Por Herculano Domício - Jornal Cruzeiro do Vale

Por Herculano Domício

22/11/2017

QUANDO O RABO ABANA O CACHORRO


A oposição na Câmara de Gaspar (PT, PSD e PDT) ao governo de Kleber Edson Wan Dall, PMDB, e Luiz Carlos Spengler Filho, PP, tem dado mostras de incoerências e inconsistências. E isso lhe retira a força e até por vezes, o argumento, quando não a legitimidade do que questiona, quer ou defende na Casa de Leis (ou do povo, como a classificam). E aí, o que está fraco se fortalece, pois se torna vítima de armadilhas ou questiúnculas.

Veja mais um desses casos.

Kleber, Luiz Carlos e o prefeito de fato, Carlos Roberto Pereira, secretário da Fazenda e da Gestão Administrativa, com questionada secretária da Educação, Zilma Mônica Sansão Benevenutti, querem terceirizar a produção de merendas nos CDI e escolas municipais. Se isso é bom ou ruim, não tenho nenhum juízo de valor e não vou fazê-lo, enquanto sem antes, olhar esse assunto com mais profundidade.

Vejo apenas relatos de sucesso, economia e ao mesmo tempo, de sacanagens onde quem paga a pesada conta do desmando são os contribuintes dos pesados impostos e as crianças que não possuem alimentação de mínima qualidade e regularidade. Tudo fruto da falta de expressa de controle e fiscalização da sociedade ou da imposição dos coronéis que fazem negócios com e na política, ou de gente defendendo interesses bem particulares ou ideológicos. Lixo.

Mas, em Gaspar, a oposição não quer discutir isso e impor regras claras de fiscalização. Segundo ela, vejam só, a terceirização, se e quando implantada, vai prejudicar, e até há quem diga que vai acabar, com o “voluntariado” nos CDI e escolas, porque as merendeiras terceirizadas não se integrariam ao processo “como se dá hoje”. Então nada pode mudar, ser experimentado ou melhorado. Meu Deus!

E não tem gente leiga defendendo isso, não. A ex-vice-prefeita, berçarista e hoje vereadora outra vez, Mariluci Deschamps Rosa, PT, é uma delas; passa por gente como Roberto Procópio de Souza, PDT, que diz ter sido presidente de APP e Cicero Giovani Amaro, PSD, servidor público a serviço do Sindicato e com obrigação de defender servidores empregados e assim manter a máquina pública inchada e com privilégios. Estranha aliança!

Se as merendeiras contratadas pela prefeitura que se lançam ao “voluntariado”, os riscos delas pedirem uma reparação judicial por excesso de trabalho ou horas extras é tão grande no passado e hoje quando serão terceirizadas no futuro. É uma questão de justiça e até, de caráter. Não faz tempo, o Sindicato (e políticos) pleiteou a separação, delimitação de tarefas e até a reparação retroativa de funções nas creches. Então...

O voluntariado, para aquelas “festinhas” de arrecadação de fundos, é algo inerente da comunidade de interesses que envolve o CDI ou a escola. Pais, professores, beneméritos de sempre e entorno, unem-se para arrecadar, com o sacrifício partilhado de todos, uma grana para pagar um novo imposto e suprir aquilo que o gestor público não foi capaz de realizar e que é da sua obrigação nas escolas e CDIs como reparos, pequenas obras, melhorias, materiais (as vezes até essenciais), gente desassistida que devia estar sob o olhar da Assistência Social etc. O voluntariado, neste caso, depende basicamente de cinco fatores: a necessidade, a urgência, a liderança, o resultado e a humanidade.

Então ele, não depende de uma suposta da terceirização das merendeiras. É uma questão de adaptação à nova realidade.

O que a dita oposição deveria centrar diante de um fato real apresentado é na qualidade, regularidade, transparência e fiscalização permanente do processo, seja ele econômico, legal ou de segurança alimentar. Chega de mimi.

O que precisa se saber de verdade é se o novo processo que a prefeitura quer implantar, reduz verdadeiramente os custos como ela alega. Em que proporção? Qual o custo benefício? Estudos, planilhas, experiências. É legal fazer esta troca? É permitido? Como se dá em outros municípios? Origem do abastecimento, controle de fornecedores, de transporte, estoque e manipulação. Como se pode garantir isso de forma sistemática, com avaliações permanentes, mantendo-se a regularidade e principalmente, de forma transparente? Mas, isso dá trabalho, é técnico e talvez não possibilite discursos fáceis, demagogos, corporativos para os analfabetos, ignorantes e desinformados.

Como se vê, nesta discussão, o rabo prefere abanar o cachorro. Chama mais a atenção. Só isso! Ora, ameaça ao voluntariado! Já a verdadeira ameaça que é a qualidade da alimentação às crianças, ou o jogo de fornecedores viciados, jogo de cartas marcadas, nem de longe passa nessa discussão. E que é central como os custos, a transparência...Acorda, Gaspar!

TRAPICHE

Enrolado. Foi assinada a prorrogação dos prazos com a Múltiplos para a entrega da pavimentação e drenagem pluvial da Rua Madre Paulina, em Gaspar. Agora é para 30 de abril.

Já a drenagem pluvial e o asfaltamento da Amádio Beduschi, em Gaspar, foi prometida pela Pacopedra para outubro do ano que vem, reta final das eleições. Vai custar inicialmente, R$340.056,63.

Estranho. A prefeitura de Gaspar adquiriu R$21.329,40 de materiais elétricos para serem utilizados na decoração natalina. Contratado? Nera Distribuidora de Produtos Agropecuários Ltda ME.

Outra obra em Gaspar programada para ser entregue no tempo eleitoral decisivo do ano que vem é reforma da cobertura e piso da Escola Augusto Schramm. Ela vai custar, inicialmente, R$ 68.233,01 com a empreiteira VB. O prazo de entrega é outubro.

É falsa a afirmação de que o ex-prefeito Francisco Hostins, PDC, educador e por isso funcionário público municipal, religioso e ex-vereador dos partidos sucedâneos da antiga Arena, tenha sido um “pai” para o funcionalismo público de Gaspar, como se assanha a oposição na Câmara e o Sintraspug por aí.

Ou essa gente vive de meias verdades ou não conhece a história política de Gaspar e quere reconta-la, como se não houvesse gente de memória por aqui.

Primeiro esta insinuação tem um destino certo para amolecer o coração ou expor e ferir de morte o seu filho, o advogado, o ex-secretário de Saúde do PT, também vereador Francisco Hostins Júnior, PMDB, hoje, exatamente líder do governo de Kleber Edson Wan Dall, PMDB, e que está tentando promover mudanças contra privilégios dos servidores.

Segundo, Francisco Hostins, o pai, quando eleito, numa corrida improvável, quebrando o ciclo marcado de poder e furando a fila dos poderosos, pegou a prefeitura quebradíssima. Em dois anos a recuperou, com a ajuda e com uma equipe de técnicos emprestados pela antiga Ceval, hoje Bunge.

Em dois anos, Hostins, o pai, virou a página dos problemas exatamente com esse suporte administrativo técnico qualificado. E aí, orientado, aproveitou de deslizes de um membro da equipe técnica de governo (já tinha um precedente do seu vice Mário Siementcoski) para romper com a Ceval, destituir os demais técnicos e fazer um acordo de governança com o PMDB de Osvaldo Schneider, o Paca.

Só então, com a prefeitura zerada nos problemas, atendeu os servidores como prometeu quando estava em campanha e lidando com o pior. Foi mais além: atendeu o populismo dos novos aliados, que lhe passaram a rasteira nas eleições seguintes e lhe tiraram da fila que furou, com ajuda dos outros, para ser prefeito. Nem mais, nem menos. Está na hora de Francisco Hostins Júnior abrir o olho e que já foi usado uma vez pelo PT. Acorda, Gaspar!

Persistente. Não deu certo a licitação da semana passada para comprar os 17 celulares de última geração para os vereadores de Gaspar. A segunda tentativa vai acontecer no dia 30 de novembro. Quando receberem os aparelhos, provavelmente já estarão de férias.

Ilhota em chamas I. O pagamento antecipado ou em cota única do IPTU do ano que vem já tem regra: vencimento em 10 de março, com desconto de 20%; vencimento em 10 de abril, com desconto de 10% ou então, sem nada, em dez prestações, a partir de dez de março.

Ilhota em chamas II. É recorrente. Ontem aconteceu de novo na Câmara. Houve a dispensa do trâmite pelo rito regimental do projeto de lei complementar nº 36/2017, projeto de lei ordinária nº 78/2017 de autoria do executivo e projetos de lei ordinária 05/2017 e 06/2017 de autoria do legislativo, possibilitando sua deliberação em um único turno de discussão e votação na mesma sessão ordinária. Hum! Não é apenas Deus que está vendo isso.

 

Edição 1828

Comentários

Despetralhado
23/11/2017 19:23
Oi, Herculano

Às 11:11hs

"A constatação mais marcante do documento é a que aponta que os gastos públicos no Brasil não têm beneficiado aqueles que mais necessitam deles e que estão nas camadas mais pobres da população."

E a ala esquerdopata insiste em dizer que o PT é o partido dos pobres.
Anônimo disse:
23/11/2017 18:37
Herculano;

Quem pode derrotar o Bolsonaro é a fraudulenta urna eletrônica, implantada pelo comunista FHC. Inclusive está sendo anunciado pelo próprio TRE que serão realizados testes para provar que as urnas são seguras(que piada de mau gosto nem consegui sorrir).
Ana Amélia que não é Lemos
23/11/2017 18:19
Sr. Herculano:

Olha só o que encontrei no Blog do Políbio:

"O PMDB acaba de expulsar do Partido a senadora Kátia Abreu. O próximo da lista é o senador Renan Calheiros".

Agora o "casal" petista de coração já pode se filiar ao PT.
Os petistas ficarão radiantes pela bela aquisição.
Miguel José Teixeira
23/11/2017 11:11
Senhores,

"O pior é constatar que os programas de governos populistas que apregoavam o fim da pobreza no país não passaram de propaganda enganosa."

"Governo gasta mais com os ricos"
Coluna do Ari Cunha, hoje, no Correio Braziliense

Num estudo intitulado Um ajuste justo ?" propostas para aumentar eficiência e equidade do gasto público no Brasil, os mais refinados economistas, com assento no Banco Mundial, especialistas com um olhar treinado e agudo sobre contas públicas, chegaram à conclusão que sempre pareceu óbvia e lógica até para o cidadão leigo na matéria: o Brasil, leia-se o governo, gasta muito e gasta mal os recursos drenados da população. Como sempre acontece nesses casos, ajustes duros terão de ser feitos para evitar que o país volte a mergulhar nas águas revoltas da inflação e vir a desperdiçar mais uma década, patinando no baixo crescimento, atado ao subdesenvolvimento cíclico.

