Por Herculano Domício - Jornal Cruzeiro do Vale

Por Herculano Domício

30/01/2017

ILHOTA EM CHAMAS I
Mais uma vez a prioridade da coluna mudou. Os fatos fazem a notícia. E não a notícia fazem os fatos como querem alguns. E aconteceram três fatos em 15 dias. Primeiro, o recém empossado prefeito de Ilhota, Érico de Oliveira, PMDB, errou na dose da esperteza. Segundo, pego, teve a grandeza de voltar atrás mas continuou na esperteza: culpou quem não tem culpa – a não ser unicamente ele próprio - e tentou esconder de que só voltou atrás porque o Ministério Público, aquele que cuida da Moralidade Pública na Comarca, teve uma conversa ao pé do ouvido com o prefeito para entender bem do assunto e como Érico não pode justificar o injustificável, decidiu ele e bem, dar um passo atrás. O terceiro fato é que este assunto só veio a público aqui nesse espaço quando já era de conhecimento de todos na imprensa. Ela escondeu o tempo todo as jogadas nas farras das diárias, e na hora do apuro, serviu ainda de tábua de salvação para esperteza do administrador público. Meu Deus!

ILHOTA EM CHAMAS II
Fazer jornalismo de verdade dá realmente trabalho. Eu sei exatamente o que é isso e faz décadas (e conhecei cada um!). Esta coluna e consequentemente o portal e o jornal Cruzeiro do Vale, foi a única a levantar e informar os seus leitores e leitoras que o prefeito Érico aumentou em várias vezes as suas, dos seus e funcionários, diárias num lance de esperteza. Zoaram. Diante da má repercussão na comunidade, na sexta-feira, informalmente, o prefeito voltou atrás. Nenhum demérito. Ao contrário, apesar da mancha. Contudo, ao tentar distorcer os fatos, o mérito já se torna uma farsa. Pior: continuada. Nesta questão, o primeiro ponto para o povo de Ilhota: esfarelou uma farra e enquadrou os políticos no uso dos pesados (e escassos) impostos. Segundo ponto para o jornalismo investigativo num mar de medo, pressão, constrangimentos, de amigos de ocasião e oportunidades por migalhas. Terceiro ponto é para a promotora Chimelly Louise de Resenes Marcon, que entrou no circuito e questionou o prefeito sobre à razão de tais abusivos aumentos das diárias como um dos seus primeiros atos de governo, exatamente quando ele reclama da penúria em que está a prefeitura.

ILHOTA EM CHAMAS III
Só depois da "conversa" com a promotora é que o prefeito Érico, que deve estar mal orientado, mal assessorado e acha que a imprensa de verdade é um problema, percebeu que o buraco é mais embaixo. Não é rei e não há reinado. Foi eleito e deve transparência e prestação de contas. Mas, para a imprensa amiga, Érico justificou e disse que o aumento abusivo das diárias foi um "erro do setor administrativo da prefeitura". Mas de quem mesmo? Esta mesma imprensa, mais uma vez, também não perguntou, e nem perguntaria. Mais uma vez, nada esclarecido. Tudo disfarce intencional para analfabetos, ignorantes e desinformados. Um erro, prefeito? Então por que não demitiu quem errou e lhe deixou exposto perante a comunidade, a imprensa e a promotoria que cuida da moralidade pública? Conta outra. O prefeito preferiu ficar exposto e gratuitamente para acobertar gente incompetente que lhe cerca? Humm!

ILHOTA EM CHAMAS IV
Quer mais? Érico com essa desculpa esfarrapada provou, no mínimo, que não está lendo o que está assinando e que pode esse tipo de descuido, em algum momento, se continuar não lendo o que assina, protegendo incompetentes (ou mal intencionados) configurar a prova de algo mais grave ou de um crime contra si mesmo. Acorda! E se isto está acontecendo, e logo na primeira semana de governo (foi no dia 11 o decreto do aumento das diárias), presume-se o que acontecerá nos quatro anos de governo e que estão por vir. Vai se enrolar mais do que está enrolado o seu padrinho e conselheiro, o ex-prefeito Ademar Feliski, PMDB, assessores seus, e o seu antecessor, Daniel Christian Bosi, PSD, a quem na campanha, Érico apontava fartamente os erros de Bosi e jurava conhecer tudo de administração pública (e que é bem diferente da administração privada, de coisa pequena, a que está acostumado) e prometeu aos seus eleitores não repetí-los.

ILHOTA EM CHAMAS V
Quer a prova definitiva de que se trata de um chiste e zombaria dos políticos com a população quando usa parte da imprensa para colocar a culpa nos outros pela decisão que foi só dele? Qual foi o discurso que Érico fez no dia da posse? Como um chefe, disse que quem mandava ali na prefeitura era só ele e que ninguém estava autorizado a fazer ou falar nada, sem a sua expressa autorização. E se fizesse isso, estaria automaticamente fora do governo dele. Está gravado. Todos na imprensa – inclusive aqui - divulgaram. Então das duas uma: ou foi Érico quem mandou fazer o decreto de aumento das diárias caviar ou foi enganado e não teve coragem de cumprir o que prometeu no discurso de posse com quem fez o que ele não tinha ordenado fazer. Nem mais, nem menos. Esperteza demais dá nisso: vexame.

ILHOTA EM CHAMAS VI
Como observou a promotora Chimelly: Ilhota reclama publicamente do estado de penúria em que está o município, mas na contramão aumenta, sem qualquer critério e diante da crise, as diárias em várias vezes, num ato claramente abusivo. O prefeito Érico prometeu publicar até ontem, sexta-feira, a revogação do decreto. Eu esperei. Não o fez. A edição do Diário Oficial dos Municípios - aquele que se esconde na internet e não tem horário para sair e na sexta-feira só foi disponibilizado à noite, quando as prefeituras já estavam fechadas numa clara afronta - não trouxe nada. Hoje praticamente a mesma coisa. Durante parte da tarde o site do DOM - que é administrado pela Federação Catarinense dos Municípios, ou seja, pelos prefeitos - esteve fora do ar. Quando voltou no início da noite, trazia o diário desta segunda-feira, dia 30, mas não permitia abrir os arquivos. A coluna tentou até as 18h30min quando disponibilizou a coluna para edição. Mas outra esperteza regional em curso, não apenas de Ilhota: o de esconder (ou adiar para não causar impactos imediatos) decretos e portarias de publicidade obrigatória. Não vai dar certo. Os tempos mudaram. Estão de olho nesta manobra políticos de oposição, prejudicados por esses decretos ou portarias, imprensa investigativa e o próprio Ministério Público.

ILHOTA EM CHAMAS VII
O aumento das diárias de Ilhota foi abusivo como classificou a promotora. E seria lei se não fosse denunciado primeiro aqui nesse espaço. É por isso, que o prefeito e os que estão no poder em Ilhota possuem um jornal de preferência; respeitamos; é do jogo comercial. Mas preferência da população de Ilhota é claramente pelo Cruzeiro não faltou com a informação no governo de Bosi e nem no de Érico; agradecemos. Um prêmio sem tamanho. E é para isso que serve a imprensa livre e profissional, a que trabalha, a que sofre pela sobrevivência financeira numa economia em crise, crise gerada exatamente pela incompetência e exageros dos políticos e gestores públicos contra os pagadores de continuados pesados impostos. As "novas" diárias do prefeito, os seus e funcionários voltarão aos valores praticados em 31 de dezembro, mas quando houver uma publicação oficial anulando o decreto 12/2017 e que não se sabe se foi publicado ainda. Segundo o próprio Érico, ninguém recebeu diárias pela nova tabela. Também é preciso conferir isso. Os ilhotenses, o Cruzeiro do Vale e eu estamos de alma lavada, mais uma vez.

PMDB, PP E PT TODOS IGUAIS? I
Quase sempre os leitores e leitoras me perguntam qual a diferença entre o PMDB, PP e PT em Gaspar. Sempre respondo: nenhuma. No plano nacional isso está evidente com o mensalão, petrolão, eletrolão, bndestão, lava jato etc. Todos no mesmo balaio, com a delação da Odebrechet (e a prisão de Eike) o leque se amplia pegando gente em todos os partidos, incluindo PSDB e DEM. Uma vergonha sem tamanho. No financiamento de campanha então pelo caixa dois (e que continuou nas eleições municipais) e desvio de dinheiro público, não escapa quase ninguém. Nem os que se dizem acima de qualquer suspeita e que nos domingos estão todos lá nas missas e cultos como se santos fossem. Em Gaspar, o PT, é feito exclusivamente de gente egressa do PP e PMDB, por isso, os relacionamentos, a rede e métodos não diferenciam, só se aperfeiçoaram. E na perseguição também. Na insistência de fazer a imprensa mansa, igualmente. E por migalhas, enquanto os políticos nadam em interesses, vantagens extraordinárias e comemorações. A história, os fatos, as reuniões entre poucos e os processos não deixam dúvidas.

PMDB, PP E PT IGUAIS EM GASPAR? II
Quer exemplos? Abundam. Este aconteceu na segunda-feira da semana passada, primeiro dia deste ano em que houve creche em Gaspar depois das férias. Eu, mais uma vez, e está repetitivo, fui o único a contá-la aos meus leitores e leitoras. Todos em Gaspar sabiam, inclusive as rádios, mas tudo ficou no escondidinho. As auxiliares e berçaristas do CDI Dorvalina Fachini, ali no bairro Sete, fizeram o plantão no CDI Vovó Leonida porque a cozinha do Dorvalina está em reforma de ampliação (aliás o ano inteiro, ali sempre tem reforma naquele prédio construído recentemente com recursos federais). Um poço de problemas e de comer dinheiro público federal e local.

PMDB, PP E PT IGUAIS EM GASPAR? III
Voltando. E o que aconteceu naquela segunda-feira e que deixou em polvorosa o pessoal da secretaria da Educação, bem como os iluminados do governo do prefeito Kleber Edson Wan Dall, PMDB, que queriam tudo longe dos olhos dos leitores e leitoras? No plantão, receberam-se as crianças da Dorvalina na Vovó Leonida para o atendimento de plantão. E o que aconteceu? Não havia professora regente responsável pelas berçaristas e auxiliares; a diretora e professores estavam na tal escolha de vagas dos ACTs. Foi o todo o dia. A pergunta que não quer calar: é legal berçaristas de nível fundamental e auxiliares de nível médio assumirem uma responsabilidade que é exclusivamente dos professores? Afinal esses profissionais estão para auxiliar os professores e não fazer o trabalho deles durante todo o plantão. Para piorar, alguns pais reclamam do horário de plantão que é das 7h às 17h. A creche se adapta a eles e não eles ao horário da creche. Alguns pais transferem as suas responsabilidades para a creche. E ninguém regula isso, não comunica à promotoria por prevenção. Há relatos de pais que deixaram os seus até às 17h20. E segundo as berçaristas ouvidas, os pais ainda ameaçam ir à secretaria da Educação reclamarem quando são informados que estão em falta. Alguma coisa está errada.

PMDB, PP E PT IGUAIS EM GASPAR? IV
Aliás, este é um conflito antigo. Equação, por enquanto, nenhuma. Berçaristas e auxiliares estão indignadas não apenas com o comportamento da secretaria de Educação, mas com a atitude agressiva dos pais, achando que a creche pública é uma extensão das suas necessidades particulares. Veja o que uma delas me relatou. "Ora esses funcionários apesar de não pertencerem ao quadro do magistério, são profissionais da Educação e não babás com obrigação de ficar com os filhos destes senhores após o horário de trabalho (aliás estes profissionais também têm família, casa e suas obrigações com seus próprios filhos após o horário de trabalho). Além disso, para esta extensão de horário por pressão, a prefeitura também não paga hora extra para berçaristas e auxiliares". Para esses profissionais "é muita responsabilidade para quem é desvalorizado. Abrem e fecham CDIs, recebem crianças sem professores das 6h30 às 8:00h e depois ficam com eles das 17h às 18h sem professor que tem horário especial por serem justamente professores. E se estes resolverem parar o trabalho será que os professores conseguirão sozinhos trabalhar com todas essas crianças?", questionou uma dessas profissionais no contato com a coluna.

PMDB, PP E PT IGUAIS EM GASPAR? V
A secretaria da Educação, os iluminados e os religiosos que gravitam em torno do prefeito Kleber Edson Wan Dall, PMDB, não gostaram das informações e queixas publicadas na área de comentários da coluna mais acessada do portal Cruzeiro do Vale. Ao invés de tomar para si o problema e buscar uma equação, pois aí existe conflito de interesses e vícios, deflagraram uma caça às bruxas para ver quem tinha passado as informações para a coluna. Então! Qual mesmo a diferença que há entre o PMDB, PP e o PT? Qual a diferença nos métodos, falta de transparência, censura, percepção e solução dos problemas entre os ex-secretário Neivaldo da Silva, Marlene Almeida e a atual, Zilma Mônica Sansão Benevenutti? Começou cedo demais e em algo aparentemente simples. Na terça-feira, as berçaristas e auxiliares me relataram o seguinte: “hoje as diretoras estão circulando pelo CDI, as meninas já se sentem coagidas. Peço que não coloque o meu nome nas notas diante das incertezas pelas denúncias dos fatos acontecidos ontem. A classe está se cansando do massacre. Sem falar que estão com crianças especiais no plantão sem professores suportes. A lei é muito falha...”. A lei? A lei é clara. Quem está falhando é o gestor público. Falta-lhe atitude. Acorda, Gaspar!

A INDEFESA CIVIL I
O PT de Gaspar fez da Defesa Civil um cabide de empregos para amigos. Tenho até um diálogo da ex-titular numa audiência de instrução numa pendenga de um prédio com um juiz e que é dá a marca da irresponsabilidade técnica. Ainda vou usá-lo aqui. O prefeito Kleber Edson Wan Dall, PMDB, corre sério risco de repetir o erro, apesar do secretário de Planejamento, o petista Alexandre Gevaerd, ter outro perfil sobre o assunto. Quem Kleber nomeou para ser Assessor Administrativo na Defesa Civil de Gaspar, com vencimento de R$4.371,57 mensais? O evangélico, o seu motorista e cabo eleitoral de campanha, o que prometia empregos, Ezequiel Hintz. Eu já tinha escrito aqui neste espaço que ele foi nomeado para começar no dia primeiro de janeiro, depois o decreto foi retificado para começar no dia oito de janeiro. Mas, os que trabalham na Defesa Civil, nunca o viram por lá até a semana passada. Correto, mesmo seria nomeá-lo cônsul para visita as igrejas ou para cuidar de pescarias.

A INDEFESA CIVIL II
Ezequiel tem uma opinião bem clara sobre a imprensa e já a expressou-me pessoalmente antes da campanha: ela deve ser “amiga”, mansa, mendiga e por isso, de joelhos a serviço do poder. Tudo a ver. Não quer fiscalização sobre si – e seus amigos no poder - e as coisas públicas que devem transparência ao público que sustenta com seus pesados impostos verdadeiramente a máquina pública. Mas se diverte, aprova e usa se for contra os adversários. Na área de comentários da coluna na internet um servidor questionou a ação do Sintraspug para este e outros casos, que classificou de desvio de funções. Entre eles, segundo as denúncias, há gente nomeada para uma secretaria, mas está trabalhando em outra, e comissionando que não está cumprindo as mínimas 40 horas semanais. Já escrevi aqui: o PT aparelhou a administração pública de Gaspar e plantou os seus fiscais que não irão dar folga aos novos do poder. E de quem é a culpa, se há culpa em ser fiscal de erros e desvios? Do próprio PMDB que foi omisso durante o governo petista. Acorda, Gaspar!

TRAPICHE


O permanente olho e “aperto” do Ministério Público e que cuida da Moralidade Pública, está fazendo com que a prefeitura de Gaspar esteja chamando os concursados aprovados nas áreas administrativa, educação e saúde.

O choro é grande para quem tinha promessas de indicações políticas partidárias com as possíveis brechas dos chamados ACTs. O PT armou dinheirinho esta sinuca de bico. Levou até o último minuto a brecha para si e a fechou para o sucessor, pois de há muito sabia que não ganharia as eleições de outubro passado.

Vida boa. Os feriados e feriadões deste ano para os funcionários na Câmara de Gaspar já estão definidos pela resolução 10/2017 da Mesa diretora da casa. Confira.

Dia 27 e 28 de fevereiro segunda e terça-feira; 13 e 14 de abril (quinta e sexta-feira); 21 de abril (sexta-feira); 1° de maio (segunda-feira); 15 e 16 de junho (quinta e sexta-feira); 7 e 8 de setembro (quinta e sexta-feira); 12 e 13 de outubro (quinta e sexta-feira); 2 e 3 de novembro (quinta e sexta-feira); 15 de novembro (quarta-feira) e ai não dei para alongar o feriadão.

Mudança de horário na Câmara: está feita a polêmica em algo que deveria ser óbvio. E por que não é óbvio como registrei na coluna de sexta-feira? Pelo oportunismo. Todos percebem a jogada do PT, PDT e PSD. Um leitor na área de comentários da coluna na internet, esclarece o que os políticos tentam esconder e enrolam analfabetos, ignorantes e mal informados.

“Engraçado, alguns vereadores querendo ser democráticos, agora que são oposição e minoria querem a presença da população [nas sessões]. Em 12 anos de poder [referindo-se ao PT, mais especificamente] quando eram situação não moveram uma palha para mudar o horário da Câmara”.

“Era interessante para eles que o povo e os funcionários da prefeitura não estivessem presentes; era mais fácil garantir seus interesses. Quando precisavam de coro, intimavam seus comissionados para irem na Câmara para dizer que tinha participação da população”.

É válido, reafirmo, este pedido de mudança de horário do PT, PDT e PSD para as sessões da Câmara. É uma reclamação antiga da população, inclusive do Sintraspug – o Sindicato dos Trabalhadores nos Serviços Públicos de Gaspar.

E quem é o culpado pelo possível inapropriado horário das sessões 15h? Todos que fizeram o regimento interno e os que o aprovaram, e também nunca o modificaram. Sem exceção. Não há santos neste quesito. Os políticos – incluindo os do PT - sabiam o que estavam fazendo. Todos preferem o escurinho do que a luz do sol sobre os seus atos.

Perguntar não ofende. Quando o ex-secretário de Educação Neivaldo Silva e o ex-chefe de gabinete do ex-prefeito Pedro Celso Zuchi, PT, voltam às salas de aulas?

O desaparecido. Quem veio para a inauguração do quartel do Corpo de Bombeiros de Gaspar? O deputado Ismael dos Santos, que diz ser do PSD. Ele só aparece aqui em época de eleições nas igrejas evangélicas para no esquemão da irmandade, pedir votos.

Ismael veio prestigiar o colega de presbitério Kleber Edson Wan Dal, PMDB, e aparecer na foto. Está na mais do que na hora de Ismael comparecer com ações efetivas via o governo do estado, o de Raimundo Colombo, o padrasto de Gaspar, e que Ismael diz representar. Acorda, Gaspar!

Ilhota em chamas. Quando saiu, o ex-prefeito Daniel Christian Bosi, PSD, anunciou o direito de concessão por 25 anos de um aeroporto em Ilhota. O que fez na semana passada, o ministro dos Transportes, Maurício Quintella Lessa, que deu essa concessão a Ilhota? Fez oficialmente o sepultamento desse projeto.

Ilhota em Chamas. Quintella veio pessoalmente a Navegantes e assinou um convênio com a prefeitura de lá para retomar o programa de indenizações, que inclui uma área de um milhão de metros quadrados. Em paralelo a isso, o presidente da Infraero, Antônio Claret de Oliveira, anunciou a concessão de um Centro Logístico Integrado no terminal para movimentar cargas. A estrutura será uma das maiores do país. Tudo vai exigir mais de R$400 milhões.

Gaspar está com o transporte coletivo provisório. Depois de ficar aqui por quase 15 anos irregular a Viação do Vale e isso ser tolerado pelo poder público permissionário numa pendenga na Justiça e no Tribunal de Contas, ela deu no pé. Quando isso vai ser resolvido?

Esta matéria dá calafrios na atual gestão peemedebista. Estão esperando o que? O Ministério Público cobrar ou ensinar como se faz isso? Por enquanto, falta transparência neste assunto com a comunidade.

Blumenau, aparentemente, começou a resolver o problema do transporte coletivo público ontem. Depois de correr com um consórcio de empresas que deixava os passageiros a pé devido a graves problemas de gestão e interferência sindical, o que estava escrito aconteceu: a provisória Piracicabana foi a única a fazer proposta e pelo teto máximo do edital: R$3,90 a passagem. Hoje é R$3,85.

 

Edição 1786

Comentários

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02/02/2017 18:35
Oi, Herculano

Ás 16:19hs - Será que a Rede Bobo queria que ela ressussita-se após quadro irreversível?
Herculano
02/02/2017 16:34
BOLSONARO TEM APENAS 4 VOTOS NA ELEIÇÃO DA CÂMARA, por
Ernesto Neve, de Veja

O deputado Jair Bolsonaro (PSC-RJ) teve apenas quatro votos na eleição para a presidência da Câmara.

Boquirroto, ele anunciou sua candidatura de surpresa, na última quarta (1º), apenas um dia antes do pleito. Sabe-se que o próprio Bolsonaro votou nele mesmo. A dúvida agora é saber quem são seus três mosqueteiros.

Se não é popular entre seus pares, Bolsonaro tem força no eleitorado conservador. Ele é apontado como opção de voto para até 5% dos eleitores em pesquisas para 2018.

Confira o placar de votos:

Rodrigo Maia: 293 votos

Jovair Arantes: 105 votos

André Figueiredo: 59 votos

Júlio Delgado: 28 votos

Luíza Erundina: 10 votos

Jair Bolsonaro: 4 votos

Votos em branco: 5
Herculano
02/02/2017 16:19
O jornalismo torto ou da alienação

Às 7h04 fiz esta manchete: ESTADO DE MARISA LETÍCIA É "IRREVERSÍVEL", DIZ MÉDICO. ESTE É O TERMO TÉCNICO PARA MORTE CEREBRAL.

Às 11h54 Fátima Bernardes, no seu programa de frivolidades na Globo, chamava o jornalismo para saber da saúde de Marisa Letícia.
Herculano
02/02/2017 16:14
QUANDO A NOTÍCIA CHEGOU

Conteúdo de O Antagonista. Edson Fachin estava em seu gabinete, em audiência com Pezão, quando foi avisado de que seria o novo relator da Lava Jato, informa o Jota.

