Por Herculano Domício - Jornal Cruzeiro do Vale

Por Herculano Domício

17/11/2015


GASPAR PROTESTA EM BRASÍLIA I

Paulo Fillipus, do Belchior, esteve em Brasília. Ele pertence ao Movimento Brasil Livre, que organiza protestos contra a corrupção, a roubalheira e a incompetência do PT, PMDB, PP, PSD, PDT, PCdoB... contra os brasileiros. Participou não apenas com a sua voz e presença, mas trabalho e organização. “Um aprendizado”, relatou. Viu como as organizações sindicalistas e partidárias de esquerda intimidam, dissimulam, constrangem e impedem os que possuem voz e bandeiras contrárias ou diferentes. “Foi uma guerra” psicológica e física permanente. “Só os do poder de plantão é que possuem a verdade”, tentou explicar num dos áudios. Normal. Ou seja, sem luta e contraponto não haverá avanços, conscientização e mudanças.

GASPAR PROTESTA EM BRASÍLIA II
Paulo Fillipus tem sido incansável e de pouca concessão. Nos dois protestos feitos em Gaspar contra Dilma Vana Rousseff, PT, ficou meio de longe. Preferiu os de Blumenau. Desde logo ele percebeu que aqui a organização, segundo ele, criava palanque, tinha suporte e obtinha vantagens para o PSD e para o próprio PMDB. No fundo, ambos são alinhados da desorganização econômica e todas as dúvidas. Fillipus recentemente foi à Tribuna Livre da Câmara de Gaspar. Irritou, naturalmente, a bancada do PT com o seu discurso. Não só ela. Também o vereador do Belchior, Jaime Kirchner. E por dois aspectos: primeiro porque Jaime é alinhado do PT de Pedro Celso Zuchi e José Amarildo Rampelotti, segundo porque pode Fillipus ser uma concorrência a Kirchner no próprio Belchior.

GASPAR PROTESTA EM BRASÍLIA III
Na barraca que ocupou e nas costas de Fillipus, na Capital Federal havia uma marca permanente. Sempre a bandeira de Gaspar como testemunham as duas fotos. Wake up, Brazil! Acorda, Gaspar!

ADVOGADOS DE GRAÇA PARA OS POLÍTICOS I
Já encerrava a coluna e nada de aparecer a pauta da sessão des terça-feira no site da Câmara de Vereadores. Normalmente ela é conhecida na sexta-feira. Como o site da Câmara não atende os princípios da transparência, como intimou para se regularizar recentemente em Ação Civil Pública a Promotoria de Justiça que cuida da Moralidade Pública, ficou a dúvida se a pauta existia ou estava na gaveta do presidente José Hilário Melato, PP, o que não quer esta transparência com a cidade e os cidadãos.

ADVOGADOS DE GRAÇA PARA OS POLÍTICOS II
É que o projeto de lei 49/2015, aquele que dá advogados, perícias e pareceres caros, eternamente desde o passado, presente e o futuro, com o dinheiro dos nossos pesados impostos que está faltando aos postos, farmácias, hospital, abrigos, escolas, obras, conservação de estradas e pontes aos ex, atuais e futuros prefeitos, vices, secretários municipais e vereadores deveria estar na pauta. Este projeto está carimbado com regime de urgência.

ADVOGADOS DE GRAÇA PARA OS POLÍTICOS III
Agora, sem a garantia de que seja aprovado só haveria duas maneiras dele prosseguir. Ser retirado pelo prefeito Pedro Celso Zuchi, PT, autor de tal troça contra a cidadania. Pelo menos ter chances de voltar no ano que vem, mesmo correndo um risco sério de desgastes no ano de eleições. Afinal, o governo petista precisa de muitos, bons e caros advogados para se explicar nos tribunais. Ou então, tentar quebrar o regime de urgência do PL, numa manobra de audácia, testando os votos de quem queira trair e coçar se alinhando ao PT. Ora, se é quebrado este regime de urgência, o governo mostra que possui maioria e se reforça para aprová-lo em plenário, mesmo sem depender do aliado Jaime Kirchner, PMDB, que ainda está de licença. Esta situação seria uma demonstração de que sete vereadores dos 13 estão dispostos a enfrentar a comunidade e retirar dela uma parte ponderável do Orçamento para sustentar advogados para os políticos, que não fizeram as coisas dentro da Lei, quando no exercício do cargo administrativo ou político. Acorda, Gaspar!

 


Da esquerda para a direita o vereador Hamilton Graff; o secretário de Obras, Lovídio Carlos Bertoldi; o ex diretor de Habitação, Heriberto Geraldo Kuntz; o prefeito Pedro Celso Zuchi; a vice-prefeita, Mariluci Deschamps Rosa.

 

AS CASINHAS DE PLÁSTICO E USO POLÍTICO I
Há dias aqui eu relatei a “surra” que os políticos no poder de Gaspar levaram durante um debate com os moradores do Loteamento Precário das Casinhas de Plástico, ali na BR-470. Na Câmara montou-se uma audiência pública pedida pelos vereadores Jaime Kirchner, PMDB e Hamilton Graff, PT. Foram para lá fazer palaque junto com os secretários Lovídio Carlos Bertoldi, de Transportes e Obras, bem como Soly Waltrick Antunes Filho, do Planejamento, todos do PT. Foram prontos para prometer solução daquilo que é dever deles e da prefeitura, mas que enrolam há anos à aquela gente humilde, traumatizada, que já perdeu lembranças e casas na catástrofe ambiental severa de novembro 2008. Vergonhoso o comportamento dos gestores públicos.

AS CASINHAS DE PLÁSTICO E O USO POLÍTICO II
Naquela noite de outubro deste ano, os políticos mais uma vez confiantes na enrolação, preparam o palaque para as novas eleições municipais do ano que vem com  promessas de “soluções” dos problemas que eles próprios criaram. Mas foram surpreendidos. Um massacre de gente cansada e marcada. E como são escolados e para não perder a pose naquela reunião, os políticos engoliram as verdades que foram jogadas na cara deles. E a que ponto chegou? Lovídio tentou enfrentar a situação e enfraquecer os que reclamavam. Sem claque  de proteção, ficou exposto ao constragimento. Rapidamente, voltou atrás da intenção que ensaiou. Rereconheceu que tudo ali se improvisa e contra gente sofrida. Não vou repetir o que já escrevi e que Pedro Celso Zuchi e Mariluci Deschamps Rosa, ambos do PT, não ouviram porque espertamente evitaram ir lá. Entretanto, leram, e somente aqui, mais uma vez. Praguejaram. Contudo, sem motivo. E vejam o porquê, leitores e leitoras!

AS CASINHAS DE PLÁSTICO E O USO POLÍTICO III
O que deu entrada em juizo recentemente aqui no Fórum de Gaspar? Uma Ação Civil Pública, por Imbrobidade Administrativa contra o prefeito Pedro Celso Zuchi e a vice Mariluci Deschamps Rosa, ambos do PT, e seu diretor de Habitação, Heriberto  Geraldo Kuntz, do PC do B. O que quer a promotora que cuida da Moralidade Pública, Chimelly Louise de Resenes Marcon, para todos os três? A perda da função pública, suspensão dos direitos políticos de três a cinco anos, pagamento de multa civil de até cem vezes o valor do salário de cada um, a proibição de contratar com o poder público ou receber benefícios ou incentivos fiscais ou creditícios, direta ou indiretamente, ainda que por intermédio de pessoa jurídica da qual seja sócio majoritário, pelo prazo de três anos. E por que tudo isso?

AS CASINHAS DE PLÁSTICO E O USO POLÍTICO IV
“Entrega de materiais de construção à população às vésperas do pleito eleitoral municipal de 2012, com condão de subvencionar a candidatura à reeleição de Pedro Celso Zuchi e Mariluci Deschamps Rosa; participação de servidor público [Heriberto Kuntz] no ato da tradição [da entrega]; desvio de finalidade. Ato de improbidade que atentou contra os princípios que regem a administração pública”. Entenderam! Este assunto rolou na Justiça Eleitoral na época e meio que escaparam. Agora voltou e arrepia os administradores que querem advogados de graça para se safar, mas pagos pelos pagadores de pesados impostos. Resumindo, o pessoal das Casinhas de Plásticos além de terem razão, e de não quererem ser mais enganados, estão vendo que isto é um ato tipificado como crime e poderá custar caros aos políticos metidos a espertos.

AS CASINHAS DE PLÁSTICO E O USO POLÍTICO V
E o que está lá nesta Ação do MP? Os fatos que já contei aqui várias vezes. O motivo das pragas e constrangimentos dos políticos contra a coluna, o colunista e vejam só, contra a própria Promotora. E por quê? Porque não escondem fatos e obrigações inerentes ao ofício de cada um. “Chegou ao conhecimento deste Órgão de Execução [promotoria], por meio de expediente oriundo do Juízo da 64ª Zona Eleitoral que, em 4 de setembro de 2012, isto é, um mês antes das eleições municipais, os acionados Heriberto Geraldo Kuntz, Pedro Celso Zuchi e Mariluci Deschamps Rosa, à época Diretor de Habitação [até março deste ano], Prefeito e Vice-Prefeita do Município de Gaspar, respectivamente, decidiram, com vistas a obter vantagem no pleito eleitoral que se avizinhava, distribuir materiais de construção à população que ainda sofria com o resultado das cheias de 2008”.

AS CASINHAS DE PLÁSTICO E O USO POLÍTICO VI
Prossegue a peça do MP. “Assim, por volta das 8h00min, o demandado Heriberto Geraldo Kuntz deslocou-se, a bordo de um veículo plotado com elementos gráficos designativos do Partido dos Trabalhadores (PT), agremiação por meio da qual Pedro Celso Zuchi e Mariluci Deschamps Rosa buscavam a sua recondução à chefia do executivo municipal, até o Loteamento Margem Esquerda, localizado na Rua Rodolfo Muller, km 39, BR-470, para promover a entrega pessoal de um conjunto de materiais de construção aos moradores daquela comunidade. Os produtos consistiam em 25 (vinte e cinco) kits, doados pela Embaixada do Reino da Arábia Saudita, compostos, cada um, por: (a) um sifão corrugado flexível; (b) um chuveiro padrão popular; (c) uma haste do chuveiro; (d) uma pia inox - 1,22x 0,53 MT; (d) uma torneira PVC para pia deparede; (e) um balcão de cozinha - 1,18L x 0,50P x 0,62A MT - branco - três gavetas - 02 portas; (f) um tanque de PVC - 15 LTS; (g) uma torneira PVC para tanque de parede; (h) uma fita veda rosca - rolo pequeno”.

AS CASINHAS DE PLÁSTICO E O USO POLÍTICO VII
“Destaca-se que, mesmo não sendo solicitado pelo fornecedor dos produtos (Edevan Material de Construção), a distribuição dos produtos foi acompanhada pessoalmente por Heriberto, o qual, no momento da tradição [entrega], aproveitava a oportunidade para pedir votos em prol da chapa de reeleição de Pedro Celso Zuchi e Mariluci Deschamps Rosa...”. Então. Quem armou desta vez, mas se deu mal? Hamilton Graff e Jaime Kirchner (?). Fizeram palanque para um dos pré-candidatos do PT, Lovídio Carlos Bertoldi, ir lá como o salvador da pátria, de algo que se enrola, e assim obter vantagens no futuro. É por esta e por outras, que o PT julga que a promotora não age com “urbanidade”. Ou seja, urbanidade é neste caso é o de se locupletar com os desatinos contra a cidadania e a autodeterminação dos cidadãos para alcançar seus direitos inalienáveis. Acorda, Gaspar!

 

TRAPICHE

Mentiras. Quando demoliram o prédio do Centro de Saúde na calada de um sábado à tarde, a prefeitura alegou para o assunto não parar no Ministério Público de que ali se construiria uma praça. Nem projeto havia. Nem se sabe de nada até hoje. Inventaram que fariam um concurso público. Quem passa lá hoje vê apenas um terreno baldio com um estaciomento que se improvisa. Todos mais uma vez feitos de tolos. O PT zombando com as mentiras que propaga e a imprensa não os cobra, nem a dita oposição. Acorda, Gaspar!

Folheando a peça que a dra. Chimelly enviou para a Justiça acerca do episódio do Loteamento das “Casinhas de Plástico” e que ela denomina de Arábia Saudita, apesar de até hoje estar inominado devido a sua completa irregularidade documental, a promotora bem coloca o dedo direto nesta chaga social de uso eleireiro.

“Desta feita, três questionamentos devem ser formulados: um) se a conclusão das residências estava programada para fevereiro de 2011 e os recursos para realização das obras de urbanização ingressaram nos cofres públicos ainda no ano de 2010, quais as razões do longo retardamento para conclusão das obras de infraestrutura, das quais dependiam a finalização e, por conseguinte, entrega das casas? ”

“Dois) se os materiais complementares foram disponibilizados em agosto de 2012, por que a entrega somente foi operacionalizada em 4 de setembro de 2012? ” (Coincidentemente, às vésperas das eleições).

“Três) se a entrega poderia ser realizada com base na listagem das famílias beneficiadas, quais os motivos de o Diretor de Habitação acompanhar pessoalmente o funcionário da empresa fornecedora em cada uma das doações? ” (E com um carro identificado com propaganda eleitoral para os seus candidatos).

Ou seja. É muita trama. É muita coincidência. E ainda falamos que isso só acontece no Nordeste, onde se sobressaem os dependentes do coronelismo e da submissão, tão bem retratada na literatura e nos versos de cordel. Talvez essa prática explique a razão pela qual o PT é o “rei” do Nordeste, e faça da prática uma franquia nacional para se estabelecer no poder. Acorda, Gaspar!

Perguntar não ofende. De quem foi o erro do PLC 6 ser aprovado e voltar para a Câmara renomeado como PLC 54. Dos vereadores, do jurídico que assessora à Câmara, do presidente que deu curso a algo torto, ou da prefeitura que fez tudo do seu jeito e teve que voltar atrás com medo de tudo sem validade, parar na Justiça? Com a palavra os donos da lambança, da imposição e das verdades. Acorda, Gaspar!

 

Edição 1725

Comentários

To ligado
19/11/2015 22:10
Marcelo Brick abraçado com a desgraca. Tentando aprender como corromper leis e desafiar a justiça. Esse filme ainda vai render. Quem sabe a reunião em Brusque foi para arquitetar um plano Acerca de como se manter no coxo e alimentar os mesmos interesses.
Herculano
19/11/2015 20:25
ILHOTA EM CHAMAS

Hoje uma caravana de vereadores foi e parou na procuradoria do Tribunal de Contas do Estado.

A coisa pegou fogo. E ainda vou explicar o quadro pintado. A foto do prefeito Daniel Christian Bosi, PSD, está manchada como o pior prefeito de Santa Catarina por desafiar as leis e o TC.

E sobrará para os vereadores se tentarem retocar a foto, tentando encobrir as artimanhas. As culpas passam automaticamente para os vereadores. Então... Tem gente que voltou para a Ilhota ardendo.

E agora?

Herculano
19/11/2015 20:20
TRANSPARÊNCIA I

A coluna da robusta e diferente jornalismo edição impressa do jorna Cruzeiro do Vale, já está editada e já roda no parque gráfico.

Ela, basicamente, mostra quem ganhou com a recuada e retirada de pauta na última hora pelo prefeito Pedro Celso Zuchi,PT, daquele indecente Projeto de Lei 49, o que dava advogado de graça para sempre para os políticos cheio de processos. Acorda, Gaspar!
Herculano
19/11/2015 20:16
TRANSPARÊNCIA II

Finalmente a segunda boa notícia da semana: mulher nua passeia a tarde pela Rodovia Jorge Lacerda, no Poço Grande, em Gaspar!

Diferente dos políticos locais, ela não temeu e nada escondeu. Era um nú artístico, numa cidade cheio de escurinhos.
Anônimo disse:
19/11/2015 13:31
Herculano, "os bancos resolveram travar suas operações de leasing. Isto aconteceu há dois meses. Os maiores prejudicados são os clientes que faziam este tipo de negócio para adquirir automóveis.

A decisão dos bancos ocorreu depois que o governo resolveu taxar como ativos imobilizados todos os bens lizados." Do Estadão.

Socialismo brasileiro!
Sidnei Luis Reinert
19/11/2015 12:29


A comunista Luciana Genro se decepciona ao não encontrar iPhone para comprar em Havana

17 de novembro de 2015 Joselito Müller
SIERRA MAESTRA ?" A futura prefeita de Porto Alegre, Luciana Genro, declarou numa rede social que está "deveras decepcionada" por não haver encontrado iPhone para comprar na capital cubana.



A revolucionária gourmet, que se encontra de férias na ilha dos Castros, havia esquecido seu aparelho celular no hotel, quando decidiu procurar nos camelôs um similar para tirar selfies.

"Não encontrei iPhone no camelô. Na verdade, nem tem camelôs nas ruas e o mais próximo que consegui encontrar de um iPhone na rua foi um orelhão de ficha", desabafou decepcionada a filha de Tarso.
Sidnei Luis Reinert
19/11/2015 12:19
A inutilidade de levar a sério o que Lula diz


Edição do Alerta Total ?" www.alertatotal.net
Por Jorge Serrão - serrao@alertatotal.net

Entrevistas com Luiz Inácio Lula da Silva são de uma imensa inutilidade jornalística. Conversas com ele não servem para buscar ou elucidar a verdade. Lula sempre se comporta como o dono da própria verdade - que não aceita ser questionada. Ele é o refém psicológico de um mito - no caso um mitomaníaco. Acredita nas versões que conta e ponto final. Quem o idolatra acha maravilhoso o que fala. Quem não gosta dele o taxa de mentiroso. E nunca se chega a conclusão alguma, minimamente útil, sobre o que ele falou.

A recente entrevista exclusiva ao jornalista Roberto D'Avila não fugiu a essa regra. Lula teve a coragem de alegar que a descoberta de corrupção na Petrobras foi um susto para ele e para todo mundo. Lula também reclamou que recebe um tratamento diferente (pior) que os outros políticos - o que não tem qualquer base de verdade objetiva. E só faltou jurar que não conspira contra Joaquim Levy e muito menos contra Dilma Rouseff. Ele conseguiu até pregar a tese de que não existe nenhum motivo para Dilma sair da Presidência da República. Enfim, este é o camarada $talinácio - um ditador cordial, eternamente na pele pragmática de um cameleônico sindicalista de resultados.

