Por Herculano Domício - Jornal Cruzeiro do Vale

Por Herculano Domício

27/02/2017

MAS, ONDE ELES (O POLÍTICO E O PROBLEMA) NASCEM? I
Nós culpamos Brasília por todas as mazelas. E não estamos errados. Mas, uma pergunta básica: de onde vêm os que fazem as mazelas (roubos, corrupção, traições, chantagens), ou a tal suruba, em Brasília, tão bem definida pelo líder do governo Michel Temer no Senado, Romero Jucá, PMDB? Os senadores e principalmente os deputados federais são eleitos nas cidades, nos grotões, aqui. Nem mais, nem menos. A maioria deles nascem vereadores, prefeitos, que se tornam deputados estaduais, secretários, e até governadores. Criam massa “muscular” na máquina partidária e na de votos. Pior de tudo: nesta busca de poder só sobrevivem num duro aprendizado que inclui as promessas não cumpridas, concessões (principalmente as éticas), as mentiras, as dissimulações, os favores, a compra de votos, as chantagens, os relacionamentos oportunistas a grupos de interesses e até mesmo à corrupção para bancar a máquina e o enriquecimento ou a proteção de si e dos seus no pretenso projeto eterno de poder.

MAS, ONDE ELES (O POLÍTICO E O PROBLEMA) NASCEM? II
Todos que estão em Brasília decidindo por nós, fomos nós que parimos e demos a autoridade que usam para as maracutaias e o distanciamento dos nossos interesses. Então quem são os culpados? Nós. E por que nos queixamos? Talvez para esconder os nossos próprios erros e culpas. Então, em 2018 haverá eleições gerais. Haverá nova chance para se redimir. As jogadas já se iniciaram como mudanças de partido e associação com gente que se diz nova na política, tudo para se continuar na pele de cordeiro e nada mudar. A reeleição – praticamente para todos no parlamento catarinense e na representação barriga-verde em Brasília - é algo que desde logo deve ser desconsiderada se houver um verdadeiro desejo de mudança. Afinal, a suruba nasce aqui entre nós. Apenas a avalizamos com o voto livre e democrático, que pagamos, pois os políticos fazem campanha com o nosso dinheiro – o tal milionário fundo partidário – que retira dinheiro dos nossos pesados impostos e que deveriam prioritariamente ir para a saúde, educação, segurança, assistência social, obras...

BONS TEMPOS I
O leitor Mário Pêra, que já foi vereador e até candidato a prefeito por aqui pelo PSDB - e está fora da cidade há muitos anos -, algumas vezes aparece na área de comentários da coluna na internet, a mais acessada. Pêra é cunhado do atual presidente da Câmara de Gaspar, Ciro André Quintino, PMDB. Cito o parentesco para mostrar que na política, nem sempre ele pode se aproximar os próximos nas ideias e atitudes. No comentário, Pêra relembra um tempo em que o vereador daqui praticamente não ganhava para sê-lo (e que não faz muito tempo), era quase voluntário, pagava contas do exercício do mandato, não tinha suporte, precisava trabalhar de verdade pela comunidade. Ciro, ao contrário: se a lei e o orçamento permitem, que se lasquem os pagadores de pesados impostos, transparência ao mínimo para não ser incomodado ou incomodar seus pares que lhe alcançaram ao poder. Ciro acaba de comprar 11 frigobares, a R$844 cada um, para as suas excelências atenderem seus cabos, amigos e até eleitores nos gabinetes. Afinal, neste calor, dá um trabalho danado pegar água na geladeira da Câmara.

BONS TEMPOS II
Escreveu Pera: “sob a afirmativa: ‘A transparência nunca foi o forte da Câmara de Gaspar’ [que eu escrevi na coluna de terça-feira passada], quero fazer um reparo”. E fez bem. Eu errei em considerar a Câmara de Gaspar do passado como se fosse a atual. E tudo se consagrou quando o PT, em minoria na Câmara, e José Hilário Melato – o reeleito mais articulado - se uniram a partir da legislatura que se iniciou em 2008, para manobrar e dar uma maioria de “resultados”. Vieram o aumento do número de vereadores, os tais assessores, o incremento sucessivo do quadro próprio (e que se amplia agora com Ciro para regularizar a situação dos assessores perante a uma exigência legal determinada pelo Ministério Público, o que cuida da Moralidade Pública) e às mordomias. A divisão de poder e político se acentuou ainda mais a partir da legislatura de 2012, nos tais acordos de presidência da casa. Ali prevaleceram os loteamentos e as perpetuidades, como a coordenação dos vereadores mirins.

BONS TEMPOS III
Escreve Pêra: “fui vereador entre 1993-1996 e mesmo com o número menor de 13 vereadores (que há nesta legislatura), e há que considerar. Até àquela legislatura, a Câmara de Gaspar se consagrava como uma das mais enxutas e produtivas da região e com total abertura de suas ações, apesar de não termos à época os mesmos meios de comunicação simultânea de hoje. Iniciamos a legislatura com três funcionários: Sra. Elza que atuava na copa e cozinha; Ieda Beduschi secretaria e Hércules dos Santos como assessor técnico legislativo, depois foi contratado o sr. João Neves como motorista (porque a Câmara adquiriu um veículo naquela legislatura, com o meu voto contrário, que por coerência nunca usei o tal veículo para qualquer atividade como vereador; usava o meu carro até pra ir à Capital do Estado, sem diárias [Ciro e seus assessores foram os campões no uso de diárias na legislação passada], custeada as despesas pelo valor mensal de ajuda (que não chamávamos de salário)”.

BONS TEMPOS IV
“Fazíamos as reuniões à noite [ agora é à tarde e pretende-se mudar para o final da tarde]. Eram seis encontros por mês e participávamos das reuniões das comissões à noite ou durante o dia, conforme agenda, já que todos os vereadores tinham suas funções profissionais. Servidor público podia ser vereador sem sair da sua função porque não havia incompatibilidade de horário. Terminava mandato, se eventualmente se se reelegesse seguia, continuava atuando no que fazia antes de ser eleito. Se cumpria o mandato efetivamente legislativo. Porque se discutia os projetos, analisando. Lembro que numa relatoria de um projeto fiz pesquisas em diversos municípios (se tratava da revisão dos feriados municipais) para termos uma uniformidade regional. E projetos entravam em discussão, com posições firmes. Fizemos CPIs...”[ basta lembrar que foi por ação de Pêra, com a ampla publicidade do Cruzeiro do Vale, que o ex-prefeito Bernardo Leonardo Spengler, PMDB, foi apeado do poder e nunca mais voltou].

BONS TEMPOS V
Prossegue Pera: “sobre os gastos da Câmara não se recebia [antecipado] mais do que o necessário [das despesas realizadas]. Embora houvesse um índice (em torno de 2%) de repasse [é o duodécimo constitucional] nunca requeremos o mesmo. Lembro que sra. Leda no dia 20 de cada mês fazia uma previsão de gastos e remetia ao Executivo e eram repassados os valores estritamente necessários. Nunca foram requeridos os 2% legais, porque não se gastava à toa. A mudança verificada nas últimas décadas não melhorou em nada a percepção de eficiência e respostas à efetiva competência do Legislativo...cada vez mais apêndice do Executivo. Reitero que as práticas desta ordem se deram durante as mesas diretoras nos quatro anos”. Volto. Pois é. Para os atuais mandatários das Câmaras – e não aponto apenas para a de Gaspar – quem fez a economia relatada por Pera em benefício do cidadão, da comunidade e da qualidade política, foi trouxa. Os atuais parlamentares – e não me refiro apenas a Gaspar ou até Ilhota - não perceberam que a sociedade está ficando saturada; está com saudade dos bons tempos. É esta sociedade, sacrificada, quem paga toda essa farra. Daí a insistência dos políticos e gestores públicos em esconder as mazelas e usufruir ao máximo do falso status e poder, com os pesados impostos de todos nós e que muitas vezes faltam à saúde, educação, obras, assistência social, cultura, desenvolvimento econômico e segurança. Como dizia o bordão do falecido humorista Lilico, no seu bumbo: “Bons tempos, não voltam mais. Saudade!”.

O BAFO
O Tribunal de Contas está cercando as Câmaras Municipais de Santa Catarina, como um todo. A de Gaspar recebeu um ofício do Ministério Público que atua naquele Tribunal. É, uma Notificação Recomendatória e que leva o número MPC/393/2017. A procuradora-geral Adjunta, Cibelly Farias Caleffi e pelo o procurador Diogo Roberto Ringenberg, enumeram as vedações à prática do nepotismo. E por conta delas, solicitaram diversas informações das Câmaras. A Câmara de Gaspar tem de 20 dias para responde-los. Há entendidos na Câmara reclamando de que nunca foram tão fiscalizados como são agora pelo MP. Perguntar, não ofende: o que querem esconder? A Câmara não deveria ser o exemplo na fiscalização da probidade administrativa? Acorda, Gaspar!

EJA, DESVIO DO FOCO I
Na sexta-feira dei uma nota sobre a EJA – Educação de Jovens e Adultos de Gaspar. E de pouca coisa, por pouco não vira um bafafá. Tudo para esconder uma realidade: a falta de vagas ou a tentativa de esconder a falta de mecanismos para descobrir quantas vagas seriam precisos criar para atender a verdadeira demanda. E no decorrer da tentativa de abafar o problema, confirmou-se que há falta planejamento para no mínimo se saber à essa defasagem. Alguém que leu a nota na coluna e as contra-notas na área de comentários, entrou na conversa. E palpitou não propriamente sobre o problema abordado na coluna para Gaspar, mas que vale para as EJAs em si e por onde eles estão em todo o Brasil. Em Gaspar isso pode estar criando um inapropriado gargalo e que precisa ser resolvido na secretaria de Educação. Outra: revelou que tem gente fora da escola por falta de vagas e não é o caso grave das creches que magicamente sumiu do noticiário, e serviu de mote e guerra pelos votos na campanha eleitoral municipal do ano passado.

EJA, DESVIO DE FOCO II
“A questão da fila de espera da EJA, é que o mesmo perdeu seu foco original que era a educação de jovens e adultos. Atualmente a educação básica não dá conta de cumprir seu papel e quando os adolescentes completam 15 anos e estão com altos níveis de repetência, são gentilmente convidados pela direção das escolas a se retirarem e matricularem-se na EJA”. Hum! “Aí temos outro grave problema, pois o tráfico tem porta escancarada para o aliciamento, devido a precariedade da nossa segurança pública e da infraestrutura ofertada no EJA aos nossos adolescentes. Qualquer família que se preze, jamais permitiria a matricula de um adolescente na EJA. Exigiria uma vaga em uma escola de sua área de abrangência”. E para isso, a leitora diz que se pode fundamentar o texto, artigo 53 do ECA – Estatuto da Criança e do Adolescente [ A criança e o adolescente têm direito à educação, visando ao pleno desenvolvimento de sua pessoa, preparo para o exercício da cidadania e qualificação para o trabalho].

EJA, DESVIO DE FOCO III
“Além de toda esta questão da EJA”, prossegue a leitora no seu comentário, “a desorganização na educação básica é tamanha que não se tem noção do tanto de crianças evadidas da educação infantil para os primeiros anos e ao nono ano para o ensino médio. O município não tem controle de nenhuma das referidas demandas. As aulas iniciaram há duas semanas e ainda temos crianças fora da escola por falta de vaga. Não vamos nem mencionar a questão do transporte público e escolar. Assunto para outro momento”. Então? O que escondem? É uma herança maldita? Por que não apontar os erros e errantes e ao mesmo tempo propor soluções? Buscaram o poder para que? Não foi para “Construir o futuro, recuperar a credibilidade e o desenvolvimento de Gaspar”? Acorda, Gaspar!

O VERDE DA DISCÓRDIA
Nas redes, o governo de Kleber Edson Wan Dall, PMDB, está plantando flores e árvores por canteiros e calçadas de Gaspar. Na outra ponta, fiscais da secretaria de Planejamento e Meio Ambiente e Defesa Civil estão determinando o corte de árvores nas calçadas. Como? Foi o que aconteceu no Loteamento São Francisco, no Bela Vista. Um fiscal foi lá, movido por queixas de moradores e mandou os proprietários por tudo abaixo em suas calçadas. Alegavam que as árvores atrapalhavam a passagem dos pedestres, quando na verdade, a construção de lixeiras, posterior ao plantio das árvores, teria gerado o problema. Outra parte dos moradores reagiu. Informado, Rafael Andrade Weber, Superintendente de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável. optou pela suspensão da ordem do fiscal. O impasse só foi resolvido, todavia, pois o fiscal se sentia desrespeitado na ordem que impôs, numa reunião com o secretário Alexandre Gevaerd que acolheu a decisão técnica de Rafael. Mas, já era tarde. Como mostra a foto diante do medo e pressão, algumas árvores frutíferas plantadas nas calçadas do loteamento, já tinham sido decepadas. Falta comunicação no novo governo gasparense.

TUDO PÁRA NA PROMOTORIA, SAI SATANÁS I
Quem é leitor ou leitora da coluna sempre soube que a Ditran – Diretoria de Trânsito – que na “Reforma Administrativa” feita pelo PT – ela passou a ser ligada à secretaria de Administração e Gestão -, era um poço de problemas e afrontas. A Ditran é uma velha conhecida do Ministério Público desde a gestão de Jackson José dos Santos, depois com Dirceu dos Passos e por último, com José Lourival Lana, o Garoa. Então, o novo diretor José Marildo Azevedo, nomeado por Kleber Edson Wan Dall, PMDB, não pode reclamar e sabia o que ia encontrar. E encontrou: um ofício do MP, que cuida da Moralidade Pública. Ele pedia mais explicações sobre o relatório que recebeu dos questionamentos que fez sobre às supostas irregularidades na implantação das tais faixas elevadas e lombadas físicas nas ruas de Gaspar.

TUDO PÁRA NA PROMOTORIA, SAI SATANÁS II
A denúncia foi levada ao MP ainda quando o governo era do petista Pedro Celso Zuchi. Para agir, o MP, fez vários questionamentos à Ditran. A resposta que a Ditran do PT deu ao MP naquela oportunidade, como sempre, foi insuficiente. E parece que não é algo simples de fazer, pois o atual diretor, por duas vezes, pediu mais prazo ao MP para concluir o retrabalho que tirou gente da fiscalização do trânsito por dias seguidos. E por que? Pois atentem para à desorganização da Ditran: não havia uma catalogação das tais e faixas elevadas e lombadas físicas. Foi preciso procurá-las por todo o município, para vistoria-las e assim atender os questionamentos do MP. Uns falavam em 95: encontraram 118 faixas elevadas e 40 lombadas. E qual foi a conclusão da Ditran? Realmente, as 118 faixas elevadas não atendem à resolução 495/2014 do Contran. E as lombadas, por sua vez, não possuem os estudos anuais de renovação e que é obrigatório pela legislação. Meu Deus! E essa gente multava os motoristas porque entendia da legislação? Sabe quanto custou cada faixa elevada para os gasparenses? Em média, por baixo, R$10 mil. Multiplica-se por 118! Incrível: quase R$1,2 milhão. Quanto custará o reparo, a adequação ou a refação? Salva-nos! E depois sou eu quem sou o crítico, o que não tem ética exatamente porque não escondo essas mazelas. Em tempos de crises e faltando dinheiro para saúde, assistência social, mais vagas nas creches, obras e o dinheiro de todos é mau usado por que deveria fazer bem feito ou por falta de fiscalização de quem deveria fiscalizar antes do Ministério Público o errado, o desperdício?

TUDO PÁRA NA PROMOTORIA, SAI SATANÁS III
Por isso, a Promotoria Pública e que na Comarca de Gaspar cuida da Moralidade Pública, virou a tábua de salvação dos políticos e gestores públicos que querem lavar as suas mãos perante às suas obrigações e diante dos ex-gestores ou opositores. Do jeito que está indo, não seria melhor vestir o promotor ou promotora de Executivo ou de vereador? Por que os gestores públicos não fazem o correto ou quando percebem um desvio do padrão, não montam os processos administrativos para responsabilizar os autores dos erros? Porque são amigos, são cabos eleitorais, são do esquema...Por que os vereadores não montam as Comissões Parlamentares de Inquéritos, trabalhando, fiscalizando e investigando com à coleta de provas, depoimentos e produção de relatórios para a punição ou absolvição dos envolvidos. E como manda o rito procedimental, enviar tudo à Promotoria Pública, à promotoria do Tribunal de Contas, subsidiando também os processos administrativos internos dos entes públicos envolvidos, ao invés, de comodamente terceirizar este papel primário ao Ministério Público? Pelo mesmo motivo, os políticos obrigados à fiscalização ou ações punitivas, não querem se indispor nas alianças ou ficarem expostos, pois com o rabo comprido, não querem ser alcançados em outros momentos por quem teriam que acusar. Quando era oposição ao PT, o PMDB de Gaspar enxergava problemas como este das faixas, mas não se interessou pela denúncia. Também terceirizou as denúncias sobre outras irregularidades para não “se desgastar”. Deixou isso ao DEM e PSDB. Agora, que é governo, e é obrigado a tomar decisões, o PMDB e PP estão terceirizando-as ao MP para não se desgastar? Acorda, Gaspar!

ILHOTA EM CHAMAS I
O novo secretário de Agricultura e Meio Ambiente de Ilhota, Robson Dias, PV, acaba de determinar o fim da prática indevida da cobrança das notas fiscais para os produtores rurais de lá. Ela era feita até agora por todas as administrações. E não havia razão para isso. E por que? O município, conveniado com o estado de Santa Catarina, apenas emite a nota do produtor rural. Ou seja, todas as folhas de notas que a secretaria de Agricultura recebe são repassadas pelo estado de forma gratuita, sendo uma obrigação legal a emissão gratuita delas. Porém, espantosamente as notas, até agora, elas eram cobradas dos agricultores e pagas diretamente aos funcionários que as emitiam. Pior: não havia boleto, muito menos previsão de tributação na tabela do município para este tipo de serviço, mas mesmo assim as emissões eram cobradas e o dinheiro era depositado numa urna de madeira – infestada de cupim e que não foram suficientes para comer a cara de pau dos agentes públicos - que ficava ao lado do computador que emitia estas notas fiscais que tinham preço ao agricultor. Ai, ai, ai.

ILHOTA EM CHAMAS II
Para que serve a antiga balsa de Ilhota? Para nada ou para continuar a dar prejuízo ao município? Desativada desde a inauguração da Ponte dos Sonhos, na administração de Daniel Christian Bosi, PSD, ao invés de ser alienada de ex-governo ou pelo atual, Érico de Oliveira, PMDB, a balsa foi encostada na margem direita do Rio Itajaí Açú. Neste domingo, ela mais uma vez foi a pique com o barco de reboque. O município teve que gastar com guincho para trazê-la à tona, como mostra a foto a esquerda. O trabalho terminou já era noite. Na foto à direita e feita nesta segunda-feira, a balsa arriada no barranco de acesso para não afundar novamente

TRAPICHE

Devido ao Carnaval, a sessão da Câmara de Gaspar será amanhã, dia primeiro, quarta-feira de cinzas. E será no horário das 15h. O novo horário continua sendo debatido. O assunto está na Comissão de Legislação, Justiça, Cidadania e Redação.

O prazo para emendar este Projeto de Resolução é até o dia 16 de março. Quem oficialmente mandou um ofício à Câmara apoiando a mudança do horário do início das sessões das 15h para as 17h, foi o Sindicato dos Trabalhadores no Serviço Público de Gaspar, o Sintraspug.

O Sintraspug quer este horário para já. Quer colocar os servidores lá para pressionar e acompanhar as discussões dos reajustes dos seus vencimentos e que já está na mesa do prefeito Kleber Edson Wan Dall, PMDB.

A ideia do novo horário, como já escrevi aqui, é muito boa, mas expõe riscos. Tanto que o PT no poder aqui em Gaspar por oito anos, o que aparelha sindicatos e diz defender os trabalhadores – mas, os lançou num universo de mais de 13 milhões de desempregados –, sempre manobrou para que isso não acontecesse.

Zuchi e o PT não queriam o bafo dos servidores filiados ao Sintraspug liberados depois das 17h para questioná-los nas sessões legislativas.

A proposta da mudança foi feita exatamente nesta legislatura pela bancada governista com Ciro André Quintino, Evandro Carlos Andrietti Francisco Hostins Junior, Francisco Solano Anhaia, todos do PMDB; José Ademir Moura e Silvio Cleffi, do PSC, além de Franciele Daiane Back, PSDB.

E ela revela coragem diante do timming impróprio da proposta. Ela corre o risco de ser aprovada e vigorar antes deste debate dos reajustes dos servidores para este ano.

Para quem em início de governo, se este quadro se confirmar, terá que ficar exposto à duas feras no plenário: aos servidores animados pelo Sintraspug e à oposição liderada pelo PT (com o PDT e PSD), o que sempre negou os reajustes aos servidores municipais, mas que desta vez está pronto para mudar a casaca e defende-los como nunca antes fez. Uma festa.

A ideia é boa. Ela deve ser aprovada inclusive com os votos do PT, PDT e PSD, os agora vivamente interessados. Mas, tem cheiro que será cozinhada em banho-maria no Legislativo com necessários entraves e desentraves jurídicos. Orientação, já existe.

A sessão da Câmara de amanhã em Gaspar é digna da ressaca. Só indicações para ser votada. Nenhum requerimento, nenhuma moção, nenhum projeto para ser votado.

Nada como um dia após o outro. O vereador Dionísio Luiz Bertoldi, PT, colocou uma indicação para aprovação. Rir é pouco.

Ela pede a revisão e, consequentemente, substituição das placas indicativas de ruas que apresentam má visibilidade ou com falta de letras; é preciso uma estratégia de ação para fazer frente a este problema, em todos os bairros de nossa cidade, justifica ele.

Dionísio está certíssimo, a não ser pelo fato dele ser irmão do ex-secretário de Obras, Lovídio Carlos Bertoldi, e candidato a prefeito derrotado do PT. Durante três anos o PT, o prefeito Pedro Celso Zuchi e o secretário Lovídio não conseguiram ver esse problema na cidade.

Gaspar acaba de publicar o balanço das contas do mês de dezembro de 2016, os últimos dos oito anos de condução de Pedro Celso Zuchi, PT.

“Matar uma pessoa se chama homicídio, mas matar um país se chama Chavismo”, Óscar Rafael de Jesús Arias Sánchez, 76 anos, defensor dos direitos humanos, foi presidente da Costa Rica entre 1986-1990. Isto serve de reflexão para o Brasil e os brasileiros. Qualquer semelhança com o lulismo, o PT e gerente Dilma Vana Rousseff, não é mera coincidência.

