Por Herculano Domício - Jornal Cruzeiro do Vale

Por Herculano Domício

02/10/2015

A IMPROBIDADE I
Gaspar, Gaspar, Gaspar. Agosto, decididamente, não foi um mês bom para os políticos daqui. Especialmente para o PT, uma franquia nacional que se desmancha no discurso e à própria farsa. Ele pressiona para que ninguém dê as notícias de fatos públicos. A promotora Chimelly Louise de Resenes Marcon, que cuida da Moralidade Pública, silenciosamente e de forma estruturada, abriu a caixa de ferramentas contra as mazelas e espertezas dos políticos e gestores públicos da Comarca. Foi corajosa, ou, fez apenas o seu trabalho com coragem e profissionalismo. Uma dúzia de ações foram parar quase ao mesmo tempo no Fórum. Entre elas está a indisponibilidade dos bens do prefeito Pedro Celso Zuchi, da sua vice Mariluci Deschamps Rosa, do chefe de gabinete Doraci Vanz e do ex-procurador Leandro Menegazzo.


A IMPROBIDADE II
O juiz Raphael de Oliveira e Silva Borges, da primeira Vara, não deu a liminar. No despacho escreveu: “apreciarei o pedido após apresentação da defesa pelos requeridos”. E deu 15 dias para manifestação dos réus. A promotora pediu na medida a “indisponibilidade de todos os ativos financeiros existentes em contas correntes e demais aplicações financeiras (poupanças, fundos de renda fixa e variável, fundos de previdência privada, etc.) de Pedro Celso Zuchi, Mariluci Deschamps Rosa, Doraci Vanz e Leandro Menegazzo para um fato, no importe de R$ 18.671,25, e de Pedro Celso Zuchi, Mariluci Deschamps Rosa e Doraci Vanz, num outro, de R$ 57.132,21, a fim de que se possa assegurar o ressarcimento integral do dano e o pagamento da multa civil, mediante o bloqueio online a ser realizado pelo sistema Bacen Jud”


IMPROBIDADE IV
Na primeira demanda judicial, o coordenador da campanha de Zuchi e Mariluci, Doraci Vanz, usou material da prefeitura e botou o procurador da prefeitura para ser o advogado da campanha. “Foi, então, que a obviedade se concretizou; ou seja, justamente o Procurador Geral do Município Leandro Menegazzo, recém nomeado interinamente pelo prefeito Pedro Celso Zuchi para o cargo comissionado (dedicação integral), foi quem procedeu à defesa técnica dos interesses particulares dos referidos demandados no processo judicial”. E não foi a primeira vez que isto aconteceu. Zuchi já tinha sido condenado em ato impróprio semelhante no processo 025.07.0016,24-5. A promotora Chimelly não menciona, até porque é fato recente. Entretanto, Zuchi acaba de enviar à Câmara uma “espécie” de regularização destes tipos de atos impróprios. É o Projeto de Lei 49. Ele dá direito à assistência jurídica integral aos prefeitos, vereadores e secretários à custa dos altos impostos pagos pelos gasparenses.


IMPROBIDADE V
Voltando. A licença prêmio concedida por Zuchi ao seu chefe de gabinete Doraci Vanz, para ser o seu coordenador de campanha, também foi feito ao arrepio da lei, concluiu Chimelly. “Ausentes os requisitos autorizadores, notadamente quanto ao período aquisitivo quinquenal (Lei Municipal n. 1.305/91, art. 112). Conquanto o Alcaide tenha justificado seu ato ilegal dizendo ter se tratado de mero erro de digitação, de forma que o período aquisitivo correto seria de 01.01.2001 a 31.12.2005, sua escusa não retira a mácula de ilegalidade daquele ato concessivo. Isso porque Doraci foi nomeado, em 12.02.2003, para exercer cargo em comissão de Secretário Parlamentar, junto à Assembleia Legislativa de Santa Catarina. Por consequência disso, verifica-se que estava suspenso o período aquisitivo quinquenal relativo e necessário à concessão do benefício funcional”. Agora é esperar o julgamento destes atos impróprios. Acorda, Gaspar!


TRAPICHE


“Nesse contexto, é ululante que a nomeação temporária do servidor comissionado se deu especialmente com o desiderato de remunerar com dinheiro público profissional para desempenhar serviços de advocacia privada dos candidatos (reeleição) e, por conseguinte, deixarem estes de arcar com aqueles respectivos custos”. Chimelly Louise de Resenes Marcon, sobre o caso Menegazzo empregado na prefeitura para trabalhar na campanha de Zuchi.


“Nessa senda, inegável que os agentes públicos requeridos se enriqueceram ilicitamente à custa do erário, com seu ato de imoralidade administrativa qualificada. Portanto, é forçoso o respectivo ressarcimento pelos respectivos requeridos quanto aos valores pagos/recebidos ilicitamente decorrentes dos atos administrativos viciados (nomeação para cargo em comissão/concessão de licença-prêmio”. Chimelly Louise de Resenes Marcon para convencer o Judiciário e pedir o ressarcimento aos cofres públicos do prejuízo de desvio de função dos servidores da prefeitura para a campanha de Zuchi.


A vereadora Andreia Symone Zimmermann Nagel sentiu o bafo de ir para o PSDB, colocando em risco o plano de outros partidos. Antes só tinha o PT atirando contra ela na Câmara. Agora, o PMDB de Kleber Edson Wan Dall e o PP de Luiz Carlos Spengler Filho.


Jogo pesado. O PMDB de Gaspar foi a Florianópolis pedir para presidir o DEM. Ele era o partido de Andreia. O presidente do DEM é o marido de Andreia, Luiz Nagel.


Liderança à prova. O presidente do PSD de Gaspar, vereador Marcelo de Souza Brick, anda a tiracolo com o prefeito de Ilhota, Daniel Christian Bosi. A dupla, as vezes um trio com Fernando Neves, busca novas filiações por aqui.


O PPS de Vitório Marquetti, ex-PMDB, quer a cassação de Andreia Symone Zimmermann Nagel, PSDB, por infidelidade partidária. O PMDB e PT vão repetir o mesmo erro estratégico da traição que organizaram com o PP de José Hilário Melato para a eleição da presidência da Câmara. Vão transformá-la em vítima e heroína. Vão encaminhar o fortalecimento à eleição.

Na falta de argumentação, o presidente do PT de Gaspar e vereador, José Amarildo Rampelotti, frequentemente tem me acusado, constrangido e humilhado na Câmara, me acusando, sem provas, e me chamando de ladrão, corrupto e homossexual, entre outras. Ele se diz protegido pela imunidade parlamentar para fazer isso reiteradamente.


A única intenção dele, do PT como um todo, e do prefeito Pedro Celso Zuchi, que faz de Rampelotti seu porta voz, é tentar cessar a minha opinião e principalmente, o relato daquilo que não se publica nos outros sobre a administração daqui.


Este comportamento fora dos padrões racionais, democráticos e ético, reforça de que o PT é uma organização, uma franquia nacional, e não exatamente um partido político. O daqui é comandado pelo de Blumenau, liderado pelos deputados Décio Neri (agora em Itajaí) e Ana Paula de Lima.


O PT e seus membros que, se dizem plurais, dialéticos, transparentes e defensores da diversidade, desnudados e acuados em suas mazelas ou incompetência, não conseguem colocar em prática o que e exigem (e certo) dos outros, quando em palanques e na oposição. Acorda, Gaspar!

 
Edição: 1718

Comentários

Herculano
05/10/2015 19:48
COLUNA DE AMANHÃ

Ela já está pronta. Exclusiva, com conteúdos de Gaspar e que as outras colunas ignoram, mas todos do poder sabem muito bem dos assuntos tratados aqui. Até amanhã. Acorda, Gaspar!
Herculano
05/10/2015 19:45
QUEM PLANTA COLHE, INCLUSIVE A INTOLERÊNCIA. ISTO NÃO É BOM PARA NINGUÉM. "PETISTA BOM É PETISTA MORTO", DIZ PANFLETO ATIRADO EM LOCAL DO VELÓRIO DE DUTRA EM BELO HORIZONTE

Conteúdo do jornal O Estado de S. Paulo, da sucursal de Belo Horizonte. Passageiros de um carro jogaram na frente do Funeral House, em Belo Horizonte, onde acontecerá nesta segunda-feira (5) o velório do ex-senador José Eduardo Dutra (PT), panfletos com a frase "Petista bom é petista morto". O ex-parlamentar morreu no domingo (4) na capital mineira, vítima de câncer. A polícia vai investigar os responsáveis pelos panfletos, a partir da identificação do veículo usado neste ato.

O grupo também jogou outro panfleto, no qual uma montagem mostra uma foto da presidente Dilma Rousseff (PT) como se estivesse sentada em um vaso sanitário, e a frase "Só faz cagada". Abaixo, o número 7%, referência ao índice de aprovação do governo, e uma imagem do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

Dutra morreu na madrugada de domingo em Belo Horizonte, onde estava morando com a mãe. O ex-parlamentar morreu aos 58 anos vítima de câncer. Dutra foi também presidente da Petrobras e do PT nacional.

Dentre os presentes no velório do ex-senador estão o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva que, ao chegar, não falou com a imprensa.
Mariazinha Beata
05/10/2015 19:41
Seu Herculano:

Encontrei mais um que pensa como eu, só não sei se o gajo é gato.

Paulo Paredes pergunta:
Quando leio notícias sobre o PT, Dillma, Lulla e cia, tenho ânsia de vômito. Devo procurar um gastroenterologista?

O Antagonista responde:
O nosso gastroenterologista nos disse que é uma reação normal do organismo de pessoas honestas.

Bye, bye!
João João Filho de João
05/10/2015 19:31
Sr. Herculano:

Manifestantes recebem Lewandowski aos gritos: "STF, puxadinho do PT"

Postado por Polibio Braga

"De Campo Grande, via WhatsApop, agora, 18h15min Os manifestantes exibiram réplicas do colar de homagem a Lewandowski, feitas de isopor e cartolina,mas nelas constava a seguinte inscrição: Lei 1079, artigo 39. É a lei que trata de improbidade administrativa praticada por ministros do STF. Claudia Molinari, do Pátria Livre, chegou a ser presa por ordem do ministro. Os manifestantes entoavam um canto cujo estribilho é "O STF é puxadinho do PT".

O cerco está se fechando ao redor dos ratos PeTralhas.
Juju do Gasparinho
05/10/2015 19:16
Prezado Herculano:

Opinião do Blog do Manoel sobre o que foi reeditado das 14:08hs.

"Enquanto o Brasil da Anta segue enaltecendo o tráfico de drogas e ditaduras como Venezuela e Bolívia, os americanos

fecham o TPP, maior acordo comercial dos últimos anos, que envolve 12 países e com uma penca de outros na fila de espera.

18 mil impostos e milhares de tarifas destes países serão eliminadas. Os caras podem regular até mesmo remédios para tratamento de câncer.

E o Brasil? Continua entupindo de maconha e cocaína boliviana e venezuelana nossos jovens e viciados brasileiros e com uma parceria fundamental do STF.

É NÓIS NA FITA, MANO!"

Segura essa Melato!
MARIO WILSON DA CRUZ MESQUITA
05/10/2015 17:33
GOVERNO PETISTA EM GASPAR ...

Parte III - AGE EM FAVOR DA ILEGALIDADE, INCONSTITUCIONALIDADE E IMORALIDADE!


A Câmara de Vereadores, por seus representantes legais, os próprios Vereadores eleitos diretamente pelo povo, por dever funcional de fazer as leis municipais e fiscalizar os atos do Poder Executivo, tem por obrigação legal e moral de nem sequer levar tal matéria para ser votada no plenário da Casa de Leis, haja vista sua incongruência, inconstitucionalidade, ilegalidade e insensatez. Por sua vez, a Assessoria Jurídica da Câmara possui autonomia, é competente e formada por pessoas de caráter e retidão, cuja atribuição é prestar o melhor assessoramento possível aos Senhores e Senhoras Vereadoras.

Cabe à Imprensa acompanhar, anunciar, fiscalizar e registrar os fatos como eles são; bem como, promover o chamamento da sociedade para o debate público, responsável e transparente, a bem do interesse de toda comunidade e do Município. Senhores Vereadores, como nossos legítimos representantes, não esqueçam que foram eleitos pelo soberano voto popular e que além de legislar, sua incumbência também é a de fiscalizar.

Independente de cor partidária, conclamo a todos os vereadores que sejam incondicionalmente contra esse Projeto absurdo, inconstitucional, ilegal e imoral; pois foram eleitos para cuidar dos interesses dos cidadãos comuns e os fizeram seus representantes no Poder Legislativo, mas não para apoiar os embevecidos e cegos pelo poder, tomados por uma ?overdose? preordenada de arrogância, individualismo, ganância, pessoalidade e prepotência. Não deixemos transformar o Município de Gaspar numa ?Sucupira?; não deixemos que o escasso dinheiro público arrecadado dos impostos municipais pagos por nós contribuintes, sirvam como dinheiro ?carimbado? para pagar agentes políticos e públicos pela má gestão da administração, seja por culpa ou má fé.

O Prefeito deveria utilizar de seu precioso tempo e sua assessoria para buscar alternativas e criar soluções neste momento em que medidas de economia devem ser encontradas para minimizar os custos com as conta públicas; mas não, movido pelo interesse pessoal e por absoluta teimosia, recebendo um dos mais altos salários do Vale do Itajaí elabora um projeto de lei ?sem vergonha? e com a maior ?cara de pau?, não querendo pagar do próprio bolso por seus atos de improbidade e de má gestão, induz o contribuinte a pagar o prejuízo por sua decisão administrativa errada e pela defesa judicial realizada por advogado particular contratado com o dinheiro público.

A pergunta que deve ser feita é a seguinte: Por que o Secretário de Administração e Finanças diz publicamente que o Município possui uma excelente política de controle de gastos nos últimos anos e que por isso não precisou fazer cortes nas contas, e o Prefeito deseja fazer justamente o contrário, criar novos gastos com o dinheiro público já controlado e escasso?

Resta claro que as medidas de contenção de gastos somente servem para causar mais dificuldades e sofrimento ao Povo.

Não sejamos burros, sejamos inteligentes o suficiente para controlarmos o dinheiro público e defendermos o Município desse projeto de lei criado exclusivamente para satisfazer os interesses pessoais desse grupo que está no Poder e pensa que tudo pode a seu favor!

Prova do que digo são as inúmeras Ações Civis Públicas, Ações Diretas de Inconstitucionalidade, Tomada de Constas Especial, Procedimentos Preparatórios, Inquéritos Civis, Inquéritos Policiais, etc... Isso sem falar nas dezenas de questionamentos feitos pelo Poder Legislativo, que até hoje aguardam resposta.

Em síntese: O PL 49/2015 é uma aberração ..., para não dizer L_b_r_i_a_e_ ! O uso da liberdade sem o bom senso.
MARIO WILSON DA CRUZ MESQUITA
05/10/2015 17:22
GOVERNO PETISTA EM GASPAR ...

Parte II - AGE COMO SE NÃO EXISTISSE O CERTO E O ERRADO!

O argumento de que a Procuradoria Geral do Município arcará inicialmente com mais essa obrigação de prestar a ?tal? Assistência Jurídica, é no mínimo absurda e descabida; eis que, é sabido que há poucos Procuradores, excesso de serviço em cada uma das áreas de atuação jurídica e que o ente público Município é o único a ser protegido e representado pelo órgão jurídico.

Os Procuradores do Município de Gaspar, além de éticos e idôneos, são todos efetivados no cargo por concurso público, profundos conhecedores do direito público, extremamente competentes em suas áreas de atuação e possuem absoluta autonomia para atuar em defesa do Município e agir em nome dele, independentemente de quem seja o Chefe do Poder Executivo que esteja conduzindo a administração pública e a gestão política do Município.

Tenho certeza de que os mesmos não foram convidados a conhecer, divergir e a opinar sobre assunto dessa natureza, muito menos elaboraram o PL 49/2015; pelo contrário, por seu senso ético, moral e profissional, cuja atuação cotidiana é por resguardar direitos e fazer o que é justo, tal projeto de assistência jurídica nem sairia do interior do Gabinete do Prefeito ou da idéia estapafúrdia de algum de seus ?cabeças pensantes?.

Tão grave é o prejuízo que poderá ser causado financeiramente ao Município, como gravíssima é a falta de ética, moral e seriedade com o uso do dinheiro público; repito, numa demonstração de absoluto desvio de conduta, seja pelo individualismo pessoal, seja pelo oportunismo de um pequeno grupo, que deseja levar vantagem, quando quem lhe devia fiscalizar e denunciar não o faz, em benefício próprio. Quando o direito coletivo é ameaçado pelo interesse pessoal de bem viver as custas do dinheiro público, percebe-se que quem deve nos representar não nos representa; vez que, pela conduta e comportamento, resta evidente que se não possuem nem valores morais para dar bons exemplos, que exemplo é esse de irresponsabilidade com o dinheiro público?

Sinceramente, os fins não justificam os meios, muito menos a tentativa desinteligente daqueles que se acham ?acima do bem e do mal?, isentos de deveres e responsabilidades, como também impunes pela prática reiterada de desvios éticos e morais.

O PL 49/2015 não pode ser aprovado pelos senhores(as) Vereadores (as), sob pena de os mesmos passarem atestado de imoralidade e irresponsabilidade; além, por óbvio, de se tornarem avalistas do Poder de Plantão e responderem solidariamente por seus atos junto ao Poder Judiciário!



Mário Wilson da Cruz Mesquita
05/10/2015 17:14
GOVERNO PETISTA EM GASPAR ...

Parte I - AGE COMO SE FOSSEMOS BURROS!


O Projeto de Lei 49/2015, que propõe a criação do serviço de assistência jurídica integral ao Prefeito, Vice-Prefeito, Secretários e Vereadores, além de Imoral, prova ainda mais o descaso com o cidadão comum que paga as contas públicas, o desrespeito a Constituição Federal, afronta a Lei Orçamentária Anual e, principalmente, comprova que o agente político e público incompetente ou o que age por má-fé merece ser valorizado, pagando-lhe com o dinheiro do Povo um bom Advogado particular para se defender pessoalmente do prejuízo que causou aos cofres do Município.

Num momento de profunda crise político-econômica nacional, a criação desse Projeto de Lei no Município de Gaspar e seu silencioso encaminhamento demonstra que existem fortes interesses pessoais visando conceder mais benefícios a um pequeno grupo de pessoas que usufruem de seus cargos públicos para agir com ilegalidade, imoralidade e ineficiência por seus atos de má gestão. Mais grave ainda é perceber que o Governo Municipal age com a maior ?Cara de Pau? e pensa que somos todos burros, tolos e ?ladrões? do nosso próprio dinheiro!

Constatação do absurdo (Caso seja aprovado o PL 49/2015): Primeiro, trata-se de uma inconstitucionalidade por ?ferir de morte? princípios constitucionais que servem como garantias a preservar o Estado Democrático de Direito. Segundo, porque o próprio Prefeito e seu Secretário de Administração e Finanças encaminharam à Câmara de Vereadores e protocolaram na semana passada a Lei Orçamentária Anual para 2016 (que prevê receitas e fixa despesas em aproximadamente R$ 209 milhões), razão pela qual é sabido que qualquer alteração feita a gerar mais despesas sem o devido amparo legal afronta a própria LOA e a Lei de Responsabilidade Fiscal (o próprio Ministério Público já realizou cálculos, cujas pessoas físicas que atuam no 1º. Escalão da atual Gestão estão sendo processadas em diversas ações já iniciadas e outras ainda por iniciar, que demonstram haver uma despesa cuja estimativa inicial é de mais de R$ 300 mil reais). Terceiro, não surpreende a iniciativa do atual Prefeito e suas ?cabeças pensantes? em propor um Projeto de Lei com essa característica assistencialista (eles, agentes políticos e públicos, pagarem Advogados particulares com o dinheiro público, do contribuinte/Município, em virtude de atos de má gestão por si praticados no exercício do cargo).

Afinal, nos últimos 07 (sete) anos os atuais gestores se acostumaram com o ?analfabeto político?, da ignorância política surgem as oportunidades, que visam somente assegurar privilégios para uma minoria e criar vantagens para si, contrária aos interesses do bem comum, numa evidente demonstração de fazer Você e Eu, de ?Burros?; pois será o dinheiro de nossos impostos (que se encontra com o Município) que será usado para pagar as contas por 02 (duas) vezes: uma, quando causarem prejuízo ao Município por culpa ou má fé; e, duas, quando tiverem que pagar um Advogado para apresentar defesas, justificativas, manifestações e todos os atos de procuração necessários a exercer a ampla defesa e o contraditório, com o dinheiro do Contribuinte/Município. As Instituições (LIONS, MAÇONARIA e ROTARY), os Órgãos de Classe (OAB, CORECON, CRA, CRC, CREA, CRECI e tantos outros), os Partidos Políticos (atuantes e inscritos no Cartório Eleitoral do Município) e a Sociedade Civil Organizada (ACIG, AMPE e CDL); bem como, toda a população em geral, não pode aceitar pagar uma conta que não é sua, mas de um grupo pequeno de pessoas que ao utilizarem do cargo público, pela má administração (por culpa ou má fé), causam prejuízos aos cofres do Município.
Clarice de Oliveira da Luz
05/10/2015 15:01
Vergonha, desinteresse ou falta de conscientização.

No ultimo domingo 04/09, aconteceu em nossa cidade a eleição para a escolha dos novos Conselheiros Tutelares, com apenas 05 inscritos, novamente ficamos sem suplentes para a eleição. Angustia... É revoltante a falta de interesse da comunidade, ou será a falta de conscientização por parte do CMDCA ? Conselho Municipal da Criança e do Adolescente para com a comunidade. Pois é comum ouvirmos pela cidade a fora a visão completamente distorcida que muitos têm do serviço de um conselheiro tutelar. Num município com cerca de 65 mil habitantes ter o resultado do candidato mais votado com 82 votos... é revoltante!
Herculano
05/10/2015 14:35
reeditado das 14.08

INCOMPETÊNCIA. VISÃO TACANHA E IDEOLÓGICA. O BRASIL ESTÁ FORA. ELE PREFERE DAR COMISSÃO AO CAXEIRO VIAJANTE LULA E SEUS COMPANHEIROS EM COISAS NEBULOSAS, NOS PAÍSES MENORES E CALOTEIROS, DO QUE REALMENTE PROMOVER O COMÉRCIO MULTILATERAL E COMPETITIVO. A NOTÍCIA DO DIA NO MUNDO: EUA E MAIS 11 PAÍSES, ENTRE ELES O JAPÃO, CHILE E O PERÚ, FECHAM O MAIOR ACORDO COMERCIAL REGIONAL DA HISTÓRIA

Após oito anos de negociações, Estados Unidos, Japão e mais 10 países fecharam em Atlanta, EUA, a Parceria Transpacífico, no que o jornal americano "The New York Times" definiu como o maior acordo comercial regional da história.

A aproximação entre esses parceiros, formalizada nesta segunda-feira (5), pode fazer com que o Brasil tenha mais trabalho para conseguir espaço para alguns de seus produtos, como frango e açúcar, em mercados importantes.

Discutida por cinco dias seguidos, a TPP, na sigla em inglês, abrange 40% da economia global. O texto final deve ser disponibilizado dentro de um mês.

Além da derrubada de barreiras tarifárias entre os países, o tratado prevê regras uniformes de propriedade intelectual e ações conjuntas contra o tráfico de animais selvagens e outras formas de crimes ambientais, por exemplo.

Com isso, tem o potencial de influenciar desde o preço do queijo ao custo de tratamentos de câncer.

Ele inclui, além de EUA e Japão, Austrália, Brunei, Canadá, Chile, Cingapura, Malásia, México, Nova Zelândia, Peru e Vietnã.

Economias asiáticas como a Coreia do Sul, Taiwan e Filipinas, e sul-americanas como a Colômbia, já estão na fila para aderir.

O acordo ainda deve passar por discussão no Congresso americano e Parlamentos de outros países envolvidos. Caso seja aprovado, pode vir a ser uma das maiores conquistas do governo do presidente Barack Obama e deve ajudar a contrabalançar a influência chinesa sobre o comércio no Pacífico.

IMPACTO SOBRE O BRASIL

Segundo José Luiz Pimenta, professor da ESPM especialista em comércio exterior, o impacto do tratado deve vir da adoção de normas comuns de produção entre os países. Com isso, sua influência sobre os negócios vai além da mera derrubada de tarifas.

"Uma série de regras jurídicas comuns dão previsibilidade para negócios de longo prazo e facilitam o investimento. Você pode exportar peças dos Estados Unidos e se beneficiar das cadeias regionais para que a montagem final aconteça nesses países."

De fora do tratado, o Brasil pode perder espaço para seus produtos. "O Brasil fez um grande esforço recentemente para atender o mercado asiático de carne de frango, mas agora esses países podem começar a focar nas trocas entre si", diz.

De acordo com os detalhes do acordo divulgados pela Casa Branca, a TPP vai eliminar mais de 18 mil impostos e tarifas cobrados sobre os produtos norte-americanos nos países envolvidos. Isenta, por exemplo, a cobrança de tributos sobre as importações de produtos do setor automotivo, que chegam a 70% atualmente.

Segundo Pimenta, o Brasil tem fechado acordos comerciais com mercados menores, como Colômbia e México. O foco tem sido principalmente na derrubada de barreiras, em detrimento da adoção de normas comuns.

A rodada final de negociações da TPP em Atlanta, que começou na quarta-feira, se debruçou sobre a questão de quanto tempo de duração deve ser permitido para a manutenção de monopólio de novos medicamentos de biotecnologia, até que os Estados Unidos e a Austrália negociem um acordo.

Também estiveram em pauta a derrubada de barreiras nos mercados de laticínios e açúcar e a queda gradual, ao longo de três décadas, de impostos de importação de carros japoneses vendidos na América do Norte.

EXPORTAÇÕES BRASILEIRAS

Sob a TPP, a Austrália receberá uma cota adicional de 65 mil toneladas anuais para exportar açúcar para os Estados Unidos, disse à agência de notícias Reuters uma autoridade australiana com conhecimento das negociações.

Com isso, o produto brasileiro pode vir a ter mais trabalho para encontrar espaço no mercado americano, avalia Pimenta, da ESPM.

O volume soma-se às 87,4 mil toneladas já destinadas à Austrália sob o regime de tarifas vigente para o ano comercial que começou em 1º de outubro.

A Austrália poderá enviar 400 mil toneladas de açúcar para os Estados Unidos anualmente até 2019, no cenário mais otimista, disse a fonte.

Sob os termos do acordo, a Austrália também receberá 23% da cota arbitrária, que é baseada na demanda norte-americana sob regime de tarifas, disse a autoridade. O percentual compara-se aos atuais 8%
Juju do Gasparinho
05/10/2015 13:42
Prezado Herculano:

Fim da Empulhação - Blog do Manoel

"Dona Luiza (leia-se Magazine Luiza) deve estar uma arara. Acabou a mamata de vender móveis, utensílios e eletrodomésticos para os pobrinhos do Minha Casa Minha Vida, vendido como panaceia habitacional pelo desgoverno canalha da Anta Palaciana e do demiurgo vendedor de MPs.

Acabou o Minha Casa Melhor, parido pela mente satânica do marqueteiro do Inferno.

Mais uma empulhação da Anta vai para o lixo, levando consigo milhares de babacas que despejaram seus votos nesta senhora em troca de uma Brastemp."

O arrependimento sempre vem tarde. Então, virem-se!

Violeiro de Codó
05/10/2015 13:16
Sr. Herculano:

Às 07:28hs - Dá-le com o grosso, Eduardo Cunha. Que com o fino, quebra.

No exército do Stédile ninguém ficou de frente com o Belzebu? Ki dó. Fui!
Herculano
05/10/2015 13:11
A VELHA POLÍTICA, por Paulo Guedes, em O Globo

O fisiologismo do Legislativo e a cumplicidade do Judiciário, essência da Velha Política, seriam a 'sarneyzação' do segundo mandato de Dilma

O governo recupera o fôlego com cargos e verbas para o PMDB e o fatiamento das investigações do Petrolão. As práticas fisiológicas no Legislativo e as manobras de abafamento das investigações e de influência sobre os julgamentos no Judiciário são a essência da Velha Política. As sugestões de Sarney a Lula para escapar do mensalão foram repassadas e finalmente ensaiadas por Dilma Rousseff. A cooptação parlamentar e a perspectiva de ajuste fiscal compram tempo e acalmam os mercados.

A má notícia para o governo é que o fôlego de suas manobras pode se revelar curto. Pois têm dimensões oceânicas os vagalhões da crise atual. As irresponsáveis pedaladas fiscais vão a julgamento pelo Tribunal de Contas da União. As suspeitas de irregularidade no financiamento da campanha presidencial serão avaliadas pelo Tribunal Superior Eleitoral. Os pedidos de impeachment serão celeremente encaminhados pelo presidente da Câmara dos Deputados, indignado com as acusações de malfeitos milionários, cuja coordenação e vazamento são por ele atribuídos aos responsáveis por malfeitos bilionários.

O principal obstáculo às táticas anacrônicas e desmoralizantes do governo é a dinâmica de comunicações de uma sociedade aberta em evolução. Pois o fisiologismo dos parlamentares e a cumplicidade do Judiciário são apostas contra o inevitável aperfeiçoamento de nossas instituições. Ignoram a voz das ruas. A opinião pública já tem a desconcertante percepção de que o establishment trabalha de fato pela impunidade. Quando Dias Toffoli, em defesa do fatiamento no Supremo Tribunal Federal, perguntou se existia apenas um juiz no Brasil, deveria perceber que o entusiasmo da opinião pública pelo desempenho de Sérgio Moro sugere atordoante resposta: "Competentes e probos como ele, poucos." Afinal de contas, são décadas de escândalos, roubalheiras e impunidade.

Lula quer ainda mais de Dilma. Abafar as investigações e abraçar o PMDB para evitar o impeachment e aprovar o ajuste fiscal seriam apenas uma estratégia de sobrevivência política acompanhada de um "feijão com arroz" na economia. Uma "sarneyzação" do segundo mandato de Dilma, que apenas evitaria o destino de Collor, mas não a tragédia eleitoral que devastaria o PT e inviabilizaria o retorno de Lula em 2018.
Herculano
05/10/2015 13:09
DEPOIS DA ABDICAÇÃO, por Marcos Nobre, para o jornal Valor Econômico

Há cerca de 15 dias, Lula colocou Dilma diante do fato de que estava para ficar sem base suficiente para enfrentar o impeachment e que se veria obrigada a renunciar. Como fez reiteradas vezes desde 2014, deu-lhe o ultimato de entregar a ele a articulação do governo ou ficar sem condições de governar. Com muito choro e ranger de dentes, Dilma entregou a Lula a articulação. Quer dizer, entregou em dois tempos. Na primeira etapa, há duas semanas, a presidente cedeu ao antecessor algo como metade de seu governo, o mínimo necessário para a formação de um ministério anti-impeachment.

Semana passada Dilma foi obrigada a aceitar que esse movimento seria insuficiente. Travar a guerra do impeachment já seria a derrota, significaria assinar a carta de renúncia, deixando em branco apenas a data. A guerra do impeachment exigiria virar as costas para a economia e para o mercado por pelo menos dois meses. Em um contexto de crise aguda, seria o mesmo que pedir para que o mercado produzisse o ajuste na marra e jogasse o governo no precipício do caos econômico que levaria ao impeachment.

Ficou claro que não era possível separar o movimento de desarme do impeachment da formação de uma base parlamentar ampla o suficiente para permitir ao governo sair de uma posição meramente defensiva. Mas esse segundo movimento Dilma já não tinha mais condições de realizar sem abdicar em favor de Lula. O gesto foi selado pela entrega do último bastião de sua independência, a Casa Civil. A troca de Mercadante por Jaques Wagner não apenas põe Lula na Presidência: significa que Dilma já não tem mais controle sobre seu próprio governo. O que a Casa Civil não processa, não existe. Nem que seja o mais vivo desejo expresso da presidente.

Lula entregou com isso parte do que exigia o mercado: neutralizar Dilma sem o imponderável de uma ruptura como o impeachment. Veio junto uma demonstração importante de comando e controle sobre uma base congressual suficiente para levar o mandato de Dilma até o final. A primeira questão que vem depois da abdicação é saber se o mercado vai se dar por satisfeito, se o afastamento pelo menos temporário do colapso será avaliado como o máximo a que se pode almejar no momento, dando o resto por perdido pelo tempo que for possível. Porque, mesmo deixando de lado o incontrolável das graves incertezas do mercado internacional, o desequilíbrio estrutural das contas públicas persiste.