Certamente, o ponto alto da entrevista de Lula tenha sido esta pérola de declaração: "Só tenho um valor na vida: é vergonha na cara que aprendi com uma mãe analfabeta. Duvido que tenho neste país um empresário que esteja na Lava-Jato ou não que esteja, que goste de mim ou que não goste, que diga que um dia conversou qualquer coisa comigo que não fosse coisa possível de ser concretizada. Fui presidente do sindicato (dos metalúrgicos de São Bernardo do Campo e Diadema), fui presidente do PT, fui presidente da República e nunca um desgraçado neste país falou assim para mim: ?" Lula, quero te dar uma pera. Se tem uma coisa que eu tenho orgulho, é isso".

Lula tem orgulho do que ele é e representa. Logo, não há maneiras objetivas de refutá-lo. A mente dele, sempre que mente, é previsível. Lula é o grande ator de sempre. Aquele sindicalista, de codinome Boi, que colaborava com a equipe de inteligência e repressão do falecido delegado Romeu Tuma, no Departamento da Ordem Política e Social, continua o mesmo. Um dia Lula até chegou a brincar que seria uma "metamorfose ambulante". Era piada! Lula é imutável. É o filho legítimo de Bruzundanga - fruto do casamento mitológico de um País que não existe com um demônio que é filho da carcomida "Carta de Lavoro" fascista.


Perdida, mesmo, é Dilma. Ela é refém do Lula, do Michel Temer, da própria incompetência gerencial e da incapacidade de fazer politicagem. Dilma é uma brizolista sem talento. Péssima de retórica, pobre de raciocínio próprio, porém arrogante como ela só. O lamentável é que o Brasil e os brasileiros são os maiores prejudicados pela incapacidade dela de governar. No atual andar dos acontecimentos, ela não sairá do poder. Aguentá-la até 2018 será possível?

Resposta sincera? Bruzundanga suporta qualquer coisa... Lula é o cara mais bem informado da nossa Republiqueta. Por isso, derrubá-lo é questão de sorte. Não é impossível. Mas é pouco provável. Se ele realmente quiser, Dilma fica, mesmo na corda bamba. Se ele não quiser, ela pode dar lugar a Temer. Isto não deve acontecer porque Lula prefere que tudo permaneça como está. Com Dilma ruim, fica a ilusória imagem de que, com ele, já foi bom...
Herculano
19/11/2015 10:21
MANCHETE DE HOJE QUE POR SI S?" JUSTIFICA O IMPEACHMENT

Desemprego sobe a 7,9% em outubro, o maior para o mês desde 2007, diz IBGE.

Então quem paga por um governo errático e autoritário, sem perspectivas de melhoras? O povo que paga com desemprego, inflação, falta de serviços básicos e humilhação na falta de esperanças. Se ele perde as esperanças, é legítimo que peça, por meios legais, a troca de governantes e que mentiram apenas para se perpetuar no poder e na lambança contra os fracos, mal versando e dando destinação excusas os nossos pesados impostos.
Herculano
19/11/2015 08:04
CUNHA AMEAÇA LIBERAR TRAMITAÇÃO DO IMPEACHMENT SE O PT NÃO AJUDÁ-LO, por Josias de Souza

Em privado, o presidente da Câmara, Eduardo Cunha, voltou a ameaçar o Planalto com o impeachment. Ele condiciona o arquivamento do pedido de abertura de processo contra Dilma ao comportamento dos representantes do PT no Conselho de Ética da Câmara. Num colegiado de 21 pessoas, os petistas somam quatro votos.

Cunha quer abater o pedido de cassação do seu mandato já no nascedouro. Para que isso ocorra, será necessário rejeitar o relatório do deputado Fausto Pinato, que considera haver indícios de que o colega recebeu propinas na Petrobras e mentiu sobre as contas secretas que abrira na Suíça.

Os petistas que integram o Conselho de Ética são os deputados Léo de Brito, Marcos Rogério, Valmir Prascidelli e Zé Geraldo. Cunha espera livrar-se do processo com os votos dos petistas. Se prevalecer sem eles ou se for derrotado, ameaça retirar da gaveta o pedido de afastamento de Dilma, que o Planalto dá por sepultado.

O Conselho de Ética marcou para esta quinta-feira a sessão em que o relator Pinato vai expor o seu ponto de vista. Até a noite passada, o presidente da Câmara e sua tropa buscavam maneiras de impedir a realização do encontro.
Herculano
19/11/2015 08:01
LULA, O ETERNO TRAÍDO, por Bernardo Mello Franco para o jornal Folha de S. Paulo

Em 2005, o então presidente Lula afirmou ao país que não sabia do mensalão. "Eu me sinto traído por práticas inaceitáveis, das quais nunca tive conhecimento", disse, em pronunciamento oficial.

Nesta quarta, o agora ex-presidente Lula afirmou que também não sabia do petrolão. "Foi um susto para mim", disse, em entrevista a Roberto D'Ávila. "Muitas vezes, aquele cara que parece um santo na verdade é um bandido", acrescentou.

Acreditar que Lula não sabia de nada é um ato de fé. Os dois escândalos foram gestados em seu governo e tiveram seu partido como beneficiário. No mensalão, a Justiça mandou para a cadeia um tesoureiro e dois ex-presidentes do PT. No petrolão, já foram presos um tesoureiro e um ex-presidente do PT. Por enquanto.

Quando o assunto é corrupção, Lula não costuma se preocupar com a coerência do que diz. Depois de pedir desculpas pelo mensalão, ele passou a sustentar que o esquema nunca existiu. Daqui a alguns anos, é possível que comece a negar os desvios bilionários na Petrobras.

Na entrevista à Globo News, o ex-presidente também negou fatos relatados por políticos e empresários com quem conversa. Disse que não quer derrubar Joaquim Levy da Fazenda, que não quer emplacar Henrique Meirelles em seu lugar e que não tenta influir no governo Dilma.

Faltou acrescentar que seu nome não é Luiz Inácio, que ele não mora em São Bernardo do Campo e que não deseja voltar ao Planalto. A última parte ele até ameaçou dizer, mas foi traído pela própria língua.

*

Eduardo Cunha é vingativo e acaba de escolher outro alvo. Nesta segunda, ele tirou da gaveta e enviou à corregedoria da Câmara uma representação contra o desafeto Glauber Braga. O deputado do PSOL é acusado de quebrar o decoro ao chamar de "matador" um colega que integra a bancada da bala. Detalhe: a discussão ocorreu há mais de seis meses
Herculano
19/11/2015 07:56
LIBERDADE DE EXPRESSÃO, por Rogério Gentile, ex-secretário de Redação do jornal Folha de S. Paulo
Liberdade de expressão

Em vigor há uma semana, a mal formulada Lei do Direito de Resposta já é usada por políticos envolvidos em suspeitas para tentar intimidar jornalistas e, consequentemente, inibir a publicação de notícias a seu respeito.

O senador Delcídio do Amaral (PT) inaugurou a prática. Em depoimento à PF, o delator Fernando Baiano afirmou ter pago entre US$ 1 milhão e US$ 1,5 milhão em propina ao parlamentar por meio de um suposto "amigo de infância".

Procurado pela Folha para tratar do assunto, Delcídio ameaçou recorrer à nova lei de direito de resposta caso o jornal divulgasse as declarações do delator. A mesma ameaça foi feita ao jornal "O Globo".

O chamado "Outro Lado" é fundamental para o trabalho jornalístico. Ao procurar uma pessoa sobre a qual há algum tipo de suspeita, o veículo faculta ao entrevistado a oportunidade de rebater as acusações que lhe são imputadas. Não é incomum, inclusive, ao ouvir contra-argumentos, um jornalista se convencer da impropriedade de uma denúncia e desistir de publicar a reportagem.

Ou seja, ironicamente, o senador ameaçou entrar na Justiça com um pedido de resposta justamente para não ter de dar aos jornais sua resposta às acusações. Ficou claro que seu objetivo não era defender-se, mas impedir a publicação da suspeita.

O senador faz isso porque a nova lei, embora necessária, foi malfeita. Criou obstáculos para que os veículos possam se defender, bem como tem um defeito de concepção.

O direito de resposta deve ser assegurado quando a publicação se recusa a dar a versão de um acusado ou quando erra na divulgação de um fato. A lei, porém, atende ao "ofendido" pela notícia, ainda que o veículo tenha apenas reproduzido uma acusação ou emitido uma opinião.

O senador pode ter razão em sentir-se ofendido pelas declarações do delator ?"cabe à Justiça julgá-las?", mas isso não significa que o jornal não tenha o direito de reproduzi-las.
Herculano
19/11/2015 07:49
TURISMO ELEITORAL, editorial do jornal Folha de S. Paulo

Diante de uma crise econômica tão grave, seria razoável esperar que cada segmento da administração pública fizesse o possível para reduzir suas despesas. Não é isso, entretanto, o que se nota no Tribunal Superior Eleitoral.

De janeiro a setembro deste ano, o presidente da corte, ministro José Dias Toffoli, recebeu R$ 115,8 mil a título de diárias ?"verbas para custear viagens oficiais. Só no mês de junho, a cifra alcançou R$ 35 mil, superando seu salário mensal (R$ 33,7 mil) e o total gasto por ele mesmo em 2014 (R$ 31,5 mil).

Os valores, por si sós, já bastariam para suscitar questionamentos. A situação, contudo, é ainda mais embaraçosa: os ministros Gilmar Mendes e Luiz Fux, colegas de Toffoli no TSE, não receberam nenhuma diária do órgão em 2015.

Argumente-se que o presidente do tribunal desempenha funções de representação mais frequentes e onerosas; observe-se, então, a ministra Cármen Lúcia. De abril de 2012 a novembro de 2013, quando esteve à frente da corte, suas diárias somaram apenas R$ 1.132.

A assessoria do tribunal sustenta que o atual presidente viajou muito ao exterior. Acompanhando eleições do Reino Unido ou proferindo duas palestras na caribenha República Dominicana, o ministro Toffoli visitou 11 países neste ano com o carimbo das missões oficiais.

Ele não foi o único. Carlos Vieira von Adamek, secretário-geral da presidência do TSE, recebeu R$ 179,2 mil em diárias até setembro; Márcio Boscaro, juiz auxiliar de Toffoli, consumiu R$ 131,3 mil.

Pertencentes aos quadros do Tribunal de Justiça de São Paulo, os dois viram-se convocados por Toffoli para atuar no TSE. A função incluiu, entre outras, uma dispendiosa viagem de sete dias para monitorar as eleições no Quirguistão.

Não se trata apenas de apontar o que há de exótico em muitos desses itinerários; no mais das vezes, eles são desnecessários ou redundantes ?"sobretudo quando, em uma prática comum, mais de um magistrado faz a viagem.

Considerado isoladamente, tal desperdício pode parecer problema menor, uma despesa aceitável para a cúpula do Judiciário.

A questão, porém, vai muito além das diárias. Sendo apenas um exemplo da indevida complementação salarial a que servidores imaginam ter direito, contaminam todos os escalões do Poder.

Segundo o Conselho Nacional de Justiça, os gastos com auxílio-moradia, diárias e passagens aumentaram 65% de 2011 a 2014. No ano passado, chegaram a R$ 1,2 bilhão ?"montante inaceitável num país que enfrenta tantas dificuldades.
Herculano
19/11/2015 07:01
LULA INSINUA QUE DEUS É O CULPADO PELO PETROLÃO, por Josias de Souza

Citado nominalmente por Lula na entrevista que deu ao repórter Roberto D'Ávila nesta quarta-feira, Deus deveria ser intimado pelo juiz Sérgio Moro a prestar depoimento. É preciso que Ele confirme se tem mesmo algum envolvimento na formação do conluio que juntou burocratas, políticos e empreiteiros no esquema que assaltou a Petrobras, como insinuou Lula.

"Eu espero que um dia Deus, vendo tudo que está acontecendo no Brasil, carimbe na testa das pessoas o que ele vai ser quando ele tiver um emprego ?"se vai ser ladrão, se vai ser honesto ou não", declarou Lula, como a queixar-se da omissão do Todo-Poderoso. "Você sabe que muitas vezes aquele cara que parece que é um santo, na verdade é um bandido. O que parece bandido é um santo."

O entrevistador perguntou a Lula se ele tomou um susto quando a Lava Jato desmascarou a quadrilha que se instalara na Petrobras. Patrono das nomeações dos petrogatunos, o morubixaba do PT respondeu que o espanto foi planetário. "Acho que foi um susto para mim. E foi um susto para o mundo."

Foi nesse ponto que Lula lamentou a omissão de Deus, que se absteve de carimbar "ladrão" na testa dos diretores da Petrobras. O depoimento de Deus tornou-se indispensável. Ainda mais nesse clima de suspeição generalizada em que a simples menção de um nome pode afetar uma reputação que, às vezes, levou muito tempo para ser construída, como a do Todo-Poderoso.

Deus, obviamente, seria dispensado pelo doutor Moro de prestar qualquer tipo de juramento. Com divina paciência, Ele recordaria as bênçãos que concedeu a Lula. Golpeado por Collor abaixo da linha da cintura na campanha presidencial de 1989, Lula recebeu a graça de participar da cruzada pelo impeachment. Nessa época, chamava Collor de "ladrão".

O Padre Eterno dirá ao juiz Moro: "Anos depois, com a graça de Deus, digo, com a Minha graça, Lula elegeu-se presidente da República. Incorporou aquele que chamava de larápio à sua base de apoiadores. Em 2009, premiou Collor com duas diretorias de uma subsidiária da Petrobras, a BR Distribuidora. Agora diga, meu filho, acha mesmo que alguém que é incapaz de perceber que Fernando Collor é Fernando Collor merece ajuda?" Sérgio Moro, mãos postas, encerrara o depoimento de Deus. E intimará Lula
Herculano
19/11/2015 06:56
PROPINA DISFARÇADA. OAS PAGOU R$700 MIL POR OBRA EM TRIPLEX RESERVADO PARA LULA

Conteúdo do jornal Folha de S. Paulo. Texto de Flávio Ferreira. A empreiteira OAS gastou cerca de R$ 700 mil reais para reformar um apartamento triplex no litoral de São Paulo na época em que a família do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva tinha a opção de compra do imóvel.

O valor das obras realizadas no segundo semestre de 2014 está indicado em registro feito no CREA-SP (Conselho Regional de Engenharia e Agronomia do Estado de São Paulo) pela construtora Tallento, que foi subcontratada e paga pela OAS para executar os serviços.

O registro, que tem o nome técnico de ART (Anotação de Responsabilidade Técnica), qualifica de "reforma" as obras que incluíram a construção de uma estrutura para instalação de elevador privativo entre os três andares da unidade e de uma nova escada no apartamento que fica na praia de Astúrias, em Guarujá (SP).

Procurada pela reportagem, a OAS nega que tenha sido feita um reforma no imóvel e afirma que o triplex recebeu "obras de decoração", em razão de "uma opção comercial para a venda".

Indagada pela Folha se os outros triplex do condomínio receberam obras de decoração, a OAS limitou-se a responder que as benfeitorias foram feitas na unidade 164-A, que poderia ser adquirida pela família de Lula, "devido à localização privilegiada do imóvel", que fica na cobertura e de frente para o mar.

No último dia 8, a assessoria de Lula informou que a família do ex-presidente desistiu da opção de compra do imóvel e vai pedir por meio de seus advogados que a OAS devolva o valor que ela investiu para ter direito a comprar uma unidade no condomínio.

A assessoria de Lula afirmou que a mulher dele, Marisa Letícia, visitou o empreendimento algumas vezes, mas não respondeu à Folha se algum integrante da família do ex-presidente orientou a reforma do triplex em 2014 ou teve qualquer ligação com os serviços. As obras foram orientadas pela OAS, segundo a assessoria da construtora.

A OAS é uma das empreiteiras acusadas na Operação Lava Jato, que investiga o esquema de corrupção na Petrobras, pelo pagamento de propinas para obter vantagens em contratos da estatal.

Na Lava Jato, a Polícia Federal também investiga se a OAS beneficiou a família de Lula por supostamente pagar por obras feitas em um sítio no interior de São Paulo que é frequentado pelo petista e seus parentes.

A apuração faz parte de um pedido de perícia contábil para saber se a construtora fez repasses de propinas para políticos, agentes públicos e partidos políticos em operações de lavagem de dinheiro.

A assessoria de Lula informou que o ex-presidente não iria se manifestar sobre o triplex em Guarujá e a perícia no sítio no interior paulista.
Herculano
19/11/2015 06:48
PLANALTO MANDA ENTERRAR DE VEZ TODAS AS CPIs, por Cláudio Humberto, na coluna que publicou hojenos jornais brasileiros

O governo determinou aos parlamentares o sepultamento de todas as CPIs, começando pelo veto à prorrogação de todas as comissões na Câmara. Em reunião no Palácio do Planalto, terça (17), o ministro Ricardo Berzoini (Secretaria de Governo) deixou escapar o pânico do governo com as investigações dos fundos de pensão e do BNDES, uma verdadeira "caixa preta" finalmente aberta pelas investigações.

Lula em pânico

A gota dágua para a operação abafa das CPI foi teleguiada pelo ex-presidente Lula, após a convocação do seu amigo José Carlos Bumlai.

Não é bem assim

A CPI dos Fundos de Pensão aprovou requerimento de prorrogação, mas isso ainda precisa passar pelo plenário. A chances são pequenas.

Insistente

Insistente, o presidente da CPI do BNDES, Marcos Rotta (PMDB-AM), encaminhou pedido de prorrogação a Eduardo Cunha.

Direito só da maioria

As CPIs sempre foram considerada um direito das minorias, mas desde o governo Lula o Planalto não abre mão do controle de todas elas.

CPI VAI "APERTAR" AMIGO PARA FECHAR O CERCO A AMIGO DE LULA

O fazendeiro José Carlos Bumlai, amigo do ex-presidente Lula, não encontrará facilidades em seu depoimento à CPI do BNDES, terça (24). A oposição se prepara porque tem certeza de que o depoimento de Bumlai pode fechar o cerco a Lula. O empresário será indagado sobre como obteve R$ 1,2 bilhão (sendo R$ 300 milhões do BNDES) para a Usina São Fernando, no Mato Grosso do Sul, hoje próxima da falência.

