07/12/2010
Xepa I
O ex-prefeito Luiz Fernando Poli, ex-MDB, ex-PFL e ex-PDT quer ser vice nas próximas eleições aqui em Gaspar. E pelo jeito, de qualquer um que der chances à boquinha. Para quem foi duas vezes prefeito, o gesto é um retrocesso sem tamanho fazer este tipo de ensaio. É coisa de liquidação em fim de feira. Aliás, quem quer ser vice não quer ser nada. Foi isso que aconteceu com o PSDB de Santa Catarina nas últimas eleições. Lembram?
Xepa II
E quem circulou por aqui como portador intencional de tal notícia? O seu irmão Luiz Eurides Poli, mais conhecido como Michola. Ou seja, tudo em família como antes. Ele foi o ex ?todo poderoso? do último governo do Poli (1993-96). Em 2008, no PDT, Michola testou a sua popularidade, a do governo e a da oligarquia Poli. Concorreu a vereador, com apoio do irmão ex-prefeito, e obteve expressivos 329 votos. Ai voltou para Florianópolis.
Xepa III
Como o PDT está fora do futuro governo estadual DEM/PMDB (e outros inexpressivos), Michola acha que é hora de voltar para Gaspar. Por isto, decidiu investir no irmão. Difícil vai ser arrumar um partido para Luiz Fernando. DEM, PMDB, PP e PSDB fingem que este assunto nem é com eles. O PSB que já foi do ex-prefeito Adilson Luiz Schmitt, parece que está à deriva, mas terá que apoiar Dilma, Ideli e Zuchi. Como se está falando em xepa... Acorda, Gaspar.
Liderança I
O prédio do fórum de Gaspar é, digamos, algo constrangedor para quem trabalha lá e para quem precisa dos serviços e Justiça. É pequeno, desconfortável, improvisado e falta-lhe até acessibilidade para portadores de necessidades especiais, por exemplo. E isto não é de agora. Pior mesmo é quando se projeta o futuro dele e da cidade. E quem teve a iniciativa de acordar as lideranças de Gaspar para o problema? Álvaro Correia, ex-radialista (colunista neste jornal) e ex-deputado estadual, gasparense, mas que fez a vida em Blumenau, onde foi vereador e um idealista (vencedor) das causas do Vale do Itajaí.
Liderança II
Este comentário, não quer desmerecer outros que já se engajaram nesta ação voluntária e comunitária. Ao contrário. Entretanto, este é um retrato triste das iniciativas de Gaspar e dos gasparenses nas causas essenciais daqui. Tem-se a impressão de que há um desânimo, inveja ou a noção da falta de prioridade. Assim foi com o Hospital (para não citar outras). Ali, o olhar externo foi prevalente. Tomara que, com o novo prédio do Fórum, não haja divergência ou boicote político (porque se acha que há segundas intenções por detrás da iniciativa comunitária) e discriminatório (como aconteceu com o Hospital), só porque alguém ?de fora? tomou a iniciativa de estimular a comunidade à solução para um evidente problema local. Acorda, Gaspar.
Futuro
Blumenau discute, monta e finaliza o projeto ?Blumenau 2050?. E Gaspar? Adora o projeto ?Gaspar 1950?, cujas duas vertentes de progresso (e não de desenvolvimento) eram a Ponte Hercílio Deecke (comprometida) e a pavimentação da Rodovia Jorge Lacerda (quase intransitável). Acorda, Gaspar.
A Verdade I
Para você que votou, acreditou e defendeu Dilma, como presidente, reproduzo aqui o que o colunista Elio Gasperi, publicou sob o título de?aloprados? na sua coluna deste Domingo na Folha de S. Paulo. ? O governo Dilma Rousseff nem começou e coleciona uma agenda de disparates. Durante a campanha a doutora prometeu o controle da carga tributária, a defesa da moralidade e a contenção de gastos. Um pequeno balanço: 1) Três dias depois de sua eleição, perfilhou a ressurreição da CPMF, imposto derrubado pelo Congresso. 2) Na primeira reunião do conselho político de sua base de apoio, a única proposta substantiva apresentada foi à legalização dos bingos. 3) Seu primeiro investimento poderá ser a compra de um AeroDilma, que custa em torno de R$ 500 milhões.
A Verdade II
Para você que acreditou e defendeu Dilma e principalmente anda a tiracolo e acredita na senadora Ideli Salvatti, PT, a gasparense honorária, abro-lhe o olho. Na mesma semana que Dilma quer comprar um novo avião por R$500 milhões para ela viajar, dez vezes mais caro do que se pagou recentemente pelo AeroLula (repito, dez vezes), as obras da duplicação da BR-470 foram outra vez adiadas por falta do tal projeto executivo. Dilma e Ideli juraram, para obter os votos, que a BR-470 seria prioritária para nós. A morte de cidadãos, cidadãs e cidades (como Gaspar e outras tantas do Vale do Itajaí) parece ser a melhor escolha diante de todas as circunstâncias e evidências.
Ficha Limpa
Excelente a iniciativa, se não for demagógica, do vereador Rodrigo Boeing Althoff, PV, no projeto que só permitirá a contratação de servidores comissionados na Prefeitura e na Câmara de Gaspar com o que se denomina hoje de Ficha Limpa. Aprovado na Câmara falta o aval do prefeito Pedro Celso Zuchi, PT. Se essa Lei vingar, acho que vão sobrar vagas no serviço público e gente acostumada com a teta, vai ficar desta é vez chupando o próprio dedo.
Pressão I
Parece que 2011 vai ser mesmo diferente. A administração municipal está orientando os seus servidores cedidos ao Fórum para que eles retornem às suas funções originais. Alega para tal, que o caso João David de Borba pode ter respingos jurídicos. Falso. Jogo de cena. Pressão. João David de Borba é um comissionado, desviado intencional e propositadamente de sua função e lotado em outra cidade. É algo político e contra a legislação. Ou seja, bem diferente dos servidores que são concursados ou efetivos e estão emprestando serviços a outros órgãos no próprio município de Gaspar. Hoje são oito os cedidos. Roberto Marcolino já voltou.
Pressão II
A nova orientação da prefeitura tem cheiro de retaliação e fere o senso de independência (e harmonia) dos poderes. Além do mais, percebeu-se na prefeitura nestes dois anos de governo petista o estrago da estratégia jurídica equivocada. Resumindo poderia até se ganhar momentaneamente tempo no juízo de primeiro grau com as chicanas do procurador geral. Entretanto, na prática está se perdendo todas essas ?vantagens? na Justiça Federal, nos recursos no Tribunal de Justiça, no Ministério Público e no Tribunal de Contas do Estado. Feitas as contas não estão enxergando vantagens da administração sobre a cidade, a cidadania, os cidadãos e as cidadãs. É ruim, heim?
edição 1253
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