Por Herculano Domício - Jornal Cruzeiro do Vale

Por Herculano Domício

20/02/2017

DESVIO DE FUNÇÃO I
Para que serve a troca de governo? Para sanear, para diminuir vícios, para esclarecer distorções. Os oitos anos de governo o PT e de Pedro Celso Zuchi, criaram algumas anomalias difíceis de serem explicadas, mas fáceis de serem entendidas. Denunciadas, e após ouvir os envolvidos, a promotora que cuida da Moralidade Pública na Comarca de Gaspar, Chimelly Louise de Resenes Marcon recomendou ao atual prefeito Kleber Edson Wan Dall, PMDB, a imediata regularização da situação e o retorno dos servidores às suas funções de origem. O Sintraspug não se posicionou sobre esta anomalia. Aliás ficou quieto durante esse tempo todo. O PT, ensaia levar o caso a Justiça na proteção dos seus. E por que? Primeiro porque gostaria que os seus protegidos continuassem protegidos. Segundo, porque isso pode caracterizar no futuro mais um ato de improbidade administrativa contra Zuchi, então ir contestando desde já, é a melhor proteção. Quando fez e bancou o erro, não pensou dessa forma.

DESVIO DE FUNÇÃO II
Com a recomendação do Ministério Público, o PMDB e o PP, perante a comunidade e os servidores envolvidos, lavam as mãos. Estão, na verdade, cumprindo orientações, que se não cumpridas, podem tirar a culpa de Zuchi e transportar para Kleber. Mas que a recomendação tira um peso e tanto das costas dos novos mandatários, a isso tira. Alguns deles, em anos passados, já tinham até sido mencionados aqui. Vejam os casos e concluam. Juarez Conick, embora tenha sido nomeado como Diretor de Capacitação e Captação de Recursos, lotado na Secretaria de Educação, jamais exerceu tal função, não sabendo nem quais as atribuições inerentes ao referido cargo, sendo que a função exercida de fato, sempre foi de coordenador de manutenção elétrica e hidráulica; Dorimar Serafim Stiz, este foi nomeado primeiramente como Diretor de Controle e Manutenção de Dados (01.03.2013), lotado na Secretaria de Saúde, porém, de fato, as funções por ele exercidas sempre foram de Diretor-Geral de Assistência Farmacêutica, cargo para o qual foi formalmente nomeado somente em 05.02.2016; Merci Maria Hostin Werner, sempre exerceu a função de recepcionista do Centro de Acolhimento de Risco (CAR), embora nomeada como Encarregada do Setor de Transportes e Obras, afirmando que jamais laborou em tal cargo, tampouco tem conhecimento de suas atribuições.

DESVIO DE FUNÇÃO III
Andréa Zuchi, afirmou ao Ministério Público ter trabalhado no Município de Gaspar por 1 ano e 9 meses, sempre no setor de protocolo de planejamento, embora tenha sido nomeada como encarregada de transporte coletivo, função esta que jamais desempenhou, tampouco tem conhecimento de suas atribuições; já Luiz Carlos Soares Val, embora seja concursado da Autarquia SAMAE, foi cedido desde sua nomeação, em 2008, para o Município de Gaspar, especificamente para a Secretaria de Planejamento, onde exerce a função de Engenheiro Civil; e Cléia Boettger Scramm, servidora pública municipal, concursada como professora. Ela informou estar à disposição da Previdência Social, local onde realiza atendimento ao público, a pedido da ex-vice-Prefeita, Mariluci Deschamps;



TRANSPARÊNCIA ZERO I
A Câmara de Vereadores de Gaspar – como qualquer outra - está obrigada pela Lei, à transparência. E nela ainda inclui um mecanismo de interação com os eleitores, os contribuintes, a comunidade e a imprensa. E um desses canais é chamado de Ouvidoria. A transparência nunca foi o forte da Câmara de Gaspar. Nem dela, nem dos políticos, nem do poder de plantão. Causa urticárias, desconfianças e vinganças, apesar de todo dinheiro que rola lá ser dos pesados impostos do povo. É para ele que uma Câmara, funcionários e vereadores devem explicações. A promotora que cuida da Moralidade Pública na Comarca de Gaspar, Chimelly Louise de Resenes Marcon, a odiada pelos “poderosos” exatamente por tratar desses assuntos, teve que ir à Justiça e pedir o básico nesse tema.

TRANPARÊNCIA ZERO II
O juiz, em sentença, reconheceu a precariedade e o descaso. Deu um prazo com punições se não houvesse os ajustes requeridos e definidos em lei. O prazo já se expirou. Mas, quase nada mudou. Contratou-se empresas (e gastou-se mais uma vez) e se maquiou. Zombaria. Todos os ex-presidentes da Câmara como José Hilário Melato, PP (principalmente), Marcelo de Souza Brick, PSD e até Giovânio Borges, PSB (este em menor grau), nunca esconderam o desconforto com essa cobrança aqui, mas principalmente à interferência fiscal do MP. A Câmara com seus políticos e assessores iluminados consideram indevida de um poder no outro (Ministério Público é poder?). O atual presidente da Câmara, Ciro André Quintino, PMDB, foi mais longe. Resolveu debochar e testar o povo, imprensa, o MP e a Justiça.

TRANSPARÊNCIA ZERO III
Os vereadores Cícero Giovane Amaro e Wilson Luiz Lenfers, ambos do PSD, Dionísio Luiz Bertoldi, Mariluci Deschamps Rosa e Rui Carlos Deschamps, todos do PT e Roberto Procópio de Souza, PT. Protocolaram na Câmara um projeto. Ele se tornou o Projeto de Resolução 01/2017. É para alterar o Regimento Interno. Se alterado, as sessões que hoje são iniciadas as 15 horas vão ser às 17h. Justificativa: para que o “povo” possa ter mais acesso aos trabalhos dos edis. Já escrevi sobre isso aqui: a intenção é boa, sensata, mas é ao mesmo tempo oportunista. E por que? Porque o PT que encabeça o projeto, teve oito anos para fazer o que quer fazer agora e não o fez quando era governo, exatamente para não ver ninguém da oposição lá nas sessões da Câmara – incluindo os servidores que estão as 15h trabalhando - questionando as suas jogadas. E amanhã é o prazo máximo para as emendas ao PR.

TRANSPARÊNCIA ZERO IV
Mas onde está o tal Projeto de Resolução 01/2017 no site da Câmara para que os munícipes possam conhece-lo, avaliá-lo e opinar? Depois de procurar e escrever aqui, eu perguntei isso à Ouvidoria na segunda-feira passada. Sabe o que a Ouvidoria da Câmara fez até nesta segunda-feira quando encerro a edição da coluna? Mandou bananas. Tudo com o aval do presidente Ciro, da mesa diretora e da assessoria jurídica. Normal. Se mandam bananas para decisões judiciais, por que não fariam com que não é uma autoridade constituída? Todos zombando de todos, mas sendo remunerados com os nossos pesados impostos, dos quais não abdicam um tostão. Aliás Ciro foi na legislatura passada o que mais usou a verba de representação a que tem direito.

TRANSPARÊNCIA ZERO V
O site da Câmara de Gaspar é feito para complicar e não para explicar ou esclarecer. É proposital. Nele há uma aba chamada “Legislação”. E nela há dois links: “proposição” e “projeto”. E isso mostra como ele (o site), quem fez e a aba, são sacanas. Ora, Legislação é algo consolidado. Proposições e projetos estão longe disso. E no caso das proposições é muito difícil delas se tornarem uma legislação. Basta olhar o dicionário. E o que se inclui nessa área de proposição do site? Moções (de todos os tipos), indicações, requerimentos e resoluções da mesa diretora (o que é errado, pois as resoluções da mesa, como o nome bem diz, já não demandam mais discussões, são atos editados para serem cumpridos - e antigamente, acertadamente, elas não estavam misturadas nesta área). Na outra área, estão os projetos de lei para serem acompanhados durante a tramitação, como e quando eles são atualizados (por emendas, audiências e pareceres das comissões). E geralmente não são atualizados. É preciso ir “in loco”, pois pela “Ouvidoria” ou pela assessoria de comunicação, tudo fica ainda mais complicado. Dependem de autorizações “superiores”. Uma vergonha para algo que é público.

TRANSPARÊNCIA ZERO VI
E os tais projetos de resolução onde estão colocados no site da Câmara? Não aparecem nas listas da “proposição”, muito menos nas de “projeto”. Até o fechamento da coluna, havia na atual legislatura, listados e disponível apenas dois projetos de leis: o que institui gratificação por exercício de atividade especial na coordenadoria municipal de Defesa Civil Gaspar (que o PT está questionando – e recebeu a resposta - depois de fazer por oito anos da Defesa Civil um cabide de emprego para quem não tinha capacitação específica); e o outro PL que está lá, altera a regulamentação das carreiras dos cargos de provimento efetivo de assistente administrativo, agente administrativo, agente de comunicação e procurador jurídico junto ao quadro de servidores da Câmara de vereadores de Gaspar e dá outras providências. Ou seja, é um PL em benefício do inchaço da própria Câmara. E o PR 01/2017? Onde a Câmara escondeu? Se fez isso, mostra o quanto está empenhada na solução e na transparência. Pior mesmo, é ver os autores do Projeto de Resolução em silêncio sobre a falta de publicidade oficial das suas ideias. Acorda, Gaspar!

ILHOTA EM CHAMAS
O prefeito Érico de Oliveira, PMDB, está cercado de bons advogados: na procuradoria geral empregou o seu advogado de campanha Luiz Fernando Melcher e Maba e na Chefia de Gabinete, com o advogado Eduardo Oliveira, de Balneário Camboriu. Mas veja o que o prefeito publicou na sua rede social. Uma propaganda intencional, graficamente elaborada e de cunho personalíssima. Os nobres causídicos aprovaram isso? Por muito menos, teve gente foi destituída da autoridade e do poder. A propaganda é de governo ou da pessoa? Um prato feito para o Ministério Público, o que cuida da Moralidade Pública e os adversários, se tiverem coragem para tal.

SAMAE INUNDADO I
Sobre este título da coluna de sexta-feira, feita especialmente para a edição impressa do jornal Cruzeiro do Vale, o mais antigo e de maior circulação em Gaspar e Ilhota, devido exclusivamente à sua credibilidade, fui “inundado” durante o final de semana, com vários questionamentos e acusações. Entre elas, mais uma vez, a de ser um invejoso ou de ter interesses. É pouco. E porque é pouco? Porque nunca desejei ser encanador ou oficie-boy da autarquia – e recusaria como sempre afirmei há muitos anos se fosse sondado para tal -; nunca desejei participar de governo nenhum – seja de alguém próximo, causa ou que partido fosse e recusaria -; nunca me aproximei de políticos para ter ou obter vantagens de qualquer tipo que não fosse a venda de conhecimentos específicos profissionais quando solicitados– aliás, sofro no meu próprio bolso por não fazer acordo com eles quando pressionam e mandam recados. Não faria acordos porquê e principalmente, continua faltando o essencial ao que se diz ser um executivo de longa experiência, o político de carreira, seis vezes seguidas vereador José Hilário Melato, PP, escolhido por Kleber Edson Wan Dall, PMDB, e por Luiz Carlos Spengler Filho, PP, para comandar o Samae.

SAMAE INUNDADO II
O que é essencial para os clientes do Samae de Gaspar? Água tratada, Lixo recolhido, esgoto tratado! Quanto a água, antes não faltava nas torneiras de tantos locais daqui e com tanta frequência. Então, falta comando executivo, falta entender do assunto, falta liderar processos e pessoas, falta planejamento e faltam soluções para a população que paga e não recebe o produto. Nada mais. Volto a repetir o que escrevi e que é claro para todos: o Samae está aparelhado por oito anos de governo do PT. Isso é ruim? Se o aparelhamento for para sacanear ou boicotar a nova administração, sim. Afinal quem paga por essa vingança boba é a população. Mas, se for para ajudar na vigilância e na transparência dos maus intencionados e incompetentes, coisa que o PMDB e PP não fizeram na gestão do PT, essa vigilância é bem-vinda. E esta é, à primeira vista, o desconforto que me taxa de invejoso na falta de contra-argumentações.

SAMAE INUNDADO III
Os administradores políticos que se aboletaram no Samae querem saber, a qualquer custo, quem são os “meus” “dedos-duro”. Pois lhe afirmo: são dezenas de leitores e leitoras, cuja maioria nem conheço e até então não tinha travado qualquer contato. Esta dezena até já procurou o Samae para relatar o drama, pedir reação e parte dela nem foi atendida. Ai se socorre desse escrevinhador. Aliás, uma delas, só uma, repito, contou-me de que ao reclamar da falta de água, relatar o drama e pedir prazos na solução, do outro lado da linha escutou o atendente dizer: vá reclamar ao Herculano. E ela seguiu exatamente o conselho recebido. a falta de educação, respeito e atenção que como consumidora, minimamente, merecia do Samae. Então, estão no Samae procurando os “meus dedos duro” ao invés de primeiro fazer a lição de casa: entender o problema e dar água à população. Perda de tempo. Compreenderam, ou é preciso desenhar?

SAMAE INUNDADO IV
Contra qual tipo de “dedos-duro” a nova direção política do Samae, parte do governo de Kleber e Luiz Carlos, determinados vereadores e parte da imprensa está desconfiada, reclamando e querendo a cabeça? Os que estão boicotando ou os que trabalham pela transparência? É preciso esclarecer desde já. Afinal o Samae lida com água que pode purificar, mas chafurda com lixo – e vem ai mais uma negociação para recolher o reciclável onde muitos interesses estão em jogo entre amigos, religiosos, lobistas conhecidos de Blumenau e adversários. O Samae lida ainda com esgotos e que vergonhosamente nem saiu do papel por aqui. Então entre a pureza da água que falta por gestão temerária e o fedor do lixo e do esgoto, os dois últimos, contaminam muito mais e prometem fortes emoções. Os que lidam com esses assuntos entendem tudo como negócios. A população que paga e não recebe, reclama, e a razão, de tanta negligência bem à incompreensível prioridade que se dá à procura dos “dedos-duro”. Eu entendo, e sinceramente, não posso ter inveja de nada disso. Acorda, Gaspar!

A VIAGEM I
Esta pergunta ainda precisará de tempo para uma resposta diferente e terá que ser diferente, senão... E mais cedo do que podia se pressupor em que ela se apresenta, a resposta parece uma volta ao passado: em que a administração do PMDB e PP de Kleber Edson Wan Dall e Luiz Carlos Spengler Filho se diferencia da do petista Pedro Celso Zuchi? Por enquanto, nenhuma. E aí quando a conclusão óbvia é dita, todos da atual administração ficam tiriricas. Quer mais um exemplo? Keber foi a Brasília com dois secretários, o que governa Gaspar de verdade no lugar dele, Carlos Roberto Pereira, secretário da Fazenda (que ainda acumula a secretaria de Administração e Gestão e assim não deixar dúvidas dos superpoderes) e a que coordena a Educação, Zilma Sansão Benvenutti. Quando a cidade ficou sabendo da viagem de todos eles à Capital Federal? Na segunda-feira, dia em que estavam em vigem. Zuchi fazia exatamente o mesmo. Não divulgava nada antes: nem a viagem, nem a agenda, nem o resultado da viagem? Não se sabia ao certo o que Zuchi fazia lá em Brasília, motivo de vários comentários na época. Segundo um press release atualizado na sexta-feira na página oficial do site da prefeitura, a comitiva foi a vários ministérios, mas de concreto, nada. Com Zuchi era a mesma coisa.

A VIAGEM II
Para abafar o resultado pífio da viagem ou à forma pouco clara com que este assunto tratado nos padrões de transparência da atividade pública, colocaram na imprensa, uma foto da comitiva no plenário vazio da Câmara Federal. Ela estava ladeada com os deputados Rogério Peninha Mendonça, PMDB e Esperidião Amim Helou filho, PP. A foto chamava uma informação falsete: teria se conseguido R$1 milhão de verbas (R$500 mil para pavimentações e R$500 mil para Saúde). Primeiro: o PT fazia igualzinho. Se ou quando liberadas, pois são de emendas parlamentares, essas verbas nunca ou demoravam muito tempo para chegarem por aqui. Elas se perdiam na “tal burocracia” a desculpa de Zuchi e que Kleber j[a aprendeu a usá-la. Como no tempo do PT, PMDB e PP não especificaram claramente onde elas vão ser aplicadas e quando vão estar disponíveis. Segundo, sem precisar ir a Brasília e gastar passagens caras e diárias da prefeitura para três pessoas, a ex-vereadora Andreia Symone Zimmermann Nagel, anunciou R$150 mil vindos do senador Dalírio Beber, PSDB, para serem aplicados na Educação. Outro exemplo veio na semana passada da novata vereadora também tucana, Franciele Daiane Back. Sem ir a Brasília, anunciou R$100 mil para a Saúde trazidos pela deputada Giovânia de Sá, PSDB e que veio aqui em Gaspar trazer a novidade. Se essas duas verbas vão ser liberadas aí também é outra história. Então o que mudou? A dependência de Brasília diz que continuamos mendigos de gente esperta ou que não dá a mínima para o grotão.

A VIAGEM III
Voltando à foto da comitiva gasparense, feita para colocar no relatório de viagem e ter como troféu aos analfabetos, ignorantes e desinformados. O deputado Peninha, e que agora é referência, foi devidamente escondido durante a campanha eleitoral de Kleber por exatamente votar contra a cassação de Eduardo Cunha, PMDB RJ. Peninha não via ilícito ético algum que pudesse destitui-lo do mandato. O segundo parlamentar, Esperidião Amim, por duas vezes como relator da matéria na Câmara, não viu obrigação de se respeitar a responsabilidade fiscal, o dinheiro dos contribuintes, dos milhões de desempregados pela nefasta economia que o PP apoio no governo Dilma e tentou livrar os governadores das contrapartidas na ajuda Federal para sanear as contas públicas dos seus estados. Ele e o presidente da Câmara, Rodrigo Maia, DEM-RJ, agora estão obrigados a voltar atrás para diminuir o risco de falência do Rio de Janeiro e de outros estados. Ambos são as referências de Gaspar. Mais, Amim foi contra e está gravado na Câmara o uso do dinheiro de todos nós pelos partidos sem a devida prestação de contas com a punição dos responsáveis. Quanto muito pelos gestores, ou seja, laranjas não políticos com mandatos.

VIAGEM IV
Gente assim, que não respeita na cara dura o contribuinte – seus eleitores e eleitoras - que Gaspar tem disponível para assessorá-la em Brasília. E precisa gastar dinheiro do povo daqui para ir lá encontrar as suas excelências. E para não ir longe nesta pantomima em que se esconde uma viagem e apresenta fotos para registrar fatos incertos: custava ser claro com a sociedade gasparense? Quem faz a comunicação dessa gente? O Roberto? Ou ainda o pessoal do PT? Neste e outros quesitos, nada mudou. Era simples e fácil. Tudo tem a primeira vez. E é aceitável. Um comunicado antes da comitiva embarcar deveria dizer: “O prefeito Kleber fará a sua primeira viagem a Brasília. É para se inteirar e conhecer os caminhos, encontrar interlocutores confiáveis e formas para estreitar relacionamentos na busca das seguintes prioridades de governo... e assim tornar produtiva e acertiva à busca de soluções e recursos para os gasparenses”. Afinal, quais são mesmo as prioridades que a nova administração de Gaspar que precisará da fundamental ajuda de Brasília? Aí fica difícil. No que mesmo o PMDB e PP são diferentes do PT? Até agora, em nada! Nem na comunicação ou na atitude. Acorda, Gaspar!

O PPS DE GASPAR ESTÁ DISSOLVIDO I
A deputada Federal Carmen Zanotto, presidente estadual do PP dissolveu 35 diretórios e comissões provisórias. O de Gaspar, que foi fundado e depois abandonado pelo ex-prefeito Adilson Luiz Schmnitt, sem partido, é um deles. Ele ficou nas mãos do peemedebista de confiança de Adilson, mas que já não se sentam na mesma mesa, Vitório Marquetti. Nas últimas eleições, o PPS, surpreendeu, e resolveu se coligar com o PT de Pedro Celso Zuchi. Hoje, segundo a deputada há 63 diretórios ativos e sete comissões provisórias ativas. Muitos deles, desarrumados, com donos e sub-donos. Por isso, numa canetada só, Zanotto riscou 35 desses diretórios. Entraram na degola diretórios com colégios eleitorais importantes como Blumenau, Brusque, Chapecó, Florianópolis e São José.

O PPS DE GASPAR ESTÁ DISSOLVIDO II
Esta notícia pegou de surpresa e poderá acontecer com outros diretórios de outros partidos. É na verdade uma prevenção à forte reação popular da tentativa da Câmara de confrontar a Justiça Eleitoral por falta de dispositivo legal específico. A reação da sociedade cansada de sustentar partidos políticos e políticos e a repercussão da mídia, obrigou os deputados a recuarem. A proposta insana, estabelece que não será suspenso o registro do partido que tiver suas contas anuais julgadas como não prestadas. Define também que eventual punição a órgãos partidários – seja em relação à desaprovação de contas, omissão ou contas julgadas como não prestadas – não impedirá ou trará qualquer entrave ao regular funcionamento partidário. Ou seja, esta moleza e barbaridade ética com o dinheiro de todos nós, pode estar com os dias contados. Daí, preventivamente, a busca da sua regularização, porque o PPS é um dos partidos que podem sumir na reforma eleitoral. E se não tiver um número mínimo de diretórios em conformidade com a lei, tudo se complicará ainda mais.

O PPS DE GASPAR ESTÁ DISSOLVIDO III
Mesmo dissolvido, nos bastidores há uma disputa para se aproximar de Carmem Zanotto e dela se obter as graças e as desgraças e assim, as bençãos para a formação do novo diretório. Muita gente querendo ser dono de partido por aqui. Os políticos de Gaspar não se emendam. Se agarram a qualquer toco para fazer negócios, votos que é bom e que é a essência da existência e poder de um partido, nada. Acorda, Gaspar!

TRAPICHE


Aposta: por quanto tempo o PSD ficará no tal bloco Democrático, liderado pelo PT e PDT. Com um monte de desempregados e dependentes das boquinhas (até por falta de ocupação, profissão e experiência laborativa), com o PT e o PDT na oposição, eles não podem comprar, servir ou saciar os do PSD.

Ora, se no tempo do PT, o PSD de Marcelo de Souza Brick (e Giovânio Borges, hoje no PSB), arrumou os seus dentro da Câmara e da prefeitura do PT (por debaixo dos panos), agora com o PMDB e o PP no comando, não conseguirá fazer os arranjos nas tetas? Acorda, Gaspar!

Já é a segunda-vez em poucos dias que Brick vai oficialmente ao gabinete de Kleber “abrir” diálogo de trocas para os seus. Tudo com o apoio do vice de Kleber, Luiz Carlos Spengler Filho, PP, o cupido da história.

Quem não está satisfeito com essa história é o PT e o PDT, que estão por debaixo da carne seca, acostumados ao reinado.

Engana que eu gosto. Num dia (dois de fevereiro) a prefeitura de Gaspar faz um press release e dá entrevistas sobre supostas economias 27% nos comissionados. Isso com o tempo vai sendo esquecido e ninguém vigia. Se nomeia um aqui, outro acolá nos acertos e assim tudo volta como anos.

No outro dia, na sexta-feira passada anuncia que prédio alugado pela administração do PT junto a Igreja Católica terá mais quatro secretarias.

Perguntar não ofende: no press release não se fala nada de economia, mas de mordomias. Ora se quatro secretarias foram para lá, sobrou espaço em algum lugar, ainda mais se há menos comissionados.

Se sobrou espaço deveria se cortar despesas de ocupação, manutenção (luz, água, telefone), aluguel. Sobre isso nada se reportou. Outra. Na campanha eleitoral, um dos discursos do PMDB e PP era exatamente este: diminuir os custos de alugueis e manutenção. No segundo mês...

O vereador Francisco Solano Anhaia, PMDB, estreou na Câmara revelando os interesses de seus patrocinadores de campanha. Poderia ser mais discreto e dar mais tempo.

Sugeriu nos requerimentos que fez na primeira sessão pediu a compra de um terreno no Centro pela prefeitura e para se fazer um atracadouro de lanças na Margem Esquerda, sob o abrigo da ponte do Vale.

A ideia de Anhaia não é ruim, não. Mas como um ex-petista, ele ainda acha que o dinheiro de todos deve ser vir para o lazer de poucos, e principalmente dos que possuem dinheiro. Foi assim com a Arena Multiuso e que agora vai incomodar muita gente.

Um atracadouro de lanchas é uma atividade interessante. Mas, Anhaia deveria conversar com o seu prefeito e juntos lançar uma concorrência pública para alguém explorar essa atividade, livrando a maioria dos gasparenses de gastar os impostos com algo que vai ser usado por meia dúzia de abonados.

