20/11/2015
PERDEU PARA A TRANSPARÊNCIA I
A coluna já estava pronta. Os fatos são tantos que há quase uma dezena delas de adianto. Tanto que na coluna terça-feira, feita especialmente para a internet e líder de acessos, no mais antigo, acessado, atualizado e de credibilidade portal daqui, do Cruzeiro do Vale, ela costuma ser bem extensa. No impresso há limitações de espaços. Mas, os fatos desta semana a atropelaram mais uma vez. Então decidi remontá-la. Saiu a visão do engenheiro Maurílio Schmitt, que coordenou o primeiro Plano Diretor de Gaspar, sobre a revisão obrigatória deste Plano, que virou remendos de cacos sem a participação dos gasparenses. Eles serão os principais afetados hoje e amanhã.
PERDEU PARA A TRANSPARÊNCIA II
Entrou a recuada estratégica do PT e do prefeito Pedro Celso Zuchi no projeto 49/2015. Ele daria aos ex, atuais e futuros prefeitos, vices, secretários municipais e vereadores, de forma eterna (pois há processos deste tipo que levam mais de 20 anos tramitando na Justiça) caros advogados, pareceres e periciais, em todas as instâncias recursais. E vejam bem: tudo com dinheiro dos pesados impostos dos gasparenses, o qual faltando na saúde pública (fila nos postos, falta de médicos), no hospital de Gaspar sob a intervenção da prefeitura, em programas de inclusão social na área de educação, lazer e cultura; na área de proteção à vulnerabilidade de menores; na manutenção de pontes e estradas, em obras mínimas necessárias...
PERDEU PARA A TRANSPARÊNCIA III
O PT bufão anunciou que este projeto estava no papo. A aprovação, no fundo – pois de bobo ele não tem nada – o partido sabia ser difícil. Afinal o PT só possui quatro vereadores de uma bancada de 13. Mas, sabia que contava com o voto do presidente da Casa para o desempate, José Hilário Melato, PP, além do vereador Giovano Borges, PSD, prometido pelo acordo, para ser o presidente no ano que vem com os votos do PT. E antes da votação, ao Cruzeiro do Vale, o vereador e presidente do PT, José Amarildo Rampelotti, confirmou tudo isso. E mais. Mandou um recado ao Marcelo de Souza Brick, presidente do PSD: só o voto de Giovano não valeria, queria o voto dele também. E a chantagem pública foi decisiva para o azedamento de tudo que caminhava nos bastidores.
PERDEU PARA A TRANSPARÊNCIA IV
E por que o PT de Gaspar queria a aprovação deste PL 49? Primeiro para livrar os bolsos dos seus agentes políticos e administrativos de pagar advogados para dezenas de processos, a maioria por improbidade administrativa, de erros absolutamente feitos por teimosia e enfrentamento à lei, ao bom senso, ao Ministério Público e à Justiça. Segundo, para instruir processos intimidatórios contra autoridades (incluindo juízes e promotores), adversários políticos para fragilizá-los e imprensa e colunistas para calá-los, tudo com dinheiro públicos e os acusados, com o dinheiro do próprio bolso. Terceiro, queria dar um corretivo na promotora Chimelly Louise de Resenes Marcon, que cuida da Moralidade Pública e que virou alvo, como aconteceu com a juíza Ana Paulo Amaro da Silveira. Depois que ela emitiu uma recomendação contra o projeto, Rampelotti ficou possesso. Pediu a Melato, presidente da Casa, um corretivo para a moça. Como estão todos do lado errado, esse corretivo viria na aprovação do PL 49 motivos para todos comemorarem.
PERDEU PARA A TRANSPARÊNCIA V
E por que não foi adiante o “plano” de vingança e uso de um mecanismo contra autoridades do judiciário, Ministério Público e imprensa? Porque o PT não garantiu o sétimo voto para si nesta matéria, apesar de envolver no jogo de forma matreira muita gente enrolada e que está precisando de advogados pagos com dinheiro do povo. E por que não conseguiu o sétimo voto? Porque o Cruzeiro do Vale e esta coluna, sempre os processados e perseguidos, desnudaram o jogo para a cidade e os gasparenses. Por que isso deu resultado? Porque a transparência deixou encurralados e com medo políticos que estão expostos no jogo das eleições do ano que vem. Acorda, Gaspar!
TRAPICHE
O Ministério Público quer identificar qual o pardal que multava para um vereador, em vez de multar para o município. Isso ainda vai dar zebra. E daquelas.
Último a saber. O ex-prefeito e presidente do PMDB de Gaspar, Osvaldo Schneider, o Paca, passou na Churrascaria do Toni e resolveu almoçar. O dono, o ex-vereador Osni Antônio Wolecke, percebeu que Paca não sabia de que ele Toni tinha assinado a ficha de desfiliação. Deu a notícia.
Paca se mostrou surpreso. Depois de ver as notícias por aqui e o zum-zum na cidade, cobrou e foi informado de que isso não tinha acontecido. Mas aconteceu. Então...
O prefeito de Blumenau, Napoleão Bernardes, PSDB, precisa se explicar. O presidente do PT de Gaspar, o vereador José Amarildo Rampelotti, PT, espalha de que o prefeito de lá está preocupado com a condenação do imoral projeto 49/2015 que se faz aqui, inclusive pelos representantes do PSDB, como Andreia Symone Zimmermann Nagel e Sérgio Luiz Batista de Almeida.
Segundo Rampelotti, Napoleão quer colocar na Câmara de lá um projeto igual, e esperava ele ser aprovado aqui para ter argumentos. Como Gaspar não consegue seguir os bons exemplos de Blumenau, Blumenau vai se inspirar nos péssimos daqui. Será?
O vereador Marcelo de Souza Brick sempre me pergunta ou manda questionar o que eu tenho contra ele. Já respondi várias vezes: nada. Não sou eu quem esclareço a cidade, mas as suas atitudes.
Quem é o presidente do PSD? Ele. E quem votou a favor do PLC 4/2015 de origem do PT que dava poderes ao prefeito de redistribuir os servidores de forma discricionária? O líder do PSD, Giovano Borges. Ou seja, mais uma vez Brick provou ter um discurso e servir a outro senhor, como se tivesse com as mãos totalmente limpas.
E ai se não fizer isso! Giovano não será eleito presidente da Câmara para o ano que vem como se acordou. Como sempre o PSD esteve de mãos dadas com o PT. Assim não possui a liberdade de escolha que teve Andreia Symone Zimmermann Nagel, PSDB. Ela preferiu os eleitores a ser uma obediente do PT para ser presidente da Câmara.
Como lhe disse e ensinou o jogo jogado, o experimentado e mais longevo dos vereadores sempre alinhado com o poder, José Hilário Melato, PP: “você aqui é presidente para servir aos vereadores e não ao povo”. Marcelo então colocou a viola no saco... Acorda, Gaspar!
E para finalizar. Há um fedor novamente no ar. O projeto de lei 60/2015 que deu entrada esta semana e dispõe sobre o regime de concessão da prestação dos serviços públicos municipais de coleta, transporte, transbordo e destinação final dos resíduos sólidos urbanos do município de Gaspar, como está, só faltou colocar o nome do vencedor da licitação. Acorda, Gaspar!
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