Num outro mundo. Tem político de Gaspar que prefere falar sobre os problemas do Brasil, de outros países, de outros estados, de outros municípios. Tem radialista, que na sua rede social posta de tudo, menos o que acontece na cidade. Por isso, sou crítico.

Ilhota em chamas. O prefeito Érico de Oliveira, PMDB, apressou-se, mais uma vez, em dar explicações tão logo viu o assunto do transporte dos universitários voltar ao noticiário daqui do jornal Cruzeiro do Vale.

Ilhota em chamas. Érico, garantiu que não esqueceu da promessa de campanha e nem da reafirmação que fez há duas semanas, quando o assunto explodiu nas cobranças dos estudantes aqui nesta coluna e nas redes sociais e o obrigou a se posicionar.

Ilhota em chamas. Segundo o prefeito, está sendo feito uma concorrência. É? Onde está o edital? Se existe, ainda não ganhou a publicidade obrigatória. Nada apareceu até sexta-feira passada no Diário Oficial dos Municípios – aquele que se esconde na internet -, nem mesmo no site da prefeitura de Ilhota. Então...

Como funciona. A portaria 7.373 da prefeitura de Gaspar declarou a partir 17 de fevereiro 2017, a vacância do cargo de provimento efetivo de Agente de Serviços Especializados III, da servidora MARIA KRUMMENACKER, lotada na Secretaria da Fazenda, em virtude de aposentadoria por tempo de contribuição.

E o que diz a portaria seguinte, a 7.374? Fica nomeada, a partir de 17 de fevereiro de 2017, a servidora MARIA KRUMMENACKER, para o exercício de cargo em comissão de Coordenadora de Atendimento, na Secretaria Municipal de Fazenda.

Comentários

Herculano
02/03/2017 22:44
AUDIÊNCIA OU COMÍCIO NO BELCHIOR BAIXO?

Na quinta-feira à noite, a audiência pública da Câmara de Vereadores de Gaspar, no Belchior Baixo, para discutir a insegurança dos moradores locais diante das fugas registradas da penitenciária de Blumenau (que fica nos limites da divisa), como se esperava, virou um comício do PT, que foi apeado recentemente do poder em Gaspar pelo voto.

Exagero meu? De prático o que foi definido para dar mais segurança aos moradores do Belchior Baixo?

Estava lá a deputada estadual Ana Paula Lima, PT, comandando o time que teve até a presença do ex-prefeito Pedro Celso Zuchi, PT.

O atual prefeito de Gaspar, Kleber Edson Wan Dall, PMDB, não apareceu.

Encontraram culpados: o prefeito de Blumenau, Napoleão Bernardes, PSDB, e o governador do estado, Raimundo Colombo, PSD. Solução para os moradores? Nenhuma.

E ninguém lembrou aos do PT e PDT, que agora são uma coisa só, que a campanha eleitoral já terminou.Acorda, Gaspar!
BELCHIORENSE BAIXO
02/03/2017 12:45
Rui Deschamps quer "algumas explicações quanto a segurança do local"( quanto a fuga do presídio perto do Belchior)

Ele poderia pedir à gestão municipal anterior, PT, as explicações que ele quer ouvir do ESTADO!

VAMOS A REPORTAGEM:


Após diversos acontecimentos que causam pânico aos moradores que vivem nas proximidades da Penitenciária Industrial de Blumenau , os vereadores Roberto Procópio e Rui Carlos Deschamps decidiram marcar uma audiência pública para discutir o assunto e buscar soluções. O encontro acontece na quinta-feira, 2 de março, a partir das 19h, na Capela Santa Catarina, localizada na rua Vidal Flávio Dias, no Belchior Baixo.

Fonte: TV GASPAR
Sidnei Luis Reinert
02/03/2017 12:12
Temer tem pressa para a agenda antes do "juízo final"


Edição do Alerta Total ?" www.alertatotal.net
Por Jorge Serrão - serrao@alertatotal.net

Era previsível que Michel Temer enfrentaria problemas reais com o questionamento judicial da chapa reeleitoral encabeçada pela Dilma e com ele de vice. A aposta de Temer é que, se porventura terminar condenado a perder o mandato, isto só deve acontecer depois de março de 2018. Até lá, a avaliação temerária é que nada será julgado antes deste prazo. Por isso, a ordem é acelerar nas "reformas" e nos "negócios" (privatizações e Parcerias Público Privadas), para minimizar os riscos.

Quem também está na maior correria é o ministro Hermann Benjamin, relator do caso Dilma-Temer, cujo mandato no Tribunal Superior Eleitoral se encerra em outubro. O "Presidente-réu" vai indicar o substituto dele... Além disso, joga contra o processo o fato de Temer ter poder para indicar, em abril e maio, dois novos integrantes para o TSE. Assim, Temer terá chance de emplacar três dos sete ministros que julgarão a situação da chapa presidencial de 2014 ?" que certamente recebeu dinheiro de corrupção que acabou "lavado" pela via de "doações" eleitorais "dentro da lei".

Temer ficou tranqüilo com o depoimento dado ontem por Marcelo Odebrecht. Outras dezenas de testemunhas terão de ser ouvidas. O processo vai demorar... Haverá produção de provas, contraprovas, questionamentos, reinquirições e as providenciais pressões de bastidores para que tudo ande o mais devagar possível. Temer não tem certeza de que ganha o processo. No entanto, tem certeza de que ganhará tempo, porque vai correr contra para cumprir sua "missão". Uma CPI da Previdência, por exemplo, incomoda mais Temer que o processo no TSE.

Vale repetir por 13 x 13: Temer pode balançar, porém não vai cair. Se for derrubado, será no finalzinho do mandato, em 2018. A chance real é de uma antecipação da eleição presidencial, em vez de uma eleição indireta para o Palácio do Planalto. O trunfo de Temer é que a agenda econômica será cumprida, custe o que custar. Se depender dos deuses do mercado financeiro, Temer ficará onde está até seu último dia de mandato.

Visão de fora

Do cientista político Steven Brams, do Departamento de Política da Universidade de Nova York, conhecido por usar as técnicas da teoria dos jogos, a teoria da escolha pública, e a teoria da escolha social para analisar sistemas de votação e divisão justa em eleições americanas, analisando a crescente opção de brasileiros que pedem "intervenção militar":

"Há vários segmentos que pensam diferente, com objetivos diferentes. Pelo que eu vejo, há grupos de pessoas que estão sugerindo uma intervenção militar no Brasil. Podemos dizer que este segmento é mais coeso do que os outros, pois se fixam apenas em um único objetivo. Este segmento não defende partidos, políticos e nem o sistema. É mais patriótico e mais coeso do que os demais segmentos. Este grupo de pessoas exigem uma mudança radical no sistema, ou sua total destruição. É mais radical e mais coeso neste sentido. Talvez por isso não encontre apoio de políticos e nem da mídia que vive nas beiradas do sistema. Uma intervenção militar com o povo exigindo mudanças, certamente colocaria em risco o atual sistema político brasileiro".
Herculano
02/03/2017 10:11
A DESTRUIÇÃO DE ESTATAL POR ESTATAL

Conteúdo de O Antagonista. A voracidade por capital com que o PT governou durante três mandatos e meio deixou os Correios também de joelhos.

Dilma Rousseff torrou o caixa dos Correios, exigindo que a estatal repassasse à União o lucro que tinha e que não tinha.

De acordo com o Globo, a estatal repassou R$ 1,9 bilhão entre os anos 2000 e 2010. Nos três anos seguintes, porém, os Correios remeteram R$ 2,9 bilhões para atender à sanha gastadora de Janete.

Os repasses exagerados, os desmandos de gestão e a corrupção na estatal (usada desde o primeiro mandato de Lula para financiar o mensalão) foram responsáveis por levar os Correios ao prejuízo de R$ 2,1 bilhões em 2015.

Agora a Controladoria Geral da União decidiu responsabilizar o conselho de administração e a diretoria executiva da estatal por não terem tomado medidas que impedissem a dilapidação do patrimônio da empresa, diz a reportagem.
Herculano
02/03/2017 10:08
AUDIÊNCIA

Uma coluna acessada por gasparenses em Nova Iorque e que de lá, opinam os conteúdos daqui.
Herculano
02/03/2017 10:07
MAIS SURUBA. JUIZ ENVIA PARA TEMER PERGUNTAS DE CUNHA SOBRE A CORRUPÇÃO NA CAIXA

Conteúdo e texto do Congtresso em Foco. O juiz federal Vallisney de Souza Oliveira determinou o envio ao presidente Michel Temer de 19 perguntas feitas a ele pelo ex-presidente da Câmara Eduardo Cunha (PMDB-RJ). Parte delas havia sido vetada pelo juiz Sérgio Moro em processo que corre na capital paranaense. Os questionamentos serão encaminhados ao presidente, arrolado como testemunha de defesa de Cunha na ação em que o ex-deputado cassado é réu por irregularidades na Caixa Econômica Federal.

Em seu despacho, Vallisney ressaltou que Temer "poderá se reservar ao direito de não responder a perguntas impertinentes ou autoincriminatórias". Entre outras coisas, Eduardo Cunha questiona se o presidente participou, juntamente com o ministro Moreira Franco (Secretaria-Geral da Presidência), de reuniões para tratar de propina ou doações eleitorais em troca de financiamentos do fundo de investimento do FGTS, o FI-FGTS. Pergunta, ainda, se Temer tem conhecimento de oferecimento de propina a Moreira Franco.

Em novembro do ano passado, Moro vetou 20 das 41 perguntas dirigidas por Cunha a Temer. Segundo o juiz que conduz a Lava Jato em Curitiba, alguns questionamentos eram inapropriados e não deveriam ser avalizados pela Justiça Federal porque o presidente da República tem foro privilegiado. Só pode responder ao Supremo Tribunal Federal. Entre as 18 testemunhas listadas por Cunha em Brasília, estão, além de Temer, Moreira Franco, o ex-presidente Lula, o ex-prefeito do Rio Eduardo Paes e o ex-ministro da Fazenda Guido Mantega.

Em uma das perguntas, o ex-deputado faz referência a uma pessoa chamada Érica, sem citar sobrenome ou cargo. "[Michel Temer] Tem conhecimento de oferecimento de alguma vantagem indevida, seja a Érica ou Moreira Franco, seja posteriormente para liberação de financiamento do FI/FGTS?"

Ele também indaga se o presidente teve participação na negociação de doações eleitorais para o então peemedebista Gabriel Chalita na disputa à prefeitura de São Paulo, em 2012, mediante liberação de recursos da Caixa. "Sabe dizer se algum deles fez doação para a campanha de Gabriel Chalita em 2012? Se positiva a resposta, houve a participação do senhor? Estava vinculada à liberação desses recursos da Caixa no FI/FGTS?". No questionário, Cunha faz referência a André de Souza, conselheiro do FI-FGTS indicado pela CUT, que acabou ficando próximo de Moreira.

Confira as perguntas de Cunha a Temer:

1) Em qual período Vossa Excelência foi Presidente do PMDB?

2) Quando da nomeação do senhor Moreira Franco como vice-presidente de Fundos e Loteria da Caixa Econômica Federal, Vossa Excelência exercia a Presidência do PMDB?

3) Vossa Excelência foi o responsável pela nomeação dele para Caixa? O pedido foi feito a quem?

4) Em 2010, quando o sr. Moreira Franco deixou a CEF para ir para a coordenação da campanha presidencial como representante do PMDB, Vossa Excelência indicou Joaquim Lima como seu substituto na referida empresa pública?

5) Vossa Excelência conhece a pessoa de André de Souza, representante dos Trabalhadores no Conselho no FI/FGTS à época dos fatos?

6) Vossa Excelência fez alguma reunião para tratar de pedidos para financiamento com o FI-FGTS junto com Moreira Franco e André de Souza?

7) Vossa Excelência conhece Benedito Júnior e Léo Pinheiro?

8) Participou de alguma reunião com eles e Moreira Franco para doação de campanha?

9) Se a resposta for positiva, estava vinculada a alguma liberação do FI-FGTS?

10) André da Souza participou dessas reuniões?

11) Vossa Excelência conheceu Fábio Cleto?

12) Se sim, Vossa Excelência teve alguma participação em sua nomeação?

13) Houve algum pedido político de Eduardo Paes, visando à aceleração do projeto Porto Maravilha para as Olimpíadas?

14) Tem conhecimento de oferecimento de alguma vantagem indevida, seja a Érica ou a Moreira Franco, seja posteriormente, para liberação de financiamento do FI/FGTS?

15) A denúncia trata da suspeita do recebimento de vantagens providas do consórcio Porto Maravilha (Odebrecht, OAS e Carioca), Hazdec, Aquapolo e Odebrecht Ambiental, Saneatins, Eldorado Participações, Lamsa, Brado, Moura Debeux, BR Vias. Vossa Excelência tem conhecimento, como presidente do PMDB até 2016, se essas empresas fizeram doações a campanhas do PMDB. Se sim, de que forma?

16) Sabe dizer se alguma delas fez doação para a campanha de Gabriel Chalita em 2012?

17) Se positiva a resposta, houve a participação de Vossa Excelência? A doação estava vinculada à liberação desses recursos da Caixa no FI/FGTS?

18) Como vice-presidente da República desde 2011, Vossa Excelência teve conhecimento da participação de Eduardo Cunha em algum fato vinculado a essa denúncia de cobrança de vantagens indevidas para liberação de financiamentos do FI/FGTS?

19) Joaquim Lima continuou como vice-presidente da Caixa Econômica Federal em outra área a partir de 2011 e está até hoje, quem foi o responsável pela sua nomeação?
Vilma
02/03/2017 10:05
Bom dia Herculano.

Será que alguém tem alguma dúvida que o rombo da Previdência tenha falcatrua!?. E antes de mudar a vida de todos aqueles que estão se organizando desde o primeiro emprego, eu por exemplo, comecei a contribuir com 14 anos, e numa atitude irresponsável dos políticos muda tudo sem ao menos ter certeza de que é a coisa certa a se fazer??...O mínimo que esses políticos salafrários devem fazer é uma CPI séria. E ainda assim tem muita gente, políticos, funcionários públicos, militares, etc que estão com aposentadorias muito acima da realidade!!!!
Herculano
02/03/2017 10:02
DEMOROU, MAS PARECE QUE ENTENDEU QUE NA SURUBA DOS POLÍTICOS, SOBROU PARA ELE QUE FINANCIOU O DOENTE E ABSOLUTO REINADO DE HENRIQUE VIII BRASILEIRO. PRESO NA TORRE DE CURITIBA, ESTÁ CONVENCIDO DE QUE VAI PAGAR ENQUANTO SEUS ALGOZES SOLTOS MANOBRAM PARA CONTINUAREM LIVRES E SEM MÁCULA.

MANCHETE DO JORNAL O ESTADO DE S. PAULO: " EU ERA O BOBO DA CORTE DO GOVERNO [LULA E DILMA]", DISSE MARCELO ODEBRECHET

Texto de Erich Decat e Beatriz Bulla, da sucursal de Brasília.Em depoimento à Justiça Eleitoral, Marcelo Odebrecht disse que se sentia o "bobo da corte" do governo federal, segundo relatos colhidos pelo Estado.
Ao falar sobre a situação da empreiteira baiana que leva seu sobrenome, o ex-presidente do conglomerado demonstrou descontentamento por ser obrigado a entrar em projetos que não desejava e bancar repasses às campanhas eleitorais sem receber as contrapartidas que julgava necessárias.

Marcelo Odebrecht foi preso em junho de 2015, no âmbito da Lava Jato, e pelo seu acordo de colaboração premiada deve permanecer na carceragem da Polícia Federal em Curitiba até o final deste ano.

Marcelo detalhou que tinha contato frequente com o alto escalão do governo ?" como o ex-ministro da Fazenda do governo Dilma Rousseff, com quem negociava repasses eleitorais. "Eu não era o dono do governo, eu era o otário do governo. Eu era o bobo da corte do governo", disse Marcelo Odebrecht, conforme foi relatado ao Estado. Ele também se mostrou incomodado por divergências com seu pai, patriarca e presidente do Conselho de Administração do Grupo Odebrecht, Emilio Odebrecht, quanto a projeto em que a empresa apoiava o governo.

O ex-presidente da empreiteira foi ouvido pelo ministro Herman Benjamin, relator da ação que tramita no Tribunal Superior Eleitoral e investiga a chapa formada por Dilma Rousseff e Michel Temer na campanha eleitoral de 2014.

No depoimento, Marcelo Odebrecht fala sobre a "naturalidade" do caixa 2 em campanha eleitoral, defende a legalização do lobby e deixa claro que a Odebrecht não era a única empresa a usar doações para conquistar apoio político. De acordo com ele, o uso de dinheiro de caixa dois em campanhas eleitorais é algo "natural", mas que de alguma forma envolve também propina. Sobre pagamentos de propina, Marcelo Odebrecht disse saber que os empresários da empresa precisavam fazer "acertos" para poder atuar.
Herculano
02/03/2017 06:38
A RAZÃO PELA QUAL OS INTELECTUAIS BRASILEIROS PRECISAM DE UM IGNORANTE A LIDERÁ-LOS. ELES PROPRIOS RESPONDEM: A MAIORIA DOS ELEITORES SÃO ANALFABETOS, IGNORANTES, DESINFORMADOS E FACILMENTE MANIPULÁVEIS POR UM DELES EM FAVOR DOS SABIDOS DA CASA GRANDE QUE NÃO POSSUEM VOTOS E INTIMIDADES COM A SENZALA.

Algumas centenas que se assumem como "intelectuais", entre eles Chico Buarque, Fernando de Morais, Leonardo Boff...assinaram um manifesto para que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, PT, e todo enlameado, se declare logo candidato a presidente da República.

"Por que Lula?
É o compromisso com o Estado Democrático de Direito, com a defesa da soberania brasileira e de todos os direitos já conquistados pelo povo desse País, que nos faz, através desse documento, solicitar ao ex-Presidente Luiz Inácio LULA da Silva que considere a possibilidade de, desde já, lançar a sua candidatura à Presidência da República no próximo ano, como forma de garantir ao povo brasileiro a dignidade, o orgulho e a autonomia que perderam.

Foi um trabalhador, filho da pobreza nordestina, que assumiu, alguns anos atrás, a Presidência da República e deu significado substantivo e autêntico à democracia brasileira. Descobrimos, então, que não há democracia na fome, na ausência de participação política efetiva, sem educação e saúde de qualidade, sem habitação digna, enfim, sem inclusão social. Aprendemos que não é democrática a sociedade que separa seus cidadãos em diferentes categorias.

Por que Lula? Porque ainda é preciso incluir muita gente e reincluir aqueles que foram banidos outra vez; porque é fundamental para o futuro do Brasil assegurar a soberania sobre o pré-sal, suas terras, sua água, suas riquezas; porque o País deve voltar a ter um papel ativo no cenário internacional; porque é importante distribuir com todos os brasileiros aquilo que os brasileiros produzem. O Brasil precisa de Lula!"
Herculano
02/03/2017 06:24
NINGUÉM OBRIGOU O PASTOR A DISPUTAR O CARNAVALESCO SACERDOCIO DA PREFEITURA, por Josias de Souza

Em aparição pública nesta Quarta-Feira de Cinzas, o prefeito carioca Marcelo Crivella foi instado pelos repórteres a comentar o chá de sumiço que tomou durante o Carnaval. Absteve-se de comparecer até mesmo à tradicional entrega da chave da cidade ao Rei Momo, na abertura da festa. "Nós temos que respeitar as pessoas", disse Crivella. "Ninguém pode ser obrigado a fazer nada. Esse assunto já está superado. A agenda do prefeito deve ser cumprida, o que não necessariamente é a agenda da imprensa."

A má repercussão do comentário levou Crivella a divulgar um vídeo. Na peça,o prefeito alega que prestigiar a folia seria mera demagogia. No fundo, o alcaide tem razão. Ninguém deve fazer nada que não queira. Veja-se, por exemplo, o seu próprio caso. Foi por livre e espontânea vontade que o pastor licenciado da igreja Universal concorreu ao carnavalesco ofício de prefeito do Éden mundial da fantasia. Eleito, não faz sentido fugir - por superstição, fanatismo ou moralismo- dos sacerdócios dos foliões que celebram os seus próprios ritos.

Não há no Rio evento mais relevante do que o Carnaval. Neste ano da graça de 2017, a festa arrastou para a cidade mais de 1,1 milhão de turistas (pode me chamar de consumo, emprego e impostos). Em campanha, Crivella prometera "cuidar das pessoas." Na prefeitura, isso inclui a obrigação de cultuar os deuses do samba. Por sorte, Crivella ainda dispõe de pelo menos três carnavais para demonstrar que não é ruim da cabeça.
Herculano
02/03/2017 06:19
da série: a economista ativista do PT e da esquerda do atraso, nega o conhecimento que possui para se auto-flagelar e alimentar a propaganda enganosa militante. Disse que a inflação não cederia, cedeu; disse que a PEC do teto era um retrocesso; disse que a economia não se recuperaria; agora diz que o "Fora Temer" nos blocos é a voz do povo. O povo como ela, feita de servidores estáveis, de altos salários, com penduriucalhos e reajustes garantidos em plena crise [ os tais de renda crescente que ela cita no artigo], que estão vendo os dias desta ingrata ilusão se aproximarem do ajuste de contas na Reforma da Previdência. O povo desempregado já se aposenta aos 66 anos (e não aos 65 como quer a reforma por idade) e já ganha o teto, que é o salário mínimo, e mesmo que esperasse por ele, hoje já são 44 anos. E mesmo que estivesse empregado, não teria dinheiro para se fantasiar e pular o carnaval para gritar palavras de ordem orquestrado por gente sabida.

A popularidade de governos populistas só serviu para distrair o povo enquanto roubavam e corrompiam na suruba própria, inclusive patrocinando o carnaval enquanto os pobres doentes morriam na fila do SUS

"FORA, TEMER" NO CARNAVAL ESCANCARA IMPOPULARIDADE DO GOVERNO, por Laura Carvalho, economista, professora na USP, para o jornal Folha de S. Paulo

"Nunca na história desse país um presidente perdeu tantos colaboradores em tão pouco tempo por motivos tão pouco louváveis", resumiu Elio Gaspari em sua coluna de 1º de março nesta Folha. A unanimidade do Fora, Temer nos blocos de rua país afora indica, por outro lado, que a impopularidade do presidente vai além: após quase um ano de intensa propaganda do governo, fica cada vez mais evidente sua incapacidade de enfrentar a crise.

A solução dos problemas econômicos do país parecia ser a única saída para um governo ilegítimo e cada dia mais exposto aos escândalos de corrupção. O que os dados mostram, ao contrário, é que uma retomada expressiva do crescimento até 2018 é cada dia mais improvável.