Na sessão de hoje Francisco Anhaia volta colocar a carroça na frente dos bois. Ele fez uma indicação para “a aquisição de um castrador móvel, para realizar a castração (esterilização) gratuita de cães e gatos em nosso município, bem como realizar parcerias com os professores e alunos dos Cursos de Veterinária da FURB e da UNIVALI para realizarem os procedimentos”.

Antes vereador, Gaspar precisa ter uma política municipal de zoonoses. É ela que vai decidir se isso é necessário, como e quando pode ser feito, quem pode ser feito e de onde vem o dinheiro para isso. Não tem nenhum veterinário na cidade que possa orientá-lo? Ou tem com interesses comerciais na venda do tal castrador?

Se a moda pega... O vereador Cícero Giovane Amaro, PSD, está pedindo na Câmara para a prefeitura verificar e notificar o proprietário do terreno localizado na esquina das ruas Arnoldo Koch e José Honorato Muller, no bairro Coloninha. Quer a liberação e a limpeza da “calçada” do terreno.

Um passo atrás. Um cidadão armou até um protesto contra a compra as 11 geladeiras para os gabinetes dos vereadores de Gaspar. Mas, até o momento, não se soube.

O PT acaba de completar 37 anos. O PT está “economizando”, sob ameaça de retenção do Fundo Partidário e pagando multas milionárias à Justiça Eleitoral (em 2015 foi aplicada uma de R$ 4,9 milhões).

Por outro lado, O PT já recebeu mais de R$ 14 milhões do Fundo Partidário este ano. Dinheiro que vai para os partidos e os políticos, mas que faltam à Saúde, Educação, Segurança, obras... É o partido que mais vai arrancar dinheiro do contribuinte para financiar suas atividades em 2017, ano que não tem eleição alguma.

Em outra ponta. Uma pesquisa mandada fazer pela CNT, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, PT, aparece como a estrela para voltar em 2018. Vá entender. Depois de quebrar o Brasil e os brasileiros, desempregar mais 12 milhões, elevar a inflação a dois dígitos... Wake up, Brazil!

 

Edição 1789

Comentários

Anônimo disse:
23/02/2017 20:34
Herculano; tem jornalista que sempre elogiou administração passada. Mas parece que o interesse acabou. O SAMAE, por exemplo, hoje recebe uma herança maldita, segundo ele, a tubulação é muito antiga, os canos são finos e a população cresceu.
Que pimenta ardida!!!
Depois querem credibilidade.
Pedro
23/02/2017 17:19
E agora?

O grupo Friboi/JBS não foi sempre da família Lula da Silva...? Como agora são do ministro Meireles...??
Cada vez cheira mais...
Sidnei Luis Reinert
23/02/2017 15:49
VTNC Bergóglio!
Tenha certeza de uma coisa: Melhor ser ateu do que se posar de cristão servindo a George Soros.

Papa sugere que é 'melhor ser ateu do que católico hipócrita'
Comentário improvisado foi feito em sermão de missa privada matinal em sua residência.

http://g1.globo.com/mundo/noticia/papa-sugere-que-e-melhor-ser-ateu-do-que-catolico-hipocrita.ghtml?utm_source=facebook&utm_medium=social&utm_campaign=g1
Sidnei Luis Reinert
23/02/2017 15:22
MARIA DO OSSÁRIO(PT) ESCULACHA BANDIDOS?( sic) POR SUA FILHA TER COLOCADO CACHORRO PARA FUMAR MACONHA CONSIGO, E TER COLOCADO FOTOS PORNOGRÁFICAS SUAS EM REDE SOCIAIS.

UÉ? BANDIDOS SEGUNDO ELA SÃO VÍTIMAS DA SOCIEDADE...

NOTA PÚBLICA

Maria do Rosário

Minha filha está sendo vítima de criminosos nas redes sociais. Como mãe não medirei esforços para protegê-la, como faço todos os dias da minha vida. Já tomei as medidas cabíveis e estou fazendo todas as denúncias possíveis para que os bandidos que atacam minha família sejam identificados e severamente responsabilizados. Nenhuma família merece passar por isto.

Eu e o meu esposo Eliezer Pacheco estamos indignados e repudiamos com veemência os atos criminosos de quem manipula imagens e informações, expondo uma menina de 16 anos.

Sabemos que todos os pais e mães têm preocupação com a exposição de seus filhos e filhas na Internet. Não há dúvida que este tipo de divulgação manipulada gera efeitos gravemente nocivos de dimensão imensurável às vítimas.

É revoltante que minha filha seja atacada pelas minhas posições e por minha atuação em defesa da dignidade humana. Não permitirei que minha filha seja desrespeitada.

Aos que têm o objetivo de me prejudicar e atingir minha família, afirmo que não conseguirão.

http://www.revistaforum.com.br/2017/02/22/deputada-maria-do-rosario-reage-com-nota-a-campanha-difamatoria-da-filha-pela-internet/
Herculano
23/02/2017 15:07
NO DIA EM QUE A OPERAÇÃO LAVA JATO CHEGA CADA VEZ MAIS PERTO DO NÚCLEO DO PMDB NO GOVERNO E NO SENADO, TEMER FORTALECE O PARTIDO COM A INDICAÇÃO DO NOVO MINISTRO DA JUSTIÇA QUE JÁ DEFENDEU O PERDÃO DE EDUARDO CUNHA

Conteúdo e texto de Gérson Camarotti, no G1, Além de Serraglio na Justiça, pacote de Temer inclui novo líder do governo. Ao tomar a decisão de nomear o deputado Osmar Serraglio (PMDB-PR) para ministro da Justiça, o presidente Michel Temer decidiu colocar no mesmo pacote a nomeação do novo líder do governo na Câmara, o deputado Aguinaldo Ribeiro (PP-PB).

A solução conjunta permitiu resolver um impasse que já durava semanas na Câmara dos Deputados - a disputa pela posição de líder do governo.

Dentro dessa composição, o deputado Rodrigo Pacheco (PMDB-MG), que chegou a ser indicado pela bancada para ministro da Justiça, será o novo presidente da CCJ, comandada até recentemente por Serraglio.

Até a última atualização desta nota, articuladores políticos do governo ainda tentavam uma compensação para o deputado André Moura (PSC-SE), atual líder do governo na Câmara. Antes do anúncio oficial, Temer iniciou uma rodada de telefonemas para comunicar a solução a lideranças políticas.
Herculano
23/02/2017 10:40
UM AVIÃO DE PEQUENO PORTE CAI EM GARUVA.PELO MENOS UM MORTO

Uma aeronave de pequeno porte caiu na manhã desta quinta-feira, por volta das 8 horas, em Garuva, Norte de SC. Helicópteros Arcanjo e Águia 01 da Polícia Militar se deslocaram até o local para realizar as buscas.

Segundo a equipe do helicóptero Águia, a queda ocorreu na região do Monte Crista, na altura da balança de fiscalização da BR-101, próximo a uma região de banana
Herculano
23/02/2017 10:27
"A LAVA JATO FARÁ DE TUDO PARA CONDENAR LULA"

Conteúdo de O Antagonista.Lula sabe que será condenado pelo juiz Sergio Moro.

Gilberto Carvalho, codinome Seminarista, disse ao Valor:

"Existe da nossa parte quase a certeza de que a Lava Jato fará de tudo para condená-lo. Eles não vão brincar. Criaram um ambiente de guerra jurídica, de acusações, que torna muito difícil não acabar com a condenação do Lula. Mas o preço que eles pagarão por isso não será baixo e queremos que ele se torne ainda mais alto, fazendo crescer a mobilização popular e a adesão ao nosso projeto. Não será fácil condenar o Lula".

O PT DECLARA GUERRA

Gilberto Carvalho disse ao Valor que o PT vai declarar guerra depois que a Lava Jato condenar Lula.

E que os tribunais superiores, intimidados, vão permitir sua candidatura em 2018:

"Não temos plano B. O que nós estamos apostando? Que vão tentar condená-lo. Na primeira instância, podem condená-lo. Mas a repercussão e a nossa guerra será tanta que apostamos que na segunda instância possamos reverter [a condenação], e também nos tribunais superiores. Lula, ao fim e ao cabo, será candidato".

PROPINA OU AGRADO?

A Odebrecht disse que não pagou propina no estádio do Corinthians e que a obra de 1,2 bilhão de reais foi apenas um agrado a Lula.

A Odebrecht disse também que repassou 2,5 milhões de reais em dinheiro vivo para o caixa dois de Andrés Sanchez, ex-presidente do Corinthians.

Outro delator da empreiteira admitiu ter bancado a empresa de Luleco, a pedido de Lula.

O mesmo Luleco foi contratado pelo Corinthians durante as obras do estádio.

Para a PGR isso é propina ou agrado?

A MEIA DELAÇÃO DA ODEBRECHT

A Odebrecht contou tudo.

Mas contou tudo pela metade, aparentemente.

A Folha de S. Paulo, nesta quinta-feira, disse que a empreiteira pagou 2,5 milhões de reais em dinheiro vivo para a campanha do deputado Andrés Sanchez.

Segundo os delatores, porém, a Odebrecht não teria recebido contrapartidas. Como, por exemplo, o contrato para construir o estádio do Corinthians.

A PGR acreditou nessa história?

É nisso que dá excluir a PF dos acordos de delação.

A PROINA VIROU UM AGRADO

Andrés Sanchez recebeu do departamento de propinas da Odebrecht 2,5 milhões de reais em dinheiro vivo.

Segundo a Folha de S. Paulo, porém, em sua delação a empreiteira relatou que "não houve pagamento de propina para construir o estádio do Corinthians".

Pior ainda:

"O sócio majoritário do grupo, Emílio Odebrecht, esclareceu que a empresa construiu a arena para agradar Luiz Inácio Lula da Silva".

Alguém acredita que a Odebrecht ganhou um contrato de 1,2 bilhão de reais sem pagar propina? E quem ganhou o agrado: Lula ou a empreiteira contratada para fazer a obra?
Herculano
23/02/2017 10:18
AMANHÃ É DIA DE COLUNA INÉDITA PARA EDIÇÃO IMPRESSA DO JORNAL CRUZEIRO DO VALE
José
23/02/2017 09:34
Bom dia Herculano e Povo Gasparense.

Essa postagem do Sidnei feita hoje 05:53 sobre Henrique Meirelles, nos deixa ainda mais inseguros sobre a seriedade de nossos políticos. Um pessoa, cuja função, é uma das mais importantes para resolver essa grave crise econômica que estamos vivendo, fez e faz parte de uma empresa que todos desconfiam pelo rápido crescimento fora do normal, e pelos altos valores conseguidos pelo BNDES. Se isso realmente for verdadeiro, não tem como ter dúvidas que esse dinheiro conseguido pelo BNDES não seja esquema. Muito triste e lamentável, mais uma pra conta desse sistema político corrupto.
Herculano
23/02/2017 06:54
OPERAÇÃO LAVA JATO NAS RUAS DO RIO DE JANEIRO A MANDO DO JUIZ SÉRIO MORO, PARA A EQUIPE DE PROMOTORES DE CURITIBA. A OPERAÇÃO É A BLACK OUT
Sidnei Luis Reinert
23/02/2017 05:53
O CAFETÃO DA CRISE.
HENRIQUE MEIRELLES foi o homem do PT no governo Lula e homem do PSDB no governo do PMDB. Meirelles é mais um pau mandado de George Soros, o homem sombra dos governos socialistas fabianos, ou o Quarto Poder como o próprio Soros se auto define. George Soros sempre indicou ministros nos governos de FHC, Lula, Dilma e agora no governo Temer. Pedro Malan, Armínio Fraga e Henrique Meirelles são integrantes de uma mesma organização não governamental que lidera políticas socialistas na América Latina, o Diálogo Interamericano de George Soros, FHC, Marina Silva, Pedro Malan, Nélson Jobim, Serra, Hillary e Bill Clinton e por aí vai.
Socialista fabiano, Meirelles é o atual cafetão da crise fictícia, política, social e econômica do Brasil. Meirelles é o homem comandado por Soros para iniciar o processo de sucateamento da Pátria e também o principal executor do nivelamento social da sociedade dos inanimados foliões carnavalescos do Brasil. Enquanto o poveco "esperto" brinca carnaval emporcalhando ruas e avenidas do Brasil, Meirelles sentencia em seu programa de governo, o destino de 10 milhões de novos moradores de rua em 2017 e de quase 60 milhões de desempregados.
Henrique Meirelles comandou do conglomerado bilionário da JBS Friboi. O atual ministro da Fazenda de Michel Temer passa agora à ser mais um investigado pela operação Lava Jato. o Grupo JBS Friboi sacou R$ 50 bilhões do BNDES e despejou milhares de dólares nas campanhas do PT, PSDB e também do PMDB. As maiores fatias das doações foram no entanto para o PT e para o PSDB, conforme consta nas prestações dos dois partidos no TSE.
Meirelles ainda está à frente do Conselho de Administração da J&F, à convite do empresário Joesley Batista, desde 2012. Foi confiada a Meirelles a elaboração de estratégias para expansão da empresa dentro e fora do país. Além de investir em vultuosas campanhas publicitárias, Meirelles também transformou a holding em uma das maiores financiadoras de campanhas políticas do Brasil. Segundo executivos que acompanharam o processo, o contrato de Meirelles com a JBS previa uma remuneração anual de até R$ 40 milhões de reais em salários para Meirelles.
Porque será que Meirelles trocou um salário mensal de R$ 3,3 milhões por um salário de ministro, algo em torno de R$ 30 mil ??? Isso tudo é amor pelo país?

http://www.noticiasbrasilonline.com.br/pf-investiga-friboi-voce-sabe-quem-era-o-todo-poderoso-da-empresa-o-atual-ministro-da-fazenda/
Herculano
23/02/2017 05:04
SAMAE INUNDADO

Casa de ferreiro, o espeto é de pau. O Samae de Gaspar produz água tratada para a população do município. Mas, ontem ela faltava nos sanitários da autarquia. Funcionou o velho balde. Bom, se falta até onde se toma decisões para não faltar água na cidade, é um exemplo de que a coisa está mesmo sem controle.

Ai só mesmo comprando espaços para esconder os dramas e se auto-eleogiar
Herculano
23/02/2017 04:55
UMA PESSOA INCOMUM, Bernardo Mello Franco, para o jornal Folha de S. Paulo

Em junho de 2009, José Sarney balançava no trono de presidente do Senado. O imortal estava acossado pelo escândalo dos atos secretos. Era acusado de ocultar portarias em que distribuía cargos para parentes e aliados.

Em viagem ao Cazaquistão, o então presidente Lula saiu em defesa do antecessor. Criticou a imprensa, reclamou do "denuncismo" e soltou uma frase que ficaria famosa : "Sarney tem história no Brasil suficiente para que não seja tratado como se fosse uma pessoa comum".

Oito anos depois, o peemedebista continua a ser tratado como uma pessoa incomum. Foi o que indicou o Supremo Tribunal Federal ao proibir o juiz Sergio Moro de analisar todas as menções ao ex-senador na grampolândia de Sérgio Machado.

Por 4 votos a 1, a Segunda Turma do STF aceitou um recurso de Sarney e impediu que ele seja investigado na primeira instância. Ocorre que o peemedebista não é mais senador desde o início de 2015, quando perdeu o direito ao foro privilegiado.

Ao reivindicar o benefício, o ex-presidente alegou que foi citado junto a dois políticos com mandato: Renan Calheiros e Romero Jucá. O argumento não valeu para outros políticos, mas foi aceito no caso de Sarney.

A decisão é importante porque foi a primeira derrota do ministro Edson Fachin como relator da Lava Jato. Ele seguiu a opinião de Teori Zavascki e votou contra a blindagem a Sarney. Foi atropelado por quatro colegas: Gilmar Mendes, Dias Toffoli, Ricardo Lewandowski e Celso de Mello.

O placar animou advogados que contam com uma guinada do STF na Lava Jato. Eles receberam duas boas notícias na mesma semana: a vitória de Sarney e nomeação de Alexandre de Moraes para a vaga de Teori.

Sarney não é o único investigado que resiste a ser julgado como uma "pessoa comum". Há dezenas de políticos ansiosos para se livrar de Curitiba e entrar na "suruba selecionada", para citar a fina expressão do senador Jucá. O imortal já conseguiu.
Herculano
23/02/2017 04:48
da série: apostou e esperou o insucesso e o erro de Meirelles para assim brilhar. Como os sinais de recuperação vieram antes, ficou doente e, pulou fora.

SONHO DE SERRA ERA ASSUMIR A PASTA DA FAZENDA, por Josias de Souza

O Ministério das Relações Exteriores era o Plano B de José Serra. O tucano deixou o governo sem conseguir realizar o seu Plano A: a transferência para a pasta da Fazenda. O projeto político de Serra era repetir a trajetória de Fernando Henrique Cardoso, que saltou da chefia da área econômica, no governo-tampão de Itamar Franco, para a Presidência da República, onde se manteve por dois mandatos.

Serra foi traído pela coluna cervical num instante em que Henrique Meirelles, o ocupante da poltrona que ele ambicionava, celebra a melhoria dos indicadores econômicos. A inflação e os juros caem. O PIB e a arrecadação do Tesouro sobem.

Num encontro com Temer e deputados, na véspera, Meirelles dissera que o país começava a virar a página da recessão. Quer dizer: o Plano A de Serra tornara-se um sonho longínquo. Para complicar, as dores na coluna haviam transformado a espera no Itamaraty numa experiência lancinante.

A saída de Serra surpreendeu Temer e o tucanato. Todos sabiam de suas complicações médicas. Ninguém ignorava que a cirurgia a que ele se submetera no final do ano passado, no Hospital Sírio-Libanês, não o livrara das dores. Mas Serra não sinalizara a intenção de sair. Ao contrário, dissera dias atrás a um correligionário que abandonara a cogitação de se demitir. A despeito do mal-estar físico, ficaria na Esplanada.

Na conversa com Temer, na noite desta quarta, Serra exibiu, além da carta de demissão, laudos médicos que atestam o seu drama. O ministro tucano Antonio Imbassahy, coordenador político do governo, também estava no Planalto na noite desta quarta. Testemunhou parte da conversa. Contou que Serra reassume a cadeira de senador já nesta quinta-feira.

A nova rotina, disse Imbassahy, permitirá a Serra submeter-se a um tratamento cuja duração é estimada em pelo menos quatro meses. Na reunião com Temer, Serra ouviu apelos para que permanecesse no Itamaraty. Respondeu que não conseguiria manter o ritmo de viagens internacionais que o cargo de chanceler impõe. Relatou o suplício que enfrentara em sua última viagem, para a Alemanha. E Temer aceitou a demissão.

Entre todos os quadros do PSDB, o mais próximo de Temer é José Serra. Os dois são amigos. Na fase em que Dilma Rousseff ardia no caldeirão do impeachment, conversaram amiúde. Àquela altura, a participação de Serra num ainda hipotético governo do PMDB era mencionada com naturalidade pelos políticos que privavam da intimidade de Temer. Mas o futuro presidente não escondia de amigos como Geddel Vieira Lima e Eliseu Padilha que considerava inconveniente acomodar Serra no Ministério da Fazenda.

Temer alegava que, para compor um governo suprapartidário, como desejava, teria de assumir o compromisso de não alimentar pretensões em relação à sucessão de 2018. Do contrário, a primeira legenda a tomar distância seria o PSDB. Por analogia, dizia Temer, o desafio de recolocar a economia brasileira nos trilhos exigiria um esforço coletivo que não combinava com os objetivos pessoais de um ministro como Serra, movido a ambições presidenciais.

Ao se fixar no nome de Henrique Meirelles para a Fazenda, Temer frustou os planos de Serra de seguir as pegadas do amigo FHC. Simultaneamente, o sucessor constitucional de Dilma livrou-se da sina de repetir Itamar Franco, o Temer de outrora.

Itamar levou para o túmulo, em 2011, os ciúmes que nutria por FHC, o ministro que o ajudou a se transformar numa espécie de improvável que deu certo. Hospitalizado, Itamar queixava-se de não ser reconhecido como o primeiro presidente civil a eleger o sucessor desde Arthur Bernardes. Irritava-se com a disseminação da versão segundo a qual FHC é que fizera o antecessor, livrando-o do desastre com a edição do Plano Real.

Vice de Fernando Collor, Itamar virou presidente graças ao primeiro impeachment da história do país. Nos primeiros cinco meses, teve três ministros da Fazenda. Gustavo Krause e Paulo Haddad duraram 75 dias cada. Eliseu Resende, 79. Os ventos começaram a virar em maio de 1993, quando transferiu FHC da pasta das Relações Exteriores para a Fazenda.

Serra mimetizou a trajetória de FHC até a fase do Itamaraty. Entretanto, para seu desassossego, o Temer que resultou do segundo impeachment da história é um anti-Itamar. Dono de um temperamento acomodatício, Temer encostou o estômago no balcão e comprou com cargos e verbas uma maioria parlamentar que faz de Henrique Meirelles um ministro confortável na poltrona.

Além da cadeira no Senado, Serra reassume sua posição no último lugar da fila de presidenciáveis do PSDB, atrás de Aécio Neves e Geraldo Alckmin. Considerando-se que Aécio e Alckmin já frequentam as pesquisas na condição de sub-bolsonaros, alguém que esteja atrás de ambos, ainda que seja alguém como Serra, sempre pronto a levar os lábios ao trombone, terá de reconhecer lhe falta o sopro.

De resto, a conjuntura empurra Serra para uma outra fila. A delação da Odebrecht fez dele uma investigação esperando para acontecer na Lava Jato. Convém cuidar da saúde. (Abaixo, a carta de demissão de Serra).
Herculano
23/02/2017 04:37
CAROS LEITORES E LEITORAS

A ÁREA DE COMENTÁRIOS DA COLUNA CONTINUA COM PROBLEMAS, AINDA NÃO RESOLVIDO PELA SOFT. RENOVO E PEÇO DESCULPAS.

INSERIDO O COMENTÁRIO E CLICADO NO "ENVIAR", AO INVÉS DA CONFIRMAÇÃO DE ENVIO DE PRAXE, COM O RESPECTIVO AGRADECIMENTO DE PARTICIPAÇÃO, ESTÁ SE INFORMANDO QUE HOUVE UM ERRO DE ENVIO POR FALHA DE CONEXÃO COM O SERVIDOR

APESAR DESSA ADVERTÊNCIA, AS PARTICIPAÇÕES DOS LEITORES E LEITORAS ESTÃO SENDO REGISTRADA, ENVIADAS E RECEBIDAS NA REDAÇÃO. NA MEDIDA DO POSSÍVEL, ESTÃO SENDO MODERADAS PELO COLUNISTA.
Herculano
23/02/2017 04:33
A SURUBA DE JUCÁ VEIO MESMO DOS MAMONAS, por Roberto Dias, para o jornal Folha de S. Paulo

O senador Romero Jucá (PMDB-RR) é formalmente investigado nas duas mais importantes operações contra corrupção do momento, a Lava Jato e a Zelotes.

De sua boca saiu a mais lembrada declaração contra a primeira delas, um apelo para "estancar a sangria" que escorre a partir de Curitiba.

Na famosa lista da Odebrecht, seu apelido é "Caju", referência capilar. Um inquérito contra ele, por um caso local de Roraima, tramita há mais de dez anos no STF. A documentação é tão antiga que inclui uma fita cassete.

Do alto dessa ficha orgíaca, Jucá se sentiu confortável não só em expressar opinião sobre o foro especial como em usar expressão algo chula, mas sobretudo imprecisa. "Se acabar o foro, é para todo mundo. Suruba é suruba. Aí é todo mundo na suruba, não uma suruba selecionada."

Seu ponto é: se os políticos perderem o foro, o mesmo deveria ocorrer com magistrados e procuradores.

Dada a repercussão do vocabulário escolhido, ele achou por bem explicar que citava os Mamonas Assassinas, banda que acabou num acidente em 1996, na era FHC.

Nos idos daquela administração, Jucá virou líder do governo no Senado. Ocorreu-lhe o tucanismo apenas enquanto o PSDB comandava o Planalto. Moveu-se para o PMDB e serviu como líder dos antes opositores Lula e Dilma, e agora de Temer. Foi ministro de Lula e Temer, derrubado nos dois casos por escândalos, mas sempre protegido pelo foro de senador. Seu escudo é tão bom que José Sarney, sem mandato, acaba de obter do STF abrigo jurídico a seu lado.