A primeira decisão de Edson Fachin como relator da Lava Jato precisa ser uma só: chamar de volta o juiz auxiliar Márcio Schiefler.[que é catarinense de Florianópolis e cujo pai Claudio Barbosa Fontes é gasparense]

O Antagonista soube que a turma da Lava Jato, não só a força-tarefa, aprovou o sorteio do nome de Edson Fachin como novo relator. Esperamos que o ministro atenda às expectativas.

Sergio Moro emitiu uma nota sobre o sorteio de Edson Fachin como relator da Lava Jato:

"Diante do sorteio do eminente Ministro Edson Fachin como Relator dos processos no Supremo Tribunal Federal da assim chamada Operação Lavajato e diante de solicitações da imprensa para manifestação, tomo a liberdade, diante do contexto e com humildade, de expressar que o Ministro Edson Fachin é um jurista de elevada qualidade e, como magistrado, tem se destacado por sua atuação eficiente e independente. Curitiba, 02 de fevereiro de 2017. Sérgio Fernando Moro, Juiz Federal"
Herculano
02/02/2017 15:43
DE QUEM É A CULPA?

Pois é Daniel, isto mostra o caráter do partido e seus fanáticos seguidores.

Mas de quem é a culpa da morte de Dona Marisa?

1. Da doença que ele foi acometida
2. Da medicina que não conseguiu sobrepor à doença
3. Da impossível imortalidade que não veio para os humanos

Agora se a Lava Jato foi um fator agravante na doença dela, então o culpado é o próprio marido dela Luiz Inácio Lula da Silva, que a meteu nesse enrosco e ela até então estava usufruindo, sem nada reclamar.

Culpar quem pune criminosos, com o uso da lei comum aprovadas pela sociedade e via as instituições regulares, então está certa a tese dos governos petistas que deixaram as prisões em estado de miséria, para ter argumentos e assim deixar soltos os criminosos.
daniel
02/02/2017 15:15
meu deus, vocês estão lendo o que os políticos do PT estão falando sobre a morte da Dona Marisa? Os caras são muito caras de pau mesmo. Estão pondo a responsabilidade na lava jato. definitivamente o brasil está destruído, estamos apenas tentando sobreviver nos escombros..
Sidnei Luis Reinert
02/02/2017 12:14
Senador milionário Eunício prometendo combater a lavajato:

"É necessário fazer com que o Senado não perca a corrente contemporânea da luta contra a corrupção neste país. Temos de assegurar o funcionamento pleno do Estado de Direito e o funcionamento de cada uma das instituições da República, que têm de cumprir seus papéis constitucionais. Mas é essencial ser firme, ser duro e ser líder quando um Poder parece se levantar contra um outro Poder".
Herculano
02/02/2017 11:30
MINISTRO EDSON FACHIN VAI PARA A SEGUNDA TURMA E É SORTEADO PARA SER O RELATOR DA LAVA JATO NO STF, NO LUGAR DE TEORI ZAVASCKI. É MUITA COICIDÊNCIA
Herculano
02/02/2017 07:49
POLÍCIA FEDERAL REALIZA MAIS UMA OPERAÇÃO CONTRA DESVIO DE DINHEIRO NA GESTÃO DE CABRAL

Conteúdo do jornal O Globo. texto de Chico Otávio e Juliana Castro. A Polícia Federal realiza na manhã desta quinta-feira mais uma operação que é um desmembramento das operações Calicute e Eficiência, que prenderam o ex-governador Ségio Cabral e o empresário Eike Batista. Um dos alvos da operação é o agente fazendário Ary Ferreira da Costa Filho, da Receita estadual, conhecido por "Sombra". Ele teve a prisão preventiva decretada. Os policiais estão na casa dele, em um prédio de luxo na praia da Barra da Tijuca, e também cumprem dez mandados de busca e apreensão.

Ary Ferreira da Costa Filho, ex-assessor de Cabral, ao lado da mulher, Michele, que recebeu doações de concessionárias para sua campanha - Reprodução
A ação de hoje lança a Operação Calicute em mais um nicho de negócios do grupo liderado pelo ex-governador: blindagem fiscal em troca do pagamento de propinas. Apontado como o primeiro operador de Cabral, o agente fazendário era conhecido nos corredores da Secretaria Estadual de Fazenda como "Ary fichinha". Isso porque, relatam alguns colegas, distribuía senhas para os empresários que o procuravam em busca de algum tipo de vantagem, principalmente o perdão de multas por sonegação de ICMS.

Ary é apontado pelo Ministério Público Federal como um dos principais operadores financeiros da quadrilha ligada ao ex-governador. Ele é suspeito de lavagem de dinheiro e ocultação de patrimônio. Os mandados de prisão preventiva foram expedidos pelo juiz Marcelo Bretas, da 7ª Vara Criminal.

Pelo menos três imóveis e uma empresa ligam o agente fazendário Ary Ferreira da Costa Filho aos empresários favorecidos pelo esquema de benefícios e blindagem fiscal montado pelo casal Sérgio Cabral e Adriana Ancelmo.

A operação foi baseada na delação do empresário Adriano José Reis Martins, que pertence a um clã que comanda concessionárias no Rio de Janeiro. Ele denunciou esquema de blindagem fiscal no governo Cabral, em que empresários recebiam benefícios da secretaria estadual de Fazenda, como isenção de impostos estaduais e perdão de multas, em troca de pagamento de propina.

Parentes de Ary, incluindo o agente de tributos, ocupam três apartamentos na Avenida Lúcio Costa, na Barra, pertencentes a firmas ligadas ao empresário Adriano Monteiro Martins, chefe do clã que comanda uma rede de concessionárias de veículos no Rio. A força-tarefa encontrou ainda outros sete imóveis ligados a Ary. Ele também foi sócio do empresário Gustavo Ferreira Mohammad, dono da Creações Opção, rede de malharias que teria ajudado Cabral a lavar dinheiro.

Ary mora no apartamento no 1201, Bloco 1, do Condomínio Atlântico Sul, na Avenida Lúcio Costa, pertencente à Gran Barra Empreendimentos e Participações. Esta empresa, que está em recuperação judicial, pertence a João do Carmo Monteiro Martins e a Jaime Fernando Reis Martins, respectivamente primo e irmão de Adriano Monteiro Martins. Em recuperação judicial desde 2014, a empresa propôs a Ary que assumisse a titularidade do imóvel, para não ser alcançado pela lista de bens disponíveis aos credores. Mas o apartamento, ao que parece, não mudou de dono.

Multa de Eike supera orçamento de 2017 para prisões
A atual mulher de Ary, Michele dos Santos Linhares, com quem o agente teve uma filha em 2014, mora no 1203 do Bloco 3 do mesmo condomínio. Este apartamento pertence à Imbra Imobiliária Brasileira, sociedade anônima que tem como acionistas Adriano Monteiro Martins e seu filho, Adriano José Reis Martins (donos da concessionária Americas) e a empresa Grypho Investment Inc., offshore com sede no paraíso fiscal das Ilhas Virgens Britânicas, no Caribe.

É também da Imbra o apartamento do oitavo andar, bloco 8, do Condomínio Lés Residences Saint Tropez, atualmente ocupado por Márcia Maria Aguiar da Costa, ex-mulher de Ary, e duas filhas do casal.

A soma total de renúncia de tributos favorecendo o grupo de Adriano e família (Eurobarra, Dirija Niteroi, Barrafor, Americas Barra Rio, Disbarra, Klahn, Space Veiculos, Nova Yen Motors e Mitsumar Veiculos), de 2008 a 2014 (governo Cabral), foi de R$ 1,3 bilhão.

ARY SE EXONERA

A denúncia da Calicute foi encaminhada à Justiça no dia 5 de dezembro. No dia seguinte, Ary pediu exoneração do cargo de assessor especial do gabinete do governador Luiz Fernando Pezão. Ele ocupava a função desde o início do governo do amigo Sergio Cabral, em 2007, só permanecendo fora do Palácio Guanabara por três meses (de 6 de julho a 4 de outubro de 2010, quando exonerou-se pela primeira vez, para ser renomeado em seguida).

Ary entrou no serviço público em 1980 (provavelmente para atuar no programa "seu carnê vale milhões", sem ter prestado concurso público). Em 1987, foi promovido ao cargo de agente de Fazenda.

Ele começou a trabalhar com Cabral em 1980, quando o político era deputado estadual. Segundo as investigações, em 1996 ele começou a trabalhar em cargo comissionado no gabinete do Cabral e, posteriormente, teve passagens por várias secretarias quando i peemedebista estava à frente do governo do estado.
Herculano
02/02/2017 07:36
DEFINIÇÃO

Segundo Alexandre Garcia, "Feminicídio" é invenção de quem pensa que homicídio é matar "hômi".
Herculano
02/02/2017 07:24
AÉCIO DEFINIU CONLUIO EM LICITAÇÃO EM MINAS, AFIRMA DELATOR DA ODEBRECHT

Conteúdo do jornal Folha de S. Paulo. Texto de Bela Megale e Marina Dias, da sucursal de Brasília, com Mário César Carvalho, de Sâo Paulo. Ex-presidente da Odebrecht Infraestrutura, Benedicto Júnior afirmou em sua delação premiada à Lava Jato que se reuniu com Aécio Neves (PSDB-MG) para tratar de um esquema de fraude em licitação na obra da Cidade Administrativa para favorecer grandes empreiteiras.

A reunião, segundo o delator, ocorreu quando o tucano governava Minas.

Segundo a Folha apurou, Benedicto Júnior, conhecido como BJ, disse aos procuradores que, após o acerto, Aécio orientou as construtoras a procurarem Oswaldo Borges da Costa Filho. De acordo com o depoimento, com Oswaldinho, como é conhecido, foi definido o percentual de propina que seria repassado pelas empresas no esquema.

Ainda de acordo com o delator, esses valores ficaram entre 2,5% e 3% sobre o total dos contratos.

Em nota, Aécio repudiou o teor do relato de Benedicto Júnior e defendeu o fim do sigilo sobre as delações "para que todo conteúdo seja de conhecimento público".

Oswaldinho é um colaborador das campanhas do hoje senador mineiro. De acordo com informações obtidas pela reportagem, o ex-executivo da Odebrecht afirmou que o próprio Aécio decidiu quais empresas participariam da licitação para a obra.

Projetada pelo arquiteto Oscar Niemeyer (1907-2012), a Cidade Administrativa, sede do governo mineiro, custou R$ 2,1 bilhões em valores da época. Foi inaugurada em 2010, último ano de Aécio como governador, sendo a obra mais cara do tucano no governo de Minas.

Niemeyer não queria empresas pequenas na obra porque considerava o projeto extremamente complexo e temia que empresas pequenas não conseguissem executá-lo.

Com Oswaldinho, que foi presidente da Codemig (Companhia de Desenvolvimento Econômico de Minas Gerais), as empresas negociariam, ainda de acordo com Benedicto Júnior, como seriam feitos os pagamentos.

As informações fornecidas por BJ em sua delação premiada foram confirmadas e complementadas, segundo pessoas com acesso às investigações, pelos depoimentos do ex-diretor da Odebrecht em Minas Sergio Neves.

Sergio Neves aparece nas investigações como responsável por operacionalizar os repasses a Oswaldinho e é ele quem detalha, na delação, os pagamentos a Aécio.

Líder do consórcio, que contou com Andrade Gutierrez, OAS e Queiroz Galvão, a Odebrecht era responsável por 60% da obra e construiu um dos três prédios que integram a Cidade Administrativa, o Edifício Gerais.

Benedicto Júnior e Sérgio Neves estão entre os 77 funcionários da Odebrecht que assinaram acordo de colaboração com a Lava Jato. As delações foram homologadas pela presidente do STF (Supremo Tribunal Federal), Carmén Lúcia, e enviadas à Procuradoria-Geral da República, sob sigilo.

RECALL DA ANDRADE

A Folha apurou que, em razão das confissões de BJ e Sergio Neves, procuradores da Lava Jato exigiram dos advogados da Andrade Gutierrez, no fim de 2016, uma espécie de complementação das delações de seus executivos, que eles chamam de "recall".

Isso porque, segundo investigadores, funcionários da Andrade não detalharam o esquema de propina na Cidade Administrativa e em outras duas obras especificadas nas delações da Odebrecht: a construção do Rodoanel e do Metrô, em São Paulo.

Nas próximas semanas, o ex-presidente da AG Energia Flávio Barra e o ex-vice-presidente institucional da empresa Flávio Machado serão ouvidos novamente em Curitiba. Outros executivos da empresa também podem ser incluídos no "recall".

Barra dará detalhes das obras em São Paulo, enquanto Machado vai confirmar a versão que Oswaldinho cobrou propina de 3% do valor dos contratos da Cidade Administrativa, o que chegaria a cerca de R$ 40 milhões somente na parte da Andrade.

Esse também é o relato do ex-presidente da OAS Léo Pinheiro. Em junho de 2016, a Folha publicou que ele contaria, em sua delação premiada, que pagou a Aécio, via Oswaldinho, o mesmo percentual em relação à obra, de 3%. As negociações com a OAS, porém, foram suspensas por causa de vazamentos.

O nome de Oswaldinho também aparece em uma troca de mensagens de setembro de 2014 entre o então presidente da Odebrecht, Marcelo Odebrecht, e Benedicto Júnior, que tratavam de uma doação de R$ 15 milhões "de recursos disponibilizados a Mineirinho via Sergio Neves".

"Combinei que Sergio Neves sentaria com OSW para ver forma (dentro das limitações que temos) de 15", diz a mensagem enviada a BJ por Marcelo Odebrecht.

Na campanha presidencial de 2014, em que foi derrotado por Dilma Rousseff (PT), Aécio Neves recebeu R$ 15 milhões da empreiteira baiana como doação oficial.

OUTRO LADO

Em nota enviada à Folha, o senador Aécio Neves repudiou o teor da delação premiada de Benedicto Júnior, ex-diretor da Odebrecht Infraestrutura.

O ex-governador de Minas disse que "defende o fim do sigilo sobre as delações homologadas para que todo conteúdo seja de conhecimento público".

"E que as pessoas mencionadas possam se defender, uma vez que é impossível responder a especulações, interpretações ou informações intencionalmente vazadas por fontes não identificadas", afirmou o tucano.

A delação da Odebrecht foi homologada pela presidente do STF (Supremo Tribunal Federal), Carmén Lúcia, na segunda-feira (30). Ela manteve o sigilo dos depoimentos.

Aécio disse que desconhece o conteúdo do que classifica de "suposta delação". "As afirmações relatadas são falsas e absurdas", afirmou.

Segundo a nota do tucano, as informações obtidas pela reportagem "reproduzem assunto recorrente e sobre o qual o senador já se manifestou anteriormente".

E afirma: "O edital de construção da Cidade Administrativa foi previamente apresentado ao Ministério Público e ao Tribunal de Contas do Estado e as obras auditadas durante sua execução por empresa independente contratada via licitação pública, não tendo sido apontada qualquer irregularidade durante todo o processo".

Em junho, quando a Folha publicou que a OAS também mencionaria um esquema envolvendo a Cidade Administrativa, o senador refutou as acusações.

Na ocasião, ele declarou que as afirmações necessitam de provas "sob o risco de servirem apenas a interesses outros que não os da verdade"
Herculano
02/02/2017 07:15
HIPOCRISIA MARCA ABERTURA DO ANO NO CONGRESSO, por Josias de Souza

No Brasil, a hipocrisia tornou-se uma forma de patriotismo. Nesta quinta-feira, os delatados Eunício Oliveira e Michel Temer se encontram com a homologadora de delações Cármen Lúcia. Vestidos com suas melhores roupas e munidos de suas maiores virtudes, os chefes dos três Poderes da República farão suas mais convincentes poses na sessão de abertura do ano legislativo no Congresso Nacional. Cada gesto, cada cumprimento, cada sorriso, cada frase dos seus discursos será uma pose. A sucessão de poses comporá um quadro plástico que ilustra, da forma mais paradigmática possível, o ponto a que chegou a política brasileira.

As cenas que a TV Senado transmitirá ao vivo não são opcionais. Prevista na Constituição, a sessão solene de abertura do ano legislativo ocorre sempre no dia 2 de fevereiro. Serve para que o Executivo e o Judiciário informem ao Legislativo seus planos para cada exercício. Em sua mensagem presidencial, Temer realçará a natureza parlamentar do seu governo, dirá que as coisas já estiveram piores na economia e pedirá empenho aos aliados para aprovar reformas duras de roer como a da Previdência. Na sequência, os microfones serão franqueados a Cármen Lúcia. Caberá ao delatado Eunício, eleito na véspera para suceder o réu Renan Calheiros no comando do Senado e do Congresso, pronunciar o discurso de encerramento.

Conhecido mundialmente como o país do jeito para tudo, o Brasil vai se revelando o país que não tem jeito. É como se existisse na nação uma falha estrutural. Uma auto-indulgência congênita que frustra todas as tentativas de reforma. Uma maldição mais forte do que o sentimento de culpa. Uma urucubaca que faz com que a hipocrisia conduza a uma constatação asfixiante: o escândalo, mesmo quando escancarado, é sempre menor do que o sistema de conveniências tácitas. Delatados e homologadora cumprem o protocolo pelo bem do país. A desordem passa a ser a nova ordem. Busca-se a retomada da normalidade a partir do aproveitamento da anormalidade.

É mais ou menos como disse Fernando Henrique Cardoso em entrevista ao blog no início da semana: "Está tudo caótico, tudo meio solto, todo mundo meio tonto. [?] É nesses momentos de caos que o país consegue caminhar." O ex-presidente tucano recordou seus tempos de ministro da Fazenda do então presidente Itamar Franco. "Havia uma situação caótica, semelhante à atual. Saíamos de um impeachment, tivemos o escândalo dos anões do Orçamento, o governo era de transição." Deu no Plano Real. Mas o próprio FHC só é otimista até certo ponto. O ponto de interrogação. "Se a crise ficar muito grande, perde o controle", ele disse.

No momento, a principal crise do Brasil é de semântica. Antes de concluir se o país avançará em meio ao caos é preciso combinar o que é uma crise "muito grande". Convém definir quesitos, escolher critérios. "Muito grande" se mede pelos 81 inquéritos envolvendo 361 investigados da Lava Jato à espera de julgamento no STF ou pelas 120 condenações já sacramentadas por Sérgio Moro, somando 1.257 anos, 2 meses e 1 dia de cadeia? Que peso devem ter nos cálculos as 77 delações em que os corruptores da Odebrecht listaram duas centenas de políticos? Como contabilizar os três anos de recessão, os 12 milhões de desempregados e o desmantelamento dos serviços públicos?

Enquanto não se chega a um acordo que permita ao Brasil falar a mesma língua, Brasília vai divertindo a plateia com solenidades como a sessão de abertura do ano legislativo de 2017. Mas convém não exagerar no patriotismo. Por trás das poses das autoridades é preciso que exista uma noção qualquer de moral. Sob pena de os brasileiros imaginarem que o abismo, como o inferno da escatologia cristã, é mais uma ficção admonitória do que a realidade de uma crise terminal.
Herculano
02/02/2017 07:12
AMANHÃ É DIA DE COLUNA "OLHANDO A MARÉ INÉDITA". ELA ESTÁ PRONTA DESDE TERÇA-FEIRA
Herculano
02/02/2017 07:11
DO LIXO AO PICHO, TUDO INDICA QUE O ESPAÇO PÚBLICO É TERRA DE NINGUÉM, por Contardo Galligaris, doutor em psicologia e escritor, no jornal Folha de S. Paulo

O prefeito João Doria e o secretário de Cultura, André Sturm, querem que a cidade reserve espaços para os grafites (que a embelecem) e querem acabar com as pichações (que a deturpam).

Domingo, no avenida 23 de Maio, onde ficavam grafites que foram cobertos de tinta cinza pela prefeitura, apareceu a escrita: "SP, falta saúde, educação, e o problema é a pixação?".

Ou seja, com tudo o que não funciona em São Paulo, será que devemos cuidar de questões "apenas" estéticas? Ouviam-se coisas parecidas durante a Operação Belezura promovida por Marta Suplicy, em 2001. Então, é frescura?

Até o começo dos 1990, Nova York era pior do que São Paulo hoje. Os viciados em heroína se espalhavam pela cidade e precisavam de US$ 150 por dia para sua dose. Qualquer área "verde" (verde em termos: havia mais seringas usadas do que brotos) era fechada a partir das 18h. No metrô, fedendo a urina e pichado em cada espaço (muros e vagões), ninguém se aventurava depois das 22h.

A partir de 1994, o prefeito Giuliani e o comissário Bratton apostaram numa ideia de G. Kelling e C. Coles ?""Fixing Broken Windows" (consertando janelas quebradas), publicado em 1996, mas o artigo originário é de 1982?", segundo a qual, se você reprimir severamente (e sem parar) pequenas infrações (como urinar ou jogar lixo na rua, deturpar o patrimônio público ou privado etc.), os crimes mais graves diminuirão.

Houve críticos para dizer que a de Kelling e Coles era uma teoria: nada provaria que, reprimindo infrações contra o ambiente e a ordem pública, nossas ruas se tornariam mais seguras.

Pois bem, em 2008, a revista "Science" (322, 1681) publicou uma pesquisa em que Kees Keizer e outros, da universidade de Groningen, Holanda, inventaram e realizaram seis experiências que comprovam a ideia de Kelling e Coles. Escolho duas.

Num estacionamento para bicicletas de Groningen, foi colocado um sinal que proibia grafitar; logo, em cada bicicleta estacionada foi colocado um folheto publicitário. Não havia lixeira à vista. Na condição "ordem" (ou seja, sem pichos ao redor do sinal que os proibia), 33% dos usuários jogaram os folhetos no chão. Na condição desordem (com pichos nos muros ao redor do sinal que os proibia), foram 69%. Ou seja, descuido produz mais descuido.

Na entrada de um prédio de uma rua de Groningen foram colocadas caixas de correio visíveis por quem passasse a pé. De uma das caixas sobressaía um envelope com uma nota de 5 euros à vista. Na condição "ordem" (calçada limpa e sem pichos), só 13% dos passantes pararam e roubaram a nota. Na condição "desordem" (calçada suja e pichos nas caixas), foram 27%. Ou seja, descuido produz crime.