Até agora, a inflação mais baixa, o início da trajetória de queda da taxa de juros básica e a aprovação da PEC do teto de gastos são os únicos elementos vendidos pelo governo como sinais de sucesso.

A reforma da Previdência, por sua vez, seria entregue ainda neste primeiro semestre.

Para os mais de 12 milhões de desempregados país afora, a taxa de inflação mais baixa não chega a ser motivo para jogar confetes. Afinal, salários e preços já vinham crescendo menos desde o ano passado em razão do próprio aumento do desemprego e do fim dos choques de câmbio e preços administrados.

Os ganhos de poder de compra daqueles que ainda têm renda crescente, por sua vez, dificilmente compensarão, do ponto de vista do impacto no consumo, a perda de renda dos que perderam seus empregos.

Quanto aos juros básicos em queda, ainda sem repercussão sobre as taxas de juros reais cobradas pelos bancos, tampouco serão suficientes para estimular o consumo e os investimentos no contexto atual.

Famílias e empresas têm dívidas acumuladas a pagar e ainda enfrentam enorme incerteza acerca de seus rendimentos futuros.

Finalmente, sem ter contribuído em nada para resolver os problemas fiscais no curto prazo, que são fruto de uma queda brutal na arrecadação, a PEC 55/241 apresenta-se mais como um obstáculo do que como uma saída para a crise econômica atual. Com a reforma aprovada, até mesmo iniciativas como a da volta da CPMF -agora defendida pelo relator da reforma tributária no Congresso-, mesmo que sirvam para cobrir parte do rombo fiscal deste ano, não poderão ser utilizadas para ampliar investimentos públicos e estimular a economia.

Uma eventual elevação de impostos também pode criar problemas com boa parte da base do governo, que desde os protestos na avenida Paulista exige não pagar o pato
da crise econômica.

Nesse contexto, o engajamento com a reforma da Previdência ?"cuja popularidade parece baixa até mesmo entre os parlamentares da base aliada?", o agravamento da crise nos Estados e a perda de apoio de parte do empresariado em razão da falta de perspectivas de retomada do crescimento tornam nebuloso o horizonte até 2018.

No Carnaval de 2017, o presidente Michel Temer pode ter vivido sentimentos contraditórios.

De um lado, teve de constatar a bronca dos foliões de todo o país no horário nobre do Jornal Nacional. De outro, ver um país em festa esquecer um pouco da crise e injetar algum dinheiro na economia.

Segundo estimativas da Associação Brasileira da Indústria de Hotéis, só na economia carioca teriam sido injetados R$ 3 bilhões pelos mais de 1,1 milhão de turistas que visitaram a cidade. "?" quarta-feira ingrata, chega tão depressa, só pra contrariar", alertava o clássico do carnaval pernambucano.
Herculano
02/03/2017 06:00
AMANHÃ É DIA DE COLUNA OLHANDO A MARÉ INÉDITA PARA OS LEITORES E LEITORAS DO JORNAL IMPRESSO, CRUZEIRO DO VALE, O MAIS ANTIGO, O DE MAIOR CIRCULAÇÃO E O DE MAIOR CREDIBILIDADE EM GASPAR E ILHOTA. HÁ MELHOR E MAIS LEGÍTIMA PREMIAÇÃO DO QUE ESTA?
Herculano
02/03/2017 05:58
EM VEZ DE VETAR BOLSONARO, O IDEAL É OUVI-LO E DERROTAR O SEU DISCURSO, por Clóvis Rossi, para o jornal Folha de S. Paulo

Jair Bolsonaro é uma das figuras mais lamentáveis de um Congresso que não chega a ser exemplar.

Ainda assim, é um erro - e erro grave - A Hebraica, o clube que reúne a comunidade judaica, tê-lo "desconvidado" de uma palestra, depois da reação de uma parcela da comunidade.

Minha opinião sempre foi a de que não se deve ter medo da palavra. O que, sim, se deve temer é a possibilidade de que essa palavra, sempre que deletéria como me parece ser a de Bolsonaro, ganhe adesões em massa.

Mas o remédio, se é que há remédio para isso, não é silenciar quem quer que seja. É contrapor a um ideário do qual se discorda um conjunto de ideias capazes de seduzir um número maior de pessoas.

Alguém acha que Donald Trump teria sido derrotado se tivesse sido proibido de fazer comícios, participar de debates, dar entrevistas ou tudo o que caracteriza uma campanha eleitoral?

A prova em contrário é o fato de que seus partidários continuam fidelíssimos mesmo depois de formidável barragem de críticas (e fatos negativos) disparada pela maioria dos meios de comunicação.

E continua fiel porque Trump falou - e continua falando- às emoções dessa gente, com mentiras ou com "fatos alternativos", um novo rótulo para a velha mentira, e com algumas verdades.

Bolsonaro também está preenchendo um espaço deixado vazio pela desmoralização de uma fatia substancial do mundo político. É clássico: no vazio político, sobe sempre a tentação autoritária, de que o deputado é uma encarnação desabrida.

No mundo inteiro, está havendo um fenômeno similar: o descrédito dos políticos convencionais é combustível para a ascensão dos Trump da vida e de outros representantes do autoritarismo.

A vantagem da Europa sobre o Brasil é que são raros os casos em que a extrema direita chega de fato ao poder. Ameaça e ameaça nas pesquisas prévias, mas, na hora da decisão, prevalece o sentido comum. Direita civilizada e esquerda idem se unem e afastam o perigo.

É razoável supor que o tremendo estrago causado pelo extremismo no século passado tenha criado um contraveneno de longa duração.

No Brasil, até agora, os nostálgicos do regime militar nem sequer haviam conseguido ter uma representação eleitoral. Só agora, 32 anos depois do fim da ditadura, é que aparece um Bolsonaro com uma assustadora intenção de votos nas pesquisas.

Não será, no entanto, silenciando-o que se inoculará um antídoto. O caso da comunidade judaica é eloquente: nem o fato de um judeu (Vladimir Herzog) ter sido símbolo da violência ditatorial, além de outros muitos membros desse mesmo grupo, impediu que uma fatia importante (mil pessoas) pedisse a presença de Bolsonaro em A Hebraica.

É verdade que quase três vezes mais (2.700 exatamente) se opuseram, mas era preferível que esse pessoal tivesse comparecido à palestra cancelada e desafiado o deputado ao vivo.

Minha experiência de três debates com a comunidade é a de que ela tem gente em quantidade e qualidade suficiente para se contrapor a uma voz homofóbica e autoritária
Herculano
02/03/2017 05:51
PETISTA QUE DIRIGIU O SERPRO NA MIRA DA LAVA JATO, por Cláudio Humberto, na coluna que publicou hoje nos jornais brasileiros

A Lava Jato investiga se o ex-diretor do Serpro (Serviço Federal de Processamento de Dados) Marcos Mazoni teve papel no esquema de corrupção que beneficiou o ex-ministro José Dirceu em contratos milionários de tecnologia para dois ministérios e a Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT), em 2014 e 2015, inclusive para as Olimpíadas. É que nada se decidia na área sem o parecer de Mazoni.

DESFAÇATEZ
O detalhe assombroso é que o esquema de corrupção funcionou quando José Dirceu já estava preso por ordem do juiz Sérgio Moro.

PMDB NA RODA
São investigados os ministérios do Desenvolvimento Social e Esporte, além de dirigentes da ANTT, feudo do PMDB do Senado.

PUDERA
Marcos Mazoni foi um dos petistas mais raivosos com o impeachment. Chamou o governo interino até de "canalha", até ser demitido.

CENTRO DA INVESTIGAÇÃO
O alvo central da investigação são os negócios de R$20 milhões da RT Serviços Especializados Eireli com o governo federal, em 2014 e 2015.

TEMER QUER REFORMAS APROVADAS NO 1º SEMESTRE
O presidente Michel Temer espera que o Congresso aprove as principais reformas ?" Previdência e Trabalhista ?" ainda no primeiro semestre deste ano. Para ele, é fundamental aprovar essas transformações, além de outros projetos estruturantes, "o quanto antes". Não deverá enfrentar grandes dificuldades: a base de apoio ao governo tem mais de 300 deputados e mais de 60 senadores.

ORGULHO
O presidente Michel Temer disse a esta coluna que a base de apoio ao governo no Congresso é o seu maior orgulho.

TRABALHISTA
A reforma objetiva a privilegiar os acordos, nas relações de trabalho, muito embora, segundo Temer, isso já esteja previsto na Constituição.

URGÊNCIA
A Previdência é responsável pela maior parte do déficit público e, sem ela, em oito anos deverá faltar dinheiro para pensões e aposentadorias.

LOBISTA PAVIO CURTO
O lobista Lucio Funaro é conhecido pelo pavio curto. Sentindo-se contrariado, a eventual acareação com o ministro Eliseu Padilha (Casa Civil) e José Yunes pode virar cena de pugilato. Já aconteceu antes.

INCÊNDIO SECRETO
Ainda presidente do Senado, Renan Calheiros manteve escondido um grave incêndio em sua casa na praia da Barra de São Miguel (AL), provocado por um celular ligado à rede elétrica. Ele foi salvo pelo filho Rodolfo, que usou alteres para arrebentar uma porta e resgatar o pai.

JATINHOS NO CHÃO
No governo Michel Temer é visível a redução de uso de jatinhos. É sempre expressivo o número de aeronaves no chão, em frente ao Grupo de Transportes Especiais (GTE), da Base Aérea de Brasília.

CANCHA POLÍTICA
Foi muito elogiado o discurso da ministra Luislinda Valois (Direitos Humanos) no Conselho de Direitos Humanos da ONU, em Genebra. Defendeu o governo, explicou as reformas e os planos para segurança.

MORDIDA DO LEÃO
Começa nesta quinta-feira o prazo para a declaração do Imposto de Renda 2016. Neste ano, a Receita Federal espera receber 28,3 milhões de declarações. São, no entanto, 206 milhões de brasileiros.

SEU DINHEIRO
Em 2014, o último ano do primeiro governo Dilma, ela conseguiu gastar, em média, R$ 117 mil por dia com cartões corporativos, os cartões de pagamento do governo federal.

LETRA MORTA
O artigo 231 do Estatuto do PT prevê expulsão de filiados condenados "por crime infamante ou por práticas administrativas ilícitas, com sentença transitada em julgado." Apesar de tantos ladrões petistas enquadrados nessa regra, só Delcídio do Amaral foi expulso.

MINISTRO DE OLHO
O ministro de Blairo Maggi (Agricultura) foi cinegrafista de Michel Temer na viagem ao Japão, em outubro: registrou, em vídeo, o gesto do presidente cumprimentando cada um dos funcionários do hotel onde se hospedou, que se enfileiraram para se despedir do presidente.

PENSANDO BEM...
...o carnaval acabou, exceto para deputados, que só voltam ao batente no dia 7. Já contando os dias para a Semana Santa.
Herculano
02/03/2017 05:45
SO EMERGENCIAL, editorial do jornal Folha de S. Paulo

O governo Michel Temer (PMDB) retomará uma inglória batalha política para impor contrapartidas obrigatórias aos Estados que hoje buscam o socorro federal.

Conforme projeto recém-enviado ao Congresso, os governos estaduais que aderirem a um plano de recuperação terão de vender estatais dos setores financeiro, de energia e saneamento, destinando o dinheiro à quitação de passivos.

Quanto ao funcionalismo, a alíquota da contribuição previdenciária deve ser elevada a 14% (em geral são 11%); reajustes salariais e ampliação do quadro de pessoal ficam suspensos.

Há condições adicionais tão diversas quanto redução de benefícios tributários, reformas do regime de pensões e corte de despesas de publicidade. A supervisão dos programas de ajuste caberá a conselhos nomeados por Brasília.

São exigências rigorosas, mas desenhadas sob medida para não mais que três Estados atualmente em situação falimentar.

Só Rio de Janeiro, Minas Gerais e Rio Grande do Sul enquadram-se nos parâmetros definidos pelo projeto: dívida maior que a arrecadação anual; gastos com pessoal, juros e amortizações superiores a 70% da receita; caixa insuficiente para obrigações já assumidas.

Ao trio, que chegou a tamanho desastre por decisões soberanas de seus governantes, oferece-se o privilégio de não pagar suas dívidas com a União por 36 meses, a um custo estimado de R$ 37 bilhões para os contribuintes nacionais.

Sem normas de austeridade, esse alívio torna-se mero incentivo a gestões irresponsáveis. Infelizmente, foi essa a escolha da Câmara dos Deputados, que em dezembro derrubou proposta similar de contrapartidas.

Acrescente-se que o pacote emergencial não é solução para fragilidades crônicas das finanças dos Estados, muito mais relacionadas às despesas com pessoal ativo e inativo do que com endividamento (só elevado nos governos mais ricos e em Alagoas).

Pela divisão federativa dos serviços públicos, os gastos dos Executivos estaduais concentram-se em educação, saúde e segurança ?"são decisivamente afetados, portanto, pelas pressões de professores, médicos e policiais.

Por essenciais que sejam tais categorias, suas demandas não raro escapam à realidade orçamentária e até aos limites legais. A recente paralisação de policiais militares no Espírito Santo, por exemplo, recolocou em pauta a regulação das greves de servidores, pendente desde a Constituição de 1988.

Não há lei, porém, capaz de garantir boas administrações. Resta fazer com que as más arquem com os custos de seus desmandos.
Anônimo
01/03/2017 21:49
Ao Alceu Torres

12 anos de PT sem fiscalização causaram estes estragos,teve até cara da Celesc como vereador nos casos de postes... e árvores têm demais nessa cidade, assim como aterros, inclusive naquela área surrupiada da sulfabril, tanto aí na margem esquerda como no loteamento das casas de plástico, aonde o esgoto corre para o rio itajaí açú como no resto da cidade.
Herculano
01/03/2017 20:22
MARCELO ODEBRECHET CONFIRMA ENCONTRO COM TEMER, MAS DIZ QUE NÃO ACERTOU VALORES

Conteúdo do jornal Folha de S. Paulo. Texto de Mônica Bérgamo. O empreiteiro Marcelo Odebrecht confirmou hoje ao TSE (Tribunal Superior Eleitoral) que jantou com o presidente Michel Temer no Palácio do Jaburu, em Brasília, durante a campanha presidencial e que discutiu com ele uma contribuição para a campanha eleitoral de 2014.

Temer era candidato a vice-presidente na chapa de Dilma Rousseff.

Odebrecht negou, no entanto, que tenha acertado um valor de contribuição para a campanha.

Ele afirmou acreditar que os montantes a serem doados tenham sido acertados previamente entre Eliseu Padilha, homem de confiança de Temer e hoje ministro da Casa Civil, e Claudio Melo Filho, ex-diretor de Relações Institucionais da Odebrecht.

Em sua delação premiada, Melo Filho afirma que o acerto foi feito diretamente por Marcelo Odebrecht, no encontro que o então presidente da empreiteira teve com Temer. "No jantar, acredito que considerando a importância do PMDB e a condição de possuir o Vice-Presidente da República como Presidente do referido partido político [PMDB], Marcelo Odebrecht definiu que seria feito pagamento no valor de R$ 10.000.000,00."

Deste total, R$ 4 milhões, segundo Melo, teriam sido destinados ao PMDB via Eliseu Padilha. Uma parte do dinheiro teria sido entregue no escritório de José Yunes, um dos melhores amigos de Temer. Yunes diz que serviu apenas de "mula involuntária" de Padilha, atendendo a um pedido dele de receber um "pacote" em seu escritório.

Os outros R$ 6 milhões, segundo Melo, seriam destinados à campanha de Paulo Skaf ao governo de São Paulo.

Odebrecht confirma o valor mas disse no depoimento de hoje que depois soube que o valor doado foi bem menor.
Herculano
01/03/2017 20:17
TEMER TEM DE DEVOLVER DINHEIRO DE REFORMA INÚTIL, por Josias de Souza

Em tempos de desemprego, cresce o número de brasileiros que, atormentados com as responsabilidades financeiras acima de suas possibilidades, sofrem de tremedeira nas pernas. Em respeito a esses patrícios e a todos os que estão em dia com suas obrigações tributárias, Michel Temer deveria restituir ao Tesouro Nacional os R$ 24.015,68 que foram enterrados na reforma inútil que mandou realizar no endereço mais famoso da República: o Palácio da Alvorada.

Antes de se mudar para a residência oficial dos presidentes, Temer visitou o imóvel com sua mulher, Marcela. A pretexto de adaptar o palácio às necessidades do filho Michelizinho, o casal concluiu que uma pequena reforma seria inevitável. Até aí, beleza. Feitos os ajustes, a primeira-família ocupou o palácio. De repente, menos de duas semanas depois, os Temer decidiram retornar à casa oficial dos vices, o Palácio do Jaburu.

A assessoria alega que Temer ''não se adaptou ao local." Heimmm?!? "Achava tudo muito distante." Hã?!? "Mal conseguia ver o filho.'' Hummm. Alegou-se também que Temer não gostou do Alvorada. Ahhh, vá! Acha que o Jaburu "se parece muito mais com uma casa comum." Ai, ai, ai?

Temer não ignorava o gigantismo do Alvorada. São 7.300 m² de mármore e vidro, sem contar os 1.800 m² do anexo de serviço. Sua mulher visitou o palácio antes da reforma. Percebeu a grandiosidade do imóvel já na entrada, onde um espelho d'água reflete vistosas colunas plantadas ao longo da fachada.

Diz-se que Michelzinho, um azougue de 7 anos, dribla a vigilância da família e dos seguranças. Pudera! O menino está no paraíso do pique-econde, dotado dos seguintes esconderijos: salão principal esparramado por generosos 70 metros de extensão, salão de banquetes com mesa para 30 pessoas, mezanino com pé direito de nove metros, biblioteca com piso de jacarandá maciço? Tudo isso sem contar a academia de ginástica e o cinema no subsolo, além de um quintal onde há uma capela e jardins pelos quais se pode caminhar até seis quilômetros sem repetir uma única trilha.

Difícil não gostar de uma moradia assim. Mas a família presidencial tem todo o direito de residir onde bem entender. O que não é tolerável é a sensação do desperdício de R$ 24 mil do erário numa reforma que só os Temer consideravam essencial e da qual nem eles tirarão proveito. O dinheiro é público, mas não é grátis. Foi arrancado à força do bolso de um sujeito que é equivocadamente chamado de contribuinte. Convém devolver
Mariazinha Beata
01/03/2017 18:33
Seu Herculano;

Que bom que o Papa não vem ao Brasil!
Aqui já tem vermelho a dar com pau.

#PapaPedePraSair
Bye, bye!
Sujiro Fuji
01/03/2017 18:29
Esse Papa é como petralha, devagarinho mostra as garras.
Herculano
01/03/2017 18:04
A CARA DO CRIME E DOS CRIMINOSOS. PRIMEIRO TOMAM O DINHEIRO DOS PESADOS IMPOSTOS DE TODOS, FAZEM FARRA, CAMPANHA ELEITORAL E PROPAGANDA ENGANOSA, ANGARIAM VOTOS DE POBRES, DESASSISTIDOS E IGNORANTES, DEPOIS OS DEIXAM A MERCÊ DE PERIGOS REAIS E TODOS, INCLUINDO EMPRESÁRIOS EMPREITEIROS, LAVAM AS MÃOS E FICAM IMPUNES.

LAUDO APONTA QUE MAIOR OBRA DO MINHA CASA, MINHA VIDA TEM 4 MIK PESSOAS EM RISCO

Conteúdo do Uol (Folha de S. Paulo). Texto de Leandro Prazeres, da sucursal de Brasília.Em Manaus, o maior conjunto habitacional construído pelo programa Minha Casa, Minha Vida, do governo federal, tem ao menos 4.000 pessoas vivendo em situação de risco crítico. A conclusão está em um laudo elaborado pela DPE-AM (Defensoria Pública do Estado do Amazonas) e faz parte de uma ação civil pública movida pelo órgão em fevereiro deste ano contra a União, a Caixa Econômica e o governo do Amazonas, com uma indenização pedida no valor de R$ 133 milhões. O laudo detectou infiltrações, falta de drenagem, vazamentos, rachaduras em paredes e até fissuras em lajes de pelo menos mil apartamentos.

A União, o governo do Amazonas e a construtora Direcional, responsável pela obra, disseram não terem sido notificados pela Justiça. A Caixa rebateu o resultado do laudo, mas disse que enviará uma equipe técnica para avaliar as supostas irregularidades apontadas pela ação.
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Inaugurados em 2012 pela então presidente Dilma Rousseff (PT), os conjuntos residenciais Viver Melhor 1 e 2 são considerados os maiores empreendimentos do Minha Casa, Minha Vida em todo o Brasil. Ao todo, foram construídos 8.895 apartamentos em uma área na zona norte da capital amazonense, a pouco mais de 20 quilômetros do centro da cidade. Os apartamentos se destinavam à chamada faixa 1 do programa, onde se situam as famílias com renda de até R$ 1.800.

A construção dos residenciais foi feita pela construtora Direcional Engenharia com recursos liberados pela Caixa Econômica, enquanto a distribuição dos apartamentos ficou sob a responsabilidade do governo amazonense por meio da Suhab (Superintendência de Habitação do Amazonas).

Pouco mais de dois anos depois de inaugurado, porém, em 2014, os primeiros problemas no conjunto começaram a ser relatados pelos moradores.

Em 2015, técnicos da DPE e do Corpo de Bombeiros fizeram uma vistoria em aproximadamente mil apartamentos e constataram "anomalias e falhas de construção" como fissuras nas lajes, vazamento de instalações sanitárias, infiltrações, rachaduras nas paredes e falta de manutenção no sistema de drenagem e esgoto. A Caixa estima que cada apartamento seja ocupado por uma média de quatro pessoas.

"Frente às suas condições precárias de habitabilidade [...], classificamos a edificação do residencial Viver Melhor de uma forma global como de grau de risco crítico [...], sendo necessária a intervenção imediata para sanar as irregularidades", diz um trecho do laudo.


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De acordo com o Ibape (Instituto Brasileiro de Avaliações e Perícias de Engenharia), grau de risco crítico é aquele em que as construções provocam danos à saúde e à segurança das pessoas e do meio ambiente.

"O governo estadual criou um verdadeiro gueto", diz laudo.Na ação movida pela DPE-AM, o defensor público Carlos Alberto Souza de Almeida Filho menciona a baixa qualidade dos materiais utilizados na obra.

"A própria baixa qualidade dos materiais empregados nas obras se encontra destacada [...] a péssima qualidade das obras, a gerar rachaduras, infiltrações, curtos-circuitos, rompimento de tubulações, vazamentos de esgotos, mofos e toda consequência de um péssimo serviço prestado pela Suhab, com a utilização despreocupada dos recursos do Estado e da União", afirmou.

