste. Há um risco em emprestar para o governo. Quando o risco for menor, os juros poderão alcançar 7% ou 8% em termos nominais, reduzindo substancialmente a despesa financeira. Primeiro, porém, é preciso ajustar as contas e resgatar a confiança. A queda do risco virá depois.

[?]

É claro que um componente-chave do ajuste fiscal terá que vir do controle da despesa ?" e o governo está trabalhando nesse sentido com a sua aprovação do teto do gasto. É ilusório, porém, pensar que isso será suficiente para um ajuste fiscal da intensidade necessária para a dívida pública brasileira deixar de crescer como proporção do PIB ?" e, lembremos, ela tem aumentado muito desde 2011. O aumento da carga tributária deveria ser um ingrediente-chave de qualquer ajuste fiscal que vier a ser implementado no país. Se não for em 2017, terá que ser em 2019. Quem viver, verá.

Keynes está longe de ser o maior economista do século XX, perdendo para Schumpeter, Mises, Hayek e Milton Friedman, ao menos. Esses sim, eram bem mais liberais do que Keynes, que forneceu o pretexto perfeito para que governantes fossem perdulários, em nome da "ação contracíclica" (sempre ignorando que era preciso cortar gastos públicos na era da bonança).

Mas eis o ponto: liberal algum pode pregar aumento de impostos, ainda mais num país como o Brasil! Sim, Giambiagi mostra como é dura nossa realidade, como parece difícil reduzir os gastos, pois seria necessário mexer na Previdência. Guess what? É exatamente isso que um liberal deve recomendar! Reforma previdenciária com contas individuais de capitalização, em vez de esse esquema de pirâmide Ponzi insustentável.

Ao largar dando a possibilidade de ajustar pelo aumento da receita, com mais impostos, o economista já trai o liberalismo e toca música aos ouvidos perdulários dos políticos. Não, não e não! O ajuste tem que ser no lado das despesas, e somente no lado das despesas! O encontro marcado que temos é com as inadiáveis reformas estruturais de cunho liberal, não com mais impostos.

E se mais impostos fosse mesmo inevitáveis, seriam a última alternativa, não a primeira. Melhor em 2019 do que em 2017, do que já. O liberal deve estar sempre contra aumento de impostos, pois entende que são injustos e ineficientes, especialmente no caso brasileiro, em que o trabalhador paga quase 40% do que ganha totalmente a fundo perdido.

Tucanos gostam de falar em mais impostos. Liberais, não. O debate é legítimo, mas é preciso fazer a distinção de forma bem clara e transparente. No mais, cabe perguntar: onde estão os liberais nesse debate, se o mais à direita que temos são os tucanos?
Herculano
14/02/2017 08:58
A CULPA É DA PGR E DO STF

Conteúdo do O Antagonista. "Faço questão de enfatizar em letras maiúsculas que não há nenhuma tentativa de blindagem. A questão é muito séria. Se alguém converter-se em réu, estará afastado independentemente do julgamento final".

Michel Temer, ontem, estabeleceu uma regra para afastar seus ministros.

A imprensa acusa-o de contar com a lerdeza da PGR e do STF, que demoram anos e anos para oferecer ou acolher denúncias.

Isso é uma estupidez.

Michel Temer tem de evitar que seu governo fique paralisado por causa das delações da Odebrecht.

Quanto à lerdeza dos processos, o problema tem de ser resolvido pela PGR e pelo STF.

Os ministros denunciados pela Lava Jato serão afastados do governo.

Com essa decisão, disse Merval Pereira, Michel Temer "admitiu o peso político da operação" e evitou "entrar na lista dos que serão alvo dos movimentos populares, que estão convocando manifestações para o dia 26 de março".

Merval Pereira disse também:

"Alexandre de Moraes teve o apoio público do coordenador dos procuradores de Curitiba, Deltan Dallagnol, que em recente entrevista ao site O Antoganista disse que Moraes nunca deu qualquer sinal de obstrução da Polícia Federal, e tem posições alinhadas à Lava Jato em relação à prisão em segunda instância e à redução do alcance do foro privilegiado.

A escolha do novo ministro da Justiça pode afastar de vez o receio de que o governo esteja manobrando junto com o Congresso para travar a Lava Jato. Voltou a ser falado o nome do ex-ministro do Supremo Carlos Velloso, que seria uma nomeação inatacável. Outro cotado, no entanto, é o deputado federal Rodrigo Pacheco, do PMDB de Minas, que já defendeu envolvidos no escândalo do mensalão e é crítico contumaz do poder de investigação do Ministério Público".
Herculano
14/02/2017 07:26
SOB CENSURA, por Hélio Schwartsman, no jornal Folha de S. Paulo

A censura é sempre errada, mas às vezes consegue ser também ridícula. A decisão do juiz que obrigou a Folha e o jornal "O Globo" a retirar da internet reportagens sobre a tentativa de extorsão de que foi vítima a mulher do presidente Michel Temer parece pertencer ao segundo grupo.

O que a reportagem da Folha fazia era basicamente juntar fatos já amplamente noticiados sobre a condenação, no ano passado, do hacker que tentou chantagear Marcela Temer com informações que constam de processos judiciais que estavam à disposição de qualquer consulente no site do Tribunal de Justiça de São Paulo. Pelas regras da transitividade, o juiz censurou o próprio Poder Judiciário, o que implica deitar por terra o princípio da publicidade do processo penal. Vale lembrar que esse princípio é a mais efetiva senão a única arma de que a sociedade dispõe para coibir eventuais abusos da Justiça e do Ministério Público.

Embora a preservação da intimidade também seja um relevante valor a preservar, questões levantadas nos processos não dizem respeito só à mulher do presidente, mas também ao próprio mandatário. E o direito à privacidade não pode servir de escudo contra o escrutínio público a que a Presidência deve submeter-se.

Colocar-se contra a censura não é mero fetiche corporativo de jornalistas. A liberdade de expressão e de imprensa se conta entre as mais valiosas joias do pensamento iluminista. Como já escrevi aqui, ela está na base de algumas das mais produtivas de nossas instituições, como a democracia, as artes e a liberdade acadêmica ?"e, consequentemente, o desenvolvimento científico.

Mais até, ao assegurar que todas as ideias possam ser discutidas sob todos os ângulos, a liberdade de expressão permite que cada sociedade encontre seu ponto de equilíbrio entre a mudança e a conservação. Juízes deveriam pensar 300 vezes antes de mandar suprimi-la.
Herculano
14/02/2017 07:21
SEM REVISÃO

A prefeitura de Gaspar republicou ontem dois decretos. Não é a primeira vez que isso acontece em 40 dias de governo.

