20/12/2017
O PSDB de Gaspar saiu de cima do muro. Foi claro à sociedade gasparense nesta terça-feira que é contra o aumento de 40% da Cosip, numa inflação de 2,5%. O aumento foi aprovado à toque de caixa na segunda-feira, na Câmara de Vereadores, numa sessão extraordinária polêmica, com o voto decisivo da mais jovem vereadora já eleita no município, Franciele Daiane Back, do Distrito do Belchior.
Franciele não só votou (7 a 6), como defendeu abertamente o aumento durante a sessão sob o repúdio dos presentes. Classificou à alta majoração como “necessária” e feita como “um ato de coragem” do prefeito Kleber Edson Wan Dall, PMDB, a quem, pessoalmente, está atrelada no projeto político e proteção. Foi provocativa com a dita oposição (PT, PSD e PDT que votaram contra o aumento) e com quem assistia a sessão: “perco a popularidade, mas não perco a credibilidade”. Na terça-feira, ontem, perdeu a eleição para a presidência da casa e até a compostura com os eleitores, internautas, correligionários e o próprio partido, de quem estava isolada nestes dois casos.
O comportamento de Franciele, não de segunda-feira, apenas, cavou a própria sepultura da sua prometida presidência da Câmara. Pessoalmente sempre achei ser uma temeridade à promessa pessoal de Kleber, que não tinha aval no núcleo duro do PMDB de Gaspar, bem como a concretização dela. Na segunda-feira era dia dela ficar quieta, não provocar e se expor ao mínimo. Cumpria-se o papel: votava apenas com o governo. Entretanto, mais uma vez, mal assessorada, porque não se deixa a isso, a arrogância e a auto-suficiência não a permitiu.
Como eu suspeitava, antecipei e escrevi, daria o médico Silvio Cleffi, PSC. Era o plano B. E foi. Lavei mais uma vez a alma e só aqui os leitores e leitores sabiam disso antecipadamente. Na coluna de sexta-feira, feita especificamente na edição impressa do jornal Cruzeiro do Vale, o mais antigo e o de maior circulação em Gaspar e Ilhota, comento. E se o PMDB quisesse manter a hegemonia de poder e até proteger a própria Franciele, deveria ter proposto Francisco Hostins Júnior, no lugar dela, adiando a promessa e compromisso de Kleber. Também está escrito por mim. É só conferir as colunas anteriores.
Impressionante é como o poder de plantão não percebeu isso. O poder cega.Ou então, tudo isso foi de propósito? Silvio é tão perigoso quanto Franciele: quer sempre mais poder, de forma rápida, não importando os meios. E a oposição percebeu isso há muito tempo, quando ele colocou sucessivamente a faca no pescoço por causa das questões corporativas da saúde. E agora? Chora Franciele. Se houver aprendizado, terá valido a pena! Ontem, todavia, todas as atitudes de Franciele mostravam uma pessoa amarga e desorientada a procura de culpados, caçando as bruxas, para aquilo que só ela deu causa.
Pior mesmo, vai ser quando se descobrir que isso pode ter sido embalado e parido intramuros no próprio PMDB. É muito difícil aceitar que Silvio tenha traído sem algum mínimo sinal do PMDB, para quem vai trabalhar para dar base e sustentação. Se não for assim, o preço será alto demais, maior que a desmoralização de terça-feira a qual ficará marcada para quem queria Franciele na presidência da Casa. Vou escrever na sexta-feira sobre isso.
Franciele ainda não entendeu qual era o seu papel para o PMDB, que agora virou o velho MDB. Franciele não negociou com o PMDB. Sozinha, aceitou a cantada de Kleber e que foi lá na noite da eleição acertar essa frágil maioria na Câmara que depois da contagem da tarde, percebeu não tê-la. Frágil, até porque Kleber não manda no PMDB e Franciele não quer o PSDB se não for ela a que mandasse nele autoritariamente.
