Por Herculano Domício - Jornal Cruzeiro do Vale

Por Herculano Domício

27/11/2017

DANÇA DAS CADEIRAS EM GASPAR? NOVAMENTE?

O proprietário e editor do Cruzeiro do Vale, Gilberto Schmitt, dá conta na sua “Chumbo”, de sexta-feira, mais uma vez e outros já fizeram isso várias vezes - e eu nunca -, que o “prefeito Kleber Wandall vai fazer algumas mudanças no secretariado em janeiro do próximo ano. Alguns secretários estão deixando a desejar e não estão correspondendo com o cargo que ocupam. Outros secretários podem ser remanejados. Tudo indica que o prefeito no ano que vem vai dar mais ritmo na sua administração. Ele sentiu o bafo dos servidores e os reclames da população. Torço para que a cidade saia ganhando com isso”.

Que alguns secretários não estão correspondendo, isto está na cara, faz tempo. Então se houver mudanças, já serão tarde demais. Os estragos já estão entranhados na cidade. Isso, sim, já registrei, aqui várias vezes.

Ué! Mas, essa suposta mudança no secretariado de Kleber Edson Wan Dall, PMDB e Luiz Carlos Spengler Filho, PP, já não foi anunciada outras vezes em “off”, mas por gente instruída para tal, visando repercutir e sentir o bafo da galera? Estão requentando a intenção, a notícia ou a necessidade? Estão criando mais uma vez insegurança no grupo que está tocando o seu barco e alimentando esperanças no círculo dos puxa-sacos, que ficou fora da barca, e sequiosos por boquinhas no poder para aparecer, ter poder ou mesmo, um salário para se manter?

Estão desviando o foco dos verdadeiros problemas de Gaspar e que em um ano o governo de Kleber e Luiz Carlos não conseguiram resolver ou pelo menos dar uma sinalização de solução? Mudanças, se estudam, faz-se e se comunica. Depois, prepara-se e aguenta a reação.

Primeiro: quando as orelhas esquentam, por falta de plano, estratégia e liderança, os políticos do paço, ardilosamente, inventam e requentam esse tipo de notícia, o de substituir alguém. E aì entram na frigideira quase todos. O que mostra, como a coisa está ruim. Segundo, Kleber não tem do que reclamar, pois ele mesmo sempre diz por aí, “que escolheu os melhores” e se esses são os melhores, não deveria ele trocá-los. É um erro óbvio. Quem é o treinador que vai se desfazer dos melhores jogadores que ele próprio escolheu, para assim perder o jogo que já sendo perdido no campo?

Mas, na prática, sabe-se hoje que os “ditos melhores”, neste caso, parecem ser os piores. Coisa do arranjo político e pasmem, familiar. Um escárnio. Privilegiou-se os amigos, a religião e o relacionamento em casa, como se Gaspar fosse um grande terreiro da moradia do prefeito.

Terceiro: a única que dançou de verdade até agora, foi uma técnica, a da Saúde, Dilene Jahn dos Santos, a que veio de fora, a que não queria fazer política com algo sério, a que contrariava o corporativismo da área médica (não só dos médicos), a que não pertencia ao grupo da família, dos amigos e da religião. Kleber fez mais, neste caso: usou um empreendedor para ajudá-lo com a imagem de gestor na campanha eleitoral, Sérgio Roberto Waldrich e depois o enterrou, desqualificando e demitindo a técnica indicada por Sérgio, a pedido do próprio Kleber.

Dilene saiu e a Saúde pública, ficou na mesma. Não melhorou por causa disso, ao contrário: piorou com a maior interferência dos amigos que fazem isso com a mão escondida no governo, na chantagem de políticos pela frágil maioria que o governo detém na Câmara e os leigos de sempre, que se dizem entendidos no assunto, mas que possuem benefícios com o caos na área.

Quarto, quem está com a corda no pescoço desta vez? Por incrível que pareça, é outro técnico, de fora, de reconhecida competência até aqui por onde passou, que não é do grupo dos amigos, da religião: o engenheiro Alexandre Gevaerd. Os políticos, sem planos, preferem que Gaspar continue no caminho da roça e caótico no seu trânsito de passagem que ao mesmo tempo mal atende e coloca em perigo os seus habitantes. Os defensores do atraso se negam a experimentar.

Então, a tendência natural é sim trocar o que ainda tem aparente perspectiva por mais mediocridade, por puxadores de votos nas tifas, igrejas e associações de bairros, amigos da família, os contadores de piadas sem graça, os que riem da desgraça dos outros e os que se debruçam nas cervejadas e cachaçadas, comilança, coisa barata para encher as cabeças ocas dos analfabetos, ignorantes e desinformados .

Os acertos já começaram em Brasília, Florianópolis, Jaraguá do Sul, Blumenau e eu já os relatei. Agora, é preciso montar a “máquina” de coletar votos para cumprir a promessa e os acertos feitos para 2018. Ah! Não esqueçam de pedir a benção da dona Leila. Parece uma repetição, ou não? Acorda, Gaspar!

ILHOTA EM CHAMAS - ASSASSINATO DE JAIME BOSI VIRA DOCUMENTÁRIO

Enquanto esta coluna de sexta-feira desnudava os bastidores quentes dos ex-administradores de Ilhota, que foram parar na Justiça, e deixava a cidade perplexa para aquilo que os poderosos já conheciam entre eles, a edição impressa do Cruzeiro do Vale estampava uma reportagem sobre a série de TV mundial: “Até que a morte nos separe”. O que uma coisa tem a ver com a outra? Nada e tudo. Depende as ligações que se faça. E eu farei uma.

Quem é assinante de TV a cabo, talvez já tenha, pelo tipo de pacote que possuiu, visto uma dessas histórias contadas mundo afora, principalmente nos Estados Unidos, como eu próprio já testemunhei. Desta vez, o roteiro mostrará em depoimentos e encenações, a história real do ex-advogado Jaime Antônio e sua Rosicler Bosi, da então mais pacata que hoje, Ilhota. Jaime foi pai do também advogado e ex-prefeito Daniel Christian Bosi, PSD. O assassinato passional de Jaime aconteceu no dia 27 de dezembro de 2007, feito por Felipe Schuldes, o amante de Rosicler.

Esta é a história de um crime brutal e fútil, só permitidos aos cegos pela paixão juvenil, mal estruturado e facilmente descoberto, pelo competente então delegado daqui, hoje no Gaeco em Blumenau, o gasparense Paulo Norberto Koerich.

Esse crime, todavia, possui outra face.

Ele alavancou outra história e que não vai ser explorada no documentário internacional: a ascensão meteórica da vida política partidária de Daniel. Ela o fez tornar, pelo fato em si, mais conhecido, propagar mais rapidamente pela comoção comunitária, com a consequente piedade e vítimização, do jovem advogado e com ajuda disso, tornou-se prefeito de Ilhota em 2012. Foi uma corrida improvável. Daniel Bosi furou a fila dos poderosos no PMDB e PP de Ilhota. E pagou (e vai pagar ainda mais) caro!

Não porque o PMDB e o PP, envelhecidos, ranzinzas e marcados foram ardilosos como deveriam e se esperasse que fossem contra Daniel, ou qualquer outro intruso e ainda mais, jovem, inexperiente na política. Mas, principalmente, porque Daniel esperou sentado, a sorte dobrar como ela surgiu e chegou para ele com a morte do próprio pai. Ela, por vias tortas, colocou-o numa posição de relativo conforto na corrida à prefeitura de Ilhota.

Daniel, afeito ao seu escritório apenas, hoje lida com os fantasmas que ele próprio criou na administração pública de Ilhota. Poderia estar reeleito, ser uma liderança emergente. Recuso-a, com a sua passividade, gestão temerária e cercando-se de gente fraca, incompetente ou até, velha na prática política, de duas faces. Não se estabeleceu no poder.

Daniel não foi capaz sequer, pois as pesquisas mostravam isso claramente, de tentar a reeleição. Correu do julgamento popular. E na campanha, a associação do seu nome, era algo problemático para qualquer candidato.

Daniel está respondendo processos, não consegue liderar o seu PSD e corre sério risco de ficar inelegível por vários anos no instituto da Ficha Limpa. Pior, não é uma liderança capaz, por falta de autoridade. Assim, não é capaz de apontar os erros da gestão de Érico de Oliveira, PMDB, ou enfrentar o seu algoz, Ademar Felisky, o capo PMDB, o que orienta o atual prefeito. Ademar até fez churrascos comemorativos quando Daniel foi preso numa operação sobre loteamentos mal enjambrados, apesar de todos os embrulhos nesta área e outras em que está metido o próprio Ademar, como lhes relatei com exclusividade na coluna da edição impressa de sexta-feira passada do jornal Cruzeiro do Vale.

Resumindo: numa tragédia familiar, Daniel ganhou um bilhete premiado na comunidade e depois de mau usá-lo, jogou fora. É ou não é um outro belo roteiro que está se desperdiçando para um documentário de morte?

A PREGUIÇA SEM DISFARCES DA CÂMARA DE GASPAR

Na Câmara de Gaspar, ela chama equivocadamente de Portal da Transparência, o que além de ultrapassado na estética, na comunicação, atualidade e acessibilidade, é um esconderijo intencional de informações e que deveria estar disponível a todos. O tal portal não passa de um rudimentar ente de propaganda eleitoral dos vereadores e uma enganação à legislação que o obrigaria a funcionar para a população. E não é de hoje.

O Ministério Público, com a ex-promotora que por aqui cuidava da Moralidade Pública, Chimelly Louise de Resenes Marcon, foi à Justiça para melhorá-lo e servir ao seu propósito, no que toca à transparência, acessibilidade e amigabilidade de navegação, os quais são um desastre. Teve sentença favorável ao seu pedido. Mas, pouco se avançou num desafio ao próprio MP e à Justiça. Coisa arquitetada, discutida e implementada internamente na Câmara.

Esse portal é vergonhoso para quem diz conhecer, fazer e oferecer comunicação. Profissionalmente um embuste. Os políticos e os “comunicadores” da Câmara tapearem todos. Fizeram maquiagens pontuais. Mascararam os problemas. O tal portal ainda embaralha tudo, principalmente as contas de gastos. Obriga seus navegadores a descobrirem as pegadinhas nos seus caminhos de busca, se não desistirem antes.

Resumindo: políticos e “comunicadores”, desafiam descaradamente o MP e à Justiça mesmo que seja para dispor o mínimo. Outra vergonha maior, é o descumprimento, mesmo que parcial, da sentença e nada se faz para ver o cumprimento dela. Até hoje, as resoluções da mesa, estão misturadas a requerimentos, indicações como se fossem todos, proposições. Resolução nunca foi proposta; é uma determinação da mesa, é para ser cumprida.

O que aparece bem, são as notícias promocionais dos vereadores, as vezes do nada e irrelevantes para a comunidade.

A Câmara possui dois “assessores” de imprensa, ou seja, fazedores de “press releases” incompletos para serem peças de propaganda enganosa, ocupar gratuitamente os espaços das rádios principalmente, das redes sociais e até dos jornais. Isto sem contar os 13 assessores parlamentares dos vereadores e que fazem esse papel de lobby nos meios de comunicação.

Quando a coisa pega de verdade, quando se procura esclarecer fatos e notícias, esses assessores de imprensa, tementes ao esquema que os emprega, malandramente e afrontando a ética profissional, tentam usar a Lei de Acesso da Informação, burocrática, e que pode reter por dias, uma resposta, simples, oficial e incompleta do que se quer saber. É o “House of Cards” caipira...

Então é preferível, arriscar por conta própria e acertar (ou até errar, exatamente pelo jogo de se esconder à realidade). E quando isso acontece, bate o desespero dos políticos e funcionários públicos afetados. Desmentem entre eles próprios. Arrumam culpados. E há até os que querem retratação. E aí, acostumados com gente frouxa, que não pergunta, que apenas repassa informações oficiais, construídas, sem checar, levados pelo cabresto, começam a desfiar o rosário de culpados que eles próprios criaram e tinham tudo para evita-lo. Bobinhos!

E por que disso? Tática!

Empregada exatamente para obrigar pelo cansaço dos curiosos, à desistência dos “intrusos”, dos profissionais, dos experimentados, dos que não se dobram por migalhas dos “laços de amizade”, dos que não podem ser ameaçados, chantageados, constrangidos a sucessivos questionamentos suplementares.

E assim se permanece na eterna enrolação, contra o trabalho investigativo numa Casa, cujos seus membros, pagos pelo povo, devem permanente explicações públicas, pois foi assim que se colocaram quando decidiram concorrer e se elegerem.

A tal canseira, é o aviso de que determinados assuntos ou perguntas não são bem-vindas ao político, à instituição, ou de que trabalho de verdade, ou servir naquilo para que foram contratados, não é bem a praia dessa gente que se rotula como assessores, protegidos por políticos e uma legislação que lhe dá estabilidade, privilégios e salários diferenciados que não teriam num mundo competitivo.

A esperteza quando é demais, come o dono.

Não é a primeira vez, e certamente não será a última. Veja mais esta.

A sessão da terça-feira passada, dia 21 de novembro, passados sete dias, nesta segunda-feira, dia 27, ainda não estava disponível aos cidadãos, cidadãs, eleitores e eleitoras de Gaspar para ver ou ouvir. A assessoria de comunicação da Câmara faltou, falhou, está de “férias” ou está desrespeitando o distinto público que a sustenta.

Parece ser muito trabalho para os dois assessores de imprensa da Câmara, copiar e colocar um arquivo gravado da sessão ao vivo, coisa que pode ser feita em segundos. Repito: em segundos.

Os servidores da área de comunicação da Câmara não apenas estão “atarefados”, estão desinteressados e se não orientados, não estão sendo gerenciados ou fiscalizados por seus chefes, como o presidente Ciro André Quintino, PMDB, os membros da mesa diretora. Os assessores estão mandando bananas para os pagadores pesados impostos que lhes sustentam nesta mamata chamada assessoria.

Eles (presidente, mesa diretora – a ordenadora de despesas – e vereadores) eram quem deveriam cobrar a disponibilidade desse serviço para os eleitores e as eleitoras, como prestação de contas, da única sessão feita por semana, e que alguns vereadores a gazeteiam para viagens de ajustes eleitorais. Não fazem porque são omissos. E isso, parece lhes ser de menos importância.

Talvez, o aumento de vencimentos concedidos unanimemente pelos vereadores com a consequente diminuição de carga horária (de 40 horas semanais para 30) esteja “impedindo” esses servidores executarem as tarefas mínimas, básicas, e necessárias para as quais foram contratados. Quem sabe, é preciso contratar mais um para executar essa tarefa que leva segundos, como se estivesse ocupado e trabalhando por 30 horas por semana e 120 por mês.

