15/08/2016
SERVIÇO MAL FEITO. E COM O DINHEIRO DO CIDADÃO
Esta é a lombada na Rua Nereu Ramos, no bairro Coloninha. Teve que ser refeita pela prefeitura via Ditran. Um custo a mais para os gasparenses. E por quê? Foi malfeita, apesar do município ter engenheiros e técnicos bem pagos e especializados para a orientação e fiscalização deste tipo de obra e serviço, bem como a Ditran, supostamente ter a obrigação em conhecer a legislação que regula este assunto. A lombada estava fora dos parâmetros exigidos pela regulamentação. Era quase um degrau, ou seja, levava a acidentes ou a danos dos veículos que passavam sobre ela. E a acessibilidade para cadeirantes nas calçadas, impraticável. Vergonha para u governo popular que se diz no discurso ser a voz das minorias e excluídos. Levou-se 40 dias, e depois de muitas reclamações, para perceberem o erro, o perigo e promover a correção para os cidadãos pagadores de pesados impostos. Acorda, Gaspar!
O PT DE BLUMENAU FINGE QUE NÃO GOVERNA GASPAR I
O PT de Blumenau mostrou no sábado o plano de governo do prefeiturável, o professor universitário, Valmor Schiochet. Olha só o discurso poético e acadêmico. Um dos eixos do plano prioriza às políticas sociais e à realização de direitos. Ou seja, quer cuidar das pessoas em primeiro lugar para que elas cuidem da cidade. Bonito. Lindo. Em Gaspar onde o PT é governo há oito anos seguidos, dos 12 que governa a cidade, isto é letra morta, mortíssima. O outro eixo do discurso é o do “direito à cidade”, sob o mote da convivência justa, solidária, sustentável e democrática. Gracinha. Então alguém pode apontar onde isto é prioridade no governo do PT de Gaspar? Vamos a um dos muitos exemplos: o que é mesmo feito com o loteamento das casinhas de plástico, que nasceu de uma vingança do PT (inclusive o de Blumenau que orienta o de Gaspar) contra a propriedade de um empresário?
O PT DE BLUMENAU FINGE QUE NÃO GOVERNA GASPAR II
Quer mais? Tem mais teoria dos filósofos e marqueteiros de campanha para trapacear analfabetos, ignorantes, desinformados, assistidos e fanáticos da causa. O eixo do desenvolvimento econômico faz referência ao crescimento no presente com olhos no futuro. Em Gaspar nem a revisão do Plano Diretor conseguiu propor e discutir com a sociedade, como manda o Estatuto das Cidades, e muito menos aprova-lo na Câmara onde o assunto rola por anos. Já o quarto eixo do plano de governo do PT de Blumenau trata da gestão ética e democrática, porque a candidatura promete “governar com as pessoas”. Sério? O PT queria governar com quem? Robôs, alienígenas, animais? Mais uma vez a utopia supera de longe à realidade, isto se não chamam todos os eleitores tolos com este amontoado de palavras de ordem.
O PT DE BLUMENAU FINGE QUE NÃO GOVERNA GASPAR III
Mas, a “grand finale” ficou para a piada do vereador Vanderlei de Oliveira. Ele diz que a chapa do PT de Blumenau, aquele que manda e desmanda em Gaspar, vai “radicalizar” na transparência pública, democratizar as decisões e fortalecer os conselhos de políticas públicas. Em Gaspar, por exemplo, até hoje, a transparência do governo petista é zero e só faz alguma coisa neste quesito a mando de decisões judiciais, a qual antes desdenha e depois contesta, culpando de ser fruto de uma suposta onda conservadora ou da oposição, que de verdade, só existiu nas ações de uma única vereadora, a Andreia Symone Zimmermann Nagel, PSDB. E a imprensa de Blumenau, colunistas professores, intelectuais que precisam dos analfabetos, ignorantes, desinformados estão apostando tudo de que isto seja mesmo possível, inovador (sério!) e verdadeiro.
