22/08/2016
MULHER VIOLENTADA I
Gaspar discutiu a violência contra a mulher na semana passada, mesmo com a contrariedade de alguns políticos homens que em plena campanha eleitoral, gostariam de ver debatida a “violência” das mulheres contra os homens. O ato foi para comemorar e aperfeiçoar os 10 anos da Lei Maria da Penha. A iniciativa foi do Ministério Público. Em Gaspar coube a jovem promotora Chimelly Louise de Resenes Marcon, liderar o processo. E por que? Porque é a sua promotoria que cuida do crime e a tornou famosa pela implacável luta contra os políticos matreiros da Comarca pela Moralidade Pública, que também cuida da violência contra a mulher. O evento foi um sucesso na participação comunitária, apesar da pouca divulgação que ganhara na imprensa até então. O auditório da Câmara sempre esteve cheio nos três dias de oficinas, palestras e articulação da rede de proteção, o maior objetivo daquele seminário.
MULHER VIOLENTADA II
Os debates e números mostraram que o PT, o que sempre advoga para si este tipo de iniciativa, na prática em Gaspar, esteve longe do seu discurso de proteção aos vulneráveis e minorias. Tudo fachada e que se desmancha nos piores exemplos nacionalmente. É parcialmente culpado pelo quadro de violência contra a mulher pelo simples fato da estatística constatar que proporcionalmente o maior foco de violência do estado contra a mulher estava aqui. Esses números vêm exatamente das falhas na execução das políticas públicas para a estruturação e manutenção da rede de proteção às vulnerabilidades sociais. E o PT é poder em Gaspar há oito anos seguidos, ou seja, parceiro dessa degradação. Devido aos números, aos casos, à tendência crescente, que o Ministério Público se propôs a um trabalho diferente sem exatamente buscar culpados, mas para criar soluções. “A ideia geral foi a de articular a rede, que hoje opera, mas não se comunica satisfatoriamente. O poder público e a sociedade civil abraçaram a causa e este foi o maior marco do evento”, ressaltou Chimelly.
MULHER VIOLENTADA III
“O Primeiro Seminário de Políticas para Mulheres e Enfrentamento à Violência de Gênero, nasceu de um processo natural de evolução do trabalho desenvolvido na Comarca de Gaspar, no âmbito da violência doméstica. Ao longo dos anos, foram diagnosticados alguns problemas, verdadeiros gargalos, na rede de atendimento à mulher vítima de violência”, ressaltou a promotora Chimelly. Ela cita as dificuldades opressoras da cultura secular e histórica dos homens bem como as dificuldades criadas pelo estado, como por exemplo, a falta de efetivo policial, atendimento especializado, dificuldade de se registrar um fato de violência, de ter que ir a Blumenau fazer o exame de corpo delito, de perder horas no processo burocrático, de se colocar emprego da mulher em risco, ou dela estar exposta e mesmo assim, ainda continuar vulnerável diante do agressor e da desconfiança da sociedade.
MULHER VIOLENTADA
“De outra ponta, não há, na Comarca programas locais específicos para o atendimento da mulher vítima de violência, tampouco Conselhos Municipais de Direitos da Mulher. Por mais que os servidores públicos envidem esforços para implementar os comandos preventivos fixados na Lei nº 11.340/06, os órgãos públicos ainda não estão articulados em rede. Agentes de saúde tomam conhecimento de situações de violência, mas não comunicam a Polícia. A Polícia recebe o registro da ocorrência, mas não o aciona o setor de saúde e assistência social para o atendimento da vítima. O próprio Ministério Público, frente à vasta gama de atribuições, não possui um cadastro efetivo dos casos de violência doméstica e familiar contra a mulher, deixando de coletar elementos informativos relevantes para o diagnóstico das deficiências da rede de enfrentamento à violência contra a mulher”, diagnosticou Chimelly na abertura do evento na quarta-feira à noite na Câmara.
