13/03/2017
OS APRENDIZES INTENCIONAIS I
O prefeito de Gaspar, Kleber Edson Wan Dall, PMDB, continua plantando flores pelos canteiros da cidade. Enquanto isso, os iluminados e que verdadeiramente mandam e desmandam na sua administração, continuam semeando armadilhas. Deixam-no exposto. Esta situação revela as fraquezas técnicas e vícios dos que o cercam bem como das intenções dos mesmos. E o resultado disso? Esses “assessores” e influenciadores palpiteiros informais, ainda vão complicá-lo no currículo que Kleber pretende estabelecer de “grande” administrador público na busca da sua reeleição. Os sucessivos fatos – em tão pouco tempo - mostram que há um aprendizado temerário (e que não é derivado de Temer), seja ele na ingenuidade por desconhecer do riscado de governar um município pequeno como Gaspar ou pela transversa intenção de geri-lo por atalhos, para assim fugir da legislação ordenadora ou restritiva na administração municipal, como que se não houvesse obrigação de se subordinar à lei.
OS APRENDIZES INTENCIONAIS II
Na coluna de terça-feira (mas editada na segunda-feira) da semana passada, a que é feita especialmente para os leitores e leitoras do portal Cruzeiro do Vale, o mais acessado, deixei um recado explícito no “Trapiche”. É que informado por minhas fontes, deparei-me com um assunto próprio da tal contabilidade criativa dos políticos e gestores público, e muito comum nos dias de hoje. Julguei ser ele absolutamente frontal à legislação específica. “Hoje é dia de sessão da Câmara de vereadores de Gaspar. E os requerimentos diminuíram e começam a chegar as primeiras matérias do Executivo, entre elas a dança dos números”. Esperei para fazer manchete na sexta-feira que passou, se a matéria tivesse prosperado dentro do legislativo gasparense. Entretanto, antes, os iluminados da prefeitura perceberam que não se tratava de uma esperteza, mas sim de uma burrice mesmo, que consolidada, poderia até dar cassação. Não no Executivo autor do golpe, mas no Legislativo, o que permitiria o golpe via o conluio da assessoria e da Comissão de Lgislação.
OS APRENDIZES INTENCIONAIS III
Bingo. Um leitor, às 17h05min, quase ao fim da sessão e testemunha dela na terça, entrou na área de comentários da coluna: “Boa tarde, colunista! Saber que a nova Administração está perdida eu já sabia, mas perdida e mal assessorada eu ainda tinha as minhas dúvidas. Com tantos capacitados e especialistas na área, conseguem mandar para a Câmara de Vereadores três projetos de leis inconstitucionais; o último tiveram que mandar o vice-prefeito protocolar um pedido de retirada da pauta, pois, o presidente Ciro Quintino [PMDB] iria ler na íntegra a devolução do projeto cheios de erros amadores. O bá-fá-fá na Câmara de vereadores foi enorme e a vergonha dos que compõem a base, maior ainda. São estas e outras que o PMDB de Gaspar mostra para que veio. Estamos de olho nas próximas mancadas. Como diria [vereador] Wando Andriette [PMDB]: ‘um beijo no coração’”. Do que escrevi e o leitor comentou? Disso: “Ofício Gabinete nº 71/2017, para apreciação, análise e aprovação, em regime de urgência [aprenderam com o PT, o ato e a palavra urgência para abafar o que está torto], o Projeto de Lei: AUTORIZA O MUNICÍPIO DE GASPAR A ANULAR E SUPLEMENTAR SALDOS DE DOTAÇÕES ORÇAMENTÁRIAS NO ORÇAMENTO VIGENTE DA ADMINISTRAÇÃO DIRETA E DA CÂMARA DE VEREADORES DE GASPAR, E DÁ OUTRAS PROVIDÊNCIAS”. E do Ofício Gabinete nº 87/2017 que chancela a tentativa colocar no saco a Câmara: “vimos por meio deste solicitar a retirada do Projeto de Lei, enviado por meio do Ofício nº 71/2017/GAB”. Riam macacos.
