23/01/2017
O SAMAE I
As aparências enganam. Há no PMDB de Gaspar um relativo alto, repito, alto, desconforto. Refere-se à “entrega” do Samae não apenas ao PP (algo normal numa coligação onde, às vezes, se é obrigado entregar a joia coroa), mas principalmente porque a presidência foi ocupada pelo ainda vereador José Hilário Melato. O que eu recebo de manifestações, com dúvidas é algo surpreendente. Nunca alguém mereceu tantas e mais variadas observações. E deve-se a sua longeva carreira de político onde foi eleito seis vezes vereador e não propriamente a de executivo ou administrador que nunca foi. Esse assunto é tratado com muito cuidado entre todos do governo de Kleber Edson Wan Dall, PMDB, seja pela importância que a autarquia tem para a cidade onde ninguém vai poder errar, seja pelo caixa que ela gera, bem como por ser um ponto de manobras políticas eleitorais para seu titular.
O SAMAE II
A foto feita na segunda-feira dia, 16, na sede do Samae, quando da volta aos trabalhos após as férias coletivas, mandada circular, colocou nela, o prefeito; mais outra ala do PMDB no governo liderada pelo presidente, coordenador de campanha e o super secretário de Administração e Finanças, apesar do assunto nada entender disso, o advogado Carlos Roberto Pereira; o vice, Luiz Carlos Spengler Filho, PP; o chefe de gabinete, Pedro Inácio Bornhausen, PP, representante do partido na gestão do governo Kleber e padrinho de Melato; além da primeira dama Leila e que nada tinha a ver com o assunto (ai, ai, ai). Todos com o Melato. Pose bem estudada. Nenhum outro secretário mereceu este tipo de foto e com divulgação forçada. Todos pisando em ovos.
O SAMAE III
O Samae é o que produz água. É o seu principal negócio, mas não deveria ser. Se não fizer bobagem não ficará exposto. Entretanto, sabe-se que será o mais vigiado por causa do Melato, por ciúmes sobre algo relevante para a cidade e os políticos, e porque o PT sabe que a autarquia é uma máquina política e financeira; conhece-a muito. Na verdade, o Samae possui três negócios rentáveis e às vezes obscuros, ao mesmo tempo: o tratamento e distribuição de água tratada; o lixo orgânico, hospitalar e o reciclável e que na semana passada Melato o classificou de dejeto (que trato a seguir) aclarando o seu lixo de conhecimento sobre o assunto; bem como o esgoto, que Gaspar não recolhe ou trata um mililitro, mas possui há muito uma estrutura funcional para cuidar desse assunto no seu organograma e que não é barata. O saneamento básico é necessário e urgente, mas sobre ele, até agora nem um pio: nem por via estatal, nem por via de concessão, como em Blumenau. Nos dois casos é um filão que arregala os olhos dos que entendem e intermediam o assunto, não se importando se no futuro haverá de verdade coleta e tratamento do esgoto na cidade e que isso é fundamental para os gasparenses, a sua saúde e o meio ambiente. Acorda, Gaspar!
DEJETO
O presidente do Samae, José Hilário Melato, PP, e que quer ser reconhecido pelos da imprensa como um “executivo” sem nunca ter sido e não um político carreirista e profissional que é, não sabe fazer distinção entre dejeto e lixo reciclável. Mal assessorado e orientado, se é que ele se deixa a isso, essa confusão Melato deixou bem claro durante a entrevista que concedeu na sexta-feira ao Jornal do Almoço, da RBS de Blumenau (e cujo comentário produzi na própria sexta-feira na coluna na internet, a mais acessada). Ele explicou à repórter, a razão pela qual a população separa o lixo reciclável e o Samae não o recolhe, algo inclusive de razoável perda econômica para o município além de se trabalhar contra o meio ambiente, misturando-o ao lixo orgânico domiciliar e comercial. Esta é uma das heranças deixadas pelo governo de Pedro Celso Zuchi, PT, mas nem isso soube explicar e colocar na conta, ou não pode, por ter sido o protetor do governo petista durante oito anos na Câmara. Pior mesmo foi o prazo que Melato deu para a solução do grave problema na mesma entrevista: lá por abril. Vergonhoso. Provou não ter no sangue o DNA do verdadeiro executivo, que nem precisaria conhecer bem a diferença entre lixo e dejeto, mas saberia que algo precisaria ser feito urgentemente. Acorda, Gaspar!
