06/10/2015
VEREADORES ENROLADOS I
Quer um exemplo de como o PT, com apenas quatro vereadores dos 13 que compõem o Legislativo, enrola, manda e desmanda na Câmara de Gaspar e contra a cidade? Um Projeto de Lei feito sob medida para perseguir determinados professores passou na “Casa do Povo”, aproveitando-se do tempo da discussão que se fazia sobre a presidência da Casa para o PT, PP e PMDB para dá-la neste ano ao longevo José Hilário Melato, quebrando um acordo que fizeram entre PT, PSD, DEM e PP. E no comando impositivo de algo urdido no gabinete e chefia de gabinete do prefeito Pedro Celso Zuchi, bem como no PT: José Amarildo Rampelotti, presidente do partido, aquele que intimida, humilha e persegue.
VEREADORES ENROLADOS II
Trata-se do Projeto de Lei 76/2014. Ele foi aprovado no ano passado por unanimidade, depois de várias tentativas de esclarecê-lo para não se errar e então gerar a polêmica que está causando (e prejudicando) agora. Alguns professores afetados por tal lei reclamam. Mas, é tarde. Confiaram nos seus representantes. O Sintraspug, mais uma vez, ficou longe do debate, da mobilização na Câmara e da devida proteção aos seus associados. E sabe o que a secretária de Educação, Marlene Almeida, diz em sua defesa e da prefeitura que armou propositadamente mais esta? A culpa é da Lei e que foi aprovada pelos vereadores. Ou seja, na verdade, a secretária está com a razão. Enrolou-se os vereadores e os enrolados ainda recebem a culpa pela falta de diligência que é única obrigação deles: fiscalizar o Executivo e defender os interesses da sociedade. Chupa! Ainda é de uva. No ano que vem, poderá ter sabor amargo esta falta de interesse pelo coletivo que ferra gente que o único pecado é ter opinião e não carregar o rótulo de imbecil, cordeiro e companheiro.
VEREADORES ENROLADOS III
O cronograma da enrolação. Projeto entrou na pauta dia 11 de novembro de 2014. E como sempre, quando algo é tramado contra Gaspar ou contra ou para favorecer alguém especificamente, nasce e vai à Câmara com urgência. E ai de quem se digne a exercer o papel de perguntar, fiscalizar e enfrentar a minoritária máquina petista de constranger, intimidar e impor. Age como se fosse majoritária e pelos métodos ardilosos consegue vencer no seu objetivo. Todos ficam tremendo. A máquina ameaça e usa as rádios, bem como as lideranças das entidades e associações de bairros, aparelhadas para jogar classes e a população contra os vereadores que ousem ao esclarecimento. Com a assinatura de nove vereadores, vejam só, o vereador Amarildo armou uma sessão extraordinária para votar esse projeto. A sessão foi agendada para dia 16 de dezembro, última sessão na Câmara. Não havia clima e tempo. Tudo bem arquitetado e próprio de políticos do poder e do PT. Nesse dia só teria a sessão para eleição da mesa. Aquela da confusão e da traição. E talvez ela tenha sido usada propositadamente aos interesses do PT e de Zuchi para estes casos dos professores.
VEREADORES ENROLADOS IV
Antes deste dia, todavia, o vereador Giovano Borges, PSD, naquela época muito mais próximo do PT do que hoje, fez um ofício para o prefeito Zuchi com algumas observações sobre a matéria. O Executivo ao analisá-las meticulosamente, mais parecendo algo armado e disfarçado entre eles, encaminhou as tais observações para a Câmara em forma de mensagem modificativa. A pressa de aprová-la foi tanta que a mensagem não “passou” pelo crivo técnico pela Secretaria de Educação, segundo ela alega agora para lavar as mãos. A secretaria só se responsabiliza pelo texto original no que se referia à criação dos novos cargos. Uma vergonha. Uma insensatez. Beira a irresponsabilidade. E aí simplesmente por má interpretação da Procuradoria da prefeitura, ou por ser ela pau-mandado em algo que se queria prejudicar e atingir os professores de dança, tiraram-se coisas importantes do texto e acrescentaram outras para deixar como o diabo gosta para comemorar na vingança sobre gente decente.