Em outro trecho, Almeida Filho classifica os residenciais Viver Melhor 1 e 2 como verdadeiros "guetos" em razão da ausência dos chamados "equipamentos urbanos" como escolas e postos de saúde em número suficiente.

"O governo estadual criou um verdadeiro gueto: uma cidade dentro da cidade, para onde se acossaram todos aqueles que se parece não querer ver", diz a ação.

Outro lado
Procurado pelo UOL, o governo do Amazonas, por meio da Suhab, disse não ter sido notificada pela Justiça em relação à ação movida pela DPE-AM e que, por isso, não poderia se manifestar.

Justificativa semelhante à que foi dada pela AGU (Advocacia-Geral da União), responsável por fazer a defesa da União em casos como esse. Em nota enviada por e-mail, a assessoria de imprensa do órgão disse que "ainda não houve citação da União na referida ação, razão pela qual no momento não há como a AGU responder a alguns dos questionamentos feitos", disse. A nota ainda disse que não é atribuição legal da União fiscalizar as obras do Minha Casa, Minha Vida.

A Caixa, por sua vez, contestou o resultado do laudo apresentado pela DPE. "A Caixa informa que não procede a informação de que mil unidades habitacionais apresentam risco crítico aos moradores do residencial. Os empreendimentos do Minha Casa são construídos seguindo padrões de qualidade exigidos pela portaria que regula o programa", disse o banco, por meio de nota enviada ao UOL.

A Caixa disse que o banco não foi notificado e que adotará as medidas cabíveis assim que tiver acesso ao conteúdo da ação.

O banco disse ainda que a responsabilidade por problemas nas obras é das construtoras e que a "qualidade do material empregado nos empreendimentos também respeita necessariamente as normas estabelecidas e segue a legislação vigente". Mesmo assim, a Caixa disse que enviará uma equipe técnica para os residenciais Viver Melhor 1 e 2.

A Direcional Engenharia, responsável pela construção dos apartamentos, por meio de nota, disse que "não possui conhecimento da discussão judicial" movida pela DPE-AM e que a empresa não recebeu nenhum tipo de citação ou intimação referente ao processo.
Sidnei Luis Reinert
01/03/2017 17:53
BERG?"GLIO, VOLTA PARA A BOATE!

Papa: quer distância da politicagem do Brasil, mas recebeu o ditador Maduro no Vaticano


Ele não temia ter as próprias palavras
usadas em benefício do ditador Nicolás Maduro?
O Brasil comemorará agora em 2017 os 300 anos do encontro da imagem de Nossa Senhora Aparecida, padroeira da nação. Como maior país católico, seria mais do que natural a presença do Papa em data tão importante. Mas ele cancelou a vinda. E a desculpa dada é bem ruim de engolir.

Segundo publicou Gerson Camarotti, o Papa Francisco evita "viagens a países que enfrentam um momento político mais delicado para não ser usado por nenhuma das partes envolvidas no debate". Mas ele não nega visitas a Cuba, nações bolivarianas, ou mesmo receber no Vaticano um ditador como Nicolás Maduro. Isso em 2016, com a Venezuela ruindo de fome por mais um experimento desastroso do socialismo.

Ou Jorge Mario Bergoglio não seria contra que Maduro usasse as palavras do líder católico em benefício próprio?

http://www.implicante.org/ponto-de-vista/papa-quer-distancia-da-politicagem-do-brasil-mas-recebeu-o-ditador-maduro-no-vaticano/?utm_content=buffer0ab5c&utm_medium=social&utm_source=facebook.com&utm_campaign=buffer
Herculano
01/03/2017 17:42
ILHOTA EM CHAMAS

Alterado o nome de rua.Aprovada pela Câmara foi sancionada pelo prefeito Érico de Oliveira, PMDB, a Lei que denominada "Rua Silvério Silveira Ramos" o trecho da rua que parte da Rua Pedro Castellain, com direção a Minas até a divisa".
Casinha de Plástico
01/03/2017 13:32
Sr. Herculano;

"O melhor da festa começa hoje, com o prosseguimento da Lava Jato".
O Antagonista

Se o Lula já está na porta da cadeia, bora lá enfiá-lo pra dentro.
Sujiro Fuji
01/03/2017 12:51
Legal!!! A área de comentários não tem mais problemas (ao enviar não houve a informação ERRO). Pelo que vi a SOFT conseguiu resolver.

Obrigado, SOFT!
Sujiro Fuji
01/03/2017 12:46
É isso aí, Ciro Quintino, mostra o teu DNA petralha para os eleitores que acreditaram em ti.
Sidnei Luis Reinert
01/03/2017 12:20
Será o fim do "carnaval" com a Previdência?


Edição do Alerta Total ?" www.alertatotal.net
Por Jorge Serrão - serrao@alertatotal.net

Notícia boa do Carnaval e do ano novo que ameaça começar agora de verdade? O Senado tem tudo para criar uma Comissão Parlamentar de Inquérito para investigar a real situação da Previdência Social no Brasil. Todo mundo sabe que CPI quase sempre dá em nada. No entanto, o tema merece um debate amplo ?" que o governo tenta impedir, empurrando goela abaixo da opinião pública uma inevitável "reforma" previdenciária.

Nada menos que 29 dos 81 senadores (o mínimo necessário é 27) assinaram o pedido de CPI formulado pelo senador petista Paulo Paim. Muitos parlamentares ?" principalmente da base aiiada ?" serão forçados pelo Palácio do Planalto a desistir da investigação. A idéia original de criar a CPI foi do presidente da Confederação Nacional de Aposentados e Pensionistas, Warley Martins: "Vamos provar pela primeira vez que não existe déficit na Previdência. Não tem rombo. Tem roubo. Muita gente vai parar na cadeia. Será pior que a operação Lava Jato".

Uma informação escandalosa salta aos olhos até do mais otário brasileiro. Tem empresas devendo mais de R$ 500 bilhões ao INSS. Curiosamente, o governo vem falhando, sistematicamente, na cobrança da dívida. A CPI será muito interessante para identificar os devedores. Até porque se sabe que muitas organizações da grande mídia são craques em sonegar e em pedir perdão de débitos. Eis apenas uma prova de que a Previdência, antes de qualquer reforma, precisa de um choque de transparência.

Já passou da hora de acabar com o "carnaval" que picaretas fazem com o sistema previdenciário brasileiro ?" que é uma das maiores fontes arrecadadoras do governo federal. A grana entra todo dia... Mas, como sai do cofre público, só a turma do crime institucionalizado sabe...

Tão prometendo que as águas de março, fechando o verão, virão com tudo... As autoridades já estão prontas para jogar a culpa em São Pedro por eventuais desastres chuvosos... O ano de 2017 começa de verdade a partir do meio-dia desta quarta-feira de cinzas, mesmo que o Carnaval ainda não tenha acabado em Salvador, Olinda e no Rio de Janeiro - onde muito bloco aina vai desfilar...
Herculano
01/03/2017 11:49
ESTAVA NA CARA

Antes mesmo de inaugurar esta coluna observou: aquela curva no lado direito após a ponte do Sonhos, em Ilhota, para quem vem da BR-470, é um convite a acidentes de tão fechada que é e a falta de sinalização preventiva.

Logo na primeira semana, vários se perderam naquela curva e foram danificando os guard rails, a tal ponto que foram substituídos.

Hoje, como relata o portal Cruzeiro do Vale, um caminhão se estatelou lá.

O que não se entende: como algo que está na cara para leigos e para motoristas, não está para engenheiros especialistas em rodovias e para as autoridades. Prevenção, zero.
Herculano
01/03/2017 11:37
PRECISAMOS DISCUTIR O FORO PRIVILEGIADO, por Kim Kataguiri, coordenador do Movimento Brasil Livre, para o jornal Folha de S. Paulo

A "suruba" de Romero Jucá (PMDB-RR) causou revolta.

Além da escolha da expressão, absolutamente incompatível com a posição de senador da República, o tom de "se eu não tiver, ninguém tem" lembrou aquele dono da bola que, inconformado com a própria perna de pau, ia embora e levava a bola junto, acabando com a partida.

Apesar disso, a discussão levantada é interessante. O Brasil é o único país do mundo em que milhares de autoridades possuem foro privilegiado. Os tribunais superiores, que estão sempre sobrecarregados devido ao extenso rol de prerrogativas definido pela Constituição de 1988 ?"para se ter uma ideia, a Corte Constitucional brasileira chega a acolher mais de 80 mil julgamentos por ano?", não têm capacidade técnica para julgar essas autoridades, não só pela quantidade de processos com os quais têm de lidar, mas por não serem estruturados para colher provas.

Em tempos de reformas que vêm para acabar com privilégios e colocar a economia nos trilhos, faz todo o sentido discutir o foro no qual as nossas autoridades são julgadas. Uma garantia para o bom exercício de uma função pública não pode ser sinônimo de impunidade.

Apesar disso, essa discussão não se deve dar no STF ?"como malabaristas jurídicos do tipo do ministro Barroso desejam?", mas sim no Congresso. O Supremo foi feito para julgar, não para legislar. As leis refletem os valores da sociedade, valores esses que devem ser debatidos por representantes da população, no caso, os parlamentares. Com a devida vênia, os excelentíssimos senhores de toga da mais alta corte do país não receberam nenhum voto. Os ministros têm legitimidade para fazer a lei ser cumprida, não para transformar os anseios da população em lei.

O correto seria, então, acabar com o foro privilegiado? Acredito que não. O presidente da República, os ministros de Estado e os governadores precisam estar protegidos de abusos e perseguições judiciais, caso contrário, ficarão mais preocupados em se defender de processos do que em governar.

Quem deve julgar os casos envolvendo essas autoridades? Essa é uma questão a ser discutida. Na França, por exemplo, quando membros do governo cometem infrações ligadas ao exercício do cargo, o julgamento dessas autoridades acontece em uma corte especial, a Cour de Justice de la République, cuja única função é julgar pessoas com foro privilegiado.

"Ah, mas nos Estados Unidos não existe foro privilegiado!", dirão alguns. É verdade, mas a Constituição americana dá muito menos poderes à Justiça e divide muito mais a jurisdição das instâncias. Lá um juiz de primeira instância de São Zézinho da Esquina não tem o poder de bloquear um aplicativo como o Whatsapp em todo o país com uma canetada, por exemplo.

Devemos limitar a quantidade de autoridades que detêm foro privilegiado porque o STF é um mal isolado em meio a um judiciário virtuoso? Não. Há problemas graves em todas as instâncias. Basta lembrar da juíza paraense que prendeu uma menina de 15 anos numa cela com 30 homens, ou do juiz carioca que, ao ser pego dirigindo embriagado, tentou se livrar da punição na base da carteirada, ou, ainda, dos supersalários evidentemente inconstitucionais, mas, de alguma maneira, "legais", recebidos por incontáveis juízes país afora.

Foro privilegiado não é para todo mundo, mas também não é para ninguém. A discussão é complexa e deve ser pautada por argumentos racionais, não por esperneios apaixonados ou interesses corporativos. Esse é um debate que não é e não pode ser tratado como suruba.
Herculano
01/03/2017 11:29
OS PRIVIULÉGIOS DE SARNEY E LULA

Conteúdo do O Antagonista. O STF poupa José Sarney e persegue Lula.

É a tese mentirosa do El País.

De acordo com o site, "apesar de não ser contemplado por nenhuma das exigências que beneficiam as milhares de pessoas que têm direito ao foro privilegiado, Sarney acabou recebendo esse benefício. Enquanto o ex-presidente Lula, não. O petista é réu em quatro processos e, até o momento, todos serão julgados pelo juiz Sergio Moro, o célere e rígido magistrado responsável pela Lava Jato na primeira instância".

Em primeiro lugar, dois dos processos de Lula estão sendo julgados por Vallisney de Souza, e não por Sergio Moro.

Em segundo lugar, Lula é investigado como chefe do quadrilhão na PGR, e não em Curitiba, justamente porque seus crimes estão associados a políticos com foro privilegiado.

Ao encaminhar ao ministro Edson Fachin as denúncias relativas às delações da Odebrecht, Rodrigo Janot certamente vai incluir o nome do comandante máximo da ORCRIM.

Para o STF, José Sarney e Lula são iguais e gozam dos mesmos privilégios.

OS CRAQUES DA IMPRENSA

O El País conversou com um dos delatores da Odebrecht.

De acordo com ele, a empreiteira "é craque em se dar bem com a esquerda e com a direita".

O El País é craque em confundir as coisas.

A reportagem com o delator inominado tenta demonstrar que o esquema da Odebrecht sempre foi igual, ignorando as descobertas da Lava Jato.

A empreiteira sempre pagou propinas, mas só no governo Lula ela montou um departamento dedicado exclusivamente a essa tarefa, que contava até mesmo com um banco no Caribe.

A empreiteira sempre pagou propinas, mas só nos governos Lula e Dilma Rousseff ela recebeu dinheiro do BNDES para desviar recursos de obras e financiar a esquerda na América Latina.

A esquerda é craque em aparelhar a imprensa.

LULA NO NAVIO NEGREIRO

O carnaval acabou, mas Elio Gaspari continua vestido de Rei Momo.

Em sua coluna [ que pode ser lida abaixo], ele argumenta que Lula é perseguido por peemedebistas que manobram contra a Lava Jato, em particular Michel Temer:

"A Lava Jato está ferindo a oligarquia política e empresarial do século 20 da mesma maneira que o fim do tráfico negreiro feriu (mas não matou) a do 19. Os barões do caixa dois do tráfico resistiram por mais de 30 anos. Os marqueses do caixa dois das empreiteiras sabem que não podem durar tanto, mas a esperança é sempre a última que morre. Primeiro nomeamos Jucá e Geddel, depois, Serraglio. Mais um pouco, soltamos Eduardo Cunha. Adiante, definimos que o TSE só tem lâmina para Dilma Rousseff. Com sorte, tiramos Lula do páreo de 2018. Se der, deu".

No samba-enredo de Elio Gaspari, o comandante máximo da ORCRIM, denunciado por seus golpes contra a Lava Jato, virou um escravo no navio negreiro do PMDB.
Herculano
01/03/2017 11:16
QUANDO A LEI SE SEPARA DA JUSTIÇA É PORQUE TEMPOS SOMBRIOS ESTÃO A CAMINHO, por Adolfo Sacshida, publicado pelo Instituto Liberal

Duas decisões recentes, ambas provenientes do STF, indignaram parcela expressiva da população brasileira: a obrigatoriedade de se indenizar presos submetidos a más condições na prisão, e a soltura do goleiro Bruno (preso pelo assassinato e ocultação de cadáver de Eliza Samudio, e pelo sequestro e cárcere privado de seu filho).

Num país com 60.000 homicídios por ano, centenas de milhares de roubos, e diversos outros crimes violentos, é natural que a sociedade brasileira viva com medo. Num país em que falta saneamento básico e asfalto para diversas cidades ?" onde várias famílias vivem em regiões completamente desassistidas pelo Estado, e onde presos revoltosos não apenas queimam seus próprios colchões como também comandam de dentro da cadeia parte do crime organizado ?", certamente revolta a ideia de que bandidos terão direito a indenização se estiverem presos em celas inadequadas. Por mais revoltante que isso seja, a verdade é que a decisão do STF tem amparo na Constituição Federal. Em outras palavras, o STF apenas fez valer a Constituição.

O assassinato de Eliza Samudio foi um crime revoltante, os detalhes do crime denotam torpeza e desprezo pela vida humana dignos de um animal. Um crime cruel e covarde. Dito tudo isso, por mais absurdo que possa parecer, a verdade é que a decisão do Ministro Marco Aurélio Melo encontra amparo na Constituição Federal, e na interpretação corrente no STF, de que a prisão com finalidade de punição a um crime somente pode ser aplicada após a condenação em segunda instância (a rigor o texto constitucional é ainda mais restritivo em relação a esse tipo de prisão).

Honestamente fico revoltado com as decisões acima proferidas pelo STF. Contudo, o papel do STF é justamente o de fazer valer as regras constitucionais. Nesse sentido, ambas as decisões de nossa Suprema Corte foram constitucionalmente embasadas, apesar de soarem injustas para a maioria de nossa população.

Infelizmente, o sistema legal atual no Brasil se afasta perigosamente da justiça. Esse é um sinal perigoso de que tempos sombrios nos aguardam.
ALCEU TORRES
01/03/2017 07:59

Além de mim, muitos moradores do Bela Vista estão extremamente indignados e revoltados a a atitude descabida e de enorme falta de lógica, O CORTE DE ÁRVORES... Simplesmente ridícula a justificativa de que atrapalha a passagem de pedestres, pois, o que realmente atrapalha são os passeios com menos de 1,50 m em toda a cidade, buracos, falta de calçada e a falta de manutenção pelos moradores, assim como, desníveis e postes em passeios de 50 cm... PRECISAMOS SIM, É PLANTAR MUITAS ÁRVORES, pois, a natureza também pertence aos nossos filhos, netos e aos que hão de vir...
Herculano
01/03/2017 07:18
ANVISA DETERMINA SUSPENSÃO DO ANTICONCEPCIONAL PERMANENTE ESSURE

Conteúdo de Veja. Texto de Leticia Fuentes. A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) divulgou esta segunda-feira um comunicado que determina a suspensão do anticoncepcional Sistema Essure, registrado pela empresa Commed Produtos Hospitalares e fabricado pelo grupo alemão Bayer. Segundo o órgão do governo, relatórios técnico-científicos revelaram que o contraceptivo pode "provocar alterações no sangramento menstrual, gravidez indesejada, dor crônica, perfuração e migração do dispositivo, alergia e sensibilidade ou reações do tipo imune" e, por isso, foi classificado como de risco máximo. Com a nova resolução, a importação, distribuição e comercialização do produto fica proibida em todo o território nacional.
Herculano
01/03/2017 07:13
PRISÃO DE DELATORES DE CABRAL SERÁ EM PORTUGAL, por Guilherme Amado, no O Globo

O acordo dos irmãos Marcelo e Renato Chebar, que entregaram a cabeça de Sérgio Cabral à Lava-Jato, prevê que o primeiro ano seja de regime domiciliar fechado em Portugal. A negociação foi feita dessa maneira para protegê-los.
Herculano
01/03/2017 06:58
DEPOIMENTOS DE DELATORES DA ODEBRECHET COMPLICAM A SITUAÇÃO DE TEMER NO TSE, por Josias de Souza

Relator do processo que pode resultar na interrupção do mandato de Michel Temer e na inelegibilidade de Dilma Rousseff, o ministro Herman Benjamin, corregedor-geral do Tribunal Superior Eleitoral, interrogará Marcelo Odebrecht nesta Quarta-Feira de Cinzas, em Curitiba.

Será a primeira de uma série de cinco oitivas de delatores da Odebrecht. Todos revelaram em depoimentos à força-tarefa da Lava Jato segredos que podem auxiliar na investigação sobre a legalidade do financiamento da chapa vitoriosa na eleição de 2014. Disseminou-se entre auxiliares e aliados de Temer a avaliação de que o relatório de Benjamin pedirá a cassação da chapa Dilma?"Temer. Conforme noticiado aqui, o Planalto se move nos subterrâneos para protelar o julgamento.

Coube ao procurador-geral da República Rodrigo Janot indicar entre os 77 delatores da Odebrecht aqueles que dispõem de informações relevantes para o andamento do processo que corre na Justiça Eleitoral. Os nomes foram repassados a Herman Benjamin pelo ministro Edson Fachin, relator da Lava Jato no Supremo Tribunal Federal. Depois de interrogar Marcelo Odebrecht, o relator do TSE voará de Curitiba para o Rio de Janeiro. Ali, na quinta-feira, ouvirá dois ex-executivos da Odebrecht: Benedito Barbosa da Silva Júnior e Fernando Reis. Na segunda-feira, Herman Benjamin interrogará em Brasília mais uma dupla de delatores da construtora: Cláudio Melo Filho e Alexandrino de Salles Ramos de Alencar.

"Não há qualquer dúvida quanto à possibilidade de os colaboradores figurarem como testemunhas ou informantes na esfera eleitoral", anotou Rodrigo Janot na manifestação entregue ao relator do TSE. O chefe do Ministério Público Federal recomendou que, a exemplo do que sucede na Lava Jato, os depoimentos sejam mantidos, por ora, em sigilo. Em consequência, Herman Benjamin decidiu que a imprensa não terá acesso aos interrogatórios. O conteúdo será divulgado posteriormente, no site do TSE, quando a providência não for mais considerada prejudicial às investigações.

A disposição do relator de empurrar para dentro do processo do TSE os pedaços da delação da Odebrecht que reforçam o cheiro de enxofre da contabilidade eleitoral potencializou os receios dos operadores de Temer. Planeja-se transformar a novidade em mais uma oportunidade para protelar o processo. A ideia é requerer novas diligências e a oitiva de testemunhas de defesa capazes de se contrapor a eventuais acusações dos delatores. Para os advogados de Temer, o tempo não existe. Só existe o passar do tempo. Quanto a Herman Benjamin, ele parece cuidar dos minutos como se considerasse que as horas mais preciosas são as mais rápidas. Os próximos movimentos revelarão quem administra melhor o tempo.
Herculano
01/03/2017 06:38
IMPOSTO NOS OUTROS É REFRESCO, por Bernardo Mello Franco, no jornal Folha de S. Paulo

Em fevereiro de 2016, parlamentares do PSDB encheram o Congresso de placas com a inscrição "Xô, CPMF". Eles combatiam a ideia de recriar a Contribuição Provisória sobre Movimentações Financeiras. Era a última cartada do governo Dilma Rousseff para tentar tapar o rombo nas contas federais.

O deputado Luiz Carlos Hauly despontava entre os críticos mais ácidos da proposta. Em entrevista à rádio Câmara, o tucano anunciou uma oposição radical ao imposto de quatro letras, que classificou como "inaceitável" e "inadmissível".

"As pesquisas estão aí: rejeição total à recriação da CPMF. Com a oposição também não há diálogo", avisou o paranaense. "Nós somos radicalmente contra", reforçou.

O deputado lançou mão de um discurso em voga na época: o contribuinte não aguentaria mais pagar impostos ao governo. "A sociedade rejeita o aumento de impostos, e nós da oposição estamos em linha com a sociedade brasileira", disse.

As barricadas funcionaram, e Dilma não conseguiu recriar a CPMF. O resto é história: o país foi rebaixado pelas agências de classificação de risco, a crise fiscal se agravou, as manifestações de rua engrossaram e o Congresso derrubou o governo.

Um ano depois, Hauly e a CPMF estão de volta ao noticiário. A novidade é que o tucano mudou de discurso. Escolhido para relatar a reforma tributária, ele abandonou as críticas e se converteu num entusiasmado defensor do imposto.