Nem a cobrança para que trabalhem, parece ser possível. Vai que os servidores como já deixaram transparecer outras vezes quando em campanha por privilégios, se desobriguem de trabalhar, dar conta do recado no tempo exigido e no caso da comunicação, de comunicar.

Ou com essa preguiça, talvez esteja sugerindo, no espírito de corpo, inchar, gastar mais o escasso dinheiro do povo e contratar um terceiro aspone de imprensa, como sempre para o nada. E aí vem mais sala, mais mesa, mais poltrona, mais um ar condicionado, mais frigobar, mais computador, mais impressora, mais uma máquina filmadora e fotográfica, mais telefone, mais salário, mais vantagens, mais diárias e a possibilidade de se antecipar o 13º e gratificações já em janeiro, quando qualquer trabalhador só acessa isso no meio do ano e a maioria, no final dele.

E quanto ao Portal da Transparência da Câmara? Nem disponibilizar a sessão da Câmara, se consegue mais num tempo mínimo de segundos após o encerramento da respectiva sessão. Acumula-se serviço por dias e até semana. Nem se explica, nem se desculpa com a comunidade - que a sustenta com os pesados impostos tudo isso - pelo erro, preguiça, incapacidade e incompetência. Vergonhoso cabide de emprego que não cumpre a finalidade da contratação e ainda falta com o respeito para com a sociedade! Acorda, Gaspar!

A CRISE FINANCEIRA E A IMPRENSA DE SANTA CATARINA

Editado, originalmente, na sexta-feira, 24.11.2017

A RBS acabou com a imprensa séria, competitiva, concorrente entre si (tanto que sucessora está acabando com o Jornal de Santa Catarina e A Notícia) e investigativa de Santa Catarina. Fez do jornalismo, um balcão de negócios, onde até seus ex-executivos se tornaram parte dos governos de plantão e na trama negocial.

Isso eu sempre escrevi. Fui e sou combatido. Teve gente por aqui que nem foi capaz de manter o que escreveu, e sob pressão, desmentiu, o que é real.

Voltando ao principal. Eu sempre escrevi, que Santa Catarina está com a corda no pescoço e que o atual governador, Raimundo Colombo, PSD, o ainda prefeito de Lages, é um mau gestor. Com aquela cara de palerma, o último a saber, o que do nada, apoio a Dilma no segundo mandato, engana e se passa por vítima. Colombo está colocando o estado no buraco, com o silêncio do Tribunal de Contas, dos deputados fiscais e principalmente da imprensa.

A sociedade compra com propaganda enganosa. Não há dinheiro para a saúde (nem controle dos fornecedores é possível se saber ao certo), para arrumar escolas, para fazer e manter rodovias, ampliar o sistema de segurança, saneamento básico etc. Mas há propaganda para dizer que o estado é maravilhoso na sua administração.

Também fui taxado de exagerado. Colombo preferiu políticos sem competência gerencial do que o seu amigo, que deixou de ser, Ubiratã Rezende, por exemplo. Ubiratã possuia visão estratégica e competência para realização. Foi devidamente despachado com suas ideias de sustentabilidade administrativa, financeira e das bases de produção organizada.

O que trouxe na sexta-feira Moacir Pereira, no Diário Catarinense, agora de uma tal NSC, a mesma que recuou vergonhosamente no caso da UFSC, depois do suicídio do reitor Luiz Carlos Cancelier de Olivo (por ser ele ex-jornalista, jurista, acadêmico de largo conhecimento e títulos, e um ex-militante de esquerda no MDB de Nelson Wendekin)? Ou seja, antes da realidade, prevaleceu as pressões das afinidades ideológicas e corporativas para duvidar das investigações e suas consequências.

"A situação financeira do estado de Santa Catarina é mais grave do que indicam a informações sobre as dívidas que se acumulam com fornecedores e empresas contratadas para a prestação de serviços. De acordo com fontes credenciadas, ela já ameaça até o cronograma de pagamentos de salários dos servidores, ponto de honra fixado como absoluta prioridade nos dois mandatos de Luiz Henrique e fixado também como inarredável e principal preocupação do governador Raimundo Colombo"...

E aí macacos? Riam! Políticos, jornalistas, deputados e conselheiros todos na mesma canoa. E contra a sociedade. A favor dos políticos no plantão do poder. E todos comendo a propaganda enganosa do estado das maravilhas... Florianópolis está a caminho do Rio de Janeiro no que tange a segurança e tráfico. Santa Catarina, silenciosamente, caminha para o mesmo destino do estado fluminense que está insolvente.

Enquanto isso, os colunistas, por anos, repito, por anos e porque a RBS e a tal Adjori, negociaram o silêncio, não conseguiram enxergar que essa situação descrita por Moacir foi criada e ardilosamente construída pelo PMDB? É ruim, heim! E não é de hoje. Uma situação que foi convenientemente mantida por Colombo. E por que? Porque foi eleito pelo PMDB. Agora se enrola com a corda no pescoço.

E o PMDB? Continua propondo quebrar o estado. O seu presidente, o deputado Federal, Mauro Mariani, que é a favor da esbórnia do desequilíbrio fiscal para não perder votos do funcionalismo, o privilegiado, e dos ignorantes, analfabetos e desinformados a massa de manobra eleitoral, anda a tiracolo com o ex-governador Paulo Afonso Evangelista Vieira, o que delapidou o estado, e que está prestes, pela Justiça, a meter por esses dias, o espeto dessa irresponsabilidade bilionária no bolso dos catarinenses.

Então. A notícia de Moacir não é uma surpresa. É uma consequência, de algo que não nasceu agora, mas vem sendo ludibriado e sonegado há anos. É resultado da omissão da imprensa e da ausência do jornalismo investigativo, de uma assembleia sem oposição séria e de um Tribunal de Contas reativo, tardio e com conselheiros políticos, amestrados para serem engavetadores dos problemas de seus pares que estão do outro lado do balcão. Tudo contra a sociedade, com o dinheiro e o sacrifício dessa mesma sociedade.

E eu que sou o exagerado?

 

Edição 1829

Comentários

Herculano
29/11/2017 07:50
HOJE É DIA DE COLUNA OLHANDO A MARÉ INÉDITA
Miguel José Teixeira
28/11/2017 17:32
Senhores,

Da série "perguntar não ofende":

Qual a opinião de parlamentares petistas, sobre o indiciamento do chefe de gabinete da liderança do PT no Senado Wilmar Lacerda por favorecimento a prostituição?

Essezinho é suplente do Senador Cristóvam Buarque e caso ele licencie-se por 121 dias, conforme já anunciou, assumirá sua vaga. . .

Em 2018, nÃo reeleja!!!
Herculano
28/11/2017 17:02
JUSTIÇA NEGA TRANSFERÊNCIA DE EDUARDO CUNHA DE CURITIBA PARA BRASÍLIA

Conteúdo da Agência Brasil. Texto de Marcelo Camargo. A Oitava Turma do Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF4) negou hoje (28) a transferência do deputado cassado Eduardo Cunha para Brasília. Ele está preso em Curitiba desde outubro do ano passado, por força de uma decisão do juiz federal Sérgio Moro.

A defesa de Cunha, ex-presidente da Câmara, fez diversos pedidos, em diferentes instâncias, para que ele fosse transferido do Complexo Médico-Penal de Pinhais, na região metropolitana de Curitiba, para Brasília. Um dos principais argumentos é o de que ele não dispõe de recursos para pagar o deslocamento de seus advogados de Brasília, onde mantêm escritório, para Curitiba.

Outra tese da defesa é a de que, em Brasília, o contato com a família, residente do Rio de Janeiro, seria mais fácil. Os advogados também alegavam que isso representaria uma economia de recursos públicos, uma vez que ele não precisaria ser deslocado pela Polícia Federal (PF) para a capital do país, onde necessita ir para se defender de outras acusações de corrupção.

Operação apura desvios na Caixa Econômica Federal

Cunha já foi condenado em segunda instância a 14 anos e seis meses de prisão em regime inicialmente fechado, no âmbito da Operação Lava Jato. Em Brasília, a principal ação penal a que responde é relacionada à Operação Bullish, que apura desvios na Caixa Econômica Federal.

Os três desembargadores que compõem a Oitava Turma do TRF4 ?" João Pedro Gebran Neto, Victor Luiz dos Santos Laus e o presidente, Leandro Paulsen ?" afirmaram, no entanto, que a permanência de Cunha em Curitiba nunca foi questionada por nenhum dos magistrados que o julgam, sendo sua transferência uma questão de "conveniência pessoal", nas palavras de Paulsen.

Em outra ocasião, o ministro Edson Fachin, do Supremo Tribunal Federal (STF), já havia negado o pedido de transferência de Cunha, em relação ao qual o Ministério Público Federal (MPF) sempre se manifestou contrário.
Herculano
28/11/2017 16:54
AMANHÃ É DIA DE COLUNA OLHANDO A MARÉ INÉDITA
Herculano
28/11/2017 16:53
LÚCIO E GEDDEL VIEIRA LIMA ATUAVAM JUNTOS CONCLUI INQUÉRITO DA POLÍCIA FEDERAL

Conteúdo do G1. Texto de Camila Bonfim, da TV Globo de Brasília. A Polícia Federal concluiu o inquérito sobre as malas com R$ 51 milhões encontradas em um apartamento em Salvador apelidado de "bunker" e concluiu que há indícios de crimes de lavagem de dinheiro e associação criminosa cometidos pelo ex-ministro Geddel Vieira Lima, o irmão dele, deputado Lúcio Vieira Lima e mais três pessoas.

O relatório do inquérito com essas conclusões foi enviado ao gabinete do ministro Luís Edson Fachin, relator do caso no Supremo Tribunal Federal .

O dinheiro é atribuído por investigadores ao ex-ministro Geddel. Além dele e do irmão Lúcio, a PF imputa as mesmas acusações ao ex-assessor do deputado Job Ribeiro; à mãe de Geddel e Lúcio, Marluce Vieira Lima; e a Gustavo Ferraz, aliado de Geddel.

Ao G1, o advogado Gamil Foppel, responsável pela defesa dos Vieira Lima, afirmou que não iria comentar o indiciamento dos clientes porque ainda não teve acesso à conclusão do inquérito.

"Não posso comentar reportagem. Não posso comentar o que eu não tive acesso. Caso contrário, estaria apenas sofismando", disse o criminalista.

A TV Globo apurou que deve ser instaurado um inquérito separado para apurar prática de peculato (crime cometido por servidor público no exercício da função) em relação à devolução ao deputado de parte dos salários do ex-assessor Job Ribeiro, conforme o próprio revelou à Polícia Federal e ao Supremo Tribunal Federal.

Na investigação sobre os R$ 51 milhões, o próximo passo agora é a Procuradoria Geral da República decidir se denuncia ou não os envolvidos.

A TV Globo apurou que, na procuradoria, a conclusão é que há elementos suficientes para se fazer a acusação formal contra a família Vieira Lima . E que os indícios são "contundentes" sobre o crime de lavagem.
Gustavo Ferraz

Nesta terça-feira (28), os depoimentos à Polícia Federal do ex-diretor-geral da Defesa Civil de Salvador Gustavo Ferraz foram disponibilizados no processo que tramita no Supremo Tribunal Federal.

O teor dos depoimentos já havia sido divulgado em setembro pelo jornal "O Globo".

À PF, Ferraz confirmou que em 2012 buscou dinheiro em São Paulo a mando de Geddel. Segundo ele, o ex-ministro afirmou que a quantia era uma doação de campanha ao PMDB baiano, do qual Geddel era presidente.

Além disso, narrou que Geddel disse que o dinheiro seria usado nas campanhas para prefeito e vereadores do PMDB na Bahia. Após buscar a mala com o dinheiro em São Paulo, Gustavo Ferraz disse que voltou para Salvador em um avião fretado.

Chegando à capital baiana, Ferraz disse à PF que entregou o dinheiro à Geddel, que abriu a mala e retirou alguns pacotes com notas de R$ 50 e R$ 100. Ferraz afirmou, porém, que não sabe precisar a quantia.
Ele afirmou ainda que acredita que suas digitais foram parar no dinheiro apreendido pela PF nesse dia.

No final do depoimento, Ferraz afirmou que se sentiu "traído" por Geddel por ele ter ficado com o dinheiro que, segundo havia dito, seria para campanhas do PMDB.
Herculano
28/11/2017 16:48
FUI A CUBA PARA VER AS REALIZAÇÕES DO GOVERNO COMUNISTA: É DE ARREPIAR!, por Roberto Rachewsky,do Instituto Liberal

Fui a Cuba para ver, in loco, as realizações do governo comunista. Visitei casas de família, um hospital, uma escola, modelos das políticas de moradia, saúde e educação implantadas ao longo das últimas seis décadas pela chamada "revolução".

Voltei com uma infecção intestinal de fato e com a alma emocionalmente desarranjada por testemunhar tanto a miséria quanto o sofrimento, a dissimulação e a desconfiança de quem as experimenta.

O medo e a desesperança que eu enxerguei por trás dos brilhantes olhos negros e dos largos sorrisos brancos só podem existir onde a civilização não chegou ou, se houve um dia, partiu há muito tempo.

A infecção intestinal vai passar rápido, espero. O desarranjo emocional, eu não sei. Sei que há os que voltam sem um e outro. Sem o primeiro é sorte. Sem o segundo, é azar.

Abaixo algumas informações publicadas durante a viagem em minha página no Facebook. Minhas fotos de Havana estão disponíveis para quem quiser ver na hashtag #cubadeverdade .

Tirem suas próprias conclusões sobre o que é viver no "paraíso" comunista implantado por Fidel Castro, Che Guevara e seus lunáticos seguidores:

O acesso à Internet em Cuba ocorre somente em alguns hotéis e de forma precaríssima. Mesmo num hotel 5 estrelas tem hora que não funciona. Cai a conexão a todo momento e ela é lenta. O povo não tem acesso livre, então as pessoas tentam capturar o sinal de Wi-Fi para se comunicar com parentes. É de arrepiar ver a alegria desse pessoal quando conseguem conexão para matar as saudades de quem está longe, algo que para nós é corriqueiro, aqui é limitado pelo governo.

É claro que há lugares bonitos, ainda que deteriorados; é notório que há gente alegre, ainda que sofrida; é compreensível que se escute música por todos os cantos, é uma das formas de sobrevivência. Mas, no final é revoltante que tudo isso esteja envolto por uma pobreza e precariedade impressionantes.