O 7.345, que nomeou os membros para compor a Equipe
Gestora do Projeto de Educação em Saúde Ambiental "O que Faremos na Hora H":
I. RAFAEL ARAUJO FREITAS ?" Secretaria Municipal de Planejamento,Meio Ambiente e Defesa Civil Coordenador);
II. LUCIANE SILVIA MARTINS BAILER - Secretaria Municipal de Planejamento, Meio Ambiente e Defesa Civil;
III. LUIS MARIO DA SILVA - Secretaria Municipal de Planejamento, Meio Ambiente e Defesa Civil;
IV. RAFAEL ANDRADE WEBER - Secretaria Municipal de Planejamento, Meio Ambiente e Defesa Civil;
V. VALDIRIA STANKE PAMPLONA - Secretaria Municipal de Planejamento,Meio Ambiente e Defesa Civil;
VI. RONI JEAN MULLER ?" Gabinete do Prefeito e Vice-prefeito;
VII. FERNANDA GELATTI ?" SAMAE;
VIII. RENATO DA COSTA BRAMBILLA ?" Secretaria Municipal de Educação;
IX. SANTIAGO MARTIN NAVIA ?" Secretaria Municipal de Assistência Social; e
X. CARLA EUNICE GOMES CORREA ?" Secretaria Municipal de Saúde.

E o decreto 7.351, de três de fevereiro que declarou vacância de cargo em decorrência da aposentadoria do motorista solano Francisco Pereira. coisa simples, mas... Acorda, Gaspar!
Herculano
14/02/2017 07:13
ENROLAÇÃO X AÇÃO

A prefeitura de Gaspar prorrogou por 60 dias mais quatro a partir de ontem, dia de 13 de fevereiro,o prazo para conclusão dos trabalhos de quatro casos da Comissão Permanente de Sindicância e Processo Administrativo Disciplinar.

Por outro lado, concluiu dois deles e publicou a decisão. Num aplicou a suspensão de cinco dias a um agente de trânsito, e noutra, outro agente de trânsito recebeu advertência.

Herculano
14/02/2017 06:54
ME ENGANA QUE EU GOSTO, por João Pereira Coutinho, sociólogo e escritor português, no jornal Folha de S. Paulo

Gosto que me digam as verdades na cara. Todos conhecemos essa frase infame. Comigo, não. Prefiro que me digam tudo nas costas. Na cara, só mentiras. Piedosas, maldosas ?" isso interessa? Não exijo mais das pessoas. Apenas que tenham esse mínimo de elegância, também conhecido por hipocrisia.

Você consegue imaginar um mundo onde toda a gente diz as verdades na cara de toda a gente?

Provavelmente, ninguém ficaria com cara (intacta) para contar. Quando dizem que alguém falou mal de mim na minha ausência, a admiração que sinto pelo sujeito é genuína. Pode ser um canalha, mas pelo menos é um cavalheiro. O inverso também é válido: quando me criticam diretamente, não é a crítica que me incomoda. É a preguiça em não usar disfarce.

Pena que a hipocrisia tenha má fama. Oliver Burkeman, no "The Guardian", escreveu há dias um artigo sobre o tema. Dizia ele que os últimos estudos em psicologia explicam definitivamente por que não gostamos de gente hipócrita. O problema está na "sinalização falsa" que o hipócrita emite. Ao defender uma coisa (nobre) e ao praticar clandestinamente um ato (ignóbil) que desmente seu moralismo, ele ganha vantagens imerecidas na competição moral da espécie.

Pior: segundo esses estudos, as pessoas preferem uma criatura rude (ou, pelo menos, um hipócrita arrependido) a um genuíno profissional.

Discordo dos estudos. E explico por que motivo sempre admirei os ingleses. Sim, bons livros. Sim, bons uísques. Sim, boa gastronomia (essa foi hipócrita). Mas a admiração principal está na capacidade deles para o fingimento.

Lembro de ler, sei lá onde ("Economist"?), uma espécie de dicionário em que se traduzia as expressões da polidez britânica para a linguagem comum. De um lado, o que eles dizem. Do outro, o que eles realmente querem dizer.

"Com todo o respeito..."= "Você é uma besta".

"Corrija-me se estou errado..." = "Não me interrompa".

"Muito bem!" = "Que bosta completa!"

"Muito interessante!" = "Matem-me, por favor!"

"Talvez seja melhor pensarmos sobre o assunto." = "Não seja idiota e esqueça o assunto."

Quando os especialistas perguntam por que motivo a Inglaterra moderna não caiu nos abismos revolucionários ou totalitários da Europa continental, desconfio que a polidez da hipocrisia limou as arestas e tornou o espaço público mais respirável. Só selvagens, ou alcoólatras, dizem tudo o que pensam.

Até porque a mentira tem várias aplicações estimáveis. O escritor Jeremy Campbell, em livro que recomendo ("The Liar's Tale", uma impressionante história da falsidade), devolve à mentira a nobreza que ela merece.

Um pouco de mentira pode ser necessário para uma vida feliz ou, no mínimo, serena. Um pouco de mentira é condição básica de sanidade (não é curioso que algumas pessoas sérias só conseguem ter sentido de humor quando enlouquecem de tanta seriedade?). Um pouco de mentira pode ser útil na conservação dos estados e na manutenção da paz civil. Maquiavélico? Sem dúvida. Mas a política é como as salsichas: você não quer saber como certas coisas são feitas.

Enfim, sem um pouco de mentira, onde estariam as artes que tornam as nossas existências suportáveis? Gostamos de Fernando Pessoa porque ele foi o mais mentiroso dos poetas.

No livro, um dos melhores capítulos lidava com as mentiras da natureza ?"a forma como até os organismos usam a dissimulação para sobreviver.

Um exemplo ficou na memória: as orquídeas imitam os traços dos insetos fêmeas para serem polinizadas pelos machos. Aqui entre nós, não há nenhum homem heterossexual que já não tenha sido enganado por essa experiência. Desconfio que o mesmo vale para as mulheres: ele parecia um príncipe e, afinal, era um sapo. Mas é tudo pela sobrevivência da espécie.

E se Nietzsche, um dos mestres do "ressentimento", usava esse termo para descrever a forma como os escravos da antiguidade transformaram as suas fraquezas em virtudes (uma crítica direta ao cristianismo), não admira que ele tenha enlouquecido (foi a sífilis, eu sei, mas sejamos metafóricos).

Que se dane o heroísmo! Eu prefiro um mundo com alguma benevolência e compaixão. Quem diz o contrário nunca visitou um shopping center a um domingo à tarde.

Moral da história?

