13/10/2016
A TAL BUROCRACIA I
A “grande obra” física do PT de Gaspar, a ponte do Vale, não pode ser entregue ao povo, como planejou na propaganda e intenção, antes das eleições de outubro. O que já estava ruim com a imagem nacional enlameada do partido e de seus membros, ficou ainda pior contra Pedro Celso Zuchi e seu candidato preparado durante quase oito anos, Lovídio Carlos Bertoldi. Mesmo assim, o PT “abriu” a ponte inacabada à visitação pública poucos dias antes da eleição para algum efeito nas urnas. E lá à imprensa, “empresários”, cabos eleitorais e outros curiosos, Zuchi disse que o atraso era devido à falta de verbas de Brasília e a “alguns problemas burocráticos” que surgiram há pouco tempo (?). De novo? E para surpresa de todos, esses problemas não estavam em Brasília, a culpada de tudo, mas em Gaspar. Como a falta de transparência é uma marca do PT e seus satélites, nada se revelou. E nada na imprensa!
A TAL BUROCRACIA II
Quanto à falta relevante de recursos para terminar a ponte do Vale, vou repetir o que sempre escrevi aqui e o que o PT tenta esconder, ou contar outra narrativa. Os poucos mais de R$20 milhões que faltaram, foram exatamente os que Gaspar e o próprio Zuchi prometeram e disseram tê-los na licitação. Sabiam, todavia, que nunca teriam isso. E com a crise econômica nacional e local, tudo piorou. Quanto ao novo problema burocrático (entre muitos, que já foram alegados), ele nada tem a ver com a burocracia, mas com a competência, prudência e planejamento. Ele é de ordem geológico. É um erro de projeto. E ele está na cabeceira ao lado do Ginásio Prefeito João dos Santos. O solo é instável. Só constataram agora (meu Deus!). Vai demandar uma correção. Mais custos, mais aditivos, mais tempo. Isso me lembra o que aconteceu com o CDI do bairro Sete. Ou seja, não aprenderam. Acorda, Gaspar!
INICIATIVA ELOGIADA
O desembargador César Augusto Mimoso Ruiz Abreu, presidente do Tribunal Regional Eleitoral de Santa Catarina, enviou um ofício elogioso à promotora Chimelly Louise de Resenes Marcon, que na Comarca, cuida da Moralidade Pública. Foi pela iniciativa que ela teve e ao mesmo tempo ter conseguido à adesão e compromisso de quatro dos seis candidatos a prefeito de Gaspar e Ilhota ao “Programa Unindo Forças” para a “implementação concreta das respectivas controladorias municipais”. Érico de Oliveira, o Dida, de Ilhota, e Kleber Edson Wan Dall, de Gaspar, eleitos e ambos do PMDB, são signatários desse compromisso. Se apenas cumpriam uma formalidade de campanha para se saírem bem naquela foto com a promotora, só o tempo dirá. Mas, se olharem o que a dra. Chimelly (e o Ministério Público de um modo geral) apertou e desmontou nas artimanhas de erros e pouca transparência dos atuais prefeitos, respectivamente, Daniel Christian Bosi, PSD, e Pedro Celso Zuchi, PT, assumiriam o compromisso ao pé da letra.
Há algumas marcas sobre políticos e partidos. O PT quebrou o Brasil, o PMDB nunca governou nada. Apenas usufrui. O PSD não possui identidade. E o PSDB é de gente rica.
Ou seja, o Partido dos Trabalhadores com o Partido Comunista, o PDT que diz ter o legado trabalhista, foram exatamente os que desempregaram ou achataram os salários dos trabalhadores e o partido dos ricos, o PSDB, o que mais criou empregos e criou condições para os ganhos reais dos trabalhadores quando governou. É ruim, heim! Já PMDB, o PSD...