"A CPMF vai substituir o IOF", disse o deputado na semana passada, ao sair de uma reunião no Palácio do Planalto. "A contribuição será mínima, como antigamente. E tudo é para o bem e para fazermos com transparência", acrescentou.

Em nome da transparência, Hauly poderia explicar como uma contribuição "inaceitável" no governo Dilma poderá ser recriada "para o bem" na gestão de Michel Temer. O pato da Fiesp não foi encontrado para comentar o assunto
Sidnei Luis Reinert
01/03/2017 06:37
Para cada US$ 30 mil em salário que um trabalhador chinês recebe, o empregador deve pagar 30,88% em impostos e direitos trabalhistas. No Brasil: 57.56%.

Na Dinamarca 5.44%%. No Canadá 9.15%

Na média da Europa: 26.67%... só metade do Brasil.

Di-menores abaixo de 16 anos, não podem trabalhar na indústria, mas no tráfico podem.

77% do dinheiro ganho pelo trabalhador na indústria durante toda sua vida, fica com o governo em forma de impostos, taxas ou contribuições...

QUEM ARGUMENTA QUE A ESCRAVIDÃO NO BRASIL ACABOU?

Herculano
01/03/2017 06:33
POLÍCIA, CARNAVAL E CINZAS, por Carlos Brickmann

Se Temer, deliberadamente, decidiu manter o clima carnavalesco na área política para deixar sua equipe econômica trabalhar em paz, é um tático brilhante. Enquanto todos discutem Moreira Franco, Eliseu Padilha, Renan Calheiros, Alexandre de Moraes e Osmar Serraglio, o presidente do Banco Central, Ilan Goldfajn, e o ministro Henrique Meirelles ganharam sossego para apresentar resultados. E, pelo jeito, já têm o que mostrar.

Isso não quer dizer que a economia vá bem, já que ainda não recuperou as perdas do período Dilma nem começou a reabsorver os desempregados. Mas vai num bom caminho: a inflação é a mais baixa dos últimos anos, tanto que já se fala em baixar a meta de 4,5% para 3% ao ano; apesar das farras corporativas, o déficit público caiu; os juros (oficiais) tiveram uma boa queda - embora os bancos mantenham suas taxas alucinadamente altas.

O carnaval na área política também permitiu a aprovação das reformas pedidas pela área econômica. Só há um problema: como sair da festa da uva na política mantendo a estabilidade do Governo? Se Temer planejou usar o frege dos políticos enquanto cuidava do essencial, projetou também a rota de saída. Mas, se tudo aconteceu por acaso (e o favoreceu), chegou a hora de pagar a conta. A Lava Jato está atrás de gente ligada a Temer. E o TSE se prepara para julgar em breve a cassação do registro da chapa Dilma-Temer, podendo depor o presidente. Depois do Carnaval, as Cinzas.

O BOM A GENTE MOSTRA...

Temer elogia sempre o desempenho da economia - inflação em baixa, contas públicas sob controle, a alta da arrecadação, apesar de os negócios não terem sido retomados, a queda dos juros Selic que, acha, levará à queda dos juros cobrados pelos bancos. Está feliz também com a recuperação da Petrobras e com o desempenho de Maria Sílvia Bastos no BNDES, voltado menos às grandes empresas escolhidas pelo Governo e mais às menores. Temer acredita que será possível até mexer num tema difícil, que muda a receita dos Estados e atinge cada um dos cidadãos: a reforma tributária. Enquanto congressistas pedem privilégios, a área econômica se beneficia.

...O RUIM A GENTE ESCONDE

O relatório oficial sobre Direitos Humanos no Brasil, entregue à ONU, esqueceu a ruptura da barragem de resíduos da Samarco, em Mariana, Minas Gerais, que matou 18 pessoas, um dos maiores desastre ambientais já ocorridos no país; e a morte de 350 presidiários em 2016. Naturalmente, há explicações para tudo: o desastre da Samarco, que além de matar muita gente envenenou os rios cujos peixes alimentavam a população, não entrou porque a ONU impõe um limite de tamanho para o documento, e o disciplinadíssimo pessoal brasileiro não quis violar a norma; e, como foi elaborado em novembro, o relatório não poderia englobar todos os mortos do ano.

E, além disso, que são 350 pessoas mortas em um ano, se só na primeira quinzena de 2017 foram assassinados 131 presidiários?

É O AMIGO QUE DIZ!

O presidente nacional do PT, Rui Falcão, não perde a oportunidade de, ao ver a bola quicando na área, botá-la dentro do gol - do próprio gol. Acaba de comparar o caso dos líderes petistas José Dirceu, Antônio Palocci e João Vaccari Neto, acusados de crimes do colarinho branco, ao do goleiro Bruno, condenado em primeira instância pelo assassínio da namorada Eliza Samúdio e aguardando julgamento de recurso. E, no site do PT, pediu que os três petistas recebam o mesmo benefício de Bruno, libertado pelo ministro Marco Aurélio por excesso de prazo de prisão sem julgamento.

Detalhe: Rui Falcão é amigo e aliado dos três petistas presos.

COMO...

É curiosa a história contada pelo advogado José Yunes, amigo há dezenas de anos do presidente Temer, a respeito de delações de dirigentes da Odebrecht sobre a entrega de pixulecos a peemedebistas. Diz ele que, a pedido de Eliseu Padilha, outro velho amigo de Temer, recebeu em seu escritório um envelope do doleiro Lúcio Funaro - que Padilha nega conhecer, e a quem Yunes se refere como "um tal de Lúcio". Sem abrir o envelope, e sem saber o que continha, entregou-o a alguém que não sabe quem é e cujo nome desconhece. Tamanho do envelope? "Parecia um documento com um pouco mais de espessura", diz Yunes.

Os R$ 4 milhões citados na delação premiada, em notas de R$ 50,00, pesam 90 quilos.

...É MESMO?

Eliseu Padilha, que nem conhece o cavalheiro, manda-o entregar um envelope com 90 kg de cédulas no escritório do amigo, que também não o conhece. O cavalheiro, o "tal do Funaro", chega com um envelope de 90 kg um pouco mais grosso do que um documento. Todos carregam o envelope na mão, nem notam que é pesadinho. Mais tarde vem um desconhecido, e a secretária de Yunes lhe entrega o envelope de 90 kg.

Então, tá.
Sidnei Luis Reinert
01/03/2017 06:32
Quando secretária de CULTURA do PT, Marilena Chaui mandou apagar as pichações de São Paulo

E justo na avenida 23 de maio, alvo das mesmas polêmicas com João Doria
Como João Doria declarou guerra aos pichadores de São Paulo, o petismo, que na oposição não possui outro objetivo senão tumultuar, encampou a defesa desses vândalos. E vem pautando um debate que seria cômico em qualquer lugar do mundo se esse lugar do mundo não ficasse no Brasil: pichação é arte?

Não. Não é. Para ter a certeza, basta lembrar como o PT agia quando administrava a cidade.

A primeira vez ocorreu em 1989, com Luiza Erundina. Naquela ocasião, a prefeita nomearia a filósofa Marilena Chaui para a Secretaria de Cultura. Repetindo: Cultura. E o que fez a secretária? O Implicante dará aspas ao acervo da Folha: "Determinou que a pintura de alguns muros ?"como o da av. 23 de maio?" seja feita o mais rápido possível devido às reclamações da população sobre a demora das administrações regionais em limpar a poluição visual".



Curioso notar que as pichações encontravam-se na mesma avenida 23 de Maio, alvo das polêmicas com João Doria.

http://www.implicante.org/acervo/quando-secretaria-de-cultura-do-pt-marilena-chaui-mandou-apagar-as-pichacoes-de-sao-paulo/?utm_content=buffera5f74&utm_medium=social&utm_source=facebook.com&utm_campaign=buffer
Herculano
01/03/2017 06:26
JUCÁ, GEDDEL, YUNES, PADILHA..., por Elio Gaspari, para os jornais O Globo e Folha de S. Paulo.

Michel Temer é um político experiente, frio, e conhece o lado do avesso de Brasília. Em maio do ano passado, quando fritava a presidente Dilma Rousseff e o comissariado petista, circulou a notícia de que formaria um governo de notáveis. Era lorota e foi logo desmentida. Formou-se um governo de pessoas experientes, mas não se definiu o que vinha a ser "experiência".

José Yunes, o amigo do peito de Temer foi para sua assessoria especial; Romero Jucá, presidente do PMDB, para o ministério do Planejamento; o espaçoso Geddel Vieira Lima para a coordenação política e Eliseu Padilha para a chefia da Casa Civil.

Em menos de um ano três experientes integrantes dessa equipe foram para o espaço, todos metidos em situações escandalosas. O pacote que o operador Lúcio Funaro levou ao escritório de Yunes ainda fará uma longa carreira no anedotário político nacional. Por enquanto, a versão de Yunes é uma daquelas mantas de chumbo que os dentistas jogam em cima das pessoas para protegê-las das emissões dos raios X.

Nunca na história deste país um presidente perdeu tantos colaboradores em tão pouco tempo por motivos tão pouco louváveis. O chefe da Casa Civil de Temer orgulhou-se de ter negociado o Ministério da Saúde trocando o médico Raul Cutait pelo deputado Ricardo Barros. Esse tipo de escalação do governo pode ter parecido coisa de doido, mas nele havia dois métodos.

O primeiro, ostensivo, era a busca de uma retumbante maioria parlamentar. O segundo, implícito, era a blindagem dessa mesma maioria diante dos maus ventos da Operação Lava Jato. Como? Ninguém pode saber, mas o caminho se faz andando. Nesse tipo de caminhada convida-se o ex-ministro Carlos Velloso para o Ministério da Justiça e nomeia-se o deputado Osmar Serraglio, campeão da doutrina de uma anistia para o doutor Eduardo Cunha.

Quando Temer nomeou Jucá e Geddel, mandou um sinal para a lista de penitentes que sofrem à espera da divulgação de novas listas da Lava Jato. Como diz o ilustre governador Pezão, quando se refere ao seu padrinho Sérgio Cabral, todos devem ter o direito de se defender. A ida de Yunes para o Planalto foi outro sinal. Padilha sabia que mandara levar um pacote ao escritório do amigo, o operador Lúcio Funaro sabia que o entregara e o deputado Eduardo Cunha acha que sabe a história toda, tanto que levantou o véu da carga numa pergunta que encaminhou ao juiz Sergio Moro, para que a fizesse a Temer.

A escolha dos experientes fracassou apenas no aspecto da longevidade. Foi bem sucedida como sinalização, coroada pela nomeação de Osmar Serraglio. Agrupados, os penitentes rezam, à espera da divulgação das colaborações da Odebrecht.

A Lava Jato está ferindo a oligarquia política e empresarial do século 20 da mesma maneira que o fim do tráfico negreiro feriu (mas não matou) a do 19. Os barões do caixa dois do tráfico resistiram por mais de 30 anos. Os marqueses do caixa dois das empreiteiras sabem que não podem durar tanto, mas a esperança é sempre a última que morre. Primeiro nomeamos Jucá e Geddel, depois, Serraglio. Mais um pouco, soltamos Eduardo Cunha. Adiante, definimos que o TSE só tem lâmina para Dilma Rousseff. Com sorte, tiramos Lula do páreo de 2018. Se der, deu.
Herculano
01/03/2017 06:18
TEMER PERMANECE SEM SER CANDIDATO EM 2018, por Cláudio Humberto, na coluna que publicou hoje nos jornais brasileiros.

Ainda permanece definido para o presidente Michel Temer que ele vai deixar o cargo de presidente da República em 1º de janeiro de 2019, sem intenções de ser candidato à reeleição ao cargo que ocupa desde 12 de maio de 2016. Temer revelou a esta coluna que está certo de que não será candidato em 2018 independentemente da pressão que recebe de aliados mais próximos, especialmente peemedebistas.

'NEM PENSAR'
Indagado sobre se mudou de ideia desde que assumiu e garantiu que não seria candidato em 2018, Temer foi categórico: "Nem pensar".

HISTORIA
Temer é o terceiro vice-presidente peemedebista que chegou ao cargo de presidente da República, após Itamar Franco e Tancredo Neves.

PENAS DESARRUMADAS
Parte do acordo que viabilizou o impeachment de Dilma no Congresso conta com a não-candidatura de Temer. É o que esperam os tucanos.

PMDB-PSDB
Para apoiar o governo Temer, o presidente do PSDB, Aécio Neves, ouviu do próprio presidente da República que não seria candidato.

JÁ SÃO 35 OS DEPUTADOS NÃO-ELEITOS NA CÂMARA
Com a saída de Osmar Serraglio (PMDB-PR) da Câmara para assumir o Ministério da Justiça, chega a 35 o número de parlamentares que não foram eleitos diretamente, mas ocupam o cargo de deputado. O número representa pouco mais de 7% de todos os deputados federais. O novo deputado, Rodrigo Loures (PMDB-PR), foi derrotado nas urnas em 2014 com 58 mil votos e ficou num distante cargo de suplente.

VOLUME
Os suplentes da Câmara dos Deputados representam a sétima maior "bancada" da Casa, à frente de partidos tradicionais como DEM e PDT.

CINCO EM PERNAMBUCO
Em Pernambuco, ser suplente é ótimo negócio para a bancada federal. Até o momento são cinco suplentes que assumiram no lugar de eleitos.

ATÉ AQUI
Entre os 35 suplentes que ocupam o cargo de deputado federal, só três são mulheres. Entre as licenciadas são apenas duas deputadas.

MISSÃO IMPOSSÍVEL
Se Dilma conseguisse mesmo ser candidata ao Senado em 2018 faria dupla com o candidato à reeleição Paulo Paim, que está senador pelo PT-RS desde 2003. Mas a petista será encaixada na Lei da Ficha Limpa, pela condenação no impeachment, e não pode ser candidata.

QUASE 1 MILHÃO
Desde que o Ministério da Justiça passou a contabiliza-la, a população carcerária no Brasil não parou de crescer: em 2000 eram 232 mil presos, numero que quase triplicou em 2014, com 622 mil presidiários.

SINAL ANIMADOR
Animam o governo informações sintomáticas que indicam a retomada do crescimento da economia. Por exemplo: está bombando a venda de embalagens para a indústria e o comércio. Bom sinal.

TEMER MINISTRO
Nas próximas semanas completam-se dois anos desde que o atual presidente Michel Temer virou ministro da Articulação Política da então presidente Dilma. Ele não passou nem sequer cinco meses no cargo.

VOCÊ QUEM PAGA
Cada senador custa ao contribuinte cerca de R$ 200 mil por mês. Só a cota parlamentar no Congresso custa R$ 270 milhões por ano. O salário de cada parlamentar é de quase R$ 34 mil por mês.

PESQUISA INTERNACIONAL
De acordo com pesquisa realizada pelo instituto Ipsos com formadores de opinião da América Latina, Michel Temer tem uma das menores taxas de aprovação entre os 14 chefes de Estado latino-americanos.

ALTOS E BAIXOS
Segundo o Ipsos, Temer empata com o cubano Raúl Castro, com 36% de aprovação. Lideram o colombiano Juan Manuel Santos (74%), o uruguaio Tabaré Vázquez (70%) e o argentino Mauricio Macri (64%). O Ipsos ouviu 295 formadores de opinião e jornalistas da América Latina.

VOCÊ É QUEM PAGA
Se a moda pegar e cada um dos presos no Brasil obtiver sucesso contra a União numa eventual ação impetrada no Supremo, caso se mantenha o valor de R$ 2 mil (estipulado pelo Supremo) para a indenização, o Estado gastará a bagatela de R$ 1,244 bilhão.

PENSANDO BEM...
...o carnaval já acabou, mas os deputados ainda têm uma semana de folga. Será para curar ressaca?
Herculano
01/03/2017 06:11
PUXADINHOS POLÍTICOS, por Hélio Schwartsman, para o jornal Folha de S. Paulo

Uma característica do sistema político brasileiro é evitar confrontos. Nenhum governante ou parlamentar quer ser visto como responsável por demissões, mesmo que a função tenha se tornado obsoleta, como é o caso de cobradores de ônibus e frentistas. Aqui, essas categorias, já extintas nos países desenvolvidos, estão blindadas por lei.

Nossos dirigentes também não gostam de contrariar sindicatos, especialmente os de servidores públicos. Como nem sempre há dinheiro, oferecem-se compensações. Professores, por exemplo, ganham mal, mas, em troca, conquistaram, em São Paulo, o direito de faltar até 32 vezes ao ano sem sofrer perda salarial ?"um quarto mês de férias, diriam as más línguas. Penduricalhos dessa natureza infestam nossa legislação.

A Previdência não passou incólume. Mulheres vivem mais que homens. Do ponto de vista atuarial, deveriam contribuir por mais tempo que eles. Mas mulheres também ganham menos que homens para exercer a mesma função e frequentemente cuidam sozinhas dos afazeres domésticos. Para compensar, decidiu-se que, para aposentar-se, precisariam trabalhar cinco anos menos.

Pobres também ganham mal. Para compensar, estabeleceu-se que nenhum benefício previdenciário pode ser menor que o salário mínimo. Como o governo Temer não teve coragem de questionar esse dogma, sua proposta de reforma da Previdência traz uma esquisitice. Já que não é possível pagar menos que o mínimo, decidiu-se que, para fazer jus à aposentadoria por idade, o segurado terá de ter contribuído por pelo menos 25 anos. Se tiver contribuído por 20, por exemplo, perde tudo. Ora, seria muito mais justo permitir que quem tenha contribuído por menos que os 25 receba a fração correspondente, ainda que menor que o mínimo.

Quando recorremos a puxadinhos para compensar questões que não tivemos coragem de enfrentar, o resultado é o acúmulo de ineficiências.
Herculano
28/02/2017 18:53
A "ARÁBIA SAUDITA VERDE" QUE NÃO NOS TORNAMOS

Conteúdo do O Antagonista. Um vídeo lançado há poucos dias pela associação americana de produtores de combustíveis renováveis (Renewable Fuels Association) faz um balanço da indústria de etanol no país em 2016 e mostra o desenvolvimento espetacular do combustível nos Estados Unidos.

No vídeo, a Associação afirma que o etanol substituiu a importação de 540 milhões de barris de petróleo pelos Estados Unidos no ano passado.

O volume é equivalente a toda importação de óleo da Arábia Saudita pelo país.

Vale assistir ao vídeo https://www.youtube.com/watch?v=zJgZ5586l2k Mais que isso, vale lembrar que o ex-presidente Lula anunciou pelos quatro cantos do planeta que o Brasil seria a Arábia Saudita Verde. A propaganda petista do etanol durou até a confirmação de que as reservas do pré-sal eram realmente gigantescas.

E que a possibilidade de roubo também era enorme
Herculano
28/02/2017 18:51
O SAMAE INUNDADO

Mais capítulos à vista.
Herculano
28/02/2017 15:38
O LOROTÁRIO POS-JANETE, por José Nêumanne:

Antes de adotar o codinome de Janete na nova clandestinidade a que foi relegada pela condição de "carta fora do baralho", Dilma Vana Rousseff Linhares produziu uma porção de lorotas, recolhidas pelo dilmólogo Celso Arnaldo Araújo em livro. Algumas foram incorporadas ao folclore político nacional, tais como a tecnologia do vento encanado e a conquista da inflação nos desgovernos lulodilmopetistas, expressa na forma canhestra que se lerá: "A inflação foi uma conquista desses dez últimos anos do governo do presidente Lula e do meu governo". Outras não passaram de truques mambembes para enganar incautos e endividar multidões, caso da redução da tarifa elétrica transformada em rombo de R$ 62,2 bilhões e transformadora da "mãe da luz" do padrinho em mãe da treva da Nação.

Agora autoproclamada Janete ao atender ao telefone do lar onde exercita seu merecido ostracismo público, madama vê o supremo sumo de sua parca capacidade de entender fatos e transformá-los em palavras reproduzido por antigos aliados e subordinados. O vice, sem cuja ajuda ela não teria sido eleita e reeleita, dignou-se a repetir o mais surrealista de seus legados oratórios quando, entre mesóclises e apodos que ela jamais usaria, por ignorância, transformou um massacre cruento num presídio infernal em "pavoroso acidente". Romero Jucá, pernambucano eleitor e eleito em Roraima e seu colega na primeira equipe do desgoverno Lula no Ministério da Previdência, exigiu isonomia na metáfora perfeita para o exercício da política profissional no Brasil: execrou a "suruba selecionada", uma espécie de versão pornô da "delação seletiva" com a qual a loroteira-mor demonstrou seu desprezo pessoal por qualquer "colaborador da Justiça".

Eliseu Padilha, que foi ministro de Transportes na coalizão de seu PMDB velho de guerra com o PSDB sob a égide do sociólogo Efeagacê e chefe da Secretaria de Aviação Civil no segundo governo da presidenta vulgo Janete, acaba de se meter numa embrulhada de monta. Cláudio de Melo Filho, lobista da Odebrecht, que tem US$ 16 bilhões em contratos sob risco no exterior por traquinagem contábilratação de obras, contou, numa das delações premiadas dos 77 da empreiteira, que repassou R$ 10 milhões em propinas ao então vice por intermédio do atual chefe da Casa Civil (licenciado) da Presidência pós-impeachment. Temer e Padilha (que atende pelo codinome de Primo na planilha da delação) disseram que foi pedida uma doação legal para a candidatura de Paulo Skaf ao governo paulista. Cláudio reafirmou que foi propina. O advogado José Yunes, considerado primeiro-amigo do vice que ora nos preside, reforçou a versão do ex-relações institucionais da empreiteira mais encalacrada na Lava Jato.

O amigão, que não figurou em cargo de relevo no desgoverno Janete, confirmou a informação e a reafirmação do delator contando uma história de cabo de esquadra. Conforme sua versão, Padilha telefonou-lhe para pedir que recebesse em seu escritório em São Paulo um documento do qual seria destinatário para que lho remetesse. A informação merece reparos, pois é possível, mas não é provável. Segundo o próprio Yunes revelaria, o portador seria Lúcio Bolonha Funaro, doleiro estabelecido na praça paulistana. Por que diacho Yunes seria intermediário, ou estafeta, ou, como o próprio se identificaria no relato, "mula"? Afinal, o termo é usado para identificar menores de idade que, para escapar da polícia, entregam pacotes com droga para a clientela dos traficantes. Aos 80 anos de idade, o doutor completou 18 há 62 e, mesmo sendo considerado idoso há 20, não pode recorrer à presunção da ingenuidade atribuída à petizada.

Na versão de Yunes, Funaro é um falastrão de marca e terminou por lhe contar: "Estamos financiando 140 deputados". Motivo: fazer de Eduardo Cunha presidente da Câmara dos Deputados, cargo no qual o ex-deputado fluminense, atualmente presidiário na república de Curitiba, daria início ao impeachment que transformaria a presidenta em Janete (ou seria Janeta?). No relato do amigão de Temer, o que era documento "com um pouco mais de espessura" virou pacote entregue por sua secretária a alguém a quem Padilha pediu (ou mandou) que o recolhesse.