Os horrores da recessão darão sua contribuição, mas estão longe de resolver. Também vão contribuir, mas não vão bastar, a inflação mais para o lado do teto da meta em 2016 (o que já parece contratado) e o aumento de impostos (em se encontrando substitutos para o bode da CPMF). Mas o mercado pode perfeitamente não se contentar com o simples adiamento do colapso. Passado o susto de uma crise política em estado terminal, o mercado pode agora achar que já existe estabilidade política suficiente para ter o seu "momento PMDB", para começar a exigir ações de ajuste politicamente dolorosas.

Nesse cenário, Lula poderia se ver obrigado a recorrer a uma manobra nos moldes do duplo mortal carpado de 2003. Naquele seu primeiro ano de mandato, Lula saiu-se com uma reforma da Previdência cujo intuito foi produzir um "choque de credibilidade". Na circunstância atual de crise aguda, mesmo uma manobra como essa continuaria sendo insuficiente do ponto de vista do mercado, continuaria não resolvendo o problema das contas públicas esburacadas. Mas mostraria comprometimento com uma das principais "reformas estruturantes" e, sobretudo, demonstraria uma vez mais controle e comando sobre o sistema político. Nesse quadro, Lula acabaria impondo Henrique Meirelles no lugar de Joaquim Levy, acrescentando um requinte de crueldade à abdicação, já que Dilma simplesmente não tolera o ex-presidente do BC de Lula.

Não que o impeachment tenha inteiramente desaparecido do horizonte. Ali por março, abril de 2016, a inflação, o desemprego e a queda da renda estarão no pico do desespero. A Lava-Jato estará no auge do quadro de denunciados. Também não será surpresa se o Congresso do PMDB, previsto para 15 de novembro próximo, acabar adiado em quatro ou cinco meses, para coincidir com esse novo encontro de contas do novo governo. Sendo muito improvável que um processo de impeachment possa prosperar junto com as eleições municipais, o primeiro semestre é a última chance para as forças anti-Dilma. A desgraça ainda maior em que estará o país certamente vai ajudar. Mas, conforme passa o tempo, também o andor do impeachment vai ficando cada vez mais pesado de carregar.

Paradoxalmente, as melhores chances das forças pró-impeachment dependem de Dilma. Se a presidente usar os seis meses de crédito que ganhou com a abdicação para tentar reassumir a Presidência, provocará um movimento de instabilidade terminal de seu mandato. O presente arranjo é sua última chance. Não há volta nem alternativa a ele. Se sobreviver a 2016, Dilma pode até tentar negociar a retomada de algum espaço em seu próprio governo. Mas não mais do que isso.

Do ponto de vista do governo, tudo isso pode ser hoje condição necessária para tentar retomar alguma estabilidade menos instável do que se teve ao longo de 2015. Mas não é condição suficiente para resolver os problemas colocados. E não apenas do ponto de vista do equilíbrio das contas públicas. Mais grave, persiste a quadratura do círculo de conciliar as manobras de ajuste com a resistência social às medidas até agora apresentadas.

Lula jogou até agora de costas para o seu partido e para as bases sociais de sustentação do PT. A articulação aplacou, temporariamente ao menos, o sistema político. Deu um passo decisivo para alcançar o próximo objetivo, estabelecer uma trégua duradoura com o mercado. Falta o essencial, entretanto. Em uma democracia, é preciso produzir discurso e prática capazes de conquistar uma boa e sólida parcela de adesões entre quem trabalha, protesta e vota. Das três etapas, é a mais difícil de alcançar. Esse é o verdadeiro nó da abdicação.
Herculano
05/10/2015 13:07
A MEIA-SOLA DE LULA, por Ricardo Noblat, de O Globo

A presidente recordista em desaprovação popular delegou a Lula a tarefa de escolher seus novos ministros com o objetivo de montar o Governo 171. Nada a ver com o artigo do Código Penal que fala do crime de estelionato. Governo 171 é aquele capaz de garantir na Câmara dos Deputados pelo menos 171 votos, o mínimo necessário, segundo a lei, para enterrar qualquer pedido de impeachment.

LULA CELEBRA o desfecho da primeira etapa da tarefa. Sim, porque a depender dele, haverá uma segunda - e nessa rolarão as cabeças de Joaquim Levy, ministro da Fazenda, e José Eduardo Car-dozo, ministro da Justiça. Levy porque é negativo seu discurso sobre o ajuste fiscal. Falta-lhe habilidade para vender esperança. Cardozo porque Lula está com raiva dele, e acha que tem lá suas razões.

ESTREITA-SE o cerco da Polícia Federal e do Ministério Público a Lula. Em breve, ele irá depor sobre a roubalheira na Petrobras que começou no seu segundo governo. Por mais que o Supremo Tribunal Federal o proteja concedendo-lhe a condição de "informante", o que em tese não o obrigaria a dizer a verdade, não será tão simples assim.

ARRISCA-SE LULA, se flagrado mentindo, a passar à condição de indiciado. E como não tem direito a fórum especial, poderá cair nas mãos ásperas do juiz Sérgio Moro, o mentor da Operação Lava-Jato. Lula debita na conta de Cardozo o suplício que o aguarda. Chefe da Polícia Federal, Cardozo nada fez até aqui para tirá-la do caminho de Lula.

HÁ OUTRO FRONT nas investigações conduzidas por Moro que preocupa cada vez mais o ex-presidente: o que tenta entender sua parceria com a Odebrecht, mas não só com ela. Lula tem dito que usou o cargo de presidente para facilitar a entrada de empresas brasileiras em outros países. Teria procedido, apenas, como um verdadeiro patriota, sem ganhar um tostão com isso.

O DIFÍCIL DE ACREDITAR é que agora, podendo legitimamente ganhar milhões de tostões como lobista de empreiteiras, Lula prefira seguir trabalhando de graça para elas. Teria sido de graça que ele voou a diversos países da América do Sul e da África onde a Odebrecht e outras construtoras disputam negócios. Delas, só ganharia para fazer palestras. E a preços de mercado. Bom menino!

SAIU BARATA a meia-sola aplicada por Lula ao governo Dilma na semana passada. Reforma ministerial é algo mais abrangente e ambicioso. A meia-sola limitou-se a uma troca de cadeiras entre ministros, com a extinção de algumas delas. Foi admitida a entrada de três caras novas: duas de deputados fiéis a Dilma, e uma de deputado que lhe promete doravante ser fiel.

OUANTO AOS sonhados 171 votos para barrar o impeachment, que é o que importa... Numa conta grosseira, Dilma, hoje, contaria com cerca de 220 para governar até o fim do seu mandato. Só tem um problema: impeachment não é uma questão matemática. É uma questão política. Os 220 votos estão sujeitos à força e à direção dos ventos soprados pela opinião pública.

DE FATO, o destino de Dilma depende do destino da economia. O governo carece de maioria no Congresso para aprovar as medidas mais duras do ajuste fiscal - entre elas, a recriação da CPME Dilma não tem autoridade política para pedir sacrifícios à população. O país está longe de ter atingido o fundo do poço. E a crise só agora começa a bater forte na porta das classes C e D, que ainda não foram para as ruas.
Herculano
05/10/2015 13:03
O GRILO FALATE DE LULA, por Guilherme Fiuza para a revista Época

O palestrante Luiz Inácio da Silva é um sujeito de sorte. Antes de se consagrar com suas palestras internacionais, ele passou pela Presidência da República, onde não ganhava tão bem. Mas tinha bons amigos, especialmente na empreiteira Odebrecht, que lhe sopravam o que dizer nas reuniões com outros chefes de Estado. Os recados eram passados ao futuro palestrante, então presidente, sob o título "ajuda memória" - ou seja, os empreiteiros estavam ajudando o presidente a se lembrar de coisas úteis, uma espécie de transplante de consciência. A Odebrecht era o Grilo Falante de Lula.

Nem Pinóquio teve uma ajuda-memória tão-generosa. A de Lula se transformou em negócios de bilhões de reais - mas é bem verdade que Pinóquio não tinha um BNDES, só um Gepeto. É uma desvantagem considerável, especialmente porque Gepeto não fazia operações secretas, ao que se saiba. "O PR fez o lobby", escreveu o então ministro da Indústria e do Comércio aos amigos da Odebrecht, respondendo à cobrança da empreiteira sobre a defesa de seus interesses pelo PR Lula junto ao PR da Namíbia. Essa e outras ajudas memórias valiosas, reveladas pelo jornal O Globo, não tiveram nada de mais. Segundo todos os envolvidos, isso é normal.

A normalidade é tanta que a parceria foi profissionalizada. Quando Luiz Inácio terminou seu estágio como PR, foi contratado pela Odebrecht como palestrante. Nada mais justo. Com a quantidade de ajuda memória que ele recebera da empresa durante oito anos, haveria de ter muita coisa para contar pelo mundo. Foi uma história bonita. Lula soltinho, sem a agenda operária de PR, viajando pelos países nas asas do lobista da Odebrecht, fazendo brotar obras monumentais por aí e mandando Dilma e o BNDES bancá-las, enquanto botava para dentro cachês astronômicos como palestrante contratado da empresa ganhadora das obras. Normal.

A parceria também funcionou no Brasil, claro, com belos projetos como o estádio do Corinthians - que uniu seu time do coração com a sua empreiteira idem. Num drible desconcertante dos titãs, o Morumbi foi desclassificado para a Copa de 2014 e brotou em seu lugar o Itaquerão, por R$ 1 bilhão. Como não dava para Gepeto fazer a mágica, o Pinóquio PR chamou o bom e velho BNDES para operar mais esse milagre. Após alguns anos fazendo os bilhões escorrerem dos cofres públicos para parcerias interessantes como essas - incluindo as obras completas da Petrobras -, o palestrante e seu partido levaram o Brasil à breca. Ainda hoje, em meio à mais terrível crise das últimas décadas, que derrubou o aval para investimento no Brasil e fará dele um país mais pobre, a opinião pública se pergunta: como foi que isso aconteceu?

Graças a essa pergunta abilolada, o esquema parasitário que tomou de assalto o Estado brasileiro ainda permanece, incrivelmente, sediado no Palácio do Planalto. O tráfico de influência como meio de privatização de recursos públicos - através de parcerias, consultorias, convênios, mensalões e pixulecos mais ou menos desavergonhados - foi institucionalizado, de cabo a rabo, no governo petista. Lula, o palestrante, é investigado pelo Ministério Público por tráfico de influência internacional. O Brasil se surpreende porque quer: esse é o modus operandi de todos os companheiros que já caíram em desgraça - Vaccari, Delúbio, Erenice, Palocci, Dirceu, Valério, Youssef, Duque, Vargas, João Paulo, Rosemary .Faltou alguém? Ou melhor: sobrou alguém?

Marcelo Odebrecht recomendou que Lula ressaltasse o papel de "pacificador e líder regional" do presidente de Angola. E assim foi feito. Deu para entender? O dono da empresa e cliente do governo era quase um adido cultural do presidente. Se o Brasil não consegue ver promiscuidade (ou seria obscenidade?) nesse enredo, melhor botar o Sergio Moro em cana e liberar o pixuleco.

Acaba de ser arquivado o inquérito contra Lula no mensalão. No auge do escândalo com a Odebrecht e demais envolvidas no petrolão, o PT bate seu próprio recorde de cinismo advogando a proibição das doações eleitorais de empresas. Pixuleco nunca mais. Ajuda-memória ao gigante: ou abre os olhos agora ou não verá as pegadas companheiras sendo mais uma vez apagadas. Aí os inocentes profissionais estarão prontos para o próximo golpe.
Pernilongo Irritante
05/10/2015 13:01
Porque a Marinha não fez churrasco deles?
Herculano
05/10/2015 13:01
PALHAÇADA, por Clóvis Rossi para o jornal Folha de S. Paulo

Só o humor cáustico de José Simão é capaz de tratar do imenso deboche que é a política brasileira

Se eu fosse dono da Folha, substituiria todos os colunistas do caderno "Poder" pelo José Simão. Não que eles não sejam competentes. São, mas são sérios ?e a crise brasileira só é séria na economia. Mas, aí, Vinicius Torres Freire trata do assunto com uma competência e clareza cada dia melhores.

Na política, temos uma palhaçada como só se viu, recentemente, em alguns momentos do desastre Fernando Collor de Mello.

O único colunista plenamente equipado com humor cáustico à altura do noticiário político é o Zé Simão.

Na quinta-feira, 1º, por exemplo, parecia cena de pastelão a sessão da Câmara presidida por Eduardo Cunha, incapaz de ter a coragem e a decência de olhar para Chico Alencar (PSOL-RJ) enquanto este cobrava o elementar, uma explicação de Cunha sobre as contas que a Suíça diz que ele tem.

Feita a cobrança, Cunha fingiu que não era com ele e continuou com a sessão, para desalento do deputado socialista, um dos raros Quixotes remanescentes em uma cena política degradada a níveis insuportáveis.

Na minha santa ingenuidade, imaginei que haveria no plenário um coro de protestos diante do cínico silêncio de Cunha. Nada: a vida seguiu como se se estivesse discutindo dar o nome de uma praça a Eduardo Cunha.

Uma praça na Suíça, talvez.

Aí vem a pantomima do anúncio da reforma ministerial. A presidente faz toda uma mise-en-scène, como se de fato se tratasse de um elevado momento republicano.

Todo o mundo sabe que se tratava apenas de confirmar a entrega do governo, sem que tivesse havido eleição ou impeachment no meio, de um lado a Luiz Inácio Lula da Silva e a seus homens de confiança e, de outro, ao mais rastaquera do peemedebismo.

Agora, a pátria tem, em vez de aberrantes 39 ministérios, 31 aberrantes ministérios, o que, sem dúvida, vai resolver todos os problemas.

Como se fosse pouco, o novo ministro da Ciência e Tecnologia, Celso Pansera, é acusado por um doleiro, o mais famoso personagem da Lava Jato, de ser "pau-mandado" de Eduardo Cunha, o aliado-agora-desafeto de Dilma e do governo.

Calma, leitor, não terminou: o novo ministro da Saúde, Marcelo Castro (Marcelo quem?), sugere que volte a tão combatida CPMF em dose dupla, no débito e no crédito.

Castro é do PMDB, o mesmo partido de um certo Michel Temer, que já disse, uma e mil vezes, que é contra a CPMF.

É até possível que Dilma, com a ridícula reforma ministerial, tenha comprado tempo e impetrado habeas corpus preventivo contra o impeachment.

Mas eu desconfio que o que de melhor aconteceu a ela, na semana que passou, foi a denúncia sobre Eduardo Cunha. Se a Câmara não perdeu completamente a vergonha, Cunha precisa ser afastado urgentemente da presidência da Casa.

E, sem ele na presidência, o impeachment deixará de ser um instrumento de vingança pessoal brandido contra a presidente para se tornar uma hipótese só sustentável ante a evidência de algum crime de responsabilidade, o que, até agora, não existe.

O resto é com você, caro Zé Simão.
Sidnei Luis Reinert
05/10/2015 11:05

Fuzileiros em ação



O MST deu o maior azar por tentar fechar a Rodovia Amaral Peixoto, no Rio de Janeiro, sexta-feira passada (02/10) pela manhã, bem na hora que o Corpo de Fuzileiros Navais iria fazer um treinamento em um local cortado pela estrada.

Burramente, os bandidos do MST tentaram barrar a passagem do comboio.

Resultado: 40 minutos de combate, com tiros de verdade, e algumas prisões, ficando 35 sem-terra feridos e todos os fuzileiros ilesos.



Conclusão: o tal "exército do Stédile", invocado por Lula, não é tão bom de combate assim como a retórica revolucionária sugere...
Sidnei Luis Reinert
05/10/2015 11:01
Dilma sem garbo acabou em Irajá!


Edição do Alerta Total ? www.alertatotal.net
Por Jorge Serrão - serrao@alertatotal.net

Todo mundo já sabe que o Palácio do Planalto mudou de endereço. Por um golpe da politicagem, o trono da Dilma Rousseff foi "teletransportado" de Brasília para a Rua Pouso Alegre, 21, no bairro do Ipiranga, em São Paulo. Ali funciona o Instituto Lula, onde já se tem preparada a próxima resolução importante do desgoverno: a queda de Joaquim Levy no Ministério da Fazenda, de repente, para que o Imperador $talinácio emplaque no cargo seu fiel amigo Henrique Meirelles ou alguém que ele indicar.

Dilma é refém de Lula e, também, dos "aliados" do PMDB - com quem a petralhada divide o comando do "condomínio" (termo utilizado por eles para definir o sistema de poder em Bruzundanga). Candidato explícito à presidência em 2018, mesmo sem ter certeza absoluta se terá saúde para chegar até lá, Lula emplacou Jaques Wagner na Casa Civil e Ricardo Berzoini na antiga estrutura do Gabinete de Segurança Institucional para ter o completo controle da situação - ao menos na vá ilusão dele.

Dilma é carta fora do baralho, prestes a ser descartada no jogo bruto da politicagem tupiniquim. É uma Presidenta (sem trocadilho) "coadjuvAnta". o Presidentro é quem comanda a jogatina. Se Dilma cair, ou mesmo que não caia, mas permaneça como refém passiva, o lucro é geral. O PT volta a ser oposição. O PMDB continua onde sempre esteve desde 1985, quando José Sarney assumiu a Presidência.

A medida urgente de ambos os lados é impedir uma destruição pela via judicial. Para isso, a ordem é neutralizar o Ministério Público Federal, dar uma travada na Polícia Federal e radicalizar o aparelhamento do judiciário, investindo na impunidade futura ou na lentidão de processos que ajudarão as penas a prescreverem no momento oportuno.

Nessa guerra de bastidores, a petelândia comete barbaridades. Foi hilário ouvir ontem a tática oficial do desgoverno para impedir o julgamento das pedaladas dadas em 2014 pela ciclista Dilma Rousseff, na sessão do Tribunal de Contas da União marcada para quarta-feira, dia 7 de outubro. O Advogado-Geral da União, Luis Inácio Adams, cometeu a bobagem de anunciar que vai arguir a suspeição do ministro Augusto Nardes, relator do caso no TCU.

O desgoverno exige o afastamento do relator, argumentando que Nardes tornou-se suspeito para julgar o caso ao comentar antecipadamente suas opiniões sobre a questão em entrevistas à imprensa. Mas o argumento usado por Luis Inácio Adams foi patético e completamente ignorante: "Esse debate público não só gera constrangimento dos demais magistrados, como também induz o movimento de apoio e de busca de resultado.(...) Magistrado tem que buscar o equilíbrio da Justiça".

O Luis Inácio da AGU pirou? Será que ele não sabe que o "tribunal de contas" não é uma corte do judiciário, mas apenas um órgão auxiliar do poder legislativo, que aprecia as contas do governo? O Adams ficou doido, ou não sabe que ministro do TCU não é "magistrado"? Se continuar assim, com tanta demonstração de sabedoria jurídica, vai acabar conquistando a tão sonhada indicação do PT para o Supremo Tribunal Federal... São argumentos estúpidos como estes que levaram Greta Garbo a morar no Cemitério de Irajá... Dilma já foi e finge que não sabe disto...

A tendência é que Dilma tenha suas pedaladas fiscais rejeitadas. O TCU, então, deverá recomendar ao Congresso Nacional que rejeite as contas de Dilma. Aí, sim, o bicho poderá pegar para a Presidanta que ficará ainda mais refém do Senado e da Câmara. Até porque o acuado deputado Eduardo Cunha já avisou a amigos próximos que: "Não caio antes dela" (Dilma). O vice Michel Temer tem todo o interesse na saída de Dilma para assumir o lugar dela no "condomínio". Renan Calheiros fará o que for conveniente - para se blindar e garantir a permanência do poder ao PMDB.

Nesse quatro institucional tétrico, quem se dana é o cidadão-eleitor-contribuinte. A crise econômica se agrava, com consequências danosas para as conquistas da classe média em ascensão - que já deu demonstrações públicas de que "chutará o balde" na hora que o garrote apertar. A pressão de baixo para cima vai atingir em cheio a politicagem que tem a vã ilusão de que resolve tudo em golpes e conchavos nos gabinetes federais.

A Revolução Brasileira dará um choque de realidade nos políticos corruptos...
Herculano
05/10/2015 07:47
A VEZ DA MOÇA DO CAFEZINHO, por Valdo Cruz para o jornal Folha de S. Paulo

Nove meses depois de tomar posse, Dilma recomeça nesta semana seu governo. Não diria que do zero, porque ela entrou foi no vermelho neste período, de muitas perdas e pouquíssimos ganhos.

Criticada pelo oposição por ceder os anéis para não perder os dedos, Dilma não fez nada de novo. Repetiu o que tucanos já fizeram. Abriu mão de parte do poder para não perder poder. No caso dela, todo.

A diferença é que, como de costume, ela demorou muito a mudar. O que encareceu o preço do apoio, tornando-a tudo que não queria: mais dependente de Lula e do PMDB.

A novidade deste recomeço está na própria Dilma. Ela assumiu pessoalmente as negociações para recompor sua equipe ministerial. Fez os contatos diretos, olho no olho.

Em tese, porque nunca se sabe quando se lida com pretensos aliados, isto torna mais fácil a vida da petista na hora de cobrar lealdade dos governistas, virtude que anda meio fora de moda na base dilmista.

Enfim, parece, repito, parece que o novo arranjo ministerial deu certo. Se, na prática, vai funcionar dependerá da disposição da presidente de seguir atuante na política e entregar, de fato, os anéis prometidos.

O primeiro teste virá depois da posse da nova equipe. Na Saúde, dizem que o aparelhamento da máquina pelo PT chegou a tal ponto que até a moça que serve o cafezinho seria filiada ao partido de Lula.

O novo ministro Marcelo Castro (PMDB-PI), com certeza, vai querer trocá-la por gente sua logo que assumir a cadeira. Até para evitar, como diz um peemedebista em tom de galhofa, riscos de envenenamento.

Brincadeiras à parte, a piada revela a disposição dos ministros que chegam de mandarem, de fato, em suas áreas. Algo que, até aqui, a presidente e o PT não deixavam.

Só que o momento já não permite mais este luxo. Dilma ganhou fôlego, mas ainda corre riscos e seus aliados sabem que esta é a hora de sugar do governo tudo o que podem.
Herculano
05/10/2015 07:43
A NOTA DO TRIBUNAL DE CONTAS DA UNIÃO QUE COMBATE A CHICANA PELA FALTA DE ARGUMENTOS JURÍDICOS E FÁTICOS DO GOVERNO DE DILMA VANA ROUSSEFF, PT, NAS CHMADAS PEDALADAS FISCAIS

O ministro Augusto Nardes, do Tribunal de Contas da União (TCU), repudia as declarações do Advogado-Geral da União divulgadas pela imprensa acerca de sua atuação na relatoria do processo de apreciação das Contas de Governo do exercício de 2014.

Esclarece, em relação à sessão prevista para 7 de outubro, que não antecipou sua opinião final acerca da apreciação dessas contas. Apenas disponibilizou, na quinta-feira passada, minuta de relatório e do parecer prévio aos demais ministros, uma vez que o Regimento Interno do TCU exige que a distribuição dessas peças aos seus pares se faça em até cinco dias antes da data da sessão.

Eventuais declarações coletadas junto à imprensa estão relacionadas a acórdãos públicos já prolatados pelo TCU, a exemplo do Acórdão 825/2015 - TCU-Plenário, que tratou de adiantamentos realizados pelos bancos oficiais para cobertura de despesas da União com programas sociais, e do Acórdão 1.464/2015 - TCU-Plenário, sobre a análise preliminar das contas de governo, no qual o tribunal comunicou ao Congresso Nacional que as referidas contas não estavam em condições de serem apreciadas naquele momento, em virtude dos indícios de irregularidades constatados que demandavam a apresentação de contrarrazões por parte da Presidente da República.
Herculano
05/10/2015 07:35
GOVERN AGE COMO SE EXECUTASSE MISSÃO DIVINA, por Josias de Souza

Esgotados todos os prazos e as prorrogações concedidas ao governo para que se explicasse ao TCU sobre as pedaladas fiscais de 2014, o governo decidiu aguir a suspeição do relator do caso, ministro Augusto Nardes. Fez isso a 72 horas do julgamento, depois de farejar a derrota. Pela primeira vez em 80 anos, o TCU deve rejeitar as contas de um presidente da República. Não tendo mais explicações a oferecer, o governo insinua que o julgamento estaria contaminado pela política.

O contrário do antigovernismo primário é um pró-governismo inocente, que aceita todas as presunções do governo a seu próprio respeito. Em matéria de prestação de contas, isso inclui aceitar que Dilma tem uma missão de inspiração divina e, portanto, indiscutível.

Todos os governos cultivam seus mitos de excepcionalidade. Mas é inédita na história essa pretensão da gestão Dilma a ser uma potência moral, que só deve contas à sua própria noção de superioridade moral. Inédito também o grau de submissão que o governo exige de todos, inclusive dos ministros do TCU, aos mitos autocongratulatórios e à sua missão evangelizadora.

Não é a hipocrisia do governo com sua desfaçatez fiscal que assusta. O que assusta mesmo é que Dilma e seus devotos não estão sendo cínicos. Eles acreditam mesmo que a missão da primeira presidenta da história dá ao governo o direito de manipular o orçamento para fins que desafiam, muitas vezes, não só a Lei de Responsabilidade Fiscal, mas o bom senso.

É como se as autoridades perguntassem: como poderiam os fins de uma presidente incomum ser julgados com base na lei e no senso comum?
Herculano
05/10/2015 07:33
REGRA SEM EXCEÇÃO, por Vinicius Mota para o jornal Folha de S. Paulo

Criticou-se a presidente Dilma Rousseff por ter-se disposto a trocar os titulares de pastas como Saúde e Educação na reforma ministerial da semana passada. Seriam áreas muito importantes para ser loteadas a representantes do baixo clero da Câmara, no caso da primeira, ou para sofrer com mais uma descontinuidade, exemplo do MEC.

Distribuir cargos sob critério político-partidário é um modo de governar disseminado neste mundo. As exceções costumam ser ditaduras.

A melhor vacina contra o estrago que o empossado pode causar na administração é o controle institucional. Em democracias avançadas, políticas públicas cristalizam acordos sociais profundos e atraem vigilância obsessiva. É preciso muita força para mudar o curso do transatlântico.

Aqui nem tanta. Ainda há atalhos pelos quais grupos políticos capturam recursos de pastas como Saúde ou Educação e os põem para trabalhar por seus interesses, à custa do serviço prestado aos usuários.

O PT não é exceção à regra do aparelhamento sectário, ao contrário da impressão deixada pelas lamúrias da "comunidade do SUS" antes da demissão humilhante de Arthur Chioro. As corporações de profissionais de saúde na órbita do petismo tiveram acesso predatório às estruturas de comando da pasta pelo Brasil.

Esse conúbio bloqueou a modernização da gestão em instituições federais de saúde, como hospitais e centros de pesquisa e desenvolvimento.

Desalojados e candidatos a desalojados reclamam da escolha de Marcelo Castro, inexpressivo deputado federal do PMDB do Piauí, para chefiar a Saúde - inexpressivo e "inimpressionável", como ele filosofou.

Mas que estragos Castro poderá fazer na comparação com os que o PT patrocinou? Tirar um pouco de água da fonte do corporativismo e matar a sede de oligarquias regionais?

Para o usuário do SUS, que não recebe serviço compatível com o custo dessa máquina, dá no mesmo.
Herculano
05/10/2015 07:29
CUNHA VAI "PARTIR PRA CIMA" E VIRA AMEAÇA A DILMA, por Cláudio Humberto na coluna que publicou hoje nos principais jornais brasileiros.

Sob fogo cerrado, em razão de suspeitas de envolvimento no assalto à Petrobras e da acusação de manter quatro contas secretas em bancos da Suíça, com dinheiro de origem suspeita, o presidente da Câmara, Eduardo Cunha, promete reagir e "partir pra cima" dos adversários. Aliados mais próximos avisam que Cunha "jamais cairá sozinho" e que, se necessário, ele não hesitará em "arrastar" a presidente Dilma.

Estratégia

Cunha está inclinado a acatar um dos treze pedidos de impeachment. Ou arquivar todos e ser docemente derrotado por recurso no plenário.

Contabilidade

São necessários 257 votos para a Câmara aprovar o impeachment ou afastamento imediato de Dilma do cargo. A oposição já contabiliza 285.

Conforto

Especialista da tropa de choque de Eduardo Cunha diz haver "conforto" para elaborar sua defesa, após examinar documentos e comprovantes.

Força de governo

Eduardo Cunha se diz "vítima" de aliados do governo, nas instâncias investigativas, que tentam destruí-lo para desacreditar o impeachment.

PRÉDIO ONDE MORA A ÉTICA AMEAÇA DESABAR NO DF

O novo ministro Marcelo Castro precisa agir para tentar impedir que a ética no Ministério da Saúde desabe literalmente: servidores trabalham apavorados com o risco de desmoronamento do prédio da Comissão Nacional de Ética em Pesquisa na Saúde, em Brasília. Reclamam de tremores na estrutura e de rachaduras nas paredes. Com orçamento de mais de R$ 121 bilhões, o ministério dá de ombros para o problema.

Patologias

A Defesa Civil já vistoriou a estrutura três vezes. Apesar do pânico dos servidores, diz terem sido constatadas apenas "pequenas patologias".

Providências

O Ministério da Saúde disse que já tem conhecimento do problema e que adotará as providências que achar necessárias.

Apostas

Preocupados, mas bem humorados, servidores propõem um "bolão" para saber quem cai primeiro: Dilma ou o velho prédio onde trabalham.

Fim antecipado

O líder do Psol, Chico Alencar (RJ), denunciou um movimento para antecipar o fim da CPI da Petrobras, que investiga a roubalheira na estatal. Ele acredita que PT, PSDB e PMDB estão em conluio.

Não dá ideia

O Sindfisco, sindicato dos Auditores da Receita Federal, é contra a CPMF. Acha mais lucrativo cobrar IPVA também de helicópteros e lanchas. Estima que esse "novo IPVA" renderia mais de R$ 30 bilhões.

Lição

Convidado a indicar ministros, o líder do PMDB, Leonardo Picciani, revelou gula de novato. Quase saiu no braço para indicar também o secretário de Portos. Foi derrotado pelo veterano senador Jader Barbalho, que queria e obteve o cargo para o filho, Helder.

Licença jabuticaba

Brasileiro residente há 25 anos em Baltimore (EUA) levou uma hora para explicar a vizinhos, num bate-papo, que existe no Brasil "licença-prêmio" para servidores públicos. Os americanos ficaram chocados.

Não desencarna

Deputado em Brasília, o ex-diretor-geral Agaciel Maia se aposentou do Senado na quinta (30), mas ainda manda muito na Casa. Tem acesso a dados dos servidores, que frequentemente recebem mensagens dele.

Lanterna na popa

O senador Hélio José (DF) decidiu mesmo abandonar o PSD de Gilberto Kassab. Diz que não fica nem que a vaca tussa. Procura um partido para chamar de seu, no Distrito Federal. Como presidente.

Números da indústria

Somam R$ 13,6 milhões os gastos do Detran-DF em campanhas educativas, desde 2011. Equivale a apenas 2% dos R$ 655 milhões pagos a seus agentes. O órgão faturou com multas R$ 400 milhões.

Encheu o saco

Cássio Cunha Lima (PSDB-PB) não aguenta mais servidores do Judiciário constrangendo parlamentares, aos gritos, a derrubar o veto ao reajuste. E ele até já avisou que votará pela derrubada do veto.

Pensando bem...

...Lula está certo, ao dizer na TV que o povo começou a frequentar lugares caros na era PT: posto de gasolina, farmácia, supermercado...
Herculano
05/10/2015 07:18
A "NÃO PRESIDENTE", por Aécio Neves, senador por Minas Gerais, presidente do PSDB e candidato derrotado à presidência nas últimas eleições por Dilma Vana Rousseff, no artigo que publicou no jornal Folha de S. Paulo

O arremedo de reforma ministerial que acaba de ser anunciado expõe ao limite máximo a constrangedora fragilidade da presidente da República e tem como principal efeito o adensamento da desqualificação da sua gestão à frente do país.

No momento em que o Brasil precisava de um gesto de desprendimento e coragem para fazer mais do que uma reforma, uma revolução gerencial, com intervenções profundas na estrutura governamental e a introdução de mecanismos inovadores em busca de eficiência e resultados, além de uma imperativa limpeza ética, o que se viu foi uma reforma marcada pela covardia e pela farta distribuição de nacos de poder, como se fossem mercadorias entregues àqueles que, de alguma forma, ameaçavam a permanência da presidente no cargo.

Ou alguém em sã consciência pode acreditar que a escolha dos novos ministros ? para ficar apenas nas duas pastas mais relevantes ? teve como objetivo melhorar a qualidade da saúde pública oferecida aos brasileiros ou colocar de pé a falaciosa "pátria educadora"?