Uma professora ganha do governo 10 CUCs, o que paga menos de dois breakfasts ou 5 horas de internet, se lhes fossem perdido o acesso. Então, ela complementa a renda trabalhando como camareira no hotel. Quando ela ganhar o nenê, terá o privilégio de usufruir da licença-maternidade por seis meses, com um pequeno detalhe: sem direito à remuneração, que já não serve para nada mesmo.

Água em Havana só é fornecida em quantidade suficiente para lavar roupas aos domingos. O cubano não-privilegiado precisa armazenar água em baldes e tonéis durante a semana porque às vezes nem aos domingos há água em abundância.

O racionamento de luz é permanente, o fornecimento de energia começa, com sorte, às 18:00 e vai até às 8 horas, na maioria dos bairros. Não há regularidade nem para restaurantes que atendem o turismo. Pode-se chegar em um deles e o encontrá-lo fechado porque na noite anterior não haver energia para manter os mantimentos. É um horror.

As crianças cubanas são obedientes. Elas são ensinadas e doutrinadas nas escolas. Pelos 10 anos de idade, se dão conta da realidade e questionam os pais sobre as discrepâncias do que lhes foi ensinado com a experiência que a vida proporciona. Então são educadas em casa a manterem um duplo comportamento: a falsa aceitação do regime e um ódio atávico aos que os mantêm na miséria sem perspectivas de experimentarem a liberdade que todo ser humano sonha um dia usufruir.

Havana é uma cidade em ruínas, como somente as que viveram em guerra chegaram a experimentar. Uma cidade que viveu seu esplendor e se tornou um amontoado de relíquias decrépitas. Os prédios modernos são frios e opressivos, como aqueles que os conceberam. Povo alegre por natureza, transformou a alegria em profissão. Na intimidade, quando ganham confiança, expõem o que é viver numa ilha-prisão. Havana com seus cortiços, como as favelas brasileiras, indianas ou chinesas, têm sido glamourizadas somente por aqueles que lucram com a pobreza alheia.
Herculano
28/11/2017 16:44
AGAMENON: DIGA AO POVO QUE BENFICO!

Conteúdo de O Antagonista. A que estado chegamos! O Estado do Rio, é claro! O presídio de Benfica agora tem entre seus hóspedes o ex-governador Sérgio Cobrou Filho, Jorge Puccilânime (presidente da ALERJ - Assembleia dos Ladrões do Rio de Janeiro), Carlos Rouberto Nuzman, a "adevogada" Ladriana Ancelmo e até a ex-governadora Rosquinha Garotinho. Seu marido Bandidanthony Garotinho, depois de muito chorar, espernear e fazer birra, foi transferido para a FEBEM.

Nesse presídio muito também estão na tranca $ecretário$, a$$e$$ores e autoridade$ que transformaram o Rio de Janeiro em Rios de Dinheiro, desviando-os diretamente para seus bolsos, que rapidamente eram esvaziados para extravagâncias dinheirísticas dignas de marajás e membros da família real saudita como o Sheik Especial, que torrava sua grana sem limites.

Indignados com a presença desses bandidos de colarinho sujo, os marginais, homicidas, meliantes, batedores de carteira e ladrões de galinha que também estão presos em Benfica resolveram entregar um abaixo-assinado ao diretor daquela unidade penitencial porque não toleram conviver com gente desse nível lado a lado. Além do mais, os pobres apenados começam a Temer pela própria vida e consideram a ida dessa quadrilha para Benfica a maior carceragem!

Num flagrante claro de desaforo privilegiado, os guardas do presídio descobriram uma enorme Smart TV na cela de Sérgio Cobrou Filho, na qual o ex-governador passava o dia assistindo a fitas pornôs, que, na verdade, eram vídeos de segurança do seu gabinete, onde rolavam as sacanagens mais escabrosas. E, como se não fosse bastante, os políticos, em vez de comerem o pão que o diabo amassou (servido diariamente na cadeia), se regalam com iguarias caríssimas como caviar, foie gras e presunto de Parma, presunto que foi desovado ali por um miliciano amigo da galera.

Sem ter mais o que roubar, os quadrilheiros de Benfica passam o dia inteiro jogando xadrez, que é de onde se espera que eles não saiam tão cedo.

Agamenon Mendes Pedreira quer ser preso logo e ir para Benfica usufruir as mordomias do ex-governador Sérgio Cobrou
Herculano
28/11/2017 16:35
da série: nem Freud explica a síndrome do PT, o melhor de todos, com o PSDB, sempre o pior de todos.

PSDB PLÁGIO NOME DE PROJETO DO PT, DIZ GLEISI, por
Josias de Souza.

A senadora Gleisi Hoffmann, presidente do PT federal, plugou-se à internet para acusar o tucanato de plágio: "O documento 'Gente em primeiro lugar: o Brasil que queremos', que será lançado pelo PSDB, plagia nome de projeto do PT e não explica por que o partido está com Temer, causando toda essa catástrofe ao Brasil! Vocês não enganam mais!", anotou a dirigente do petismo no Twitter.

O programa petista a que Gleisi se refere foi lançado há dois meses. O documento tucano veio à luz nesta terça-feira. Ambos surgiram como embriões de plataformas de governo a serem levadas à vitrine na sucessão presidencial de 2018. A do PT, se o Judiciário permitir, será brandida por Lula, condenado a 9 anos e meio de cadeia. O do PSDB, tudo leva a crer, será esgrimida por Geraldo Alckmin, com pedido de inquérito no STJ.

Num passado pré-histórico, Lula desfilava com Fernando Henrique Cardoso nas portas de fábrica da região do ABC paulista. Líder sindical, ele pedia aos operários que votassem no intelectual, então candidato ao Senado.

Num passado menos remoto, PT e PSDB cogitavam firmar alianças. No poder, tucanos e petistas viraram as costas uns aos outros, aliando-se ao rebotalho parlamentar. Hoje, as duas legendas frequentam o noticiário como abrigos de encrencados com a lei.

Gleisi exige do tucanato explicações sobre o apoio a Michel Temer. Mas não explica que o personagem está sentado na cadeira de presidente da República por obra e graça do petismo. Foi Lula quem enfiou Temer dentro da chapa de Dilma Rousseff, na posição de vice.

A grande verdade é que PT e PSDB vivem se plagiando. Se a velha rivalidade entre as duas legendas fosse convertida numa guerra por direitos autorais, o Judiciário teria muita dificuldade para definir que partido deve um dinheirinho ao outro. Melhor esquecer.
Erva Doce
28/11/2017 16:24
"O Mercado assimilou Bolsonaro ou vice-versa?"

Postado por Sidnei Luis Reinert

Oi, Herculano:

Quero me abster no último parágrafo;

"O jogo será muito bruto. Os donos do poder não querem mudanças estruturais. Farão o diabo para sabotar Bolsonaro ou qualquer grupo que lidere propostas de transformação real."

Não conseguirão porque o povo está de saco cheio com toda a corrupção, com todo o banditismo e principalmente porque o LuLLa e a DiLLma ainda estão soltos.
NÃO PASSARÂO!
Sidnei Luis Reinert
28/11/2017 15:04
O mercado assimilou Bolsonaro, ou vice-versa?


Edição do Alerta Total ?" www.alertatotal.net
Por Jorge Serrão - serrao@alertatotal.net

Torna-se cada vez mais séria aquela brincadeira do "é bom Jair se acostumando". Antes encarada como uma "aventura" que não se sustentaria, a candidatura presidencial do deputado federal Jair Bolsonaro vai ganhando viabilidade e visibilidade. Ontem, o mercado ficou excitado com a informação de que Bolsonaro teria o economista Paulo Guedes como seu timoneiro da área econômica. A bolsa monopolista teria subido em função disto.

Alguns fatos são concretos e inegáveis. A maioria esmagadora dos brasileiros está de saco cheio e exige mudanças (até radicais). O descontentamento é cada vez maior com o regime do Estado-Ladrão. A guinada conservadora é a tendência. O discurso esquerdista e sua variante social-democrata não convencem mais. Culpa da petelândia e de seus parceiros no crime. Eles simplesmente "desmoralizaram a honradez" (para usar uma velha expressão do humorista Millôr Fernandes).

O fenômeno Bolsonaro é simples de entender. O mercado e o eleitorado estão carentes de alguém que seja ou demonstre ser honrado. Até agora, é Bolsonaro quem mais bem incorpora tal vontade. O discurso dele combina indignação com combate ao crime ?" e ataque ao "esquerdismo canalha", cujos representantes são alvos diretos do indomável Ministério Público e de alguns magistrados que se consagram como "Pontos-fora-da-curva" em um Judiciário que parecia sinônimo de impunidade.

O nome do Bolsonaro fica mais forte a cada erro cometido pelos companheiros de Michel Temer ?" e a cada palhaçada encenada pela canhota acuada. Quanto mais batem nele, mais o Jair cresce, principalmente junto ao eleitorado jovem do Sul-Sudeste, muito impactado pela crise que atinge, duramente, a classe média baixa e os trabalhadores de baixa renda. Eles são os indignados com a roubalheira ?" já identificada como a geradora do caos. A maioria culpa diretamente a classe política. Porém, uma minoria já identifica que a culpa é do modelo estatal brasileiro: um capimunismo rentista e corrupto.

Bolsonaro é quem, até agora, melhor representa o discurso contra a insegurança generalizada, no campo político, econômico, judicial e "policial". A retórica de "pau em bandido" ?" não importa se ele é da classe alta, média ou baixa ?" é facilmente assimilável pelo eleitorado. A curiosa novidade é que o papo também agrada aos "deuses" do mercado ?" justamente os maiores beneficiários dos favores estatais e do rentismo quase nunca produtivo. Até onde vai esta ironia brasileira? Talvez o fla-flu eleitoral de 2018 nos mostre claramente.

É uma jogada de mestre a escalação de Paulo Guedes no time de Bolsonaro ?" ou o contrário, o patrocínio do time de Paulo Guedes ao Jair até então sem "consistência junto ao poder econômico". O Bolsonaro sempre pintado como defensor de um Estado forte, nacionalista e interventor agora será colocado na vitrine de uma possibilidade de prática liberal na gestão da Presidência da República. O mercado, que acredita no que deseja, agora aposta suas fichas no Bolsonaro.

A candidatura dele cresce de modo consistente por dois motivos que se complementam. O primeiro é que a equipe de Bolsonaro vem fazendo, há muito tempo, um trabalho muito consistente nas redes sociais, principalmente focando nos jovens (os agentes que desejam e incorporam, mais facilmente, o desejo por mudanças). O segundo motivo é que os adversários se mostram cada vez mais incompetentes, despreparados e, sobretudo, desmoralizados para enfrentar um candidato contra o qual não pesam denúncias de corrupção.

É inegável que Bolsonaro reflete diretamente e surfa na onda da indignação e revolta. O mero discurso messiânico de esquerda não tem capacidade de derrotar Bolsonaro. O desmoralizado Lula é um presidiável ?" e não um presidenciável viável. O impopular Michel Temer ?" colocado no poder pela articulação bandida do PMDB para trair o parceiro PT ?" agora estaria tentando liderar uma articulação de "centro-direita" para enfrentar Bolsonaro. Tudo indica que tal plano vai dar com os corruptos n'água. A parceria de Bolsonaro com o mercado tende a ser mais consistente e forte.

A questão mais importante é: não baste o jogo de faz de conta eleitoreiro. O momento brasileiro exige a formulação de um Projeto Estratégico de Nação ?" missão até hoje não cumprida pelos agentes políticos e econômicos no Brasil Capimunista que precisa ser passado a limpo urgentemente. A articulação de Bolsonaro com Guedes ao menos indica que haverá um debate liberal no fla-flu de 2018. Amplia-se o espaço, também, para uma discussão séria sobre a Intervenção Institucional sem golpismos.

Falta muito tempo para outubro de 2018. Muita água ?" e lama ?" vai passar embaixo da ponte da temerária sucessão ao Palácio do Planalto. Ainda serão firmados, como de mau hábito, muitos acordos espúrios para viabilizar uma candidatura presidencial. Bolsonaro, se quiser vencer e não terminar derrubado mais adiante, precisa se articular de modo consistente, e não meramente para efeitos de marketing. Até porque não basta ganhar a eleição. É preciso criar e garantir as condições para realizar as mudanças prometidas.
O jogo será muito bruto. Os donos do poder não querem mudanças estruturais. Farão o diabo para sabotar Bolsonaro ou qualquer grupo que lidere propostas de transformação real.
Sujiru Fuji
28/11/2017 13:07
O QUE É O COMUNISMO? A frase não é minha mais resume tudo:

O comunismo nada mais é que uma ferramenta de um punhado de bilionários para esmagar pequenos capitalistas e proteger suas fortunas de flutuações de mercado.

O COMUNISMO É BOM PARA QUEM DIRIGE A MASSA.

25% dos milionários chineses são do Partido Comunista
Um em cada quatro chineses que fazem parte da lista das cem pessoas mais ricas da China é filiado ao Partido Comunista.

São comunistas milionários que não põem mais em prática o ideal marxista da divisão de riquezas.http://www.bbc.com/portuguese/noticias/2002/021026_chinamilionarios.shtml

Quem sabe responde aos pés-de-chinelo comunistas gasparenses.
Miguel José Teixeira
28/11/2017 11:01
Senhores,

Segundo a Jornalista Mônica Bergamo, suplicy, aquele que pensa que ganhou da martaxa uma par de asas, perdeu a carteira de motorista por excesso de velocidade.

No mínimo, cheirou asas. . .de borboletas. . .

Miguel José Teixeira
28/11/2017 08:50
Senhores,

Sobre a nota abaixo "ESCOLHA DIFÍCIL", seguramente a
versão brasileira de Bonnie & Clyde, é o casal Gleisi Hoffmann & Paulo Bernardo!!!

Continuam livres, leves e soltos, PaTricando o que mais sabem fazer: PaTifaria!!!

Os outros dois casais já estão no xilindró.
Herculano
28/11/2017 05:43
O GOVERNO OU A INTERNET PODEM DECIDIR AS LEITURAS DOS BRASILEIROS? por João Pereira Coutinho, sociólogo e escritor português, no jornal Folha de S. Paulo

Viver é aprender. Leio nesta Folha que livros para crianças são retirados do mercado por outras "crianças" (no sentido mental da palavra). Essas "crianças" podem ser de direita ou de esquerda, prova definitiva de que a infantilidade, como sempre, é democrática. Ou podem ser membros do governo, que obedecem fielmente às ordens das massas.