O PT DE BLUMENAU FINGE QUE NÃO GOVERNA GASPAR IV
Resumindo: os petistas de Blumenau que embalam a administração de Gaspar não conseguem enxergar as experiências e os resultados na bancada de um mesmo laboratório que produz este tipo de discurseira. E se isto fosse pouco, o esgoto que o PT nacional produziu seria suficiente para desconfiar de que se trata de uma máquina de iludir, que exala atraso, desconfianças e incompetência, impondo sacrifícios às pessoas como alta inflação, desorganização da economia e do empreendedorismo, desemprego de quase 12 milhões de pessoas – a maioria pobres -, impossibilidade de atendimento na rede pública de saúde, educação sofrível, insegurança, além da roubalheira institucionalizada. E para não ir longe, o desabono sobre a polícia Federal, o Ministério Público e a Justiça mostra o quanto a transparência, dialética e a pluralidade do PT é apenas um discurso longe da prática. Coragem e cara de pau, deve-se reconhecer, não lhes faltam quando em palanque e campanha.
QUANDO MAIS VALE BEM MENOS I
O PSB de Gaspar hibernava como um nanico que sempre foi. Surpreendeu e anunciou na última hora, como se representativo fosse, a troca de mãos e a sua aliança com o PSD para apoiar o vereador Marcelo de Souza Brick na cabeça à prefeito e dar o vice da chapa ao atual presidente da Câmara, Giovânio Borges. Giovânio que até então estava no PSD de Brick, fingiu ir para outro partido, um nanico, e assim “formar” uma “coligação” da mesma coisa, onde o novo de verdade nesta “aliança” com a benção do PT, foi o velho Partido Comunista do Brasil, que por sete anos seguidos esteve usufruindo do governo de Pedro Celso Zuchi. Como não conseguem negar o que está à vista de todos, Brick, Giovânio, o PCdoB e o PT tentam esconder o que é real.
QUANDO MAIS VALE BEM MENOS II
Como o PSB surgiu em Gaspar? Quando o PMDB e o seu histórico Adilson Luiz Schmitt (2000/2004) se desentenderam. Adilson era prefeito numa aliança de todos desde o sapo até a cobra contra o PT. E lá, no meio do governo dele, selaram um divórcio. O PMDB não aguentava o Adilson. E o Adilson não suportava os peemedebistas daqui e o então governador Luiz Henrique da Silveira, seu ex-ídolo, a quem homenageou um filho com o nome. Até hoje rende mágoas e distâncias inconciliáveis entre todos e que refletem na atual campanha. E quem foi o padrinho da inscrição de Adilson no PSB? Outro polêmico quanto Adilson: Ciro Gomes, hoje no PDT e defensor ferrenho de Dilma Vana Rousseff, as mazelas do governo petista. Ciro esteve aqui em pessoa assinando a ficha de Adilson num almoço no Bunge Natureza. Encurtando a história. Adilson que nasceu no PMDB, saiu também do PSB, foi para o PPS e hoje está sem partido. O PSB tocado pelo servidor público Mathusalem Venera, de alinhamento com Adilson, acabou nas mãos da ex-vereadora, Tereza da Trindade, outra alinhada com Adilson por apenas conveniências e interesses de poder. Sempre afeitas às jogadas e trocas, ela até foi secretária da Saúde no governo de Adilson.