Sem o seu partido, a quem solenemente dispensou em todo esse processo, mal orientada por Luciano Coradin e Claudionor da Cruz Souza, nesse processo de dissidência no ninho tucano, Franciele foi e ainda está sendo usada por velhas raposas do PMDB, com frutas doces e sem contrapartidas, por enquanto. Também já escrevi aqui várias vezes sobre isso. Alguém precisava explicar à Franciele como funciona o PMDB, PP, PT aqui. Todos iguais. Jogam para os mesmos, funcionam fortemente nos bastidores; não é Francisco Solano Anhaia? Mas, isso é também para outro comentário.
ERRÁTICOS E EQUIVOCADOS
Voltemos ao angu da Cosip. Sem argumentos técnicos, segundo Franciele, e com o mesmo texto de seus mentores derrotados de terça-feira na eleição da Câmar), o “prefeito Kleber fez o que os outros prefeitos [Pedro Celso Zuchi, PT, por 12 anos e Adilson Luiz Schmitt, PMDB, por quatro], não tiveram coragem de fazer: reajustar o que estaria defasado”. Falso.
Franciele, Luciano e Claudionor os mesmos que ser armaram na negociação pela presidência da Câmara e que perderam bisonhamente, consideraram a taxa criada pelo PT em 2002, desatualizada. Entretanto, o próprio relator da matéria no Legislativo, Dionísio Luiz Bertoldi, PT, demonstrou que houve aumento de 218,7% da Cosip desde que ela foi criada até hoje. Isso dá, segundo o próprio Dionísio, uma média anual de aumento de 14,54%. Ou seja, bem maior do que as inflações anuais registradas no período.
Das duas uma: ou o relatório de Dionísio está errado, ou é falso e não foi devidamente contestado por ninguém, incluindo a Franciele, ou a vereadora e seus assessores não sabem fazer contas e acham que seus eleitores também.
Luciano Coradini por exemplo questionou um correligionário empresário se ele conseguiria manter o mesmo preço de um produto por 15 anos. Só isso, mostra a desinformação ou a má intenção ao debate. O preço da Cosip não está igual por 15 anos e isso foi demonstrada amplamente durante o debate na Câmara, sem contestação aos números, e nos parágrafos anteriores.
A presidente do PSDB de Gaspar, a ex-vereadora e ex-candidata derrotada a prefeita nas últimas eleições, Andreia Symone Zimmermann Nagel, estava quieta até a polêmica estourar na segunda-feira e o voto do PSDB ser questionado fortemente nas redes sociais, exatamente com a manifestação de desdém da vereadora. Não era o voto do PSDB. Franciele não consultou o partido sobre o assunto e nem avisou oficialmente do seu posicionamento. E a nota do partido incendiou internamente ainda mais o debate. Franciele percebeu que estava isolada neste assunto. E foi à forra. Como perdeu a presidência de forma constrangedora, só restou colocar em marcha à vingança aos seus.
Franciele, a jornalista, a que foi assessora do vereador Jaime Kirchner, PMDB, que o deixou a ver navios para ter uma carreira solo, experimentou do mesmo veneno. Depois de derrotada da Câmara, por gerenciar a conta do site do partido na internet, tirou do ar a nota oficial do PSDB sobre a Cosip, os comentários e bloqueou o acesso da presidente Andreia. Censura! Este fato é emblemático. Ele mostra como seria a presidente da Câmara, com qualquer um, se ela fosse contrariada nas suas determinações de poder, que buscou sem pudores, e de forma isolada. Dizia a nota que sumiu do site do PSDB:
“O PSDB de Gaspar esclarece que é CONTRA todo e qualquer projeto de lei que aporte na Câmara de Vereadores e que não respeite ao menos o prazo estabelecido pela lei de 45 dias para estudo e análise, como ocorreu com os projetos que foram apreciados na Câmara Municipal no dia de ontem (19/12). Em relação ao projeto que aumenta a taxa de iluminação pública - COSIP - em 40% o PSDB de Gaspar é CONTRA o aumento, entende que se faz necessário primeiramente, buscar projetos que possam dar eficiência ao setor e esclarecer a população, através, por exemplo, de audiências públicas, buscando a transparência, que DEVE ser uma prerrogativa de toda administração pública. O PSDB de Gaspar também esclarece que o voto da vereadora Franciele Back é EXCLUSIVAMENTE de sua responsabilidade”.