Excesso de exposição

Lula anda insone com o depoimento de Bumlai na CPI. Ele acha que o amigo, por ser inexperiente, pode ficar nervoso e complicar sua vida.

Explica aí

Bumlai será indagado sobre seu papel em negócios com o amigo Lula, como sítio de Atibaia (SP), reformado pela OAB, aquela do petrolão.

Ponto final

O Palácio do Planalto pressiona o presidente da Câmara, Eduardo Cunha, a sepultar a CPI do BNDES até 14 de dezembro.

Oposição se divide

DEM e Solidariedade brigaram com os tucanos na Câmara, que não ajudaram a obstruir a votação das pedaladas de Dilma na Comissão de Orçamento. Alegam que "rolou agradinho" (emendas) ao PSDB.

Com a rua ela não pode

Geddel Vieira Lima (PMDB), ex-vice-presidente da Caixa no governo Dilma, já não acredita no impeachment por iniciativa do parlamento, mas acha que as forças de Madame serão "minadas das ruas".

Contra ditadura

Jaques Wagner (Casa Civil) terá de explicar na Câmara a MP que pune caminhoneiros que fecham rodovias, enquanto o MST toca o terror. "O governo silencia quem discorda dele", diz Jerônimo Goergen (PP-RS).

Imposto, não

O presidente da Fiesp, Paulo Skaf, faz vigília contra a saída fácil do governo para a crise. Falando em nome dos empresários, Skaf prometeu fazer o que for preciso para impedir aumento de impostos.

Contaminação

O senador Romero Jucá (RR) vê o desgaste do governo contaminando todos os partidos, incluindo o seu PMDB. Para a surpresa de quem o considera um governista radical, ele sempre defendeu o impeachment.

Parou por que?

Presidente da OAB-SC, Tullo Cavallazi Filho não deu andamento a grave queixa de um cliente lesado por advogados porque a campanha na Ordem "parou tudo", conforme justificou ao advogado do queixoso.

Sem largar o osso

Ficou combinado no congresso do PMDB que seus sete ministros vão evitar polêmicas como a roubalheira desenfreada no governo. Estão felizes demais nos empregos para entrar em bolas divididas.

Moreira forte

Tanto quanto o vice Michel Temer, o presidente da Fundação Ulysses Guimarães, ex-ministro Moreira Franco, saiu fortalecido do congresso do PMDB. É entusiasta do projeto de poder Michel Temer 2018.

Pergunta nos movimentos

Por que a Marcha das Mulheres Negras carregava dezenas de balões da CUT, bandeiras do MST e faixas da UNE?
Herculano
19/11/2015 06:37
UM ATRASO, MAS DIANTE DE TANTA ROUBALHEIRA E CORRUPÇÃO COMANDANDAS PELO PODER DE PLANTÃO, UMA PROVA NO PAPEL PARA SE CONFERIR CONTRA UMA POSSÍVEL FRAUDE ELETR?"NICA.CONGRESSO DERRUBA POR AMPLA MAIORIA VETO E CONSEGUE RETOMAR O VOTO IMPRESSO NAS ELEIÇÕES

Conteúdo do jornal Folha de S. Paulo. Texto de Mariana Haubert, Ranier Bragon, Déora Álvares,da sucursal de Brasília. O Congresso conseguiu derrubar nesta quarta-feira (18) o veto da presidente Dilma Rousseff à proposta de retomar o voto impresso nas eleições. A mudança na legislação eleitoral foi defendida, principalmente, pelos partidos de oposição que questionaram a legitimidade do resultado das eleições presidenciais de 2014.

Segundo o TSE (Tribunal Superior Eleitoral), o impacto da nova regra será de cerca de R$ 1,8 bilhão nas próximas eleições. A medida levará à necessidade de impressão de cerca de 220 milhões de comprovantes, levando-se em conta o comparecimento nas eleições de 2014 e os dois turnos de votação.

A proposta estabelece que, assegurado o sigilo, o voto impresso será depositado de forma automática em uma urna lacrada após a confirmação do eleitor de que o papel corresponde às suas escolhas na urna eletrônica.

Na Câmara, o veto foi derrubado por ampla maioria. Foram 368 votos favoráveis à derrubada do veto e 50 contrários, com apenas uma abstenção. Já no Senado, o placar foi de 56 votos pela derrubada e apenas cinco contrários. O texto vai à promulgação do Congresso Nacional, que comunica a Presidência sobre a decisão.

A votação no Senado se arrastou por mais de uma hora porque os senadores da oposição estavam inseguros em relação a um quórum mínimo que pudesse garantir a derrubada do veto. Os senadores, então, fecharam um acordo com o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), para que a votação fosse realizada até que 65 senadores tivessem votado. Neste período, alguns deputados e senadores tentaram suspender a sessão.

"A derrubada deste veto não se trata de ser a favor ou contra o governo, se trata de dar transparência às eleições", defendeu o senador João Capiberibe (PSB-AP).

Já o líder do governo no Congresso, senador José Pimentel (PT-CE), alegou que o impacto financeiro para os cofres públicos seria grande. "Nós não temos condições de investir R$ 1,8 bilhão em programação e nas urnas para imprimir as cédulas", disse.

O senador relembrou também a investida do PSDB quando decidiu auditar as urnas usadas nas eleições presidenciais de 2014. Ao final da investigação, o partido concluiu que não era possível auditá-las. "Chega-se a conclusão de que essa tese não tinha sustentação", disse Pimentel.

Já o senador Aécio Neves (MG), presidente do PSDB e candidato derrotado nas eleições presidenciais do ano passado, argumentou que o voto impresso daria a possibilidade de se investigar propriamente um pleito eleitoral.

Mais cedo, os parlamentares mantiveram o veto presidencial à permissão para o financiamento empresarial de campanhas eleitorais. Dessa forma, prevalece o entendimento do STF (Supremo Tribunal Federal) de que as doações privadas são inconstitucionais.

Os parlamentares concluíram a sessão conjunta do Congresso após mais de 11 horas de votação. O último veto analisado e mantido foi o que prorrogava o prazo para as empresas instaladas no Nordeste e na Amazônia aproveitarem a isenção do Adicional ao Frete para a Renovação da Marinha Mercante de dezembro de 2015 para dezembro de 2020.
Herculano
19/11/2015 06:26
SERÁ QUE VAMOS NOS LIVRAR DE UMA MASSA CONSIDERÁVEL DE POLÍTICOS? CHINESES QUEREM IMPORTAR ATÉ 1 MILHÃO DE JUMENTOS POR ANO, DIZ MINISTRA

Conteúdo do jornal O Estado de S. Paulo. Texto de Victor Martins, da sucursal de Brasília. Durante missão na China, a ministra da Agricultura, Kátia Abreu, recebeu uma demanda inusitada de um empresário. O investidor disse ter interesse em importar 1 milhão de jumentos por ano. A história foi relatada pela própria ministra, pelo microblog Twitter.

"No seminário dos empresários chamou a atenção um investidor com um interesse que nos pareceu piada, mas não era. Ele quer importar jumentos para a China", relatou Kátia Abreu."Inacreditável, mas sua demanda é de 1 milhão de jumentos ano. Morro e não vejo tudo", disse a ministra.

A mensagem da ministra gerou comentários bem humorados na rede social. Outra demanda diferente das demais foi a de uma empresa de fármacos, que quer 10 mil toneladas de casca de tangerina por ano para produzir óleos e essências. A ministra fica até o fim desta semana na China.
Herculano
19/11/2015 06:19
DUAS CONSTATAÇÕES: VEM AI MAIS IMPOSTOS PARA A FARRA DE QUEM NÃO QUER CORTAR O EMPREGUISMO E GOVERNO AO BARRAR PAUTA-BOMBA, MOSTROU QUE SUA BASE É CHANTAGISTA, FRÁGIL E TRAI SEM QUALQUER PUDOR.

Conteúdo do jornal Folha de S. Paulo. Texto de Ranier Bragon, Mariana Haubert, Débora Álvares e Gustavo Uribe, da sucursal de Brasília. O Congresso barrou os principais itens da chamada pauta-bomba, mas as votações desta semana expuseram a fragilidade da base governista e indicam que a presidente Dilma Rousseff encontrará grandes obstáculos à sua tentativa de reequilibrar as contas do governo federal.

Mesmo após uma reforma ministerial que tirou poder do PT em favor de aliados como o PMDB, Dilma só conseguiu com uma margem bastante estreita manter seus vetos a projetos que reajustavam salários dos servidores do Judiciário e estendiam a todos os aposentados a política de valorização do salário mínimo.

O primeiro foi mantido por uma margem de apenas seis votos na noite de terça (17). O segundo, por 46 votos, na tarde desta quarta (18). Se entrassem em vigor, os dois representariam gasto extra de R$ 45 bilhões nos próximos anos.

As votações mostraram traições generalizadas no PMDB ?"que passou a controlar sete ministérios após a reforma ministerial, incluindo a Saúde?" e em outros partidos que têm ministérios, o PSD (Cidades), o PP (Integração Nacional), i PDT (Comunicações), o PRB (Esporte) e o PTB (Desenvolvimento). Houve defecções até mesmo na bancada do PT.

Na avaliação do Planalto, o resultado mostra que os ministros têm pouca ascendência sobre suas bancadas e Dilma precisa buscar interlocução direta com o Legislativo.

No caso do veto do reajuste do Judiciário, dos 52 deputados federais do PMDB que votaram, metade (26) se posicionou contra o governo. O PDT marcou 8 de seus 11 votos contra a presidente. No PSD, até o líder da bancada, deputado Rogério Rosso (DF), votou contra o governo.

Rosso afirma que avisou Dilma com antecedência que adotaria essa posição e que, por ser do Distrito Federal, unidade da Federação com grande número de funcionários públicos, não tinha como votar de forma diferente.

Na votação do principal veto desta quarta, de interesse dos aposentados, 211 dos 513 deputados votaram para derrubar o veto de Dilma. Eram necessários pelo menos 257. Nas duas situações, os senadores não precisaram votar, já que um veto só é derrubado caso as duas Casas legislativas tomem essa decisão.

"E inegável que o cenário mudou [para melhor]. Agora, isso dá confiança, garantia? Não dá", disse o líder da bancada do PT no Senado, Humberto Costa (PE). "Imaginar a aprovação de uma coisa como CPMF, que é uma emenda constitucional, é quase sonho, não aprova de jeito nenhum com a base como está."

Dilma e o ministro da Fazenda, Joaquim Levy, apontam a CPMF como uma medida essencial para equilibrar as contas públicas, que podem fechar 2015 com rombo de cerca de R$ 120 bilhões.

O líder do governo na Câmara, José Guimarães (PT-CE), comemorou: "Superamos todos os vetos que tinham impacto fiscal", afirmou. "O país não suportaria. Seria uma quebradeira geral."

A vitória apertada surpreendeu o Planalto. A presidente pretende assumir posição de protagonismo no diálogo com os deputados, repetindo o que fez em agosto, no auge da discussão sobre a abertura de um pedido de impeachment contra ela.

"Boa parte dos votos para manutenção desses vetos ocorreram muito mais pela compreensão da gravidade da situação do país do que pelo atendimento à liderança do governo Dilma", afirmou o líder da oposição na Câmara, Bruno Araújo (PSDB-PE).

A oposição votou de forma maciça contra Dilma, apesar da indicação dos tucanos de que dariam uma trégua ao governo e passariam a votar a favor do equilíbrio fiscal.

Tanto na discussão do reajuste do Judiciário quanto na das aposentadorias, só dois deputados tucanos se posicionaram a favor da manutenção do veto. Segundo Araújo, isso se deu devido a posições consolidadas antes da configuração da atual "crise aguda".
Herculano
18/11/2015 21:19
FASCISTOIDES PRO E CONTRA IMPEACHMENT SE AGRIDEM, E IMPRENSA ATIRA NOS PACÍFICOS, por Reinaldo Azevedo, de Veja

Parte 1

Fica evidenciada mais uma vez a força de uma tautologia: defensores do golpe fazem mal à democracia.

Olhem aqui: lá no gramado do Congresso Nacional há um grupo pequeno que defende intervenção militar no Brasil. O nome disso é golpe. Logo, são defensores do golpismo. Como golpistas são as esquerdas e os petistas, que recusam o impeachment não porque neguem que Dilma tenha cometido crime de responsabilidade, mas porque não reconhecem a Constituição e as leis que temos.

Esse grupo nada tem a ver com o MBL, o Movimento Brasil Livre. Ao contrário: os coordenadores do MBL expulsaram da área que ocupam um grupo que chegou com essa conversa. Que fossem acampar em outra parte do gramado. E foi o que se fez.

Muito bem! Nesta quarta, Brasília recebeu, em cumprimento a uma antevisão minha, neste espaço, uma marcha de mulheres negras. Sim, elas protestavam contra Eduardo Cunha e o PL 5.609, que criaria dificuldades para o aborto ?" o que é mentira. Por que defensoras do assassinato de fetos brancas e negras não podem marchar juntas? Bem, não sei. O feto branco que vai para o lixo é diferente do feto negro? "Ah, as mulheres são diferentes"? Então tá. Adiante.

As ditas mulheres negras trocaram ofensas com a turma que defende a intervenção militar ?" muito longe, diga-se, da área em que estava o MBL. Dois policiais civis deram tiros para o alto. Um é do Distrito Federal; outro, aposentado, é do Maranhão. Chama-se Marcelo Tadeu e já tinha sido detido na semana passada com um revólver e algumas armas brancas. As marchadeiras acusam os defensores do golpe de ataques racistas.

Bem, o fato é que houve confronto, e a Polícia Militar precisou recorrer a gás de pimenta e balas de borracha para conter os ânimos.

Como informa a VEJA.com, "na confusão, o deputado Paulo Pimenta (PT-RS) foi atingido por spray de pimenta. Também foram arremessadas bombas de fabricação caseira. A Polícia Legislativa teve de reforçar a segurança e interveio no tumulto entre manifestantes, integrantes da CUT e da marcha. As mulheres e os grupos anti-Dilma trocaram agressões e provocações. Elas conseguiram arrancar faixas contra o governo e derrubaram o boneco inflável em homenagem ao general Antonio Hamilton Mourão, afastado do Comando Militar do Sul depois de criticar a presidente e conclamar a tropa ao 'despertar da luta patriótica'".

Descuido ou má-fé?
Qual é o ponto? Muitos veículos de comunicação noticiaram que o confronto das ditas mulheres negras havia se dado com o MBL, que é pacífico e contra o golpismo dos militaristas e dos petistas.

Vamos ver. O MBL pediu autorização para se instalar no gramado do Congresso ?" Eduardo Cunha, presidente da Câmara, concedeu; Renan Calheiros, que preside o Senado, não. Os mais variados grupos foram chegando, inclusive este que, tudo indica, abrigava um sujeito armado. Escrevi a respeito na sexta, quando o tal policial foi preso pela primeira vez. Lá se pode ler:
Nota: as barracas ocupadas pelo MBL são diariamente vistoriadas pela polícia. Os jovens que lá estão fazem questão de que assim seja. Se algo de estranho for encontrado no acampamento, não pertence ao grupo. Não custa notar que Eduardo Cunha liberou o gramado a quem quiser se instalar. O MBL pediu autorização formal à Câmara e ao Senado.
Herculano
18/11/2015 21:18
FASCISTOIDES PRO" E CONTRA IMPEACHMENT SE AGRIDEM, E IMPRENSA ATIRA NOS PACÍFICOS, por Reinaldo Azevedo, de Veja

Parte 2

Estão querendo misturar alhos com bugalhos. As esquerdas toleram black blocs em seus protestos, mas o MBL não tolera golpistas de nenhuma natureza. Até porque, como a gente nota, eles atrapalham a luta dos defensores da democracia.

Ora, que a Polícia Militar do DF e a Polícia do Legislativo cumpram a sua função. Se for o caso, que investiguem cada barraca. O MBL e outros grupos pacíficos nada têm a temer.

Renan aproveitou para afirmar que não concorda com acampamento. Cunha também se pronunciou: "Autorizei a permanência deles dentro de determinadas condições. Claro que não concordo com todos esses confrontos que estão acontecendo. Mas sempre, em certo momento, tem gente infiltrada. Tem de tudo aqui a todo momento. Independentemente de estar acampado ou não, pode acontecer. Esse episódio de hoje é estranho".

A dita Marcha das Mulheres Negras soube com quem mexer, não é? Guilherme Boulos mobilizou seus milicianos, na semana retrasada, para bater nos membros do MBL, mas não obteve os resultados que esperava.

Já golpistas contra o impeachment em contato com golpistas em favor do impeachment, ah, isso dá liga, não é mesmo? Uma liga com potencial explosivo.

Acho bom os jornalistas aprenderem a distinguir quem é quem naquele gramado. Ou só restará aos ofendidos apelar ao direito de resposta, já que não podem ser beneficiados pelo direito à informação correta.
Erva Daninha
18/11/2015 20:09
Sr. Herculano:

Em "Balde de Água Fria"

"Temer presidente", ele respondeu: "Por enquanto não. Em 2016 vamos lançar candidato próprio".

Eis aí um dos grandes problemas dos nossos políticos. Estão sempre pensando no futuro.
Os desafios e problemas de nosso país estão no presente! Porque não apresentam soluções para os problemas pelos quais estamos passando no hoje, no aqui e no agora?

O senhor já imaginou os franceses se mobilizarem para enfrentar o Estado Islâmico no futuro?
As decisões e atitudes estão sendo tomadas aqui e agora.
Quanta diferença!!!


Herculano
18/11/2015 18:16
CONGRESSO MANTÉM VETO DA PRESIDENTE DILMA VANA ROUSSEFF, PT, E COM ISSO AS REGRAS DE REAJUSTE DO MÍNIMO NÃO SERÃO EXTENDIDAS AOS APOSENTADOS

Conteúdo da Agência Reuters Texto de Leonardo Goy e Marcela Ayres, da sucursal de Brasília. Parlamentares mantiveram nesta quarta-feira o veto da presidente Dilma Rousseff a uma medida que estendia a todos os aposentados a política de reajuste do salário mínimo e que teria grande impacto nas contas públicas, em mais uma vitória apertada do governo no Congresso Nacional.

