Por Herculano Domício - Jornal Cruzeiro do Vale

Por Herculano Domício

17/05/2016

OS POLÍTICOS SUGAM, MANOBRAM E MENTEM I
Esta notícia de Porto Alegre ganhou as manchetes nacionais no final desta semana, como se fosse um fato extraordinário. E ele é. Algo semelhante foi tratado aqui na coluna com a mesma relevância. Entretanto, não sensibilizou Gaspar, os gasparenses e a mídia local e regional. O PT, o PSD, o PMDB e Melato comemoraram. E o que se estampou nos jornais de lá? “Vereadores de Porto Alegre terão aumento de 9,28%”. Escândalo lá. Ora! A mesma coisa aconteceu aqui. Estranhamente só esta coluna informou – e talvez ela seja a líder de acessos - e deixou tiririca os nossos vereadores. Eles, mais uma vez, julgaram-na intrometida, inconveniente e despropositada. Mais. Aqui, os vereadores do PT, PSD, PMDB e Melato negaram o mesmo “aumento” aos servidores da administração petista de Pedro Celso Zuchi. E por quê? Por falta de receitas num Orçamento fantasiado e de arrecadação em queda numa economia esfrangalhada por Dilma Vana Rousseff. Todavia, concederam a si próprios e aos servidores da Câmara esse reajuste integral para tapar a inflação criada pela má gestão do PT.

OS POLÍTICOS SUGAM, MANOBRAM E MENTEM II
Ou seja: para os vereadores de Gaspar, os servidores da prefeitura devem ter seus vencimentos diminuídos pela inflação. Já para eles próprios e os que os servem, não. Antes, devo esclarecer que os vereadores servidores Andreia Symone Zimmermann Nagel, PSDB, Charles Roberto Petry, DEM e Luiz Carlos Spengler Filho, PP, foram e votaram contra esta discriminação patrocinada no voto pelo PT, PSD, PMDB e Melato e permitida pelo presidente da Câmara, Giovânio Borges, PSB.

OS POLÍTICOS SUGAM, MABORAM E MENTEM III
O que diz a notícia de lá. “Os vereadores e funcionários da Câmara Municipal de Porto Alegre receberão aumento de 9,28%. A decisão foi tomada pela Mesa Diretora da casa e publicada na quinta-feira (12), em uma edição extra do Diário Oficial do município. A resolução 508 é assinada pelo presidente do legislativo da Capital, vereador Cassio Trogildo, PTB, que argumenta atender a uma reivindicação do Sindicato dos Servidores da Câmara Municipal de Porto Alegre (SindiCâmara). O aumento corresponde ao reajuste da inflação medida pelo IPCA no período de maio de 2015 e até abril de 2016, e incidirá sobre salários, funções gratificadas e gratificações”.

OS POLÍTICOS SUGAM, MANOBRAM E MENTEM IV
E quem se insurgiu lá? A liderança da bancada do PSOL, formada pelos vereadores Fernanda Melchionna e Professor Alex Fraga. "Num contexto de crise econômica e desemprego, além do parcelamento de salários de servidores públicos, nossos vereadores repudiam qualquer aumento dos vencimentos de quem já ganha mais que a grande maioria dos trabalhadores brasileiros". Como lá há uma imprensa forte e plural, o assunto ganhou o Brasil e a coisa ficou preta. Já aqui, todos os servidores mudos, inclusive e principalmente o Sintraspug. Quando e se trocar o governo do PT, no dia primeiro de janeiro do ano que vem, o Sintraspug, o PT e os servidores que agora estão caladinhos, estarão todos protestando na posse do novo prefeito, exigindo o reajuste que lhes foi negado neste ano, manobrado e fruto de fundamentações recheadas de mentiras. E a imprensa daqui que também ficou muda e surda sobre este assunto, estará atenta. Acorda, Gaspar!

A MORTE I
No sábado houve o protesto por lombadas eletrônicas e mais segurança nos quilômetros 40 e 41, entre o restaurante La Terra e o loteamento das casinhas de plástico, - aquele que a prefeitura do PT de Gaspar inventou, precarizou e para implantá-lo à beira da perigosa rodovia, não fez qualquer estudo de impacto de vizinhança que poderiam prever ser aquele lugar impróprio para este tipo de empreendimento social. O protesto – previsto e autorizado pela Polícia Rodoviária Federal - foi feito duas semanas depois que a Superintendência Regional do Estado de Santa Catarina do DNIT, mandou para a Câmara o ofício 00652/2016/SOR/SRSC, assinado pelo engenheiro Vissilar Pretto. Ele respondia aos ofícios 50 e 53/2016 da Câmara, os quais pediam os redutores eletrônicos de velocidade naquele trecho para salvar vidas.

A MORTE II
Salvar vidas? Inútil. O que começou errado com os políticos bravateiros e até vingativos, termina pior com os burocratas. Vidas? Quem se importa com elas desde que não seja com parentes deles? O que diz em essência este ofício? “Em resposta à vossa solicitação para instalação de equipamento eletrônico redutor de velocidade nas proximidades do Km 40 da Rodovia Federal BR-470/SC, informar que não poderá ser atendida devido ao atual contrato referente ao Programa Nacional de Controle Eletrônico de Velocidade - PNVC desta autarquia ter sofrido prorrogação contratual em que preze somente a operação e a manutenção dos equipamentos já instalados, não prevendo assim a realocação/instalação de equipamentos. Informamos que um novo PNVC está sendo formado, devendo contemplar novos pontos para a instalação de equipamentos registradores de velocidade, os quais deverão ser apontados por meio de estudos técnicos nos pontos considerados críticos”.

O PMDB PRÓXIMO AO PT? I
Como as suas próprias pesquisas apontam dificuldades por aqui, como o cenário nacional é conspirador contra as eleições de outubro, o PT de Gaspar procura canais de negociações para “fechar” o seu caixa e colocar as suas múltiplas dúvidas para debaixo do tapete. O plano B natural seria com Marcelo de Souza Brick, PSD, e Giovânio Borges, PSB que montam com esta alternativa. Isto está claro em todos os movimentos. O PSD e PSB é o plano B do PT de Gaspar. Com Andreia Symone Zimmermann Nagel, PSDB, o PT de Pedro Celso Zuchi, José Amarildo Rampelotti e Antônio Carlos Dalsochio sabem que não há as mínimas chances de propor ou por um plano desses em prática. E o que apareceu na semana passada numa entrevista na 89,7? Uma senha de aceno do presidente do PMDB de Gaspar, Carlos Roberto Pereira, ao PT daqui, para ser também o plano B do PT, no lugar de Brick e Giovânio.

O PMDB PRÓXIMO AO PT? II
Primeiro o Pereira disse que o PMDB com uma bancada de seis deputados federais na gestão de Michel Temer teria mais chances de trazer mais recursos para Gaspar do que o PT com dois deputados. Então, o presidente do PMDB de Gaspar assinou a confissão de viva voz de que o partido dele – porque fazia parte do governo do PT até semana passada- foi omisso e incompetente com a região e Gaspar neste quesito, incluindo aí a duplicação da BR 470 e a ponte do Vale, dependentes unicamente de verbas federais. Segundo: o Pereira voltou com um discurso surrado, antigo e até criminoso dos políticos quando buscam os votos dos analfabetos, ignorantes e desinformados, ou seja, de que a proximidade do poder abre portas e cofres para as localidades. O PT de Zuchi, Rampelotti, Dalsochio, Lovídio, Mariluci, Doraci, Décio, Ana Paula, Ideli e outros tinha e faziam este discurso. E o resultado? Está aí para qualquer um comprovar. As verbas não aparecem.

O PMDB PRÓXIMO AO PT? III
E o mais surpreendente desta entrevista não foi esta digital em algo que já se sabe rotina manjada, ou seja, a necessidade de se eleger alguém ligado ao governador ou ao presidente para se ter acesso as verbas ao município ou região, uma obrigação institucional. Foi a declaração de amor aos petistas que estão à beira do precipício em Gaspar. E para que? Para atrair os votos e uma “negociação”. Afinal, em política, tudo é negócio. Ou seja, para evidenciar aos petistas se coçando pelas sarnas que arranjaram que todos são farinha do mesmo saco. Disse Carlos Roberto Pereira ao distinto público de Gaspar pela rádio, que ele (o PMDB) parabenizava o esforço do prefeito Zuchi na busca a Brasília de recursos para a cidade. Disse que Zuchi foi valoroso (?) e que ele Pereira, era uma testemunha destes esforços e valor. Todavia, Pereira justificou que o “fracasso” de Zuchi nesta “busca valorosa”, se dava unicamente diante da precária situação econômica da economia brasileira. Então está. E não vai ser diferente com o PMDB daqui para frente, sócio do governo do PT e do desastre que comeu todas as verbas? Ai, ai, ai.

O PMDB PRÓXIMO AO PT? IV
Com este discurso, o presidente do PMDB Gaspar esclarece aos gasparenses: primeiro que PT e PMDB são culpados pela falta de verba aos daqui, afinal os dois estavam juntos no governo Federal até agora; segundo que a continuar este quadro de precariedade da economia brasileira criada pelos dois, também vão continuar a falta de verbas e espera; que o PT não os cobre, como a comunidade e poucas lideranças vêm cobrando do PT; terceiro de que a porta está aberta para um grande acordão de bastidores entre o PMDB e PT contra Gaspar e os gasparenses. E para quê? Para nada pôr às claras sobre as dúvidas que se têm sobre a administração petista daqui. Isto explica a razão pela qual o PMDB de Gaspar foi muito tímido na oposição que dizia querer exercer aos petistas daqui e porque não nunca cobrou Pedro Celso Zuchi nas viagens sem explicações (antes e depois da entrevista) a Brasília. A comunidade pagou as despesas e não recebeu explicações. O PMDB está se enrolando nas próprias tramas. Isto pode explicar em parte a sua pretensão de ser a candidatura única contra o PT. Falta-lhe por enquanto discurso, proposta e coerência. Acorda, Gaspar!

CARRO DA FAMÍLIA
Esta foto é da sexta-feira, dia 13, a única sexta-feira dia 13 deste ano. Ela mostra a camionete da Indefesa Civil de Gaspar, as 16h estacionada na confeitaria Della Nona. O que ela foi fazer lá? Quem estava na camionete e na confeitaria? Pois é... Esta foto e áudio do episódio correm as redes sociais desde sexta-feira. A cidade inteira sabe o que aconteceu. A prefeitura, o PT e o Sintraspug – Sindicato dos Trabalhadores no Serviço Público de Gaspar? Calados. Acorda, Gaspar!

TRAPICHE

Só Brasília vai desempregar 23 mil petistas. Quantos virão para Gaspar? Há gente aqui preocupada. E não é boato e nem escárnio. É verdade. Alguns nem dormindo estão, pois a pressão será grande. E como todos são afilhados das tetas sabem que o bicho maior come o menor.

O PMDB, o PSDB, PPS outros que estão na barca do novo poder vão aprender com o PT, PCdoB e PDT o que é fazer oposição sistemática e ficar sob o olhar permanente contra erros e incoerência. A primeira delas foi a falta de mulheres no Ministério.

Este espaço foi “invadido” pelos petistas que o achavam um lixo. Como possui audiência (e muita), bem como credibilidade, eles não se importam em usá-lo para desmantelar os seus novos adversários, o PMDB. Faltou desconfiar do ridículo. E para não perder a característica, tudo anonimamente.

O PSD é um partido que não é contra, nem a favor, não é de direita, centro ou de esquerda disse o seu criador, o ex-prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab. Ele não mentiu. Apenas explicou claramente a sacanagem que é esta sigla sob sua criação e comando.

O PSD com Gilberto Kassab foi o último ministro a sair do ministério de Dilma Vana Rousseff, PT, mesmo depois que sua bancada no Congresso, sem o seu controle – ou sob a sua ordem de jogo duplo - já promovia a traição ao governo Dilma na busca do impeachment.

Para espanto, mas nem tanto para quem não é contra e nem a favor, Dilma nem tinha saído oficialmente Palácio do Planalto e Gilberto Kassab já era anunciado como o novo ministro de Michel Temer, PMDB, por ter ele uma bancada itinerante de balcão de negócios no Congresso Nacional e que não é de direita, de centro ou de esquerda, mas da boquinha para vender “estabilidade” aos governos fracos. O PMDB de Temer que se cuide com uma base assim feita de sacanas camaleão.

Em Gaspar, o PSD está míngua levado que foi pelo ex-presidente Marcelo de Souza Brick e o seu mentor o deputado Jean Jackson Kuhlmann, agora presidente do diretório de Blumenau, onde é pré-candidato a prefeito. O partido tinha dois vereadores aqui. Hoje tem apenas um e as fotos que circularam na internet da reunião da Comissão de Gaspar prenunciam o que restou. Em Ilhota, uma pesquisa feita para o PMDB pela Tendência, de Itajaí, mostrou que o prefeito Daniel Christian Bosi, PSD, também patrocinado por Kuhlmann, está caindo pelas tabelas e a sua reeleição está seriamente comprometida. Nas amostragem, fica com um terço de qualquer outro candidato.

A presidente Dilma Vana Rousseff, PT, saiu do poder, repetindo o mantra petista muito comum a todos os políticos com culpa no cartório de que é uma pessoa honesta, que não tem conta no exterior, que nunca recebeu propina...

Este discurso é para os analfabetos, ignorantes e desinformados, o público alvo dos políticos de todos os matizes e partidos, principalmente os que se dizem populares e exercem o populismo para sobrevivência do poder via a cata de votos dessa massa ignara.

Não basta ser honesta. Não importa se não se é corrupto, algo elementar para qualquer pessoa e não só aos políticos. É preciso cumprir as leis de abrangência comum na administração pública. É preciso governar, realizar e promover ações governamentais. E Dilma e o PT não foram competentes para tal.

Se por um lado Dilma não roubou, por outro lado permitiu – como mostram as investigações - que a máquina do governo roubasse, tudo com laços estreitos nos partidos da base de sustentabilidade. Mais que todos corrompessem e usufruíssem integralmente desse poder podre. Neste ambiente em que ela jura estar limpa, jogou-se fora os nossos pesados impostos e que estão faltando à saúde pública, educação de qualidade, obras de infraestrutura, ações sociais inclusivas, segurança...

Resumindo: o povo – que o PT, PcdoB, PDT e outros dizem defendê-lo - foi roubado pela máquina de poder comandada por Luiz Inácio Lula da Silva e Dilma Vana Rousseff. Então as mãos da governante não estão limpas como insiste aos analfabetos, ignorantes, desinformados, assistidos e fanáticos. Pior: a consciência dessa gente que comandava o Brasil sabe claramente o que foi feito em favor do poder, pelo poder e contra o povo.

Registro. Paulo Filippus, morador do distrito do Belchior e um dos líderes do Movimento Brasil Livre acompanhou a queda de Dilma Vana Rousseff, PT, de corpo presente em Brasília na semana passada. E neste final de senama esteve em Porto Alegre participou da reunião nacional do movimento.

Hoje a tarde na pauta da sessão da Câmara, só matérias que mexem no Orçamento recém aprovado pelo Legislativo. Estas “mexidas” mostram que o Orçamento foi mal elaborado, que a coisa está ruim e está sendo escondida dos gasparenses, como o PT escondia a situação financeira caótica brasileira.

Estas mudanças que serão votadas hoje também sinalizam de que os vereadores ou não entendem, ou não querem entender estes sinais. E faz tempo. Acorda, Gaspar!

Para refletir e se esclarecer. O PT não deixou o PSDB governar por anos afio e colocou todos os defeitos no ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, inclusive dele ser uma pessoa esclarecida, educada, capaz ao diálogo. Para o PT, gente esclarecida é um perigo.

Então! O PT vai deixar o PMDB governar, com todos os defeitos que o PMDB possui, o partido que sempre este à sombra e na sobra do poder? Ou o PMDB assume rapidamente o seu lado bandido e enfrenta o que se arma no PT, ou o governo do PMDB vai ser trucidado pela propaganda, armação, a falta de resultados imediatos (impossíveis no caos onde estamos metidos). E o reflexo e disso piorará e estará nas eleições municipais, inclusive aqui em Gaspar.

A hipocrisia, a incoerência e o banditismo é tão descarado, que o PT só agora descobriu que o presidente interino da República, Michel Temer, é um ficha suja. E isto seria ruim de qualquer forma em qualquer ambiente público para um político, mas menos no Brasil, por enquanto e ainda mais para o PT, PCdoB, PDT...

Contudo, perguntar não ofende: não é PT o pai do mensalão, do petrolão, das roubalheiras sem fim, da corrupção endêmica dentro e fora do governo, das alianças propositais com fichas sujas para se manter no poder, incluindo o próprio Temer como vice presidente e que o PT agora corrido do poder resolveu pôr as cartas na mesa para desqualifica-lo?

Limpar os seus graves defeitos e apenas apontar os dos outros, ou colocá-los em quem não os possui, é coisa de bandido que sabe o que faz, que sabe que a maioria da população é feita de analfabetos, ignorantes, desinformados e onde transita para se manter no poder, de quem sabe que parte dos formadores de opinião como artistas, professores, cientistas e jornalistas são de esquerda e não importa que haja roubo, caos na economia... O importante é ser poder, mesmo lambuzado e colando a sua própria lama permanentemente nos outros.

Concluindo: o PMDB desacostumado a liderar processos de poder, mas acostumado a chantagear e dar maioria como troco (oito anos com o PSDB e 13 anos para o PT), vai ter que mudar muito de tática e prática para enfrentar o PT e suas manhas obscuras, sem limites e ética na busca a qualquer preço pelo poder permanente.

“É lamentável que o partido das ‘teses’ tenha se transformado no partido das ‘narrativas’”, por Cristóvão Buarque, senador pelo PPS do Distrito Federal, ex-ministro da Educação do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, PT, que já foi até bem pouco tempo do PDT, sobre o fiasco ideológico e conto do vigário como gestor de resultados pífios em que se transformou o PT.

Coisa de políticos que ainda não perceberam que o Brasil está mudando. Coisa de Gaspar e que mostra como a disputa política de outubro tende a fazer mais uma vez os eleitores e eleitoras de otários. O PT e o PMDB estão disputando nas redes sociais quem é que liberou em Brasília a última migalha da ponte do Vale. Os recursos entraram na conta da prefeitura no dia 13 de maio, na sexta feira. Os peemedebistas dizem que o crédito é deles, mesmo não havendo nenhum ato a partir do dia 12 neste sentido. Baseiam-se numa premissa de que a partir da quinta-feira dia 12, a presidente Dilma Vana Rousseff, PT, não poderia fazer ou assinar, ou publicar mais nenhum ato liberatório.

Primeiro: o depósito da grana aqui na prefeitura é o ato final do longo e burocrático processo para se resolver este tipo de assunto. Quem disser o contrário, mente ou engana. Segundo: não importa quem liberou a grana, toda ela feita dos nossos pesados impostos, ou seja, não é favor ou dinheiro de nenhum político ou partido. E ela está atrasada há mais de dois anos. Importa para os gasparenses é a obra em si, a ponte pronta e liberada ao tráfego. E segura com as alças de acesso que podem salvar vidas do povo da Margem Esquerda e que nem PT, nem PMDB tratam disso. Vergonha.

Terceiro: sobre o valão que será cavado na Rua Itajaí para se passar por debaixo do viaduto da ponte caminhões de cargas, nem PT, nem PMDB disputaram até agora a autoria desta ideia primata de engenharia e projeto. E por que desta seletividade? Porque mostra a verdadeira face dos políticos sobre os improvisos que criam para nos afrontar e entregar obras tortas e a necessidade dos políticos de ludibriarem os analfabetos, ignorantes e desinformados, a maioria dos eleitores deles, permanentes escravos da miséria eleitoral e desenvolvimento do município. Acorda, Gaspar!

 

Edição 1750

Comentários

Herculano
19/05/2016 18:42
MORRE O EX-PREFEITO FRANCISCO HOSTINS

O professor, ex-secretário e ex-prefeito Francisco Hostins, faleceu esta tarde em Gaspar.

Eleito pelo Partido Democrata Cristão, PDC, Francisco Hostins governou de 1989 a 1992. Ele sucedeu a Tarcísio Deschamps, que também já faleceu.

A eleição de Francisco Hostins marcou uma mudança na gestão de Gaspar que teve nos dois primeiros anos a ajuda de profissionais habituados com a administração empresarial.

Hostins pegou um município com problemas graves de caixa e manutenção. E com a equipe de profissionais, livres de políticos, deu solução aos mesmos.

Teve como vice-prefeito o empresário e representante do hoje distrito de Belchior, Mario Siementecosky, cunhado de outro político do Belchior, mas identificado com Blumenau, Wilson Rogério Wan Dall, que viria a ser mais tarde deputado estadual e hoje é conselheiro do Tribunal de Contas do Estado.

As principais obras de Francisco Hostins foram a construção do prédio da Escola Básica Norma Mônica Sabel, de outras quatro escolas, duas creches e postos de saúde; pavimentação de praças e ruas; ampliação de estradas e construção de pontes de concreto no interior; aquisição da patrulha mecanizada para a agricultura e a primeira ambulância; e aquisição de área onde foi construído o Fórum.
Herculano
19/05/2016 17:59
O PT QUEBROU O BRASIL. O PT CONTINUA EM GASPAR E NÃO DESISTIU DE QUEBRÁ-LA AINDA MAIS

Manchete do portal Cruzeiro do Vale: "prefeito de Gaspar protocola projeto de lei que cria regime próprio de previdência social".

A primeira pergunta: de onde virá o dinheiro para isso? Como este problema não será do atual prefeito Pedro Celso Zuchi, PT, arma a bomba para os outros e engana os atuais servidores. Campanha política, enganadora, como Dilma Vana Rousseff, PT, fez com os brasileiros.

A segunda pergunta: qual o município em que isto funciona de verdade em favor dos servidores usados pelos políticos? Gaspar já teve algo parecido, o ex-prefeito Bernardo Leonardo Spengler, o Nadinho, PMDB, acabou com tudo. Todos quietos.

A terceira pergunta: Zuchi está arrumando problemas para os gasparenses e os administradores no futuro, então por que ele e o PT não resolvem os problemas de hoje dos servidores que estão sem reajustes, exatamente por falta de dinheiro no caixa da prefeitura? Acorda, Gaspar!
Herculano
19/05/2016 17:49
SUPREMO SUSPENDE LEI FEDERAL QUE LIBERAVA "PILULA DO CÂNCER". SO NO BRASIL POLÍTICO E JUSTIÇA SE ARVORAM NO SUBSTITUTO O CONHECIMENTO CIENTÍFICO E COLOCAM AS VIDAS DAS PESSOAS DOENTES EM RISCO

Conteúdo do Uol (Folha de S.Paulo)Os ministros do Supremo decidiram suspender a lei que liberava o uso da fosfoetanolamina sintética, conhecida como "pílula do câncer". O uso tinha sido liberado por uma lei aprovada no Congresso Nacional e sancionada pela presidente afastada Dilma Rousseff em abril.

