27/10/2016
TEMPOS PIORES VIRÃO I
Ai, ai, ai. Deu-me uma preguiça danada. Depois que vi, li e aprovei as observações do advogado Mário Wilson da Cruz Mesquita, ex-procurador do município de Gaspar de parte da era PT de Gaspar, na área de comentários da coluna mais acessada no portal Cruzeiro do Vale – o líder de acessos -, resolvi transformá-lo em duas notas aqui. E sem remunerá-lo, mas agradecido. O escrito dele foi sobre a coluna de sexta-feira onde abordei às dúvidas, à falta de transparência e à longa disputa da coleta por empresas e agora na Justiça, pelo lixo fedido da cidade. Para o doutor Mesquita, “Gaspar merece saber a verdade...”.
TEMPOS PIORES VIRÃO II
E olha que se ele resolver colocar os pratos na mesa, o PT daqui onde ele conheceu as entranhas como poucos, vai se afogar nessa sopa de gosto repugnante. Em Brusque, o doutor Mesquita caçou o queridinho de Décio Neri de Lima, Ana Paula de Lima e Pedro Celso Zuchi entre outros, o Paulo Roberto Eccel, que passou por aqui como procurador. Eccel zombou do doutor Mesquita. Penou na Justiça. Não voltou mais ao cargo. Aqui, O doutor Mesquita deixou o Zuchi completar o segundo mandato seguido, dos três que teve. Entretanto, nada será fácil depois dele sair, mesmo que o doutor Mesquita fique de braços cruzados.
TEMPOS PIORES VIRÃO III
Chega de explicações. Vamos ao que interessa. O doutor Mesquita, dirige-se assim aos meus leitores e leitoras: “bom dia, Herculano. Sem sobra de dúvidas, a população gasparense merece saber da verdade. Certamente saberá pela própria instrução da Ação Civil Pública de Improbidade Administrativa que está tramitando no Fórum local. Tratam-se dos autos 0900095-62.2015.8.24.0025 em que os vários acusados vão ter de explicar muita coisa ‘podre’ e o segredo do lixo que virou luxo para alguns. Não há milagre, não existem inocentes nesse negócio. A verdade real aparecerá com a delação de algum desses ao Ministério Público. Você está coberto de razão ao dizer: ‘(...) a história dos bastidores político administrativo de Gaspar poderia ser reescrita.”
TEMPOS PIORES VIRÃO IV
E continua: “também estou olhando a maré e aguardando ser convidado a explicar o que eu e o Dr. Danilo Visconti já dissemos à Autoridade Policial, ao Ministério Público, ao Juízo de Direito e à própria Casa de Lei quando prestamos informações na CPI do Cemitério. Não há segredo de Justiça. Toda a verdade está lá, depoimentos, documentos e gravações. Alguns que se achavam estrelas, vislumbrados pela própria estrela maior, sofrerão com a tempestade que se aproxima. Tempos piores virão ...Cada um colhe o que semeia, diz o ditado!”. Volto e arremato: estou mais uma vez de alma lavada. O tempo é senhor da razão. Nunca escondi que já combati o doutor Mesquita, o bom combate, por ser ele o defensor daquele estado de coisas que julguei tortos. Só depois que tentaram ludibriá-lo, usando a sua competência técnica, inclusive contra este escriba, é que o doutor Mesquita percebeu em que ninho de cobras estava. E dele pulou fora, para finalmente esclarecer ou no mínimo, não participar das tramas que mancham, afrontam a ética e à legislação.