Na reportagem, aliás excelente, temos dois livros infames: "Peppa" e "Enquanto o Sono Não Vem".

O primeiro narra a história de uma garota com cabelos fortes e crespos que decide alisá-los. Estereótipo racista, claro, apesar de Peppa ser branca.

No segundo, um pai faz uma proposta de casamento à filha (o conto é popular). É o grande jackpot: incesto e pedofilia. Ambos foram banidos de escolas e livrarias.

Glorioso mundo, este, em que são os governos ou a internet quem decide o que os brasileiros podem ler. Eu nasci no tempo em que eram as editoras e os leitores, mas admito que os dinossauros só existem para serem extintos.

Só lamento que o Brasil ainda esteja longe de certas limpezas mais modernas. No jornal "The Independent", por exemplo, encontro os crimes mais comuns que os livros infantis reproduzem impunemente.

Tudo começa com estereótipos de gênero. Mulheres? São sempre donzelas esperando pelo seu príncipe, o que concede um estatuto passivo à fêmea arfante.

Vários pesquisadores, que perdem o seu tempo e o nosso dinheiro com seus "estudos", defendem que esses retratos criam uma pressão intolerável sobre ambos os sexos: eles, para serem príncipes; elas, para serem princesas.

Sou a prova viva desse estresse: quando conquistei a minha dama, o uso diário de armadura e o cinto de castidade dela adiou, por seis meses, qualquer tipo de intimidade.

Quando finalmente houve aproximação física, a honestidade foi o melhor remédio: "Querida, espero que compreendas: eu sinto que estou um pouco enferrujado".

Mas tem mais. Como é possível vender a ideia de que o casamento com o príncipe é sempre um troféu para as senhoras? Isso não cria a ideia de que o celibato é uma marca de fracasso?

Claro que cria. Uma amiga minha, solteira aos 40, diz que a culpa da sua solidão é dos passarinhos. "Nunca apareceram para me vestir como fizeram com Cinderela antes do baile". Compreendo o drama. Embora, no caso dela, sempre tenha me questionado se o problema foram mesmo os passarinhos. No próximo horário de visitas, prometo investigar.

Finalmente, como admitir que as figuras femininas sejam sempre "belas, recatadas e do lar" (obrigado, Michel) ?"ou, em alternativa, madrastas cruéis ou bruxas malignas? Não há um meio termo?

Há. A "Pequena Sereia". Mas, quando relembro esse simples fato, as mais feministas acusam-me de querer tirar a mulher da cozinha para enfiá-la diretamente na frigideira.

De resto, a mesma reportagem do "The Independent" lamenta que as histórias que lemos às crianças não têm grande diversidade racial, física ou sexual.

Difícil discordar. Aliás, o caso é tão grave que eu próprio me vi obrigado a escrever alguns contos para ler às minhas sobrinhas.

Um deles, sobre um jogador de basquete que sonhava ser um pigmeu transexual, foi recebido em lágrimas pelas meninas. Na altura, fiquei orgulhoso com tanta comoção. Hoje tenho dúvidas, sobretudo quando os pais me proibiram de voltar a entrar lá em casa.

Há um longo caminho a percorrer para limparmos as histórias infantis de estereótipos e preconceitos. E, nesta luta, qualquer contributo anônimo é bem-vindo.

Por isso ergo o meu copo a Sarah Hall, uma mãe inglesa que quer "A Bela Adormecida" removida das escolas. Para a sra. Hall, o livro é um convite ao abuso sexual: a Bela, obviamente adormecida, não deu o seu consentimento para ser beijada pelo Príncipe.

Nunca tinha pensado no assunto. Na minha ingenuidade, sempre considerei que o beijo era uma metáfora da respiração boca a boca. Mas, refletindo melhor, a única forma de admitir o beijo do Príncipe é se houver depois um processo judicial contra ele.

Não sei se Sarah Hall estaria disposta a reescrever a história. Mas, pelo sim, pelo não, vou dar o contato da minha amiga para que o possam fazer em conjunto. Quem sabe?

Com sorte, ainda aparecem os passarinhos para dar uma ajuda.
Herculano
28/11/2017 05:41
COM TASSO E PERILLO FORA DA CORRIDA, ALCKMIN VAI ASSUMIR O PSDB. BICUDOS NÃO SE BEIJAM, por Reinaldo Azevedo, na Rede TV.

Digamos que essa frase resume a solução a que chegou a cúpula do PSDB nesta segunda. Geraldo Alckmin, governador de São Paulo, veio a público para anunciar que aceita, sim, ser o presidente do partido, como havia sugerido há tempos o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso. Alckmin estava reticente. Até porque suas aspirações, nesse particular, estavam contempladas pela candidatura de Tasso. Diante da derrota certa para Marconi Perillo, governador de Goiás, o senador tentou ver se inverte aquela máxima de Quincas Borba, personagem de Machado de Assis, que, invertida, ficaria assim: "Ao perdedor, as batatas". Explico.

Tasso, derrotado certo, renunciou para obrigar o então futuro vitorioso a renunciar também em nome da "pax tucana". E Perillo abriu mão da candidatura, sim, conforme o próprio Alckmin anunciou. O nome do governador de São Paulo, candidato certo à Presidência da República, surge como resposta à crise interna. Mas aí os problemas estão apenas começando.

Não é impossível presidir o PSDB e disputar ao mesmo tempo a Presidência, mas a tarefa é difícil. A chance de que Alckmin tenha, durante a campanha, de se licenciar é grande. Se eleito para o Planalto, tem de renunciar ao comando da sigla. E quem assume? Dadas as regras atuais, quem preside o partido escolhe o nome a seu gosto. "Por que não Tasso?" É o que eu chamo de inverter a frase de Quincas Borba: "Ao vencedor, as batatas". É uma das divisas do humanitismo, "filosofia" que aparece esboçada em "Memórias Póstumas de Brás Cubas" e, com mais detalhes, no livro chamado "Quincas Borba", ambos de Machado de Assis. Ao renunciar agora para eventualmente assumir depois, Tasso tentou ficar com as batatas mesmo sendo o perdedor.

Perillo teria sido o vencedor se resolvesse bater chapa com Tasso, o que evidencia que o senador Aécio Neves, ainda presidente licenciado da legenda, embora severamente atingido pelo flagrante armado pela dupla Rodrigo Janot-Joesley Batista, mantém grande influência no PSDB. Assim, o mais provável é que haja alguma mudança nas regras internas para decidir o futuro comando caso Alckmin venha a se licenciar durante a campanha presidencial ou tenha de renunciar ao comando partidário se eleito sucessor de Temer. Mas que mudança seria essa? Isso não está claro nem foi acertado no tal jantar. Segundo informou o governador, a questão se ajeita na convenção. Vamos ver.
Herculano
28/11/2017 05:38
ALCKMIN LIMPA O TERRENO, por Bernardo Mello Franco, no jornal Folha de S. Paulo

O governador Geraldo Alckmin começou a semana com duas boas notícias. O cessar-fogo no PSDB e a desistência de Luciano Huck limparam o terreno para a sua candidatura ao Planalto. Agora a tarefa do tucano é provar que tem chances reais de chegar lá.

O armistício no PSDB afasta o risco de cisão no partido. A disputa entre Tasso Jereissati e Marconi Perillo ameaçava terminar numa debandada do grupo derrotado na convenção. Seria um desastre para as ambições presidenciais do governador.

Com o acordão, o comando da sigla cairá no colo de Alckmin. Ele também passará a controlar a chave do cofre partidário. Isso deve ajudá-lo a negociar alianças e montar um roteiro de viagens pelo país.

O W.O. do marido da Angélica também significa um alívio para o tucano. Huck havia encantado empresários e eleitores desiludidos com o PSDB. Com o carisma que falta ao governador, ele se insinuava como o único capaz de furar a polarização entre Lula e Jair Bolsonaro.

Seu recuo abre caminho para que Alckmin volte a se apresentar para a tarefa. Nesta segunda, ele prometeu criar um Ministério da Segurança Pública, numa clara tentativa de atrair o eleitorado do ex-capitão.

Agora o tucano precisará resolver seus próprios problemas. O primeiro é o imobilismo nas pesquisas. Segundo o Datafolha, ele patina entre 8% e 9% das intenções de voto. É um desempenho medíocre para quem já disputou a Presidência e governa o Estado mais rico e populoso do país.

Alckmin também terá que espantar o fantasma da Lava Jato. Na semana passada, a Procuradoria finalmente pediu a abertura de inquérito sobre as suas citações na delação da Odebrecht. Ele é suspeito de receber dinheiro de caixa dois da construtora.

Embora a lentidão do STJ tenda a ajudá-lo, o fato de o caso ter começado a andar é um alerta. O governador aposta no discurso da ética, mas pode acabar misturado à massa de investigados em campanha.
Herculano
28/11/2017 05:36
PLANOS COBRAM MENSALIDADES QUE CHEGAM A R$9.800, por Cláudio Humberto, na coluna que publicou hoje nos jornais brasileiros

O projeto da nova Lei dos Planos e Saúde não mexer em mensalidades abusivas, cobradas de quem tem mais de 59 anos de idade. Tanto a Agência Nacional de Saúde Complementar (ANS) quanto os autores do projeto afirmam que não podem limitar preços, abrindo caminho à exploração ilimitada: os planos individuais ainda existentes cobram a partir de R$9.800 mensais para cada idoso. Ou paga ou não tem plano. Por isso, cerca de 3 milhões de brasileiros foram ejetados dos planos.

GALINHAS PARA A RAPOSA
O projeto da nova lei obriga as empresas a oferecerem planos individuais, mas as autoriza a cobrarem a mensalidade que quiserem.

RAPOSA NA ENGORDA
A ANS só limita o reajuste dos planos individuais, e libera a exploração nos coletivos. Por isso planos individuais praticamente foram extintos.

NINGUÉM FOI PRESO
Os planos burlam a proibição do Estatuto do Idoso de cobrar mais de quem passa dos 60 anos: cobram mais de quem chega aos 59.

REVOGAÇÃO MALANDRA
A nova Lei dos Planos de Saúde revoga o artigo do Estatuto do Idoso, a pretexto de "parcelar" o reajuste que supera os 100%, aos 59 anos.

MP DA REFORMA TRABALHISTA JÁ TEM MIL EMENDAS
Chegaram a 1.003 as emendas à medida provisória na Câmara com mudanças na nova legislação trabalhista, em vigor no dia 11. Houve "depuração", mas ainda assim restam 967, quase 400 de políticos do PT, que tentam desfigurar a reforma. Os petistas querem de volta a contribuição (ou imposto) sindical, que garante R$3,5 bilhões por ano à pelegada, sem controle, inclusive para gastar em campanhas do PT.

RECORDISTA
Somente o senador Paulo Paim (PT-RS), para quem o rombo da Previdência não existe, propôs 59 emendas à MP que altera a reforma.

VOZES DA MINORIA
Por enquanto, sindicalistas apresentaram 74,6% das emendas à MP, sendo 150 do PCdoB, 90 do PSB, 46 da Rede, 36 do PDT e 1 do Psol.

MAIS A CAMINHO
A expectativa no Congresso é que o número de emendas aumentará após a instalação da comissão que vai analisar a medida provisória.

AFIF ESTÁ NO JOGO
O ministro Gilberto Kassab, controlador do PSD, precisou ir a Buenos Aires, dias atrás, para citar Afif Domingos, pela primeira vez, como opção do partido ao Planalto. A outra é Henrique Meirelles (Fazenda).

NADA É O QUE PARECE
Kassab tem declarado a intenção de disputar o governo de São Paulo, mas é lorota. Seu projeto é ser vice de José Serra (PSDB), detonar João Dória e apoiar Geraldo Alckmin para a presidência da República.

BRASILEIRO ROUBADO
Provoca estupefação a informação de que só no Brasil o produtor não pode fazer venda direta de álcool. O produto viaja centenas, milhares de quilômetros, para ir ao distribuidor (que é um atravessador) e depois ser fornecido mais caro àquele posto a poucos metros da fabricação.

BURACO É MAIS EM BAIXO
Esta coluna previu uma semana antes que Luciano Huck não confirmaria a candidatura. Não deu outra. Ele parece ter percebido que, para governar, como diria Michel Temer, popularidade não é tudo.

HUCK 2022
Os amigos de Luciano Huck afirmam que ele desistiu da candidatura em 2018 , mas não do projeto. Do tipo obstinado, Huck estaria disposto a se preparar para a disputa pela presidência da República em 2022.

PORTAS FECHADAS PARA DORIA
A tucanada paulista começa a mostrar suas garras: para afastar de vez a "ameaça" João Dória, cujo desempenho nas pesquisa é muito melhor, Geraldo Alckmin finalmente concordou em presidir o PSDB.

É PRECISO MEXER
Segundo levantamento do Ministério do Trabalho, a idade média de aposentadoria no Brasil foi de 59,4 anos para homens, em 2016. Quase 5 anos a menos que a média de países ocidentais (64,2 anos), menor até que a média na Grécia, que quebrou.

INCLUA-ME FORA DESSA
O ministro Luís Roberto Barroso correu léguas da polêmica provocada pelo pedido de vista do seu colega Dias Toffoli, no caso do foro privilegiado: "Não sou censor de colega e nem fiscal de salão".

PENSANDO BEM?
?só no Brasil alguém que jamais afirmou ser candidato precisar negar oficialmente a sua não-candidatura
Herculano
28/11/2017 05:34
da série: quando os cidadãos acham que cidadania e fiscalização dos políticos e agentes públicos não é com ele...

RIO COMO "TERRA SEM LEI" NÃO NASCEU HOJE, por Álvaro Costa Filho, no jornal Folha de S. Paulo

Depois de Sérgio Cabral e Anthony e Rosinha Garotinho, mas ele está recorrendo?" também terá o mesmo destino. Até parece maldição: sentou na cadeira, um dia vai parar no xilindró. Dizem que o futuro governador irá preso mesmo antes de tomar posse. Só para colaborar com as investigações.

Atual ministro da Secretaria-Geral da Presidência, Moreira Franco governou o Rio entre 1987 e 1991. Não à toa, Temer editou uma medida provisória para lhe garantir foro privilegiado. Moreira ficou conhecido como "genro do genro", por ter sido casado com a filha de Amaral Peixoto, genro de Getúlio Vargas e, não por acaso, também governador do Rio duas vezes (1937-1945 e 1951-1955).