A chamada "pílula do câncer" não tem liberação da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) por não ter ação contra o câncer comprovada cientificamente, e nem ter sido testada em humanos.

No total, seis ministros votaram pela suspensão cautelar da lei, conforme a ação protocolada pela AMB (Associação Médica Brasileira). O relator, Marco Aurélio Melo, afirmou que o legislativo não poderia liberar uma medicação sem testes clínicos. De acordo com ele, a legislação é clara ao exigir o registro da substância pela agência fiscalizadora (Anvisa). Assim, a lei foi considerada inconstitucional.

O ministro Luiz Fux argumentou também que a liberação da pílula poderia onerar o Estado, já que as universidades não possuem estrutura para produzir em larga escala um medicamento --a USP foi obrigada por diversas ações judiciais a fornecer o medicamento para pacientes de câncer. "Há ainda o medo de que a substância faça os pacientes abandonarem os tratamentos tradicionais", disse Fux.

Luís Roberto Barroso lembrou, em seu voto, que a Anvisa possui programas que viabilizam o uso de medicamentos experimentais, sem registro, no tratamento de doenças que não tenham alternativa terapêutica satisfatória. "A fosfoetanolamina sintética poderia ser oferecida no âmbito desses programas, com autorização da Anvisa."

Quatro ministros votaram pela liberação para pacientes terminais

O ministro Edson Fachin contrapôs o relatório de Marco Aurélio Melo, afirmando que não caberia ao Estado estabelecer o que um cidadão pode ou não usar como medicamento quando disso depender sua vida, evocando o direito de autonomia e da autodefesa da vida.

"Por isso, quando não houver outras opções eficazes, pode haver relativização do controle do medicamento. Nesses casos cabe ao Congresso Nacional reconhecer o direito de pacientes terminais usarem o medicamento mesmo que os riscos sejam ainda desconhecidos", explicou.

Fachin, Rosa Weber, Dias Toffoli e Gilmar Mendes defenderam que a liberação da substância fosse mantida no caso de pacientes terminais, mesmo sem as devidas pesquisas cientificas requeridas pelo órgão regulador.
Herculano
19/05/2016 10:44
O DEFICIT MAIS GRAVE ESTÁ NA NOSSA POLÍTICA, por Marco Antônio Rocha, para o jornal O Estado de S. Paulo

Os petistas estão todos unidos contra o governo Temer. Não falta nem uma só voz. Os não petistas se dividem entre os que torcem por Temer, os que desconfiam bastante de Temer e os que o detestam em vista dos compromissos dele com a banda podre da política brasileira - bastante engordada, aliás, nos 13 anos do partido que veio a combatê-la e aliou-se a ela. O Valor fala na tendência "fiscalista" de Temer. Tomara. Nesta fase, ele não tem de ser de direita ou de esquerda, progressista ou conservador. Tem de ser fiscalista rigoroso, em face do descalabro das contas públicas.

Sua equipe tenta descobrir o que mais lhes reserva a "herança maldita" do cofre de Dilma, além do que ela própria já inscreveu no Orçamento deste ano. O PT inventou a expressão, mas podemos tomá-la emprestada, pois, em termos de herança governamental, a de Dilma, senhores, ponha-se "maldita" nisso. Ela bem que avisou, ao dizer que faria "o diabo para ganhar a eleição". O diabo atendeu com alegria.

Enquanto eu escrevia este artigo, a equipe do Ministério do Planejamento, quase todos funcionários de carreira, inclusive do Ministério da Fazenda, revia o Orçamento deste ano, deixado pela própria Dilma. O crescimento das despesas a assustou a ponto de ela mesma propor diversos abatimentos colossais: R$ 9 bilhões no PAC (que era sua menina dos olhos); R$ 3 bilhões na Saúde; R$ 3,5 bilhões na Defesa; e, não obstante, o déficit previsto ficou em mais de R$ 96 bilhões. Os números estão sendo revistos, junto com as previsões da arrecadação - em queda continuada, R$ 5 bilhões a menos só em abril. Há estimativas de um déficit recalculado de R$ 130 bilhões; os menos otimistas falam em R$ 160 bilhões.

O PIB brasileiro de 2015 (fechado pelo IBGE em março deste ano) teve uma queda de 3,8% em relação a 2014, alcançou R$ 5,9 trilhões (US$ 1,53 trilhão, no câmbio de 3/3/2016). No ano passado o PIB caiu 0,7% no primeiro trimestre; 1,9% no segundo; 1,7% no terceiro; e 1,4% no quarto. Quedas sucessivas sobre o que já caíra. E no primeiro trimestre deste ano o IBGE estimou uma queda de 1,44% do PIB.

Estamos, portanto, independentemente de preferências políticas ou ideológicas, por Dilma, Lula, Temer, PT, PSDB, PMDB, PC do B, Cunha ou Renan, diante de um dos maiores desastres nas contas públicas. Nunca houve coisa semelhante nem no disparatado período Sarney, quando os planos de ajuste e estabilização (3 deles) se sucederam com a mesma frequência dos desajustes e desestabilizações. Fernando Collor pegou o barco afundando e tentou fazê-lo flutuar com medidas quixotescas: confisco de depósitos bancários; congelamento de preços; extinção de ministérios; demissões de funcionários.

Tudo para segurar uma inflação que chegara aos 1.764% ao ano. Nada funcionou. Sofreu impeachment e deixou o governo em 1992, nas mãos de Itamar Franco, o topetudo, bonachão e mulherengo presidente que, sem saber o que fazer direito, colocou no Ministério da Fazenda um sociólogo que, presumidamente, nada entendia de Economia, FHC, mas que, com uma equipe de jovens economistas engenhosos, derrubou a assustadora inflação para 916,43% em 1994; 22,41% em 1995; 9,56% em 1996; 5,22% em 1997; e 1,6% em 1998. Terminaria seu segundo mandato em 2002 com uma inflação de 12,53%.

Hoje não é uma inflação galopante o problema, e sim contas públicas estouradas. Com elas, os bons profissionais de que o governo dispõe, na Fazenda, no Planejamento, no Banco Central, no Tesouro, sabem lidar e como lidar. Só dependem de cobertura política para repô-las nos trilhos. Mas é na política que reside o "déficit" estrutural mais grave. A demanda da população por seriedade, inteligência, honradez, espírito público e ética ultrapassa em muito a oferta que a classe política produz hoje em dia. Daí esta governança falida em quase tudo o que dependa dos governos, federal, estaduais e municipais.

Temer só conseguirá arrumar um pouco as contas para o próximo governo poder governar.
Herculano
19/05/2016 10:36
APARELHAMENTO E DESVIOS NO PODER PÚBLICO, editorial do jornal O Globo

Governo Temer deve mesmo reverter a infiltração de militantes na máquina pública, não só devido a custos, mas também como medida de segurança
Entre as heranças malditas deixadas pelo lulopetismo para o governo do presidente interino Michel Temer, uma das mais intrincadas é o aparelhamento da máquina pública, executada com método pelo PT e aliados no decorrer de 13 anos. Equívocos de política econômica podem ser equacionados por meio de medidas corretas, mais ainda se houver apoio no Congresso, como é o caso. Já o aparelhamento é impossível ser eliminado de uma hora para outra.

Mas era preciso começar, e uma primeira medida correta foi a exoneração, pelo ministro da Secretaria de Governo, Eliseu Padilha, do diretor-presidente da Empresa Brasileira de Comunicação (EBC), Ricardo Melo.

Caso exemplar de aparelhamento, a EBC, controladora da TV Brasil, rádio e agência de notícia, fora convertida em instrumento de propaganda lulopetista. A um custo anual de R$ 750 milhões, dinheiro que estaria sendo várias vezes mais bem empregado se de fato a empresa se pautasse pelo interesse público e não partidário.

E nem isto ela fazia bem, pois a audiência de seu veículo potencialmente mais poderoso, a TV, é traço. Não alcança sequer a militância, servia apenas para abrigar apaniguados. Na Europa e Estados Unidos há bons exemplos do que é uma empresa pública de comunicação.

Os espaços existentes na máquina do Executivo e estatais à disposição do governante de turno são generosos. Foram inclusive ampliados. Apenas os cargos comissionados de remuneração mais elevada, os DAs, eram 18 mil no final da gestão de FH e chegaram a 23 mil.

Costuma-se alegar que muitos servidores concursados ocupam estes postos. Mas isso não significa que não haja entre eles militantes do partido. É quase certo que aqueles que fizeram uma manifestação contra o novo ministro da Educação, Mendonça Filho, na frente dele, no dia seguinte à posse, eram servidores estáveis.

Há vários casos emblemáticos nesses tempos. Um deles, o do Ministério de Desenvolvimento Agrário e Incra, onde representantes de organizações sem terra têm passe livre. Inclusive, e prioritariamente, nos respectivos orçamentos.

No momento, está em curso mais uma história típica patrocinada pelo conhecido aparelho há muito tempo instalado na Secretaria de Patrimônio da União (SPU).

Dominada pelo menos por parte do PT fluminense, ela se recusa a aceitar determinações judiciais, do TCU e até do governo para que o Jardim Botânico recupere toda a sua área, afinal em fase de legalização. A SPU ainda tenta, com manobras, regularizar a propriedade de imóveis dentro do JB, apesar da decisão contrária já tomada em várias instâncias.

Há, ainda, o aparelhamento com fins pecuniários, de corrupção, em que o exemplo imbatível é o da Petrobras, mas não só, conforme tem sido relatado pela Operação Lava-Jato.

O potencial de descalabros neste universo de cargos comissionados é enorme. Pois, ao todo, chegam à faixa de 100 mil.

O novo governo tem de se preocupar com esta infiltração gigantesca. Não só devido ao aspecto financeiro, mas também por segurança, autoproteção, pois cada aparelho mantido deverá funcionar com intenções de sabotar a administração.
Herculano
19/05/2016 10:20
O "NEW YORK TIMES" ERROU, por Carlos Alberto Sardenberg para o jornal O Globo.

Parte 1

Não era difícil observar, mesmo para um jornalista estrangeiro, que Dilma era fator de acirramento das duas crises.

O editorial do "New York Times" que critica o afastamento de Dilma Rousseff começa equivocado logo pelo título: "Piorando a crise política brasileira".

Ora, está na cara que a crise não piorou. Ao contrário, o ambiente é mais tranquilo. Ok, estamos falando com uma semana de vantagem em relação à publicação do editorial, no último dia 13. Mas não era nem um pouco difícil observar, mesmo para um jornalista estrangeiro, sempre com visões mais superficiais, que Dilma no governo era fator de acirramento das duas crises, a política e a econômica. Aliás, bastaria consultar analistas de Wall Street, ali pertinho da sede do jornal.

Analistas do mercado não são torcedores. Eles só querem saber como será o desempenho deste ou daquele presidente para avaliar se é o caso de colocar ou retirar dinheiro no país.

Em resumo, e sem juízo de valor, era quase unânime a conclusão: sem Dilma, a crise política arrefece e abre espaço para medidas econômicas, quebrando a paralisia em que se encontrava o país.

É o que está acontecendo.

O "Times" erra também quando examina as causas do impeachment. Diz que a presidente é acusada por uma "suposta trapaça financeira", apenas uma "tática" empregada por outros presidentes.

Curioso que o jornalão chega perto das pedaladas, quando descreve, en passant, parte do mecanismo: "usar dinheiro dos bancos públicos para cobrir déficits orçamentários".

Mas alguém lá no board de editores tinha que ter reparado que a explicação estava incompleta. Talvez porque não existam bancos públicos nos EUA, não do tamanho dos nossos, o editorialista do "Times" não tenha cogitado da extensão do caso.

De todo modo, existe aqui uma imprecisão jornalística: usar como? Mandar o banco público pagar obras? Pagar salários?

Importante especificar, porque o uso do objeto da acusação foi algo expressamente proibido pela lei: o governo tomando dinheiro emprestado nos seus próprios bancos.

E aqui o "Times" poderia facilmente fazer a comparação com o que ocorre no setor privado. É regra praticamente universal que o dono não pode se financiar no seu próprio banco. Não apenas essa prática criaria uma concorrência desleal, como colocaria todo o sistema financeiro sob risco.

Imaginem: os acionistas de um grande banco tomam emprestado, no seu banco, para investir numa empresa de petróleo, de sua propriedade. A companhia de petróleo entra em dificuldades. Os acionistas deixam de pagar ao seu banco para salvar sua petrolífera - e quebram todos os outros que têm conta ou investimentos com o banco.
Herculano
19/05/2016 10:19
O "NEW YORK TIMES" ERROU, por Carlos Alberto Sardenberg para o jornal O Globo.

Parte 2

No caso da relação governo/banco público, o risco é macroeconômico. Tomando empréstimo no seu banco, o governo cria dinheiro do nada e, com isso, gera inflação, dívida e juros altos para toda a sociedade.

Isso acontecia direto no Brasil antes das atuais regras de estabilidade fiscal. Bancos estaduais quebraram, incluindo o maior deles, o Banespa, assim como, é lógico, também quebraram os governos que eram seus donos. O BB e a Caixa tiveram que ser capitalizados nos anos 90 por causa dessa prática.

Eis a "trapaça financeira" - uma violação da responsabilidade fiscal, que gerou um déficit de quase 2% do PIB e disparou a dívida pública.

O jornal também compra a versão de Dilma segundo a qual ela fez o que outros presidentes fizeram.

Equívoco jornalístico de novo. Bastaria ter observado um gráfico - o que mostra a movimentação das contas entre o Tesouro (governo) e seus bancos. Por essas contas, o Tesouro manda dinheiro para o banco, a Caixa, por exemplo, pagar o seguro-desemprego ou o Bolsa-Família ou para o BB cobrir juros subsidiados.

Nas administrações FH e Lula, o Tesouro ora ficava credor, ora ficava devedor nessas contas. Quando devedor, por períodos curtos e na casa das centenas de milhões de reais. Dilma simplesmente parou de pagar por meses seguidos a partir de 2013 e acumulou dívidas - ou tomou um crédito ?" que beiraram os R$ 100 bilhões.

É certo que um jornal de fora não tem como entrar nesses detalhes. Mas o "Times" poderia ter apurado melhor.

Assim, não diria que Dilma está sendo injustiçada porque não roubou dinheiro do petrolão. Ela não está sendo acusada disso.

Também não diria: "muitos suspeitam" que Dilma está sendo atacada porque permitiu o andamento da Lava-Jato, que apanhou políticos que a condenaram.

De novo, o "Times" simplesmente compra a narrativa da presidente e comete outra imprecisão jornalística. "Muitos" quem? Suspeitam como? Além disso, os indícios já bem apurados mostram o contrário, que Dilma tentou obstruir a Lava-Jato. E mais: ela não permitiu nada, simplesmente nem ela nem Temer têm como impedir a operação. Aliás, na última terça, o PT jogou fora essa história e disse que a Lava-Jato é "golpista".

O "Times" erra de novo quando aceita a hipótese de que os políticos que acusam Dilma estejam apenas querendo trazer de volta a política do "toma lá, dá cá". Trazer de volta? O governo petista fez isso largamente, desde Lula.

Entre os que votaram pelo impeachment, há muitos deputados e senadores investigados e/ou citados na Lava-Jato. Mas as razões do impeachment são outras. E a operação vai apanhando os envolvidos, antes e depois, como foi com o Eduardo Cunha.
Herculano
19/05/2016 10:11
da série: o Brasil que o PT, PCdoB, PDT e outros queriam com o respaldo do PMDB, PP, PSD, PR, PRB, PTB... e que agora viraram de lado.

FALAR É POUCO, SERRA, por Clóvis Rossi, do jornal Folha de S. Paulo

O ministro das Relações Exteriores, José Serra, discursa na transmissão de cargo no Itamaraty.

Para ser fiel ao discurso de posse, em que prometeu ser vigilante com violações da "democracia, liberdades e direitos humanos em qualquer país", o ministro José Serra deve apoiar a iniciativa da Human Rights Watch de pedir à Organização dos Estados Americanos a aplicação da cláusula democrática à Venezuela.

A HRW alega que "o colapso da independência judicial na Venezuela e a consequente propagação das violações aos direitos humanos e da impunidade afetam princípios fundamentais consagrados na Carta [da OEA] e em outros acordos regionais".

Tem toda a razão, mas, para que a OEA possa de fato considerar a petição, é fundamental que um país-membro a respalde.

O Brasil deveria ser o primeiro a fazê-lo. Se a Venezuela de Nicolás Maduro pode dar palpites sobre assuntos internos do Brasil, como o fez ao considerar golpe o impeachment de Dilma, por que o Brasil não pode fazer o mesmo?

Como ensina Marcos Troyjo, em sua coluna online desta quarta-feira (18), "só na superfície, ou no senso comum, agir diplomaticamente é 'colocar panos quentes', 'engolir sapos' ou 'ficar numa boa com a turma toda'. Às vezes, diplomacia é abandonar meias palavras; deve-se falar e agir no tom mais severo possível".

No caso venezuelano não se trata de defender só a democracia, claramente violada pelo governo de Nicolás Maduro, mas de tentar salvar a própria Venezuela.

O cenário atual é descrito à perfeição por Moisés Naïm e Francisco Toro, em artigo para "The Atlantic":

"Nos últimos dois anos, a Venezuela experimentou o tipo de explosão que raramente ocorre em país de renda média como ela, exceto em caso de guerra. As taxas de mortalidade estão disparando; um serviço público depois do outro está entrando em colapso; inflação de três dígitos [720% este ano] deixou mais de 70% da população na pobreza [76%, para ser exato]; uma onda incontrolável de crime mantém as pessoas trancadas em casa à noite; consumidores têm que permanecer na fila por horas para comprar comida; bebês morrem em grande número por falta de remédios simples e baratos e de equipamento nos hospitais, assim como os mais velhos e os que sofrem de doenças crônicas."

Até a esquerda "chavista" (a do Chávez original, não a de seu sucessor desastrado) critica o governo e duvida de sua alegação que trava uma "guerra econômica" e acena com uma invasão que só ele vê.

Escrevem para o sítio "Aporrea", em que essa esquerda se expressa, Toby Valderrama e Antonio Aponte: "Outra vez, o governo fala de guerra, de invasões, de perigos estrangeiros, comportando-se como a criança que fez estragos na cozinha e acusa a irmã, a empregada (...). Que estranho esse governo que nunca se equivoca, não retifica nada, ao contrário, reafirma os decretos e condutas que todos veem que não funcionaram."

Só o referendo revogatório daria aos venezuelanos a chance de escolher um novo governo capaz de tentar condutas que, de repente, funcionem. Mas só a pressão externa permitiria, eventualmente, que ele se torne realidade.
Herculano
19/05/2016 10:05
DESAPARELHANDO O GOVERNO, editorial do jornal O Estado de S. Paulo

Aos poucos, o governo do presidente em exercício Michel Temer está tentando reverter o gigantesco aparelhamento da máquina do Estado realizado pelo PT ao longo de mais de uma década. As demissões já ultrapassam a casa das centenas, o que dá uma pálida ideia da abrangência do assalto petista ao poder.

Nem é preciso dizer que essas medidas saneadoras foram recebidas pelos simpatizantes do PT como uma afronta - e a máquina de propaganda petista, ainda muito afiada, está empenhada em transformar a faxina promovida por Temer em um atentado à "cultura" e aos "direitos sociais", justamente as áreas cuja administração foi a mais aparelhada pelo partido ?" e assim, não à toa, se prestam à marquetagem fraudulenta que faz do PT o proprietário das classes pobres do País.

O escândalo que alguns artistas estão fazendo para desqualificar Temer inclusive no exterior, para ficar somente neste exemplo embaraçoso, mostra bem a dificuldade que o presidente em exercício terá para retirar a administração pública de vez da órbita do PT e de seus simpatizantes e devolvê-la ao conjunto dos brasileiros.

A claque petista fez muito barulho com a decisão de Temer de fundir o Ministério da Cultura com o Ministério da Educação, rebaixando aquela pasta à categoria de Secretaria. Do ponto de vista da imagem política, foi um desastre que poderia ter sido evitado, pois alimenta a acusação de que Temer estaria interessado em retaliar a chamada "classe artística" porque esta se alinhou à presidente Dilma Rousseff e fez campanha contra o impeachment.

No entanto, noves fora o fato de que não existe essa tal "classe artística", a não ser na cabeça de quem não consegue enxergar a sociedade como um conjunto de indivíduos, e sim como uma reunião de corporações com vocação estatal, a decisão de Temer foi essencialmente correta, porque a pasta da Cultura foi transformada pelo PT em um de seus principais feudos, espécie de ponta de lança da construção da imagem do partido como o único capaz de interpretar as aspirações nacionais.

A grande prova de que o Ministério da Cultura era apenas uma espécie de departamento de agitação e propaganda do PT foi dada quando funcionários da pasta receberam o novo ministro da Educação, Mendonça Filho, aos gritos de "golpista" e de "golpe não, cultura sim". A limpeza promovida por Temer é portanto uma consequência natural da constatação de que a Cultura não estava a serviço do Brasil, mas de um partido político.

O mesmo se deu no caso da Empresa Brasil de Comunicação (EBC). Criada no governo de Luiz Inácio Lula da Silva, a EBC deveria servir como uma "instituição da democracia brasileira: pública, inclusiva, plural e cidadã", como se lê em sua carta de intenções. Mas acabou se transformando em braço do lulopetismo. A necessidade do governo Temer de desaparelhar a EBC ficou evidente quando Dilma, às vésperas de ser afastada da Presidência, nomeou para presidir a empresa o jornalista Ricardo Melo, na certeza de que este seria aliado firme do PT na guerrilha comunicacional contra o governo interino. Temer exonerou Melo, que entrará na Justiça sob a alegação de que seu mandato não podia ser interrompido.

A luta contra a contaminação petista envolve muitas outras áreas do governo. Temer achou por bem, por exemplo, exonerar da presidência do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) o sociólogo Jessé de Souza. Na chefia de um órgão responsável por pesquisas que ajudam a balizar importantes decisões de governo, Jessé havia dito que o impeachment era uma "mentira das elites" e que a crise econômica "foi produzida politicamente" por empresários.

