22/11/2017
A oposição na Câmara de Gaspar (PT, PSD e PDT) ao governo de Kleber Edson Wan Dall, PMDB, e Luiz Carlos Spengler Filho, PP, tem dado mostras de incoerências e inconsistências. E isso lhe retira a força e até por vezes, o argumento, quando não a legitimidade do que questiona, quer ou defende na Casa de Leis (ou do povo, como a classificam). E aí, o que está fraco se fortalece, pois se torna vítima de armadilhas ou questiúnculas.
Veja mais um desses casos.
Kleber, Luiz Carlos e o prefeito de fato, Carlos Roberto Pereira, secretário da Fazenda e da Gestão Administrativa, com questionada secretária da Educação, Zilma Mônica Sansão Benevenutti, querem terceirizar a produção de merendas nos CDI e escolas municipais. Se isso é bom ou ruim, não tenho nenhum juízo de valor e não vou fazê-lo, enquanto sem antes, olhar esse assunto com mais profundidade.
Vejo apenas relatos de sucesso, economia e ao mesmo tempo, de sacanagens onde quem paga a pesada conta do desmando são os contribuintes dos pesados impostos e as crianças que não possuem alimentação de mínima qualidade e regularidade. Tudo fruto da falta de expressa de controle e fiscalização da sociedade ou da imposição dos coronéis que fazem negócios com e na política, ou de gente defendendo interesses bem particulares ou ideológicos. Lixo.
Mas, em Gaspar, a oposição não quer discutir isso e impor regras claras de fiscalização. Segundo ela, vejam só, a terceirização, se e quando implantada, vai prejudicar, e até há quem diga que vai acabar, com o “voluntariado” nos CDI e escolas, porque as merendeiras terceirizadas não se integrariam ao processo “como se dá hoje”. Então nada pode mudar, ser experimentado ou melhorado. Meu Deus!
E não tem gente leiga defendendo isso, não. A ex-vice-prefeita, berçarista e hoje vereadora outra vez, Mariluci Deschamps Rosa, PT, é uma delas; passa por gente como Roberto Procópio de Souza, PDT, que diz ter sido presidente de APP e Cicero Giovani Amaro, PSD, servidor público a serviço do Sindicato e com obrigação de defender servidores empregados e assim manter a máquina pública inchada e com privilégios. Estranha aliança!
Se as merendeiras contratadas pela prefeitura que se lançam ao “voluntariado”, os riscos delas pedirem uma reparação judicial por excesso de trabalho ou horas extras é tão grande no passado e hoje quando serão terceirizadas no futuro. É uma questão de justiça e até, de caráter. Não faz tempo, o Sindicato (e políticos) pleiteou a separação, delimitação de tarefas e até a reparação retroativa de funções nas creches. Então...
O voluntariado, para aquelas “festinhas” de arrecadação de fundos, é algo inerente da comunidade de interesses que envolve o CDI ou a escola. Pais, professores, beneméritos de sempre e entorno, unem-se para arrecadar, com o sacrifício partilhado de todos, uma grana para pagar um novo imposto e suprir aquilo que o gestor público não foi capaz de realizar e que é da sua obrigação nas escolas e CDIs como reparos, pequenas obras, melhorias, materiais (as vezes até essenciais), gente desassistida que devia estar sob o olhar da Assistência Social etc. O voluntariado, neste caso, depende basicamente de cinco fatores: a necessidade, a urgência, a liderança, o resultado e a humanidade.
Então ele, não depende de uma suposta da terceirização das merendeiras. É uma questão de adaptação à nova realidade.
O que a dita oposição deveria centrar diante de um fato real apresentado é na qualidade, regularidade, transparência e fiscalização permanente do processo, seja ele econômico, legal ou de segurança alimentar. Chega de mimi.
O que precisa se saber de verdade é se o novo processo que a prefeitura quer implantar, reduz verdadeiramente os custos como ela alega. Em que proporção? Qual o custo benefício? Estudos, planilhas, experiências. É legal fazer esta troca? É permitido? Como se dá em outros municípios? Origem do abastecimento, controle de fornecedores, de transporte, estoque e manipulação. Como se pode garantir isso de forma sistemática, com avaliações permanentes, mantendo-se a regularidade e principalmente, de forma transparente? Mas, isso dá trabalho, é técnico e talvez não possibilite discursos fáceis, demagogos, corporativos para os analfabetos, ignorantes e desinformados.