A versão é intrigante, para dizer o mínimo. Um menor com imunidade seria bem capaz de identificar a diferença entre um documento (a menos que fossem, por exemplo, as delações integrais dos 77 da Odebrecht) e um pacote com R$ 4 milhões. Um empresário habituado a lidar com dinheiro vivo calcula que tal quantia exigiria um embrulho com a espessura de três exemplares da edição brasileira do Ulysses de James Joyce na tradução de Antonio Houaiss. Ou seja, uns 60 centímetros.

Reproduzi aqui apenas o que Yunes contou à Veja, que está nas bancas, a Lauro Jardim, do Globo, e ao Estado. Por mais longos que sejam esses depoimentos, inclusive o que fez questão de dar ao Ministério Público Federal, em Brasília, depois de se ter encontrado com o amigo-em-chefe, o doutor não esclareceu algumas dúvidas que dificilmente encontram razão lógica, assim como eram os brocardos de tia Janete. Por que teria de ser ele "mula" do chefe da Casa Civil de Temer? Quais "razões partidárias", por ele alegadas, transformariam o ilustre causídico em estafeta ou correio de entrega de entorpecentes a domicílio?

Se fosse uma doação eleitoral, como Temer e Padilha alegaram antes, por que ela não foi feita normalmente, como manda a lei, mas, sim, em dinheiro vivo? Afinal, neste mundo dominado por fibras óticas, cartões magnéticos e depósitos bancários em tempo real, moeda palpável circula mais entre quadrilhas do que entre pessoas de bem e empresas zelosas de sua boa reputação na praça.

Fato é que transportar milhões em envelopes ou pacotes, mesmo em automóveis blindados e com seguranças armados a bordo, não é atividade das mais salubres nesta contemporânea São Paulo de Piratininga. Fato também é que a notícia dada no fim de semana pelo Estado de que, como o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, pretende investigar Padilha ?" e, por suposto, ouvir novamente Yunes (e por que não?) ?", este terá a oportunosa ensancha de esclarecer tais questões. E algumas mais, como a assessoria jurídica do amigão do presidente ao investidor Naji Nahas e ao empresário egípcio Naguib Sawiris, interessado favorito na compra da Oi.

Quanto a Padilha, enquanto estiver licenciado da Casa Civil, gozará o lado bom daquele artigo consensual, mas nunca escrito, de nossa ordem jurídica: "ou é foro ou é Moro". E enquanto durar a licenciosidade ele não terá de engolir desaforo, ora! Seja lorota ou não a delação sem prêmio do dr. Yunes.
Nico Lesa
28/02/2017 15:25
Senhor Herculano

No inicio do mês o nosso Diretor Presidente do Samae recebeu dona Schirlei Scottini, que diz que vai retomar o comando no Lixo e no dia 22 deste mes teve uma lo ga conversa om o dono da Transolido, que também diz que vai continuar na coleta.
Às más línguas daqui dizem que portarias de exoneração estão prontas, assim como as de nomeação de novos diretores.
Ana Amélia que não é Lemos
28/02/2017 14:25
Sr. Herculano:

FALCÃO: "É HORA DE LIBERTAR VACCARI, DIRCEU E PALOCCI", por Josias de Souza.
Já que Bruno foi solto, Vaccari, Dirceu e Palocci
também pode.

Pela primeira vez concordo com um petista, eLLes são mesmo iguais. Sem diferença nenhuma.
Uma vez bandido, sempre bandido.
Paty Farias
28/02/2017 13:58
Oi, Herculano

Sobre a pesquisa comentada por JANGO:

"Para federal se reelegeria o deputado federal por Chapecó, Pedro Uczai e para estadual iriam reeleger-se os deputados Saretta e Padre Pedro, todos do Oeste Catarinense."

Três representantes do PT para SC não é muito? Concordo contigo, o correto seria NENHUM.
Mas primeiro tem que combinar com o povinho que adora comer alfafa.
Erva Daninha
28/02/2017 13:24
Oi, Herculano

Sempre disse e repito;
O Hilário Melato é o nosso Renan Calheiros, Romero Jucá, Jader Barbalho, Collor de Melo e outros lixos políticos.
Mariazinha Beata
28/02/2017 13:18
Seu Herculano;

Nóóóssa; quanta diferença entre ex-vereador Mário Pêra e o atual presidente da Câmara Ciro André Quintino. É da água para o vinho.
É que a feiura do Ciro está dentro (seria bondosa se dissesse que fosse só por dentro).
Bye, bye!
Herculano
28/02/2017 13:13
PM PRENDE ALIADO DE BOLSONARO POR MOTIM NO ESPÍRITO SANTO

Conteúdo do jornal O Estado de S. Paulo. Texto de Adriana Fernandes e Leonêncio Nossa, da sucursal de Brasília.A Polícia Militar do Estado do Espírito Santo informou nesta terça-feira, 28, que o capitão da reserva Lucinio Castelo de Assumção, conhecido como Capitão Assumção, se entregou nesta manhã na Corregedoria da Polícia Militar e está recolhido no presídio da corporação. Na segunda, o sargento Aurélio Robson Fonseca da Silva também se apresentou à PM do Estado.

Assumção, Silva e outros dois policiais tiveram a prisão decretada no sábado pela Justiça Militar do Espírito Santo, a pedido do Ministério Público Estadual, por envolvimento no motim dos policiais militares do Estado. Eles são acusados de incitar o movimento e de aliciamento de outros policiais com a divulgação de áudios e vídeos em redes sociais.

No sábado, a polícia tentou prender os quatro policiais em suas casas, mas não os encontrou. Um deles, o Capitão Assumção, que é ex-deputado federal e aliado do deputado federal Jair Bolsonaro (PSC-RJ), foi encontrado mais tarde no 4º Batalhão da PM, em Vila Velha. Os policiais da Corregedoria da PM chegaram a detê-lo, mas ele escapou.

Segundo agentes da equipe que tentou prendê-lo, Assumção conseguiu fugir em meio a um tumulto criado por um grupo de colegas e de mulheres de policiais amotinados, que se manifestava em frente ao quartel. Houve troca de empurrões e o ex-deputado escapou depois de receber voz de prisão.

Dos quatro militares que tiveram a prisão decretada, apenas o tenente-coronel Carlos Alberto Foresti havia sido detido no sábado, quando se apresentou na unidade da Polícia Militar de Itaperuna, no Rio de Janeiro, e foi encaminhado para o presídio da Polícia Militar do Espírito Santo, em Vitória.

A PM informou hoje que "estará adotando medidas para cumprir a ordem de prisão do quarto policial militar com mandando de prisão ainda em aberto".

As investigações da PM apontaram que o tenente-coronel Foresti, que trabalhava no centro de despacho de viaturas, desde o início do movimento, fez manifestações de apoio aos policiais com divulgação de vídeos nas redes sociais. Já o capitão Assumção teve participação presencial nas entradas dos quartéis e divulgação de mensagens de apoio nas redes sociais.

Conforme o Estado mostrou em reportagem do fim de semana, o motim contou com o apoio de um grupo aliado de Bolsonaro no Espírito Santo. O secretário de Controle e Transparência do Espírito Santo, Eugênio Ricas, disse que há indícios claros de que o movimento foi de "fachada" motivado por interesses políticos e econômicos.

Sem citar nomes, o secretário afirmou que o Espírito Santo viveu um quadro de "terrorismo digital" por meio da disseminação de informações falsas e boatos com o objetivo explícito de colocar a população em pânico, paralisar o transporte público e fechar o comércio. Segundo Ricas, 80% das mensagens partiram de pessoas e redes de fora do Estado.

Uma equipe de especialistas em comunicação digital ajudou a reportagem a rastrear o movimento de apoio nas redes sociais ao motim da PM. Bolsonaro publicou na sexta-feira em sua página no Facebook a mesma resposta que deu ao Estado, informando que só se manifestaria sobre o assunto ao vivo e desde que a conversa fosse gravada em vídeo. A defesa dos envolvidos não foi localizada.
Herculano
28/02/2017 13:06
A HERANÇA MALDITA DO PT, por Bolivar Lamounier, sociólogo, na revista Isto É

A era lulopetista feriu a democracia brasileira muito mais profundamente do que se tem em geral admitido. Certos aspectos de seu triste legado estão aí bem à mostra: a corrupção sistêmica, cuja radioatividade está longe de terminar, e as insanidades econômicas do governo Dilma, que elevou para mais de doze milhões o número de desempregados.

Um dos piores estragos, do qual não nos livraremos tão cedo, foi, porém, a conspurcação da linguagem da vida pública.
Aqui me refiro não apenas ao culto sistemático da mentira e à falsificação ideológica da história, mas também ao uso político de aberrações conceituais, essas não raro endossadas por "companheiros" que se autointitulam intelectuais. Desse tipo de falcatrua, o melhor exemplo é a visão de uma sociedade dividida entre "nós" (o povo, os bons, o bem) e "eles" (as "elites", o mal,
a ganância).

Desde a sua fundação há trinta e seis anos, o PT não se cansa de apresentar a história brasileira como obra de uma elite pequena, coesa, gananciosa, em permanente conspiração contra os trabalhadores e os pobres. Um País de verdade, onde todos tenham oportunidades, só a partir de Lula.

Como se vê, a pedra de toque desse discurso é a noção de elite. Ora, uma elite aristocrática, fruto de uma nobreza hereditária, é evidente que o Brasil não possui. Elite, no Brasil, é o agregado constituído pelos ocupantes das posições mais altas em diferentes hierarquias: os políticos eletivos, alta burocracia civil e militar, os empresários mais importantes, o alto clero das diferentes determinações, os intelectuais e cientistas, e assim por diante. Um agrupamento abstrato, meramente estatístico.
Assim compreendida, compondo-se de milhares de indivíduos, a elite é obviamente incapaz de conspirar, e aqui chegamos à ironia das ironias. O grande exemplo de País governado por uma elite conspiratória foi ele mesmo, o PT, que nos ofereceu. Ao se associaram umbilicalmente ao cartel das empreiteiras, Lula & Cia conspiraram o quanto puderam, com requintes de profissionalismo. Se foram finalmente pilhados, isso se explica por duas razões.

Um, o tamanho do animal que pretenderam digerir: a Petrobrás. Outro, a enorme extensão de sua prepotência e de seu sentimento de impunidade.

O grande exemplo de País governado por uma elite conspiratória foi ele mesmo, o PT, que nos ofereceu. Ao se associaram ao cartel das empreiteiras, Lula & Cia conspiraram o quanto puderam
Sidnei Luis Reinert
28/02/2017 12:14
Temer balança, porém não deve sambar...


Edição do Alerta Total ?" www.alertatotal.net
Por Jorge Serrão - serrao@alertatotal.net

Acidentes históricos acontecem... No monumental desfile das escolas de samba do Rio de Janeiro, desastres são raros. Só neste 2017 ocorreram quatro ?" dois deles com muita gravidade. Foram falhas na direção da Paraíso do Tuiuti, na estrutura do carro alegórico da Unidos da Tijuca (que desabou), outro carro desgovernado da União da Ilha bateu na grade e, ao final do desfile, atingiu levemente o estúdio da Rede Globo, além da queda de uma passista da Mocidade. Foi um ano azarento no Sambódromo da Avenida Marquês de Sapucaí, no Rio de Janeiro, tudo visto mundialmente em tempo real.

Nenhuma notícia relevante sobre a passagem de Michel Temer, Michelzinho e da bela Marcela pelo carnaval secreto e reservadíssimo na Base Naval de Aratu, na Bahia de todos os santos e trios elétricos. O samba só deve ter desafinado para Temer com a notícia de que a reprovação popular dele atinge 66,6%. A Petelândia e demais opositores já pregam que é o número da "Besta Presidencial". Apesar da alta reprovação, Temer sabe que balança, mas não cai. Banqueiros e rentistas não deixarão Temer sambar... Ele só dança na real ?" se a Marcela o convidar, no privado, sem filmagens hackeáveis...

Melhor sorte carnavalesca quem teve foi Eliseu Padilha. O quase ex-ministro da Casa Civil se recupera da operação para desobstrução da próstata, e só deve deixar o Hospital, em Porto Alegre, na quarta-feira de cinzas. A dúvida pós-carnavalesca é quando Padilha será mandado para a própria casa ?" exonerado depois de uma trairagem do super-amigo de Temer que dedurou o pagamento de propina feito pelo doleiro Lúcio Funaro especialmente para o PMDB, em nome do Padilha...

Virou meme carnavalesco a apresentadora Fátima Bernardes, que ficou impávida, corajosamente sem se mexer, apenas avisando o que ocorreria com um carro alegórico tão mal dirigido quanto o Brasil, aproximando-se do estúdio de vidro da Rede Globo. Fátima advertiu, sem entrar em pânico: "Vai bater"... O consolo dos foliões é que tem muito político, dentro e fora do desgoverno federal, dizendo a mesma coisa sobre a Lava Jato, só que em tom mais histérico que a corajosa Fátima: "Vai bater"...

Michel está pronto para apanhar, embora tenha fé de que não vai sambar facilmente... Procuradores da Lava Jato passam o carnaval trabalhando nas delações da Odebrecht, preparando denúncias judiciais. A previsão é que muito bandido da politicagem vire cinza a partir da quarta-feira. Não deve ter sido à toa, simbólica e meteorologicamente, que Brasília amanheceu nesta terça momesca com um céu cinzento, absolutamente tomado por neblina e chuva forte...
Herculano
28/02/2017 10:52
DO QUE O PT E OS CORRUPTOS RECLAMAM? DA INJUSTA JUSTIÇA QUE PUNE DESIGUALMENTE OS DESIGUAIS? DOS QUE DENUNCIAM OS ESQUEMAS, QUEBRAM OS JURAMENTO ENTRE OS BANDIDOS DO PODER DE PLANTÃO E POR ISSO SÃO BENEFICIADOS POR ABATIMENTO DAS PENAS? OU DA ERRÁTICA TÁTICA DA NEGAÇÃO DOS ENVOLVIDOS PARA FAZEREM CRER ERROS E INOCÊNCIA QUANDO SE AVOLUMAM AS PROVAS?

VEJA ESTA COMPARAÇÃO FALSA EM MANCHETE DE JORNAL. "DELATOR DA ODEBRECHT E MANICURE QUE FURTOU FRALDAS TÊM PENAS SEMELHANTE"

TÍTULO E REPORTAGEM USADOS PARA JUSTIFICAR A BANDALHEIRA SÃO FALSOS. O QUE ELES DIZEM? A CORRUPÇÃO E A ROUBALHEIRA DOS PESADOS IMPOSTOS É INTOCÁVEL E DEVEM CONTINUAR, SEM PRÊMIO NA REDUÇÃO DAS PENAS A QUEM DELATAR OS ESQUEMAS CRIMINOSOS CONTRA OS BRASILEIROS PAGADORES DE PESADOS IMPOSTOS

Conteúdo do jornal Folha de S. Paulo. Texto de Ângela Boldrini.A única coisa que Alexandrino de Alencar, ex-diretor da Odebrecht Infraestrutura, e Keli Gomes da Silva, analfabeta e manicure, têm em comum é o tempo de sentença: sete anos e meio.

Ela, por furtar quatro pacotes de fralda de um supermercado na Brasilândia, periferia de São Paulo. Prejuízo de algo como R$ 150.

Ele, um dos 77 executivos da empreiteira que fechou acordo de delação premiada no âmbito da Operação Lava Jato, por participar de esquema de corrupção na Petrobras. Pagamento de propina, apenas no Brasil, de R$ 1,9 bilhão, segundo confessou a própria empresa ?"valor 12,6 milhões de vezes maior que as fraldas levadas por Keli.

Romeia Pereira da Silva foi condenada a 34 anos de prisão por receptação ?"crime de adquirir ou ocultar produto de origem ilícita?" por causa de nove toca-discos, encontrados em sua loja, chamada "Sucauto".

Está presa há cerca de oito anos, cinco e meio a mais do que cumprirá em regime fechado Marcelo Odebrecht, ex-presidente da empreiteira homônima que também fechou acordo de colaboração premiada na Lava Jato.

A similaridade na condenação, apesar da disparidade dos crimes, pode ser explicada por diversos fatores, afirma a juíza e pesquisadora Fernanda Afonso de Almeida, que tratou das diferenças de condenação entre os chamados "crimes de colarinho branco" e os delitos patrimoniais ?"como roubo e furto?" em sua dissertação de mestrado na Faculdade de Direito da USP, em 2012.

"Existe, por exemplo, uma distinção de tratamento das próprias leis, com elementos como a 'extinguibilidade' da pena no caso de sonegação fiscal para aqueles que devolvem o recurso", afirma ela. "No caso do furto, mesmo que a pessoa devolva o objeto, a pena permanece."

A juíza afirma ainda que há uma razão social na diferença de condenações de crimes tipicamente associados às classes altas, como a corrupção, e às classes baixas, como o roubo.

O professor de direito da USP Mauricio Dieter endossa a afirmação. "Da perspectiva social, é claro que um pessoa como a Romeia vai receber uma pena mais alta, por uma série de questões", diz ele.

"No caso dela, não tem acesso à melhor defesa, enquanto aquele que comete o crime de colarinho branco normalmente tem acesso às melhores defesas, vai às audiências de terno e gravata, os filhos estudam na mesma escola que o juiz."

Para Dieter, no entanto, essa diferença não é necessariamente ruim. "Às vezes, se o rico tem um tratamento justo, eu consigo articular isso a favor dos pobres", afirma ele. "O que não se pode fazer é querer socializar a injustiça."

DELAÇÃO

No caso dos executivos da Odebrecht, há ainda o fator da colaboração premiada, que reduz a pena.

Apesar disso, os delatores da empreiteira serão os que cumprirão maior tempo atrás das grades ?"a sentença total de Marcelo Odebrecht é de dez anos, divididos igualmente entre regime fechado, domiciliar fechado, semiaberto e aberto.

Já Alexandrino e Benedicto Junior, ex-presidente da Construtora Norberto Odebrecht, ambos condenados a sete anos e meio, já devem começar em regime domiciliar fechado. Keli, a manicure, passou um ano em regime fechado e hoje cumpre pena no semiaberto ?"no início de 2017, teve a pena reduzida em um ano após apelação.

Os antecedentes criminais e o tipo de crime também podem influir na pena de casos como o dela, que era reincidente em furto. A pena base no caso de roubo impróprio é de quatro anos.

Almeida defende uma reforma no Código Penal para que se acertem as diferenças, como por exemplo a extensão da extinção da pena para casos de furto em que o objeto é devolvido. "Além disso, os crimes contra o patrimônio são supervalorizados, e os de colarinho branco não fazem parte dele, estão em leis esparsas", afirma.
Herculano
28/02/2017 10:18
da série: o político não tem jeito e sempre se considera o mais inteligente, o mais esperto e para nós fica o rótulo de trouxas,analfabetos, ignorantes desinformados. Antes de tudo, somos burros de carga ao supri-los no voto, no poder e com os nossos pesados impostos. Você não conhece algum político assim por aqui?

O STAND-UP DE CABRAL, por Bernardo de Mello Franco, no jornal Folha de S. Paulo.

Antes de vestir o uniforme de presidiário, Sérgio Cabral gostava de usar outras fantasias. Uma de suas preferidas era a de político incorruptível, que se indignava com qualquer questionamento ético.

Bastava que um repórter tentasse abordar o assunto para Cabral subir nas tamancas. Ele alterava a voz, franzia o cenho e se dizia ofendido por ouvir uma simples pergunta.

O YouTube guarda um momento em que o ex-governador começava a encenar o número diante das câmeras. Foi há mais de duas décadas, nas eleições de 1996, quando ele disputou a Prefeitura do Rio pelo PSDB.

Em entrevista à TV Bandeirantes, Cabral se irritou quando um repórter quis saber que setores da economia financiariam sua campanha. "Não posso especificar, não é responsabilidade minha. Eu jamais conversei com empresário sobre dinheiro", respondeu, enfatizando o "jamais".

O jornalista perguntou então se ele seguia o exemplo do ex-presidente Collor, que também dizia desconhecer seus patrocinadores.

"Não me compare com o Fernando Collor porque eu vou me sentir ofendido", rebateu Cabral, em tom indignado. "Eu estou me sentindo ofendido por você. Essa comparação é absolutamente indelicada com a minha pessoa", reclamou.

Ao longo dos anos, o entrevistado foi aprimorando a performance. Voltaria a encená-la em 2012, já governador do Rio e filiado ao PMDB. Numa solenidade, o repórter Cássio Bruno quis saber se ele temia a quebra de sigilo da empreiteira Delta.

"Por que eu temeria? Acho até um desrespeito da sua parte me perguntar isso", reagiu Cabral. "Essas ilações são de uma irresponsabilidade completa. Um desrespeito completo com a minha pessoa", reforçou, bufando e encerrando a entrevista.

Em outros tempos, as respostas indignadas expunham o peemedebista como um político arrogante. Hoje as caras e bocas mostram algo mais: Cabral tinha talento para o ramo de stand-up comedy
Herculano
28/02/2017 10:03
NÃO SOMOS MUITO BONS EM RELATORIOS

Conteúdo de O Antagonista. Jamil Chade [correspondente do jornal O Estado de S. Paulo na Europa] informa que o governo brasileiro entregou à ONU um relatório sobre a situação dos direitos humanos no país em 2016, sem citar o desastre de Mariana e, possivelmente, sem o número de mortos em presídios (350 no ano passado).

Nós não somos muito bons em relatórios
Herculano
28/02/2017 07:40
"OS FATOS A RESPEITO DO PT E DE LULA SÃO INCONTESTÁVEIS"

Texto de O Antagonista.O Estadão, em editorial, trata do desespero do PT, manifestado pela entrevista de Gilberto Carvalho ao Valor. O Seminarista prometeu uma "guerra", caso Lula seja condenado e não possa ser candidato em 2018.

Leia um trecho:

"O PT sabe que, se os processos contra Lula forem tratados somente no âmbito jurídico, a derrota do petista é certa, e não porque a Lava Jato 'persegue' Lula, mas sim porque, ao que tudo indica, sobram provas contra ele. Não é à toa que a equipe de advogados destacados para defender Lula, em vez de dedicar-se a refutar as acusações, foi até a ONU para denunciar a suposta perseguição política que estaria sendo empreendida pelo juiz Sérgio Moro contra seu cliente. Além disso, usa as audiências com Moro para irritar o magistrado, tentando fazê-lo sair do sério, o que daria argumentos para sustentar a tese de que ele age contra Lula por motivações pessoais.