A lógica da reforma não foi servir ao Brasil, mas, uma vez mais, atender às conveniências e aos interesses nada republicanos do governo e do PT. A verdade é que a presidente capitulou e jogou pela janela o pouco de autoridade que lhe restava.

Com o país mergulhado em crises cada vez mais graves, meses de discussões foram consumidos nos gabinetes de Brasília com o único propósito de evitar o encontro de contas com a Justiça de uma presidente eleita através de manobras sob drástica suspeição e pressionada por sucessivas denúncias de que o dinheiro da corrupção alimentou o caixa de sua campanha eleitoral.

Está chegando a hora de esclarecer com rigor tudo o que aconteceu. Os órgãos de controle do país saberão cumprir com independência, e sob o olhar atento da sociedade brasileira, o papel que deles se espera. Porque ninguém pode estar acima da lei, em especial quem deveria dar o exemplo - a presidente da República.

Se antes tínhamos uma presidente frágil, acossada pela crise econômica que seu próprio governo criou; pelos seus efeitos sociais que atingem de forma avassaladora principalmente os mais pobres, com o desemprego alarmante, juros escorchantes e inflação crescente; e por uma crise moral sem precedentes, com denúncias que chegam cada vez mais próximas do seu governo e do seu antecessor, resta agora uma "não presidente" que, para continuar no Palácio da Alvorada e frequentando o escritório do Planalto, parece ter abdicado das suas responsabilidades constitucionais.

A sensação que nos resta está expressa na frase proferida pelo ex-presidente Fernando Henrique: "A presidente já não governa mais. Ela é governada".

Até quando?
Herculano
05/10/2015 07:12
COLUNA DE AMANHÃ

Amanhã, é dia de coluna inédita "Olhando a Maré", exclusiva para a internet onde é a mais acessada do portado do Cruzeiro do Vale. Afinal ela possui conteúdos que estão à amostra de todos, e muitos teimam em ignorá-los. Acorda, Gaspar!
Herculano
05/10/2015 07:09
LADEIRA ABAIXO, editorial do jornal Folha de S. Paulo

Erros de Dilma e corrupção derrubam Brasil em ranking de competitividade, mas deficiências notadas no país são mais amplas e enraizadas

Mesmo nos momentos econômicos mais venturosos de outrora, o Brasil nunca deixou de ser um ambiente hostil para empreendimentos de todos os portes.

Reflexos de vícios arraigados nos regulamentos nacionais, indicadores como o número de procedimentos exigidos para iniciar um negócio, ou de horas consumidas no pagamento de taxas e impostos, que aproximam o país das piores colocações nas listagens globais, não podem ser atribuídos a desacertos deste ou daquele governo.

São bem identificáveis, porém, as responsabilidades pela vexatória queda brasileira no ranking de competitividade recém-divulgado pelo Fórum Econômico Mundial?da 57ª posição, no ano passado, para a 75ª entre 140 países.

Se competitividade é um conceito um tanto vago, o levantamento analisa quesitos concretos o bastante. De 12 categorias, houve retrocesso em 9, e o único posto digno de comemoração se deve à grandeza populacional: um 7º lugar em tamanho do mercado.

Quando estão em jogo resultados que dependem mais diretamente das gestões da economia e da política, o Brasil avança rumo ao extremo errado da tabela ?e com contribuição decisiva de desatinos e escândalos acumulados ao longo da administração petista, em particular sob Dilma Rousseff.

No julgamento do ambiente macroeconômico, a incúria no controle do Orçamento e da inflação nos custou um mergulho para o 117º posto, 32 abaixo da já desconfortável classificação de 2014. Nesse caso, ao menos, conta-se com vizinhos de renome, como a Espanha (em 116º) e o Japão (em 121º).

Mais incômodas são as companhias na relação que ordena as nações conforme a qualidade das instituições. Com a corrupção desnudada em proporções inéditas, o país desceu da 94ª para a 121ª colocação, logo abaixo da Sérvia e com Serra Leoa em seus calcanhares.

Elaborado a partir de dados estatísticos e pesquisas de opinião com executivos, o documento aponta uma piora vertiginosa, e ainda pouco explicada, da percepção sobre o desempenho brasileiro em ensino superior e treinamento, com queda da 41ª para 93ª posição.

Pode-se supor que o recrudescimento da crise tenha azedado o humor dos entrevistados, contaminando as avaliações. Já havia, porém, uma coleção prévia de outros resultados deploráveis, como em educação primária, complexidade tributária e custos trabalhistas.

A variedade de mazelas mostra que a agenda pela frente transcende o ajuste das finanças públicas. A longo prazo, será fundamental substituir a onipresença estatal por incentivos à produtividade de trabalhadores e empresas.
Ilhota Querida
04/10/2015 21:42
Até que enfim, agora com as denuncias, e as materias nos jornais, a Camara de Ilhota começou a se coçar na questao do Morro do Baú. Dizem que tinha pendencias mas tinham arquivado essa questao. Bom, espero que o restante do dinheiro apareça, porque a metade já foi pra Floripa, quero só ver da onde vai APARECER o restante...
Herculano
04/10/2015 21:15
ELES POSSUEM A VERDADE E QUANDO A VERDADE QUE EXIGE DOS OUTROS LHE IMPÕE SOBRE O JOGO E A FARSA, DESQUALIFICAM-NA.

Conteúdo jornal O Estado de S.Paulo. Às vésperas do decisivo julgamento no Tribunal de Contas da União (TCU), o governo Dilma Rousseff decidiu tentar sua última tacada para evitar o risco de rejeição do balanço de 2014 pela corte: vai pedir a suspensão do processo num ataque direto ao ministro-relator, Augusto Nardes. A estratégia foi anunciada na tarde deste domingo, em entrevista coletiva concedida pelos ministros José Eduardo Cardozo (Justiça), Luis Inácio Adams (Advocacia-Geral da União) e Nelson Barbosa (Planejamento).

O argumento do Palácio do Planalto é que Nardes já deu declarações antecipando seu voto pela reprovação das contas. A oposição e até mesmo setores da base aliada de Dilma dão como certa a reprovação das contas para deflagrar o processo de impeachment de Dilma no Congresso.

O pedido do governo deve ser enviado nesta segunda-feira à corte de contas sob a alegação de "vício" no processo. O governo se baseia na legislação que veda aos magistrados manifestar opinião sobre processos ainda não julgados.

A ideia é adiar o julgamento das contas, agendado para quarta-feira. "Se apontamos a suspeição, não pode ter o julgamento sem analisar essa suspeição antes de julgar o mérito", disse o ministro José Eduardo Cardozo.

"É vedado ao magistrado se manifestar por qualquer meio de comunicação sobre processo em curso. O que percebemos é que essas manifestações reiteradas constrangem todo o restante do tribunal. O problema está na condução e dirigismo", disse Adams. Segundo ele, Nardes deve ser substituído da relatoria. "O processo precisa ser saneado. Sanear é reconhecer o vício e substituir o relator", completou.
Herculano
04/10/2015 21:08
OS REIS TAMBÉM MORREM, por Fernando Henrique Cardoso, sociólogo, ex-professor universitário, ex-senador por São Paulo, ex-ministro da Fazenda que implantou o Plano Real no governo de Itamar Franco, PMDB, e ex-presidente da República pelo PSDB, em artigo publicado no jornal O Estado de S. Paulo

Num dos sábados do mês de setembro encontrei tempo e motivação para escutar a Orquestra do Estado de São Paulo (Osesp), sob o comando do maestro Isaac Karabtchevsky, tocar os Gurre-Lieder de Arnold Schönberg. Com a força expressiva do autor, os versos novecentistas do dinamarquês Jens Peter Jacobsen, traduzidos para o alemão por Robert Franz Arnold, ganham uma dramaticidade wagneriana. Dizem os entendidos que, ademais de Wagner, os acordes transpiram também a Mahler. Não saberia avaliar. O que senti, especialmente quando os instrumentos entoaram sons de uma marcha fúnebre, foi o inevitável da morte e a angústia dos próximos que ficam.

Essa sensação talvez me tenha vindo porque, na última vez que fui à Osesp em sua companhia, Ruth teve a crise cardíaca que, dias depois, terminou sendo fatal. Estive a recordar o tempo todo que em setembro ela faria 85 anos.

O rei Waldemar, no poema, chora a morte de sua amada e diz: "Mas Tove está aqui e está lá, está tão perto e está tão longe". Revolta-se contra os próprios deuses e proclama: "Senhor Deus, teus exércitos de anjos cantam sempre tua glória; entretanto, o que necessitarias era de um anjo que te soubesse censurar. Mas quem se atreveria?".

Da angústia existencial da morte concreta, a dos mais próximos e a própria, passei a pensar na morte política para não me afligir ainda mais. Grave e grande problema: como passar de uma situação de poder a outra? Os reis podem abdicar e assim, sem morrer, renunciam ao poder. Penam em vida, eventualmente, a ausência do poder. Agora, até os papas renunciam; devem rezar na paz de Castel Gandolfo pelo êxito do sucessor.

No parlamentarismo são os deputados que, formando uma nova maioria, ora ressuscitam o primeiro-ministro moribundo, ora simbolicamente o decapitam, escolhendo outro. No presidencialismo o eleito, em tese, deve esperar que o tempo se esvaia até que o povo escolha novamente um "rei". O anterior, de bom grado ou de mau grado, sobrevive fisicamente, ora tentando voltar ao trono, ora conformado com o que já fez; ora ajudando o sucessor a governar, ora o atrapalhando.

Às vezes, entretanto, não há sucessão à vista e o rei já não governa. Quando o presidente, no caso de República democrática, agride a Constituição, ainda sobra o remédio do impedimento, uma espécie de morte assistida. Ou, então, ele abre mão voluntariamente do poder pela renúncia. O tema, na ciência política, sem ter a dramaticidade do Gurre-Lieder, é sempre tratado com circunspecção e interesse.

Não por acaso voltou à baila em algumas Repúblicas presidencialistas contemporâneas o discutível instituto do recall: a velocidade da vida e dos meios de comunicação tornam precocemente envelhecidos governos democraticamente eleitos. Estamos diante dessa encruzilhada. Trombetas, trompas e fagotes já entoam o final, falta apenas a percussão dos címbalos para que todos saibam que o rei morreu. Este, entretanto, detém o poder e não encontra ninguém, como o anjo que Waldemar queria que se atrevesse diante do próprio Deus, para lhe dizer: acabou!

Por enquanto, falei no figurativo. Mas vamos aos fatos.

O povo não vê no ajuste financeiro a glória futura, mas, sim, o aperto cotidiano. Os programas e promessas são palavras que a experiência mostrou natimortos pela inércia da administração ou por sua incompetência. Os políticos já não sabem quantos mais anéis pedir à presidente para cumprirem o que, em princípio, já lhes foi pago, pois querem mais. Para não falar nos mercados, que buscam refúgio no dólar, embora não se tenha crise cambial à vista.

Estamos assistindo a uma corrida contra o tempo. Repito o já sabido e dito: as forças dinâmicas do quadro brasileiro vêm sendo a crise econômica e a Operação Lava Jato. Só que o desdobramento de uma, a judicial, independe da outra, que, entretanto, sofre suas consequências. Não obstante, as lideranças políticas, a começar pela maior da República, parecem assistir conformadas ao mergulho do País no poço fundo da crise pela falta de confiança.

Daí a angústia: há urgência para que as decisões políticas nos permitam enfrentar os desafios econômicos e sociais. Estes são de magnitude: os compromissos legais de financiamento a serem cumpridos pelo governo, seja por diretivas constitucionais, seja por mandamentos legais, seja por compromissos políticos assumidos, não cabem no Orçamento e o País não quer pagar mais impostos. Não quer porque não vê que deles resulte melhoria palpável para as contas públicas nem para a população, dadas a continuidade da gastança, a incompetência da gestão e a corrupção.

A quadratura desse círculo exige a reconstrução da confiança perdida. Daí a corrida contra o tempo. O mandato ainda dura três anos e pouco e o tempo urge. Ou bem a presidente reage (e vê-se que não tem gás para tanto) ou ela é "renunciada". Mesmo que se cogite de impedimento, este está limitado pelo decorrer de prazos legais. Haverá tempo? Como conciliar, sempre dentro da Constituição, as urgências da economia e da vida com a morosidade dos tempos políticos?

Não tenho vara de condão para me levar ao futuro. Arrisco dizer, no entanto, que nessa pugna entre os meneios político-partidários e as necessidades concretas das pessoas e das empresas chegará o momento de acelerar decisões. Talvez um anjo perverso aconselhe à presidente: entregue logo sua alma ao diabo, entre mais fundo no "toma lá dá cá" e salve seu mandato. Pode até conseguir, mas valerá a pena? E acaso isso modifica a dança do País à beira do abismo?

Quanto antes os mais responsáveis percebam que ou agem ou serão tragados pela voragem da crise, melhor. Ainda há tempo. Pouco, contudo.
Digite 13, delete
04/10/2015 13:54
Olá, Herculano

A imaginação anda em ebulição.

A expressão PeTralha está em desuso?

Vlady Oliver veio de "vermelho com chifre"
Reinaldo Azevedo se reinventa, "vermelho com nariz marrom".

"rato petista" é o meu favorito.
Belchior do Meio
04/10/2015 13:41
Sr. Herculano:

Vê se saquei Ricardo Noblat; para afastar DilmAnta, dos 513 deputados, 342 terão que votar pelo afastamento.
Resta para mantê-la no poder 171 petralhas .

êta númerozinho significativo ... kkkk
Arara Palradora
04/10/2015 13:31
Querido, Blogueiro!

O hangout do amornado está em festa.
Dois "nariz marrom", chegaram.

Voeeeiii...!!!
Herculano
04/10/2015 12:08
MORREU DE CÂNCER EM MINAS GERAIS, O SINDICALISTA, EX-SENADOR POR SERGIPE, EX-PRESIDENTE DO PT E EX-PRESIDENTE DA PETROBRÁS, O CARIOCA JOSÉ EDUARDO DUTR

Conteúdo e texto do Congresso em Foco. Morreu na madrugada deste domingo (4), em Belo Horizonte, o ex-senador José Eduardo Dutra (PT-SE), ex-presidente do PT e da Petrobras. Ele tinha 58 anos e lutava contra um câncer. O corpo dele deve ser velado e cremado na capital mineira, nesta segunda-feira (5). Carioca, Dutra trilhou sua trajetória política em Sergipe. Dirigente nacional da Central Única dos Trabalhadores (CUT) entre 1988 e 1990, presidiu o Sindicato dos Mineiros do Estado de Sergipe (Sindimina) de 1989 a 1994, ano em que se elegeu senador.

José Eduardo Dutra foi presidente da Petrobras de janeiro de 2003 a julho de 2005. Dois anos depois, presidiu Petrobras Distribuidora, onde permaneceu até agosto de 2009.

Ele presidiu o PT entre 2010 e 2011, quando renunciou ao mandato que só terminaria em 2012 por problemas de saúde. Dutra foi um dos coordenadores da campanha da primeira eleição da presidente Dilma, ao lado do ex-ministro Antônio Palocci e do ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo.

Com o agravamento da doença, ele se afastou da vida partidária para cuidar da saúde. Atualmente era o primeiro suplente do senador Antônio Carlos Valadares (PSB-SE).
Herculano
04/10/2015 12:02
POBRE É LADRÃO?, por Ferreira Gullar, escritor e poeta, para o jornal Folha de S. Paulo

Logo após o fim de semana, quando a zona sul do Rio foi tomada pelos arrastões, assisti a um programa de televisão em que se debatia o assunto. De fato, foram dois dias - um sábado e um domingo - que deixaram as pessoas apavoradas, sem falar daquelas que sofreram diretamente a ação dos pivetes.

Eles agiram em grupos de dez, quinze assaltantes que, nas praias, tomavam dos banhistas celulares, bolsas, cordões de ouro, relógios, enfim, tudo o que pudessem levar.

Em meio a tanta gente, corriam e sumiam, sem que nem mesmo os policiais conseguissem pegá-los. Alguns foram presos, mas, como disse um delegado, logo seriam soltos para voltar a assaltar. É que são menores.

Pois bem, durante o debate, a opinião dos participantes era de que a razão dessa crescente ação dos pivetes está na maneira como agem as autoridades, usando apenas a repressão policial, quando o problema é social. Ou seja, de nada adianta reprimir a ação dos pivetes, uma vez que a causa está na desigualdade: esses assaltantes são jovens de classe baixa, filhos de famílias pobres, que muitas vezes não têm nem mesmo o que comer.

Isso, sem dúvida alguma, é verdade. Mas, partindo dessa constatação, o que fazer para evitar que eles continuem a assaltar? Na opinião dos debatedores, naquele programa, o governo deveria oferecer a esses jovens atendimento capaz de reintegrá-los à vida social. Noutras palavras, é a desigualdade social que os leva a roubar.

Vamos examinar essa tese. Quantos menores pobres existem na cidade do Rio de Janeiro? Não sei ao certo, mas acredito que cheguem a muitos milhares, a centenas de milhares. Se aqueles jovens assaltam por serem pobres, por que não há muitos milhares de assaltantes em vez de algumas dezenas? Os que agiram naquele fim de semana não chegavam a cem.

Diante disso, concluo que não é apenas por ser pobre que o cara se torna assaltante. Ou vamos admitir que basta ser pobre para ser bandido? Seria uma ignomínia contra os pobres que, pelo contrário, em sua absoluta maioria trabalham para ganhar o pão de cada dia. Na verdade, a maioria dos que pegam no pesado são os pobres. E o pessoal do Petrolão, rouba por quê? Por não ter o que comer certamente não é. Será por vocação?

Citei, certa vez, numa de minhas crônicas, o que disse uma senhora favelada:

"Tenho cinco filhos, duas meninas e três meninos. Quatro deles estão estudando.

Só um deles não quis estudar e virou assaltante". Vejam bem; todos eles foram criados na mesma casa, na mesma favela, pela mesma mãe, enfrentando as mesmas dificuldades. Por que só um deles optou pelo crime? Semana passada, um desses garotos declarou que rouba por prazer e não estuda porque não quer.

A desigualdade social existe e, no Brasil, chega a um nível vergonhoso. E há desigualdade, maior ou menor, em todos os países, até naqueles de alto desenvolvimento econômico, como os Estados Unidos. Deve-se observar também que, durante séculos, a humanidade enfrenta esse problema e luta para livrar-se dele. Admito que talvez nunca cheguemos à sociedade justa, mas ela pode ser menos injusta, sem dúvida alguma. Só que isso vai demorar ?e muito.

Voltemos, então, à tese daquele pessoal do tal programa. Se é verdade que os pivetes assaltam porque nasceram numa sociedade desigual, significa que, enquanto a desigualdade se mantiver, haverá assaltantes, os quais não devem ser punidos, pois são vítimas da sociedade desigual. Puni-los seria cometer uma dupla injustiça, certo? No fundo, é mais ou menos essa visão do problema que levou à benevolência das leis brasileiras contra os criminosos, tenham a idade que tiver.

Mas como fica a mocinha inglesa que teve sua bolsa levada pelos pivetes com todo o seu dinheiro e todos os seus documentos? Chorando, ela prometeu nunca mais voltar ao Brasil. Como fica o assassinato daquele senhor, morto pelo pivete que queria roubar sua bicicleta?

Se a causa dos crimes é a desigualdade social, e ela vai custar muito a ser superada, vamos ter de viver o resto da vida trancados em casa ou andar apavorados pelas ruas da cidade. Será que está certo?
Herculano
04/10/2015 11:58
O INFORMANTE, por Merval Pereira, de O Globo

Se já havia quem desconfiasse que o Procurador-Geral da República, Rodrigo Janot havia extrapolado suas prerrogativas ao definir que o ex-presidente Lula só poderia ser ouvido pela Polícia Federal no inquérito da Operação Lava-Jato na qualidade de "testemunha", pois a lei não lhe confere esse direito, o ministro Teori Zavascki melhorou a emenda, definindo que Lula será ouvido como "informante", e não testemunha.

Além de ser uma decisão totalmente atípica, pois Lula já não tem foro privilegiado, o ministro do Supremo está criando uma figura que não existe nos inquéritos, mas apenas nos processos criminais, cíveis ou mesmo administrativos, como adverte o criminalista Ary Bergher. Nos inquéritos existem apenas os investigados e as testemunhas.

Nos processos, quando a testemunha é parente ou ligada ao réu, não recebe o status de testemunha porque não poderia jurar dizer a verdade. É então rotulada de informante. Como o ex-presidente Lula é ligado ao PT, não pode ser testemunha, parece ter raciocinado o ministro Teori Zavascki.

É o que se deduz de sua decisão sobre a relação de pessoas que o delegado Josélio Souza pretende ouvir, todas ligadas ao PT: "No caso, as manifestações dessas autoridades são coincidentes no sentido de que as pessoas a serem ouvidas em diligências complementares não ostentam a condição de investigadas, mas, segundo se depreende do requerimento da autoridade policial, a condição de informantes".

A testemunha presta o compromisso "de dizer a verdade", o informante não. Segundo outro criminalista. Cosmo Ferreira, boa parte da melhor doutrina de Direito Processual Penal entende que "informante" não é testemunha. Existe, porém, a discussão sobre se quem não presta o compromisso "de dizer a verdade" poderá ser sujeito ativo do crime de falso testemunho, descrito no artigo 342, caput, do Código Penal.

O entendimento majoritário é que sim, pois, aquele tipo penal não faz menção ao compromisso, mas, há vozes autorizadas no sentido do não. O que levou o ministro a asseverar "informante" em vez de testemunha? As más línguas dirão que foi para blindar o Lula da prática do crime de falso testemunho, na esteira da doutrina minoritária.

A condição de "informante" traz ainda uma carga pejorativa para Lula que faz ligação ao livro de Tuma Junior, que o acusa de ter sido "informante" do Dops quando lá esteve preso sob a guarda de seu pai, Romeu Tuma.

Já Ary Bergher acha que se ficar demonstrado nas investigações que Lula faltou com a verdade no seu depoimento, ele se tornará automaticamente indiciado no inquérito. Se se recusar a responder a determinadas perguntas, embora tenha este direito, o comportamento poderá ser considerado como sinal de comprometimento.
Herculano
04/10/2015 11:53
MORRO E A LAVA-JATO, por Sacha Calmon, para o Correio Braziliense

Merece considerações a decisão do Supremo Tribunal Federal(STF), por maioria, que fixou competências para julgamento de ações anticorrupção propostas pelo Ministério Público. Em primeiro lugar, cabe mencionar a metodologia para chegar à Justiça Federal, cuja competência é ratione personae (em razão do bem jurídico tutelado relacionar-se com o patrimônio, autoridade, competência ou interesse da União Federal). Se, por exemplo, alguém pratica crime em desfavor de Minas, o Judiciário competente é o estadual. Se o mesmo ato for contra a União, quem apura é a Polícia Federal. Quem denuncia é o Ministério Público Federal. Quem julga é a Justiça Federal. Havendo foro privilegiado ou por prerrogativa de função, como ultimamente se diz, quem julga é o STF.

Elencar os crimes da competência da Justiça Federal implica, todavia, fixar critérios para dividir, digamos assim, o terreiro de cada juiz federal, pois a jurisdição deles não é universal. As varas criminais estão fixadas na federação, do Oiapoque ao Chuí, e obedecem a critérios territoriais. Em princípio, portanto, a jurisdição está limitada territorialmente, mas quando um crime se estende para lá do território, a conexão com o delito-base nele praticado, envolvendo pessoas residentes em lugares diversos, atrai para a vara que apura o crime a competência do juiz do lugar. É o caso do petrolão, mas não de todos os casos de corrupção. No Ministério do Planejamento, verbi gratia, a competência é de um juiz federal de Brasília. (O acúmulo acabaria por determinar o gigantismo da tarefa do juiz Moro, a trabalhar como um mouro, quase soterrado por dezenas de réus de todo o Brasil, num trabalho insano).

Isso posto, a decisão do STF, de cunho técnico, apenas determinou que os casos de corrupção que não estejam ligados ao petrolão, por exemplo, os do eletrolão e suas obras, em início, o da Nuclebrás, o do Ministério do Planejamento (sede em Brasília), o do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), o dos fundos de pensão que nem começaram, observem as regras de competência processuais fixadas nas leis vigentes.

Parte majoritária da imprensa e da opinião pública - como se vê nas redes sociais - viram na decisão do STF, vero golpe para nulificar os esforços do juiz Moro, eleito hoje herói nacional, duro e intimorato algoz do governo que nos governa há 13 anos. Há aí exagero e desinformação, embora entenda perfeitamente o sentimento da nação. Com efeito, estamos tão cansados da impunidade e das pizzas em que se transformaram as ações contra os poderosos que nos sentimos desconfiados, como se o tal desmembramento fosse um golpe no justiceiro juiz da vara paranaense. Daí merecer nosso respeito o voto e a opinião do ministro Gilmar Mendes, temeroso de manobras palacianas.

Prefiro não comungar o voto de desconfiança nos outros juízes criminais da Justiça Federal. Juízes federais de todo o país aprovaram, em 25 de setembro, a Carta de Florianópolis, que reflete as principais conclusões do 4º Fórum Nacional dos Juízes Federais Criminais (Fonacrim), divulgada apenas dois dias depois da decisão do STF. Quatrocentos operadores jurídicos estiveram presentes; 170 eram juízes federais. Não é só um Moro... São 170 Moros.

O documento, ademais, apoia a PEC nº 15/11 do Senado e o projeto da Associação dos Juízes Federais para prender o réu que responde solto, após a condenação em 2ª instância ou pelo júri popular, em nada ofensivo ao princípio da presunção de inocência (os advogados criminalistas só admitem que a presunção desapareça com o trânsito em julgado da decisão condenatória penal, favorecendo o réu). Nem nos EUA isso ocorre.

Em Nova York, o procurador Deltan Dallagnol disse que a decisão "foi uma derrota". Discordo. Ele é que praticou uma barretada. Quer ser o dono de todas as investigações sobre corrupção no Brasil. Como diziam os romanos "vanitas vanitatis" (tudo é vaidade). Nem deveria se referir assim, no estrangeiro, à Corte Suprema do Brasil. Merece repreensão.

Por último, no STF, o juiz Teori cuidará apenas dos réus com foro privilegiado ligados ao petrolão. Outros ministros serão sorteados para os outros focos de corrupção. Nada mais lógico. A questão probatória se resolve processualmente, embora nessa área as provas se entrelacem nos diversos processos. É que os corruptos e corruptores se entrecruzam no petrolão, no Ministério do planejamento, nas obras de engenharia do Ministério de Minas e Energia, e assim por diante. Aqui, assiste razão àqueles que acham acertado cumular tudo em cima do juiz Moro. A coleta e a organização das provas serão dificultadas. Contudo, essas dificuldades podem ser superadas pela troca de informações. São os ossos de ofício para julgar com justiça e isenção, sem correr da lei.
Herculano
04/10/2015 11:49
ILHOTA EM CHAMAS. FINALMENTE A IMPRENSA REGIONAL SE INTERESSOU POR UM ASSUNTO QUE CHEIRA CONFUSÃO E CONTÉM INTERESSES POUCO ESCLARECIDOS. ESTÁ NO JORNAL DE SANTA CATARINA, DA RBS BLUMENAU DESTE FINAL DE SEMANA:"NÃO VAMOS APROVAR QUALQUER COISA", DIZ PRESIDENTE DA CÂMARA SOBRE PARQUE NO MORRO DO BAÚ.

Texto de Aline Camargo e Pamyle Brugnago. O presidente da Câmara de Vereadores de Ilhota, Lavino Nunes (PMDB), diz que não há problemas de diálogo entre o Legislativo e a prefeitura e que se o projeto de criação do Parque Natural Municipal do Morro do Baú ainda não foi votado é porque existem muitas pendências:

- A metragem do projeto não confere com a do terreno. O projeto prevê 546 hectares para o parque, mas a área tem 750 hectares, e tudo tem escritura. Agora vai ser convocado um técnico da Fatma e vamos analisar tudo, para depois fazer uma audiência pública e ouvir a população - informa.

Para Nunes, a primeira audiência pública, realizada em dezembro de 2014 na comunidade Alto Baú, não foi suficiente. Além disso, ele afirma que não quer que a atual legislatura seja responsabilizada por possíveis problemas no futuro:

- Não vamos aprovar qualquer coisa por aprovar para sermos questionados daqui cinco anos. Não tem nada de político, o projeto é amplo e precisa ser bem analisado ? defende. [é que recentemente, a reportagem não cita, a promotora da Comarca que cuida da Moralidade Pública, ao receber os vereadores para ouvi-los em denúncias, inclusive esta, foi cara com todos: a Câmara e os vereadores tem responsabilidade solidária se não fizerem o papel que lhes cabe: o de fiscalizar; não basta denunciar]

Para o conselheiro da Associação Catarinense de Proteção da Natureza (Acaprena) Leocarlos Sieves a denúncia encaminhada ao Ministério Público de Gaspar sobre o corte irregular de palmito também busca agilizar a conversa entre a Câmara de Vereadores e a prefeitura para a criação oficial do Parque Natural Municipal do Morro do Baú:

- A denúncia é tanto no sentido de que o Ministério Público agilize, mande averiguar o que está acontecendo, como para que possa construir uma ponte entre o Legislativo e o Executivo de Ilhota para criar logo a unidade de preservação, porque a verba já existe.
Herculano
04/10/2015 08:46
REGISTRO

Foi encontrado morto no sábado em Blumenau, o jornalista e radialista Celso Ferreira. Ele tinha 74 anos e era gaúcho em Novo Hamburgo. Há 17 anos no ar como âncora da Rádio CBN Vale do Itajaí, veículo da Rede Fronteira de Comunicação em Blumenau. Ele teria morrido de infarto na sexta-feira na sua casa, segundo o Instituto Geral de Perícias.

Celso Ferreira, por hábito ou programação, entrevistava a administração petista de Gaspar, levantava a bola e nunca fazia perguntas incômodas ou necessárias. Para ele e o entrevistado, Gaspar e a administração petista era uma das sete maravilhas do mundo.
Herculano
04/10/2015 08:34
da série: o que o governo do PT de Gaspar de Zuchi, Mariluci, Amarildo, Dalsochio, Doraci, Mitinho, Ana Paula e Décio Neri de Lima diferem do de Dilma, Dirceu, Mercadante, Gleisi, Rabelo, Lula, Edinho, Ideli, Genuino e seu irmão, Sibá entre uma lista enorme de outros?

VERMELHOS DO NARIZ MARROM REÚNEM MEIA DÚZIA DE GATOS-PINGADOS NA PAULISTA, PAUTADOS PELA MENTIRA E PELA SEM-VERGONHICE, por Reinaldo Azevedo, de Veja

Os vermelhos do nariz marrom resolveram fazer um protesto a favor do governo neste sábado. O que é um "nariz marrom", um "brown noser"? No Brasil, hoje em dia, é um desses esquerdistas que vivem de joelhos para o governo para não perder a boquinha. E aí eles fazem qualquer coisa. Você encontra uma definição mais precisa aqui, no "Urban Dictionary", com alguns sinônimos muito apropriados. Sigamos.

Os narizes marrons resolveram organizar um protesto na Avenida Paulista contra o impeachment de Dilma, que chamam "golpe"- o que, obviamente, é mentira -, mas também vociferaram contra o ajuste fiscal, que chamaram, atenção, de "Plano Levy-Renan" - outra falácia, tão escandalosa quanto a primeira.

Os manifestantes pró-governo dizem ter reunido 8 mil pessoas. Bem? Nem isso é verdade. Se havia lá mil narizes marrons, já podem se dar por satisfeitos. O protesto a favor - uma modalidade de manifestação historicamente celebrizada pelo fascismo - foi patrocinada pelo PT, pela CUT, por movimentos sociais de quatro e por partidecos de esquerda.

De novo, as bandeiras que mais se destacaram foram as do PCdoB. Cheguei à conclusão de que esse é o partido que reúne, proporcionalmente, o maior número de incompetentes pendurados nas tetas do governo. É só um raciocínio lógico: se aparecem mais pecedobistas em protestos pró-Dilma do que petistas, isso quer dizer que os comunistas do Brasil têm ainda mais medo de ficar na rua da amargura caso percam a boquinha.

Quando fui de esquerda, há muitos anos, era trotskista. Logo, não tinha afinidade intelectual com stalinistas e seus derivados, esse resto e essa raspa compostos hoje de petistas, pecedobistas e afins. Não que o trotskismo tenha tido melhor sorte por aqui. Mas, ao menos, conserva o charme dos que não dizem besteiras a soldo, não é mesmo? Estes o fazem quase de graça, por convicção mesmo?