OS APRENDIZES INTENCIONAIS IV
Eu poderia parar por aqui, pois o comentário do leitor e o teor dos dois ofícios do prefeito Kleber já dão bem à dimensão da mancada dos iluminados do “novo” governo de Gaspar. Eu todavia, vou repicar e continuar, até porque tenho dúvidas de que se trata de ignorância por quem esbanja tanto “conhecimento”. Cheira à esperteza mal calculada por quem se acha inteligente e acima da média, presumindo que todos do outro lado são imbecis, trouxas, ignorantes e subservientes. Afinal qual a diferença entre o PT e o PMDB? Busco essa resposta e ainda não a encontrei. Outra, não se trata de um simples erro, mas uma clara interferência do poder Executivo na administração de um outro poder que é autônomo, o Legislativo. É, uma acintosa tentativa de subserviência do Legislativo aos interesses administrativos do Executivo. Resumindo: o presidente da Câmara, Ciro André Quintino, PMDB, estava se passando por estafeta do secretário da Fazenda e interino da secretaria Administração e Gestão, o advogado, ou seja, que diz e teria de conhecer bem esse assunto, Carlos Roberto Pereira. Em resumo: o Projeto de Lei dizia que os recursos que estão previstos para a construção da sede da Câmara e que provavelmente não vão ser usados neste exercício por múltiplas coincidências, deveriam voltar para os cofres prefeitura. E para quê? Para usar na Ponte do Vale. Ai, ai, ai.
OS APRENDIZES INTENCIONAIS V
Primeiro: no Orçamento Municipal de 2017, proposto pelo Executivo e aprovado no ano passado pela Câmara, pela Constituição, há o duodécimo, ou seja, uma parte reservada para a Câmara. É, a princípio, este duodécimo, intocável. Se houver sobras, no final do ano, elas serão devolvidas para o Executivo (e o PT, por exemplo, não deixava a Câmara sugerir destinação, como o Hospital). Devolvido e incorporado automaticamente no Orçamento municipal, o Executivo faz dele o que quer. Agora devolver antes do final do exercício fiscal, é a explícita negação de um direito. E se isso fosse possível -abdicar de parte do Orçamento -, quem deveria ter a iniciativa seria o do detentor deste direito, ou seja, a Câmara, e não o que está obrigado a repassar o duodécimo, ou seja, o município.
OS APRENDIZES INTENCIONAIS VI
O doutor Carlos Roberto Pereira teve a coragem de inverter esse processo administrativo natural e induziu o prefeito Kleber Edson Wan Dall, PMDB, que assinou tal bobagem, ao erro. E lá foi o vice, o ex-vereador, Luiz Carlos Spengler Filho, PP, esbaforido, buscar o documento e impedir que houvesse a tal recusa formal – com um relatório técnico da assessoria jurídica da Câmara ensinando o óbvio aos nobres advogados (e que não são poucos) na procuradoria da prefeitura. Esse parecer técnico, que esperei como o atestado para provar, mais uma vez de que não sou crítico vulgar como me acusam, reiteradamente, consagraria o vexame sem tamanho dos iluminados da nova administração e do novo jeito de governar Gaspar. Eles estão mais preocupados com as críticas da imprensa do que realmente trabalhar com foco e eficácia para diminuir os sucessivos erros que produzem e os múltiplos problemas inerentes de uma gestão municipal que não conseguem resolver. Estão plantando flores.
OS APRENDIZES INTENCIONAIS VII
Segundo. Para que seja editado um Projeto de Lei desse porte e intenção, antes de remetido ao Legislativo, é impossível que o Executivo não tenha conversado e negociado com o presidente da Câmara – o que perderia receitas orçamentárias -, aliado de primeira da gestão municipal de Gaspar. Terceiro, por não ser um técnico – apesar de não ser um vereador novato -, é quase impossível que Ciro não tenha consultado a assessoria especializada bem paga da Casa e que está à sua disposição exatamente para bem orientá-lo. Insistiu naquilo que sabia ser coisa de doido? Quarto: e o que faz Ciro com os outros três membros da mesa Diretora da Câmara onde as decisões deste porte são primeiramente compartilhadas? Os faz de bobos? Quinto: com a trapalhada fica evidente uma outra jogada e perguntar não ofende; a Câmara desistiu de levar adiante a construção da sua sede própria? A quem interessa isso dentro do PMDB que manda no governo Kleber? Quem vai ganhar? Vai que outro presidente da Câmara se interesse pelo assunto e aí então não terá mais recursos rubricados no Orçamento para tal...Eu vejo tudo e não morro. A esperteza demasiada, é provado, se transforma num problema.