Por meio de uma infinidade de números, tabelas e fórmulas matemáticas, os economistas do Banco Mundial demonstram que o país está no limite dos gastos públicos, sendo que, daqui para a frente, qualquer ação mal planejada nos gastos públicos implicará consequências ainda mais danosas para a sociedade, principalmente a parcela da base da pirâmide. A avaliação do BM vai direto ao ponto: "Os programas governamentais beneficiam os ricos mais do que os pobres. E, apesar do alto volume de gastos públicos, a política fiscal tem tido pouco sucesso na redução da desigualdade e da pobreza". Tal afirmação significa exatamente o que o brasileiro médio sente no dia a dia: a carga tributária embutida em absolutamente tudo que é consumido e onera muito mais as camadas mais pobres da população.

O pior é constatar que os programas de governos populistas que apregoavam o fim da pobreza no país não passaram de propaganda enganosa. Os ricos ficaram ainda mais ricos, sendo que muitos desses campeões nacionais estão hoje atrás das grades. Curiosamente, o estudo, que foi encomendado pelo próprio governo, traz como recomendação necessária e urgente a reforma da Previdência, apontada no estudo como o principal motor do desequilíbrio fiscal do país.

Na avaliação dos especialistas, em pouco mais de uma década, mantido o modelo previdenciário atual, todos os recursos do Estado serão absorvidos apenas para custear aposentadorias. Para eles, o sistema previdenciário brasileiro é desequilibrado e muito injusto, já que 35% dos subsídios beneficiam justamente os mais de 20% ricos, deixando aos 40% mais pobres apenas uma fatia de pouco menos de 18% desses recursos.

O que o estudo deixa transparecer nas entrelinhas é o que toda a população pode perceber: as manobras na prática e no bolso. Os seguidos governos, após o período militar, com exceção apenas de Fernando Henrique Cardoso em seu primeiro mandato, não foram capazes de manter uma política de gastos coerentes e dentro das necessidades da população. A constatação mais marcante do documento é a que aponta que os gastos públicos no Brasil não têm beneficiado aqueles que mais necessitam deles e que estão nas camadas mais pobres da população. Ou seja, embora paguem proporcionalmente mais impostos que os mais ricos, os brasileiros de baixa renda ainda têm que suportar o fato de que os gastos públicos não são direcionados a atender aqueles que mais necessitam. Obviamente, a conta de fechar será espetada justamente sobre as costas dos menos favorecidos, como tem sido feito ha séculos.
Herculano
23/11/2017 11:05
MUITO TROVÃO, POUCA CHUVA, por Carlos Brickmann

Esta semana política tem tudo para ser quente: recomeça a CPMI da JBS, e para que se tenha uma ideia do ânimo parlamentar, o primeiro a ser chamado seria Eduardo Pellela, que foi chefe de Gabinete de Rodrigo Janot, o procurador-geral da República que fez aquele acordo com Joesley Batista. A CPI do BNDES também recomeça, e conforme anunciou, quer passar o pente fino no banco, incluindo financiamentos no Exterior (R$ 50 bilhões, na maior parte para obras da Odebrecht) e contratos com Estados. Isso pode chegar a Lula, cujo papel na concessão de créditos é investigado pelo Ministério Público. Aldemir Bendine, que foi presidente do Banco do Brasil e da Petrobras no Governo Dilma, acusado de receber R$ 3 milhões de propinas da Odebrecht, deve depor hoje ao juiz Sérgio Moro. Ele tentou adiar o depoimento ou evitar que fosse gravado. Nos dois casos, perdeu.

Amanhã, quinta, o Supremo retoma a discussão da validade do foro privilegiado. O privilégio vale para sempre, para qualquer caso, ou apenas para fatos ocorridos durante o mandato e ligados ao exercício político? Quatro dos 11 votos já são conhecidos e restringem o foro privilegiado.

O barulho está assegurado. As consequências, nem tanto. O ministro Dias Toffoli, do Supremo, impediu a convocação de Pellela. O BNDES até hoje se livrou de problemas (e, se atingido, ficará em silêncio?) E o debate do STF sobre foro privilegiado pode parar se algum ministro pedir vistas.

CALMA NO BRASIL

O problema é que os escândalos se alastraram tanto que ninguém tem certeza de que, ao atingir um adversário, não irá também atingir aliados. Joesley Batista não imaginava que, ao montar uma armadilha para Michel Temer, estaria se jogando na cadeia, junto com seu irmão, e derrubando as ações de suas empresas. Nem o procurador Miller esperava fazer parte do rol dos atingidos. Eduardo Cunha não esperava cair com Dilma, nem Dilma com Cunha. Hoje, todos querem ir devagar, até saber quem cai com quem.

Exemplo da velocidade com que o bonde anda: o julgamento do foro privilegiado foi iniciado pelo STF em 1º de junho, há quase seis meses. E não se sabe se termina amanhã ?" afinal, será julgado também o pedido de libertação do ex-ministro Palocci, e é preciso evitar trabalho excessivo.

CUIDADO COM SEUS DESEJOS

O ministro Antônio Imbassahy, do PSDB baiano, tem boa reputação ?" tanto assim que não foi bem aceito pelos aliados de Temer como ministro do Governo. Deixa o cargo; seu substituto, ao que tudo indica, será Carlos Marun, do PMDB (MS). Os antigos gregos diziam que, quando os deuses queriam destruir alguém, atendiam a seus desejos.

Pois é: o caro leitor não desejava que houvesse substituição de ministros neste Governo?

LUGAR DE TUCANO

Além de Imbassahy, os tucanos ministros são Luislinda Valois, aquela que se compara aos escravos por ganhar apenas R$ 33 mil mensais, mais penduricalhos, e Aloysio Nunes Ferreira, das Relações Exteriores. Desde seu pedido de aumento, Luislinda não abre a boca (ainda mais para pedir demissão); e Aloysio, amigo de Temer, já disse que não pensa em sair. Hoje há tucanos contra Temer, como Tasso Jereissati; a favor de Temer, como Aécio e Aloysio; tico-tico-no-fubá, como Alckmin, que não quer o PSDB na situação nem na oposição, nem muito pelo contrário. Em resumo, os tucanos se mantêm firmes e unidos, como de hábito em cima do muro.

TROVÃO DE VERDADE

Numa semana tão rica de eventos (mas frios), o que desperta as atenções é o lançamento de um ótimo livro: Laços de Sangue, do procurador Márcio Sérgio Christino e do jornalista Cláudio Tognolli. O livro informa que o chefão do crime organizado violento, Marcola, entregou à Polícia informações sobre os dois chefes da época, ambos fundadores do PCC: Geleião e Cesinha. Com isso, a Justiça impôs mais restrições aos dois, que foram isolados e perderam o poder. O PCC diz que a acusação é falsa.

CARCARÁ PAULISTA

Aquele pássaro malvado, "que avoa que nem avião", sobrevoa a Assembleia paulista e ameaça provocar uma demissão em massa a menos de um mês do Natal. O pássaro predador não é convocado por causa de nenhuma irregularidade ?" não é surpreendente? A TV Assembleia é gerida há quatro anos, após concorrência pública, pela Fundação Fundac, a mesma que gere a TV Justiça no STF. Seu contrato deve acabar no fim de 2018.

Mas o atual presidente da Assembleia, deputado Cauê Macris (PSDB), quer rescindir o contrato ?" o que provocará a demissão de 80 funcionários, a substituir por outros, da empresa que assumirá o contrato. Economia? Não deve ser: Cauê Macris se propõe a contratar por R$ 35 milhões uma agência de propaganda, para divulgar a Assembleia. Se o contrato for rescindido, a empresa prejudicada entra com processo. É tudo muito caro.
Herculano
23/11/2017 08:43
da série: o Brasil à deriva e os brasileiros à procura de um salvador da pátria. Se não mudar o Congresso, nada mudará

HUCK DISPARA

Conteúdo de O Antagonista. Luciano Huck disparou no Barômetro do Ipsos.

Diz o Estadão:

"A aprovação ao nome de Huck apresentou um salto de 17 pontos porcentuais desde setembro, passando de 43% para 60%. Já a desaprovação caiu de 40% para 32% no mesmo período.

Com isso, Huck passou a ser a personalidade com a melhor avaliação entre as apresentadas pelo Ipsos aos entrevistados."

Os leitores de O Antagonista já sabiam disso.
Herculano
23/11/2017 08:02
AMANHÃ É DIA DE COLUNA OLHANDO A MARÉ INÉDITA FEITA ESPECIALMENTE PARA A EDIÇÃO IMPRESSA DO JORNAL CRUZEIRO DO VALE

Ela está pronta desde domingo!
Herculano
23/11/2017 08:00
PT, PDT e PSOL PEDEM CASSAÇÃO DA TV GLOBO POR ESCÂNDALO DA FIFA, por Mônica Bérgamo, no jornal Folha de São Paulo.

O PT está apresentando uma representação ao Cade (Conselho Administrativo de Defesa Econômica) em que acusa o Grupo Globo de ter ferido a lei de Defesa da Concorrência no caso Fifa. Assinam o documento também o PDT e o PSOL.

As legendas acionaram ainda a PGR (Procuradoria-Geral da República) para a investigação de eventuais crimes e pediram ao Ministério da Ciência e Tecnologia que casse a concessão da TV, por supostamente infringir a Lei Geral de Telecomunicações.

A empresa foi acusada de pagar propina de US$ 15 milhões, junto com a mexicana Televisa, pelos direitos de transmissão das Copas do Mundo de 2026 e 2030. O valor garantiria os direitos de TV, rádio e internet para os eventos esportivos e teria sido depositado no banco Julius Bär, na Suíça.

As acusações foram feitas por um delator, o argentino Alejandro Burzaco, uma das principais testemunhas no julgamento do ex-presidente da CBF (Confederação Brasileira de Futebol) José Maria Marin, que está ocorrendo em Nova York no escândalo de corrupção da Fifa.

A TV Globo afirma que não pode "comentar sobre o que não fomos notificados ou oficialmente informados. Mas aproveitamos para reafirmar o que já dissemos, que o Grupo Globo não pratica nem tolera qualquer tipo de propina e está sempre à disposição das autoridades".

Em nota divulgada quando o escândalo veio a público, o grupo afirmou que, após "mais de dois anos de investigação" feita nos EUA, a empresa "não é parte nos processos que correm na Justiça americana".