Vejam a que miséria foram relegadas as esquerdas que se associaram ao petismo e seus satélites. Dizem ir à rua contra um golpe que não existe e se manifestam contra um ajuste fiscal que, com efeito, existe. Como não têm coragem moral de defendê-lo e como, na prática, estão gritando em favor de Dilma, fingem, então, que ela não é responsável pelas medidas; tratam Joaquim Levy como uma espécie de interventor do governo.

"Ah, isso é coisa desses pobres coitados, mamadores das tetas oficiais", diria alguém. Não deixa de ser também, mas é mais do que isso. Os dois documentos redigidos pela Fundação Perseu Abramo, que "intelectuais petistas", esse escandaloso paradoxo, afirmam a mesma coisa.

Os textos chegam a negar que haja uma crise no Brasil; dizem que a dita-cuja é só uma invenção da conspiração neoliberal. Mais ainda: na eleição de 2014, Dilma teria sido obrigada a admitir uma crise inexistente só para fazer a vontade dos financistas.

Não vou dizer que as esquerdas perderam o bom senso porque, se bom senso houvesse, esquerdistas não seriam. O que fica evidente é que perderam também qualquer senso de ridículo. Ora, se o pacote de ajuste fiscal não é de Dilma, se ele é desnecessário, se a crise é falsa e se o PT é contra, quem obriga a presidente a adotar aquelas medidas?

Mas que tolice a minha! Fazer perguntas pautadas pela lógica a petistas e, mais genericamente, a esquerdistas é inútil.

Ah, sim: os que foram às ruas têm em Lula a sua referência e o seu Dom Sebastião. Todos eles acreditam que, um dia, ele voltará. Não custa lembrar que, a partir desta segunda, o governo Dilma é aquele definido pelo Babalorixá de Banânia. Ele passou a ser o presidente de fato do Brasil.
Herculano
04/10/2015 08:20
O TRISTE "MODELO" DE MICHEL TEMER, por Clóvis Rossi para o jornal Folha de S. Paulo

Vice-presidente elogiou o ajuste de Portugal, que vota hoje, mais pobre e após um êxodo em massa

O vice-presidente Michel Temer, em recente visita a Portugal, disse que o país é um "modelo" para o Brasil.

Pena que os portugueses não concordem com ele: pesquisa publicada sexta-feira (2) pelo jornal "Público" mostra que quase 60% dos portugueses acham que o país está "pior" (18%) ou "muito pior" (39,8%) do que há quatro anos, quando se iniciou o programa de ajuste que o vice-presidente brasileiro considera modelar.

É com esse estado de espírito que Portugal vota neste domingo (4).

Nada surpreendente, de resto. O desânimo é tal que 485 mil pessoas deixaram o país desde o início do ajuste ?o que representa cerca de 4% da população.

Pior: trata-se de gente em geral qualificada, a ponto de José Manuel Silva, da Ordem dos Médicos de Portugal, ter dito o seguinte ao semanário "Expresso", a melhor publicação portuguesa: "Estamos a tornar-nos a África da Europa ao exportar cérebros de alta qualidade para países desenvolvidos, a custo zero".

Uma segunda avaliação, igualmente assustadora, aparece em texto editorial do "Expresso": "Não estamos nem sequer perto de um equilíbrio orçamental, de uma economia que cresça de forma continuada ou de um país com uma demografia equilibrada", diz.

Completa: "Ainda temos um desemprego inaceitável, níveis de pobreza muito elevados, natalidade perigosamente baixa e demasiados desafios nas políticas públicas, da saúde à educação, passando pela mais discutida segurança social".

Mais um dado assustador: a economia sofreu um retrocesso de imponentes 6,5% de 2010 a 2014, quando se iniciou uma ainda tímida recuperação.

Pior: nem os indicadores econômicos que se pretendia sanear mostram-se saudáveis. O deficit público era de 4,7%, ao terminar o primeiro semestre, 50% acima do nível tolerado pelas regras europeias (3%). E a dívida subiu de 111% do PIB em 2011 para 129% em 2014.

Diante de tantos problemas, o natural seria a derrota do governo, comandado pelo conservador Pedro Passos Coelho, do PSD (Partido Social-Democrata).

Mas a coligação do PSD com o também conservador CDS (Centro Democrático e Social) está à frente nas pesquisas, embora longe da maioria absoluta.

Fácil de explicar: a alternativa a Passos Coelho, que implementou a maior parte do ajuste, seria o Partido Socialista, justamente o que, então no governo, pediu a intervenção dos credores, quando era liderado por José Sócrates.

Ainda por cima, Sócrates está preso, à espera de julgamento, acusado de corrupção ?o que resvala obviamente no candidato socialista António Costa, que foi ministro e aliado próximo do acusado.

Para tornar o ato de votar menos atraente, há suspeitas sobre o socorro que o premiê Passos Coelho deu ao Banco Espírito Santo, lustrosa grife financeira, na altura de ? 4,9 bilhões (R$ 21 bilhões).

Como não surgiram partidos alternativos, ao contrário da Grécia, Passos Coelho chega ao voto como favorito, mas a esquerda (PS mais Bloco de Esquerda mais Partido Comunista) pode ter a maioria dos votos. Essa insólita e inédita coligação é a preferida pelos portugueses, diz a pesquisa do "Público".
Herculano
04/10/2015 07:54
BOLSA FAMÍLIA JÁ CUSTOU R$20,8 BIHÕES EM 2015, por Cláudio Humberto, na coluna que publicou neste domingo nos jornais brasileiros


É cada vez mais adequada ao Bolsa Família a definição de "maior programa de compra de votos do mundo", conferida pelo deputado Jarbas Vasconcelos (PMDB-PE). Somente em 2015, já custou mais de R$ 20,8 bilhões e deve superar recorde histórico dos R$ 27,1 bilhões gastos no ano eleitoral de 2014. O governo não mantém programas de "porta de saída" do Bolsa Família, e mantém cativos os beneficiados.

A qualquer custo

Para manter o "programa de compra de votos", o governo não hesitou em cometer o crime da "pedalada fiscal", diante de falta de dinheiro.

Fortuna por mês

O Bolsa Família custa ao País, em média, R$ 2,3 bilhões ao mês. A Bahia é o Estado que mais recebe: R$ 2,7 bilhões só este ano.

Quase um "rombo"

O rombo de quase R$ 31 bilhões, que o governo previu no Orçamento de 2016, corresponde praticamente ao custo anual do Bolsa Família.

Viajando Levy

O ministro Joaquim Levy não para em casa: é, de longe, o ministro que mais recebeu ressarcimento de diárias na Esplanada: R$ 60,4 mil.

RFORMA DE DILMA NÃO SUPERA CRISE ENTRE ALIADOS

Assim como o presidente da Câmara, Eduardo Cunha, que achou pífia a "reforma administrativa" de Dilma, também os líderes dos partidos que formam o "blocão" na Câmara (PP, PTB, PSC, PHS e PEN, além do PMDB) estão insatisfeitos. Alguns estão até revoltados com o papel de Leonardo Picciani, líder do PMDB e do "blocão", nas negociações com o governo para indicar nomes do novo ministério de Dilma.

Tiro n?água

Para Eduardo Cunha, a reforma é muito ruim para o governo porque não altera posições: quem é contra a Dilma, continuará contra.

Pratos limpos

Os líderes dos partidos do "blocão" vão se reunir na próxima terça (6) para definir o futuro do grupo, e se Picciani continuará a liderá-lo.

Substituto

Parlamentares do blocão acham que líder do PSC, André Moura (SE), pode substituir Picciani. Moura é ligado a Eduardo Cunha (PMDB-RJ).

É bom saber

Com a intimação para Lula depor na polícia, teve jurista confundindo Informante com Testemunha. Informante não presta juramento. Testemunha comete crime se mentir, mesmo sendo ex-presidente. Ao final, tanto Informante quanto Testemunha podem virar investigado.

Lula, o patriota

Alegando que a atuação de Lula em favor da Odebrecht "foi lícita, ética e patriótica", o Instituto Lula fez o leitor Gil Ferreira lembrar o pensador inglês Samuel Johnson: "Patriotismo é o último refúgio dos canalhas".

Na fila, de pires na mão

O governo de Pernambuco é mais um a estourar o limite de gastos com pessoal fixado na Lei de Responsabilidade Fiscal. A oposição acha que o Estado saiu rápido da abastança para uma situação de pré-colapso.

Eduardo Maluf

O principal gabinete da Câmara dos Deputados parecia calmo, nesta sexta, depois de Eduardo Cunha divulgar nota afirmando que o tema das contas na Suíça não é com ele. Ele já é comparado a Paulo Maluf.

Cortou pouco

Com 31 ministérios, a presidente Dilma Rousseff conseguiu ter menos pastas que Lula. Foram 34 no Lula I e 37 no Lula II. Ainda assim é mais que FHC: 24 no primeiro mandato e 26 no segundo.

O coringa

O ministro Aldo Rebelo acabou confirmando a reputação de "coringa". Desde o governo Lula, ele encarou os ministérios das Relações Institucionais, do Esporte, da Ciência e Tecnologia e agora da Defesa.

Escafedeu

Em protesto contra a farra das horas extras na Câmara, servidores colaram cartazes nos locais de registro de ponto eletrônico: "Cadê minha hora-extra que estava aqui?"

Usa o que tem

Em 2014, Dilma usou a abertura da Assembleia-Geral da ONU, em Nova York, como palanque: listou as "conquistas" do seu governo e só faltou pedir votos. Desta vez se defendeu de acusações de corrupção.

Pergunta no Paraná

Quem tem mais motivos para sumir dos holofotes: a senadora Gleisi Hoffmann (PT-PR) ou o maridão, ex-ministro Paulo Bernardo?
Herculano
04/10/2015 07:32
ESTUDO QUSTIONA ELO ENTRE A CORRUPÇÃO E FINANCIAMENTO ELEITORAL POR EMPRESAS, por Josias de Souza

Derrotados no STF, os defensores do financiamento empresarial das eleições buscam argumentos para tentar um contra-ataque. Estudo feito pela assessoria técnica do DEM colocou uma nesga de carne no angu: "Dos dez países com menor corrupção pública percebida, apenas dois proíbem doações de empresas e corporações a partidos políticos", diz o texto. "Portanto, entre os dez países com menor nível de corrupção, 80% deles não proíbem o financiamento privado de campanha."

O estudo escora-se num cruzamento de dados extraídos de duas plataformas. Recolheram-se no IDEA (Institute for Democracy and Electoral Assistance) informações sobre o financiamento eleitoral no resto do mundo. Verificou-se que a grande maioria das nações (71,7%) autoriza doações empresariais.

Depois, os técnicos do DEM visitaram a base de dados da Transparência Internacional, que divulga anualmente o Índice de Percepção de Corrupção no mundo. A entidade avalia o nível de corrupção estatal em 175 países.

Cruzando as informações, os autores do estudo verificaram que o financiamento empresarial é permitido em oito dos dez países que lideram o ranking dos que são percebidos como menos corruptos no mundo: Dinamarca, Nova Zelândia, Finlândia, Suécia, Noruega, Suíça, Cingapura e Holanda. Nesse rol, apenas Luxemburgo e Canadá proíbem o repasse de dinheiro privado para os partidos.

"Há relação empírica entre corrupção e liberdade de doação de empresas para partidos políticos?", questiona o estudo, antes de responder: "Tomando os dados do Índice de Percepção de Corrupção, feito pela Transparência nternacional, e comparando com a existência ou não de proibição relativa às doações de empresas para partidos políticos, tem-se que essas variáveis não possuem correlação ou associação estatisticamente significativa."

Líder do DEM, o deputado Mendonça Filho (PE) festeja os achados: "As pessoas estão tratando o financiamento privado como sinônimo de corrupção. Esses dados mostram, objetivamente, que pode não ser bem assim. É preciso travar esse debate com racionalidade."

Nessa matéria, qualquer dado objetivo é bem-vindo. Mas, em tempos de mensalões e petrolão, não é fácil apagar a evidência de que a taxa de corrupção entre os políticos brasileiros é alta, muito alta, altíssima. Há dois tipos de problemas: a verba repassada por baixo da mesa e o código de barras gravado na testa dos candidatos que mordem os empresários com a promessa de compensá-los com obras públicas depois da eleição.

Quando o brasileiro já imaginava ter visto tudo, o PT adicionar ao manual da podridão o capítulo da petrogatunagem: dinheiro de propina sendo lavado na Justiça Eleitoral como "doação legal" de campanha. Um acinte!

Só as almas ingênuas acreditam que a proibição do dinheiro privado tornará as eleições mais limpas. Em vez de fechar o caixa dois, a providência pode engordá-lo. O que distancia o Brasil das nações vistas como menos corruptas é a maneira como os maus costumes são tratados.

Noutras praças, a arrecadação tem limites e a verba ilegal de campanha pode resultar na interrupção de consagradas carreiras políticas. Num caso clássico, o ex-chanceler alemão Helmut Kohl foi banido da cena pública depois de ter sido pilhado com dinheiro sujo em suas arcas de campanha.

O que diferencia as democracias maduras das nações precárias é o nível de risco a que estão sujeitos os criminosos. Contra esse pano de fundo, a Lava Jato é uma boa oportunidade para que o Brasil informe de que matéria-prima é feito.
Herculano
04/10/2015 07:27
O PAU-MANDADO CHEGOU LÁ, por Bernardo Mello Franco para o jornal Folha de S. Paulo

Pau-mandado, no dicionário "Houaiss", é a "pessoa que obedece a tudo incondicionalmente, sem objeções, resistência ou protesto". Pau-mandado, em Brasília, é o apelido que grudou na testa do deputado Celso Pansera, do PMDB.

Há três meses, ele saiu do anonimato ao ser acusado de retaliar o doleiro Alberto Youssef, que entregou à Justiça políticos envolvidos no petrolão. "Estou sendo intimidado na CPI da Petrobras por um deputado pau-mandado do senhor Eduardo Cunha", contou o delator.

O parlamentar obediente era Pansera, que apresentou oito requerimentos para quebrar os sigilos bancário, telefônico e fiscal da mulher, da irmã e das duas filhas do doleiro.

Não foi a única iniciativa do peemedebista contra desafetos de Cunha. O deputado pediu a convocação da advogada Beatriz Catta Preta, que defendia delatores e abandonou o caso ao ser ameaçada. Também tentou convocar o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, que denunciou o presidente da Câmara por corrupção e lavagem de dinheiro.

A trajetória de Pansera é curiosa. Foi dirigente da UNE, trafegou pela ala radical do PT e migrou para o ultraesquerdista PSTU, sem ser notado em nenhuma das etapas. Sua carreira só engrenou quando trocou o trotskismo pelo cunhismo. Em 2014, virou deputado pelo PMDB.

Até julho, o pau-mandado se dividia entre a política e a administração de um restaurante na Baixada Fluminense, que batizou de Barganha. "Achei o nome no dicionário", ele explicou à repórter Clarissa Thomé.

Em Brasília, o deputado conheceu acepções mais lucrativas para a palavra. Na negociação do Planalto com o PMDB, foi premiado com o Ministério da Ciência e Tecnologia.

A pasta deveria estimular a inovação e preparar o Brasil para o futuro. Ao entregá-la a um político tão inexpressivo, a presidente Dilma Rousseff mostra que o país está condenado a continuar sendo apenas um grande exportador de soja.
Herculano
04/10/2015 07:23
GOVERNO 171, por Ricardo Noblat, de O Globo

Ganha um almoço grátis, incluídas bebida e sobremesa, no restaurante Barganha, em Duque de Caxias, no Rio de Janeiro, quem apontar uma só cara nova no governo reformado da presidente Dilma Rousseff que tenha sido escolhida por sua reconhecida competência. Nem brilho se exige dela.

Não vale apontar o pau mandado de Eduardo Cunha, o deputado Celso Pansera, nomeado Ministro da Ciência e Tecnologia. Pansera é dono do Barganha. Mas não só por isso. Embora uma cara nova em meio a 30 ministros que só trocaram de cadeiras, ele não tem competência para o cargo que exercerá.

A outra cara nova do governo é o deputado Marcelo Castro, Ministro da Saúde e responsável por um orçamento de R$ 10 bilhões, o maior da Esplanada dos Ministérios, em Brasília. À exemplo de Pansera, falta-lhe notório conhecimento para o desempenho da função. Virou ministro porque é do PMDB.

Devemos nos acostumar desde já com a propensão de Castro a falar muito. Com poucas horas no cargo, ele disse coisas do tipo: "A CPMF é um ótimo imposto e deveria ser para sempre"; "O povo pagará a CPMF sem sentir"; "Por mim, a CPMF seria cobrada no ato de pagar e no ato de receber".

Castro foi secretário de Saúde do Piauí. A História nada registra de notável que ele tenha feito por lá. É médico psiquiatra. E talvez resida aí algo de diferente que Dilma viu nele, e de eventualmente precioso para o governo. Um psiquiatra pode fazer bem a um governo sem identidade, inseguro e hesitante.

A reforma conduzida por Lula atendeu a um único objetivo: garantir os votos necessários para enterrar na Câmara dos Deputados qualquer pedido de impeachment contra Dilma. Com um terço dos votos dos 513 deputados (171), Dilma se manterá no cargo até completar seu mandato. Hoje, ela tem muito mais do que isso.
Herculano
04/10/2015 07:17
GOVERNO TEME AÇÃO DE CUNHA PARA VIABILIZAR IMPEACHMENT

Conteúdo do jornal Folha de S. Paulo. Texto de Natuza Nerry e Valdo Cruz, da sucursal de Brasília. Horas depois de concluir a reforma de seu ministério, que abriu espaço para o PMDB no governo na esperança de barrar os pedidos de impeachment contra ela, a presidente Dilma Rousseff mandou os auxiliares se prepararem para reagir se o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), se movimentar para deflagrar o processo.

Com a reforma ministerial anunciada sexta (2), Dilma entregou ao PMDB o controle de sete ministérios, incluindo as pastas da Saúde e da Ciência e Tecnologia, que serão dirigidas por deputados do baixo clero, alinhados a Cunha.

Mesmo assim, o governo teme que o presidente da Câmara dê nas próximas semanas os passos necessários para pôr em marcha o impeachment, na tentativa de camuflar o desgaste que ele tem sofrido desde que se tornou alvo da Operação Lava Jato.

A Procuradoria-Geral da República denunciou Cunha ao Supremo Tribunal Federal por suspeita de corrupção, acusando-o de receber US$ 5 milhões em propina de fornecedores da Petrobras. O Supremo ainda não decidiu se aceitará a denúncia e abrirá processo contra o deputado.

Na semana passada, o Ministério Público da Suíça informou que encontrou quatro contas bancárias controladas por Cunha e seus familiares, ampliando as suspeitas sobre ele. O deputado nega possuir contas no exterior.

Na avaliação do Palácio do Planalto, as acusações contra Cunha tiram força do movimento pró-impeachment, mas os auxiliares de Dilma apostam que o deputado insistirá em deflagrar o processo, com o objetivo de criar uma cortina de fumaça que o ajude a se defender das denúncias.

Cabe ao presidente da Câmara decidir se um pedido de impeachment deve ou não ser analisado pelos deputados. Cunha recebeu 19 petições desde fevereiro e já engavetou 11 até a semana passada.

O principal pedido, formulado pelo jurista Hélio Bicudo, que rompeu com o PT há alguns anos, e pelo ex-ministro da Justiça Miguel Reale Júnior, que trabalhou no governo Fernando Henrique Cardoso, continua em sua mesa.

É possível que Cunha também rejeite esse pedido, numa manobra combinada com a oposição, que em seguida recorreria ao plenário para que a maioria dos deputados desse a palavra final sobre o assunto. Seria possível assim abrir o processo de impeachment e afastar Dilma da Presidência sem vincular Cunha diretamente à iniciativa.

Na próxima semana, o TCU (Tribunal de Contas da União) deve rejeitar as contas do governo referentes a 2014, o que pode realimentar a crise, reforçando o discurso dos que defendem o impeachment.

Apesar dos riscos, a presidente chegou ao fim da semana aliviada com o desfecho da reforma ministerial. Em almoço com governadores aliados após o anúncio da nova equipe, ela estava "feliz da vida", segundo um assessor.

Dilma disse acreditar que as mudanças no primeiro escalão e a reaproximação com o PMDB ajudam a atenuar a crise e reduzem os riscos de abertura de um processo de impeachment na Câmara.

A presidente reconheceu, porém, que será necessário trabalhar daqui para a frente para tentar reaver a estabilidade política de maneira mais consistente. A reforma ministerial foi apenas o primeiro passo neste sentido.

Dilma pretende participar mais ativamente do trabalho de articulação política, como fez no processo de montagem de nova equipe. A petista assumiu as negociações e conduziu diretamente a maior parte das conversas para escolha dos novos ministros.

A presidente quer manter o grupo do vice-presidente Michel Temer (PMDB) na coordenação política. Sua intenção é que o ministro da Aviação Civil, Eliseu Padilha, aliado do vice, trabalhe com o novo chefe da Casa Civil, Jaques Wagner, e o ministro Ricardo Berzoini, da nova Secretaria de Governo, na definição de estratégias para votações no Congresso Nacional.

A presidente acredita ainda que conseguiu reduzir uma de suas fragilidades no Congresso ao abrir canal direto com o líder do PMDB na Câmara, Leonardo Picciani (RJ), o que pode ajudar o Planalto a se contrapor a Cunha.

RECOMEÇO

Auxiliares de Dilma dizem que, com o fôlego obtido na reforma ministerial, a presidente teria reunido condições para superar aos poucos a instabilidade política e enfrentar a crise econômica.

Neste recomeço, Dilma fez concessões também ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, seu antecessor e padrinho político, algo que tentava evitar desde o início do segundo mandato. A partir de agora, Dilma terá três lulistas ao seu lado dentro do Palácio do Planalto: Wagner, Berzoini e o chefe da Secretaria de Comunicação Social, Edinho Silva.

Ao entregar sete ministérios ao PMDB, a presidente procurou contemplar os principais líderes do partido, distribuindo as pastas a aliados do vice Michel Temer, de Cunha e do presidente do Senado, Renan Calheiros (AL).

A sétima ministra peemedebista é a senadora Kátia Abreu, na Agricultura. Recém-chegada ao PMDB, ela é amiga de Dilma e não é considerada pelos peemedebistas uma indicação partidária.
Herculano
04/10/2015 07:13
"NÃO CAIO ANTES DELA", DIZ EDUARDO CAMPOS A AMIGOS

Conteúdo do Infomoney. Com a credibilidade abalada e o futuro como presidente da Câmara dos Deputados incerto por conta das denúncias sobre os US$ 5 milhões encontrados em quatro contas na Suíça, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), quer ir ao ataque contra a presidente Dilma Rousseff, a quem atribui a sua derrocada política. Segundo informações da coluna Expresso da revista Época, ele teria dito a amigos a seguinte frase: "não caio antes dela".

A mesma coluna diz que Cunha tentará criar uma comissão para analisar o pedido de impeachment feito pelo jurista e fundador do PT, Hélio Bicudo, e esperará um relatório desta comissão até o dia 21 de outubro. O grande desafio seria obter os dois terços dos votos na casa que comanda para aprovar o pedido de impeachment. Se ele conseguir, Dilma será afastada do Senado até ser julgada.

Alertada das intenções de Cunha, Dilma estaria se preparando para se defender com a ajuda do STF (Supremo Tribunal Federal). A estratégia não seria novidade. De acordo com informações do jornalista Fernando Rodrigues, a presidente teria já instruído seus ministros para que preparem uma estratégica de defesa jurídica caso um processo de impeachment seja aberto na Câmara dos Deputados contra ela. A solução, segundo a reportagem viria justamente do Supremo.
Herculano
04/10/2015 07:09
DIA DE SÃO FRANCISCO DE ASSIS

Hoje é o dia em que se reverencia o despojamento, o carinho pela natureza e os animais.
Herculano
04/10/2015 07:07
O HORROR, O HORROR. OU: O HORROR, por Carlos Brickmann

É melhor um fim horroroso do que um horror sem fim. Dilma optou pelo pior: uma presidente mandona que não manda, cercada de ministros que não conhece nem pelo nome e por políticos que só não são do baixo clero porque para eles baixo clero é promoção. Para posar de comandanta, Dilma deixou de ser Dilma - menos na habitual grosseria, pois demitiu um ministro por telefone e substituiu um intelectual de prestígio por Aloízio Mercadante - haverá humilhação maior?

Mas evite-se dizer que boa parte dos novos ministros não seja capaz de nada. Ao contrário, há ali muita gente capaz de tudo. Por que terá o PMDB exigido sete ministérios, e dos bons? Para reestruturar a administração? Para impor um novo e eficiente modo de governar? Para recriar a gestão pública em novos e melhores moldes? Pode ser - mas o mais provável é que, e ainda mais com uma presidente arroganta e fraca, queiram sugar o que resta das murchas tetas estatais.

Dilma talvez considere que tenha condições de desempenhar um papel de rainha da Inglaterra, guardiã das tradições, símbolo da unidade nacional. Mas a rainha Elizabeth não tem de explicar como é que seu pessoal de confiança se envolveu em escândalos de corrupção, nem precisa lidar o tempo todo com investigações que ameaçam atingir até mesmo seu padrinho político (e que levaram à prisão dois dos tesoureiros de seu partido, mais o marechal petista que era chamado de "capitão do time"). Guardar as tradições petistas talvez não seja uma boa ideia.

E, convenhamos, para simbolizar a unidade nacional não basta uma coroa.

O CIPÓ VAI...

Os governistas ficaram felizes com a denúncia, que deve ser investigada seriamente, de que Eduardo Cunha recebeu propinas depositadas em bancos suíços. Cunha é, neste momento, o líder informal da oposição, e a denúncia da propina irá no mínimo enfraquecê-lo, o que certamente levará alguma alegria a Dilma. Mas Cunha tem algum tempo, e pode usá-lo para dificultar mais a vida da presidente. Pode acelerar o andamento do impeachment, e mobilizar seus seguidores para derrubar os vetos de Dilma a medidas que aumentam os gastos estatais.

...O CIPÓ VEM

E há problemas potencialmente muito mais graves mordendo os calcanhares do Governo. Uma consultoria que atuou como lobista na prorrogação dos incentivos fiscais às fabricantes de veículos transferiu R$ 2 milhões para a LFT Marketing Esportivo, de Luís Cláudio Lula da Silva, filho do presidente que autorizou a prorrogação. A transferência de recursos é confirmada pelo próprio Luís Cláudio, que a atribui a pagamento por serviços de marketing esportivo. A lobista jamais trabalhou na área de Esportes, mas uma vez tem de ser a primeira, não? Só falta revelar qual a atividade que motivou o pagamento. A lobista é investigada pela Operação Zelotes (fraudes em pagamento de impostos).

Há ainda pela frente duas outras questões complicadas: a Polícia Federal pediu ao Supremo (com apoio do procurador-geral da República, Rodrigo Janot) para ouvir Lula; e há indícios de que dinheiro desviado da Petrobras, no escândalo do Petrolão, foi usado para pagar parte da campanha de Dilma à Presidência da República.

E PODE PIORAR

A Medida Provisória editada pelo presidente Lula passou, para publicação, pela ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, que examinava tudo em detalhes.

Se houve irregularidade, atinge o filho, atinge o criador, atinge a criatura.

AS PALAVRAS E OS FATOS

A promessa era cortar na própria carne as despesas do Governo Federal. Prometia-se o corte de mil cargos de confiança para reduzir gastos. Os fatos reais: o excelente portal Contas Abertas (www.contasabertas.com.br) mostra que o Governo Federal tem hoje 100.313 funcionários em cargos de confiança - ou seja, estão lá sem concurso e ganhando mais que os outros, concursados. Nos Estados Unidos, com população e renda bem maiores, há oito mil cargos de confiança.

FIM DE FEIRA

A propósito dos rumores sobre o fim do programa Farmácia Popular, parece que há exageros. Mas, conforme informação oficial do Ministério da Saúde, não há previsão de verba para o programa a partir de janeiro. Pelo menos 24 remédios mais caros (para mal de Parkinson, osteoporose, colesterol) podem perder os benefícios que levam a um desconto de 90% nos preços. Em aritmética simples, o preço hoje pago pelo remédio de uso contínuo pode ser multiplicado por dez.

RESUMO GERAL

Para manter-se no poder a qualquer custo, Dilma optou pelo horror sem fim. Mas corre o sério risco de ver sua Presidência caminhar para um fim horroroso.

PROTESTO INFLÁVEL

O primeiro da nova safra foi o Pixuleco: um boneco inflável de Lula, com roupa de presidiário e, no peito, os números 13 (do PT) e 171 (artigo do Código Penal que trata de estelionato). Depois vieram a Pinóquia, uma Dilma também com os números no peito e nariz comprido, e o Raddard, um prefeito paulistano de nariz torto. Agora é o pato da Fiesp, do "não pague o pato". O Pato Inflável e um bando de patinhos estão viajando pelo Brasil.

Primeira parada: Brasília.
Herculano
04/10/2015 06:58
E ELA ACEITA CONSELHOS TÉCNICOS DOS OUTROS? AGORA PODE PAGAR CARO POR ESTA ARROGÂNCIA E "AUTOSUFICIÊNCIA" PRÓPRIA DOS DITADORES. DILMA FOI ALERTADA PELO TCU SOBRE CONTAS EM 2014

Conteúdo do jornal Folha de S. Paulo. Texto de Dimmi Amora, da sucursal de Brasília. Na próxima quarta (7), contabilidade do governo federal pode ser rejeitada pela corte pela primeira vez. Pedaladas eram apuradas desde o ano passado por especialista em contas públicas premiado pela Fazenda.

Irregularidades eram cometidas sem que o governo adotasse medidas para saná-las. O relator das contas, Raimundo Carreiro, cogitava rejeitá-las, o que poderia impedir Dilma de concorrer à reeleição.

A presidente mostrou-se preocupada e disse não ter conhecimento de tudo. Momentos depois, a Croácia abriu o placar contra a Seleção Brasileira ?que fez gol contra.

Carreiro foi procurado por integrantes do governo com a promessa de que os problemas seriam sanados. O ministro considerou que rejeitar as contas naquele momento, próximo da eleição, poderia parecer um ato político. Fez críticas, mas aprovou-as com 26 ressalvas em junho.

A seleção virou o jogo contra a Croácia. A presidente Dilma foi reeleita meses depois.

O destino da Seleção após a cambaleante estreia é conhecido: a inédita goleada 7 a 1 para a Alemanha. O destino da presidente parece seguir o mesmo caminho. A vitória na aprovação da mambembe conta de 2013 deve virar uma inédita goleada este ano.

INVESTIGAÇÃO

Das 12 irregularidades apontadas para rejeitar as contas de 2014, uma era investigada desde o ano passado, a "contabilidade criativa".

Com a arrecadação já em queda, o governo manobrava para manter seus gastos em níveis crescentes, escondendo que já tinha deficits primários, o que não era permitido até uma mudança de última hora na lei orçamentária.

A Caixa teve que pedir uma arbitragem na Advocacia-Geral da União para receber do governo o que lhe era devido. O Banco Central chegou a ordenar que o banco contabilizasse o rombo como dívida.

Para a investigação, o TCU escalou Antônio D'Ávila, especialista em contas públicas e duas vezes premiado pelo Ministério da Fazenda por suas monografias. D'Ávila não teve dúvidas em apontar que não havia criatividade.

Em março de 2014, o ministro do TCU José Múcio Monteiro considerou ilegais as manobras, já reapelidadas de "pedaladas", na ação que apura seus responsáveis. Dezessete ex-ministros e servidores podem ter que pagar multa e ressarcir o prejuízo. Esse processo não está finalizado.

O sinal de alerta acendeu no governo, que oscilou sua defesa entre a agressividade (acusou o TCU de fazer o mesmo), a banalidade (todo mundo fez) e o risco jurídico (mudança nas regras do jogo).

Diante de provas cada vez mais robustas, terminou a semana com a "estratégia da misericórdia", criando decreto para impedir o que a lei já proíbe: que bancos públicos banquem despesas federais.

VOTO

Na próxima quarta (7), os nove ministros do órgão votam se seguem ou não o parecer de Nardes pela rejeição.

Na semana passada, em coro, os ministros pediram para que o processo fosse votado o mais rapidamente possível.

Sentem-se cansados da disputa política que se gerou em torno do trabalho, que avaliam como técnico. Querem que o Congresso Nacional, que tem a palavra final sobre as contas, decida.
Herculano
04/10/2015 06:51
CERCO À PEDALADA, editorial do jornal Folha de S. Paulo

Sob risco no TCU, Dilma edita com atraso medida para coibir manobra que mascarou a expansão do gasto público em 2014

Sob risco iminente de reprovação das contas de 2014 pelo TCU, o governo Dilma Rousseff (PT) decidiu apresentar uma medida corretiva para impedir a repetição das manobras que ficaram conhecidas como pedaladas fiscais.