O que importa e tem consequências não é a qualidade estética de nosso ambiente urbano. Se assim fosse, a linda praia carioca seria um lugar seguro e tranquilo, em vez de ser teatro de arrastões dia após dia.

O que importa são os sinais aparentes de negligência ou cuidado públicos. A sujeira, o lixo, os buracos na rua e na calçada, a falta de iluminação, tudo isso nos aflige, sim, pela sua feiura, mas nos afeta mais ainda por expressar abertamente que o espaço público é uma zona da qual ninguém cuida e pela qual ninguém se importa: um lugar, portanto, sem lei, onde tudo é permitido.

Você joga um papel, um maço de cigarros vazio ou uma latinha na calçada? Cospe, mija no chão? Seus restos são declarações da ausência do poder público.

Mais um exemplo é a fiação. Levante seu olhar: os fios (energia, telefone, cabo etc.) são um emaranhado incompreensível que esconde o céu. A desordem de fios inutilizados, gatos, ligações abusivas etc. é uma metáfora permanente e visível do descontrole urbano.

Estamos numa cidade que não parece ser de ninguém. Não estranha que seja pichada e repichada por todo lugar: se ela não é de ninguém, era de se esperar que qualquer um tentasse plantar sua bandeira, impor sua marca ?"vai que cola.

Claro, não foram os pichadores que nos roubaram a cidade. Na verdade, se eles passam suas noites semeando sua assinatura pela cidade inteira, é porque a cidade não parece lhes reconhecer lugar algum, eles estão entre os silenciados e insignificantes: "Eu não sou ninguém, mas olhe lá, naquele lugar impossível, deixei minha marca".

Valeu. Entendo. O problema é que, com aquela marca, amigo, você não ganhou nada. Só confirmou que a cidade na qual vivemos é uma terra de ninguém.
Herculano
02/02/2017 07:04
ESTADO DE MARISA LETÍCIA É "IRREVERSÍVEL", DIZ MÉDICO. ESTE É O TERMO TÉCNICO PARA MORTE CEREBRAL.Estado de

Conteúdo do jornal O Estado de S. Paulo. Texto publicado em Uol (Folha de S. Paulo).O estado de saúde da ex-primeira-dama Marisa Letícia Lula da Silva piorou ao longo desta quarta-feira (1) e, segundo o cardiologista Roberto Kalil Filho, que atende a mulher do ex-presidente Lula, o quadro dela é "irreversível".

Marisa está internada em estado grave no Hospital Sírio-Libanês, em São Paulo, desde 24 de janeiro, quando sofreu um AVC (Acidente Vascular Cerebral) hemorrágico.

Na terça-feira (31), em razão de uma melhora apresentada pela ex-primeira-dama, os médicos chegaram a tirar os sedativos que a mantinham em coma induzido, mas ela não teria reagido bem e voltou a ser sedada.

Um dia antes, os médicos informaram em boletim que havia sido "detectada a presença de trombose venosa profunda dos membros inferiores".

Trombose é a formação de coágulos nas veias, que bloqueiam o fluxo do sangue. Se forem carregados pela corrente sanguínea até o cérebro, os pulmões ou o coração podem causar embolia e levar à morte.
Para evitar que a trombose evoluísse para uma embolia, os médicos colocaram um filtro de veia cava em Marisa Letícia, para impedir que coágulos se deslocassem até outras partes do corpo.
Herculano
02/02/2017 07:00
EUNÍCIO ACABA LONGO PERÍODO DE PODER NO SENADO, por Cláudio Humberto, na coluna que publicou hoje nos jornais brasileiros

Quem não os conhece até imagina que a eleição de Eunício Oliveira (PMDB-CE) na presidência do Senado seria uma continuidade do antecessor, mas isso é falso. Eunício e Renan Calheiros nada têm em comum, exceto a filiação ao PMDB. Nunca foram da mesma turma Tanto assim que o ex-presidente fez de tudo, até o último momento, para tentar minar o favoritismo do presidente eleito por 61x10 votos.

TENTATIVAS INÚTEIS
Contra Eunício, Renan inventou a candidatura de Romero Jucá (RR) e até estimulou Roberto Requião (PR), mas as tentativas foram inúteis.

O ESTADISTA DE MURICI
Inconformado com os sinais de desprestígio, Renan tentava mostrar poder demitindo assessores humildes a poucos dias do fim.

ELEITORES SABIAM
Mais que ninguém, os senadores sabem que Eunício nunca foi ligado a Renan, e isso até favoreceu sua candidatura a presidente do Senado.

COURO GROSSO
"Eles não contavam com o couro grosso deste cearense aqui", brincou Eunício, em conversa com a coluna, sobre os que queriam prejudicá-lo.

CÁRMEN DEFINE IMPEDIMENTO DE RÉUS NA SUCESSÃO
Caberá à presidente do Supremo Tribunal Federal, Cármen Lúcia, o voto definitivo na decisão que pode impedir réus na linha de sucessão presidencial. A análise começou em 3 de novembro, quando o relator Marco Aurélio se posicionou favorável ao impedimento sendo seguido por Luiz Fachin, Teori Zavascki, Rosa Weber e Luiz Fux. Réus só não serão barrados se Gilmar Mendes e Cármen Lúcia votarem contra.

O PROBLEMA
Em 5 de dezembro, Marco Aurélio concedeu liminar afastando Renan, réu no STF. Mas o julgamento estava longe de se encerrar.

VIRA VIRA
Renan não poderia ter sido afastado em decisão monocrática, segundo entendimento do STF, que o reconduziu ao cargo.

PLACAR 5 A 3
Celso de Mello liderou o entendimento de que réus não podem assumir a presidência da República, mas podem permanecer em seus cargos.

ATÉ NA DATA
Só o Senado observou o artigo 57 da Constituição que fixa 1º de fevereiro como a data de eleição e posse dos presidentes e demais dirigentes do Senado e da Câmara dos Deputados.

NORONHA CRESCE
O constitucionalista Michel Temer está entre os admiradores da qualidade técnica do ministro João Otavio de Noronha, corregedor nacional de Justiça, dos mais fortes candidatos à vaga aberta, no Supremo Tribunal Federal, com o falecimento de Teori Zavascki.

BIRUTA DE AEROPORTO
O PT está mais perdido que cachorro em dia de mudança: primeiro, fechou com Rodrigo Maia (DEM), depois, envergonhado, aliou-se a André Figueiredo (PDT) e se bandeou para Jovair Arantes (PTB-GO).

MATÉRIA DO PLENÁRIO
Para o constitucionalista Erick Wilson Pereira, a escolha do novo relator da Lava Jato no STF deve envolver todos os ministros. "É matéria do plenário, não pode ficar na turma", afirma.

DADA A LARGADA
Aécio Neves (MG) venceu outra batalha pela candidatura do PSDB à presidência, em 2018, elegendo o senador Paulo Bauer (SC) líder da bancada e Cássio Cunha Lima (PB), vice-presidente do Senado.

TÁ TRANQUILO...
Os aliados de Rodrigo Maia (DEM) contabilizam 360 votos favoráveis à sua reeleição para presidente da Câmara dos Deputados. São 103 votos a mais do que o necessário (257).

...TÁ FAVORÁVEL
O deputado Jarbas Vasconcelos (PMDB-PE) define como favorável o cenário de reeleição na Câmara. "O cenário está favorável ao Rodrigo Maia, que desde que assumiu vem fazendo um bom trabalho", afirmou.

RUMO AO CRESCIMENTO
O líder do governo na Câmara, André Moura (PSC-SE), destaca uma lista de prioridades do Planalto: "O governo retomará as obras paralisadas, ampliará os programas sociais e recuperará a Petrobras".

ROUBOU A CENA
Só dificuldade de largar o osso explica a tentativa de Renan Calheiros de roubar a cena da eleição do novo presidente do Senado, fazendo o mais longo discurso da sessão.
Herculano
02/02/2017 06:57
A GUERRA VAI ACABAR, PARECE, por Vinicius Torres Freire, para o jornal Folha de S. Paulo

A RECESSÃO deve acabar neste primeiro trimestre do ano. Pelo menos, a economia para de encolher no início de 2017.

Não era o que se dizia pouco antes do início do trimestre final de 2016? Sim. Mas deu chabu. Qual a diferença, agora?

Há indícios de estabilização aqui e ali, até na arruinada indústria, que em parte desapareceu como se o Brasil tivesse sofrido bombardeios. Há um e outro motivo para sustentar esperanças, impulsos reais.

A média nacional dos salários parou de cair em dezembro. Subiu 0,5%, acima da inflação, um nadinha de alta que não se via desde agosto de 2015, no entanto.

A inflação parou de comer os rendimentos do trabalho, que de resto sobem, em termos nominais, desde agosto de 2016 (de 5,2% para 7,2%, na média móvel trimestral). A inflação acumulada em 12 meses andava pelos 9% em agosto do ano passado; em dezembro, em 6,3%.

Em suma, salários nominais em alta e inflação em baixa dão, óbvio, em aumento real da renda. Pode tudo desandar de novo? Dado o desemprego ainda crescente, não é uma aposta irrealista dizer que o ritmo de aumento dos salários nominais vai cair. Parece apenas improvável.

O nível de produção da indústria regrediu a 2004. Caiu 19% desde o pico de junho de 2013. É uma devastação de guerra. Deve crescer pelo menos 1% em 2017, estagnação, na verdade. Mas seria o fim da guerra.

Em dezembro, a indústria voltou ao azul, na média trimestral de crescimento, assim como ocorrera no alarme falso de maio a julho do ano passado (antes disso, as fábricas estiveram no vermelho desde setembro de 2014). Será na melhor das hipóteses uma recuperação acidentada, de previsão controversa.

Os economistas dos dois maiores bancos do país têm estimativa contraditórias até sobre o que teria acontecido em janeiro.

"Os primeiros indicadores coincidentes (consumo de energia, importações e utilização da capacidade instalada) apontam para alta da produção industrial em janeiro", diziam os economistas do Itaú, nesta quarta-feira (1º).

"Os primeiros indicadores já conhecidos para janeiro apontam para reversão da melhora observada em dezembro, mesmo com a melhora da confiança", na opinião do pessoal do Bradesco, também de ontem.
Mas as estimativas dos dois bancões e as mais comuns apontam para recuperação nos próximos meses, ainda que aos tropeços.

Além de um provável fim da sangria nos salários médios, a economia deve se escorar na redução agora notável das taxas de juros.

Deve vir uma ajudazinha de quase 0,5% do PIB, dinheiro que deve sair dos saques das contas inativas do FGTS. Há um afundamento menos rápido das concessões de crédito bancário, ainda em ritmo de depressão, queda anual real de 15%. Mas em despiora.

Despiora é ainda o jeitão geral da coisa. As vendas de carros ainda caem no ritmo desastroso de 7,5% (janeiro de 2017 ante janeiro do ano passado), segundo dados da Fenabrave, a associação dos revendedores. No começo de 2016, caíam em marcha acelerada de 36%.

Como é mais que sabido, a política imunda e confusa do Brasil e Trump, o Huno, podem acabar com a nossa paz. Mas a guerra parece mesmo perto do fim
Herculano
02/02/2017 06:53
Ao Ilhotense de fé de mais

1. Realmente, a minha foto no jornal, de tão bela, seria algo desviaria a atenção dos meus escritos. não a publico para ao menos ser lido. A estratégia parece acertada, que lhe dá liderança de acessos em Gaspar e Ilhota.

2. Mas, o que dizer de você que para expressar uma opinião legítima, que discordo, mas a respeito, nem nome consegue por no comentário? Isso se trata de caráter e ética. Mas vou ajudar os leitores e leitoras na sua identificação. O seu IP é 187.55.202.92, de Balneário Camboriú SC. Existe melhor explicação do que esta para a defesa dos interesses que fez, não tão legítimos assim?

3. Depois de plenamente identificá-lo, poderia eu parar por aqui, mas...

a) o que a prefeitura de Ilhota tenta esconder? Por que lhe usa ou por que você toma as dores dela? Quais as informações mais úteis que você diz ter na cidade e que não publiquei ainda? O espaço está aberto, por que não usou e ousou? Não os têm?

b)esta ladainha de apoio eleitoral já rola em Gaspar e Ilhota há pelo menos 12 anos. Nunca fui filiado a algum partido político na minha vida. Nunca serei. E para o desespero dos políticos, estarei sempre "Olhando a Maré".

c) quem tem boca pequena é Jundiá, o que escorrega. Como não sou político e nem um deles...

d) Outra: se esta coluna é uma coluninha como afirma, qual a razão de tanta preocupação? Dê a atenção e o desprezo que ela e o colunistinha "honrado" merecem. Qual a razão de perder tanto tempo e ira com ela e comigo? Contraditório, não é?

d) quanto aos critérios de apuração e publicação, não farei nunca pelos seus critérios de interesses, poder e negócios.Agente político e gestor público quando escolheram este caminho, também optaram estar sob permanente fiscalização e transparência pública. Simples.

4. E sobre a coragem, parece-me que ainda me conhece pouco.
ILHOTENSE DE FÉ
01/02/2017 22:17
SENHOR HERCULANO - AQUELE QUE DIZ TER CORAGEM MAS AO CONTRÁRIO DOS DEMAIS COLUNISTAS DO JORNAL CRUZEIRO DO VALE NÃO OUSA PUBLICAR A SUA FOTO NA HOMEPAGE DO SITE SERIA PARA NÃO nos IMPACTAR COM TAMANHA BELEZA OU SERIA FALTA DE OUSADIA, PARA NÃO DIZER CORAGEM - NÃO SERIA MAIS INTERESSANTE UTILIZAR DO ESPAÇO DO JORNAL PARA AGRACIAR A COMUNIDADE COM INFORMAÇÕES MAIS PERTINENTES E ÚTEIS DO QUE ERROS DE PORTARIAS DE DETERMINADO MUNICÍPIO? NÃO SERIA DE MAIOR VALOR APROVEITAR A SUA APROXIMAÇÃO DE DETERMINADA PROMOTORA PARA QUESTIONÁ LÁ A CERCA DE NORMAS E PRAZOS DO MINISTÉRIO PÚBLICO SOBRE PUBLICACAO DE DECRETOS E PORTARIAS EM SITE DO DIÁRIO OFICIAL DOS MUNICÍPIOS. HÁ QUEM DIGA QUE O GRACEJOS GRATUITOS OS ELOGIOS EXAGERADOS A BELA PROMOTORA SERIA UMA TENTATIVA VIL DO REFERIDO COLUNISTAS DE CONSEGUIR APOIO DA MESMA PARA O PR?"XIMO PLEITO ELEITORAL. .. CORRE A BOCA MIÚDA QUE O HONRADO COLUNISTAS PRETENDE EM BREVE ALCANÇAR VOOS MAIS ALTOS E SE JUNTAR AO LADO DAQUELES AOS QUAIS UTILIZA MUITA A SUA COLUNINHA PARA ACHINCALHAR E incitar A COMUNIDADE CONTRÁ. DA Mesma FORMA QUE NOSSOS POLÍTICOS DEVEM TER RESPONSABILIDADE NO MANUSEIO DA MAQUINA PÚBLICO O SR TV DEVERIA ESTABELECER MELHORES CRITÉRIOS NO QUE DIVULGA AQUI PARA QUE POPULAÇÃO LOCAL TENHA ACESSO A INFORMAÇÕES DE MELHOR QUALIDADE E MAIS PALPÁVEL
#FICAADICA
#SERAQUEELEVAITERACORAGEMDEPUBLICAR
Serveró Ilhota
01/02/2017 21:57
Incompetência, Incompetência, Incompetência!!!!

Secretária de Administração Aline Michele Deschamps, que é responsável pelas nomeações e demissões, fez uma salada de fruta com as portarias da Prefeitura de Ilhota.
Numeração ulterior com data anterior, uma bagunça!
Está cheirando mal essas portarias.
Primeiro, por que demoraram tanto para publicar?
Segundo, por que as datas e numerações não seguem uma sequência?
Terceiro, por que tem portarias iguais?
Quarto, por que tem portaria nomeando dois servidores?

Deus nos ajude, é tanta incompetência que parece não ter mais solução, tudo isso em apenas 30 dias de desgoverno!!!!
leo
01/02/2017 21:31
MAIS UMA VEZ O HERCULANO ESTAVA CERTO .SOBRE A POLEMICA DA INAUGURAÇÃO DA PONTO E DA PLACA DA INAUGURAÇÃO.A PLACA ESTA CONFUSA.COMO ELA ESTA PARECE QUE QUEM ESTAVA INAUGURANDO A PONTE ERA O FINADO PREFEITO DORVAL RODOLFO PAMPLONA.E O NOME DA PONTE É PEDRO CELSO ZUCHI .QUANDO A LEI MUNICIPAL 3.336/11 QUE PROIBIA A INAUGURAÇÃO DE OBRAS INACABADAS.FOI PARA A VOTAÇÃO NA CÂMARA, OS VEREADORES DO PT VOTARAM A FAVOR. E AS CAIXAS DE SURPRESAS DO PT S?" ESTÃO NO INICIO.
Alexandre
01/02/2017 21:18
Sr.Herculano
Pergunta que não quer calar, como a Prefeitura de Ilhota fez com a portaria de contratação e a portaria de demissão daquela ex funcionária do governo Bosi que foi chamada pra fazer um serviço que não estava sendo feito e foi demitida no mesmo dia por causa de uns e outros que fizeram um berreiro dentro da Prefeitura. Pelo que soube ela também nem recebeu pelo dia que trabalhou.
Herculano
01/02/2017 19:21
ILHOTA EM CHAMAS

Sumidas, apareceram as portarias assinadas pelo prefeito Érico de Oliveira, PMDB. Elas nomearam comissionados. A maioria foi assinada no dia dois de janeiro, mas todas foram publicadas hoje, dia primeiro de fevereiro no Diário Oficial dos Municípios - aquele que se esconde na internet e não tem horário para ser publicado.

Mas, tem rolo. Como elas não tinham sido publicadas oficialmente e havia questionamentos sobre o sumiço delas, há quem diga que elas foram substituídas.
A 22 (do dia dois) nomeia EDUARDO RIBEIRO, no cargo de provimento de CHEFE DE GABINETE para a partir do dia 16; a 23 (do dia dois) que demitiu ELIZANGELA JACOB BITTENCOURT, do cargo de atendente do Ceis a partir do dia dois; a 24 (mas, está como sendo editada no dia 17) demite a partir do dia 17 MARIA TEREZA RICHARTZ, do cargo de agente comunitário de saúde.

As portarias 25 e 27 tem o mesmo texto. A 25 (do dia dois) nomeia ARIANE DA SILVA E ELIZABETE CRISTINA DOS SANTOS, no cargo de chefe de divisão, a partir do dia dois. Mas, duas pessoas numa mesma portaria? Para a mesma função?

Outra se a portaria 24 é datada de 17 de janeiro, porque a portaria 25 é do dia dois de janeiro. O calendário em Ilhota regride. Fenômeno.

E para aumentar a confusão, a portaria 27 nomeou no dia dois de janeiro nomear, ARIANE DA SILVA E ELIZABETE CRISTINA DOS SANTOS, para chefe de Divisão.

E depois, o prefeito de Ilhota diz que a fiscalização que se faz sobre a sua administração é sobre pecuinhas. Devia agradecer.
Herculano
01/02/2017 18:49
COMEÇOU A ENROLAÇÃO. PORTARIA CRIA A COMISSÃO QUE VAI ESTUDAR A PERMISSÃO DO TRANSPORTE COLETIVO DE GASPAR E QUE ESTÁ NO IMPROVISO DEPOIS QUE A VIAÇÃO DO VALE SAIU

A portaria 5.128, assinada no dia 27 e publicada hoje no Diário Oficial dos Municípios - aquele que se esconde na internet e não tem horário para sair -criou a Comissão Técnica para instrução do Processo
Administrativo para realização de estudos de viabilidade e planejamento de processo licitatório objetivando a "CONCESSÃO DOS SERVIÇOS PÚBLICOS DE TRANSPORTE COLETIVO URBANO NO MUNICÍPIO DE GASPAR".

Quem vai compor esta comissão?
I ?" Coordenador: Jeferson Debus;
II ?" Técnico Jurídico: Paula Padilha Penteado;
III ?" Técnico Administrativo: Claudionei de Oliveira;
IV ?" Técnico Administrativo: Luciano Amaro Brandt.
Herculano
01/02/2017 18:38
Escrevi ontem, as 20.08 ao conferir as manchetes da imprensa trabalhadora.

A COLUNA OLHANDO A MARÉ DE SEXTA-FEIRA JÁ ESTÁ PRONTA

Ai que preguiça.

Tem a esbórnia das Câmaras, tem Ilhota em Chamas, tem Ministério Público que cuida da Moralidade Pública, tem incoerências, tem...

VOLTO HOJE

Ontem, sabia-se da decisão do MP sobre a ponte do Vale. Esperou-se para a noite da imprensa trabalhadora uma manchete para o dia seguinte. Nada.

A coluna está pronta. E vai merecer apenas uma nota, a de abertura, para simples registro. O Cruzeiro do Vale não perdeu a oportunidade e trabalhou para fazê-la. Acorda, Gaspar!
Francisca Helena Dalbonner
01/02/2017 18:37
Senhor Herculano

Ainda ta faltando água no Bela Vista.
Vergonha, pouco caso com ajudou eleger esta gente.
Vamos senhor Melato, o senhor nos deve satisfação. Resolva edta questão.
leo
01/02/2017 17:07
NÃO VEJO DIFERENÇA DO ATUAL GOVERNO MUNICIPAL DO PMDB,COM O DO EX GOVERNO DO PT.É S?" VER O DIÁRIO OFICIAL DOS MUNICÍPIOS.NO GOVERNO DO PT TEVE VÁRIAS DENÚNCIAS .POR TER SERVIDORES EM DESVIO DE FUNÇÃO.ME PARECE QUE A EX ADMINISTRAÇÃO TEM UM PROCESSO POR ISTO.E O GOVERNO DO PMDB VAI PELO MESMO CAMINHO.A VIDA DO SINDICADO NÃO É FÁCIL.POIS OS MESMO SERVIDORES QUE RECLAMAVAM ONTEM,HOJE ESTÃO RECEBENDO REGALIAS.O QUE ERA ERRADO ONTEM ,TEM QUE VIRAR CERTO HOJE.
Herculano
01/02/2017 16:31
E ELE PODE SER O RELATOR DA LAVA JATO. ESTE É O SINAL DO ENTERRO. GILMAR MENDES PEDE VISTA E STF ADIA CONCLUSÃO DE JULGAMENTO SOBRE RÉU EM LINHA SUCESSORIA. FEZ A MESMA MANOBRA QUE O EX-ADVOGADO DO PT, DIAS TOFFOLI PARA GENTE MANCHADA E MARCADA

Conteúdo do Uol (Folha de S. Paulo). Texto de Felipe Amorim, da sucursal de Brasília.Um pedido de vista do ministro Gilmar Mendes suspendeu nesta quarta-feira (1º) o julgamento pelo STF (Supremo Tribunal Federal) sobre se réus em ações criminais no Supremo podem ocupar cargos na linha sucessória da Presidência da República.