Ao analisar o veto, 211 deputados votaram pela derrubada, enquanto 160 foram pela manutenção. Mas, como são necessários 257 votos para derrubar um veto, a decisão presidencial foi mantida.

Como não houve votos suficientes para derrubar o veto na Câmara dos Deputados, os senadores sequer chegaram a analisar a negativa de Dilma. Segundo dados do governo, se a regra entrasse em vigor, teria um impacto de 11 bilhões de reais nas contas públicas até 2019.

Com isso, o governo já conseguiu manter os três principais vetos que estão em discussão no Congresso Nacional.

Na noite de terça-feira, foram mantidos os vetos ao reajuste de 78,6% aos servidores do Judiciário e à redução de Imposto de Renda na compra de livros por professores.

Pelas contas do governo federal, se derrubado, o veto ao reajuste dos servidores da Justiça teria impacto nas contas públicas de 36 bilhões de reais até 2019.

Já a desoneração de IR aos professores teria impacto de 16 bilhões de reais até 2019.

No caso do reajuste do Judiciário, a manutenção do veto ocorreu, assim como na votação nesta quarta-feira, apesar de uma derrota numérica do governo.

Na sessão conjunta de terça-feira, 251 deputados votaram pela derrubada e 132 pela manutenção, mas o veto de Dilma foi mantido porque não foram alcançados os 257 votos necessários para derrubá-lo.

O líder do governo na Câmara, José Guimarães (PT-CE), disse que os próximos objetivos do governo agora são a aprovação da Desvinculação de Receitas da União (DRU) e o Orçamento. "E preparar o Brasil para levantar voo em 2016", disse.

Questionado se a manutenção dos vetos fortalece o ministro da Fazenda, Joaquim Levy, ele disse que "é uma vitória do governo, não tem ministro A, ministro B ou ministro C. É uma vitória da presidente Dilma e, sobretudo, do país. É de todos os ministros que integram o governo."
Weliton G. Lins
18/11/2015 16:39
EVENTO PSC

Que belo evento pude prestigiar na segunda-feira que passou (16/11/2015 ), 150 pessoas reunidas em um encontro de um partido que não possui tanta expressão em Gaspar, mas tem conseguido atrair pessoas para o seu projeto. Presença de vários partidos, lideranças políticas e eclesiásticas, prestigiando a posse da nova diretoria, que passa a ser presidida por Ernesto Hostins. Realmente o PSC está de parabéns, trazendo até o Presidente Estadual Adelor Vieira, demonstrando a importância que o partido está passando a ter. Mais uma vez parabéns ao Ernesto Hostins, que abonou 70 fichas de filiações, apresentou 11 pré-candidatos a vereador, e conseguiu reunir ótimo número de pessoas em plena segunda-feira.

Obrigado amigo Herculano pelo espaço.
Herculano
18/11/2015 12:40
BAGUNÇA FISCAL DEIXA DILMA NAS NÃOS DE RENAN, por Josias de Souza

Neste final de 2015, Dilma está no mesmo lugar desconfortável em que se encontrava em dezembro de 2014: nas mãos de Renan Calheiros. Chegou a esse ponto porque preside uma bagunça fiscal. Recorre aos bons préstimos do presidente do Congresso para não ser enquadrada na Lei de Responsabilidade Fiscal. E Renan, um altruísta incorrigível, revela-se muito útil. Na noite desta terça-feira, livrou Dilma de um grande vexame.

Em sessão conjunta do Congresso, deputados e senadores puseram-se a analisar vetos presidenciais. A vedete da noite era o veto de Dilma ao projeto que concedia aos servidores do Judiciário um aumento médio de 56%, podendo chegar em alguns casos a 78,56%. Na conta do governo, a coisa custaria R$ 36,2 bilhões em quatro anos. Para derrubar o veto na Câmara, eram necessários 257 votos. Obtiveram-se 251 votos. Meia dúzia de votos separaram Dilma da humilhação. E eles só não vieram graças a uma manobra de Renan.

Num instante em que vários deputados se dirigiam ao plenário para votar, Renan encerrou uma votação que abrira não havia nem 15 minutos. O governo colecionou traidores em todos os partidos. Apinhadas de servidores, as galerias explodiram (veja no vídeo). Líder do DEM, o deputado Mendonça Filho escalou a tribuna para resumir a cena. Ele foi ao ponto:

"O governo, claramente, quer limpar a pauta de vetos ligando o rolo compressor, para votar o PLN 05. O que é o PLN 05? É mais uma anistia aos crimes fiscais praticados pela presidente Dilma. Não bastasse o episódio do ano passado, quando o governo tratorou o Congresso para aprovar a toque de caixa o famigerado PLN 36, Dilma quer o mesmo agora: mudar as metas fiscais no final do exercício."

Depois de encerrar 2014 com as contas públicas no vermelho, Dilma prometera perseguir no exercício atual uma meta de superávit de 1,2% do PIB ?"ou R$ 66,3 bilhões. Chega às portas de dezembro sem meta e sem superávit. E pede ao Congresso que a autorize a fechar o balanço de 2015 com um déficit de R$ 119,9 bilhões (pode me chamar de R$ 120 bilhões). Do contrário, volta a flertar com o impeachment por irresponsabilidade fiscal.

Horas antes do início da sessão em que Renan virou a chave na ignição do trator, a Comissão de Orçamento do Congresso aprovara a conversão de superávit num buraco de R$ 120 bilhões. A macumba foi enviada ao plenário. Ali, só pode ser votada quando não houver mais vetos presidenciais pendentes de apreciação. Ainda há cinco. Daí a pressa de Renan, o altruísta.

Olhando ao redor, os líderes da oposição perceberam que faziam papel de bobos. A infantaria governista não dera as caras em número suficiente para assegurar o quórum mínimo necessário às votações. Mendonça sugeriu que os oposicionistas abandonassem o plenário. DEM, PSDB, PPS e Solidariedade entraram em obstrução.

Renan ainda tentou colocar em votação o veto de Dilma ao projeto que assegurou o mesmo percentual de reajuste do salário mínimo a todas as aposentadorias do INSS. Porém, diante da flagrante falta de quórum, a oposição exigiu que fosse observado nessa votação o mesmo prazo de 15 minutos da votação anterior. E Renan viu-se compelido a encerrar os trabalhos pouco depois da meia-noite.

Movido por seu altruísmo, o mandachuva do Congresso marcou nova sessão conjunta de deputados e senadores para o final da manhã desta quarta-feira. Parece empenhado em limpar a pauta para presentear Dilma com mais uma anistia fiscal. A oposição tentará impedir. Mas é improvável que consiga. Sobretudo depois que o Planalto decidir dialogar com quem precisa de interrogatório.
Herculano
18/11/2015 12:37
BALDE DE ÁGUA FRIA, por Bernardo de Mello Franco, para o jornal Folha de S. Paulo

Se alguém ainda esperava que o PMDB abrisse fogo contra o governo, o encontro de ontem foi um balde de água fria. O partido de Michel Temer baixou o tom sobre a crise e evitou críticas diretas ao PT e à presidente Dilma Rousseff.

O próprio vice se encarregou de resfriar os ânimos. Antes de subir ao palanque, ele declarou à Globo News que Dilma "faz o possível e o impossível para a unidade nacional". Uma mudança sensível para quem se insinuava, em agosto, como o homem certo para "reunificar" o país.

O ex-ministro Moreira Franco, aliado do vice, ainda tentou levantar a bola do impeachment. Ao apresentar o novo programa econômico do PMDB, disse que o documento merecia o apelido de Plano Temer. A fala animou militantes anti-Dilma que assistiam discretamente ao evento.

O pequeno grupo esperou que o vice começasse o discurso para interrompê-lo com gritos de "impeachment" e "Temer presidente". "Por enquanto, não", ele respondeu, constrangido. "Em 2018 nós vamos lançar um candidato, não eu. Eu estou encerrando minha vida pública", desconversou.

A parcimônia pareceu estudada para evitar novos atritos com Dilma. Temer tinha bons motivos. A articulação pelo impeachment refluiu, o incendiário Eduardo Cunha foi vaiado e o auditório estava cheio de peemedebistas com cargos no governo.

No discurso escrito que levou ao evento, o vice se despediria afirmando que o Brasil vive um "grave momento" e que o PMDB sempre escolheu "o lado do povo". Era a senha para novas manchetes belicosas, mas Temer preferiu encerrar a fala sem ler o parágrafo explosivo.

*

No cenário mais favorável a Eduardo Cunha, veteranos do Conselho de Ética preveem um empate de 10 a 10 na próxima terça. Neste caso, o voto de minerva é do presidente José Carlos Araújo, que defenderá a abertura de processo contra o peemedebista.
Herculano
18/11/2015 12:33
DE GETULIO.VARGAS@EDU PARA LULA@ORG, por Elio Gaspari, para os jornais O Globo e Folha de S. Paulo

Senhor presidente,

Faz tempo que eu organizo um churrasco para os presidentes do Brasil que estão por aqui. Depois da carne, jogamos pingue-pongue. Fizemos o último encontro há uma semana e resolvi escrever-lhe porque falou-se muito do senhor. Vosmicê não é popular entre nós. Simpatia, o senhor tem a de Itamar Franco e Floriano Peixoto. O Médici não pode ouvir seu nome. Eu procuro entender seus pontos de vista, mas sua gabolice dá-me nos nervos.

O tema de nossa conversa foi sua relação com a senhora Rousseff, e estamos todos de acordo: o senhor está jogando uma cartada inédita, ruim para o país e para ambos.

À mesa, éramos 25. Em graus variáveis, todos desentenderam-se com seus sucessores. Uns nunca os toleraram, como Kubitschek com Jânio. Outros, tendo-os ungido, como vosmicê, desencantaram-se e arrependeram-se. Confidencio-lhe que o Ernesto Geisel mal cumprimenta o general Figueiredo. Eu dou-me bem com todos, até com Geisel, que cercou meu palácio em 1945.

Por maiores e até mesmo injustos que tenham sido os desencontros, nenhum de nós tentou sequestrar o governo do seu sucessor. Mesmo quando procuramos interferir, preservamos a discrição. O Itamar lembrou que disse poucas e boas do Fernando Henrique Cardoso, mas sua força extinguira-se. Não é esse o seu caso. A presidente precisa do seu apoio, e a destruição dela será a sua. Intuo que o senhor precisa mais dela do que ela do senhor.

Resta outro argumento, o do recato. O senhor tirou o nome da presidente da sua cartola, como fizeram o Médici com o Geisel e o Geisel com o Figueiredo. Se arrependimento matasse, ambos teriam chegado aqui muito antes. Por recato, diziam horrores dos seus escolhidos, mas mantinham as queixas num círculo fechado.

O senhor está rompendo essa etiqueta. Quer mudar a política de sua herdeira, chegando ao ponto de indicar um ministro da Fazenda que, sem ter sido convidado por ela, sugere condições inaceitáveis até mesmo para um síndico de edifício.

O Washington Luiz, que sabe de história, diz que vosmicê quer instalar uma regência no seu Instituto Lula mantendo a titular no palácio do Planalto. Coisa inédita. Isso só foi tentado uma vez, com um presidente fisicamente incapacitado. O marechal Costa e Silva lembrou que, depois de ter sofrido uma isquemia cerebral, estava mudo e paralítico, mas os generais empossaram uma Junta Militar dizendo que ela era provisória. Esse gauchão sempre repete que deveriam ter empossado o vice-presidente. Foi dele a ideia de não chamar os membros de Juntas Militares para nossos churrascos.

O senhor diz com frequência que se pode pedir tudo a um governante, menos a própria humilhação. Meu caso foi extremo, mas quando tomei a decisão de sair da vida, reagia à humilhação que os militares amotinados queriam impor-me. Em 1945, já deposto, recebi dois oficiais, fumei meu charuto e saí de cabeça erguida. Em 1954, armou-se uma situação em que sairia escorraçado. Escorracei-os entrando para a história, e escorraçados meus inimigos estão até hoje, obrigados a conviver com suas infâmias.

Do seu patrício,

Getúlio Vargas
Herculano
18/11/2015 12:26
PMDB DÁ OUTRA CHANCE A DILMA E ADIA ROMPIMENTO, por Cláudio Humberto, na coluna que publicou hoje nos jornais Brasileiros

O congresso nacional do PMDB, promovido pela Fundação Ulysses Guimarães (FUG), foi mais uma tentativa do partido de se descolar do governo do PT. Numa última chance a Dilma, o PMDB empurrou para março a decisão sobre rompimento com seu partido. Mas levantamento interno do PMDB prevê cenário péssimo para qualquer político em 2016, afetando as eleições municipais, que são a prioridade do partido.

Antes

Em 2012, o PMDB elegeu 1.016 prefeitos, em um total de 5.517 municípios. O PSDB venceu em 686 prefeituras e o PT, em 629.

Terra arrasada

Pesquisas internas apontam que o número de prefeitos eleitos em 2016 pelo PT pode ser reduzido à metade. E o PMDB teme ser afetado.

Marcando posição

Foi decidido que diretórios estaduais subirão o coro contra o governo e as críticas macroeconômicas ficarão por conta da cúpula, em Brasília.

Como pau de galinheiro

A pesquisa do PMDB indicou também que 92,3% dos brasileiros acham os políticos "bandidos". Apenas 0,2% dos brasileiros confiam neles.

MULTA DA SAMARCO É NINHARIA, PERTO DA CHEVRON

A multa de R$ 1 bilhão do Ministério Público à mineradora Samarco, em Mariana (MG), parece risível perto dos R$ 20 bilhões aplicados à Chevron em novembro de 2011, em razão dos danos ambientais pelo vazamento de petróleo no Campo de Frade, litoral fluminense. No caso Chevron, apesar de grave, a vida marinha não foi afetada seriamente, enquanto em Minas a lama matou pessoas, sonhos, e todo o rio Doce.

Sem critérios

Apesar da legislação ambiental elogiada até por "ecochatos", o Brasil ainda não definiu regras claras para a reparação de danos ambientais.

R$ 1 bi é pouco

A multinha de R$ 1 bilhão é ninharia, considerando que a lama tóxica provoca danos irreparáveis em Minas Gerais e no Espírito Santo.

Interferência

A Chevron escalou o líder do governo, Cândido Vaccarezza (PT) para criticar a multa que tomou. O MP viu interferência indevida do governo.

SOS PT

Evidência de acordo entre Eduardo Cunha e o governo é a inclusão da empresa de assessoria de imprensa Entrelinhas no esquema de defesa do presidente da Câmara. A Entrelinhas é ligada ao PT, a seu presidente, Rui Falcão, e ao ministro Edinho Silva (Comunicação).

Amor em pedaços

Responsável pelas investigações de políticos na Lava Jato, que foram desmembradas, o ministro Teori Zavascki se deliciava na doceria "Amor aos Pedaços", domingo, no shopping Iguatemi, em Brasília.

Programa com validade

O senador tucano Aloysio Nunes vê fragilidade na aliança entre o governo e PMDB, que, segundo ele, "fez um programa que não sabe se é para governar daqui 4 anos ou para agora". Já o PSDB, nem isso.

Livrou-se do fardo

Marta Suplicy (PMDB), que prevê ataques petistas em sua campanha à prefeitura paulistana, pode dizer que foi o PT que mudou, não ela. Mas no Congresso todos são unânimes: Marta mudou, sim, e para melhor.

Vai que é tua

Em seu congresso, o PMDB definiu que seus diretórios estaduais se juntarão à voz das ruas contra Dilma, e que as críticas econômicas ficarão por conta da cúpula do partido. Mas sem largar o osso, claro.

Invisível

Aécio Neves ficou desconcertado no lançamento do programa Jovens Senadores. A representante de Minas, Marina Pimenta, era só alegria com o ex-governador Antônio Anastasia, mas o ignorou solenemente.

Visitante maltratado

No almoço de Michel Temer ao príncipe norueguês Haakon Magnus, nenhum ministro deu as caras. A exceção foi o secretário Eliseu Padilha (Aviação Civil), mais interessado em conversar com o vice.

Sangue de barata

O Planalto vai se fazer de morto sobre as criticas do PMDB em seu congresso. Avalia que há muita coisa a ser votada no Congresso que pode complicar Dilma, inclusive as contas do governo de 2014.

Que País é este?

Quem pesca fora de época ou caça um animal vai para a cadeia. Crime inafiançável. Se mata um rio, toda sua fauna e sua flora, fica impune.
Sidnei Luis Reinert
18/11/2015 12:25
Mais um decreto comunista:


A PRESIDENTA DA REPÚBLICA , no uso da atribuição que lhe confere art. 84, caput, inciso IV, da Constituição, e tendo em vista o disposto no art. 20, caput, inciso XVI, da Lei nº 8.036, de 11 de maio de 1990, DECRETA:
Art. 1º O Decreto nº 5.113, de 22 de junho de 2004, passa a vigorar com as seguintes alterações: Ver tópico
?"Art. 2º .........................................................................
..............................................................................................
Parágrafo único. Para fins do disposto no inciso XVI do caput do art. 20 da Lei nº 8.036, de 11 de maio de 1990, considera-se também como natural o desastre decorrente do rompimento ou colapso de barragens que ocasione movimento de massa, com danos a unidades residenciais.?" (NR)
Art. 2º Este Decreto entra em vigor na data de sua publicação. Ver tópico
Brasília, 13 de novembro de 2015; 194º da Independência e 127º da República.
DILMA ROUSSEFF
Miguel Rossetto
Gilberto Magalhães Occhi
Sidnei Luis Reinert
18/11/2015 12:14
Servidores do Judiciário, com aumento salarial vetado, advertem: "Renan, tua hora já vai chegar"


Edição do Alerta Total ?" www.alertatotal.net
Por Jorge Serrão - serrao@alertatotal.net

A guerra de todos contra todos, no gigantesco impasse institucional que caminha para uma ruptura no Brasil, promete momentos de muita tensão neste final de ano. Parlamentares formalmente suspeitos ou processados por crimes de corrupção (um terço ou até metade do Congresso) já podem se preparar para a retaliação do judiciário. Motivo conjuntural: o veto do legislativo ao reajuste dos servidores - incluindo os magistrados.