A providência é bem-vinda, a despeito da escolha oportunista do momento. Trata-se de disciplinar, aliás com grande atraso, a prestação de serviços dos bancos federais ao Tesouro Nacional.

As pedaladas nada mais foram que um ardil pelo qual se utilizou dinheiro do Banco do Brasil, da Caixa Econômica Federal e do BNDES para despesas da alçada dos cofres da União. O expediente permitiu a publicação de balanços enganosos, mascarando a expansão de gastos públicos que se mostraria insustentável depois.

Num exemplo, a CEF, contratada para os pagamentos de benefícios previdenciários e assistenciais, recebia recursos insuficientes para o atendimento da clientela, obrigando-se a recorrer aos próprios fundos para os desembolsos.

No entendimento do Tribunal de Contas da União, tal operação foi equivalente, na prática, a um empréstimo da instituição a seu controlador, o Tesouro ?o que corresponde a um crime definido na Lei de Responsabilidade Fiscal.

Se convertido em hábito, o expediente permite ao governo adiar sucessivamente os repasses necessários aos programas executados pelos bancos, daí o apelido alusivo ao movimento contínuo que mantém em movimento a bicicleta.

Essa brecha foi fechada por um simples decreto presidencial, publicado nesta sexta-feira (2). Proibiu-se que, nos contratos entre o Executivo e suas instituições financeiras, haja insuficiência de fundos por prazo superior a cinco dias. Veda-se, adicionalmente, a existência de saldos negativos ao final de cada ano.

É no mínimo duvidoso que a tardia regulamentação baste para dissuadir os ministros do TCU da mais que aparente propensão a rejeitar as contas federais do ano passado. A esta altura, Dilma depende da recuperação do fôlego político para evitar que o resultado se converta em argumento para um processo de impeachment.

Na hipótese de que alguma lição tenha sido aprendida, a presidente deveria mirar aprimoramentos mais ambiciosos para salvaguardar as finanças públicas das tentações heterodoxas e populistas.

Há que se estabelecer limites para a dívida federal e criar o conselho, previsto na legislação, responsável por harmonizar os padrões de contabilidade dos entes federativos e a divulgação de dados. A correta prestação de contas das atividades do Estado, afinal, é um dos alicerces da cidadania.
Almir ILHOTA
03/10/2015 19:57
Ao ILHOTA querida.

Para finalizar este assunto, no aguardo dos próximos acontecimentos, e acredito que na semana seguinte teremos uma semana repleta de informações, gostaria de dizer-te que embora sua família sempre votou no pmdb, e que não eram puxa saco do governo, como você mencionou e assim mesmo ganharam uma casa, imagina se o fossem.
Isso é típico dos falsos moralistas, pregam a retidão dos governantes quando os beneficiados são os outros, mas quando se trata do bolso dos seus, ai tudo pode. E gratidão a quem deu, isso nem se imagina, e nestes casos a memoria falha.
Anônimo disse:
03/10/2015 18:23
Herculano, por que o "MTST" (vagabundalha sem teto) não vai até o Guarujá e invade esse triplex?

Afinal, ele está lá, todo pronto e inteiramente desocupado, não é mesmo?

Caberia um número de "cumpanhêro" do "TPM": "Tubaína, Pão e Mortadela" (vagabundalha que se vende por sanduíche, boné e passagem de ônibus).

Tenho a mais absoluta certeza que o povo brasileiro apoiaria totalmente essa invasão!

Ei Boulos, estás esperando o quê?

Não dá mole pra esse pessoal da "zelite"! Vá até lá com a malta e invada.
Mariazinha Beata
03/10/2015 18:07
Seu Herculano:

Como Lulla sabe que não terá chance no voto em 2018, resolveu assumir antes. O "Volta Lulla" está morto.
Bye, bye!
Herculano
03/10/2015 18:07
MINISTRO DA FAZENDA VIRA NOVO ALVO DE LULA; ELE QUER HENRIQUE MEIRELLES

Conteúdo do jornal O Estado de S. Paulo. Fortalecido após a reforma ministerial, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva vai se movimentar agora para convencer a presidente Dilma Rousseff a substituir o ministro da Fazenda, Joaquim Levy, por Henrique Meirelles, que comandou o Banco Central de 2003 a 2010. Para Lula, Levy tem "prazo de validade", que vence quando o governo conseguir aprovar as principais medidas do ajuste fiscal no Congresso.

O ex-presidente já conversou sobre o assunto com a própria Dilma, que, no entanto, não gosta de Meirelles. Os dois foram colegas no governo do petista e protagonizaram duros embates. Lula sugeriu Meirelles para Dilma antes mesmo da nomeação de Levy. Não emplacou. Agora, porém, avalia que a mudança na Fazenda não pode passar do primeiro semestre de 2016.

Três interlocutores do ex-presidente relataram ao Estado que os próximos alvos de Lula, após o aumento de sua influência no Palácio do Planalto, são Levy e a política econômica. Não é só: ele também quer a troca do ministro da Justiça, José Eduardo Martins Cardozo.

Vice. Na segunda-feira passada, numa reunião com Michel Temer, em São Paulo, Lula disse que o vice-presidente seria o nome ideal para a Justiça. Disposto a concorrer novamente ao Planalto, em 2018, ele chegou a pedir a Dilma a demissão de Cardozo na reforma do primeiro escalão, sob o argumento de que o ministro não controla a Polícia Federal e permite "vazamentos seletivos" contra o PT na Operação Lava Jato.

Sob pressão, Dilma cedeu aos apelos do padrinho para pôr Jaques Wagner na Casa Civil e despachar Aloizio Mercadante de volta para o Ministério da Educação, mas não aceitou dispensar Cardozo no auge da Lava Jato.

Negativa

"Isso não procede", disse Lula ao Estado, em resposta enviada por e-mail, ao ser questionado sobre sua intenção de trocar Levy e Cardozo. "Eu aprendi, no exercício da Presidência, que a escolha de ministros é de responsabilidade exclusiva de quem é presidente. A presidenta terminou de concluir uma importante reforma ministerial, para superar as dificuldades atuais e criar condições para a retomada do desenvolvimento, criação de empregos e distribuição de renda."

Apesar do desmentido, Lula age para mudar os rumos do governo Dilma, que, no seu diagnóstico, carece com urgência de uma agenda positiva. Aos amigos, ele afirma que a reforma ministerial foi importante para atrair o PMDB, soldar a base aliada, barrar pedidos de impeachment e recuperar a estabilidade na economia. Avalia, no entanto, que só isso não basta e diz ser preciso dar "o próximo passo" para retomar o crescimento.
Herculano
03/10/2015 18:00
O HUMOR DE JOSÉ SIMÃO.

E o Cunha não é mais penta: cinco denúncias. Agora é hexa: saiu a sexta denúncia. Plágio do Maluf! Tá plagiando o Maluf!

"Eu não tenho conta no exterior" é copirraite do Maluf.

Mas eles não estão mentindo!

O dinheiro não é deles. É NOSSO!
Herculano
03/10/2015 17:53
RECEITA

Enfim, uma coluna líder. E por um simples fato: conteúdo e como o diabo gosta
Herculano
03/10/2015 17:51
da série: duro na queda, ou queda diante de chantagens dos segredos entre eles que hoje permeiam o mensalão, petróleo, eletrolão... e que os enlameiam

A MORTE DO "VOLTA LULA", na Coluna Radar, de Veja.

No dia 2 de maio de 2014, cinco meses antes do primeiro turno das eleições presidenciais, Lula foi ao 14º Encontro Nacional do PT, no Centro de Convenções do Anhembi, em São Paulo, levando no bolso o discurso em que anunciaria sua candidatura à Presidência da República em substituição à presidente Dilma Rousseff. Lula estava radiante. Dilma, abatida. Antes que tivesse chance de falar aos delegados do encontro, Lula atendeu ao pedido de Dilma para uma conversa a sós. Eles conversaram durante vinte minutos trancados em uma sala. Lula saiu abatido. Dilma, radiante. Ato contínuo, Rui Falcão, presidente do PT, pediu aos 800 delegados presentes que, se concordassem com a indicação de Dilma como candidata, erguessem seus crachás vermelhos. Quando a presidente e seu padrinho irromperam diante da plateia, a candidata era Dilma. O "Volta, Lula" estava enterrado. Lula falou de improviso e não rimou lé com cré.
Herculano
03/10/2015 17:46
A FALTA DE LIMITES DESSA GENTE PARA A CORRUPÇÃO. A revista Veja que está nas bancasse disponível para os assinantes digitais, revela:Lula e a Dinda do Guarujá

A reforma do apartamento tríplex do ex-presidente - que incluiu a instalação de um elevador privativo - foi paga por uma das empreiteiras envolvidas no escândalo de corrupção da Petrobras, escrevem Robson Bonin e Kalleo Coura?

Bancar melhorias na Casa da Dinda, a residência de Fernando Collor, no Lago Norte, em Brasília, era uma das muitas maneiras de agradar ao então presidente, deposto do cargo por corrupção em 1992. A mesma tática foi e está sendo usada por empreiteiras para demonstrar afeição ao ex-presidente Lula. Em meados de 2014, depois de quase dez anos de espera, a ex-primeira-­dama Marisa Letícia viajou à Praia das Astúrias, no Guarujá, para buscar as chaves do apartamento dos sonhos da família.

O refúgio dos Lula da Silva no litoral é um tríplex de 297 metros quadrados. São três quartos, suíte, cinco banheiros, dependência de empregada, sala de estar, sala de TV e área de festas com sauna e piscina na cobertura. Ah, sim, para um eventual panelaço das elites, o tríplex tem varanda gourmet no 1º andar.

O plano de comemorar o réveillon no imóvel foi adiado pela decisão de fazer ali uma reforma. O porcelanato e os acabamentos de gesso foram refeitos, a planta interna foi modificada para abrigar um escritório e um elevador privativo, interligando os ambientes do 1º andar com a ala dos quartos, no 2º nível, e a área de festas, na cobertura. Acompanhada de perto por dona Marisa, a obra não custou um centavo à família do ex-presidente. Do primeiro parafuso ao último azulejo, tudo foi pago pela OAS, uma das empreiteiras envolvidas no escândalo de corrupção da Petrobras.

Veja teve acesso a documentos e a fotos que detalham a reforma do tríplex presidencial e mostram que os serviços foram contratados pela empreiteira. O trabalho foi feito pela Tallento Inteligência em Engenharia, uma empresa conhecida no mercado por executar obras de alto padrão em prazos curtos - duas exigências dos contratantes, mas não as principais. A exigência maior era a discrição. As investigações da Lava-Jato revelariam meses depois as razões disso. Iniciada em 1º de julho de 2014, a reforma transcorreu sob medidas de segurança incomuns. A fechadura da porta de acesso era trocada toda semana. A reforma da cobertura tríplex chamou a atenção dos moradores do prédio.

"Nos dias em que eles marcavam para visitar a obra, a gente tinha de parar o trabalho e ir embora. Ninguém era autorizado a permanecer no apartamento. Só ficamos sabendo quem era o dono muito tempo depois, pelos vizinhos e funcionários do prédio, que reconheceram dona Marisa e o Lulinha (Fábio Luís Lula da Silva, o filho mais velho do ex-presidente)", disse a Veja um dos profissionais que colaboraram na reforma.

O ex-presidente Lula esteve no tríplex algumas vezes. O segredo durou até dezembro do ano passado, quando o jornal O Globo publicou detalhes de uma investigação sobre a Coo­pe­rativa Habitacional dos Bancários de São Paulo (Bancoop). Controlada pelo PT, a entidade faliu e deixou 3?000 famílias sem receber seus imóveis. O tríplex destinado a Lula, com uma das melhores vistas do Guarujá, avaliado em 2,5 milhões de reais, foi um dos poucos a ser entregues.

Veja revelou em abril passado que, depois de um pedido feito pelo próprio ex-presidente a Léo Pinheiro, executivo da OAS, seu amigo, preso na Operação Lava-­Jato, a OAS assumiu a construção do prédio, que estava parada. Além de Lula, parentes do tesoureiro petista João Vaccari Neto, também preso, sindicalistas e familiares de Rosemary Noronha, a amiga íntima de Lula, foram contemplados com apartamentos em outros prédios da Bancoop assumidos pela OAS. Revelado o privilégio, e diante da repercussão negativa, desapareceu o entusiasmo da família Lula pelo imóvel.

O ex-presidente passou a negar ser o proprietário do tríplex, embora admita que sua esposa seja dona das cotas de um apartamento no mesmo edifício, o Solaris. Não é mentira. É apenas uma meia verdade. No papel, o tríplex ainda está em nome da OAS. Funcionários da empreiteira procurados por Veja confirmaram que o apartamento pertence aos Lula da Silva, está parcialmente mobiliado, permanece fechado e está à venda por 2,3 milhões de reais. "Para entrar aí, só com autorização da cúpula da construtora. Só eles e o Lula têm a chave", disse a Veja, na semana passada, um funcionário da própria OAS.
Herculano
03/10/2015 17:20
O RETRATO DO BRASIL

O leitor e leitora se lembrará do boneco "pixuleco" que andou nos recentes protestos de ruas em Brasília e São Paulo, onde os petistas fizeram de tudo para desinflá-lo. Ele era a figura de Lula, em trajes de presidiário, e como um dos "Irmãos Metralha" tinha a inscrição no peito de 171-13.

Ele é o principal personagem da capa da revista Veja desta semana. Ele está de frente, com a faixa presidencial, imponente, diminuído a imagem de Dilma que está de costa para o leitor e de frente, submissa para o boneco. O título de capa encerra tudo: "ela passou a faixa", sobre a reforma do toma lá da cá para se permanecer no poder e destruir ainda mais o país, impondo sacrifícios ainda maiores aos brasileiros, principalmente aos mais frágeis, os eleitores preferidos do PT, PMDB, PSD, PP, PDT, PCdoB, PTB, PR, PRB...
Herculano
03/10/2015 15:50
UM NOVO TIPO DE EMPREGO PARA OS DESEMPREGADOS DIZEREM PELO GOVERNO E ENTIDADES SUSTENTADAS POR ELE COM OS NOSSOS PESADOS IMPOSTOS DE QUE NÃO EXISTEM CAOS ECONÔMICO, SOCIAL E ÉTICO. MOVIMENTOS SOCIAIS FAZEM ATOS PRÓ-PETROBRÁS PELO PAIS A FAVOR DA ROUBALHEIRA DE PRIVILEGIADOS APRA POUCOS.

Conteúdo do jornal Folha de S. Paulo. Por Estelita Hass Carazzai, de Curitiba. Movimentos sociais e sindicais voltaram a se mobilizar neste sábado (3) em atos a favor da Petrobras e da manutenção da presidente Dilma Rousseff no cargo.

Em mobilizações em nove capitais, organizadas pela manhã, os manifestantes se posicionaram "contra o golpe" e o impeachment da presidente, a qual, segundo argumentam, foi eleita democrática e legitimamente. A manifestação em São Paulo deve ocorrer à tarde.

O dia também marca o aniversário de 62 anos da Petrobras. Para os organizadores, a estatal do petróleo não pode ser desmantelada após as investigações da Operação Lava Jato, que apontaram um esquema de corrupção em obras da empresa.

"Somos totalmente contra a corrupção, mas os corruptos é que devem ser punidos, e não as empresas", diz Anacelie Azevedo, diretora do Sindipetro (sindicato dos petroleiros) no Paraná e Santa Catarina e dirigente da CUT.

Ela defende que a Petrobras mantenha o investimento no pré-sal e o conteúdo nacional e que se afaste a possibilidade de venda de ativos da estatal - como tem sido cogitado em relação à subsidiária BR Distribuidora.

CONTRA O AJUSTE

Os movimentos também se posicionam contra o ajuste fiscal do governo federal, argumentando que os ricos é que devem pagar a conta da crise econômica, e não os trabalhadores. Defendem, portanto, a taxação de grandes fortunas e o combate à sonegação como alternativas para o ajuste.

Participam da manifestação, além da CUT e do Sindipetro, organizações como o MST, a UNE e a Central de Movimentos Populares, entre outras.

Em Curitiba, o evento reuniu 300 pessoas, segundo a organização. Também houve mobilizações em Fortaleza (2.000 participantes, segundo os organizadores), Belo Horizonte (150 pessoas, segundo a PM), Recife, Porto Alegre, Salvador, Florianópolis, João Pessoa e Teresina
Pedro
03/10/2015 12:07
Herculano - O Diretor Presidente tem vários defeitos, um deles é ser filiado ao PT, outro, pavio curto, e tem muito mais, humilde e até meio boboca, sempre ouviu todos os funcionários e recebeu este da confusão (motorista meia boca) por mais de 10 vezes, querendo aumento de salário e impor outras exigências. Sou funcionário do Samae, desde o tempo que estava situada na rua Izidoro Correa, e conheço bem a o comportamento do ?humilde funcionário?, não vou defender, mas o diretor se não é o primeiro a chegar no Samae, todos os dias se não é o primeiro, é um dos primeiros e estaciona o seu carro(camionete velha) fora do pátio do Samae. O Tal do funcionário hoje efetivo, mas que foi comissionado e cria de Lovidio, tem a mania de querer mandar e se impor e seu deu mau. Já arrumou várias brigas, com funcionários efetivos, com pessoas no edifício da tua casa, tua vida, em bancos e casas lotéricas, é um chato de galocha. Um impostor, eu também não gosto do atual presidente, mas neste caso, o gaucho que não honra a tradição, nem a bombacha que não veste, envergonha os rincões e coxilhas gauchas.
Dizem as más línguas, que tem um processo em curso ou arquivado, onde alguém cobra do presidente para desarquivar, o mesmo resistiu, não sei como fica depois desta confusão.
Herculano
03/10/2015 07:44
AVENTURAS DO PENSAMENTO MÁGICO, por Demétrio Magnoli, geógrafo e sociólogo para o jornal Folha de S.Paulo

Manifesto econômico do PT é uma fraude intelectual a serviço de uma farsa política

Eles acreditam em bruxas ?ou fingem que acreditam. O novo manifesto econômico do PT e as entrevistas de intelectuais que o sustentam formam uma fraude analítica similar, na sua desfaçatez, ao assalto promovido pelos heróis políticos petistas contra a Petrobras. Eles dizem, essencialmente, que Dilma Rousseff mudou a política econômica para combater uma crise inexistente, curvando-se voluntariamente aos desejos malvados da "elite econômica nacional e internacional".

Segundo Márcio Pochmann e Eduardo Fagnani, "a crise, até 2014, tão difundida como uma crise terminal da economia brasileira, não encontra respaldo nos dados econômicos". Empregando a fórmula clássica do governo chavista da Venezuela, os coordenadores do manifesto petista asseguram que o Brasil foi vítima de "uma crise totalmente fabricada pelo terrorismo econômico do mercado". No texto que produziram, a narrativa condensa-se pela seguinte frase: "A criação de um clima de crise fiscal e econômica ganhou a batalha, contribuindo para que o governo alterasse sua rota e produzisse a própria crise que os mercados alegavam existir".

O mercado, por definição, forma-se pelas ações unilaterais de incontáveis agentes, que operam em busca de maximizar seus lucros. A figuração do mercado como entidade monolítica, um "Partido da Burguesia", revela a miséria de intelectuais de esquerda na era do declínio do pensamento marxista. Mas, sublimando-se isso, surge um problema insolúvel de continuidade narrativa. De repente, raio no céu claro, irrompe a Conspiração, interrompendo a marcha gloriosa das Forças do Bem.

Barack Obama disse que "Lula é o cara". As agências de risco ofertaram-nos o grau de investimento. Numa capa célebre, a revista "The Economist" anunciou que "O Brasil decola", convertendo o Cristo Redentor num foguete em propulsão. No Brasil, banqueiros declararam-se eleitores de Lula e Dilma, enquanto as empreiteiras associavam-se à Petrobras em negócios da China abertos e velados. Eike Batista brindou ao futuro radioso com o chefão lulopetista e sua delfina. O empresariado seduziu-se pelos encantos materialistas do BNDES, "melhor banco de investimento do mundo". Os intelectuais petistas nem tentam explicar os motivos da súbita "revolta da elite" contra o lulopetismo.

A Conspiração, porém, não triunfaria sem um intempestivo ato de autossabotagem. Na versão servida pelo sociólogo André Singer, ex-porta-voz de Lula, "ao chamar o ministro Joaquim Levy para a pasta da Fazenda", Dilma "entregou todos os pontos para aqueles que ela procurou confrontar no primeiro mandato". Temos, então, que a presidente, ex-guerrilheira não dobrada pela tortura, convicta nacionalista, venceu as eleições acusando seus adversários de agentes dos banqueiros apenas para, no dia seguinte, diante de uma crise artificial, meramente "fabricada pelo terrorismo do mercado", capitular à Elite, traindo o Povo. A Rainha foi enfeitiçada!, conta-nos o sábio marxista, um cultor da Razão Dialética.

A fraude intelectual ampara uma farsa política. No manifesto petista, "a lógica que a presidente usa na condução do ajuste é a defesa dos interesses dos grandes bancos e fundos de investimento", que "querem capturar o Estado, privatizar bens públicos, apropriar-se da receita pública, baratear o custo da força de trabalho e fazer regredir o sistema de proteção social". Segundo o PT, Dilma tornou-se a quinta-coluna da "elite econômica nacional e internacional". Mas, surpresa!, o manifesto e seus arautos jamais sugerem que o PT rompa com o governo, aliando-se ao PSOL numa oposição de esquerda. Os intelectuais que simulam acreditar em bruxas almejam ser, ao mesmo tempo, governo e oposição.

Os intelectuais de esquerda não acreditam em bruxas. Pretendem, isso sim, para corromper o debate público, que todos os demais acreditem nelas.
Herculano
03/10/2015 07:43
A GASPAR ACORDADA

A bela reportagem de Jean Laurindo na edição encorpada de ontem do jornal Cruzeiro do Vale, o mais antigo, o de maior circulação e o mais acreditado, sobre o projeto que o prefeito Pedro Celso Zuchi, PT, mandou para a Câmara para dar advogado aos políticos pagos com o nosso dinheiro, é uma das mais acessadas até aqui no portal, também líder de audiência.

O que mostra isto? Que há uma parte da cidade acordada; que o PT consegue controlar, comprar e intimidar alguns, mas não todos e hoje já são claramente uma maioria, até na pesquisa do próprio partido. Mostra que o PT e os petistas não possuem limite algum na sua sanha de confundir as atribuições do estado e aparelha-lo como se fosse algo de propriedade deles. Uma vergonha ética, moral, institucional e financeira com os nossos pesados impostos que pagamos e está faltando para o atendimento nos postos de saúde, por exemplo.

E não se iludam. Os vereadores que dizem não ter opinião, tem sim e são a favor, mas disfarçam. Ou alguém acredita que o mais longevo de todos os vereadores e presidente da Câmara, José Hilário Melato, PP, que cuja sigla poderia ser PT, não tenha opinião sobre este assunto, ainda mais quando se sabe que ele é um dos beneficiados?

Resta a cada eleitor cobrar de seu vereador uma posição e diante da resposta ou do voto neste projeto, retirá-lo ou confirma-lo em outubro do ano que vem. Acorda, Gaspar!
Papa Bagre
03/10/2015 07:40
ILHOTA QUERIDA.
Aqui neste espaço democrático não tem bobo não. Na reportagem da semana passada sobre o morro do Bau, ficou claro que a BMW disponibilizou 500 mil reais e o Dnit mais 200 mil, valores este que serão somente utilizados para a a compra e pagamento do Morro do Bau. E tu sabes que o município de Ilhota não tem um só tostão para investir lá.
Também sabe-se que um ex secretario adquiriu recentemente um sitio dentro ou nas proximidades do parque do Morro do Bau, local em que o município colocou um montão de caminhões de macadame, até o próprio ex secretario de trasporte arrota aos quatro cantos que por muitas vezes ele e o secretário de agricultura dirigiam os dos caminhões. Até os equipamentos de iluminação que lá estão são oriundos da iluminação pública desviada.
Também será porque que nesta semana todos os vereadores, até mesmo os vereadores de Daniel Bosi decidiram convocar o secretório de Turismo Altamiro dos Santos para ir a câmara de vereadores prestar esclarecimentos do porque ele não prestar informações a respeito do Morro do Bau. Agora tá explicado porque este cabra levou uns trapas na cara do vice prefeito Junior, porque é um baita de um enrolador.
Herculano
03/10/2015 07:30
EDUARDO E DILMA (EPÍLOGO), por Igor Gielow para o jornal Folha de S. Paulo

Quiseram os deuses da política que a derrocada do governo Dilma-2 se desse num mergulho acompanhado por sua maior nêmesis, Eduardo Cunha (PMDB-RJ).

Numa queda em espiral dupla, Dilma e Cunha, cuja dinâmica interpessoal deu título quase igual ao dessa coluna em janeiro passado, chegam à nova etapa da crise juntos. O segundo governo Dilma foi enterrado nesta sexta (2), após agonizar por uns quase 400 mil minutos.

O alvo primário da reforma anunciada é afastar o risco imediato de impeachment, cujas engrenagens são domínio exclusivo de Cunha. Tanto é assim que ele, mesmo quando as suspeitas que pesavam contra si ganhavam materialidade na Suíça, levou um ministério de brinde.

O antes todo-poderoso chefe da Câmara está nas cordas, lutando pelo cargo. Dificilmente conseguirá mantê-lo, mas pode lograr ficar tempo suficiente para disparar um processo de impeachment ?ou, como trabalha o governo, não. A munição vinda do TCU já está pronta.

Se superada essa fase, Dilma se encontrará no deserto da realidade econômica. As alas do PMDB que avançaram como hienas no butim da reforma podem até dar votos contra a abertura de um impedimento, mas vão carregar a alça do caixão do ajuste fiscal necessário e impopular?

Michel Temer, bom, espera. O jogo do silêncio é o único que o favorece. A oposição finge não ver o enrosco de Cunha, preferindo mirar o calendário do impedimento na mão do deputado e correndo riscos óbvios.

Enquanto isso, a geleia ministerial causa arrepios pelas figuras de trem-fantasma apresentadas. Justo.

Mas, até aí, alguém consegue dizer algo que foi feito pelo "Facefriend" Renato Janine na Educação ou pelo topa-tudo Aldo Rebelo na Ciência e Tecnologia? Alento aos liberais: na prática, o Brasil é um Estado mínimo. Nada acontece. Como seguem ainda mínimas as chances de a história acabar bem para Cunha e Dilma.
Herculano
03/10/2015 07:27
ELIZEU MATOS DEVE RETORNAR À PREFEITURA DE LAGES NA SEGUNDA-FEIRA, por Moacir Pereira.

O prefeito de Lages, Elizeu Matos(PMDB) tomou conhecimento da decisão do ministro Ricardo Levandowski, presidente do STF, suspendendo as duas deliberações da Justiça Estadual que o afastaram do cargo, quando se encontrava no gabinete do advogado Nilton Macedo, que faz sua defesa na esfera civil. Ele se encontra, portanto, em Florianópolis.

Chegou o advogado Ruy Espíndola, que atua na área criminal, comunicando-lhe a decisão do presidente do STF.

Depois de saber das noticias, Elizeu Matos comunicou o fato a seus pais, Fredolino Matos, ex-prefeito de Abdon Batista, e Olivete Matos, que, segundo o prefeito, se encontram hospitalizados, com estresse e depressão em Joaçaba.

Elizeu está recebendo as instruções dos advogados para providenciar o retorno à Prefeitura de Lages, o que deve acontecer na segunda-feira.

Segundo o advogado Ruy Espíndola, que entrou com o pedido de suspensão no STF juntamente com seu sócio Rodrigo Valgas, a comunicação da decisão do presidente do Supremo já foi enviada ao presidente do Tribunal de Justiça de Santa Catarina. O primeiro afastamento foi decidido em ação penal pela Justiça Estadual.

A notificação ao juiz da Vara da Fazenda Pública de Lages, que afastou o prefeito em ação de improbidade administrativa, deve acontecer ainda hoje, segundo os advogados.

Elizeu Matos está afastado do cargo desde 5 de dezembro de 2014, acusado de ilícitos nos contratos com a empresa de saneamento de Lages.
Herculano
03/10/2015 07:25
REFORMA DESAGRADA E PODE APROFUNDAR A CRISE, por Cláudio Humberto na coluna que publicou hoje nos jornais brasileiros

A "reforma ministerial da crise", anunciada ontem (2) por Dilma, mais atrapalhou que ajudou: aliados consideraram a partilha dos ministérios "injusta" e pode custar a Dilma mais adesões ao impeachment. Partidos como o PSD, que ocupa a pasta de Cidades, PP (Integração), PTB (Desenvolvimento) e PR (Transportes) não se conformam: o PCdoB, com 11 deputados, ganhou mais que merecia, o Ministério da Defesa.

Comandante Aldo

Aldo Rebelo mantém relações amistosas com o meio militar, apesar de filiado ao partido que protagonizou, na ditatura, a guerrilha do Araguaia.

Foi apenas uma "lipo"

Os cortes pífios não animaram nem mesmo os aliados: afinal, em vez da cirurgia necessária, Dilma fez apenas uma "lipoaspiração".

Vai cortar mesmo?

Dilma prometeu cortar 3 mil dos 23 mil cargos comissionados, na maioria ocupados por militantes do PT. Não citou prazos, nem critérios.

Apenas um factóide

O corte de 10% dos salários dos ministros é só factoide para ganhar manchetes. Representa uma economia de menos de R$ 1 milhão/ano.

CÂMARA: SÓ 3 LÍDERES TIVERAM VOTOS PARA SE ELEGER

Dos quinze líderes partidários ou de blocos parlamentares na Câmara dos Deputados, só Leonardo Picciani (PMDB-RJ), Celso Russomanno (PRB-SP) e Chico Alencar (PSOL-RJ) tiveram votos suficientes para garantirem os próprios mandatos. Os demais doze líderes só estão na Câmara graças aos votos de legenda, inclusive de coligações partidárias. São os votos que "sobram" dos campeões de urna.

Líder só no papel

O líder do PT, Sibá Machado, foi apenas o sexto colocado entre os oito deputados do Acre. Foi o terceiro entre os candidatos do seu partido.

Muito barulho por nada

Jandira Feghali (PCdoB), Maria do Rosário (PT-RS) e Mendonça Filho (DEM) não teriam mandato se dependessem só dos próprios votos.

Poucos legítimos

Apenas 36 dos 513 deputados tiveram votos suficientes para garantir o mandato, independentemente dos votos de legenda.

Autoridades pagando mico

É constrangedora a preocupação de autoridades, desculpando-se pelo envolvimento do ex-presidente Lula nas investigações do petrolão, ressalvando que ele é "apenas testemunha". Mesmo com a Lava Jato atestando que o roubo à Petrobras foi instaurado em seu governo.

Chororô de demitido

No anúncio da "reforma", chamou atenção o chororô de Arthur Chioro, demitido do Ministério da Saúde. Izabela Teixeira (Meio Ambiente), coitada, que estava ao lado, deve ter saído com ombro molhado.

Tudo como antes

A ênfase de Dilma citando Carlos Gabas como "secretário de Previdência" deixou claro: a fusão de Trabalho e Previdência é lorota. A menos que ele et caterva percam carro oficial, aspones, mordomias...

Pega mal

Deputados ligados ao líder do PMDB na Câmara, Leonardo Picciani (PMDB-RJ), relatam a curiosa dificuldade de encontrar quem topasse virar ministro de Dilma. Alegaram o temor de prejuízos à imagem.

Desfeita

Dilma, a trapalhona, cometeu uma desfeita contra o senador Eunício Oliveira (CE), líder do PMDB, que nada exigiu na reforma: ela nomeou André Figueiredo (PDT), adversário dele, ministro das Comunicações.

Militância

O presidente da Fiesp, Paulo Skaf, incansável no corpo-a-corpo contra aumento de impostos, panfletou a campanha "Não vou pagar o pato", em Brasília. Fez tanto barulho quanto a "reforma" de Dilma.

Tirando o time

Para o deputado Lúcio Vieira Lima (PMDB-BA), o momento é de discussão do rompimento do PMDB com o governo. A ideia é levar proposta à convenção nacional do partido, em 15 de novembro.

Ilha fiscal

Mais que pó de arroz, muita intriga vai rolar no casamento do senador Romero Jucá (PMDB-RR) com Rosilene, neste sábado. Foi isso e não medo de rebordosa que fez Eduardo Cunha cancelar a viagem à Itália.