QUANDO MAIS VALE BEM MENOS III
Insaciável no jogo, Teresa até pensou em ser prefeita pelo PSD. Candidata em 2012 foi derrotada por Pedro Celso Zuchi, PT, e outros. Acusou exatamente o vereador mais votado do seu partido, Marcelo de Souza Brick, de lhe ter traído no casamento dos votos. Cansada e decidida a uma nova vida partidária, Teresa fiel cabo eleitoral do deputado Federal conservador Paulinho Bornhausen, nascido no PFL, com passagem pelo PSD, resolveu estacionar no PSB. Tereza que nasceu no PT, foi ao PP e PSD, virou presidente do PSB de Gaspar – por ordem de Paulinho. Ela recebeu esta herança de Mathusalen. Agora, repentinamente, fruto de negócios de campanha, Teresa, deu a presidência do PSB de Gaspar ao grupo de Giovânio. E tudo com as bênçãos de Paulinho Bornhausen e vejam só, do próprio Zuchi e PT. Teresa que prometeu então que fazia isso por estar “cansada”, “desiludida” da política e “jurava” ficar fora da campanha deste ano, ganhou um cargo comissionado do PT e para tratar de drogados de crack. E ao contrário das juras públicas, nas entranhas e sem disfarces, Teresa já está em plena campanha para e pelo PT de Gaspar, seu novo empregador. Tudo sob o olhar de Paulinho Bornhausen. Assim são os políticos. Assim é a política. Assim são os seus cabos eleitorais. Assim não os negócios de campanha. E o eleitor...
QUANDO MAIS VALE BEM MENOS IV
Durante o lançamento do novo PSB no reduto de Giovânio, o populoso bairro Bela Vista, anunciou-se que haveria filiação de mais de 400 pessoas. Nada disso aconteceu. Conta-se nos dedos os aderentes. Pior. Mathusalém está indignado com todos neste teatro, inclusive Paulinho Bornhausen. “Tomaram de assalto o PSB Gaspar que eu, o ex-prefeito Andreone Cordeiro [que assumiu quando Bernardo Leonardo Spengler, o Nadinho, PMDB, foi agastado pela Justiça], Nêgo Tadeu, Arminda Zermiani, Mauri Tompson e outros tantos, fizemos. Neste país vale tudo”, reclama. “Toda a documentação de criação do partido, como livros, atas, listas de presença, fichas, bandeira, etc estão comigo, guardados lá em casa”, fala para mostrar que tudo é realizado no improviso e sem responsabilidade. “Eu não estou me negando a entregar. A história do partido está comigo”, informa para completar: ”só para eles saberem: estamos dando baixa do partido de mais de 30 filiados (indignados)”. E finaliza com uma pergunta óbvia para gente séria, não exatamente para políticos que armam em tempo de campanha pelo poder: “um partido/partido desta forma, pode ter candidato a cargo eletivo?”. Com a palavra Paulinho Bornhausen Teresa da Trindade, Giovânio Borges, Marcelo de Souza Brick, o Partido Comunista...
VAIAS AOS COMPETENTES I
A Olimpíadas no Rio de Janeiro mostrou a verdadeira cara dos políticos, dos gestores públicos, dos competidores e dos torcedores, estes, os trouxas. Os organizadores da Olimpíada fizeram tudo mal feito, fora do prazo e de forma desorganizada. Mesmo assim, pensam e vendem – como o prefeito Eduardo Paes, PMDB - de que há má vontade dos outros por enxergar a bagunça como um ponto fora da curva de normalidade e explorá-la de má fé, intencional e midiaticamente. Por outro lado, os atletas não se prepararam adequadamente. Mesmo assim decidiram reclamar da sorte e da falta de proteção divina pela falta de competitividade e resultados. Já os torcedores que deviam cobrar dos políticos, agentes públicos, dirigentes esportivos e atletas mais responsabilidade, comprometimento, vergonha na cara, transparência, preparação, resolveram intimidar, vaiar e desqualificar os adversários como se isto fosse uma regra permitida no jogo da trapaça para se vencer a qualquer custo quem investiu, quem faz certo, quem se preparou, inclusive para ser derrotado, reconhecer a derrota, pelo azar ou a competência dos outros.