MULHER VIOLENTADA IV
Incomodada, Chimelly resolveu estimular o que ela chama de “rede de enfrentamento à violência de gênero”. Para ela, o esclarecimento, a comunicação e a articulação das várias peças de proteção voltadas para o resultado, são mais importantes do que a atuação satisfatória de um órgão ou entidade isoladamente. “Não podemos cair na cilada da revitimização da mulher”. E uma medida simples fez diminuir exemplarmente os casos conhecidos (sim, porque estima-se que este número de violência seja bem maior): o acompanhamento psicológico às mulheres vítimas de violência familiar e doméstica. E por uma decisão simples da secretaria Segurança do estado: dos 34 psicólogos aprovados em concurso, dois foram designados para atuar junto à Polícia Militar e lá atenuar as questões internas da corporação; os outros 31 designados para atender demandas das delegacias regionais. Excepcionalmente um psicólogo veio parar em Gaspar, devido ao alto número de casos de violência registrados contra as mulheres. Uau, Gaspar se destacando... E pelo pior.
MULHER VIOLENTADA V
Contudo, este simples ato fez toda a diferença. Ele mais uma vez mostrou como a solução de um problema sério, pode vir de uma análise correta, de gesto simples e de um custo relativamente baixo. E o primeiro projeto aprovado pelo Conselho da Comunidade foi justamente o de promover o acompanhamento psicológico às mulheres vítimas de violência familiar e doméstica, para criar um ambiente de compreensão da situação de violência e de resgate da autonomia feminina. Desde 2015, foram realizados aproximadamente 200 atendimentos individuais, além de formatados alguns grupos coletivos de trabalho voltados ao acolhimento e apoio às mulheres vítimas de violência. “A medida surgiu imediato efeito: alguns casos de violência doméstica crônicos e repetitivos cessaram, inclusive, com a resolução definitiva da relação conjugal opressora. Atualmente, o Conselho da Comunidade elabora um projeto para orientação e acompanhamento dos parceiros ‘agressores’, visando a estimular o diálogo e o respeito nas relações familiares e domésticas”, revelou Chimelly.
MULHER VIOLENTADA VI
E por que este quadro era ou ainda é excepcionalmente grave em Gaspar? Devido a dois fatores sociais sem controle e desassistido das políticas públicas municipal, estadual, federal e da tal rede de proteção não apenas para proteger a mulher da violência doméstica. Primeiro é a migração desenfreada dos últimos tempos. Com ela vieram também os problemas familiares de lares desestruturados. O segundo, são os guetos, claramente dominados por quadrilhas que agem em vários crimes no Vale do Itajaí, distribuem drogas e perversamente corrompem o equilíbrio familiar. Gaspar é dormitório de Blumenau e qualquer gestor político daqui sabe disso, tanto que trabalha o discurso de mitigação durante a campanha eleitoral como a que se desenvolve agora. Mais: Gaspar fica logisticamente equidistante não apenas de Blumenau, mas de cidades como Brusque, Itajaí, Balneário Camboriú, Pomerode, Indaial e Timbó. Isso favorece à ação organizada de grupos de criminosos. E quem diz isso? As estatísticas policiais. E o que facilita a violência contra a mulher e de gênero? A falta de programas organizados em rede para mitigar os problemas na sua origem social, além das estruturas de observação, contenção e repressão das polícias civil e militar.