Tudo isso somado, Jucá afirma em sua defesa estar "tranquilo" e acreditar que "qualquer servidor público deve ser investigado". Num mundo sem foro especial, o nível de tranquilidade do peemedebista seria uma incógnita. De qualquer modo, estivessem ainda na área, os Mamonas certamente poderiam ajudá-lo a completar a letra dessa música: roda, roda e vira, solta a roda e vem, senador.
Herculano
23/02/2017 04:27
FUTURO MINISTRO DA JUSTIÇA TERÁ 'VIÉS POLÍTICO', por Cláudio Humberto, na coluna que publicou hoje nos jornais brasileiros

O presidente Michel Temer vai anunciar até esta sexta-feira (24) o seu novo ministro da Justiça, após concluir as consultas e as reflexões que tem feito. Ele assegurou a esta coluna, ontem, que ainda não se decidiu por um nome, mas admitiu haver definido o perfil para a escolha do substituto de Alexandre de Moraes no Ministério da Justiça: será alguém de respeitável bagagem jurídica, mas com viés político.

NO CAPRICHO
Michel Temer não parece ter pressa para definir o novo ministro da Justiça. Deixa claro que apenas deseja caprichar na escolha.

DE VOLTA À LISTA
O perfil de jurista "com viés político" reforça opções como de Rodrigo Pacheco (MG) e Osmar Serraglio (PR), deputados do PMDB.

OUTRO COTADO
O vice-procurador geral José Bonifácio de Andrada, ligado ao PSDB, é de um clã que está no Congresso há 190 anos, desde José Bonifácio.

SEGURANÇA
José Mariano Beltrame é o preferido para a secretaria Nacional de Segurança Pública, mas também é lembrado para ministro da Justiça.

VISITA DE TEMER FAZ O JAPÃO RETOMAR PARCERIAS
A visita do presidente Michel Temer ao Japão, em outubro, a primeira de um presidente brasileiro em 10 anos, "limpou a barra" do País até junto ao Imperador Akihito. Os japoneses não entendiam a grosseria de Dilma Rousseff, cancelando duas visitas na véspera do embarque. Os resultados da visita já começam a ser notados, com a retomada do interesse japonês por investimento e pelos nossos produtos agrícolas.

CARTA SIMPÁTICA
Até o Imperador Akihito sinalizou positivamente: fez chegar a Temer, ontem, uma carta simpática com uma foto do encontro dos dois.

TEMA UNIVERSAL
Como não seria próprio tratar de assuntos de governo, Akihito e Temer falaram por meia hora sobre... poesia. O Imperador ficou encantado.

PAPO DE POETA
Também poeta, Michel Temer surpreendeu o Imperador citando versos do livro dele, escrito a quatro mãos com a Imperatriz Machiko.

CARNAVAL NA BAHIA
O carnaval de Michel Temer será em família, com a primeira-dama e o filho Michelzinho. Ele pretende permanecer em Brasília, mas poderá passar "uns dois dias" na bela praia da Base Naval de Aratu, na Bahia.

TAPA NA NOSSA CARA
Além da folga de duas semanas para o Carnaval, os deputados federais aproveitaram o registro de presença na Câmara aberto às 7h de ontem, e se mandaram. A maioria já almoçou em seu Estado.

DEBANDADA
A debandada de deputados pôde ser notada na CPI da Lei Rouanet. Só o presidente, Alberto Fraga (DEM) e Izalci (PSDB), ambos do DF, e o relator Domingos Sávio (PSDB-MG) foram à sessão de ontem.

WORKAHOLIC
O ministro Eliseu Padilha (Casa Civil) não foi para casa e sim para o trabalho, após alta do hospital, onde chegou com obstrução urinária. O médico prescreveu repouso, mas ninguém o imagina de papo pro ar.

ESTÍMULO FORTE
A redução da taxa de juros básica (Selic) feita ontem pelo Copom foi a segunda seguida de 0,75%. É a primeira vez em cinco anos que isso acontece. As últimas reduções nesse patamar foram no início de 2012.

SACRAMENTADO
O presidente Michel Temer assinou às 13h20 de quarta (22) o ato de nomeação de Alexandre de Moraes para o Supremo Tribunal Federal, diante dele apenas duas horas depois da sua ratificação no Senado.

PAGA QUEM DEVE
Projeto do deputado Major Olímpio (SD-SP) obriga os apenados a trabalharem para custear as próprias despesas com alimentação, por exemplo, nos presídios. E para pagar indenização a suas vítimas.

NO FORNO
O governo federal lançará nos próximos dias a campanha "Basta um vacilo para provocar um acidente", em substituição à tenebrosa "Gente boa também mata", de dezembro. Não será veiculada em rádio e TV.

PENSANDO BEM...
...já foi maior o cartaz da elite política brasileira: em um só dia, o STF negou pedidos de Aécio, Lula, Dilma, José Dirceu e Eduardo Cunha.
Herculano
23/02/2017 04:21
VOCÊ RECEBERIA PRÊMIO DE GOVERNO GOLPISTA?, por Ivana Arruda Leite, socióloga,no jornal Folha de S. Paulo

"Você receberia um prêmio de um governo golpista?" Essa foi a pergunta que eu tive a sandice de colocar na minha página do Facebook depois do ocorrido entrega do Prêmio Camões a Raduan Nassar.

Uma pergunta sincera e legítima que, claro, trazia embutida minha resposta. Eu não receberia prêmio de um governo que deu um golpe, agiu em desacordo com a Constituição, tirou uma presidente que eu julgava íntegra e honesta e tem feito tantas barbaridades.

Deus me livre de receber um prêmio dessa gente. Caso eu estivesse muito dura e não pudesse me dar ao luxo de recusar a grana -ou caso eu achasse que minha obra vale 100 mil euros, venham eles de onde vierem-, eu pediria à comissão que depositasse o montante na minha conta e desse o assunto por encerrado. Sem festa nem discurso.

Os primeiros comentários na minha página foram civilizados e tentavam me esclarecer: 1) O prêmio foi dado no governo Dilma Rousseff (mas ela já estava afastada na ocasião); 2) Quem deu o prêmio foi o Estado, não o governo.

Só que aí os comentários foram subindo de tom, e a minha página virou um lamaçal de ofensas e barbaridades. A alcateia petista ignara babava e soltava fogo pelas ventas.

Como eu dou um boi para não entrar numa briga e uma boiada para sair dela o mais rápido possível, deletei o post. Vade retro! Voltem para o inferno de onde vocês saíram. Afasta de mim, ó Pai, o visgo fétido que os fascistas intolerantes espalham por onde andam. Fascistas, é esse o nome de quem não admite que você tenha opinião contrária.

Sim, Raduan é um de nossos maiores escritores vivos e merece todo o meu respeito. A devoção que tenho por seus livros é inatingível e inatacável. Sendo ele quem é, pode falar o que quiser. Mesmo eu não concordando com uma só palavra, dou risada e deixo para lá. O máximo que posso pensar é: os autores geniais são homens comuns, tão sujeitos a falhas quanto qualquer outro.

Já o discurso do ministro da Cultura, Roberto Freire, me fez morrer de vergonha, para dizer o mínimo. É inadmissível que um ministro que estava ali para entregar um prêmio se meta num bate-boca ridículo e palanqueiro como aquele.

Também foi lamentável a reação da plateia. Ok, eram todos petistas, estavam ali para render graças ao escritor petista, mas as vaias e palavras de ordem foram tão ridículas e inapropriadas quanto as do ministro.

Raduan assistiu impávido a um espetáculo lamentável. Note-se que, em seu pronunciamento, não falou sobre literatura. Aliás, só saiu da toca porque viu ali ótima oportunidade para fazer seu discurso político.

Ora, se Raduan pode falar, se o ministro pode falar (ou quase), se a plateia pode vaiar, eu também quero expressar minha opinião sem ser bombardeada pela torcida enlouquecida do burro-petismo.

Quase todos os meus amigos são petistas. No meio literário contam-se nos dedos de uma só mão os que têm coragem de dizer que sonham com o dia em que Lula fará companhia a José Dirceu nos banhos de sol matinais.

Mesmo assim, somos (ou éramos) capazes de sentar num boteco e discutir a premiação do Raduan até altas horas entre gritos, dedos na cara, deboches e incontáveis baldes de cerveja. No final, sairíamos todos bêbados e tão amigos quanto antes.

Mas parece que discussão analógica virou coisa fora de moda. Agora a onda é escrever no Facebook o que pensamos, correndo o risco de levar chicote no lombo caso nossa opinião não esteja dentro do que preconiza o missal da estrela vermelha.

A sorte é que sempre tem um "jornal golpista" que dá espaço para desabafarmos.
Herculano
22/02/2017 20:27
O PT NA MÃO DE TEMER

Conteúdo de "O Antagonista".Michel Temer vai indicar dois ministros para o TSE.

Eles assumem a vaga dos petistas Henrique Neves, cujo mandato vence em 16 de abril, e Luciana Lóssio, que se despede do TSE em 5 de maio.

Depois que os depoimentos da Odebrecht forem anexados ao processo contra a campanha de Dilma Rousseff, o PT vai ficar na mão de Michel Temer.

Dependendo de quem for escolhido para o TSE, o partido que se elegeu com dinheiro roubado da Petrobras poderá ter seu registro cassado.

O mais provável, porém, é que Michel Temer use esse fato para domesticar o PT.
Herculano
22/02/2017 18:53
ARRECADAÇÃO DE IMPOSTO SOBE PELA PRIMEIRA VEZ EM TRÊS ANOS.

Conteúdo da Agência Brasil (oficial do governo Federal). Texto de Wellton Máximo.A arrecadação federal com impostos em janeiro cresceu pela primeira vez em três anos na comparação com o mesmo mês do ano anterior. Segundo números divulgados nesta quarta-feira (22) pela Receita Federal, o governo federal arrecadou R$ 137,392 bilhões no mês passado, alta de 0,79% acima da inflação oficial pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) em relação a janeiro de 2016.

Essa foi a primeira vez desde 2014 que a arrecadação federal apresentou crescimento real (acima da inflação) em janeiro. De acordo com a Receita, o início da recuperação da economia, o aumento do pagamento de royalties de petróleo e uma arrecadação atípica de R$ 487 milhões de Imposto de Renda sobre ganhos de capital na alienação (venda) de bens influenciaram no resultado.

No ano passado, a arrecadação federal tinha apresentado crescimentos acima da inflação na comparação com o mesmo mês do ano anterior somente em outubro e em novembro. No período, no entanto, a entrada de recursos tinha sido elevada por causa do programa de regularização de ativos no exterior, conhecido como repatriação, que reforçou os cofres federais em R$ 46,8 bilhões em 2016
Herculano
22/02/2017 18:51
MARCELO ODEBRECHT PRESTA DEPOIMENTO NO PROCESSO SOBRE A CASSAÇÃO DE TEMER, por Josias de Souza.

O ministro Herman Benjamin, corregedor do Tribunal Superior Eleitoral, convocou para as 14h30 da Quarta-Feira de Cinzas o depoimento de Marcelo Odebrecht e de dois ex-diretores da maior construtora do país: Cláudio Melo Filho e Alexandrino Alencar. A trinca será inquirida sobre a forma como o Grupo Odebrecht financiou a campanha da chapa Dilma Rousseff ?" Michel Temer nas eleições presidenciais de 2014. Os depoimentos serão anexados ao processo que pode resultar na cassação da chapa e na interrupção do mandato de Temer.

Relator do processo, o ministro Benjamin voará até Curitiba para interrogar pessoalmente os três delatores da da Odebrecht. As oitivas ocorrerão na sede do Tribunal Regional Eleitoral do Paraná. Escolheu-se a capital paranaense porque Marcelo Odebrecht continua preso na cidade. Ouvido previamente, o procurador-geral da República Rodrigo Janot deu parecer favorável à iniciativa do TSE. Os depoimentos foram autorizados pelo ministro Edson Fachin, relator da Lava Jato no Supremo Tribunal Federal.

Em seu despacho, o ministro Herman Benjamin anotou que decidiu ouvir os três depoentes "diante de indicativos extraídos da mídia escrita sobre a recente homologação da colaboração premiada de 77 executivos da empresa Odebrecht, no âmbito da denominada Operação Lava Jato." Guiando-se pelo noticiário, constatou que "houve depoimentos relacionados à campanha eleitoral da chapa Dilma-Temer em 2014."
Herculano
22/02/2017 18:46
"PRÉVIA DA INFLAÇÃO" SOBE EM 0,54% EM FEVEREIRO, A MENOR PARA O MÊS DESDE 2012

Conteúdo do jornal O Estado de S. Paulo. Texto de Daniela Amorim , da sucursal do Rio de Janeiro - A inflação medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo - 15 (IPCA-15) registrou alta de 0,54% em fevereiro, após subir 0,31% em janeiro. Com o resultado divulgado nesta quarta-feira, 22, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o IPCA-15 acumula aumento de 0,85% no ano. A taxa acumulada em 12 meses até fevereiro foi de 5,02%. Essa foi a menor taxa para um mês de fevereiro desde 2012, quando foi registrado 0,53%.

IPCA-15 sobe em 0,54% em fevereiro, ante alta de 0,31% em janeiro

O resultado ficou dentro das estimativas dos analistas do mercado financeiro consultados pelo Projeções Broadcast, que esperavam inflação entre 0,28% e 0,58%, com mediana de 0,49%.
Herculano
22/02/2017 18:37
COMO O MERCADO ESPERAVA. BANCO CENTRAL REDUZ JURO PELA 4ª VEZ SEGUIDA E TAXA FICA 12,25% AO ANO

Conteúdo do jornal O Estado de S. Paulo.O Banco Central decidiu nesta quarta-feira, 22, reduzir a taxa básica de juros, a Selic, em 0,75 ponto porcentual, para 12,25% ao ano. A decisão foi unânime. Esta é a quarta vez seguida que o BC decide cortar os juros, que agora alcançaram o menor patamar desde janeiro de 2015.

BC cortou a Selic pela quarta vez seguida
Mesmo com o corte, o Brasil segue tendo o maior juro real do mundo. Segundo cálculos do economista-chefe da Infinity Asset, Jason Vieira, a distância entre a taxa de juros e a inflação gera um juro real de 7,30% ao ano. Para investimentos, o juro real maior favorece as aplicações em renda fixa e deve continuar rendendo ganhos para quem investe nessa modalidade.

O BC vem promovendo cortes na Selic desde outubro do ano passado, quando a taxa era de 14,25% ao ano, nível em que estava desde julho de 2015. Agora, com a queda da inflação, que fechou o ano de 2016 em 6,29%, a instituição adotou um novo ritmo de corte nos juros de 0,75 ponto, segundo o presidente do BC, Ilan Goldfajn.

Até o fim de 2017, analistas do mercado esperam que a Selic caia a 9,5% ao ano, conforme as projeções divulgadas no último Relatório de Mercado Focus. Para a inflação, a expectativa é de que o índice oficial encerre o ano em 4,43%, abaixo do centro da meta, de 4,5%.

Apesar de reforçarem a trajetória de queda da inflação, dados do IPCA-15 divulgados também nesta quarta-feira pelo IBGE mostram que os preços tiveram um avanço além do esperado na passagem de janeiro para fevereiro. Mesmo assim, o indicador teve o menor resultado para meses de fevereiro desde 2012.
Herculano
22/02/2017 18:34
UNIMED SAIU DE GASPAR?

Os leitoras e leitoras da coluna sabiam disso há oito anos. Quando comentei isso, fui desmentido, ridicularizado.

Ligados ao PT, anunciaram um Hospital Dia para vender mais planos aos gasparenses e zombar dos empresários que faziam a recuperação física do Hospital de Gaspar. Há uma gravação - e eu a tenho - do então coordenador da Unimed em Gaspar, o médico Odilon Áscoli, na Rádio Sentinela do Vale, sobre esta promessa.

Disfarçaram, dois anos depois venderam o terreno onde seria construído o tal Hospital Dia. foi para capitalizar e cobrir rombos operacionais na Unimed Blumenau.

Uma disputa de poder na Unimed Blumenau deixou os números claros para todos. A partir de então a Unimed passou a emagrecer nos planos e estrutura.

A crise econômica criada pelo PT e PMDB que levou as pessoas a perderem o poder aquisitivo, as empresas diminuírem os seus benefícios e os empregos, bateu em cheio em todos os planos de saúde.
Herculano
22/02/2017 15:40
ILHOTA EM CHAMAS

Vai demorar mais dois meses as obras da Construção da Quadra Escolar Coberta com Vestiário da Escola Municipal Domingos José Machado.

A prorrogação com a Di Fatto Indústria e Comércio, de Apiuna, foi prorrogado, no contrato: 027/2015. A alteração contratual foi para manter o contrato válido para poder receber recursos, conforme exigência do SIMEC.
Herculano
22/02/2017 15:26
CUIDADOR DA LUZ

Gaspar já tem o comissionado que vai o Supervisor de Iluminação Pública, da Secretaria Municipal de Obras e Serviços Urbanos. É o servidor efetivo FABIO ADRIANO AMARO.
Herculano
22/02/2017 12:50
PROMOTOR QUER QUE INDENIZAÇÃO A PRESOS SIRVA PARA PAGAR VÍTIMAS, por Matheus Leitão, em O Globo

Motivado por decisão do Supremo Tribunal Federal (STF), determinando indenização do Estado a preso que sofre maus-tratos em carceragens, o promotor Luciano Gomes de Queiroz Coutinho, do município de Piracicaba (SP), fez um pedido inusitado à Justiça do município.

O Ministério Público requereu um levantamento de eventuais pedidos de indenização, já que, na opinião dele, é "razoável supor que ações de indenização por dano moral contra o Estado, ajuizadas por detentos, poderão se multiplicar por todo país".

Com esse levantamento em mãos, o promotor pretende usar a informação para tentar fazer com que aqueles presos que não pagaram demandas indenizatórias às quais também foram condenados possam finalmente quitar sua dívida com a Justiça.

"É fato notório que a grande maioria dos condenados pela prática de crimes não indeniza suas vítimas, nem paga integralmente as multas e prestações pecuniárias inseridas em suas condenações criminais, como deveria", afirmou Luciano Coutinho.

"Considerando que significativa parcela de autores de delitos não possui patrimônio declarado, os débitos raramente são quitados, completou o promotor, citando que a Lei de Execuções Penais, no seu artigo 39, prevê indenização à vítima ou aos seus sucessores.
Herculano
22/02/2017 12:46
COMO ESTAVA ESCRITO.SENADO APROVA INDICAÇÃO DE ALEXANDRE DE MORAES COMO NOVO MINISTRO DO SUPREMO

Conteúdo do Uol (Folha de S.Paulo). Texto de Felipe Amorim e Mirthyani Bezerra, da sucursal de Brasília

O Senado aprovou, na manhã desta quarta (22), o nome de Alexandre de Moraes, ministro da Justiça licenciado do governo Michel Temer (PMDB), para ocupar a vaga de Teori Zavascki no STF (Supremo Tribunal Federal). Teori morreu em um acidente de avião em janeiro.

A sessão teve a participação de 68 senadores, sendo que 55 deles votaram a favor da indicação de Moraes e os outros 13 foram contra. A votação foi secreta. Na CCJ, onde Moraes passou por sabatina de quase 12 horas ontem, foram por 19 votos pela aprovação e 7 contra ela, também em votação secreta.

O presidente do Senado, Eunício Oliveira (PMDB-CE), afirmou que o presidente Michel Temer será oficialmente comunicado da decisão ainda hoje, para que possa publicar a nomeação de Moraes no Diário Oficial.

Depois disso, Temer precisa confirmar a nomeação por meio de publicação no DOU (Diário Oficial da União). Em seguida, cabe à ministra Cármen Lúcia, presidente do STF, definir uma data para a sessão solene que vai empossar Moraes como ministro da 1ª Turma do Supremo.

O STF ainda não tem previsão sobre quando a cerimônia --que deve contar com a presença dos representantes dos três Poderes, o Executivo, o Legislativo e o Judiciário- vai acontecer, mas ela deve ocorrer em 30 dias. Segundo a assessoria de imprensa do STF, há urgência em empossar o 11º ministro porque algumas ações já votadas em plenário precisam de "voto de desempate".

A assessoria de imprensa do Supremo deu como exemplo um recurso extraordinário sobre a responsabilidade da administração pública sobre a inadimplência de empresas privadas votado no dia 15 de fevereiro no plenário do STF. Foram cinco votos contra e cinco votos a favor. Diante do empate, Cármen Lúcia afirmou que o tema seria colocado novamente em votação já com a presença do 11º ministro.

Na última vez que um ministro tomou posse no STF foi em 2015. A solenidade aconteceu 22 dias após a confirmação no DOU.

Indicado pela então presidente Dilma Rousseff (PT) para ocupar a vaga deixada pelo ex-ministro Joaquim Barbosa, que havia se aposentado em julho de 2014, Edson Fachin passou a integrar a equipe de ministros no dia 16 de junho de 2015.

A solenidade durou 20 minutos e foi marcada protestos com buzinaços, semelhantes aos realizados no dia em que teve sua indicação aprovada pelo Senado.

Hoje, Fachin é o responsável no Supremo pelos processos daqueles que possuem foro privilegiado no âmbito da Operação Lava Jato.

Moraes substitui Teori
Com 49 anos de idade, Moraes terá 26 anos de mandato no STF, que exige a aposentadoria compulsória dos ministros aos 75 anos.

Ele é o primeiro ministro indicado por Michel Temer à mais alta corte do país, e poderá ser o único, já que nenhum dos outros 10 ministros do Supremo completa 75 anos até 2018, último ano de mandato de Temer.

Moraes herdará os processos do gabinete de Teori Zavascki, exceto os ligados à Operação Lava Jato. A presidente Cármen Lúcia decidiu redistribuir por sorteio os processos ligados à operação e o sorteado como relator foi o ministro Edson Fachin.

Moraes vai fazer parte da 1ª Turma do STF, na vaga deixada por Fachin, que pediu para ocupar a vaga de Teori na 2ª Turma, após ter sido escolhido com relator da Lava Jato.

Aliados do presidente Michel Temer articulam a nomeação para o Ministério da Justiça do subchefe de assuntos jurídicos da Casa Civil, Gustavo Rocha, que tem perfil técnico. A intenção seria aplacar os ânimos do ex-presidente da Câmara Eduardo Cunha (PMDB-RJ), que, segundo reportagem da Folha de S. Paulo, já mandou diversos recados para o governo de que pode fechar acordo de delação na Lava Jato.
Herculano
22/02/2017 12:42
JUCÁ E MOREIRA LAVAM A ROUPA SUJA A CÉU ABERTO, por Josias de Souza

O senador Romero Jucá e o ministro Moreira Franco, dois dos principais operadores políticos de Michel Temer, decidiram lavar a roupa suja do PMDB em público. Numa entrevista, Moreira insinuou que o ativismo anti-Lava Jato de Jucá não traduz as opiniões do governo. E Jucá divulgou uma nota oficial para informar que Moreira também não é a pessoa mais indicada para falar sobre a estratégia do PMDB na votação da reforma da Previdência.

Moreira falou ao jornal Valor. Perguntaram-lhe: "O líder do governo no Congresso e também presidente do PMDB, Romero Jucá, fala em 'estancar a sangria' e comparou a Lava Jato à Inquisição. Afinal, ele fala pelo governo?" O ministro-chefe da Secretaria-Geral da Presidência respondeu em timbre enfático:

"Não, não fala. Ele disse que não falava pelo governo. Quando soubemos, nós ficamos surpresos porque não havia sido feita consulta. Nem eu estou dedando ninguém porque ele próprio disse que não falava em nome do governo. E disse mais hoje, que o mandato é dele, os eleitores são dele e ele, portanto, toma a iniciativa."

Na mesma conversa em que tomou distância de Jucá, Moreira informou que o PMDB não adotará o mecanismo do fechamento de questão na votação da reforma da Previdência. "Não é da nossa cultura", disse o ministro, referindo-se à ferramenta que permitiria ao partido punir congressistas que votarem contra a reforma. "Nós não vamos nos transformar num partido leninista."

Jucá apressou-se em desmentir o correligionário: "Ao contrário, o partido tem discutido com a bancada federal da Câmara dos Deputados a possibilidade de fechamento de questão" na votação da reforma previdenciária. Realçou que o partido já recorreu ao fechamento de questão "na votação da PEC que limita os gastos públicos."

Irônico, Jucá anotou que "Moreira Franco, um quadro excepcional do PMDB e do governo, ao se manifestar apenas emite uma posição pessoal, que será levada em conta no debate." E insinuou que o ministro fala fora de hora: "A estratégia de votação da reforma da Previdência, que é de vital importância para o país, será discutida no momento adequado dentro do PMDB e com os partidos aliados."

Investigado no Supremo Tribubal Federal, Jucá absteve-se de mencionar no seu texto os comentários de Moreira, delatado por executivo da Odebrecht, sobre suas posições em relação à Lava Jato. Nos últimos dias, o senador fez uma analogia entre o foro privilegiado e a "suruba". E comparou o trabalho da imprensa ao nazismo, ao fascismo, à Inquisição e à Revolução Francesa.