O grupo disse ainda que conduziu "amplas investigações internas" desde que o escândalo da Fifa foi revelado, em 2015. Nelas, ainda segundo o comunicado, foi apurado que o Grupo Globo "jamais realizou pagamentos que não os previstos no contrato".
Herculano
23/11/2017 07:58
PREVIDÊNCIA: COMO? VOCÊ QUER SCHOPENHAUER EM VEZ DE MARUN? QUANTO VOTO TEM SCHOPENHAUER? por Reinaldo Azevedo, na Rede TV

O deputado Carlos Marun (PMDB-MS) deverá ser nomeado ministro das Relações Institucionais. Aí se lê sobre ele: "Foi fiel a Eduardo Cunha..." É mesmo? Quase todo o partido na Câmara foi. Rodrigo Maia, presidente da Casa, que é do DEM, foi um desses muito fieis. E, como se sabe, Marun teve atuação importante no combate ao golpe que se tentou desfechar contra o presidente. Dado o contexto, o ministério é um merecimento. Convenham: num determinado momento, defender o presidente implicava opor-se à quase unanimidade da imprensa, tendo o Grupo Globo na vanguarda da turma que gritava "Fora, Temer".

O próprio Rodrigo Maia, que parece ter-se aquietado um pouco, deixou-se piscar pela moca azul. Eu sei que doi aos ouvidos dos sensíveis, não? Mas o fato é que o país estaria hoje numa enrascada dos diabos se num determinado momento, não houvesse um Marun para aguentar os embates no Congresso.

E notem que há algo de emblemático no fato de que Marun deve ir para o Ministério das Relações Institucionais, ocupado pelo tucano Antônio Imbassahy (BA), que fez um bom trabalho e foi fiel ao presidente. Mas parcela significativa do PSDB tentou nada menos do que a deposição de Temer. Em vez de a legenda buscar parte dos louros pela recuperação da economia, que está em curso; em de exaltar o fato de que o saneamento da Petrobras é obra de Pedro Parente, um dos seus, tivemos o quê? A pressão em favor da debandada.

Política se faz no mundo real.

Desde sempre se soube que a reforma da Previdência era uma tarefa difícil. Mas é fato que teria sido aprovada se não fossem as tentativas de golpear o presidente, desfechadas pelo eixo Janot-Joesley-Fachin.

Temer tenta agora salvar o possível, mas que já implicará um ganho extraordinário: quer aprovar o limite de idade para aposentadorias, as regras de transição e, questão central, unificar os modeles privado e público de Previdência.

Se conseguir, terá ido mais longe, também nesse particular, do que qualquer outro presidente antes dele, como já fez no caso da reforma trabalhista. Mas com uma diferença fundamental: terá realizado esses verdadeiros prodígios em menos de dois anos, enfrentando duas tentativas de golpe.

Como? Você não gosta de Marun, prefere Schopenhauer, mas quer a reforma da Previdência?

Pois não!

Quantos votos Schopenhauer consegue para a causa?
Herculano
23/11/2017 07:53
SEM MEDO DO ELEITOR, DEPUTADOS EMPURRAM PAÍS À FALÊNCIA, por Mathias Spektor, especialista em relações internacionais, para o jornal Folha de S. Paulo

Nesta quarta ficou patente a dinâmica perversa do sistema político brasileiro. Às vésperas das eleições de 2018, os deputados rejeitaram a decisão que melhor serve os eleitores e optaram por aquela que mais castiga a vasta maioria dos cidadãos: juntos, os congressistas operaram para desidratar a reforma da Previdência.

Uma reforma profunda, porém, deveria ser prioridade para os congressistas interessados na própria reeleição. Não é só que as regras atuais de aposentadoria beneficiam os ricos em detrimento dos pobres, repassando a conta à maioria humilde dos contribuintes. As contas desequilibradas da Previdência ainda empurram o país na direção do aumento brusco da inflação ?"um desfecho desastroso para brasileiros de todas as classes.

Como é que os deputados eleitos numa democracia consolidada como a nossa podem adotar uma posição que, na essência, empurra o país à falência?

A explicação é simples. Em nosso sistema político, o congressista não paga custo político quando suas decisões geram má governança. Se as contas públicas explodirem numa espiral inflacionária, o eleitor colocará a culpa no Executivo. Ciente disso, o Legislativo condiciona seu apoio ao Executivo à concessão de boquinhas de toda a natureza. Um deputado brasileiro tem mais medo de grupos de interesse como o funcionalismo do que de seus próprios eleitores.

Essa dinâmica tão própria de nosso presidencialismo cobra uma fatura alta. Em estudo recente, o Banco Mundial mostrou que, sem uma mudança de curso radical, daqui a 13 anos, aposentadorias e pensões sozinhas ocuparão 100% do limite de gastos do governo. Muito antes dessa data fatídica, as contas públicas federais terão entrado em colapso, fazendo a situação atual do Estado do Rio de Janeiro parecer mero capítulo de um drama menor.

O próprio governo doura a pílula. Quando a liderança do Planalto na Câmara dos Deputados declara que a não aprovação da reforma transformará o Brasil na Grécia, introduz uma analogia equivocada. Quem nos dera ser como a Grécia, que repassou sua conta à Alemanha.

Em nosso caso, não há credor de última instância. Com Trump na Casa Branca, será difícil pedir dinheiro ao Tesouro americano, como fez FHC em 1998. Também será duro costurar um acordo-ponte com o FMI, tal qual Lula fez em 2002. E nada sugere que haverá uma nova alta de commodities à espreita.

Num sistema político funcional, os deputados teriam pânico de sancionar a falência do Brasil. Eles optariam por aprovar medidas impopulares agora para não ter de enfrentar o eleitor raivoso na hora da explosão.

Aqui não é assim. Nosso sistema político é um espanto
Herculano
23/11/2017 07:48
BRASIL TEM 55.000 AUTORIDADES COM FORO PRIVILEGIADO, por Cláudio Humberto, na coluna que publicou hoje nos jornais brasileiros

Estudo do Núcleo de Estudos e Pesquisas da Consultoria Legislativa do Senado aponta 55.000 autoridades no Brasil protegidas por foro privilegiado. Ou seja, pessoas que só podem responder a processos em instâncias superiores da Justiça. No âmbito federal, são 38.431 autoridades com algum foro: senadores, deputados, magistrados e procuradores. Nos Estados, outros 16 mil também têm o privilégio.

79,2% SÃO DO MP E JUSTIÇA
O estudo do Senado destaca: integrantes do Judiciário e do Ministério Público representam 79,2% dos foros previstos na Constituição.

POLÍTICOS SÃO A MINORIA
São 1.653 os políticos citados como grandes beneficiados por foro privilegiado. É o total de senadores, deputados federais e estaduais.

FORO NOS ESTADOS
No âmbito estadual, são 16.559 autoridades com foro privilegiado determinado por legislação local, para além da Constituição Federal.

DOIS TERÇOS
Apenas a Bahia, Rio de Janeiro e Piauí respondem por cerca de dois terços (10.847) de todas autoridades com foro privilegiado estadual.

IMBASSAHY DIFICULTARÁ APROVAÇÃO DA REFORMA
A permanência de Antonio Imbassahy na Secretaria de Governo provocaria "muita dificuldade nas votações", adverte o líder do PP na Câmara, deputado Arthur Lira, especialmente para a reforma da Previdência. O baiano protagonizou uma cena patética, insistindo junto ao presidente para ficar no cargo, alegando a humilhação de ter sido demitido "pela imprensa". Sua demissão, aclamada pelos líderes de governistas, acabou adiada por um constrangido Michel Temer.

OLHA ELE AÍ DE NOVO
Agarrado ao cargo, Imbassahy repete a atitude mais criticada pelos líderes: priorizar seu projeto eleitoral, em detrimento do governo Temer.

LÍDER COMO TESTEMUNHA
Como foi uma indicação do PMDB, o líder do partido na Câmara, Baleia Rossi (SP), testemunhou o convite de Temer a Carlos Marun.

SEGREDO DE POLICHINELO
Vazaram o convite a Carlos Marun para queimá-lo e permitir que Imbassahy alegasse a Temer ter sido demitido "pela imprensa".

TCU NÃO É CRIMINAL
E o arquivamento da investigação de tráfico de influência dos Cedraz, pai e filho, pelo Tribunal de Cintas da União, hein? Não é nada, não é nada, não é nada mesmo: importa é a sentença da Justiça criminal.

NADA MUDOU
Mesmo com o pai e o irmão presos, o ministro Leonardo Picciani (Esporte) não altera sua rotina. Somente na tarde desta quarta (22) ele recebeu seis deputados, inclusive o líder do PMDB, Baleia Rossi (SP).

EM BUSCA DE RELATOR
Grupo de apoio à reforma política comemorou a aprovação no Senado do sistema distrital misto de votos para a eleição de 2020. A batalha agora será para encontrar um relator para o projeto na Câmara.

ZONA FRANCA DÁ LUCRO
Apenas oito estados devolvem à União, em impostos, mais que o repasse que recebem: os três do Sul, quatro do Sudeste e Amazonas, único do Norte. "E tem 'intelectual' por aí criticando a Zona Franca", ironiza Wilson Périco, presidente do Centro da Indústria do Amazonas.

TRISTE MEMóRIA
A demissão do embaixador Sérgio Couri, acusado de falcatruas, fez o Itamaraty lembrar outros casos com desfecho trágico, como o então embaixador no Iraque, Mauro Couto, que se mataria em seguida.

CONTA DEVE CAIR
A pelegada da Eletrobras se despede do imposto sindical com propaganda no rádio e na TV fazendo terror contra a privatização. Alega-se que a conta de luz vai aumentar. É mentira: o Brasil deve assistir ao repeteco da telefonia: serviços melhores, contas menores.

REALEZA NÃO INOCENTA
Arrolar o príncipe de Mônaco, o rei da Holanda e 20 autoridades estrangeiras é a estratégia de Carlos Nuzman, ex-presidente do Comitê Olímpico, para que as testemunhas de defesa não apareçam?

VOOS NOTURNOS LOTADOS
Com várias medidas provisórias à frente daquela que altera a reforma trabalhista, o presidente da Câmara, Rodrigo Maia, marcou sessão deliberativa para esta quinta, com verificação de painel às 15h.

PENSANDO BEM...
...com tantos políticos vigaristas atrás das grades, mais que nunca o Rio continua lindo.
Herculano
23/11/2017 07:46
EX-SECRETÁRIO DE CABRAL E EMPRESÁRIOS SÃO ALVO DE OPERAÇÃO DA PF NO RIO

Conteúdo do jornal Folha de S. Paulo.A Polícia Federal deflagrou na manhã desta quinta-feira (23) a Operação C'est fini para prender o ex-secretário da Casa Civil do Rio Régis Fichtner e os empresários Georges Sadala e Maciste Granha de Mello Filho. O empresário Fernando Cavendish está sendo conduzido coercitivamente e Alexandre Accioly intimado a depor.