A "terra sem lei", diagnosticada por Raquel Dodge, a procuradora-geral da República, não foi implantada hoje. Aqui funcionou o curral eleitoral de Chagas Freitas, governador da Guanabara (1971-1975) e do Estado (1979-1983). Se essa época fosse passada a limpo, que tipo de falcatruas a gente ia descobrir? E se voltássemos aos dois mandatos de Leonel Brizola (1983-1987 e 1991-1994)? Carlos Lacerda, primeiro governador da Guanabara, passaria impune?

Por pura implicância, eu gostaria de uma devassa que retornasse ao tempo do Onça, ou seja, Luís Vahia Monteiro, capitão-geral entre 1725 e 1732. Truculento, ele vivia a reclamar da vida e chegou a escrever uma carta ao rei de Portugal dizendo que "nesta terra todos roubam, menos eu". Se duvidar, nem Estácio de Sá, o fundador da cidade de São Sebastião, escaparia.

Para o restante do Brasil, deve ser um alívio não fazer parte do Rio. E que haja tanta podridão, aparentemente, só no Rio
Herculano
28/11/2017 05:34
da série: quando os cidadãos acham que cidadania e fiscalização dos políticos e agentes públicos não é com ele...

RIO COMO "TERRA SEM LEI" NÃO NASCEU HOJE, por Álvaro Costa Filho, no jornal Folha de S. Paulo

Depois de Sérgio Cabral e Anthony e Rosinha Garotinho, mas ele está recorrendo?" também terá o mesmo destino. Até parece maldição: sentou na cadeira, um dia vai parar no xilindró. Dizem que o futuro governador irá preso mesmo antes de tomar posse. Só para colaborar com as investigações.

Atual ministro da Secretaria-Geral da Presidência, Moreira Franco governou o Rio entre 1987 e 1991. Não à toa, Temer editou uma medida provisória para lhe garantir foro privilegiado. Moreira ficou conhecido como "genro do genro", por ter sido casado com a filha de Amaral Peixoto, genro de Getúlio Vargas e, não por acaso, também governador do Rio duas vezes (1937-1945 e 1951-1955).

A "terra sem lei", diagnosticada por Raquel Dodge, a procuradora-geral da República, não foi implantada hoje. Aqui funcionou o curral eleitoral de Chagas Freitas, governador da Guanabara (1971-1975) e do Estado (1979-1983). Se essa época fosse passada a limpo, que tipo de falcatruas a gente ia descobrir? E se voltássemos aos dois mandatos de Leonel Brizola (1983-1987 e 1991-1994)? Carlos Lacerda, primeiro governador da Guanabara, passaria impune?

Por pura implicância, eu gostaria de uma devassa que retornasse ao tempo do Onça, ou seja, Luís Vahia Monteiro, capitão-geral entre 1725 e 1732. Truculento, ele vivia a reclamar da vida e chegou a escrever uma carta ao rei de Portugal dizendo que "nesta terra todos roubam, menos eu". Se duvidar, nem Estácio de Sá, o fundador da cidade de São Sebastião, escaparia.

Para o restante do Brasil, deve ser um alívio não fazer parte do Rio. E que haja tanta podridão, aparentemente, só no Rio
leo
27/11/2017 23:18
JÁ ESTAMOS NO FINAL DO MÊS ,SERÁ QUE O VEREADOR RUI E SEU ASSESSOR. VÃO DAR O EXEMPLO E VAI DEVOLVER 25% DO SEU SALARIO.COMO ELE FEZ A INDICAÇÃO PARA QUE ACHA A REDUÇÃO DE 25% DO SALARIO DO PREFEITO E SECRETÁRIOS.POLITICO BRASILEIRO E TUDO IGUAL. O QUE ELE QUER PARA OS OUTROS,NÃO SERVE PARA ELE E O POVO QUE PAGA A CONTA.
Sebastião Cruz
27/11/2017 20:48
Sr. Herculano:

A sempre petista Marina Silva vai voltar?
Teremos o desprazer de encarar o tribufu das floresta em propaganda política?
O poeta Vinícius de Morais já dizia, "as feias que me desculpem mas beleza é fundamental".
Digite 13, delete
27/11/2017 20:41
Oi, Herculano

Concordo com Augusto Nunes, é uma ESCOLHA DIFÍCIL, é pior que briga de foice no escuro.
Mas o casal Cabral PMDB merece o título de Bonnie & Clyde brasileiro.
Herculano
27/11/2017 20:17
ESCOLHA DIFÍCIL, por Augusto Nunes, de Veja

Numa versão brasileira de Bonnie & Clyde, qual desses 3 casais merece interpretar a dupla de bandidos americanos?
1.Adriana Ancelmo & Sérgio Cabral
2.Rosinha & Anthony Garotinho
3.Gleisi Hoffmann & Paulo Bernardo
Você decide.
Herculano
27/11/2017 20:13
FANTASIADA

A petista Marina Silva, que criou um partido só para ela, o Rede Solidariedade, uma cópia do PT, que está muda quando o Brasil está em mudanças, acaba de afirmar que até o carnaval ela vai se decidir se será candidata a presidente do Brasil, outra vez.
Herculano
27/11/2017 20:09
da série: gente plenamente identificada com a sacanagem não se desgruda, mesmo quando pega em flagrante

RENAN PAI DIZ A RENAN FILHO QUE GRUDAR EM LULA É A ESTRATÉGIA ACERTADA PARA 2018, por Marcelo Rocha, na Época Expresso

Renan Calheiros Filho, governador de Alagoas, procurou petistas locais para conversar sobre 2018. Renan pai avisou que o principal foi feito: colar em Lula.

Atualização - Após a publicação desta notícia, assessoria de Renan Calheiros enviou a seguinte nota à coluna EXPRESSO: Nunca dei nenhum aviso desse tipo ao governador. Rompi com o governo Temer quando passei a discordar das sua agenda política e apresentei todos os meus motivos para isso. Deixei, inclusive, a liderança do PMDB por não me dispor a defender as propostas do Executivo no Senado. Aliás, sigo falando sobre minhas divergências com o Planalto diariamente. Isso não teve qualquer relação direta com a discussão precipitada de alianças para 2018.

N.R.: EXPRESSO mantém o que publicou
Herculano
27/11/2017 20:00
ALCKMIN ALARDEIA óBVIO E ESCONDE O PRIMORDIAL, por Josias de Souza

Geraldo Alckmin apresentou-se num seminário promovido pela Veja, nesta segunda-feira, como um profeta do óbvio. ''Ninguém vai votar em partido" nas eleições de 2018, disse o presidenciável tucano. "Os partidos estão fragilizados, desgastados. Vão votar nas pessoas.''

O fenômeno não é novo. O brasileiro nunca foi de votar em partidos. A epidemia de corrupção apenas potencializou a aversão. Em vez de desperdiçar o tempo da plateia, Alckmin deveria ter explicado o seguinte: o eleitor que votar na sua pessoa optará por uma coligação de partidos malcheirosos.

Alckmin escondeu em sua palestra a informação mais primordial: longe dos refletores, o orador troca a alma por minutos de propaganda televisiva de partidos enlameados no mensalão e na Lava Jato. Ou seja: o eleitor corre o risco de se encantar com um pote de mel 100% feito de marketing e acabar votando nos ferrões da abelha.
Herculano
27/11/2017 19:57
TASSO DESISTE E TENTA IMPOR A RENÚNCIA A PERILLO, SEU ADVERSÁRIO; ALCKMIN PODE ASSUMIR, por Reinaldo Azevedo, na Rede TV

O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, se reúne nesta segunda, às 20h30, com Marcone Perillo, governador de Goiás, e com o senador Tasso Jereissati (CE). No cardápio, a presidência do partido. Os dois eram postulantes até ontem. Tasso desistiu em nome da suposta unidade partidária. Será mesmo? Alckmin pode ser candidato único ao posto, como quer o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso.

Vamos ver. Desde que assumiu a presidência interina, o senador cearense apostou que conseguiria fazer 50 valer 100, isto é: estava na cara que poderia ter o controle, no máximo, de metade do partido. Com ela, resolveu tomar a outra metade no berro: forçou o partido a sair do governo, pregou abertamente o voto contra Michel Temer na segunda denúncia, fez críticas muito azedas à ala do partido que resistia à sua liderança, apostou em intervenções estaduais para, digamos, "unificar" a legenda segundo a sua vontade. É também um candidato surgido de ultima hora. A postulação de Perillo está posta há mais de um ano.

No fim das contas, qual é o busílis? Essa questão só está colocada porque o senador Aécio Neves (MG) caiu na armadilha do trio Rodrigo Janot, Joesley Batista e Edson Fachin. E, então, mergulhou nos infernos. O pior, ou especioso, é que o STF terá de sambar, pelas mãos de Marco Aurélio, o relator, para fazer de Aécio réu no processo. Janot se esqueceu de demonstrar na acusação que faz onde está o crime cometido pelo senador. Mas voltemos ao ponto.

Desde sempre, os que se alinharam com Tasso tentaram transformar a candidatura de Perillo em um braço de Aécio, o que não é nem verdade nem mentira. Explico. Com efeito, o governador de Goiás não é hostil a Aécio e àqueles que lhe seguem fiéis ?" não fala, por exemplo, em expulsá-lo do partido, como já chegaram a vociferar os radicais do outro lado ?", mas é mais amplo do que isso. Tanto é assim que iria vencer a disputa. E, por essa razão, Tasso renunciou à sua postulação.

E, no caso, tenta-se fazer uma coisa meio engraçada, que consiste em fazer uma renúncia valer por duas. Entenderam o jogo? Tasso entrou na disputa para, bem, vencer o adversário. Tivesse o número de votos necessários, iria até o fim e se comportaria, aí com o poder não mais interino, como tem se comportado na interinidade: impondo a sua vontade e a de seu grupo. Só que ele iria perder. Então, em nome da unidade, resolveu retirar a postulação na esperança de que o outro lado, que se sagraria vencedor, faça a mesma coisa. Ou seja: Tasso quer que a sua renúncia também implique a do adversário. Convenham: é um jeito bastante estranho de fazer as coisas, não?

Então ficamos assim: o senador cearense, na verdade, não queria Perillo no comando do partido. Para tanto, resolveu lançar-se na empreitada. Seus acólitos bateram no peito e ecoaram as palavras de guerra. Diante da eminente derrota, ele não faz o esperado, que é se render altivamente ao vencedor. Não! Ele propõe que ambos renunciem, numa espécie de aplicação prática do chamado "Paradoxo de Dilma", a saber: "Não acho que quem ganhar ou quem perder, nem quem ganhar nem perder, vai ganhar ou perder. Vai todo mundo perder".

Alguém seria capaz de jurar ser esse um bom caminho?

Sei lá se Perillo abrirá mão da candidatura. Eu não abriria, mas essa é uma das razões por que não sou político, certo? Sem contar um milhão de outras.

Alckmin terá a conversa. FHC defende que seja ele o presidente do partido. Conciliar tal atividade com a de pré-candidato e depois candidato à Presidência não parece sem simples nem prudente. É evidente que, durante a campanha, terá de se licenciar. E se tem mais problema do que solução. Bem, pode ser um quarto nome. Mas por que Perillo deveria aceitar a retirada? Alguém dirá: em nome da unidade. Mas há unidade quando um lado se recusa a aceitar o nome do outro, que sairia de uma eleição, não de um dedaço?

Estamos, mais uma vez, diante daquelas dissensões inúteis que certos tucanos criam para si mesmos e para o partido. Que vocação!
Paty Farias
27/11/2017 19:30
Oi, Herculano;

O que esperar de um governador que sempre defendeu uma anta que se intitula "work-alcoolic"?
Duas bestas que se merecem. Nasceram uma para a outra!
Herculano
27/11/2017 16:41
HUCK ACERTA NAS SUAS PROPOSTAS INCLUSIVE NA NÃO DE SE CANDIDATAR, por Clóvis Rossi, no jornal Folha de S. Paulo

Luciano Huck tem razão, no seu artigo desta segunda-feira (27) para a Folha. Dupla razão, aliás.

Primeiro ao escrever o que tenho repetido faz anos e anos, inutilmente: o nojo à política e aos políticos -no pico, hoje, mas já antigo- não leva a lugar nenhum.

Escreve o apresentador-ex-candidato: "Se não nos aproximarmos de fato da política, se seguirmos negando esse universo e refratários ao seu ambiente, ele definitivamente não se reinventará por um passe de mágica".

É importante assinalar que, na sequência, Huck esclarece que não se trata necessariamente de integrar um partido político: "O melhor caminho passa obrigatoriamente pelos movimentos cívicos".

A, digamos, agenda Huck é também correta, até por óbvia demais: "Políticas públicas afetivas e efetivas, políticas econômicas modernas e eficazes, educação levada a sério, saúde tratada com respeito, tecnologia que alavanque as boas ideias e total transparência dos gastos públicos. Por menos politicagem e por mais e melhor representatividade".

Fácil de dizer, difícil de fazer. Desconfio até que, com essa agenda, Huck poderia ser candidato por qualquer partido, da direita à esquerda, passando pelo centro. É uma coleção de platitudes, repetidas uma e mil vezes nos programas gratuitos de propaganda eleitoral nos últimos 30 anos pelo menos (talvez nos últimos séculos).

O diabo é como transformar em políticas concretas ambições tão respeitáveis.

A favor de Huck, diga-se, em todo o caso, que sua agenda não contém aberrações ou propostas folclóricas, que também abundam em campanhas eleitorais.

Eu não votaria em Huck, se ele fosse candidato. Não pretendo, aliás, votar em ninguém mais. Passei da idade em que o voto é obrigatório e passei da idade de me iludir com quem quer que seja. É uma contradição com minha defesa do envolvimento com a política?

Talvez, mas acho que não. Entendo o jornalismo como uma prática política, nos seguintes termos: a nós, jornalistas, cabe fazer as perguntas e apontar os problemas; respostas, quem têm que dar são os políticos, no plano terrenal, e os religiosos, no plano espiritual.

Não votaria em Huck não só por isso, mas por preconceito, admito. Fama e prestígio ?"atributos que ele inegavelmente tem?" não bastam para pretender a Presidência. Ainda mais em um cenário que parece repetir o de 1989, quando alguns setores políticos tentaram atrair Silvio Santos ?"também apresentador, também famoso, também rico?" para a candidatura presidencial.

Era a maneira de impedir que o chamado "monstro Brizula" (a mistura de Leonel Brizola com Lula) prevalecesse - papel afinal desempenhado por Fernando Collor.

Agora, Huck parecia a melhor bala de prata disponível para "matar" Lula.