A volta da Crise

O único efeito da volta da Crise, aliás, da volta de Dilma ao País, após o passeio em Nova York, foi a disparada do dólar até bater R$ 4,24.
Herculano
03/10/2015 07:13
MANOEL DIAS SOBREVIVEU AOS BOATOS, MAS NÃOAO FIM DO CARGO,

Conteúdo do Bloco de Notas, Diário Catarinense, da RBS Florianópolis. Texto de Upiara Boschi. O catarinense Manoel Dias (PDT) conviveu com os rumores de que seria demitido durante os dois anos e sete meses em que permaneceu à frente do Ministério do Trabalho e Emprego. Sem mandato, Maneca chegou ao posto por um caminho pouco comum no modelo político de presidencialismo de coalizão, em que os postos no governo representam votos no parlamento. Chegou lá pela vida partidária, pela força que tinha junto à burocracia do PDT em que milita desde que foi fundado por Leonel Brizola.

Quando foi nomeado, em março de 2013, Manoel Dias aparecia como uma espécie de preposto de Carlos Lupi, comandante nacional da sigla varrido do ministério durante a chamada faxina ética que marcou o início do governo Dilma Rousseff (PT). Substituía Brizola Neto, que tinha a grife no nome, mas não tinha o respaldo do partido. Aos poucos, Maneca imprimiu seu estilo e acabou se afastando de Lupi.

Nos últimos meses, o catarinense enfrentou pressão da bancada do PDT na Câmara dos Deputados, dona de votos de que Dilma tanto precisa ? contando garrafinhas, como está. Os parlamentares queriam o posto para o deputado federal André Figueiredo (PDT-CE). Maneca se mantinha, até pela boa relação com a presidente, com quem militou nas fileiras pedetistas até os anos 1990.

Inesperado foi perder o cargo porque o cargo deixou de existir. O catarinense tentou resistir à fusão das pastas do Trabalho com a da Previdência Social. Alegava ser um erro juntar as duas pastas e também advogava que o PDT não deveria ocupar outro posto na Esplanada que não fosse justamente o ministério criado por Getúlio Vargas em 1930, um símbolo do trabalhismo.

Maneca volta para casa com essa dupla derrota. O PT ocupou com Miguel Rossetto (PT-RS) a nova pasta de Trabalho e Previdência Social, o PDT assume as Comunicações com André Figueiredo. Santa Catarina perde sua última cadeira no Planalto em uma articulação para que Dilma mantenha a sua.
Herculano
03/10/2015 07:06
LULA NA PF: POR QUE UM SIMPLES DEPOIMENTO GANHA TANTO DESTAQUE? OU: MAIS PERTO DE LULA, MAS AINDA DE LEVE, por Reinaldo Azevedo, de Veja.

Estamos todos dando títulos garrafais ao assunto. Vamos ver por quê. O ministro Teori Zavascki, do Supremo, autorizou que a Polícia Federal ouça o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva num dos inquéritos que compõem a Lava-Jato. Lula vai falar, destacou o ministro, como "informante", não como investigado.

Irão depor também Rui Falcão, presidente do PT; José Eduardo Dutra e José Sérgio Gabrielli, ex-presidentes da Petrobras; José Filippi Jr., ex-tesoureiro das campanhas de Lula e Dilma, e os ex-ministros Ideli Salvatti, Gilberto Carvalho e José Dirceu. Nesse mesmo inquérito, são investigados, entre outros, o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), o senador Ciro Nogueira (PP-PI) e o ex-tesoureiro do PT João Vaccari Neto.

A palavra "informante" não deixa claro se Lula vai prestar depoimento à PF como testemunha, hipótese em que uma eventual mentira ou omissão deliberada têm consequências legais. O estardalhaço derivado da notícia se deve ao fato de que, incluindo mensalão e petrolão, esse depoimento do ex-presidente à PF será o mais perto que uma investigação terá chegado do Grande Demiurgo.

No pedido encaminhado ao STF, o delegado Josélio Azevedo Souza destacou:

"Atenta ao aspecto político dos acontecimentos, a presente investigação não pode se furtar de trazer à luz da apuração dos fatos a pessoa do então presidente da Republica Luiz Inácio Lula da Silva, que, na condição de mandatário máximo do país, pode ter sido beneficiado pelo esquema em curso na Petrobras, obtendo vantagens para si, para seu partido, o PT, ou mesmo para seu governo, com a manutenção de uma base de apoio partidário sustentada à custa de negócios ilícitos na referida estatal".

O delegado consider0u ainda mais:

"A presente investigação não pode estar dissociada da realidade fática que ela busca elucidar e, no presente caso, os fatos evidenciam que o esquema que por ora se apura é, antes de tudo, um esquema de poder político alimentado com vultosos recursos da maior empresa do Brasil".

DILMA NÃO!

O PSDB havia entrado com um pedido para que o Supremo informasse a PF sobre a possibilidade de ouvir Dilma Rousseff nesse mesmo inquérito. Zavascki se negou a examinar a questão porque disse que o tribunal "não profere decisões de caráter meramente consultivo" e que pedido dessa natureza deveria ser encaminhado pelo Ministério Público.

É quase uma firula jurídica, mas precisa ser explicada. Por que o PSDB entrou com aquele pedido? É que o delegado Josélio havia dito que as mesmas circunstâncias que pediam o depoimento de Lula também pediam o de Dilma, mas que ela estaria impedida de ser investigada em razão de um óbice constitucional. Afinal, define o Parágrafo 4º do0 Artigo 86 da Constituição:

"§ 4º O Presidente da República, na vigência de seu mandato, não pode ser responsabilizado por atos estranhos ao exercício de suas funções."

O PSDB lembrou, com correção, em seu pedido que jurisprudência do Supremo garante, sim, que presidentes sejam investigados ao menos. De resto, a PF deixou claro que Lula não seria nem mesmo um investigado.

Mas Zavascki disse "não".
Herculano
03/10/2015 06:59
COMO O "NOVO" MINISTÉRIO, LULA TENTA SALVAR 2018, por Josias de Souza

A Dilma Rousseff que aparece num vídeo gravado em 19 de março, era avessa à ideia de reformar o ministério. "Vocês estão criando uma reforma no ministério que não existe", ralhou com os repórteres. Cid Gomes acabara de deixar a pasta da Educação. E petistas próximos a Lula insinuavam que a presidente poderia aproveitar a ocasião para remodelar o resto do gabinete. "Não tem reforma ministerial, não vou fazer", Dilma batia o pé. "Reforma ministerial é uma panaceia, ou seja, não resolve os problemas."

Nesta sexta-feira, decorridos apenas seis meses e meio, Dilma anunciou a reforma ministerial que havia descartado. Mentor e beneficiário das mexidas, Lula não estava presente. Nem precisava. Em almoço ocorrido na véspera, ele havia ensaiado Dilma para que ela apresentasse a reforma meia-sola como uma panaceia, remédio para todos os males do empreendimento governista.

"Ao alterar alguns dos dirigentes dos ministérios, nós estamos tornando nossa coalizão de governo mais equilibrada, fortalecendo as relações com os partidos e com os parlamentares que nos dão sustentação política", afirmou Dilma. "Trata-se de uma ação legítima, de um governo de coalizão e, por isso, tudo tem sido feito às claras", ela acrescentou.

Em verdade, como é do seu feitio, Lula age às claras, aproveitando as gemas, sem desprezar as cascas. Depois de muita reflexão, o moribixaba do PT evoluiu da crítica à afilhada para a tentativa de resgate. Fez isso porque concluiu que, sem Dilma, o projeto Lula-2018 pode ser encaminhado para o beleléu. Quer dizer: Lula chacoalhou o ministério para tentar salvar uma hipotética candidatura presidencial que a inépcia de Dilma coloca em risco.

Como Dilma resistiu em aceitar certas mudanças - a troca de Aloizio Mercadante por Jaques Wagner na Casa Civil, por exemplo - Lula forçou a mão. A tal ponto que desfigurou a pupila. Além de parecer que já não governa, Dilma soou desconexa no discurso da capitulação: "Nós precisamos, sim, de estabilidade política para fazer o país voltar a crescer, e crescer mais rapidamente [?]. Nós, em síntese, precisamos colocar os interesses do país acima dos interesses partidários."

Foi pensando "nos interesses do país" que Lula instou Dilma a elevar a cota de ministérios do PMDB para sete, enfiando na Esplanada dois deputados do baixo clero - na Saúde, Marcelo Castro (PI), um psiquiatra dedicado às loucuras da política; na Ciência e Tecnologia, Celso Pancera (RJ), um "pau-mandato" de Eduardo Cunha na CPI da Petrobras. Repetindo: com os "interesses do país" em mente, Dilma levou ao balcão até ministérios estratégicos como Saúde e Ciência e Tecnologia.

Ironia suprema: os nomes de Castro e Pancera foram repassados a Dilma pelo líder do PMDB, Leonardo Picciani (RJ), um eleitor de Aécio Neves em 2014. Na Câmara, Picciani é relator de uma proposta de emenda constitucional de autoria de Eduardo Cunha, o desafeto de Dilma. Sugere que seja inserida na Constituição uma regra segundo a qual nenhum governante poderia nomear mais de 20 ministros. Dilma tinha 39. Prometera dar sumiço em dez. Para saciar os apetites do PMDB, cortou apenas oito. Ainda assim, recorreu ao truque de empurrar pastas "extintas" para dentro de outros organogramas. Tudo em nome dos sacrossantos "interesses do país."

Lula compôs para Dilma três ministérios. Um novo, com Castro e Pancera, mais o deputado André Figueiredo, do "independente" PDT, na pasta das Comunicações. Outro seminovo, feito de junções e remanejamentos - como a troca de Mercadante por Wagner na Casa Civil. E um terceiro, nas pastas restantes, que permaneceram como estavam, apinhadas de facções partidárias que operam no turbulento balcão estourado pela Lava Jato.

Com esse arranjo, Lula espera ganhar tempo para livrar Dilma do impeachment. Pelo cheiro de bazar, está claro que o governo barganhará tudo, com a possível exceção das mães. É como se a caravana buscasse a salvação rolando na lama depois do banho. Para saber se vai dar certo, é preciso obter resposta para duas perguntas: 1) até quando Dilma surportará o papel de ex-presidente no cargo? 2) qual é o prazo de validade do ministro da Fazenda Joaquim Levy? Por trás do vapor há uma economia em frangalhos, cuja restauração reclama energia.
Almir ILHOTA
03/10/2015 06:58
Ao ILHOTA querida.

Pelo que vi, o amigo ficou nervoso, e até falou que sua família não vota mais no pmdb, o que deixa claro que você ilhota querida é integrante da família Jacó, se for porque usar um pseudônimo para exprimir suas ideias, pois todos apoiam e trabalham no atual governo, e em momento algum o senhor desmentiu o fato da doação da casa a ex mulher do marcos, então realmente é verdade? quanto aos chinelos kroks, que não conheço, mas que seu vizinho estaria vendendo cabe aí mais uma denuncia, do seu vizinho, do ex prefeito e da ex mulher do marquinho, e do próprio para que devolvam a casa. Vamos ilhota querida me ajude a desvendar e denunciar estas pessoas para que paguem pelos erros. Outra coisa em se tratando de verdade, dizer que o dinheiro do parque doado ao estado pela bmw, esta no legislativo é um pouco demais, pois o legislativo não recebe recursos, apenas os destina através de leis, porem se ele sumiu, então foi seu amado prefeito DANIEL/JUNIOR, quem o consumiu, como tantos outros recursos que vieram para este governo.
Herculano
03/10/2015 06:52
IMPEACHMENT ENFRAQUECIDO, por André Singer, ex-assessor do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, para o jornal Folha de S. Paulo

A descoberta das contas secretas do deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ) na Suíça e o anúncio de concessões substantivas ao PMDB na reforma ministerial enfraqueceram a hipótese, antes provável, de que fosse considerado admissível o pedido de impeachment protocolado há quinze dias por Hélio Bicudo e Miguel Reale Jr. A aventura golpista não está afastada, mas pode ter perdido momentum.

Desde fevereiro, quando foi eleito presidente da Câmara com 267 votos, Cunha tornou-se o líder, às vezes semioculto, do movimento pelo impedimento de Dilma Rousseff. Os obstáculos que interpôs aos projetos do Executivo no primeiro semestre, a ruptura teatral com o governo em julho, a incrível divulgação na semana passada da maneira regimental por meio da qual a presidente seria defenestrada não deixavam dúvida a respeito das intenções do parlamentar carioca.

Convém lembrar que está entre as atribuições daquele que dirige a Casa do Povo considerar, de maneira discricionária, admissível qualquer proposta de impeachment que tiver cumprido as exigências burocráticas básicas. O passo seguinte seria instaurar Comissão Especial de 66 deputados de todos os partidos para exarar, em quinze sessões, parecer a respeito. Imagine-se a confusão que tomaria conta das ruas do país.

Agora, com as contas a descoberto, a autoridade de Cunha para tomar tal decisão perdeu legitimidade. Legalmente, enquanto estiver no cargo, ainda está habilitado a fazê-lo, mas o pêndulo da opinião pública deslocou-se para longe dele.

Outro caminho seria aprovar a admissibilidade do pedido de impeachment por meio de maioria simples dos deputados em plenário. Significaria contar com 257 votos, caso o conjunto da Câmara estivesse presente. Embora a recente aproximação da bancada do PSB ao bloco pró-impeachment formado por PSDB, DEM, PPS, PSC e SDD tenha aumentado a musculatura do grupo, a manobra não será possível sem o PMDB.

Foi esta aritmética básica que orientou a reforma ministerial. Atrair votos do PMDB de modo a desidratar a bancada do impedimento é o seu único móvel. A cada cargo negociado devem corresponder x sufrágios trazidos para o lado do "não" e, portanto, retirados do time do "sim".

Desde esse ângulo, o movimento aconselhado por Lula é chocante, mas inevitável. Entregar os anéis da Saúde e da Ciência e Tecnologia, interromper a gestão de Renato Janine Ribeiro na Educação, tirar a interlocução com os movimentos populares de dentro do Planalto, diminuir o status de órgãos que cuidam dos direitos dos trabalhadores constituiu-se no preço para salvar os dedos de Dilma. Vamos ver se, mesmo com a possível condenação das contas de Dilma pelo TCU, dará certo.
Herculano
03/10/2015 06:48
TEMPO COMPRADO, editorial do jornal Folha de S. Paulo

Com cessão de poderes ao PMDB e a Lula, Dilma reduz por ora o risco de afastamento, mas não garante ajuste econômico

Afora algumas medidas de impacto simbólico, a reforma ministerial finalmente definida nesta sexta-feira (2) dá conhecimento de que a presidente Dilma Rousseff (PT) rendeu-se, em um pragmatismo tardio e melancólico, à condição de refém do PMDB.

O partido, ao mesmo tempo aliado formal e interessado direto no afastamento da presidente, obteve sete postos na Esplanada, acrescentando a seu quinhão Ciência e Tecnologia e a portentosa Saúde.

Sem disfarçar o propósito essencial de evitar um processo de impeachment, Dilma entregou poder também a Lula, antecessor e padrinho, que participou das negociações e reorganizou o comando político do PT no Planalto.

Saiu da Casa Civil Aloizio Mercadante, primeiro conselheiro da presidente, substituído por Jaques Wagner, até então na Defesa. Se tem lá sua importância para a economia interna petista, para o avanço do ajuste orçamentário de urgência trata-se de troca de seis por não muito mais que meia dúzia.

Do lado administrativo, o indecente número de ministérios foi reduzido de 39 para 31 - dois a mais que o inicialmente prometido e cinco acima da quantidade existente antes da chegada do PT ao Planalto. Houve ainda cortes de secretarias, cargos comissionados e salários do primeiro escalão.

De mais desolador, lançaram-se ao regateio do varejo político pastas cruciais como Educação ?abrigo de Mercadante, o terceiro no cargo só neste ano? e Saúde, cuja verba anual soma R$ 110 bilhões.

Tudo considerado, permanece obscuro qual será o alcance da manobra de abdicar de grande parte do comando em nome da comunhão de peemedebistas e lulistas. A presidente, de todo modo, adquiriu tempo, a preço elevado.

Mesmo que não venha a satisfazer todas as facções do PMDB, a divisão do partido dificulta a formação da maioria necessária para dar início ao impedimento de Dilma.

Há pela frente, no entanto, armadilhas como o congresso previamente marcado para novembro em que os peemedebistas pretendiam anunciar pelo menos uma separação amigável da presidente.

Já na próxima semana deve acontecer o exame das contas de 2014 do governo, com forte tendência de reprovação pelo TCU. Investigações em curso, que pairam sobre Lula, as campanhas de Dilma e o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), representam riscos adicionais de turbulência.

Por fim, nem mesmo estão garantidos os votos para as medidas econômicas impopulares. Derrotas nessa agenda têm o potencial de reavivar o pânico financeiro e solapar apoios restantes que a presidente têm na sociedade.
Herculano
03/10/2015 06:46
COMPARAR POSSÍVEL IMPEACHMENT DE DILMA A GOLPE É FALSO DIZ " THE ECONOMIST", por Daniel Buarque

Dizer que um eventual impeachment da presidente Rousseff seria equivalente a um golpe de Estado é uma falsidade, segundo uma análise publicada nesta semana pela revista "The Economist''.

"No mínimo, seria o reconhecimento de que ela ganhou seu segundo mandato com a falsa promessa de continuar com seus gastos sociais'', diz a revista, que avalia a situação econômica e política do país.

A opinião se alinha a uma perceptível mudança de tom na imprensa internacional. Depois de passar meses criticando qualquer menção à ideia de interrupção do governo Dilma, nas últimas semanas a mídia do resto do mundo publicou análises em que avaliam que o impeachment é uma possibilidade real.

Os jornais estrangeiros, entretanto, evitam apoiar abertamente o impeachment sem que haja provas de crimes da presidente. E a "Economist'' faz o mesmo nesta semana: "A não ser que haja claras evidências de transgressão, o impeachment seria profundamente divisivo'', explica.

A edição da revista avalia o caos econômico e político que se instaurou no país desde o princípio do ano. Apesar de aprovar a mudança de política econômica do segundo mandato de Dilma, a "Economist'' ressalta que o governo nunca deu ao ministro da Fazenda, Joaquim Levy, a liberdade que ele gostaria de ter para equalizar as contas públicas e lutar contra a recessão.

Segundo a análise, as crises na política e na economia alimentam uma à outra, sem permitir uma saída clara para a situação atual. "Em vez de resolver a questão econômica, a prioridade de Dilma se tornou a sobrevivência'', diz.

É importante destacar que a "Economist'', uma das mais influentes publicações do mundo, tem a tendência histórica de alternar momentos de expectativa com críticas sempre que o modelo da política econômica do governo brasileiro se aproxima ou se afasta dos ideais "pró-mercado", segundo a pesquisa de doutorado da socióloga Camila Maria Risso Sales.
Ilhota Querida
02/10/2015 22:30
Bem lembrado Sempre Ilhota,
Minha família toda votava no PMDB antes da enchente em 2008, só que nunca fomos do tipo Puxa Sacos, mas depois do que vimos, gente que não precisava ganhando coisas e quem realmente precisava podia implorar que mesmo assim não ganhava. Ver os Puxa Sacos que estavam AJUDANDO a DISTRIBUIR os materiais achando que mandavam nas coisas, ridículo! Um exemplo simples que vou dar é de que ficamos sabendo que veio um caminhão cheio de Kroks, sabe, aquele chinelo que era modinha na época, no começo achei que fosse mentira, até porque não vi ninguém próximo que ganhou, até que um certo dia um vizinho, daquele dos puxa sacos que ajudava na distribuição, apareceu com vários Kroks em casa, e sabem o que ele estava fazendo? Vendendo!!! Nunca soube como ele conseguiu, ou quem o autorizou a pegar tantos. Ficamos sabendo de gente que mobiliou a casa, estufou o armazém de comida e carne de primeira, etc. Sabe, coisas do tipo de gente que não está nem aí pro povo. Pode ser que alguns esqueceram dessas coisas, mas eu não tenho memória curta e por causa dessas coisas e outras que ninguém mais da minha família vota no PMDB, preferem anular o voto ao votar nesse partido.
Agora, sobre o morro do baú, alguém sabe se já saiu alguma coisa para o parque? Será que o legislativo vai agilizar a coisa? O dinheiro que veio para la, ainda está disponível para investir la? To achando que estão trancando lá porque já consumiram com o dinheiro, e se aprovarem o dinheiro vai ter que aparecer. A pergunta que fica, o dinheiro ainda está disponível? Se não, onde é que está?
Roberto Sombrio
02/10/2015 22:28
DILMA 3: GOVERNO PROVISÓRIO COMEÇA COM LULA NO COMANDO E PMDB MAIS FORTE.

Lula nunca deixou o comando. Quem imagina que algum dia ele deixou de ser presidente, não conhece a projeto político do PT.

Roberto Sombrio
02/10/2015 22:12
Oi, Herculano.

Lendo Augusto Nunes, de Veja, lembrei do trecho da carta de Pero Vaz de Caminha ao rei de Portugal, no descobrimento do Brasil.

"em se plantando tudo dá"

Caminha já sabia, era vidente e previu o futuro. A partir de 2003 plantaram bandidos e eles se proliferaram as centenas.
Basta ver o PT e o PMDB.
Herculano
02/10/2015 21:53
O TERCEIRO MANDATO DE LULA ANTECIPA A EXTREMA-UNÇÃO DA ERA DA CANALHICE, por Augusto Nunes, de Veja.

O Brasil nasceu por engano, recordei num post de 2011. Buscavam o caminho das Índias as caravelas que em abril de 1500 perderam o rumo tão espetacularmente que acabariam despencando nos abismos do outro lado do mundo se não tivessem topado com aquela demasia de praias com areias finas e brancas banhadas por ondas verdes ou azuis, matas virgens e florestas maiores que muitos países, flores deslumbrantes e frutas sumarentas, lagos plácidos e rios selvagens, peixe de água doce ou salgada, bichos de carne tenra e, melhor que tudo, uma imensidão de índias peladas.

O Brasil balançou no berço da safadeza. Nem imaginaram que assim seria aqueles viventes cor de cobre, sem roupas no corpo nem pelos nas partes pudendas, os homens prontos para trocar preciosidades por quinquilharias, as mulheres prontas para abrir o sorriso e as pernas para qualquer forasteiro, pois os nativos praticavam sem remorso o que só era pecado do outro lado do grande mar, e não poderiam ser tementes a um Deus ou a castigos prescritos pelos códigos católicos que desconheciam.

O Brasil nasceu carnavalesco. Nem um Joãosinho Trinta em transe num terreiro de candomblé pensaria em juntar na Sapucaí ? como fez num porto seguro frei Henrique Soares, celebrante da primeira missa, pelo menos é o que está no quadro famoso ? um padre de batina erguendo o cálice sagrado, navegantes fantasiados de soldados medievais, marinheiros com roupa de domingo, índios com a genitália desnuda que séculos depois seria banida por bicheiros respeitadores dos bons costumes e a cruz dos cristãos no convívio amistoso com arcos, flechas e bordunas.

O Brasil balançou no berço da maluquice. Marujos convalescentes da travessia do Atlântico, atarantados com a visão do paraíso, decidiram que aquilo era uma ilha e deveria chamar-se Ilha de Vera Cruz, e assim a chamaram até alguém desconfiar, incontáveis milhas além, que era muito litoral para uma ilha só, e então lhes pareceu sensato rebatizar o colosso ausente de todos os mapas com o nome de Terra de Santa Cruz, porque disso ninguém duvidava: era terra aquilo que pisavam.

O Brasil nasceu sob o signo da preguiça. Passou a infância e a adolescência na praia, e esperou 200 anos até criar ânimo e coragem para escalar a muralha verde que separava o mar do planalto, e esperou mais um século antes de aventurar-se pelos sertões ocultos pela floresta indevassada, num esforço de tal forma extenuante que ficou estabelecido que, dali por diante, tanto os aqui nascidos quanto os vindos de fora, e todos os descendentes de uns e de outros, sempre deixariam para amanhã o que deveriam ter feito ontem.

Tinha de dar no que deu. Coerentemente incoerente, o Brasil parido por acaso hostilizou os civilizadores holandeses para manter-se sob o jugo do império português, o Brasil amalucado teve como primeira e única rainha uma doida de hospício, o Brasil safado acolheu o filho da rainha que roubou a matriz na vinda e a colônia na volta, o Brasil preguiçoso foi o último a abolir a escravidão, o Brasil sem pressa foi o último a virar República, o Brasil carnavalesco transformou a própria História num tremendo samba do crioulo doido.

O cortejo dos presidentes, ministros, senadores, deputados federais, governadores, deputados estaduais, prefeitos e vereadores aberto em 1889 informa que a troca de regime não mudou a essência da coisa: o Brasil republicano é o Brasil monárquico de terno e gravata, só que ainda mais voraz e mais cafajeste. Extraordinariamente mais cafajeste, informa a paisagem deste começo de século. Passados 500 e poucos anos, os piores herdeiros dos piores degredados promoveram o grande acerto dos amorais, instalaram-se no coração do poder e vão tornando decididamente intragável a geleia geral brasileira.

Nascido e criado sob o signo da insensatez, o país que teve um imperador que parecia adulto aos 5 anos de idade foi governado por um presidente que parece moleque e agora é presidido por uma avó menos ajuizada que neto de fralda. Com um menino sem pai nem mãe no trono, o Brasil não sentiu medo. Com dois sessentões no comando, o Brasil que pensa se sente sem pai nem mãe.

O início do terceiro mandato de Lula parece uma continuação dessa biografia em miniatura do Brasil publicada no começo do primeiro mandato de Dilma. Parece mas não é, gritam as mudanças na paisagem ocorridas desde o julgamento do Mensalão. A crise econômica pulverizou a fantasia da potência emergente inventada pelo embusteiro chefe. Ainda há juízes no Brasil, vem reiterando há meses o irrepreensível desempenho de Sérgio Moro. A Polícia Federal e os procuradores federais já provaram que a seita no poder é um viveiro de corruptos, vigaristas e incompetentes.

A Operação Lava Jato vai clareando a face escura do país. O PT está morrendo de sem-vergonhice. Figurões do partido trocaram o palanque pela cadeia. Logo faltará cela para tanto bandido. A supergerente de araque já virou ex-presidente. O fabricante de postes agoniza nas pesquisas eleitorais. Nas ruas, milhões de indignados exigem o fim destes tempos de tal forma infames que uma Mãe dos Ricos pôde prosperar anos a fio disfarçada de Pai dos Pobres. Quase setentão, o filho de uma migrante nordestina é um multimilionário pai de multimilionários.

Multidões de crédulos vocacionais descobriram a tapeação: o maior governante desde Tomé de Souza era apenas um guloso camelô de empreiteira. Lula não demorará a entender que desemprego cura abulia, e que os velhos truques não funcionam mais. O que lhe parece uma aula de esperteza foi um tiro no pé. Ao regressar a Brasília, ficou mais perto de Curitiba. O início do terceiro mandato vai antecipar a extrema-unção da Era da Canalhice.
Herculano
02/10/2015 19:39
SUPREMO AUTORIZA POLÍCIA FEDERAL A INTERROGAR LULA NA LAVA JATO, por Josias de Souza

O ministro Teori Zavascki, do STF, autorizou a Polícia Federal a interrogar Lula num inquérito da Operação Lava Jato. O ex-presidente será inquirido como testemunha, não como investigado. Na expressão de Teori, o ex-presidente é "informante".

Foram autorizados também os interrogatórios de três ex-ministros petistas: José Dirceu (Casa Civil), Gilberto Carvalho (Secretaria-Geral da Presidência) e Ideli Salvatti (Relações Institucionais).

Autor do pedido de autorização para ouvir Lula e os ex-ministros, o delegado federal Josélio Sousa está agora autorizado a expedir as intimações. Não há prazo para que isso ocorra.

No ofício em que pediu a inquirição de Lula, o delegado alegou que ele, "na condição de mandatário máximo do país" na época do assalto à Petrobras, "pode ter sido beneficiado pelo esquema [?], obtendo vantagens para si, para seu partido, o PT, ou mesmo para seu governo, com a manutenção de uma base de apoio partidário sustentada à custa de negócios ilícitos na referida estatal."
Josélio acrescentou: "Atenta ao aspecto político dos acontecimentos, a presente investigação não pode se furtar de trazer à luz da apuração dos fatos a pessoa do então presidente da República."
Herculano
02/10/2015 19:25
COMEÇOU MAL. "POPULAÇÃO NÃO VAI NEM SENTIR A CPMF", DIZ NOVO MINISTRO DA SAÚDE. COMO ASSIM? ISTO MOSTRA QUE ELE COMO TODOS OS POLÍTICOS ESTÃO NUMA ILHA DA FANTASIA CUIDANDO DOS SEUS INTERESSES. O POVO NÃO TEM SAÚDE PÚBLICA , EMPREGO E SOSSEGO. ELE NEM PRECISA IR LONGE, BASTA OLHAR PARA O SEU ESTADO, O PIAUI, O MAIS POBRE DO PAÍS.

Conteúdo do Uol. Texto de Leandro Prazeres, da sucursal de Brasília.
O novo ministro da Saúde, Marcelo Castro (PMDB), defendeu a recriação da CPMF (Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira) nesta sexta-feira (2) logo após ser anunciado como o novo ocupante do cargo. Castro quer que a CPMF seja "permanente". Ele disse que o tributo é o "melhor imposto que existe", que a população "não vai nem sentir" o impacto do novo tributo e que a sociedade estaria disposta a fazer esse "sacrifício" para ter mais qualidade na saúde.

O nome de Marcelo Castro como novo ministro da Saúde foi confirmado pela presidente Dilma Rousseff (PT) na manhã desta sexta-feira. Ele faz parte da cota do PMDB que ampliou a sua participação no governo da petista. De seis ministérios, o PMDB passou a ocupar sete. Castro entrou no lugar do petista Arthur Chioro.

Ao falar sobre a necessidade de obter mais recursos para a Saúde, Castro defendeu a recriação do novo tributo. "A CPMF é o melhor imposto que existe. Porque ele tem uma baixa alíquota, ele é 'insonegável'. Ele não gasta nada para ser arrecadado. É [custo] zero para ser arrecadado e arrecada um volume grande sem onerar ninguém", disse Castro.

O novo ministro, que é aliado do presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), disse que a população não vai sentir os efeitos da CPMF. "Se você chegar para um trabalhador que ganha R$ 1 mil e dizer que ele vai contribuir com R$ 2 para poder ter direito a ter uma saúde melhor Acho que todo brasileiro estaria disposto a contribuir. Não sente", afirmou.

Castro defende que a nova CPMF tenha uma alíquota de 0,20% sobre movimentações financeiras. Até ser extinta, em 2007, a alíquota da CPMF era de 0,38%. "Nossa proposta é continuar com a mesma alíquota de 0,20% e arrecadar o dobro, vamos cobrar no débito e no crédito", disse.

Castro diz entender que o novo imposto seria "impopular", mas afirmou que o melhor é que o imposto perdesse o caráter "provisório" e fosse permanente. "A minha tese, o meu ponto de vista, não é do governo, é que ele seja permanente", disse Castro. Segundo ele, o governo federal ficaria com 50% do valor arrecadado e o restante seria dividido igualmente entre Estados e municípios.

A recriação da CPMF é um dos pontos mais polêmicos das medidas do ajuste fiscal que o governo tenta aprovar no Congresso Nacional. Líderes de partidos de oposição já se manifestaram contrários à recriação do tributo. Em setembro, um grupo de parlamentares lançou um movimento contra a volta da CPMF. O grupo argumenta que a carga tributária no Brasil já elevada demais para a recriação de mais um imposto.

Os ex-ministros Arthur Chioro e Renato Janine Ribeiro (Educação) estiveram presentes ao anúncio dos novos integrantes do ministério de Dilma Rousseff, mas eles não falaram com a imprensa. Apesar de terem sido demitidos, eles não aparentavam desconforto durante a cerimônia. A dupla cumprimentou os convidados e trocou abraços com novos ministros.
Herculano
02/10/2015 19:16
O POVO NÃO AGUENTA TANTA DESFACATEZ DOS POLÍTICOS, PRINCIPALMENTE OS DO PT. PADILHA É HOSTILIZADO EM SÃO PAULO AO TOMAR CERVEJA VESTINDO CAMISA DA PREFEITURA

Conteúdo do jornal Folha de S. Paulo. O secretário municipal de Saúde de São Paulo, Alexandre Padilha, foi hostilizado nesta sexta-feira (2), em um restaurante de São Paulo, após tomar cerveja vestindo uma camisa com o logotipo da prefeitura.

A camisa também tinha o símbolo do SUS, em azul.

De acordo com uma cliente do restaurante, que preferiu não se identificar, os ataques começaram após o secretário beber cerveja. "Antes, ninguém estava ligando. Mas quando ele bebeu, começou um zumzumzum e as pessoas passaram a tirar foto e a filmar", afirmou a cliente.

Duas fotos feitas por pessoas presentes mostram Padilha sentado à mesa; em uma delas, ele aparece bebendo cerveja.