OS APRENDIZES INTENCIONAIS VIII
Sexto. O PT diz aos quatro cantos da cidade que deixou R$3 milhões em caixa para terminar a ponte do Vale. Esses recursos existem? Eles não são suficientes? Por que o PMDB está em silêncio sobre essa herança maldita? Faltam respostas. Falta transparência. Outra. Além dos R$3 milhões vão tirar dinheiro do IPTU e agora, do orçamento da Câmara para terminar a ponte do Vale? Se não há dinheiro para acabar a ponte, outras obras, reajuste do funcionalismo, para saúde dos postos pois fizeram do Hospital um sumidouro de dinheiro por falta de planos e ações – motivo de um comentário aqui -, qual a razão para sangrar os cofres públicos com desapropriações para satisfazer vinganças de outros? PT, PMDB, PP estão juntos no processo de vingança? Falta comunicação com a comunidade. Falta liderança e definição das prioridades.
OS APRENDIZES INTENCIONAIS IX
O velho PMDB e o PP de Gaspar, travestidos de novos, não se deram conta que a campanha política já terminou e eles foram os vencedores. E foram vencedores exatamente com o discurso que fizeram, mas que até o momento não conseguem colocá-lo em prática. E por que? Por que era algo teórico e marqueteiro para ganhar as eleições? Por que não se preocuparam em antes de fazer o discurso, escolher gente capacitada para colocá-lo na prática? Ideias boas inexistem se não executadas. Está na hora do PMDB e PP governarem com planejamento, prioridades e foco. Os desafios são do século 21 e mais exigentes. A transparência veio para ficar. E Gaspar continua sendo governado como no século passado: por amigos, leigos e gente que precisa da teta pública para sobreviver ou para exercer o poder.
OS APRENDIZES INTENCIONAIS X
A administração de Kleber precisa de um especialista na Fazenda (nenhum administrador – seja ele público ou privado - abre mão disso: que entenda do riscado). Ele deveria ser discreto, focado, antenado, técnico, conhecedor da atual legislação, das manhas e atalhos da contabilidade pública. A administração de Kleber precisa de um secretário de Administração e Gestão previsto no organograma administrativo e que não tenha pretensões políticas, que não tenha cacoetes de centralizador ou de ser um poderoso usando ares de vingança para dizer que existe. São coisas diversas: um pensa (Fazenda) o outro executa (Administração) com habilidade. E está mais do que na hora do doutor Pereira ir para a Procuradoria Geral, colocar a casa em ordem – e as fragilidades se estabeleceram já nos primeiros decretos e portarias que tiveram que ser refeitos. É a área mais importante na proteção dos atos jurídicos perfeitos da Administração que está sendo testada. O doutor Pereira deve se licenciar do seu escritório de advocacia. É incompatível. Tocar os quatro ao mesmo tempo – além dos negócios e a vida privada – como quer, não está dando e não vai dar certo. A coordenação é uma função, inclusive a política, do prefeito –e não do doutor Pereira. Kleber está entretido plantando flores, enquanto uma floresta de problemas toma conta do canteiro. Vai sufocar as floradas e suas belezas. Acorda, Gaspar!
DEU ZEBRA I
O primeiro Projeto de Lei feito e enviado pelo prefeito Kleber Edson Wan Dall, PMDB, à Câmara de vereadores, é ilegal e inconstitucional. E tem outros... Ilegal e inconstitucional foi o parecer o relator geral da matéria, Dionísio Luiz Bertoldi, PT. O Projeto de Lei tentava instituir uma gratificação de R$ 3.329,56 por exercício de atividade especial na coordenadoria municipal de Defesa Civil de Gaspar. O parecer de Bertoldi foi seguido pela maioria na Comissão de Legislação, Justiça, Cidadania e Redação e que tem na sua composição além de Bertoldi, Francisco Hostins Junior, PMDB, Franciele Daiane Back – PSDB, e Roberto Procópio de Souza, PDT. Trata-se de um erro. E a reprovação é técnica.É validada pelos técnicos da Câmara. E ela está muito no cerne dos meus comentários anteriores: “Os aprendizes intencionais”.