Isso é só o começo. É muito provável que Temer tenha de ir ainda mais fundo se quiser extirpar o lulopetismo entranhado na administração federal. E ele tem de estar preparado para encarar o esperneio daqueles que, depois de apoiar de corpo e alma um projeto de poder que julgavam eterno, estão muito perto de perder a preciosa boquinha.
RABINHO ENTRE AS PERNAS
19/05/2016 09:42
RABINHO ENTRE AS PERNAS
Então Herculano, como foi na Camara de Ilhota ontem? Queremos noticias! Já cassaram o prefeito? O que ele roubou? Kkkkk humorista você!!!!
Ao Almir Ilhota,
Daniel se escondendo? Ele não deve, ele não roubou, como que vocês sabem ou não que o oficial de justiça estava procurando ele? Falaram com o oficial de justiça? Voces não se cansam de mentir? Enganar o povo como faziam na gestao passada? Ainda continuam fazendo! Daniel Bosi sempre esta na prefeitura trabalhando pelo povo, ou quando não esta, esta atrás de recursos e melhorias para o município. Me faz rir o tamanho ódio de vocês com Daniel Bosi, dizendo que esta na depressão, etc e tals. Daniel esta é muito feliz, vai concluir diversas obras, inclusive a Ponte e sabe que vai ser REELEITO, então o único desespero é o de vocês, pois só resta mentir para tentar enganar alguns desinformados. Quem está sumido é o ex prefeito depois que perdeu o trono, vai sumir mais ainda depois que sair a sentença final da sua condenação dos 4,5 milhões hehehe
O juiz deu um pau nos vereadores, dizendo que não cabe a eles julgarem o atraso no envio de documentações, já existe um órgão especifico do governo para isso!
Só para lembrar, VOCES SÃO OS MAIORES MENTIROSOS DA NOSSA CIDADE , DISSERAM QUE DANIEL SERIA CASSADO ATÉ O DIA 27/05/2016 KKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKK UM CONSELHO, MELHOR P?"R O RABINHO ENTRE AS PERNAS E CHORAR LARGADO!!!
Herculano
19/05/2016 07:24
O QUE O FUTURO RESERVA A LULA, por Ricardo Noblat, de O Globo

A condenação do ex-ministro da Casa Civil José Dirceu a 23 anos e três meses de prisão pelos crimes de corrupção passiva, participação em organização criminosa e lavagem de dinheiro, não surpreendeu quem acompanha de perto os desdobramentos da Lava-Jato. Tampouco o rigor da pena que equivale a uma espécie de prisão perpétua, a levar-se em conta a idade avançada de Dirceu (70 anos).

Foi a maior pena aplicada a um réu em uma única ação desde o início das investigações Lava-Jato.

De fato, a sentença lavrada pelo juiz Sérgio Moro chamou a atenção pelo o que diz em dois momentos. O primeiro:

- Não entendo, como argumentou o Ministério Público Federal, que o condenado dirigia a ação dos demais políticos desonestos, não estando claro de quem era a liderança.

O segundo:

- [Não reconheço o ex-ministro] como comandante do grupo criminoso, pelo menos considerando-o em toda a sua integralidade (empresários, intermediários, agentes públicos e políticos).

Terá havido um poderoso chefão ou mais de um chefe da roubalheira praticada na Petrobras por malfeitores? É a caça dele - ou deles - que está Moro. E também o Procurador Geral da República, Rodrigo Janot.

Na denúncia contra Lula apresentada ao Supremo Tribunal Federal no início de maio, Janot afirma que ele teve "papel central" na trama para tentar barrar a Lava Jato e a delação premiada do ex-diretor da Petrobrás Nestor Cerveró.

O procurador conclui que Lula "impediu e/ou embaraçou investigação criminal que envolve organização criminosa, ocupando papel central, determinando e dirigindo a atividade criminosa praticada por Delcídio do Amaral, André Santos Esteves, Edson de Siqueira Ribeiro, Diogo Ferreira Rodrigues e José Carlos Bumlai".

O cerco a Lula só faz estreitar-se. Ele é alvo de quase uma dezena de investigações, incluindo-se as levadas a cabo pelo Ministério Público de São Paulo. Ou Lula acabará preso por um ou mais crimes, ou inocentado das suspeitas que, hoje, o perseguem.

Se preso, sua carreira política chegará ao fim. Se inocentado, será forte candidato a presidente da República daqui a dois anos. Sua idoneidade, afinal, terá sido atestada em todas as instâncias da Justiça.
Herculano
19/05/2016 07:19
AMANHÃ É DIA DE COLUNA OLHANDO A MARÉ INÉDITA

Ela é acompanha a edição impressa do mais antigo, o de maior circulação e credibilidade, jornal Cruzeiro do Vale.
Herculano
19/05/2016 07:03
JOGO ABERTO DE SERRA, por Mathias Spektor, professor de relações internacionais, para o jornal Folha de S. Paulo

Vem aí a mais intensa inflexão de política externa dos últimos anos. Na tarde desta quarta (18), Serra deu o pontapé inicial. O novo chanceler prometeu uma guinada decididamente anti-PT. Para além disso, porém, o destino da diplomacia deste governo permanece incerto.

O motivo é simples: não é fácil embicar a política externa para a direita. Quando o tema é a política por trás da diplomacia brasileira, a clivagem central não se dá entre esquerda e direita, mas entre nacionalismo conservador e cosmopolitismo progressista. E aqui, o quadro se complica. Ambas as vertentes têm adeptos à esquerda e à direita.

O nacionalismo conservador encontra expressão nos partidos nanicos do baixo clero, no DEM, em grupos do PMDB, do PSDB e até mesmo em setores influentes do PT. Essa é a turma mercantilista em temas comerciais e ufanista nos valores. É quem prefere menos compromissos internacionais e mais protecionismo. É quem luta contra qualquer tipo de norma internacional capaz de limitar a autonomia do governo de plantão. É quem vê nas potências estrangeiras um interesse constante em manter o Brasil enquistado em seu atraso.

O cosmopolitismo progressista também tem expoentes no petismo, mas tem mais força no PV, no PSOL e, à direita, em boa parte do tucanato. Aqui a concepção de mundo é internacionalista: as relações exteriores são concebidas como instrumento para combater o próprio atraso e o que resta de entulho autoritário. A prioridade desta turma é adequar o Brasil às principais normas internacionais de cunho modernizante, mesmo quando tais compromissos limitam a autonomia dos governantes.

Assim como seus antecessores, Serra irá conduzir sua política externa no espaço contido entre o polo do nacionalismo conservador e o polo do cosmopolitismo progressista. Ele ainda não disse para onde vai apontar sua mira.

Serra poderá embarcar em negociações comerciais de olho nos interesses protecionistas mais influentes em Brasília ou de olho nos interesses difusos da maioria mais pobre do eleitorado.

Ele poderá descartar compromissos internacionais na área de combate à corrupção para não jogar mais lenha na fogueira da Lava Jato ou fazer desses compromissos uma alavanca para reformar a relação entre Estado e empresa privada no país.

Serra poderá embarcar na diplomacia da "guerra às drogas" seguindo o modelo da Polícia Militar de São Paulo ou adotar uma diplomacia antitráfico calcada na experiência recente de governos de direita na Europa e na América Latina.

O fato de este governo ser de direita não predetermina a política externa. O jogo acaba de começar e está totalmente aberto.
Herculano
19/05/2016 06:58
MINISTÉRIO NÃO IMPORTA, ELES S?" QUEREM AS VERBAS, por Cláudio Humberto, na coluna que publicou hoje nos jornais brasileiros

Ocupantes de sinecuras no ex-Ministério da Cultura, que controlam a liberação de verbas para "projetos culturais", têm levado os artistas e intelectuais que frequentam seus guichês ao vexame de protestar pela preservação de boquinhas extintas com a incorporação do Minc pelo MEC. "Donos" de cargos-chave na Ancine, que "incentiva" a produção de filmes com dinheiro do contribuinte, orientaram cineastas a difundir a lorota de "golpe" nos recentes festivais de cinema de Lisboa e Cannes.

SINECURA NÃO É CULTURA
Alguns artistas exageraram, falando em "fim da cultura", mas o objetivo do alarido é manter nos cargos-chave os amigos que controlam verbas.

CULTURA DA BUROCRACIA
Têm algo em comum os países de produção cultural exuberante, com maior número de Nobel e Oscar: neles não há Ministério da Cultura.

DIZ AÍ, 'É GOLPE'
A fusão do Ministério da Cultura ao MEC oferece mais um pretexto que poupa os petistas de explicar a ladroagem nos governos Lula e Dilma.

EXPRESSÃO MÁGICA
Para não explicar no boteco, na escola ou no exterior os milhões nas contas de Lula & filhos, roubo à Petrobras etc, apregoam: "é golpe".

DEPRESSÃO DE LULA CONTAMINA PARCEIROS PETISTAS
A depressão do ex-presidente Lula parece haver contaminado a militância do PT e Dilma Rousseff. Nas rodas petistas, a avaliação é que a situação de Lula demonstra que eles consideram irreversível o afastamento da presidente. Além disso, há cada vez mais petistas acreditando que o partido deve passar por um processo de refundação, incluindo até mudança de nome, assim como o PFL mudou para DEM.

SOB SIGILO
Como a saúde de Lula, a mudança de nome, defendida por petistas envergonhados como Tarso Genro, é tratada sob "sete chaves" no PT.

BAIXO CLERO
O drama do PT é que não há tempo para mudar muito a eleição municipal de 2016, quando se prevê um desempenho pífio do partido.

PASSAPORTE
Os petistas dizem que Lula anda preocupado apenas com a Lava Jato. Ele acredita que tem passaporte garantido para a cadeia.

VAI CUSTAR CARO
O presidente do Senado deve preparar o bolso para a rebordosa. Ação do advogado paulista Júlio Casarin na Justiça Federal pede que Renan Calheiros devolva aos cofres públicos o custo das regalias que ele deu a Dilma às nossas custas: palácio, carros, aviões, seguranças, etc.

GREGORI NA SUSEP
O empresário André Gregori, ex-BTG Pactual, é cotadíssimo para a Superintendência de Seguros Privados. Ele defende uma agenda mais intensa do seguro na área de infraestrutura e mercado de capitais.

MÃO NA RODA
O "convite" forçado do presidente Michel Temer para a Liderança do Governo na Câmara pavimenta de uma vez a candidatura do deputado André Moura (PSC) a governador de Sergipe, em 2018.

CENA BRASILIENSE
Lula era presidente quando nomeou seu personal trainer para o lugar do saudoso Renato Pinheiro, que por décadas credenciava jornalistas, no Planalto. Nomeou também a mulher do gajo e ainda mandou dar ao casal, até hoje, um apartamento funcional na 302 Sul, em Brasília.

BALEIA NO SEAWORLD
Citado no escândalo das merendas, o futuro Líder do PMDB na Câmara, Baleia Rossi (SP) é feliz proprietário de uma bela casa, desde o fim do ano, em condomínio vip, na cidade de Orlando, Flórida.

S?" NO BRASIL
Renan Calheiros autorizou Dilma a levar 35 assessores para o Palácio da Alvorada, às custas do contribuinte, neste período de ócio remunerado da presidente investigada por crime de responsabilidade.

S?" FALTA P?"R A LONA
É tanta gente pedindo "quarentena" na Comissão de Ética Pública, para embolsar salário integral sem trabalhar, como estava combinado antes da queda de Dilma, que o grupo recebeu reforço de 5 auditores.

ERA 'BALÃO DE ENSAIO'
As supostas chances de o deputado Rogério Rosso (PSD-DF) virar Líder do Governo na Câmara eram apenas "plantação". Parlamentar de primeiro mandato e inexperiente, não poderia mesmo ganhar o posto.

QUEM DIRIA
A preservação das sinecuras do ex-Ministério da Cultura, que tanto mobiliza "artistas e intelectuais", agora tem padrinho: Renan Calheiros.
Herculano
19/05/2016 06:49
O AMIGO OCULTO DO PRESIDENTE, por Bernardo Mello Franco, para o jornal Folha de S. Paulo

Num discurso famoso, a presidente afastada disse que atrás de toda criança existe uma figura oculta, que é o cachorro. Nos últimos dias, os brasileiros estão percebendo que atrás do presidente interino existe outra figura, nem tão oculta. É o Eduardo Cunha.

Mesmo afastado da Câmara por decisão do Supremo, o correntista suíço está dando as cartas no governo de Michel Temer, seu velho aliado. Emplacou o advogado na Casa Civil. Emplacou um assessor na Secretaria de Governo. Emplacou um aliado como ministro dos Transportes.

Ajudou a emplacar outro advogado como ministro da Justiça. O escolhido vai comandar a Polícia Federal, que investiga políticos suspeitos de corrupção. Alguém pensou em conflito de interesses?

Agora Cunha deu a demonstração definitiva da ascendência sobre Temer. Emplacou André Moura, o mais fiel de seus escudeiros, como líder do governo na Câmara. Ele terá carta branca para negociar e dar entrevistas em nome do presidente.

Investigado na Lava Jato, Moura tem um prontuário de dar inveja ao padrinho. É réu em três ações penais no Supremo, sob acusação de desviar verba. Responde a mais três inquéritos, um deles por tentativa de homicídio. Foi condenado por improbidade após torrar dinheiro público para promover um churrasco.

Filiado ao nanico PSC, o deputado gosta de ser chamado de André Cunha, tamanha a intimidade com o chefe. O petista Paulo Teixeira o batizou com outro apelido: "lambe-botas". As botas de Cunha, é claro.

A escolha indignou até deputados que apoiaram o impeachment. Jarbas Vasconcelos, do PMDB, definiu a nomeação como "um escárnio".

Ao promover o pau-mandado, Temer se apresenta ao país como um refém de Cunha. Se ele pretende terceirizar o governo ao correntista suíço, deveria entregar logo as chaves do palácio. Questionado sobre os processos, Moura disse não ter "nada a temer". É verdade. Nós é que temos.
Herculano
19/05/2016 06:44
da série, o verdadeiro golpe: quebrar o Brasil e arrastar os brasileiros para a miséria

GEDDEL: DILMA DEIXOU ROMBO DE R$ 200 BILHOES, por Josias de Souza

Parte 1

O ministro Geddel Vieira Lima (Secretaria de Governo) informou que a herança do governo Dilma Rousseff inclui um rombo orçamentário de cerca de R$ 200 bilhões. "É um número absolutamente assustador", disse Geddel em entrevista exclusiva ao colunista na noite desta quarta-feira (18). A gestão petista estimara para 2016 um déficit de R$ 96 bilhões. "Não corresponde à realidade", disse o ministro.

"O governo atual terá muitas dificuldades e terá que pedir muitos sacrifícios para controlar e levar o país numa situação melhor até 2018", acrescentou Geddel. Os apoiadores do governo no Congresso limpam a pauta de votações à espera do projeto de revisão da meta fiscal que o Planalto enviará na próxima semana. O prazo para votar a proposta expira no domingo (29).

Segundo Geddel, o governo realiza um inventário do legado de Dilma. Afora o déficit vitaminado, ele mencionou algumas irregularidades já detectadas. Disse, por exemplo, que o PT explorava politicamente a distribuição de chaves do programa Minha Casa, Minha Vida, sob a responsabilidade do Ministério das Cidades. Mencionou também a existência de funcionários fantasmas na Secretaria de Governo, que era comandada pelo petista Ricardo Berzoini antes da sua chegada.

"O PT estava aqui, na Secretaria, utilizando-se de cerca de mil cargos para aparelhar a sua militância política". Esses militantes não trabalhavam?, indagou o repórter. E Geddel: "Não trabalhavam. Estamos trabalhando na identificação desses processos." O auxiliar de Temer não chama a herança de Dilma de maldita porque "não seria original". Prefere dizer que "é uma herança de graves consequências para o país."

Após a conclusão do levantamento, Michel Temer pretende revelar os dados num pronunciamento em rede nacional ou em entrevistas. Geddel afirma que o trabalho é dificultado pela ausência de informações nos arquivos oficiais. "Todos estão absolutamente abismados com as notícias que estão recebendo desse inventário, que está sendo feito apesar de todas as dificuldades, de não terem deixado dados, de não terem feito transição, de não terem deixado nada registrado em computadores. Uma coisa que eu chamaria de impatriótica."

Perguntou-se ao ministro se houve o sumiço deliberado de dados. "Eu tenho que ter cautela para lhe dizer isso, mas as notícias que nós estamos tendo nesse primeiro momento são muito ruins", respondeu Geddel. Referindo-se à sua pasta, ele afirmou: "Não ficou registro absolutamente de nada - do pagamento de emendas [de parlamentares], da transferência de recursos? Tanto que nós estamos pedindo aos ministros que suspendam pagamentos e empenhos feitos nos últimos dias, para que possamos revisitá-los."

Geddel acrescentou: "Há uma série inacreditável de atos e nomeações, de coisas absolutamente desprovidas de senso de responsabilidade que foram praticadas nas últimas duas semanas. Estamos examinando aquilo que não se transformou num ato jurídico perfeito ainda, para eventualmente cancelá-los, para que a máquina governamental volte a andar com um mínimo de transparência, [?] não tão aparelhada como vinha sendo."

da série, o verdadeiro golpe: quebrar o Brasil e arrastar os brasileiros para a miséria
Herculano
19/05/2016 06:43
GEDDEL: DILMA DEIXOU ROMBO DE R$ 200 BILHOES, por Josias de Souza

Parte 2

Instado a comentar a situação precária do presidente interino da Câmara, Waldir Maranhão (PP-MA), Geddel disse que não há nada que o governo possa fazer. "Não há vacância de cargo, não há instrumento nem legitimidade para que ele deixe de ser o vice-presidente da Câmara. A vida como ela é. O meu papel é fazer as votações acontecerem. E nós vamos fazer da forma que seja possível, não, talvez, da forma ideal."

Sobre o movimento liderado por DEM, PPS e PSB para substituir Maranhão, Geddel adota um tom pragmático: "Sou um homem experimentado. Existe um discurso, é natural. E existe uma prática. A prática não permite que eu tome uma atitude que não seja construir através do diálogo uma saída para que o governo possa ter seus projetos tramitando na Câmara com rapidez e que a sociedade tenha resultados. Eu não tenho direito, como homem de governo, de ficar fazendo discurso. Eu tenho que apresentar resultados à sociedade. Essa é a orientação que eu tenho do presidente Temer."

Geddel falou também sobre a escolha do deputado André Moura (PSC-SE) para desempenhar as funções de líder do governo na Câmara. Reconheceu que o governo cogitou outro nome para a função: Rodrigo Maia (DEM-RJ). Mas disse que Temer optou por Moura porque ele atraiu o apoio de um expressivo grupo de partidos. Recordou-se ao ministro que Moura responde a oito processo no STF. É réu em três ações penais nas quais é acusado de desviar verbas públicas. Investiagam-no também na Lava Jato. Até uma acusação de tentativa de homicídio pesa sobre os ombros do novo líder.

Geddel não pareceu incomodado: "Ele é um deputado, está no exercício do mandato. Não houve nenhuma suspensão dos seus direitos políticos. E quanto eu digo a vida como ela é, é porque nós precisamos aprovar matérias na Câmara. Matérias que são urgentes e são exigidas pela sociedade brasileira. Se você tem dez, 15 líderes que dão sustentação ao governo apoiando um parlamentar para liderá-los, evidentemente que, ainda que haja todos esses senões que você coloca, nós temos que levar em conta aquilo que é o interesse mais imediato do país?"
Herculano
19/05/2016 06:30
CULTURA POLÍTICA, por José Henrique Mariante, para o jornal Folha de S. Paulo

Estava claro que Michel Temer teria de equilibrar vários pratos neste início de interinidade e que uns seriam mais pesados que outros. Nenhuma novidade para quem já foi três vezes presidente da Câmara e lidera um partido como o PMDB. O que não estava no roteiro era a gritaria dos que ficaram no limbo por soarem dispensáveis ao jogo político.

Para além de idas e vindas, o governo Temer se depara nesta semana com um motim do universo cultural brasileiro. Artistas, produtores, aproveitadores de boquinhas e gente que está lá para ideologizar a questão, como todas serão a partir de agora, ocupam sedes da Funarte e protestam por diversos meios.

Mulheres, antes obliteradas, recusaram sistematicamente a secretaria criada para cumprir as funções da pasta. Marieta Severo discutiu se era válido negociar com um governo "ilegítimo"; Zé Celso bateu boca com os "ladrões evangélicos" e por aí vai... até Cannes, onde Kleber Mendonça Filho apresentou seu "Aquarius" e o "coup d'etat".

O corte de ministérios foi um jeito de Temer mostrar ao país que o governo está sob nova direção. A questão é em qual direção. Foi enfático, urgente ao submeter a Previdência à Fazenda de Henrique Meirelles. Optou pela "governabilidade", essa palavra de amplo significado na política nacional, ao manter pastas de histórica condução fisiológica, como Turismo e Esporte.

Não sei quem teve a ideia de extinguir o MinC nem discuto aqui sua eficiência, mas foi uma tolice sem tamanho subestimar a reação de um setor por natureza corporativista, politizado e com várias entradas na sociedade. Ou não, foi caso pensado, passar o recado de que o novo governo não permitirá o entulho petista nem coletivos nem nada.

Em qualquer dos casos, durma-se com um barulho desses: fim de semana tem Virada Cultural em São Paulo e um brasileiro de esquerda entre os favoritos à Palma de Ouro
Almir ILHOTA
19/05/2016 06:27
HERCULANO

Quando você coloca que nossa prefeito Daniel Cristian Bosi, esta escondido do oficial de justiça, para não ser intimado a prestar esclarecimentos dos seus desmandos, para posteriormente alegar falta de oportunidade da ampla defesa, quero salientar que não é só do oficial de justiça que ele anda se escondendo, por exemplo, está se escondendo de seus eleitores, da sociedade que nunca o vê, do trabalho, pois nunca esta na prefeitura, se escondendo do governo, pois todos mandam, se escondendo da vida, e pelo jeito deve estar na mais profunda depressão, pois teme em perder seu mandato, porque pelo que aparenta a coisa está muito feia em nossa querida ILHOTA. E quando perder seu mandato, ou a próxima eleição, certamente se mudará de nossa cidade, pois pra quem anda escondido agora com um mandato de prefeito na mão imagina a hora que perder o TRONO.
Herculano
18/05/2016 19:39
COM A DEDETIZAÇÃO DA ESGOTOSFERA, REAPARECEU A ESPÉCIE CONSIDERADA EXTINTA DESDE 2003: O PETISTA DESEMPREGADO, por Augusto Nunes, de Veja

As trocas de comando na Secom e na EBC começam a provocar estragos de bom tamanho no Programa Desemprego Zero para a Companheirada.

A nova direção da Secretaria de Comunicação Social (Secom) já fechou as comportas das represas de publicidade oficial que nos últimos 13 matou com jorros de dinheiro a sede dos blogueiros estatizados. A vida mansa acabou. A esgotosfera vai ter de repartir as fontes que sobraram, como as prefeituras de São Paulo e de Maricá. As mesadas garantidas por Fernando Haddad e Washington Quaquá sustentam até sabujos escondidos no exterior.

A troca de comando na Empresa Brasil de Comunicação avisa que chegou ao fim a farra na TV Brasil e em outros galhos administrativos transformados em imensos cabides de emprego. As duas medidas já provocaram estragos de bom tamanho no Programa Desemprego Zero para a Companheirada. Ainda falta muita coisa. Um exemplo entre tantos: falta um rigoroso pente fino nos contratos com sites e blogs arrendados que sangraram a Petrobras, o Banco do Brasil e a Caixa Econômica.