Moreira deu a entender algumas opiniões do líder do governo são incômodas: "Não é fácil. Não é fácil um líder falar uma coisa, ter a reação que teve, ser líder do governo e dizer que não era líder do governo quando falou aquilo. Não é fácil. Me desculpa, mas não é fácil. É difícil."
sidnei luis reinert
22/02/2017 12:30
Filha de Maria do Rosário é usuária de drogas e sofre de anorexia severa

Em foto de seu instagram, Maria Laura é vista desnutrida e com um cigarro de maconha na boca.

Além das fotos com cigarros de maconha, também existem fotos da menina, menor de idade, nua/semi-nua em seu instagram, o que configura em crime para os pais do adolescente.

Confira mais fotos e detalhes no link a seguir que o Jornal Expresso Diário republicou do artigo original.

http://imgur.com/a/ntaKt
Sidnei Luis Reinert
22/02/2017 12:21
Supremo ajuda imortal Sarney a fugir do Super Moro


Edição do Alerta Total ?" www.alertatotal.net
Por Jorge Serrão - serrao@alertatotal.net

Enquanto o sósia do Lex Luthor (famoso inimigo do Super Homem) era dura e interminavelmente sabatinado na Comissão de Constituição e Justiça do Senado, a segunda turma do Supremo Tribunal Federal confirmou que José Sarney pode ser imortal perante a República de Curitiba. Os votos dos ministros Gilmar Mendes, Dias Toffoli, Ricardo Lewandowski e Celso de Mello derrotaram o relator Edson Fachin e decidiram que o poderoso José Sarney de Araújo Costa, mesmo sem ter direito a foro privilegiado por ser ex-senador, não pode ser investigado pelo juiz Sérgio Moro naquela delação premiada feita por Sérgio Machado. A defesa de Lula agora pode pedir isonomia no tratamento, para escapar do Super Moro.

O STF não ignorou que Sérgio Machado revelou que José Sarney, durante nove anos, recebeu propina de R$ 18,5 milhões (sendo R$ 16 milhões em espécie) de contratos da Transpetro (subsidiária da Petrobras). Com exceção do relator Edson Fachin, quatro ministros do Supremo reformaram uma decisão do falecido Teori Zavascki que permitiu o compartilhamento da "colaboração" de Machado com o juízo da 13ª Vara Federal. A alegação dos vitoriosos é que uma pessoa não pode ser investigada em dois diferentes foros judiciais. Além disso, o ex-presidente e ex-senador Sarney é alvo de inquérito no STF com os senadores Renan Calheiros e Romero Jucá.

Não valeu o argumento básico de Fachin de que compartilhar informação não significa desmembrar a investigação que apura como o PMDB teria recebido R$ 100 milhões em propinas das negociatas na Transpetro. Agora, a mesma regra pode beneficiar Luiz Inácio Lula da Silva, já que ele tem investigações no STF e na vara do Moro. Como o Judiciário beneficia imortais ou quem já morreu, a Força Tarefa da Lava Jato já pediu ao juiz Sérgio Moro que decida pela extinção da punibilidade da falecida primeira-dama Marisa Letícia ?" que respondia a dois processos na Lava Jato por lavagem de dinheiro. Indiretamente, a defesa de Lula deseja que o ex-Presidente seja beneficiado com o "inocentamento" de Marisa e a extinção do processo pela morte da ré.

As polêmicas com a Lava Jato esperam por Alexandre de Moraes, que vai integrar a segunda turma do STF e será o revisor dos casos da Lava Jato relatados por Edson Fachin. O plenário do Senado tende a aprovar, com folga, a indicação de Moraes para o emprego supremo. O nome dele já foi sacramentado por 19 votos a 7 na Comissão de Constituição e Justiça. Quem se absteve de votar foi a senadora petista Gleisi Hoffmann. Alegou que pode ser investigada, processada e julgada pelo novo ministro ?" o que poderia representar um "conflito ético de interesses". Demais senadores na mesma situação fingiram que nada era com eles, e não seguiram a onda da "Narizinho" (carinhoso apelido dela entre petistas íntimos).

Tudo no noticiário só confirma que já passou da hora de acabarmos com este raio de suruba do Foro Privilegiado... Do contrário, continuaremos tomando no "Caju"...

Clique aqui e confira a íntegra da denúncia do MPF contra Lula

Pagamos nós

Já que o "Presidente" Henrique Meirelles decretou que "a recessão já terminou e voltamos a crescer", é provável que o Comitê de Política Monetária do Banco Central se reúna hoje para dar mais uma abaixadinha nos juros básicos ?" que continuarão estratosféricos em relação ao resto do mundo.

Mas a onda de otimismo econômico não impede que o consumidor brasileiro acabe vítima de mais uma injustiça econômica, sendo obrigado a pagar uma conta salgada causada por um erro do governo Dilma Rousseff em 2012.

A tal da "Luz Barata" marketada pela Dilma vai custar R$ 62 bilhões de indenização a transmissoras de energia, após a catastrófica intervenção do governo no setor elétrico.

Nós vamos pagar a fatura nas contas de luz até 2025, em diferentes percentuais de reajustes que serão definidos por cada distribuidora de energia elétrica.

O curioso é que nada deverá acontecer com a Dilma ?" a não ser arcar com a nova tungada junto com o resto dos mortais...
Belchior do Meio
22/02/2017 09:51
Sr. Herculano;

REDATOR POUCO CRIATIVO
Chamou atenção o papelão de Fátima Bezerra (PT-RN) na sabatina de Alexandre de Moraes. Ela se limitou a ler um papel. Pior: usando as mesmas expressões que a fizeram ler na comissão do impeachment.
Coluna Cláudio Humberto.

Mais uma prova concreta de estulto da turma do atraso.
Belchior do Meio
22/02/2017 09:39
Sr. Herculano;

"INTIMIDAÇÃO"

Essa turma do PT e a esquerda do atraso (PCdoB, PSOL e Rede) lhe falta argumentos, incapacidade dialética e até mesmo educação porque este é o limite. Não consegue ir além.
Alguém já postou e eu repito, falta-lhe cérebro.
Violeiro de Codó
22/02/2017 09:21
Sr. Herculano;

Gaspar não tem nenhum milímetro de esgoto coletado ou tratado?
Mas tem projeto para atracadouro de lanchas.
Vai que gasparense adora navegar na merda.
Carlos wifeell
22/02/2017 08:45
Herculano, ao que tudo indica o PSDB de Gaspar vai passar por seu primeiro teste na tentativa de romper o cordão umbilical e se renovar. De um lado Claudionor de Souza representando Franciele Back e Luciano Coradini e do outro Andreia Nagel representando Renato Nicoleti e Ademir Serafim.
Herculano
22/02/2017 07:53
NINGUÉM OUVE CANTAR CANÇÕES, por Carlos Brickmann

Pode tudo: homem com homem, mulher com mulher, vistosas fantasias masculinas de Veado Imperial, a modelo sem calcinha posando com o presidente da República, bicheiro negociando oficialmente com as autoridades, másculos estivadores de sutiã e minissaia, mulheres peladas, beijar desconhecidos na boca, moça linda levando na coleira o nome do marido. Ou pode quase tudo: com base em confusas teorias raciais, mais o politicamente correto, algumas das canções mais populares podem ser banidas do Carnaval. Nem todas, claro. Perseguem-se os clássicos carnavalescos que falam em cor da pele ou comportamento sexual. O teu cabelo não nega, de Lamartine Babo e Irmãos Valença, Nega do cabelo duro, de David Nasser e Rubens Soares, Mulata Bossa Nova, de João Roberto Kelly, Fricote ("nega do cabelo duro que não gosta de pentear"), de Luís Caldas, são acusadas de racismo e proibidas pelos blocos mais radicais.

Vida sexual é suspeita: Cabeleira do Zezé, de Kelly, é vetada. Como Maria Sapatão, também de Kelly, embora elogie as que de dia são Maria e de noite viram João. Falar de imigrantes pode: "Jacó, a senhor me prometeu, uma gravata, até hoje inda não deu"), A promessa de Jacó, de Américo Campos; Lig, lig, lé, de Paulo Barbosa e Oswaldo Santiago ("Chinês come somente uma vez por mês"). Falar de parentes, também: "Trocaram o coração da minha sogra, puseram coração de jacaré, é, é, é, é, coitado do jacaré".

Se ninguém passar mais cantando feliz, saudades e cinzas é o que vai restar.

E NO ENTANTO É PRECISO CANTAR

Este ano, na abertura do Carnaval não oficial, houve músicos que se recusaram a tocar músicas a seu ver inadequadas. Por exemplo, as que continham a palavra "mulata", cuja origem remota é "mula", híbrido de égua com jumento - o que gerou "mulata" para a híbrida de brancos com negros. É verdade; e não é. "Missa", "míssil", "missão", comissão" têm a mesma raiz, de enviar algo a alguém. E daí? O fato é que no Governo Geisel, durante a ditadura militar, o Bloco do Pacotão desfilou cantando "Ah, Aiatolá", referindo-se ao ditador. Seria aquela época mais democrática do que hoje?

MUDANDO DE CONVERSA

Mas vamos falar de outras coisas. Estas duas notas iniciais certamente servirão para que muita gente xingue este colunista - e o material é suficiente, ninguém precisa de mais. Como dizia o filósofo alemão Friedrich Nietzche, as convicções são inimigas mais perigosas da verdade do que as mentiras. Quem está convencido de que o perigo está no Carnaval não vai mudar de ideia.

OS CAMINHOS DE LULA

Lula teve excelentes resultados nas pesquisas CNT/MDA e Instituto Paraná para a Presidência da República, mas antes de festejar terá de se desviar de um obstáculo perigoso. Há uma denúncia pesada contra ele, nos processos da Lava Jato: o ex-senador Delcídio do Amaral reafirmou ao Ministério Público que foi Lula que lhe determinou que fizesse uma oferta de propina a Nestor Cerveró, ex-diretor da Petrobras, para dificultar as apurações da Lava Jato. Livrando-se desses processos, Lula poderá articular sua candidatura à Presidência. Se tiver problemas, poderá ser chamado pelo juiz Sérgio Moro.

ALIANÇA DE AÇO

A ex-presidente Dilma Rousseff voltou a repetir que seu candidato à Presidência é Lula; e que ela não será candidata à Presidência em hipótese alguma. Mas Dilma disse que tem vontade de se candidatar ao Legislativo - senadora ou deputada federal.

Uma dúvida: se Dilma acha que desempenhou bem suas funções e só caiu vitimada por um golpe de Estado, por que não pleiteia nas eleições o cargo do qual foi afastada?

BRIGAR SEM MOTIVO

Quem foi mal-educado: o escritor Raduan Nassar, que ao receber o Prêmio Camões acusou pesadamente o Governo brasileiro, considerando-o golpista, ou o ministro da Cultura, Roberto Freire, que bateu forte no premiado? É uma boa discussão, mas sem grande importância. Este colunista gostaria de saber por que existe um Ministério da Cultura - cuja existência é tão discutível que o presidente Michel Temer já o extinguiu uma vez. Dos 34 países da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico, só 15 têm Ministério da Cultura, entre eles França e México. Estados Unidos, Canadá e Reino Unido geram ampla produção cultural sem precisar de um ministério.

E são esses países que ganham o prêmio Nobel sem intervenção estatal.

ME DÁ UM DINHEIRO AÍ

Professor no Brasil ganha mal? Nem todos: em dezembro, um professor da Universidade Federal de Juiz de Fora recebeu R$ 157 mil - cinco vezes o teto do funcionalismo, que é o salário dos ministros do Supremo Tribunal Federal, R$ 33.700. Um desembargador de Sergipe deixou facilmente o professor mineiro para trás: recebeu em janeiro R$ 326 mil.

Pode? Não. Mas cada um dá um jeito de dizer que o salário não é salário, mas verba indenizatória. O limite de salários é só para quem ganha pouco.
Herculano
22/02/2017 07:48
JUSTO ELE?, por Vera Magalhães, no jornal O Estado de S. Paulo

Incomoda ministros do Supremo Tribunal Federal e políticos empenhados na tese de que é preciso separar o "joio do trigo" na Lava Jato o fato de o primeiro na fila do debate sobre as prisões "alongadas" de Curitiba ser Eduardo Cunha.

Isso porque o ex-presidente da Câmara é visto como a "nata do joio", a personificação de tudo que os defensores da necessidade de impor certas balizas à investigação querem execrar: aqueles que cometeram corrupção clara, enriqueceram à custa de propina e contratos públicos e usaram o cargo para se locupletar. Cunha, juntamente com Sérgio Cabral, Antonio Palocci e outros são aqueles que os políticos querem sacrificar no altar de Sérgio Moro para salvar a própria pele.

Por isso há dúvida entre os próprios magistrados sobre se ele terá ou não concedido um habeas corpus que, hoje, tramita no Superior Tribunal de Justiça. É unânime a avaliação, nos meios jurídicos, políticos e até entre os advogados que tratam das causas da família Cunha, a expectativa de que o STJ negue o habeas corpus. Sua defesa vai, então, recorrer ao Supremo. E aí o debate lançado por Gilmar Mendes há algumas semanas será posto à prova num caso concreto ?" mas justamente o pior deles para a demonstração da tese.

O fato de Cunha ser quem é e o despacho do juiz Sérgio Moro justificando em vários pontos as razões legais para sua preventiva fazem os comandantes da força-tarefa de Curitiba apostar na manutenção da prisão.

O fato de ele continuar a mandar recados do cárcere para o Planalto, no entanto, pode levar o joio a ser ensacado como trigo.

LAVA JATO 1
Peemedebistas veem chance de derrubar delação de Machado
Caciques do PMDB que andavam meio nervosos com o avanço da Lava Jato sobre o partido comemoraram a decisão da Segunda Turma do STF de manter na Corte todos os apensos da delação de Sérgio Machado. Acham que é meio caminho para derrubar as acusações do ex-presidente da Transpetro.

LAVA JATO 2
Advogados vão sustentar tese de que gravação de delator foi ilegal
Para Antonio Carlos de Almeida Castro, o Kakay, advogado de José Sarney nos inquéritos a partir da delação de Machado, com a ação concentrada no STF ficará mais fácil demonstrar que ela não se sustenta em provas e é ilegal, pelo fato de as respostas dos interlocutores terem sido "induzidas".

POLÍCIA FEDERAL
Opositores acusam Daiello de usar operação como "muleta"
Delegados que defendem a troca do diretor-geral da Polícia Federal acusam Leandro Daiello de usar a Lava Jato para se perpetuar. A visita do comandante da instituição a Curitiba, ontem, a pretexto de realizar uma vistoria após breve incêndio no prédio, seria mais um gesto para posar de "defensor" da operação e, com isso, se blindar. O apelido de Daiello entre os opositores é Edgar Hoover ?" que comandou o FBI por 48 anos.

BASTIDORES
Sabatina de Moraes teve piada e 'camaradagem' da oposição
Se em suas intervenções diante da TV Senado na sabatina de Alexandre de Moraes os senadores da oposição tentavam parecer duros, nos bastidores o clima era de troca de gentilezas. Um governista, diante da mudança de modos, observou: "Muitos sabem que terão outros encontros com ele". Para aguentar a longa inquisição, Moraes recebeu conselho de um tucano: "A cada vez que te ofenderem, você pensa que terá um emprego de 27 anos".
Herculano
22/02/2017 07:45
E GASPAR? AQUI NEM UM MILIMETRO DE ESGOTO COLETADO OU TRATADO, MAS HÁ UMA ESTRUTURA PARA TOCAR O SANEAMENTO BÁSICO. NENHUMA PALAVRA, NENHUM PLANO, NENHUM COMPROMETIMENTO COM O FUTURO. SE FALTA ATÉ ÁGUA ONDE NÃO FALTAVA...

Conteúdo e texto do Blog do Jaime. Blumenau melhora no ranking de saneamento das 100 maiores cidades do Brasil. Agora a cidade consta em 65ª posição no ranking e antes estava em 74ª posição.

Com um aumento de 40% de cobertura no tratamento de afluentes e melhorias da coleta e tratamento do esgoto, Blumenau subiu nove posições no ranking de saneamento das 100 maiores cidades do Brasil.

Divulgada nesta semana, a relação aponta o município na 65ª colocação. Em pouco mais de seis anos, Blumenau contava com um índice de cobertura de 5% de todo o esgoto tratado na cidade.
Herculano
22/02/2017 07:35
E GASPAR? AQUI NEM UM MILIMETRO DE ESGOTO COLETADO OU TRATADO, MAS HÁ UMA ESTRUTURA PARA TOCAR O SANEAMENTO BÁSICO. NENHUMA PALAVRA, NENHUM PLANO, NENHUM COMPROMETIMENTO COM O FUTURO. SE FALTA ATÉ ÁGUA ONDE NÃO FALTAVA...

Conteúdo e texto do Blog do Jaime. Blumenau melhora no ranking de saneamento das 100 maiores cidades do Brasil. Agora a cidade consta em 65ª posição no ranking e antes estava em 74ª posição.

Com um aumento de 40% de cobertura no tratamento de afluentes e melhorias da coleta e tratamento do esgoto, Blumenau subiu nove posições no ranking de saneamento das 100 maiores cidades do Brasil.

Divulgada nesta semana, a relação aponta o município na 65ª colocação. Em pouco mais de seis anos, Blumenau contava com um índice de cobertura de 5% de todo o esgoto tratado na cidade.
Herculano
22/02/2017 07:26
LÁ ESTÁ RESOLVIDO. E GASPAR? PREFEITURA HOMOLOGA RESULTADO DO TRANSPORTE COLETIVO DE BLUMENAU

Conteúdo do Informe Blumenau. Texto de Alexandre Gonçalves. O prefeito Napoleão Bernardes (PSDB) e o presidente do Seterb, Carlos Lange, assinaram nesta terça-feira, 21, a homologação do resultado da licitação do transporte coletivo de Blumenau.

A Viação Piracicabana é oficialmente a ganhadora do processo, do qual participou sozinha, com uma proposta de R$ 3,90 para a tarifa e o pagamento dos R$ 5 milhões como outorga, valor este que deve voltar quase integralmente para a empresa.

A Piracicabana deve ser notificada ainda hoje ou no máximo nesta quarta-feira. A partir daí tem até 60 dias para criar uma SPE ?" Sociedade de Propósito Específico e depois até 90 para começar a operar oficialmente o serviço, já com cem ônibus zero KM e a tarifa reajustada.

Bem ao fim do prazo do terceiro contato emergencial com a própria Piracicabana.
Herculano
22/02/2017 07:22
ERA S?" O QUE FALTAVA. A POLÍCIA FEDERAL ESTÁ NAS RUAS ATRÁS DE BANDIDOS QUE ROUBAVAM (E MATAVAM) CARGAS DE ALTO VALOR. ADIVINHA QUEM OS FINANCIAVA? UMA REDE DE COMERCIANTES QUE VENDIAM AS CARGAS
Herculano
22/02/2017 07:19
UM MESTRE DA TERGIVERSAÇÃO, por Luiz Maklouf Carvalho, no jornal O Estado de S.Paulo

"O senhor vai ter de falar nisso", disse a senadora Vanessa Grazziotin (PCdoB-AM) ao ministro licenciado Alexandre de Moraes, indicado ao Supremo Tribunal Federal (STF), na terceira hora de sua sabatina na Comissão de Constituição e Justiça do Senado. "Nisso", no caso, era uma posição que Moraes defendeu em sua tese de doutorado (USP/2000) ?" o veto à indicação de ministros ao STF pelo presidente da República.

A questão entrou em pauta já no começo da sabatina, como uma das perguntas do senador Eduardo Braga (PMDB-AM), relator da indicação de Moraes pelo presidente Michel Temer. Moraes deu o primeiro drible. O segundo foi em Lindbergh Farias (PT-RJ). O terceiro, no senador Lasier Martins (PSD-RS). O quase futuro ministro ignorou a questão específica de três senadores ?" sua própria proposta de veto presidencial ?", e demorou-se em platitudes sobre a tese que defendeu.

Grazziotin seria a quarta a ser fintada ?" e foi aí, à guisa de "comigo, não!" ?" que instou Moraes a não escapulir. "É, na verdade, o melhor argumento contra a sua própria indicação", disse a senadora. Moraes matou no peito ("existem várias propostas sobre a escolha de ministros para o STF...") ?" e passou a bola por baixo de sua saia ("não é só uma discussão brasileira...").
Mais dribles do gênero seriam dados. Até a sexta hora da sabatina, que entrou pela noite, o indicado mostrou-se um mestre da tergiversação ?" parabéns aos que o treinaram! ?" e não respondeu à pergunta incômoda.

Poderia ter sido levado às cordas, de leve, nas réplicas dos senadores oposicionistas. Mas Lindbergh Farias e Vanessa Grazziotin aceitaram o faz-de-conta-que-eu-não-tô-entendendo com tolerância inimaginável. Talvez um subproduto das visitas de cortesia que Moraes fez a todos os senadores antes da sabatina.

Também foram condescendentes, nas réplicas, os oposicionistas Gleisi Hoffmann (PT-PR) e Randolfe Rodrigues (Rede-AP). Não falaram da tese de doutorado, mas de outros pontos incômodos para o ministro licenciado. Rodrigues tratou, por exemplo, da acusação de plágio em um dos livros de Moraes ?" outra pedra que ele tentava (e conseguia) tirar do calcanhar desde o questionamento do relator, Eduardo Braga.

Moraes chegou a dizer, arrogante e ofensivo, que a reportagem que denunciou o plágio era "maldosa" e que "a viúva do autor (que confirmou a acusação de plágio) foi induzida pelo repórter". Rodrigues explicou o porquê da pergunta ?" "para ficar nitidamente esclarecido", veja bem ?" e, mesmo com a papelada do plágio nas mãos, nada disse quando a nitidez solicitada mais pareceu um borrão.

Sobrou para a imprensa, também, a culpa de outras acusações a Moraes. "A imprensa inventa, às vezes, o que ela bem entender" e "a imprensa requenta, inventando fatos", disse, genérica e aleivosamente, como nunca antes se ouviu de candidato a ministro do STF, pelo menos durante as sabatinas.

Na primeiras seis horas, Moraes não teve um único momento de arroubo, ou de irritação, ou de brilho, à exceção do de sua careca reluzente ?" um contraste plural com o cabelo pintado de acaju do senador Edison Lobão (PMDB-MA) e sua voz cavernosa, sentados lado a lado. "Faz tempo que eu não uso shampoo", respondeu o calvo candidato a uma brincadeira do senador Armando Monteiro (PTB-PE), ele também já desprovido de fios no topo da cabeça. Na parte séria, Monteiro elogiou a discrição do também careca ministro Teori Zavascki, a quem Moraes pode substituir, e perguntou ao sabatinado o que ele diria sobre ter "um certo gosto pelas luzes". Moraes respondeu, na mesma toada monocórdica: "Cada pessoa é um estilo. A postura num cargo executivo é diversa num cargo judiciário".
Herculano
22/02/2017 07:13
INTIMIDAÇÃO

O PT e a esquerda do atraso (PCdoB, PSOL, Rede) tem um estilo: na falta de argumentos, incapacidade dialética e até mesmo educação, apela para a intimidação e o grito.

O estilo foi repetido ontem na sabatina do pretendente a ministro do Supremo Tribunal Federal, Alexandre de Moraes. A tropa de choque do impeachment contra Dilma Vana Rousseff, PT, sentou na primeira fila da Comissão de Constituição e Justiça e de lá, muniu-se da artilharia, manjada, velha, desacreditada e que não emociona mais nem mesmo os analfabetos, os ignorantes e os desinformados, os seus eleitores preferidos.

Nem criativos conseguiram ser. Parecia em alguns momentos, a repetição de uma daquelas sessões do impeachment
Herculano
22/02/2017 07:07
CAROS LEITORES E LEITORAS

A ÁREA DE COMENTÁRIOS DA COLUNA CONTINUA COM PROBLEMAS, RENOVO E PEÇO DESCULPAS.

INSERIDO O COMENTÁRIO E CLICADO NO "ENVIAR", AO INVÉS DA CONFIRMAÇÃO DE ENVIO DE PRAXE, COM O RESPECTIVO AGRADECIMENTO DE PARTICIPAÇÃO, ESTÁ SE INFORMANDO QUE HOUVE UM ERRO.

APESAR DESSA ADVERTÊNCIA, AS PARTICIPAÇÕES DOS LEITORES E LEITORAS ESTÃO SENDO ENVIADAS E RECEBIDAS NA REDAÇÃO. NA MEDIDA DO POSSÍVEL, ESTÃO SENDO MODERADAS PELO COLUNISTA.
Herculano
22/02/2017 07:05
SURUBA PARA TODOS, por Hélio Schwartsman, para o jornal Folha de S. Paulo

Até um relógio (de ponteiros) parado fica certo duas vezes por dia. Isso significa que não é porque uma proposta de alteração legislativa em matéria penal vem de réu ou investigado que ela necessariamente não presta. A origem suspeita recomenda que se examine a sugestão com máximo cuidado, para ver se não esconde uma pegadinha, mas não constitui em si um argumento contra a medida.