OS TRUQUES
Outra do Samae de Gaspar. Na semana passada faltou água em alguns pontos do Bela Vista. Noticiei aqui. Fui desmentido. No dia seguinte, o Samae que havia negado o problema anunciava a revisão da tal válvula de pressão para por água nos pontos críticos. No outro dia, o Samae assinou uma ordem de serviço para ampliar a Estação de Tratamento do Bela Vista – aquela que foi doada pela antiga Ceval no tempo do prefeito Francisco Hostins, PDC. Ou seja, o próprio Samae, o que desmente, lavou a minha alma e preferiu disponibilizar mais água à população do Bela Vista, que em alguns pontos reclamava da falta dela. Na sexta-feira, um dos resultados para aumentar a pressão nos canos do bairro apareceu: estourou uma adutora e ai deixou muita gente sem água. Ou seja, os truques foram todos descobertos mais cedo do que imaginavam os novos gênios do Samae, inclusive na comunicação.
A IMPRENSA I
Na terça-feira passada, escrevi sobre a alienação dos jovens que se dizem de esquerda, mas não conseguem sustentar o que defendem, exatamente por não possuírem fundamentação advindos dos conhecimentos de história, geografia, leitura, ideias e debates. Tudo primário. Hoje, retomo esse assunto sobre a imprensa que a conheço nas suas entranhas desde o início da década de 1970. A imprensa é um lugar plural, dialético, investigativo e produtivo ao extremo? Era, com uma forte tendência para a esquerda. Natural. Aceitável, se considerarmos ser este um ambiente presumivelmente intelectualizado. Todavia, hoje, a imprensa brasileira não é mais tão plural assim. É tomada por gente que se diz formada em jornalismo – e que faz questão de dizer aos seus interlocutores que “Temer não o representa”, como se isso fosse uma marca de guerra do seu exercício profissional. E não estou falando apenas de veículos nacionais onde os exemplos abundam e começam ficar expostos às críticas. Isso se dá aqui em Gaspar!
A IMPRENSA II
Na verdade, com esse tipo de exemplo e muitos outros na sua tribo, mostram que o alienado sobrevive entre os seus com bobagens superficiais da esquerda. Se espremer, verá que nunca leu ou entendeu as ideias que defende, muito menos as que contrapõem, pois acha ser uma heresia e perda de tempo conhecê-las, para convictamente, ter certeza de que o que defende é a melhor. Frágeis, deixam-se ser catequisados e emprenhados por seus professores que não conseguem sequer serem profissionais de redações, não conseguem emprego em outros locais que não sejam nas tetas das faculdades ou de um serviço público, onde de preferência não precisem dar expediente, nem trabalhar, talvez, com algum esforço palpitar para que a tal direita, não tenha voz. Nunca teriam qualquer empreendimento, nem mesmo uma lojinha de R$1,99 não porque são contra o capitalismo, o lucro, o mercado e a inovação, mas porque são capazes de competir, produzir, reconhecer e perder. Ser dono de um negócio de comunicação – que não fosse atrelado a uma teta pública-, nem pensar.
A IMPRENSA III
Encontrei este texto, recente, reproduzo-o na íntegra. É sobre uma visão da imprensa viúva da esquerda que se generalizou por aqui. Ela precisa esconder os roubos e a corrupção de seus heróis, dos seus partidos, das suas quadrilhas ideológicas, mas as provas públicas não permitem. E aíi, endoida. Para compensar, anda atrás de políticos de mesma índole em outros partidos, tudo para contrabalançar os que os seus fizeram contra o cidadão e a nação. Pela ideologia, erra. Não cumpre o papel perante o seu público. E por que? Porque todos os políticos pegos em falcatruas são para os pagadores de pesados impostos da mesma laia. Independe se são liberais, progressistas, conservadores, esquerdistas, direitistas ou capitalistas. Todos, antes, igualados, são ladrões, corruptos, incompetentes e ponto final. Mas a esquerda do atraso que infesta as redações ainda não conseguiu compreender essa definição na sua simplicidade: político não é sinônimo, mas não há diferença na forma, no procedimento, na ideologia, no resultado e dicionário para ladrão, corrupto e incompetente. Para encurtar: abaixo o texto de Leandro Ruschel, brasileiros, empreendedor, conservador e morador de Miami, nos EUA.