Embora em seu começo, a drenagem desse pântano da vassalagem vai produzindo saudáveis mudanças na paisagem. Uma delas: já podem ser vistos por aí exemplares de uma espécie considerada extinta desde 2003. Depois de tanto tempo sumido, como a ararinha-azul e o mico-leão dourado, o petista desempregado reapareceu.
Herculano
18/05/2016 19:34
O PT É UM BOM FISCAL MAS NA ADMINISTRAÇÃO DOS OUTROS

A manchete do portal Cruzeiro do Vale "Câmara instaura CPI para investigar vice-prefeito de Blumenau" tem várias leituras.

A primeira e principal é que estamos num ano eleitoral nos municípios.

Segundo: quem foi atrás disso foi o PT, com Jeferson Forest, genro de Décio Neri de Lima, que manda no PT daqui, que cansou de perder em Blumenau e está indo para Itajaí.

Terceiro: Jovino sempre teve voo próprio, nunca deu muita bola para partido e se liga nas igrejas evangélicas, joga, arrisca e por conta disso fica exposto.

Quarto: a voz mansa dele e o senso de composição escondem muitas dúvidas. Foi ele que inchou a Câmara de Blumenau e que abriu os olhos do Ministério Público, foi ele como presidente que alugou o atual imóvel onde está a Câmara, e é um lobista regional por crematórios, cemitérios e até lixo.

Quinto. Hoje o vice-prefeito de Blumenau está no PSD de Jean Jackson Kuhlmann, Ismael dos Santos, João Paulo Kleinubing de lá, da mesma cepa de Marcelo de Souza Bric daqui ou de Daniel Christian Bosi, de Ilhota.
Sidnei Luis Reinert
18/05/2016 18:36
Dilma é escandalosamente desonesta

Brasil 18.05.16 10:00
Em quatro meses, Dilma Rousseff torrou a verba publicitária do ano todo.

Diz Lauro Jardim:

"De janeiro até a quinta-feira da semana passada, o governo Dilma gastou toda a verba de publicidade da Secom prevista para 2016 ?" R$ 152 milhões.

Michel Temer encontrou os cofres vazios.

A Secom de Temer agora vai analisar se alguns gastos podem ser cancelados."

Trata-se de um escândalo monumental.

Para se salvar do impeachment, Dilma Rousseff queimou esses 152 milhões de reais como se fossem seus, tentando comprar o apoio de eleitores e da imprensa.

Os gastos com publicidade devem ser cancelados, claro. Mas é preciso também processar Dilma Rousseff.

http://www.oantagonista.com/posts/dilma-e-escandalosamente-desonesta?platform=hootsuite
Mardição
18/05/2016 15:26
O PMDB de gaspar diz ser diferente do PMDB nacional.
Agora que Michel Temer assumiu vão continuar sendo diferentes?
Quanta palhaçada.
Herculano
18/05/2016 15:23
REINCIDÊNCIA FAZ DE DIRCEU UM MÁRTIR DO CINISMO, por Josias de Souza

Ao condenar José Dirceu a 23 anos e 3 meses de cadeia, nesta quarta-feira (18), o doutor Sérgio Moro transformou em pó a análise de conjuntura que o diretório do PT aprovara horas antes. Na sentença do juiz da Lava Jato, Dirceu não é o "herói do povo brasileiro" retratado no grito de guerra da militância, mas um criminoso reincidente. Ainda assim, o documento do PT refere-se à Lava Jato como uma operação "golpista".

"A Operação Lava Jato desempenha papel crucial na escalada golpista", anotou o PT na sua análise de conjuntura. "Alicerçada sobre justo sentimento anticorrupção do povo brasileiro, configurou-se paulatinamente em instrumento político para a guerra de desgaste contra dirigentes e governantes petistas, atuando de forma cada vez mais seletiva quanto a seus alvos, além de marcada por violações ao Estado Democrático de Direito."

Preso em Curitiba desde agosto de 2015, Dirceu foi sentenciado por ter recebido pixulecos que somam R$ 15 milhões. Dinheiro roubado da Petrobras. O juiz espantou-se com a desfaçatez exibida pelo personagem em sua reincidência.

Para Moro, "o mais perturbador em relação a José Dirceu consiste no fato de que recebeu propina inclusive enquanto estava sendo julgada pelo plenário do Supremo Tribunal Federal a Ação Penal 470 [caso do mensalão], havendo registro de recebimentos pelo menos até 13 de novembro de 2013. Nem o julgamento condenatório pela mais Alta Corte do país representou fator inibidor da reiteração criminosa, embora em outro esquema ilícito."

No seu documento, o PT se absteve de fazer uma defesa aberta de Dirceu. Preferiu nem mencionar os nomes dos seus mártires. Conforme já comentado aqui, o texto apenas lamentou que o partido tenha adquirido o hábito da corrupção por contágio, como quem pega uma gripe: "?Fomos contaminados pelo financiamento empresarial de campanhas, estrutura celular de como as classes dominantes se articulam com o Estado, formando suas próprias bancadas corporativas e controlando governos."

No caso de Dirceu, a "contaminação" reforçou o patrimônio pessoal do condenado, não as arcas eleitorais da legenda. O companheiro conspurcou os fins e apropriou-se dos meios. Na juventude, sonhou ser uma espécie de Che Guevara brasileiro. Mas, que diabos, além do país Dirceu precisava reformar a mansão de Vinhedo.

Mas nem tudo está perdido. Apesar da sentença de Sérgio Moro, o documento do PT revela uma ótima notícia: não houve nenhum aumento no nível de cinismo do PT. Continua nos mesmos 100%. Com a vantagem de que Dirceu consolidou-se como mártir desse cinismo.
Sidnei Luis Reinert
18/05/2016 13:20
Marcelo Brick e o Giovano Borges se abraçaram ao PC do B?

De Paulo Filippus:
11 h ? Gaspar ?
ESTÃO ATACANDO A MINHA EMPRESA, ISSO É COISA DE BANDIDO!
Após eu divulgar aqui o acordo do vereador Marcelo Brick (PSD) e do Giovano Borges (PSB), pessoas que defendem eles na internet começaram a atacar a página da minha empresa na internet. Classificando ela como péssima e deixando depoimentos mentirosos a respeito (conforme imagem). Sem nunca terem feito serviços conosco. Tive que desativar o mecanismo.
É esse tipo de gente que quer administrar Gaspar? Tenho todas as fotos dos seus comentários na página do MBL defendendo esses políticos. Vou descobrir a verdadeira identidade de um por um de vocês, e processar todos!

https://www.facebook.com/paulofilippus?fref=ts
Sidnei Luis Reinert
18/05/2016 13:18
EXTINÇÃO AOS PARTIDOS COMUNISTAS DO BRASIL
Parte I

Os partidos políticos comunistas do BRASIL e seus integrantes devem ser extintos da política, pois os mesmos afrontam a constituição federal por estarem COM ORGANIZAÇÃO PARAMILITAR( EXÉRCITO DE STÉDILE) e subordinados a entidades ou governos estrangeiros como por exemplo o Foro de São `Paulo.
Brasil
1. Partido Democrático Trabalhista ?" www.pdt.org.br
2. Partido Comunista del Brasil ?" www.pcdob.org.br
3. Partido Comunista Brasileiro ?" www.pcb.org.br
4. Partido Patria Libre ?" www.partidopatrialivre.org.br
5. Partido Popular Socialista ?" www.pps.org.br
6. Partido Socialista Brasileiro ?" www.psb.org.br
7. Partido de los Trabajadores ?" www.pt.org.br
Mas o que é o Foro de São Paulo?
http://veja.abril.com.br/blog/felipe-moura-brasil/america-latina/conheca-o-foro-de-sao-paulo-o-maior-inimigo-do-brasil/

Vejam o site do Foro de São Paulo seus filiados no Brasil e no mundo comprovando que os comunistas do Brasil estão subordinados a entidades ou governos estrangeiros:
http://forodesaopaulo.org/partidos/
Sidnei Luis Reinert
18/05/2016 13:17
EXTINÇÃO AOS PARTIDOS COMUNISTAS DO BRASIL
Parte 2

Mas o que diz a constituição brasileira para o fato de poder extinguir os partidos comunistas do FORO DE SÃO PAULO (fundado pelas FARC, LULA , FIDEL CASTRO, Frei Betto e Emir Sader), no Brasil?

Art. 5º A ação do partido tem caráter nacional e é exercida de acordo com seu estatuto e programa, sem subordinação a entidades ou governos estrangeiros.

Art. 6º É vedado ao partido político ministrar instrução militar ou paramilitar, utilizar-se de organização da mesma natureza e adotar uniforme para seus membros.

CAPÍTULO VI
Da Fusão, Incorporação e Extinção dos Partidos Políticos

Art. 27. Fica cancelado, junto ao Ofício Civil e ao Tribunal Superior Eleitoral, o registro do partido que, na forma de seu estatuto, se dissolva, se incorpore ou venha a se fundir a outro.

Art. 28. O Tribunal Superior Eleitoral, após trânsito em julgado de decisão, determina o cancelamento do registro civil e do estatuto do partido contra o qual fique provado:

I - ter recebido ou estar recebendo recursos financeiros de procedência estrangeira;

II - estar subordinado a entidade ou governo estrangeiros;

III - não ter prestado, nos termos desta Lei, as devidas contas à Justiça Eleitoral;

IV - que mantém organização paramilitar.

JUNTADOS ESTES FATOS, PEÇAMOS EM MASSA NAS REDES SOCIAIS A EXTINÇÃO DOS PARTIDOS COMUNISTAS DO FORO DE SÃO PAULO PELO BEM DA HUMANIDADE.
Herculano
18/05/2016 11:50
LULA COLOCA AS BARBAS DE MOLHO. MENTOR DO PT E DA ESQUERDA BRASILEIRA VAI MOFAR NA CADEIA SE PREVALECER A SUA MAIS NOVA PENA. JOSÉ DIRCEU ACABA DE SER JULGADO E CONDENADO A 23 ANOS NO PETROLÃO PELO JUIZ SÉRGIO MORO

Conteúdos do jornal O Estado de S. Paulo e do Uol (Folha de S. Paulo). O ex-ministro-chefe da Casa Civil José Dirceu foi condenado a 23 anos e três meses de prisão em regime fechado pelos crimes de corrupção passiva, pertinência (participação) à organização criminosa e lavagem de dinheiro por seu envolvimento no esquema investigado pela Operação Lava Jato. A sentença do juiz federal Sérgio Moro foi divulgada na manhã desta quarta-feira (18). Foram condenadas ainda outras 14 pessoas, incluindo o ex-tesoureiro do PT João Vaccari Neto.

Dirceu, que também já havia sido julgado por seu envolvimento no esquema do mensalão, foi condenado pelo recebimento de propina paga pela empreiteira Engevix e por dissimulação e ocultação de bens provenientes do pagamento de propina. Desde o início do processo, a defesa de Dirceu nega as irregularidades atribuídas a ele.

A primeira condenação de Dirceu na Lava Jato trata do pagamento de R$ 56,8 milhões em propinas pela empreiteira Engevix, integrante do cartel de empresas que, em conluio com políticos, fatiava obras na Petrobras. O montante é referente a 0,5% e 1% de cada contrato e aditivo da empresa em obras da Unidade de Tratamento de Gás de Cacimbas, na refinaria Presidente Bernardes, na refinaria Presidente Getúlio Vargas e na refinaria Landulpho Alves.

De acordo com a sentença de Moro, Dirceu recebeu um total de aproximadamente R$ 15 milhões em propinas. "Parte dela (propina), cerca de um terço, no montante de cerca de quinze milhões de reais foi destinada, entre 2007 a 2013, ao grupo político dirigido por José Dirceu de Oliveira e Silva em decorrência do apoio político que ele havia concedido para a indicação e permanência de Renato de Souza Duque no cargo de diretor da Petrobras", disse Moro em sua sentença.

Sérgio Moro chamou de "perturbador" o fato de que José Dirceu praticava crimes como lavagem de dinheiro durante o julgamento do mensalão, no qual também foi condenado.

"O mais perturbador, porém, em relação a José Dirceu de Oliveira e Silva consiste no fato de que praticou o crime inclusive enquanto estava sendo julgado pelo plenário do Supremo Tribunal Federal na Ação Penal 470, havendo registro de recebimento de propina até pelo menos 13/11/2013. Nem o julgamento condenatório pela mais alta corte do país representou fator inibidor da reiteração criminosa, embora em outro esquema ilícito", ressaltou o juiz Sérgio Moro.

Moro diz, contudo, que não acredita que Dirceu seja o "comandante" da organização criminosa investigada pela Operação Lava Jato. "Não reconheço José Dirceu de Oliveira e Silva como o comandante do grupo criminoso, pelo menos considerando-o em toda a sua integralidade (empresários, intermediários, agentes públicos e políticos)", afirmou Moro.

Outras condenações

Esta é a primeira condenação de Dirceu no âmbito da Operação Lava Jato. Ele está preso em Curitiba desde agosto de 2015. Ele cumpria prisão em regime domiciliar, decorrente da pena do mensalão, quando foi detido pela Polícia Federal acusado de envolvimento no caso Petrobras.

Além dele, foram condenadas outras 14 pessoas. O ex-tesoureiro do PT João Vaccari Neto também foi condenado no mesmo processo. Vaccari foi condenado a nove anos de reclusão e já tem outras condenações na Lava Jato.

Roberto 'Bob' Marques, ex-assessor de Dirceu, foi condenado a três anos de reclusão, mas a pena foi substituída por duas restritivas de direito: prestação de serviço à comunidade e prestação pecuniária.

Dirceu, o ex-diretor Renato Duque, o ex-gerente da Petrobras Pedro Barusco e o ex-tesoureiro Vaccari foram condenados pela prática de 31 atos de corrupção passiva.

Na manifestação da defesa entregue no processo, os advogados de Dirceu afirmam que não há provas para condená-lo. A reportagem do UOL ainda não conseguiu entrar em contato com a defesa de Dirceu nesta quarta-feira.

No mensalão, Dirceu foi condenado a 7 anos e 11 meses de prisão por corrupção ativa e absolvido do crime de formação de quadrilha.

Por seu papel de liderança no esquema, a força-tarefa ainda apresentará novas acusações formais que incluirão Dirceu - inclusive em áreas da Petrobras. Uma delas, ainda em fase de instrução de inquérito, é a frente sobre desvios em contratos da área de comunicação da estatal.

A decisão foi proferida em primeira instância e ainda cabe recurso.
Herculano
18/05/2016 11:35
O TAMANHO DA ENCRENCA, por Alexandre Schwartsman, economista, ex-diretor do Banco Central que um dia o PT tentou processá-lo por emitir opiniões públicas como economista e professor. Este artigo foi publicado hoje no jornal Folha de S. Paulo.

As contas públicas se encontram em estado grave, fruto de anos de descaso, e a solução para o problema envolve uma equação política complicada. Não está claro que o novo governo consiga resolvê-la, embora suas chances sejam bem melhores do que as da administração anterior.

Para dar uma ideia do tamanho da encrenca, no ano passado o governo federal gastou quase R$ 1,2 trilhão (é "trilhão" mesmo), quase um quinto de tudo o que foi produzido no país, o PIB, em 2015. O conjunto dos Estados gastou R$ 536 bilhões, quase um décimo do PIB.

Sem contar, portanto, os mais de 5.500 municípios, a despesa não financeira do setor público "comeu" pouco menos de 30% do PIB, montante que deve se manter aproximadamente constante em 2016. Muito gasto, mas pouco investimento, que, entre Estados e União, não passou de 2% do PIB, irrisório diante das necessidades do país.

Não é só o tamanho do gasto que preocupa; também seu ritmo de crescimento tem superado persistentemente o do produto. Entre 2012 e 2015, descontada a inflação, os gastos federais cresceram 5% ao ano, enquanto no caso dos Estados a expansão foi algo mais modesta, na casa de 2% ao ano. Já o PIB...

Essa dinâmica perversa se origina principalmente do dispêndio obrigatório do governo, que subiu 6% ao ano no caso do governo federal e 3% ao ano para o conjunto dos Estados. Os motivos são vários: regras de reajustes de Previdência e funcionalismo, ausência de idade mínima para aposentadoria, vinculações orçamentárias, limites mínimos para certas despesas, para mencionar apenas alguns.

Isto se traduz num Orçamento público no Brasil extraordinariamente amarrado. No caso federal, de cada R$ 100 de gasto, o governo pode dispor livremente de pouco menos de R$ 10; o resto é mandatório.

Boa parte disso resulta de disposições constitucionais, algumas datando ainda de 1988, outras de períodos mais recentes. De uma forma ou outra, contudo, significam que, sem mudança de regras, as despesas seguirão crescendo em ritmo superior ao do PIB, impossibilitando na prática qualquer ajuste fiscal e, portanto, o controle do endividamento público.

A conclusão inescapável é que a principal tarefa da nova administração envolve convencer o Congresso a mudar a Constituição para adequar o ritmo de crescimento das despesas à expansão do PIB, escapando da armadilha em que fomos colocados pela política econômica anterior.

No entanto, o que parece óbvio para nós, tecnocratas, envolve custos significativos para qualquer político, que certamente terá imensas dificuldades para explicar a seu eleitor ter apoiado medidas que postergaram seu acesso à aposentadoria ou que reduziram o montante de recursos direcionado à saúde ou à educação.

Houve, é bom que se diga, momentos em que o país conseguiu se mobilizar para levar adiante reformas significativas, esforço que se estendeu por vários mandatos, de Collor a Lula, e que foi imprudentemente negligenciado nos últimos dez anos.

Não é claro, porém, que a atual configuração das forças políticas se alinhe no sentido de avançar sobre esses temas; pelo contrário, o Brasil permanece dividido, se não hostil, à mensagem reformista. Apesar de bons nomes na equipe econômica, simplesmente não consigo ficar otimista com o que nos espera.
Herculano
18/05/2016 11:30
ENFIM, TEMOS GOVERNO, por José Nêumanne, para o jornal O Estado de São Paulo

Parte 1

Duas boas notícias de Temer: há governo e o presidente fala a nossa língua. Mas elas não bastam..


Alvíssaras, brasileiros! Temos governo. Fazia muito tempo que administração não havia mais, pois, instalada no posto mais alto da República, com legitimidade garantida pela maioria dos votos válidos na eleição presidencial, Dilma Rousseff abusou de sua autoridade tentando forçar a própria permanência. Por determinação de 367 (71%) dos 513 deputados federais e de 55 (68%) dos 81 senadores, o vice Michel Temer tomou posse interinamente na Presidência e escolheu ministros que já começaram a tomar providências efetivas, anunciando a evidência de que, no mínimo, há uma gestão em marcha.

Com alívio, a Nação ouviu um chefe de governo que fala a língua de todos nós, o português cuidado com engenho e arte por Camões, Eça, Pessoa, Castro Alves e Machado. Pois é: nossa língua materna, em que os gerúndios têm dê, ou seja, andando, e não andano; os pronomes pessoais, mesmo nas formas coloquiais, devem ser usados corretamente (pra eu fazer, em vez de pra mim fazer); e adjetivos têm gênero, com mulheres falando obrigada, não obrigado, reservado apenas para emprego masculino. Ao discursar apresentando-se à Nação, Temer tratou as instituições e quem as ocupa em nome da cidadania com o devido respeito. E deu ao distinto público ?" escorchado por uma carga tributária indecente e afligido por crise moral, econômica e política como "nunca houve antes na História deste País" ?" esperança de que os cidadãos sejam tratados com decência. Não tendo de arcar com o ônus da desmoralização desta República desgovernada à matroca.

Dois dos ministros que assumiram autorizam a esperança de que, pelo menos, algo será feito para resgatar a fé e o respeito que o Brasil merece. Tendo presidido uma grande instituição financeira internacional e nosso Banco Central, com gestões que o fizeram gozar de boa fama nos mercados financeiros interno e externo, Henrique Meirelles, ex-tucano e várias vezes sugerido a Dilma por Lula para ocupar o lugar que assumiu, é o que se chama no turfe de pule de dez.

No Itamaraty, o senador José Serra (PSDB-SP) começou com o pé direito. Em plena turbulência causada pelo inconformismo dos derrotados no processo legal do impeachment, ele teve a serenidade e a ousadia de não deixar sem resposta a impertinente tentativa de intromissão em nossos assuntos internos feita por aliados bolivarianos no autoritarismo e no malogro econômico. Com sua tirania de 57 anos, que aprisiona adversários políticos e homossexuais, Cuba não tem autoridade para denunciar o tal "golpe jurídico-parlamentar". Desde o golpe comunista do clã Castro, a ilha, sustentada antes pelo extinto império soviético e depois pela Venezuela, que não ampara mais ninguém, devia calar-se.

A dura nota do Itamaraty, repetindo o tom utilizado pelo ex-rei de Espanha Juan Carlos quando refutou a molecagem malcriada de Hugo Chávez ?" "por qué no te callas?" ?", pôs em seu devido lugar o sucessor deste, Nicolás Maduro, e os aliados sul-americanos do Partido dos Trabalhadores (PT). Falta a Maduro um espelho no Palácio de Miraflores para ver a falência de sua gestão. E perceber que, tendo a Justiça a seus pés, não tem como criticar decisões do Supremo Tribunal Federal brasileiro. Pois este convalidou, com amplas maiorias e até unanimidade, o afastamento de sua comadre repetidas vezes, tornando lana caprina o uso de chicanas em sua defesa. Isso vale ainda para o boliviano Evo Morales, o equatoriano Rafael Correa e o uruguaio José Mujica ?" que já não é presidente nem, ao que se saiba, fala por Tabaré Vázquez.
Herculano
18/05/2016 11:29
ENFIM, TEMOS GOVERNO, por José Nêumanne, para o jornal O Estado de São Paulo

Parte 2

Atitude corajosa, similar à de Serra, foi tomada pelo ministro da Educação e Cultura, deputado Mendonça Filho (DEM-PE). Ele enfrentou e calou baderneiros que foram desmoralizá-lo e saíram do confronto derrotados por sua argumentação lógica, lúcida, respeitosa à democracia e que deveria ser imitada em enfrentamentos públicos do tipo.

Recriar o Ministério da Cultura (MinC) ou subordinar a secretaria à Presidência seria recuo que dificultaria ao governo adotar as providências necessárias para desmontar o deletério legado da desastrada gestão petista nesses 13 anos e quatro meses e meio. O MinC foi uma má iniciativa de José Sarney para pôr ao menos um amigo no Ministério, então só composto por indicações do titular morto, Tancredo Neves. Um de seus ministros foi o economista Celso Furtado. Mas a biografia impoluta do grande mestre foi maculada por seu injustificável apoio à censura ao filme Je vous Salue, Marie (Ave, Maria[), de Jean-Luc Godard, imposta ao então presidente pela devota mãe, dona Kiola.

À exceção de Ipojuca Pontes, que ousou extinguir a Embrafilme e por isso é hostilizado, Antonio Houaiss e Francisco Weffort, a pasta foi sempre usada para uma ação entre amigos, à nossa custa. Lula e Dilma a aparelharam para servir ao PT e à indústria fonográfica. E a usaram para tungar direitos de nossos autores e aumentar os lucros das multinacionais da cultura e de artistas nativos que se beneficiam da "bolsa show", sob as bênçãos de Xangô e do Senhor do Bonfim. Enquanto as traças devoram a Biblioteca Nacional e os museus sob sua égide se tornam inaptos para visitas públicas.