Nesse cenário, penso que o senador Romero Jucá tem razão ao afirmar que um eventual fim do foro privilegiado precisaria valer para todas as autoridades, inclusive juízes e promotores, não só para políticos. A escolha das palavras talvez tenha sido meio forte: "Se acabar o foro, é para todo mundo. Suruba é suruba. Aí é todo mundo na suruba, não uma suruba selecionada", declarou o senador ao jornal "O Estado de S. Paulo".

Já escrevi aqui que não vejo o foro privilegiado como um mal em si. Ao menos em teoria, ele evita que autoridades sejam tanto beneficiadas como prejudicadas por decisões politicamente motivadas proferidas por juiz singular. Um bônus extra é que pendengas jurídicas envolvendo representantes do poder público, também em teoria, se resolveriam mais rapidamente, já que não haveria tantas oportunidades de recurso.

Na prática, porém, o sistema não está funcionando. O STF ou não quer ou não tem capacidade operacional para processar as várias dezenas de ações penais contra políticos que tramitam na casa, o que frequentemente termina em prescrição.

Não há muita dúvida de que o sistema precisa ser revisto. Sugestões é o que não falta. Elas vão da extinção do foro à sua restrição a ilícitos ocorridos no exercício do mandato, passando pela criação de varas criminais especializadas. Prefiro as mais simples (1 ou 3), mas é fundamental que elas, republicanamente, valham para todas as autoridades, não apenas para políticos que são circunstancialmente a bola da vez.
Herculano
22/02/2017 06:34
FICHA SUJA, DILMA NÃO SERÁ CANDIDATA EM 2018, por Cláudio Humberto, na coluna que publicou hoje nos jornais brasileiros

A ex-presidente Dilma ameaça disputar a Câmara ou o Senado em 2018, mas é conversa fiada: a Lei Ficha Limpa torna inelegível quem é condenado por órgão colegiado por crime contra a administração. Foi o que aconteceu com ela, ao ser julgada e cassada no Senado. Ministros já afirmaram a esta coluna que, provocado, o Supremo Tribunal Federal deverá anular o fatiamento promovido pelo Senado, que a cassou, mas não suspendeu seus direitos políticos por 8 anos.

CASO CONCRETO
Para ministros do Supremo ouvidos pela coluna, "no caso concreto" uma ação civil pública impediria de imediato o registro da candidatura.

CONTRA O ERÁRIO
O Artigo 1º da Lei das Condições de Inelegibilidade, alterado pela Ficha Limpa, é claro: crimes contra a administração rendem inelegibilidade.

MALANDRAGEM
A Resolução 35/2016 do Senado não inabilitou Dilma automaticamente, mas cassou o mandato "sem prejuízo das demais sanções judiciais".

DERROTA NA CERTA
Filiada ao PT-RS, Dilma precisaria de muita lábia junto ao eleitor: ao ser expulsa do Planalto, sua rejeição no Rio Grande do Sul era de 85%.

ENERGIA SOLAR É A BOLA DA VEZ, EXCETO NO BRASIL
Enquanto a Índia inaugura a maior usina de energia solar do mundo, o Brasil segue na vanguarda do atraso priorizando a produção de fontes poluidoras, além de mais caras, como as térmicas. Produzida ao custo de US$5 por MW/h (R$15 o MW/h), a matriz se mostrou a fonte mais barata disponível. Em leilão recente no Brasil, o valor contratado por MW/h foi de R$83,49 para hidrelétricas e R$135 para usinas térmicas.

LOROTA DESFEITA
Alta fonte no Tribunal de Contas da União negou haver recomendação para cancelar aquisição de energia solar e eólica pelo governo.

OUTRA LOROTA
O governo usou a suposta recomendação do TCU para cancelar leilão em 2016 e alegou haver "sobra de energia", apesar da alta nas contas.

EMPREGOS
A Índia criou 270 mil empregos apenas com o investimento em energia solar, em 5 anos. Nos EUA, o setor emprega 374 mil pessoas.

ASSOMBRAÇÃO
PT e PCdoB se alojaram na primeira fila da sabatina, fazendo caras e bocas, mas Alexandre de Moraes não se incomodou. Respondeu o que quis e evitou comentar "questões que podem vir a ser julgadas".

COVARDIA PEGA?
Faltou coragem aos governadores para se solidarizar mais enfaticamente ao Espírito Santo, vítima do motim covarde de PMs. Fizeram uma nota. O governador Paulo Hartung, ao contrário, mandou muito bem, encarando o movimento criminoso.

DÚVIDA
Maria Tereza Uille, recém-indicada ao Conselho Nacional de Justiça, está entre os avaliados para ministro da Justiça. Ela tem livre trânsito junto a ministros do Supremo Tribunal Federal como Gilmar Mendes.

URTICÁRIA
Michel Temer acha o vice-procurador geral José Bonifácio Andrada "excelente nome" para ministro da Justiça, mas, egresso do MP, sabe que a subordinação a um procurador provocaria urticária na PF.

VOZES DO PASSADO
Ao proibir a transmissão do clássico Atlético x Coritiba pelo Youtube, a Federação Paranaense agiu como o carteiro contra e-mail, diz Luiz Fernando Pereira, advogado. É o passado inconformado com o futuro.

LEGAL É MORAL?
O ministro Maurício Quintela (Transportes) garante que a Constran, do grupo UTC de Ricardo Pessoa, líder do consórcio da obra para duplicar a BR-101 em Alagoas, "não tem inabilitação" ou qualquer impedimento.

REDATOR POUCO CRIATIVO
Chamou atenção o papelão de Fátima Bezerra (PT-RN) na sabatina de Alexandre de Moraes. Ela se limitou a ler um papel. Pior: usando as mesmas expressões que a fizeram ler na comissão do impeachment.

CONTRA A FARRA
Chegam a 62,4 mil as adesões ao abaixo-assinado do Change.org que pelo fim de passagens aéreas para senadores e deputados. Nenhum dos 210 políticos investigados na "farra das passagens" foi punido.

PERGUNTA EM CURITIBA
Senadores investigados por corrupção poderiam mesmo ter exigido ontem "reputação ilibada" do sabatinado Alexandre de Moraes?
Herculano
22/02/2017 06:29
O MEDO DE TEMER NA PÁSCOA, por Vinicius Torres Freire, para o jornal Folha de S. Paulo

O GOVERNO quer aprovar a reforma da Previdência em um galope pelas águas sujas de março. Quer vencer a parada até abril na Câmara, onde a conversa será mais difícil. Em março, devem ser publicadas as delações da Odebrecht, segundo o cronograma do mundo político.

O governismo vai roer um osso duro na Quaresma.

O próprio presidente da Câmara, Rodrigo Maia, alerta para dificuldades em projetos cruciais, como a Previdência e a lei de recuperação para Estados falidos.

Maia se diz "reformista" até porque sua carreira e o destino do "bloco no poder" dependem disso, segundo ele mesmo.

Acelerar a tramitação é um modo de evitar que o povo "nas ruas" se dê conta da tunda? O pessoal do governo diz que não, tanto que vai fazer campanhas de esclarecimento, "suscitar o debate público informado". Da "base" do governo brotam pencas de emendas para atenuar a reforma.

Do ponto de vista do "Grande Eleitor" de Temer, donos do dinheiro grosso e associados, e dos economistas-padrão, quanto mais cedo se votar a reforma da Previdência na íntegra, melhor.

Assim, haveria perspectiva de redução contínua da taxa de juros e de sobrevivência do teto, o limite para o crescimento real dos gastos do governo.

Sem reforma da Previdência dura, tal como a apresentada pelo governo, vai ficar a impressão de que o "teto" cai a partir de 2019, devido a rachaduras políticas ou econômicas, ou dos dois tipos.

Um fracasso da reforma da Previdência em princípio e por si só não arrebenta de vez as contas do governo durante o mandato de Temer.

Quanto aos efeitos secundários, porém imediatos, a coisa pode ficar mais difícil: incerteza, juros em nível mais alto. Por quê?

Porque, com "teto" e sem reforma, as demais despesas federais serão asfixiadas. Gastos com saúde e educação ficarão restritos ao piso legal. O investimento "em obras" deve ser achatado.

Com o "teto", a despesa do governo federal vai diminuir como proporção do PIB (em relação ao tamanho da economia). Caso a despesa da Previdência continue a crescer, as demais terão de ser cortadas (também como proporção do PIB).

Aprovada na íntegra a reforma do governo, a despesa com Previdência e benefícios assistenciais passaria de 8,9% do PIB em 2016 para 9,13% do PIB em 2019, caindo lentamente até 8,8% até 2026.

São estimativas da Secretaria da Previdência. Sobem um tanto até 2019, enquanto a despesa federal estará caindo. Não vai dar para todo o mundo, pois.

Durante o governo Temer, ainda haverá alguma folga, por assim dizer; a equipe econômica tem encontrado alguma gordura para cortar.

Daí em diante, é aperto. Pode então haver reação social e política contra o "teto", ainda mais se a economia estiver recuperando devagar a renda que perdeu na Grande Recessão.

Em tese, pelo menos segundo os credores do governo ("mercado"), a perspectiva de estouro do "teto" provocaria tensão logo agora: seria um sinal de que a dívida pública continuará a subir sem limite. Essa é a hipótese mais sinistra.

Pode ser que as emendas parlamentares não arrebentem o projeto do governo.

Pode ser que a reação do pessoal da finança à "desfiguração" não seja intensa como promete. O risco de a maionese desandar, de qualquer modo, está no radar de todo o mundo.
Herculano
22/02/2017 06:25
PSDB VIVE O SEU MOMENTO DE PT NO RIO DE JANEIRO, por Josias de Souza

Ninguém disse ainda, talvez por pena. Mas o PSDB flerta com a decadência. É plenamente correspondido. Sua brigada fluminense achou que podia tirar algum proveito político da ruína fiscal do Rio de Janeiro. E votou contra a privatização da Cedae, a companhia de saneamento do Estado. Jogou no lixo a própria história. Trocou a coerência pela oportunidade de viver o seu momento PT.

O ninho passou a brigar consigo mesmo. O Instituto Teotônio Vilela, braço acadêmico do PSDB, divulgou um texto que trata a futura venda da Cedae como "pontapé inicial de uma onda saneadora" nos Estados." Sustenta que "é hora de vender" as estatais mal geridas. Chama de "obtusa" e "míope" a "pregação petista" segundo a qual privatização é "coisa do demônio". Quer dizer: o PSDB federal disse, com outras palavras, que os tucanos do Rio têm mais bico do que cabeça.

Noutro documento, tucanos de fina plumagem como Edmar Bacha, Gustavo Franco e David Zylbersztajn anotaram ter estranhado a posição da bancada do PSDB na Assembléia Legislativa do Rio. Acrescentaram que o partido "personifica a moderna social-democracia, que encara a privatização sob o prisma dos interesses da população, da sua lógica econômica, e da eficiência nos serviços prestados, sobretudo, para os mais pobres."

Tudo isso ocorre num instante em que a imagem do tucanato já está estilhaçada. Depois de sonhar que chegaria ao Planalto dinamitando a chapa Dilma-Temer no Tribunal Superior Eleitoral, o PSDB tomou o atalho do impeachment e vive o pesadelo de ser força auxiliar do governo do PMDB.

Há mais: separados em tudo, os grão-tucanos Aécio Neves, José Serra e Geraldo Alckmin juntaram-se nas planilhas da Odebrecht. Há pior: nas pesquisas, os presidenciáveis tucanos assistem à recuperação de Lula enquanto derretem.

Aécio e Alckmin já despontam como sub-Bolsonaros. A derrocada tucana é construída com método. O PSDB sempre imaginou que tivesse um destino. Não pensou que viraria uma fatalidade.
Herculano
22/02/2017 06:21
TEMER APRECIA PERSONAGEM COM HISTORIA DIAMETRALMENTE OPOSTA À SUA, por Elio Gaspari, para o jornal Folha de S. Paulo

As repórteres Simone Iglesias e Catarina Alencastro revelaram que por sugestão de sua mulher, Marcela, o presidente Michel Temer viu os dez episódios da série "Sobrevivente Designado" e gostou.

"Designated Survivor", titulo original da série da rede ABC, distribuída internacionalmente pela Netflix, conta a história de Tom Kirkman, um irrelevante secretário de Habitação, que acaba presidente dos EUA depois que um atentado decapitou a cúpula dos três Poderes do país.

Como qualquer freguês, Temer gostou de uma boa série. Kirkman (Kiefer Sutherland) é meio chato, mas sua chatice acaba virando virtude. Enquanto Frank Underwood de "House of Cards" é um vilão que chegou à Casa Branca manipulando pessoas e situações, Kirkman é um bom moço de série de TV. Se Brasília e Washington têm centenas de candidatos a Frank Underwood, as duas capitais não produzem tipos parecidos com Kirkman.

Michel Temer gostou da série "House of Cards", mas nunca se proclamou um admirador de Underwood. No caso de "Designated Survivor", é impossível alguém gostar da série sem gostar de Kirkman.

Só o proverbial sangue-frio de Temer pode ter permitido que apreciasse um personagem cuja história é diametralmente oposta à sua. Kirkman nada teve a ver com o atentado que decapitou o governo americano. Quando o mundo acabou ele estava tomando uma cerveja e comendo pipocas. Temer foi instrumento essencial e ostensivo do processo que depôs Dilma Rousseff.

Nesse sentido, Temer carrega a eterna maldição dos vices. A comparação entre a conduta de Kirkman na Casa Branca e a de Temer no Planalto não pode ir longe porque não se pode saber como seria o governo do vice de Dilma sem a colaboração dos ministros da doutora e de tantos notáveis que a apoiavam. Pela narrativa da série, eles teriam morrido no atentado.

O atual presidente do Brasil pode ser visto como sobrevivente de uma chapa cuja titular foi detonada, mas ele não chegou ao Planalto por acaso. Temer é um experimentado operador das manhas políticas de Brasília. Kirkman é o oposto.

Sem o risco de estragar o prazer alheio, pode-se revelar que há uma conspiração por trás do atentado que explodiu o Capitólio. Como Kirkman não é parte dela, a trama gira em torno da fritura do presidente.

É provável que exista uma (e só uma) personagem no Palácio do Planalto que possa ser comparada a alguém da série. É a chefe de gabinete de Temer, Nara de Deus Vieira. Ela desempenha um papel parecido com o da fiel assessora Emily Rhodes, que acompanhava Kirkman desde o tempo em que era um ninguém.

A segunda temporada da série está prevista para março e é pedra cantada que o primeiro capítulo dará uma certa satisfação a Dilma Rousseff.

Numa trapaça do destino, a Netflix, que distribui a série "Sobrevivente Designado", está produzindo outra, sobre a Operação Lava Jato. A série de Kirkman começa com a cena apocalíptica do Capitólio em ruínas depois do atentado. Às vésperas da divulgação dos depoimentos da Odebrecht o andar de cima de Brasília teme que a Lava Jato termine num apocalipse, como o "Sobrevivente Designado" começou.
Herculano
21/02/2017 20:02
TRANSPARÊNCIA

O RBS Notícias desta terça-feira a noite, mostrou como os municípios enganam os que verdadeiramente pagam toda a máquina pública. Os tais portais da transparência são enganação, como e há anos sempre afirmei (e venho provando, para a ira dos políticos e gestores públicos) aqui.

O problema não é novo então. A notícia se tornou nova na RBS, apenas para fazer propaganda de um portal do Governo do Estado, que de fato é mais amigável e acessível, entretanto, ainda não está testado pelos contribuintes.

Outra. Os municípios só se mexem nesse aspecto, naquilo que é obrigação e por lei, quando o Ministério Público interfere. Quando a prioridade do MP é outra, os políticos e os gestores públicos se esbaldam e o gato toma leite. Acorda, Gaspar!
Anônimo disse:
21/02/2017 19:51
Herculano;

"da série: no que o PMDB é diferente do PT

AO SAPO A LEI E AO GATO O LEITE, por José Nêumanne".

Posso responder? Duas letras!
Herculano
21/02/2017 19:44
BOULOS, PARE DE BATER EM ESPANTALHOS E DEBATA COMIGO PESSOALMENTE, por Kim Kataguiri, coordenador do Movimento Brasil Livre, no jornal Folha de S. Paulo

Agora que o PT e suas linhas auxiliares estão na oposição, acham que a população vai se esquecer de que eles foram os protagonistas do maior escândalo de corrupção da história do país e de uma crise econômica igualmente sem precedentes.

A militância petista quer nos fazer acreditar que o país estava uma maravilha até que, por meio de um golpe de Estado ?"que, curiosamente, é previsto pela Constituição e teve seu rito definido pelo STF?", Temer teria assumido o poder fazendo com que mais de 12 milhões de desempregados brotassem do chão, quebrando instantaneamente a Petrobras e revogando a Lei Áurea.

Guilherme Boulos, o poodle de estimação do petismo, em seu último artigo para esta Folha, atacou um MBL imaginário, que teria prometido que o impeachment de Dilma Rousseff seria o fim da corrupção. É claro que isso é uma grande bobagem. A corrupção nunca vai acabar. E é por isso que deve ser permanentemente combatida.

Ainda mais quando é utilizada como método de governo. Afinal, fechar o Congresso na base da propina é tão grave quanto fazê-lo com tanques de guerra.

Sustentamos, sim, que o impeachment traria melhoras para a economia. E trouxe: no mês passado, a indústria paulista criou 6.500 postos de trabalho, o primeiro resultado positivo desde abril de 2015. Vale lembrar que, nos últimos três anos ?"a maior parte desse período sob governo petista?", a indústria paulista fechou 518 mil postos de trabalho. Além disso, na última quarta-feira (15), a Bolsa fechou no melhor patamar desde março de 2012. Isso sem falar na aprovação da PEC do Teto, passo importantíssimo para garantir o equilíbrio fiscal e, assim, evitar aumento de impostos e manter a inflação sob controle.

O coxinha vermelho atacou um espantalho porque sabe que não tem condições de lidar com o MBL real. Diferente do que escreveu em sua coluna, o MBL nunca colocou o impeachment como a grande solução para o país. Aliás, nunca propusemos nenhum plano messiânico de salvação nacional, mesmo porque tal plano não existe. O que defendemos são reformas estruturantes, que já deveriam ter sido feitas há décadas, para que o Brasil, algum dia, saia desse círculo vicioso de gasto público e quebradeira. Desculpe-me, Boulos, mas quem acredita em solução mágica é a esquerda.

Aproveito a provocação do ilustre burguês revolucionário para convidá-lo a um debate. Adoraria conhecer as propostas da sua milícia, o MTST, para a Previdência, a legislação trabalhista, o sistema tributário, o sistema político etc. Sei que, apesar de berrar o contrário, você não acredita na tese esdrúxula de que o MBL é um mero movimento antipetista, sem propostas, sem projetos para o país.

Por que não esclarecer tudo isso num debate público? Você pode pedir meu telefone para a Folha. Aliás, tenho certeza de que o jornal teria interesse em mediar essa discussão.

E aí, Boulos, aceita o convite? Ou tudo o que sabe fazer é repetir chavões e queimar pneus no meio da rua?
Herculano
21/02/2017 18:24
CAROS LEITORES E LEITORAS

A ÁREA DE COMENTÁRIOS DA COLUNA CONTINUA COM PROBLEMAS, RENOVO E PEÇO DESCULPAS.

INSERIDO O COMENTÁRIO E CLICADO NO "ENVIAR", AO INVÉS DA CONFIRMAÇÃO DE ENVIO DE PRAXE, COM O RESPECTIVO AGRADECIMENTO DE PARTICIPAÇÃO, ESTÁ SE INFORMANDO QUE HOUVE UM ERRO.

APESAR DESSA ADVERTÊNCIA, AS PARTICIPAÇÕES DOS LEITORES E LEITORAS ESTÃO SENDO ENVIADAS E RECEBIDAS NA REDAÇÃO. NA MEDIDA DO POSSÍVEL, ESTÃO SENDO MODERADAS PELO COLUNISTA.
Herculano
21/02/2017 18:19
da série: a mensagem dos políticos no tal foro privilegiado é de que o juizado de primeira instância não é competente técnico ou confiável. Mas para os pobres mortais ele é?

ODEBRECHT PROVOCARÁ TSUNAMI NA POLÍTICA, DIZ PROCURADOR DA LAVA JATO

Conteúdo do jornal O Estado de S. Paulo. Entrevista e texto de Ricardo Brandt, enviado especial a Curitiba, e Fausto Macedo

Um dos principais negociadores das delações premiadas e leniências da força-tarefa da Operação Lava Jato, o procurador Regional da República Carlos Fernando dos Santos Lima afirmou que as revelações de executivos e ex-executivos da Odebrecht vão provocar um "tsunami" na política brasileira e confirmarão que a corrupção, descoberta na Petrobrás, existe em todos os níveis de governo, envolvendo partidos de esquerda e direita.
"A corrupção está em todo sistema político brasileiro, seja partido A, partido B, seja partido C. Ela grassa em todos os governos."

Defensor do fim do sigilo para a maior parte da delação da Odebrecht, o decano da força-tarefa da Lava Jato, em Curitiba, recebeu o Estadão, na quinta-feira, 16, na sala de reuniões em que foram negociadas a maior parte das delações premiadas ?" que mantiveram a operação em constante expansão, nos três anos de apurações ostensivas.

Acordos como o do ex-diretor da Petrobrás Paulo Roberto Costa, primeiro delator do esquema, que agora corre o risco de perder parte de seus benefícios, e o dos 77 colaboradores do Grupo Odebrecht, foram selados na sala de reuniões do oitavo andar do Edifício Patriarca, região central de Curitiba, que desde 2014 é o QG da força-tarefa.

"É um grande caixa geral de favores que políticos fazem através do governo, e em troca recebem financiamento para si ou para seus partidos e campanhas. Funciona em todos os níveis, exatamente igual", diz Carlos Fernando. "Isso vai ser revelado bem claramente quando os dados das colaborações e da leniência da Odebrecht forem divulgadas ?" e, um dia, serão."

Carlos Fernando negou que a Lava Jato realize "prisões em excesso", disse que grupos políticos deixaram de apoiar as investigações, após o impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff, e que reformas nas regras penais do País ?" como as propostas no pacote das 10 Medidas contra a Corrupção ?" não podem existir sem uma reforma política.

"A classe política tem que perceber que a sobrevivência dela depende dela mudar seus próprios atos. Se o sistema mudar, aqueles que vierem a sobreviver ao tsunami de revelações, quem sabe encaminhe o Brasil para um País melhor."

LEIA A ÍNTEGRA DA ENTREVISTA
Estadão: Nas duas últimas semanas, dois ministros do Supremo manifestaram preocupação com o excesso de prisões da Lava Jato. Há abuso no uso desse tipo de medida restritiva de liberdade?
Carlos Fernando dos Santos Lima: Evidente que não, até porque elas têm sido referendadas nos tribunais. O sistema permite tamanha quantidade de recursos, que não há como se dizer que há abusos. No Brasil temos excessos de prisões de pessoas por crimes menores, como furtos, mulas de tráfico. Agora, não vi problema carcerário por excessos de prisões de colarinho branco. Temos é que aumentar o número de prisões para esses casos.

Estadão: Qual a necessidade de se prender investigados, e por que a manutenção das prisões por longos períodos?
Carlos Fernando: A prisão se justifica segundos os requisitos de lei. Normalmente temos feito prisão por necessidade da instrução, pela ordem pública. E, enquanto presentes os requisitos, o juiz mantém a prisão.
As prisões demoram muito menos que as prisões cautelares em outros crimes, porque o juiz Sérgio Moro (dos processos da Lava Jato, em Curitiba) é extremamente eficiente.

Estadão: Uma crítica recorrente é que vocês, investigadores da Lava Jato, não respeitam os direitos individuais dos investigados?
Carlos Fernando: Não é uma crítica justa. Existem recursos e tribunais para se resolver a questão. A interpretação excessiva desses direitos individuais é que tem causado a impunidade no Brasil. Temos que fazer um balanço entre a necessidade que a sociedade tem de punir esses crimes, com o direito das pessoas. Perfeito. Mas quem decide esse balanço são os tribunais e, até o momento, eles têm mantido as decisões.
Os fatos (crimes) que temos levantados são bem graves, continuados e continuam até hoje.
Enquanto houver necessidade de prisões cautelares e buscas, nós vamos manter as operações em andamento.