As investigações apontam fraudes no pagamento de precatórios no Rio. Fichtner era o coordenador do chamado Refis estadual, que vigorou entre 2010 e 2012, no qual o Estado concedia isenção na multa e desconto nos juros sobre impostos em atraso.

O pagamento poderia ser feito com depósito em dinheiro ou através de precatórios ?"título emitido pela Justiça quando o Estado é condenado a pagar certa quantia. A lógica do encontro de contas é simples: o governo abre mão da dívida e, ao mesmo tempo, quita o precatório.

Em 2014, a Folha revelou que o comércio de precatórios do Rio se intensificou em razão do programa e movimentou mais de R$ 1,7 bilhão. Até indenizações a parentes de pessoas mortas pela polícia do Rio foram usadas para pagar, com desconto, dívidas de empresas com o Estado.

SUSPEITOS

Fichtner era o único secretário do "núcleo" da gestão Cabral que ainda não havia sido preso.

Ele já havia sido citado em depoimento do "carregador de malas" do peemedebista Luiz Carlos Bezerra. Ele afirmou ter levado dinheiro vivo para o advogado Régis Fichtner, chefe da Casa Civil, durante toda a gestão do peemedebista. De acordo com o relato, ele fez quatro entregas de R$ 100 mil ao ex-secretário no Palácio Guanabara e em seu escritório de advocacia.

Sadala, por sua vez, é mais um integrante do que ficou conhecida como a "gangue dos guardanapos" a ser alvo da Operação Lava Jato. A expressão é uma referência a uma foto feita numa festa em Paris em homenagem a Cabral, após ele receber a medalha da Legião d'Honneur do Senado francês.

O empresário , também conhecido como "Gê", é investidor do mercado financeiro e era sócio de um consórcio com contratos com o Estado.

Ele foi sócio do consórcio Agiliza Rio, responsável pelo programa "Poupa Tempo", que reúne órgãos oficiais para facilitar a obtenção de documentos. A empresa recebeu R$ 132,5 milhões entre 2009 e 2015.

Além disso, é também representante do banco BMG no Rio, que negociava crédito consignado para servidores estaduais.

Maciste, vizinho de Cabral, também foi citado por Bezerra em depoimento. Ele disse que ia ao apartamento do empresário, sócio da Macadame, construtora que somou R$ 103 milhões em contratos na administração do peemedebista. Segundo Bezerra, os valores recolhidos com o empresário variavam de R$ 100 mil a R$ 200 mil.

Cavendish, conduzido coercitivamente, é réu em ação penal decorrente da Operação Saqueador. Em interrogatório este ano, ele reconheceu ter pago propina a Cabral.

O nome da Operação C'est fini é uma referência à festa promovida em Paris em que Sadala e Cavendish dançaram com guardanapos na cabeça junto com os ex-secretários estaduais Sérgio Côrtes e Wilson Carlos, ambos presos pela Lava Jato.

Embora signifique "acabou", outro personagem que usou guardanapo ainda não foi alvo das investigações. É o ex-secretário municipal de Urbanismo Sérgio Dias
Herculano
23/11/2017 07:40
PRESO, GAROTINHO FOI VÍTIMA DA "FAXINA" QUE ANUNCIOU, por Marco Aurélio Canônico, no jornal Folha de S. Paulo

Numa ação que certamente estabeleceu um recorde nacional, o Rio acordou nesta quarta (22) com três ex-governadores presos: Anthony e Rosinha Garotinho juntaram-se ao já veterano Sérgio Cabral, que completou recentemente um ano em cana. O trio esteve à frente do Estado por 15 anos entre 1999 e 2014.

Como se esse quadro fosse pouco, também estão presos os três últimos presidentes da Assembleia Legislativa fluminense: Jorge Picciani, Paulo Mello e o indefectível Cabral, que dominam a Alerj desde 1995. Disso tudo, depreende-se que a política do Rio ainda não chegou ao século 21.

Tem mais: desde março o TCE-RJ funciona com três conselheiros substitutos, em razão da prisão de quatro conselheiros, além do então presidente do tribunal.

"Constata-se que o Poder Executivo, o Legislativo e o Tribunal de Contas, que deveriam ser autônomos, com dever de fiscalização recíproca, na realidade estão estruturados em flagrante organização criminosa com o fim de garantir contínuo desvio de recursos públicos e lavagem de capitais", disse o delegado da Polícia Federal Alexandre Ramagem Rodrigues.

E ninguém acredita que os escândalos vão parar por aí. Ou os eleitores de Luiz Fernando Pezão, cria e sucessor de Cabral, acham que o atual governador misturou-se aos porcos, mas não se enlameou? E o ex-prefeito Eduardo Paes, outrora presidenciável, depois favorito ao governo do Rio, atualmente forte candidato a citações em delações premiadas?

Como disse o ex-governador Garotinho dois dias antes de ser preso pela segunda vez, "é preciso que a população acorde, porque ainda não terminou a faxina. Faltam outros setores que foram altamente envolvidos com essa safadeza toda". Quem há de duvidar da palavra do especialista?
Herculano
23/11/2017 07:29
TEMER JOGA R$ 15 BI NO RALO E APREGOA O COLAPSO, por Josias de Souza

Relator da Previdência, Arthur Maia expõe a versão light da reforma durante jantar no Alvorada

Os deputados que aceitaram o convite de Michel Temer para jantar no Alvorada na noite passada foram submetidos a uma atmosfera indigesta. Ecoado pelo ministro Henrique Meirelles (Fazenda) e por economistas como Marcos Lisboa, o anfitrião trovejou sobre os comensais previsões apocalípticas. Temer declarou no discurso de abertura que a economia sofrerá um "colapso" se a reforma da Previdência não for aprovada. Horas antes, o orador autorizara sua infantaria legislativa a aprofundar o rombo previdenciário em pelo menos mais R$ 15 bilhões.

Enquanto os deputados digeriam a versão lipoaspirada da proposta previdenciária, exposta no Alvorada pelo relator Arthur Maia, o Congresso, reunido em sessão conjunta da Câmara e do Senado, derrotava o presidente. Derrota consentida por Temer. A pretexto de obter o apoio de prefeitos à reforma, o presidente concordara com a derrubada de um veto de sua autoria. Com isso, foi ressuscitada uma mágica chamada "encontro de contas". Prevê que prefeituras penduradas na Previdência poderão abater de suas dívidas os créditos que afirmam ter no governo.

O veto de Temer havia sido encomendado pela equipe econômica. A perda de R$ 15 bilhões é uma estimativa otimista. Numa conta mais salgada, feita pela Confederação Nacional dos Municípios, estima-se que a renegociação reduza as dívidas das prefeituras em até 50%. O espeto cairia de R$ 75 bilhões para algo como R$ 45 bilhões. Nessa matemática, a União deixaria de receber R$ 30 bilhões.

Com as prefeituras quebradas, esses recebimentos eram incertos, diz um apologista de Temer. O importante é aprovar a reforma, acrescenta. O diabo é que nada insinua, por ora, que a Previdência será reformada no atual governo. O Planalto precisa de pelo menos 308 votos na Câmara. Auxiliares de Temer sustentam que ele já dispõe de algo como 250 votos. Juram que compareceram ao jantar do Alvorada quase 200 votos. Quem esteve no recinto contou algo como uma centena de deputados.

Antes do repasto, o governista Fábio Ramalho (PMDB-MG), vice-presidente da Câmara, revelou o que enxerga em sua bola de cristal: "Ninguém vai votar a reforma da Previdência. Se tiver 100 votos é muito." Para desassossego de Temer os prefeitos não votam no Congresso. Os governadores, com quem o presidente almoçou, também já não têm tanta ascendência sobre suas bancadas. pouco já não controlam suas bancadas. Mal comparando, Temer vai ganhando a aparência do sujeito que vende o carro para comprar gasolina.
Herculano
23/11/2017 07:27
E TEM MAIS GENTE SENDO PRESA HOJE PELA POLÍCIA FEDERAL NO RIO DE JANEIRO, UM ESTADO BANDIDO, ONDE HÁ DOIS GOVERNOS PARALELOS: OS DOS BANDIDOS DE VERDADE E DOS ELEITOS E PAGOS PELO POVO ROUBADO DUAS VEZES NOS PESADOS IMPOSTOS E NA FALTA DOS SERVIÇOS QUE ESSES IMPOSTOS DEVERIAM DISPONIBILIZAR, PRINCIPALMENTE PARA OS MAIS CARENTES
Herculano
23/11/2017 07:22
da série: todos iguais; parece Ilhota, onde político celebra a cadeia do outro mesmo que esteja a caminho dela e por erros piores.

A TRAGÉDIA DO RIO, por Bernardo Mello Franco, no jornal Folha de S. Paulo

Na noite de terça, Anthony Garotinho festejou a prisão de três deputados do PMDB do Rio. "Ainda não terminou a faxina. Faltam outros setores que foram altamente envolvidos com essa safadeza toda", disse. Na manhã seguinte, chegaria a sua vez. Ele e a mulher, Rosinha, foram recolhidos por um camburão da Polícia Federal.

Com o casal, o Rio passa a ter três ex-governadores na cadeia. Também estão em cana os últimos três presidentes da Assembleia Legislativa. Recordista em tudo, Sérgio Cabral encabeça as duas trincas. Sua coleção de joias se tornou um símbolo da roubalheira que depenou o Estado.

O centro de poder da antiga capital se deslocou do Palácio Guanabara, em Laranjeiras, para a Cadeia Pública José Frederico Marques, em Benfica. Lá voltaram a se encontrar aliados que viraram desafetos, como Garotinho e o deputado Jorge Picciani.

O poderoso chefão do PMDB do Rio é um caso à parte. De dentro da cela, ele comandou uma rebelião da Assembleia contra a Justiça. Os deputados revogaram sua prisão e mandaram um carro oficial para buscá-lo, sem alvará de soltura.

O juiz Paulo Espírito Santo comparou a operação a um resgate de filme de faroeste. A procuradora-geral da República, Raquel Dodge, disse que o Rio virou uma "terra sem lei". Há dois dias, o Tribunal Regional Federal determinou que Picciani voltasse à cadeia. Incorrigível, ele se entregou à polícia a bordo de um Porsche.

Muitos cariocas têm comemorado as prisões como o início da salvação do Estado. Pode ser, mas elas também simbolizam uma tragédia. Há pouco mais de um ano, o Rio se gabava de sediar uma Olimpíada. Hoje a população sofre com a violência fora de controle e o fechamento de restaurantes populares e bibliotecas.