Millôr Fernandes, um dos grandes filósofos do Brasil, falou e disse: em momentos de tensão, o importante é manter a presença de espírito, embora o ideal fosse a ausência de corpo.
Herculano
14/02/2017 06:50
TEMER E PMDB OUVIRÃO O RONCO DA RUA por Josias de Souza

O período pré-carnavalesco não fez bem a Michel Temer. Seu governo entoa um samba com dois puxadores: Henrique Meirelles e a caciquia do PMDB. O enredo ficou confuso. A ala da economia não orna com a da política. O carro alegórico das reformas não combina com uma comissão de frente que desfila fantasias parecidas com aquelas que levaram Dilma e o PT ao rebaixamento.

As contradições reacenderam o ceticismo da plateia. Que começa a programar seu próprio desfile. Nesta segunda-feira (13), os movimentos que organizavam atos pró-impeachment se juntaram para preparar nova manifestação. Será no último domingo de março, dia 26. A pauta prestigia o samba de Meirelles, defendendo as reformas previdenciária e trabalhista. E rosna para o baticum do PMDB, em eterna conspiração contra a Lava Jato.

Ainda não se viu nenhum líder de movimento de rua enrolado na bandeira do 'Fora, Temer." Mas convém não cutucar a rua com o pé. Em comunicado conjunto, os movimentos anotaram: "Nosso mote será: Brasil sem partido, pois não queremos um STF que se dobre às vontades deste ou de qualquer outro governo, agindo com lentidão para salvar os que têm foro privilegiado, utilizando-se dele para escapar da Justiça."

Também nesta segunda-feira, o ministro Herman Benjamin, do Tribunal Superior Eleitoral, divulgou despacho que fez acender uma luz amarela no painel de (des)controle do Planalto. Relator da ação que pede a cassação da chapa Dilma ?"Temer, Benjamin indeferiu pedido da defesa da ex-presidente petista para que fossem realizadas novas diligências. Sustentou que esse tipo de providência pode estender o processo "ao infinito, sem possibilidades concretas de conclusão."

Lendo-se a justificativa de Benjamin de trás para a frente, fica claro que o ministro quer encerrar a encrenca, submetendo seu voto à consideração do plenário do Supremo. Os autos estão fornidos. Realizaram-se perícias no papelório de gráficas que simularam prestação de serviço à campanha de Dilma, quebraram-se sigilos bancários e fiscais, ouviram-se 42 testemunhas.

Se quiser, o relator Herman Benjamin pode votar a favor da lâmina, contra a permanência de Temer no Planalto. Não lhe faltam independência nem matéria-prima. Suponha que um voto aziago de Benjamin venha à luz até o final de março. Dependendo de como Temer e seus correligionários do PMDB se comportarem até lá, as ruas, que já pararam de abanar o rabo para o governo, podem acabar mordendo.
Herculano
14/02/2017 06:47
ILHOTA EM CHAMAS

Ampliando a máquina.O prefeito Érico de Oliveira, PMDB, assinou várias portarias empregando efetivos e comissionados.Dos 25 efetivos, 24 foram para os Ceis.

Já os comissionados 26 foram na área de educação (diretores, coordenadores e supervisores) e outros quatro na gestão direta:Cheila Carla Darossi,diretora de Departamento, Carlos Henrique Russi, chefe de Divisão,Jefferson Rodrigo Kalinowski, diretor de Departamento e Joni Éverton de Oliveira Pereira, diretor de departamento.
Sidnei Luis Reinert
14/02/2017 06:45
Precisa de boquinha, Arnaldo?

POR: ALEXANDRE GONÇALVES 13/02/2017
A informação já havia sido anunciada aqui e foi confirmada na semana que passou. O ex-prefeito de Gaspar, Celso Zuchi (PT), assumiu como assessor do deputado federal Décio Lima (PT).

Busca-se estadualizar o mandato, nos dois últimos anos que faltam. Além de Zuchi, o ex-prefeito de Joinville Carlito Merss e Sandro Maciel, de Araranguá, além de Fabio Brezola, candidato a vereador pelo PT em Criciúma, integram o gabinete.

Em dezembro, o Informe Blumenau divulgou que o ex ministro de Lula e Dilma, Ricardo Berzoini, assumiria a chefia de gabinete do deputado federal Décio Lima, informação que ainda não se confirmou. Questionei e me falaram que por motivos familiares, portanto, pessoais.

http://www.informeblumenau.com/ex-prefeito-de-gaspar-assume-como-assessor-de-decio-lima/
Herculano
14/02/2017 06:31
O BRASIL OUTRORA ENGRAÇADO É AGORA MOVIDO A AZEDUME, por Mário Sérgio Conti, no jornal Folha de S. Paulo

Um subproduto da infindável crise nacional é o mau humor. Ele ficou unânime. O Brasil outrora engraçado é agora movido a azedume. A faísca espirituosa, que iluminava falácias e liberava o riso, deu lugar ao rancor. A ironia política entrou em pane.

O conceito de ironia foi desenvolvido por Sócrates, que dizia o contrário daquilo que achava verdadeiro. Quando lhe perguntaram quem era o homem mais sábio da Grécia, respondeu: "Só sei que nada sei". Irônico, o sabe-tudo se disse um ignorante total.

E Temer? Quando nomeou Angorá ministro, indicou um plagiador para o Supremo, se esfalfou para que Índio presidisse o Senado, mas continuou a jurar que preza a Lava Jato, ele foi irônico, socrático?

Se o presidente pretendeu proteger a sua grei, para que ela prospere em paz, mas afirmou o contrário, não foi irônico nem sábio. Foi, isso sim, cínico.

A ironia causa problemas. Sócrates a usava para fazer perguntas e chegar à verdade. Com as suas indagações, o filósofo sabotava as certezas do interlocutor, que ficava espiritualmente livre para aceitar o inesperado, o verdadeiro.

Num mundo racional, os atenienses deveriam agradecer as ironias do pensador, que os conduzia à verdade. No mundo real, eles ficavam uma arara porque Sócrates os ridicularizava.

Para piorar, o filósofo tinha os olhos arregalados de um boi. Vestia togas desalinhadas. Chegava atrasado às festas nas quais era o convidado principal. Aristófanes espalhou que Sócrates era um chato.

Kierkegaard observou que, transformada em método, a ironia alcança tudo e todos. Sem limites, ela faz com que a própria realidade oscile. A existência se torna estranha ao sujeito irônico, e este se torna estranho à existência. Realidade e linguagem entram em descompasso.

Por exemplo: muitos atenienses passaram a achar que, com o seu só-sei-que-nada-sei, Sócrates simulava humildade; dava uma de sábio, mas sofismava. Sem se dar conta da realidade (a irritação crescente), o pensador insistiu na sua retórica (irônica). Acabou condenado por corrupção e bebeu cicuta.

No Brasil, há descompasso semelhante entre linguagem e realidade. Desde a Constituição de 1988, o sistema de representação política foi paulatinamente comprado pelo alto empresariado. Congresso e Planalto viraram agências da burguesia.