DEU ZEBRA II
O parecer vai à votação, por teimosia, hoje no plenário. Se confirmado, constitui-se uma derrota do governo Kleber. Se rejeitado – porque esta é a jogada do novo governo - também será uma derrota da lei, pois não se terá a solução. Ela ficará protelada pelos recursos jurídicos que se farão contra a decisão que afronta o parecer do relator, da maioria da Comissão e a lei. A vaga já tinha até um indicado informal – e conhecido de todos na cidade - e que aguardava a complementação salarial para se transferir de outro órgão público para a nova função e tendo assim, os seus vencimentos equiparados aos percebidos hoje na origem. Uma pergunta simples aos iluminados que o cercam e que acham a imprensa investigativa um problema: Kleber precisava de mais este desgaste? A imprensa, outra vez, não o criou nada. Apenas está noticiando os erros e as jogadas para fórceps tentar contrariar a lei.
DEU ZEBRA III
O indicado, o Cabo Bombeiro Militar, Rafael Araújo de Freitas, oficialmente até já foi dispensado pela corporação. O Diário Oficial do Estado na edição do dia três de fevereiro, na página 12, publicou a portaria 37, de 30 de janeiro de 2017, sacramentado este "empréstimo" dele para atuar em Gaspar ,na Defesa Civil. E agora? Os bois na frente da carroça?Acorda, Gaspar!
RÁPIDOS
Estão desempregados 13 milhões de pagadores de pesados impostos que sustentam os políticos e os governos com seus sacrifícios. Enquanto o Sindicato dos Trabalhadores no Serviço Público de Gaspar – Sintraspug, tem uma dura negociação com os indicados do prefeito Kleber Edson Wan Dall, PMDB, a Câmara já antecipou. A mesa diretora (Ciro André Quintino, PMDB, Silvio Cleffi, PSC, Cíicero Amro da Silva, PSD e Rui Carlos Deschamps, PT) apresentou o Pprojeto de Lei 8. Do que ele trata? Do reajuste, a título de revisão geral anual, no percentual de 5,44%, ao subsídio dos Vereadores e à remuneração dos Servidores do Poder Legislativo, incluindo os inativos. Para lembrar no ano passado, enquanto o ex-prefeito PT se negava a dar reposição, um acordo dividiu em duas parcelas, uma manobra dos vereadores, que eles e os servidores da Câmara ganhassem o reajuste integralmente numa única parcela. O que vai acontecer este ano? Acorda, Gaspar!
ILHOTA EM CHAMAS I
A ponte dos Sonhos já liga o Centro de Ilhota e o lado esquerdo (os Baús) do Rio Itajaí faz meio ano. Mas, a balsa continua lá, gerando custos e problemas. Só depois dela afundar por falta de cuidados mais uma vez e dar manchetes, trouxeram-na para o seco e se conscientizaram em dar destinação ao que não serve mais. O mesmo não aconteceu com o barco que a rebocava. Ele continua na margem do Rio, meio escondido, e sempre ameaçando adernar ou afundar. Qual a razão para o prefeito Érico de Oliveira, PMDB, não enxergar o mais fácil, o mais barato para os impostos do povo, o que dá menor desgaste ao político no poder de plantão e óbvio que é tirá-lo da água? Triste constatação.
ILHOTA EM CHAMAS II
Ilhota virou uma cidade loteamento. Não se sabe como vai se abastecer tanta gente se todos os lotes, alguns deles mais ou menos de 100 m2. A Câmara – desde a legislatura passada até porque esse assunto é suprapartidário e o que torna tóxico - tem passado legislações bem heterodoxas sobre esse tema. Elas estão sendo analisadas pelo Ministério Público e que já enquadrou administradores passados. Entretanto, parece que ninguém está mesmo se importando muito com as consequências e continua esticando a corda. Uma gravação entre políticos, revelou como se negocia a regularidade dos lotes em Ilhota. Em resumo: estaria sendo violado o Plano Diretor e o Estatuto das Cidades em troca de favores. Para disfarçar, o recém criado Conselho da Cidade de Ilhota, instituído pelo Decreto 16/2017, acaba de convocar uma Audiência Pública. Ela vai a ser realizada na quinta-feira, dia 23, a partir das 18h, no plenário da Câmara de Vereadores de Ilhota com os moradores de lá, interessados neste assunto. Se não aparecer na audiência gente entendida, Ongs ou o Ministério Público para esclarecer, pedir contrapartidas e compensações, os presentes só servirão para validar e assinar a ata. Pois se falarem ou exigirem o que a lei e a realidade lhes faculta, levarão no lombo. É assim que os políticos de Ilhota têm agido com os curiosos.