VAIAS AOS COMPETENTES II
Isto mostra a razão pela qual o Brasil está neste abismo moral, ético, econômico, social e de credibilidade. Veneramos picaretas e à picaretagem. Louvamos a mentira, os espertos, os que se enriquecem sem trabalhar, sem serem efetivamente competentes, sem efetivamente estar preparado para competir com lealdade. Olhamos como heróis quem corrompe ou engana a regras e os juízes que arbitram as faltas às regras, à decência e às dúvidas. Achamos uma chatice e coisa para pobres, fracos e trouxas, simples filas que classificam a vez de cada um, locais exclusivos para idosos, deficientes ou de direitos. Nas eleições vendemos os votos e ainda queremos exigir mudanças dos políticos, representantes e governantes. Mas, como se nós mesmos que cobramos mudanças perpetuamos as práticas que a lei escrita e a moral condenam? A lista de incoerências e desrespeitos éticos seria longa demais para este espaço e também bem conhecida de todos nós para repeti-la. E nestas olimpíadas somos craques em qualquer coisa que não nos preparamos adequadamente, mas infelizmente, descentes não querem competir conosco exatamente por falta de preparação e conhecimento das regras da decência e da competição. Então os vaiamos, achando que eles vão ficar intimidados como acontece no Brasil onde os gritam, intimidam, constrangem, discriminam e até agridem, possuem um lugar garantido do pódio. Pior: ainda comemoram com a sua claque, gangue, quadrilha... Mensalão, petrolão, eletrolão, Bndestão e outros são provas incontestáveis desta competição insana e que envergonha gente descente, pagadora de pesados impostos, sem emprego, sem acesso a saúde pública, educação, segurança...Wake Up, Brazil!
MARIA DA PENHA I
Começa amanhã, quarta-feira, às 19h30min no auditório da Câmara de Vereadores de Gaspar, o Primeiro Seminário de Políticas para as Mulheres e Enfrentamento à Violência de Gênero. É para comemorar os 10 anos da sansão e existência da Lei Maria da Penha. A iniciativa é da 2ª Promotoria da Comarca, tocada por Chimelly Louise de Resenes Marcon, que entre outras atribuições, como a Moralidade Pública, o Crime, a Execução Penal e a Constitucionalidade, cuida atua também, apesar da equipe diminuta que possui à sua disposição para toda essa abrangência, no Juizado de Violência Doméstica e Familiar contra a Mulher. A programação com palestras e oficinas é extensa. Ela ocupa o dia todo de quinta e sexta-feira.
MARIA DA PENHA II
Para Chimelly conscientização se faz com educação, envolvimento, exemplos e mudanças. E é isso, que o evento pretende buscar na sua realização em Gaspar, onde os números são alarmantes na violência contra a mulher. “É preciso mudar esta cultura. E para mudar, é preciso começar. Estamos começando; insistindo”, enfatiza. E para abrir o evento amanhã, dois profissionais que convivem com a realidade que se pretende inicialmente mitigar e com o tempo, muda-la radicalmente: Cintia Beatriz Schaeffer, Juíza de 2º grau e Coordenadora do Núcleo Criminal e de Violência contra a Mulher e Jadel da Silva Júnior, Coordenador do Centro de Apoio Operacional Criminal – CCR. A programação integra o judiciário, o ministério público, as Ongs, os núcleos organizados de combate a violência e a proteção da mulher, bem como a comunidade.
COM ELA, A LEI TEM VALOR I
Brusquense, desembargadora Marli Mosimann Vargas, 65 anos aposentou-se em julho no Tribunal de Justiça de Santa Catarina e está se despendido dele. Uma pena. Neste final de semana, o Diário Catarinense, de Florianópolis, trouxe uma entrevista depoimento dela e que é um primor pela clareza. Exagera, quando defende até a pena de morte para alguns casos ou quando radicaliza contra os drogados, pois para ela, todas drogas são iguais e todos os drogados, irrecuperáveis. O trabalho jornalístico foi assinado por Anderson Silva e Roelton Maciel. Em dado momento eles perguntaram à doutora: “O sistema prisional tem problemas. Existe um conflito entre soltar o réu ou mantê-lo preso, onde pode aprender mais com o crime?”. Sabe o que ela respondeu, com clareza e sem retoques, fazendo calar juízes que interpretam as leis a favor dos bandidos e contra a sociedade, alegando culpas do Estado para esta desproteção do cidadão pagador de pesados impostos arrecadados também para sustentar um sistema prisional decente e o Judiciário justo?