Estadão: Existe uma associação da crise econômica com a Lava Jato. A operação tem responsabilidade na recessão econômica do Brasil?
Carlos Fernando: Não, é tentar culpar o remédio pelo problema da doença. Temos um problema sério no Brasil que é um sistema político disfuncional, que se utiliza da corrupção para se financiar. Não adianta os empresários virem bater nas costas dos procuradores da Lava Jato e dizer: 'olha, foi muito bom o que fizeram até aqui, mas vamos deixar como está, para recuperarmos a economia'.
Não adianta isso.
(A crise) Vai se repetir, são ciclos econômicos bons, causados por fatores externos. E, quando esses fatores externos acabam, nos revelamos incapazes. Somos reféns, que vivem numa cela acreditando que estamos vivendo em um mundo confortável e protegido. Mas todo dia, essa elite econômica vem e tira um pouco do nosso sangue.

Estadão: Como convencer o setor econômico que a Lava Jato faz bem ao Brasil?
Carlos Fernando: A Lava Jato coloca para o País uma oportunidade.
Verificamos que somente uma investigação como essa era insuficiente para o País, e decidimos propor à população as 10 Medidas contra a Corrupção (pacote de leis de iniciativa popular entregue ao Congresso), entendendo que o problema talvez fossem de leis penais e processuais penais. No dia em que a Câmara dos Deputados retaliou a proposta, percebemos que o sistema político também precisa ser corrigido.
Precisamos parar de ter um sistema que gera criminalidade, que precisa de dinheiro escuso para sobreviver, para financiar as campanhas.
Há uma corrida entre os partidos. Eu tenho governo federal, eu tenho o ministério tal, o outro partido que não tem, precisa correr atrás dessas verbas escusas em governos estaduais, ou em governos municipais. A corrupção gera uma corrida entre os partidos para o financiamento ilegal. E financiamento ilegal, não é caixa-2. É um toma lá, da cá. Quem paga exige algo desses grupos políticos. E isso, verificamos na Lava Jato e temos que mudar.

Estadão: As 10 Medidas representaram um revés para a Lava Jato?
Carlos Fernando: Foi uma retaliação impensada (do Congresso, que alterou boa parte das propostas). Como procuradores apreendemos a ser resilientes e pacientes. Nada se consegue do dia para a noite. Outras medidas virão, outras campanhas virão, em outros momentos. Não se pode modificar o que já foi revelado, ninguém mais discute os fatos, sabemos o que aconteceu. Mais cedo ou mais tarde isso trará mudanças, pode não ser as 10 Medidas, pode ser uma reforma política, agora ou daqui a pouco.

Estadão: A mudança de governo, com o impeachment da presidente Dilma Rousseff, impactou na Lava Jato?
Carlos Fernando: Nós vemos na Lava Jato, e isso é uma coisa que incomoda, a manipulação ideológica que é feita das investigações, tentando justificar as investigações, que são uma obrigação nossa (Ministério Público), com ideias de que há uma perseguição política de um grupo A ou B. Isso é natural dos políticos.
A corrupção está em todo sistema político brasileiro, seja partido A, partido B, seja partido C. Seja o partido A no governo federal, com coligação ou não, seja num partido B que está no governo estadual. Ela grassa em todos os governos.
Isso vai ser revelado bem claramente quando os dados das colaborações e da leniência da Odebrecht forem divulgados ?" e um dia serão, seja agora ou mais tarde. E vai se perceber que o esquema sempre funciona da mesma forma. Ele é um grande caixa geral de favores que políticos fazem através do governo e, em troca, recebem financiamento para si ou para seus partidos e campanhas. Funciona em todos os níveis, exatamente igual.
A Lava Jato e o combate à corrupção não têm cunho ideológico. Pode ser um combate à corrupção de um governo de esquerda ou de direita, pouco importa. Para nós é indiferente a troca do governo, porque vamos continuar a fazer nosso trabalho.

Estadão: Mas o senhor identificou mudança de discurso de grupos políticos em apoio à Lava Jato?
Carlos Fernando: Tem grupos que viam a Lava Jato apenas com interesse contra o partido que estava no poder, o Partido dos Trabalhadores, e apoiavam. Para este grupo, naturalmente, não interessa a continuidade das investigações e é natural que façam esse movimento crítico agora. São grupos que nos apoiavam, defendiam as prisões e agora fazem um discurso totalmente contra.
Não importa, será feito da mesma maneira independente de partido que estiver no poder. Vamos trabalhar e sabemos que os interesses políticos se aglutinam contra a Lava Jato, como aconteceu no final do ano passado, quando tentaram um blitz contra a operação no Congresso, tentando quase que semanalmente a aprovação, na madrugada, de alguma medida extraordinária.
Este ano parece que mudou um pouco e estão tentando um esvaziamento lento e gradual da operação.
Mas a Lava Jato tem força própria. Hoje tivemos operação do Supremo (Operação Leviatã), tivemos no Rio de Janeiro, recentemente. Em Curitiba, pode diminuir a importância e é natural, mas ela permitiu que outras forças-tarefas façam seu trabalho. Espero que no Brasil existam uma série de sérgios moros e marcelos bretas (juízes da Lava Jato, em Curitiba e no Rio). Espero que seja um novo padrão do judiciário brasileiro.

Estadão: Com a Lava Jato em fase crescente nos processos contra políticos, no Supremo, que tem um ritmo mais lento, pode haver um reflexo negativo na imagem da operação ?
Carlos Fernando: A percepção das pessoas fica bastante alterada, porque elas estão vendo que o sistema de foro privilegiado ineficiente e algo que sempre insurgimos contra. Se não fosse só injusto e anti republicano, é anti eficiente.
Alguns ministros se manifestaram, como o ministro (Luís Roberto) Barroso. Da maneira que está, não é possível, é uma armadilha para o Supremo. Quanto mais chegam investigações de Curitiba, de São Paulo, do Rio e agora de outros estados, eles são cada vez mais incapazes de trabalhar com esse número de processos (da Lava Jato). É preciso espalhar esses processos.
Precisamos de uma democracia mais eficiente, com certeza, mas também um Judiciário que não tenha contra ele a pecha de pouco confiável. Quando se cria o foro privilegiado, a mensagem para a população é que o juiz de primeira instância não é confiável. Se for assim, todos têm o direito de querer foro privilegiado.

Estadão: Com a carga de processos contra políticos que virá com a delação da Odebrecht, o Supremo vai conseguir julgar a Lava Jato?
Carlos Fernando: Acho que vai ser uma armadilha. O mensalão, que era muito menor, já foi um sacrifício das atividades normais dos ministros do Supremo para julgá-lo. Imagine agora, que os fatos são múltiplos, porque (a corrupção) acontecia na Eletronuclear, acontecia na Eletrobrás, na Caixa Econômica Federal, na Petrobrás, nos fundos de pensão. E isso vai sendo revelado. Não é um único processo, são dezenas de processos, contra centenas de pessoas.
Materialmente é impossível o Supremo dar conta de julgar os processos todos que virão, sem mudanças. Não sei como se sai dessa armadilha, talvez a solução seja a do ministro Barroso, um entendimento mais restritivo de foro, ou uma emenda constitucional.
O que acho que vai acontecer, e espero que não aconteça, é que vai haver uma sensação de frustração. É o risco da prescrição e da impunidade.

Estadão: O senhor defende que a delação da Odebrecht tenha seu sigilo baixado?
Carlos Fernando: É complexo, é uma ponderação: um lado ganha um ponto outro lado perde um ponto. Temos de um lado a necessidade das investigações, então o sigilo é importante, porque se pode perder provas, podem (os delatados) combinar versões se souberem o que foi revelado. De outro lado, nós aqui da Lava Jato estamos cansados de termos a imputação de vazamentos. Há centenas de pessoas envolvidas em uma colaboração, e uma mão ou duas são procuradores. O restante são funcionários públicos, membros de outros poderes e mais de uma centena de advogados. Ficamos nesse ambiente de vazamentos só nos causa um prejuízo de reputação, que não merecemos.
A posição do PGR (Procuradoria-Geral da República) é a melhor, existem poucos casos que manter o sigilo seja maior. Talvez a maior parte deva vir a público.

Estadão: A força-tarefa detectou alguma mudança de narrativa em relação a Lava Jato?
Carlos Fernando: Percebe-se uma mudança de narrativa, ou pelo menos uma tentativa. Vejo a população, em geral, ainda muito positiva e apoiando. Mas se percebe em formadores de opinião, uma lenta campanha, seja por interesses de estabilidade econômica, ou seja por interesses inconfessáveis, de manutenção do sistema como ele sempre funcionou. Um sentimento de 'o partido já saiu do poder, vamos resolver os problemas'. Isso acontece, essa tentativa de mudança de narrativa.
Sabemos que não vamos ter 100% do apoio em 100% do tempo. Mas não temos que buscar o apoio da população, e sim trabalhar, independente do que digam a nosso respeito.
Agora, quem perde, se nada mudar, não é a força-tarefa, nem o Ministério Público, é a sociedade como um todo. Se nós tivermos uma campanha de mudanças efetivas, e as 10 Medidas foi um primeiro momento disso, a população vai chegar à conclusão que esse ciclo econômico de retorno, que acontece hoje, não vai se sustentar. Porque não basta.

Estadão: Sem o povo nas ruas, a Lava Jato pode perder força?
Carlos Fernando: Essa é uma vinculação perigosa de se fazer. Nenhum movimento de rua que aconteceu foi chamado ou teve causa na Lava Jato. Inclusive eles começaram antes, o primeiro grande movimento foi em junho de 2013 (a Lava Jato foi deflagrada em março de 2014). Não temos essa pretensão de colocar as pessoas nas ruas. Mas a rua é um espaço democrático. Nós não vamos para a rua, ninguém viu nenhum procurador da Lava Jato empunhando bandeira nas ruas, não vamos fazer convocação para isso. Mas achamos que o combate à corrupção merece que as pessoas se manifestem, seja onde for, no trabalho, na sua casa e até mesmo nas ruas.
Acredito que as pessoas estão alertas ainda, sabem o que está acontecendo e sobre as movimentações.
A classe política tem que perceber que a sobrevivência dela depende dela mudar seus próprios atos.
Se o sistema mudar, aqueles que vierem a sobreviver ao tsunami de revelações (da delação da Odebrecht), quem sabe encaminhe o Brasil para um país melhor, mais responsável.
Nós mudamos a maneira como vemos a economia. Hoje o Brasil percebe as suas responsabilidade econômicas, apesar das bobagens que fez nos últimos anos. Entretanto, precisamos perceber que temos que parar de sustentar uma classe política corrupta.

Estadão: A Lava Jato caminha para reproduzir a Mãos Limpas, em relação ao seu final ?" na Itália, o combate à corrupção na década de 1990 teve seus resultados remediados por uma dura reação do sistema político e pela queda de apoio público?
Carlos Fernando: O caminho é outro, por conhecermos a experiência das Mãos Limpas, quais são as armadilhas que são colocadas no caminho de uma grande investigação. Percebemos e reagimos sempre. Toda vez que (políticos) tentaram uma modificação igual como foi a (lei) salva ladre (que concedia anistia aos presos), na Itália, fomos abertamente à imprensa e falamos: olha população, está acontecendo isso. Porque o político só entende a pressão da população.
Agora é impossível não dizer que não vai haver derrotas, como aconteceu como as 10 Medidas. Mas são apenas batalhas, temos que ver a questão a longo prazo. Temos que ser resilientes e pacientes. Lutar sempre pela mudança, mostrar os fatos, investigador tudo.
Por incrível que pareça, eu sempre aprendi que a Mãos Limpas tinha sido um investigação de sucesso. E ainda acredito que a investigação foi um sucesso. Quem perdeu foi a sociedade italiana.
A investigação revelou, processou e fez aquilo que podia e deveria fazer, na obrigação do Ministério Público. A sociedade que perdeu ao deixar passar a oportunidade.
A Lava Jato é uma oportunidade, mas nós não somos a mudança. A mudança vem da população, dela convencer uma classe política que essa maneira como ela trabalhou até hoje não pode perdurar. Se perdurar nós corremos riscos de sermos sempre vítimas de sucessivos fracassos econômicos.
É o sistema político ineficiente e a burocracia que geram a corrupção.

Estadão: As mudanças de ministro no Supremo ?" com a morte do relator da Lava Jato, Teori Zavascki, em 19 de janeiro ?" e de ministro da Justiça podem influenciar ou até prejudicar a Lava Jato?
Carlos Fernando: Vejo menos gravidade nos fatos acontecidos até agora. Existe muito um jogo político de apoiamentos que usa certos mecanismos de difamação em relação a uma ou outra pessoa. Claro, existem pessoas que se manifestaram contra a Lava Jato e acho extremamente bem qualificada, como o doutor (Cláudio) Mariz. Ele manifestou-se contra, e por isso entendemos que há uma divergência conosco. Mas não o desqualificamos como uma pessoa de bem e interessada no desenvolvimento nacional e numa Justiça eficiente. Mas temos divergências.
Em relação ao ministro Alexandre de Moraes, temos ele como um jurista capaz, ele veio nos visitar logo no começo da gestão (na pasta da Justiça) mostrando comprometimento. E durante o período no Ministério da Justiça não vi nenhum efetivo problema de intervenção na Lava Jato. Então tenho por ele o maior respeito.
O doutor Edison Fachin (que assumiu a relatoria da Lava Jato, no STF) é uma pessoa extremamente bem conceituada. Então não temos problema.

Estadão: O governo Michel Temer tem manobrado para frear a Lava Jato?
Carlos Fernando: Nesse governo ainda não percebemos isso claramente. Mas não temos dúvida que há um interesse da classe política de lentamente desconstruir a operação, isso sabemos.

Estadão: Alguém tem hoje o poder de enterrar a Lava Jato?
Carlos Fernando: A Lava Jato já atingiu seus objetivos ao revelar os fatos à população. Talvez o grande objetivo dela tenha sido revelar os fatos. Porque sabemos das limitações do sistema judiciário e político nos impõem em termos de punição efetiva, mas temos feito o nosso melhor, para que as pessoas sejam processadas com justiça e, se condenadas, que vão para a cadeia. Nesse sentido não há quem consiga apagar o legado da Lava Jato.
Agora, efetivamente ao tentar se desconstruir a Lava Jato, ao tentarem nos convencer a deixar agora a economia voltar a crescer, isso pode acontecer, com uma perda de apoio que leve os políticos a passarem medidas como anistia.
Ontem (quinta, 16) tentaram ampliar o foro. Os políticos estão diariamente buscando esses tipos de solução. E o pior, eles têm a noite para trabalhar no Congresso, quando ninguém está atento. Então não posso dizer que isso não vai acontecer.
Mario Pera
21/02/2017 18:18
Sob a afirmativa: "A transparência nunca foi o forte da Câmara de Gaspar", quero fazer um reparo.
Fui vereador entre 1993-1996 e mesmo com o número de 13 vereadores (que há nesta legislatura), e há que considerar. Até àquela legislatura a Câmara de Gaspar se consagrava como uma das mais enxutas e produtivas da região e com total abertura de suas ações, apesar de não termos à época os mesmos meios de comunicação simultânea de hoje. Iniciamos a legislatura com três (isto 3 funcionários) e declino os nomes dos mesmos: Sra. Elza que atuava na copa e cozinha; Ieda Beduschi secretaria e Hercules dos Santos como assessor técnico legislativo, depois foi contratado o sr. Joao Neves como motorista (porque a câmara adquiriu um veiculo naquela legislatura, com voto contrário meu, que por coerência nunca usei o tal veiculo para qualquer atividade como vereador, usava meu carro até pra ir à Capital do Estado, sem diárias, custeada as despesas pelo valor mensal de ajuda (que não chamávamos de salário).
Faziamos as reuniões à noite, eram seis encontros por mês e participávamos das reuniões das comissões à noite ou durante o dia conforme agenda, já que todos os vereadores tinham suas funções profissionais. Servidor público podia ser vereador sem sair da sua função porque não havia incompatibilidade de horário. Terminava mandato, se eventualmente se se reelegesse seguia, continuava atuando no que fazia antes de ser eleito.
Se cumpria o mandato efetivamente legislativo. Porque se discutia os projetos, analisando. Lembro que numa relatoria de um projeto fiz pesquisas em diversos municípios (se tratava da revisão dos feriados municipais) para termos uma uniformidade regional. E projetos entravam em discussão, com posições firmes. Fizemos CPIs...
Sobre os gastos da Câmara não se recebia mais do que o necessário. Embora houvesse um índice (em torno de 2%) de repasse nunca requeremos o mesmo. Lembro que sra Ieda no dia 20 de cada mês fazia uma previsão de gastos e remetia ao Executivo e eram repassados os valores estritamente necessários. Nunca foram requeridos os 2% legais, porque não se gastava à toa.
A mudança verificada nas últimas décadas não melhorou em nada a percepção de eficiência e respostas à efetiva competência do Legislativo...cada vez mais apêndice do Executivo.
Reitero que as práticas desta ordem se deram durante as mesas diretoras nos quatro anos.
Herculano
21/02/2017 18:04
OS PODEROSOS TÊM PROTEÇÃO EXTRA. SUMPREMO RETIRA DE SÉRGIO MORO INVESTIGAÇÃO CONTRA JOSÉ SARNEY

Conteúdo do Poder 360. Texto de André Schalders. A 2ª Turma do Supremo Tribunal Federal decidiu na tarde desta 3ª feira (21.fev.2017) retirar do juiz federal Sérgio Moro as investigações contra o ex-presidente José Sarney (PMDB), relativas à delação do ex-presidente da Transpetro Sérgio Machado. Agora, Sarney será investigado no âmbito STF.

Já existia em Curitiba 1 inquérito instaurado para investigar os supostos crimes mencionados por Machado.

O relator da Lava Jato no STF, ministro Edson Fachin, era contra o pedido de Sarney, mas acabou vencido. Votaram a favor do pedido do ex-presidente todos os outros ministros da 2ª Turma: Dias Toffoli, Ricardo Lewandowski, Celso de Mello e Gilmar Mendes.

A maioria dos ministros entendeu que o caso deve ficar no STF. Mesmo que Sarney não possua foro privilegiado, o caso dele está ligado ao de outros políticos investigados que possuem a prerrogativa, como os senadores Romero Jucá (PMDB-RO) e Renan Calheiros (PMDB-AL).

"Como fazer uma investigação em Curitiba que não vai atingir os outros investigados que têm prerrogativa de foro de função? Estão imbricados, a meu ver", disse o ministro Dias Toffoli ao discordar de Fachin.

"Se de 5 investigados, 4 tem foro, como o juiz de 1a vai investigar 1 sem macular a competência do STF em relação aos demais? Não vejo como", continuou Toffoli.

Sarney é representado no caso pelo advogado Antônio Carlos de Almeida Castro, o Kakay. Ele questiona decisão anterior do STF (que enviou parte da delação de Machado para Sérgio Moro) e diz que não há ligação entre os fatos mencionados pelo ex-presidente da Transpetro e as apurações da Lava Jato.

"Como visto, não há qualquer elemento a sugerir que a eventual prova das infrações ocorridas no âmbito da Transpetro estejam objetivamente entrelaçadas com as infrações investigadas no âmbito da Operação Lava Jato", escreve Kakay.

O nome de José Sarney é citado 49 vezes na delação de Sérgio Machado. O delator diz ter direcionado R$ 18,5 milhões ao peemedebista nos anos em que chefiou a Transpetro (2003-2014).

Uma das menções a Sarney na delação de Sérgio Machado
Segundo Machado, parte dos pagamentos a Sarney (R$ 2,25 milhões) foram feitos por meio de doações oficiais das empreiteiras Camargo Correa e Queiroz Galvão. O restante foi pago "mediante entregas de dinheiro em espécie"
Herculano
21/02/2017 17:54
LARANJA DIZ QUE LEVAVA DINHEIRO PARA VACCARI E FERREIRA

Conteúdo de "O Antagonista". No seu depoimento a Herman Benjamin, na ação contra a chapa Dilma-Temer que corre no TSE, Jonathan Gomes Bastos disse que levava dinheiro para os petistas João Vaccari Neto e Paulo Ferreira, a pedido de Carlos Cortegoso.
Herculano
21/02/2017 16:13
MARINE LE PEN CANCELA ENCONTRO COM LÍDER ISLÂMICO POR SE NEGAR A USAR VÉU

Conteúdo do jornal Folha de S. Paulo. Texto de Diogo Bército, de Madri. Marine Le Pen, candidata da Frente Nacional às eleições presidenciais francesas, cancelou nesta terça-feira (21) seu encontro com um líder muçulmano libanês após recusar-se a cobrir o cabelo.

Le Pen reuniu-se com o presidente Michel Aoun e com o premiê Saad al-Hariri, mas desmarcou a reunião com o grão-mufti Sheikh Abdul Latif Derian, principal clérigo sunita do país. Os sunitas são o ramo majoritário no islã.

A presidenciável de extrema-direita Marine Le Pen
Ela foi recebida no escritório de Derian e um funcionário pediu que colocasse um véu antes do encontro. Ela recusou-se e deixou o lugar.

"Vocês podem repassar meu respeito ao grão-mufti, mas não vou me cobrir", afirmou. A equipe do clérigo disse que Le Pen estava ciente da exigência antes do encontro e afirmou ter se surpreendido com a recusa.

A França restringe o véu no serviço público e no ensino médio, uma medida que Le Pen ?"uma das favoritas à Presidência?" quer espalhar por todo o espaço público, afetando em especial a população muçulmana.
Herculano
21/02/2017 16:02
da série: no que o PMDB é diferente do PT

AO SAPO A LEI E AO GATO O LEITE, por José Nêumanne

Em 12 de maio de 2016, deposta a presidente reeleita em outubro e novembro de 2014 por processo regular de impeachment, o vice que lhe fez companhia na chapa registrada na Justiça Eleitoral assumiu o posto máximo da República. Ao compor o primeiro escalão do governo, Michel Temer, constitucionalista por formação, prometeu reduzir o total de ministérios. E para cumprir a promessa contou com um companheiro de velhas batalhas que, como muitos outros nomeados para sua equipe, também tinha servido no desgoverno da petista Dilma Rousseff: Moreira Franco. Deu-lhe caneta cheia, mas não o livrou do martelo de Moro.

Ao ex-governador do Rio e ministro de Aviação nas gestões de madama coube dirigir a tal secretaria do Programa de Parcerias de Investimentos (PPI), cujo carro-chefe seria a "relicitação" de privatizações malsucedidas de aeroportos e rodovias. Acontece que Dilma tinha concedido a gestão de rodovias e aeroportos a empresas privadas e lhes prometeu bancar a privatização dissimulada com grana viva cedida a leite de pato pelo BNDES. Como a fajutice dava muito na vista, a criativa patota da contabilidade imaginosa bolou um truquezinho rastaquera: o empréstimo-ponte, que consistia em conceder ao felizardo compadre um dinheirinho, a ser coberto depois pelo BNDES. No meio do caminho, aquela que ao telefone em casa diz ser Janete foi apeada do poder, o BNDES mudou de direção e os concessionários ficaram ao deus-dará.

Moreira, que tinha negociado a ideia original, da ponte de comando do PPI (não confunda com pipi) em pleno Planalto, socorreu com a salvação a empreita camarada: o consórcio inadimplente entregaria a concessão a outro. E este seria favorecido pela generosidade do novo BNDES, de vez que se trata de um programa governamental, e ainda indenizaria o novo premiado. Detalhe: quem não pagou poderia habilitar-se para a relicitação. É o caso, por exemplo, da Odebrecht, que faz parte do consórcio que administra o Aeroporto Internacional Tom Jobim, vulgo Galeão, no Rio. Ou seja o comprador indeniza o inadimplente, exercendo ao mesmo tempo os dois papéis. Nâo é engenhoso? Pode ser, mas até agora não saiu da prancheta. Muito embora já tenha sido anunciado e tudo o mais.

Foi então que eis senão que de repente apareceu um óbice para preocupar o amigo dileto. O genro de Amaral Peixoto, por sua vez genro de Getúlio, e, de resto, também sogro do presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia, despertou de um sono já conturbado por um pesadelo, quando a plantonista Cármen Lúcia homologou as temidas delações premiadas dos 77 da Odebrecht. Delações homologadas na véspera, o bom padrinho socorreu o parceiro com aquela blindagem que nem sogro concede a genro: o foro privilegiado de ministro, o que lhe garante o privilégio de não ser submetido à primeira instância, indo direto para a última, o Supremo Tribunal Federal (STF). Para tanto nomeou-o ministro da Secretaria-Geral da Presidência. E blindado seja o amigo.

A Rede Sustentabilidade e o PSOL, sobreviventes da esquerda carnavalesca nacional, viram similitude entre a nomeação do amigo de fé, irmão e camarada do poderoso chefão e outra, proibida pelo STF, em que a afilhada tentou livrar o padrinho Lula das garras do mesmo juiz do Paraná.