ILHOTA EM CHAMAS III
O que vai acontecer nesta audiência do dia 23? Tomada de conhecimento, discussão, avaliação e deliberação, sobre os impactos gerados pelo Loteamento Seu Leopoldo (processo administrativo 05/2016) através da apresentação de seu Estudo de Impacto de Vizinhança. Tudo já está disponível na Secretaria Municipal de Agricultura e Meio Ambiente. Ao menos alguma coisa está sendo feita. Resta saber o tamanho do disfarce. Esses loteamentos populares exigem uma demanda extra do poder público como água tratada, transporte público, iluminação pública, recolha de lixo, assistência social, médica, odontológica, mais creches e escolas, malha viária de suporte. Isto sem falar em segurança e rede de energia, ou até vulnerabilidades de solo à catástrofe ou às enchentes provocadas pela elevação do Rio Itajaí. E para onde irá o esgoto dessa gente toda? Para o Rio Itajaí?
ILHOTA EM CHAMAS IV
Em muitos casos, ainda, é prometido pavimentação, drenagem pluvial e calçadas aos compradores dos lotes. Quase sempre, nada disso acontece. Instalados lá, os proprietários dos lotes não vão aos donos do loteamento que somem. Vão aos políticos na troca de votos, e ambos – os políticos e os donos dos lotes batem à prefeitura. Exigem o que lhes foi prometidos e chancelado pelo poder público que fechou o olho na fiscalização. E por que? Porque viu apenas um amento de receitas fictícias no IPTU no curto prazo e uma parceria com gente poderosa, normalmente negociantes para se fechar os olhos às exigências do Plano Diretor. Como escrevi: essas audiências na maioria dos casos apenas cumpre um ritual e que engana a todos e dão vantagens a poucos.
ILHOTA EM CHAMAS V
Parte crucial desse assunto foi parar com o secretário de Agricultura e Meio Ambiente, Antônio Robson Dias Filho, um fluminense de Resende, ativista, jornalista (mas me esclarece que se formou em Direito, na Univali), candidato derrotado do PV a vereador em Balneário Camboriú. Ele diz que vai colocar a mão nessa cumbuca. E de que quando o prefeito Érico de Oliveira, PMDB, foi finalizar a sua contratação, essa questão de seguir todos os trâmites legais foi esclarecida. Teria então ganho carta branca. É pagar para ver. Primeiro Robson não conhece Ilhota e as relações que este assunto se acerca no poder via amigos, loteadores e empreiteiros. Segundo: vai experimentar logo o fogo amigo se mesmo ganhou gcarta branca. Terceiro: os poderosos – e a maioria dos políticos - não gostam de ser contrariados e contraditados. O próprio Robson tem pelo menos uma experiência nesse assunto crucial quando estava na Rádio Transamérica, de Balneário Camboriú, e que a partir de então, tornou-se bem conhecido na cidade. Outra. Se é para pôr a casa em ordem, o governo de Edson Renato Dias, o Periquito, PMDB, de onde Robson é egresso e é apadrinhado, não é uma boa referência. Basta percorrer os corredores do MP de lá e olhar o que rolou no governo de oito anos e na campanha eleitoral de outubro do ano passado. Enfim...
ILHOTA EM CHAMAS IV
Esclarecido o que trazia dúvidas. A portaria 73 assinada na semana passada pelo prefeito Erico Oliveira, PMDB, revogou a portaria 13 e que se comentou aqui na época da sua edição. Ela nomeava cumulativamente o secretário de Indústria e Comércio de Ilhota, o ex-vereador Paulo Roberto Drun, PPS, Gestor de Convênios (função oficialmente não criada), mas sem vantagens ou recompensas financeiras. Outro assunto que precisa ser esclarecido é o que dá vantagens e descontos aos secretários de Ilhota. O subsidio base de um secretário é de R$6.000,00 (exatos). Está na lei. Mas tem secretário onde o salário base na folha está expresso em R$7.000,00. E tem secretário com salário base R$6.000,00, mas o total dos proventos chega a R$10.740,86 e na outra ponta, compensatória há um estranho desconto de R$7.239,12. Tudo para embaralhar?