Não seria, portanto, uma renovação na política, mas um novo lance da "politicagem" que ele diz repudiar. Se fosse candidato, acabaria cercado pelos que cercaram Lula, inicialmente, e depois apunhalaram sua pupila Dilma.

Sem ser candidato, Huck acaba dando, com as ideias que defendeu, uma contribuição maior do que se se aventurasse a disputar o Planalto.
Mariazinha Beata
27/11/2017 16:24
Seu Herculano;

Já sei quem vai fazer parte na dança das cadeiras.
O vice vai vestir seu uniforme de guardinha e dar um jeito naquele N?" que fica o trânsito cada vez que a Linha Círculo abre os portões para os funcionários no final do expediente.
Bye, bye!
Sidnei Luis Reinert
27/11/2017 12:18
Corrupção Brasileira tem "razão"?


Edição do Alerta Total ?" www.alertatotal.net
Por Jorge Serrão - serrao@alertatotal.net

Bacana saber que o professor Graham Brooks, pesquisador de Anticorrupção e e Criminologia da University of West London, está estudando a "Propinocracia" brasileira. O acadêmico estuda se os corruptos sistêmicos brasileiros agiram motivados por Dinheiro, por Poder, por Sexo ou pelas três "razões" combinadas.

Uma grande "dúvida" que o teórico britânico deveria tirar é: a corrupção se tornou sistêmica porque: 1) o Crime é Institucionalizado; 2) o brasileiro é corruptível; ou 3) a máquina estatal brasileira é estruturada para operar criminosamente, e não para desenvolver a Nação, garantindo a promoção do bem comum.

A doutrina é clara: o Crime não se organiza sem a "parceria" com a máquina estatal. Outro princípio fácil de perceber: quando o cidadão e, por extensão, a sociedade organizada, não controla o Estado, a tendência é que os agentes estatais cometam abusos e pratiquem a corrupção. Assim, pode-se definir Crime Institucionalizado como a associação delitiva entre bandidos de toda espécie e agentes públicos.

Quais os objetivos dessa associação criminosa? Os ingênuos podem até pensar que a principal intenção do "bandido" é, simplesmente, se locupletar e atender aos seus desejos atávicos por poder, dinheiro e sexo. No entanto, quem estuda um pouquinho o Poder Real Mundial (deve ser o caso do professor Graham Brooks) tem o dever intelectual de saber que a corrupção estruturada cumpre, principalmente, a missão de inviabilizar o desenvolvimento de uma Nação, tornando-a mais fácil de explorar pelos agentes conscientes ou inconscientes dos "controladores" externos.

Por tal explicação, fica lógico compreender que a corrupção brasileira é conseqüência ?" e não causa. Assim, não adianta "combater" a corrupção. Ela é uma espécie de "praga natural" produzida e reproduzida pelo modelo dependente a que se submete o Brasil. A corrupção sistêmica é fruto de nossa falta de soberania, independência e civilidade. Ou seja, ela é um problema estrutural. Ajuda, porém pouco se resolve com protestos de rua ou virtuais bem intencionados.

A única maneira legal e legítima de conter a corrupção é a inédita Intervenção Institucional ?" já em andamento, mesmo que pareça um processo lento. A máquina estatal, sua burocracia, regramentos e gastos precisam ser reduzidos e simplificados, ficando sob controle e fiscalização direta de cidadãos tecnicamente habilitados e eleitos para cumprir tal finalidade, em mandatos curtos, sem reeleições.

A Intervenção Institucional só terá sucesso se reduzir, ao máximo, a distância entre o cidadão-eleitor-contribuinte e a gestão de uma máquina estatal local. Por isso é preciso implantar o Federalismo pleno, com o poder operando a partir dos bairros, municípios e regiões ?" e não a partir de um centralizado poder federal. O aprimoramento institucional só será viável com uma Constituição enxuta e um regramento claro, objetivo e sem excessos.

A Intervenção Institucional precisa ter e cumprir a missão imediata de tirar qualquer "razão" que a corrupção possa advogar a favor dos corruptos. Nossa tragédia é o sistema, o modelo e o mecanismo estatal. A vitória contra a corrupção só ocorrerá quando a maioria dos cidadãos brasileiros tiver capacidade plena de fiscalizar e controlar a máquina estatal, partindo do "poder local". Aí sim, com sistema distrital, votação com resultado auditável, conferível por recontagem, teremos chance de eleger pessoas honestas e que sejam pressionáveis pela proximidade com o colégio eleitoral.

A prioridade do momento brasileiro é definir e debater que projeto estratégico de Nação queremos e podemos implantar. É hora de debater e promover, o mais rápido possível, o Aprimoramento Institucional brasileiro. O fla-flu presidencial já em andamento não soluciona nossos problemas estrututurais.
Herculano
27/11/2017 11:37
da série: quando os nossos contadores falham...

SEU IMPOSTO, SUA ESCOLHA, por Márcia Dessen, planejadora financeira pessoal, no jornal Folha de S.Paulo

O valor de Imposto de Renda pago apenas pelas pessoas físicas em 2015 foi de R$ 31,5 bilhões.

A Receita Federal estava disposta a renunciar a 8% desse montante, R$ 2,5 bilhões, a favor de doações para projetos sociais, culturais, esportivos e de saúde.

Sabe quanto imposto foi transformado em doação? Apenas R$ 122 milhões, cerca de 5% do montante a que a Receita estava disposta a renunciar. Os brasileiros não doam, não sabem que podem deduzir doações do imposto devido ou se esquecem de usar o incentivo fiscal?

A Pesquisa Doação Brasil, feita em 2015 pelo Instituto Gallup e pelo Idis (Instituto do Desenvolvimento Social), apurou que os brasileiros doam, mas poucos usam os incentivos fiscais. Dos 57,4 milhões de pessoas que doam para organizações/projetos sociais, menos de 6%, cerca de 3,2 milhões apenas, usaram o incentivo fiscal.

Ainda é cedo para pensar na declaração que faremos no próximo ano, mas tem uma coisa que você pode e precisa fazer até o final de dezembro para mudar o destino de parte do tributo a pagar em 2018: doar parte do Imposto de Renda devido em 2018.

Com que dinheiro você fará a doação? Usar parte da sua reserva financeira ou do seu 13º salário é uma boa sugestão. Lembre-se de que esse dinheiro retorna no ano que vem.

A Receita determina limite cumulativo de 6% para projetos que utilizam a lei de Incentivo Federal à Cultura (Lei Rouanet), Lei de Incentivo Federal ao Esporte, Lei do Idoso, Audiovisual e Estatuto da Criança.

Outros 2% podem ser destinados a dois programas do Ministério da Saúde, 1% para o Pronas, ações na área de oncologia, e 1% para o Pronon, instituições que atendem a pessoas com deficiência.

Para usar o incentivo fiscal, é preciso apresentar o modelo completo da Declaração do Imposto de Renda da Pessoa Física (DIRPF), sem utilização do desconto simplificado. As doações em dinheiro devem ser identificadas por meio de depósito na conta-corrente do fundo ou do projeto cultural, esportivo ou de saúde escolhido, com o número do CPF do doador. Mantenha o recibo de doação com o número de ordem, seu CPF, a data da doação, o valor doado e o ano-calendário a que se refere a doação.

Não consegue doar neste ano? Entre janeiro e abril de 2018 também é possível doar para os Fundos da Criança e Adolescente até 3% do IR devido, desde que respeitado o limite total de 6%, considerando as doações feitas em 2017. Nesse caso, você deverá informar na ficha Doações Diretamente na Declaração "" ECA, constante no quadro resumo da DIRPF, o valor a ser doado e o fundo escolhido. O próprio programa da DIRPF emitirá um Darf específico, basta pagar.

O pagamento deverá ser efetuado mesmo que você tenha direito a restituição ou tenha escolhido o pagamento em quotas mediante débito automático. Se o pagamento deixar de ser feito, a Receita glosará a dedução feita e cobrará o valor do imposto.

Não deixe de doar mesmo que você tenha restituição de imposto. Se na apuração final dos números da sua declaração houver restituição, o valor destinado às doações incentivadas será adicionado.

Suponha que você deseje doar (até 6% do IR devido) em projetos que apoiem crianças e adolescentes aprovados no Fumcad (Fundo Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente). Calcule o valor do incentivo, escolha o projeto beneficiado pelo sistema do site do Fumcad e emita o boleto bancário. Após o pagamento (até 29/12), a entidade beneficiada emitirá e enviará o comprovante para renúncia fiscal. O ressarcimento do patrocínio virá no ano seguinte na forma de restituição ou abatimento do valor do IR a pagar.

Um aspecto ressaltado pela população participante da pesquisa qualitativa é o doar sem esperar nada em troca e sem divulgar. Existe a percepção de que o ato de doar deve ser primordialmente desinteressado. A mudança de mentalidade do brasileiro transformando-o de um "doador oculto" para um agente multiplicador da cultura de doação é fundamental. A pesquisa apontou que a maior parte dos brasileiros (77%) fez algum tipo de doação, em trabalho (tempo), bens e dinheiro. Doar faz bem, doe você também.
Herculano
27/11/2017 11:32
LULA CITA FOLHA PARA ATACAR LAVA JATO

Conteúdo de O Antagonista. Horas após a Folha publicar que a Lava Jato pressiona a Andrade Gutierrez a entregar Lulinha, a defesa de Lula, conforme esperado, reagiu nas redes sociais:

"Reportagem da Folha fornece novos elementos para demonstrar que os membros da Lava Jato criam versões para tentar prejudicar o ex-presidente Lula e seus familiares e condiciona acordos de delação premiada à confirmação das narrativas mentirosas."

Lula sempre pode contar com a Folha.
Herculano
27/11/2017 11:00
A ORGIA DOS GASTOS PÚBLICOS, por Rodrigo Constantino, na revista Isto É.

O Banco Mundial entregou essa semana ao nosso governo um relatório com diagnóstico detalhado sobre os gastos públicos no Brasil. Em que pesem divergências legítimas quanto às propostas sugeridas, como taxar aposentadorias de alta renda, uma coisa é fato inegável: o grande vilão das nossas contas públicas é o excessivo gasto estatal.

Além de gastar muito, o estado gasta mal, de forma ineficiente e injusta. O foco do estudo do Bird foi também a equidade. A conclusão não é nada favorável: os governos (federal, estaduais e municipais) gastam mais do que podem; os gastos são ineficientes, pois não cumprem seus objetivos; e, em muitos casos, de forma injusta, beneficiando os ricos em detrimento dos mais pobres.

O caso mais gritante é mesmo o da Previdência: o estudo aponta que 35% dos subsídios beneficiam aqueles que estão entre os 20% mais ricos. E apenas 18% dos subsídios vão para os 40% mais pobres. Na aposentadoria do serviço público, a injustiça é ainda maior. O subsídio para os servidores federais custam o equivalente a 1,2% do PIB e, no caso dos servidores estaduais e municipais, mais 0,8% do PIB.

Não chegam a ser novidades, ao menos não para quem acompanha mais de perto as finanças públicas. Sob o pretexto de fazer a "justiça social", impedir os "abusos do mercado" e "distribuir renda", o estado brasileiro tornou-se a maior máquina de injustiças, distribuindo privilégios, criando uma casta de favorecidos e jogando o enorme fardo nas costas da população trabalhadora e empreendedora.

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Ainda sob a influência da "luta de classes" marxista, o modelo brasileiro criou uma outra luta de classes bem diferente daquela imaginada pelo barbudo comunista: uma entre quem produz riquezas e quem só as consome, entre pagadores e consumidores de impostos, entre população e estado. Não se trata de rico contra pobre.

Diante disso, o que fazer? A receita técnica é relativamente simples, sendo a maior dificuldade sua implementação política mesmo. É preciso reduzir drasticamente o tamanho e o escopo do estado, privatizar estatais, cortar privilégios do setor público, aprovar uma reforma previdenciária para valer. São medidas de puro bom senso, mas que no Brasil, ainda dominado pelo pensamento de esquerda, viram sinônimo de "neoliberalismo", como se isso fosse algo terrível.

Mas quem vai liderar uma agenda de reformas estruturais nesse sentido? Em termos de candidatos a presidente para 2018, sobram poucas esperanças. Tampouco é viável imaginar um Congresso totalmente reformulado e com viés bem mais liberal. São muitos interesses concentrados em jogo, e em nosso sistema político os interesses difusos do povo ficam em segundo plano. Isso assumindo que o povo entende mesmo a urgência dessas mudanças, premissa otimista demais.
Herculano
27/11/2017 10:55
OS ELEFANTES BRANCOS DAS ESTATAIS FEDERAIS,por Ricardo Bergamini, economista.

No Brasil, empresa privada é aquela que é controlada pelo governo, e empresa pública é aquela que ninguém controla (Roberto Campos).

São 150 empresas estatais federais (elefantes brancos) e suas centenas de subsidiárias onde existem algumas curiosidades, tais como: empresas com patrimônio líquido (PL) negativo e outras empresas dependentes exclusivas do tesouro nacional.

Por que não iniciar a privatizaçao ou extinção das empresas com PL negativo e dependentes exclusivas do tesouro nacional?

Esses "elefantes brancos" somente servem para gerar déficit público e empregos para apadrinhados de políticos, além de ser o principal ninho petista. E o mais grave é que o "prostíbulo BNDES" financia muitas delas. Uma imoralidade sem precedentes. No Brasil é proibido ser normal.

- Em 2016 o tesouro nacional colocou R$ 15,1 bilhões na lixeira das estatais dependentes exclusivas do tesouro nacional e está orçado colocar mais R$ 18,4 bilhões em 2017).

- Em junho de 2017 a dívida das estatais era de R$ 428,0 bilhões.

- Em 2015 as empresas com patrimônio líquido negativo totalizaram passivo a descoberto da ordem de R$ 24,5 bilhões. Em 2016 totalizaram passivo a descobreto de R$ 33,3 bilhões.

- Em 2006 existiam 431.259 servidores ativos nas estatais, já em junho de 2017 saltou para 516.375, cujo crescimento foi de 19,74% em relação ao ano de 2006.

- Em 2006 somente nas empresas dependentes exclusivas do tesouro nacional tinha um efetivo de 34.616 servidores ativos, já em junho de 2017 saltou para 72.810 servidores ativos, cujo crescimento foi de 110,34%.