A Cultura é um detalhe simbólico, mas também relevante, tendo em vista as dificuldades com imagem do presidente em exercício. Urge ao governo-tampão evitar que Dilma e seus asseclas completem o desmanche do País, sob os aplausos dos decadentes aliados subcontinentais. Para tanto basta que os senadores contra seu afastamento cheguem a 25 (um terço de 81), três a mais do que os obtidos na votação da abertura do processo.

Essa tarefa não é impossível, mas fácil também não é. Dois passos são exigidos: demitir não 4 mil, mas todos os comissionados que for possível, para que não sabotem a gestão; e fazer de tudo para pôr de novo as contas públicas nos eixos. Esta luta terá de ser travada com lisura e na guerra pela paz.
Herculano
18/05/2016 11:06
ILHOTA EM CHAMAS

A sessão da Câmara de Ilhota hoje a tarde promete ser quente. A comissão processante que pretende cassar o prefeito Daniel Christian Bosi, PSD, vai ouvir parte do seu secretariado.

Bosi, que é advogado, até hoje pela manhã não tinha sido encontrado pelo Oficial de Justiça da Comarca de Gaspar, informava a Câmara. Então... não será tão quente assim a sessão.
Herculano
18/05/2016 11:03
Da série: talentos na área econômica, gente equilibrada e capaz também para o óbvio o Brasil possui. Não se entende como o PT, PCdoB, PDT insistem em impor sacrifícios aos brasileiros, justamente os mais pobres de quem vivem obrigando ao voto, com as armações e desastres na economia brasileira.

EQUIPE DE PRIMEIRA, por Miriam leitão para o jornal O Globo

Da nova equipe econômica, que vai se formando com a confirmação de alguns nomes e a escolha de outros, já se pode dizer que tem excelência técnica e experiência diversificada. Todos os que foram anunciados ontem ou são integrantes do governo ou já fizeram parte dele. A tarefa que enfrentarão é enorme e não depende apenas de que eles tenham bom desempenho.

O economista Ilan Goldfajn é considerado um dos melhores do país. Ele assumirá a presidência do Banco Central, onde já esteve como diretor, depois de ter passado pelo FMI. Trabalhou como consultor, antes de dirigir o Departamento Econômico do banco Itaú Unibanco.

Para o Ministério da Fazenda, o ministro Henrique Meirelles escolheu dois economistas que têm conhecimento profundo da crise fiscal brasileira. Marcelo Caetano, que será o secretário de Previdência, tem uma série de estudos sobre o tema como economista do Ipea, e Mansueto Almeida, ex-Ipea, que será o secretário de Acompanhamento Econômico, é grande especialista em finanças públicas. Carlos Hamilton, que será o secretário de política econômica do Ministério, já trabalhou com Henrique Meirelles no Banco Central. A equipe se reuniu neste fim de semana para avaliar a situação em que o país está e começar a pensar nas primeiras medidas. Meirelles decidiu manter dois secretários, o do Tesouro, Otávio Ladeira, e o da Receita, Jorge Rachid. Completa o time o secretário executivo, Tarcísio Godoy, que já ocupou o mesmo cargo na época de Joaquim Levy.

O primeiro problema a resolver será o tamanho do déficit de 2016. E eles estão no seguinte dilema: se adotarem uma meta que não possam cumprir, pode haver o desgaste de ter que pedir nova alteração. Se elevarem muito a projeção do rombo, pode passar a ideia de que o governo se prepara para ampliar os gastos. E há diversos esqueletos aparecendo.

- Temos que colocar sol sobre esta herança recebida. Para entender e explicar as dificuldades que recebemos. E temos que passar a ideia de que daqui para a frente será diferente - disse um integrante da equipe.

Pela lei orçamentária, o governo tem que divulgar até o 20º dia útil do segundo mês de cada bimestre o relatório de receita e despesa. Como a meta ainda em vigor é a do Orçamento, que prevê superávit de R$ 24 bilhões, o governo teria que anunciar um contingenciamento para se adequar a esse objetivo. O problema é que a meta é irreal e não se sabe exatamente o tamanho do rombo para propor novo número. Como o governo Dilma previa déficit de R$ 96 bi, a nova equipe considera, diante de despesas já sabidas e não previstas, que se o déficit for de R$ 100 bilhões a meta será muito apertada, mas se for de R$ 150 bi pode parecer relaxada demais. O governo precisa definir a nova meta para que seja votada pelo Congresso até o fim do mês.

- O problema é que os números são voláteis e a cada momento há um novo esqueleto - disse um membro da equipe.

Um desses esqueletos é o da Eletrobras, que está desequilibrada pelas decisões tomadas pelo governo durante a crise de energia e foi vítima dos desvios em contratos como tem revelado a Lava-Jato. Ela não tem conseguido dimensionar as perdas com corrupção e por isso avisou que não vai apresentar a tempo seu relatório financeiro ao órgão regulador americano. Será retirada de lista da Bolsa de Nova York, o que pode produzir impacto fiscal. Outro problema é a negociação com os estados, que também vai produzir perda de receita.

Quando Meirelles anunciou os integrantes da equipe econômica, não tinha ainda os nomes dos presidentes dos bancos públicos. Para o BNDES, que responde ao Planejamento, foi escolhida a economista Maria Silvia Bastos Marques, que tem um currículo de bom desempenho tanto no setor público quanto no privado. Ela terá um duro trabalho pela frente. O banco funcionou nos últimos anos na base de enormes cheques enviados pelo Tesouro. Mas essa fonte secou. Hoje, deve R$ 500 bilhões ao Tesouro. Maria Silvia terá que dar nova forma à atuação no banco de desenvolvimento.

A estratégia no governo é de anunciar medidas de curto prazo, depois preparar reformas que serão divulgadas num segundo momento e que terão mais impacto na confiança, como a reforma da previdência. O jogo será duro, mas o que se pode dizer é que o time está bem escalado.
Herculano
18/05/2016 10:43
da série: qual a diferença do PT, PCdoB e PDT de Gaspar?

INCOERÊNCIA FUNDAMENTAL, por Merval Pereira, para o jornal O Globo

O Partido dos Trabalhadores, mais conhecido como PT, vive uma situação paradoxal. Ao mesmo tempo em que tem noção de que sua imagem pública está em franca decomposição, a ponto de imaginar uma frente ampla de esquerda escondendo a sigla para abrigar uma eventual candidatura de Lula em 2018, prepara um documento no seu Diretório Nacional, à guisa de autocrítica, que só não é risível por ser patético.

O conhecimento de que sua imagem diante dos próprios eleitores está "abaixo do volume morto" já era admitido por Lula há muito tempo, mas agora uma pesquisa realizada pela Fundação Perseu Abramo, e publicada pelo "Estado de S. Paulo", trouxe dados irrefutáveis, a tal ponto ruins que a pesquisa foi vedada até mesmo a certos integrantes da Executiva Nacional do partido.

O documento oficial aproveita alguns pontos críticos que surgem na pesquisa para tentar uma saída menos traumática. As causas da crise petista são atribuídas na pesquisa pelos eleitores à corrupção, que teria feito com que o PT aceitasse alianças que contrariariam seus princípios de origem, e entregar-se à ganância, colocando interesses pessoais acima dos interesses do povo. E como o PT trata essa percepção de que seus dirigentes acabaram enriquecendo ilicitamente em detrimento dos ideais de origem?

Diz no documento que "(...) fomos contaminados pelo financiamento empresarial de campanhas, estrutura celular de como as classes dominantes se articulam com o Estado, formando suas próprias bancadas corporativas e controlando governos. (...) Terminamos envolvidos em práticas dos partidos tradicionais".

O PT tenta fazer uma autocrítica, mas, como sempre, põe a culpa nos outros. No documento, diz que acabou refém "de acordos táticos, imperiosos para o manejo do Estado, mas que resultaram num baixo e pouco enraizamento das forças progressistas, ao mesmo tempo em que ampliaram, no arco das alianças, o poder de fogo de setores mais à direita".

Os eleitores petistas trocaram expressões como "progressista, convincente, esperançoso, promissor, de futuro, realizador, forte, evolutivo, em ascensão, limpo, ótimo, sólido e do povo" por definições como "de direita, desacreditado, decepção, fracassado, sem expectativa, quebrado, deprimente, massacrado, desmoralizado, corrupção, ruim, dividido e traidor".

Assim como a presidente afastada Dilma Rousseff custou a admitir seus erros na política econômica, mas mesmo assim o fez com comedimento, também o PT admite no documento "falhas propriamente políticas", que não detalha, e a demora a perceber "o progressivo esgotamento da política econômica vigente entre 2003 e 2010, que havia levado a formidáveis conquistas sociais para o povo brasileiro".

O PT diz que esse modelo "perdeu força com a crise internacional, a convivência com altas taxas de juros que sangravam o Tesouro e a excessiva valorização cambial", jogando os problemas para problemas externos, sem reconhecer que o governo foi alertado frequentemente sobre os erros da "nova matriz econômica" lançada pelo governo Dilma na gestão do ministro da Fazenda Guido Mantega.

Mesmo diante de dados de pesquisas que mostram que o PT inspira desconfiança no quesito "corrupção" em mais de 70% dos entrevistados, e que apenas 14% hoje o indicam como o partido preferido, o PT não perde a pose e afirma no documento que houve um golpe contra Dilma Rousseff; e que a direita ?" posição em que boa parte dos entrevistados o coloca no espectro partidário hoje ?" tomou conta do controle do Congresso, fingindo esquecer que os partidos assim classificados faziam parte predominante de sua base durante os 13 anos de poder, às custas de propinas e acordos espúrios.

Por isso, a imensa maioria dos entrevistados vê uma incoerência básica entre o que o PT diz ser, ou parecia ser, e sua prática política. A nota que o partido discute não vai ajudar em nada a desfazer essa imagem. Ainda mais depois que o PT decidiu fazer alianças regionais com o PMDB, o partido da direita golpista que o tirou do poder.
Herculano
18/05/2016 08:07
O NOME DO JOGO É NEZINHO ALENCAR, por Elio Gaspari, para o jornal Folha de S. Paulo

Existe a agenda do século 21, que pede banheiros para transgêneros, história d'África nos currículos e livre consumo de maconha. É bonita e moderna, mas embute um truque. Discutindo-se a agenda do 21 esquecem-se os restos a pagar do 19.

No 19, os patriarcas escondiam-se na escravidão para viver naquilo que Gilberto Freyre chamou de "intoxicação sexual". No 21, essa figura do oligarca, senhor de seus domínios, perdeu espaço, mas ainda vai bem obrigado.

No dia 23 de janeiro de 2016 deste século 21, o ex-senador Manoel Alencar Neto (PSB-TO), também conhecido como Nezinho Alencar, foi preso pela Polícia Federal sob a acusação de ter abusado sexualmente de duas meninas menores, uma de seis e outra de oito anos.

Nezinho é uma próspero político do Estado de Tocantins e chegou ao Senado em 2005, cavalgando uma suplência. Esteve na cadeira por alguns meses, durante os quais honrou a base governista, defendeu a prorrogação das dividas do agronegócio, falou em nome do "choro de mães de família", pediu mudanças na legislação trabalhista e lembrou ter começado sua vida política nos "movimentos estudantis pelas liberdades democráticas". Na região de Guaraí há quem peça bênção a Nezinho.

No governo Temer o PSB de Nezinho continua aninhado no Planalto e o pernambucano Fernando Coelho Filho ganhou o Ministério da Integração Nacional. Seu pai é o senador Fernando Coelho, que por sua vez é sobrinho do ex-governador Nilo Coelho, filho do coronel Quelê, o patriarca dos Coelho de Petrolina (PE).

Nezinho foi preso porque um vaqueiro escondeu um celular numa árvore e fotografou-o, com a cabeça branca de seus 67 anos, bolinando duas crianças, uma da quais mantinha no colo. Em nenhum momento ele desmentiu a veracidade da cena.

Em março o juiz Ricardo Gagliardi, da 1ª Vara Criminal de Colmeia soltou o ex-senador argumentando que "o fato de o investigado ser colocado em liberdade em nada afronta a ordem pública". Pode ser, mas por via das dúvidas, o vaqueiro e outras nove pessoas de sua família estão hoje escondidos, sob proteção da Polícia Federal.

Os advogados de Nezinho defendem-no com dois argumentos. Primeiro, foi tudo "armação" do pai das meninas. Tudo bem, um pai analfabeto e pobre deve ser sempre o primeiro suspeito, mas quem está na fotografia bolinando as crianças é o ilustre ex-suplente de senador pelo PSB. Na segunda linha de defesa, o bolinador teria agido sob influência de antidepressivos misturados a álcool. Em suma, Nezinho Alencar é a verdadeira vítima, pois até chorou quando lhe mostraram a cena. Não chorava quando mantinha a criança no colo. Tomara que nenhum consumidor de álcool com antidepressivos cruze com familiares de Nezinho ou de seu advogados.

Felizmente, a repórter Renata Mariz, do "Globo", recuperou o caso do vaqueiro e de suas filhas. Eles vivem com medo. Fazem bem, porque o doutor continua acusando-os de "armação" e até hoje não passou pela sua cabeça pedir desculpas por ter bolinado crianças, filhas de um empregado.

O pai das duas meninas dá uma aula de ciência política aos novos poderosos de Brasília e aos barbudos que acreditaram numa aliança com a oligarquia. Segundo ele, Nezinho não estaria solto se tivesse "mexido com a filha do juiz, do delegado, do promotor ou de outro fazendeiro"
Herculano
18/05/2016 08:02
DEMITIDO POR TEMER, NOMEADO POR DILMA NA ÚLTIMA HORA NÃO QUER SAIR, por Reinaldo Azevedo, de Veja

Lei que instituiu a EBC dá margem à ambiguidade, mas não pode se sobrepor à Constituição

Dilma Rousseff, como se sabe, resolveu nomear Ricardo Melo diretor-presidente da EBC nove dias antes de deixar o Palácio, quando já tinha a certeza de que não permaneceria à frente do governo.

Foi mais um de seus atos de última hora para tentar manter o controle de áreas da administração, mesmo não estando mais na condução do país. Nesta terça, o presidente Michel Temer decidiu exonerar Mello, que, por sua vez, prometeu recorrer à Justiça.

Vamos ver. O Artigo 19 da Lei 11.652 estabelece, com efeito, o seguinte:
"Art. 19. A Diretoria Executiva será composta de 1 (um) Diretor-Presidente e 1 (um) Diretor-Geral, nomeados pelo Presidente da República, e até 6 (seis) diretores, eleitos e destituíveis pelo Conselho de Administração."

Até esse ponto, nada indica que Melo não pode ser demitido. Os parágrafos 2º e 3º estabelecem:
§ 2o O mandato do Diretor-Presidente será de 4 (quatro) anos.
§ 3o Os membros da Diretoria Executiva serão destituídos nas hipóteses legais ou se receberem 2 (dois) votos de desconfiança do Conselho Curador, no período de 12 (doze) meses, emitidos com interstício mínimo de 30 (trinta) dias entre ambos.
Muito bem. As tais das "hipóteses legais" que permitem a destituição dos membros da Diretoria Executiva não são especificadas em lugar nenhum. E é evidente que a lei não é clara sobre a impossibilidade de o comandante da EBC ser demitido pelo presidente da República.

Mais: ainda que se quisesse fazer tal leitura da lei, é evidente que se estaria diante de uma clara inconstitucionalidade. A EBC é uma empresa pública e, como tal, não tem o direito de se autorregular. É como se uma lei decidisse que o presidente da República estaria impedido de demitir o presidente de outra estatal qualquer. A EBC não é uma agência reguladora.

Ainda que se quisesse fazer tal leitura da Lei 11.652, bastaria recorrer ao Supremo. O Artigo 173 da Constituição estabelece o seguinte:
"§ 1º A lei estabelecerá o estatuto jurídico da empresa pública, da sociedade de economia mista e de suas subsidiárias que explorem atividade econômica de produção ou comercialização de bens ou de prestação de serviços, dispondo sobre:
(?)
V ?" os mandatos, a avaliação de desempenho e a responsabilidade dos administradores.

Tal lei ainda não foi votada, e não me parece que a EBC possa, então, criar a sua própria, como se coubesse a uma empresa pública em particular regulamentar a Constituição.

Salvo uma decisão exótica da Justiça, Mello não conseguirá o cargo de volta, uma vez que a lei que instituiu a EBC não pode se sobrepor à Constituição, que prevê, aí sim, que se criem as mesmas normas para todas as empresas públicas.

Mello é um profissional experimentado. É claro que ele consegue arrumar outro emprego, né? Quando foi nomeado presidente da EBC, deve ter desconfiado que Dilma só estava tentando criar um embaraço a mais àquele que certamente a substituiria.

Ele não deveria insistir pra ficar. Caracteriza excesso de amor a uma causa que não parece ser principalmente jornalística. Aliás, considerando os motivos que o levaram pra lá, deveria ser o primeiro a pedir pra sair.
Herculano
18/05/2016 07:56
BANDIDOS OU INCOMPETENTES? GOVERNO DO PT ESCONDEU E NÃO SE APUROU TOTALMENTE AINDA MOSTRUOSO O DEFICIT DAS CONTAS PÚBLICAS. GOVERNO TEMER PROJETA ROMBO DE ATÉ R$ 150 BILHÕES NAS CONTAS DE 2016. O PT ASSEGUROU QUE ERA APENAS DE R$96 BILHÕES. QUEM VAI PAGAR ESTE DESMANDO E DESCONTROLE? OS BRASILEIROS (OS MAIS POBRES E ENGANADOS PELO PT, PCdoB, PDT...) COM SACRIFÍCIOS, DESEMPREGOS, INFLAÇÃO E MAIS IMPOSTOS

Conteúdo do jornal Folha de S. Paulo. O rombo das contas públicas neste ano, segundo cenários da nova equipe econômica, pode superar os R$ 150 bilhões, valor muito acima do que o estimado pelo governo Dilma Rousseff.

Inicialmente, a equipe do presidente interino Michel Temer trabalhava com a informação de que o deficit primário (despesas menos receitas, descontados os juros) de 2016 iria ficar acima dos R$ 120 bilhões.

Diante da piora das estimativas, o governo Temer terá de definir um novo corte de despesas no Orçamento e buscar novas receitas.

O tamanho do corte, porém, terá limites para evitar a paralisia de algumas áreas do governo, principalmente relacionadas à saúde e a programas sociais.

Entre as propostas para elevar receita está em análise o aumento da Cide (contribuição utilizada para regular o preço de combustíveis).

Como antecipou o "Painel", uma das ideias em estudo seria elevar a Cide em vez de criar uma nova contribuição, como a CPMF. Há desvantagens, no entanto.

Uma delas é o potencial de arrecadação. A CPMF com alíquota de 0,38% sobre movimentações bancárias tem potencial para gerar entre 1,5% do PIB e 2,0% do PIB por ano.

Para obter a mesma receita com a Cide, seria preciso elevar a alíquota sobre a gasolina de R$ 0,10 para R$ 1,70 e sobre o diesel de R$ 0,05 para R$ 0,85 por litro, segundo cálculos do banco Credit Suisse. Isso elevaria os preços ao consumidor da gasolina e do diesel em cerca de 50% e 30%, respectivamente.

Ainda não há uma definição do presidente sobre tributos.

POÇO SEM FUNDO

O governo precisa aprovar um projeto no Congresso para modificar a meta original da equipe da presidente Dilma, que previa encerrar 2016 com um superavit primário (economia para pagamento de juros da dívida pública) de R$ 24 bilhões.

A própria petista já havia enviado um projeto ao Legislativo propondo abandonar a meta de superavit, pedindo autorização para encerrar este ano com um deficit de R$ 96,7 bilhões.

A equipe de Temer precisa aprovar a revisão da meta antes do final do mês, porque, sem aprovar a autorização para encerrar 2016 com deficit, o governo teria de editar um decreto com bloqueio de gastos para cumprir o superavit de R$ 24 bilhões.

Esse bloqueio pode paralisar ministérios e serviços públicos. Apesar da urgência, o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), afirmou nesta terça (17) que o Congresso só irá deliberar sobre a questão na próxima semana.

A meta a ser proposta pelo governo será definida entre quinta e sexta-feira, em reunião do presidente Michel Temer com seus ministros Henrique Meirelles (Fazenda) e Romero Jucá (Planejamento).

A equipe econômica ainda analisa o comportamento das receitas e avalia as expectativas de aprovação, pelo Congresso, de projetos de aumento de tributos.

Questionado sobre o assunto, o ministro Henrique Meirelles disse esperar que os cálculos apresentados pela gestão anterior sejam rapidamente revistos.

A estratégia do ministro Jucá é alterar o projeto já encaminhado pela equipe de Dilma Rousseff, fixando um novo valor do rombo previsto para 2016.

Um dos entraves será a análise de 23 vetos que estão na pauta do Congresso e terão, necessariamente, que ser analisados antes.
Pagando Brabo
18/05/2016 07:56
Pois é caros leitores, a saúde publica vai de mala pior, o Hospital de Gaspar, esta indo a banca rota, não consegue nem pagar o FGTS dos funcionários, outra o CAR, que era em seu inicio 24 horas, depois em 2009 passou para 15 horas e logo passou a atender 12 horas por dia, agora praticamente vai fechar, pois na realidade só vai atender pediatria em sua urgência, isso para manter o nome de CAR, pois os adultos vão ser atendidos todos no hospital. Agora a pergunta que não quer calar> Estão mantendo o nome do CAR em virtude do momento politico que se aproxima, ou se faz isso ilegalmente para manter os mais diversos funcionários que teriam que serem exonerados, que fizeram concurso na modalidade emprego publico que estão nos mais diversos locais da secretaria de saúde, pois o funcionário em emprego público perde o cargo quando o objeto a qual fez o concurso deixa de existir.
Herculano
18/05/2016 07:23
SAÚDE DE LULA ACIONA O 'ALERTA VERMELHO' NO PT, por Cláudio Humberto, na coluna que publicou nos jornais brasileiros

Parecem sérias as dificuldades de Lula com saúde. É assunto proibido entre petistas, mas seu desinteresse até em discutir a sobrevivência do PT acionou o "alerta vermelho". Terminou ontem em Brasília, sem ele, a reunião da cúpula para definir o futuro e o discurso do PT até Dilma ser julgada. Dirigentes do PT não confirmam a retomada do câncer, agora com dor, mas afirmam que Lula enfrenta "profunda depressão".

O QUE LHE TIRA O SONO
Amigo íntimo diz que Lula anda insone com as investigações contra sua família. Acha a Lava Jato "muito parada". Para ele, um mau sinal.

APARIÇÃO CHOCANTE
Na queda de Dilma, Lula surgiu atrás dela, já no lado de fora do Palácio do Planalto, abatido, tenso, carregado, desligado. Ficou em silêncio.