A IMPRENSA IV
Se alguém tinha alguma dúvida sobre o esquerdismo atávico da imprensa brasileira, depois da cobertura das eleições americanos essa dúvida não existe mais.
A imprensa brasileira é formada em sua maioria por analfabetos funcionais que muitas vezes nem sabem que são esquerdistas, pois passaram pela lavagem cerebral na faculdade e nem conseguem discernir entre esquerda e direita.
A única coisa que sabem fazer é atacar qualquer ideia contrária ao “progressismo”, representado por governo gigante e controlador de todos os indivíduos, com o objetivo de fazer a “justiça social” e a redistribuição da riqueza, além de defender os piores elementos da sociedade e atacar os melhores.
Esses “jornalistas” foram programados para ser agentes da revolução e assim o fazem.
Alguns não percebem que um governo forte e centralizado é o grande motivo de existirem Mensalões, Petrolões e afins, crimes esses que a imprensa adora expor.
É como dar uma arma na mão do pior bandido e depois acusá-lo de matar alguém.
Sem nem entrar no mérito daqueles que sabem muito bem o que estão fazendo e escrevem a soldo da máquina esquerdista, que permanece firme e forte depois da queda da inePTa. O fundo partidário e o fundo sindical ainda têm recursos infinitos para manter a quadrilha formada pelos ditos “blogs e portais progressistas”.
A imprensa brasileira é o grande câncer do Brasil e qualquer mudança do país passa pela substituição dos bandidos e palhaços que a formam por verdadeiros jornalistas, que hoje talvez preencham os dedos de uma ou duas mãos.
ILHOTA EM CHAMAS I
A promotora Chimelly Louise de Resenes Marcon e que na Comarca cuida da Moralidade Pública, deixou um “presente” de Natal no dia 15 de dezembro do ano passado para o ex-prefeito Daniel Cristian Bosi, PSD, como já reportei aqui. Todavia, esse “presente” é na verdade um aviso para o sucessor, Bosi, Érico de Oliveira, PMDB, que parece ter a mesma compreensão sobre a “transparência” da coisa pública. Este conceito é bem diferente do discurso que ele tinha durante a campanha eleitoral. A doutora Chimelly mandou ao judiciário uma Ação Civil Pública contra Bosi por Ato de Improbidade Administrativa. E por qual razão? Por não prestar informações à Câmara, fiscalizadora constitucional dos atos do prefeito. Um mandado de segurança em favor da Câmara e contra o prefeito Bosi chamou a atenção do Ministério Público. Ele foi fundo no negócio.
ILHOTA EM CHAMAS II
É simples de entender e compreender. Segundo Chimelly, desde 1º de janeiro de 2013, Bosi ocupava o cargo de prefeito de Ilhota, sendo a ele atribuída, na forma da Lei Orgânica do Município, a direção superior da Administração Municipal e, por conseguinte, a gestão dos interesses e dos recursos locais. Contudo, segundo ela “infere-se dos autos do mandado de segurança nº 0301369-76.2016.8.24.0025 impetrado pela Câmara de Vereadores de Ilhota, que o Alcaide, de forma deliberada e reiterada, deixou de atender a diversos requerimentos do Poder Legislativo sobre fatos diretamente relacionados à administração da ‘res publica’. Segundo os autos, constata-se a omissão do gestor municipal em prestar informações e esclarecimentos em relação aos requerimentos nº 62/2015; 63/2015; 01/2016; 04/2016; 06/2016 e 08/2016”. E aí vem a ladainha que já conhecida só aqui dos leitores e leitores da coluna. A lição servirá para o atual prefeito Érico que não se atualizou com as demandas da sociedade e a transparência na gestão pública.