Daí em diante, dois debates se estabeleceram na cidade. O primeiro entre os tucanos e o segundo entre a vereadora Franciele e seus eleitores que majoritariamente nas redes demonstraram a contrariedade ao voto dado por ela.
Entre os tucanos está claro que vereadora é uma rebelde, centralizadora e que não consegue conviver em grupo, com opiniões divergentes, muito menos se estabelecer na dialética pelo partido e causas estratégicas de sobrevivência política num ambiente dominado pelo PMDB e PT. Pior, com o resultado da eleição da mesa diretora da Câmara ficou, de forma definitiva, que ela está sendo usada, exatamente, por não estar no partido, por usá-lo um ente político e protetor aos seus interesses políticos e comunitários. Entre os seus eleitores, inclusive na área de comentários da coluna, a desaprovação da atitude dela foi imediata.
Os tucanos sabem desse problema desde o dia da eleição de Franciele em outubro do ano passado. Não o resolveram desde então. Conviveram. O resultado só poderia ser esse. O ex-presidente do PSDB de Gaspar, o advogado Renato Nicoletti, tinha reais dificuldades para se estabelecer num trabalho conjunto com Franciele. E isso continuou com Andreia. Franciele de forma intencional, alimentada por seus “assessores” e pelo governo de Kleber, Luiz Carlos Spengler Filho, PP e Carlos Roberto Pereira, isolou-se quando não conseguiu se impor como presidente do partido como queria, ou ter no seu lugar, o seu mentor Claudionor de Souza Cruz.
Ontem, questionada por mim, pois estava no centro da fogueira acessa por Franciele, Andreia mandou dois recados: o primeiro estava ardendo e o segundo, um que ela diz ter escrito para os tucanos numa rede privada de whatsapp que a questionaram sobre o assunto. “é para não causar mais ruído do que já temos”, justificou-me, com medo de que voltasse o pesadelo de uma troca errada de informações entre eu e ela no passado e que a deixou exposta no diretório.
“Entendo que o vereador deve ouvir o seu partido antes de qualquer decisão, afinal precisa dele para se eleger. O vereador só pode falar em nome do partido, quando este foi consultado. Caso contrário a opinião é pessoal, e a responsabilidade é de quem se manifesta. Antes de publicar a nota oficial, ouvi muitos tucanos do diretório, nem todos estão em grupos de watts ou se manifestam por meio deles, mas sem dúvida é de extrema importância ouvi-los, e através da nota se manifestou a opinião da maioria”. Alguma dúvida?
Mas, quando o diretório do PSDB de Gaspar se manifesta contra o aumento da Cosip ele não se alinha ao discurso da dita oposição como o PT, PDT e PSD? Na eventual demagogia, não. Na construção de uma solução, sim! É claro que a iluminação precisa ser melhorada, pode até defasada nos valores pela inércia dos administradores em buscar tecnologia, mas não foi isso que Kleber propôs. Impôs aos gasparenses apenas custear algo defasado. Renegou a sua marca de propaganda de governo que não colou até agora: a “eficiência”.
Escrevi o que segue abaixo em dois artigos anteriores para exemplificar que o que pede Kleber é algo atrasado, ainda mais, quando o seu chefe de gabinete, é um engenheiro eletricista, que antes de se aposentar, foi um afamado gerente regional da Celesc. Ele até chegou a fazer um vídeo pífio sobre o assunto.