MULHER VIOLENTADA VII
Por detrás de tudo isso, estão os políticos e agentes públicos omissos. Em alguns casos chegam até ao cúmulo de culpar a imprensa de divulgar uma realidade crua como se fosse algo do sensacionalismo, e não o resultado da ausência de políticas públicas e do não uso do dinheiro dos pesados impostos pagos dos gasparenses, catarinenses e brasileiros. Há até cargos de programas nacionais antidrogas dados por políticos a outros políticos, como boquinhas pagas para a busca de votos, e não exatamente para controlar e encontrar saídas para esta tenebrosa deterioração de valores e dependência social. A promotora Chimelly é dura na sua conclusão. “Os esforços ainda não foram suficientes a reduzir os números de crimes praticados em razão do gênero. Foram concluídas pela Polícia Civil, desde 2015, mais de 500 investigações vinculadas a infrações penais caracterizadas pela violência doméstica e familiar. Ou seja, mais de 500 mulheres, apenas na Comarca de Gaspar, foram ofendidas em sua integridade corporal e psicológica”. Para ela, “mais do que punir, é preciso acolher; além de remediar, é imperioso prevenir a violência; mais do que criticar a estrutura, é fundamental semear novos horizontes”. O seminário então foi apenas uma semente.
ELES RESPONDEM I
O jornal Cruzeiro do Vale, o mais antigo, o de maior circulação e credibilidade, na edição impressa das sextas-feiras vem questionando os candidatos a prefeito de Gaspar. Há duas semanas ele perguntou: você pretende construir uma sede própria para a prefeitura [o atual prédio é insuficiente e antigo para abrigar toda a administração]. O PT que já criou um factoide de desapropriar a sede da Bunge no Poço Grande para lá implantar a prefeitura, mostra-se mais cuidadoso agora. O candidato Lovídio Carlos Bertoldi, revela duas coisas: a primeira coisa que o dinheiro está curto – como sempre escrevi aqui e sempre negaram – ao menos para se ter um novo prédio para ser a sede da prefeitura. A outra é a forma como se enrola gente analfabeta, ignorante, desinformada e assistida: “a estrutura ao lado do prédio principal [prefeitura] é cedido pela paróquia e garante, por preço adequado...” Cedido? Não: é alugado. O ceder, no dicionário é emprestar sem nada em troca. Preço adequado? Que história é essa? O que a prefeitura do PT está pagando com o dinheiro suado dos gasparense sem ser o preço adequado? E olha que estas respostas são elaboras pelas as assessorias dos candidatos e feitas com tempo, com muitas revisões e palpites. Incrível. Estão debochando. Só pode ser.
ELES RESPONDEM II
A Andreia Symone Zimmermann Nagel, PSDB, não quer saber de construir prédio novo. Primeiro quer saber de quanto terá em caixa para então primeiro dar vagas nas creches e fazer obras para a cidade. Kleber Edson Wan Dall, PMDB, diz que uma pesquisa sua identificou que o povo quer a construção de uma nova prefeitura, e por isso ele colocou nos seus planos prioritários. Ótimo. Só faltou dizer como vai arrumar dinheiro para fazer isso e solucionar outros graves problemas ao mesmo tempo e que serão deixados pela atual administração. Marcelo de Souza Brick, PSD, quer revisar os alugueis, trocar de locadores e paulatinamente substituir as locações por instalações próprias. Mas, Marcelo teve a oportunidade de fazer exatamente o que prega hoje na sua campanha quando foi presidente da Câmara. Ele prometeu construir a sede própria do Legislativo. Não conseguiu superar as dificuldades, a começar pelo tamanho do terreno.Foi vencido pela realidade. Ou seja, experiência dessa incompatibilidade entre o sonho e o possível, ele já teve. Parece que não aprendeu...
Inacreditável. Se dependesse das lições de jornalismo da impressa premiada, o brasileiro não saberia de nada até hoje sobre o petrolão, ladroeiras, corrupção, Lava-Jato, impeachment e outras mazelas dos políticos com os mandatos conferidos pelos eleitores e o mau uso dinheiro de todos os pagadores de pesados impostos, até o esclarecimento ou o julgamento final dos casos, os quais poderão levar décadas.
É duro e constrangedor se ter esse tipo de imprensa que precisa se justificar por ter ficado calada para ser obediente e grata aos seus patrocínios, privando os seus leitores das versões, informações e opiniões.