Para essa gente, a democracia e suas instituições - especialmente a Justiça e a imprensa livre - são inimigas, pois trabalham com fatos, e os fatos a respeito do PT e de Lula são incontestáveis: o partido e seu demiurgo não apenas são os responsáveis pela pior crise econômica da história brasileira, mas também são as estrelas do maior escândalo de corrupção que já se viu no País. Logo, os petistas empenham-se em criar os chamados 'fatos alternativos' - nome que se dá a mentiras e distorções criadas para embaralhar a realidade."
Herculano
28/02/2017 07:37
APOS MAIS 3 MIL JUDEUS ASSINAREM MANIFESTO, BOLSONARO É DESCONVIDADO PARA PALESTRA, po Ancelmo Góis, no jornal O Globo

'Bolsonaro idolatra a extrema direita neonazista'

A Hebraica de São Paulo desconvidou Jair Bolsonaro da palestra que ele iria proferir no clube, mês que vem. É que surgiu um manifesto contra a presença do deputado, assinado por mais de 3 mil judeus. Não é a primeira vez. Em 2015, o Clube Monte Sinai, do Rio de Janeiro, também desconvidou Bolsonaro, após o convite para uma palestra lá ter encontrado grande rejeição na comunidade judaica.

E olha que o deputado, em maio do ano passado, esteve em Israel, levado pelo presidente do seu partido atual, o pastor Everaldo, e foi batizado nas águas do Rio Jordão, como ocorreu com Jesus.

O manifesto diz que Bolsonaro ataca as minorias "entre as quais, nós, judeus, nos encontramos. Ele é homofóbico, misógino, racista e antissemita por natureza e convicção. Idolatra a extrema direita neonazista e admira os torturadores da ditadura militar".

O texto lembra que a ditadura matou vários judeus, como Vladmir Herzog, Iara Iavelberg, Ana Rosa Kucinski, Gelson Reicher, Chael Charles Schreier.
Herculano
28/02/2017 07:25
SECRETÁRIA VAI CONFIRMAR VERSÃO DE JOSÉ YUNES, por Andreza Matais e Marcelo de Moraes, na Coluna do Estadão

No depoimento que prestou recentemente à Procuradoria-Geral da República, José Yunes disse que tem como comprovar sua versão de que recebeu o operador Lúcio Bolonha Funaro no seu escritório de advocacia em São Paulo, em 2014. Ele indicou sua secretária como testemunha e disse que ela poderá corroborar sua versão. Yunes afirma que Funaro lhe entregou um "pacote", a pedido do ministro Eliseu Padilha. O caso foi revelado pela Coluna em dezembro. No "pacote" haveria R$ 1 milhão, proveniente da Odebrecht. Funaro e Padilha negam.

Ex-assessor especial de Michel Temer, José Yunes também disse à PGR que está à disposição para uma acareação entre ele, Funaro e Padilha. Antes mesmo de Funaro desafiá-lo para o confronto.

Observadores privilegiados do caso Yunes/Padilha/Funaro dizem que há dois caminhos: Padilha sair do governo quieto ou atirando. Ele é o único que pode esclarecer quem era o destinatário final do pacote confiado a Yunes.
Herculano
28/02/2017 07:10
CONTRA A CRISE DA PREVIDÊNCIA, NEGAÇÃO NÃO É REMÉDIO, conteúdo da coluna "Por quê? Economês em bom português", do jornal Folha de S. Paulo

O governo da jovem terra de Aquém-Mar, como todos os governos, tinha um orçamento. Gastos e impostos. Algumas vezes os impostos ficavam por baixo e o governo emitia títulos para cobrir a diferença. Depois de um tempo, a arrecadação crescia novamente e a administração de AM repagava suas dívidas. Apesar de não ter praia, a vida em Aquém-Mar era aprazível.

Como em todos os lugares que dão certo, porém, a população em AM afortunadamente começou a envelhecer e a parar de trabalhar. Isso, no entanto, gerou um probleminha: como custear o dia a dia dos que não mais trabalhavam (chamavam a esses habitantes "aposentados"), mas continuavam comendo, vestindo-se, indo ao médico (cada vez mais, até pararem de vez)? Em Aquém-Mar, até então, não existiam idosos.

O governo, que cobrava três tipos de impostos (tipo-B, tipo-C e tipo-D), resolveu então criar um novo, o tipo-Aposentado. Esse imposto tipo-A era pago pelos que ainda trabalhavam. A medida causou certa revolta no começo, mas os mais jovens entenderam que um dia também iriam se aposentar e que, lá no futuro, esse novo imposto tipo-A os serviria bem. Os jovens confiavam que o esquema não seria desmantelado nem naufragaria no meio do caminho.

E a vida em Aquém seguiu seu curso ?"com um pouco mais de imposto, mas tudo bem.

Anos mais tarde, o problema ressurgia com o vigor de uma fênix chamuscada. A população de idosos havia se expandido tremendamente. Antes, para cada aposentado havia dez trabalhadores jovens; agora, essa proporção caíra para um para cinco. Para manter os mesmos gastos com aposentadoria, seria preciso arrecadar mais. Uma constatação aritmética.

Mas o governo não queria dobrar a alíquota do tipo-A, que incidia sobre o salário dos jovens, de 10% para 20%. Resolveu, então, criar outros impostos, chamados tipo-Ab, tipo-Ac e tipo-Ad. Eram impostos destinados a pagar os gastos com aposentados, mas não mais incidiam sobre o salário dos mais jovens (pelo menos não diretamente) e sim sobre o lucro das empresas, a venda de chicletes e os serviços bancários. Claro, no fundo o que ocorria era essencialmente a mesma coisa: os que não ainda trabalhavam seguiam fazendo girar a roda da economia, pagando pelo contingente sempre crescente de aposentados.

O povo pareceu despreocupar-se, pois, além de aritmética ser algo pouco romântico, uma professora da região somou todos os impostos tipo-A ( A, Ab, Ac e Ad) e percebeu que os comentários alarmistas eram descabidos: tudo estava OK, pois a soma desses tributos era suficiente para cobrir os gastos com aposentadoria. Eureca! Não havia deficit, havia superavit!

Claro, os impostos totais haviam saltado enormemente de patamar, mas deficit na Previdência não havia. Os críticos ?"apelidados de neoloucos?" estavam comparando os gastos previdenciários com o imposto tipo-A apenas, mas (talvez maldosos?) se esqueciam de somar Ab, Ac e Ad.

A carga tributária havia crescido de modo assustador em Aquém-Mar. E precisava crescer ainda mais, anunciou certo dia o governador. Por quê? Porque, embora as pessoas vivessem mais e mais, seguiam se aposentando com 55 anos de idade. E, aos 80, casavam-se com jovens de 25 que herdavam sua pensão. Ao escutar tal proposta, o povo, aviltado, disse NÃO. O governo, assustado, recuou. Depois voltou e anunciou: ninguém se aposenta antes dos 65 anos e vamos reduzir as aposentadorias dos viúvos! O povo, revoltado, disse NÃO. E o governo, temeroso, recuou. Mas o problema, caros, insistia em não desaparecer ?"com sói ocorrer com os problemas.

Aí houve uma eleição. Insatisfeitos, os Aquém-marzenses elegeram um novo governo, que no primeiro dia anunciou: nada de aumentar impostos e nada de segurar os gastos. Isso, num mundo moderno, não é mais necessário! Emitiremos títulos novos, que pagarão por essas despesas. O povo, inebriado, não disse nada.

*

Aquém-Mar hoje não existe mais e poucos se lembram daquele povo que vivia alegre longe do litoral. Diz a lenda que certo dragão (apelidado de "Inflacionário" ou "Incendiário", não se sabe ao certo) sobrevoou a região e, furioso, lançou sobre ela uma torrente de fogo que queimou primeiro os títulos da dívida, depois todo o resto. Diz outra que Aquém-Mar, enfraquecida por tantos impostos e devedora a povos estrangeiros, foi invadida pelo feroz reino de Além-Mar.

Talvez nunca saibamos o que levou Aquém-Mar à derrocada. Mas uma coisa é certa: seu povo, tomado por versão aguda de negacionismo, falhou em promover uma reforma previdenciária.
Herculano
28/02/2017 07:05
da série: a tese goleiro Bruno na Justiça está fazendo escola. Coincidência. Só o ronco da rua será capaz de minimamente intimidar os políticos corruptos que querem continuar livres na sua senda do crime contra os pagadores de pesados impostos

FALCÃO: "É HORA DE LIBERTAR VACCARI, DIRCEU E PALOCCI", por Josias de Souza. Em texto veiculado nesta segunda-feira (27), o presidente do PT, Rui Falcão, classificou de "memorável" o despacho do ministro Marco Aurélio Mello, do Supremo Tribunal Federal, que colocou em liberdade o ex-goleiro Bruno, acusado de participar da morte da ex-amante Eliza Samúdio. Falcão cobrou tratamento isonômico para José Dirceu, Antonio Palocci e João Vaccari, os presos petistas da Lava Jato.

Para o dirigente petista, a soltura do ex-goleiro do Flamengo "deveria levar a uma revisão geral nas decisões recentes da Suprema Corte nos requerimentos de habeas corpus sistematicamente denegados." Falcão reproduziu, entre aspas, um trecho da decisão de Marco Aurélio: "A esta altura, sem culpa formada", anotara o ministro em seu despacho, "o paciente [Bruno] está preso há 6 anos e 7 meses. Nada, absolutamente nada, justifica tal fato. A complexidade do processo pode conduzir ao atraso na apreciação da apelação, mas jamais à projeção, no tempo, de custódia que se tem com a natureza de provisória."

Os argumentos de Marco Aurélio deveriam ser estendidos pelo Supremo aos processos da Lava Jato, defendeu Rui Falcão. "Afinal, por que manter presos João Vaccari, José Dirceu e Antônio Palocci ?" e há outros em situação semelhante ?" contra os quais só existem delações e nenhum prova consistente?", indagou o grão-petista. "É hora de cessar a parcialidade nos julgamentos, dar um fim à perseguição política promovida por certos juízes e procuradores e libertar Vaccari, Dirceu e Palocci."

Em março de 2015, nas pegadas do Carnaval daquele ano, sob a presidência do mesmo Rui Falcão, o PT federal divulgara um manifesto de conteúdo humorístico. Redigido sob a supervisão de Lula, o texto dizia a certa altura: "Como já reiteramos em outras ocasiões, somos a favor de investigar os fatos com o maior rigor e de punir corruptos e corruptores. [?] E, caso qualquer filiado do PT seja condenado em virtude de eventuais falcatruas, será excluído de nossas fileiras."

Era como se o partido desejasse dar um banho de gargalhada no país. A última vez que o PT havia se declarado a favor de apurações rigorosas fora antes do julgamento do mensalão. Sentenciada, sua cúpula passara uma temporada enjaulada na Papuda. E nada de expulsão. Ao contrário. Os condenados sempre foram cultuados nos encontros partidários como "guerreiros do povo brasileiro".

Agora, em plena folia de 2017, Rui Falcão rasga em definitivo a fantasia. José Dirceu, que já carregava sobre os ombros a condenação de 7 anos e 11 meses de cana amealhada no julgamento do mensalão, adicionou ao seu prontuário uma sentença de 23 anos e 3 meses de prisão por envolvimento na roubalheira do petrolão. João Vaccari já coleciona duas condenações de Sérgio Moro. Juntas, somam 24 anos e 4 meses de prisão. Palocci está na fila.

Ao defender a libertação da banda presidiária do petismo, Rui Falcão carnavaliza de vez o PT, condenando o partido a uma Quarta-Feira de Cinzas perpétua.
Herculano
28/02/2017 06:48
SO FALTA PROBLEMETIZAR NOEL ROSA, por Álvaro Costa e Silva, no jornal Folha de S. Paulo

Por enquanto, Noel Rosa escapou da razia politicamente correta. Suas marchinhas e seus sambas mais carnavalescos - "Pastorinhas" (com Braguinha), "Pierrot Apaixonado" (com Heitor dos Prazeres), "O Orvalho Vem Caindo" (com o pugilista Kid Pepe, que nada fez na parceria), "Até Amanhã" ?" seguem empolgando foliões.

Escrevi "por enquanto" porque esse tipo de cobrança está na moda e vai continuar, mesmo depois da Quarta-Feira de Cinzas. E porque Noel foi, na música brasileira, uma das primeiras vítimas da "problematização"- aliás, dupla vítima, tanto do conceito acadêmico que esta palavra encerra como da própria palavra, que é um palavrão de feiura.

Em artigo de 1972, publicado no "Pasquim", Millôr Fernandes desanca um tal de "Wagner" (na verdade, o compositor Jorge Mautner), que acusou Noel de antissemitismo, citando as músicas "Cordiais Saudações" ("Ando empenhado nas mãos de um judeu") e "Quem Dá Mais?" ("Quem arremata o lote é um judeu/ Quem garante sou eu/ Pra vendê-lo pelo dobro no museu"). Em sua defesa, Millôr escreve: "Na época, 'judeu da prestação' era uma expressão popular com uma coloração racista tão grande quando se dizer o 'crioulo da padaria' ou o 'careca do armazém'".

Um alvo predileto das atuais restrições é a palavra "mulato". Pois Noel Rosa fez "Mulato Bamba", gravado por Mário Reis em 1932. Ouçam o samba. Mostra como o artista esteve à frente do seu tempo, ao tratar a homossexualidade sem deboche e com simpatia, no retrato do malandro - inspirado em Madame Satã e outros - que desdenha das mulheres: "As morenas do lugar/ Vivem a se lamentar/ Por saber que ele não quer/ Se apaixonar por mulher". Para concluir: "O mulato é de fato".

Se não me engano, hoje é Terça-Feira Gorda. Dia de cantar o que bem quiser.
Herculano
28/02/2017 06:43
CUBA JÁ LEVOU R$ 8 BILHÕES COM O MAIS MÉDICOS, por Cláudio Humberto, na coluna que publicou hoje nos jornais brasileiros.

Alvo de denúncias de ser apenas fachada para o governo cubano, a Organização Pan-Americana de Saúde (Opas) já recebeu mais de R$ 8 bilhões do governo do Brasil desde que foi criado o Mais Médicos. Enquanto os profissionais cubanos recebiam apenas 10% dos R$11 mil pagos a médicos de outros países, a Opas, "intermediária" entre Brasil e Cuba repassa o restante ao governo do ditador Raúl Castro.

ESCÂNDALO
Em 2015, a TV Band mostrou representantes do Ministério da Saúde e da Opas discutindo como dar aparente legitimidade ao esquema.

MELHOROU, MAS...
Depois das denúncias, a Opas começou a pagar R$ 3 mil aos médicos cubanos, quatro vezes menos do que recebem os de outros países.

MAIS POR AÍ
Em setembro do ano passado o ministro da Saúde, Ricardo Barros, anunciou a prorrogação do convênio com a Opas por mais três anos.

SEM CRISE
A Opas, que recebeu R$ 2,7 bilhões em 2016, pode chegar ao fim do contrato do Mais Médicos tendo embolsado mais de R$ 17 bilhões.

JUSTIÇA É REPRESENTADA NO STF. MENOS A FEDERAL
Todos os segmentos da Justiça do Brasil, à exceção da Federal, estão representados na atual composição do Supremo Tribunal Federal (STF). Advogados têm o maior número de ministros: Carmen Lúcia, Luis Barroso e Luiz Fachin. O quarto advogado será Alexandre de Moraes. A Justiça Trabalhista é a origem de dois ex-ministros do TST: Marco Aurélio e Rosa Weber. A Justiça Federal não tem representante.

ESTADUAL
A Justiça Estadual tem dois desembargadores de Tribunais de Justiça: Ricardo Lewandowski (TJ de São Paulo) e Luiz Fux (TJ do Rio).

MP
O Ministério Público Federal tem como representante o ministro Gilmar Mendes. E o MP Estadual, o decano do STF, ministro Celso de Mello.

AGU
A Advocacia-Geral da União tem na composição do Supremo Tribunal Federal o ministro Antonio Dias Toffoli.

PRESSÃO
Com a nomeação de Osmar Serraglio para a Justiça, aumentam as especulações sobre a saída do cargo do diretor-geral da Polícia Federal, Leandro Daiello. Desde que a cadeira no ministério ficou vaga, há pressão de partidos e até de setores da PF pela saída do diretor.

BOM NO NEGOCIO
O embaixador brasileiro Roberto de Azevêdo será reeleito nesta terça para mais quatro anos como diretor-geral da Organização Mundial do Comércio (OMC). É o cargo mais alto que um brasileiro já ocupou em organismos internacionais. E ele será reeleito 3 meses antes do prazo.

TRISTES, MENOS NO CARNAVAL
Apesar da crise econômica e da pesquisa que mostra que o Brasil é o terceiro país mais pessimista do mundo em relação ao futuro, o carnaval de 2017 já bateu recordes de público em BH, SP e Brasília.

CONTRAMÃO DA CRISE
A incorporadora ACS entrega este ano, em Campinas (SP), 2.500 apartamentos no valor médio de R$250 mil. A ACS é o braço imobiliário dos genéricos EMS, que faturou quase R$ 4 bilhões em 2016.

AUMENTO FEDERAL
O presidente de Furnas, Ricardo Medeiros, tem sido bem generoso com alguns dos funcionários do órgão. No final de 2016, ele concedeu aumento de até 120% a alguns integrantes dos quadros da empresa.

EXORBITANTE
Um dos agraciados com aumento em Furnas passou a receber R$ 17,4 mil como gerente. Outra pessoa, com cargo de secretária e ligada a um dos diretores, ganhou provimentos superiores a R$ 9,1 mil.

VALE LEMBRAR
Ao fim do governo Dilma, só havia dois "caciques" que ainda defendiam a ex-presidente Dilma: Michel Temer, então vice e Eunício Oliveira, então líder do PMDB no Senado. Hoje nenhum petista apoia Temer.

CHEGOU CHEGANDO
O ministro Moreira Franco se mudou na última quarta-feira do gabinete que ocupava para o quarto andar do Palácio do Planalto. No início do mês, ele tomou posse como chefe da Secretaria-Geral da Presidência. Agora tem mais espaço e uma equipe numerosa para chamar de sua.

PENSANDO BEM...
...o carnaval está chegando ao fim. Só não para os deputados federais.
Herculano
28/02/2017 06:37
NOTAS PARA COLUNAS INVIÁVEIS, por Mário Sérgio Conti, para o jornal Folha de S. Paulo

Beth Carvalho disse nesta segunda na Folha que o Carnaval virou um "esquemão" para a "elite da elite"; e que as escolas de samba são "reféns do patrocínio". O sucesso do Carnaval de rua, para ela, foi uma forma de protesto.

Talvez por isso se tenha gritado "Fora, Temer" nos blocos, enquanto os desfiles foram a pasmaceira de sempre, apesar de milionária.

Beth falou que não canta mais "O Teu Cabelo Não Nega". Porque aprendeu que a marchinha é racista: "Se Lamartine Babo errou, por que errar de novo?"

Mas a cantora é exceção. O politicamente correto é ridicularizar o politicamente correto, e seguir com o racismo brejeiro, bem brasileiro.

*

O politicamente correto chegou com tudo ao Oscar, o que é prova da sua correção moral e ineficácia política. O ganhador do prêmio de melhor filme, "Moonlight", soma três categorias (gênero, raça e geração) e três problemas (bullying, drogas e violência) para chegar à cena contemporânea. Debalde.

O concorrente mais politizado era "A Qualquer Custo". Ele disputou outras três estatuetas e não ganhou nenhuma, nem a de coadjuvante para Jeff Bridges ?"outra vez excelente. Talvez porque o filme fale de história e economia, disciplinas fora de moda, e se filie a um gênero defunto, o faroeste.

"A Qualquer Custo" explica a opressão por meio da propriedade. Os nativos foram massacrados no Velho Oeste pelos colonos, cujos descendentes, cheios de dívidas, são agora novamente massacrados.

A entidade que financiou a conquista da terra e do ouro, e hoje expropria os endividados, é a mesma: os bancos. Por isso, um personagem diz: "a pobreza é uma doença que passa de geração para geração". Para sair dessa prisão, só com violência e bandidagem.

*

No diário do exílio, Brecht defende que Hamlet é um idealista que se converte num cínico. Nesse espírito, se poderia adaptar a peça para o Brasil recente, com Dilma no lugar de Hamlet. Seria um enredo cruel e desordenado, um caos de intrigas, traições e espadas envenenadas. Uma carnificina deplorável e desprovida de moral que mostrasse a autodestruição do clã petista. Fernanda Torres seria uma Dilma excelente.

*

Ulysses Guimarães afundou no helicóptero de um empresário. Eduardo Campos explodiu num jatinho mutretado. Teori Zavascki caiu no mar com um estalajadeiro de luxo. Aécio Neves rabeou na pista e quase virou outro Mártir da Guerra Alada Contra a Corrupção.

O desejo maior de todo político é não entrar nunca mais num avião de carreira. Aécio ia a São Paulo para um encontro com Fernando Henrique. Como senador, tem direito a passagens. Preferiu o jatinho pago por anônimos. Viajou só, com piloto e copiloto. Voou pouco, mas foi longe.

*

Numa página de "O Capital", explica-se a natureza e o trabalho com a comparação entre criaturas que constroem. Uma abelha hábil pode até envergonhar arquitetos com os favos intrincados que faz. Mas o que distingue o pior arquiteto da melhor abelha é que ele usa a cabeça, tem ideias ?"obtém um resultado que existiu antes na sua imaginação.

Pois bem: Temer e sua colmeia imaginam construir algo? Ou põem em prática cegamente o que o capital determina? Comparar o bom selvagem ("Discurso sobre a Origem das Desigualdades") com o homem automático ("A Ideologia Alemã"). Concluir que é mais fácil imaginar o fim do mundo ?"da natureza?" que o fim do capitalismo
Herculano
28/02/2017 06:23
POR QUE CRIANÇAS PEGAM NO SONO TÃO FÁCIL QUANDO ANDAM DE CARRO? por Suzana Herculano-Houzel, neurocientista treinada nos Estados Unidos, Franca e Alemanha, no jornal Folha de S. Paulo.

O truque já apareceu até em anúncios de carro: é só colocar seu bebê no assento infantil no banco de trás, sair com o carro, e antes de chegar à esquina mesmo o pimpolho mais relutante estará adormecido. Com meus dois filhos, funcionava sempre. De onde vem o efeito soporífero mágico do banco de trás?

Do enjoo nascente, segundo a neurociência. Enquanto o cérebro não amadurece o suficiente para deflagrar uma resposta completa de náusea e vômito às informações sensoriais conflitantes dentro de um carro em movimento, os pais têm cerca de dois anos para se beneficiar da sonolência que antecede a náusea.