Mas a linguagem da política continuou a mesma. Parlamentares, ministros e governadores faziam o que a classe dominante determinava, mas ao som de discursos contra a corrupção.

Achando que a direção do PT estava no bolso, a Odebrecht e assemelhados não cuidaram de mudar a linguagem maior, a da Constituição. Até porque não tinham como controlar uma Constituinte inteira. Foi nessa brecha que a Lava Jato germinou.

Essa conjuntura mudou nos últimos dias. Situação e oposição pararam de dizer que a corrupção é um mal. Querem se safar e seguir em frente. Se não houver protestos equivalentes aos que levaram Dilma ao patíbulo, o Brasil oficial trinfará. Alguns cleptocratas serão sacrificados, mas o mando burguês será preservado.

O núcleo da linguagem será a eleição de 2018, apresentada como miragem para mudanças reais: agora vai! Só a ironia não terá lugar na nova retórica. Segundo Kierkegaard, a única continuidade possível para a ironia é o tédio:

"O tédio, essa eternidade sem conteúdo, esta felicidade sem gozo, esta profundidade superficial, esta saciedade faminta".
Herculano
14/02/2017 06:26
'BUNKER' DE PETISTAS AINDA COMANDA PREVIDÊNCIA, por Cláudio Humberto, na coluna que publicou hoje nos jornais brasileiros

Seis meses após o impeachment, petistas se agarram como carrapatos a cargos no governo que consideram "golpista". O então ministro Ricardo Berzoini pagou o pato pelo "recadastramento" que atormentou velhinhos, no governo Lula, mas seu inventor seria Benedito Brunca, ex-diretor de Benefícios do INSS, nos governos Lula e Dilma, elevado a secretário de Políticas da Previdência do governo Michel Temer.

GABANDO-SE
Amigo de Dilma e ex-ministro petista, Carlos Gabas continua senhor absoluto das ações na Previdência, segundo servidores do ministério.

CADEIA DE COMANDO
O diretor de Benefícios do INSS, Robinson Nemeth, é ligado a Brunca e se reporta a Flávio Miyashiro, ex-diretor que ainda dá cartas na área.

ATÉ SUB DO SUB
São inúmeros casos de aparelhamento da Previdência, como no caso do importante assessor João Paulo Silva, filiado ao PT desde 1999.

É PROBLEMA
Os aliados estão revoltados. O deputado Lúcio Vieira Lima (PMDB-BA) advertiu que, com petistas na Previdência, fica difícil aprovar a reforma.

TEMER FAZ DE JANOT 'DEMITIDOR-GERAL' DA REPÚBLICA
A determinação do presidente Temer de afastar ministros denunciados na Justiça e demitir aqueles que são réus deu a caneta de pessoal para o procurador-geral Rodrigo Janot, que virou uma espécie de demitidor-geral. Funciona assim: quando um ministro for alvo de investigação da PGR, será afastado do cargo. Quando o Supremo aceitar a denúncia da PGR e transforma-lo em réu, será demitido. Na prática a demissão se dá na decisão da Procuradoria de investigar um ministro de Estado.

DEMITIDOR-GERAL
Denúncias contra ministros de Estado são feitas exclusivamente pela Procuradoria-Geral da República. Na prática, terá o poder de demitir.

LIMBO
Entre o afastamento e a demissão haverá um limbo: ministros não serão investigados pela 1ª instância até que o STF acate a denúncia.

FIM DO FORO
Na prática, Temer acabou com o foro especial para ministros. Uma vez investigados, serão afastados. Uma vez réus, voltam à 1ª instância.

SABOTAGEM PETISTA
Se petistas continuam aboletados no governo "golpista" de Michel Temer, também não largam o osso nos estados e municípios. No DF, a suspeita é de sabotagem de petistas no sistema no Passe Livre Estudantil, para provocar filas humilhantes e extenuantes de 4 horas.

QUEM PAGA A CONTA
É caro o aparato de segurança que cerca em Fortaleza o delator Sérgio Machado, ex-senador e ex-presidente da Transpetro. A turma da Lava Jato deveria apurar como ele paga essa conta.

PM CAPIXABA PAGA BEM
Levantamento da ONG Contas Abertas mostra que o salário inicial de R$2,64 mil na Policia Militar do Espírito Santo pode chegar a R$7,1 mil. O comandante (R$26,8mil) ganha mais que o governador (R$19,4 mil).

FRAUDE NA ROUANET
A CPI da Lei Rouanet ouve hoje Zuleica Amorim, irmã do presidente da Bellini Cultural, Antônio Bellini, acusado por fraudes de R$180 milhões. Ele é acusado de pagar o casamento do filho com recursos da lei.

O DEPOIMENTO FOI OUTRO...
À Justiça, um procurador disse que Max Pantoja, do conselho da J&F e Eldorado Celulose, apontou "interferência direta" de Joesley Batista em auditoria da Ernst & Young. Advogados com acesso ao caso afirmam que Max disse o contrário. O conselho decidiu em 2016 que Joesley se manteria afastado da auditoria, que só conheceria em janeiro passado.

...E CONSELHEIRO MALUCO
Homem da Funcef no conselho da J&F, Max Pantoja disse não ter sido informado de detalhes de uma auditoria da Ernst & Young. A Ernst & Young alertou o conselho da J&F que os dados da auditoria estariam disponíveis na íntegra no escritório da Veirano Advogados. Paulo Nigro, conselheiro independente, foi até lá e checou. Pantoja, não.

COM SEU DINHEIRO
A Caixa continua a esconder os custos de um megaevento exclusivo para políticos e mais de 1,1 mil "gestores" convidados, num luxuoso hotel em Brasília. Eventos lá chegam a R$1 mil por pessoa.

GREVISMO PROFISSIONAL
Os professores do Distrito Federal não ganham uma fortuna, mas são os mais bem pagos do País no setor público, e a folha consome 93% do orçamento da Secretaria de Educação. Acham pouco. Já iniciam nova greve coladinha com o fim das férias, por mais 18% de aumento.

PENSANDO BEM...
...antes que algum ministro vire réu, o governo já terá terminado.
Herculano
14/02/2017 06:19
CONSTITUIÇÃO CRIOU REGIME DE LIBERDADE COM RESPONSABILIDADE, por Oscar Vilhena Vieira, professor de Direito da FGV SP, no jornal Folha de S. Paulo

Matéria jornalística informando sobre processo criminal que envolve hacker condenado por tentar extorquir a mulher do então vice, atual presidente, pode ser objeto de censura judicial?

A Constituição de 1988 concebeu um robusto sistema de proteção à liberdade de expressão e ao direito à informação. Por intermédio do artigo 5º, IX, assim como do seu artigo 220, a Constituição vetou, de maneira peremptória, a censura. Mais do que isso, por força do parágrafo 1º, do mesmo artigo 220, proibiu que qualquer lei contenha dispositivo que constitua "embaraço à liberdade de informação jornalística".