E se esta justificativa ainda fosse coerente já seria inacreditável, mas não a foi para a liminar incidente sobre o mesmo caso. Ora uma liminar, é exatamente uma medida de força para interromper o curso normal de um julgamento que ainda estaria bem longe do seu desfecho. Ela foi noticiada para atender a comemoração de quem a obteve.
Golias contra Davi. A coligação liderada pelo PT é a que terá mais espaço para divulgar o seu candidato a prefeito de Gaspar: 3minutos 16 segundos e o PSDB o menor de todos, 1 minuto e 45 segundos.
Outro de grande espaço é o PMDB com 3 minutos e oito segundos. O PSD também luta para driblar o pouco tempo da coligação: 1 minuto e 49 segundos.
Serão dois blocos de dez minutos para as candidaturas a prefeito, de segunda a sábado: das 7h às 7h10min e das 12h às 12h10. Começa nesta sexta-feira.
Os vereadores farão propaganda em comerciais de 30 segundos durante a programação normal das emissoras conforme sorteio realizado no juizado eleitoral da Comarca. Os ouvintes agradecem a menor interferência dos políticos nas programações das rádios.
Cada vez mais o marketing e marqueteiros estão perdendo espaços (e dinheiro). Vai valer a militância (quando ela existe e hoje isso é raro); a máquina financeira dos que ainda continuam a alimentar com caixa dois desafiando a lei e à fiscalização; a máquina administrativa que tenta se reeleger ou continuar no poder; e os candidatos com boa comunicação, empatia e causas, que se prepararam marcando terreno de forma clara para suportar o discurso do novo ou da mudança.
O vereador Marcelo de Souza Brick, PSD, não apareceu no seminário da Violência contra a Mulher para defender a sua tese de que as discussões do evento também deveriam se estender as agressões sofridas pelos homens de suas mulheres.
A lei que limita o uso de recursos em campanha, fala que uma das provas ou indícios é a exibição de estrutura ou uso de recursos superdimensionados. Tem gente se arriscando em Gaspar.
O PT de Gaspar e há oito anos seguidos no poder deu ordem unida e fez volume: todos os comissionados, achegados e agregados à estrutura de poder foram orientados a usar o material de campanha em seus carros e objetos fixos ou móveis externos. Há aparências, medo e constrangimento.
Fernando Neves, o assessor do presidente da Câmara de Gaspar, Giovânio Borges, PSB, que foi coordenador da campanha e secretário do prefeito de Ilhota, Daniel Christian Bosi, PSD, bem como presidente do partido em Gaspar, está tão envolvido quanto Bosi nas dúvidas por lá. Daí a sua preocupação em diminuir a importância do assunto na imprensa amiga e colocar dúvida na livre que não depende dele ou de Ilhota.
Ilhota em chamas. A “guerra” entre a Câmara e o prefeito de Ilhota, Daniel Christian Bosi, PSD, possui tons de comédia dramática e comprometimento da cidadania. O primeiro deles é que por governar tão mal, Daniel correu da reeleição; o segundo que pego no contrapé, passou dois dias escondido enquanto seus advogados conseguiam uma liminar na Justiça para anular a pretensão da Câmara de afastá-lo do cargo de prefeito diante de uma Resolução da mesa; e a terceira é a de voltar pelos “braços do povo, mas feito de servidores”, apesar da acusação origem do problema, ser a de mau uso do dinheiro do próprio povo ao manobrar para não fazer uma licitação que deveria ser obrigatória no caso que se julga.
Ilhota em chamas. A prefeitura se livrou de um problema: a balsa para a travessia entre a Margem Esquerda e o Centro da cidade. Foram quatro anos de tortura. Dia sim, outro também, ela vivia com problemas. Chegou até a afunda, correr rio abaixo e sair das telas do sistema de vídeo que a espreita. Os moradores dos Baús passaram um cortado. A ponte dos Sonhos já está liberada. Falta inaugurá-la. Haverá nova disputa entre o PSD e o PMDB.