FALA AÍ, COMPANHEIRO
Discursos de Lula estão quase incompreensíveis. Já não fala nas raras reuniões que vai. Nem apareceu no 1º de Maio do PT, no Anhangabaú.

TUDO BEM
Lula não fala nem para se defender das acusações, mas o Instituto Lula nega a retomada do câncer, do qual afirma estar curado.

GOVERNO NEGOCIA RENÚNCIA DE EDUARDO CUNHA
O governo do presidente Michel Temer vem negociando a renúncia de Eduardo Cunha da presidência da Câmara. O deputado faz exigências ao governo para sair de cena: a eleição de Jovair Arantes (PTB-GO) para seu lugar, a definição de Rogério Rosso (PSD-DF) para líder do governo e a indicação de aliados para alguns cargos. Cunha abriria mão do posto com o discurso de "apoio à governabilidade" e à Nação.

VAMOS COM CALMA
O governo não se opõe às exigências de Cunha, exceto as nomeações. O momento é de cortar cargos e não de preenchê-los.

MÃO DE FERRO
Eduardo Cunha tenta não perder o controle da Câmara. Ele considera Jovair Arantes e Rogério Rosso dois dos seus mais fiéis escudeiros.

ASSIM NÃO DÁ
"É uma vergonha Eduardo Cunha ainda comandar a Câmara do lado de fora", protesta o deputado Jarbas Vasconcelos (PMDB-PE).

ALÍVIO NO SUBMUNDO
Intrigante o desinteresse do Supremo Tribunal Federal em investigar a escuta ilegal descoberta sob a mesa do ministro Luís Barroso, por estar "desativada". A mesa foi herdada do aposentado Joaquim Barbosa.

CARAS-DE-PAU
Lulistas e caterva se reuniram por dois dias para uma "autocrítica" que impressiona pelo caradurismo. Em vez de "roubamos e deixamos roubar, e ainda fracassamos na gestão", escreveram nas entrelinhas algo como "roubamos e fracassamos, mas a culpa é dos outros".

EXIBIÇÃO DE PODER
A escolha por aclamação do deputado Arthur Lira (PP-AL) para presidir a poderosa Comissão Mista de Orçamento (CMO) prova como Eduardo Cunha, presidente afastado da Câmara, continua muito influente.

DEIXEM MEU BOLSO EM PAZ
Já são 66 pedidos de "quarentena", como a de José Eduardo Cardozo (AGD), prontamente recebidos pela Comissão de Ética Pública da Presidência. A boquinha garante salário integral por até seis meses.

O QUE JÁ FOI A OEA...
Expoente da enganação bolivariana, um Luiz Almagro, secretário-geral da OEA, insistiu para ser recebido pelo presidente do Senado às vésperas do impeachment, a fim de "tomar o pulso da situação". Renan Calheiros não lhe deu confiança, nem espaço na agenda.

EDUCADOR BILIONÁRIO
Ao assumir o mandato, o senador Pedro Chaves (PSC-MS) disse ser "educador", mas derrapou no português só para lembrar que estava na chapa que elegeu o titular Delcídio do Amaral por ser bilionário.

PRONTA RESPOSTA
Ministros palacianos orientam os parlamentares aliados para nada ficar sem resposta, no Congresso. Heráclito Fortes (PSB-PI), por exemplo, não deixou de contestar uma única crítica ao presidente Michel Temer.

PRIMEIRO TESTE
Michel Temer terá seu primeiro teste no Congresso nesta semana, com a votação da mudança da meta fiscal de 2016. As medidas concretas e dos ministérios serão anunciadas nos próximos dias.

PENSANDO BEM...
...ao dizer que Renan comanda o Senado "como cangaceiro", Delcídio esqueceu de apontar a "Maria Bonita" da Praça dos Três Poderes.
Herculano
18/05/2016 07:05
PT PRESUME QUE O BRASIL É UMA NAÇÃO DE BOBOS, por Josias de Souza

Parte 1

O diretório nacional do PT aprovou nesta terça-feira (17) sua primeira análise sobre a conjuntura que resultou na destituição de Dilma. O documento tem dez folhas. Elas revelam que sucede com o PT um fenômeno curioso. O partido se considera uma coisa. Mas sua reputação informa que virou outra coisa. O PT ainda se acha a legenda mais maravilhosa do Brasil. O Brasil é que não sabe.

Para a grossa maioria dos brasileiros, não há nada mais saudável no momento do que a Lava Jato. Para o PT, a operação que quebrou as pernas da oligarquia política e empresarial corrupta não passa de um puxadinho do "golpe". Vale a pena ler um trecho da peça petista:

"A Operação Lava Jato desempenha papel crucial na escalada golpista. Alicerçada sobre justo sentimento anticorrupção do povo brasileiro, configurou-se paulatinamente em instrumento político para a guerra de desgaste contra dirigentes e governantes petistas, atuando de forma cada vez mais seletiva quanto a seus alvos, além de marcada por violações ao Estado Democrático de Direito."

O texto prossegue: a operação "tem funcionado como mecanismo de contrapropaganda para mobilização das camadas médias, em associação com os monopólios da comunicação. Revela, por fim, o alinhamento de diversos grupos do aparato repressivo estatal - delegados, procuradores e juízes - com o campo reacionário, associados direta ou indiretamente às manobras do impeachment."

Todo brasileiro dotado de dois neurônios já se deu conta de que o PT no poder roubou e deixou que roubassem. Mas, no enredo petista, o partido é uma espécie de mocinho ingênuo que foi capturado pelos bandidos. Diz o texto do PT: "Acabamos reféns de acordos táticos, imperiosos para o manejo do Estado, mas que resultaram num baixo e pouco enraizamento das forças progressistas, ao mesmo tempo em que ampliaram, no arco de alianças, o poder de fogo de setores mais à direita."

Nessa versão, os assaltantes infectaram o PT como quem transmite uma gripe: "?fomos contaminados pelo financiamento empresarial de campanhas, estrutura celular de como as classes dominantes se articulam com o Estado, formando suas próprias bancadas corporativas e controlando governos. Preservada essa condição mesmo após nossa vitória eleitoral de 2002, terminamos envolvidos em práticas dos partidos políticos tradicionais, o que claramente afetou negativamente nossa imagem e abriu flancos para ataques de aparatos judiciais controlados pela direita."
Herculano
18/05/2016 07:05
PT PRESUME QUE O BRASIL É UMA NAÇÃO DE BOBOS, por Josias de Souza

Parte 2

Noutros tempos, o petismo se vangloriava de ter equipado os aparatos de controle do Estado. Agora, o PT parece atribuir o sucesso da força tarefa da Lava Jato a um descuido histórico: "Fomos descuidados com a necessidade de reformar o Estado, o que implicaria impedir a sabotagem conservadora nas estruturas de mando da Polícia Federal e do Ministério Público Federal?"

Na economia, anotou o PT, a crise internacional empurrou Dilma para "uma encruzilhada: acelerar o programa distributivista, como havia sido defendido na campanha da reeleição presidencial, ou aceitar a agenda do grande capital, adotando medidas de austeridade sobre o setor público, os direitos sociais e a demanda, mais uma vez na perspectiva de retomada dos investimentos privados." Dilma optou pela agenda do "grande capital", concluiu o PT.

Deu-se, em verdade, outra coisa. A ruína econômica foi um produto nacional, não um bicho-papão que veio de fora. Reeleita, Dilma tinha diante de si uma crise que negara na campanha e três ministros da Fazenda: um demitido, mas mantido no cargo (Guido Mantega); um sugerido por Lula, mas refugado por ela (Henrique Meirelles); e outro que, convidado, não aceitou (Luiz Carlos Trabuco). Madame acabou contentando-se com Joaquim Levy, um colega de Trabuco no Bradesco, que havia assessorado o comitê eleitoral do adversário Aécio Neves.

Para o PT, Levy levou o governo ao inferno. "O ajuste fiscal, além de intensificar a tendência recessiva, foi destrutivo sobre a base social petista, gerando confusão e desânimo nos trabalhadores, na juventude e na intelectualidade progressista, entre os quais se disseminou a sensação, estimulada pelos monopólios da comunicação, de estelionato eleitoral. A popularidade da presidenta rapidamente despencou?"

Nesse ponto, o texto do PT contém uma mentira, uma meia-verdade e um fato inquestionável. A mentira é o ajuste fiscal. Nunca foi feito. Dilma e seus supostos aliados no Congresso não deixaram. A meia-verdade é a classificação do estelionato como mera "sensação". Não se estava diante de um indício de fraude eleitoral, mas de uma certeza. O fato concreto foi o derretimento da popularidade da presidente. Não há popularidade sem prosperidade.

O PT informa que, entre outros objetivos, trabalhará para "deter o golpe" contra Dilma e "defender o presidente Lula dos ataques midiáticos e judiciais que contra ele se levantam." Na lenda petista, está em curso uma trama para condenar Dilma sem crime e promover "a interdição de Lula como alternativa viável nas eleições de 2018."

No mundo real, o Senado se prepara para transformar Dilma em protagonista do segundo caso de impeachment da história do Brasil e o procurador-geral da República Rodrigo Janot aguarda uma posição do STF sobre a denúncia que formulou dias atrás contra Lula no petrolão. "Essa organização criminosa jamais poderia ter funcionado por tantos anos e de uma forma tão ampla e agressiva no âmbito do governo federal sem que o ex-presidente Lula dela participasse", disse Janot.

O PT foi seletivo no seu documento. Não disse palavra sobre o mensalão nem sobre sua reincidência no petrolão. Nenhuma menção à cúpula petista que passou pela Papuda ou aos Dirceus, Vaccaris e Santanas que estão atrás das grades em Curitiba. O problema com as encrencas varridas para baixo do tapete é que o partido continua a viver em cima do tapete. E a Lava Jato ensina que o acobertado nem sempre fica quieto.

É tudo muito ruim. Mas o pior crime do PT talvez seja a presunção de que o Brasil ainda é uma nação de bobos.
Herculano
18/05/2016 06:49
BATALHAS DURAS, editorial do jornal Folha de S. Paulo

Hesitações, recuos e tropeços marcaram não só a montagem do gabinete do governo Michel Temer (PMDB) como também as primeiras manifestações de alguns de seus ministros, mas a crítica geral não se aplica quando se trata especificamente da equipe econômica.

O time escalado para enfrentar a preocupante crise compõe-se de nomes de notória competência e, ao menos por enquanto, alinhados em relação ao diagnóstico dos problemas do país e das medidas mais urgentes para resolvê-los.

O ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, surpreendeu ao abordar logo de início temas espinhosos. Definiu como prioridades colocar um freio sustentável nas despesas públicas, encaminhar uma reforma da Previdência com uma regra de idade mínima e período de transição razoável e deixar o Banco Central cuidar da inflação.

Meirelles ainda mencionou outro ponto controverso: uma reforma trabalhista, possivelmente para que acordos coletivos prevaleçam sobre a legislação, desde que garantidos os direitos fundamentais.

A chegada de técnicos respeitados ao segundo escalão, como Mansueto Almeida e Marcelo Caetano, traz algum alento. Eles conhecem os temas em pauta e têm experiência no setor público.

Quanto ao BC, a nomeação de Ilan Goldfajn é positiva. Seu nome não sinaliza guinada na gestão da política monetária, mas a simples troca encerra uma gestão percebida como subserviente demais ao Planalto. De resto, espera-se que a redução da inflação e o aperto no Orçamento em breve possibilitem queda substancial da taxa Selic.

Os principais desafios, de todo modo, estão nas contas públicas. Será preciso levar o Congresso a aprovar as necessárias medidas impopulares quanto antes, num período agitado por causa da Olimpíada e das eleições municipais.

Em uma das frentes mais importantes, a da Previdência, ao menos já se iniciou um debate com as centrais sindicais. As possíveis fontes de conflito, no entanto, vão muito além dessa questão.

A negociação sobre dívidas de Estados e municípios ainda vai começar. Não há definição sobre o tamanho do rombo no Orçamento ?"a última estimativa aponta para um deficit de R$ 120 bilhões.

Por fim, dificilmente o país escapará de aumentos de impostos, ainda que por um período curto e bem definido, para além dos cortes que o Executivo precisa promover.

Seriam batalhas duras mesmo para um governo que, por hipótese, tivesse sido eleito com tais bandeiras. Para o presidente interino Michel Temer o desafio resulta ainda maior -e talvez se torne insuperável caso os integrantes de sua administração continuem desperdiçando o escasso capital político em polêmicas desnecessárias.
E a farra continua sera que nao?????
17/05/2016 21:18
Entra secretario, sai secretario promessas de uma nova gestao vem e nada acontece. Os desmandos, a proteção, a falta de respeito continua. Prova disso e farra de horas extras que continuam para os protegidos da gestao e os medicos que continuam a chegar e sair a hora que bem entendem e nada acontece senhor secretario.
E os funcionarios que andam apavorados com mudanças do nosso senhor secretario, nao sabem se vão, se não vão e se vão, pra onde vão? E alguém está preocupado com aqueles que ficam? Continuam a ser jogados de lá pra cá como as chefias querem e por fim vão ficando adoecidos, esgotados, TRABALHAM INSATISFEITOS POIS ESTAO NO SEU LIMITE, FALTA GENTE SENHOR SECRETARIO PARA ESTES POBRES FUNCIONARIOS REALIZAR SEU TRABALHO DE FORMA DIGNA. E HA QUEM DIGA QUE O SENHOR QUER ENXUGAR AINDA MAIS A MAQUINA ENTÃO ESTAMOS PERDIDOS! Cade o dinheiro do PMAQ O GATO COMEU, NINGUEM VIU, O GATO SUMIU!
OS TRABALHADORES DA PONTA ESTAO INSATISFEITOS COM SALARIO, MUDANÇAS QUE SAO IMPOSTAS E NADA ACONTECEM COM ESTES DIRETORES. Lástima mesmo é que o senhor secretário perdeu a oportunidade de "varrer" este escalão que está aí "plantado" na saúde, isto sim seria enxugar a máquina. Exonerados e readmitidos na mesma hora, continuam afundando a saúde e a paciência dos servidores da saúde. Estes diretores e coordenadores que ajudam o senhor secretário a conduzir um navio pra lá de furado, tem todo tipo de pirata. Tem pirata vestido de diretor palhaço, que mais parece "voar" pelo corredor com seu uniforme sempre comprido e aberto rindo sem parar como se tivesse engolido um saco de piadas. Ou será que ri de si mesmo, quer dizer, desse navio naufragado" . Tem pirata disfarçado de diretor que fecha a cara parecendo dar ordens mas que no fundo tem tanta desordem na cabeça que mal conseguem "ordenar" um pé na frente do outro para andar. Tem pirata que é "pirata" mesmo, não consegue se disfarçar de diretor de jeito nenhum, tá pouco se lixando para o serviço ou para sua tripulação, desorganiza e destrói tudo na sua frente e ainda comemora. E tem os piratas que se contentam em "carregar" um título de diretor ou outra coisa qualquer em troca de alguns trocados, são tão ruins que o máximo que conseguem aguentar do peso do profissionalismo é o enjoativo "SIM SENHOR'. Que escalão é esse senhor secretário? E que saúde é essa que estão fazendo? Chega outubro!
Herculano
17/05/2016 20:12
A IMPRENSA E OS CANDIDATOS

O presidente do PMDB de Gaspar, Carlos Roberto Pereira, voltou a discordar do que escrevo. Ele está certo. As minhas opiniões são expressas e são todas elas contestáveis.

Mas, o presidente do PMDB de Gaspar, Carlos Roberto Pereira, vai mais além. Pensa que eu devo antes submeter o que penso e os meus comentários ao crivo dele. Já expressou este posicionamento nos contatos que travou comigo fora deste ambiente da coluna.

Já pontuei que não concordo e que isto não dar certo. Ele como advogado se submete ao contraditório. Então...

Quando chega a época de eleições, os políticos tendem a virar donos das opiniões dos outros, da mídia que a ignoram fora do período eleitoral. Preferem desqualifica-la.

Carlos Roberto Pereira, lembro, na eleição passada, tirou uma rádio do ar, a 89,7, e impediu a publicação de uma pesquisa de opinião em jornal concorrente e neste caso, usando terceiros, apesar de ser advogado, para se passar de neutro no resultado que buscou.

As artimanhas foram insuficientes para que o seu candidato ganhasse àquela disputa. Faltaram mesmo foram votos, o que define quem ganha e quem perde numa eleição.

Então Carlos Roberto Pereira tem passado e já se ensaia no presente, sinalizando o que quer no futuro. O Brasil mudou. Gaspar terá que mudar. Os políticos e seus patrocinadores precisam mudar também. E estas mudanças são exigências dos eleitores. Eles querem transparência e a imprensa é fundamental neste processo dialético, pois é o canal de credibilidade.

E se isto não fosse o bastante, os políticos, e os patrocinadores deles, que querem controlar a imprensa tradicional, não conseguem e vão ser engolidos pelas redes sociais, esta sim, a preocupação real que políticos, assessores e coordenadores políticos ignoram. Acorda, Gaspar!
Herculano
17/05/2016 19:45
JOÃO SANTANA INCORPORA BORDÃO: "EU NÃO SABIA", por Josias de Souza

Apanhado na teia da Lava Jato, preso desde 23 de fevereiro em Curitiba, João Santana, o marqueteiro das campanhas petistas, incorporou em sua defesa o bordão dos clientes Lula e Dilma. Alega que "não sabia" da origem ilícita do dinheiro que recebeu.

O advogado de Santana, Fabio Tofic, tenta livrar o seu cliente do petrolão pela mesma porta de saída que foi usada por Duda Mendonça, marqueteiro de Lula em 2002. Duda também alegou que ignorava o esquema do mensalão. No julgamento do STF, prevaleceu a tese segundo a qual ele apenas recebeu por serviços prestados.

A chance de uma desculpa como essa vingar agora é menor. Entre outras provas, os investigadores da Lava Jato apalparam carta endereçada pela mulher de Santana, Mônica Moura, a um dos operadores dos desvios da Petrobras. Nela, a primeira-dama do marketing informa como gostaria de receber a verba de má origem no estrangeiro.

De resto, o escudo do "não sabia" já não protege nem Lula. Em denúncia protocolada no STF, o procurador-geral da República Rodrigo Janot anotou: "Essa organização criminosa jamais poderia ter funcionado por tantos anos e de uma forma tão ampla e agressiva no âmbito do governo federal sem que o ex-presidente Lula dela participasse.
Herculano
17/05/2016 19:40
EVARISTO SPENGLER VAI APOIAR KLEBER

Foi isto que o PMDB de Gaspar mandou divulgar esta tarde: o ex-prefeito Evaristo Spengler, PP, com a sua mulher Dilsa, a Dica,vai apoiar os candidatos Kleber Edson Wan Dall, PMDB e Luiz Carlos Spengler Filho, PP.

A confirmação aconteceu durante um café realizado pela dupla de candidatos na casa do ex-prefeito. Ou seja, a notícia é natural e velha, pois Evaristo sempre foi um homem de partido. Notícia mesmo é se fosse anunciado de que ele não teria esta disposição pública.

De agora em diante, com a definição das quatro pré-chapas, haverá ocupação da mídia com estes anúncios no lugar de planos e comprometimentos de soluções. Acorda, Gaspar!
Despetralhado
17/05/2016 18:13
Oi, Herculano

Alerta Total - às 12:15hs:

"Michel Temer escalou uma super mulher da área econômica para presidir o BNDES e comandar o gigantesco programa de venda de participações do governo em empresas de economia mista".

Sorte de Michel Temer é que Maria Sílvia não é um caveirão de estilo petista.
CARLOS ROBERTO PEREIRA
17/05/2016 17:48
Primeiramente fico surpreso que uma singela entrevista traga tamanha repercussão e mereça destaque deste nobre articulista.

De qualquer forma, gostaria de esclarecer que aprendi a fazer política acompanhando o saudoso Luiz Henrique e também o ex-deputado Renato Vianna. Luiz Henrique sempre falava que quando termina a eleição é hora de guardar as bandeiras partidárias e trabalhar em conjunto pela cidade, já o Dr. Renato, parafraseava o Ulysses Guimarães dizendo que política não se faz com o fígado, mas sim com o coração.

O que falei na rádio representa os ensinamentos desses grandes líderes do PMDB, não somos plano B do PT, pelo contrário somos seus adversários políticos e isso é notório na cidade.

Entretanto, isso não nos impede de reconhecer os méritos do atual prefeito.

Em verdade, a minha fala foi no sentido de que Gaspar e o Brasil precisam é de uma união nacional, deixar as brigas partidárias de lado e trabalhar juntos pelo um bem comum. No período eleitoral, é natural que cada partido tenha seus candidatos e apresentem propostas para sociedade, passado as eleições é hora de união.

Por fim, quanto nossa atuação na Câmara de Vereadores, ela sempre foi coerente com os anseios da cidade, ao contrário de outros que dizem que são a única oposição na Câmara, buscamos fazer oposição consciente e comento dois exemplos para demonstrar isso:
1. O atual prefeito está com seus bens bloqueados, graças uma ação civil pública que foi motivada por uma CPI da última legislatura, que nos requeremos a época e tivemos o ex-vereador Raul Schiller como Relator.
2. A poucos dias fizemos um requerimento na Câmara, solicitando a exoneração de um servidor comissionado que foi condenado pela justiça eleitoral e por isso está impedido de ocupar cargos comissionado em Gaspar.

Para quem não ouviu a entrevista, segue abaixo o link para que eles que desejam, possa ouvir:
https://soundcloud.com/roberto-pereira-86894167/entrevista-radio-89-fm

Então, espero que tenha esclarecido e respondido os questionamentos.

Forte abraço,

Carlos Roberto Pereira
Presidente PMDB Gaspar
Herculano
17/05/2016 15:16
MARI INEZ EXPLICA

Na sua rede social, Mari Inez Testoni Theis, explicou que veio de Blumenau e resolveu parar na padaria para tomar um café, porque ninguém é de ferro.

E ao contrário do áudio que rodou nas redes sociais em profusão no final de semana, ela levou para tomar café uma funcionária sua na Defesa Civil de Gaspar. Mari Inez desmentiu - e eu não mencionei na nota desta coluna - de que a companhia não era filha dela, como a voz afirmava na gravação que se eapalhou pela cidade.
Casinha de Plástico
17/05/2016 13:54
Sr. Herculano:

Fiquei 13 (treze) dias sem telefone fixo e internet.
Como a Oi não é uma empresa que se preocupa com o consumidor, decidi pedir auxílio a ANATEL.

Sabe o senhor, o que descobri?
Resposta da ANATEL: Não importa quantos dias você está sem os serviços, o que conta é que a partir do dia da denúncia (para a ANATEL), a empresa tem 5 (cinco) dias para resolver o problema.
E você fica impossibilitado de ligar para a ANATEL novamente durante 15 (quinze) dias.