O Palhasso do Planalto comemorou a vitória apertadíssima, por apenas dois votos, para que fosse mantida a posição da Presidenta Dilma Rousseff, que já tinha rejeitado os reajustes médios de 56% (que poderiam chegar, em alguns casos, a 78,56%). Prevaleceu, sem muita convicção entre os deputados e senadores, a tese de que o aumento salarial no judiciário causaria um rombo de R$ 36,2 bilhões nas contas públicas. A partir de agora, deve falar mais alto a "sede de vingança".

Servidores do judiciário, injuriados na galeria do Congresso, já mandaram ontem um grito de recado: "?", Renan, pode esperar, a tua hora já vai chegar". Da mesma forma como já chegou para o presidente da Câmara, Eduardo Cunha... A "vingança" (para uns) ou "senso de justiça" (para outros) recairá sobre 132 parlamentares que votaram, abertamente, pela manutenção do veto. Mas pode ser que não haja perdão, também, para os 251 que apoiaram a derrubada (eram necessários 257). Os 11 que se abstiveram também ficam com o "filme queimado".

O governo já tinha negociado com a cúpula do Judiciário um reajuste bem menor para os servidores. No Orçamento da União de 2016, previu o reajuste acordado de até 41,5% ao longo de quatro anos, em oito parcelas. O impacto na folha do Judiciário será de 23% do reajuste dado. Descontentes e insatisfeitos, os servidores insistem no reajuste de até 78,56% - que foi perdido. Eles não aceitam as perdas salariais impostas pelos 5,5% dados anualmente a todos os servidores da União.


Por tanta bronca, a hora de muita gente pode estar próxima de chegar...
Herculano
18/11/2015 11:59
RUIVINHA DO BARULHO, por Carlos Brickmann

Recordar é viver. A Refinaria de Pasadena, no Texas, chamada de Ruivinha pela extensão de sua ferrugem, foi comprada em 2005 por uma empresa privada belga, a Astra, por US$ 42,5 milhões. Em 2006, a Astra vendeu metade da refinaria à Petrobras por US$ 431,7 milhões. Uma parte do valor, US$ 170 milhões, era o estoque de petróleo. O restante, US$ 261,7 milhões, foi a diferença do preço pago pelos belgas pela refinaria toda e o que receberam da Petrobras por meia refinaria. Mas ainda vai piorar: em 2010, a Petrobras comprou a outra metade por US$ 639 milhões. Os belgas lucraram pouco mais de US$ 900 milhões, limpinhos - se é que a palavra "limpinho" pode ser usada nesse negócio corroído.

Pois o nome da Operação Corrosão, da Polícia Federal, vem da ferrugem da Ruivinha. Agosthilde Carvalho, alto funcionário da Petrobras, fez delação premiada. E contou que o presidente da Petrobras na época, José Sérgio Gabrielli, queria o negócio fechado para honrar compromissos políticos. As denúncias - inicialmente feitas por outro delator, Fernando Baiano - são de que houve US$ 15 milhões de propina belga para fazer o negócio. Eta, pixuleco mais rendoso!

Gabrielli, depois de sair da Petrobras, virou secretário do Governo do PT na Bahia. É petista ilustre, com grandes serviços prestados ao partido; é um dos maiores peixes fisgados pela investigação. E surpresas podem surgir: pois foi o Citigroup, segundo a Petrobras, o banco que considerou justo o preço da compra.

QUEM? EU?

O Citibank, pertencente ao Citigroup, está fechando a conta de todos seus correntistas investigados pela Polícia Federal, mesmo de quem não tenha sido sequer denunciado à Justiça. E não comenta o fato: simplesmente usa a Resolução 2.025 do Banco Central, que autoriza os bancos a fechar contas sem explicações.

QUE CRISE, CARA-PÁLIDA?

Por falar em bancos, a crise passa longe de seus guichês. O maior banco brasileiro, Itaú, teve lucro líquido de R$ 17,6 bilhões nos primeiros nove meses do ano. O Bradesco alcançou R$ 12,8 bilhões. O Banco do Brasil, 11,8 bilhões. E como reclamar, se ministros são nomeados por indicação pública de banqueiros?

QUEM FISCALIZA?

Sim, existe aqui um Banco Central. Mas este caso escandaloso, revelado em "O Globo" pelo excelente repórter José Casado (http://wp.me/p6GVg3-eq), passou despercebido. Trinta operadores de grandes bancos estrangeiros agiram em conjunto para interferir no câmbio brasileiro, entre 2007 e 2013, lucrando muito, e estão sendo processados nos Estados Unidos. Os bancos: Citigroup, Bank of America, Barclays, Deutsche, HSBC, Merrill Lynch, Morgan Stanley, JP Morgan Chase, Royal Bank of Canada, Nomura, Tokyo-Mitsubishi, Royal Bank of Scotland, Standard, Crédit Suisse e UBS. Cinco já se confessaram culpados: Citigroup, UBS, Royal Bank of Scotland, Barclays e JP Morgan. Já foram multados nos EUA em US$ 6,4 bilhões (e lá as multas são cobradas e pagas).
Herculano
18/11/2015 11:59
O TAMANHO DO PREJUÍZO, por Carlos Brickmann

No Brasil, as investigações são comandas pelo Cade, Conselho Administrativo de Defesa Econômica. A UBS fez delação premiada, com provas contra os demais envolvidos. E a Associação Brasileira de Comércio Exterior decidiu entrar na ação. Seus cálculos são de que, em seis anos, o Brasil perdeu US$ 50 bilhões e deixou de criar dois milhões de empregos com a manipulação do câmbio.

TAMBÉM PERDERMOS SEM ELES

Criminosos estrangeiros lucraram quebrando indústrias brasileiras e prejudicando a geração de empregos. Mas obtemos resultados parecidos agindo sozinhos, sem ajuda de gringos inescrupulosos. O preço dos combustíveis, por exemplo, é fixado no Brasil, e uma empresa estatal, a Petrobras, tem imensa influência no setor. Mas, no terceiro trimestre deste ano, a gasolina - usada preferencialmente para transporte individual de quem pode ter carro - ficou 5,1% mais barata que no mercado internacional. Já o diesel, usado no transporte coletivo, usado na movimentação de carga, custou 15,2% mais caro que no Exterior.

A economia que se dane, pagando mais caro pelas cargas; quem usa ônibus que compre um carro. O Governo e seu braço petrolífero preferem quem tem carro.

VOTAR E GANHAR

Atenção, advogados: hoje é dia de votar na OAB. O voto é obrigatório, deixar de votar gera multa. Mas deixar de votar gera coisa pior: a OAB deixa de ser representativa, perde força, e nos embates os poderosos cujo sonho é destruir o direito de defesa, base da advocacia, e esquecer as prerrogativas dos advogados, acaba sendo derrotada. Escolha seus candidatos e vote: só assim a profissão será capaz de enfrentar os que tentam desmoralizá-la, só assim a defesa terá vez.

A POLÍTICA COMO ELA É

A convenção do PMDB lhe pareceu dividida entre os que querem romper com Dilma (e os que querem impedi-la) e os que preferem permanecer no Governo? Nada disso, não há divisão alguma: o PMDB permanece no Governo enquanto houver vantagem, e fala contra Dilma enquanto for isso que o eleitor queira.

O PMDB é um partido unido e sempre coerente: está do lado que é bom para ele.
Ilhota Querida
18/11/2015 09:19
Caro Herculano,
Foi mostrado aqui nesse quadro 7 tópicos sobre as CASINHAS DE PLASTICO da cidade de Gaspar, mas não falasse nada das de Ilhota, estão tentando proteger o Paulo Drun? cadê a imparcialidade?
Ainda sobre as Casinhas, a Camara de Ilhota abriu uma CPI para investigar ATRASO NA ENTREGA DE PRESTAÇÃO DE CONTAS do prefeito, mas não abriu uma para investigar sobre as Casinhas, por que será? É... se a CASA cair para uma pessoa, vai cair pra mais gente também... QUE A JUSTIÇA SEJA FEITA!!!
Herculano
18/11/2015 04:13
PENSANDO BEM

Se os Jihadistas do Estado Islâmico para conquistar são obrigados a impor o que pensam pela brutalidade, saques, chantagens e ameaças, de onde onde o PT aprendeu a mesma técnica?
Herculano
18/11/2015 04:10
Parte 1

Conteúdo do jornal Folha de S. Paulo. Texto de Ranier Bragon, Débora Álvares e Marina Haubert, da sucursal de Brasília.Após meses de indefinições, o governo conseguiu sepultar no Congresso Nacional um dos principais itens da chamada "pauta-bomba" do Legislativo. Em sessão conjunta realizada na noite desta terça-feira (17), deputados federais e senadores mantiveram o veto da presidente Dilma Rousseff ao reajuste médio de 59,5% aos servidores do Judiciário, cujo impacto extra seria de R$ 36 bilhões até 2019.

Sob o argumento de que esse reajuste seria insustentável para o país, Dilma o vetou em julho, mas desde então o Congresso ameaçava derrubar essa decisão.

O resultado, porém, foi apertadíssimo e simboliza a grande dificuldade da presidente de assegurar a fidelidade de sua base de apoio no Congresso.

Votaram pela derrubada do veto 251 deputados, apenas seis a menos do que o mínimo necessário, que era de 257. Votaram pela manutenção da decisão de Dilma apenas 132 deputados. Houve 11 abstenções. Não foi necessária a votação pelos senadores, já que o veto só é derrubado caso as duas Casas Legislativas tomem essa opção.

O presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), que presidia a sessão, foi acusado pela oposição de encerrar a votação rapidamente com o objetivo de evitar quorum para derrubada do veto.

Com índices recordes de reprovação popular, Dilma vem enfrentando dificuldades no Legislativo desde o início de 2015, situação que se agravou nos últimos meses devido à ameaça de deflagração de um processo de impeachment contra ela na Câmara dos Deputados.

Para tentar conter essa movimentação, e aprovar suas propostas de tentativa de reorganização das contas públicas, Dilma recorreu, entre outras coisas, a uma mudança ministerial que deu sete ministérios ao PMDB, o principal partido aliado ao PT na sua coalizão.

Apesar da mexida na configuração da Esplanada dos Ministérios, que reduziu o poder do PT, o governo continuou sem força política para realizar a votação.

A votação desta terça foi uma amostra disso. Na bancada do PMDB, sigla da base governista, houve mais deputados votando contra o governo (26) do que a favor (23). O PT também registrou traições. Dos 53 petistas presentes, 9 votaram contra o governo.

Recentemente o Planalto conseguiu fechar alguns acordos pontuais, entre eles com oposicionistas do PSDB, a partir de uma avaliação feita por tucanos de que a imagem da sigla estava se desgastando com apoio a medidas vistas com potencial de agravar ainda mais a economia.

Na votação desta terça, porém, o PSDB votou quase integralmente pelo reajuste do Judiciário. Dos 47 parlamentares do partido presentes, só dois foram a favor da manutenção do veto; 45 deles votaram pelo aumento.
Herculano
18/11/2015 04:09
RASPOU. POR SEIS VOTOS CONGRESSO MANTÉM VETO DE DILMA A REAJUSTE EXAGERADO DOS SERVIDORES DO JUDICIÁRIO NUMA ÉPOCA DE CARISTIA E DESEMPREGO PARA OS SEM CONCURSO

Parte 2

Nos microfones, a maior parte dos discursos foi favorável aos servidores.

"O governo diz que o reajuste do judiciário, que não tem aumento há nove anos, vai comprometer a governabilidade, chamou de pauta-bomba. Pauta-bomba é ver inflação galopante e 10 milhões de desempregados às custas um projeto de poder que penaliza a economia", divulgou nas redes sociais o senador Ronaldo Caiado (DEM-GO).

"Temos escolhas a fazer. O que está em jogo não é simplesmente um veto a um direito legítimo de servidores públicos. Esses servidores do Judiciário brasileiro foram nesses últimos meses objeto de tudo quanto é tipo de ofensiva por parte dos que querem criminalizar o serviço público no país", disse o senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP), que apelou aos colegas para não serem seduzidos pelo "canto da Sereia" da oferta de cargos públicos.

Do lado do governo, as falas foram na linha de que o momento atual da economia não permite, nem de longe, tal reajuste.

"Desde que assumi a liderança disse que aqui não é terreiro de briga de galo, um mata-mata. Há oposição e governo, a disputa é legítima. Mas há temas que interessam ao país. Os governos passam, o país continua, a democracia continua, a economia continua", afirmou o líder do governo na Câmara, José Guimarães (PT-CE).

O líder do governo no Congresso, o senador José Pimentel (PT-CE), reforçou, dizendo que Estados e municípios estão com queda na arrecadação. "Estamos em um momento em que todos estão fazendo sacrifícios", discursou o senador do PT, partido com antigos laços com o funcionalismo público.

Após o resultado apertado, Guimarães reconheceu o aperto, mas comemorou: "Foi por um triz, mas pelo menos foi uma vitória".

Durante todos esses meses, servidores do Judiciário lotaram corredores e salões do Congresso para pressionar ?"de forma barulhenta, com uso de vuvuzelas?" deputados e senadores. Nesta terça, vários deles mantiveram o protesto na área externa do Congresso, no Salão Verde e nas galerias do plenário da Câmara, onde foi realizada a sessão conjunta. Após o resultado, acusaram o PT de traição.

"Parlamentar, pode esperar, a sua hora vai chegar", gritavam das galerias. Renan suspendeu a sessão e determinou que as galerias fossem evacuadas.

OUTROS VETOS

Além da questão do Judiciário, o Congresso Nacional manteve em votação em bloco sete outros vetos de Dilma, entre eles o que dava dedução de Imposto de Renda para professores.

Haverá ainda a votação individual de outros vetos presidenciais em sessão nesta quarta-feira (18). Na lista, estão os vetos ao projeto que estendeu a todos os aposentados a política de valorização do salário mínimo e a itens da reforma política do Congresso ?"a necessidade de voto impresso e a permissão de financiamento empresarial das campanhas políticas.

Em setembro, a base dilmista havia mantido um lote de vetos de Dilma, entre eles o que barrou proposta que criava uma alternativa ao chamado fator previdenciário.
Herculano
17/11/2015 21:19
NÃO É PIADA, NÃO!

Sabem quem voou para Brasília, para ganhar uma diária a mais e aumentar um dos mais altos salários do Vale? O prefeito de Gaspar, Pedro Celso Zuchi, PT. Ele, vejam só, foi falar com deputado Décio Neri Lima, do PT de Blumenau e Itajaí que manda aqui.

Falar com Décio? Não seria mais barato, rápido, sério e lógico em Blumenau, Gaspar ou Itajaí?

Não para esse pessoal do PT. Sabe o que senhor Zuchi foi fazer em Brasília? Segundo ele, mandou dizer na imprensa, pela milésima vez, foi arrumar o dinheiro para as obras da ponte do Vale.

Valha-me Deus.

Zuchi anunciou que lá pela metade do ano de que em julho no máximo, as obras da ponte recomeçariam. Apostei que não. Décio, pela centésima vez anunciou que a verba retida por Dilma Vana Rousseff, sua amiga do peito, para pagar o que está no prego com a construtora Artepa Martins, estaria liberada até Outubro. Estamos em meados de novembro e os dois estão em Brasília a procura de a verba e fazendo manchete por aqui.

Enrolam aqui, vão nos enrolar mais uma vez lá em Brasília. Acorda, Gaspar!
Anônimo disse:
17/11/2015 20:19
Herculano, Ricardo Boechat agora na Band comentando o que disse Michel Temer sobre não abandonar o governo;

"O PMDB sempre foi governo, o PMDB não pode abandonar o PT agora, porque o PMDB é viciado em poder. É viciado em tetas."
Erva Daninha
17/11/2015 18:46
Sr. Herculano:

Nóóóssa, que gente horrorosa!
De onde foi copiada as fotos, de alguma página policial?
Herculano
17/11/2015 18:45
ENTENDA O ENCONTRO DA FUNDAÇÃO DO PMDB E A MENSAGEM QUE SAI DELE, por Reinaldo Azevedo, de Veja

O Brasil que está nas páginas do documento "Uma Ponte para o Futuro" é do anti-PT. Ou: Petistas também são ambíguos...

A Fundação Ulysses Guimarães realiza nesta terça o seu congresso. Não é um encontro do PMDB, mas é evidente que o documento "Uma Ponte para o Futuro" foi escrito para servir de diretriz para os próximos anos ?" ou para dias mais urgentes, a depender do rumo que tomem as coisas.

Aqui e ali leio e ouço muxoxos. "Ah, é o PMDB de sempre!" "É o PMDB morde-e-assopra"? Por que isso? Ora, como se pode ler no blog, alguns fizeram discursos entusiasmados em favor do rompimento do partido com o governo. Réplicas de um boneco nada abonador da presidente Dilma, que circula por aí, foram brandidas. Michel Temer, vice-presidente da República e presidente do PMDB, discursou, destacou a gravidade da crise, pregou a necessidade de coragem e, numa entrevista posterior, disse o que me parece óbvio: o partido não vai romper com o governo agora.

Será esse comportamento dito ambíguo do PMDB tão raro na base aliada? Ora, o documento "Uma Ponte para o Futuro" é muito menos oposicionista do que os dois produzidos pela Fundação Perseu Abramo, do PT, que, entre outras delicadezas, pede, na prática, a cabeça do ministro da Fazenda ?" obedecendo, de resto, a uma orientação de Lula.

Se o texto do PMDB reconhece a gravidade da crise ?" de maneira, aliás, muito lúcida ?" e propõe saídas que qualquer pessoa de bom senso consideraria razoáveis, alinhadas com o regime que temos, o da economia de mercado, os produzidos pela petelândia são um primor de negação da realidade.

Segundo os gênios comandados por seu Marcio Pochmann, a crise econômica é uma invenção dos neoliberais e dos derrotados nas quatro últimas eleições para impor à presidente vitoriosa uma agenda. Claro, eles seriam incapazes de dizer por que Dilma, então, uma vez vitoriosa, não lidera, ela própria, um modelo alternativo. Petistas gostam de fingir que aritmética é questão de opinião.