O atual governador, Luiz Fernando Pezão, é aliado e herdeiro político de Cabral. Ele já foi cassado por irregularidades na campanha, mas se equilibra há seis meses num recurso ao Tribunal Superior Eleitoral.
João Barroso
23/11/2017 00:00
Herculano

Hoje no Face o bicho tá pegando, senão vejamos, uma quadrilha (PT) falando mal de outra quadrilha (PMDB).
Ano que vem estas duas grandes quadrilhas de assalto ao dinheiro público serão extirpados pelo voto do eleitor. É melhor JAIR se acostumando, vai acabar a moleza. Aviso, em Curitiba a água é gelada, não tem chuveiro quente.
Flor Lilás
22/11/2017 19:30
Sr. Herculano

Agora a pouco, na propaganda nacional do PMDB, Marta Suplicy falou que o Temer pegou a economia
destruída (como se ela não fizesse parte da destruição, foi até ministra daquela exaltadora de mandioca). Me lembrei da vereadora Mariluci.
Como eLLas são falsinhas!!!
Anônimo disse:
22/11/2017 16:14
Herculano;

PF PRENDE ANTHONY E ROSINHA GAROTINHO, às 11:28hs

Nada é por acaso, o Rio não está nessa situação à toa, o estrago foi grande, o Brasil estava indo pela mesma linha. Graças ao Estado de São Paulo o Brasil não afundou de vez, o Estado que gera, 490 Bilhões anuais, mais impostos para a Federação estava sendo bem administrado e agora o Governo federal consegue colocar uma muleta, ajuda, para Estados que foram mal administrados.Imagina se São Paulo tivesse caido nas mãos de um desgoverno do PT? É por isso que acredito que Deus é brasileiro.
Fora PeTralhada do atraso.
Bonecão de Olinda
22/11/2017 16:07
Olá, Herculano

O Bonecão de Olinda fala?
Se é para falar bobagem é melhor ficar quieta!

Alguém já disse, o que petista fala não se escreve.
Digite 13, delete
22/11/2017 16:03
Oi, Herculano

às 12:26hs:

Ele é acusado de ter negociado com o PT a propina da campanha de 2014, roubada do BNDES para favorecer Dilma Rousseff.
Se o Senador Antônio Carlos Rodrigues foi preso, porque não prender a Dilma que foi a favorecida?
Herculano
22/11/2017 15:52
CAVALO DE TRóIA: BARROSO PINTA A CARA DE VERDE E AMARELO PARA FAZER AVANÇAR A AGENDA VERMELHA, por Reinaldo Azevedo


Roberto Barroso gosta de legislar.

Roberto Barroso não se conforma apenas com os poderes imensos que aquela toga já lhe confere.

Roberto Barroso gosta de usar a sua posição de "Um dos Onze" da República para pôr em prática suas ideias exóticas sobre direito.

Roberto Barroso ousar usar as prerrogativas da cadeira em que está para usurpar atribuições do Poder que lhe concedeu aquele status.

Roberto Barroso instrumentaliza a toga, sem medo de ser feliz, para impor ao país uma agenda ideológica.

E Roberto Barroso ?" e isto não é nem por seu mérito ou por sua esperteza ?" pertence àquela elite de esquerdistas cariocas com vista para o mar que tem uma agenda de esquerdização dos costumes e das políticas do Estado, mas que conta, ora vejam!, com o apoio da direita e da extrema-direita.

Sim, isso fala da inteligência e da capacidade de análise da direita e da extrema-direita.

O pensamento de Barroso ?" vale dizer: o conjunto de valores e práticas de que é usuário, formulador e caudatário ?" está, por exemplo, plenamente traduzido na Lava Jato. Conduziu a política brasileira ao buraco em que está. Fez de Lula o candidato favorito. Fragmentou o campo centrista. Criminalizou a política. Deixou o país à beira de se ajoelhar no altar de um salvador da pátria.

Explico tudo.

Peguem todos os temas sobre nos quais o STF decidiu agir como legislador. Em todos os casos, sem exceção, ou ele é o porta-voz da causa, como advogado, ou seu principal patrocinador ou entusiasta: união civil gay (advogado), aborto (porta-voz), medidas cautelares para parlamentares (porta-voz), cotas raciais (entusiasta), fim do financiamento público de campanha (advogado, porta-voz e entusiasta). E não pensem que a agenda dele acabou, não.

Um de seus objetivos é usar a Constituição como instrumento para legalizar as drogas. Notem: todos esses temas sobre os quais o Supremo deliberou não passariam com facilidade pelo Congresso ?" ou não seriam aprovados de jeito nenhum. Então o que fazer? Ora, por que não dizer que a Constituição consagra, nos seus valores abstratos, aquilo que se quer pôr goela abaixo da sociedade, queira ela ou não?

É o caso do aborto. Numa ação absurda, escandalosa, inacreditável mesmo, o doutor usou a concessão de um simples habeas corpus para excluir o crime de aborto volitivo praticado até o terceiro mês de gestação.

A lei brasileira trata das hipóteses de exclusão de crime na pratica de aborto no Artigo 128 do Código Penal. Não é crime em caso de estupro e risco de morte da mãe. Mudar esse texto é tarefa do Congresso. Não quando Barroso está na área. Ele tem um país na cabeça, uma Constituição na cabeça, um povo na cabeça. E usa os instrumentos que lhe fornecem o país, a Constituição e o povo para, se preciso, atuar contra a sua vontade.

Doutor Barroso é um cavalo de Troia da esquerda que foi recolhido pelos trouxas e xucros do conservadorismo.

Em recente bate-boca com o ministro Gilmar Mendes, depois de o advogado do terrorista Cesare Battisti ter se abespinhado com críticas feitas ao Estado miserável em que se encontram as finanças do Rio ?" reação bairrista e despropositada ?", a direita que ronca e fuça nas redes sociais o tratou como herói.

Afinal, ele atacava Mendes, não é? E o fazia do modo intelectualmente mais desonesto: demonizando o habeas corpus. Os idiotas aplaudiram com entusiasmo o ministro vermelho que se fingia de verde e amarelo para poder, de novo, fazer avançar a sua agenda.

Afinal, ele é um cavalo de Troia.

E, agora, chegou a vez de legislar sobre o foro especial por prerrogativa de função
Herculano
22/11/2017 12:36
CABE AO ELEITORADO FAZER EM 2018 A REVOLUÇÃO PELO VOTO, por Augusto Nunes, de Veja

O pior Congresso da história do Brasil substituiu o presidencialismo de cooptação, implantado no governo Lula e mantido no governo Dilma, pelo parlamentarismo cafajeste. Hoje, o Poder Legislativo manda mais que o Executivo e o Judiciário. E as assembleias estaduais vão se tornando mais fortes que governadores ou mesmo ministros do Supremo Tribunal Federal.

As cenas de safadeza explícita produzidas pela Assembleia do Rio de Janeiro, que chegaram ao clímax com a revogação da prisão do seu presidente, Jorge Picciani, e dois comparsas, transformaram em certeza a suspeita que se espalhou por todo o Brasil depois da absolvição de Aécio Neves no Senado: as eleições parlamentares de 2018 serão mais importantes que a escolha dos ocupantes de cargos no Executivo.

Seja quem for o sucessor de Michel Temer, o presidente da República terá menos poderes que um Congresso que hoje interpreta e aplica arbitrariamente as leis que antes apenas aprovava. Que decide como será o Orçamento da União. Que indica (ou impõe) ao chefe de governo os integrantes do primeiro escalão. Que frequentemente se vale de métodos de extorsionário para acuar o chefe do Poder Executivo.

Nem o maior dos estadistas conseguirá governar o Brasil com um Congresso semelhante ao que temos agora. Como senadores e deputados são eleitos pelo povo, é hora de usar a urna como arma para fazer em 2018 a revolução pelo voto. A grande reforma política virá com a mudança radical da composição do Senado, da Câmara dos Deputados e das Assembleias Legislativas.

Que os brasileiros honestos tapem as narinas e entrem nas disputas eleitorais. E que os brasileiros decentes neguem seu voto aos corruptos que infestam o Legislativo. O parlamentarismo camuflado que hoje atormenta o país pode transformar-se no caminho mais curto para a salvação. Se o povo votar corretamente, um novo Congresso poderá livrar o país da hegemonia dos ladrões com direito ao foro privilegiado.
Herculano
22/11/2017 12:33
MUGABE E SEUS COLEGAS FIZERAM DA ÁFRICA A VENEZUELA DO SÉCULO 20, por Leandro Narloch, no jornal Folha de S. Paulo

Quando brasileiros escolarizados refletem sobre as causas da miséria da África subsaariana, costumam repetir em coro que "as potências europeias, ao criarem fronteiras artificiais que não respeitavam divisões tribais, criaram golpes e guerras civis no continente". Robert Mugabe, que renunciou nesta terça-feira (21) à Presidência do Zimbábue, mostra que esse lugar-comum do Enem não dá conta de toda a explicação.

Certamente o imperialismo europeu tem sua culpa. Mas o que esculhambou mesmo a África foram algumas ideias europeias ?"ideias erradas que inspiraram revolucionários e intelectuais.

Mugabe é um dos últimos exemplos do ativista africano intelectualizado e marxista, com frequência formado em ciências humanas em universidades europeias, que ao chegar ao poder deixou seu país ainda mais miserável que na época do domínio europeu.

Influenciados pelo leninismo, os ativistas africanos dos anos 1960 acreditavam que uma vanguarda de intelectuais redentores deveria guiar as massas rumo à revolução.

"Essa superioridade moral os colocou acima da prestação de contas com o povo", escreveu o cientista político etíope Messay Kebede. Foi assim que intelectuais se converteram tão facilmente em ditadores.

Mugabe conheceu o marxismo na África do Sul, onde se formou em história e literatura inglesa. Seu grande inspirador foi Nkrumah, o primeiro líder político da Gana recém-independente. Formado em filosofia na University College London, capa da revista "Time" em 1953, Nkrumah encarnava o otimismo do "wind of change" que soprava pela África.

Durou pouco esse otimismo. Nkrumah fechou Gana ao comércio internacional, aumentou impostos sobre os produtores de cacau para financiar projetos de modernização (como uma companhia aérea estatal), transformou o superavit do país em deficit, proibiu partidos políticos e usou a Justiça para perseguir opositores.