O que posso comemorar é o fim do governo vagabundo, que não volta nem que a vaca tussa.
Estamos de olho
17/05/2016 13:44
Herculano,

Depois de mais de 15 dias a prefeitura divulgou as informações dos salarios dos servidores no portal da transparência. Mas gostaria de saber porque as informações referente aos servidores do samae ainda não se encontram disponíveis? Será que essas informações são confidenciais?
Mariazinha Beata
17/05/2016 13:41
Seu Herculano;

Imagina o Brasil governado por uma mulher com todos os ministros mulheres. Será que alguém iria reclamar que falta homem?

Não entendo esse povo ...
Queriam que a Dilma caísse, o LuLLa morresse e o PT acabasse.
Temer veio, está fazendo o seu melhor, tentando "levantar" o Brasil.
Se apresenta com educação e respeito ao povo, tem classe, estudo e nos trouxe esperança.
O que mais querem?

Bye, bye!
Sidnei Luis Reinert
17/05/2016 13:25
Acordos de leniência estão suspensos

Brasil 17.05.16 09:34
Fabiano Silveira, ministro da Fiscalização, Transparência e Controle confirmou ao Bom Dia Brasil que os acordos de leniência estão suspensos:

"Em dezembro de 2015, o governo editou uma MP para tratar dessa questão da leniência. Sinceramente, não foi o melhor encaminhamento porque isso criou resistências. Criou reações fortes, especialmente no TCU e o Ministério Público. Eu creio que o melhor caminho é buscar um consenso possível entre essas instituições legitimadas".

http://www.oantagonista.com/posts/bom-dia-brasil-8895deb3-bdcc-48b3-b88f-0912ada95511?platform=hootsuite
Sidnei Luis Reinert
17/05/2016 12:15
Quem sabe vender o Brasil na bacia das almas?


Edição do Alerta Total ?" www.alertatotal.net
Por Jorge Serrão - serrao@alertatotal.net

Michel Temer escalou uma super mulher da área econômica para presidir o BNDES e comandar o gigantesco programa de venda de participações do governo em empresas de economia mista. O mercado financeiro comemora a indicação da economista Maria Silvia Bastos Marques para comandar as privatizações. Ela conhece o banco a fundo, pois já foi diretora no governo Fernando Collor. Ex-Autoridade Pública Olímpica, Maria Silvia tem tudo para bater um recordes de vendas de "estatais" na bacia das almas.

O trabalho de venda de participações nas "estatais" será feito em conjunto com Romero Jucá, José Serra e Moreira Franco, articulando compradores aqui dentro e lá fora. Tudo sob a coordenação de Henrique Meirelles e com a ajuda de um Banco Central comandado pelo economista-chefe do Itaú, Ilan Goldfajn. E nada melhor que um Pedro Parente na Petrobras e um Gustavo do Vale no Banco do Brasil para fazer a alegria de investidores ávidos por lucros e compras.

A petelândia, que achava que sabia de tudo, mas de nada sabia quando convinha, vai aprender o que significa fazer grandes negócios para entregar o Brasil, definitivamente, a quem dele sempre quis se apossar: o mega capital transnacional. O PT cumpriu bem a missão de bagunçar tudo, para os adversários e aliados traidores ganharem muito dinheiro, depois...

Nada como um País levado a falência moral e econômica para gerar lucros bilionários para quem é profissional em ganhar dinheiro.
Herculano
17/05/2016 10:59
O BRASIL SEM NOÇÃO. MINISTRO LIBERA PARA STF AÇÃO SOBRE IMPEACHMENT DE TEMER

Conteúdo do jornal Folha de S. Paulo. Texto de Márcio Falcão, da sucursal de Brasília. O ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Marco Aurélio Mello liberou para julgamento uma ação que discute a obrigatoriedade de a Câmara dos Deputados ter que dar seguimento ao processo de impeachment do presidente interino Michel Temer (PMDB).

Agora, cabe ao presidente do STF, Ricardo Lewandowski, marcar a data da sessão que vai discutir o caso.

Em abril, Marco Aurélio concedeu uma liminar (decisão provisória) determinando que fosse instalada uma comissão especial da Câmara para discutir o afastamento de Temer, então vice-presidente.

Numa manobra acertada por líderes partidários, a comissão ainda não foi instalada porque nem todas as legendas indicaram representantes.

O processo de impeachment de Temer foi apresentado pelo advogado Mariel Márley Marra e chegou ao STF porque foi arquivado na época pelo deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ) - que foi afastado pelo STF do mandato e da presidência da Câmara - sob a justificativa de que não existiam elementos de que o vice cometeu crime de responsabilidade.

O advogado alega que o vice-presidente cometeu crime de responsabilidade e teria atentado contra a lei orçamentária ao assinar decretos autorizando a abertura de crédito suplementar sem autorização do Congresso.

As irregularidades são as mesmas que motivam o atual pedido de impeachment da presidente afastada Dilma Rousseff, em discussão no Senado.

JANOT

O procurador-geral da República, Rodrigo Janot, enviou parecer ao Supremo defendendo que o STF derrube a liminar.

Janot afirma que a decisão do ministro Marco Aurélio Mello extrapolou o pedido feito pelo autor da ação ao STF.

Segundo a Procuradoria, o objetivo de Marra era suspender o andamento do impeachment contra Dilma Rousseff devido a conexão com o caso de Temer até que o Supremo analisasse o mérito da questão. O ministro, no entanto, rejeitou o pedido para juntar os processos, mas determinou o seguimento da ação de Temer.

"Entende a Procuradoria-Geral da República inadequada a liminar deferida, porque ao Judiciário não é dado conceder liminarmente pedido que não apenas não foi formulado como também é mais extenso em seu alcance do que o pedido principal. Assim, deve ser cassada pelo plenário da Corte", disse Janot.

No texto, Janot defende que é possível ter impeachment de vice-presidente. "A Constituição Federal prevê expressamente as autoridades em relação às quais a magnitude da função política acarreta a responsabilização política por prática de crime de responsabilidade. Dentre aquelas autoridades, o Vice-Presidente da República", escreveu Janot.

O procurador afirmou ainda que há "simetria" e foram adotados os mesmos critérios por Cunha para a abertura do impeachment de Dilma na Câmara e o arquivamento da acusação contra Temer.

A diferença, segundo o procurador, é que a data de assinatura dos decretos. Isso porque Dilma assinou decretos depois que foi enviado ao Congresso projeto pedindo alteração da meta fiscal.

Segundo Janot, o PLN 05, de 2015, é um reconhecimento de que o governo não conseguiria cumprir a meta inicialmente prevista.

"Do ponto de vista jurídico, o momento em que o Executivo documenta e propõe ao Legislativo o reposicionamento da meta torna incontroversa a situação de comprometimento, sendo prudencial que cesse a abertura de créditos suplementares com base em dispositivos do art. 4º da LOA 2015 até a readequação da meta".
Herculano
17/05/2016 10:41
AGORA É OFICIAL. GASPAR TERÁ QUATRO CANDIDATURAS

Uma coletiva na Bunge Natureza durante um almoço para a imprensa, o presidente da Câmara, Giovânio Borges, PSB, vai comunicar que será o vice da chapa de Marcelo de Souza Brick, PSD.

Giovânio, há um mês atrás estava no PSD de Brick. O partido se dividiu para mostrar dois partidos coligados.

Os leitores e leitoras da coluna já sabiam deste desfecho.

Quatro candidaturas já estão colocadas na praça para a disputa de outubro. Duas delas já definiram inclusive os seus vices: Kleber Edson Wan Dall, PMDB, com Luiz Carlos Spengler Filho, PP, além de Marcelo de Souza Brick, PSD, com Giovânio Borges, PSB.

Duas outras pré-candidaturas a prefeitura de Gaspar ainda não definiram os seus vices. O PT de Lovídio Carlos Bertoldi e o PSDB de Andreia Symone Zimmermann Nagel. Acorda,Gaspar!
Herculano
17/05/2016 10:03
O TIME DA ECONOMIA DE MICHEL TEMER, PMDB, ESTÁ ESCOLHIDO. VOCÊ VAI OUVIR FALAR DESSES NOMES DE AGORA EM DIANTE

Conteúdo do Uol (Folha de S. Paulo). Michel Temer assumiu interinamente a Presidência com o desafio de recuperar o crescimento do país. Para isso, mudou os principais membros da equipe econômica.

Segundo o novo ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, todos aqueles que não têm substitutos anunciados permanecem em seus cargos, mas nada impede que novas mudanças sejam anunciadas "nos próximos dias ou nos próximos meses", inclusive nos bancos públicos.

Confira abaixo os novos nomes que já foram anunciados.

Henrique Meirelles, ministro da Fazenda

Comandou o Banco Central de 2003 a 2010, no governo Lula. Foi presidente global do FleetBoston Financial e do BankBoston, além de ter presidido o banco no Brasil. Também foi presidente do Conselho da J&F Investimentos, controladora da JBS (dona das marcas Friboi e Seara), Vigor e Havaianas. Foi confirmado no cargo no mesmo dia em que Temer assumiu, em 12 de maio, e agradou o mercado financeiro.

Tarcísio Godoy, secretário-executivo do Ministério da Fazenda

Já ocupou o mesmo cargo até o final de 2015, na gestão do ex-ministro Joaquim Levy. Antes disso, em dezembro de 2006, foi designado Secretário do Tesouro Nacional. Entre 2007 e 2010, foi presidente da Brasilprev. De 2010 a 2014, foi diretor da Bradesco Seguros. Foi o primeiro nome confirmado por Meirelles.

Ilan Goldfajn, presidente do Banco Central

Economista-chefe e sócio do Itaú Unibanco. Exerceu o cargo de diretor de Política Econômica do Banco Central entre 2000 e 2003, quando trabalhou com Armínio Fraga e, depois, Henrique Meirelles. Entre 1996 e 1999, trabalhou no Fundo Monetário Internacional (FMI).

Marcelo Caetano, secretário da Previdência

Foco em formular uma política de Previdência para o país. Economista do Ipea desde 1997, especialista em Previdência e membro do conselho editorial do Journal of Social Policy, publicado pela Cambridge University Press. Entre 1998 e 2005, foi coordenador-geral de atuária, contabilidade e estudos técnicos do Ministério da Previdência Social. A partir de 2012, passou a exercer o cargo de coordenador de Previdência do Ipea.

Carlos Hamilton de Araújo, secretário de Política Econômica

O seu foco será formulação da política econômica do país. Ex-diretor de Política Econômica do BC, atualmente executivo do grupo J&F, controladora da JBS (dona das marcas Friboi e Seara).

Mansueto Almeida, secretário de Acompanhamento Econômico

O foco será na qualidade e eficiência das despesas públicas. Consultor e funcionário licenciado do Ipea (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada). É especialista em contas públicas e foi um dos coordenadores do programa econômico do então candidato à Presidência Aécio Neves (PSDB). Foi coordenador-geral de Política Monetária e Financeira na Secretaria de Política Econômica no Ministério da Fazenda (1995-1997).

Maria Silvia Bastos Marques, presidente do BNDES

A economista presidiu a Companhia Siderúrgica Nacional (CSN) entre 1999 e 2002. Também foi secretária municipal de Fazenda do município do Rio de Janeiro de 1993 a 1996, na gestão do prefeito César Maia. Atuou também como assessora especial da Prefeitura do Rio para a Olimpíada 2016.
Herculano
17/05/2016 07:24
REFORMA DA PREVIDÊNCIA: O PT ESTÁ DE NOVO NO "MODO SABOTAGEM". OU: LUGAR DE BANDIDOS É NA CADEIA, por Reinaldo Azevedo, de Veja

O partido sabotou, ao longo da história, todas as tentativas justas e honestas de fazer do Brasil um lugar melhor: sabotou a Constituição, sabotou o Plano Real, sabotou a Lei de Responsabilidade Fiscal, sabotou as privatizações. E, finalmente, o partido sabotou toda a ordem legal ao tentar tomar o Estado de assalto por meio do mensalão e do petróleo

O presidente Michel Temer reuniu nesta segunda representantes de centrais sindicais - além da Força, Centrais Sindicais Brasileiras (CSB), União Geral dos Trabalhadores (UGT) e Nova Central Sindical de Trabalhadores (NCST) - e membros do governo para propor a criação de um grupo de trabalho que apresente, em 30 dias, uma proposta de reforma da Previdência. A coordenação será do ministro da Casa Civil, Eliseu Padilha. Henrique Meirelles (Fazenda) e Ronaldo Nogueira (Trabalho) participaram da conversa. A CUT não mandou representante, ora vejam, porque diz não reconhecer a legitimidade do governo Temer.

Atenção! Dilma Rousseff, a afastada, quando na Presidência da República, tentou usar a reforma da Previdência como uma espécie, assim, de ponto de inflexão para o início do seu segundo mandato. E ficou falando sozinha. Agora, os cutistas - que são apenas a expressão do petismo no movimento sindical ?" se negam a conversar com o governo porque pretendem fazer da reforma da Previdência um pretexto a mais para botar seu bloco na rua.

Os petistas e seus satélites nos movimentos sociais voltam, assim, às suas origens; ao tempo em que a sua tarefa principal não era formular propostas para modernizar o país ou garantir benefícios aos trabalhadores. Não! O seu intuito principal era sabotar governos apenas porque não estavam sob o comando do PT.

Um tal Raimundo Bonfim, coordenador-geral da CMP (Central de Movimentos Populares) e membro da coordenação nacional da Frente Brasil Popular, manda bala: "Seremos oposição e não há diálogo". Guilherme Boulos, do MTST, ameaça: "Nós entramos a partir de agora em um período de instabilidade social". E antevê: "É de se esperar em qualquer governo ?" ainda mais em um governo ilegítimo, que corte os recursos da moradia ?" uma onda de ocupações. Não há outra alternativa aos milhões de trabalhadores sem teto que não ocupar".

Ora, essa também é orientação que vaza de uma nota absurda redigida por Rui Falcão, presidente do PT. E não é outro o espírito daquela que resolveu ficar aboletada no Palácio da Alvorada, comandando o que ela imagina seja a resistência. Vale dizer: os petistas e seus satélites anteveem o caos porque eles prometem promover o caos.

Voltemos à Previdência: Temer já assumiu o compromisso de que não haverá mudança nas chamadas expectativas de direito - que "adquiridos" não são. Acena-se com alterações apenas para quem vier a ingressar no mercado de trabalho. Tenta-se, portanto, cuidar do futuro.

Ocorre que os petistas não aceitarão nenhuma mudança que não esteja sob a condução do partido. E eles, obviamente, mentem ao afirmar que se comportam desse modo porque o poder lhes foi retirado por um suposto "golpe". O partido sabotou, ao longo da história, todas as tentativas justas e honestas de fazer do Brasil um lugar melhor: sabotou a Constituição, sabotou o Plano Real, sabotou a Lei de Responsabilidade Fiscal, sabotou as privatizações. E, finalmente, o partido sabotou toda a ordem legal ao tentar tomar o Estado de assalto por meio do mensalão e do petrolão.

É bom que as forças democráticas fiquem atentas e vigilantes. Eles são poucos, sim! Hoje, são uma extrema minoria, mas não têm pruridos nem receio de apostar no caos social. É preciso que saibamos todos distinguir, para lembrar o ministro Alexandre de Moraes (Justiça), a linha que separa o direito à manifestação da pura e simples prática de crimes.

Lugar de democratas é no espaço público, a defender suas ideias. Lugar de bandido é na cadeia.
Gerson
17/05/2016 07:18
Gente o pessoal da Indefesa Civil estava tomando um café, são filhos de Deus também, tanta implicância, kkkkkk
Herculano
17/05/2016 07:01
REINA A PAZ EM BRASÍLIA, por Mário Sérgio Conti, para o jornal Folha de S. Paulo

A direção do PT começou uma discussão que deverá ser encarniçada. O objetivo imediato é decidir o que fazer diante da situação aberta pela queda da presidente. Isso implica, porém, fazer um balanço da experiência do partido em 13 anos de poder, sobretudo dos últimos tempos.

Dada a natureza do governo interino, e da sem-cerimônia com que ele viola a vontade popular expressa nas urnas, é fácil denunciar a nova ordem. Difícil será dizer o que fazer se Dilma for reconduzida ao Planalto. A sua presidência tenderá a ruir de novo ?"caso volte a governar como fazia desde que foi eleita. Não basta dizer "Fora, Temer".

Nem isso Dilma disse, aliás, no seu discurso de despedida, apesar de a palavra de ordem sintetizar a posição do PT. Ela escorou a sua peroração com dois substantivos: injustiça e traição. Ambos são individualizantes e lamurientos.

Injustiça de fato houve. O "The New York Times", insuspeito de esquerdismo, expôs bem essa questão: frente às faltas administrativas que teriam sido cometidas pela presidente, a destituição é uma punição desproporcionalmente severa.

Com "traição" a coisa muda de figura. Dilma disse que foi vítima de deslealdade: Temer, Cunha e companhia bela a apunhalaram pelas costas. Também é fato, mas ele não explica muito. A direção do PT dirá que a iniciativa de trair a vontade dos eleitores partiu da própria presidente?

Vinte dias depois de vencer nas urnas, Dilma entregou a economia a um assessor de seu adversário no segundo turno. Encarregou Joaquim Levy de fazer o que Henrique Meirelles está pondo em prática agora.

Se "traição" for palavra demasiado forte para caracterizar a reviravolta, sempre é possível usar outra. Mas terá que ser "enganação", "fraude", "mentira" ou outra do mesmo campo semântico. O embuste teria sido cometido durante a campanha inteira, quando a candidata garantiu que não faria reajuste, não criaria impostos nem desempregaria.

O que não dará para fazer será sustentar que, nos primeiros 20 dias de governo, a situação econômica avinagrou a ponto de medidas drásticas (as pregadas pela oposição) se tornarem imperativas. Também será impossível jogar a culpa nas costas do marqueteiro. A responsabilidade final foi do PT e da sua candidata.

Atarantada pela Lava Jato, a direção do PT a princípio fingiu não ver a cambalhota de Dilma. Com o passar dos meses, e com o aprofundamento da crise, começou a criticar a política econômica. Aí foi a vez da irritadiça Dilma se fazer de surda, de recorrer à costumeira empáfia.

Em julho passado, quando a situação política se deteriorara de vez, ela deu uma entrevista à Folha. Depois dos "?", querida" de praxe, disse, de indicador erguido:

"Quem quer me tirar não é o PMDB. Nã-nã-nã-não! Eu acho que o PMDB é ótimo. Eu não vou cair. Eu não vou, eu não vou. Isso é moleza, é luta politica". A derrota foi tão funda que a existência mesma do PT está em xeque. A energia popular que provocou a construção do partido e o levou quatro vezes ao Planalto, no entanto, segue existindo. Até porque nenhum dos problemas estruturais da nação foi resolvido.

É a respeito de derrotas o último artigo de Rosa Luxemburgo, publicado dois dias antes de ser assassinada, em 1919. O seu título é "Reina a ordem em Berlim". Ele diz:

"Nós nos apoiamos nas derrotas e não podemos renunciar a nenhuma delas, pois de todas elas tiramos parte da nossa força e da nossa lucidez".
Herculano
17/05/2016 06:57
MEC COGITA REVER DECISÕES TOMADAS POR MERCADANTE EM PLENO APAGAR DAS LUZES, por Josias de Souza

A Advocacia-Geral da União passa um pente fino em portarias e decisões tomadas pelo petista Aloizio Mercadante à frente do Ministério da Educação. Apuram-se indícios de que, no apagar das luzes da gestão Dilma, Mercadante abusou da prerrogativa de manusear a caneta. As conclusões da AGU serão entregues ao novo titular da pasta, o deputado Mendonça Filho (DEM-PE), que tem poderes para revogar atos praticados pelo antecessor.

Numa das decisões consideradas atípicas, Mercadante antecipou a nomeação de membros do Conselho Nacional de Educação. Trata-se de um dos órgãos mais relevantes do MEC. Auxilia o ministro na formulação e avaliação da política nacional de educação. Integram-no 24 membros. Seus mandatos expiram apenas em julho. Mas Mercadante antecipou-se.

Entre reconduções e substituições, o ex-auxiliar de Dilma, hoje uma presidente afastada, definiu algo como metade do conselho. Com isso, impôs um fato consumado ao sucessor. Entretanto, como Cavalo de Troia não trota, a AGU busca embasamento jurídico para retirar os conselheiros que Mercadante enfiou dentro da gestão alheia.
Sidnei Luis Reinert
17/05/2016 06:50
Em entrevista para o programa 'Roda Viva', o senador cassado e delator da Lava Jato afirmou também que o PMDB teve 'posição proeminente' no esquema do petrolão

O senador Delcídio do Amaral, durante reunião do Conselho de Ética, em Brasília (DF) - 09/05/2016
O senador Delcídio do Amaral, durante reunião do Conselho de Ética, em Brasília (DF) - 09/05/2016(Adriano Machado/Reuters)
Um dos principais delatores da Operação Lava Jato, o senador cassado Delcídio do Amaral (sem-partido-MS) afirmou nesta segunda-feira que o PT tornou "sistêmica" a corrupção na Petrobras e que o PMDB teve papel "proeminente" no petrolão. O ex-líder do governo, que teve o mandato cassado por quebra de decoro na última terça-feira, fez as declarações no programa Roda Viva, da TV Cultura.
Segundo Delcídio, já havia corrupção em estatais em governos anteriores ao PT, mas com a chegada da legenda ao poder "começou a haver uma espécie de atuação sistêmica nas diretorias e atuação partidária muito mais ampla, concatenada, com participação das principais lideranças partidárias que compunham a base do governo Lula e Dilma. Deu no que deu".

A respeito do PMDB, Delcídio disse que o partido teve uma "posição proeminente" nos desvios em estatais. O senador cassado afirmou que a participação de caciques peemedebistas no esquema "vai aparecer nitidamente" nas investigações da Lava Jato e citou o presidente do Senado Renan Calheiros (PMDB-AL) - a quem chamou de "cangaceiro" -, o senador licenciado e agora ministro do Planejamento Romero Jucá (PMDB-RR) e o senador Edison Lobão (PMDB-MA).
Em relação ao presidente interino Michel Temer, Delcídio declarou que não pode "botar a mão no fogo" por ele.
Lula e Dilma - Questionado se corroborava a afirmação de que Lula e Dilma sabiam do esquema de corrupção, Delcídio repetiu que sim. Para o ex-senador, a argumentação de que Lula não sabia dos desvios ou que Dilma recebeu um parecer "falho" para decidir sobre o investimento na refinaria de Pasadena é assumir que as pessoas são "idiotas". "Tenha paciência, é achar que todo mundo é ignorante, idiota. A Petrobras sempre foi do presidente."
http://veja.abril.com.br/noticia/brasil/delcidio-corrupcao-na-petrobras-se-tornou-sistemica-com-o-pt
Herculano
17/05/2016 06:48
O AMOR FICOU DE FORA, por Álvaro Costa e Silva, para o jornal Folha de S. Paulo

Michel Temer tem um estilo "déjà vu" - no discurso de posse, mandou uma mesóclise que doeu -, mas daí a voltar aos tempos da República Velha? É o que sugere, ao adotar o "Ordem e Progresso" como slogan de governo. A marca visual, com abóbada celeste, é jogada de marqueteiro para aproveitar a onda de manifestações contra Dilma Rousseff, nas quais a presença do auriverde pendão era obrigatória.