O COMUNICADOR X O POLÍTICO I
O radialista, o comunicador Alexandre José voltou a trabalhar. Primeiro na Rádio Guararema e na semana passada, na TV RIC Record, de Blumenau, onde ancorava (e retorna) o Jornal do Meio-Dia. Ele rivalizava (e bem) com o Jornal do Almoço, da então poderosa RBS TV, com Joelson dos Santos e Valther Ostermann. Foram seis meses de ausência. E nada será como antes. Nem na autoridade, na credibilidade, ou na autenticidade que ele transpirava. Aos que não o conhecem, devo dizer que Alexandre, em outubro do ano passado, foi candidato a vice-prefeito de Blumenau pelo PRB (o partido dos pastores evangélicos) na chapa encabeçada pelo deputado estadual, Jean Jackson Kuhlmann, PSD. Aos que não me conhecem devo repetir que sempre tive, fundamentei e expressei a minha contrariedade e até indignação ao ver um religioso, um famoso e principalmente um jornalista, radialista ou comunicador em plena atividade, ainda mais crítica, ser candidato a cargos eletivos, tornar-se um político ativo a serviço das espertezas desse submundo de poder e que usa incautos, analfabetos, ignorantes, desinformados, militantes profissionais, malandros sem votos, os quais vivem de eternas boquinhas e até fanáticos, para se estabelecer nele e tirar vantagens.
O COMUNICADOR X O POLÍTICO II
Alexandre José construiu a sua reputação e credibilidade em Blumenau e até mesmo no Médio Vale do Itajaí, sendo direto, crítico contumaz do poder público e dos políticos no exercício do poder de plantão. Um radialista e comunicador jovem, que soube bem capitalizar para si e às emissoras onde trabalhou ou trabalha, o senso de retorno dos serviços públicos para os cidadãos, a indignação da população, usando-os para consolidar audiências e relacionamentos próprio de populistas. Cego pelo sucesso, e motivado por espertos que o cercava, resolveu vender na praça esse capital. E o fez da pior maneira possível e para o pior cliente da praça: a política (sem credibilidade) e o político (sabidamente sem votos, pois as pesquisas há muito davam conta disso). Inicialmente, Alexandre ensaiou um voo solo, para na verdade valorizar ainda mais o passe. E quem o comprou? Kuhlmann, já desgastado por mandatos opacos de deputado estadual e uma campanha eleitoral a prefeito que perdeu para a zebra da época (Napoleão Bernardes, PSDB).
O COMUNICADOR X O POLÍTICO III
Alexandre foi um contundente crítico do ex-prefeito (até a pouco secretário estadual de Saúde e hoje deputado Federal), João Paulo Kleinübing, padrinho da candidatura de Kuhlmann. Alexandre foi um contundente crítico de Kuhlmann, principalmente nas questões de segurança um dos seus focos populistas. Pelo mesmo motivo, Alexandre quase diariamente apontava o dedo para o prefeito de Lages que finge ser governador de Santa Catarina e abandona o Médio Vale, o governador Raimundo Colombo, PSD, o padrinho de Kuhlmann. Foi constrangedor ver todos abraçados em vídeos, depoimentos e propostas na campanha eleitoral de outubro passado. O que deveria agregar, somar votos, virou um eterno mar de explicações. Uma marquetagem errática diante das incoerências. Tentaram desconstituir a administração de Napoleão, improvisada porque não esperava ganhar em 2012, em plena crise econômica que o pegou de calças curtas, feita sob uma maioria oposicionista na Câmara que não lhe deu tréguas nas pegadinhas e constantes chantagens. Não deu certo a união da fera e do ferido, como não deram certas as pesquisas montadas para ludibriar os espectadores da rinha. O que era somar, se anulou e ficaram marcas, principalmente para Alexandre José, que conheceu melhor por dentro o mundo dos políticos, da política e de que numa disputa, vale tudo para ganhar e pelo poder.