ILHOTA EM CHAMAS III
Na sexta-feira, na área de comentários da coluna líder de acesso no portal do Cruzeiro do Vale publiquei logo cedo este comentário: “o decreto 13, do prefeito Érico de Oliveira, PMDB, assinado no dia 11, mas só publicado ontem [dia 19 de janeiro] no Diário Oficial dos Municípios - aquele que se esconde na internet e não tem hora para a publicação - criou a Comissão de Sindicância Administrativa para apurar e avaliar a situação física do patrimônio municipal, especificamente no que tange as máquinas e veículos pertencentes ao Município de Ilhota, além das eventuais responsabilidades acerca do perecimento dos bens e possível omissão na manutenção dos mesmos. Esta comissão ficará responsável por analisar a execução do Contrato nº 064/2016 que dispõe sobre os serviços de manutenção dos veículos do Município de Ilhota, a fim de verificar eventual irregularidade na execução do mesmo.
ILHOTA EM CHAMAS IV
O experiente advogado Aurélio Marcos de Souza, que já foi procurador geral do município de Gaspar e assessor da Câmara de Vereadores de Ilhota, sublinhou um item do referido decreto e da obrigação da referida comissão. Assim colocou um pulgão atrás da orelha de todos: “verificar a necessidade de reforma dos veículos em máquinas promovendo a cotação de preços através de no máximo três orçamentos”. Para o advogado especializado é uma armação legal para se caracterizar a emergência e burlar o procedimento licitatório. “Está me cheirando a burla a licitação. E será que se houver necessidade de realização de reparo na frota do município de Ilhota, vai ser feito nas mesmas oficinas que faziam na frota de Luiz Alves?”, perguntou ele na rede social. Quem é o presidente da dita comissão criada pelo prefeito Érico de Oliveira, PMDB? Uilian Bork, PMDB, secretário de Obras e ex-prefeito de Luiz Alves
Alguém me escreveu e sugeriu que o Brasil só tem conserto quando terminar todos os atuais partidos. Retruquei que seria mais uma bobagem e perda de tempo. Todos são bons, mas muitos. Os problemas não são exatamente os partidos, mas os homens e mulheres que os compõem e a busca do poder e o exercício irracional dele.
Em nenhum dos estatutos desses partidos está escrito que se trata de uma associação de homens mulheres de desonestos, mentirosos, dissimulados, corruptos, ladrões e incompetentes visando a destruição dos bens públicos, usando-se dos votos diretos da democracia constituída de gente de bem. Ao contrário. Então...
A todo momento e até agora (pode ser que ainda mude) quando alguém escolhido por Kleber Edson Wan Dall, PMDB, diz nas entrevistas de rádios, jornais e tevês, o que vai fazer pela cidade, tudo parece igual ao que era antes.
Nada mudou? Ninguém possui planos diferenciais? Não há audácia, criatividade e inovação. Nem mesmo o Plano de Governo que foi assentado na Justiça Eleitoral é lembrado. A única ação diferente foi a que tenta desburocratizar a abertura de empresas em Gaspar. Mas, a primeira reunião se viu que isso não será tão fácil assim. Acorda, Gaspar!
Daqui a poucos dias começará a batalha na imprensa, nos sindicatos, nas ruas e principalmente nas redes sociais (e aí que os sindicalistas e esquerdistas estão com as barbas de molho) sobre as mudanças da Previdência Social.
Os privilegiados e instruídos de sempre, vão mais uma vez, tentar confundir os analfabetos, ignorantes e desinformados que são os que sustentam esses nababos, ferozes, para não perder os direitos que criaram para si via os políticos – pois tudo está na lei – mas que foi sonegado para o trabalhador de carteira assinada e que sustenta toda essa farra.
Um servidor público federal aposentado, por exemplo, custa 13 vezes um beneficiário do INSS (trabalhador de carteira assinada na iniciativa privada), mostra Tesouro Nacional. A revelação está para o leitor consultar na reportagem feita Marlla Sabino, no Correio Braziliense e publicada na edição do dia cinco de janeiro deste ano.