O julgamento foi retomado hoje, após um primeiro pedido de vista do ministro Dias Toffoli ter interrompido o julgamento em novembro do ano passado.

Em dezembro, o STF chegou a julgar a decisão liminar do ministro Marco Aurélio que determinou o afastamento da presidência do Senado de Renan Calheiros (PMDB-AL). Naquela ocasião, o Supremo derrubou a decisão de Marco Aurélio e manteve Renan no cargo, com a proibição de que ele substituísse o presidente Michel Temer na chefia do Executivo.

Pela Constituição, a linha sucessória no caso de o presidente da República se ausentar do país ou ser afastado respeita a seguinte ordem: vice-presidente da República, o presidente da Câmara, o presidente do Senado e o presidente do STF.

Como Temer não tem vice, o primeiro na linha de sucessão é o presidente da Câmara. Depois, vêm o presidente do Senado e a presidente do STF.

Como votaram os ministros
Apesar de a maioria dos ministros já ter votado, o julgamento ainda não está definido, pois os votos podem ser alterados até o encerramento do caso.

Da primeira vez que a questão foi julgada, na sessão em que Toffoli pediu vista, cinco dos 11 ministros acompanharam o relator, ministro Marco Aurélio, e votaram pela proibição de que réus no Supremo ocupem cargos na linha de sucessão do presidente. Posteriormente, Celso de Mello alterou seu voto para manter a possibilidade de réus permanecerem no cargo, mas com a proibição de que substituam Temer.

Essa posição de Celso foi vitoriosa entre a maioria dos ministros na sessão que derrubou a decisão de Marco Aurélio para afastar Renan da presidência do Senado.

O tema voltou à pauta do Supremo quando Marco Aurélio deferiu liminar determinando o afastamento de Renan da presidência do Senado, em dezembro, após o senador se tornar réu por suspeita de desvio de dinheiro público.

Naquele julgamento, o Supremo decidiu se iria confirmar ou não a decisão de Marco Aurélio, e o entendimento do ministro relator foi derrotado pelo voto de seis dos nove ministros que participaram da sessão.

A maioria do STF acompanhou o voto do ministro Celso de Mello e determinou que Renan ficaria proibido de substituir Temer na Presidência, mas poderia continuar ocupando a chefia do Senado.

O caso voltou à pauta nesta quarta-feira, pois o julgamento da ação principal sobre o caso não havia sido concluído por causa do pedido de vista de Toffoli.

Na sessão de hoje, Toffoli e Ricardo Lewandowski acompanharam o voto de Celso de Mello e entenderam que réus criminais no Supremo podem ocupar a presidência da Câmara e do Senado, desde que fiquem impedidos de substituir o presidente da República.

Eleições no Congresso
O julgamento ganha relevância pois a Câmara e o Senado devem eleger seus presidentes para os próximos dois anos nesta quarta e quinta-feira.

Não há réus entre os candidatos, mas os parlamentares apontados como favoritos foram citados por delatores da Operação Lava Jato como beneficiários de doações em situações suspeitas.

No Senado, a expectativa é pela eleição de Eunício Oliveira (PMDB-CE). Na Câmara, o atual presidente, Rodrigo Maia (DEM-RJ), é considerado favorito para a reeleição. Ambos são da base de apoio ao governo e citados em delações da Operação Lava Jato. Eles negam qualquer irregularidade.

Em sua delação à Operação Lava Jato, o ex-executivo da Odebrecht Cláudio Melo Filho listou Eunício --apelidado de "Índio"-- entre os parlamentares que receberam dinheiro para aprovar uma medida provisória de interesse da empresa. O senador teria levado R$ 2 milhões. Eunício diz que jamais recebeu dinheiro para aprovar projetos e que os recursos recebidos foram declarados e aprovados pela Justiça.

O peemedebista também foi citado na delação do ex-senador Delcídio do Amaral (sem partido-MS), no trecho em que detalha a influência do PMDB no setor de minas e energia por meio de supostos esquemas de propina. Eunício nega envolvimento em ambos os casos.

Maia também é citado na delação do ex-executivo da Odebrecht Cláudio Melo Filho. Apelidado de "Botafogo", o deputado teria recebido R$ 100 mil para quitar despesas de campanha. Em troca, ajudaria a aprovar uma medida provisória de interesse da empreiteira. Maia diz que nunca recebeu "vantagem indevida para votar qualquer matéria" e afirma que todas as doações eleitorais recebidas foram legais e devidamente declaradas ao TSE.

Entenda o caso
A ação foi movida no ano passado pelo partido Rede Sustentabilidade, tendo como alvo o então presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), à época réu em duas ações penais no Supremo. O partido pedia que o STF afastasse Cunha da presidência da Casa.

Em maio de 2016, o próprio STF afastou o deputado do mandato, e da presidência, a pedido da Procuradoria-Geral da República, que o acusava de usar o cargo para atrapalhar investigações contra ele. Em julho, Cunha renunciou oficialmente ao cargo e, em setembro, a Câmara dos Deputados cassou o mandato do peemedebista.

O argumento para impedir que réus no Supremo ocupem a presidência da Câmara ou do Senado, nasce da determinação prevista na Constituição Federal de que se for aberto um processo penal contra o presidente da República por crimes comuns praticados no exercício do mandato, o presidente fica afastado do cargo por 180 dias.

O dispositivo é semelhante ao do processo de impeachment, onde também há o afastamento do presidente. A diferença é que no impeachment o presidente é julgado pelo Senado, e não pelo STF, por acusação de crime de responsabilidade, que são crimes de natureza política e administrativa.

O ministro Dias Toffoli, que votou contra a perda do cargo, afirmou em seu voto que o presidente da República não chega a perder o cargo, antes de ser julgado, mas fica apenas afastado temporariamente do cargo.
Herculano
01/02/2017 16:18
MAMA COM FÉ E ORGULHO, por Carlos Brickmann

E, de repente, houve no Brasil aquele vislumbre de que tínhamos chegado ao Primeiro Mundo: a Odebrecht, organizadíssima, dispondo de departamento especializado em propinas, com registro computadorizado, nome, RG e foto do beneficiário, impecável no pecado. E ainda multinacionalizada, multicolorida, o dinheiro da propina verde-amarela lubrificando candidatos vermelhos no Exterior, em parte pagando lá fora serviços aqui de dentro, girando internacionalmente obras de porte, monumentais, que cá e lá, devidamente azeitadas e negociadas por autoridades, mais propinas renderiam.

Só que não era bem assim: Eike Batista, apesar do nome alemão (e dos nomes escandinavos que deu aos filhos), é um carioca daqueles de anedota, solto, feliz. Deu-se muito bem com outro carioca de almanaque, alegre, divertido, boa praça, o então governador fluminense Sérgio Cabral, Deram-se tão bem que, descobriu-se agora, Cabral se transformou, só com os mimos de Eike, no maior pixulequeiro da era Lava Jato. E nada daquela organização primeiro-mundista com advogados, transferências múltiplas, trusts e trustees, seja lá isso o que for: a grana é ainda mais farta, mas em joias, pedras preciosas, minas de ouro (na África, talvez), presentes. Como nos tempos das miçangas e espelhinhos, havia gentilezas como tecidos finos para ternos, gravatas daquelas caríssimas, dinheiro vivo para despesas imediatas e dois doleiros exclusivos.

Brasil!!!! Século 21, século 16, sempre bons no pixuleco.

AVONÇA, ONÇA!

Dizem que, em certa ocasião, dois amigos passeavam na floresta quando ouviram, bem pertinho, o inconfundível rugido da onça. Um saiu correndo, o outro se agachou para trocar os tênis. O que corria gritou: "Você acha que vai conseguir correr mais do que a onça?" O amigo respondeu, já em velocidade: "Eu não preciso correr mais do que a onça. Preciso correr mais do que você".

Esta é a disputa de agora entre Cabral e Eike: quem delatar primeiro dá a ficha do outro, e lhe tira a chance de ganhar os benefícios da delação premiada. No final, é um amigo jogando o outro às onças para ver se sozinho dá para sobreviver. Parece que havia até joalheiro quase exclusivo a serviço dos dois amigos. Cadê as joias?

A RESPOSTA MILIONÁRIA

Eike pode ser tudo, mas burro definitivamente não é. Qual o motivo que o fez comprar uma passagem só de ida (bem mais cara) para os Estados Unidos, correndo o risco de ser preso, decidindo enfrentar as acusações de estar foragido? Se pretendia ir para a Alemanha, usando seu passaporte alemão, por que não foi direto para lá? Que é que foi fazer nos Estados Unidos um ou dois dias antes de se entregar? Com quem conversou? Quem o ajudou a se decidir?

PIGANDO

Outra informação preciosa que Eike carrega: alguém lhe vazou a notícia de que seria preso? A Justiça determinou sua prisão no dia 13, a ordem foi cumprida no dia 26, quase duas semanas depois. Eike tinha viajado. Quando? Dois dias antes da mobilização da Polícia para prendê-lo. Com passagem só de ida comprada no dia da viagem. Viajando sozinho, um dia antes da família.

Esse é o segredo que Eike não pode contar. Pois, se contar, sabe-se lá que tipo de divergências entre instituições e autoridades ficará esclarecido de vez.

NÚMEROS

Lembra do Pedro Barusco, gerente da Petrobras que tinha mergulhado a mão em pouco menos de US$ 100 milhões? Como diria o ex-deputado Roberto Jefferson, que denunciou o Mensalão, é um petequeiro. Sérgio Cabral, só de Eike, levou mais do que isso, segundo as investigações da Federal.

Por enquanto, entre pixulecos e acarajés, Cabral está no pódio.

ESCUTAR É BOM

Do senador paranaense Roberto Requião, PMDB, comentando a sanidade mental de seus colegas: "Sou a sanidade em pessoa". Requião, para agradar o então presidente Lula, na fase anterior ao pré-sal, quando ia inundar o mundo de biocombustíveis, mastigou uma mamona e fez cara de quem gostou, embora a mamona seja amarga e venenosa. O mais sensato dos dois, Lula, evitou que a Sanidade em Pessoa engolisse a mamona assassina.

A GRANDE DÚVIDA

O colunista James Akel (http://jamesakel.blog.uol.com.br/) estranha a manutenção do sigilo das delações da Odebrecht, mesmo já tendo sido acolhidas pelo Supremo. Uma frase: "Denúncia premiada sem premiar Judiciário é esquisita (...)" Outra: "Acreditar que na denúncia da Odebrecht não apareça nenhum denunciado togado é o mesmo que acreditar em doce de leite sem leite e sem açúcar." Uma nota sobre Adriana Ancelmo, esposa do ex-governador Sérgio Cabral: "(...) A jornalista Mônica Bérgamo conta que Adriana Ancelmo (...) tem carta na manga pra denunciar. Ela vai falar nomes de juízes de vários tipos de togas, desde as mais simples até as sofisticadas. Até que enfim alguém vai fazer denúncia de verdade (...)"
Ilhota
01/02/2017 14:50
Herculano,
O prefeito de Ilhota foi expressamente proibido de falar diretamente com a imprensa. Agora só responde por escrito. Por que? Para parar de falar bobagens! Nas respostas fica claro que não é ele quem fala, uma vergonha!
As pessoas que deveriam ser a linha de frente do prefeito e dar as respostas e explicações (secretários e procurador) estão escondidas, quietinhas, deixando o prefeito exposto, levando toda a carga de críticas pelas decisões incoerentes tomadas.
Suas decisões só comprovam que ele está sendo mal assessorado.
Se a eleições fossem hoje, o prefeito eleito não venceria mais, isso em apenas 30 dias de total desgoverno!
Mariazinha Beata
01/02/2017 13:44
Seu Herculano;

"CONSTATAÇÃO ANTIGA SEM EFEITOS PRÁTICOS". às 06:35hs.

Desde criancinha vejo o PMDB se esforçando para emplacar Paulo França numa disputa política.
Mesmo sem sucesso, seu "empreguinho" sempre esteve garantido. Por onde passou, deixa nas lembranças péssimas contribuições para o povo catarinense.
Bye, bye!
Casinha de Plástico
01/02/2017 13:20
Oi, Herculano;

Tudo o que penso sobre o podre do Lula, Rodrigo Constantino descreveu meus sentimentos com extrema maestria.
A atitude do molusco mostra que a "galega" não é seu forte, e sim a quenga Rosemary.
Herculano
01/02/2017 11:51
O RESULTADO DO GOVERNO DO PT, PMDB E SEUS SOCIOS CONTRA OS BRASILEIROS. PRODUÇÃO INDUSTRIAL DO BRASIL FECHA 2016 COM QUYEDA DE 6,6%, NO TERCEIRO ANO SEGUIDO DE PERDAS.

Conteúdo da agência Reuters. Texto de Rodrigo Viga Gaier e Camila Moreira, das sucursais do Rio de Janeiro e São Paulo. A indústria brasileira fechou 2016 com queda de 6,6% na produção, terceiro ano seguido de perdas diante da fraqueza nos investimentos e da demanda interna frente à recessão no país.

O resultado é o terceiro pior para um ano na série histórica iniciada em 2002, perdendo apenas para 2015, com queda de 8,3% na produção, e para 2009, com recuo de 7,1%.

Só em dezembro, a produção avançou 2,3% sobre o mês anterior, acima da expectativa em pesquisa da agência de notícias Reuters de alta de 2,1% e o melhor resultado para o mês desde 2011 (+2,7%). Mas o resultado não é suficiente para indicar reversão no setor.

De acordo com dados divulgados nesta terça-feira (1º) pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), na comparação com dezembro de 2015 houve perda de 0,1%, contra expectativa de queda de queda de 0,9%.

"Mesmo com essa melhora em dezembro, está longe ainda de representar uma reversão de tendência. Há questões conjunturais que precisam ser resolvidas para se pensar em reversão de trajetória", afirmou o economista do IBGE André Macedo.

Queda no investimento
O IBGE apontou que o pior desempenho em 2016 veio da categoria Bens de Capital, uma medida de investimento, que registrou no ano perdas de 11,1%, pressionada principalmente por bens de capital para equipamentos de transporte e para fins industriais.

As perdas foram generalizadas, com a produção de Bens Intermediários recuando 6,3% e a de Bens de Consumo com queda de 5,9%.

As maiores influências negativas no ano passado foram exercidas por indústrias extrativas (-9,4%), coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis (-8,5%) e veículos automotores, reboques e carrocerias (-11,4%).

Veículos
Na comparação mensal, Bens de Capital foi a única categoria a apresentar queda em dezembro, de 3,2%. Sobre novembro o destaque foi a alta de 6,5% na produção de Bens de Consumo Duráveis.

Dos 24 ramos pesquisados, 16 apresentaram alta sobre novembro, com destaque para veículos automotores, reboques e carrocerias. O segmento subiu 10,8%, melhor resultado desde junho de 2016 (11,7%).

De acordo com Macedo, o aumento da produção de veículos automotores que impulsionou o resultado da produção em dezembro pode ter sido um movimento de antecipação diante da expectativa de alta nos preços do aço.

"Mais parece um movimento de redução de custos do que aumento de demanda. Os estoques dos carros e caminhões continuam um problema não totalmente resolvido", explicou ele.

Dois anos de recessão
A indústria vem sofrendo com dois anos de recessão, além da fraqueza da confiança de empresários que limita investimentos. O desemprego alto também vem prejudicando a demanda dos consumidores.

"Todas as características negativas de 2016 permanecem. Mercado de trabalho continua com menos ocupados, renda menor, endividamento alto. A melhora por conta da política monetária pode vir no futuro, mas não automaticamente", afirmou o economista do IBGE, referindo-se ao ciclo de corte da Selic iniciado pelo Banco Central.

A confiança da indústria iniciou o ano em alta diante da situação atual mais otimista e também com a melhora das expectativas, atingindo o maior nível desde maio de 2014 segundo dados da Fundação Getúlio Vargas (FGV).

A pesquisa Focus do Banco Central mostra que a expectativa dos economistas consultados é de expansão da produção industrial este ano de 1%, chegando a 2,1% em 2018.
Herculano
01/02/2017 11:41
A DANÇA EM GASPAR

O decreto 7.341 cedeu o servidor efetivo UILLIAM RAFAIN DE SOUZA, e que é agente de Serviços Especializados III, lotado com 40 horas semanais na Secretaria Municipal de Administração e Gestão, ao Poder Legislativo Municipal, para exercer o cargo em comissão de Assessor de Gabinete do Vereador Dionísio Luiz Bertoldi, PT a partir de 03 de fevereiro de 2017.

Já a portaria 5.126 colocou à disposição no Instituto Nacional de Seguridade Social - INSS, a partir de 24 de janeiro de 2017, a servidora NANCI DEGGAU HAVERROTH, inscrita no CPF sob o nº 619.180.409-15, ocupante do cargo de Professora DOC IV-8, lotada com 40 horas semanais no CDI Cachinhos de Ouro
Herculano
01/02/2017 11:31
ILHOTA EM CHAMAS. O PREFEITO ÉRICO DE OLIVEIRA, PMDB, EDITA O DECRETO 14, CRIA NOVOS VALORES E ANULA O 12 QUE AUMENTAVA ABUSIVAMENTE AS DIÁRIAS DOS AGENTES POLÍTICOS E SERVIDORES PÚBLICOS

A publicação com data do dia 26 de janeiro aconteceu ontem no Diário Oficial dos Municípios - aquele que se esconde na internet e não tem horário para sair. Ontem ele foi publicado no final da tarde. Este é o decreto para o conhecimento dos leitores e leitoras da coluna no portal mais acessado de Gaspar e Ilhota. O prefeito acha que este assunto é picuinha. Se é, por que voltou atrás na sua decisão? Agora ele se submete a picuinhas? Meu Deus!

DECRETO Nº 14
"DISPÕE SOBRE A CONCESSÃO DE DIÁRIA AO SERVIDOR CIVIL
DA ADMINISTRAÇÃO DIRETA E INDIRETA E AOS AGENTES POLÍ-
TICOS QUE ESPECIFICA, PELO AFASTAMENTO TEMPORÁRIO DA
RESPECTIVA SEDE, E DÁ OUTRAS PROVIDÊNCIAS."
O Prefeito Municipal de Ilhota, no uso das atribuições que lhe confe o art. 72, da Lei Orgânica Município, e com fundamento nos artigos 62, I, 63 e 191 da Lei Complementar nº 5/2001, Decreta:
Art. 1º O servidor civil da Administração Direta e Indireta e aos agentes políticos que se deslocarem para outro ponto do território nacional e/ou internacional, terão direito a percepção de diárias nos termos deste Decreto.

Parágrafo único. Não serão concedida diárias para as cidades limítrofes ao Município de Ilhota ou para aqueles Municípios que não ultrapassarem um raio de 30km.
Art. 2º O pagamento de diárias destina-se a indenizar despesas de deslocamento, alimentação, hospedagem e locomoção urbana,sendo concedidas por dia de afastamento da sede do respectivo
serviço.
Parágrafo Único. Os valores das diárias, com exceção daquelas provenientes de viagem internacional, serão calculadas segundo a Unidade Fiscal Municipal - UFM.
Art. 3º As diárias de que trata este Decreto, se efetivará em conformidade com a descrição abaixo:
I - PREFEITO/VICE-PREFEITO
a) No Estado de SC: 67 UFM;
b) Outros Estados: 106 UFM;
c) Capital País: 136 UFM
II ?" SECRETÁRIOS MUNICIPAIS E CARGOS EM COMISSÃO EQUIPARADOS
a) No Estado de SC: 60 UFM;
b) Outros Estados: 95 UFM;
c) Capital País: 122 UFM
III ?" DEMAIS SERVIDORES
a) No Estado de SC: 53 UFM;
b) Outros Estados: 84 UFM;
c) Capital País: 109 UFM

Art. 4º Para os efeitos deste Decreto considera-se diária o afastamento do Município para o desempenho de missões de interesse público, respeitado, ainda, os seguintes critérios:
I - Será concedida 01 (uma) diária quando o período de afastamento for superior a 24 (vinte e quatro horas) contados da partida do servidor.
II - Será concedida 1/2 (meia) diária quando o período de deslocamento for igual a 12 (doze) e menos de 24 (vinte e quatro) horas.
III - Será concedida 1/4 (um quarto) de diária quando o período de deslocamento for igual a 6 (seis) e menos de 12 (doze) horas e não houver pernoite.
Art. 5º As despesas decorrentes da concessão de diárias, deverão ser comprovadas mediante a apresentação do devido comprovante de viagem, através de Nota Fiscal ou Recibo emitido na cidade onde se efetuou a despesa, bilhete de passagem, relatório da viagem, ata ou certificado da participação em evento ou curso de qualificação, no prazo de até 3 (três) dias úteis contados da data do retorno ao Município, adotando-se os procedimentos de requisição e prestação de contas previstos na Instrução Normativa nº 14/2012 e 15/2012 do Tribunal de Contas de Santa Catarina e descritas nos Anexos I e II deste Decreto.
Art. 6º A prestação de contas deverá ser feita junto à Secretaria de Administração e Finanças, que submeterá o processo à Coordenadoria de Controle Interno para parecer.
Art. 7º Fica vedada à concessão de diária ao servidor que estiver com alguma prestação de contas em atraso.
Art. 8º O beneficiário é obrigado a restituir integralmente ao concedente ou ao detentor do adiantamento as diárias consideradas indevidas, sem prejuízo da competente apuração de responsabilidades.
Art. 9º No caso de retorno antecipado ou se, por qualquer circunstância,não tiver sido realizada a viagem, o beneficiário restituirá o saldo ou a totalidade das diárias no prazo estabelecido pelo concedente.
Art. 10 Os valores das diárias serão reajustados automaticamente, quando do reajuste do valor da Unidade Fiscal Municipal (UFM) anualmente.
Art. 11 Fica revogado em inteiro teor, o Decreto nº 12 de 11 dejaneiro de 2017.
Art.12 Este Decreto entra em vigor na data de sua publicação.
Ilhota (SC), 26 de janeiro de 2017.
ERICO DE OLIVEIRA
Prefeito Municipal
Herculano
01/02/2017 08:12
EM ATO DE MONSTRUOSIDADE MORAL, LULA USA AVC DA PR?"PRIA MULHER PARA PROSELITISMO POLÍTICO, por Rodrigo Constantino, do Instituto Liberal

Lula é mesmo um sujeito que, para ser apenas desprezível, teria de melhorar muito. Sua moral é não ter moral alguma, usar qualquer coisa para se beneficiar pessoalmente, mesmo que pisando nos outros, ferrando com a vida de milhões, destruindo um país inteiro. Claro que um sujeito desses não encontraria nem mesmo na saúde da esposa um limite ético para o silêncio, para a reflexão, para a reclusão civilizada que separa o humano da política. A vida de Lula é o palanque, e o vitimismo é sua marca registrada.