Ainda segundo a cliente, Padilha apontou o celular ao grupo e questionou porque eles estavam filmando. "Aí o pessoal se indignou", disse ela.

Em nota, a Secretaria Municipal de Saúde informou que a camisa que Padilha usava é pessoal.

Quando se levantou para ir embora, os manifestantes começaram a hostilizar o Padilha - que foi ministro da Saúde durante o primeiro governo da presidente Dilma Rousseff e das Relações Institucionais no segundo mandato de Luiz Inácio Lula da Silva- , dizendo para ele pagar a conta de todos, já que "roubaram tanto do país".

Ele foi xingado, aos gritos, de "ladrão".
Dia da Caça
02/10/2015 18:46
Diretor Presidente de Autarquia Municipal, achando que é dono de vaga de estacionamento dentro do patio da autarquia Municipal, saiu berrando e xingando um servidor desatento que estacionou seu humilde veiculo, em sua vaga.
Mas o Diretor Presidente não esperava que o servidor humilhado partisse para cima, sorte pouca foi bobagem, pois outros servidores o esconderão da fúria do pobre servidor, senão o mesmo estaria a procura de um bom dentista.
Tudo isto foi presenciado por muitos, que pouco falam, pouco ouvem e pouco veem.
Anônimo disse:
02/10/2015 18:36
Herculano, não era o Petry que ia arrebentar a boca do balão como vereador, ao assumir, como postado aqui?
Se posicionou como INDECISO. Falso moralismo ou não sabe o que é INCONSTITUCIONAL (como os demais apedeutas lullistas)?
Almir ILHOTA
02/10/2015 18:14
Amigos:

Descobri recentemente que tramita no fórum da comarca de gaspar uma ação por improbidade administrativa contra o ex prefeito, por doar de forma irregular as casas adquiridas por conta da calamidade ocorrida em 2008, imaginava que fosse apenas mais uma em que se defenderia pois quando ao acusar alguém ao ministério publico, ele tem por obrigação investigar, e já que era no inicio vir para ILHOTA, sessenta casas e vieram mais de cento e cinquenta, imaginava que a demanda não fosse tão grande, mas dai a doar uma casa desta a uma ex mulher de um de seus candidatos a vereador em 2008, achei muito estranho, justamente o senhor ( MARCOS ANTONIO JACÒ), morador do bairro de minas e hoje funcionário da prefeitura juntamente com seus irmãos, primos, cunhados e sobrinhos, nunca vi tanta gente de uma só família mamando na barrosa. O que nos resta agora e que isso venha a tona, que se formule mais essa denuncia, que eles possam pagar pelo erro, e que a casa seja devolvida a quem realmente precisa, pois pelo que sei esta senhora jamais fora atingida pela enchente que ocorreu naquele ano.
Arara Palradora
02/10/2015 18:03
Querido, Blogueiro!

Às 09:35Hs.
O meliante deve ser um elemento da quadrilha que se vangloria em ser bandido. Fernandinho Beira Mar.

Voeeeiii...!!!
Sempre Ilhota
02/10/2015 17:40
Estou por aqui ainda Almir Ilhota, não é essa administração quem sofreu representação do Tribunal de Contas da União acerca de supostas irregularidades nas obras de reconstrução no município de Ilhota/SC, cidade mais atingida com as enchentes ocorridas em 2008, questões como superfaturamento, inexecução total e parcial do objeto contratado constam no relatório TC-020.143/2011-7 do TCU, leia ele que você verá, as pessoas que passaram pela enchente lembram do sofrimento que foi para conseguir as coisas, que a administração passada recebeu inúmeros recursos para ajudar quem precisava, mas não foi o que aconteceu, quem lembra disso, lembra do quanto sofreu, sabe e não vota mais no PMDB. A administração passada sim foi um desastre, que fez muita gente sofrer bocados, principalmente o pessoal do BAÚ.
Herculano
02/10/2015 14:47
OUTRO LADO DA MOEDA

Se fosse o ex-prefeito de Blumenau, João Paulo Kleinubing, PSD, que levasse à Câmara de lá, um projeto semelhante ao que Pedro Celso Zuchi, PT, mandou para a Câmara daqui para conceder gratuidade na defesa de políticos no Judiciário, qual seria a reação do PT de Décio Neri e Ana Paula Lima, padrinhos de Zucki?
Herculano
02/10/2015 14:43
COM LIMINAR PARA VOLTAR A TRABALHAR

Presidente do Supremo Tribunal Federal, Ricardo Lewandowski, concedeu liminar suspendendo afastamento de Elizeu Mattos da Prefeitura de Lages. Decisão já foi comunicada ao Tribunal de Justiça de Santa Catarina. Elizeu seguia afastado da prefeitura desde dezembro de 2014 em virtude de denúncia resultante da Operação Águas Limpas.
Herculano
02/10/2015 14:41
da série: o oportunista

TRISTE QUE DÉCIO VAI EMBORA? ANIME-SE. ELE VOLTA, por Carlos Tonet

Decião mudou o domicílio eleitoral pra Itajaí.

Ele quer ser prefeito de lá.

Se você ficou triste e inconsolável e está se sentido abandonado, anime-se.

Décio deu entrevista no Santa dizendo que ainda ama a gente.

"Mantenho o amor e o carinho por Blumenau".

Mas isso não é tudo.

Deciolino diz também que fez uma "transferência temporária de domicílio".

Ou seja: a coisa não é definitiva.

Essa é a maior prova de que ele ainda ama você.

Ele pode voltar a qualquer momento.

(Só não espalha isso em Itajaí, pois os eleitores de lá podem não gostar...).
Herculano
02/10/2015 14:18
DILMA 3: GOVERNO PROVISÓRIO COMEÇA COM LULA NO COMANDO E PMDB MAIS FORTE

Com 275 dias de atraso, presidente corta 8 pastas, 3.000 cargos comissionados e adota medidas populistas para tentar frear o impeachment na Câmara, informam da sucursal de Brasília da revista Veja Laryssa Borges e Ana Clara Costa

Depois de dez meses de resistência, a presidente Dilma Rousseff cedeu e reformulou seu governo para tentar frear o processo de impeachment que germina na Câmara dos Deputados. A partir de segunda-feira, a engrenagem da máquina pública passa a ser regida pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e pelo PMDB, considerado o fiador de sua permanência na cadeira.

Nesta sexta-feira, Dilma cortou oito das 39 pastas, menos do que o esperado, e o que não lhe tira a primazia de estar cercada por um dos maiores ministérios do planeta - Barack Obama administra a maior economia do mundo auxiliado por 22 secretários. O efeito positivo da desidratação ministerial deve ser o fim de 3.000 cargos comissionados em Brasília. O restante das medidas tem mais caráter populista do que reflexo significativo no Orçamento: os salários dos ministros e da própria Dilma - 30.934,70 reais - serão reduzidos em 10% e os voos em primeira classe estão suspensos.

No xadrez político, a operação anti-impeachment entregou sete pastas, com orçamentos robustos em ano pré-eleitoral, ao PMDB. É o maior quinhão já concedido ao partido desde que Lula assumiu o poder em 2003. O PMDB não só ganhou terreno, mas indicou dois deputados pouco conhecidos para comandar a Saúde e Ciência e Tecnologia, pastas dotadas de programas de alta capilaridade nas bases eleitorais e emendas parlamentares prontas para serem liberadas a granel. No próximo ano, uma parte significativa da bancada peemedebista deve ir às urnas tentar um mandato de prefeito ou se empenhará para eleger aliados nos rincões do país. O afago à bancada de deputados é uma tentativa sem máscara de manter ao menos dois terços dos 60 parlamentares tutelados ante o desejo do presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), de fazer o impeachment correr e tirar Dilma do cargo até o final do ano.

No caso do PT, engana-se quem pensa que o partido perdeu força. Além de despachar o desafeto Aloizio Mercadante do Palácio do Planalto - foi realocado na Educação -, Lula instalou um dos seus melhores amigos na chefia da Casa Civil, Jaques Wagner, e um nome fisiológico na nova Secretaria de Governo, Ricardo Berzoini. Este último já foi presidente do PT, tem raiz no sindicalismo e interlocução com os movimentos sociais, atributos considerados cruciais por Lula num ano marcado por protestos nas ruas contra Dilma e a dilapidação da imagem do PT. Ou seja, a regência do governo ficará nas mãos de Lula.

Após 275 dias de resistência, Dilma fez o que não queria e montou um governo provisório para enfrentar os piores dias de crise política e econômica que ainda vão chegar.

Confira as mudanças no primeiro escalão presidencial

Jaques Wagner (PT) deixa Defesa e assume Casa Civil
Aldo Rebelo (PCdoB) assume Defesa e deixa Ciência e Tecnologia
Miguel Rosseto (PT) deixa Secretaria-Geral e assume Trabalho e Previdência (unificados)
Aloizio Mercadante (PT) deixa Casa Civil e volta à Educação
Nilma Lino assume Cidadania (fusão das Secretarias da Igualdade Racial, Direitos Humanos e Mulheres)
Ricardo Berzoini (PT) assume Governo (fusão das Secretarias Geral da Presidência e Relações Institucionais)
Helder Barbalho (PMDB) deixa Pesca e assume Portos

Ministros novos e demitidos

Marcelo Castro (PMDB) assume Saúde
Celso Pansera (PMDB) assume Ciência e Tecnologia
André Figueiredo (PDT) assume Comunicações
Renato Janine Ribeiro demitido da Educação
Arthur Chioro (PT) demitido da Saúde
Edinho Araújo (PMDB) demitido dos Portos
Pepe Vargas (PT) demitido os Direitos Humanos
Guilherme Afif Domingos (PSD) deixa Micro e Pequena Empresa (anexada a Desenvolvimento e Indústria)
Eleonora Menicucci (PT) - demitida de Políticas para as Mulheres
Carlos Gabas - deixa a Previdência Social (anexado ao Trabalho)
Manoel Dias (PDT) - demitido do Trabalho
Mangabeira Unger (PMDB) - deixa a Secretaria de Assuntos Estratégicos (extinta)

Ministérios inalterados

Gilberto Kassab (PSD) Cidades
Joaquim Levy Fazenda
Nelson Barbosa Planejamento
Edinho Silva (PT) Comunicação Social
Mauro Vieira Itamaraty
Patrus Ananias (PT) Desenvolvimento Agrário
Kátia Abreu (PMDB) Agricultura
Eduardo Braga (PMDB) Minas e Energia
Juca Ferreira (PT) Cultura
José Eduardo Cardozo (PT) Justiça
Tereza Campello (PT) Desenvolvimento Social
Henrique Eduardo Alves (PMDB) Turismo
Armando Monteiro (PTB) Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior
George Hilton (PRB) Esportes
Gilberto Occhi (PP) Integração Nacional
Antônio Carlos Rodrigues (PR) Transportes
Izabella Teixeira Meio Ambiente
Luís Inácio Adams Advocacia Geral da União
Alexandre Tombini Banco Central
Valdir Simão Controladoria Geral da União
General José Elito Segurança Institucional (secretaria perde status de ministério)
Eliseu Padilha (PMDB) Aviação Civil
Miguel José Teixeira
02/10/2015 14:14
Senhores,
. . .
Por onde passou, Dilma deixou, atrás de si, um rastro de problemas, que hoje, por obra do destino, é obrigada a engolir. Como ministra de Minas e Energia, presidente do Conselho da Petrobras, chefe da Casa Civil e, por último, como presidente da República, a marca de sua gestão foi sempre caracterizada pelo voluntarismo e pelas decisões atabalhoadas em nome de uma ideologia ou de um partido que a exclui da fatia ? fato que só ela mesma entende. . .

Fonte: Correio Braziliense, hoje, Opinião

Reforma de Sísifo

Segundo a mitologia grega, as injúrias proferidas por Sísifo contra os deuses do Olimpo resultaram na sua condenação à pena eterna, que consistia em carregar nos ombros enorme pedra morro acima. Tão logo alcançava o cume, a pedra rolava morro abaixo, mostrando a inutilidade dos esforços repetitivos decorrente da sua falta de liberdade de escolhas.

Respeitado o tempo e a importância real dos personagens, o mesmo parece acontecer, agora, com a reforma do Estado prometida pelo governo para conter o colapso do país que vai se anunciando. Pelo que foi apresentado até agora, depois de inúmeras idas, vindas e conchavos sem fim, decepção e perda de tempo parecem ser os termos mais apropriados para definir as mudanças.


Dilma carrega o governo, convertido num imenso peso, até o cume, representado a quem deve obediência e gratidão pelo cargo, para que, depois, os fatos demonstrem a pouca valia do seu trabalho para resolver a crise. Ademais, o próprio histórico da presidente não contribui para lhe conferir a autoridade necessária para reformar o Estado em situação comatosa.


Por onde passou, Dilma deixou, atrás de si, um rastro de problemas, que hoje, por obra do destino, é obrigada a engolir. Como ministra de Minas e Energia, presidente do Conselho da Petrobras, chefe da Casa Civil e, por último, como presidente da República, a marca de sua gestão foi sempre caracterizada pelo voluntarismo e pelas decisões atabalhoadas em nome de uma ideologia ou de um partido que a exclui da fatia ? fato que só ela mesma entende.


O parque hidroelétrico, incluindo aí as estatais Eletrobras, Furnas e Eletronorte, ganhou as manchetes esta semana em razão do relatório enviado à Aneel, em que o setor revela prejuízo de R$ 20 bilhões, em razão, não da falta de chuvas, de ?decisões dos gestores do sistema e agentes do governo?.


Anteriormente, na tentativa de represar os preços do setor por motivos eleitorais, deixou um passivo que hoje é de R$ 105 bilhões, que foi devidamente debitado na conta de luz de todos os brasileiros. No comando do Conselho Executivo da Petrobras, conseguiu, literalmente, quebrar uma das maiores empresas de petróleo do mundo. Na Casa Civil, os escândalos se repetiram, com Erenice Guerra, Lina Vieira e com dossiês falsos contra Ruth Cardoso, além dos escândalos dos cartões corporativos entre outras peripécias palacianas.


Na Presidência da República, a melhor avaliação de seu desempenho é dada pelos institutos de pesquisa de opinião que a colocam como a pior mandatária desde a redemocratização e como condutora do Titanic Brasil. Com uma folha de serviços desse calibre, que reforma pode ser ainda apresentada ao país que não seja apenas para retribuir favores àqueles a quem deve a cadeira que ocupa e que vai lhe escapando aos poucos?
Miguel José Teixeira
02/10/2015 13:48
Senhores,

Barganhas, barperdes & barbaridades.

Hoje no Diário do Poder: "Dilma fez todos os gestos que cabia a ela fazer, diz Padilha".

Huuummm. . .para a corja do pixuleco, "governar é gesticular"!!!

Vivam os PeTralhas, de preferência à 7 palmos. . .
João João Filho de João
02/10/2015 13:34
Sr. Herculano:

Jornalista Políbio Braga:

"Este é o socialismo de fome que há 50 anos subjuga o povo cubano, imposição da ditadura dinástica comunista dos irmãos Castro. E que precisa de comida doada pelo povo gaúcho e catarinense, os que trabalham em liberdade, de modo competitivo e produtivo, palavras desconhecidas na ilha, tudo para não passar fome maior ainda. -

O povo de Cuba só come o que o sistema de racionamento de libretas permite. Isto já dura 50 anos. Dilma já ajuda os Castro com o Programa Mais Médicos, pagou o novo porto de Mariel e agora manda também comida. A ditadura comunista não conseguiu, em 50 anos, sequer produzir alimentos para seu próprio povo. -

O editor examinou nesta sexta-feira o edital da Conab que colocou em leilão 625,4 mil toneladas de feijão para que a empresa vencedora ensaque e envie tudo já ensacado para Cuba.

O feijão é de Santa Catarina, que produz excedentes exportáveis, e sairá pelo porto de Navegantes, Itajaí.

É o segundo leilão que o governo Dilma executa em menos de uma semana, tudo para mandar comida para a população que vive há 50 anos sob o jugo da atrasada ditadura dinástica comunista dos irmãos Castro.

Esta semana, 1,3 mil toneladas de arroz gaúcho, que produz mais do que consome, também foi contratado pela Conab para ser embarcado devidamente ensacado para Cuba. A exportação sairá por Rio Grande.

Enquanto isso, os "pobrinho" do LuLLalarápio ainda morrem de fome no Brasil..., aliás, como anda o Programa Fome Zero do Biltre do Palanque?
Antenado
02/10/2015 13:27
Herculano,
Marcelo não respondeu sobre o Projeto de lei 49, pois estava com o Prefeito de Ilhota e Fernando Neves discutindo como afundar Gaspar caso sejam eleitos. kkkkkkk
Cidadão Gasparence
02/10/2015 13:20
Prudente a recuada do Sr. Vitório. A vereadora Andréia hoje tem prestígio pelo trabalho desempenhado na Câmara.

Quanto a ida do PMDB a Florianópolis tentar puxar o tapete do Nagel - DEM, já era de se esperar.

PMDB? Quem acredita que esse partido é de renovação? Que faz politica limpa? Que não está alinhado com o PT?

Abra os jornais, revista, internet, TV, só trapaça.

Cuidado, que já estão sinalizando a maneira de chegar ao poder. As ferramentas que poderão utilizar, para afastar e tentar conter as pessoas que "atrapalham" o plano imbatível de voltar ao poder.
Juju do Gasparinho
02/10/2015 13:12
Prezado Herculano:

No Jornal Cruzeiro consta como CONTRA o posicionamento de Marcelo juntamente com a Andréia e o Lu. Mas se é apenas para se apresentar como "oposição", jamais saberemos. Os políticos são seres de várias caras.
E para os INDECISOS e a FAVOR, são membros do Sindicato de Ladrões. O povo pagando esses marginais, protagonistas de Filme de Terror, um atrás do outro, como é o governo atual (aqui e lá).

Obrigada, promotora Chimelly Louise de Resenes Marcon.
Herculano, ela é o nosso juiz Sérgio Moro.
O correto
02/10/2015 13:10
POSICIONAMENTO

Marcelo de Souza Brick, é contra esse projeto de lei, basta ver seu pronunciamento na reportagem impressa deste jornal.

Marcelo é contra, oras bolas, até porque o projeto é inconstitucional!

Qual é o POSICIONAMENTO do PMDB, nega por toda lei que não tem acordo com o PT, o vereador do Belchior já se declarou a favor dos Petralhas!
Herculano
02/10/2015 12:25
POSICIONAMENTO

Qual é mesmo o posicionamento do ex-presidente da Câmara e presidente do PSD, Marcelo de Souza Brick sobre a contratação de advogados para defender políticos com o dinheiro do povo?
Herculano
02/10/2015 12:22
Ao Mário Pêra

A leitura do PL 49, diz que os vereadores estão abrangidos por ele. Ou seja, foi feito na medida, por esperteza, para que seja aprovado.

Só a mobilização popular é que poderá detê-lo.

Outra. Ninguém atentou, mas a emenda modificativa que pousou na Câmara é algo pior e extraordinário.

O PL é construído para a contratação de advogados pelos políticos e agentes públicos para a sua defesa. A emenda autoriza os políticos e agentes públicos contratarem advogados com o dinheiro do povo que falta à saúde pública, educação, obras essenciais para ingressarem contra terceiros. Uma festa. É o aparelhamento mais puro do estado contra o cidadão
Almir Ilhota
02/10/2015 12:00
Hummm, entendi... Dias atrás o Sr. "Sempre Ilhota" coisa desse tipo falava em "empreguinho" por aqui... Agora entendi, andando a tira-colo com Brick e Neves, Daniel dá provas que sabe que sua administração é um desastre e por certo está procurando um "empreguinho" por lá...
Herculano
02/10/2015 11:31
PPS NÃO VAI PEDIR A CASSAÇÃO DE ANDREIA

O presidente do partido, Vitório Marquetti, foi hoje a rádio 85,9 FM. Como este assunto não fluiu, o dono no espaço, Joel Reinert, perguntou se a informação da coluna Olhando a Maré procedia.

Vitório negou. Disse que o partido nunca pensou nisto. A coluna fará uma lista para quem este assunto foi tratado pelo próprio Vitório, a começar pelo repórter da rádio, Paulo Flores.

Talvez Vitório, orientado ou por sua própria conclusão, percebeu que o fato poderia dar mais fôlego à candidatura de Andreia Symone Zimmermann Nagel, PSDB, do que o prejuízo que se projetou. Acorda, Gaspar!
Herculano
02/10/2015 11:25
A PRIMAVERA LULISTA, por Paulo de Tardo Lyra

Após um mês de negociações, idas, vindas, chantagens e apelos, a reforma ministerial que deve ser anunciada hoje tem como principais derrotados aqueles que, em outubro do ano passado, foram eleitos por 54 milhões de votos para presidir o país por mais quatro anos: a presidente Dilma Rousseff e o vice-presidente Michel Temer. Ambos foram tragados pela estratégica política do ex-presidente Lula. O criador desenhou a Esplanada atual na justificativa de salvar o mandato da criatura Dilma. O PT queria Lula em 2018. Ele voltou ao poder na primavera de 2015.

Um a um, todos os conceitos e paradigmas idealizados pela presidente após derrotar o tucano Aécio Neves caíram por terra. Ela conseguiu implementar o ajuste fiscal necessário, mas conduzido por um economista mais rigoroso do que ela gostaria: Joaquim Levy. É bem verdade que Lula ainda sonha com Henrique Meirelles na Fazenda, mas, até o momento, vale a máxima de que não se pode ganhar todas.

Mas foi no coração do Planalto que Lula fincou a adaga na presidente. Se, no início do ano, a corrente majoritária do PT reclamava de ter sido escanteada, agora a tendência Construindo um Novo Brasil emplacou o hiperpetista Ricardo Berzoini na Secretaria de Governo. Ele foi ministro da Previdência e do Trabalho de Lula, e presidiu o PT no auge da crise do mensalão.

Jaques Wagner é mais lulista do que petista. Chamado de Galego pelo ex-presidente, foi ministro da Articulação Política durante o escândalo de 2005 - fazia, no Planalto, o mesmo papel de Berzoini no PT: atuou como bombeiro na crise. Lula sempre o quis na Casa Civil. Conseguiu agora, desalojando Aloizio Mercadante da pasta.

E o vice-presidente Michel Temer? Ninguém nega que ele continua sendo consultado. Mas Dilma optou por negociar diretamente com as diversas correntes peemedebistas. Temer deixou de ser o algodão entre os cristais peemedebistas da Câmara e do Senado. Agora, a nova articulação política terá que conversar, sem intermediários, com Renan Calheiros e Eunício Oliveira, no Senado, e Eduardo Cunha e Leonardo Picciani, na Câmara. Se o novo cenário dará certo, só o tempo dirá. Se der, méritos de Lula. Se não, culpa da oposição e da conjuntura internacional. Em nenhuma das hipóteses, Dilma aparecerá na foto.
Herculano
02/10/2015 10:37
EM DEFESA DA SERPENTE, por Reinaldo Azevedo para o jornal O Globo

Vejo brotar o ódio à política e ao capital e torço para que os jovens que ganharam as ruas não caiam nessa conversa

A despeito de tudo, sou otimista quanto ao futuro do Brasil. Acho que a necrose do PT é um momento inaugural.

Amplas camadas da população se dão conta de que milagres não existem; de que ninguém será por nós se não formos por nós mesmos. Até Joaquim Levy é personagem desse salto de qualidade. Gosto quando ele diz que, a cada novo gasto, há de corresponder um novo imposto. Alguém sempre paga a conta.

Mais do que a agonia das velhas raposas, interessam-me movimentos de rua de uma juventude que tenta dar à luz o liberalismo em terras nativas. No Brasil das ideias fora do lugar, banqueiros se encantam com o coaxar de pererecas e se deixam seduzir pelo papo-furado distributivista. Alguns querem mais do que juros altos, acreditem. Ambicionam mesmo a ascese!

Constatação à margem: países em que banqueiros fazem questão de ter coração costumam ser governados por pilantras populistas que têm cérebro. O mundo ainda é mais produtivo quando financistas são maus e padres são bons. Sigo.

Algo de novo está em curso, e espero que resista e se espraie, ainda que haja um esforço enorme da imprensa conservadora ?de esquerda? de matar essa juventude brandindo contra ela ideias caridosas de anteontem ou a suposta contemporaneidade do "thomas-picarettysmo".

Sou otimista, sim, mas tenho preocupações. Já escrevi neste espaço que seria lamentável se restasse da Operação Lava Jato o ódio à iniciativa privada e ao capital, tomados como corruptores da pureza original. Qual?

Em seu voto contra a doação de empresas privadas a campanhas - uma decisão moralmente dolosa tomada pela maioria do STF -, a ministra Rosa Weber, por exemplo, disse: "A influência do poder econômico culmina por transformar o processo eleitoral em jogo político de cartas marcadas, odiosa pantomima que faz do eleitor um fantoche, esboroando a um só tempo a cidadania, a democracia e a soberania popular".

A tolice é tal que nem errada a frase chega a ser. Eu duvido que Rosa tenha pensado nos desdobramentos da "influência do poder econômico" na vacinação em massa, na produção e distribuição de comida ou na universalização da telefonia.

Por que a ministra pretende que a disputa eleitoral deva ser um domínio impermeável às empresas, que, até onde se sabe, não são abscessos malquistos da civilização, mas uma das formas que esta encontrou de produzir e de multiplicar riqueza?

Junto com o ódio ao capital, vejo brotar em certos nichos o ódio à política, como se já tivéssemos descoberto outra maneira de resolver conflitos distributivos ou de opinião. Torço para que os jovens que ganharam as ruas não caiam nessa conversa de esquerdista desiludido e de anarquista ignorante.

Se, em certa mitologia, o primeiro homem foi Adão, e Eva, a primeira mulher - ambos inocentes como as flores -, a serpente foi o primeiro político. E devemos dar graças a Deus - que já tinha tudo planejado em sua mente divinal - que assim tenha sido, ou aquela duplinha passaria eternidade afora a pôr pontos de exclamação no coaxar das pererecas.

Que os moços acreditem na política! Bem pensado, o esquerdismo, quando genuíno, nada mais é do que a ânsia de matar a política para reconstruir o Éden com homens e mulheres puros. Sem a serpente das tentações. E quando o esquerdismo é uma farsa? Aí dá em Lula e seus Lulinhas endinheirados...
Lélo
02/10/2015 10:32
Transito

Até quando Gaspar vai ter vergonha de colocar uma balsa?

Cria vergonha na cara prefeitura, quantos negócios ainda esta cidade vai perder por causa desta ponte !!!!!!

Acorda meu povo, vamos fazer uma balsa
Herculano
02/10/2015 10:23
PRESO NA ARMADILHA, por Miriam Leitão para o jornal O Globo

A análise dos números do Tesouro Nacional divulgados esta semana mostra que o governo está numa armadilha difícil de sair. Há as dificuldades estruturais, as da recessão, e aquelas criadas pelas decisões tomadas no primeiro mandato. Receitas que o governo havia antecipado agora fazem falta aos cofres públicos. O corte de 37% no investimento este ano torna o ajuste de 2016 ainda mais incerto.

De janeiro a agosto do ano passado, o BNDES recolheu R$ 8,6 bilhões ao Tesouro como dividendo. Este ano, não pagou nada porque depois de vários anos antecipando receitas o banco não teve o que recolher. A Petrobras, que era outra fonte de antecipações de recursos ao Tesouro, não está pagando a nenhum acionista. O resultado é que as estatais, que nos oito primeiros meses do ano passado engordaram os cofres em R$ 17,5 bilhões, corrigidos pela inflação, este ano recolheram apenas R$ 5,4 bilhões.

O economista Mansueto Almeida acha que o governo não conseguirá continuar reduzindo investimentos. Este ano já cortou bastante e não poderá simplesmente zerar esse gasto. Isso torna mais difícil o ajuste fiscal no ano que vem, porque as despesas que tiveram a maior contração em 2015 não poderão mais continuar encolhendo.

O Ministério da Saúde cortou R$ 3,2 bilhões de despesas de janeiro a agosto, na comparação com o mesmo período do ano passado, em termos reais. A tesoura no Ministério da Educação foi maior: corte de R$ 4,3 bi. Os investimentos do Governo Federal, que já são baixos, caíram mais 37%, com uma redução de R$ 22 bilhões. O Ministério das Cidades cortou R$ 2,83 bilhões em investimentos, o dos Transportes reduziu em R$ 1,99 bi, e a Educação, em R$ 2,88 bilhões.

O Programa Minha Casa, Minha Vida, que financia moradias populares, ficou mais magro, assim como o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). Em ambos, o governo gastou R$ 23 bilhões a menos este ano. Já as despesas de custeio da máquina pública subiram R$ 4,2 bilhões por causa das desonerações da folha de pagamento.

Ao mesmo tempo, a conta de subsídios dados em anos anteriores chegou muito pesada. Os gastos com o Programa de Sustentação do Investimento, que ficaram congelados por 24 meses por conta de uma determinação do então secretário-executivo da Fazenda Nelson Barbosa, em 2012, estão disparando. Subiram R$ 7,3 bilhões este ano. A equalização de crédito agropecuário subiu R$ 1 bilhão. Ou seja, houve desembolso para reduzir os juros de empréstimos subsidiados para agricultura em anos anteriores. A mesma coisa acontece com a rubrica "Operações de Crédito e Reordenamento de Passivos", que subiu R$ 13 bilhões. Tudo isso é conta antiga, do primeiro mandato, que está sendo paga no governo Dilma II. O governo está "despedalando", depois de ter empurrado despesas e puxado receitas. Além disso, distribuiu subsídios cuja conta pesa agora.

O buraco fiscal que o governo cavou tem quatro elementos: há despesas do primeiro mandato que estão sendo pagas agora; há perdas de receitas porque elas foram antecipadas; há a queda da arrecadação que acontece em toda recessão; há os rombos estruturais que ficaram ainda maiores com decisões tomadas nos últimos anos, como as que se referem à Previdência. Por ação ou omissão, o governo piorou o que já era difícil, e o país está vendo uma escalada do déficit previdenciário.

Alguns problemas pioram a contabilidade pública, como os swaps cambiais, mecanismo através do qual o Banco Central oferece seguro contra a variação cambial. O gasto com os swaps entra no déficit nominal, mas o ganho das reservas só é contabilizado na dívida líquida - indicador do qual desconta-se da dívida os ativos que o país tem. O problema é que ninguém mais olha esse indicador porque o governo o desmoralizou ao incluir como ativos os empréstimos de baixa liquidez como os feitos ao BNDES.

Mansueto Almeida acha que é muito difícil reequilibrar as contas a curto prazo sem recriar a CPMF. Apesar de todos os problemas, ele se diz mais otimista hoje do que no ano passado porque acredita que agora o debate sobre a necessidade de medidas estruturais evoluiu no Brasil. Neste momento, no entanto, ele admite que qualquer proposta que dependa de consenso político para cortes profundos não conseguirá avançar
Herculano
02/10/2015 10:15
REFORMA TRANSFORMOU DILMA EM ATRAÇÃO TURÍSTICA, por Josias de Souza

Com a reforma do seu ministério, Dilma pode ganhar uma nova razão para permanecer na Presidência e um novo proveito: virou atração turística. Seu segundo governo é, hoje, um anacronismo com nove meses de idade. Mas Dilma é um fenômeno que provoca um misto de pena e curiosidade. De tão anacrônica, acabou se transformando numa personagem folclórica.

Depois que Dilma terceirizou o expediente do Planalto a prepostos de Lula e delegou pastas importantes como Saúde e Ciência e Tecnologia a figurantes do baixo clero do PMDB, sua relevância turística ultrapassou a ideológica. As pessoas agora podem posar do seu lado como posam ao lado das cataratas do Iguaçu, onde o perigo é apenas presumido, ou de uma Vênus de Milo, cuja deficiência estimula debates infindáveis sobre a forma como perdeu os braços.

Sugada por uma onda de impopularidade, a pior que um presidente já enfrentou desde a redemocratização do país, Dilma será pouco útil na Presidência. Mas o apelo da ex-gerentona e seus passeios de bicicleta nos arredores do Palácio da Alvoada é o de uma excentricidade algo cômica. Livre dos afazeres da Presidência, Dilma poderá dedicar mais tempo ao desenvolvimento de sua vocação insuspeitada para patrimônio turístico.

A aceitação coletiva do novo papel de Dilma depende da disposição da plateia para assumir uma dose de hipocrisia de quem sabe que um governo varejado pela Lava Jato e desafiado pelos maus resultados econômicos pode desmoronar a qualquer momento. Mas o suplício talvez renda dividendos para Dilma entre os amantes do turismo de aventura.
Herculano
02/10/2015 10:12
A SÍRIA É AQUI, editorial do jornal Correio Braziliense

Ir e vir é direito assegurado pela Constituição. Não significa, porém, que as palavras se transformem em atos. A violência nas cidades é tal que torna letra morta mesmo garantias previstas na Carta Magna. Dados divulgados pelo Anuário Brasileiro de Segurança Pública servem de prova. As capitais brasileiras registram um homicídio a cada meia hora. Nada menos que 15.936 pessoas perderam a vida em 2014 - alta de 0,8% em relação ao ano anterior.