O COMUNICADOR X O POLÍTICO IV
Alexandre José está de volta ao microfone e agora ao vídeo. Primeiro, desfiliou-se do PRB, uma boa e ética decisão. Mas, isso será insuficiente para recuperar a credibilidade e lhe retirar as suspeições. Ele perdeu grande parte da pureza, do patrimônio que conquistou como profissional de comunicação ao usá-lo e fazer a escolha para ter o poder político de alcance duvidoso. Afinal, para que serve um vice de um político matreiro e carreirista como Kuhlmann? Segundo, como irá criticar de forma isenta um agente público, um político se um dia já declarou e escolheu um lado partidário, renegando à confiança depositada pelo ouvinte ou telespectador? Será difícil e lenta essa recuperação, mas mesmo que ela aconteça, sempre será lembrado na mancha. Terceiro, a confissão: Alexandre José afirma aos que o rodeiam que a decepção foi tão grande que ele não voltará mais ao mundo dos políticos. Se não for uma jogada de arrependimento para recuperar mais rapidamente a credibilidade perdida, se realmente as lições lhe serviram, mostra que merece uma nova chance. Em queda na audiência, a RIC e Marcelo Petrelli, o dono avalista dessa aventura de seu empregado, não tinham muitas opções se não tentar a volta de Alexandre José. Por outro lado, a RBS – pressionada pelos custos - vai dar uma mãozinha: o Jornal do Almoço vai ser centralizado novamente em Florianópolis. Ou seja, para os 70 municípios de influência da emissora de Blumenau, vão dar uns minguados minutinhos como era antigamente, quando perdiam para a RIC. Alexandre José vai aproveitar e nadar...
VERBAS
Depois do senador Dalírio Beber, PSDB vir à prefeitura anunciar verbas para a administração de Kleber Edson Wan Dall, PMDB (o primeiro a direita) e Luiz Carlos Spengler Filho, PP (o segundo à direita), foi a vez dos deputados Esperidião Amim Helou Filho, PP (o primeiro à esquerda e de costas), e João Paulo Kleinübing (ao centro), PSD. Falta é a turma do PMDB se coçar. Três detalhes. No tempo do PT, mal apareciam por aqui políticos trazendo recursos de suas bancadas. João Paulo já apareceu por aqui duas vezes em menos de um mês. Numa delas, para cuidar de empregos para os seus, apesar de tecnicamente o PSD estar junto com o PT e o PDT, na oposição a Kleber e Spengler. E Esperidião, um ex-governador aposentado, político carreirista, piadista, veio contar mais vantagens por aqui. Falta Esperidião explicar como relator por duas vezes que foi na mesma matéria na Câmara, se acha mesmo que os cidadãos catarinenses e gasparenses devem pagar as contas perdulárias e de má na gestão dos políticos de outros estados, como Rio de Janeiro, Manas Gerais, Rio Grande do Sul e muitos que ainda virão. Todos se dizem novos, mas preferem os conselhos dos velhos com as sua ultrapassadas práticas políticas e de gestão pública. Acorda, Gaspar!
Dança I. Mais comissionados: FLAVIO ROGÉRIO RODRIGUES DE SOUZA nomeado como Encarregado Geral de Informática, na Secretaria Municipal de Saúde; SANDRA MARA HOSTINS, como Assessora Administrativa da Secretaria Municipal de Educação; e EDUARDO FERNANDES DA ROCHA SANTOS, como Assessor de Cobrança, da Secretaria Municipal da Fazenda.
Dança II. Menos comissionados. A pedido, foi exonerado MARCO VINICIO REINERT, do cargo em comissão de Diretor de Obras do Belchior. Incompatibilidade com o jeito de governar e o aparelhamento pretendido pelo novo intendente, Raul Schiller, PMDB.
Dança III. Menos efetivo. Outro que pediu para sair, mas foi nomeado por Pedro Celzo Zuchi, PT, em 2015: RAFAEL FIALHO BEZERRA DE MENEZES, Agente de Serviços Especializados I, lotado na Secretaria de Administração e Gestão.
Dança IV. Estranho. Reserva de vaga? O decreto 7.389, de três de março de 2017, diz que fica exonerado RICARDO SILVINO DA CUNHA, do cargo efetivo de Agente de Biblioteca, lotado na Secretaria Municipal de Educação, ao qual foi nomeado pelo Decreto nº 6.675, de 11 de janeiro de 2016, a partir 01º de março de 2017. Hum!
Ilhota em chamas V. Na sexta-feira é dia de registro de preço para eventual aquisição de combustível e aditivo, para atender as necessidades de abastecimento da frota de veículos e maquinários da prefeitura municipal e suas secretarias, além dos bombeiros militares de Ilhota.
Ilhota em chamas VI. Aliás, a portaria 59/2017 acaba de revoga a portaria 36 do próprio prefeito Erico de Oliveira, PMDB, que nomeou a comissão de licitação de Ilhota. E por que? Porque o decreto 26 feito na semana passada fez a nomeação de uma nova comissão de licitação. Confusão? Não. Correção.