VEREADORES ENROLADOS V
Na sessão do dia 16, o vereador Luiz Carlos Spengler Filho, PP, filho de professora, ainda tentou remediar. Solicitou o adiamento da discussão e votação. Justificou, à época, o fato de que este projeto poderia inviabilizar o aumento real para os servidores no ano seguinte. Estava certo. Acompanharam Lú, Andreia Symone Zimmermann Nagel, então no DEM e Ciro André Quintino, PMDB. Marcelo de Souza Brick, PSD, ainda era o presidente da Câmara e como tal não votou, mas poderia e tinha como impedir tal atrocidade e perseguição armada. Mas preferiu ir adiante, lavando as mãos.
VEREADORES ENROLADOS VI
Na pressão, o projeto foi colocado à votação e aprovado por todos, inclusive por Lú, Andreia e Ciro e por professores vereadores como Marli Iracema Sontag e Jaime Kirchner, todos do PMDB, que preferiram comemorar os votos que dariam em Melato para ser presidente por ordem de Kleber Edson Wan Dall. Este ano, algumas discussões permearam o projeto: primeiro, professores de dança ficaram como arte-educador. Com isso, perdem a regência de classe, também ficou vinculado para inscrição no concurso apresentar o CREF - Conselho Regional de Educação Física. E a regulamentação do CREF, vejam só, não exige a inscrição para professor de dança. Segundo: a exigência da habilitação para professor de educação especial e coordenador pedagógico são incompatíveis com a formação oferecida. Ou seja, a Secretaria oferece formação continuada. Investiu-se nos atuais professores e os mesmos não poderão se inscrever por causa da Lei em vigor, aprovada pelos vereadores, a qual não aceita a especialização na área. É preciso considerar que a faculdade específica para esta especialização começou a ser oferecida recentemente. Jogo. Armação. Lição. Humilhação.
VEREADORES ENROLADOS VII
Para resolver este impasse o que poderia ser feito? Uma alteração na Lei já aprovada pela Câmara. Quem devia tomar esta iniciativa? O prefeito e encaminhá-la para apreciação e votação. Bobinhos. Enquanto isso, cancela-se o edital e se prorroga o prazo do concurso. Tolinhos. Mas, na prefeitura, que armou e se vinga de quem não se ajoelha para o PT, finge e resiste ao óbvio, ao sensato. A vereadora Andreia, que é professora e entende do riscado, tentou falar com a secretária Marlene. Ela escapou que nem sapo ensaboado. Afinal, cumpre ordens do PT, seu patrão. Um press release da secretaria mandou o recado: anunciou as inscrições para o tal concurso montado pela prefeitura, com base na Lei aprovada pela Câmara e conduzido ao erro de todos pelo Rampelotti. O press release só confirmou que tudo vai ficar como está. A vingança será completa. Aprendizado? Espera-se que que lembre disso em outubro do ano que vem. Acorda, Gaspar!
EXCURSÃO
O presidente da Câmara, José Hilário Melato, PP, autorizou o coordenador do projeto Vereador Mirim, José Carlos Spengler a fazer um a excursão a Brasília com cinco vereadores mirins. É que no dia 22 e 23 de outubro eles vão participar de um programa chamado de Plenarinho, na Câmara Federal. As resoluções publicadas dão conta de as passagens vão custar R$4.003,98, a hospedagem no Hotel Phenícia R$1.940,00 e que já se adiantou outros R$2.700,00 para despesas de traslados. A conta não deve parar aí.
MOBILIDADE I
Gaspar é um município sui generis sob o governo do PT. Não conseguimos fazer sequer a revisão do Plano Diretor, obrigatório pela lei que o criou e pelo Estatuto da Cidade, apesar da baba que se pagou à Iguatemi. Faltou discutir com a cidade. E na falta dele, estamos tentando implementar o Plano Diretor de Mobilidade Urbana. Em qualquer cidade isto está sendo feito de forma aberta, com a participação popular. Aqui, com o PT, um partido popular, de esquerda, progressista e dialético, isto se faz entre poucos e com uma única audiência armada para cumprir a formalidade. Na Câmara, faltam ainda olhar as emendas dos vereadores Luiz Carlos Spengler Filho, PP, Andreia Symone Zimmermann Nagel, PSDB, e José Marildo Rampelotti, PT. Deveria estar na pauta de hoje. Faltaram os pareceres.