Os novos vereadores de Gaspar ainda não foram diplomados. E tem gente que nem dorme direito há dias à espera desse diploma. Entretanto, essa angústia não tirou a animação na busca da presidência e de cargos na futura mesa diretora. Ciro André Quintino, PMDB, já botou o nome na cadeira.
São incertos os futuros políticos dos vereadores candidatos derrotados a prefeito de Gaspar. Lovídio Carlos Bertoldi, PT, - o único que não era vereador - sabe que cavalo encilhado passou para ele. Vai cuidar dos seus investimentos.
A volta do PT ao poder em Gaspar se dará por outro nome. Pedro Celso Zuchi alimenta certezas de que voltará. O que conspira é o instituto da Ficha Limpa que o deverá deixar inelegível por oito anos.
A grande dúvida é Andreia Symone Zimmermann Nagel, PSDB. Ao contrário do que se supunha, não ficou abalada com a derrota e já está rearticulando a "reoxigenação" do PSDB de Gaspar. Inicialmente voltará para a sala de aula.
Já Marcelo de Souza Brick, PSD, está dependente dos resultados eleitorais de Blumenau. Se o deputado Jean Jackson Kulhmann, PSD, derrotar o prefeito Napoleão Bernardes, PSDB, na reeleição, a chance dele se dar bem, aumenta. Terá a boquinha e se possível para a projeção regional.
Ela inclui a possibilidade dele ser candidato a deputado estadual por Gaspar e Ilhota na própria vaga de parte do legado de Kuhlmann. É do jogo. É para não ser esquecido e criar massa visando enfrentar Kleber Edson Wan Dall, PMDB, em 2020.
Todavia, esse projeto terá problemas graves: primeiro o PSD de Raimundo Colombo está cada vez mais fraco diante da gestão temerária e o abandono que fez contra o Médio Vale do Itajaí. Colombo não se preparou para a crise.
Por outro lado, Gelson Merísio, presidente da Assembleia, e que está sendo convencido dessa aventura de Brick, está cada vez mais isolado pelo desastre do governo de Raimundo Colombo.
O segundo problema é dentro do próprio PSD. Blumenau terá um candidato para usufruir o legado deixado por Kuhlmann. E não são poucos os que querem e com chances reais. Eles farão de Gaspar o curral terceirizado de sempre.
O terceiro problema a ser superado para que Marcelo tenha chance, é a aliança branca de parte do PSD com o PMDB de Kleber Edson Wan Dall, em Gaspar, via as igrejas evangélicas. Perguntem o que fizeram pelo PSD e o Marcelo, o deputado Ismael de Souza, PSD, e o vereador de Blumenau, lobista atuante na cúpula do PMDB de Gaspar, Jovino Cardoso, PSD?
E se Kuhlmann perder a corrida em Blumenau? Tudo se complica muito para Marcelo e outros na trama que se faz na Assembleia em Florianópolis, incluindo o ex-prefeito Adilson Luiz Schmitt. Todos já foram surpreendidos com a ida de Andreia para o PSDB. E ficaram sem chão.
E sobre os vices? Odilon Áscoli, fica onde estava: consultório médico. Charles Petry? Nada relevante. Volta para a sala de aula. Talvez seja a peça de articulação do DEM. E Giovânio Borges? Vai cuidar da volta à Câmara e evitar o ostracismo que quase sempre cobriu quem ficou sem mandato. Sobre o seu PSB? É preciso aguardar. Talvez seja negociado mais uma vez.
A Diretoria de Trânsito, a Ditran de Gaspar, continua na garoa. O servidor Pedro Paulo Domingos, o Caroço, foi escalado para um curso de Atualização de Condução de Emergência. Ele por enquanto, dirige um veículo de manutenção e não de fiscalização, para o qual, tal curso é necessário.
Outra. Setembro foi o mês que mais se gastou em sinalização em Gaspar na Ditran. Empenhou-se ou pagou-se a Sinalblu R$37.275,60. Sobre a máquina própria de pintar as ruas, pouco se falou (e até se usou).
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