Quando "dona" Marisa teve um AVC e foi internada, algumas pessoas partiram para um ato deplorável: celebrar, festejar, torcer pelo pior. Tudo muito tosco. A vida de um ser humano deveria estar acima disso. Se Marisa é culpada, se é cúmplice do marido, o chefe de uma quadrilha, então que ela pague por isso: viva! Que melhore da doença, e possa depois arcar com as consequências legais de seus atos. Mas vibrar com seu AVC, isso é inadmissível.

Assim como é inaceitável fazer uso político do caso pelo outro lado. Foi o que fez o PT, pois o PT é um "partido" completamente amoral mesmo. Paulo Okamotto, presidente do Instituto Lula, fez logo menção à Lava Jato, insinuando que a operação da Polícia Federal era responsável pelo ocorrido, por "perseguir" Lula e colocar sua família toda sob pressão.

Era questão de tempo até que o próprio Lula fosse para algum palanque bancar a vítima, usando o AVC de sua mulher, que continua internada. E foi exatamente o que aconteceu:

Na primeira manifestação pública e presencial sobre o estado de saúde da mulher, Marisa Letícia, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou nessa segunda-feira (30) a simpatizantes, em São Paulo, que "a pressão e a tensão fazem as pessoas chegarem ao ponto que a Marisa chegou". A ex-primeira-dama está internada há uma semana na UTI (Unidade de Terapia Intensiva) do hospital Sírio-Libanês, na capital paulista, por conta de um AVC (acidente vascular cerebral) hemorrágico. O quadro de saúde dela é considerado grave, mas estável.

"Eu acho que a pressão e a tensão fazem as pessoas chegarem ao ponto que a Marisa chegou. Mas isso não vai fazer eu ficar chorando pelos cantos. Vai ficar apenas batendo na minha cabeça, como mais uma razão para que a luta continue", afirmou Lula a representantes do Movimento dos Atingidos por Barragens. As informações são do Instituto Lula, onde ocorreu o encontro, no bairro do Ipiranga (zona sul de São Paulo).

Isso é completamente asqueroso, abjeto! Que tipo de pessoa faz uso político de uma grave condição de saúde da própria mulher? Que tipo indecente de gente tenta obter dividendos políticos com uma tragédia pessoal? Em vez de se dedicar à esposa de forma reclusa, num momento de privacidade que toda família tem direito, Lula escolhe a via da demagogia, do populismo, jogando para a plateia com o discurso de vítima, que culpa os guardiões das leis pelo AVC de Marisa.

Lula não tem salvação mesmo. Trata-se de uma figura vil, covarde, vergonhosa, que merece todo o nosso mais profundo desprezo. E sua tática podre não vai funcionar, pois o Brasil está mudando, aos poucos mas está. A Lava Jato continua com imenso apoio da população, que aguarda inclusive a prisão do próprio Lula. Ninguém será poupado por ter sido poderoso, por ainda mobilizar uma massa de idiotas úteis, ou por bancar a vítima usando a própria mulher como escudo.
Herculano
01/02/2017 08:04
A OBSERVAÇÃO DE ALEXANDRE GARCIA

Para pensar: Jornais dizem que Supremo DEFINE hoje relator. Ora, quem define é dicionário. O Supremo vai escolher, decidir.
Herculano
01/02/2017 06:52
RANÇO IDEOLOGICO E A VIDA REAL, por Pedro Parente, presidente da Petrobrás, no jornal Folha de S. Paulo

A Petrobras, recentemente, foi alvo de polêmica por ter convocado somente empresas "estrangeiras" para participar da concorrência para a construção, no Rio, da unidade de processamento do gás do pré-sal.

O fato revela total desconhecimento das diretrizes da Petrobras, além de um ranço ideológico do mesmo tipo que sustentou a intervenção estatal que tanto prejuízo trouxe ao país nos últimos anos e cuja expressão mais dramática são os atuais 12 milhões de desempregados.

Ideologias, quando levadas ao extremo, tornam as pessoas impermeáveis a argumentos e fatos. Discutir a origem do capital investido no Brasil é um exemplo. Superada pela Constituição, que não faz distinção entre capital nacional e estrangeiro, essa discussão tem pouca utilidade na vida real.

A maioria dos brasileiros vai trabalhar diariamente em veículos de marcas globais fabricados no Brasil; falamos ao celular em aparelhos com peças importadas do mundo inteiro; a maior parte das ações da bolsa brasileira é de investidores estrangeiros.

No setor de óleo e gás, o intervencionismo estatal se materializou na "Política de Conteúdo Local" (PCL). A exigência de um conteúdo local muito acima da capacidade da indústria impôs prejuízo significativo ao governo e ao setor. Quem diz isso não é a Petrobras, mas o Tribunal de Contas da União, que em auditoria recente concluiu que "existe um alto custo da política, em função da baixa competitividade da indústria nacional".

Na Petrobras, além dos custos mais elevados apontados pelo TCU, houve atrasos de mais de três anos na entrega de 12 plataformas.

Isso significa que a Petrobras -e em última instância a sociedade brasileira, sua maior acionista- está subsidiando as empresas desses setores e os governos federal, estaduais e municipais, deixando de arrecadar R$ 33 bilhões em oito anos por causa dos atrasos nos investimentos ou no início da produção.

Voltemos à polêmica sobre a concorrência da Petrobras. Na vida real, o que interessa são investimentos realizados e transformados em empregos, renda, impostos e qualidade de vida.

Adir Freitas, 61, está há 40 anos na filial brasileira da Schlumberger, maior empresa de serviços de petróleo do mundo. Trabalhou 32 anos em plataformas até tornar-se supervisor. Orgulha-se de ter conseguido formar um filho engenheiro e ter uma filha cursando administração. A empresa está no Brasil desde 1945, gera empregos e paga impostos aqui, apesar da origem com capitais franceses.

Ademir Klitze, 43, trabalha há 23 anos na WEG, empresa brasileira fundada em 1961. É técnico de montagem de motores e geradores, tem casa própria e a renda necessária para criar os dois filhos. A WEG tem 35 fábricas em 12 países. Produz equipamentos para os setores de óleo e gás, petroquímica, papel e celulose e siderurgia. Também gera empregos e paga impostos aqui.

Que não haja dúvida: a Petrobras defende uma política de conteúdo local que ajude a indústria a ser competitiva globalmente e está disposta a contribuir para isso. A política precisa incentivar a inovação, as parcerias, a produção com qualidade, custos e prazos adequados. Deve estimular novas histórias de sucesso, como as das empresas em que trabalham Adir e Ademir.

Quando o Brasil registra 12 milhões de desempregados, com todas as consequências disso na vida das pessoas e suas famílias, custa-me acreditar que sinalizamos desapreço ao investimento no país.

Deveríamos estar empenhados em atrair novos investidores e em criar o ambiente necessário para que o capital disponível no mundo venha para o Brasil.

Esta é a verdadeira escolha: entre o ranço ideológico, que a poucos beneficia, e a dignidade e o bem-estar que um novo emprego pode proporcionar a milhões de brasileiros e a suas famílias.
Herculano
01/02/2017 06:45
ELEIÇÃO DOS PRESIDENTES DO SENADO E DA CÂMARA FORTALECE TEMER, por Ricardo Noblat, em O Globo

Salvo o inesperado, que sempre é possível, mas que, nesse caso, parece improvável, o PMDB elegerá, hoje, Eunício Oliveira (CE) para presidir o Senado no lugar de Renan Calheiros (AL). E amanhã o DEM reelegerá Rodrigo Maia (RJ) presidente da Câmara dos Deputados.

Quem sairá fortalecido com a vitória dos dois será o presidente Michel Temer. Embora esteja rouco de tanto repetir que não se meteu nas duas eleições, foi só o que Temer fez desde o final do ano passado. Oliveira e Maia são seus aliados. E Temer precisa deles para governar.

Oliveira foi uma escolha de Renan, que voltará a ocupar o cargo de líder do PMDB depois de ter sido presidente do Senado três vezes. Temer e Oliveira se entendem muito bem. E Oliveira, antes muito ligado à ex-presidente Dilma Rousseff, votou a favor do impeachment dela.

Maia contou com o apoio de Temer para suceder Eduardo Cunha (PMDB-RJ) na presidência da Câmara. Cunha foi afastado do cargo por decisão do Supremo Tribunal Federal, e cassado, mais tarde, por quebra de decoro ao se descobrir que tinha dinheiro escondido em contas bancárias na Suíça.

Quem sucede Temer é o presidente da Câmara. E na ausência desse, o presidente do Senado. Oliveira e Maia não terão dificuldade para se eleger. O adversário de Oliveira é inexpressivo. Os dois de Maia parecem incapazes de impedir sua vitória no primeiro turno.

O PT no Senado não lançou candidato e está rachado. Alguns senadores votarão em Oliveira, outros poderão se abster. Essa solução foi construída por Renan junto com o PT à época do impeachment de Dilma. A ex-presidente perdeu o mandato, mas não perdeu seus direitos políticos.

Na Câmara, o PT apoia a candidatura a presidente de André Figueiredo, líder do PDT. E se ali houvesse segundo turno, poderia votar em Jovair Arantes, líder do PTB e ex-relator do impeachment de Dilma. Oliveira e Maia estão dispostos a ceder ao PT uma vaga no comando das duas Casas.

Uma vez mais, a eleição dos dois cargos mais importantes do Congresso, cujos titulares costumam exercer poderosa influência sobre os destinos do país, se dá a larga distância e sem chamar a atenção do distinto público. É tratada como se fosse algo que só interessasse a senadores e deputados.
Herculano
01/02/2017 06:35
CONSTATAÇÃO ANTIGA SEM EFEITOS PRÁTICOS

"O comando do PMDB em Blumenau e no Estado, além de muitos candidatos a vereador, querem França [Paulo França, secretário de Obras de Blumenau, cria do gasparense Renato de Mello Vianna, e sempre agarrado a cargos públicos] fora do partido, por entenderem que ele não fez campanha para a legenda.", por Alexandre Gonçalves, no Informe Blumenau.
Herculano
01/02/2017 06:29
ENQUANTO SOBE PARA 12,3 MILHÕES O NÚMERO DE DESEMPREGADOS NA INICIATIVA PRIVADA, CRESCE AS VAGAS NO SERVIÇO PÚBLICO, COM ESTABILIDADE ALÉM DAS SUCESSIVAS GREVES POR MELHORIA SALARIAL A QUAL SO PODE SER SUSTENTADA COM OS SACRIFÍCIOS DA SOCIEDADE E TUDO ISSO EM PLENA CRISE ECONOMICA.

QUAL A PRINCIPAL MANCHETE DE CAPA DESTA QUARTA-FEIRA DO JORNAL FOLHA DE S.PAULO QUANDO OS POLÍTICOS SE DESMANCHAM EM DISPUTA PELO PODER NA "REPRESENTAÇÃO" DO POVO NO PARLAMENTO ONDE SE CRIA PRIVILÉGIOS E CASTAS COM OS PESADOS IMPOSTOS DE UMA SOCIEDADE EMPOBRECIDA? "CRESCE DIFERENÇA DE SALÁRIO ENTRE O SETOR PÚBLICO E PRIVADO". UMA REALIDADE ASSUSTADORA E INSUSTENTÁVEL SOCIAL, ÉTICA E ECONOMICAMENTE

Texto de Fernanda Perrin. A diferença de salário entre trabalhadores do setor público e do privado cresceu no ano passado. Foi o maior aumento da série história do IBGE, iniciada em 2012.

Enquanto em 2015 o funcionalismo ganhava em média R$ 3.152 ?"59,3% mais do que um empregado com carteira assinada?", em 2016 essa distância passou para 63,8%.

Os dados são da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio (Pnad), do IBGE.

A principal razão para esse aumento foram os movimentos inversos nos rendimentos de cada categoria. Enquanto o salário médio de um servidor público aumentou 1,5% em 2016 em comparação com 2015, o de um trabalhador celetista do setor privado encolheu 1,3%.

Isso acontece porque, em um momento de crise, um empregador privado pode demitir um funcionário e contratar um novo pagando menos. No setor público, as regras de desligamento são mais rígidas [quase impossíveis, se não houver a decisão do servidor], o que dificulta a repetição da prática.

Análise de dados do Ministério do Trabalho feita pela Folha na semana passada revelou que novos contratados com carteira assinada estão recebendo, em média, 21% menos do que os demitidos na mesma ocupação.

"A diferença aumentou porque no setor público não há demissões. Já no privado, houve muita demissão, e, quando o setor privado corta, ele começa pelos maiores salários, jogando a média geral para baixo", diz Hélio Zylberztajn, coordenador da pesquisa Salariômetro, da Fipe (Fundação Instituto de Pesquisa Econômica).

Os funcionários públicos foram a única categoria cujos salários não caíram em nenhum momento desde 2012, quando começou a pesquisa.

A média superior a do empregado do setor privado, porém, esconde discrepâncias grandes dentro da categoria.

Enquanto o salário-base de um professor com formação de nível médio e carga horária de 40 horas era de R$ 2.135,64 no ano passado, um auditor fiscal da Receita Federal em início de carreira ganhava R$ 15.743,64.

Considerando apenas servidores do governo federal, a maior parcela (24,8%) ganha entre R$ 4.501 e R$ 6.500, e 17,5% têm salário superior a R$ 13 mil, segundo o Ministério do Planejamento.

Funcionários públicos têm rendimentos superiores a empregados do setor privado em razão do perfil relativamente mais bem qualificado da categoria, afirma Zylberztajn.

Estudo feito pelo Departamento de Análise de Políticas Públicas da FGV com dados de 2014 mostra que 52% dos servidores têm ensino superior completo.

Esse nível de formação é explicado principalmente pelo filtragem exercida pelos concursos públicos, que ou demandam especificamente a formação ou, pela dificuldade, acabam aprovando apenas quem tem uma bagagem de estudos, afirma Bruno Ottoni, pesquisador do Instituto Brasileiro de Economia da FGV (Ibre).

OUTRAS CATEGORIAS

A maior perda salarial entre 2015 e 2016 aconteceu entre os empregadores, categoria que engloba empresários que trabalham no próprio negócio. De um ano para outro, o rendimento médio encolheu 6,1%, pressionado pelo faturamento em queda.

Ainda assim, a categoria permanece com o maior rendimento médio, de R$ 5.079.

Movimento semelhante aconteceu com os trabalhadores por conta própria, cujo rendimento médio recuou 3,5% no período.
Herculano
01/02/2017 06:12
CONGRESSO REESTREIA PEÇA DO BRASIL ALTERNATIVO, por Josias de Souza

O Congresso reestreia nesta quarta-feira um espetáculo manjado. A coisa se passa numa nação alternativa. Fora do prédio de Niemeyer, há um Brasil em pânico. Dentro, há um país fictício. Fora, quando alguém fala em corrupção numa roda, é impossível mudar de assunto. Pode-se, no máximo, mudar de corrupto. Dentro, pulsa um país sem culpados nem inocentes. Um Brasil 100% feito de cúmplices. Uma nação onde nada aconteceu.

Os congressistas propuseram e aceitaram a tese segundo a qual nenhum deles deve nada. Muito menos explicações. Há os delatados, os investigados, os denunciados, os réus? E há a banda muda, que silencia diante da promiscuidade. É nesta ficção que nenhum roteirista de teatro assinaria, para não passar por inverossímil, que o Congresso reabre suas cortinas depois do recesso. Deputados e senadores tropeçam nos corredores com o maior escândalo de corrupção da história. Mas fingem que ele não está ali.

Nos últimos dois anos, uma Lava Jato inexplicada no meio do Salão Verde da Câmara e do Salão Azul do Senado se transformou em muitas coisas. Começou como um embaraço. Evoluiu para um hábito. De repente, à medida que aumentava o número de encrencados, tornou-se parâmetro.

Há dois anos, os deputados elegeram Eduardo Cunha para presidir a Câmara. E os senadores reelegeram Renan Calheiros. O primeiro está preso. O segundo é réu numa ação penal e protagoniza 12 inquéritos.

Hoje, os favoritos ao comando das duas Casas do Legislativo são alvos da mega delação da Odebrecht. Mas isso não é assunto que mereça a perda de tempo de uma reflexão no Brasil alternativo que está novamente em cartaz no Congresso.

Fora das cuias de Niemeyer ?"a da Câmara virada para cima, a do Senado emborcada para baixo?", a democracia representativa está jurada de morte. Dentro, ela se comporta como se estivesse cheia de vida.
Herculano
01/02/2017 06:05
O FIES É UMA FIESTA DE MAGANOS, por Elio Gaspari, nos jornais O Globo e Folha de S. Paulo

Sérgio Cabral via em Eike Batista "um homem de visão fordiana, stevejobsiana". Ambos estão na cadeia. Para Cabral, Eike simbolizava o "Brasil de Lula e de Dilma". Ele encarnava também um aspecto do capitalismo brasileiro.

Numa das listas de bilionários (em dólares) da revista "Forbes", estrelada por Eike até 2011, Pindorama tinha três empresários do setor educacional. Estranha situação, porque, entre os 1.694 bilionários americanos, havia só um nesse mercado. O Brasil não tem bons indicadores educacionais, mas tem a maior empresa privada do mundo, a Kroton.

No "Brasil de Lula e de Dilma", o Fundo de Financiamento Estudantil, Fies, foi transformado em girafa pedagógica e financeira. O estudante conseguia o financiamento da Viúva mesmo que tivesse tirado zero na prova de redação. Quando Dilma Rousseff mudou essa maluquice, exigindo um mínimo de 450 pontos na prova do Enem, donos de faculdades privadas protestaram.

A girafa financeira permitiu que as empresas que operam nesse setor transferissem para a caixa do Fies o risco da inadimplência de seus estudantes. Num ano ruim ele ficava em torno de 25%. Afrouxaram as exigências para os fiadores e aquilo que podia parecer um programa de incentivo aos jovens virou um programa de estatização dos riscos das empresas. Uma delas tornou-se a maior receptora de dinheiro da Viúva, superando até mesmo a Odebrecht.

O repórter Paulo Saldaña informa que numa carteira de 562 mil contratos, a taxa de inadimplência do Fies está em 53%. Um terço dos caloteiros não paga suas prestações há mais de um ano. A explosão era pedra cantada. A taxa de inadimplência do programa que o antecedeu, hospedado na Caixa Econômica, era de 70%.

Saldaña estava na equipe que ganhou o Prêmio Esso de Jornalismo de 2015 com uma reportagem sobre as loucuras do Fies. O analista de investimentos Tiago Ring batizara o sistema de Fiesta.

A Fiesta envolve uma carteira de um milhão de contratos e um ervanário de R$ 55,5 bilhões (o deficit do Rio de Janeiro é de apenas R$ 17 bilhões). O Ministério da Educação diz que não dispõe de estudos ou informações sobre os calotes no Fies, mas oferece boa parolagem: "Medidas mitigadoras dos atuais níveis de inadimplência, como também voltadas à reformulação do Fies ora em estudo, pretendem equacionar a sustentabilidade do programa".

Pura empulhação, eles sabem o tamanho da encrenca e, no escurinho da esplanada, estão estudando um Fies 2.0.

José Janguiê Diniz, um dos bilionários da "Forbes", dono do maior grupo educacional do Norte e Nordeste, defende a lassitude na concessão de financiamentos a estudantes com desempenho abaixo dos 450 pontos do Enem: "A gente acredita que o programa precisa colocar na universidade quem precisa e não pode pagar. E quem não tem nota é exatamente quem mais precisa". Não faz sentido, quem não tem nota nota não tem.

O Fies enriqueceu o andar de cima e está desmoralizando o sistema de financiamento público para o andar de baixo.

Paulo Renato Souza, o ministro da Educação de Fernando Henrique Cardoso, toureava os interesses das faculdades privadas com uma ponta de fatalismo: "Há setores que você pode até entregar para as freiras carmelitas descalças, mas na segunda reunião elas chegam com bolsas Vuitton
Sidnei Luis Reinert
01/02/2017 06:04
Católicos pedem trunfo para provar conspiração Soros-Obama-Clinton no Vaticano
Escrito por William F. Jasper


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Católicos pedem trunfo para provar conspiração Soros-Obama-Clinton no Vaticano
O especulador multimilionário George Soros, o presidente Barack Obama, a secretária de Estado Hillary Clinton, o vice-presidente Joe Biden e o conselheiro Obama / Clinton John Podesta conspiram para derrubar o conservador Papa Bento XVI e substituí-lo por um radical, o papa Francis? Usaram as agências de inteligência dos Estados Unidos, a maquinaria diplomática da nação, o poder político e o poder financeiro para coagir e chantagear a "mudança de regime" na Igreja Católica Romana?