Na Tanzânia, o primeiro-ministro Julius Nyerere, formado em economia na Universidade de Edimburgo, confiscou bancos, fazendas e companhias estrangeiras. Queimou vilarejos para forçar a população a trabalhar em fazendas coletivas que, claro, não deram certo. Grande exportador de comida em 1960, a Tanzânia se tornou o maior importador na década seguinte.

Zimbábue, Tanzânia, Moçambique, Quênia, Etiópia, República Democrática do Congo, Senegal, Uganda e diversos outros países africanos passaram por uma sequência de eventos muito parecida. Envolveu ditadores socialistas, confisco de propriedades, fuga de capitais, crise fiscal, hiperinflação, desabastecimento, crises de fome, emigração e perseguição de opositores.

A tragédia que a Venezuela vive atualmente segue esse mesmo roteiro ?"por enquanto, com consequências mais brandas que no Zimbábue de Robert Mugabe.

DITADORES AFRICANOS
Veja os principais líderes já depostos no continente

Muammar Gaddafi - Líbia (1969-2011)
Governou a Líbia por 42 anos, após um sangrento golpe militar levá-lo ao poder em 1969. Implantou uma ditadura de ares socialistas e matou milhares de opositores. Foi assassinado por rebeldes em 2011, em meio à Primavera Árabe

Hosni Mubarak - Egito (1981-2011)
Era vice do presidente Anwar Sadat, assassinado em 1981. Assumiu o poder e implementou uma ditadura militar marcada pela corrupção e pela repressão aos opositores. Foi forçado a renunciar em 2011, em meio aos protestos da Primavera Árabe que tomaram o Cairo

Idi Amin - Uganda (1971-1979)
Assumiu após um golpe militar e liderou a mais sangrenta ditadura do continente. Estima-se que os mortos por seu regime cheguem a 500 mil. Fugiu do país durante a guerra com a Tanzânia, buscou refúgio na Líbia e depois na Arábia Saudita, onde morreu em 2003

Sékou Touré - Guiné (1958-1984)
Primeiro presidente eleito da Guiné, em 1958, baniu todos os partidos políticos exceto o seu. Acusado de diversos casos de execuções extrajudiciais, morreu em 1984 após sofrer um ataque cardíaco

Hissène Habré - Chade (1982-1990)
Depôs o recém-eleito presidente Oueddei em 1982 e liderou um regime acusado de matar 40 mil opositores e torturar 200 mil pessoas em oito anos. Foi deposto pelo seu ex-comandante das Forças Armadas, Idriss Déby, que governa o Chade até hoje

Francisco Macías Nguema - Guiné Equatorial (1968-1979)
Primeiro presidente do país, executou membros da própria família, ordenou a morte de vilarejos inteiros e proibiu que os cidadãos deixassem o país. Foi deposto pelo próprio sobrinho, Teodoro Obiang Nguema, que condenou o tio ao fuzilamento por genocídio

Sani Abacha - Nigéria (1993-1998)
Chegou ao poder depois que a eleição de 1993 foi anulada. Derrubou a inflação e aumentou as reservas do país, mas violou direitos humanos e aprisionou grande parte dos opositores. Morreu em 1998 no palácio presidencial em circunstâncias não esclarecidas
Herculano
22/11/2017 12:26
TEMER QUE TROCAR AJUDA A PREFEITOS POR À REFORMA DA PREVIDÊNCIA

Conteúdo da revista Época. Texto de Nonato Viegas. Em Brasília com o pires na mão, prefeitos querem que o governo injete dinheiro no Fundo de Participação dos Municípios. Alegam estar quebrados. Nesta quarta-feira (22), o presidente da Confederação Nacional de Municípios (CNM), Paulo Ziulkoski, em encontro no Palácio do Planalto, vai levar a proposta ao presidente Michel Temer.

Deputados estiveram nesta terça-feira (21) com Temer adiantando o assunto. A eles, o peemedebista prometeu pedir à equipe econômica uma avaliação. A contrapartida, porém, é o engajamento dos prefeitos na luta pela aprovação da reforma da Previdência. O presidente acha que a pressão deles sobre deputados terá efeito positivo.
Herculano
22/11/2017 12:23
QUEM, AFINAL, VAI APAGAR A LUZ?

PF CUMPRE MANDATO DE PRISÃO CONTRA O PRESIDENTE NACIONAL DO PR

Conteúdo da revista Veja. A Polícia Federal cumpre nesta quarta-feira, 22, o mandato de prisão contra o senador Antonio Carlos Rodrigues (PR) por suspeitas de corrupção e fraude envolvendo prestação de contas eleitorais. Rodrigues também é presidente nacional do PR. O mandato de temporária cumprido pela PF foi expedido pela Justiça Eleitoral de Campos de Goytacazes (RJ). O presidente do PR ainda não foi localizado pela polícia.
Herculano
22/11/2017 12:15
PREVIDÊNCIA, O QUE VAI SOBRAR, por Vinicius Torres Freire, no jornal Folha de S. Paulo.

O novo projeto de reforma da Previdência ainda pode levar umas mordidas no plenário da Câmara, segundo alguns deputados. Mas o grosso do texto que está praticamente acertado com o governo não deve diferir do que tem vazado nas últimas três semanas.

O projeto final deve ser apresentado na noite desta quarta-feira (22), depois de um jantar entre parlamentares e a cúpula do governo de Michel Temer.

Primeiro, ficam as idades mínimas de 65 anos para homens e 62 anos para mulheres. No entanto, pode ser que o Congresso queira fazer bonito e descontar uns anos, de acordo com alguns parlamentares (outros, também da coalizão governista, dizem que não votam reforma alguma, como se sabe).

Segundo, de mais importante, o tempo mínimo de contribuição fica em 15 anos (no projeto de maio, era de 25 anos). Quem se aposentar com esses 15 anos mínimos leva 60% do valor da média dos salários de contribuição recebidos desde julho de 1994. A cada ano extra de contribuição, até 25 anos, leva-se um ponto percentual a mais por ano. Ou seja, quem contribuir por 25 anos leva 70% da média dos salários.

Quem contribuir entre 31 e 35 anos leva 1,5 ponto percentual por ano (isto é, com 35 anos de contribuição, ficam-se 87,5% do valor da aposentadoria). De 36 anos a 40 anos, leva 2,5 pontos a mais, por ano. Ou seja, para receber 100% do valor da aposentadoria, será preciso contribuir por 40 anos.

Terceiro, a idade mínima seria implementada gradualmente, como se sabe. Começaria em 55 anos para homens, 53 para mulheres, em 2018. A cada dois anos, aumentaria em um ano (isto é, seria de 56 anos para homens e 54 para mulheres em 2020, e assim por diante).

Há uma disputa sobre o acúmulo de pensões e aposentadorias, que talvez possam ser acumuladas até o valor de dois ou três salários mínimos. Parecia confuso o destino do valor das pensões, que será reduzido. Mudanças na aposentadoria rural e dos Benefícios de Prestação Continuada estão definitivamente fora.

Para o serviço público, a equiparação com os trabalhadores empregados no setor privado valeria, na prática, apenas para parte dos servidores contratados depois de 2004. Quem foi contratado antes de 2003 recebe aposentadoria com salário integral.

Em termos de dinheiro, quanto deve restar da proposta original de reforma do governo? A conta vai muitíssimo além de meras regras de três, digamos assim, além de depender da revisão de estimativas de crescimento econômico e de receita previdenciária. De resto, o melhor programa de cálculo está na mão do governo, que não reapresentou estimativas.

Estudiosos do assunto em consultorias privadas têm dificuldade de refazer suas contas, por falta de detalhamento final da proposta de reforma. Os chutes mais bem informados são que, em termos de dinheiro poupado, perde-se entre 60% e 40% da economia prevista na proposta original.

Quando o governo elaborou seu projeto de reforma, previa de início algo como redução de despesa de 1,8 ponto percentual do PIB, em comparação com um cenário sem reforma alguma, lá por 2027 (décimo ano de vigência da reforma).
Herculano
22/11/2017 12:12
POR QUE JAIR BOLSONARO PROVAVELMENTE NÃO IRÁ PARA O SEGUNDO TURNO EM 2018, por Marcelo Faria, no Instituto Liberal de São Paulo

Se Jair Bolsonaro for candidato à Presidência da República em 2018, ele muito provavelmente não irá sequer para o segundo turno. Explico.

O PEN, para o qual provavelmente Bolsonaro irá migrar em março de 2018, na janela eleitoral, possui 3 deputados federais. Mesmo que mais 20 migrem para o partido, é sobre o número de 3 deputados federais que são calculados o fundo partidário, o novo fundo eleitoral e o tempo de televisão.

Para deixar a análise mais direta, vamos supor que os partidos usem apenas o fundo eleitoral (muito maior) para a campanha. O PEN terá cerca de 10 milhões de reais para financiar todas as campanhas do partido pelo país.

O PMDB terá 234 milhões, o PT ficará com 210 milhões e o PSDB somará 181 milhões. Fora demais partidos que podem apoiá-los (PP, PSB, PSD, PR, etc) que acrescentarão mais umas dezenas de milhões à campanha.

Ou seja: mesmo que Bolsonaro torre o dinheiro inteiro do PEN em sua campanha, isto é cócegas perto dos principais partidos.

Agora vamos para o tempo de televisão: Bolsonaro terá cerca de 30 segundos, duas vezes por semana, para aparecer no principal meio de comunicação do Brasil. Lembra do "meu nome é Enéas, 56!"? Pois é, vai ser próximo disso que o Bolsonaro conseguirá falar para milhões de brasileiros.

Os candidatos do PT, PSDB, PMDB e afins terão pelo menos 10 vezes mais tempo. Dependendo da coligação, podem chegar a 5, 6, até 10 minutos. Por aparição.

Agora vamos ao exemplo prático: em 2014, Marina Silva parecia despontar como terceira opção e possível presidente. Em julho de 2013, o Ibope chegou a apontar Dilma com 30% de intenções de voto contra 22% de Marina Silva (Eduardo Campos, posteriormente "morrido", tinha 4%).

O que aconteceu? O PT tinha um caminhão de dinheiro, Dilma tinha 33 minutos de campanha por semana, Aécio tinha perto de 15 minutos e Marina Silva tinha 6 minutos. Marina foi triturada quando a campanha efetivamente começou e sequer foi para o segundo turno.

Agora imagine o que acontecerá com um candidato de um partido nanico, sem dinheiro, sem coligações relevantes, falando 1 minuto por semana na televisão e com um histórico farto de declarações polêmicas para serem apresentadas, enquanto os demais poderão até dançar na televisão se quiserem.