E os dados são públicos. Os servidores, na era da transparência, demonizam a publicação e domínio público desses dados. É assim nos governos estaduais e nos municipais, em quaisquer órgãos e nos três poderes, inclusive nos tribunais de fiscalização. E com a vantagem de todos serem estáveis, mesmo em tempo de crise como agora; esses privilegiados que aposentam mais cedo do que todos, não são avaliados quando em trabalham e quando se aposentam, não só ganham o último salário integral, mas em muitas categorias, ainda alcançam vantagens produtivas como se na ativa estivessem.
Dados divulgados pelo Tesouro Nacional mostram que o Regime Próprio dos Servidores Federais (RPPS) registrou, em 2016, deficit de R$ 71,8 bilhões. Esse rombo garantiu aposentadorias e pensões de 973.707 pessoas. Em média, cada um dos aposentados e pensionistas do serviço público federal custou R$ 73,7 mil por ano.
O mesmo Tesouro mostra que, no caso do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), que banca aposentadorias e pensões de trabalhadores da iniciativa privada, o deficit ficou em R$ 152,7 bilhões. Cada um dos 26.808.834 beneficiários custou, em média, R$ 5,7 mil por ano. Entenderam quem não quer as mudanças na Previdência? Entenderam quem vai ficar sem aposentadoria se nada for feito? Todos. O Rio de Janeiro e Rio Grande do Sul mostram isso.
Os números levantados pelo Tesouro explicitam, portanto, que um aposentado do serviço público custa, em média, 13 vezes (12,9 vezes, para ser mais exato) um beneficiário do INSS, os que mais serão afetados pela reforma da Previdência Social proposta pelo governo. Mesmo assim, as associações e sindicatos, quase todos filiados à CUT defendem mais privilégios para quem já é privilegiado no serviço público e está sugando o que é do trabalhador normal.
Ilhota em chamas V. Há uma conversa adiantada entre poucos para a contratação de uma “assessoria na área tributária”. Coisa de velhos conhecidos. É para a compensação dos encargos sociais no INSS e também apurar o ISS nas instituições financeiras dos últimos cinco anos, coincidente praticamente no tempo do ex-prefeito Daniel Christian Bosi, PSD.
Ilhota em Chamas VI – Repercutiu, e muito, negativamente, o aumento por canetaço, em várias vezes, as diárias do prefeito, vice, secretários e servidores de Ilhota. Tudo exposto só aqui. Algo bem oposto do discurso de campanha de Érico da Silva e do PMDB perante a população que era de austeridade na condução dos negócios na prefeitura.
Ilhota em Chamas VII – O posto de saúde do Braço Baú passou toda a semana fechado. Um chororô danado. Quem quiser tem que vir aqui no Centro de Ilhota, pois a ponte dos Sonhos já facilita isso, ou tem que ir ao Hospital de Luiz Alves.
Ilhota em Chamas VIII- Coincidência ou não, quem dirige o Hospital de Luiz Alves, é o médico Lucas Gonçalves, que foi candidato pelo PMDB do ex-prefeito Ademar Felisky em 2012, e perdeu para Daniel Christian Bosi, PSD.
O PSDB é um partido sem comando em Santa Catarina. Não é estranho que o PMDB daqui domine, enfraqueça e deboche dele há anos em Gaspar. O PSDB não participa do governo de Kleber Edson Wan Dall, mas a vereadora tucana Franciele Bach, do Distrito do Belchior, tem uma lista de indicados no governo, inclusive, em Blumenau.
Na semana passada, PSDB de Santa Catarina - ou parte dele e isso ainda precisa ser melhor esclarecido para não se tornar piada- se empoleirou num dos piores governos do estado nos últimos tempos, o de Raimundo Colombo, PSD. Tudo por boquinhas e um projeto de poder que os dirigentes teimam em afirmar de que não passou pela homologação do partido.
O presidente estadual, deputado Marcos Vieira, diz que isso é uma ação isolada de membros do PSDB e com o tempo, tudo se resolverá. Ou seja, foi outra vez para cima do muro colocando os pés em dois projetos diferentes. Normalmente esse tipo de ação tem ampliado as diferenças e que não são poucas na gestão estadual do partido. E não é de hoje.