Como se vê, nesta discussão, o rabo prefere abanar o cachorro. Chama mais a atenção. Só isso! Ora, ameaça ao voluntariado! Já a verdadeira ameaça que é a qualidade da alimentação às crianças, ou o jogo de fornecedores viciados, jogo de cartas marcadas, nem de longe passa nessa discussão. E que é central como os custos, a transparência...Acorda, Gaspar!
Enrolado. Foi assinada a prorrogação dos prazos com a Múltiplos para a entrega da pavimentação e drenagem pluvial da Rua Madre Paulina, em Gaspar. Agora é para 30 de abril.
Já a drenagem pluvial e o asfaltamento da Amádio Beduschi, em Gaspar, foi prometida pela Pacopedra para outubro do ano que vem, reta final das eleições. Vai custar inicialmente, R$340.056,63.
Estranho. A prefeitura de Gaspar adquiriu R$21.329,40 de materiais elétricos para serem utilizados na decoração natalina. Contratado? Nera Distribuidora de Produtos Agropecuários Ltda ME.
Outra obra em Gaspar programada para ser entregue no tempo eleitoral decisivo do ano que vem é reforma da cobertura e piso da Escola Augusto Schramm. Ela vai custar, inicialmente, R$ 68.233,01 com a empreiteira VB. O prazo de entrega é outubro.
É falsa a afirmação de que o ex-prefeito Francisco Hostins, PDC, educador e por isso funcionário público municipal, religioso e ex-vereador dos partidos sucedâneos da antiga Arena, tenha sido um “pai” para o funcionalismo público de Gaspar, como se assanha a oposição na Câmara e o Sintraspug por aí.
Ou essa gente vive de meias verdades ou não conhece a história política de Gaspar e quere reconta-la, como se não houvesse gente de memória por aqui.
Primeiro esta insinuação tem um destino certo para amolecer o coração ou expor e ferir de morte o seu filho, o advogado, o ex-secretário de Saúde do PT, também vereador Francisco Hostins Júnior, PMDB, hoje, exatamente líder do governo de Kleber Edson Wan Dall, PMDB, e que está tentando promover mudanças contra privilégios dos servidores.
Segundo, Francisco Hostins, o pai, quando eleito, numa corrida improvável, quebrando o ciclo marcado de poder e furando a fila dos poderosos, pegou a prefeitura quebradíssima. Em dois anos a recuperou, com a ajuda e com uma equipe de técnicos emprestados pela antiga Ceval, hoje Bunge.
Em dois anos, Hostins, o pai, virou a página dos problemas exatamente com esse suporte administrativo técnico qualificado. E aí, orientado, aproveitou de deslizes de um membro da equipe técnica de governo (já tinha um precedente do seu vice Mário Siementcoski) para romper com a Ceval, destituir os demais técnicos e fazer um acordo de governança com o PMDB de Osvaldo Schneider, o Paca.
Só então, com a prefeitura zerada nos problemas, atendeu os servidores como prometeu quando estava em campanha e lidando com o pior. Foi mais além: atendeu o populismo dos novos aliados, que lhe passaram a rasteira nas eleições seguintes e lhe tiraram da fila que furou, com ajuda dos outros, para ser prefeito. Nem mais, nem menos. Está na hora de Francisco Hostins Júnior abrir o olho e que já foi usado uma vez pelo PT. Acorda, Gaspar!
Persistente. Não deu certo a licitação da semana passada para comprar os 17 celulares de última geração para os vereadores de Gaspar. A segunda tentativa vai acontecer no dia 30 de novembro. Quando receberem os aparelhos, provavelmente já estarão de férias.
Ilhota em chamas I. O pagamento antecipado ou em cota única do IPTU do ano que vem já tem regra: vencimento em 10 de março, com desconto de 20%; vencimento em 10 de abril, com desconto de 10% ou então, sem nada, em dez prestações, a partir de dez de março.
Ilhota em chamas II. É recorrente. Ontem aconteceu de novo na Câmara. Houve a dispensa do trâmite pelo rito regimental do projeto de lei complementar nº 36/2017, projeto de lei ordinária nº 78/2017 de autoria do executivo e projetos de lei ordinária 05/2017 e 06/2017 de autoria do legislativo, possibilitando sua deliberação em um único turno de discussão e votação na mesma sessão ordinária. Hum! Não é apenas Deus que está vendo isso.
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