Isso não significa, porém, que a liberdade de expressão se configure como direito absoluto. Ela tem limites. Aqueles que se utilizarem abusivamente dela, violando a privacidade, intimidade, honra e imagem de outra pessoa podem ser condenados a indenizar suas vítimas pelos danos morais e materiais que causarem. Podem, inclusive, ser penalmente condenados, se a conduta configurar crime de calúnia, injúria ou difamação.

Ao proibir a censura, nosso sistema constitucional criou um sistema de ampla proteção à liberdade de expressão, ficando aquele que dela abusar, no entanto, sujeito a sanções posteriores de natureza cível ou mesmo criminal, que lhe forem impostas após devido processo legal. Trata-se de um regime de liberdade com responsabilidade.

No presente caso, o que se tem, aparentemente, é um processo criminal que diz respeito a crime que afeta diretamente a Presidência. Logo, assunto de absoluto e legítimo interesse de toda a sociedade. Proibir a veiculação de matérias relativas a esse processo constitui não apenas afronta ao direito à liberdade de imprensa, mas violação ao direito à plena liberdade de informação.

Caso os meios de comunicação ultrapassem as barreiras do interesse público, invadindo a privacidade do casal presidencial, poderão ser punidos, mas a posteriori. Aos meios de comunicação, e não ao juiz, cumpre fazer essa distinção e correr o risco de serem responsabilizados se tomarem a decisão errada. Esse é o preço de não se aceitar a censura, como meio de controle da liberdade de expressão.

O que justifica o tratamento preferencial dado à liberdade de expressão e ao direito à informação pela Constituição é a sua centralidade para a existência de regime democrático.
Herculano
14/02/2017 06:15
SEMPRE TEM UM JUIZ DE PLANTÃO PARA O PODER DE PLANTÃO, OU PARA SERVIR AO IDEOLOGICO E CONTRA A LIBERDADE DA INFORMAÇÃO E OPINIÃO. FOLHA RECORRE DE DECISÃO DA JUSTIÇA E CONSIDERA CENSURA "INACEITÁVEL". O QUE ERA UM CASO BANAL VIROU UM DESGASTE E UM BOM DEBATE PARA ORIENTAR OUTRAS AÇÕES SEMELHANTES. USA-SE LATERALMENTE O PRIVADO DE PODEROSOS PARA ESCONDER O PODEROSO INTERESSE PÚBLICO

Conteúdo do jornal Folha de S. Paulo.A Folha recorreu nesta segunda (13) da decisão do juiz Hilmar Castelo Branco Raposo Filho, da 21ª Vara Cível de Brasília, que impede o jornal de publicar informações sobre uma tentativa de um hacker de chantagear a primeira-dama, Marcela Temer. A censura ocorreu a pedido do Palácio do Planalto.

Tais Gasparian, advogada da Folha, entrou com um agravo de instrumento destinado ao presidente do Tribunal de Justiça do Distrito Federal.

O recurso diz que a liminar do juiz Hilmar Raposo Filho "consubstancia inaceitável censura". O jornal "se limitou a reproduzir fatos verídicos e de evidente interesse público, no regular exercício da atividade de imprensa", segundo a advogada.

"A decisão que proíbe sua divulgação importa em censura e contraria os princípios de liberdade de imprensa e informação, assegurados pela Constituição Federal", diz trecho do recurso.

O texto sobre a primeira-dama foi publicado no site da Folha às 18h45 na sexta (10). A Folha foi intimada da decisão às 9h05 desta segunda (13).

No site do jornal, o texto foi suprimido após a notificação.

O hacker Silvonei de Jesus Souza foi condenado em outubro a 5 anos e 10 meses de prisão por estelionato e extorsão e cumpre pena em Tremembé (SP). Souza usa um áudio do celular de Marcela clonado por ele para chantagear a primeira-dama e menciona o nome do presidente Michel Temer. Todo o conteúdo de um celular e contas de e-mail da primeira-dama foram furtados pelo hacker.

A petição foi assinada pelo advogado Gustavo do Vale Rocha, subchefe para Assuntos Jurídicos da Casa Civil, em nome de Marcela.

O advogado da Casa Civil diz que a ação para impedir a publicação de informações sobre a primeira-dama "serve a evitar prejuízo irreparável à autora, caso tenha sua intimidade exposta indevidamente pelos veículos de comunicação, que mais uma vez estão a confundir informação com violação da privacidade de uma pessoa pública".

A Folha destaca que a liminar perdeu seu objeto porque a reportagem já foi publicada pelo site na sexta e pela versão impressa de sábado (11).

E afirma que o caso abordado "não trata questão desimportante". "Não divulga fofoca ou busca atender à curiosidade geral acerca da vida dos poderosos. Os fatos divulgados não dizem respeito à intimidade da agravante, ao contrário do que sustenta a petição inicial, mas se referem a suspeita lançada ao Presidente da República, diz.

Segundo o recurso, são "equivocadas" as premissas da decisão do juiz de que deve ser "resguardada a intimidade" da primeira-dama e que há "risco de dano grave" na hipótese de divulgação das informações.

"Primeiramente, deve-se ter claro que o e o episódio do hackeamento e cópia dos arquivos do celular da autora já são de há muito conhecidos, e foram amplamente divulgados pela imprensa durante o ano de 2016. Muitas matérias jornalísticas foram publicadas sobre os fatos, inclusive sobre a prisão do autor do delito, no bojo de ação penal", diz a defesa da Folha.

O recurso ressalta ainda que as informações foram obtidas pela reportagem a partir de ações penais em andamento. "Que são públicas e de livre acesso, tanto que vêm sendo acompanhadas há meses pelos repórteres", afirma.

"Tratando-se de assunto público e relativo à Presidência da República, por qual razão não poderiam ter sido divulgadas as informações?", questiona o jornal.

"A informação trazida à tona, e que motivou a publicação, é de que o conteúdo hackeado, segundo consta dos autos da ação penal, poderia potencialmente atingir o presidente da República", diz.

De acordo com o pedido da Folha, a primeira-dama não poderia alegar "direito à intimidade". "No só porquanto ocupa posição pública de alta relevância que ocupa, como também porque, como já dito, todas as informações divulgadas foram extraídas de processos judiciais dotado de ampla publicidade", diz.
Herculano
14/02/2017 06:05
da série: a esquerda do atraso sempre com a mesma ladainha para analfabetos, ignorantes e desinformados. O PT e o PCdoB violentos e autoritários contra o povo e a imprensa foram exatamente eles vítimas do enunciado de Brecht usado pela senadora; tudo o que o PMDB faz, PT e o PCdoB faziam e defendem quando no poder, o PMDB ao menos pressionado e desnudado, escorrega;se Alexandre de Moraes tem máculas por vínculos partidários, o que falar de Dias Toffoli, militante e advogado do PT, para não citar outros? E a violência que explode tem a marca clara da esquerda que insufla para não perder a ternura de quem está fora do poder por criminosa incompetência e corrupção desenfreada.