Se for algo que vai se resolver com o tempo, mostra que o PSDB e Marcos Viera não têm planos, que Marcos não lidera e ao mesmo tempo enfraquece o seu próprio partido para a disputa nacional e estadual do ano que vem. O jogo do PSD em decadência, todavia, é claro: é o de fazer de Colombo senador e tentar o governo do estado, impedindo que o PSDB se associe ao PMDB.
O jogo do PSDB que está na cabeça do líder do partido no Senado, Paulo Bauer – que não manda no diretório -, e outros como o próprio Napoleão Bernardes, é bem diferente: é o de unir o PSDB ao PMDB, isolar Colombo e talvez atrair o PP para serem governo em Santa Catarina.
Se isso for verdade, como ficarão os deputados agora secretários de Colombo, Leonel Pavan e Vicente Caropreso nesta viagem solo? Vão sair do PSDB, vão trair Colombo na hora “H”, ou vão correr o risco do enfraquecimento associando-se na imagem de um governo pífio como o de Colombo?
Outra. A vereadora tucana gasparense Franciele Back, que também não gosta de diretório no seu projeto solo, que se diz discípula de Napoleão Bernardes e orientada por Claudionor de Souza Cruz que está pendurado num cargo comissionado de lá, foi a Florianópolis aplaudir Pavan e Caropreso. Foi de caso pensado?
Aqui Franciele já está atrelada ao PMDB, onde nasceu. Se foi a Florianópolis aplaudir um projeto do PSD contra o PSDB, ela por tabela foi contra um possível projeto do seu PMDB. Quem a orientou? Quem a Induziu? Napoleão? O pessoal do PMDB de Gaspar? Claudionor? Ou fez isso da sua própria iniciativa?
Sobre esse assunto, aqui vai uma análise de um tucano de primeira linha e que me pediu para não ser identificado. Ele participou de um encontro informal na Praia Brava, em Florianópolis, há dois domingos, onde estavam entre outros, o senador Paulo Bauer.
Para esse meu interlocutor, há um inimigo comum: Gelson Merísio, presidente da Assembleia, e líder desse processo para ser torna-lo candidato viável pelo PSD para governador. Um processo de poder muito antigo. “Muito difícil reverter!”, a percepção de danos que causa entre os tucanos a figura de Gelson, assegura.
“Lembra que em 2002, o Esperidião (onipotente) tinha 70 % de intenção de votos para sua reeleição? Tentou ‘comprar’ o PSDB com a ala errada (à época o mesmo Vicente Caropreso, Paulo Cesar Oliveira e Jorginho Melo)? Deu-se mal! PSDB fechou com Luiz Henrique da Silveira (7 % de intenção de votos).”
“À época PSDB catarinense não tinha nem 1/5 da força e o Jorge Konder Bornhausen [ainda influenciava através do Fernando Henrique Cardoso!] Imagina agora! Acabou: Gelson deu um belíssimo tiro no pé!”, diz ele se referindo à manobra que fez dentro da Assembleia para por dois deputados dentro do governo e ao mesmo tempo recompor as forças de apoio ao projeto do PSD no Legislativo.
“PSDB e PMDB caminharão juntos! Quem serão os candidatos? Isso será apenas um detalhe! Quem tiver melhores condições de aglutinar! Será a chapa vitoriosa! E nada fortalece mais uma união do que ter um inimigo comum”.
“E agora o PSDB possui um adversário comum: Gelson Merisio”, desafia. “Tudo com as bênçãos ou a não objeção do Alckmin/Dória. Basta um entendimento entre Dalirio, Marcos Vieira, Paulo Bauer, Mauro Mariani, Dario e Pinho. E eles [PMDB e PSDB] têm duas estrelas no time: Udo e Napoleão!”
E para este observador tucano: “Pavan e Caropreso serão sumariamente escanteados dentro do ninho!”. Agora é pagar para ver. Muitas águas rolarão. É guardar e conferir.
O vereador Rui Carlos Deschamps, PT, acaba de se aposentar por tempo de contribuição no Samae. Elisangela Reinert é funcionária pública Agente de Serviços Especializados na prefeitura de Gaspar e está voltando. Desde 2007 ela estava emprestada ao Fórum. Da mesma forma, está acontecendo com o escriturário Carlos Alberto Bernz, cedido desde 2011.
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