* Informações completas e os anexos mencionados estão disponíveis no 3º Boletim das Empresas Estatais Federais - 2º Trimestres de 2017 - Ministério do Planejamento
Herculano
27/11/2017 10:52
ESTÃO CANSADOS DO DESCANSO

O vídeo da sessão de terça-feira da Câmara de Gaspar, continua fora do ar. É que com a redução das horas de trabalho de 30 para 40 semanais, mas com salário dos que ganhavam por 40, os assessores estão ainda descansando do longo final de semana. Só começam a tarde e ai vão ver se isso é algo importante para a comunidade, a transparência, os vereadores e a Câmara. Não perturbem essa gente bem paga e protegida pelos políticos, também, bem pagos.
Herculano
27/11/2017 10:49
da série: e os políticos daqui e alhures se acham acima da carne seca; faltam-lhe espelhos.

Só 92%

Conteúdo de O Antagonista. "92% dos brasileiros acham que todos os políticos são corruptos", disse o diretor do Instituto Locomotiva, entrevistado pelo Estadão.

Os outros 8% são uns tontos.

Volto. Há alguma dúvida?
Herculano
27/11/2017 10:46
FALIDA, ESTATAL CORREIOS PLANEJA DEMITIR MAIS 5,4 MIL FUNCIONÁRIOS, por Marcelo Faria, do Instituto Liberal de São Paulo

A estatal Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos (ECT), vulgo Correios, abriu na quinta-feira (23) um novo programa de demissões voluntárias (PDV). O prazo de adesões vai até 29 de dezembro, último dia útil do ano, e a meta é demitir mais 5,4 mil funcionários, sendo 2 mil deles carteiros. Se o objetivo for alcançado, a economia mensal com salários será de R$ 54,5 milhões.

A empresa também realizou um PDV no primeiro semestre, quando demitiu 6,26 mil funcionários e reduziu R$ 68,6 milhões em gastos salariais. Entretanto, o total ficou aquém da meta da estatal de 8,2 mil empregados desligados. O novo PDV não possui a exigência de idade mínima de 55 anos como a versão anterior, permitindo a adesão de todos os empregados com pelo menos 15 anos de trabalho.

Mesmo possuindo o monopólio dos serviços postais instituído pela ditadura militar, isenção de impostos e diversos outros benefícios por ser uma estatal, a Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos (ECT) fechou 2016 com um prejuízo de R$ 2 bilhões após fechar o ano anterior (2015) com prejuízo de R$ 2,1 bilhões. A expectativa é que a empresa tenha outro prejuízo de R$ 1,3 bilhão em 2017.
Herculano
27/11/2017 10:40
SUCESSÃO VIVE PRÉVIA ENTRE OS CRUS E OS PODRES

No Brasil, o eleitor costuma espantar-se pouquíssimo. Se a conjuntura servir uma sopa de ratazanas, a maioria não fará a concessão de uma surpresa. São ratazanas? Pois que venham. E com pimenta. De repente, na antessala de 2018, as pesquisas eleitorais empurram o brasileiro para um ponto de fastio com a política, forçando-o a concentrar-se nos dois extremos do espectro culinário: os crus e os podres.

Aos pouquinhos, vão-se os crus - os genuínos, como Sergio Moro e Luciano Huck, saltam da gôndola. Os disfarçados, como João Doria, são abandonados na prateleira. Os dissimulados, como Jair Bolsonaro, se oferecem para ser consumidos in natura. Mas basta abrir a boca para revelar a presença de elementos tóxicos.

Logo, logo, só restarão os podres. Condenado, Lula, tornou-se repugnante para o paladar comum, e, portanto, só é digerido pelos 35% que ainda engolem o PT. Michel Temer, moído por um par de denúncias criminais, passou a fazer pose de Tartare, a carne picada que os franceses servem crua. Mas a podridão no governo já atingiu aquele estágio em que a comida come a si mesma. Quem está perto já foi devorado, como Aécio Neves. Ou está na fila, como Henrique Meirelles,

Geraldo Alckmin, com aparência de leite estragado, se finge de queijo fino ou de iogurte de chuchu. O diabo é que seu prazo de validade só poderá ser conferido quando o Superior Tribunal de Justiça levantar o sigilo do processo que recebeu do Supremo Tribunal Federal. Algo que precisa ser feito o quanto antes. De preferência ontem.
Herculano
27/11/2017 10:37
da série: gente instruída da esquerda do atraso, sempre joga. Leia este artigo. O PT sempre foi contra a Reforma da Previdência para se garantir nos privilégios de uma casta que ganha muito, possui estabilidade e se aposenta cedo com salários integrais e milionários. Agora, um deles, neste artigo, defende a reforma da Previdência como prioritária, sabendo que ele dificilmente será aprovada, e não as outras reformas. Ou seja, já arrumou culpado.

A REFORMA DA PREVIDÊNCIA ERA MAIS URGENTE DO QUE TIRAR TEMER DA CADEIA, por Celso Rocha de Barros, sociólogo, no jornal Folha de S. Paulo

No momento, estamos discutindo se o governo Temer conseguirá fazer a única reforma que realmente precisava ter feito: a da Previdência. Passou a trabalhista, que não era urgente e deveria ter sido feita por um governo eleito com a proposta de fazê-la.

Passou o teto de gastos, cujo grande mérito deveria ter sido forçar a aprovação da Previdência (opa, grande sucesso). Mas o capital político que deveria ter sido gasto aprovando a reforma da Previdência foi gasto salvando Michel Temer da cadeia.

A reforma da Previdência era mais urgente do que a trabalhista, do que o teto de gastos e do que tirar Temer da cadeia.

O governo Dilma propôs uma reforma no começo de 2016. O então ministro da Fazenda, Nelson Barbosa, recentemente voltou ao assunto nesta Folha. Lula apoiou a idade mínima em conversa com blogueiros de esquerda no começo de 2016.

Todo mundo sabe que tem que reformar a Previdência. Podemos discutir o quanto, em que aspectos, mas o fato permanece: se não fizermos nada, cada vez mais dinheiro que deveria ser gasto com outra coisa será gasto com aposentadorias.

Não há nada de imoral nisso, a propósito. Se fôssemos um país mais rico e resolvêssemos gastar nosso dinheiro com Previdência, maravilha. Mas ainda não temos saneamento básico, ainda não temos educação fundamental. Devemos ter como prioridade nos aposentarmos cedo?

Também vale evitar o tom moralista das defesas da reforma. O sujeito que se aposentou cedo dentro das regras não fez nada de ilegal e, se pudéssemos exigir que os cidadãos recebessem do governo menos do que a lei lhes permite, deveríamos, também, esperar que pagassem mais impostos do que a lei lhes exige.

Não faz muito sentido. A reforma que Temer ainda tenta comprar é bem mais modesta do que a proposta inicial, e isso é bom. Os pontos mais controversos devem ser discutidos com a sociedade na eleição do ano que vem.

De qualquer modo, ao menos a idade mínima e algumas outras coisas têm chance de passar, e seria bom se passassem.

Defendo a reforma, enfim, deixando claro que torço para que o governo Temer e a turma do impeachment adotem como hobby o cabeceio de prego.

Afinal, o PMDB, com o apoio do PSDB e de toda coalizão que está no poder, extinguiu o fator previdenciário para sabotar o ajuste fiscal do governo Dilma, para evitar que uma recuperação econômica ajudasse a petista na guerra do impeachment.

Poucos meses depois, tendo conquistado o governo, já estavam de volta na TV fazendo cara de bom senso e explicando, com toda condescendência, que o governo é como uma dona de casa.

E Temer, é claro, foi gravado combinando com Joesley a compra do silêncio de Eduardo Cunha e Lúcio Funaro. E depois disso escapou no STF com a ajuda de Gilmar Mendes, o melhor argumento em favor das aposentadorias precoces e compulsórias jamais produzido. E depois, e depois, e depois.

Mas, enfim, o interesse nacional ainda deve contar para alguma coisa, não? Seria bom ter mais dinheiro para fazer coisas urgentes, seria bom se as perspectivas de crescimento do Brasil fossem melhores. A reforma ajudaria nisso tudo.

E facilitaria a vida de quem vencesse em 2018. Da última vez que um governo eleito ficou imobilizado pela crise fiscal, no fim das contas tínhamos Temer
Herculano
27/11/2017 10:31
CABRAL ATÉ BRIGOU COM SUA MULHER POR FICHTNER, por Cláudio Humberto, na coluna que publicou hoje nos jornais brasileiros

O ex-governador Sergio Cabral e Adriana Ancelmo chegaram a se separar por breve período. A dissolução foi oficializada em julho de 2011 na 6ª Vara de Família do Rio de Janeiro. Pesou na decisão do divórcio a derrota de Adriana numa disputa com Regis Fichtner, então chefe da Casa Civil do governo Sérgio Cabral, para a indicação de um nome para uma vaga de ministro no Superior Tribunal de Justiça (STJ).

EM DEFESA DO EX
Adriana Ancelmo tentou emplacar o ex-marido Sérgio Coelho no STJ, mas Cabral bancou a indicação de um cunhado de Fichtner.

BRIGA COM FICHTNER
Essa disputa pela indicação ao STJ abalou o casamento e provocou uma briga entre a então primeira-dama e o chefe da Casa Civil.

CRISE NO PMDB
A briga que levou à breve separação do casal Cabral acabou se estendendo ao PMDB do Rio, motivando uma crise no partido.

CASAMENTO DE INTERESSES
A disputa para influir na nomeação de ministro de tribunal superior mostrou que a relação de Cabral e Adriana era também política.

CUT PROMOVE DEMISSõES APóS ANOS DE FARTURA
O fim do imposto sindical é o pretexto usado pela Central Única dos Trabalhadores (CUT) para cortar 60% dos seus empregados, por meio de demissão voluntária. A milionária CUT, que faturou R$59,8 milhões em 2016, quer fazer acreditar que depois de faturar tanto durante os governo do PT, não se preparou para os tempos de vacas magras. A entidade embolsou 12,4% da arrecadação dos seus 2.423 sindicatos.

BOLADA EXTINTA
Os sindicatos faturaram R$3 bilhões somente no ano passado com as contribuições obrigatórias, que a reforma transformou em voluntárias.

POR ENQUANTO
A CUT deu prazo até o dia 4 de dezembro para que seus empregados façam adesão ao programa de demissão voluntária. Depois vai demitir.

CASA DE FERREIRO
A alegação de queda de receita para justificar demissões nunca é aceita pela CUT quando empresas privadas fazem o mesmo.

TCU COM FORO
Ministros do Tribunal de Contas então entre 55 mil brasileiros com foro privilegiado. No TCU, têm privilégio de foro até auditores substitutos e procuradores. Nos Estados, são 476 conselheiros protegidos por foro.

CAMPEÃO DO PRIVILÉGIO
A Bahia é o estado recordista em autoridades com privilégio de foro determinado pela Constituição estadual: 4.880 detentores de cargos. O Rio de Janeiro é segundo com 3.194 e o Piauí é terceiro com 2.773.

QUEBRAR PARA COMPRAR
Atuando até como atravessadoras, as distribuidoras de combustíveis são acusadas pelos produtores de praticarem uma predação selvagem. Por isso têm comprado destilarias endividadas a preço de banana.

MINA DE DINHEIRO
Existem apenas 14 centrais sindicais no Brasil, como a CUT. Nove são sediadas no estado de São Paulo, quatro no Distrito Federal e uma no Rio. Levam mais de R$350 milhões por ano. E sem prestar contas.

GOLPE NA REFORMA
O Senado aprovou projeto que altera os prazos na Justiça do Trabalho. Se virar lei, serão levados em conta apenas os dias úteis, além de excluir um mês por ano do prazo, em razão do recesso da Justiça.

DIPLOMATA NA MARINHA
O embaixador Pedro Brêtas, que representou o Brasil na Irlanda e no Canadá, integra agora o Centro de Estudos Político-Estratégicos (Cepe) da Marinha. É o único diplomata no prestigioso think tank naval.

CHANCE PERDIDA
Fundo de previdência da Terracap, empresa do governo de Brasília, o Funterra deve ser absorvido pelo BB Previdência, do Banco do Brasil. Brasília perde, assim, a chance de criar a BRB Previdência.

13º DE GORJETA
Restaurantes do Rio inventaram uma má novidade: "caixinha" ou "gratificação" acrescentadas aos 10%. Ao cliente restam as opções de pagar sobre o valor da conta 12% ou 13%, que a lei não prevê.

PENSANDO BEM...
...após o Black Friday chega a hora do Arrependimento Monday.
Herculano
27/11/2017 10:26
Só UM MILAGRE PARECE GARANTIR A REFORMA DA PREVIDÊNCIA, por Leandro Colon, diretor da sucursal de Brasília do jornal Folha de S. Paulo.

É preciso uma exagerada dose de otimismo para apostar na aprovação da reforma da Previdência em dezembro pela Câmara.

Todos os sinais até agora movem-se no sentido contrário. O governo pena para ultrapassar, em um cálculo bem ousado, os 270 votos, patamar relativamente distante dos 308 exigidos para o texto avançar.

A data chave para o Planalto tentar votar a proposta é 6 de dezembro, quarta-feira. Tende a ser a última semana "cheia" do ano em plenário. Deixar a votação para a seguinte, que antecede a do Natal, seria um gesto arriscado em termos de presença. Portanto, o governo tem nove dias para fazer o que não fez até hoje: consolidar na Câmara apoio suficiente ao que pode ser o principal legado econômico da turbulenta gestão de Michel Temer.

O tempo é curto e a missão, árdua. A recente aproximação entre Temer e o presidente da Casa, Rodrigo Maia (DEM-RJ), por ora não resultou em votos. Escalado para controlar o incontrolável e sedento "centrão", Maia tem sido cético na previsão da reforma. No entanto, quer (e precisa) transparecer esforço porque sabe que a mudança nas regras da aposentadoria daria força política a ele em ano eleitoral e agradaria o mercado, um dos seus principais aliados no comando da Câmara.

As últimas cartadas do Planalto em busca de voto falharam. O convescote no Alvorada para apresentar uma proposta enxuta foi fiasco de público. Assim como desastre foi a operação, de olho em votos do "centrão", para tentar nomear ministro da articulação política o deputado Carlos Marun (PMDB-RS), amigo do peito de Eduardo Cunha.