O dístico - como até alguns deputados devem saber - inspira-se no lema positivista "O amor por princípio, a ordem por base e o progresso por fim", criado pelo francês Augusto Comte, que no século 19 misturou filosofia, religião e ciência natural numa tentativa de resolver as questões sociais.

Para a bandeira, pegamos a ordem (que, se exagerada, pode descambar em repressão) e o progresso (aquela luzinha no inacessível fim do túnel). O amor ficou de fora.

Mas não de "Positivismo", de Noel Rosa e Orestes Barbosa. Numa tarde de 1933, Noel chegou ao Café Nice, parada obrigatória dos compositores da época, e recebeu de Orestes a letra para musicar. O samba parece falar diretamente ora com a presidente afastada, ora com o presidente interino.

"Vai, orgulhosa, querida/ Mas aceita esta lição/ No câmbio incerto da vida/ A libra sempre é o coração/ O amor vem por princípio, a ordem por base/ O progresso é que deve vir por fim/ Desprezastes esta lei de Augusto Comte/ E fostes ser feliz longe de mim." Não serve como luva para Dilma?

"A intriga nasce num café pequeno/ Que se toma para ver quem vai pagar." E estes versos, quem não reconhece neles o dedo conspirador de Temer?

No fim, Noel e Orestes falam de nós, brasileiros que não moramos em palácios de Brasília: "Para não sentir mais o teu veneno/ Foi que eu resolvi me envenenar". Com o ódio que grassa por aí.
Herculano
17/05/2016 06:43
MESMO À DISTÂNCIA, CUNHA CONTINUA NO COMANDO, por Cláudio Humberto, na coluna que publicou hoje nos jornais brasileiros

Afastado do mandato de deputado federal e da presidência da Câmara, Eduardo Cunha está inconformado com a proibição de frequentar a Casa, mas montou um gabinete na residência oficial, no Lago Sul, onde recebe parlamentares e dispara telefonemas freneticamente, utilizando aparelhos de amigos e números de celular ao menos uma vez por dia, porque tem certeza de que está sendo monitorado pela Lava Jato.

AINDA INFLUENTE
Sem pôr os pés na Câmara, Eduardo Cunha continua tentando manter a influência, articulando inclusive contra seu substituto interino.

'PRISÃO' QUE É UM LUXO
Em sua espaçosa "prisão domiciliar", desfrutando de luxos pagos pelo contribuinte, Cunha convoca reuniões e até orienta pauta de votações.

ALUCINADO
Nas conversas, o presidente afastado da Câmara diz a aliados que voltará. Eles fingem acreditar, em homenagem aos velhos tempos.

GOSTANDO DO JOGO
Cunha tentou enquadrar Waldir Maranhão, mas ele está adorando os salamaleques da interinidade, incluindo mordomias, seguranças etc.

'PEDALADAS' PODEM COMPLICAR A VIDA DE MARANHÃO
O presidente interino da Câmara, Waldir Maranhão (PP-MA), é acusado de cometer "pedaladas", irregularidade idêntica àquela que resultou no afastamento de Dilma. Utilizando-se de simples portaria, mesmo com a meta fiscal estourada, ele abriu crédito suplementar de R$ 16 milhões no Orçamento da União, tirando dinheiro de salários para bancar benefícios. Segundo especialistas, isso é proibido por lei.

ASSISTENCIALISMO
Entre os benefícios que levaram Waldir Maranhão às "pedaladas" estão assistência pré-escolar e auxílio-alimentação dos servidores.

BOQUINHA GENEROSA
Os valores dos auxílios não são exatamente modestos. Chegam a R$ 746/mês o pré-escolar e mais de R$ 835/mês o alimentação.

RESSALVA
A assessoria da Câmara diz que, apesar do remanejamento já estar autorizado, o reajuste ainda depende de "portaria da mesa diretora".

'CAMISAS NEGRAS' PETISTAS
O ataque ao líder do DEM, deputado Pauderney Avelino (AM), sexta, ao desembarcar em Manaus, tem a mesma inspiração fascista dos "camisas negras" de Benito Mussolini e da Juventude Nazista, que perseguiam e agrediam nas ruas os que divergiam deles.

OPOSIÇÃO RAQUÍTICA
O presidente Michel Temer terá oposição numericamente fraca. Na Câmara, PT (58), PDT (20), PCdoB (11), PSOL (6) e Rede (4) somam 99 deputados. No Senado, 17. Insuficientes até para criação de CPI.

DOCE DE PESSOA
A presepada final da era PT foi do ex-ministro Miguel Rossetto, quando Dilma assinava a intimação para abandonar o Planalto. Nervosamente, ele tentou puxar aplausos, com um "viva à democracia!". Dilma reagiu com seu jeito búlgaro, mandando-o calar-se sob gritos e palavrões.

FORTE CANDIDATO
Com o parecer da Comissão de Constituição e Justiça declarando vacância da presidência da Câmara, o deputado Jarbas Vasconcelos (PMDB-PE) aparece com alta chance de comandar a Casa.

MINISTÉRIO DO FORO
O potiguar Henrique Alves espalha no Rio Grande do Norte que "escolheu" ser ministro do Turismo, como dizia que chefiaria a Casa Civil. Mas seu lugar é aquele que lhe garante foro privilegiado.

MUDANÇAS NO BC
Ilan Goldfajn (Itaú) deve ser anunciado nesta terça (17) presidente do Banco Central. Mário Mesquita (Banco Brasil Plural) e Carlos Kawall (Safra) também contam com a simpatia de Henrique Meirelles.

BRINCADEIRA DE MAU GOSTO
O senador Antonio Reguffe (sem partido-DF) criticou o uso de jatinho da FAB por Dilma e Eduardo Cunha, após o afastamento. "É uma brincadeira com as pessoas que pagam impostos", diz, indo ao ponto.

FATIA DO BOLO
O deputado Paulinho da Força (SP) jura que o Solidariedade, seu partido, recebeu bandeira branca do presidente Michel Temer para indicar o chefe do Incra. Mas o partido ainda não definiu um nome.

PERGUNTA NA PLATEIA
Chama-se "Meu cargo, Minha vida" o bizarro protesto de "artistas e intelectuais" contra a extinção do Ministério da Cultura e suas boquinhas?
Herculano
17/05/2016 06:34
DILMA E LULA SABIAM DA CORRUPÇÃO NA PETROBRÁS, DIZ DELCÍDIO

Conteúdo do portal Uol (Folha de S. Paulo). O senador cassado Delcídio do Amaral (sem partido-MS), ex-líder do governo de Dilma Rousseff no Senado, afirmou nesta segunda-feira (16), no programa "Roda Viva", da TV Cultura, que tanto o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva quanto a presidente afastada Dilma Rousseff tinham conhecimento do esquema de corrupção vigente na Petrobras.

Segundo Delcídio, ele atuou junto ao ex-diretor da Petrobras Nestor Cerveró de modo a evitar que ele colaborasse com a Operação Lava Jato por pedido pessoal de Lula. O senador cassado afirmou que Lula o teria procurado e dito: "Nós precisamos resolver essa questão". Só aí teria tomado a iniciativa de tentar dissuadir Cerveró de falar, mediante oferta em dinheiro e um plano de fuga do país.

Em depoimento à Procuradoria-Geral da República (PGR), em abril passado, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva se defendeu das acusações contra ele que constam na delação do senador cassado. Lula negou que teria participado do esquema para tentar impedir que o ex-diretor da Petrobrás, Nestor Cerveró, fechasse delação premiada no âmbito da Operação Lava Jato. Lula negou ainda que tivesse conhecimento de um grande esquema de corrupção na empresa. Na época, a presidente afastada Dilma Rousseff também negou, em nota, que tivesse conhecimento do chamado petrolão.

Para ele, o governo acreditava que a Lava Jato colocaria "de cócoras" apenas o Congresso Nacional, mas não chegaria a atingir o próprio governo. Isso só teria mudado com a aproximação das investigações de integrantes e colaboradores próximos do governo: "Quando viram que a água estava batendo no pescoço, quiseram obstruir a Justiça", acusou.

O senador cassado também foi questionado sobre denúncias de corrupção em Furnas Centrais Elétricas, de que o senador Aécio Neves (PSDB) é acusado de ser beneficiado de desvios, entre outros políticos. Delcídio não confirmou supostos benefícios a Aécio, mas disse que Furnas é a "joia da coroa", uma empresa que está com o "filé-mignon do setor elétrico".

Mas, lembrando de sua posição de presidente da CPI dos Correios, que analisou as denúncias do mensalão no governo Lula, disse que "a gênese do mensalão surgiu em Minas Gerais".

Delcídio disse acreditar que "Dilma não volta mais", criticou o PT e defendeu uma reformulação total do partido. Sobre o futuro do governo Michel Temer, Delcídio afirmou que ele começou de maneira meio vacilante e que precisará adotar medidas duras. "É complicado governar um país complexo como o Brasil sem apoio popular", alertou.
Herculano
17/05/2016 06:29
da série: é melhor ficar de cócoras para as republiquetas bolivarianas e continuar um anão diplomático á moda do antigo dono do poder

DIPLOMACIA DO PORRETE

No primeiro dia como ministro das Relações Exteriores, o tucano José Serra adotou uma linha pouco diplomática. Em duas notas oficiais, ele atacou os governos de cinco países e a direção da União das Nações Sul-Americanas, a Unasul.

O chanceler estreante se irritou com críticas ao processo que afastou Dilma Rousseff e promoveu seu novo chefe, Michel Temer. Na primeira nota, Serra mirou os governos de Bolívia, Cuba, Equador, Nicarágua e Venezuela. Ele acusou os cinco países de "propagarem falsidades sobre o processo político interno no Brasil".

A segunda nota foi um petardo contra o secretário-geral da Unasul. O ministro acusou Ernesto Samper de usar "argumentos errôneos", fazer "interpretações falsas" e expressar "juízos de valor infundados".

Para Serra, os comentários do colombiano seriam "incompatíveis com as funções que exerce e com o mandato que recebeu". Samper reagiu com ironia. "Fizeram o impeachment da presidente do Brasil, agora querem o impeachment do secretário-geral da Unasul", disse, segundo o jornal "Valor Econômico".

Nesta segunda, o chanceler retomou a artilharia. O alvo da vez foi El Salvador, que suspendeu os contatos com o Brasil. O Itamaraty chegou a insinuar uma represália econômica, lembrando que o pequeno país é "o maior beneficiário" de cooperação brasileira na América Central.

A beligerância de Serra tem um sentido óbvio. Nomeado para uma pasta de pouca visibilidade, ele já conseguiu se projetar e garantir espaço nos jornais. A exposição é parte essencial do seu plano de ressurgir como candidato à Presidência da República em 2018 ?"pela terceira vez e não necessariamente no PSDB.

O tom inaugural do chanceler empolgou aliados, mas preocupou muitos diplomatas experientes. Parte da força do Brasil no exterior se deve ao esforço para manter a neutralidade e dialogar com todos os países. Essa aposta no "soft power" não combina com uma diplomacia do porrete.
Herculano
16/05/2016 18:43
AS FESTAS DE IGREJAS E OS POLÍTICOS

Neste final de semana, como o próprio jornal Cruzeiro do Vale anunciou, as festas de igrejas abundaram, próprias da época do ano e do tempo de pagamento de salários.

Mas, o que abundou mesmo nestas festas, foram os políticos, cabos e pretensos candidatos. Havia até comitiva com fotógrafo profissional a tira-colo.

Mas, se esses candidatos não são candidatos oficiais, se não possuem comitês e não estão submetidos a prestações de contas, não é ilegal o suporte de tal staff perante a legislação eleitoral? Acorda, Gaspar!
Herculano
16/05/2016 18:31
FALCÃO DEVE ACHAR QUE MULHER E NEGRO SO SERVEM PARA COMPENSAR LADRÕES, por Reinaldo Azevedo, de Veja

Presidente do PT divulga nota de impressionante delinquência política. Desmonto as tolices

O presidente do PT, Rui Falcão, assina uma nota que está no site do partido de impressionante delinquência política e que não resiste nem aos fatos nem à lógica. Segue seu texto com as minhas respostas.

[Falcão] Mal começou e o governo usurpador confirma o que já prevíamos. Em sua primeira entrevista - e na de alguns ministros - o presidente interino anuncia a disposição de avançar em privatizações, em rever políticas sociais e de reforma agrária, bem como de acabar com o multilateralismo da política externa brasileira, retornando à dependência dos Estados Unidos.

[contraponto de Reinaldo] Não há uma só verdade aí. Ao contrário: Temer reafirmou o compromisso com as políticas sociais. Embora as privatizações sejam absolutamente necessárias, não há um posicionamento claro a respeito. Tomara que aconteçam. Quanto a acabar com o multilateralismo, eis a coisa mais estúpida da nota: ele certamente se refere à resposta dada pelo Itamaraty aos ataques que sofreu o governo brasileiro de ditaduras como Cuba e Venezuela e de lideranças bolivarianas da América Latina. Aliás, o ministro José Serra está de parabéns. Não deixou prosperar a farsa e deu a resposta necessária.

[Falcão] Num ministério sem mulheres e negros, com vários ministros investigados por corrupção, a revogação de direitos não se resume à reforma da Previdência, com fixação de idade mínima.

[contraponto de Reinaldo] É a má-fé a serviço da empulhação. O governo Dilma também tinha investigados, como Edinho Silva e Aloizio Mercadante - em breve. Seu líder no Senado, Delcídio do Amaral, fez a mais explosiva delação premiada do petrolão, acusando Dilma de saber de tudo. Em breve, a própria presidente afastada deve passar à condição de denunciada. Na cabeça perturbada de Falcão, tudo isso é perdoável se houver algumas mulheres e alguns negros no governo. A perspectiva racista e misógina de Falcão é tal que ele acha que mulheres e negros devem ser usados como pesos na balança para compensar os bandidos. Essa seria a sua função. A isso conduz seu raciocínio.

[Falcão]Transparece também na fala do interino da Fazenda, quando informa que pretende desobrigar União, Estados e Municípios de investirem os percentuais mínimos de recursos na saúde e na educação. O desmonte da seguridade social (saúde, assistência social e previdência) faz parte do programa neoliberal "Uma Ponte para o Futuro".

[Contraponto de Reinaldo] O programa "Uma Ponte Para o Futuro", infelizmente, não é o programa de Michel Temer. O PT quebrou o Brasil e agora quer impedir o país de encontrar uma saída.

O governo Michel Temer precisa, com urgência, informar o país sobre a real situação da economia e demonstrar os rombos que o PT deixou. Em vez de ceder à patrulha politicamente correta da canalhada que foi apeada do poder, precisa se dedicar ao trabalho sistemático de informar a herança maldita deixada pela súcia.
Herculano
16/05/2016 17:56
O SUBVERSIVO FEN?"MENO DA NÃO-OPINIÃO, por David Campos Castro, estudante de Direito, para o Observatório da Imprensa

Em tempos de folia pós-moderna, a não-opinião vem se mostrando um instrumento de cunho extremamente subversivo. As patrulhas ideológicas mantêm sob rédea curta a busca por elementos contra majoritários, e é notável a presença de um espectro que constantemente ronda a agonística da linguagem hodiernamente. Desta maneira, àqueles que insistem em se manter fora de combate no coliseu ideológico destina-se a pena do repúdio e do exílio social.

Deixem-me esclarecer a situação para que vossa confusão seja melhor estabelecida: a não-opinião, no que tange aos temas em debate (tudo), representa uma flâmula de incapacidade cognitiva, um estrangulamento das faculdades racionais; de forma que os seus agitadores podem já se considerar habitantes do purgatório intelectual, fadados à permanência neste limbo até que decidam voltar à lucidez e pronunciarem-se como detentores de verdades.

Para tal, não é preciso muito esforço. Afinal, as verdades pessoais são incontestáveis. Não? Em meio a todos estes átomos lançados em movimento browniano que compõem a matéria social [ver A Condição Pós-Moderna, LYOTARD], as epifanias dos particulares configuram, em absoluta medida, a constituição de solitários palácios ideológicos, fortalezas cognitivas.

No entanto, se enganam aqueles que, em seus lapsos de ingenuidade, possam acreditar que a construção destes palácios se dá por meio de assimilação epistemológica. O conhecimento, ao que parece, tornou-se via secundária para a formulação de posições. A grande fonte da qual bebem estes átomos é a deliberação particular e solitária, visto que, à medida que o acesso ao conhecimento se universaliza, menos atrativo ele parece tornar-se. E vale frisar que não me refiro ao conhecimento acadêmico ou literário apenas, e sim ao conhecimento lato sensu.

A razão comunicativa

Desta forma, deixo explícito que não me presto a conjecturar sobre a atual formação de um éden nietzschiano, visto que, claramente, o que se pode diagnosticar na matéria social não é o surgimento de Zaratustras [Assim Falou Zaratustra, NIETZSCHE] ou quaisquer outros protótipos de além-homem.

A grande questão problematizada neste ensaio é diametralmente oposta a esse quadro. O que salta aos olhos é, na verdade, a evidente depreciação do conhecimento, em prol da salvaguarda de posições enquanto prioridade. A supracitada agonística da linguagem encontra-se, por conseguinte, estéril, visto que sua composição é fragilizada pelo esvaziamento dos golpes e, principalmente dos contragolpes linguísticos [ver A Condição Pós-Moderna, LYOTARD].

A distribuição gratuita de lances na arena da linguagem reflete a emersão do terror lyotardiano, os discursos encontram-se destituídos de conteúdo, pelo fato de estarem tão atrelados a determinadas posições ideológicas que ojerizam o âmago da agonística pós-moderna: os deslocamentos ocasionados pelo efeito dos jogos de linguagem; a maleabilidade das opiniões perante a força argumentativa, ou o que Habermas denominaria razão comunicativa [ver Teoria da Ação Comunicativa, HABERMAS].

A crença nas verdades particulares

Desta forma, explica-se o enquadramento da não-opinião na lista negra da patrulha ideológica pós-moderna. De maneira que os portadores de incertezas estão convidados a retirarem-se do jogo, pois os deslocamentos são veementemente abominados pela sociedade da desinformação.

Os não-opinantes representam, portanto, uma categoria subversiva à doutrina pós-modernista, na medida em que buscam uma maior assimilação de conhecimento para consolidar suas posições, ou para abandoná-las. Como o propósito dos debates não perpassa mais a construção ideológica (visto que esta se faz, agora, na deliberação solitária), e sim, a guerra de valores, aqueles não dispostos a guerrear única e exclusivamente pelo sabor da batalha estão fadados à repulsa.

Por fim, vale ressaltar que o frenesi ocasionado pelo embate não trata de uma brincadeira niilista ?" antes fosse ?" e sim, de uma crença ferrenha da preponderância das verdades particulares sobre as de outrem. Desta forma, incorrendo-se numa verdadeira esquizofrenia.
Herculano
16/05/2016 17:51
A DOENÇA DO AMOR, por Luiz Felipe Pondé, filósofo no jornal Folha de S. Paulo

Existe de fato amor romântico? Esta é uma pergunta que ouço quando, em sala de aula, estamos a discutir questões como literatura romântica dos séculos 18 e 19. Quando o público é composto de pessoas mais maduras, a tendência é um certo ceticismo, muitas vezes elegante, apesar de trazer nele a marca eterna do desencanto.

Quando o público é mais jovem há uma tendência maior de crença no amor romântico. Alguns diriam que essa crença é típica da idade jovem e inexperiente, assim como crianças creem em Papai Noel.

Mas, em matéria de amor romântico, melhor ainda do que ir em busca da literatura dos séculos 18 e 19 é ir à fonte primária: a literatura europeia medieval, verdadeira fonte do amor romântico. A literatura conhecida como amor cortês.

Especialistas no assunto, como o suíço Denis de Rougemont, suspeitavam que a literatura medieval criou uma verdadeira expectativa neurótica no Ocidente sobre o que seria o amor romântico em nossas vidas concretas, fazendo com que sonhássemos com algo que, na verdade, nunca existiu como experiência universal.

Dos castelos da Provence francesa do século 12 ao cinema de Hollywood, teríamos perdido o verdadeiro sentido do amor medieval, que seria uma doença da qual devemos fugir como o diabo da cruz.

Para além dos céticos e crentes, a literatura medieval de amor cortês é marcante pela sua descrição do que seria esse "pathos" amoroso. Uma doença, uma verdadeira desgraça para quem fosse atingindo em seu coração por tamanha tristeza. André Capelão, autor da época ("Tratado do Amor Cortês", ed. Martins Fontes), sintetiza esse amor como sendo uma "doença do pensamento". Doença essa que podemos descrever como uma forma de obsessão em saber o que ela está pensando, o que ela está fazendo nessa exata hora em que penso nela, com o que ela sonha à noite, como é seu corpo por baixo da roupa que a veste, o desejo incontrolável de ouvir sua voz, de sentir seu perfume. Mas a doença avança: sentir o gosto da sua boca, beijá-la por horas a fio.

Mas, quando em público, jamais deixe ninguém saber que se amam. Capelão chega a supor que desmaios femininos poderiam ser indicativos de que a infeliz estaria em presença de seu desgraçado objeto de amor inconfessável. A inveja dos outros pelos amantes, apesar de condenados a tristeza pela interdição sempre presente nas narrativas (casados com outras pessoas, detentores de responsabilidades públicas e privadas), se dá pelo fato que se trata de uma doença encantadora quando correspondida.

Nada é mais forte do que o desejo de estar com alguém a quem você se sente ligado, mesmo que a milhares de quilômetros de distância, sem poder trocar um único olhar ou toque com ela.

O erro dos modernos românticos teria sido a ilusão de que esse medievais imaginariam o amor romântico numa escala universal e capaz de conviver com um apartamento de dois quartos, pago em cem anos.

Não, o amor cortês seria algo que deveríamos temer justamente por seu caráter intempestivo e avassalador. Sempre fora do casamento, teria contra ele a condenação da norma social ou religiosa que, aos poucos, levaria as suas vítimas à destruição, psicológica ou física.

Para os medievais, um homem arrebatado por esse amor tomaria decisões que destruiriam seu patrimônio. A mulher perderia sua reputação. Ambos viriam, necessariamente, a morrer por conta desse amor, fosse ele em batalha, por obrigação de guerreiro, fosse fugindo do horror de trair seu melhor amigo com sua até então fiel esposa. Ela, morreria eventualmente de tristeza, vergonha e solidão num convento, buscando a paz de espírito há muito perdida. A distância física, social ou moral, proibindo a realização plena desse desejo incessante como tortura cotidiana.

O poeta mexicano Octavio Paz, que dedicou alguns textos ao tema, entendia que a literatura medieval descrevia o embate entre virtude e desejo, sendo a desgraça dos apaixonados a maldição de ter que pôr medida nesse desejo (nesse amor fora do lugar), em meio à insuportável culpa de estar doente de amor.

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