O texto do PMDB, ao contrário, acerta no diagnóstico e na profilaxia. Diz coisa com coisa quando afirma, por exemplo, que "o Estado brasileiro vive uma severa crise fiscal, com déficits nominais de 6% do PIB em 2014 e de inéditos 9% em 2015, e uma despesa pública que cresce acima da renda nacional, resultando em uma trajetória de crescimento insustentável da dívida pública que se aproxima de 70% do PIB, e deve continuar a se elevar, a menos que reformas estruturais sejam feitas para conter o crescimento da despesa".

Reitero: os documentos produzidos pelo PT, que comanda o governo, ignoram esse fato e dizem que isso tudo não passa de berreiro da oposição.

O texto da Fundação Ulysses Guimarães defende, por exemplo, que:
?" se estabeleça um limite para as despesas de custeio, inferior ao crescimento do PIB, eliminando vinculações orçamentárias e indexações que engessam o Orçamento;

?" que a política de desenvolvimento passe por privatizações e concessões;

?" que o modelo de exploração do petróleo volte a ser de concessão, como era ?" quando funcionava ?", com a Petrobras mantendo apenas o direito de preferência;

?" que o país se dedique a pactos bilaterais com outros países e blocos econômicos, com ou sem o Mercosul, que hoje virou um peso;

?" que se crie um programa de avaliação das políticas públicas. Lê-se lá: "O Brasil gasta muito com políticas públicas com resultados piores do que a maioria dos países relevantes". E isso é absolutamente verdadeiro.

Eu não sei, reitero, o que o PMDB vai fazer, se sai ou se fica no governo. Acho que fica, com impeachment (por razões óbvias) ou sem ele ?" pelo menos até determinado ponto da trajetória do governo Dilma.

O que me parece claro, e é isto o que me interessa num encontro dessa natureza, é que o PMDB elaborou um programa de oposição ao petismo que está no governo. "Ah, mas fez isso estando no poder?" Pois é? O PT agiu de modo idêntico, só que do outro lado: sua fundação elaborou prolegômenos para um programa de governo de? esquerda.

Nota: Eduardo Cunha chegou a ser vaiado. Não foi nada estrondoso, mas foi. Fez um discurso duro, pregando rompimento com o Planalto. Pois é? Seu discurso já chegou a ter mais credibilidade.

Hoje, o que se espera dele tem um prazo bem mais curto: que decida logo se aceita ou não a denúncia contra Dilma, independentemente de sua situação pessoal. O fato é que o evento desta terça está muito além da sua sorte pessoal.

O PMDB escolheu o rumo certo. A questão agora é saber se vai mesmo trilhá-lo.
Mariazinha Beata
17/11/2015 18:42
Seu Herculano;

"Prefeito retira projeto sobre assessoria jurídica da pauta da Câmara".

Ki dó! Perdi a oportunidade de ver Marcelo Brick e Giovano de joelhos.

Bye, bye!
Herculano
17/11/2015 17:46
PRIMEIRO

Pois é. Quem por primeiro informou aos gasparenses da retirada do projeto 49? Eu estava a milhares de quilômetros. E a imprensa de Gaspar, toda presente na sessão.

Mas, quem ganhou? Primeiro os gasparenses que não terão que pagar advogados para políticos e agentes públicos se defenderem daquilo que são acusados no exercício político e de gestor. Em segundo, os leitores e leitoras do portal Cruzeiro do Vale, o mais antigo, o mais acessado, o de maior credibilidade e o mais atualizado.
Herculano
17/11/2015 15:48
O PROJETO 49/2015 QUE DAVA ADVOGADO DE GRAÇA PARA POLÍTICOS E GESTORES PÚBLICOS EM GASPAR, FOI RETIRADO DA PAUTA NA SESSÃO DE HOJE A TARDE.

O prefeito Pedro Celso Zuchi,PT, pediu para a sua liderança na Câmara retirar o Projeto de Lei 49/2015. Ele autorizava pagar com dinheiro dos gasparenses, caros advogados, perícias e pareceres para ex e atuais prefeito, vice, secretários e vereadores, eternamente e em todos o graus.

O PT tentou de todas as formas obter os sete votos para fazer uma maioria apertada entre 13 vereadores. Como isto não foi possível obter esta certeza até o começo da sessão, inclusive no constrangimento público que fez ao PSD, o PT de José Amarildo Rampelotti e o pefeito Zuchi resolveram não arriscar e ter este polêmico projeto reprovado.

Vários vereadores relatam em off, contatos feitos diretamente por emissários do PT na tentativa de obter votos para se somar a sua bancada de quatro e o desempate de José Hilário Melato, PP, que se declarava favorável ao projeto.

A promotora que cuida da Moralidade Pública, Chimelly Louise de Resenes Marcon, recomendou a reprovação de tal projeto por julgar além de atentar contra a moralidade público, inconstitucional. O PT tinha prometido a aprovação como um corretivo pelo posicionamento da promotora. Sobre o resultado, ela nada falou. Acorda, Gaspar!
Herculano
17/11/2015 13:03
AGORA NADA MAIS É DISFARÇADO. RAMPELOTTI ENQUADRA GIOVÂNIO E PEDE PARA ELE SE AJOELHAR AO PT SE QUISER A PRESIDÊNCIA DA CÂMARA NO ANO QUE VEM COMO SE ACORDOU HÁ TRÊS ANOS. MAIS: DIZ QUE MARCELO BRICK, PRESIDENTE DO PSD, TEM QUE ESTAR JUNTO

Antes, só esta coluna esclarecia isto. Agora, tudo ficou mais claro sobre a razão pela qual a vereadora Andreia Symone Zimmermann Nagel, eleita pelo DEM e hoje no PSDB, foi rifada e traída no acordo que daria a ela este ano a presidência da Câmara. E por conta da cobrança que fez do dia traição está sendo processada por José Hilário Melato, PP, pelo presidente do PT, José Amarildo Rampelotti e o cunhado de Pedro Celso Zuchi, Antônio Carlos Dalsócio

O que está em destaque no portal do Cruzeiro do Vale, o mais antigo, acessado e de credibilidade? "Definições sobre a presidência da Câmara no ano que vem, devem ficar para Dezembro". Primeiro vai se observar o comportamento do pretendente definido no acordo, Govânio Borges, PSD, a exemplo do que se fez com Andreia.

Injustiça e intimidação com Giovânio, tão cordato até agora com a administração petista, apesar de ser mal atendido, como o caso da Rua Amazonas, no Bel Vista.

Mas o que está na reportagem? Esta declaração doo presidente do PT, José Amarildo Rampelotti. Veja como ele enquadrou - e não conseguiu com Andreia - e pediu para Giovânio se ajoelhar para se cumprir um acordo que daria a ele a presidência da Casa.

"Particularmente, até agora temos razões para manter o acordo com o vereador Giovano, ele esteve conosco em várias oportunidades, mas isso precisa ser um posicionamento de toda a bancada. Até a eleição vamos ter projetos importantes para o governo, como o PL 49 (assessoria jurídica) e o Código Tributário, e podem ocorrer fatos que sejam decisivos para essa definição".

Entenderam bem? Giovânio tem que votar esta tarde no projeto 49 que dá advogados, periciais e pareceres caros eternamente para ex e atuais prefeitos, vices, secretários e vereadores, em todos os graus, com o dinheiro dos pesados impostos que estão faltando à administração pública gasparense.

Mais. Segundo o mesmo Rampelotti, o voto só do Giovânio não serve. Tem que ser de toda a bancada do PSD. Ou seja, como a bancada só tem ele Giovânio e Marcelo, o PT e Rampelotti, querem o voto de Marcelo para carimbar a fatura desta indecência.

Hoje com Giovânio, este projeto só tem seis votos (quatro do PT, um de José Hilário Melato) e não passa. Com Marcelo, terá sete e imoralidade passa. Agora é esperar e conferir. Acorda, Gaspar!
Mariazinha Beata
17/11/2015 12:58
Seu Herculano;

"O Balão do PMDB Murchou", às 07:02 hs.

Isso aconteceu faz tempo, desde a época do Plano Cruzado que não deu certo de José Sarney (o nosso José Hilário Melato).

O PT não quebrou o país sozinho.
Fez isso com o apoio do PMDB, nas próximas eleições, lembre-se disso.

Bye, bye!
Heculano
17/11/2015 12:29
O QUE DEVE PASSAR PELA CABEÇA DO JUIZ, por Frederico Vasconcelos, da Folha de S. Paulo

Parte 1

"Pessoas que tomam grandes decisões precisam não só de conhecimento técnico, mas de visão de mundo", diz o juiz federal Hugo Otávio Tavares Vilela, autor do livro "Além do Direito: a formação multidisciplinar do juiz".

Formador de magistrados pela Escola Nacional de Formação e Aperfeiçoamento de Magistrados ?" ENFAM, Vilela escreveu o livro primeiramente para juízes. "Mas pode ser divertido e instrutivo para qualquer profissional do Direito, inclusive acadêmicos", diz.

Ele traçou uma linha-mestra simples: falar de tudo que não seja Direito. Em pouco mais de 170 páginas, o leitor percorre os campos da História, Filosofia, Linguagem, Política, Números, Psicologia e Cérebro.

"A multidisciplinaridade é dever do juiz", afirma o autor.

O livro está disponível para download gratuito no site do Conselho da Justiça Federal:http://www.cjf.jus.br/CEJ-Coedi/outras-publicacoes-1/alem-do-direito

Ao promover esse "passeio" pelas várias áreas do conhecimento, sempre com os olhos voltados para os desafios de um juiz, Vilela se apoia em ampla bibliografia.

Evitou-se as citações de autores e pinçou algumas observações e recomendações do magistrado:

***

É bem aceita a ideia de que advogados, membros do Ministério Público e servidores do Poder Judiciário tenham conhecimentos além da esfera jurídica. Mas a ideia de juízes com visão multidisciplinar nem sempre é bem-vinda. Tal rejeição não deixa de ser estranha, pois se espera do juiz que decida levando em conta outros fatores que não a lei estrita.

***

O estudo de matérias extrajurídicas integra a formação do julgador, e não apenas para fornecer-lhe ornamentos à sua atuação. Pelo contrário, seu objetivo é proporcionar-lhe um entendimento mais verdadeiro, completo da realidade.

***

Exemplificando com a perspectiva do juiz federal brasileiro, chegam-lhe à mesa casos de mineração, biodiversidade, crimes contra o sistema financeiro, dumping, estelionato, contrabando. Processos que parecem exigir pouco trabalho podem ser complicados.
Herculano
17/11/2015 12:24
E AGORA? BRASIL POD TER NOTA REVISTA PARA BAIXO ANTES DO PREVISTO, DIZ FITCH

Conteúdo do jornal O Estado de S.Paulo. O rating soberano do Brasil continua sob pressão, em meio ao aumento de incertezas políticas e econômicas, afirmou a diretora sênior da Fitch responsável pela América Latina, Shelly Shetty, em vídeo divulgado nesta segunda-feira, 16. Piora adicional da economia, deterioração mais acentuada das contas fiscais, escalada da dívida bruta e dificuldades extras na governabilidade podem colocar pressão adicional para o rebaixamento da classificação de risco brasileira, diz a diretora.

"A Fitch mantém a perspectiva negativa para o rating, porque acredita que o desempenho fraco da economia e das contas fiscais vai continuar", afirmou. A agência de classificação de risco não vê a estabilização da dívida do governo e segue vendo riscos de piora em suas projeções para a atividade econômica e as contas públicas. Essas preocupações são amplificadas em meio à volatilidade que tem sido observada no mercado financeiro e à falta de "fluidez política", acrescentou.

Na Fitch, a perspectiva negativa em um rating indica chance "acima de 50%" de rebaixamento da nota entre 12 a 18 meses. Mas Shelly destacou, no vídeo que dura pouco mais de três minutos, que uma mudança na nota do País também pode ocorrer em período mais curto que o esperado pelas regras da agência, dependendo do que ocorrer na economia analisada. "Vamos continuar monitorando os desdobramentos políticos, econômicos e fiscais no Brasil", disse.

"O cenário econômico brasileiro está se tornando mais desafiador", disse Shelly, destacando que o Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil deve encolher 3% este ano e mais 1% em 2016. "Notadamente mais do que o inicialmente previsto", afirmou. "As perspectivas de crescimento de médio prazo também são fracas, comparadas a outros grandes mercados emergentes", completou.

Shelly explica no vídeo que três fatores principais contribuíram para o rebaixamento da nota soberana do país, anunciada em 15 de outubro: piora do cenário econômico, dificuldade em seguir com o ajuste fiscal e a difícil situação política.

A falta de avanço no ajuste tem impedido a melhora dos números fiscais e o cenário político turbulento tem dificultado o avanço da agenda econômica do Planalto e contribuído para elevar ainda mais a incerteza.

Desemprego
Shelly também chamou a atenção para o fato de que o aumento da taxa de desemprego do Brasil, o "colapso" do investimento privado e a dificuldade de expansão do crédito mostram as dificuldades que o governo de Dilma Rousseff enfrenta para fazer a economia voltar a crescer.

A previsão da Fitch é de que o déficit siga elevado este ano e no ano que vem, e a relação dívida bruta/PIB bata em 70% em 2016 e siga crescendo.
Sidnei Luis Reinert
17/11/2015 12:19
De Olavo de Carvalho:

"Lula pode não entender grande coisa de economia marxista, mas em matéria de estratégia e tática foi o maior dos maiores - "o cara", como disse o Obama. Chegou ao cume com uma habilidade impressionante, que o próprio Lênin aplaudiria, e só começou a cair por causa do "timing": cumpriu seu papel na transição revolucionária, instaurando a hegemonia, a concentração poder político e econômico e o aparelhamento do Estado, mas, por resolução do partido e não dele próprio, deixou para a sucessora a incumbência do "upgrade" decisivo, que ela não tinha a menor condição de realizar. Não fui eu quem fodeu com os planos do Lula. Foi a Dilma. Esse mérito ninguém tira da Mulher Mandioca".
Herculano
17/11/2015 12:18
O QUE DEVE PASSAR PELA CABEÇA DO JUIZ, por Frederico Vasconcelos, da Folha de S. Paulo

Parte 2

Nos juizados especiais federais, em que boa parte dos processos trata de matéria previdenciária com alegação de trabalho rural, o juiz deve conhecer a fala camponesa de cada região em diferentes épocas, sob pena de não poder distinguir os verdadeiros agricultores (que se aposentam mais facilmente) dos falsos.

***

Os juízes andam atolados em trabalho até o pescoço. Por isso, não se há estranhar que a primeira reação a um convite para o estudo de outras ciências seja uma irritada negativa.

***

Problema comum no Brasil é o juiz ter de enfrentar matérias para as quais não há perito na região ou, se há, o juiz ainda não teve tempo de conhecer seu trabalho e aferir sua qualidade, ou idoneidade. Nesses casos, queira ou não, o juiz vai ter mesmo de enfrentar os números, tendo às vezes de fazer cálculos que deixaria acabrunhado até mesmo um especialista. Se o mal é inevitável, pratiquemos um pouco mais para que os números não encontrem em nós adversários muito fáceis.

***

Cada ramo do direito é uma língua. Cada um tem sua estrutura própria, terminologia, convenções. Tem sua gramática, isto é, seu modo certo de se fazer as coisas, e quem não sabe manejar essa gramática se comunica mal.

***

Num mundo regido predominantemente pela palavra escrita, a palavra não apenas representa a lei, mas acaba sendo a lei. Daí o enorme cuidado que se deve ter com ela.

***

Sempre que possível, use palavras que mesmo quem não é do meio técnico entenda. As partes se sentem respeitadas quando o juiz se dirige a elas, e a ordem se cumpre mais facilmente.

***

A sentença deve ser tão longa quanto o problema exigir. No entanto, escrevendo longo ou curto, use o necessário.

***

O juiz é um ser humano, e a intuição é um mecanismo normal da mente para a solução de problemas. Não é uma forma de irracionalidade, mas uma forma avançada de razão. O juiz não deve ter vergonha ou receio de utilizá-la, até porque ela não costuma funcionar bem quando presa a amarras, quando se sente acuada.

***

Uma característica do bom juiz é a capacidade de se envolver profundamente com o problema analisado naquele momento e, depois, passar ao problema adiante como se fosse o primeiro que examinasse naquele dia. Não que os juízes não devam refletir e aprender com casos passados, mas é preciso ter essa capacidade de seguir adiante, pois os dramas são muitos.

***

Tabu ou não, o certo é que o juiz costuma se afastar gradativamente do meio social ao longo da carreira. De certo modo, não há como ser diferente, os códigos de ética da profissão costumam exigir dos juízes tamanha discrição e isenção para falar de tantos assuntos, fazem tantas exigências sobre o comportamento do magistrado, que não é de impressionar que, conforme o tempo passe, os juízes se tornem um pouco ermitões.

***

Por mais que seja difícil ter uma vida normal, principalmente para os juízes que se dirigirão para cidades pequenas em estados longínquos, todos devem se lembrar de que o isolamento empobrece tanto o espírito quanto o intelecto. Onde quer que passem a morar, os juízes devem manter viva sua vida social e o debate jurídico, o que hoje é facílimo pela internet.
Sidnei Luis Reinert
17/11/2015 12:14
Força Tarefa promete apontar chefe de esquema de R$ 42 bilhões pagos em propinas na Lava Jato


Edição do Alerta Total ?" www.alertatotal.net
Por Jorge Serrão - serrao@alertatotal.net

Os efeitos da Operação Corrosão, a vigésima deflagrada na Lava Jato, tendem a corroer a blindagem do ex-presidente da Petrobras, José Sérgio Gabrielli, um dos principais homens-fortes de Luiz Inácio Lula da Silva. Também prevê problemas para a já corroída Presidenta Dilma Rousseff, sobretudo em futuras ações judiciais em que investidores da estatal pedem ressarcimento por prejuízos. Como ela era a "presidente" do Conselho de Administração da companhia, quando a refinaria de Pasadena foi comprada (segundo investigações) na base de milhões de dólares em propina, Dilma corre o risco de acabar processada, principalmente em tribunais dos EUA, assim que não tiver mais foro privilegiado.