Logo veio em socorro daquele apelidado de Angorá na delação dos 77 da Odebrecht a Advocacia-Geral da União (AGU), segundo a qual "dizer que o objetivo da nomeação é conferir foro privilegiado, como alegavam os autores, é ilação". Mais lembrou a AGU (nada que ver com angu): que o pleito "violaria frontalmente" a separação dos Poderes, invadindo drasticamente a esfera de competência do Poder Executivo. "Tampouco isso poderia conferir qualquer privilégio, pois o ministro está atualmente sujeito a julgamento pela mais alta corte do país" completou a advogada-geral. E escreveu ainda que a manutenção da liminar provocaria grave lesão à ordem pública e administrativa e "danos irreparáveis ao país".

Nessa queima de velas de cera frágil ocorreu ao autor destas linhas intolerantes que a única vez em que o piauiense que governou o Rio protagonizou algo similar a um "dano irreparável" a este país foi em 1982, quando seria beneficiado pela maior fraude eleitoral da História: o escândalo Proconsult. Para refrescar a memória do judicioso cacique, o último governo militar, sob a égide do tríplice coroado Baptista de Figueiredo, tentou derrotar o anistiado socialista moreno Leonel Brizola na eleição para o governo do Estado do Rio, roubando-lhe votos na contagem eletrônica num engenhoso sistema denominado "diferencial delta". Na contagem final, um programa mandraque computava como do adversário do gaúcho, o referido dito cujo indigitado neto de seu Franco, alfaiate, de Picos (PI), os votos em branco e nulos para darem a vitória, urna a urna, ao candidato do governo, dos militares e dos bicheiros, ele mesmo, o próprio.

O STF não se fez de rogado e resolveu, pela pena de seu decano, Celso de Mello, dar ao amigo de Temer aquilo que outro ministro da mesma turma, Gilmar Mendes, havia negado ao padrinho de Janete. E o fez com base na ficção mais escrachada da pós-verdade judicial: a presunção da imparcialidade. Segundo o relator, "a mera outorga da condição político-jurídica de Ministro de Estado não estabelece qualquer círculo de imunidade em torno desse qualificado agente auxiliar do Presidente da República, pois, mesmo investido em mencionado cargo, o Ministro de Estado, ainda que dispondo da prerrogativa de foro ratione muneris, nas infrações penais comuns, perante o Supremo Tribunal Federal, não receberá qualquer espécie de tratamento preferencial ou seletivo, uma vez que a prerrogativa de foro não confere qualquer privilégio de ordem pessoal a quem dela seja titular". Contra a afirmação pesa o fato de que, nestes quase três anos de Operação Lava Jato, o juiz Moro condenou 120 réus e o STF, zero. Nem um prélio entre Alemanha e Íbis teria esse placar.

PSOL e Rede Sustentabilidade apelam para o plenário. Talvez tenha faltado aos partidos da oposição caquética uma lembrança de que os nobilíssimos membros da Corte são capazes de vilezas individuais e coletivas. A Suprema Tolerância Federal, depois de ter encantado a Nação levando os magnatas do PT para o convívio no inferno prisional do País, convalidou um por um os compassivos decretos de perdão concedidos pela disciplinada Dilma Janete a companheiros como José Genoíno, deixando de lado apenas Zé Dirceu e Pedro Corrêa, que delinquiram cumprindo penas do mensalão na Papuda. Enquanto os sem mandatos e sem foro, entre estes o mero instrumento de sua volúpia, Marcos Valério, o "operador", apodrecem nas masmorras sabe-se lá até que século.

Ainda faz parte do altíssimo colegiado o alinhado ex-presidente da "Corte" Ricardo Lewandowski, que usou o substantivo com o O aberto para determinar o corte de parte da pena da protegida de seu amigo de São Bernardo, Lula da Silva. Ao fatiar o artigo da Constituição e, assim, permitir que a ré pudesse assumir o emprego de "merendeira" de escola, o dadivoso jurisconsulto do ABC abriu caminho para a deposta candidatar-se a senadora ou a deputada federal, o que melhor lhe convier, conforme acaba de declarar com aquele seu estilo que torna a última flor do Lácio o primeiro espinho do latim vulgar. E ao fatiar a Carta Magna o ilustre togado ganhou a justa alcunha de Juvenal federal, em homenagem ao personagem da publicidade do presunto, alçado a jurisprudência.

Assim sendo, dia virá em que, parodiando o Evangelho, os brasileiros de boa-fé ainda dirão, para justificar os fatos acima relatados: "Ao sapo o que é do sapo, só se ele for imberbe, ou seja, a lei". Mas "ao gato o que é do gato, desde que seja angorá, ou seja, um pires cheinho de leite de pato". Mas isso tudo, é claro, "só se for a pau, Juvenal".
Herculano
21/02/2017 15:54
MAIS UMA DA IRRESPONSABILIDADE. A BILIONÁRIA CONTA DA DESASTROSA ADMINISTRAÇÃO DO PT QUE O POVO VAI PAGAR AGORA NA CONTA DE LUZ. ANEEL APROVA INDENIZAÇÕES A ELÉTRICAS E PREVÊ IMPACTO MÉDIA DE 7,2% NAS TARIFAS

Conteúdo da Agência Reuters. Texto de Luciano Costa de Brasília. A diretoria da Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica) aprovou nesta terça-feira (21) uma elevação na receita das transmissoras de eletricidade para quitar cerca de R$ 54,4 bilhões em indenizações devidas às empresas pela União desde o final de 2012, quando elas aceitaram renovar antecipadamente contratos de concessão em condições propostas pelo governo.

Na época, a então presidente Dilma Rousseff prometeu indenizar as elétricas por investimentos ainda não amortizados em troca de um novo contrato com forte corte de tarifas para impulsionar a indústria e o consumo, mas uma definição sobre o pagamento efetivo das compensações foi sendo adiada por anos, em parte justamente devido ao enorme impacto tarifário.

Juros
A interminável discussão sobre as indenizações também desagradou investidores, que praticamente desapareceram dos leilões para concessão de novos projetos de transmissão entre 2013 e 2016, quando o governo publicou uma portaria que prometia começar os pagamentos neste ano.

Essa demora ajudou a piorar o problema, uma vez que as indenizações contam com direito a correção financeira, como juros.

Além disso, a previsão original era de que as compensações fossem quitadas com um fundo do setor elétrico criado especialmente para isso, a Reserva Global de Reversão (RGR), mas outros usos já drenaram os recursos dessa conta e levaram o governo a optar pelo repasse às tarifas.

"Isso era para ter sido pago em 2013, e não foi pago. O fato de não ter sido pago naquela época imputou um valor para o consumidor, que não teve nenhuma gestão na decisão de pagar ou não pagar", disse o diretor da Aneel Reive Barros, responsável pelo processo sobre as compensações na reguladora.

Ele disse que o valor original das indenizações é de R$ 19,2 bilhões e que outros R$ 35,2 bilhões serão pagos somente em componentes financeiros devido ao adiamento.

Pagamento em oito anos
Os pagamentos às elétricas começarão em julho e se estenderão por oito anos, com os recursos sendo arrecadados por meio de um encargo cobrado nas contas de luz para remunerar a atividade de transmissão de energia.

A Aneel estimou que a alta nesse encargo deverá ter um impacto médio de 7,2% no momento dos reajustes tarifários das distribuidoras neste ano, embora outros itens possam pesar para cima ou para baixo nas tarifas.

Entre as principais empresas beneficiadas pelas indenizações estão subsidiárias da Eletrobras, a privada Cteep e as estaduais Cemig e Copel.

Indústria ameaça
O alto valor das indenizações foi alvo de pesadas críticas por parte da indústria eletrointensiva, representada pela associação Abrace, que participou da reunião da Aneel nesta terça-feira e ameaçou ir aos tribunais para evitar um forte aumento de custos com os pagamentos.

"Parece que estamos sendo induzidos a ir à Justiça, que é o que não se quer, sequer temos um advogado contratado, mas parece que o caminho é esse", lamentou o presidente da Abrace, Edvaldo Santana.

O dirigente, que era diretor da Aneel na época em que o governo Dilma prometeu reduzir as tarifas, em 2012, não poupou ataques ao resultado das medidas tomadas à época e disse que sempre se posicionou contra o caminho adotado pelo governo.

Já a Abrate, associação que representa as empresas de transmissão, comemorou a decisão da Aneel.

"São valores devidos. A segurança jurídica reposiciona-se com esse ato. Questionar a legitimidade das indenizações é questionar o direito dos fatos, o direito líquido e certo de recuperar os investimentos realizados", disse o presidente da entidade, Mário Miranda.
Herculano
21/02/2017 15:45
EX-MINISTRO DO STJ NA FILA DE NOMES PARA O MINISTÉRIO DA JUSTIÇA

Conteúdo de Veja. Texto de Gabriel Mascarenhas. Michel Temer vê em Gilson Dipp um nome à altura da cadeira de ministro da Justiça. Além disso, na avaliação do dono da caneta, a escolha acalmaria o STJ, de onde Dipp foi ministro por seis anos.

Carlos Velloso, que recusou o convite para assumir o posto de Alexandre de Moares, é simpático à escolha do ex-ministro do STJ.

Pesa contra a indicação, no entanto, uma polêmica envolvendo uma manifesto de críticas à Operação Lava-Jato. Embora o nome de Dipp tenha sido divulgado como um dos apoiadores, ele negou ter assinado o documento.
Casinha de Plástico
21/02/2017 14:12
Sr. Herculano

"SAÍDA PARA CRISE É GLEISI HOFFMANN NA FAZENDA, por Josias de Souza."

Será que a nossa Mariluci é a Gleise?
Vai que sim. Petista é tudo igual. Falta cérebro.
Ana Amélia que não é Lemos
21/02/2017 14:03
Sr. Herculano:

Aldair Schlemper está coberto de razão.
O que falta é COMANDO e COMPETÊNCIA.
Paty Farias
21/02/2017 13:53
Olá, Herculano

Processo. Muito comum na gestão do cachaceiro LuLLaladrão. Falou mal da incompetente alma penada ... processo.
Coisa de petralha e, pra quê mais petralha que o Melato?
Erva Daninha
21/02/2017 13:12
Oi, Herculano

Pelo fato do Macaco Véio dizer que não está nem aí ... é justamente ao contrário.
O Macaco Véio deve esta espumando como cão raivoso.
Aldair Schlemper
21/02/2017 12:23

Senhor Marcos;

Coerência acima de tudo, se na administração passada não faltava água (segundo se lê em escritos do senhor Herculano e reclames aqui); os que hoje trabalham são àqueles que não trabalhavam e recebem altos salários, e vice e versa, é assim o jogo.
Agora, se na administração passada e na atual tem algum funcionário não quer trabalhar, o que faltou e o que falta é comando e competência, pois DESOBEDIENCIA, dá demissão sumária, perde-se a tal da estabilidade. Ou você não sabia disso?
Obrigado seu Herculano, pela manifestação.
Maria José
21/02/2017 11:57
Mais agua para a camara de vereadores,do jeito que o Chico fala precisa de uma bombona de 20 L,
Herculano
21/02/2017 10:58
ATRASADOS

Só no Diário Oficial dos Municípios - o que se esconde na internet e que não tem hora para ser publicado - do dia 20 é que a Câmara de Ilhota publicou a ata da sessão do dia 15 de dezembro do ano passado.

A Câmara, não está obrigada a publicar a ata das sessões no DOM, a não ser em casos especiais que gerem direitos ou obrigações para as partes interessadas nos temas aprovados ou reprovados na votação dos edis. Agora, esperar mais de dois meses para descobrir isso e cumprir uma exigência da legislação, é algo meio surreal.
Herculano
21/02/2017 10:51
GASPAR VAI AS COMPRAS

Já estão na praça três pregões presenciais.Um é para Prestação de Serviço de conectividade à internet via radiofrequência, com instalação e disponibilização
dos equipamentos em Regime de Comodato (?); outro é Registro de Preços Para Futuras Aquisições de Alimentos
Preparados e Acondicionados em Marmitas (Com Entrega), outro para registro de Preços para futuras aquisições de macadame e derivados; o outro para Registro de Preços para futuras e eventuais aquisições de gases medicinais, com fornecimento de cilindros em regime
de comodato; e outro para Registro de Preço para Locação de Estrutura, Sonorização e Iluminação, incluindo Transporte e Mão de Obra de Montagem, Desmontagem e Operação Especializada dos Equipamentos.
Pedro pedra
21/02/2017 09:16
A companha do Dida foi igual a do Tiririca "Pior que tá não fica"... Depois, mas pior que depois ficou!
Hoje, só amanhã!
Benicio da Costa
21/02/2017 09:08
Bom dia. Outro dia fiz uma pergunta, porque Marcelo Brick, fez mais voto que a Andreia, visto que a mesma aparentava ter mais serviços prestado. Isto é só curiosidade de um leigo. Perguntei a outras pessoas não souberam responder. Você teria alguma explicação. Prometo comentar o milagre, sem dizer o santo que o fez.
Sds.
Marcos
21/02/2017 07:46
falta água pela cidade, pois os encanadores que no mandato anterior tinham vida boa no Paço municipal e ganhavam altos salários agora que voltaram para o Samae e não querem trabalhar.
Sidnei Luis Reinert
21/02/2017 06:45
Publicado em 20 de fev de 2017

A primeira conferência da embaixadora para a ONU da administração sexista e anti-semita de Trump, no altar sagrado da "Nações Unidas".
"Embaixadora de Trump" puxa as orelhas à ONU

https://www.youtube.com/watch?v=Ldyd4KtRSaw&app=desktop
Herculano
21/02/2017 06:33
da série: vergonha. Políticos admitem que usam o foro privilegiado para suruba e assim driblar a Justiça nos crimes que cometem usando a representatividade popular paga com os pesados impostos dos contribuintes, quando estão no parlamento e na gestão pública

FORO NÃO PODE SER "SURUBA SELECIONADA", AFIRMA JUCÁ

Conteúdo do jornal Folha de S. Paulo. Texto de Ricardo Brito, com Daniel Wetermann e Beatriz Bulla, da sucursal de Brasília. Líderes da base e da oposição no Congresso ameaçam aprovar uma proposta de emenda à Constituição (PEC) para retirar o foro privilegiado de magistrados e integrantes do Ministério Público caso o Supremo Tribunal Federal (STF) leve adiante a proposta de restringir o foro de políticos somente para crimes cometidos no exercício do mandato eletivo.

"Se acabar o foro, é para todo mundo. Suruba é suruba. Aí é todo mundo na suruba, não uma suruba selecionada", afirmou o líder do governo no Congresso, senador Romero Jucá (PMDB-RR), ao Broadcast Político, sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado.

A afirmação de Jucá ?" investigado na Lava Jato ?" foi uma reação à proposta em debate no STF de restringir o alcance da prerrogativa dos políticos ao mandato em exercício. "Uma regra para todo mundo (a restrição do foro privilegiado) para mim não tem problema", disse o senador peemedebista.

Pouco antes, Jucá fez no Senado um duro discurso contra a imprensa por ter sido criticado após apresentar e em seguida retirar uma proposta que impedia os presidentes da Câmara e do Senado serem investigados por fatos anteriores ao exercício do cargo, como já ocorre para quem ocupa a Presidência da República.

O senador ressaltou que o Supremo ainda vai decidir se caberia à própria Corte alterar a interpretação do foro ou apenas por meio de uma mudança na Constituição pelo Legislativo. "Não é coisa de curto prazo, para amanhã", disse.

A discussão sobre o alcance da prerrogativa ganhou corpo na semana passada após o ministro do STF Luís Roberto Barroso defender a limitação do foro a casos relacionados a acusações por crimes cometidos durante e em razão do exercício do cargo. Em um processo que discute compra de votos do prefeito de Cabo Frio, Marquinhos Mendes, na eleição de 2008, Barroso propôs uma nova interpretação para o chamado foro por prerrogativa de função. Ele quer que o plenário do STF discuta esse entendimento pessoal.

O relator da Lava Jato no Supremo, ministro Edson Fachin, também defendeu a revisão do foro. Por ora, a mudança proposta por Barroso não deve entrar na pauta do STF em março.

'No seu quadrado'. O líder do PR na Câmara, Aelton Freitas (MG), vai na mesma linha de Jucá e acredita que, caso o STF entenda ser possível restringir o foro, a medida teria de valer para todas as autoridades que possuem a prerrogativa. Contudo, segundo ele, caberia apenas ao Congresso promover essa mudança na Constituição para reduzir o alcance do foro. "Cada um no seu quadrado."

Em São Paulo, o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), defendeu que mudanças deveriam passar pelo Legislativo e não por mera decisão do STF. "Eu acredito que tudo que passe por nova legislação é sempre mais adequado que passe pelo Congresso Nacional", disse Maia, em entrevista coletiva.

O líder do governo no Senado, Aloysio Nunes Ferreira (PSDB-SP), afirmou que o Supremo "não tem competência" para decidir sobre o assunto, embora considere uma "boa ideia" a restrição ao foro. O tucano classificou como "errada" a interpretação de Barroso, pois, segundo ele, a Constituição é "muito clara" sobre a prerrogativa.
Para o líder PMDB na Casa, Renan Calheiros (AL), é "mais legítimo" quando o Congresso decide sobre as autoridades que têm prerrogativa de foro. "Quando o Legislativo demonstra dificuldade em encaminhar uma solução, muitas vezes cabe ao STF fazê-la. Nesse caso, não", afirmou.

O líder do PT na Câmara, Carlos Zarattini (SP), disse que a atual legislação é clara sobre o foro especial e criticou o que chama de "exacerbação" do Poder Judiciário.

'Questão de honra'. Já o presidente da Associação dos Juízes Federais do Brasil (Ajufe), Roberto Veloso, considera que o STF pode interpretar a Constituição para restringir o uso do foro ?" sem que isso necessariamente passe por uma alteração legislativa.
De acordo com Veloso, virou "questão de honra" para o Supremo tratar do assunto. O Supremo vem sendo criticado pela demora nas investigações e julgamento de políticos. "O preço que o STF está pagando é alto ao não mexer nisso", disse Veloso. "O Supremo ou toma uma decisão a respeito disso ou vai ter que se adequar a ser uma corte voltada ao julgamento de crimes."
Segundo o presidente da Ajufe, o foro privilegiado "está transformando o Supremo numa corte criminal", sendo que a competência do tribunal é para julgamentos constitucionais.

Sem citar nomes, Veloso afirma que "o foro está sendo utilizado para proteção de quem pratica crimes" e que o instrumento é usado atualmente para fazer "chicana". Para ele, a Corte deve uma resposta à sociedade.
Há uma manifestação popular agendada por coletivo político a favor do governo Temer para o final de março a favor da Lava Jato e pelo fim do foro privilegiado.
Paulo Antonio Cerqueira
21/02/2017 06:28
Herculano

Não ligues para os ataques foi assim na outra administração, até invasão de sua aconteceu e ficou fora do ar.

Tudo verdade que falaste a superautarquia. Mas o senhor não em a metade do lá acontece.

O macaco veio, como por ai chamaram, está muito chateado, aos próximos confessa sua ira aos mais afastados diz que você não o atinge, que inveja mesmo.
"Há sim nos ares,mais que aviões de carreiras" ou "nas águas navios de carreira".

Te prepara que vem medidas judiciais por aí,patrocinada por escritório central.
Herculano
21/02/2017 06:11
O humor de José Simão

É HOJE! KINDER OVO NO SENADO!

Atenção! Faltam cinco dias inúteis pro Carnaval!

E hoje ainda acordei sem noção: ressaca do Baixo Augusta com horário de verão!

Todo mundo sem noção!

Que horas é hoje? Meio-dia pras quatro! O Frankstemer acordou eufórico: ganhou mais uma hora de mandato! ?" sofrência!

Rarará!

E essa: "Odebrecht pagou treinamento empresarial pro filho do Lula".

Eu quero esse curso: como ficar rico e famoso em um milésimo de segundo! E qual filho do Lula? Tanto faz!

O filho do Lula é o filho mais famoso do mundo.

E a Odebrecht parece Deus, onipresente!

Rarará!

E hoje é a sabatina do Kinder Ovo no Senado!

E os senadores vão receber o careca com uma marchinha de Carnaval: "A tua careca não nega, Moraes/ Pois tua careca é um horror/ Mas como a careca não nega, Moraes/ Eu quero um favor". O favor é "Me livra da cadeia!".

Rarará!

E os Acadêmicos da USP fizeram outra marchinha pro Moraes: "Olha a careca do Moraes/ Será que ele fez/ Será que ele fez/ PLÁGIO.

Rarará!

E os senadores só tem uma única pergunta pro Moraes: "O senhor vai livrar a nossa cara? Seremos absolvidos?". SIM!

Rarará!

E o Moraes de capa preta vai ficar parecendo o Tio Funéreo!

Rarará!

E domingo no bloco eu não gritei "Fora, Temer", gritei "Dá uma dentro, Temer".

Rarará!

É mole? É mole, mas sobe!

E os blocos?

Em Olinda, o bloco: Cumero Mãe! Agora Eu Tô Aqui. Mas essa é a história da humanidade!

Rarará!

E em Búzios uns coroas se juntaram e criaram o bloco Os Tremendo. Oba.

Vamo tremendo mesmo!

É Carnaval!

E no Rio um grupo de alpinistas criou o bloco Só o Cume Interessa.

Rarará!

Nóis sofre, mas nóis goza!

Que eu vou pingar o meu colírio alucinógeno!
Herculano
21/02/2017 06:06
SAÍDA PARA CRISE É GLEISI HOFFMANN NA FAZENDA, por Josias de Souza

A senadora Gleisi Hoffmann, líder do PT, escalou a tribuna para avisar que apenas o Carnaval separa o Brasil do seu reencontro com o caminho da prosperidade. Passados os festejos de momo, disse ela, o petismo lançará um conjunto de propostas para tirar o país do abismo econômico em que Dilma Rousseff o meteu.

Quando chefiava a Casa Civil da Presidência, sob Dilma, Gleisi não conseguiu evitar a ruína produzida pela companheira presidenta. Hoje, afastada do governo, a senadora passou a discursar sobre economia no Senado. E como qualquer outro político, quando não está no governo e sim discursando no Congresso, Gleisi passou a farejar respostas e soluções para todos os problemas.

Temer talvez devesse considerar a hipótese de convidar Gleisi para a pasta da Fazenda. Demitido, Henrique Meirelles passaria a escrever artigos para jornais. E logo farejaria uma forma de apressar a superação da crise. E bastaria a Temer fazer tudo o que o ex-ministro Meirelles escrevesse, em vez de seguir o receituário petista de Gleisi, que estaria de volta ao governo e, portanto, sem saber o que fazer.
Herculano
21/02/2017 05:58
VERDADES, MENTIRAS E FOFOCAS, por Hélio Schwartsman, no jornal Folha de S. Paulo

Por que acreditamos em "fake news", as notícias falsas que circulam na internet? O que os estudos no campo da psicologia da mentira ensinam é que a vantagem inicial é dos enganadores. Isso porque humanos tendemos a aceitar como corretas as informações que chegam até nós. O nome dessa predisposição é "viés de verdade".

Existem algumas explicações para seu surgimento. Em primeiro lugar, assumir como verdadeiro aquilo que nos é contado é, em termos heurísticos, o melhor chute que podemos dar, já que na vida diária recebemos mais informações corretas do que falsas de parentes, amigos etc.

No mais, o dano social de acreditar falsamente que alguém é um mentiroso ou de exigir que todos provem tudo o que falam tende a ser maior do que o de acreditar eventualmente numa falsidade. Muito ceticismo não é bom para a vida social.

É claro que esse é só o início do jogo. Se alguém mente para nós repetidas vezes, começamos não só a desconfiar desse indivíduo como também a espalhar que ele é um embusteiro. A fofoca, e o prejuízo que ela causa à reputação, opera como contrapeso ao viés de verdade. É um controle "a posteriori", mas funciona bem, especialmente em grupos pequenos, onde todos se conhecem.

O problema é que hoje vivemos numa comunidade virtual de bilhões de pessoas, a internet, que permite que garotos na Macedônia criem notícias falsas sobre as eleições americanas e as espalhem sem temer dano reputacional. Para piorar, sistemas populares de distribuição de notícias, como o Google e o Facebook, se valem de algoritmos que consideram apenas a taxa de leitura, sem ligar para a veracidade dos dados.