Ah, mas Bolsonaro tem o povo! Bom, não no maior colégio eleitoral do país. Em 2014, Alckmin teve 12 milhões de votos no Estado de São Paulo enquanto o filho de Bolsonaro (sim, era candidato à deputado, mas cabe a análise), votado graças ao sobrenome, teve 82 mil votos (só foi efetivamente eleito graças a Marco Feliciano e seus 398 mil votos). Em 2016, Doria foi eleito na cidade de São Paulo com 3,05 milhões de votos enquanto Major Olímpio, um "Bolsonaro" local, teve 117 mil votos.

Ah, mas Bolsonaro tem as redes sociais! Mesmo que todos os 4,8 milhões de pessoas de todo o país que o seguem no Facebook efetivamente votem nele, ainda dá menos do que Alckmin teve apenas no Estado de São Paulo. Sem falar de Lula e seu curral eleitoral no Nordeste ?" que, não se engane, continua.

Mesmo com tudo isto, Bolsonaro pode passar para o segundo turno? Pode, afinal, provavelmente estará disponível na urna. Mas não se engane com as pesquisas: elas valem nada para definir o vencedor. 2014 que o diga.
Considerações extras:

1. Haverá Copa do Mundo em 2018, às vésperas das eleições (a final será no dia 15 de julho de 2018, um mês antes do início da campanha eleitoral). Querendo ou não, um eventual título da Seleção Brasileira, aliado à contínua melhora da economia, pode favorecer o candidato apoiado pela máquina federal.

2. Não é possível comparar a eleição brasileira com a americana. O sistema eleitoral dos EUA é por colégio eleitoral (por estados, com cada um definindo como será a divisão dos votos para o colégio), não majoritário como o brasileiro. Se fosse majoritário, Trump não teria sido eleito, mas sim Hillary (63 milhões de votos no total para Trump contra 65,9 milhões de Hillary). Fora que a eleição americana é praticamente um segundo turno, ao contrário do Brasil que tem primeiro turno com mais candidatos competitivos.
3. Uma das poucas chances de Bolsonaro ir para o segundo turno é acontecer nas eleições presidenciais de 2018 o mesmo que aconteceu nas eleições municipais do Rio de Janeiro em 2016: Pedro Paulo, Flavio Bolsonaro, Índio da Costa e Osório dividiram os votos do mesmo público e se canibalizaram, o que fez com que Marcelo Freixo fosse para o segundo turno. Ou seja: para Jair Bolsonaro, quanto mais candidatos dividindo o mesmo voto "de centro", melhor.
Herculano
22/11/2017 11:47
A SENZALA DE BAIXOS SALÁRIOS E ATÉ DESEMPREGADA SUSTENTA OS PRIVILÉGIOS DE FUNCIONÁRIOS ESTÁVEIS DE ALTOS SALÁRIOS E APOSENTADORIAS PRECOCES E INTEGRAIS, CHEIAS DE PENDURICALHOS.

QUEM MANTÉM ISSO? OS POLÍTICOS ELEITOS PELA SENZALA QUE TAMBÉM VIVEM DOS MESMOS PRIVILÉGIOS QUE SE AUTOCONCEDEM SOLAPANDO OS NOSSOS PESADOS IMPOSTOS

BRASIL DA VERGONHA E DOS DISCURSOS FÁCEIS DA MAIORIA DOS POLÍTICOS - PRINCIPALMENTE OS DO PT, PCdoB, PSOL, PDT, PSTU, PCO, REDE E OUTROS DA ESQUERDA DO ATRASO - QUE ENGANAM OS ANALFABETOS, IGNORANTES E DESINFORMADOS, DEVEM REVER BENESSES Á ELITE E POLÍTICAS SOCIAIS, DIZ BANCO MUNDIAL

Conteúdo do jornal Folha de S.Paulo. Texto de Mariana Carneiro e Maeli Prado, da sucursal de Brasília. No Brasil, um estudante universitário custa, em média, R$ 41 mil numa instituição federal -ante R$ 14 mil numa universidade privada.

No conjunto, funcionários públicos recebem cerca de R$ 44 mil por ano, 70% mais do que é pago a funções similares no setor privado.

Ineficiências no SUS consomem R$ 1,3 bilhão por ano em municípios com 100% de hospitais de pequeno porte.

Entre 2012 e 2014, aquisições de produtos e serviços da União custaram R$ 155 bilhões -R$ 35 bilhões mais do que deveriam por falta de estratégias mais modernas no sistema de compras.

Essas e outras distorções estão descritas no relatório "Um ajuste justo: uma análise da eficiência e equidade do gasto público no Brasil", divulgado terça-feira (21) pelo Banco Mundial.

O estudo foi encomendado em 2015 pelo então ministro da Fazenda, Joaquim Levy, dentro do programa de ajuste das contas públicas do governo Dilma Rousseff.

Em síntese, o levantamento reforça o que outros estudos da área de gestão pública já identificaram: o Estado brasileiro, em todas as esferas, gasta mais do que pode e gasta mal, fomentando disparidades sociais.

Boa parte da despesa pública vai para a população mais rica, o que faz com que o Estado brasileiro, embora tão grande quanto um europeu, não consiga reduzir a desigualdade de renda.

SUGESTÕES

Diante da constatação, o Banco Mundial apresenta uma série de sugestões para ajudar a reduzir a desigualdade e contribuir para melhorar as contas públicas.

Destaca a importância da reforma da Previdência, dos cortes em benefícios a empresas e da adoção de práticas mais eficientes nos setores de saúde e educação.

Propõe o congelamento de salários do funcionalismo e a extensão do Fies e do ProUni (programas de financiamento e de bolsas) para os alunos das universidades públicas, com o fim da gratuidade nas instituições.

Apresenta como benéfica a integração de diversos programas sociais, como a aposentadoria rural, o BPC (aposentadoria para a população urbana pobre) e o salário-família em um único balcão de assistência, nos moldes da experiência de integração do Bolsa Família.

Programas sociais, como o abono salarial e o salário-família, poderiam ser reformulados e redesenhados, gerando economia de 1,3% do PIB.

Segundo o economista-chefe do Banco Mundial, Antonio Nucifora, não se trata de recomendações rígidas, mas de sugestões para reduzir os gastos sem punir os mais pobres
Herculano
22/11/2017 11:39
APóS 'MAMAR' BILHõES, CUBA AGORA ESNOBA O BRASIL, por Cláudio Humberto, na coluna que publicou nos jornais brasileiros

Após "mamar" bilhões do Brasil, a ditadura de Cuba agora hostiliza o governo brasileiro. Retirou sua embaixadora e faz a grosseria de nem sequer responder aos pedidos de agrément para embaixador brasileiro em Havana. Somente em duas jogadas, nos governos do PT, em dois anos, Cuba embolsou R$7,2 bilhões do Brasil: R$2,7 bi para o porto de Mariel, construído pela Odebrecht, e R$4,5 bilhões do "Mais Médicos".

SECOU A FONTE
A derrocada petista e a punição aos corruptos fez secar a fonte de dinheiro fácil, daí a hostilidade de Cuba contra o governo brasileiro.

CARAS GENTILEZAS
José Sarney (PMDB) refez as relações com Cuba, que sempre teve do Brasil apenas gentilezas. Só nos governos do PT, quase R$10 bilhões.

SEM EMBAIXADORES
Último embaixador brasileiro, Cesário Melantonio deixou Havana em 13 de abril. A embaixadora cubana foi retirada de Brasília há um ano.

VÍTIMAS DA GROSSERIA
Cuba já recusou três indicações de embaixadores em Havana. A indicação mais recentemente ignorada foi a do diplomata Fred Meyer.

COM LEILÃO, MACEIó PODE VIRAR POLO DE ETANOL PODRE
A privatização do Terminal de Álcool de Maceió faz parte de um plano das distribuidoras de combustíveis para transformar o local no destino de etanol podre à base de milho, que essas empresas importam sem pagar impostos, para concorrer com o produto nacional, à base de cana, limpo e não poluente. A crueldade é fincar posição na região onde há maior resistência à importação de etanol poluente americano.

TERMINAL O QUÊ?
Em Alagoas, autoridades e políticos em geral não parecem cientes das graves consequência da privatização do Terminal de Álcool de Maceió.

NÃO É COMIGO
O governador Renan Filho acha que é preciso "dar uma olhada" no leilão do Terminal, mas transferiu a tarefa à bancada de apoio a Temer.

GOLPE IGNORADO
Outro alagoano ilustre, ministro Maurício Quintella (Transportes), disse não estar sabendo sobre o golpe no Nordeste representado pelo leilão.

MEIA REVIRAVOLTA
Antonio Imbassahy, às vésperas da primeira demissão por aclamação da História, voltou à briga para permanecer na Secretaria de Governo. Disputa o próprio cargo com João Henrique e Carlos Marun, do PMDB.

A ESCOLHA DE TEMER
Temer prefere João Henrique na Secretaria de Governo, mas, optando por outro, a relação entre os velhos amigos não se altera. Se ele descartar Carlos Marun, arruma um baita problema com o "centrão".

BIRUTA DE AEROPORTO
Enquanto os ministros Moreira Franco (Governo) e Henrique Meirelles (Fazenda) garantem que a reforma da previdência será aprovada este ano, o líder do governo, Romero Jucá, prevê o mesmo para 2018.

ERA DO DESPERDÍCIO
Foram R$ 811 milhões em 2014, quando Dilma (PT) se reelegeu, para bancar partidos políticos em ano eleitoral. É o maior valor subtraído do contribuinte, na História, no tal "fundo partidário".

ADVOGADOS ADMIRADOS
O anuário da Análise Editorial identificou os mais admirados do País na advocacia, com destaque para o crescimento de escritórios (Nelson Willians, por exemplo, passou dos 1500 advogados). Em Brasília, a mais admirada continua sendo a banca Paixão Côrtes Advogados.

AMNÉSIA SELETIVA
Levantamento Paraná Pesquisas mostra que 6,1% dos jovens de 16 a 24 anos não lembram em quem votaram para presidente em 2014, e nem para deputado (6,5%). Acima dos 60, a amnésia é 4 vezes menor.

A BEM DO SERVIÇO
Foi demitido do serviço público, a menos de um ano da aposentadoria, o embaixador em Santa Lúcia (Caribe), Sérgio Couri, por graves irregularidades quando trabalhou na Argentina. Não é o primeiro caso.

ESTREANTE COM FORÇA
O apresentador Luciano Huck, cortejado para disputar a eleição 2018, teria 10,8% dos votos entre "estreantes" listados pelo instituto Paraná Pesquisas. Está à frente até do procurador Deltan Dallagnol (6%).