COM ELA, A LEI TEM VALOR II
“Se a lei não permite soltar, pra que eu vou soltar? O Estado tem de acolher essa pessoa. Se todo mundo começar a dizer: ‘vou soltar porque o Estado não vai acolher...’, aí é que o Estado não vai fazer nada, não vai fazer mais penitenciárias. Por que Joinville está do jeito que está? É a cidade mais criminosa do Estado. Porque temos um juiz da Execução Penal que solta todo mundo. Para se ter uma ideia, o promotor fez 400 recursos no último mês contra ele. É aquele que passou uma circular para os presos que diz que, quem quiser, fica em casa. Você dá uma liberdade provisória para o traficante, no mês que vem ele volta. Eles não largam esse negócio”. (A reportagem procurou o juiz João Marcos Buch, titular da Vara de Execução Penal de Joinville, para falar sobre a afirmação da desembargadora. Ele preferiu não se manifestar sobre o caso).
Olimpíadas. O nosso olhar torto para fortalecer e qualificar os fracos (inclusive os frutos da preguiça, da esperteza e qualidade competitiva). Nas arenas e estádios, bastava estar lá um representante de menor qualificação, que a torcida brasileira o adotava, como se isso fosse possível desqualificar o mais capaz, ou pior, dar vantagem ao fraco, e assim demonstrar o desagrado pela melhor capacidade e esforço competitivo do adversário.
Olimpíadas. Esta recorrente atitude brasileira e morena, lembra muito essa coisa do atraso, da luta de classes, da luta ideológica (e burra) permanente contra o novo, o mais preparado, o mais qualificado ou os supostos os imperialistas, só porque eles trabalham seriamente, planejam e executam melhor visando os resultados pretendidos e a fruição comemorativa deles.
Na política. É assim com este “espírito olímpico” que nós escolhemos a maioria dos nossos representantes políticos: os mais fracos, os mais parecidos conosco – os frustrados ou espertos com a ignorância ou complacência alheia. Esses políticos que nos rodeiam sabem que se fingindo de pobre, de origem humilde, ignorante, sacaneado pelos supostos ricos, letrados (como se isto fosse algo ruim), pelos patrões e gente de clara competência, têm chances de ganhar no voto e se melar no poder para sempre.
Na política. E ganhando nas urnas, mas enganando o eleitorado analfabeto, ignorante, desinformado e dependente que ainda é maioria - usam o cargo e se lambuzam na incompetência para gerir a coisa pública, dão empregos para seus amigos e familiares, nadam na corrupção, tudo isso usando indevidamente o dinheiro dos pesados impostos todos nós, ou o desemprego dos mais pobres, dos analfabetos, ignorantes, desinformados e assistidos, justamente os enganados e seus eleitores preferidos. Vergonhoso e verdadeiro golpe.
Na política. Em Gaspar nada disso é diferente. Tem gente que ao invés das propostas, do novo, da mudança, da transparência, disputa o de ser nascido o mais pobre de todos, o mais religioso de todos, o mais simples de todos, o mais amigo de todos. Ou seja, o mais enganador de todos. E tem gente que acredita que isto seja o mais importante de tudo para que possa se identificar com o candidato e leva-lo ao poder, dando lições aos verdadeiros competentes. Não é à toa que a cidade está mergulhada no atraso quando comparada com os seus vizinhos. Acorda, Gaspar!
Olimpíadas. Outra. Os nossos locutores e comentaristas, sem especialização e noção, na final dos 100 metros rasos vencidos no domingo a noite, mais uma vez, pelo jamaicano Usain Bolt, que treina muito, ganha uma boa grana e vence para ser remunerado pela técnica, capacidade e show, palpitando sobre aquilo que verdadeira não conhecem. Ou se conhecem, acham que todos os brasileiros são uns tolos.