A Lava Jato também atinge um ponto em que lança suspeitas de cumplicidade política generalizada com os esquemas de corrupção. Um laudo do Setor Técnico-Científico da Polícia Federal confirma que a empreiteira Odebrecht teria usado recursos obtidos em contratos com a Petrobras para pagar patrocínios ao Instituto Fernando Henrique Cardoso e ao Instituto Lula e sua empresa LILS Palestras, Eventos e Publicações. A mesma perícia oficial estima pagamentos indevidos de R$ 42 bilhões em propinas feitos pela Petrobras, entre 2004 e 2014, para 27 empresas - que receberam um total de R$ 215,67 bilhões em contratos.

O laudo foi uma "análise dos vestígios e das evidências materiais relacionados ao Grupo Odebrecht no período compreendido entre 2004 e 2014". Os peritos escreveram: "Os dados analisados até o momento apontam a formação de cartel nos contratos firmados com as empresas listadas acima, por meio do qual teriam sido realizados pagamentos indevidos por parte da Petrobras. Tais pagamentos teriam sido viabilizados por meio da majoração excessiva das margens de lucros das contratantes, em percentuais bem acima daqueles constantes dos Demonstrativos de Formação de Preços (DFP) apresentados, uma vez que realizados em ambiente cartelizado".

Além do teor parcial do assustador laudo assinado pelos peritos criminais federais Audrey Jones de Souza, Raphael Borges Mendes e Jefferson Ribeiro Braga, um recado dado ontem pelo procurador regional da República Carlos Fernando Santos Lima, coordenador da força-tarefa da Lava Jato, também apavorou a cúpula da petelândia: "Vamos aprofundar as investigações verticalmente até atingir o núcleo efetivo de toda a corrupção na Petrobras e, tenho certeza, é o mesmo dos outros órgãos públicos. Creio que nós temos bastante indicativo que, até mesmo pela prisão do Dirceu, que já estamos bastante perto da real decisão de corrupção no País".

O procurador Carlos Fernando dos Santos Lima advertiu ontem que a comprovação de corrupção de pelo menos US$ 30 milhões na compra da Refinaria de Pasadena, nos Estados Unidos, pode até anular o negócio. A compra foi realizada em 2005 pela Petrobras, sob comando do ex-diretor de Internacional Nestor Cerveró. Causou um prejuízo de US$ 792 milhões - conforme cálculos do Tribunal de Contas da União. Sobre este escândalo, o procurador Carlos Lima avisou: "Já temos nomes de funcionários e colaborações (premiadas) que indicam o recebimento de propina. Quem sabe com essas provas consigamos talvez anular a compra e, quem sabe, ressarcir o patrimônio público brasileiro".

Só o delator premiado Paulo Roberto Costa teria admitido o recebimento de US$ 1,5 milhão "para não atrapalhar a compra" de Pasadena. O total pago a outros diretores da empresa chega a US$ 6 milhões. O resto da propina teria ido para políticos do PMDB. Agora, a Força Tarefa quer aprofundar agora provas para sustentar que foram cometidos crimes de organização criminosa, formação de cartel, crime contra as licitações, corrupção ativa e passiva, lavagem de dinheiro e crime contra o sistema financeiro nacional. Os investigadores e peritos se debruçam sobre documentos e contratos das refinarias Abreu e Lima (em Pernambuco) e do Comperj (Complexo Petroquímico em Itaboraí, RJ).

As novas delações premiadas e reunião de provas vão confirmar quem seria o verdadeiro chefe do esquema da Lava Jato.
Herculano
17/11/2015 12:00
QUEBRA CABEÇAS, por Merval Pereira, para o jornal O Globo

É estranhável a insistência do ex-presidente Lula em substituir Joaquim Levy no Ministério da Fazenda por Henrique Meirelles, quando parece claro a todos que seria como trocar seis por meia dúzia. Nada do que Levy defende Meirelles recusa, e tudo o que a ala erroneamente identificada como desenvolvimentista pretende, como expansão do crédito e juros baixos no peito, Meirelles não atenderá se chegar lá.

Simplesmente porque não há condições objetivas para retomar a tal "nova matriz econômica" inventada por Mantega sob a coordenação da presidente Dilma, que nos levou à crise em que nos debatemos. Nesse particular, os papéis inverteram-se.

No início do segundo mandato, Dilma não parecia disposta a admitir que errara convidando para a Fazenda um antípoda de Mantega, e foi Lula quem a convenceu a convidar Trabuco, o presidente do Bradesco, para o cargo. Levy foi uma consequência dessa iniciativa, e sua escolha pressupunha que o governo, e também o PT, estava convencido de que a receita desandara e o melhor era recuar para evitar a catástrofe que se desenha no horizonte.

Só que o remédio duro receitado pelo especialista em cortar custos acabou sendo rejeitado tanto por Lula quanto pelo PT, como se existisse alternativa viável. Se a luta política petista, sob a orientação de Lula, fosse para colocar no lugar um Luiz Gonzaga Belluzzo, ou um Mareio Pochmann, haveria pelo menos coerência nessa demanda, mas no momento a mais coerente parece mesmo ser a presidente Dilma, que teima em permanecer com sua escolha inicial como se já tivesse entendido que não deu certo a experiência do primeiro mandato.

A insistência de Lula em tirar Levy pela alternativa defendida mais parece mesmo uma vingança contra quem considera ser o responsável pela ação republicana da Receita Federal e do Coaf, que investigam indícios de enriquecimento ilícito de Lula e parentes, conforme revelou Jorge Bastos Moreno na sua coluna de sábado.

Ao mesmo tempo, insistir nessa campanha contra Levy e o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, parece indicar que Lula está querendo é desestabilizar o governo de Dilma, deixando de lado pruridos éticos, que nunca foram seu forte, para praticar uma política realista que o levaria a desejar a saída da presidente para ele e o PT ficarem livres desse fardo e poderem, já na oposição, acusar o governo substituto de todos os males que terão que fazer se continuarem governando.

A essa altura dos acontecimentos, já existem indícios suficientemente fortes para que o ex-presidente tema ser denunciado como o verdadeiro mentor do esquema de corrupção implantado no país. A ação política incessante de Lula tem esse objetivo, o de mantê-lo visível para torná-lo inatingível.

As investigações da Lava-Jato estão chegando aos mais recônditos vãos da história do PT, inclusive ao até hoje mal explicado caso do prefeito Celso Daniel, assassinado num crime comum para a polícia, mas político para sua família.

Salim Schahin, um dos sócios do banco Schahin que fez delação premiada, está relacionando o contrato que ganhou para construir uma sonda para a Petrobras com propinas pagas a José Carlos Bumlai, o amigão de Lula.

O dinheiro seria para que o PT pagasse dívidas de campanha e, segundo a versão de Marcos Valério na época do mensalão, manter calado Ronan Pinto, que estaria chantageando Lula e o PT ameaçando contar a verdade sobre os motivos do assassinato, que teriam a ver com desvios do dinheiro da corrupção no PT.

O roteiro está sendo escrito detalhadamente à medida que as delações se sucedem, e, ao final, caberá à Justiça juntar as peças desse quebra-cabeças para montar o quadro final, em que a efígie de Lula já surge como o protagonista.
Herculano
17/11/2015 11:59
SINAIS TROCADOS, por Natuza Nery, para a coluna Painel, do jornal Folha de S. Paulo

Enquanto a Fazenda quer endurecer as regras da aposentadoria, parte do governo ainda tenta um acordo para incluir na Constituição o fator 85/95 como regra de acesso. Segundo cálculos do Ministério do Trabalho e Previdência, um regime intermediário atrasaria o pedido do benefício em cerca de três anos. Diante das pressões da equipe econômica por mudanças, a ideia é convencer as centrais sindicais de que é melhor aceitar uma saída flexível agora a perder tudo mais adiante.
Gianny Pereira
17/11/2015 07:50
Herculano

Dá pra perceber a isenção do Phillipus quando diz que saiu de movimento fora Dilma de Gaslar e foi pro movimento de Blumenau. Tem que aplaudir, na realidade mais um enganador e oportunista. Em seu próprio confirma-se, basta um pouco de atenção na sua contradição. Primeiro diz que Paulo não quis fazer palanque pro PSD e depois confirma que será sombra Kirchner.
Mais um enganador que surge entre as ocasiões obscuras.
Herculano
17/11/2015 07:13
POLÍCIA DE RENAN TRATA MANIFESTANTES COM BRUTALIDADE E ABUSA DO GÁS DE PIMENTA. CADÊ A IMPRENSA COMPANHEIRA?, por Reinaldo Azevedo, de Veja

Enquanto Rodrigo Janot poupa o presidente do Senado, este manda, como paga, sua tropa de tontons-maCUTs descer o braço nos adversários de Dilma

Pois é? Boa parte da imprensa não vai dar a menor pelota, não vai nem querer saber, não verá nada de errado no que se passou. Ao contrário até! Haverá aplausos! Afinal de contas, autoritário é tudo aquilo que se faz contra as esquerdas e os companheiros, e democráticas, todas as ações contra os ditos "conservadores".

Nesta segunda, a Polícia do Legislativo, sob o comando de Renan Calheiros (PMDB-AL), presidente do Senado, mandou ver na truculência. Renan, que está sendo notavelmente poupado pelo Ministério Público e por Rodrigo Janot, sabe como ser grato ao Palácio do Planalto: seus homens enfiaram o dedo no gás de pimenta.

Acusados de tentar "invadir o Congresso", manifestantes foram hostilizados, apanharam, levaram pescoções e, bem?, doses cavalares do tal gás. A gente sabe que, por ali, ninguém tem mesmo muito respeito com o dinheiro público, certo, Renan? Desperdiça-se tudo: até os instrumentos de repressão.

Renan deve ter mandado reforçar o estoque do produto, não é isso? Vejam o filme abaixo. Enquanto um manifestante do Movimento Brasil Livre é arrastado ?" foi liberado pouco depois ?" seus tontons-maCUTs (faço uma referência aos brutamontes que serviam a Papa Doc e Baby Doc no Haiti e aos novos companheiros petistas do presidente do Senado) mandavam ver no jato, assim, por nada, gratuitamente, como a dizer: "Fazemos isso porque queremos e porque sabemos que nada vai acontecer".

A agressão gratuita está aí caracterizada. Já assistimos a cenas de brutalidade explícita de grupos de esquerda nesse mesmo gramado, sem a intervenção da Polícia do Legislativo. É claro que se trata de uma indecência.

E, em particular, reitero, irrita-me a indignação seletiva da imprensa. Arraste pelo pescoço um fascitoide do MST ou do MTST para ver o que acontece! Use contra a turma gás de pimenta, e os "companheiros" do colunismo logo saem gritando, desarvorados. Como, afinal, se trata apenas de manifestantes pacíficos, que pedem o impeachment de Dilma, então o negócio é largar o braço.

Que vergonha, não é? Renan é, sim, presidente do Senado, e eu respeito a instituição. Mas digo com todas as letras: qualquer um daqueles rapazes e moças tem mais legitimidade moral para transitar no Congresso ?" e, vá lá, para ocupá-lo ?" do que o próprio Renan.

O gás de pimenta da Polícia do Legislativo deveria ser usado para espantar os ratos que habitam o Poder Legislativo.
Herculano
17/11/2015 07:09
DILMA REASSUME O COMANDO DO SEU GOVERNO, por Ricardo Noblat, para O Globo


Antes que alguém tivesse a ideia de escrever que vencera o prazo de validade do seu governo, a presidente Dilma Rousseff, de Antália aonde se encontrava, cidade ao sul da Turquia, avisou que Joaquim Levy, ministro da Fazenda, permanecerá no cargo.

Foi Lula, há mais de um mês, quem disse que o prazo de validade de Levy havia vencido. Desde então pressionava Dilma para que trocasse Levy por Henrique Meirelles, ex-presidente do Banco Central nos seus dois governos. Meirelles só pensava nisso.

O que Lula pretendia com a troca era fazer, na prática, o impeachment econômico de Dilma. Não só Lula, mas também o PT, interessado em se livrar de Levy e em controlar os passos de Dilma desde a reeleição dela no ano passado.

O último arremedo de reforma ministerial não serviu apenas para enfraquecer Dilma e abrir espaço no governo para mais fisiologismo. Serviu também para que Lula aumentasse sua capacidade de influenciar o governo e de, ao cabo, mandar nele.

Lula plantou dois nomes seus nos gabinetes mais próximos de Dilma: Jaques Wagner na Casa Civil e Ricardo Berzoini na coordenação política do governo. Quis derrubar Levy e despachar José Eduardo Cardoso do Ministério da Justiça.

Cardoso e Lula não se dão bem desde primórdios do PT. E Lula está incomodado com a liberdade que tem a Polícia Federal, subordinada a Cardoso, para investigá-lo, e também aos seus filhos. Dilma não dá sinais de insatisfação com Cardoso, pelo contrário.

Ela não está lá muito satisfeita com Levy. Mas admite, em um raro gesto de humildade, que ela mesma é culpada por isso. Não deu a Levy a força que deveria ter dado. De resto, tirar Levy e pôr Meirelles seria trocar seis por meia dúzia.

Resta saber se Lula, doravante, recolherá os flaps deixando Dilma em paz. Ou se seguirá insistindo em ele mesmo governar antes do fim do governo de Dilma.
Herculano
17/11/2015 07:05
OS INTELECTUAIS SÃO DO BEM?, por Luiz Felipe Pondé, filósofo, para o jornal Folha de S. Paulo

Tenho me perguntado uma coisa há algum tempo, e o leitor que me acompanha sabe disso. A pergunta que me atormenta é: por que nós intelectuais achamos que somos do bem?

Explico meu estranhamento. Intelectuais são pessoas normais e, portanto, movem-se por interesses que nem sempre podem ser confessados em voz alta. Por exemplo: vaidade, ambição, paixões, racionalizações pragmáticas, inveja, ódio, amor, instintos competitivos; enfim, nada de novo no front. E dinheiro? Claro que sim, mas, em nossa vida de profissionais do saber, normalmente, isso se traduz em "verbas de pesquisa", "horas-aula", "palestras", "concursos".

No fim das contas, é grana. E prestígio, moeda de alto valor em nosso mundo. Principalmente porque esse nosso mundo é pobrinho de grana. Logo, vaidades tomam o lugar da pouca quantidade de grana. Mas mente-se com frequência em relação aos interesses financeiros nesse mundo (principalmente no Brasil, que patina numa mentalidade neolítica contra a sociedade de mercado), normalmente por mera pose. E fatos como esses (refiro-me a esta pose) é que me levam de novo à pergunta inicial: por que nós intelectuais assumimos que somos do bem?

Penso que uma primeira resposta está em nossa vaidade: resta-nos a pose de ser do bem, já que não temos muito dinheiro e, fora do nosso mundo, não temos muito prestígio. Ser do bem é uma vaidade que data, no mínimo, do clero católico medieval. Nós intelectuais somos o novo clero do mundo: posamos de representantes do sumo bem, mas agimos como todo humano miserável, movido pelas mesma paixões dos "ignorantes".

Mas tem mais coisa nesse angu. Qualquer um pode ver esta percepção de que somos do bem no modo arrogante como assumimos que as pessoas comuns são meio idiotas (ainda que não digamos isso claramente). Por exemplo, essa gente iletrada a favor da maioridade penal, contra o aborto, que come carne aos montes, que "acredita na família" (só gente inculta comete esse erro), que pensa que com armas nas mãos pode se defender de bandidos, que acha que o mundo está dividido em "gente de bem" e "bandidos", ou seja, essa gente comum é de uma estupidez que choca nosso intelecto muito mais "bem informado".

Acho que há alguns indícios na própria história da filosofia que alimentam essa vaidade de nos tomarmos como gente do bem a priori. Já Platão, ao reagir à religião grega ou à tragédia, vê sua filosofia como uma "reforma do mundo". Com a chegada do cristianismo na filosofia, a ideia de que os "homens do conhecimento" eram homens de Deus tornou-se uma presunção de superioridade moral ainda maior.

Mas é com o advento do iluminismo francês e da teologização da política por gente como Rousseau e Marx (quem quiser aprofundar essa ideia leia Isaiah Berlin) que a arrogância intelectual chegou ao seu perfil contemporâneo. A política se fez teologia, e nós, seus agentes da graça redentora.

É verdade que quando você estuda mais, você fica com um olhar mais "sofisticado" para o mundo. Mas essa "sofisticação" implica que o saber comum, impregnado no cotidiano de milhares de pessoas, seja menor do que o de uma só pessoa que lê muitos livros? Ou que essa "sofisticação" torna você uma pessoa moralmente melhor? Não creio. Intelectuais aderem a toda forma de humilhação cotidiana de outras pessoas, assim como aderiram a toda forma de violência política no século 20. Mas, ainda assim, minha tribo está segura de que representa o néctar moral do mundo.

Basta ver a história recente do PT (grêmio que reuniu a esmagadora maioria dos intelectuais brasileiros nos últimos tempos) para ver o ridículo dessa gente. E o pior é a pergunta que decorre diretamente da derrocada moral do PT: como esses intelectuais "brilhantes" não foram capazes de enxergar que o glorioso partido era na realidade uma assembleia de gente no mínimo "duvidosa" moralmente? Todos esses anos de estudos para apostar numa entidade corrupta como esta?

Intelectuais não são reserva de moral nenhuma. Não somos os guardiões do bem. E é desse "não" lugar que devemos falar.
Herculano
17/11/2015 07:02
O BALÃO DO PMDB MURCHOU, por Bernardo Mello Franco para o jornal Folha de S. Paulo

Até outro dia, um pesadelo perturbava o sono da presidente Dilma Rousseff. Em 15 de novembro, o PMDB faria um grande congresso para proclamar o rompimento com o governo e o apoio à abertura de um processo de impeachment.

O roteiro, traçado por aliados do vice Michel Temer, tem pouco a ver com o que acontecerá nesta terça em Brasília. O evento não cairá no feriado nacional, não será um congresso e não marcará uma ruptura. No que depender de alguns peemedebistas, não será nem grande.

O diretório do Rio, por exemplo, adotou a tática do boicote. O governador Luiz Fernando Pezão, o prefeito Eduardo Paes e o deputado Leonardo Picciani, líder do partido na Câmara, não vão dar as caras. Os três defendem a permanência de Dilma.

O deputado Eduardo Cunha deve aparecer, embora a cúpula do PMDB preferisse o contrário. Para Temer, uma foto ao lado do vendedor de carne moída não será exatamente um reforço na imagem.