TEMPOS PIORES VIRÃO V
Um exemplo do que espera Pedro Celso Zuchi, seus auxiliares e até mesmo familiares na sucessão das responsabilidades. Na terça-feira foi aprovado na Câmara de vereadores, o Projeto de Lei 55/2016. O que ele diz? “Fica autorizado o Município de Gaspar como co-autor nas ações civis públicas nº 025.99.003087-8, nº 025.00.001683-1, nº 025.99.002004-0 e nº 025.99.001470-8, a celebrar acordo com o espólio de Bernardo Leonardo Spengler [prefeito de 1º de janeiro de 1997 a setembro de 1999], visando o ressarcimento de danos ao erário por diversos motivos apresentados em cada ação”. Elas atingem outros assessores da época da administração do ex-prefeito e empresas envolvidas. Isso na Justiça, inferniza e custa incomodação e prejuízos aos seus familiares herdeiros na hora da partilha (Nadinho e a sua mulher são falecidos). As ações tentam cobrar para o município, quase R$3 milhões (com principal denunciado, juros, multas e correções) dos erros administrativos. Elas foram propostas entre 1999 e o primeiro semestre de 2000 pelo então promotor Assis Marciel Kretzer, o primeiro linha dura na Comarca e que antecedeu em quase 15 anos, a que hoje cuida da Moralidade Pública, Chimelly Louise de Resenes Marcon. Nadinho, então no PMDB, depois de várias tentativas foi eleito para o período 1997- 2000. Não completou o seu mandato, sendo substituído em setembro de 1999 pelo vice, Andreone dos Santos Cordeiro, então no PTB.
O resultado das eleições em Blumenau define muita coisa para 2018 aqui em Gaspar. Comento na terça-feira. Tem gente preocupada.
O governador Raimundo Colombo, PSD, - que continua prefeito de Lages e é sustentado politicamente pelo PMDB gigolô - vai passar por um inferno astral depois das eleições.
As pedaladas – que o ameaça com impeachment -, a crise do tesouro que esconde, o falso discurso de que tudo está uma maravilha, o crescimento sem fim das despesas, a aliança que fez com a decadente Dilma Vana Rousseff e o PT, vão enterrar o seu PSD. Tem gente em Gaspar que está sempre no cercado errado. E terá problemas novamente.
Vidas cruzadas. Há político por aqui que insistia em dizer que era casado. Pego na mentira, aqui, retirou essa situação do currículo. Sabe-se agora que urdiu até uma vingança contra o novo par da ex-esposa. Na própria coligação partidária, inviabilizou de propósito a candidatura do rival à vereador.
Sinal Amarelo. A eleição de Érico Oliveira, o Dida, PMDB prefeito de Ilhota, na verdade trouxe uma desenvoltura incomum do ex-prefeito Ademar Felisky sobre o eleito, contra adversários e até imprensa. O Ministério Público colocou tudo isso no radar.
Ilhota em chamas. Esse negócio de inventar uma licitação no fechar de uma administração fortemente questionada administrativamente para se ter uma empresa na exploração do serviço de água em Ilhota, no lugar da Casan, é o mais novo problema de Daniel Christian Bosi, PSD.
Daniel gosta de governar perigosamente e criar desnecessariamente passivos contra si.E olha que ele é uma pessoa razoavelmente esclarecida. É advogado. No início do ano a Câmara ao aprovar o orçamento (LDO e LOA) negou os recursos para tal intenção.
Sem comunicar à Câmara, Daniel por decreto, criou uma pedalada, ou seja, um suposto excesso de arrecadação, em plena crise econômica e queda de recursos públicos. É o que está no decreto 112, de 23.03.2016. Incrível. É Dilma Vana Rousseff, a economista que quebrou o Brasil, e o PT, fazendo escola.
Agora, quando viu a licitação, a Câmara – na obrigação de fiscalização do Executivo - questionou extrajudicialmente o prefeito Daniel, a contabilidade e a controladoria da prefeitura, como e de onde é que Ilhota teria mais R$2.150.000 anualmente, para bancar a nova empresa de água.
Não deu outra. O prefeito não se manifestou sobre o assunto até o fechamento da coluna. Mas, o contador Jaci Três e a controladora, Janete Custódio, até para se verem livres de qualquer responsabilidade técnica e solidária na função, foram secos: não há excesso e tudo está irregular. Tanto que o decreto 112 foi anulado pelo decreto 132, de 16.09.2016 e assinado pelo próprio Daniel. Então durma com um barulho desses e tanta confusão. Meu Deus! Na internet publico os documentos.
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