Longe de ser uma teoria da conspiração selvagem, há evidências prima facie sólidas para indicar que este é um esforço sério para expor um escândalo político da mais alta ordem, envolvendo flagrante, abuso de poder criminal nos níveis mais altos do governo dos EUA. Um grupo de respeitados líderes leigos católicos enviou uma carta ao presidente Donald Trump instando-o a lançar uma investigação oficial sobre as atividades dos indivíduos acima mencionados (e outros) que parecem ter estado envolvidos neste suposto golpe do Vaticano. Eles citam oito perguntas específicas que eles procuram ter respondidas sobre eventos suspeitos que levaram à renúncia do papa Bento XVI, a primeira abdicação papal em 700 anos.

"Especificamente, temos razões para acreditar que uma" mudança de regime "do Vaticano foi projetada pela administração Obama", dizem os peticionários, em sua carta de 20 de janeiro ao presidente Trump. Os cinco signatários da carta, publicada pela primeira vez na Católica jornal / weblog, The Remnant , são: o tenente-coronel David L. Sonnier, Exército dos EUA (aposentado); Michael J. Matt, editor do The Remnant : Christopher A. Ferrara, autor, advogado, e presidente da American Advogados Católicos Association, Inc .; Chris Jackson, Catholics4Trump.com; E, Elizabeth Yore, Esq., Fundadora da YoreChildren.



"Ficamos alarmados ao descobrir", observa sua carta, "que, durante o terceiro ano do primeiro mandato do governo Obama, sua anterior adversária, a secretária de Estado Hillary Clinton e outros funcionários do governo com quem ela associou propuseram uma revolução católica "Em que a morte definitiva do que era deixado da Igreja Católica na América seria realizado." A carta inclui links de rodapé que levam o leitor para documentos e notícias estendendo suas acusações e perguntas apontadas. Ele primeiro chama a atenção para os e-mails Soros-Clinton-Podesta divulgados no ano passado pelo WikiLeaks, no qual Podesta e outros "progressistas" discutiram o fim da "ditadura da Idade Média" na Igreja Católica. Em relação aos e-mails em questão, The New American relatou outubro passado:

Podesta, conselheiro e confidente de longa data de Clinton e ativista de primeira linha do financiador de esquerda George Soros, revelou em um e-mail de 2011 que ele e outros ativistas estavam trabalhando para realizar uma revolução da "Primavera Católica" dentro da Igreja Católica. ?"bvia referência aos desastrosos golpes da "Primavera Árabe" organizados naquele mesmo ano pela equipe Obama-Clinton-Soros que desestabilizou o Oriente Médio e trouxe regimes islâmicos radicais e grupos terroristas ao poder na região. O Podesta e-mail é uma resposta a outro radical financiado por Soros - Sandy Newman, fundador das vozes "progressistas" para o Progresso. Newman escrevera a Podesta pedindo conselhos sobre a melhor maneira de "plantar as sementes da revolução" na Igreja Católica, o que ele descreveu como uma "ditadura da Idade Média". A questão que parecia ser a causa de Newman -mail foi a oposição dos Bispos Católicos dos Estados Unidos à cobertura anticoncepcional federalmente exigida em ObamaCare.

Em sua carta ao Presidente Trump, os católicos interessados ??escrevem: "Aproximadamente um ano após essa discussão por e-mail, que nunca foi intencionalmente divulgada, descobrimos que o Papa Bento XVI abdicou sob circunstâncias muito incomuns e foi substituído por um papa cujo Aparente é fornecer um componente espiritual à agenda ideológica radical da esquerda internacional. O Pontificado do Papa Francisco posteriormente questionou sua própria legitimidade em uma multiplicidade de ocasiões ".

"Ficamos perplexos com o comportamento desse Papa carregado de ideologia, cuja missão parece ser uma das agendas seculares da esquerda, em vez de guiar a Igreja Católica na Sua missão sagrada", dizem, expressando os pensamentos, sem dúvida, de inúmeros católicos no mundo todo. "Não é simplesmente o papel adequado de um papa estar envolvido na política a ponto de ser considerado o líder da esquerda internacional".

http://www.thenewamerican.com/usnews/foreign-policy/item/25256-catholics-ask-trump-to-probe-soros-obama-clinton-conspiracy-at-vatican
Herculano
01/02/2017 06:02
VETADO NA CCJ, RESTOU A RENAN VOLTAR A SER LÍDER, por Cláudio Humberto, na coluna que publicou hoje nos jornais brasileiros

Por decisão do seu próprio partido, PMDB, e sob pressão dos demais, o senador Renan Calheiros (AL) foi vetado para presidir a poderosa Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado, como ele pretendia. Restou-lhe voltar a ser Líder do PMDB, função que exerceu várias vezes, mesmo assim porque Raimundo Lira (PB), o líder preferido dos senadores, optou por assumir a presidência da CCJ.

SEM DESGASTE
Os líderes concluíram que seria um desgaste desnecessário entregar a presidência da CCJ a um senador que é réu e investigado 13 vezes.

IMPORTANTE DEMAIS
A CCJ é a comissão mais importante do Senado porque define os projetos que vão tramitar até serem votados no plenário.

RÉU ESCOLHENDO JUIZ
Também cabe à CCJ sabatinar indicados para ministro do Supremo Tribunal Federal e diretores de agências reguladoras, por exemplo.

PRESSÃO
Para garantir a Liderança do PMDB como consolação, Renan atraiu os senadores para uma reunião na residência oficial, ontem, às 12h30.

VENDA DE SUAPE FAZ PASADENA PARECER TROCADO
A Justiça barrou a venda do Complexo Petroquímico de Suape e da Cia Integrada Têxtil de Pernambuco (Citepe) à mexicana Alpek. O negócio, lesivo ao Brasil, foi revelado nesta coluna no início de janeiro, e faz a negociata da refinaria de Pasadena parecer brincadeira. A Petrobras investiu R$11,5 bilhões em Suape e Citepe, e as vendeu por R$1,3 bilhão aos mexicanos, na última reunião do conselho em 2016.

NEGOCIO DA CHINA
Só a construção da Petroquímica Suape, obra tocada pela Odebrecht, recebeu do BNDES R$2,6 bilhões. O dobro do valor da venda atual.

PREJUÍZO CERTO
Suape e Citepe deram prejuízos de R$3 bilhões e R$ 2,6 bilhões só em 2014, respectivamente, mas foram mesmo vendidas por uma ninharia.

SUSPEITÍSSIMO
Levantamento do banco Credit Suisse, em 2015, indicava que o valor de mercado das empresas somados era estimado em R$4,54 bilhões.

FAZENDO DIFERENTE
Candidato a presidente do Senado, José Medeiros (PSD-MT) prometeu que, diferentemente de Renan Calheiros, renunciaria ao cargo caso virasse réu. Ele acha que hoje tem o apoio de 28 a 30 colegas.

CONSTRANGIMENTO EVITADO
Mantendo a solenidade de início do Ano Judiciário, nesta quarta (1º), o Supremo Tribunal Federal (STF) teria de convidar o ainda presidente do Senado, cujo caso ?" réu ocupando cargo da linha sucessória ?" deverá ser julgado também hoje. Deliberou-se pelo cancelamento.

NOVOS NÚMEROS
Jovair Arantes (PTB-GO) jura que uma pesquisa indicaria que ele tem 160 votos contra 210 de Rodrigo Maia, e 60 para André Figueiredo (PDT-CE), que rompeu com o governo Dilma para virar ministro.

VELHOS NÚMEROS
Aliados de Rodrigo Maia ainda estimam mais de 400 votos favoráveis à sua reeleição para presidente da Câmara, mas admitem que a candidatura tem sido prejudicada pela incerteza e o silêncio do STF.

FREUD EXPLICA
No Twitter, o deputado Paulo Pimenta (PT-RS) cometeu ato falho clássico: disse que o PT apoia "André Vargas do PDT para presidente da Câmara". Esse Vargas é o ex-deputado do PT preso por corrupção.

IVES NA PONTA
Em enquete da coluna sobre citados para a vaga de Teori Zavascki no Supremo Tribunal Federal, presidente do Tribunal Superior do Trabalho, Ives Gandra Filho, lidera as preferências. O juiz Sérgio Moro está em 2º e o ministro Alexandre de Moraes em 3º.

SEU DINHEIRO
O ano de 2017 começou bem para o governo Michel Temer, pelo menos no âmbito da arrecadação financeira: apenas no mês de janeiro, foram tomados R$300 bilhões do contribuinte brasileiro.

RISCO DE EMBOLIA
A "trombose venosa profunda" diagnosticada em Marisa, mulher de Lula, é menos grave do que parece. Mas a maior preocupação não é com o membro acometido, em geral perna, mas com o deslocamento de fragmentos dos coágulos, o que pode provocar embolia pulmonar.

CIRCULANDO O RALO
Chega ao fim a presidência de Renan Calheiros no Senado, um dos mais constrangedores capítulos da nossa História recente.
Herculano
01/02/2017 05:54
AS OBRAS DO BRASIL EM RUÍNAS, por Vinicius Torres Freire, no jornal Folha de S. Paulo

O BALANÇO do emprego no Brasil de 2016 foi sombrio. No caso da construção civil, a escuridão foi total: lá, o trabalho voltou a desaparecer em ritmo de depressão. O setor desmorona. O governo de Michel Temer pode fazer pouco a respeito. Mas não faz nada, na prática.

É a desgraça que mais chama a atenção nos números desta terça (31) da Pnad Contínua, do IBGE.

Em dezembro, o país perdia empregos em ritmo menor, mas ainda horrível, de mais de 2% ao ano, quase 2 milhões a menos que em dezembro de 2015. Na construção civil, o trabalho desaparece no passo de quase 11% ao ano. Desde dezembro de 2015, se foram 857 mil vagas.

O desmonte continua também na indústria de transformação ("fábricas"), que em um ano perdeu 755 mil empregos. Mas, pelo menos, o ritmo de destruição desacelera desde abril. Na construção, a sangria
parecia ter se estabilizado na primeira metade de 2016. Voltou a piorar de modo acelerado.

No caso dos empregos formais, o desastre no setor de obras é de longe o maior.

O nível de emprego formal chegou ao pico em novembro de 2014. Desde então, se foram 3,4 milhões de empregos com carteira assinada, queda de 8,2%, na soma de todos os setores (dados do Caged). Apenas na construção civil, se foram 914 mil postos de trabalho, baixa de mais de 28%.

Mais de um em quatro, atenção.

Para onde quer que se olhe, a construção civil desmorona. Houve superprodução de imóveis; ora se purgam excessos.

O investimento do governo em obras, pesadas ou de casas, desabou. O crédito imobiliário levou talhos chocantes. Por fim, mas muito importante, a ação das quadrilhas das grandes empreiteiras desestruturou o setor.

O valor dos novos empréstimos para a compra de imóveis diminuía 30% em dezembro (no acumulado de 12 meses, ante igual período do ano anterior, para pessoas físicas). É o dobro da velocidade de baixa das concessões de crédito no conjunto da economia.

Os investimentos no Minha Casa, Minha Vida baixaram cerca de 30%. "Cerca de": por causa das "pedaladas" e de acertos na mixórdia das contas federais de 2011-2015, os dados disponíveis
não permitem contas decentes.

Continuando. A produção de "insumos típicos da construção civil" ainda caía 9% em novembro (dado mais recente; ante novembro de 2016), enquanto outras grandes categorias da indústria começam pelo menos
a empatar o jogo, a zerar perdas.

A construção civil participa com 5,9% no PIB (2015). É ou era maior que a agropecuária. Trata-se de um raro setor em que é possível dar um impulso ao investimento, pequeno, mas algum, no curto prazo.

O governo Temer optou por largar o investimento público. Mas fez alarde de que estimularia o investimento privado em obras, no que estava certo, de qualquer modo. Muito barulho por nada.

Até agora, não há sinal de que as concessões de obras e serviços de infraestrutura serão leiloadas, nem de aceleração, na prática, de planos de investimento em energia.

Não há solução para problemas regulatórios que travam investimentos já nos planos de empresas. Etc. É uma trilha para alguma recuperação econômica, impedida porque o governo Temer empacou no meio do caminho
Ilhota
31/01/2017 22:23
Caro Herculano,
O prefeito de Ilhota não está dando a mínima para os universitários! Estão colocando pressão para que contratem uma empresa de seus amigos, caso contrário não ajudarão mais com recursos.
O caso tem tudo para parar no Ministério Público!
Erros sobre erros, Ilhota está acéfala! Deus nos ajude!
Herculano
31/01/2017 20:12
48 HORAS DE TENSÃO, por Eliane Cantanhêde, para o jornal O Estado de S. Paulo

Se janeiro já foi assim, com massacres, morte do relator da Lava Jato, AVC de ex-primeira-dama, febre amarela e prisão do homem que já foi o mais rico do País, imagine como vai ficar com o fim do recesso do Judiciário apressando a Lava Jato, o fim do recesso do Legislativo aumentando o pavor da Lava Jato e o Executivo fazendo de tudo para trocar a pauta real pela ideal ?" a da reforma da Previdência.

Os três Poderes chegaram estressados ao fim de 2016, entraram perplexos em 2017 e vão se arrastando com os nervos à flor da pele. A presidente do Supremo, Cármen Lúcia, sofre para definir o novo relator da Lava Jato. O presidente Michel Temer sofre para nomear o novo ministro do Supremo. E a sucessão nas presidências da Câmara e do Senado, que parecia tão definida, ganhou pitadas de tensão nas últimas horas.

Ao homologar as 77 delações premiadas da Odebrecht ontem, conforme antecipara o Estado, Cármen Lúcia parecia ter desanuviado o clima para a escolha do sucessor de Teori Zavascki na relatoria da Lava Jato, mas, fazendo as contas, ela só ganhou 48 horas. O relator vai ter de ser escolhido de qualquer jeito entre quarta e quinta, na reabertura dos trabalhos.
Prudente, a ministra consultou cada colega em busca de consenso para a indicação. Pensou-se em uma brecha para nomear o decano Celso de Mello, mas essa brecha não surgiu e, além disso, ele anda com fortes dores no quadril. Depois, trabalhou-se a ideia de transferir o mais novo, Edson Fachin, para a Segunda Turma e para o gabinete de Teori, onde ele herdaria tudo, dos processos em andamento ?" incluída a Lava Jato ?" aos três juízes auxiliares. Cármen Lúcia vetou: "Não tem precedente".

É assim que, apesar de ministros (e pessoas de bom senso) torcerem o nariz para o sorteio, não vai ter jeito. Até ontem à noite, as tratativas continuavam freneticamente no Supremo, onde até o procurador Rodrigo Janot deu uma passadinha, mas tudo caminhava para um bingo entre os da Segunda Turma: além de Fachin, recém-chegado, Celso de Mello, Gilmar Mendes, Ricardo Lewandowski e Dias Toffoli. Façam suas apostas!
Meio fora de tom, Temer elogiou Cármen Lúcia, que "fez o que deveria fazer e, nesse sentido, o fez corretamente". Presidente de um poder elogiando decisão de presidente de outro?! Quem elogia acaba se sentindo no direito de também discordar, certo? E se Cármen Lúcia sair por aí elogiando o programa econômico do governo? Ou criticando a repactuação das dívidas dos Estados com a União?

O fato é que, quanto mais o Judiciário mantém o ritmo ou apressa os passos da Lava Jato, mais Temer, seus ministros e sua base aliada têm o que temer (sem trocadilho), enquanto ele sofre as dores e as pressões para a nomeação do 11.º ministro do STF. Como é do meio jurídico, Temer faz questão de nomear alguém que ele conheça, com quem tenha afinidade, que jamais tenha dado um pio contra a Lava Jato e que entenda a importância da reforma da Previdência e de mudanças na área trabalhista para ampliar a oferta de empregos.
Como cada nome lançado corresponde uma avalanche de críticas, o presidente passou a avisar, meio em tom de "ameaça": "Se eu tiver de pagar um alto preço, pago com o Alexandre". Traduzindo: se é para apanhar com fulano ou beltrano, então ele nomeia sua opção original, o ministro da Justiça, Alexandre de Moraes.

Por fim, tudo parecia tranquilo para a eleição de Rodrigo Maia (DEM) na Câmara e de Eunício Oliveira (PMDB) no Senado amanhã, mas, para não ficar monótono, o deputado Júlio Delgado (PSB) liderou uma ação conjunta contra a reeleição de Maia. Mais emoção e perplexidade do que no Brasil, só mesmo nos EUA. E, lá, as decisões tresloucadas de Donald Trump estão apenas começando.
Herculano
31/01/2017 20:08
A COLUNA OLHANDO A MARÉ DE SEXTA-FEIRA JÁ ESTÁ PRONTA

Ai que preguiça.

Tem a esbórnia das Câmaras, tem Ilhota em Chamas, tem Ministério Público que cuida da Moralidade Pública, tem incoerências, tem...
Sujiro Fuji
31/01/2017 18:22
Brasil, êta país bom pra bandido!
Erva Daninha
31/01/2017 18:20
Oi, Herculano

"Qual mesmo a diferença que há entre o PMDB, PP e o PT?"
Nenhuma! É um antro de "macaco velho".
Despetralhado
31/01/2017 18:17
Olá, Herculano

"Foi porque se sentiu encurralado que Eike Batista decidiu voltar..." Mirian Leitão.
Segundo seu advogado, nem pensar em delação premiada.

É o primeiro jus esperniandi do meliante. Marcelo Odebrecht também descartava delação. Depois de um longo período de mofo e fazendo cocozinho num vaso comunitário, Eike também vai acabar delatando até a vó do Badanha.
Herculano
31/01/2017 17:07
BRASIL PRECISA DEIXAR DE PALIATIVOS POR DEBATE SÉRIO SOBRE REFORMA POLÍTICA, por Kim Kataguiri, coordenador do Movimento Brasil Livre, no jornal Folha de S. Paulo

Muito se tem falado sobre as reformas econômicas que fazem parte da agenda do governo Temer: o teto de gastos, a reforma previdenciária, a reforma trabalhista, a reforma tributária etc. Sim, a crise e os problemas estruturais da nossa economia são graves, mas não podemos esquecer outro debate igualmente importante: o da reforma política.

Para debater uma reforma política, precisamos antes entender o atual sistema. Nas eleições para vereador, deputado estadual e deputado federal, o sistema eleitoral é proporcional, com lista aberta. O candidato pode fazer campanha em todo o Estado ?"no caso dos vereadores, em toda a cidade?", percorrendo diversas cidades e gastando fortunas com cabos eleitorais, carros de som, papelaria, etc. Votamos num candidato e o voto, no entanto, não vai para ele, mas para a coligação de seu partido. De acordo com o número de votos, a coligação consegue um determinado número de cadeiras no Parlamento, que são ocupadas pelos mais votados da coligação.

Daí surge a figura do puxador de votos, candidato famoso ?"às vezes até caricato?" que, por ter muitos votos, arrasta vários colegas de coligação para dentro do parlamento. Nas eleições de 2014, o candidato a deputado federal mais votado foi Celso Russomanno (PRB-SP), com 1,5 milhão de votos. Como, para obter uma cadeira de deputado federal por São Paulo, são necessários cerca de 300 mil votos, Russomanno garantiu sua vaga e puxou mais quatro desconhecidos de sua coligação para o Congresso.

Esse sistema tem três problemas evidentes: é caro ?"o candidato tem de fazer campanha no maior número de cidades possível, gastando muito dinheiro no processo?", pouco representativo: na atual Câmara, só 36 deputados se elegeram com os próprios votos, outros 477 foram puxados. E não há debate entre os candidatos, como acontece nas eleições para a Presidência da República, por exemplo.

O nosso sistema de governo, presidencialista, é igualmente ruim. O presidente tem de lotear a máquina pública para formar maioria no Congresso. Além disso, como vimos nos processos de impeachment do ex-presidente Fernando Collor e da ex-presidente Dilma Rousseff, destituir o chefe do Executivo é custoso e demora muito. O país fica completamente paralisado.

Um dos projetos que envolvem nosso sistema político e avança no Congresso é a PEC 36/2016, já aprovada em dois turnos no Senado. A emenda institui uma cláusula de barreira a partir das eleições de 2022, fazendo com que partidos que não obtiverem ao menos 3% dos votos válidos distribuídos em no mínimo 14 unidades da Federação, com pelo menos 2% dos votos válidos em cada uma destas, não tenham acesso ao fundo partidário nem direito a tempo gratuito no rádio e na televisão. Além disso, determina que coligações em eleições proporcionais serão proibidas a partir das eleições de 2020.

É fato que hoje temos uma salada de partidos políticos, a maioria deles fisiológicos ?"afinal, não temos 35 correntes políticas diferentes?", e isso gera um problema de governabilidade: o governo tem de acomodar muitos interesses; nesse sentido, a cláusula de barreira é positiva.

O fim das coligações em eleições proporcionais contribui para o mesmo fim. Hoje, a única função desse tipo de coligação é a compra e venda de partidos nanicos para engrossar o caldo eleitoral de partidos maiores.

A proposta aprovada é boa, mas não ataca a raiz do problema: o sistema eleitoral. O MBL defende a adoção do sistema de voto distrital. Nele, os Estados são divididos em distritos de acordo com o número de eleitores. No caso de São Paulo, numa eleição para deputado federal, seriam distritos de cerca de 300 mil eleitores ?"número necessário para obter uma cadeira no atual sistema?", por exemplo. Cada partido lançaria um candidato para disputar a vaga em cada distrito. O voto vai para o candidato, não para a coligação. Não há puxador de votos. Quem obtiver a maioria dos votos em seu distrito, vence.

Assim, resolvemos os três problemas: com um espaço limitado, a campanha fica mais barata; sem puxadores de votos, o sistema fica mais representativo, e, por fim, com cada partido disputando uma vaga em cada distrito, a concorrência seria direta, e debates entre os candidatos seriam promovidos.

Outra questão a ser resolvida é o nosso sistema de governo. Na aula inaugural do Instituto de Direito Público de São Paulo, do qual sou aluno, em dezembro de 2015, o então vice-presidente, Michel Temer, chegou a falar sobre um "semiparlamentarismo" no qual o Congresso participaria de maneira mais ativa no governo, sem dar maiores detalhes. Depois que assumiu, nunca mais tocou no assunto.