Ilhota em chamas VII. Uma correção à meia boca. O decreto 26 editado e assinado pelo prefeito no dia seis de março tem validade até 28 de fevereiro deste ano. Ou seja, nasceu morto antes de valer.
Ilhota em chamas VIII. Vem problemas e negociações políticas por aí. O decreto nº 23 acaba de criar a Comissão de Avaliação de Antigos e Novos Contratos de Locação Firmados pelo Município de Ilhota. São três membros. Um deles é uma psicóloga. Tudo a ver. E Freud explica.
Ilhota em chamas IX. Na sexta-feira o Diário Oficial dos Municípios – aquele que se esconde na internet – estampou a contradição do discurso de economia do prefeito Érico de Oliveira, PMDB. Ele mandou publicar uma tripa de nomeações de comissionados no ajuste político da sua administração e atendimento regional do guloso PMDB.
Ilhota em chamas X. Ariane da Silva, deixou de ser chefe de divisão para ser diretora de departamento; Agnaldo Perrone de Oliveira foi ser assessor jurídico e responder pelo Procon (?), Atierre Agostinho Peixer, Josimar Saes e Rosilene Fronza Zimmermann todos nomeados diretores de departamento; já Sidnei Agostinho e Jacqueline Aparecida Ferretti, chefes de divisão. Na outra ponta, Carlos Henrique Russi, chefe de divisão, foi exonerado.
Foi triste a apresentação do novo primeiro intendente do Distrito do Belchior, o ex-vereador Raul Schiller, PMDB. Na falta de identidade com a localidade, acentuaram a sua origem alemã e o pouco trabalho no então bairro que teria feito quando era um funcionário da Celesc. Fez esse trabalho primeiro porque era uma obrigação; segundo porque era pago pelos clientes – afinal a Celesc é uma empresa - e tudo - mas facilidades das dificuldades -foi usado no devido tempo para se converter em votos em favor do candidato Schiller. Então...
Começou. Na sexta-feira, dia 17 de março, será feita a licitação para o registro de preços de serviços de escavação, assentamento de tubos, recobrimento das tubulações, confecção de caixas coletoras pluviais, com fornecimento de mão de obra, má- quinas, caminhões e ferramentas.
Já na segunda-feira, dia 20, será o pregão para o registro de Preços visando a Contratação de serviços de colocação de lajotas, paver, paralelepípedos e meio-fios, incluindo despesas de deslocamento de recursos humanos e material, com mão de obra, com ferramentas e com equipamentos necessários à execução.
O Samae de Gaspar acaba de comprar R$71.919,00 de asfalto quente a ser retirado na Britagem Gaspar.
Troca de governo, aparecem naturalmente os novos fornecedores. No Samae ganharam os pregões de registro de preços para serviços como caminhões basculantes, retroescavadeiras, caminhões prancha, rolo compressor entre outros: Terraplanagem AS, Nilso Terraplanagem e Eletrotécnica Centro Sul. É isso mesmo!
Um caso entre dezenas que estão enrolados. Finalmente houve o primeiro Julgamento Administrativo do governo de Kleber Edson Wan Dall, PMDB. Foi proferido no Processo Administrativo Disciplinar nº 08/2016, instaurado pela Portaria nº 4.074, de 06 de julho de 2016. A Pena? Advertência a um agente de trânsito.
Gente com sede. Na semana passada mostrei a licitação para a compra de água engarrafada e galões para a prefeitura servir aos seus. Agora, o que aparece? A compra de mais 33 purificadores de parede. E não é coisa barata. Mais despesas, mais custos de manutenção. Há encanamento para tudo isso? Em repartição pública, o mais está emperrado são aparelhos de purificar e servir água. Isso é outra água ... E falam tanto em economia. Acorda, Gaspar!
É a primeira vez este ano que a pauta da sessão de terça-feira da Câmara fica disponível na sexta-feira.
Ué, sumiu! O vereador Rui Carlos Deschamps, PT, está pedindo ao prefeito Kleber Edson Wan Dall, PMDB, que oriente o presidente do Samae, José Hilário Melato, PP, a recolocação da Placa de Inauguração da reforma e ampliação da ETA I, em dezembro de 1992. Cruzes!
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