GOVERNO TEMER ESTÁ ATOLADO NA INCOERÊNCIA, por Vanessa Grazziotin, senadora do PCdoB-AM, no jornal Folha de S. Paulo

O alemão Bertold Brecht, diante do avanço da violência e da injustiça, alertava que quando não se reage ao arbítrio em algum momento todos serão alcançados por ele. O dramaturgo denunciou a passividade da sociedade diante de prisões arbitrárias, ironizando: não protestei e quando finalmente vieram me buscar eu não tinha sequer para quem pedir ajuda.

Tal qual o cenário que antecedeu o nazismo na Europa, os que praticaram o golpe no Brasil são vítimas das suas próprias incoerências, ou seja, "o feitiço virou contra o feiticeiro".

Vejamos: os que ontem foram ao Judiciário para impedir a posse de Lula como ministro de Dilma são os mesmos que hoje recorrem para garantir um ministério a Moreira Franco.

O Judiciário suspendeu a posse de Lula no ministério sob o argumento de que "havia desvio de finalidade, visto que o real objetivo seria lhe garantir foro privilegiado".

Ora, foi amparado nesse despacho que o juiz da 14ª Vara Federal do Distrito Federal concedeu liminar suspendendo a nomeação de Moreira Franco, afirmando: "O enredo dos autos já é conhecido do Poder Judiciário. Nesta ação popular, mudam apenas os seus personagens".

E agora? O que fazer com a nomeação de Moreira Franco, citado mais de 30 vezes nas delações da Lava Jato? Na lógica estabelecida pelo Judiciário a suspensão deve ser mantida.

Governo e Judiciário estão, portanto, diante de um dilema, no qual qualquer dos caminhos possíveis prenuncia um desgaste já anunciado.

Outra vítima de sua incoerência é Alexandre de Moraes, ministro de Temer e filiado ao PSDB. Ele sustentava que membros de um governo não deveriam ser nomeados para o STF e seus aliados afirmavam que as indicações seguiriam atributos técnicos e em nenhuma hipótese políticos. Dupla incoerência!

Hoje, alguns editorialistas chamam a atenção para o perigo da proliferação das manifestações em defesa do autoritarismo, dos exageros da Lava Jato e da falta de denúncia e reação a esses abusos. Ironicamente, são os mesmos que aplaudiram a condução coercitiva de Lula e o vazamento ilegal de conversa telefônica entre a presidenta Dilma e o ex-presidente.

Tais contradições e incoerências têm levado as pessoas a uma conclusão óbvia: o discurso de Temer e de seus consorciados era apenas um enredo, com o objetivo de depor a presidenta para se apoderarem do governo e, uma vez instalados, entregarem o nosso patrimônio ao capital estrangeiro, arrancarem direitos dos trabalhadores, lotearem as obras públicas com empresas estrangeiras e montarem um "governo de amigos".

Enquanto a violência explode, estamos sem ministro da Justiça e Temer continua atuando para proteger seus auxiliares da Lava Jato.
Tiago de Souza
13/02/2017 20:48
O partido do vice prefeito de ilhota é DEM - Democratas. Por favor verifique as siglas dos eleitos!
Herculano
13/02/2017 20:15
TEMER OBRIGADO A LEMBRAR OBVIO:GOVERNO NÃO TERÁ MINISTROS RÉUS, por Reinaldo Azevedo, de Veja

O presidente Michel Temer afirmou nesta segunda que não há nenhuma tentativa de blindagem pelo governo federal e anunciou que ministros citados na Operação Lava Jato serão demitidos se virarem réus. O peemedebista ressaltou que a menção a um ministro em uma denúncia não pode servir para incriminá-lo ou afastá-lo definitivamente. Temer explicou que, caso seja feita uma denúncia contra um membro de seu governo, ele será afastado provisoriamente. Na sequência, se o Supremo acolher o pedido e ele se transformar em réu, será "afastado definitivamente".

As declarações foram concedidas em pronunciamento oficial no Palácio do Planalto, convocado com o objetivo de responder às acusações de que ele teria nomeado Moreira Franco apenas para lhe dar foro privilegiado.

O presidente criticou ainda o motim de policiais militares no Espírito Santo. Ele anunciou também que o governo federal irá enviar ao Congresso um projeto de lei que regulamenta o direito a greve no país. Segundo Temer, serviços considerados essenciais não podem ficar paralisados.
Herculano
13/02/2017 20:11
O PSD SEMPRE FOI PUXADINHO DO PT

Ao leitor Leo.

Quem leu esta coluna estava sempre informado sobre a questão que você aborda e se diz indignado. Sempre afirmei que o PSD com o PSB, que na verdade é PSD, era a segunda via do PT. Tinha gente do PSD na administração do PT, Marcelo de Souza Brick, foi presidente da Câmara se ajoelhando ao PT, em tudo, igualmente como o outro do PSD, que "virou" PSB, Giovânio Borges.

E na campanha eleitoral de outubro passado, o PT emprestou o Partido Comunista do Brasil, que estava na sua base, para ser parceiro de Marcelo e Giovânio. Existe elo mais forte do que este?

Como sempre estiveram juntos PSD e PT, agora estarão juntos na oposição.

Mas não se iluda: o Marcelo, que procura emprego político, já sinalizou que pode mudar de barco para empregar os seus. Já se avistou com o prefeito Kleber Edson Wan Dall, PMDB, o vice, Luiz Carlos Spengler Filho, PP, vereador como ele. Marcelo e Kleber fizeram questão de mostrar as fotos.