O fato é que o presidencialismo faliu no mundo todo. Os Estados Unidos eram a última grande democracia presidencialista que parecia dar certo. Parecia. A escolha entre o ruim e o pior ainda nas últimas eleições americanas mostrou que nem lá o presidencialismo se sustenta.

No parlamentarismo, modelo que, de diferentes formas, vigora em todos os países da Europa, as crises políticas duram muito menos e são muito mais suaves. Se o chefe de governo perde a maioria no Congresso, é destituído e um novo governo se forma. O país não fica parado durante incontáveis meses.

O Brasil precisa deixar de ser o país dos paliativos. Se vamos debater uma reforma política, que seja um debate sério, no qual os problemas estruturais do nosso sistema político sejam resolvidos, e não deixados para um amanhã que nunca chega.
Herculano
31/01/2017 17:04
TEMER CULPA GESTÃO DILMA POR ROMBO "PREOCUPANTE" NAS CONTAS PÚBLICAS

Conteúdo do jornal Folha de S. Paulo. Texto de José Marques. O presidente Michel Temer (PMDB) afirmou nesta terça-feira (31) que o deficit primário da União chegou a R$ 154,2 bilhões em 2016 porque o governo passou a evitar o "descontrole dos gastos públicos", mas ainda assim é uma "soma preocupante".

Sem citar nominalmente a ex-presidente Dilma Rousseff (PT), Temer responsabilizou a gestão anterior pelo rombo nos cofres do governo e defendeu as reformas trabalhista e previdenciária para que as finanças voltem ao equilíbrio.

"Buscamos restituir à condução do Estado o sentido de lucidez e até, por que não dizermos, do senso comum. Demos transparência às contas públicas, passamos a encarar uma realidade que já é conhecida de todos aqui", disse o presidente, em evento destinado a investidores, em São Paulo.

"O fato é que a política econômica agiu de uma tal maneira neste período que chegamos a cerca de R$ 155 bilhões de deficit. Ou seja, não precisamos atingir a marca pré-ajustada no primeiro momento [de R$ 170 bilhões]".

O deficit de R$ 154,2 bilhões nas contas do governo federal, divulgado nesta segunda-feira (30), foram o pior resultado desde 1997, quando começa a série histórica, mas ficou R$ 16,3 bilhões menor do que a meta aprovada pelo Congresso, que era de um rombo de no máximo R$ 170,5 bilhões.

Ainda assim, Temer afirmou que o rombo atual é "uma soma fantástica" e "preocupante". Para ele, a PEC (Proposta de Emenda à Constituição) que limitou os gastos públicos por 20 anos é uma "medida revolucionária" porque "agora os orçamentos do Brasil deixam de ser peça de ficção".

Nesta terça, foi divulgado que o setor público (que soma União, Estados e municípios) registrou o pior resultado da história, com deficit primário de R$ 155,7 bilhões.

O presidente disse que a reforma fiscal só ficará completa após mudanças na previdência que criem uma idade mínima para a aposentadoria. Segundo ele, essa mudança impedirá que "certas medidas de natureza social do governo acabem ficando inviabilizadas", como o Fies (programa de financiamento estudantil).

E voltou a defender que as convenções coletivas de trabalho, entre empregados e empregadores, prevaleçam nas relações trabalhistas.

Temer afirma que espera uma inflação em 2017 "até abaixo" dos 4,5%, centro da meta do governo.

ENTENDA

Superavit ou deficit primário é o quanto de despesa ou receita o governo gera, após o pagamento de suas despesas, sem considerar os gastos com os juros da dívida. O resultado é divulgado de duas maneiras. A primeira divulgação leva em conta a economia ou despesa apenas do Governo Central, enquanto a segunda leva em consideração o saldo de todo o setor público (Governo Central, mais estados, municípios e estatais).
ANTENADO
31/01/2017 16:56
Paulo Filippus NO FACEBOOK:

CRISE PRA QUEM EM GASPAR?
O vereador Ciro, atual presidente da Câmara de Vereadores de Gaspar, abriu licitação para comprar 11 frigobares para as suas excelências.
Assinaram a resolução 08/2017, Rui (PT), Silvio Cleffi (PSC) e Cícero Amaro (PSD).

Luis Cesar Hening:
Olha vou ser advogado do diabo, não vejo problema nenhum nos frigobar, pois são para os gabinetes, que é para atender a comunidade, e nada melhor que uma agua geladinha quando formos visitar os vereadores para levar nossas queixas e solicitações de melhorias


Lélo Piava:
Existe bebedouro Gelado no segundo piso e se não me engano no primeiro, e podem olhar que tem uma despesa de R$7.000,00 aberto com as bebidas melato é força de água.


Herculano
31/01/2017 16:56
O IMPÉRIO DA LEI, por Miriam Leitão, para o jornal O Globo

O que mudou profundamente no Brasil nos últimos anos foi o que trouxe Eike Batista de volta e fez os dois doleiros de Sérgio Cabral revelarem o caminho que fizeram para esconder o dinheiro ilícito do ex-governador. Foi também o que levou a Odebrecht da postura agressiva e acusadora para a delação coletiva. O que mudou foi o poder que as instituições têm de fazer com que a lei seja cumprida.

O conceito é complexo. Não é apenas a lei, é a lei para todos, é a força que ela tem e o respeito que ela provoca. A palavra inglesa enforcement tem esse conceito, que era difícil traduzir antes. Chegou lentamente aqui e foi se fortalecendo.

Quando a Lava-Jato começou parecia ser coisa de um juiz só e de um grupo de policiais federais e de procuradores de Curitiba. Era como se fosse localizado. A República de Curitiba. Ontem, o empresário que já foi a sétima maior fortuna do mundo, que tem também passaporte alemão, voltou ao Brasil obedecendo à ordem de um juiz do Rio.

Em Brasília, outro lance dramático dessa história revelou que por mais importante que seja uma pessoa, as instituições são ainda maiores. A morte do ministro Teori Zavascki foi um golpe, por todas as razões que se conhece, mas não interrompeu os trabalhos da maior delação da Lava-Jato. Ontem, a ministra Cármen Lúcia, usando as prerrogativas de plantonista do Supremo, homologou as delações dos 77 acionistas e ex-executivos da Odebrecht. Elas passam a ter validade jurídica. Teori tinha, entre as suas qualidades, grande capacidade de trabalho, tanto que, dos 10 processos que seriam analisados na primeira semana de volta do recesso, oito eram dele. Mesmo assim, ele não trabalhava sozinho. Tinha três juízes auxiliares e a equipe. Eles puderam tomar a sequência final dos depoimentos dos delatores da empreiteira.

A Lava-Jato já é o maior ponto de virada da sociedade brasileira. São, segundo contagem do site "Jota", 250 denunciados, 54 ações penais, 82 condenados a mais de mil anos de prisão. E isso deve subir substancialmente com as delações da Odebrecht. O que era um caso em Curitiba já teve sequência. O que está acontecendo no Rio é a etapa "Eficiência" da Operação Calicute, que é um desdobramento da Lava-Jato. Em outros estados, podem surgir galhos assim, da mesma árvore.

Em declarações ao correspondente deste jornal Henrique Gomes Batista, o empresário Eike Batista falou que a Lava-Jato ajudará a inspirar confiança no Brasil. É exatamente isso. Agora é a travessia em meio a uma enorme crise, mas o que o país está construindo é a força de instituições do combate à corrupção. E isso levará, como tenho dito neste espaço, a uma economia mais saudável.

A Lava-Jato não ameaça a economia, ela a restaura. A corrupção distorce completamente o jogo econômico, a competição, a viabilidade dos negócios. Há ideias que não se sustentariam se não fosse o apadrinhamento excessivo pelo Estado. Eike é um empreendedor, mas em muitos dos seus negócios as bases eram frágeis, e ele se alavancava nesse ambiente de proximidade excessiva com os governantes. Não é por isso que foi para a prisão, mas todo o caso Eike, do seu apogeu à ruína de muitas empresas, em grande parte se explica pelas relações íntimas com os políticos. O que o levou para a prisão foi o dinheiro dado por ele ao ex-governador do Rio. Mas pode haver mais. Recentemente, ele contou parte do que sabe, quando disse que o exministro Guido Mantega pediu a ele dinheiro para pagar contas de campanha da ex-presidente Dilma. E ele o fez através de transferência para os marqueteiros João Santana e Mônica Moura. Eike achou que se contasse uma parte do que fez poderia se safar. Hoje já sabe que há outros caminhos pelos quais a Justiça brasileira consegue se informar.

Foi porque se sentiram encurralados que Eike decidiu voltar, os doleiros Renato e Marcelo Hasson Chebar decidiram quebrar a própria banca e falar, a maior empreiteira do país decidiu pagar bilhões e arregimentar suas sete dezenas de delatores. Foi esse mesmo sentimento que levou o ex-presidente da Transpetro Sérgio Machado a romper vetustas lealdades e contar o que sabia. Caminho que tomou também Delcídio Amaral. É mais difícil hoje escapar da lei.
Herculano
31/01/2017 16:50
AS CONTAS DE EIKE NO EXTERIOR

Conteúdo de O Antagonista. A força-tarefa da Lava Jato no Rio de Janeiro está mapeando a rede de offshores que Eike Batista usou para ocultar seu patrimônio das autoridades brasileiras.

O Antagonista obteve, em primeira mão, a lista das contas administradas pelo BTG Pactual Cayman Branch.

As que receberam a maior parte dos bilhões de Eike são as numeradas 446 (63X Master Fund) e 884 (Centennial Asset Brazilian Equity Fund LLC).

A conta 2033 em nome da Green Lane Capital Corp era usada para pagar leasing de jatinhos, como o famoso Gulfstream GV-SP, prefixo PR-OGX, usado por Sérgio Cabral e Adriana Ancelmo.

Confira a relação completa:

- Centennial Asset Ltd: conta 444

- Centennial Asset Mining Fund LLC: conta 449

- Centennial Asset Brazilian Equity Fund LLC: conta 884

- 63X Master Fund: conta 446

- 63X Investments LTD: conta 454

- 63X Fund: conta 472

- 3BX Investments LLC: conta 443

- 3BX Investment Fund I LLC: conta 455

- WRM1 LLC: conta 458

- WRM2 LLC: conta 452

- EBX Panamá S/A: conta 460

- EBX Siderúrgica de Bolívia S/A: conta 453

- MMX Mineria e Metalicos de Bolivia S/A: conta 457

- Ardpoint Holdings Inc: conta 456

- Greenlane Capital Corp: conta 2033

- AUX LLC: conta 10787

O Antagonista soube que só uma das contas de Eike Batista no exterior recebeu mais de R$ 2 bilhões em 2014.

Há indícios de que, a partir da deflagração da Lava Jato, o empresário abriu outras contas em nome de laranjas e familiares para ocultar o dinheiro.
Pedrita
31/01/2017 12:12
Então o pt de Gaspar foi tão ruim que deixou aproximadamente r$ 8 milhões em caixa, sendo r$ 3 milhões do Samae do Melato. Lembrando que projetos em execução com mais de 20 milhões de reais travados pelos pmdbistas junto a CEF (pra garantir a eleição através de deputados fa mesma sigla, inclui-se ai as ruas Arthur Poffo, Madre Paulina, Itajai, Carlos R. Schramm, Bonifácio Haedchem e Casinha de prastico.
Não foi um governo tão ruim assim, esperamos que Kleber faça mais que Zuchi fez, que traga mais dinheiro pra Gaspar, já tem o apoio, desde Cunha e seu amigo Peninha, Temer, Berger, Colombo e muito mais.
Herculano
31/01/2017 09:46
BALANÇO DO ÚLTIMO ANO DE GOVERNO PETISTA EM GASPAR

Está no Diário Oficial dos Municípios - aquele que se esconde na internet e não tem hora para sair e edição de ontem ficou indisponível o dia inteiro até altas horas da noite - o balanço das contas consolidadas da gestão 2016 do ex-prefeito Pedro Celso Zuchi, PT.

Quem entende e tiver paciência para esmiuçar números, segredos e contabilidade criativa, são 30 páginas para se esbaldar. Acorda, Gaspar!
Herculano
31/01/2017 08:52
ILHOTA EM CHAMAS

O Diário Oficial dos Municípios - aquele que se esconde na internet e ontem ficou indisponível até altas horas da noite a edição 2179 - não trouxe a revogação das novas diárias do prefeito Erico de Oliveira, PMDB, seu vice, seus secretários e funcionários.

Ou seja, sem a publicação, tudo continua como antes. Aliás, outras publicações continuam na gaveta do prefeito.
Herculano
31/01/2017 08:27
FALTA DE TRANSPARÊNCIA DA CÂMARA DE GASPAR

O atual presidente Ciro André Quintino, PMDB, e a atual mesa diretora da Câmara, editaram dez resoluções. Somente três delas aparecem no portal.

Sete delas sumiram

O que o presidente Ciro e os que dirigem a Câmara de Gaspar querem esconder? O Ministério Público que cuida da Moralidade Pública já colocou o olho uma vez nessa esbórnia dos vereadores. Eles continuam a desafiar uma decisão judicial e mandado bananas para a promotora Chimelly Louise de Resenes Marcon. Acorda, Gaspar!
Herculano
31/01/2017 08:04
ILHOTA EM CHAMAS

Estudantes universitários de Ilhota e Baú não terão mais ônibus pagos ou subsidiados para Itajaí, Balneário Camboriú, Blumenau e Indaial pela prefeitura de Ilhota.

Foi isso o que pais e estudantes souberam ontem à noite na reunião promovida pela Associação nas dependências da Câmara Municipal.

A prefeitura quer diminuir os custos.

A proposta inicial é repassar uma quantia para a Associação e ela que se vire na administração dos ônibus e das necessidades de seus associados, até porque com a ponte dos Sonhos, não há mais razão para se ter linhas específicas do Baú.

É uma saída em época de crise. Esta "saída" apenas reforça o quanto errada foi a decisão do prefeito Érico de Oliveira, PMDB, em aumentar abusivamente as suas diárias, dos seus e funcionários.

Ora, se não há recursos ou eles estão escassos para se aplicar em educação (apesar de que ensino universitário não é obrigação municipal), qual o fundamento lógico que moveu aumentar as diárias?

A notícia correu ontem a noite nas redes sociais e se instalou uma nova polêmica na cidade. Escaldados com a repercussão do caso das diárias e outras, políticos do poder se apressaram em "esclarecer" a situação, fazer ameaças e até demonstrar o radicalismo de que tem que fazer do jeito o que o prefeito Érico quer fazer.

Os membros da Associação ficaram de conversar hoje com a secretaria de Educação de Ilhota, prefeito e até os vereadores para encontrar uma solução.

O que o prefeito Érico precisa compreender logo? Que o cargo e função de prefeito é público e que não é possível esconder ou impor as suas decisões que afetam parte da população. Outra, a imprensa é parte desse cenário de fiscalização ou repercussão das suas decisões, boas e não tão boas assim. Nem mais, nem menos.
Herculano
31/01/2017 07:34
CAOS POLÍTICO AJUDA TEMER A RECOLOCAR A ECONOMIA NO BOM CAMINHO, AFIRMA FHC, por Josias de Souza

Fernando Henrique Cardoso está surpreso com os resultados da gestão de Michel Temer. "Eu não imaginava que o governo Temer fosse conseguir no Congresso tanto quanto ele conseguiu", disse o ex-presidente tucano. Para FHC, os sinais emitidos pela política econômica já permitem até "imaginar uma saída do buraco." Paradoxalmente, ele atribuiu ao caos político as mudanças que recolocam a economia no que chama de "bom caminho."

Durante a entrevista, ocorrida nesta segunda-feira (30), FHC comparou a conjuntura atual à situação vivida por ele quando foi ministro da Fazenda do governo Itamar Franco ?"época em que colocou em pé o Plano Real. "Havia uma situação caótica, semelhante à atual. Saíamos de um impeachment, tivemos o escândalo dos anões do Orçamento, o governo era de transição."

Hoje, disse FHC, em meio a um cenário em que "está tudo caótico, tudo meio solto, todo mundo meio tonto", Temer aprovou no Congresso medidas como o teto para os gastos públicos e a mudança na legislação sobre exploração de petróleo. "É nesses momentos de caos que o país consegue caminhar", afirmou.

As avaliações de FHC foram feitas três dias depois de um encontro que ele teve com Temer. Conversaram na última sexta-feira, em São Paulo. Dias antes, Temer reunira-se em Brasília com o presidente do PSDB, Aécio Neves. Entre outros temas, trataram da nomeação do deputado tucano Antonio Imbassahy para a pasta da coordenação política do governo. Algo que deve ocorrer em fevereiro.

Imbassahy será o terceiro ministro tucano na equipe de Temer. Os outros dois são José Serra (Relações Exteriores) e Bruno Araújo (Cidades). Num instante em que o tucanato ancora seus projetos políticos na gestão Temer, a boa vontade de FHC não o impediu de avaliar os riscos. Para ele, a tática de aproveitar o caos político para emplacar reformas econômicas tem limites. "Se a crise ficar muito grande, perde o controle", disse.

Ironicamente, o PSDB é o autor das ações que pedem a cassação da chapa Dilma-Temer no Tribunal Superior Eleitoral. Que tal desistir do processo? "Não dá mais para retirar", lamentou FHC. A eventual cassação de Temer será "ruim, porque vai haver uma complicação muito grande", acrescentou. "Mas acho que os dados estão lançados. O que tiver que acontecer, vai acontecer."

FHC aplaudiu a decisão da presidente do Supremo Tribunal Federal, Cármen Lúcia, de homologar os 77 acordos de delação da Odebrecht. "Era preciso fazer. Acho que a ministra agiu direito." Entre os personagens citados nas delações estão Michel Temer e três presidenciáveis do PSDB: Aécio Neves, Geraldo Alckmin e José Serra.

Vai abaixo a transcrição da entrevista de FHC:

- Que avaliação faz do governo Michel Temer? Creio que, com todas as dificuldades, há sinais corretos na política econômica, que permitem imaginar uma saída do buraco. Eu não imaginava que o governo Temer fosse conseguir no Congresso tanto quanto ele conseguiu.

- Refere-se à aprovação da emenda do teto de gastos? O governo conseguiu aprovar a emenda do teto dos gastos públicos. Também alterou a legislação de exploração do petróleo, que não é pouca coisa. Está mexendo na estrutura do ensino médio. São coisas muito difíceis. E o governo foi fazendo. Vamos ver agora o que vai acontecer com a reforma da Previdência, que também é muito difícil. Acho que o Congresso, vendo que o déficit é alto, pode avançar. Sei que é difícil porque também enfrentei o problema. Alguma coisa nós fizemos. Perdemos uma votação sobre idade mínima para aposentadoria por um voto.

- Não receia que o agravamento da crise política prejudique a política econômica? Se piorar muito, pode prejudicar. Mas como está, creio que não. Eu me lembro da época em que fui ministro da Fazenda. Havia uma situação caótica, semelhante à atual. Tivemos o impeachment, o escândalo dos anões do Orçamento, o governo era de transição. A tese que eu defendia, nas conversas com a minha equipe na época, era a seguinte: olha, nós só conseguimos fazer alguma coisa quando está tudo desorganizado. Quando os interesses estão encastelados, você não muda nada. Nesse momento, está tudo caótico, tudo meio solto, todo mundo meio tonto. Inclusive o setor político. É nesses momentos de caos que o país consegue caminhar. Basta que haja um rumo e alguma insistência. É claro que tem limites para isso. Se a crise ficar muito grande, perde o controle.

- Sua tese é de que Michel Temer deve aproveitar a desorganização política para avançar nas reformas? É o que eu acho. Creio que o governo, bem ou mal, está tentando fazer isso. Até aqui, teve algum êxito. Mesmo que ele não tenha plena consciência de todos os movimentos que está propondo, mesmo que não seja capaz de explicar à sociedade a direção que vem adotando, o fato é que ele caminha numa boa direção, recoloca a economia no bom caminho.

- O PSDB poderia desistir do processo que ajuizou no TSE para cassar a chapa Dilma-Temer? Não dá mais para retirar, porque é uma ação pública. Não pode mexer.

- Acha que seria ruim se houvesse a cassação do mandato de Temer? É ruim, porque vai haver uma complicação muito grande. Mas acho que os dados já estão jogados. O que tiver que acontecer, vai acontecer. Espero que não aconteça nada que leve a uma comoção maior.

- Até porque, numa eleição indireta feita pelo Congresso, a encrenca poderia cair no seu colo, não? Deus me livre!

- Acha que foi acertada a decisão da ministra Cármen Lúcia de homologar as delações da Odebrecht antes da indicação de um substituto para o ministro Teori Zavscki na relatoria da Lava Jato? Creio que foi acertada a decisão. Ela assumiu a responsabilidade dela como presidente da Corte. Tem brecha no regimento para isso. Era preciso fazer. Acho que a ministra agiu direito.
Herculano
31/01/2017 07:28
O NOVO NORMAL, por Hélio Schwartsman para o jornal Folha de S. Paulo.

Considero positiva a decisão da presidente do STF, ministra Cármen Lúcia, de, na qualidade de plantonista do Supremo, homologar as delações premiadas da Odebrecht. Como eu já havia defendido aqui, a medida tem o mérito de sinalizar que a Lava Jato foi institucionalizada, não dependendo só da vontade individual deste ou daquele juiz para avançar.

É pena que a ministra não tenha determinado também o fim do sigilo sobre as acusações que ex-diretores da empreiteira fazem a políticos. Pode-se até ver virtude no gesto de Cármen Lúcia. Ela, afinal, resistiu à tentação de, liberando tudo, converter-se na nova paladina da justiça e musa da Lava Jato. Heróis e ídolos são tudo o que não precisamos no momento. Para que se possa afirmar que a operação de fato trouxe ganhos institucionais, é necessário que ela dispense todo tipo de voluntarismo e se converta no novo normal do país, desmentindo a noção de que poderosos não respondem por crimes que tenham cometido.

Não tendo sido Cármen Lúcia a levantar o segredo, é importante que o próximo relator do caso o faça logo que assumir a incumbência. O fim do sigilo não apenas acabaria com os vazamentos seletivos ?"uma mácula na atuação da Justiça?" como daria início ao tão necessário processo de reconhecimento de perdas pelo qual a política brasileira precisa passar.