“Quer um exemplo para que se possa compreender popularmente a tamanha burrice e atraso que o governo Kleber faz no fechar do ano com os gasparenses? Estão aprovando dinheiro para pagar a gasolina consumida por um carro velho que bebe um litro para fazer apenas seis quilômetros, quando hoje no mercado, um automóvel de idêntica potência, maior conforto, segurança e atualidade tecnológica, principalmente, faz 18 quilômetros com o mesmo litro de combustível”.
Na área de comentários da coluna, ontem, apesar da idade, vivo lendo, praticando inovação e por isso, em plena atividade produtiva e remunerada, publiquei um artigo onde o governo de São Paulo, do mesmo PSDB de Franciele, a mais jovem vereadora eleita de Gaspar, jornalista, antenada no mundo digital, e que é capaz de praticar o atraso contra a sociedade e seus eleitores, por questões menores. Veja como começa o artigo:
“O governo do Estado de São Paulo assinou nesta quinta-feira (14) uma parceria com a empresa norte-americana CG/LA Infrastructure para realização do Ilumina SP. A proposta é impulsionar a modernização da iluminação pública nas cidades com estudos de viabilidade atraentes à iniciativa privada. Mas que também gerem receita aos municípios, reduza os custos e melhorem o serviço para população”.
Isto é ser eficiente. Isto é livrar os cidadãos de obrigações que o estado cria por ser preguiçoso, burocrático, antigo e repassador de custos da sua ineficiência produtiva, tecnológica e administrativa. O mundo é outro. Muda muito rapidamente nesse ambiente da tecnologia eletrônica.
Bom, enfim! Preciso encerrar. Estou sendo repetitivo. E não adianta! Os políticos não vão mudar. Os políticos e a sua politicalha, antiga, e apenas “remodelada”, infelizmente, apenas vão me alimentar com os seus erros para que eu tenha material de comentário por muitos e longos anos. Afinal o leite do atraso já foi derramado na segunda-feira, mais uma vez. Ele já teve consequências na Câmara, ontem, terça. E se não abrirem o olho, 2018 será terrível!
OS DONOS DA BOLA QUADRADA
Repito: eu não sou o problema, como insistem Kleber, Luiz Carlos, doutor Roberto e Pedro, porque tantas vezes as minhas críticas foram, na verdade, consultorias gratuitas e advertências. Todas desprezadas e lidas como se fossem birras ou perseguições pessoais. Para quem fez o que fez com Dilene Jahn dos Santos indicada por Sérgio Roberto Waldrich, que fingiram ser um conselheiro, sinto-me até aliviado.
O PT tinha (e tem) a mesma opinião sobre o meu trabalho; reclamação e perseguição. Deu no que deu. O PMDB e o PP se beneficiaram e até nisso nas eleições do ano passado, ou seja, até nisso, são mal agradecidos.
A vingança cega. E o atual governo de Gaspar está cego, errático e com uma comunicação medonha no tema e nos seus operadores, incluindo esta campanha que colocaram no ar. O governo escolheu mal seus secretários e os apoia nas suas fragilidades e erros. É operado nos bastidores por mãos “invisíveis” que todos conhecem. No organograma visível, é feito por gente curiosa e até incapaz. Vale a amizade, a proximidade (inclusive religiosa de aparência), a influência familiar danosa o puxassaquismo... A secretária de Educação, a de Saúde, a de Assistência Social, Agricultura... ainda não mostraram a que vieram. Assim todos ficam fracos. A composição precisa ser diferente na proporção: mais profissionais e menos curiosos, submissos ao atraso.
Outra. São os aliados e a sua insaciável sede e jogos de poder o verdadeiro perigo. Não há um time na prefeitura; há gente atende quem está do lado de fora dando as cartas como se fosse de fato o mandatário, o secretário, o dono do pedaço. O PMDB já perdeu para si próprio com Bernardo Leonardo Spengler e Adilson Luiz Schmitt. Está apenas repetindo a mesmíssima fórmula. Aprendizado, zero.