O que precisaríamos fazer seria introduzir na rede um análogo da fofoca, que distinga entre fontes confiáveis e mentirosas. Não é fácil, já que estamos falando de um ambiente cujos pontos altos são justamente a plena liberdade e o quase anonimato
Herculano
21/02/2017 05:54
DEFENSORIA ATUARÁ PELOS PRESOS. JÁ AS VÍTIMAS..., por Cláudio Humberto, na coluna que publicou hoje nos jornais brasileiros

A Defensoria Pública da União (DPU), que é paga pelo contribuinte vítima da criminalidade, deverá, de graça, mover ações indenizatórias em nome de 622.202 mil presidiários em todo o País, caso esses bandidos o desejem. Em Manaus, a DPU faz mutirão em atendimento a presidiários, inclusive para as indenizações. Questionada, a Defensoria não informou quantas ações já promoveu em defesa das vítimas.

ORA, AS VÍTIMAS
Indagada sobre ações em defesa de vítimas, a DPU respondeu: "não temos números consolidados sobre este tipo de atendimento".

SISTEMA CEGO
A DPU também informou que "o nosso sistema não possibilita levantamento de dados" sobre eventuais ações em defesa de vítimas.

INVERSÃO DE VALORES
O STF mandou indenizar presos na ação de um bandido condenado por matar para roubar. A família da vítima não teve qualquer direito.

PERGUNTA NO TRIBUNAL
Se os Estados não tiverem dinheiro para pagar todas as indenizações, os contribuintes serão presos por descumprimento de ordem judicial?

TEMER PODERÁ ANUNCIAR NOVO MINISTRO NESTA TERÇA
Até esta segunda-feira (20) às 19h36 o presidente Michel Temer ainda não havia batido o martelo na escolha do futuro ministro da Justiça. Mas ele promete anunciar o convidado tão logo a escolha Alexandre de Moraes para o Supremo Tribunal Federal seja referendada pelo Senado. Ele ficou ainda mais cuidadoso após a recusa do velho amigo Carlos Velloso, mesmo depois de deixar quase tudo acertado,

NOME CERTO
Temer se inclina pela escolha de jurista para o Ministério da Justiça. Ele também quer José Mariano Beltrami na Secretaria de Segurança.

DESAPONTAMENTO
Ficou também "com a cara no chão", com a negativa de Velloso, o senador tucano Aécio Neves, que o levou à conversa com o presidente.

PANCADARIA
Enquanto se decidia sobre o convite que deixara quase aceito, Velloso se assustou com o volume de notícias criticando fatos de sua trajetória.

A CAMINHO DO CÁRCERE
Acusado pela Polícia Federal pela prática do gravíssimo crime de obstruir a Justiça, o ex-presidente Lula continua utilizando a estratégia fajuta de tentar desqualificar quem o investiga, e alegar "perseguição".

N?"S PAGAMOS
O serviço público virou bom negócio: dos mais de 622 mil funcionários do governo federal, 15,4% ganham mais de R$13 mil mensais. Do total, 12,7% embolsam entre R$ 3.501 e R$ 4.500. Sem contar as regalias.

VERBA REDUZIDA
A Petrobras garante que vai gastar em propaganda R$220 milhões por ano, e não meio bilhão. O resultado da licitação para escolha de duas agência, que o mercado já conhece, será divulgado nesta quarta (22).

ELEGÂNCIA E JUÍZO
Na sabatina de Alexandre de Moraes, nesta terça (21), o presidente do DEM, Agripino Maia (RN), espera "elegância" dos cinco senadores do PT na comissão. Eles têm juízo, não xingariam quem os poderá julgar.

CARA E BOCA DURA
O ex-presidente do Senado, que chamava Alexandre de Moraes de "chefete de polícia", agora afirma que o indicado por Michel Temer para o Supremo Tribunal Federal tem "embocadura".

BERLINDA
A presidente do Supremo Tribunal Federal, ministra Cármen Lúcia, marcou para 2 de março a retomada do julgamento que pode levar ao afastamento do governador de Minas Gerais, Fernando Pimentel (PT).

NORDESTE NO COMANDO
Um cearense de Novo Oriente, advogado José Coêlho, e o recifense Lúcio Mário de Barros Góes, general-de-exército, assumirão a presidência e vice do Superior Tribunal Militar (STM) no dia 16.

RESTAURADORES
O secretário de Comunicação, Paulo Fona, reuniu todos os assessores de comunicação de órgãos do governo do DF para cobrar união e empenho. O objetivo é reverter o desgaste da imagem do governo.

PENSANDO BEM...
...com ou sem ministro da Justiça, a Lava Jato continua a todo vapor.
Herculano
21/02/2017 05:46
OBESOS DEVEM PAGAR MAIS POR PLANO DE SAÚDE? NOS ESTADOS UNIDOS, ELES JÁ PAGAM, por Cláudia Collucci, no jornal Folha de S. Paulo

Empresas podem penalizar funcionários obesos? Planos de saúde devem cobrar mais de quem está fora do peso ou premiar quem está em paz com a balança?

Essas questões têm sido muito discutidas em vários países e começam a fazer parte também da agenda brasileira, já que metade dos usuários de planos de saúde está acima do peso.

Segundo uma pesquisa da consultoria Aon Hewitt, penalizar funcionários que não cuidam da saúde é uma tendência na maioria das empresas norte-americanas: seis em cada dez empregadores planejam essa medida.

A Michelin North America Inc. colocou-a em prática em 2014. Funcionários com pressão arterial elevada ou mais de 100 cm de cintura pagam até US$ 1 mil a mais por ano pelo seguro-saúde. Outras empresas, como a a varejista Walmart, adotaram penalidade parecida aos funcionários fumantes-que têm que pagar US$ 2.000 a mais pelo plano de saúde.

O gasto anual médio das empresas americanas com a saúde dos funcionários é US$ 12.136 por cabeça. Segundo reportagem do "Wall Street Journal", 20% dos funcionários de uma empresa são responsáveis por 80% dos custos com saúde. A maioria desses gastos é ligada a doenças causadas pela obesidade, sedentarismo e tabagismo.

Para entidades de defesa dos direitos trabalhistas, penalizar funcionários por excesso de peso ou tabagismo é uma medida discriminatória e injusta, já que muitas pessoas precisam de ajuda para a mudança de hábitos. Seria mais justo as companhias oferecerem, antes da cobrança, algum tipo de programa de promoção à saúde.

Já os executivos argumentam que os custos em saúde estão cada vez maiores e que não é possível reduzi-los sem que os empregados mudem seus hábitos nocivos. Citam ainda estudos que mostram que as pessoas se sentem mais estimuladas com uma penalidade em dinheiro (multa), do que com reconhecimento (prêmio).

Nos EUA, empresas têm autonomia para decidir o que quiserem em relação ao seguro-saúde. Atualmente, a legislação americana permite que elas cobrem até 30% a mais dos trabalhadores que não se enquadram nas exigências do plano de saúde.

No Brasil, as operadoras têm oferecido descontos na mensalidade e prêmios -como notebooks e viagens internacionais mais baratas- para incentivar usuários a perder peso, fazer exercícios e adotar hábitos saudáveis.

Para ganhar os benefícios, os clientes precisam ir a consultas, participar de palestras e, em alguns casos, se submeter a avaliações periódicas. Mas uma revisão de 34 estudos internacionais concluiu que, embora esses programas mudem comportamentos de saúde a curto prazo, os efeitos positivos tendem a desaparecer quando os benefícios são cortados.

O que isso tudo revela? Que medidas isoladas ou punitivas tendem a ter pouco impacto na redução de doenças tão complexas como a obesidade e o tabagismo. O país precisa sérias e urgentes políticas intersetoriais de promoção à saúde. Sem elas, o cenário já é bem conhecido: custos em saúde insustentáveis e população cada vez mais doente.
Herculano
21/02/2017 05:43
CAROS LEITORES E LEITORAS

A ÁREA DE COMENTÁRIOS DA COLUNA CONTINUA COM PROBLEMAS E PEÇO DESCULPAS.

INSERIDO O COMENTÁRIO E CLICADO NO "ENVIAR", AO INVÉS DA CONFIRMAÇÃO DE ENVIO DE PRAXE, COM O RESPECTIVO AGRADECIMENTO DE PARTICIPAÇÃO, ESTÁ-SE INFORMANDO QUE HOUVE UM ERRO.

APESAR DESSA ADVERTÊNCIA, AS PARTICIPAÇÕES DOS LEITORES E LEITORAS ESTÃO SENDO ENVIADAS E RECEBIDAS. NA MEDIDA DO POSSÍVEL, ESTÃO SENDO MODERADAS.
Herculano
21/02/2017 05:39
da série: como os políticos de um modo em geral e principalmente a esquerda do atraso trata os eleitores como analfabetos,ignorantes e desinformados. Afinal quem criou a recessão, os milhões de desempregados e não quer que esse quadro mude pois perderia o discurso? Para os políticos o povo deve ficar eternamente refém de esperanças e promessas nos discursos na busca de votos.

MELHOROU PARA QUEM? CERTAMENTE NÃO FOI PARA A MAIORIA DO POVO, por Vanessa Grazziotin, senadora do PCdoB-AM, no jornal Folha de S. Paulo.

É incrível! Mesmo em recessão, com queda do PIB e da arrecadação pública, fechamento de milhares de empresas e 13 milhões de desempregados, o discurso oficial dos governistas é de que o Brasil "segue firme no caminho da recuperação e que já começam a despontar os sinais de melhora".

Versão, aliás, bondosa e acriticamente replicada pela maioria dos meios de comunicação, em absoluto contraste com o tratamento dispensado ao governo Dilma.

A queda da inflação, por exemplo, tem sido apresentada como um feito desse governo. Além dos fundamentos já terem sido enfrentados anteriormente, é natural que, com a economia derretendo e o desemprego estratosférico, se caminhe até para a deflação.

Mas a generosidade midiática não se encerra nesse episódio. Como se vê, nem sempre os fatos merecem o mesmo tratamento dos meios de comunicação. Quando a aprovação de Dilma caiu a 10%, em uníssono foi decretada a inviabilidade de seu governo. Mas quando Temer fica abaixo de 10%, a notícia se transforma em nota de rodapé.

O que explica essa diferença de tratamento? É simples. A boa vontade da classe dominante em relação aos governos não está calcada na realidade dos fatos, e sim no quanto a política econômica e social daquele governo atende aos seus objetivos e expectativas.

Não por acaso, os números da pesquisa CNT/MDA, que revelam crescimento acentuado da rejeição a Michel Temer (62%) e destacada liderança do ex-presidente Lula em todas as simulações para 2018, foram solenemente ignorados pela maioria dos meios de comunicação.

Loteiam impunemente cargos, sem qualquer critério técnico, como revelou o ministro da Casa Civil, visando a garantir uma maioria acrítica que lhes permita aprovar a agenda neoliberal do golpe: parar a Lava Jato, entregar o patrimônio público aos estrangeiros e retirar direitos dos trabalhadores.

Sabemos, todavia, que a retomada do crescimento só será possível ampliando investimentos em infraestrutura e no social. Infelizmente, a atual política fiscal está na contramão dessa perspectiva, sobretudo quanto à política de inclusão e combate às desigualdades sociais e regionais.

A opção político-econômica adotada pelo governo agravará ainda mais a situação. Congelar gastos públicos no social e em infraestrutura, fazer reformas (Previdência e trabalhista) que suprimem direitos dos assalariados e dos mais humildes, flexibilizar políticas de conteúdo nacional e tentar vender terras na Amazônia a estrangeiros são uma agressão aberta ao povo e a nossa soberania.

Melhorou para quem? Certamente não foi para a maioria da nossa gente.
Serveró Ilhota
20/02/2017 22:09
Herculano,
Na Ilhota os universitários estão esperando os ônibus gratuitos sentados! Prefeito promete e não cumpre!
Mariazinha Beata
20/02/2017 20:12
Seu Herculano;

Antônio José Soares disse para esquecer "o pobre do Melato".
Se fosse competente ... e pobre é o povo que fica sem água.
Bye, bye!
Herculano
20/02/2017 18:47
PSDB E BOLSONARO UNIDOS AO PSOL CONTRA A PRIVATIZAÇÃO DA CEDAE: ONDE ESTÁ O DORIA CARIOCA?, por Rodrigo Constantino
Celebrei aqui a notícia de que a privatização da Cedae foi aprovada pela Alerj, mas descubro depois, com tristeza, que Flavio Bolsonaro votou contra, ao lado de tucanos e do PSOL. É lamentável. É verdade que o deputado tentou se justificar, alegando não ser contra a privatização em si, mas contra essa privatização, nesse formato etc e tal. Ele não quer dar um "cheque em branco" nas mãos dessa gestão sob suspeita, um argumento até legítimo. Mas parece coisa daqueles "isentões" que dizem que não são petistas, mas?

Sinto muito, mas não cola, Flavio. A alternativa de deixar a estatal nas mãos do governo é ainda pior! Qualquer liberal sabe disso. Você não fez o meu curso? Então faça! Você tem defendido bandeiras importantes, como o Escola Sem Partido, o direito de cada um escolher ter ou não uma arma, tem comprado as brigas certas, mas escorregou feio nessa. E não posso me calar, pois prezo minha independência, como você sabe. Por isso esse texto: para cobrar coerência de sua parte. Vai mesmo ficar ao lado do PSOL e da ala tucana do Rio, a pior do país?

Lucas Berlanza, que foi colaborador do Instituto Liberal, comentou: "Flávio Bolsonaro, para votar contra a privatização da CEDAE, assim como PSDB e PSOL, alegou que o modelo da venda está equivocado; porém disse no vídeo-justificativa que, fosse outra a situação, também pensaria duas vezes, porque a empresa é 'superavitária'. Bola foríssima esse raciocínio". Concordo com o Lucas: mesmo que a estatal dê lucro, isso não é motivo para mantê-la estatal. É preciso levar em conta o custo de oportunidade?

Gustavo Franco, que é ligado ao PSDB, não poupou críticas ao seu partido por essa mesma postura na privatização da Cedae:

Não é preciso entrar no mérito: enquanto isso, o prefeito do Rio de Janeiro está se escondendo ?" pois não se ouve falar dele, exceto acerca dos problemas para a nomeação do filho, tampouco de seus secretários. E a bancada do PSDB se posiciona contrariamente ao ajuste nas contas do Estado e também à privatização da CEDAE. É ridículo. São Paulo pode ser o túmulo do samba, mas, o Rio não é melhor quando se trata de política.
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O Fantástico mostrou: o saneamento é a grande fronteira para o investimento em infraestrutura, com profundas implicações fiscais, ambientais e de saúde pública. As necessidades de investimento estão na casa de R$ 300 bilhões para o Brasil, e os estados e municípios não têm esse dinheiro. É simples assim.

É como a telefonia nos anos 1990: há um mundo para fazer e não há a menor condição de as companhias estatais (estaduais e municipais) existentes cumprirem esta agenda nas próximas 3 ou 4 décadas. Podemos encurtar o caminho com a privatização. E evitar muita doença, poluição, déficits e corrupção. O saneamento pode ser uma extraordinária fronteira de investimento na próxima década, se apenas trazemos o setor privado par o jogo. O que estamos esperando?

E a bancada do PSDB é contra! E repete esse discurso ridículo do "cheque em branco", como se agora fosse a hora de discutir o edital e o valor da empresa. É pior do que a objeção ideológica que, ao menos, é sincera. Estou envergonhado e decepcionado com o comportamento da bancada, acho que eles estão no partido errado.

O artigo do Fernando Fernando Schüler é muito bom. E chama a atenção para o assunto da saúde, ao falar da mortalidade infantil na Argentina. E a dengue, zika e coisas da espécie no Brasil? Quantas doenças, mortes, lesões permanentes poderíamos ter evitado se tivéssemos privatizado a CEDAE 20 anos atrás e acelerado os investimento nessa área?

Gustavo Franco e Lucas Berlanza estão certos. Não há como sustentar esse papo furado de "cheque em branco" quando a alternativa é manter a empresa sob o controle estatal, com tudo o que isso significa em termos de incompetência e corrupção. O saneamento básico é questão urgente! O povo pobre é quem mais sofre com a má gestão estatal. Até entregar a empresa de graça já valeria a pena!
Espero que Bolsonaro volte atrás nessa questão, reconhecendo o erro. Já quanto ao PSDB carioca tenho poucas esperanças. Essa turma raramente defende a coisa certa?
Herculano
20/02/2017 18:41
BANRISUL: POR QUE PRIVATIZAR A JOIA DO RS, por Maílson da Nóbrega, economista, ex-ministro da Fazenda, no seu blog

O Rio Grande do Sul vive o drama de uma família quebrada que, para se soerguer financeiramente, precisa vender uma joia, isto é, o Banrisul. Sem isso, pode caminhar para a completa insolvência e o colapso.

No passado, foi justificável criar bancos estaduais como o Banrisul. Tal qual em outros países, eles supriam falhas de mercado, a situação em que o setor privado não é capaz de prover bens e serviços essenciais à geração de bem-estar. A intervenção do Estado torna-se necessária até que

Empresas estatais surgiram no início do século XIX em países europeus emulados com a Revolução Industrial que enriquecia a Grã-Bretanha. Sem dispor das mesmas condições, construídas em séculos, optaram por criar empresas estatais em áreas como as de ferrovias e bancos. O Japão fez o mesmo. No pós-guerra, com a ascensão do Partido Trabalhista ao poder, a Grã-Bretanha estatizou empresas privadas, dessa vez por razões ideológicas.

À medida que a falha era corrigida, a presença do Estado tornou-se dispensável. Começando na Grã-Bretanha e apesar das resistências, quase todas as estatais europeias foram privatizadas na segunda metade do século XX. No Japão, isso ocorrera no início do mesmo século.

No Brasil, as primeiras estatais apareceram nos anos 1920 nas ferrovias. Foi também a época de alguns bancos estaduais, que depois se expandiram país afora. Entre os anos 1940 e 1950 surgiram a Vale do Rio Doce, a Cia Siderúrgica Nacional, a Petrobras, o BNDES e a Eletrobras. No regime militar, as estatais proliferaram em nível federal e estadual.

Nos anos 1980 e 1990, a crise do Estado e as ineficiências das estatais criaram o apoio à privatização. Foram preservados apenas os bancos federais, a Petrobras e subsidiárias da Eletrobrás. A calamidade na gestão dos bancos estaduais justificou a sua venda ou transformação em agência de fomento. Sobraram os pouquíssimos bem dirigidos, entre eles o Banrisul.

Hoje, inexistem falhas de mercado para justificar o Banrisul. Muitos, todavia, estão contra a privatização. Em 1998, as câmaras de vereadores de Erechim e de outras 133 cidades propuseram emendar a Constituição estadual, estabelecendo um plebiscito para a alienação do banco. A proposta passou por unanimidade na Assembleia Legislativa em 2002. Ficou difícil privatizar.

Tudo indica que a privatização será uma das contrapartidas para que a União ajude a resolver a crise nas finanças estaduais. Se for rejeitada, ocorrerá uma situação curiosa. Na crise que tolhe o investimento, dificulta o pagamento do pessoal e inibe a prestação de serviços essenciais, o estado seria forçado a manter a joia que o livraria da calamidade.

São Paulo privatizou seus bancos estatais, mas as empresas e as famílias não perderam o acesso ao crédito nem deixaram de explorar seu potencial. Será uma pena se os gaúchos, influenciados pelo populismo de políticos e pelo corporativismo de sindicados, votarem contra a privatização do Banrisul. O Estado e seu povo serão os grandes perdedores.
Herculano
20/02/2017 18:18
LEGIÃO QUE "PERSEGUE" LULA NÃO PARA DE CRESCER, por Josias de Souza

Cristiano Zanin Martins, advogado de Lula, alistou mais um personagem no pelotão dos "agentes públicos que perseguem Lula": o delegado Marlon Cajado, da Polícia Federal. Em nota oficial, Zanin escreveu que "é desprovida de qualquer fundamento jurídico" o relatório em que Cajado conclui que Lula e Dilma devem responder a inquérito pelo crime de "obstrução de Justiça". Para o advogado, não há dúvida de que o delegado faz "uso indevido da lei e dos procedimentos jurídicos" para hostilizar Lula.

O doutor Zanin e todo o petismo sustentam que Lula, por imaculado, é inimputável. Investigá-lo é quase um crime de lesa pátria. Asseguram que há um complô da Polícia Federal, de juízes federais de Curitiba e de Brasília, da imprensa nacional e de meia dúzia de delatores vagabundos contra o ex-presidente petista. O exército de detratores de Lula não para de crescer.

Embora seja inacreditável, a versão do complô é a que mais convém ao país. Lula já é protagonista de cinco processos judiciais. A essa altura, é mais reconfortante enxergá-lo como vítima de um complô de delegados, procuradores, juízes, jornalistas e delatores para converter um personagem modelo em político desonesto do que ter que admitir que tudo o que está na cara não pode ser uma conspiração da lei das probabilidades contra um sujeito inocente.
Herculano
20/02/2017 18:12
IDOSOS NO FACEBOOK DEIXAM MARKETING DO BEM COM LÁGRIMAS NOS OLHOS, por Luiz Felipe Pondé, filósofo, no jornal Folha de S. Paulo

O que vem a ser o marketing do bem? O marketing do bem é, antes de tudo, uma derivação da esquerda empacotada para o mundo corporativo. Vai bem em palestras caras e dá aos colaboradores a impressão de que podem fabricar armas e ainda assim salvarem o mundo investindo em árvores. Nesse mundo de Deus e do Diabo, tudo pode, contanto que paguemos a fatura do Visa.

Mas essa disciplina também se aplica aos comportamentos individuais. E são esses que mais me interessam como tendência contemporânea. Já disse outras vezes que estou seguro de que, num mundo vindouro, verão nossa época como uma das mais irrelevantes da história, justamente porque somos estragados pelo conforto.

O conforto como categoria (quase) universal produziu uma alienação profunda da realidade. A riqueza em larga escala (apesar do mimimi com a desigualdade social, que é em si um "mercado" à parte) garantiu a existência do maior número de seres humanos mimados que já habitou a face da Terra. O marketing do bem é a "ciência" de cabeceira desses mimados. Quando pensam, são inteligentinhos. Quando pensam em si mesmos, são bonzinhos. Quando se enfurecem, postam #repúdio!

A primeira marca do marketing do bem é a mentira como procedimento argumentativo. Jamais enuncie algo que comprometa o conforto moral ou psicológico de quem ouve você. Fazendo isso, você tem uma grande chance de sempre ter aquele que "te segue" como seu consumidor de ideias.

Um praticante desse tipo de marketing sempre investe na ideia de que as novas gerações são mais "evoluídas" e resolvem melhor os problemas clássicos da vida, descritos em ideias como os sete pecados capitais (que considero, ainda, uma das melhores formas de narrar os seres humanos em seus momentos mais difíceis).

Dizer que os mais jovens são mais evoluídos implica um autoelogio, porque os pais e professores desses mais jovens são, evidentemente, os responsáveis por eles serem mais evoluídos. Ao mesmo tempo, dizer isso garante que esses mais jovens permanecerão como consumidores do mercado daqueles que "creem nessa evolução" política e moral.

A substância primeira da moral pública sempre foi a hipocrisia, porque a mentira sustenta o cotidiano quase o tempo todo. É quase uma forma de boa educação em almoço de domingo em família. O marketing do bem nega esse fato (sabido por qualquer pessoa não mentirosa) afirmando que o bem pode ser um produto que acompanha o cheque especial ou uma linha especial de crédito num banco cor-de-rosa. Idosos com Face deixam o marketing do bem com lágrimas nos olhos.

Sendo ele, o marketing do bem, uma derivação do pecado capital da vaidade (ou orgulho, ou soberba), sua primeira intenção é obscurecer as dimensões contraditórias da realidade, por exemplo, que 7 bilhões de pessoas querendo ser felizes implicam, necessariamente, a insustentabilidade desse desejo em nível de massa.
Sabe-se há muito tempo que a esquerda é um fetiche do capitalismo. A verdade desse fato se encontra, antes de tudo, na publicidade dos bancos e na própria adesão dos publicitários ao discurso do bem social e político. Não se encontra qualquer contradição entre as formas mais "avançadas" de branding e a plataforma de qualquer populismo do bem. Negar o lucro como valor absoluto no mundo corporativo é uma das marcas mais "avançadas" do marketing do bem.

O selo dessa forma de marketing é reconhecível a léguas de distância. Mais recentemente, odiar Trump. Trazer flores nas mãos para manifestações. "Acreditar" num mundo sem guerras. Apoiar tudo que tenha a marca ONU. Afirmar-se sem preconceitos. Negar as diferenças que fazem diferença. Propor diálogo com terroristas. Negar o conflito entre modos de vida em lugares como a Europa Ocidental. Praticar qualquer forma de espiritualidade redutível a "energias" e a alimentação sem glúten ou lactose. Sonhar com um mundo matriarcal no qual não existem mães monstruosas. Defender valores "femininos" para pessoas que não querem ter filhos. Nas escolas, sonhar com um mundo de banheiros "livres e iguais" ?"#haja saco!
Herculano
20/02/2017 17:56
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