O congresso do PMDB foi esvaziado porque o balão do impeachment, inflado por Cunha, murchou junto com o deputado. Sem a perspectiva de um governo Temer, restou ao partido promover um encontro da Fundação Ulysses Guimarães.

"Se fosse um congresso, ia ter pauleira. Como virou um encontro da fundação, não vamos decidir nada. A ideia é discutir um programa para o país", diz o senador Romero Jucá.

A ameaça de rompimento também perdeu força porque o PMDB aproveitou a crise para exigir o de sempre: mais cargos e ministérios.

A ala oposicionista do partido reconhece que o plano do impeachment ficou distante. Mesmo assim, há quem aposte no discurso do vice fará hoje para provocar mais alguma turbulência para Dilma.

"Toda vez que o Temer fala, cria uma crise danada com os petistas. Se ele discursa é porque está conspirando, e se fica calado é porque quer dar golpe", diverte-se o ex-ministro Geddel Vieira Lima.
Herculano
17/11/2015 06:58
PMDB GUERREIA CONSIGO MESMO EM CONGRESSO, por Josias de Souza

A distância entre o discurso ameaçador do PMDB e sua prática fisiológica impõe ao Congresso que o partido realiza nesta terça-feira em Brasília uma certa ponderabilidade cômica. Um pedaço do PMDB quer declarar guerra ao governo Dilma. Outra ala deseja continuar abrigada nos ministérios. A fricção entre esses grupos faz com que o partido se comporte como o sujeito que diz que vai quebrar a cara do outro, mas leva tanto tempo para levantar da cadeira que compromete a seriedade da cena.

Claro que haverá no encontro do PMDB discursos de gente que defende o rompimento com o governo. Mas também haverá pronunciamentos para lembrar que a reunião não é deliberativa e que a maioria não admite discutir o desembarque antes da convenção partidária marcada para março de 2016. Em tempos de comunicação instantânea, a notícia de que o paquidérmico PMDB levará quatro meses para decidir se deve ?"talvez, quem sabe??" brigar com Dilma deixa todo mundo meio nostálgico. Ah, o tempo pré-internet, em que as coisas demoravam meses para acontecer.

Nesses quatro meses certamente Lula convencerá Dilma a dar mais dois ou três ministérios ao PMDB e o partido poderá encerrar sua convenção de março sem disparar nenhum tiro. Em quatro meses, o governo oferecerá um pacote de verbas que fará o PMDB recuperar o senso de ridículo. Se é que um dia teve. Não se pode confiar muito na firmeza de um partido que é a favor de tudo e visceralmente contra qualquer outra coisa.

A demora também compromete os planos de futuro do PMDB. Está certo que a legenda queira acomodar Temer na cadeira de Dilma o quanto antes e preparar um presidenciável para 2018. Mas o Eduardo Cunha trocou a proteção do Planalto ao seu mandato pelo engavetamento do pedido de impeachment da presidente. E o prefeito carioca Eduardo Paes, opção presidencial da legenda, está muito ocupado tentando fazer de um secretário municipal que espancou a ex-mulher seu sucessor.

Quer dizer: por ora, a única guerra que o PMDB está disposto a travar é consigo mesmo. É cômico, é muito cômico, é hilário o PMDB.
Herculano
17/11/2015 06:54
EXAGEROS SOBRE OS BRICS, editorial do jornal Folha de S. Paulo

Para que uma ideia tenha impacto, não basta que seja boa; é preciso que chegue na hora certa. Assim foi com o acrônimo Brics, cunhado em 2001 por um economista do banco americano Goldman Sachs para agrupar países tão diversos como Brasil, Rússia, Índia e China ?"e depois África do Sul.

Tratava-se de chamar a atenção para a perspectiva de crescimento acelerado dessas nações, que teriam influência reforçada na economia global e suscitariam lucrativas ocasiões de negócios. A sigla, porém, também adquiriu significado geopolítico, dando margem a exageros quanto às possibilidades de ação de seus membros.

Nos últimos anos, a excitação virou decepção. A China desacelerou, minando o otimismo, e os ganhos financeiros não se mostraram espetaculares. Num gesto carregado de simbolismo, o Goldman Sachs, conforme se noticiou na semana passada, fechou seu fundo de investimentos nos Brics, que chegou a ter US$ 800 milhões.

A realidade econômica da década passada, com o forte empuxo da demanda chinesa por matérias-primas, foi essencial para lastrear a narrativa de que estava em curso uma transição na ordem mundial.

As lideranças dos Brics logo enxergaram oportunidades de mudar percepções a respeito de seus países e formataram iniciativas conjuntas nos fóruns globais.

O movimento saiu reforçado da crise financeira de 2008, que abalou o prestígio das potências ocidentais e moveu a bússola ideológica, ao menos por um tempo, na direção de modelos de desenvolvimento mais intervencionistas.

Medidas como a criação de um banco de desenvolvimento dos Brics e acordos de uso conjunto de reservas internacionais em momentos de necessidade pretenderam oferecer alternativa às instituições multilaterais dominantes, como o Banco Mundial e o FMI.

Com o mesmo exagero, mas com sinais trocados, argumenta-se que a ideia por trás dos Brics não faz mais sentido, tendo em vista as diferenças de valores e a incompatibilidade entre suas estratégias nacionais de política externa.

O enfraquecimento econômico dos últimos anos, ademais, indicaria tendência negativa. A maioria dos emergentes enfrenta um legado de dívidas e desequilíbrios de uma década de excessos.

Na verdade, pelo menos no âmbito econômico, os Brics permanecem atraentes, sobretudo pela pujança populacional de China e Índia. Mas corrigir os rumos domésticos será crucial caso os membros do grupo queiram reaver o prestígio que já tiveram ?"em particular o Brasil, que não dispõe da mesma vantagem que seus parceiros.
Herculano
17/11/2015 06:49
OITO MIL FUNCIONÁRIOS DA PETROBRÁS SOB SUSPEITA, por Cláudio Humberto, na coluna que publicou nos jornais brasileiros

Cerca de 8 mil funcionários da Petrobras estão na mira da investigação da roubalheira instalada na estatal no governo Lula e interrompida no governo Dilma após a deflagração da Lava Jato, segundo informam fontes ligadas ao caso. A estimativa dos investigadores é que funcionários da Petrobras, que passam por "pente fino", ajudaram a impor prejuízo superior a R$ 3 bilhões (US$ 792,3 milhões) à estatal.

Refinando a grana

Essa gatunagem envolvendo funcionários tem a ver só com a refinaria de Pasadena, no Texas, e a obra da refinaria de Abreu e Lima (PE).

Superfaturamento

Foi superfaturada a compra de Pasadena, que, avaliada meses antes em US$ 42,5 milhões, acabou adquirida por US$ 1,3 bilhão.

Afano socializado

Em Abreu e Lima (PE), são conhecidas histórias de roubo na obra da refinaria. O descontrole era total. Roubo com dezenas de cúmplices.

São 'inúmeros'

Procurador da operação Corrosão, Carlos Fernando dos Santos Lima disse que há "inúmeros" funcionários sob suspeita na Petrobras.

CITIBANCK ENCERRA CONTAS DE INVESTIGADOS PELA PF

Além de encerrar a conta de Ricardo Pessoa, dono da UTC e chefe do cartel de empreiteiras da Lava Jato, o Citibank tem cancelado contas de qualquer cliente investigado pela Polícia Federal, mesmo que não tenha sido condenado ou ao menos denunciado à Justiça. Para dispensá-los, o Citi se vale da resolução 2.025 do Banco Central, que permite o encerramento unilateral da conta, e sem explicações.

Eles podem

Para encerrar contas de clientes que consideram indesejáveis, os bancos só precisam avisá-los com 30 dias de antecedência.

Os sem-banco

Além de terem contas correntes canceladas, investigados também não conseguem abrir contas correntes em outros bancos.

Sem satisfações

Procurado, o Citibank se recusou a explicar por que encerra contas de pessoas investigadas, ainda que não tenham sido condenadas.

Brasileiros com medo

De cada 100 moradores do Rio, São Paulo, Minas e Espírito Santo, 77 estão preocupados em perder o emprego ou fechar seu negócio nos próximos 12 meses. É o maior percentual do País, diz pesquisa da CNI (Confederação Nacional da Indústria) realizada em 141 municípios.

Desconfiança

Prospera a suspeita, na Câmara, de que o relatório do caso Eduardo Cunha, concluído sem ouvir a defesa, pode ser jogada para ganhar tempo discutindo-se a nulidade do parecer de Fausto Pinato (PRB-SP).

Ministra envergonhada

A bancada de produtores rurais na Câmara ironiza o sumiço da ministra Kátia Abreu (Agricultura). Fugiu de comentar a medida do governo que pune caminheiros que bloqueiam rodovias, e libera bloqueios do MST.

Pior que China e Vietnã

Estudo do Banco Mundial "Fazendo Negócios 2016" diz que a China (ainda) comunista tem um ambiente mais favorável aos negócios que Brasil, Argentina e Venezuela. E que por aqui há mais obstáculos para se abrir, operar e fechar empresa, por exemplo, que o Vietnã!

Engenho e arte

O Prêmio Engenho de Comunicação, que esta coluna venceu várias vezes, confirmou que o portal DiáriodoPoder.com.br é finalista na categoria Melhor Site. O prêmio é um dos mais importantes do País.

Vexame

Indicado corregedor da Câmara, pelo deputado Paulinho da Força, o deputado Carlos Manato (ES), também do Solidariedade, ainda não se dignou a dizer o que pensa sobre as acusações a Eduardo Cunha.

Poder emudecido

Investigados pelo Supremo Tribunal Federal, os presidentes do Senado e da Câmara conservam constrangedor silêncio sobre as graves críticas do presidente de outro poder, ministro Ricardo Lewandowski, ao funcionamento do Legislativo. É para não melindrar quem os julgará.

Alternativa de poder

"Não é uma instância deliberativa, mas tem força política", afirma Osmar Terra (PMDB-RS) sobre o congresso nacional do partido, que discutirá nesta terça (17) a conjuntura política e econômica do Brasil.

Pensando bem...

..quando a Vale foi privatizada, logo tirou Rio Doce do nome. Agora, com a tragédia em Mariana, a Vale conseguiu tirar Rio Doce do mapa.
Herculano
16/11/2015 21:35
DESASTRE EM MARIANA REVELA QUE O BRASIL NÃO TEM LÍDER, DIZ "BLOOMBERG", por Daniel Buarque

Além do imenso impacto humano e ambiental, o desastre ocorrido no início do mês em Mariana, em Minas Gerais, trouxe à tona os problemas políticos do país. Depois do rompimento das barragens, da morte de nove pessoas, da poluição do Rio Doce, a falta de ação do governo mostrou que o Brasil não tem líder, segundo um artigo publicado pela agência de notícias de economia "Bloomberg".

"Sabemos o que deu errado depois do desastre. A resposta do governo federal ao fiasco, ou a falta de resposta, é um caso de estudo sobre o que não fazer. Por dias, enquanto equipes de resgate buscavam sobreviventes, as autoridades do governo do Brasil não disseram quase nada'', diz o texto do colunista Mac Margolis.

Segundo o artigo, Dilma não pode mostrar aos brasileiros a saída para as crises atuais, se ela se prefere se esconder.

"Dilma não é pessoalmente responsável pela tragédia nem se espera que ela investigue o caso. Ao contrário, ela deveria fazer o que autoridades eleitas podem: pressionar por explicações, cobrar responsabilidade de políticos locais e começar um debate nacional sobre o que é preciso para prevenir futuros acidentes e minimizar os danos de lapsos inevitáveis.''

O mundo todo tem recebido notícias diárias sobre o desastre ocorrido em Minas Gerais. Mais de mil reportagens podem ser lidas em diferentes idiomas em publicações de todo o planeta. E o tom em geral é focado no enorme desastre ambiental causado pelo rompimento, bem como a busca de responsabilidades pelo incidente e o impacto econômico dessa tragédia. Com o passar do tempo, começam a aparecer também análises mais aprofundadas sobre o caso e seus efeitos no país.

Colunista da "Bloomberg'', Margolis tem escrito textos muito críticos ao governo Dilma. Em um artigo recente, ele não citou diretamente o impeachment, mas chegou a recomendar ao país o modelo paraguaio para sair da crise. Trata-se de uma referência à reestruturação do governo do país após a retirada de Fernando Lugo da Presidência, em 2012.

O artigo sobre a tragédia em Minas compara a falta de reação do governo Dilma com a explosão de uma plataforma de petróleo no México em 2010. Segundo Margolis, o Brasil deveria ter seguido o exemplo do ex-presidente chileno Sebastian Piñera, que teve atuação marcante durante a crise dos 33 mineiros presos por 69 em uma mina no país.

Piñera transformou o desastre em uma oportunidade política, diz, enquanto Dilma parece querer fazer o oposto, e se esconder de notícias ruins.
Herculano
16/11/2015 21:16
NÃO SOMOS SEQUER UMA NAÇÃO, por Reynaldo Rocha

Há uma música brasileira que é uma obra-prima e, portanto, eterna: Palhaço, do mestre de Carmo, Egberto Gismonti. Somente um gênio poderia compor uma obra tão profundamente melancólica para o que deveria ser o símbolo da alegria. Quase uma oração de angústia. O oposto do que seria um palhaço.

Estamos cansados de um país que é o contrário do que se procura imaginar que é. Não somos pacíficos. Somos inertes. Não somos democratas. Somos indiferentes. Não temos futuro. Permitimos que nos roubem até o passado.

Somos alegremente tristes. E falsos na alegria. Não rimos de nossos males por ironia. Rimos porque somos a piada. Não escolhemos líderes. Buscamos pais da pátria ou salvadores do país ?"? como se existissem. Não somos cultos. Desvalorizamos a cultura. Não respeitamos pensadores, poetas, letristas, músicos, historiadores, professores, sociólogos, psicólogos, juristas ou cientistas. E devotamos uma quase adoração a quem venceu sem esforço.

Não somos homens. Somos machos. Não sabemos cuidar de crianças, com exceção das nossas. Não somos enganados. Engolimos mentiras. Não somos guerreiros. Somos índios fantasiados num eterno carnaval. Não somos capazes de demonstrar nossa indignação. Achamos que o Brasil sempre foi assim.

Não temos coragem. A prudência extrema é o outro nome da covardia. Não somos sequer uma nação. Somos um ajuntamento. E nem somos clowns, que são nobres no que fazem. Somos os Palhaços da música de Gismonti. Um povo cada dia mais triste. E que cobre com máscaras a fisionomia melancólica. Que finge que é povo. Somos uma imensa trupe de palhaços tristes no picadeiro gigantesco.
Herculano
16/11/2015 20:12
UMA CIDADE SEM PLANO DIRETOR, UMA CIDADE RUMO. A CULPA, DOS POLÍTICOS QUE FAZEM PLANTÃO NO PODER E GOVERNAM AOS SEUS INTERESSES E TEMPO.

Veja este ofício que o coordenador do Núcleo Setorial Imobiliário da Associação Comercial e Industrial de Gaspar, Fábio Marcelino de Souza, mandou para a Câmara

"... solicitar a esta Casa de Leis, que proceda ainda no ano de 2015 a votação do Projeto de Lei Complementar nº 07/2015 que dispõe sobre a Regularização de Construções no Município de Gaspar e dá outras providências, tendo em vista que 2016 é ano eleitoral e a mesma não poderá ser votada no próximo ano.

Sugerimos uma alteração no artigo 6º deste Projeto de Lei enviado pelo Executivo Municipal à Câmara de Vereadores de Gaspar. Entendemos que no Artigo 6º, para a contrapartida, as construções sejam classificadas da seguinte forma: unifamiliar; multifamiliar; comercial/industrial. No inciso I e inciso II do artigo 6º, sugerimos que construções multifamiliar e comercial/industrial permaneçam com o mesmo teor já sugerido pelo Executivo Municipal.

Nossa sugestão refere-se às unidades unifamiliares. Como o objetivo de obter o maior número de regularizações e levando em consideração que, a maioria das construções irregulares unifamiliares é de famílias que não se enquadram no artigo 7º do mesmo Projeto de Lei, porém, mesmo assim, a maioria não teria condições de arcar com os custos mencionados no artigo 6º e incisos I e II.

Sugerimos que as construções unifamiliares irregulares sofram a contrapartida igual à mencionada na Lei Ordinária 3.174 de 14 de dezembro de 2009. Sugerimos ainda, que para divulgar a oportunidade de regularização das construções irregulares e abranger um maior número de adeptos para a regularização, seja lançado como AVISO no carnê de IPTU 2016".
Herculano
16/11/2015 20:05
ADVOGADOS DE GRAÇA PARA OS POLÍTICOS V

Nem retirada, nem a quebra do regime de urgência. O Projeto de Lei 49/2015 vai a votação hoje. Faço este reparo, pois a coluna já estava editada quando só as 17h15min de ontem a pauta da sessão foi liberada.

O PT decidiu bater voto. E só vai fazer isto, pois acredita na chance de aprovar este indecente projeto que toma muito dinheiro dos pagadores de pesados de impostos. E todos os cuidados foram feitos para dar chance a aprovação, inclusive, este de adiar o anúncio da pauta ao máximo.

A pauta é densa e boa para polêmicas.

A pauta normalmente é liberada na sexta-feira. Desta vez não foi. Talvez para não chamar a atenção da imprensa e haver assim uma divulgação antecipada estimulando a presença de público, já num horário de trabalho da maioria.

O PT decidiu ir para o voto. Tenta envolver todos os outros partidos e ex-prefeitos, vices, vereadores, secretários, mostrando-lhes de que um dia eles serão beneficiados por esta imoralidade.

O jogo de bastidores foi feito de forma silenciosa. O PT torce pela vitória. A aprovação do PL 49, entendem os petistas, seria o melhor corretivo, entre muitos que querem, contra a promotora Chimelly Louise de Resenes Marcon, a que cuida na Comarca da Moralidade Pública. Ela é contra a ideia e o projeto.

Seis votos estão garantidos, segundo os petistas alardeiam. Buscam apenas um sétimo. A eleição de hoje mostrará como os partidos e os vereadores estão alinhados com o PT, entre si, e contra a cidade. Acorda, Gaspar!

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