Na segunda-feira, ganharam Kleber, Luiz Carlos, o doutor Pereira e o Pedro com a aprovação dos 40% de aumento da Cosip. Perderam os gasparenses que vão pagar esta conta e a escuridão será a mesma. Na terça-feira, o recado: perderam Kleber, Luiz Carlos, o doutor Pereira e o Pedro uma importante batalha na Câmara porque se não armaram contra Franciele, mesmo por suposta omissão, foram arrogantes, insensíveis e quiseram impor vontades sem estratégia, sem gente competente e principalmente, confiável. O PT, o PDT e o PSD leram melhor o que estava à vista de todos e que só o poder de plantão não enxergou. Avisar, até avisei, mas... Acorda, Gaspar!
O que se escondeu sob o rótulo de “Mal Representado”, publicou na área de comentários na segunda-feira: “Hoje assisti a futura presidente da Câmara de Vereadores de Gaspar na Tribuna. Fiquei muito preocupado. Mostrou-se desequilibrada, parecendo uma moléca defendendo o indefensável. Fico temeroso. Gaspar merece coisa melhor, nem o Ciro é tão ruim”.
Retruquei. E depois do que aconteceu, ontem, terça-feira, parece ser tão premonitório e atual.
“Quem estará mal representado, será quem criou toda esta situação, o prefeito Kleber Edson Wan Dall, PMDB e os seus.
Foi ele quem fez um pacto pessoal com a vereadora Franciele Daiane Back, PSDB, para ter a tal maioria apertada na Câmara onde outros da base é quem colocam a faca no seu pescoço o tempo inteiro na busca de vantagens.
Foi, Kleber, depois que viu que não tinha a maioria na Câmara, na noite da eleição em outubro do ano passado, foi pessoalmente na casa da vereadora no Distrito do Belchior e combinou tudo, à revelia dos partidos, até porque o PSDB tinha sido um adversário com Andreia Symone Zimmermann Nagel.
Agora, se não cumprir em dar a presidência da Câmara a alguém tão jovem, inexperiente politicamente, despreparada para a missão (nem falo para o cargo), que rejeita conselhos e assessoria, o estrago pode ser tão grande quanto uma suposta traição.
Franciele é a mais jovem vereadora eleita em Gaspar. Só isso é uma sinalização sobre um possível problema para ser presidente da Câmara.
É até inexperiente como vereadora. É teimosa. É inflexível. Entra em divididas, como a de hoje [segunda-feira na discussão da Cosip], desnecessária, com argumentos frágeis e contraditórios. Se não possui experiência, mas é obstinada, um fator que poderia ser bom, mas é impróprio para uma cadeira onde a tática e a estratégia são fundamentais para o cargo, que antes de tudo é político e arbitra interesses e necessidades contraditórios.
A administração de Kleber, Luiz Carlos Spengler Filho, PP e o prefeito de fato e presidente do PMDB, Carlos Roberto Pereira, exatamente pela teimosia, precipitação, falta de estratégia, comunicação e até por vingança, estão escolhendo um caminho que poderá dar o mesmo final que teve as administrações peemedebistas como a de Bernardo Leonardo Spengler, o Nadinho, que nem terminou o mandato, e de Luiz Adilson Schmitt, que não conseguiu a reeleição, nem voltar a ser um candidato viável pelo partido.
O pacto de Kleber, Luiz Carlos e o doutor Pereira, é com Franciele, e não com o PSDB de Gaspar, é com eles mesmos.
E todos estão expostos ao que pactuaram. A sessão extraordinária de hoje {segunda-feira], foi um aviso ao improviso. Ela poderia ter sido evitada, com inteligência e estratégia. Montaram um circo para a oposição se esbaldar.