No ranking das 10 mais violentas, oito se situam no Nordeste. Fortaleza ocupa o topo - a cada 100 mil habitantes, contabiliza 77,3 vítimas de homicídio doloso e de agressão e roubo seguidos de morte. É assustador. O índice ultrapassa o dobro da média das 27 capitais (33) e o triplo da média nacional (25,2). Maceió, São Luís e Natal ocupam o segundo, o terceiro e o quarto lugar. São Paulo apresenta a taxa mais baixa: 11,4.

Especialistas explicam a concentração de crimes violentos nas metrópoles mais importantes dos estados. Segundo Renato Sérgio de Lima, vice-presidente do Fórum Brasileiro de Segurança Pública, o fato se deve a três fatores: o tamanho dos municípios, o grande adensamento urbano e a insuficiente oferta de serviços públicos.

Em síntese, a tragédia tem íntima relação com o país que não soube crescer. A urbanização acelerada exigia planejamento capaz de tornar as cidades aptas a receber os novos moradores. Habitação, transporte, segurança, trabalho, educação, lazer, equipamento hospitalar, acesso a energia e a água deveriam acompanhar o crescimento populacional. Não foi porém, o que se viu.

Daí por que a administração de conflitos escapou das mãos do Estado. Sem inteligência e políticas eficazes, a impunidade parece imperar. Como o poder não suporta vácuos, outros atores entraram em ação. É o caso de traficantes. O secretário de Segurança Pública de Alagoas chama a atenção para a forte entrada de crack nas capitais da região. O consumo e o tráfico de drogas potencializam a violência. O crime organizado, vale lembrar, só prospera em Estado desorganizado.

Em aparente paradoxo, o investimento em segurança pública cresceu 16,6%. Em 2014, estados e União aplicaram, juntos, R$ 71,2 bilhões no setor contra, R$ 61,1 bilhões em 2013. Os números provam que dinheiro é importante, mas não suficiente. Falta estratégia. Segurança pública é processo em contínuo aperfeiçoamento. Deve articular, com coerência e rigoroso acompanhamento, componentes preventivos, repressivos, judiciais, sanitários e sociais. Sem isso, mantém-se o apelo ao jeitinho. E, claro, o enterro de mais cadáveres do que na Síria
Herculano
02/10/2015 10:10
O PAÍS DA CHANCHADA, por Merval Pereira, para o jornal O Globo

Se pegarmos os acontecimentos políticos apenas no dia de ontem, teremos um panorama acurado do ambiente de chanchada que domina o país faz tempo. A começar pela preocupação da presidente Dilma na reforma ministerial que negocia para não perder a Presidência. Dizem que ela não gostou da indicação do PMDB para a Ciência e Tecnologia, pois o deputado Celso Pansera não teria "afinidade" com a área científica e lhe faltaria também "peso político"

O deputado é aquele "pau-mandado" do presidente da Câmara, Eduardo Cunha, que andou provocando calafrios no doleiro Alberto Youssef, que o acusa de tê-lo ameaçado e à família. Mas não foi Dilma quem escolheu para a mesma pasta o deputado Aldo Rebelo, alguém que apresentou projeto de lei para proibir a "adoção, pelos órgãos públicos, de inovação tecnológica poupadora de mão de obra"?

O ministério que deveria ser responsável por políticas de ponta na pesquisa e na inovação nas universidades e na indústria é ocupado até hoje por um comunista que se vangloria de sua "devoção ao materialismo dialético como ciência da natureza" que, por isso mesmo, considera que as denúncias de aumento da temperatura global são produto de um "cientificismo" que pretende "controlar os padrões de consumo dos países pobres"

Mas os pruridos da presidente não resistiram às pressões políticas, e o "pau-mandado" sem afinidade com a Ciência e Tecnologia vai mesmo ser o ministro da área, num país que precisa mais do que nunca da inovação tecnológica para avançar. Isso é um detalhe diante da necessidade de ganhar um pouco de ar, mesmo que seja poluído. Rebelo tem "peso político" e, embora seja do PCdoB, será nomeado ministro da Defesa. Por outro lado, o ministro da Educação, Renato Janine, que não tem peso político, mas sem dúvida tinha afinidade com a área, foi demitido em seis meses do ministério da Educação pela Pátria Educadora, para dar lugar ao preferido de Dilma, Aloizio Mercadante, que no momento está em desgraça com o tutor da presidente, de quem nunca foi próximo.

Tivemos também descobertas assustadoras na Operação Lava-Jato, como o diálogo via WhatsApp do chefe do cartel de empreiteiras, Ricardo Pessoa, com um funcionário da UTC, deixando registrada a contabilidade criminosa para a campanha de reeleição de Dilma.

Eles doavam legalmente ao PT, com registro no TSE, e descontavam o montante do dinheiro que saía desviado da Petrobras. Essa troca de mensagens, que mais uma vez demonstra a certeza da impunidade de todos os envolvidos, é evidência definitiva das ilegalidades que financiaram a campanha presidencial, e só reforça o processo do TSE para a cassação da chapa vitoriosa.

Mas eis que, depois de pedir vista impedindo a continuação do julgamento, a ministra Lucia-na Lóssio simplesmente sumiu de cena, não comparecendo à sessão marcada para retomar o processo. Sumiu e não deu satisfações. A menos que tenha ocorrido uma tragédia, é simplesmente um expediente chanchadístico para protelar a decisão: apertem os cintos, a juíza sumiu.

Outra notícia inacreditável é a da compra literal de uma medida provisória para prorrogar os incentivos fiscais a montadoras de automóveis, ainda no governo Lula. O "Estadão" informa que dois escritórios foram contratados pelas montadoras Caoa e MCC para conseguir a MP 471: SGR Consultoria Empresarial e Marcondes & Mautoni Empreendimentos, que já eram investigados por atuar para as montadoras no esquema do Carf.

A MP foi promulgada, mas o Planalto diz que tudo seguiu uma rotina normal, sem interferências. De duas, uma: ou houve a corrupção, ou o ambiente estava tão contaminado que foi possível a uns espertalhões dizerem que subornaram os agentes públicos por uma decisão que sairia normalmente.

Como efeito colateral, soube-se que Luís Cláudio Lula da Silva, filho de Lula, recebeu R$ 2,4 milhões de um dos escritórios de lobistas que atuaram pela MP 471, que prorrogou incentivos fiscais de montadoras de veículos. A Marcondes & Mautoni fez os repasses à LFT Marketing Esportivo, aberta em 2011 por Luís Cláudio.

O filho de Lula confirmou os pagamentos, mas alegou que realizou "projetos" na área esportiva, sem maiores explicações.

E last, but not least, descobre-se que o presidente da Câmara, Eduardo Cunha, o homem que comandará (comandaria?) o processo de impeachment contra Dilma, tem várias contas não declaradas na Suíça, no valor de US$ 5 milhões. É ou não é o país da chanchada?
Herculano
02/10/2015 10:06
INSUSTENTÁVEL, por Bernardo Mello Franco para o jornal Folha de S. Paulo

A pergunta ecoou em claro e bom som no plenário da Câmara: "O presidente Eduardo Cunha tem ou não tem contas secretas na Suíça?". A tribuna era ocupada pelo deputado Chico Alencar, líder do PSOL. Sentado a poucos metros dele, Cunha virava o rosto para o outro lado, fingindo não ouvir.

"Essa é uma pergunta que interessa à cidadania, deve ser reiterada e tem que ser respondida", insistiu Chico. O presidente da Câmara se manteve em silêncio, como se não devesse explicações aos colegas e à sociedade que lhe paga o salário, as refeições, os voos em jato da FAB e a residência oficial em Brasília.

A rigor, a pergunta já foi respondida. Em março, um deputado do PSDB indagou ao peemedebista se ele tinha contas na Suíça. "Não tenho qualquer tipo de conta em qualquer lugar que não seja a conta que está declarada no meu Imposto de Renda", afirmou Cunha, resoluto, em depoimento à CPI da Petrobras.

A negativa caiu por terra com a confirmação de que ele é beneficiário de ao menos quatro contas bloqueadas na Suíça. Os dados já estão no Brasil, e a Procuradoria-Geral da República vai denunciá-lo de novo por corrupção e lavagem de dinheiro.

Desta vez, a tropa de Cunha não poderá repetir o discurso de que é preciso esperar o julgamento do STF. Ao negar a existência das contas, o presidente da Câmara mentiu à CPI e omitiu informações relevantes sobre seu patrimônio, o que caracteriza quebra de decoro parlamentar.

Cunha continua a confiar na covardia do governo e na cumplicidade da oposição, a quem se aliou na causa do impeachment. No entanto, aliados já admitem que a sua permanência na presidência da Câmara está se tornando insustentável.

Se a previsão se confirmar, restará ao peemedebista deixar a cadeira e lutar para não perder o mandato de deputado. O foro privilegiado é o que ainda o mantém a salvo da caneta do juiz Sergio Moro e de uma visita matutina da Polícia Federal
Mario Pera
02/10/2015 10:04
Li na imprensa gasparense que o Executivo apresentou um projeto de lei em que fica autorizado a contratar advogados particulares para defender prefeito, vice, secretários.....Não sei se abrangeria o Legislativo.
E diante das barbáries que assistimos, lemos, ouvimos todos os dias do descaso, e sobretudo da incompetência e desvio de função dos atos de poderes públicos por todo este país, esta iniciativa em Gaspar nada mais é que a evidência do "cara-de-pausismo" reinante, onde retirar do erário público (os minguados recursos, pelo menos alegados) é uma questão estabelecida.
Bem certa está a representante do MP da Comarca em já se arvorar diante da iminência de uma aprovação, isto porque, pelo que se lê há uma certa indefinição dentre os vereadores. Fato também assombroso, porque o Legislativo está posto para fiscalizar e contradizer o Executivo.
Nos alegra vê que a vereadora Andreia Nagel (PSDB), já abriu seu voto (diante dos tantos indecisos....a tal alegação que tucano fica em cima do muro...cai muito por terra).
Advogado tem aos montes nas assessorias dos municípios e exatamente para defender até mesmo os atos dos agentes políticos e públicos nas suas funções, quando suas decisões são tomadas com base nos princípios básicos da boa administração pública e na lei.
Agora advogado pra defender atos dos mesmos quando lesam o poder público...criar advocacia defensiva particular para os mesmos?
Fui vereador nesta cidade e um projeto desses - na minha época - era rejeitado já nas comissões, quando não devolvido ao Executivo com a alegação óbvia: retira porque vai se desgastar e não vai passar.

Nunca enfrentamos situações dessas......mas também as práticas eram outras...vai daí !!!
Herculano
02/10/2015 10:03
"FORÇA DO IMPEACHMENT VEM DA RUA, E NÃO DO CONGRESSO", DIZ FERNANDO HENRIQUE


Conteúdo jornal O Estado de S. Paulo. Texto de Pedro Venceslau. O
ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB) disse nesta quinta - feira, 1, em entrevista ao telejornal SBT Brasil, que um eventual processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff não virá de dentro do Congresso Nacional, onde estão protocolados dezenas de pedidos, mas das ruas.

"A força do impeachment, se houver, vem da rua, e não de dentro do Congresso. Com o Collor foi assim", afirmou o tucano. O discurso moderado do ex-presidente contrasta com o dos deputados do PSDB na Câmara, que integram o movimento pluripartidário pelo impedimento da presidente.

Ao jornalista Kennedy Alencar, do SBT, FHC disse que ainda não examinou "com cuidado" a petição protocolada na Câmara pelos juristas Hélio Bicudo e Miguel Reale Jr, mas questionou a argumentação apresentada pela dupla. "Eles argumentam que foi de tal natureza a agressão à Lei de Responsabilidade Fiscal (no caso das pedaladas fiscais) que isso configuraria o impeachment. Talvez tenham razão, mas não basta. É preciso que a população entenda. Você falar de pedalada fiscal é muito abstrato" .

O pedido de impeachment assinado por Bicudo e Reale Jr, considerado pelos partidos de oposição o mais consistente entre os que foram protocolados na Casa, tem como base as chamadas pedaladas fiscais.

A manobra, que está sendo analisada pelo Tribunal de Contas da União (TCU), consiste no atraso de repasses do Tesouro Nacional para instituições financeiras públicas e privadas que financiam despesas do governo, como benefícios sociais e previdenciários, Bolsa Família, seguro-desemprego e os subsídios agrícolas.

Sobre a reforma ministerial promovida por Dilma, que entregou 7 ministérios ao PMDB, FHC afirmou que o "pragmatismo" é necessário sempre, mas que também "é necessário ter valores". "Talvez para ganhar uma sobrevida sim, ela esteja certa", afirmou o tucano.

Questionado sobre a troca de e-mails entre executivos da construtora Odebrecht que indicam que o Lula, em sua gestão no Palácio do Planalto, fez lobby para a Odebrecht, Fernando Henrique Cardoso disse considerar "normal" que os presidentes defendam os interessas das empresas do seu País".
PT Mais PMDB
02/10/2015 09:35
Aos ilustres amigos, leitores desta coluna.

Entrou na casa de leis, um projeto no qual sabemos que será aprovado, é sobre o custo jurídico em defesas da nossa administração, haja visto que toda vida tentando nos impugnar e a corte sempre é favorável a nós. Esse projeto irá passar pois nossos vereadores do PT irão votar a favor, o PMDB também irá votar, pois sabe que se assumir a prefeitura, se assumir, terão gastos com assessoria jurídica, já estão analisando seu futuro. É impróprio nós homens do bem ainda termos que pagar todo o serviço jurídico para não ser condenado, estamos fazendo um trabalho ótimo a frente do município, tem que continuar e o povo nos ajuda com isto! Na câmara irá passar com ajuda do PMDB!
Herculano
02/10/2015 08:23
COINCIDÊNCIA?

Quem não se lembrar das corridas do ex-presidente Fernando Collor de Mello ao redor da Casa da Dinda acompanhado de jornalistas, espalhando notícias pelo Brasil.

Sofreu impeachment

Agora, a presidente Dilma Vana Rousseff, do nada aparece na sua bike, dia sim, dia não. E a imprensa atrás. Vem ai a maldição do impeachment para repetir a história
Herculano
02/10/2015 08:04
A ESPERTEZA DE CUNHA FOI TANTA QUE COMEU O DONO, por Josias de Souza

É preciso fazer justiça a Eduardo Cunha: mais cedo ou mais tarde, o deputado acaba correspondendo aos que não têm nenhum motivo para acreditar nele. Há seis meses, esteve na CPI da Petrobras sem ser chamado. Foi prestar um "depoimento espontâneo". Perguntaram-lhe se tinha conta na Suíça ou em paraísos fiscais. E foi por livre e espontânea vontade que Cunha respondeu:

- Não tenho qualquer tipo de conta em qualquer lugar que não seja a conta que está declarada no meu Imposto de Renda. E não recebi qualquer vantagem ilícita ou qualquer vantagem com relação a qualquer natureza vinda desse processo.

Hoje, submetido à mesma indagação, Cunha recomenda aos curiosos que procurem o seu advogado. Reage assim porque conhece as normas da Casa que dirige. Sabe que a mentira e a omissão de patrimônio constituem quebra de decoro parlamentar. Algo que pode levar à cassação do mandato.

Deve-se à Promotoria da Suíça o sumiço da valentia de Cunha. O deputado perdeu a língua depois que a Procuradoria-Geral da República confirmou ter recebido das autoridades suíças dados sobre contas secretas que têm o presidente da Câmara e familiares dele como beneficiários. São bem fornidas. Armazenam algo como US$ 5 milhões, já devidamente retidos.

Por muito menos, a Câmara passou na lâmina o mandato de André Vargas, hoje recolhido à carceragem de Curitiba, na ala da Lava Jato. Numa época em que ainda era o orgulho do PT e ocupava a vice-presidência da Câmara, Vargas embarcou num jatinho fretado pelo doleiro Alberto Youssef para uma viagem de férias com a família. Pilhado, subiu à tribuna para negar o inegável. E amargou uma cassação escorchante. Votaram "sim" 359 dos presentes à sessão. Apenas um deputado disse "não". Contabilizaram-se meia dúzia de abstenções.

Afora a relação atribulada que mantém com a verdade, Cunha notabiliza-se pela ostentação da esperteza. Na sua passagem pela CPI, o deputado despejou sobre os colegas a célebre versão segundo a qual a Procuradoria pegou no seu calcanhar sob influência do governo. "Querem transferir a crise do outro lado da rua para cá", disse, referindo-se ao pedaço de asfalto que separa o Palácio do Planalto do Congresso Nacional.

Antes da revelação sobre as contas na Suíça, já era difícil engolir a teoria conspiratória de Cunha. Para digerí-la, era necessário supor que participavam do complô: o procurador-geral da República Rodrigo Janot; os delegados e os procuradores da força-tarefa da Lava Jato; o juiz Sérgio Moro, que remeteu os dados para Brasília; e até o ministro Teori Zavascki, que abriu o inquérito no STF. Como se fosse pouco, exige-se agora que a Promotoria da Suíça também seja incluída no rol dos conspiradores.

Cunha foi muito aplaudido na CPI. Mais: afagaram-no com rasgados elogios. Pior: concederam-lhe um atestado prévio de bons antecedentes. O líder do PSDB, Carlos Sampaio, talvez se arrependa do comentário que dirigiu a Cunha naquele fatídico dia 12 de março: "Vossa excelência não perde em momento nenhum a autoridade para presidir essa Casa.''

A autoridade de Eduardo Cunha, que já era de vidro, se quebrou. Ao converter uma CPI de fancaria em palco do seu "depoimento espontâneo", o morubixaba da Câmara esqueceu de observar um velho ensinamento atribuído a Tancredo Neves: "A esperteza, quando é muita, engole o dono." Até aqui, a banda muda da Câmara passava por cúmplice. Agora, passa também por otária.
Herculano
02/10/2015 08:00
AÇÃO PODE CUSTAR R$ 400 BILHÕES À PETROBRÁS, por Cláudio Humberto, na coluna que publicou hoje nos jornais brasileiros

A "class action lawsuit", ação coletiva de acionistas da Petrobras na Justiça dos Estados Unidos, pode custar à estatal até R$ 400 bilhões, ou US$ 98 bilhões, valor exigido pelos sócios da Petrobras na ação. Segundo advogados, o julgamento, previsto para fevereiro, não deve chegar a ser realizado: nunca uma ação coletiva chegou a ser transitada em julgado. As "class action" sempre acabam em acordo.

US$ 20 bilhões

O valor do provável acordo entre acionistas e a estatal brasileira não será menor que 20% do que foi pedido, segundo especialistas.

Capital aberto

Réus nos EUA, no caso a Petrobras, fogem de sentenças porque a Justiça é duríssima com esquemas em empresas com ações na Bolsa.

Punição à vista

A Petrobras, cujas ações são vendidas na bolsa de NY, é acusada de não seguir regras da Comissão de Valores Mobiliários dos EUA.

Lá e cá

A Justiça dos EUA aceitou pedidos dos acionistas estrangeiros, mas decidiu que os brasileiros devem acionar a justiça do Brasil.

BLOCO "CUNHISTA" ARTICULA RETIRADA DE LÍDER PICCIANI

Líderes e integrantes do bloco de partidos que elegeu Eduardo Cunha (PMDB-RJ) presidente da Câmara dos Deputados articulam destituir da liderança o deputado Leonardo Picciani (RJ). Os líderes dos partidos que integram o blocão PMDB-PP-PTB-PSC-PHS-PEN colhem assinaturas para destituir Picciani, que também é o líder do PMDB na Câmara. Até raposas peemedebistas ficaram irritadas com Picciani, que se "deslumbrou" com o aceno da presidente Dilma com ministérios.

Toma lá, dá cá

Dilma procurou o líder peemedebista e do blocão "cunhista", Leonardo Picciani, para que ele indicasse dois ministros da bancada do PMDB.

Alvo

As principais lideranças peemedebistas não gostaram nem um pouco da ousadia do jovem líder: Picciani virou a bola da vez no partido.

Carteira assinada

"Enquanto o Brasil perdeu 1 milhão de empregos, o PMDB ganhou sete", disse Osmar Terra (PMDB-RS), que é contra o toma lá, dá cá.

Movimento pelo impeachment

O movimento criado por 22 deputados da bancada peemedebista na Câmara contra a "barganha por cargos" irritou a presidente Dilma. Encabeçado pelo deputado Lúcio Vieira Lima (BA), tem objetivo de não deixar o impeachment perder força e discutir "alternativas de poder".

Palavra do chefe

O ex-presidente Lula passou a quinta (1º) reunido com a presidente Dilma, polindo a reforma ministerial. Assim que saiu do Alvorada, por volta das 16h, assessores de Dilma dispararam ligações para convidar líderes para o anúncio do desenho da Esplanada: será hoje, às 10h30.

Petrolão no passado

O ex-presidente Lula revelou a aliados, orgulhoso, que a reforma ministerial tirou foco do escândalo da roubalheira à Petrobras. Se sente poderoso: ele precisou entrar em campo, de novo, para "salvar" Dilma.

Território marcado

A cúpula do PSB jura que não discutiu ocupar ministério com Dilma. O medo é a rejeição recorde de Madame: o partido prefere continuar na oposição, como defendia Eduardo Campos antes de sua morte.

Olho gordo

As confederações que compõem o Sistema S apresentaram ao governo proposta de repasse de R$ 5 bilhões, diz o deputado Laércio Oliveira (SD-SE). Só a CNC vai executar R$ 1 bilhão do Pronatec.

Martelinho de ouro

A Executiva do PSDB de São Paulo refuga antecipar a discussão das eleições e bateu o martelo: as prévias para escolha do candidato tucano à prefeitura de SP ocorrerão somente no início de 2016.

Papo de líder

O líder do PMDB na Câmara, Leonardo Picciani, tentou minimizar o ato de peemedebistas contra a barganha por ministérios. Disse representar a maioria e disparou: "20 deputados não é a maioria". Segundo o líder, ele ainda recebeu "várias ligações" de peemedebistas arrependidos.

Encenação

É no máximo jogo de cena a revolta de lideranças do PCdoB sobre a possível transferência do ministro Aldo Rebelo (Ciência e Tecnologia) para a Defesa. Leitores desta coluna sabem desde o dia 31 de agosto que a cúpula comunista negocia a cadeira de Aldo com o Planalto.

Pensando bem...

...nesse ritmo, quando for concluída a reforma ministerial, Dilma já vai precisar de outra.
Herculano
02/10/2015 07:48
QUAL A DIFERENÇA COM O MODUS OPERANDI DAQUI

Político com o rabo preso ou conhecedor dos labirintos das sacanagens, acusa e intimida os outros com conhecimento próprio da causa.

Pois não era Eduardo Cunha que via nos outros corrupção e roubalheira? Não era Cunha que desqualificava testemunhos de comparsas e não satisfeito os ameaçava via suas famílias por intermédio de prepostos do seu bando? Não era Cunha que usava o poder para ser ditador e intolerante?

Resumindo. Sabia o que estava fazendo. Gritava, encurralava, mentia, desonrava para proteger as sacanagens que comandava contra os pagadores de pesados impostos. Wake up, Brazil!
Herculano
02/10/2015 07:39
CONEXÃO SUÍÇA, editorial do jornal Folha de S. Paulo

Descoberta de contas de Eduardo Cunha no exterior torna mais problemática sua permanência no comando da Câmara dos Deputados

Complica-se, com o noticiário destes últimos dias, a situação do presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ).

Alvo de denúncia, apresentada em agosto pelo Ministério Público ao Supremo Tribunal Federal, na qual era implicado no esquema de propinas na Petrobras, o peemedebista se enreda agora na revelação de que possui contas secretas na Suíça - onde foi alvo de investigação sobre corrupção e lavagem de dinheiro.

Acentua-se a diferença entre ter seu nome citado por delatores na Operação Lava Jato e perceber-se, mais e mais, às voltas com sinais concretos de que os depoimentos colhidos ao longo das investigações são corroborados por outras vias.

Até então, o caso contra Cunha amparava-se basicamente em declaração do lobista Julio Camargo, em acordo de delação premiada. Depois de uma negativa inicial, o delator narrou ter recebido do deputado a exigência de US$ 5 milhões para facilitar negócios da empresa sul-coreana Samsung Heavy Industries com a Petrobras.

Em outra peça do quebra-cabeça, a Folha revelou em abril deste ano que partira do computador de Cunha na Câmara um requerimento solicitando investigações sobre a Mitsui, empresa associada à transação intermediada por Camargo.

O sentido de tal documento seria pressionar a fornecedora da Petrobras para que pagasse o benefício indevido e esperado. Eduardo Cunha sustentou que nada a tinha a ver com o episódio, sendo comum a prática de franquear a colegas a senha do computador oficial.

Embora comprometedoras, tais revelações correspondiam a uma fase ainda incipiente na investigação. Com veloz desassombro, Cunha foi refutando cada detalhe das acusações.

Em março, na CPI da Petrobras, negou possuir contas fora do país. Pela documentação disponibilizada pelas autoridades suíças, no entanto, seriam quatro, em seu nome e no de familiares. Os valores nelas depositados sofreram bloqueio, pela suspeita de terem origem em pagamento de suborno.

Cunha recusa-se a falar sobre o assunto, enquanto renascem as pressões para afastá-lo da presidência da Câmara. Na visão desta Folha, a renúncia ao posto será inescapável em caso de abertura de processo penal pelo STF.

Já neste momento, de todo modo, a ausência de esclarecimentos satisfatórios contamina a imagem da própria Casa legislativa.

Há que se admitir, à falta de elucidação cabal, a possibilidade de sua inocência, de má-fé dos delatores, de incompetência por parte do Ministério Público da Suíça; presumir tudo isso se torna, contudo, mais difícil a cada dia.
Herculano
02/10/2015 07:37
QUAL A DIFERENÇA ENTRE O PT E O PMDB? NENHUMA.

ELES DIVIDEM UM GOVERNO INCOMPETENTE, QUE ESTÁ DESTRUINDO A ECONOMIA, QUE OLHA SÓ PARA O EMPREGUISMO, A ROUBALHERA E A CORRUPÇÃO.

QUE DEIXA AO CAOS A SAÚDE PÚBLICA, O DESEMPREGO, A INFLAÇÃO, A SEGURANÇA, A EDUCAÇÃO E NÃO COMPLETA AS OBRAS ESSENCIAIS DE INFRAESTRUTRA PORQUE FALTA DINHEIRO DOS NOSSOS PESADOS IMPOSTOS PARA A PRÓPRIA OBRA E PRINCIPALMENTE, PELOS INÚMEROS CASOS DE POLÍCIA RELATADOS E QUE ESTÃO NA JUSTIÇA, PARA DIVIDIR ENTRE ELES, ELEITOS POR NÓS.

QUAL MANCHETE DO DIA? SUIÇA DIZ QUE EDARDO CUNHA TEM CONTROLE E QUATRO CONTAS. UMA DELAS TEM O PRESIDENTE DA CÂMARA E SUA MULHER COMO BENEFICIÁRIOS. PT COMEMORA. ENCONTROU MAIS UM ENLAMEADO, PARA JUSTIFICAR QUE LAMA É COISA COMUM ENTRE ELES E OS POLÍTICOS DE UM MODO GERAL. E O PT SEMPRE SE DIZIA LIMPO, DIFERENTE DOS OUTROS, INCLUSIVE DO PMDB

Conteúdo do jornal Folha de S. Paulo. Texto de Mário César Carvalho, da redação de São Paulo, e de Aguirre Talento, Débora Álvares, Márcio Falcão e Ranier Bragon, todos da sucursal de Brasília. Procuradores da Suíça informaram seus colegas brasileiros que o presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), tem o controle de ao menos quatro contas secretas, segundo a Folha apurou com investigadores que atuam no caso.

Uma dessas contas tem como beneficiários Cunha e sua mulher, a jornalista Claudia Cordeiro Cruz, que foi apresentadora de telejornais da Rede Globo ente 1989 e 2001.

A revelação feita pelas autoridades suíças criou constrangimento para Cunha, que é acusado pela Procuradoria-Geral da República de receber propina do esquema de corrupção descoberto pela Operação Lava Jato na Petrobras.

Cunha foi questionado sobre o assunto no plenário da Câmara nesta quinta (1º), mas se recusou a responder. A pergunta foi feita da tribuna pelo líder da bancada do PSOL, deputado Chico Alencar (RJ).

"O presidente Eduardo Cunha tem ou não tem contas na Suíça?", perguntou Alencar. "Será que esse assunto vai ficar abafado aqui na Câmara?".

Cunha, que presidia a sessão, não olhou para o deputado em nenhum momento. Quando Alencar concluiu o discurso, Cunha ignorou a pergunta e limitou-se a dar continuidade à votação de um projeto na área de segurança pública: "Como vota a Rede?".

O presidente da Câmara desistiu de uma viagem à Itália que estava marcada para esta quinta. Ele explicou a deputados que resolveu cancelar a viagem para "enfrentar a situação" e não ser acusado de "estar fugindo" agora.

Os valores depositados nas quatro contas associadas a Cunha foram bloqueados pelas autoridades suíças, que não revelaram o valor total.

As contas foram abertas em nome de empresas sediadas em paraísos fiscais, países que, diferentemente da Suíça, não costumam colaborar com investigações sobre lavagem de dinheiro e corrupção.

O Ministério Público da Confederação Suíça começou em abril a investigar a suspeita de que Cunha escondera dinheiro no país. Nesta semana, transferiu o caso para as autoridades brasileiras, como fez antes com outras pessoas investigadas pela Lava Jato.

Os lobistas Julio Camargo e Fernando Soares, que fizeram acordo de delação premiada e colaboram com as investigações, dizem ter repassado US$ 5 milhões em propina a Cunha para garantir um contrato com a Petrobras.

Outro lobista ligado ao PMDB, João Augusto Henriques, preso em 21 de setembro, disse à Polícia Federal que depositou recursos numa conta de Cunha, sem saber que pertencia ao deputado.

Qualquer brasileiro pode manter contas bancárias no exterior, mas a lei exige que elas sejam declaradas à Receita Federal, se o saldo no fim do ano for igual ou superior a R$ 140, e ao Banco Central, para quem tiver mais de US$ 100 mil fora do país.

Em março deste ano, em depoimento à CPI da Petrobras, Cunha afirmou que não possuía nenhuma conta fora do Brasil. "Não tenho qualquer tipo de conta em qualquer lugar que não seja a conta que está declarada no meu Imposto de Renda", disse.

Na declaração entregue à Justiça Eleitoral em 2014, Cunha indicou patrimônio de R$ 1,65 milhão, incluindo uma única conta bancária, no Itaú, com saldo de R$ 21,6 mil.

De acordo com o Código de Ética da Câmara, a omissão de informação patrimonial relevante é um dos motivos que "constituem procedimentos incompatíveis com o decoro parlamentar, puníveis com a perda do mandato".

Qualquer deputado pode pedir a abertura de um processo de cassação do mandato de Cunha, mas ele só seguiria adiante se fosse aceito pelo Conselho de Ética da Câmara, colegiado hoje controlado por deputados fiéis a Cunha.

O advogado de Cunha, Antonio Fernando de Souza, disse por meio de nota que não faria comentários sobre as contas encontradas na Suíça e que o deputado pretende se defender no Supremo Tribunal Federal, que ainda não decidiu se aceita a denúncia apresentada pela Procuradoria contra Cunha.
Sidnei Luis Reinert
02/10/2015 06:50
AÍ VEREADOR DO PMDB DO BELCHIOR QUE JÁ FOI O DIRETOR DO COLÉGIO: QUE TAL FAZER UMA VAQUINHA PARA AJUDAR?

Alguns amigos nos chamaram na noite de hoje para assistir um jogo no Ginásio do Frei Policarpo. Tivemos a oportunidade de bater fotos da atual situação em que se encontra, e constatamos o motivo da indignação das pessoas que jogam ali.

É uma VERGONHA, pra um bairro cujo atual vereador já esteve presente na administração da Escola, e hoje exerce (ou exercia) um cargo na Secretaria do Estado de Desenvolvimento Regional recebendo quase R$ 10 mil reais por mês, que o ginásio tenha que chegar a tal ponto para alguém tomar uma atitude.

A pergunta que fica é, ATÉ QUANDO ele ficará abandonado assim!? ? com Daniel Ferretti em EEB Frei Policarpo.

https://www.facebook.com/BelchiorEmAcao/photos/a.302892433167758.1073741828.302043606585974/311423142314687/?type=3&theater

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