PENSANDO BEM...
...para políticos já conhecidos, alterar as regras das eleições de 2020 é como o drone do Grêmio: só faz mal ao adversário.
Herculano
22/11/2017 11:37
VENDA DE CARROS USADOS SOBE E ENTIDADE PROJETA FALTA DE ESTOQUE, por Maria Cristina Frias, na coluna Mercado Aberto, do jornal folha de S. Paulo

A quantidade de financiamentos de automóveis usados teve aumento maior que a de novos, aponta a B3.

Os empréstimos para compras de produtos zero quilômetro ficaram estáveis, em 0,8%, e os velhos tiveram alta de 8,2% no acumulado dos dez primeiros meses do ano.

O mercado de segunda mão está no seu terceiro ano de crescimento, e em mais três, a oferta de usados pode estar aquém da demanda, diz Ilídio dos Santos, presidente da Fenauto (federação das revendedoras do segmento).

"O volume que sai das montadoras hoje é 4 milhões menor que era há três anos. A tendência é que esses carros faltem no mercado de semi-novos em dois anos."

Pelos cálculos da entidade, o desempenho desse segmento nos meses de novembro e dezembro não vai destoar, e 2017 fechará em 8%.

O preço mais baixo é um dos motivos que explicam mais de financiamentos de usados que de novos automóveis, afirma Marcus Lavorato, superintendente da B3.

"Há recuperação de vendas no segundo semestre. Até a primeira metade deste ano, tivemos uma flutuação: houve meses de alta e de baixa."

Emprego, renda e o índice de confiança são os três fatores influenciam financiamentos de veículos, diz. É o último que apresentou melhora significativa, segundo ele.

Os mercados de carros novos e usados se relacionam, pois parte das compras de automóveis zero quilômetro tem como parcela de pagamento um carro antigo, afirma.
Herculano
22/11/2017 11:34
APóS PARIR AÉCIO, STF TERÁ DE EMBALAR PICCIANI, por Josias de Souza

Apenas um brasileiro em um milhão é capaz de entender a confusão jurídica que o Supremo Tribunal Federal provocou ao lavar as mãos no caso de Aécio Neves. Mas basta entrar em qualquer boteco de Copacabana que a encrenca está lá. A coisa ferveu depois que a Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro tentou sumir com o sabonete no caso que envolve o deputado estadual Jorge Picciani e Cia..

A procuradora-geral Raquel Dodge levou ao Supremo a gueda de braço travada entre o Legislativo fluminense e a Justiça. Sustentou que a votação da Assembleia que anulou a prisão e a suspensão do mandato de três caciques do PMDB ?"já devolvidos à cela pelo TRF-2?" ofende as leis e a Constituição. A doutora pede que a decisão da Assembleia do Rio seja anulada, esclarecendo-se que o veredicto do Supremo que favoreceu Aécio não vale para parlamentares estaduais.

Por 6 votos a 5, os ministros do Supremo autorizaram o Senado a devolver a Aécio o mandato e anular sanções impostas ao senador tucano por uma turma da própria Suprema Corte. Um ano antes, os ministros tinham decidido o contrário num processo envolvendo Eduardo Cunha. Afastaram-no da presidência da Câmara e do exercício do mandato. Por causa disso, Cunha foi cassado, preso e condenado por Sérgio Moro. Não saiu mais da cadeia.

Os ministros que estenderam a mão para Aécio sustentam que o Supremo não foi contraditório ao ignorar que tratara Cunha a pontapés. Faz sentido. Não é que a Corte máxima do Judiciário brasileiro seja incoerente, apenas possui jurisprudência múltipla. O frequentador de boteco também não é contra o roubo. O que ele não suporta é a ideia de continuar sendo roubado por aqueles que foram eleitos para representá-lo.

Embora não ignorassem que o refresco servido a Aécio seria replicado nos Estados, os ministros do Supremo reclamam do mau uso do precedente. Ainda não se deram conta do papelão em que se meteram. Magistrado que se queixa da aplicação da jurisprudência que ajudou a criar é como um comandate de navio que reclama do mar.

O Supremo terá de operar uma mágica retórica para atender aos pedidos da procuradora-geral Raquel Dodge. São conhecidas as histórias de gente tirando gênios da garrafa. Mas ainda não se ouviu nada a respeito de gente obrigando o gênio a fazer o caminho de volta.

Quem pariu Aécio que embale Picciani. Não será simples. É como se o cozinheiro de um botequim prometesse desfrutar um ovo na frente dos frequentadores do estabelecimento. Como ninguém conseguiu realizar semelhante façanha, os magistrados logo perceberão que a respeitabilidade do Judiciário é como a virgindade. Perdeu está perdida. Não dá segunda safra.
Herculano
22/11/2017 11:32
DOUTOR SEGOVIA, POR QUÉ NO TE CALLAS?, por Elio Gaspari, nos jornais O Globo e Folha de S. Paulo

O doutor Fernando Segovia começou seu mandarinato com dois pés esquerdos. Depois de ser empossado numa cerimônia que contou com a presença inédita do presidente da República, ele criticou a ação da Procuradoria-Geral da República e da própria PF no caso da investigação e das negociações que beneficiaram os irmãos Batista e a JBS.

Produziu duas pérolas. Na primeira disse que alguns aspectos do caso se tornaram "um ponto de interrogação que fica hoje no imaginário popular brasileiro". Na segunda, foi preciso: "Uma única mala talvez não desse toda a materialidade criminosa que a gente necessitaria para resolver se havia ou não crime, quem seriam os partícipes e se haveria ou não corrupção".

Devagar, doutor. A pergunta que está no ar é o destino final da mala recebida pelo ex-deputado Rodrigo Rocha Loures, ex-assessor e pessoa da confiança de Michel Temer. Ela não faz parte do imaginário popular, como o Saci-Pererê, mas da dura realidade nacional.

Ainda assim, a mala que Loures recebeu de um emissário da JBS numa pizzaria de São Paulo é prova bastante da corrupção dele. Segovia tem razão quando argumenta que uma investigação mais calma levaria aos destinatários finais dos R$ 500 mil, mas daí a dizer que uma mala não basta para provar a corrupção, vai enorme distância.

O delegado Segovia apresentou-se fazendo perguntas. É o que menos se espera de um chefe da Polícia Federal. O grande detetive Hercule Poirot fazia suas perguntas para estruturar um raciocínio que desembocava numa surpreendente revelação. Segovia não deu respostas. Apenas distribuiu insinuantes indagações.

Em vez de deixar o problema na floresta do "imaginário popular" onde mora o Saci-Pererê, Segovia deveria anunciar que vai correr atrás das respostas. É assombroso ouvir do chefe da Polícia Federal que há muito a ser explicado e que "talvez seria bom, para que o Brasil inteiro soubesse, que houvesse uma transparência maior sobre como foi conduzida aquela investigação". ?"tima ideia. Sem "talvez", Segovia poderia ter anunciado que, a partir de hoje, fará isso.

O grampo de Joesley Batista e a mala de Loures paralisaram o país e levaram Michel Temer à lona. Passados cinco meses, sabe-se que no lance havia um doutor com um pé na PGR e outro num escritório que defendia interesses da JBS. Aquilo que Segovia classificou como pressa do procurador-geral Rodrigo Janot seria melhor entendido se fosse chamado de interesse. Essa pelo menos é a opinião de um procurador, que acusa Janot de ter tramado a queda de Temer da Presidência da República para impedir a nomeação de Raquel Dodge. Quase conseguiu.

A exposição da trama faria bem ao país, mas não eliminaria dois fatos:

1) O interlocutor de Joesley Batista no grampo do Jaburu é o presidente Michel Temer.

2) A mala entregue a Rodrigo Rocha Loures tinha R$ 500 mil e veio da JBS.

Segovia poderia vir a expor a maneira como esses dois fatos foram manipulados. Uma coisa é uma coisa e outra coisa é outra coisa.

À maneira de Hercule Poirot pode-se fazer uma pergunta a Segovia: "Por que Michel Temer foi à sua posse?"

O velho policial ensinava que "se você não é bom de palpites, não seja detetive
Herculano
22/11/2017 11:28
PF PRENDE ANTHONY E ROSINHA GAROTINHO

Conteúdo do jornal O Estado de S. Paulo. Texto de Constança Rezende, da sucursal do Rio de Janeiro. Os ex-governadores do Rio Anthony Garotinho (PR) e Rosinha Garotinho (PR) e mais sete pessoas foram presos na manhã desta quarta-feira, 22, apontados pelo Ministério Público Eleitoral como suspeitos de crimes de corrupção, concussão, participação em organização criminosa e falsidade na prestação de contas eleitorais.

A Polícia Federal também cumpre dez mandados de busca e apreensão, que incluem operações nas casas dos acusados. Os mandados foram expedidos pela Justiça Eleitoral do município de Campos dos Goytacazes, no Norte Fluminense, reduto eleitoral do casal. Participam da operação 50 policiais federais nos munícipios do Rio, Campos e São Paulo.

Segundo a PF, durante as investigações, foram identificados elementos que apontam "que uma grande empresa do ramo de processamento de carnes teria firmado um contrato fraudulento com uma empresa sediada no município de Macaé para prestação de serviços na área de informática". "Suspeita-se que os serviços não eram efetivamente prestados e que o contrato, de aproximadamente R$ 3 milhões, serviria apenas para o repasse irregular de valores para utilização nas campanhas eleitorais", informou a PF.

Outros empresários também informaram à PF que o ex-governador cobrava propina nas licitações da prefeitura de Campos, exigindo o pagamento para que os contratos fossem honrados pelo poder público daquele município. Um ex-secretário municipal também foi preso. "Após os procedimentos de praxe, os presos serão encaminhados ao sistema prisional do Estado, onde permanecerão à disposição da Justiça", disse a PF, por meio de nota.

A investigação é um desdobramento da "Operação Chequinho", que apura fraude com fins eleitorais no programa Cheque Cidadão por Garotinho. Ele já havia sido preso duas vezes, desde 2016, por acusações de corrupção. A assessoria do ex-governador informou que Garotinho foi preso no Rio, onde tem apartamento no bairro do Flamengo, na zona sul. Já Rosinha teria sido presa em Campos e levada para a sede da PF no município.

Em nota, a assessoria disse que "querem calar o Garotinho mais uma vez" e que o ex-governador atribui a operação "a mais um capítulo da perseguição que vem sofrendo" por ter denunciado um esquema envolvendo o ex-governador Sérgio Cabral na Assembleia Legislativa do Rio (Alerj) e irregularidades supostamente praticadas pelo desembargador Luiz Zveiter. Garotinho se diz inocente, assim como os demais acusados na operação desta quarta-feira, e ainda diz que é ameaçado pelo presidente afastado da Alerj, Jorge Picciani, que ontem voltou à cadeia de Benfic

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