Eu explico. Tenho passado boa parte dos meus dias lendo assuntos variados para o novo curso de neuroanatomia que comecei a lecionar na Vanderbilt, e calhei de estar a bordo de um avião taxiando na pista quando revi o circuito responsável pelo enjoo.

O texto explicava que náusea e vômito correspondem a graus progressivos de ativação de uma estrutura no tronco cerebral de nome floreado, o núcleo do trato solitário, que recebe sinais dos órgãos internos do corpo. Alterações variadas no estômago, por exemplo por causa de toxinas, causam o enjoo, prenúncio do vômito que vem logo a seguir, e expele o que causou mal.

Ocorre que o núcleo do trato solitário também é ativado quando há informações sensoriais conflitantes, que o cérebro não sabe prever ou explicar. Carros e aviões fazem o mundo deslizar para os lados de um modo que jamais acontece sobre nossas próprias pernas, sobretudo quando movemos a cabeça ao mesmo tempo. Talvez porque combinações inexplicáveis de sensações também aconteçam quando estamos intoxicados, o núcleo do trato solitário entra em ação e começa a preparar o esvaziamento do estômago.

Mas antes de chegar ao ponto do enjoo pré-vômito, dizia o texto, a primeira alteração é... sonolência, causada provavelmente por ativação parassimpática maciça, uma das várias funções do núcleo solitário. Li esse parágrafo e adormeci antes mesmo da decolagem, tal qual um bebê em seu assento no carro. E a ficha caiu.

O sistema parassimpático é aquele que relaxa o corpo e, entre outras coisas, promove a digestão. Pelo jeito, a ativação parassimpática é o "nível um" da resposta do cérebro ao problema - e se ela não basta, a náusea vem, e culmina em vômito, o que finalmente resolve a situação.

Pena que lá pelos dois anos de idade, o cerebelo já amadureceu o suficiente para fazer as informações conflitantes do carro causarem bem mais do que só sonolência, e a mágica acaba: o carro deixa de ser máquina de ninar, e passa a ser máquina de enjoar. Pais, aproveitem enquanto o enjoo não vem.
Herculano
27/02/2017 20:22
AO JANGO

1. O PT nunca foi um partido consistente em SC.Nem mesmo quando Ideli Salvatti foi candidata com razoável chances de chegar ao segundo turno. O PT tinha retalhos de sobrevivência. Um deles, era o de Blumenau. Mas, onde governou, arrasou a terra e em Blumenau não foi diferente, como foi em Itajaí, Joinville, Criciúma e Chapecó, por exemplo.

2. Em Gaspar, a primeira experiência do PT também foi rejeitada. Contudo ela voltou com força quatro anos depois. Isso se deu dois aspectos: primeiro porque Adilson Luiz Schmitt fez um governo muito ruim.Consequentemente,tornou-se com o seu próprio ex-PMDB, o melhor e maior cabo eleitoral da voltado do PT e consolidou o nome de Pedro Celso Zuchi. Segundo, como em Blumenau, tudo se esfarelava, Gaspar ganhou atenção especial do PT para continuar a cabeça de ponte do Vale do Itajaí.

3. Sobre essa pesquisa que você menciona, ela no desdobramento municipal já mostrava que aqui não haveria reeleição, nem mesmo na chapa alternativa que o PT montou via o PCdoB, para continuar no poder com o PSD e PSB, de fachada. Zuchi, na mesma pesquisa era o principal cabo eleitoral, usado ao máximo, não conseguiu superar o cheiro de mudança.

4. A pesquisa que você menciona, fundamenta também o movimento que deputado Décio Neri de Lima já está realizando: tomar o PDT (o PDT diz que o está convidando). E a ida de Pedro Celso Zuchi, para o PDT, também é parte deste jogo onde o poder é o objetivo.

5. E por que fazem isso? Por esperteza e necessidade de sobrevivência. A esperteza é a de se desvincular da lama que cobre o PT e os seus, mesmo que eles não tenham nada com tudo o que se divulga, se apura e se julga. A sobrevivência é a de permanecer no poder e empregar os de sempre.

6. O que não está claro é onde a mulher de Décio, a deputada estadual Ana Paula Lima, PT, se encaixará. Entretanto, próximos informam, de que ela ficará no PT para reforçar a aliança branca PT e PDT num campo moderado da esquerda catarinense, impedindo que ele seja ocupado pela deputada Ângela Albino, PCdoB, e os dela.

7. Agora, se os eleitores e eleitoras tiverem vergonha na cara, independente de partidos e dúvidas, não reelegeriam nenhum parlamentar para as três casas de representação (Senado, Câmara Federal e Assembleia Legislativa). São eles que travam e chantageiam o executivo, colocando no ralo, o dinheiro dos pesados impostos dos catarinenses. Wake up, Brazil!
Jango da Nobrega
27/02/2017 19:12
Herculano

O PT de Santa Catarina está desesperado. Uma pesquisa interna realizada no final de 2016, para consumo interno, trouxe uma má noticia para os petistas. Nas eleições de 2018 o PT de SC elegerá apenas um deputado federal e dois deputados estaduais. Para federal se reelegeria o deputado federal por Chapecó, Pedro Uczai e para estadual iriam reeleger-se os deputados Saretta e Padre Pedro, todos do Oeste Catarinense. Agora percebe-se o desespero dos deputados Décio Lima e Ana Paula Lima em nomear vários ex prefeitos por todo o estado para seus gabinetes. Serão varridos da politica Catarinense.
Herculano
27/02/2017 18:28
COM PRISÃO DECRETADA, EX-DEPUTADO FOGE DE CERCO POLICIAL NO ESPÍRITO SANTO

Conteúdo do jornal O Estado de S. Paulo. Texto de Adriana Fernandes e Leonêncio Nossa. A Justiça Militar do Espírito Santo decretou neste sábado, dia 25, a pedido do Ministério Público Estadual, a prisão de quatro policiais por envolvimento no motim dos policiais militares do Estado. Eles são acusados de incitar o movimento e de aliciamento de outros policiais com a divulgação de áudios e vídeos em redes sociais.

A polícia tentou prender os quatro em suas casas, mas não os encontrou. Um deles, o ex-deputado federal e militar da reserva conhecido como capitão Assumção, foi encontrado mais tarde no 4º Batalhão da PM, em Vila Velha. Os policiais da Corregedoria da PM chegaram a detê-lo, mas ele escapou.

Segundo agentes da equipe que tentou prendê-lo, Assumção, que é aliado do deputado federal Jair Bolsonaro (PSC-RJ), conseguiu fugir em meio a um tumulto criado por um grupo de colegas e de mulheres de policiais amotinados, que se manifestava em frente ao quartel. Houve troca de empurrões e o ex-deputado escapou depois de receber voz de prisão.
Dos quatro militares que tiveram a prisão decretada, apenas o tenente coronel Carlos Alberto Foresti havia sido detido até a conclusão desta edição. O oficial se apresentou no sábado na unidade da Polícia Militar de Itaperuna, no Rio de Janeiro, e foi encaminhado para o presídio da Polícia Militar do Espírito Santo, em Vitória.

A Polícia Militar informou que está adotando medidas para cumprir as ordens de prisões dos demais policiais. Segundo o coronel Ilton Borges, as investigações apontaram que o tenente coronel Foresti, que trabalhava no centro de despacho de viaturas, desde o início do movimento, fez manifestações de apoio aos policiais com divulgação de vídeos nas redes sociais.

Já o capitão Assumção teve participação presencial nas entradas dos quartéis e divulgação de mensagens de apoio nas redes sociais.

No sábado, o Estado mostrou que o motim contou com o apoio de um grupo aliado de Bolsonaro no Espírito Santo. O secretário de Controle e Transparência do Espírito Santo, Eugênio Ricas, disse que há indícios claros de que o movimento foi de "fachada" motivado por interesses políticos e econômicos.

'Terrorismo digital'. Sem citar nomes, o secretário afirmou que o Espírito Santo viveu um quadro de "terrorismo digital" por meio da disseminação de informações falsas e boatos com o objetivo explícito de colocar a população em pânico, paralisar o transporte público e fechar o comércio. Segundo Ricas, 80% das mensagens partiram de pessoas e redes de fora do Estado.

"O que se espera de um movimento como esse que toda a movimentação seja do Estado, principalmente dos policiais, mas não foi o que aconteceu", disse. O secretário informou que há indícios robustos dos interesses políticos e econômicos por trás do movimento. Dados pessoais do secretário e de seus familiares foram invadidos e disseminados por e-mail durante o fim de semana. "Fica evidente a ousadia desse grupo e o que eles são capazes", afirmou. Na sua avaliação, pode ter havido crime contra as leis de Segurança Nacional e de Terrorismo.

O movimento supostamente controlado pelas mulheres dos militares perdeu a força após 21 dias de paralisação. No sábado, o governo estadual aceitou fechar mais um acordo com o grupo, estabelecendo um encontro para discutir reivindicações da categoria no dia 2 de março. Ficou decidido que não haveria mais punições de militares.

Uma equipe de especialistas em comunicação digital ajudou a reportagem a rastrear o movimento de apoio nas redes sociais ao motim da PM. Bolsonaro publicou ontem em sua página no Facebook a mesma resposta que deu ao Estado, informando que só se manifestaria sobre o assunto ao vivo e desde que a conversa fosse gravada em vídeo. A defesa dos envolvidos não foi localizada.
Herculano
27/02/2017 18:25
"ACEITO ACAREAÇÃO COM QUER QUE SEJA", REAGE YUNES A OPERADOR DE EDUARDO CUNHA

Conteúdo do jornal O Estado de S. Paulo. Texto de Ricardo Galhardo e Valmar Hupsel Filho. Em resposta a Lúcio Bolonha Funaro, suposto operador de propinas do ex-presidente da Câmara Eduardo Cunha (PMDB/RJ), o ex-assessor especial da Presidência da República José Yunes disse que aceita fazer uma acareação 'com quem quer que seja' para esclarecer o episódio do recebimento de um envelope endereçado ao ministro licenciado da Cara Civil, Eliseu Padilha.

Nesta segunda-feira, 27, a defesa de Funaro disse ao jornal "Folha de S. Paulo" que vai processar Yunes por calúnia e pedir uma acareação entre o ex-assessor da Presidência, Eliseu Padilha e o ex-diretor da empreiteira Odebrecht Cláudio Melo Filho para negar as declarações.

"Aceito acareação com quem quer que seja ratificando todos os dizeres do meu depoimento", desafia Yunes, em declaração ao Estado.

O ex-assessor e amigo do presidente Michel Temer (PMDB) relatou em depoimento à Procuradoria-Geral da República e em entrevistas ter recebido Funaro em seu escritório, em São Paulo, no final de 2014. No encontro, Funaro ?" preso desde junho de 2016 na Operação Sépsis, da Polícia Federal ?" teria entregue um envelope endereçado a Padilha.

A declaração de Yunes corrobora o depoimento do ex-vice-presidente de Relações Institucionais da Odebrecht, Cláudio Melo Filho, que disse, em delação premiada, que o escritório de Yunes era um dos lugares usados para o depósito de dinheiro destinado às campanhas do PMDB.
Herculano
27/02/2017 18:11
UMA IDEIA PARA PENSAR E AVALIAR. MUNICÍPIOS DA GRANDE FLORIANOPOLIS SE ENGAJAM PARA MELHORAR A EDUCAÇÃO. ENQUANTO ISSO EM GASPAR...

22 municípios da Grande Florianópolis realizam, até o final do ano, estudos e ações coletivas para melhorar o ensino público municipal

Em articulação conjunta e inédita no sul do Brasil, municípios de Santa Catarina estão buscando soluções para melhorar a qualidade do ensino público. Em reuniões periódicas, os representantes da Educação de cidades da região da grande Florianópolis traçaram um raio-x dos desafios e potencialidades de cada município e do território. Entre as metas traçadas e que já estão sendo colocadas em prática, estão ações visando o aumento da aprendizagem (proficiência) e correção do fluxo escolar .

O Arranjo de Desenvolvimento da Educação (ADE) é uma iniciativa da Associação dos Municípios da Grande Florianópolis (GRANFPOLIS), com o ativo envolvimento das prefeituras envolvidas, Instituto Positivo e parceiros da iniciativa privada, o trabalho conjunto entre as secretarias municipais de Educação é dividido na investigação dos desafios, das potencialidades e na troca coletiva de experiências para solucioná-los. O projeto iniciou em julho de 2015 em 22 municípios da região da grande Florianópolis.

Como parte do projeto, o primeiro encontro coletivo com os atuais secretários de Educação aconteceu em Florianópolis, na última terça-feira (21), e reuniu mais de 60 representantes dos municípios participantes. A apresentação da metodologia do programa e dos avanços das quatro metas propostas foi o grande objetivo do evento. Além disso, o encontro foi marcado pela apresentação da parceria com o Instituto Ayrton Senna para a Meta 2 (corrigir o fluxo de alunos que tem distorção entre a faixa etária e a série que frequentam). A gerente Executiva do Instituto Ayrton Senna, Inês Kisil Miskalo, apresentou as soluções educacionais que poderão ser aplicadas nos municípios para o fortalecimento e a aceleração da aprendizagem dos alunos em defasagem idade/ano escolar.
Herculano
27/02/2017 18:08
A POLITIZAÇÃO DO CINEMA É A MORTE DA ARTE, por Rodrigo Constantino, do Instituto Liberal

Quando o artista troca sua expressão artística pelo proselitismo ideológico a arte morre, sai de cena, desaparece. Em vários aspectos, o próprio conceito de arte é o oposto da propaganda política.

Arte ?" ao menos o que merece tal rótulo ?" normalmente fala fundo às nossas emoções, de forma atemporal, justamente porque lida com as angústias e paixões humanas, enraizadas em nossa natureza. Substituir isso pela mensagem conjuntural e efêmera da política é cometer um ato de assassinato contra a verdadeira arte.

Infelizmente, temos visto cada vez mais "artistas" se deixando levar por essa onda proselitista, usando sua "arte" apenas para divulgar mensagens políticas e partidárias. É um espetáculo lamentável. E o Oscar, claro, é a apoteose desse fenômeno tosco.

A pressão politicamente correta dentro de Hollywood tem sido fatal para um julgamento artístico isento, que deveria analisar apenas os critérios efetivamente artísticos, não seu teor político. Paradoxalmente, os que mais saem prejudicados com essa postura acovardada são as próprias "minorias" que esses grupos dizem defender.

Alexandre Borges explica melhor essa visão, usando como base um excelente texto de Paulo Cruz:

Sou do tempo que o assunto do Oscar era cinema. Triste momento da politização de tudo.

O maior estrago causado por essa geração de atores ideologicamente radicais, mimados, alienados e afetados de Hollywood foi o "Oscars So White", movimento cotista para o prêmio que fez tanto barulho ano passado (lembre aqui http://bit.ly/2lY3khD). Perto disso, a gafe histórica de errar no nome do vencedor do Oscar de Melhor Filme não é nada.

Neste ano, os dois vencedores do Oscar de Melhor Ator e Atriz Coadjuvantes são negros: Mahershala Ali, o eterno Remy Danton de House of Cards, e Viola Davis. Mahershala Ali é também o primeiro ator muçulmano a ganhar este prêmio, o que faz dele um combo de minorias.

Mahershala Ali e Viola Davis são dois bons atores, mas como saber agora se o prêmio foi por mérito ou ação afirmativa? Como ter certeza de que não houve qualquer influência política na escolha? É uma dúvida que mancha a credibilidade do Oscar e cobre a vitória de ambos com uma nuvem de suspeição.

Como disse o grande Paulo Cruz, "ser livre é também ser preterido, e cobrar reparação perene é voltar à escravidão". Nada a acrescentar
Herculano
27/02/2017 18:02
VAMOS MATAR A LAVA JATO, SKINDO, SKINDO, SKINDO

Conteúdo de O Antagonista. No Carnaval de 2015, petistas tentavam matar a Lava Jato às escondidas.

Neste Carnaval, todos os políticos e seus representantes na imprensa tentam matar a Lava Jato abertamente.

O enredo continua o mesmo, mas os foliões agora não vestem fantasia

QUEM PODE SER CONTRA

Um levantamento feito por O Globo mostra que a Lava Jato identificou 4,1 bilhões de reais em propinas.

Desse total, segundo o jornal, 577,8 milhões de reais "foram comprovados em ações já julgadas em primeira instância na Justiça Federal de Paraná e Rio".

"Outro R$ 1,7 bilhão faz parte de processos e investigações em andamento, sem sigilo judicial. Para fechar a conta, há mais R$ 1,9 bilhão reconhecido pela Odebrecht, que admitiu ser este o valor pago por subornos apenas no Brasil."

Quem pode ser contra a Lava Jato?

Quem roubou ou quem é partidário ou amigo de quem roubou

"OS AJUDANTES DE BANDIDOS CONTINUAM MANDANDO"

Em tempos em que o saque à Petrobras começa a ficar em segundo plano, dado o avanço da Lava Jato para outras frentes e à recuperação da companhia, é preciso lembrar que nem todo o mal feito à estatal foi esclarecido e nem todos os malfeitores foram dela afastados.

Ninguém imagina que meia dúzia de diretores e gerentes já flagrados nas investigações tenham sido capazes de saquear sozinhos a Petrobras por tantos anos.

Uma coisa é certa: foi preciso que muitos subordinados dos quatro ex-diretores (Paulo Roberto Costa, Renato Duque, Nestor Cerveró e Jorge Zelada) ajudassem a estruturar e, principalmente, trabalhassem para dar aparência legal às contratações fraudulentas da estatal.

Dentro da companhia, há funcionários perplexos com a permanência em cargos executivos de praticamente todos os subordinados dos ex-diretores encrencados.

Vários funcionários da companhia já repetiram a O Antagonista: "Os ajudantes de bandido continuam mandando".

O BILHETE ERA MESMO PREMIADO, MAS...

O economista José Roberto Mendonça de Barros afirmou a O Antagonista: "O pré-sal era mesmo um bilhete premiado para o Brasil. O problema é que não souberam resgatar o prêmio".

Segundo Mendonça de Barros, a chance de expandir a indústria de óleo e gás no país era extraordinária, principalmente no período em que o preço do petróleo ficou nas alturas (até 2014, com intervalo entre o fim de 2008 e o fim de 2009).

O problema foi a falta de estratégia. "Tentamos repetir políticas protecionistas que já haviam dado errado em outros momentos, com uma política de conteúdo local exagerada. Em vez de buscar aumento da produtividade da nossa indústria, resolvemos, com uma lei, encomendar tudo de empresas brasileiras, independentemente de sua capacidade de atender à maior compradora, que era a Petrobras".

Um desperdício
Herculano
27/02/2017 17:52
NO MUNDO DAS REDES SOCIAIS, O RELATIVISMO VIROU "MATÉRIA PAGA", por Luiz Felipe Pondé, filósofo, no jornal Folha de S. Paulo.

Dizem que estamos na era da pós-verdade. Trump é um exemplo. O "brexit", outro. A extrema direita, outro. Enfim, só mente quem não faz parte do pacote ideológico dos bonzinhos.

Era da pós-verdade é a era em que sites e pessoas inventam mentiras contra candidatos, ideias ou pessoas famosas (ou não) para atingir uma meta específica, além, claro, de ganhar dinheiro com publicidade à base de cliques. Reputações podem ser destruídas por canalhas produtores de mentiras veiculadas nas mídias sociais.

Mas existe uma fundamentação filosófica para isso: o relativismo sofista e seus descendentes. Mesmo que nenhum filósofo relativista tenha proposto a mentira como conclusão da negação da verdade absoluta (o relativismo em si), qualquer pessoa normal (inclusive alunos quando estudam relativismo) toma a autorização para mentir como conclusão evidente da postura relativista. No mundo das redes sociais, o relativismo se transformou em matéria paga.

É tudo verdade: as plataformas de redes sociais acabaram por pulverizar algo que Platão sabia. No mundo retórico das opiniões, ninguém sabe onde a verdade está. Nas redes sociais, com sua economia dos cliques, ganha mais quem é mais acessado. A sustentabilidade econômica deita raízes nessa economia dos cliques.

Há um deficit de verdade na democracia contemporânea. A economia dos cliques é esse fato tornado mercado. Mas há outro fator, mais invisível para quem não é do ramo, e que figuras como Trump sacaram. Muitos dos que criticam a era da pós-verdade nas mídias ("fake news" ou "notícias falsas") têm uma agenda ideológica escondida, e essa agenda os desqualifica como críticos para grande parte da população que não frequentou as escolas da zona oeste de São Paulo ou cursos de ciências humanas de universidades de gente rica (mesmo que públicas). Você quer saber qual é essa agenda escondida?

A agenda escondida é a associação direta entre ser de esquerda e dizer a verdade. É a crença de que se você for verdadeiro concordará com a pauta do "New York Times" para o mundo. Ou com a do "Guardian". Ou do "Libération" (a imprensa brasileira é bem melhor nessa vocação descaradamente ideológica, pelo menos em política, em cultura peca com mais frequência).

Não tenho dúvida de que "haters" (odiadores) mintam. E de que muitos sejam mesmo idiotas de extrema direita. E de que Trump possa ser um sério problema para mundo. E de que Hilary era melhor, justamente porque é um nada que faria um governo pró-establishment.

Mas, o que precisa ser dito é que grande parte do "fake news" também é gerado pela moçada do bem. Quero ver o dia em que os bonzinhos vão confessar que xingam, mentem, fazem bullying virtual e destroem eventos com os quais discordam. A esquerda é tão canalha quanto a direita em matéria de era da pós-verdade.

Vejamos um exemplo. A maioria esmagadora da classe de produtores culturais partilha dessa agenda escondida. Critica tudo que não combine com um governo que estimule a cultura (leia-se "dê grana pra eles"). Consideram óbvio que se alguém dá grana para eles é porque esse alguém é legal e faz o bem.

Ainda teremos que voltar à vaidade como categoria de análise moral e política neste século se quisermos pensar a sério esse comportamento de artistas que se vendem como arautos da verdade moral e política. Pois bem. Esses artistas apoiam governos conhecidos pela incompetência econômica que destrói vidas (mas se estiverem financiando seus filmes, ok!), pela perseguição ideológica (dar exemplos disso até dá sono, não?). Artista sempre foi um bicho fácil de convencer.

Outro exemplo: acadêmicos e "especialistas na verdade", normalmente todos, votariam na Hilary, ou seja, são de esquerda. A esquerda se sente tão confortável tendo o monopólio dos mecanismos de produção de conhecimento e cultura (por culpa mesmo da direita liberal que é tosca) que assume sem vergonha o lugar de oráculo da verdade.

Para quem conhece um pouquinho desse caminho da roça, tudo isso parece ópera-bufa. Você escuta as risadas dos palhaços?
Herculano
27/02/2017 17:48
CAROS LEITORES E LEITORAS

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