O PSDB evita romper a tradição de não saber direito para que lado vai. E o desejo do governo de comprometer pontos do ajuste fiscal em troca da Previdência enfrenta resistências. A figura do santo na política é algo impossível, ainda mais na Câmara de hoje. Mas só um milagre parece capaz de garantir essa reforma
Herculano
27/11/2017 10:23
HUCK PRESTA UM DESFAVOR AOS BRASILEIROS AO COMPARAR AÇõES POLÍTICAS À SEREIAS, por Reinaldo Azevedo, na Rede TV

Luciano Huck não pode se comparar a Ulisses porque este não apareceu, assim, do nada, não é? A metáfora escolhida por sua vontade ou que lhe foi por outrem soprada ao ouvido não é nada lisonjeira com a política. As sereias que cantam - das quais Ulisses tem de se proteger sendo amarrado ao mastro, e sua tripulação, tapando os ouvidos com cera - estão lá para retardar o desiderato do herói, para tentar impedi-lo de alcançar seu objetivo, que é voltar a ítaca, a sua ilha.

Luciano presta um desfavor à formação dos brasileiros quando associa a política às sereias, como se tal atividade reunisse, então, apenas os ardilosos, aqueles que estão aí para seduzir no sentido mais negativo da expressão, para afastar os brasileiros de seu verdadeiro caminho. Com a devida vênia, se sereias existem nessa história, elas surgem justamente na forma dos políticos que se dizem não-políticos e dos não-políticos que chegam à política para exercitar a não-política que é só uma forma de? política!

Ademais, candidato ou não, a verdade é melhor do que essa conversa de cerca-Lourenço: ele passou a se reunir, com frequência, com um grupo de políticos e, digamos, pensadores de sua candidatura. Foi ele que passou a levar a coisa a sério. Ninguém o fez em seu lugar. Tanto é assim que, como vai no texto, foi preciso que o círculo familiar o demovesse.

Não faz sentido essa conversa de "Ah, sei lá, queriam que eu fosse candidato, e eu me pergunto por quê?" Errado! Luciano achou que poderia ser candidato, o que desestimulei vivamente numa coluna publicada na Folha, cujo título era este: "Luciano ajuda longe da urna; não pode ser nome palatável do medo de pobre". Escrevi, então, naquele texto:

"Notem que Luciano já é refém, ainda que involuntário, de "Ozmercádus", como Doria foi um dia. É esse ente quem diz: "Precisamos de alguém para enfrentar Lula ou o ungido de Lula". Ou, como afirmou um desses gênios com os dois pés no chão e as duas mãos também, só ele poderia fazer o povão aderir à reforma da Previdência. O raciocínio embute a tese mentirosa de que a dita-cuja seria ruim para os pobres, mas que o apresentador poderia trapaceá-los, fazendo parecer coisa boa."

Não tinha como dar certo. Até porque não considero que Luciano estivesse movido por má-fé, mas apenas pelo equívoco
Herculano
27/11/2017 10:19
da série: sem rumo, ou alguém ainda tem dúvidas que a quadrilha de políticos vai deixar alguém que não é do clube se aventurar a ter uma lasca do que concedemos a ela pelo voto livre e direto, e da qual não larga?

NO RUMO, por Luciano Huck, empresário de entretenimento, apresentador de programas na Rede Globo, que se ensaiava ser um candidato outsider a presidência da República, no jornal Folha de S. Paulo.

Como Ulisses em "A Odisseia", nos últimos meses estive amarrado ao mastro, tentando escapar da sedução das sereias, cantando a pulmões plenos e por todos os lados, inclusive dentro de mim.

A tripulação, com seus ouvidos devidamente tapados com cera, esforçando-se em não deixar que eu me deixasse levar pelos sons dos chamados quase irresistíveis. São meus amores incondicionais. Meus pais, minha mulher, meus filhos, meus familiares e os amigos próximos que me querem bem.

Eles são unânimes: é fundamental o movimento de sair da proteção e do conforto das selfies no Instagram para somar forças na necessária renovação política brasileira. Mas daí a postular a candidatura a presidente da República há uma distância maior que os oceanos da jornada de Ulisses.

Há algum tempo me vejo diante desta pergunta: qual foi exatamente a trajetória, o fato e até mesmo o momento em que meu nome foi lançado entre os possíveis candidatos à Presidência do Brasil?

Eu mesmo demorei um pouco para encontrar a resposta. Mas depois de alguma reflexão, ela veio e me pareceu muito clara: minha exposição pública e, espero, meu jeito, minhas características, minha personalidade e a forma como vejo o mundo. As mesmas forças que me movem desde sempre me levaram a esse lugar.

Explicando em outras palavras, entre as centenas de defeitos que carrego, talvez eu tenha uma única virtude: carrego desde sempre, genuinamente, enorme paixão e curiosidade pelo outro.

Gosto muito de gente. Sempre gostei. De todo tipo, origem, tamanho, cor, posição na pirâmide. É só olhar para o que faço profissionalmente há mais de duas décadas. Não paro de procurar pelo diferente. E não falo de um olhar distante, acadêmico, teórico. Falo de andanças intermináveis por todos os quadrantes do Brasil e por vários do mundo atrás daquilo que não conheço. Ando há anos e anos por lugares ricos, paupérrimos, super ou subdesenvolvidos, em guerra, centros moderníssimos de saber, cantos absolutamente esquecidos pelo desenvolvimento. Sempre atrás da mesma coisa: gente boa.

E a sensação de "intimidade" que meus mais de 20 anos de televisão provocam nas pessoas possibilita conversas instantaneamente francas e verdadeiras.

Esse dia a dia me permitiu construir uma visão muito própria e ampla dos recortes, curvas e reentrâncias do país. Sinto na pele o pulso das ruas.

E foi essa permanente "bateção de perna", sempre " in loco", que me tirou definitivamente da zona de conforto e me fez ver: O Brasil está sofrendo demais -especialmente os mais pobres, mas não apenas eles?" para ficarmos passivos e reféns deste sistema político velho e corrupto. O que está aí jamais será empático, perceberá e muito menos traduzirá as reais necessidades da gente. Da nossa gente.

Vendo meu nome apontado, é muito importante frisar sempre, sem ter levantado a mão ou me oferecido para concorrer ao cargo mais importante na governança do país, minha reação natural foi tentar entender melhor do que se tratava. Gosto de aprender, de saber o que não sei e penso que cultivo um bom hábito desde muito cedo: tentar descobrir e encontrar quem sabe.

De forma intuitiva e quase caseira, fui procurando referências em pessoas que se dedicam de forma mais intensa a entender o Brasil; o sofrimento, as dificuldades e, principalmente, as soluções.

Acho também que sou meio obsessivo por fazer as coisas direito. Por isso, saí buscando e principalmente ouvindo dezenas de pessoas que admiro, que considero inteligentes, sensíveis, maduras e capacitadas, para que elas compartilhassem comigo suas visões. Foram meses que produziram em mim uma pequena revolução, um aprendizado enorme.

Tantas ideias, tanta gente interessada, brilhante e altamente capacitada, disposta a colocar energia a favor de uma transformação definitiva: De um país à deriva em uma nação de verdade, que possa de uma vez por todas refletir a qualidade indiscutível do seu povo.

Aqui é importante pontuar uma constatação que logo apontou no meu radar e que há tempos ecoa nele de maneira incômoda. Minha geração está trabalhando e inovando com vigor em muitas frentes. Há milhares de notáveis empreendedores, profissionais liberais, atletas, executivos, artistas, intelectuais, pensadores e por aí vai. Mas pela política, ela tem feito pouco.

Tenho dito sempre algo que me parece muito evidente, quase óbvio, mas assim mesmo um alerta necessário: se não nos aproximarmos de fato da política, se seguirmos negando esse universo e refratários ao seu ambiente, ele definitivamente não se reinventará por um passe de mágica.

Dito isso, sigo acreditando que o melhor caminho passa obrigatoriamente pelos movimentos cívicos, pela abertura de espaço na mídia para novas lideranças, por uma escuta dos anseios das pessoas, por reformas estruturais, muitas delas doloridas, por políticas públicas afetivas e efetivas, por políticas econômicas modernas e eficazes, pela educação levada a sério, pela saúde tratada com respeito, por tecnologia que alavanque as boas ideias e pela total transparência dos gastos públicos. Por menos politicagem e por mais e melhor representatividade. A lista é grande.

O momento de total frustração com a classe política e com as opções que se apresentam no panorama sucessório levou o meu nome a um lugar central na discussão sobre a cadeira mais importante na condução do país.

É claro que isso me trouxe a sensação boa de que uma parte razoável da população entende o que sou e faço como algo positivo. Evidente também que junto vieram uma pressão muito pesada e questionamentos de todos os tipos.

Já disse e escrevi antes, aqui neste mesmo espaço, mas tenho hoje uma convicção ainda mais vívida e forte de que serei muito mais útil e potente para ajudar meu país e o nosso povo a se mover para um lugar mais digno, ocupando outras posições no front nacional, não só fazendo aquilo que já faço mas ampliando meu raio de ação ainda mais.

Com a mesma certeza de que neste momento não vou pleitear espaço nesta eleição para a Presidência da República, quero registrar que vou continuar, modesta e firmemente, tentando contribuir de maneira ativa para melhorar o país. Vou bem além da voz amplificada enormemente pela televisão que amo fazer, do eco monumental das redes sociais que aprendi a tecer, do instituto que fundei há quase 15 anos e de todos os meios que o carinho das pessoas me proporcionou.

Vou também direcionar toda a energia de que disponho para outra coisa que acredito saber fazer: agregar.

Agregar as mentes sábias que fui encontrando em diferentes camadas da sociedade, dentro e fora do Brasil, pessoas extremamente capazes e dispostas de fato a conjugar o verbo servir no tempo e no sentido corretos. Vou trabalhar efetivamente para estruturar e me juntar a grupos que assumam a missão de ir fundo na elaboração de um pensamento e principalmente de um projeto de país para o Brasil.

E, para isso, não são necessários partidos, cargos, nem eleições.

Essa intenção já esta viva através dos movimentos cívicos dos quais me aproximei com bastante interesse e intensidade. E de outras iniciativas que estão por vir.

Quero registrar de novo que entre as percepções que confirmei nesses últimos meses está a convicção de que não há nada mais importante do que tomarmos consciência da importância da política e de que precisamos nos mover concretamente na direção da atuação incisiva, para que não sejamos mais vítimas passivas e manobráveis de gente desonesta, sem caráter, despreparada e incapaz de entender o conceito básico da interdependência ou de pensar no coletivo.

A hora é de trabalhar por soluções coletivas inteligentes e inovadoras para o país, e não de focar o próprio umbigo ou de alimentar polêmicas pueris e gritas sem sentido.

Quem se interessa pelo que sou e faço pode acreditar: vou atuar cada vez mais, sempre de acordo com minhas crenças, em especial com a fé enorme que tenho neste país.

Contem comigo. Mas não como candidato a presidente.
Herculano
27/11/2017 10:08
A ESQUERDA ESTÁ ENGASGADA COM SEU PRóPRIO VENENO, por Luiz Felipe Pondé, filósofo, no jornal Folha de S. Paulo

A esquerda está engasgada com seu próprio veneno. Anda por aí posando de vestal virgem (a redundância é intencional) com a "perseguição" que começa a sofrer por parte da nova direita.

Coitadinha dela! Sempre tão a favor da liberdade de expressão. Tão sempre disposta ao diálogo e à abertura "para o Outro". Tão distante de práticas de reserva de mercado nas universidades, nas escolas, nas redações, ou entre os agentes culturais.

Até feiras literárias chiques a esquerda sempre quis compartilhar com os que têm o hábito de ler "outros livros".

Tenho mesmo perdido horas imaginando como esses "corações livres" sofrem com a injustiça do mundo. Como não reconhecer que a esquerda sempre foi a favor da liberdade de expressão e que nunca praticou o seu modo de censura, conhecido por "politicamente correto"? A boçalidade da esquerda na sua autopercepção como "pura" pode chocar os não iniciados na mentira moral e política que alimentou grande parte da história da esquerda desde suas origens entre os jacobinos no século 18.

Mas, antes, vamos esclarecer uma coisa: não simpatizo com essa guerrilha cultural. E não simpatizo, basicamente, por dois motivos.

O primeiro porque, quando começamos a pedir censura, o processo toma seu próprio curso e logo chegamos à caça às bruxas e à histeria.

O segundo motivo porque, apesar de a direita americana há anos ter optado por essa prática de embate cultural, não estou certo de que funcione no plano das eleições (não julgo a eleição de Trump um sucesso para os setores mais competentes em política da direita americana).

Enquanto esses setores da nova direita brasileira combatem feministas que se ocupam com temas periféricos no mundo (questão "queer"), o PT pode voltar ao poder em larga escala. A escala do retrocesso no país seria paleolítica.

O preço a pagar pelo retorno do PT custaria 50 anos ao país, no mínimo. O PT e seus associados continuam sendo maioria nas universidades, nas escolas, nas Redações, no Poder Judiciário, no STF e nos aparelhos culturais em geral.

A necessidade de alianças com níveis reacionários da sociedade pode se tornar uma triste realidade.

E aí chegamos ao que pensa, pelo menos em parte, essa nova direita que vai para o embate cultural nesse momento.

E é importante prestarmos atenção ao que está por trás da escolha dessa estratégia.

Voltemos ao meu próprio argumento acima (a um detalhe nele, pelo menos).

Eu disse que a questão "queer" era periférica no mundo.

Continuo a duvidar da importância da guerrilha cultural para evitar um retorno do PT e associados ao poder, mas alguém pode contra-argumentar dizendo que, pelo menos em parte, o combate cultural pode ser um elemento essencial na disputa política pelo poder (a tal da "hegemonia").

Não apenas no sentido de política como eleições, mas sim no de política cultural engajada nas instituições e aparelhos que produzem uma visão de mundo que, a médio prazo, poderá impactar todas as formas de política e de sociedade no país.

Alguém pode perguntar: por que o dinheiro dos impostos, pagos por todos (e que sustentam direta ou indiretamente universidades, escolas, museus, teatros e afins), deve ser utilizado em atividades que não estariam de acordo com grande parte da sociedade brasileira?

E mais: por que essa grande parte não poderia, ou não deveria, se manifestar no sentido de inviabilizar esses gastos?

Lembremos que a truculência praticada por esta nova direita já era praticada pela esquerda no país. O que esta esquerda não esperava era ter que provar do seu próprio veneno.

Quem vem a público atirar pedras nessa nova direita deveria lembrar tudo o que a esquerda faz contra quem não concorda com seus pressupostos acerca da "democracia".

Escolas devem sim ensinar que todos são iguais perante a lei. Mas, por que escolas devem se meter na formação sexual de crianças?

Não seria essa suposta "formação sexual" um modo de um número mínimo de pessoas impor suas teorias a um número enorme de crianças que não tem como reagir à "pregação" ideológico-sexual?

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