Ou seja, como é duro ser oposição e Marcelo nunca se deu bem sendo oposição, já se ensaia um novo colo. Também não custa lembrar a famosa definição do criador do PSD, Gilberto Kassab: o partido não é de esquerda, de centro, de direita, de oposição ou de situação. Ou seja, é de oportunidade e oportunismo. Tanto que foi o último a sair de Dilma Vana Rousseff e o primeiro a aderir a Michel Temer, no transe do impeachment. Acorda, Gaspar!
leo
13/02/2017 19:41
COMO ENTENDER A POLÍTICA EM GASPAR. O PSD POR FALTA DE LIDERANÇAS,BUSCOU ASSESSORIA COM O PDT DO VEREADOR ROBERTO PROC?"PIO.QUE RECEBE ASSESSORIA DO PT DO EX CHEFE DE GABINETE.O QUE SE ESCUTA NOS CORREDORES DA CÂMARA DE VEREADORES.AGORA ESTAMOS TODOS JUNTOS CONTRA O PMDB. NO ANO PASSADO ANTES DA ELEIÇÃO O QUE A GENTE ESCUTAVA .AGORA ESTAMOS TODOS JUNTOS CONTRA O PT.TUDO FARINHA DO MESMO SACO,S? NOS RESTA REZAR.
Herculano
13/02/2017 19:20
FINALMENTE O OBVIO E O RECADO CLARO DA JUSTIÇA AOS GESTORES PÚBLICOS E POLÍTICOS IRRESPONSÁVEIS COM O DINHEIRO LIMITADO DOS CONTRIBUINTES.STF NEGA SOCORRO IMEDIATO AO RIO DE JANEIRO. PRIMEIRO O CONGRESSO E A ASSEMBLEIA TERÁ QUE GARANTIR AS CONTRAPARTIDAS E OS AJUSTES.OS SERVIDORES PROTESTAM CONTRA OS PLANOS DE AUTORIDADES

Conteúdo do jornal Folha de S. Paulo. Texto de Maeli Prado e Letícia Casado, da sucursal de Brasília. Em audiência de conciliação nesta segunda-feira (13), o ministro do STF (Supremo Tribunal Federal), Luiz Fux, não atendeu ao pedido do Rio de Janeiro de uma liminar antecipando o socorro ao Estado.

No encontro entre Fux, o ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, e o governador do Rio, Luiz Fernando Pezão (PMDB), a opção foi por adiar por 30 dias a decisão de conceder ou não uma liminar ?"no período, a expectativa é que o Estado consiga votar, na sua Assembleia Legislativa, as contrapartidas previstas no acordo com a União.

Entre elas, estão a privatização da estatal de água e esgoto Cedae, que serviria como garantia de novos empréstimos, cortes de gastos e o aumento da contribuição previdenciária.

Esses são os principais pontos acordados com o Ministério da Fazenda em troca de suspensão temporária do pagamentos de dívidas com a União e aval para a concessão de novos empréstimos.

De acordo com o ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, a expectativa é que o Congresso Nacional também aprove o projeto de lei complementar que institui a recuperação fiscal de Estados em grave situação financeira, como o Rio, que segundo ele será enviado até esta sexta (17).

Esse projeto prevê a suspensão temporária do pagamento dos entes da federação com a União, e será reapresentado, já que foi vetado pelo presidente Michel Temer no final de 2016 por ter sido aprovado na Câmara sem as contrapartidas de controle de gastos e exigência de privatização de ativos definidas pela equipe econômica.

Questionado sobre a possibilidade de Rio aguentar mais 30 dias sem uma ajuda emergencial, Meirelles afirmou que a questão está nas mãos do Congresso e da Assembleia Legislativa. "Essa é uma pergunta que certamente deverá ser endereçada aos parlamentares que votarão e discutirão isso em ambas casas em regime de urgência", disse o ministro.

A expectativa do governador do Rio é que o projeto que prevê a privatização da Cedae seja votado até quarta-feira (13).

"[Está] pronto pra ser votado, já discutiram, abriram pauta, emendas já foram feitas. Iam discutir hoje, mas houve problemas na Assembleia. Acredito que até quarta-feira votem", disse o governador.

Ele declarou ainda que a expectativa do Estado é pagar até esta terça-feira (14) a folha de pagamento de "toda a área de segurança". "Amanhã vamos pagar a folha de toda a área de segurança. Vamos pagar mesmo com dificuldade, quero colocar o 13º em dia."

Pezão afirmou que pediu ao presidente Michel Temer reforços das Forças Armadas para ajudarem na segurança do Estado até depois do Carnaval. "São mais de 2 milhões de pessoas na rua nesse período", disse.

CONTRAPARTIDAS

Em entrevista após a audiência, o ministro do STF declarou que o prazo de 30 dias foi necessário entre outros fatores porque as contrapartidas acordadas entre Rio de Janeiro e União não foram nem colocadas no pedido de liminar.

"Precisa constar dos autos as providências que se comprometeram a adotar. É preciso judicializar isso", declarou Fux. "Outra providência é que, para evitar guerra de liminares nessas decisões, fixamos a prevenção do Supremo para decidir todas as questões relativas a esse compromisso", disse.

ENTENDA A CRISE

No dia 26 de janeiro, o presidente Temer e o governador do Rio, Luiz Fernando Pezão (PMDB), assinaram um termo de compromisso que oferece socorro financeiro ao Estado por três anos caso uma série de medidas de ajuste fiscal for aprovada pelo Congresso e pela Assembleia Legislativa do Rio.

O acordo prevê medidas no valor de R$ 62,4 bilhões, entre empréstimos, corte de gastos e moratória da dívida, para cobrir o rombo nas contas do Rio até 2019.

Após a assinatura do acordo, o Estado entrou com um pedido no Supremo para que os efeitos da medida fossem antecipados através de uma liminar, alegando estar em "calamidade financeira".

Uma decisão provisória do Supremo permitiria ao governo do Rio descumprir a LRF (Lei de Responsabilidade Fiscal), por exemplo, na ocasião de tomada de empréstimo para pagamento de folha.

Também estaria valendo, antecipadamente, o não pagamento pelo Estado do serviço da dívida que tem com a União por três anos.
Herculano
13/02/2017 19:12
POR QUE TANTOS PONTOS DE VENDAS ESTÃO FECHADOS EM GASPAR, PERGUNTOU MANCHETE DE SEXTA-FEIRA DO JORNAL CRUZEIRO DO VALE

A CONFEDERAÇÃO NACIONAL DO COMÉRCIO RESPONDEU HOJE: EM 2016 FORAM FECHADOS 108.700 MIL PONTOS EM TODOS O PAÍS. UM RECORDE QUE NÃO SE REGISTRAVA DESDE 2005

CONFECÇÕES E CALÇADOS LIDEROU. O QUE SURPREENDEU FORAM AS FILIAIS DE SUPERMERCADOS. QUANDO O POVO NÃO CONSEGUE NEM COMPRAR COMIDA, É PORQUE A COISA ESTÁ FEIA E OS POLÍTICOS FINGEM NÃO PERCEBER ISSO
Herculano
13/02/2017 19:03
TEMER SUPERESTIMA INVULNERABILIDADE DO GOVERNO, por Josias de Souza

As coisas poderiam estar mais tranquilas para Michel Temer, pois os juros caem, a inflação caminha em direção à meta e já não são negligenciáveis as chances de o PIB do primeiro trimestre ser positivo. No entanto, o presidente faz comentários que flertam com o equívoco de superestimar a invulnerabilidade política do seu governo. Temer tenta embromar a plateia.