Olímpiadas. “Até os 50 metros ele estava atrás”. Ué! Mas, a prova não é de 100 metros? Ou seja, o plano dele era para os 100 metros. Bolt conhece exatamente a sua limitação na partida da prova. Então tem uma estratégia e plano para superar esta deficiência. Cumpriu tudo como planejou. E mais uma vez. Entenderam?
Aliás, Bolt repetiu o que sempre fez e todos conhecem desde Pequim em 2008, incluindo concorrentes, técnicos e expectadores. Menos os comunicadores, jornalistas, que tratam o distinto público como tolos na falta de observação melhor e apropriada. Bolt, seu técnico, concorrentes e até os fãs, sabem que se a prova fosse de 50 metros, ele nunca a ganharia.
Olímpiadas. Essa clara preferência do brasileiro por qualquer atleta jamaicano tem uma marca e uma razão de ser. É o estado de “espírito” daquilo que faz a cabeça de uma parcela ponderável, mas que é reprimido (erradamente) no Brasil. Dá nisso, cria até torcida pela transgressão.
O PSD, PSB e o Partido Comunista foram os últimos a registrarem as suas candidaturas de Marcelo de Souza Brick e Giovânio Borges no Cartório Eleitoral de Gaspar.
Tem candidato em Gaspar sem agenda, pescando qualquer coisa. Faltam iscas atrativas. Tem candidato que aparece nos encontros com o mesmo grupo de 15 pessoas para impressionar e suprir a falta de público. Vão faltar votos. Tem candidato que não consegue dar conta da agenda. Vai se complicar.
O uso da religião ou estruturas religiosas saltam aos olhos dos eleitores de Gaspar. Tem gente incomodada com esta mistura profana. Pode-se estar armando um tiro pela culatra. Política partidária é algo do inferno. E sempre será. Religião deveria ser o incenso da espiritualidade e dignidade. Mas, quando se mistura com candidaturas, poder, dinheiro e promessas....
O PMDB de Gaspar na última eleição municipal fechou uma rádio por 24 horas e impediu a publicação de uma pesquisa eleitoral – registrada - em jornal concorrente. Mesmo assim, com esses truques, perdeu a eleição. O PMDB de Gaspar ensaia a repetir o erro. Ele não percebeu que a comunicação desta vez está sendo feita – e contra ele – nas redes sociais e livres da censura partidária ao modo antigo. Quem mesmo orienta essa gente?
Opinião de uma leitora da coluna. "Escola Sem Partido, sim. Mas, ao mesmo tempo, Escola Sem Igreja.", escreve o sociólogo Demétrio Magnoli. E a leitora emenda” se os comunistas estão no poder, agradeçam em boa parte ao silêncio ou conivência dessa direção esquerdista na CNBB se passando por religiosos católicos”.
Opinião do colunista sobre este tema delicado, controverso, mas necessário: escola sem partido é bom ponto de partida para uma discussão mais justa e aberta, mas a princípio, trata-se de uma espécie de censura à pluralidade.
Perguntar não ofende, mesmo que isso traga incômodos. Como o deputado Rogério Peninha Mendonça, PMDB, vai votar na cassação por falta de decoro parlamentar do ex-presidente da Câmara, Eduardo Cunha, PMDB?
Quem cala consente. Neste assunto a família está unida. A ex-primeira-dama Marisa Letícia, mulher do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, PT, e um dos filhos do casal, Fábio Luís Lula da Silva, informaram à Polícia Federal que pretendem ficar em silêncio. A PF havia intimado em 4 de agosto Marisa Letícia e Fábio Luiz para prestarem "esclarecimentos" sobre a compra e reformas no Sítio Santa Bárbara, em Atibaia (SP), investigado pela força-tarefa da Operação Lava Jato, em Curitiba.