Compreende-se que boa parte das cúpulas partidárias e, especialmente, o governo estejam receosos de ver a materialização daquilo que chamam de "fim do mundo". Mas atrasar a chegada do inevitável não é apenas inútil. É contraproducente.

Enquanto não ficar mais ou menos claro quais caciques sobreviverão à Lava Jato e quais se inviabilizarão, será muito difícil superar a crise política. Não dá para saber nem quem terá condições de lançar-se candidato a presidente em 2018. E, sem essa e outras definições, a política simplesmente não anda.
Herculano
31/01/2017 07:23
da série: Gaspar também será assim? Com a resposta Jovino Cardoso, o conselheiro mor das grandes decisões da administração daqui.

VIAÇÃO PIRACICABANA FICARÁ EM BLUMENAU POR PELO MENOS 20 ANOS

Conteúdo do Informe Blumenau. Texto de Alexandre Gonçalves.A empresa, que opera o sistema de forma emergencial na cidade, foi a única a apresentar proposta ao edital lançado pela Prefeitura há 45 dias. O representante da Viação Piracicabana entregou a proposta minutos antes do encerramento do prazo das propostas, 14 horas desta segunda-feira, 30, no salão nobre.

A proposta vai pelo teto da tarifa prevista no edital, R$ 3,90, ou seja, em muito breve haverá mais um reajuste de cinco centavos no preço atual.

Não era surpresa que o grupo que está por trás da Piracicabana apresentaria proposta, mas havia dúvida se seria com a atual empresa ou com outras do mesmo grupo. Havia até a especulação de que seria um consórcio do grupo, possibilidade permitida no edital, que acabou não acontecendo.

Agora a comissão de licitação da Prefeitura tem 30 dias no máximo para ver se a documentação está correta. Passado este tempo, a Piracicabana terá 90 dias para começar a operação, com pelo menos 100 ônibus novos e renovação total da frota em até três anos.

Fora do caráter emergencial que atuava até agora, a Viação Piracicabana terá que melhorar muito a prestação do serviço, até por força das cláusulas previstas na licitação. E a Prefeitura terá que deixar de ser "boazinha" para a empresa e fiscalizar com o rigor que se exige.

Uma curiosidade. A Viação Piracicabana começou a operar em caráter emergencial no dia 31 de janeiro de 2016. Um ano depois, o emergencial caminha para virar permanente.
Herculano
31/01/2017 07:19
CARLOS TONET CONSTATA

Gaspar, Ilhota e Luís Alves se unem e vetam entrada de Trump em solidariedade aos muçulmanos.

Trombudo Central, Laurentino e Pouso Redondo devem votar proposta semelhante durante a semana.
Herculano
31/01/2017 07:13
da série: como a esquerda do atraso dissimula os seus embates, Por exemplo a Lava Jato e as roubalheiras passam longe e sem assunto, esquece de contar que a previdência para o povo está neste caos porque a esquerda, os políticos, os servidores, seus sindicatos e a CUT criaram privilégios que nenhum trabalhador comum tem, mas paga para uma casta de privilegiados.

EMBATES DE 2017, por Vanessa Grazziotin, senadora pelo PCdoB-AM, no jornal Folha de S. Paulo

No imaginário popular, o ano só começa após o Carnaval. Mas 2017 começou mais cedo e promete acabar mais tarde. Assim como não tivemos a ressaca pré-carnavalesca, dificilmente teremos o tradicional relaxamento natalino. O ano promete.

Começou com chacinas nos presídios, a cúpula do governo denunciada nas operações policiais/judiciárias, desemprego monstruoso, fracasso na economia, falência de Estados e municípios e a posse de Trump ampliando o obscurantismo. Tragédia de toda ordem!

As novas medidas antipovo e antinação anunciadas por Temer explicitam o real objetivo do golpe: trocar a política social em curso pelos velhos fundamentos neoliberais e parar as operações de combate à corrupção. Por enquanto, as medidas adotadas ou anunciadas só agravam a situação, e aliados já esboçam incômodo com o rumo do governo. O debate central de 2017, portanto, será sobre duas pautas antagônicas.

A partir desta quarta (1º), retomaremos a dura batalha travada no Congresso. Serão momentos tensos, de muito embate, porque a pauta é tensa. As reformas propostas por Temer (Previdência, trabalhista, política, telecomunicações) representam duro golpe contra os trabalhadores e contra a nação.

Elas têm como objetivo central retirar direitos, precarizar as relações de trabalho, restringir a política aos partidos controlados por eles e viabilizar a entrega do patrimônio público ao capital privado, como os R$ 100 bilhões de bens públicos que Temer quer repassar às empresas de telecomunicação.

De nossa parte, lutaremos para impedir que os trabalhadores percam direitos, que a democracia seja golpeada e o patrimônio público, dilapidado. Uma preocupação adicional deve unir todos nós, de oposição, e mesmo os parlamentares governistas com algum compromisso patriótico: a defesa de nossa soberania, para evitar a entrega de nosso patrimônio ao capital estrangeiro e para impedir que, sob os escombros da Lava Jato, só restem empresas estrangeiras operando no Brasil.

Nesta quarta teremos eleição das mesas legislativas. A tradição do Senado é de respeito ao regimento, baseada na correlação de forças das bancadas. Não se trata, portanto, de uma disputa propriamente dita. Essa já foi definida nas eleições gerais, e, se assim não fosse, jamais a oposição ocuparia espaços importantes no Parlamento.

Neste momento atípico, porém, em que a democracia foi e está sendo profundamente golpeada, entendo que as forças democráticas e progressistas precisam se apresentar unidas. Adotar uma posição que garanta, a nós e ao movimento popular, não apenas marcar posição, mas melhores condições de enfrentar esses duros embates.
Herculano
31/01/2017 07:06
EIKE OBTEVE GANHO BILIONÁRIO NOS GOVERNOS DO PT, por Cláudio Humberto, na coluna que publicou hoje nos jornais brasileiros

Os governos do PT abriram os cofres para financiar projetos do ex-bilionário Eike Batista, preso nesta segunda-feira (30) no Rio. Até 2013, ainda no primeiro governo Dilma, o BNDES beneficiou ao menos onze empresas do "Grupo EBX", de Eike, num total de R$10,4 bilhões em financiamentos diretos. Outros negócios possibilitados pelos governos Lula e Dilma podem ter rendido ao menos R$20 bilhões ao empresário.

SOLIDO COMO VENTO
Eike ainda contava com as lorotas da cúpula do BNDES para explicar o dinheiro fácil, definindo os ativos da EBX como "sólidos e valiosos".

DINHEIRO ATÉ DO FAT
O BNDES também utilizou recursos do FAT, o Fundo de Amparo ao Trabalhador, para bancar as aventuras de Eike Batista.

XODO DE DILMA
Lula se utilizou do jatinho de Eike em viagens, e Dilma visitou a EBX, quando em discurso disse que o empresário é "orgulho do Brasil".

ORDEM DE CIMA
A ordem para financiar as aventuras de Eike com dinheiro público saía do Planalto, nos governos do PT, apesar dos sinais da derrocada.

PT PODE ENCOLHER PARA 2 SENADORES, EM 2018
O PT, que tem a terceira maior bancada do Senado Federal, corre sério risco de se perder nas menores forças da Casa se repetir, em 2018, o fracasso nas urnas do ano passado. Dos atuais dez senadores petistas, oito terão que enfrentar as urnas no ano que vem, entre eles, enroladíssimos em escândalos como Gleisi Hoffmann (PR), ré na Lava Jato, e Lindbergh Farias (RJ), duas vezes condenado por improbidade.

FORA DO BARALHO
Condenado por improbidade administrativa em duas ações, Lindbergh pode ser enquadrado na Ficha Limpa e não poderá disputar a eleição.

RÉ UNÂNIME
A denúncia da PGR contra Gleisi foi aceita por unanimidade no STF. A acusação é de embolsar de R$1 milhão na roubalheira à Petrobras.

MENINO DA FLORESTA
Atual vice-presidente do Senado, Jorge Viana (AC), é outro na mira da polícia. Ele seria o "menino da floresta" em planilhas da Odebrecht.

CAFÉ SERVIDO FRIO
Renan Calheiros marcou reunião com a bancada do PMDB, na residência oficial do Senado, tentando assumir o controle da própria sucessão. Desmarcou por causa da baixa adesão, para evitar vexame.

ESCOLINHA DO DORIA
João Dória Jr gosta de reunir auxiliares às 7h da manhã, num cenário semelhante à "Escolinha do Professor Raimundo": espécie de sala de aula com lugares marcados, bloco e lápis. E ai da secretaria se houver lápis que não passou no apontador: toma bronca na frente de todos.

É A VIDA
Houve quem apostasse no retardamento da Lava Jato, com a morte do ministro Teori Zavascki. Mas Cármen Lúcia homologou as 77 delações antes mesmo do que se esperava do falecido relator.

SACRIFÍCIO PESSOAL
Alexandre de Moraes continua no páreo para o STF. Diante de amigos, o presidente Michel Temer reconheceu seu "sacrifício pessoal": vive em Brasília, em razão do cargo, e a família em São Paulo.

CONTRA O CONSUMIDOR
O Galeão ampliou o bloqueio ao Uber, para beneficiar táxis amarelos. O bloqueio saiu das dependências do aeroporto e vai agora da entrada da Ilha do Governador até a Av. Brasil. É um absurdo: trata-se do único aeroporto importante que nega ao consumidor o direito de escolha.

BRITO É GRANDE
O presidente Michel Temer mandou bem convidando Orlando Brito para fazer sua foto oficial. Profissional exemplar, honrado, talentoso, é o melhor. Acabou vítima da patrulha petista e da inveja. Mas é grande.

EXPERIÊNCIA
Engana-se quem aposta na "inexperiência" de Grace Mendonça, ministra da AGU. Há 16 anos ela defende a União no Supremo Tribunal Federal, em cujo plenário já fez 72 sustentações orais, um recorde.

PROVAS ABUNDANTES
Os próprios parlamentares petistas comentam, pedindo para não serem citados, que a delação da Odebrecht, finalmente homologada ontem, deve sacramentar a prisão do ex-presidente Lula.

PENSANDO BEM...
...Eike Batista começou a cumprir a promessa de "ajudar na busca da verdade": abandonou a peruca.
Herculano
31/01/2017 06:58
REGALIAS JUDICIÁRIAS, editorial do jornal Folha de S. Paulo

Há poucas dúvidas de que o Judiciário brasileiro esteja entre os mais caros do mundo. Conforme as cifras oficiais mais atualizadas, as cortes federais e estaduais custaram R$ 79,2 bilhões aos contribuintes em 2015, o equivalente a 1,3% da renda do país. As estatísticas internacionais raramente reportam proporções acima de 0,5%.

O percentual extravagante decorre em grande parte das benesses de que magistrados e servidores desse Poder desfrutam, incompatíveis com o patamar de desenvolvimento econômico nacional ?"nem se mencione a conjuntura de depauperação dos orçamentos públicos.

Tal contexto deveria ser mais que suficiente para desaconselhar a expansão das despesas com pessoal nos tribunais. Ainda pior é que os juízes se valham de subterfúgios pouco transparentes para elevar os vencimentos das corporações.

Conforme noticiou esta Folha, o pagamento de benefícios extrassalariais ?"que incluem penduricalhos tão diversos quanto auxílio-moradia, auxílio-educação, diárias e passagens aéreas?" elevou-se em espantosos 30% no Judiciário de 2014 para 2015, em pleno agravamento da crise que ainda assola o país.

Nada menos que R$ 7,2 bilhões em um ano foram destinados a regalias do gênero, mais do que foi investido, por exemplo, nas rodovias federais. Parcela considerável desse dispêndio, ademais, escapa ao teto remuneratório do serviço público, de R$ 33,8 mil mensais.

Bastará notar que, de acordo com levantamento do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), a despesa média com cada magistrado atingiu R$ 46,2 mil por mês. Ridiculariza-se, assim, um instrumento que deveria pôr freio às demandas de uma categoria já privilegiada.

Maus exemplos começam pela cúpula. Um caso especialmente escandaloso é o do auxílio-moradia de quase R$ 4.400 mensais concedido em 2014 a todos os magistrados por meio de decisão provisória do ministro Luiz Fux, do Supremo Tribunal Federal.

Recorde-se que, por ironia, a medida surgiu de um propósito moralizador: ao mesmo tempo em que estabeleceu-se um limite para vetar valores ainda mais abusivos, o auxílio ?"cuja concessão nem mesmo leva em conta o local de trabalho do beneficiário?" acabou sendo autorizado em Estados onde inexistia.

De imediato, o mínimo que se exige da mais alta corte brasileira é o exame às claras, de maneira definitiva, de tema que já se encontra pendente há mais de dois anos. Idealmente, o Judiciário deveria se impor a tarefa mais ampla de se ajustar à realidade nacional.

Será melhor fazê-lo por iniciativa própria do que forçado pelas pressões da opinião pública e da escassez orçamentária.
Herculano
30/01/2017 19:20
INDICADO PARA A VAGA ABERTA PELA MORTE DE TEORI ZAVASCKI JÁ É ALVO DOS ATAQUES DA ESQUERDA. SAIBA POR QUÊ, por Percival Puggina
 
Ives Gandra da Silva Martins Filho, atual presidente do TST [Tribunal Superior do Trabalho] dispensou o apartamento funcional a que teria direito em Brasília para morar em acomodações de uma paróquia de Brasília.

De perfil conservador, é reconhecido na magistratura e entre ministros do STF como um juiz firme sereno, corajoso e incorruptível. Até a esquerda moderada considera Ives um bom nome para suprir uma lacuna na atual composição "progressista" do STF.

Homem culto, tem paixão pela música clássica, e traduziu para o português obras de Tolkien e Chesterton.

Ao assumir a presidência do TST, Ives Gandra Martins da Silva Filho cancelou projetos que custariam R$ 1 bilhão aos cofres públicos. Se for indicado, passará por um processo de "assassinato de reputação" movido por militantes esquerdistas da política, da imprensa e do meio jurídico. Por qual delito? Pelo delito de ser católico.
Herculano
30/01/2017 17:59
A NOITE EM QUE ESCAPEI DE PAGAR A CONTA DO JANTAR COM EIKE, por Augusto Nunes, de Veja

O magnata que vendia nuvens nunca tinha no bolso alguns trocados para o garçom ou o flanelinha

Em 30 de agosto de 2010, durante a entrevista de Eike Batista ao Roda Viva, a apresentadora Marília Gabriela quis saber onde o entrevistado guardava a montanha de dinheiro que há dois anos lhe vinha garantindo uma vaga no ranking da revista Forbes que agrupa os mais ricos do planeta. "Todos os meus recursos estão todos aplicados", enfatizou o magnata que nunca tinha no bolso alguns trocados para o garçom ou para o flanelinha. "Você tem alguma coisa guardada?", entrei na conversa. "Nãããooo", enfatizou o entrevistado. "Meus recursos estão todos aplicados em meus projetos?"

Subitamente confuso, estacionou nas reticências, procurou em vão o fio da meada e soltou a frase sem nexo: "Por acaso, eu durmo bem". Feita a ressalva amalucada, retomou o palavrório: "Mas esses meus projetos? quer dizer? projetos bem gerados pagam todas as contas." Aproveitei a pausa para dirimir a dúvida que me assaltara desde que conheci Eike Batista: "Quer dizer que se a gente sair para jantar eu pago a conta?". Ele fugiu da resposta com um convite: "Vem comigo". Ainda bem que não fui, disse-me no dia seguinte um amigo que sabe das coisas e conhecia muito bem o personagem: "Você não só pagaria a conta como, antes da sobremesa, compraria um lote de títulos de empresas que nunca existirão".

Naqueles tempos delirantes, com o país anestesiado pelos farsantes no poder, Eike festejava fortunas imaginárias, Lula comemorava o colosso de petróleo que nunca saiu do fundo do Atlântico, Sérgio Cabral erradicara a violência nos morros e cuidava dos últimos retoques num Rio que lembrava Pasárgada com praia e teleférico de favela. Hoje está claro que o maior dos governantes desde Tomé de Souza, o megaempresário de matar de inveja banqueiro alemão de antigamente e o reinventor do Rio Maravilha eram apenas três vigaristas. Três corruptos sem vestígios de vergonha na cara. Três incapazes capazes de tudo.

Cabral e Eike já mofam na cadeia. O que a dupla tem a dizer vai apressar a remontagem da trinca que deve ser qualificada pelo que sempre foi: um repulsivo caso de polícia.
Herculano
30/01/2017 17:52
EIKE CARECA É A FOTOGRAFIA DE UM BRASIL DIFERENTE, por Josias de Souza

A imagem do ex-bilionário Eike Batista careca, uniformizado de preso, escoltado por policiais, sendo transferido de uma penitenciária para outra é o retrato de um Brasil em mutação. Um país ainda desanimador. Mas que já consegue expor as mazelas que comprovam uma evidência: esta é a nação onde há as mais fabulosas possibilidades de surgir um mundo inteiramente novo. Caos, matéria-prima básica dos grandes recomeços, não falta.

Eike voara para Nova York dois dias antes da decretação de sua prisão. Dispunha de dinheiro e de um passaporte alemão. Poderia tentar uma fuga. Preferiu retornar para "ajudar a passar as coisas a limpo". Fez isso porque concluiu que já não é tão fácil ficar completamente impune depois de passar as coisas a sujo no Brasil ?"um país que ainda não é inteiramente outro, mas já está diferente.
Herculano
30/01/2017 17:46
ASSEMBLÉIA TERÁ NOVO PRESIDENTE NA QUARTA-FEIRA

Na sessão de amanhã, os 40 deputados vão eleger o novo presidente da Assembleia Legislativa. Ele sucederá Gelson Merisio,PSD. Até o momento, a única candidatura oficialmente anunciada é do deputado Silvio Dreveck ,PP, do Norte do Estado, com Aldo Schneider PMDB, do Alto Vale do Itajaí, na 1ª Vice-Presidência. A candidatura de ambos foi anunciada em novembro de 2016.
Herculano
30/01/2017 17:41
FALTA DE GRANA MATA O AMOR PORQUE ELE PERECE DIANTE DA FALTA DE HORIZONTES, por Luiz Felipe Pondé, no jornal Folha de S. Paulo

Afeto tem preço? Sim, tem. E, enquanto você não descobriu o seu preço, ainda não pensou a fundo no tema.

Algum tempo atrás, nesta coluna, escrevi que hoje em dia é difícil saber separar afeto de grana (referia-me especificamente ao amor entre pais e filhos, mas o tema vai além disso, tocando o amor romântico também). Recebi alguns e-mails de leitoras revoltadas dizendo que era um absurdo eu não ser capaz de separar amor e grana. Eu já acho o contrário. Enquanto não pensarmos claramente no quanto amor e grana se misturam, não veremos nenhuma fronteira entre os dois.

Em nossa época, mentiras viraram moeda de troca no mercado do pensamento público. Agradar aos outros é métrica de valor. Eu não jogo esse jogo.

Devemos escapar da armadilha comum de pensar que assumir um preço para o afeto implica ser uma pessoa interesseira. Claro que esse caso óbvio também existe. Penso em pessoas motivadas pelo afeto mesmo e que, tristemente, às vezes, se batem com o limite material delas. Não era outra coisa que o grande Nelson Rodrigues tinha em mente quando dizia que dinheiro compra até amor verdadeiro.

O fato é que grana é um potencializador da vida.
Com ela você pode criar um ambiente no qual confiança, bem-estar e um forte sentimento de muitas perspectivas se abrem diante de você. Onde bons sentimentos nascem? Num final de semana prolongado em Roma ou no trânsito de oito horas para Praia Grande?

Grana cria horizontes no quais você se desenvolve e pode sonhar com melhores modelos de você mesmo. Grana dá a você a chance de ser generoso, ousado, seguro de si mesmo. No caso das meninas se dá a mesma coisa.
Acrescentaria que no caso das meninas existe também um delicado sentimento (às vezes enterrado no mais fundo do cotidiano) de que, se alguém te dá uma bijuteria no lugar de uma joia, você se sente uma bijuteria, e não uma joia. E, em alguma medida, com razão. Porque o preço de uma joia representa o valor investido na mulher para quem você dá essa joia.

Homens, que na maioria das vezes ganham mais e são mais escravos da obrigação do sucesso material, se sentem investidos de amor pela mulher quando ela demonstra serem eles a sua prioridade. Quando ela reconhece potência em tudo o que eles fazem ?"o que não significa só ganhar dinheiro.

Falta de grana mata o amor porque ele perece diante da falta de horizontes. Do sentimento de que a vida está acabada naquela fórmula pobre de ser. Num cotidiano em que a rotina é sempre a da falta de liberdade de escolha. A dificuldade de enxergar isso torna ainda mais o afeto dependente da grana. A mentira sobre isso torna o amor ainda mais barato porque mais indefeso diante das contingências do dia a dia.

Quer outro exemplo? Você se casa com um cara que tem uma ex-mulher. Se ele der muita atenção para ela e se preocupar muito em deixá-la "bem materialmente" mesmo depois da separação, você vai, sim, achar que ele ainda a ama. Não minta sobre isso só pra ficar bem com o marketing do bem, que deixa o mundo ainda mais cretino do que ele já é normalmente.

O caso do amor entre pais e filhos não é tão diferente, apesar de depender mais da classe social e da cultura do país. No Brasil, da classe média alta pra cima, se você não der um apartamento para cada filho, fracassou como pai.
Imagine que seu pai deixou sua mãe por uma mulher 20 anos mais nova do que ele, e que ele teve um filho com ela. Sei, sei, dizem por aí que todos os jovens tiram isso de letra hoje, mas isso é, também, uma mentira do marketing do bem.

Agora imagine que ele nega para você uma viagem para Paris nas férias, mas faz um lindo quarto de bebê com todas as frescuras que sua nova jovem mulher pede. Quando encontra com você, só fala do novo "irmãozinho". Que tal?

Invertamos a situação. Imagine que você dedicou 40 anos da sua vida para seu filho. Imagine que agora ele é bem-sucedido profissionalmente, mas deixa você viver numa casa de repouso miserável paga com sua aposentadoria.

Onde está a fronteira entre amor e grana aí? Em Roma ou Praia Grande?

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