E o único que se saiu razoavelmente incólume no governo, apesar de tudo, foi Francisco Hostins Júnior, PMDB. E este seria o melhor nome para Kleber neste momento na presidência da Câmara, para aparar as arestas e colocar a Câmara em ordem. Franciele, vai incendiá-la. É a melhor opção da oposição”.
O que se escondeu sob o “Bem Informado”, publicou na mesma segunda-feira, na mesma área de comentários: “Kleber recebe vereadores da base, futura presidente e os consola, afirmando que o eleitor daqui a dois anos e oito meses, não vai mais lembrar quem os traiu na votação de hoje. Reclamou também de sua persistente perseguição e das mídias sociais. Pediu opinião de como travar estes entraves”.
Pois é. O que posso comentar depois do que aconteceu ontem à tarde na eleição da mesa da Câmara?
1. Vereadores da base? Que base, heim? É preciso comentar mais do que já comentei sobre o quanto ardiloso e perigoso era o médico Silvio Cleffi, PSC, que diante da falência da Saúde para os pobres nos postinhos, policlínica e farmácias básicas queria impor mais prejuízos ao Hospital com uma UTI para a sua corporação médica e ego pessoal? Eu não acredito que ele tenha feito o que fez sem uma sinalização mínima do núcleo de poder do PMDB de Gaspar. É quase impossível!
2. Consolar? Kleber vai ter que embalar, ninar e esperar que a criança mimada que ainda não saiu da Franciele não perceba que foi enrolada pelo próprio pessoal que cerca o prefeito e o está deixando-o exposto em vários assuntos cruciais. Cada um está querendo salvar o seu. Falta o espírito de time. E por que? Falta um líder.
3. O povo não vai se lembrar daqui a dois anos e oito meses? Duvido. Só se a oposição esquecer disso. Eu não! A não ser que Kleber reverta de verdade, o quadro que ele criou e está metido, exatamente para dar asas aos seus e ter melhores coisas para dar, no lugar do empurrou goela abaixo para os gasparenses e a oposição.
4. Kleber reclamou das mídias sociais? É uma vergonha! Ele não possui uma cara superintendência de comunicação? É ela que não funciona! Eu não sei se é por falta de competência ou por medo de perder o emprego. Ela se submete aos curiosos do poder de plantão. Nos dois casos, quem perde é o prefeito, a base e a comunicação dos tempos atuais, que não vai além dos “acertos” com os veículos de comunicação. O povo agora tem voz nas redes sociais. É preciso entender e lidar com isso, com estratégia, fatos e ações.
5. Reclamou deste colunista? Bobagem! Nada ele contestou até agora. Nem argumentou. Nem esclareceu. Está choramingando pelos cantos? Esta síndrome de perseguição é comum aos que estão no poder e precisam esconder os seus problemas ou mal assessoramento. Os políticos, acham-se. E no caso de Kleber, ele é refém dos segredos do PMDB e que as vezes nem na prefeitura estão. O governo do PT e Pedro Celso Zuchi tinha a mesma reclamação. Deu no que deu. Eu apenas comento fatos. Tenho uma opinião sobre o que acontece na cidade. E quem são os que fazem verdadeiramente os fatos? Os políticos! Ou não? O que aconteceu ontem eu fui o responsável? Foi uma consequência de erros e jogadas que ainda vou desvendar completamente. E sou só eu quem enxergo? E é isso que o político tenta esconder, pois se acha o perfeito como ente público que é.
6. Kleber pediu sugestão para resolver esses entraves? Bom! Mas, pediu, mais uma vez para as pessoas erradas. Tanto que o resultado da eleição da Câmara é a prova disso.
7. Você acha que isso vai mudar? Aposto que não! Então, o governo eficiente de Gaspar continuará achando que o problema está nos outros e não nele mesmo. E tudo isso, às vésperas de uma eleição onde a base será cabo eleitoral de gente marcada para morrer na reeleição. Acorda, Gaspar!
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