O presidente ignora a homologação de delações pelo Supremo Tribunal Federal, mantém do seu lado auxiliares tóxicos, oferece o escudo do foro privilegiado a um amigo enrolado, patrocina uma indicação política para a Suprema Corte e leva ao balcão do fisiologismo a pasta da Justiça, de cujo organograma pende a Polícia Federal. Faz tudo isso e acha que pode melhorar a imagem do seu governo na base do gogó.

Temer dá de ombros para os inquéritos. Diz que não pode aceitar que "a simples menção inauguradora de um inquérito" possa incriminar um assessor a ponto de provocar o seu afastamento do cargo.

O que Temer disse, com outras palavras, foi o seguinte: "Não afastarei auxiliares alvejados por delações. Eu mesmo fui citado por um delator. Fui acusado de solicitar R$ 10 milhões a Marcelo Odebrecht, em pleno Palácio do Jaburu. Outro delator diz ter acertado comigo, no meu escritório em São Paulo, uma verba de campanha intermediada por Eduardo Cunha. Se delação bastasse, eu teria que renunciar."

Temer relativizou as denúncias do Ministério Público Federal. Se ocorrerem, servirão, no máximo, para justificar o afastamento temporário de colaboradores. Se as denúncias forem recepcionada pelo Supremo e os acusados virarem réus, aí sim, o afastamento será defnitivo.

Nesse ponto, foi como se Temer dissesse: "Eu sei o que os ministros palacianos, meus amigos de três décadas, fizeram no verão passado. Mas cabe aos acusadores reunirem provas contra eles. Enquanto der, ficam no governo. Considerando-se o ritmo da Lava Jato em Brasília, é possível que minha gestão o chegue ao final sem que eu tenha que demitir os amigos."

O presidente ainda não se deu conta ?"ou finge não ter percebido. Mas o núcleo palaciano do seu governo e o colegiado de pajés do seu PMDB encontram-se em avançado estágio de decomposição. Os operadores e conselheiros de Temer viraram chorume num instante em que a Fazenda celebra a melhoria do cenário econômico.

Para que a coisa continue melhorando, o Planalto terá de fazer passar no Congresso medidas amargas. Entre elas a reforma da Previdência. Disso depende a inversão da curva ascendente da dívida pública e a redução do déficit fiscal. O diabo é que a plateia talvez não se disponha a fazer sacrifícios por um governo que confraterniza com a suspeição, que ignora a investigação, que escamoteia a denúncia, que aguarda pela abertura de ações penais cuja abertura pode demorar muitos anos.
Herculano
13/02/2017 18:59
QUANDO VEMOS UMA VIRTUDE, DEVEMOS SILENCIAR EM REVERÊNCIA A ELA, por Luiz Felipe Pondé, filósofo, no jornal Folha de S. Paulo.

O que é uma virtude? Eis uma das perguntas mais difíceis de responder. Não há um consenso evidente. Em nossa época, nunca se falou tão facilmente de ética, como se esta fosse algum método que se consegue ensinar num workshop motivacional. Tampouco, a ética se deixa notar tão facilmente entre pessoas religiosas, ciosas de sua frequentação ao templo, aliás, como o próprio Cristo ensinou. Amontoam-se livros sobre justiça social, amor ao próximo, igualdade, Cristo, escritos por canalhas de todos os tipos. Que Deus nos proteja da bondade dos bons.

Não, virtudes estão entre as coisas mais raras do mundo. Quando vemos uma, devemos silenciar como forma de reverência. Toda virtude é silenciosa e discreta, se seguirmos o pensamento de autores cristãos católicos jansenistas, aqueles cristãos franceses do século 17, muito próximos dos calvinistas, que contavam entre os seus mais famosos gente como o filósofo Pascal e o dramaturgo Racine. Nunca somos capazes de atestar a presença de uma virtude em nós mesmos, apenas o outro pode fazê-lo, porque a vaidade, mãe de todos os pecados e vícios, está sempre atenta para confundir nosso próprio coração.

Entre os jansenistas que se dedicaram especificamente à falsidade das virtudes demonstradas, está o jurista Jacques Esprit (1611-1677). Para Esprit, a sociedade se sustenta na pretensão das virtudes em nós e nos outros. Romper com esse acordo tácito sobre a falsidade das virtudes é declarar guerra ao contrato social baseado na mentira moral, base da vida pública.

Para Aristóteles (385 a.C.-323 a.C.), a ética é uma ciência prática vivida na contingência, isto é, não há uma definição "matemática da virtude". Ela é uma espécie de gradiente que se move entre vícios opostos. Por exemplo, a generosidade é uma "média" entre você estourar tudo que tem dando aos outros, colocando sua vida e dos seus em risco, e ser simplesmente mesquinho.

Já Adam Smith (1723-1790), sociólogo e filósofo da moral britânico, mais conhecido pela sua reflexão sobre a riqueza e a sociedade comercial, se preocupava muito com os danos morais do enriquecimento. Mas, ainda assim, reconhecia como a melhoria material do mundo poderia, nalguma medida, ampliar a possibilidade da prática da generosidade, uma vez que as pessoas se sentiriam mais seguras para doar algo sem medo de elas mesmas virem a ficar pobres. O paradoxo do capitalismo, sistema movido a ganância, era esse mesmo: a ganância privada poderia gerar generosidade pública em alguma medida.

E aí chegamos a uma questão de fato séria e que sempre nos atormenta: pode-se comprar uma virtude? A riqueza garante a generosidade? As duas são a mesma coisa?

Não, não são a mesma coisa. A riqueza é um bem material, resultado de acúmulo e de, muitas vezes, disciplina (o que é, em si, uma virtude). A riqueza, como bem diz Adam Smith, pode tornar uma pessoa mais generosa devido à segurança material que sente em sua própria vida. Mas a generosidade não brota do simples acúmulo material. Como diria o próprio Pascal, o dinheiro, elemento do mundo material, jamais se tornaria uma virtude, elemento do mundo moral ou do espírito. Mas muitas vezes se misturam e se parecem. E para alguém necessitado, receber um bem material pode significar ter a vida salva.

A pergunta sobre a pureza da generosidade vai ao coração da intenção de quem é, "verdadeiramente", generoso. Uma coisa é pensar acerca da definição teórica da virtude, outra coisa é a prática dessa virtude. Só se é generoso e, portanto, se conhece a generosidade "por dentro", quando se pratica a generosidade. E para fazê-lo, muitas vezes, há que se correr risco. O próprio Cristo, sendo ele Deus, para os cristãos, só se revela em sua generosidade quando morre pela humanidade. Nesse sentido, não há generosidade "pura" sem algum risco de vida ou de perda.

Portanto, a força da generosidade é semelhante à da graça: ambas são imbatíveis, uma vez que não temem a destruição do próprio agente que as pratica. O nome da generosidade de Deus é graça. Como se vê a graça?

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