O PT de Gaspar está escondendo na sua propaganda o vermelho, os amigos do peito Luiz Inácio Lula da Silva, Dilma Vana Rousseff, Ideli Salvatti que está nos Estados Unidos vendendo na OEA que há um golpe no golpe, Décio Neri de Lima, Ana Paula Lima... E até o seu vice, Odilon Áscoli, PR. Esconde dos discursos os problemas como o desastre econômico, inflação alta, desemprego de 12 milhões de brasileiros, quebra do SUS, falta de recursos para obras...
O PSD e o PSB também escondem o sócio de campanha para prefeito, o Partido Comunista do Brasil que o PT depois de sete anos de parceria, emprestou para ambos nesta corrida eleitoral em Gaspar. Os candidatos do PSD e PSB ficam chateados quando são lembrados deste casamento.
O PSD está manco. O governador Raimundo Colombo abandonou Gaspar nos seus seis anos de governo e quando veio aqui (não vale aquele pouso de emergência no quartel da Polícia Militar por causa da neblina no caminho para a Serra), foi para atender a um pedido do PT. Em Ilhota, onde o governador ajudou a terminar a ponte dos Sonhos, o perrengue é tão grande, que o prefeito de lá desistiu a reeleição.
Em Blumenau, o deputado Jean Jackson Khulmann, o padrinho dos pedessistas de Ilhota e Gaspar, precisou se associar a um comunicador que não era político, Alexandre José, PRB, da Ric Record, para ter chances na disputa local.
E para complicar tudo no partido que não é de direita, de centro, de esquerda, de oposição e sempre está no governo de qualquer um, o outro deputado do PSD, Ismael dos Santos, por questões religiosas está apoiando o PMDB aqui ao invés do candidato do seu partido. Sai zica!
Na semana passada, o presidente da Câmara, Giovânio Borges, resolveu subir o morro e falar promotor eleitoral sobre o evento que discutiria a violência contra a mulher e que se realizaria naquela semana na Câmara de vereadores. A intenção dele era evitar que a vereadora Andreia Symone Zimmermann Nagel, PSDB, uma das colaboradoras do seminário, falasse no evento diante do impedimento da lei eleitoral.
Bobagem e terrorismo. Giovânio é vice de Marcelo de Souza Brick, PSD. Eles estavam preocupados nos eventuais dividendos políticos do trabalho da vereadora neste assunto que não deram muita bola e o tal impedimento – que existe – foi um dos motivos para ele se aproximar do promotor. Nada mais.
Se o PSD e PSB, como o PT e o PMDB quisessem e acreditassem na interdição da candidatura de Andreia, era só deixá-la cometer este erro primário que estava, segundo eles, prestes a cometer. Depois denunciá-la. Era caixão. E então ir para a galera e comemorar.
Casca de banana para escorregar. Deu entrada na Câmara o Projeto de Lei 45/2016. Ele autoriza o município a conceder subvenção social ao Clube Musical São Pedro de R$30 mil por ano, em 12 parcelas iguais. Excelente.
Na verdade este PL regulariza esta doação. É que esta verba está rubricada na secretaria de Educação. Agora, com a tal Reforma Administrativa que nada economizou e apenas acomodou a companheirada sob nova denominação, ela foi realocada para a Fundação Municipal de Esportes, Turismo, Cultura e Lazer. A casca de banana é que esta mudança está sendo feito em época eleitoral onde isto, a princípio, é vedado.
Em outro Projeto de Lei, a prefeitura está anulando, suplementando, criando créditos e realocando R$ 4.482.275,83 do Orçamento municipal aprovado pela Câmara. Nele os vereadores não puderam opinar em nada.
O que significa isso? Orçamento mal feito, crise e necessidade de tampar buracos diante da realidade, muitas delas previsíveis. E na Câmara poucos ousam olhar com lupa e questionar este assunto. Ainda mais em tempo de campanha eleitoral.