Para esclarecer. Político com mandato popular e pago a peso de ouro pelo povo não é autoridade, como se apresenta. É servidor a serviço dos cidadãos, cidadãos e cidadania. E como tal deve ser fiscalizado, cobrado, questionado e desmascarado. Para o verdadeiro político, transparência é tudo. E defender e respeitar o dinheiro dos pesados impostos pagos pelos seus eleitores é o primeiro dos mandamentos que deveria conhecer e aceitar. Mas, em Gaspar...
Depois que saiu aqui, e só aqui, aquela lista da farra sobre a distribuição das vagas de estacionamento do Edifício Edson Elias Wieser para os comissionados da prefeitura, a prefeitura de Gaspar voltou, ao menos oficialmente, atrás. Há quem jure que tudo não passou de uma jogada de fachada. Agora, é conferir. É a Gaspar acordada. Acorda, Gaspar!
É minoria, mas um avanço num mundo de trevas. De um leitor no espaço de comentários da coluna na internet, a mais acessada do portal do jornal Cruzeiro do Vale. “Quer meu voto para vereador (a)?” pergunta o leitor e sinaliza na resposta de que algo pode estar mudando entre os eleitores e eleitoras.
“Que bom, estou a procura de um bom candidato para votar. Qual sua formação acadêmica? Tem experiência em administração? Você possuí renda suficiente para não precisar da política para sobreviver? Você sabe qual a função de um vereador? Você já dirigiu alguma empresa? Qual seu grau de experiência em humanas e exatas? Qual seu nível de conhecimento da Constituição Federal? Conhece a Lei Orgânica do Município? Você tem autonomia para votar em conformidade com os anseios da população e as reais necessidades do município? Ou está subordinado aos interesses de partidos?...
Ontem foi o último dia para o registro das candidaturas a prefeito, vice e vereadores em todo o Brasil. Agora é esperar a homologação, pois podem aparecer problemas e problemáticos, documentação incompleta que não se regulariza e os chamados fichas sujas perante à lei, e que perante o partido, o grupo de poder e a sua consciência, são eternamente limpos.
E hoje é o primeiro dia oficial de campanha. Quem tiver santinho já pode distribuir, pode se reunir e pode pedir votos para si e para os seus. Dia dois de outubro será o dia de saber o resultado dos pedidos, contar os votos e saber quem o povo escolheu para governar e representá-los na fiscalização dos governantes. Acorda, Gaspar!
Hoje é mais um dia de sessão semanal na Câmara de vereadores de Gaspar. Pauta magra. Nela pode-se ler a correspondência de Leticia Zink, Gerente de Atendimento dos Correios em Santa Catarina. Ela informa que houve a assinatura do Acordo Cooperação Técnica para Operação da Agência de Correio Comunitária no Distrito do Belchior. O acordo foi publicado no Diário Oficial da União no dia nove de agosto de 2016.
Ensaio. A revisão do Plano Diretor, obrigada por legislação específica, foi feita em gabinetes técnicos a mando da administração de Pedro Celso Zuchi, PT, mas sem o aval dos cidadãos gasparenses. E por conta disso, está parado há anos. Agora, ameaça voltar fatiado na Câmara para servir interesses de alguns. É o que indica a mensagem substitutiva geral à Lei que instituiu o Parcelamento do Solo e que acaba de pousar na secretaria da Câmara. Acorda, Gaspar!
O advogado e ex-procurador geral do município na administração de Adilson Luiz Schmitt, sem partido, Aurélio Marcos de Souza, diz que não está mais filiado no PPS e que agora se juntou ao PT nesta eleição. “Oficializei a minha saída em 2013”, mostrando documento da Justiça Eleitoral.
Saiu a listagem dos inelegíveis nesta eleição de 2016 em Santa Catarina. Nela, está o prefeito Pedro Celso Zuchi, PT. Como ele não é candidato a nada, nada por enquanto terá efeito também.
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