A narrativa petista (PCdoB, PDT e esgotosfera) é algo calhorda. Quem trouxe a Olimpíadas para o Rio de Janeiro? O PT e o PMDB. Assim como o PT trouxe a Copa Mundial de Futebol para o Brasil. E por que trouxeram esses eventos mundiais e de alto custo para toda a sociedade pagar?
Em primeiro lugar, como vem se provando no petrolão, na Lava-Jato e no impeachment de Dilma Vana Rousseff, PT, para fraudar, enganar e roubar com as empreiteiras e os parceiros de poder – muitos deles que já pularam de lado para continuar na farra de sempre -, os pesados impostos dos brasileiros e que estão faltando na saúde pública, educação, segurança, obras essenciais...
Em segundo lugar, por esta mesma narrativa do PT, PCdoB, PDT e esgotosfera, para construir um marketing vencedor e assim tocar as mentes e corações dos analfabetos, ignorantes, desinformados, assistidos e fanáticos, o PMDB, os golpistas, conservadores e outros estariam se apropriando do sucesso da Copa e das Olimpíadas.
Tortos. Ou seja, estão tentando sensibilizar à sociedade desinformada e ainda inebriada pelo fetiche dos resultados. Querem criar massa crítica, verdades e assim abafar a verdadeira intenção e resultado que foi à fraude, roubo e a conta que está aí para ser paga com o dinheiro de todos.
Percebam a última narrativa da vitimização do PT, PCdoB e outros. Quando se iniciou as Olimpíadas, o PT e os petistas estavam quietos. Na verdade, torciam, porque tudo estava torto, para a tragédia. E o dedo já estava apontado para os “golpistas” do arco que iria desde o PMDB o parceiro de sempre do PT, até o PSDB, o inimigo mortal e manso incapaz de apontar os erros petistas.
Destituídos do poder pela via legal do impeachment e que rotulam como golpe, os petistas queriam as Olimpíadas para usá-la como alavanca às denúncias internacionais – a nova plateia pois a interna já tinha sido devidamente esclarecida - do tal golpe. E até nisso fracassaram. A imprensa internacional – que inundou o Rio para a cobertura das Olimpíadas - entendeu logo o que se passava, a definição de golpe e quem é o PT.
Desde domingo, então, com o fim das Olimpíadas, e na ausência do desastre que desenharam pelo improviso na bomba de efeito retardado que armaram para explodir, passaram a pedir e a reclamar o podium, a medalha de ouro por terem trazido as Olimpíadas para o Rio. Cinismo.
Antes deviam devolver os empregos perdidos pelos brasileiros, a alta inflação, a perda da estabilidade econômica, a ética ferida e a gestão incompetente – ou criminosa - dos recursos e das questões públicas diante de um governo temerário, do fracasso das políticas macroeconômicas, da corrupção desenfreada, o aparelhamento desmedido do estado, a quebra das estatais, o alto desemprego, a alta da inflação, o descontrole das contas públicas, a recessão... Wake up, Brazil!
O premiê japonês Shinzo Abe, apareceu no Maracanã como Super Mário Bros e foi ovacionado. Já o presidente interino do Brazil, Michel Temer, PMDB, também “estava” lá. Era o Homem Invisível. Por isso, ninguém o aplaudiu. Também não foi vaiado.
Neste final de semana, houve discussões em dois centros de inteligência de campanha a prefeito de Gaspar. Tinha gente defendendo a fuga dos debates abertos entre os candidatos. Acorda, Gaspar!
Comprei dois espumantes para o término de agosto. Um para o meu aniversário e outro para aprovação do impeachment, previsto na Constituição para os governantes que praticam crimes de responsabilidade e desafiam o poder do povo e do Legislativo. Corro o sério risco de abrir só um para brindar os dois eventos importantes para a minha vida.
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