MOBILIDADE II
O projeto de ordenamento da mobilidade atende exigência do Governo Federal sob pretexto de liberação de financiamentos e ou verbas para implantação de ações na área de mobilidade, apesar da secura dos cofres deste mesmo governo, delapidado por má gestão e corrupção. Consultei vários especialistas. Todos disseram-me que o projeto de Gaspar, pela sua apresentação, parece ser cópia de outros tantos. “É evidente que o espírito participativo não foi muito observado e sim montado para uma apresentação única, via Audiência Pública. O primeiro ato falho está neste ponto”.
MOBILIDADE III
Entre os especialistas que consultei, está Maurílio Schmitt, gasparense, engenheiro, e que já foi secretário de Planejamento daqui, na administração de Adilson Luiz Schmitt, sem partido. Foi o único daqui consultado. Os demais de fora, descartei para não haver desqualificação nas opiniões. “Gaspar ocupa uma posição geográfica importante no Vale do Itajaí. Gaspar precisa criar condições de mobilidade para atender primeiro seus habitantes, depois com seus vizinhos conurbados e receber as influências das rodovias estaduais e federal. Hoje vemos as mesmas opções, para ficar somente na mobilidade normal, de deslocamento sendo disputadas por todos os segmentos. Não temos nenhuma solução para o habitante local”.
MOBILIDADE IV
O Plano Diretor de Mobilidade Urbana que apareceu para aprovação na Câmara tramitava desde o ano passado. Não houve qualquer discussão técnica e não se preocupava com os gasparenses na sua cidade. “Se para os chamados normais a situação é e continuará complicada o que dizer a aqueles que precisam de condições especiais. Não serão somente calçadas sem respeito à acessibilidade e o circular. Igualmente para o transporte alternativo, via bicicletas”. Não está contemplado de forma clara e prática o uso dele por parte da população.
MOBILIDADE V
Para Maurílio, “o projeto perde também a oportunidade de corrigir a convivência dos traçados das rodovias oportunizando a existência de vias laterais ou marginais de modo a permitir a convivência entre os circulantes locais, regionais e de outros estados. Passagens de níveis, rótulas, pontes, alças podem e devem complementar esse conjunto”. Ele destaca, todavia, que se “ensaia um projeto de circulação entre atrações turísticas como a ligação, via teleférico, entre o chamado Morro do Parapente e o Hotel Fazenda; faz referência ao uso do Rio Itajaí Açu como vetor de mobilidade, seja para transporte de cargas e ou passageiros, mas no contrassenso não dá destaque ao uso como opção de instalação de alternativas aduaneiras para exportar e ou importar”.
MOBILIDADE VI
Maurílio na sua análise, mostra os contrastes do Plano, que para ele se parecem segmentados. “Não faz nenhuma referência a uma possibilidade de interligação entre os municípios da região de transporte via trens e ou metrô. Faz-se referência à implantação de quatro novos terminais para implantação do transporte coletivo entre os bairros e cidades vizinhas. Mas, ao mesmo tempo não propõe à existência de modais complementares nestes novos terminais como por exemplo, estacionamentos para veículos e outros para o uso com o ônibus coletivo. Igualmente para melhorar o atendimento as populações destes bairros poderiam incluir além do terminal modal, praças de atendimento ao cidadão, postos de saúde”.
MOBILIDADE VII
“O Plano traz verdadeiro tratado sobre afastamentos das rodovias, mas como já frisei, esquece da mobilidade do local. Faz referência a gabaritos de ruas, sejam as existentes ou futuras ruas de loteamentos, mas não cria instrumentos para incentivar, como a prática de solo criado e transferência de potenciais construtivos para o investidor implantar não somente as ruas, mas dotando-as de pavimentos, calçadas, faixas de segurança, pistas de caminhadas e para o uso das bicicletas. Como faz referência ao Anel de Contorno, deveria incentivar, também a ligação interbairros, reservando oportunidades de áreas de uso ambiental e coletivo, novamente fazendo permutas, à luz do Estatuto das Cidades, de áreas adjacentes às melhorias”.
MOBILIDADE VIII
A conclusão feita por Maurílio, também é coincidente a outros especialistas consultados a que submeti o Plano de Mobilidade Urbana de Gaspar, é que os vereadores de Gaspar, bem como entidades organizadas não tiveram coragem de interferir para deixa-lo com a cara de Gaspar e para os gasparenses. “Não teve maiores preocupações com a qualidade de vida dos cidadãos”. Em resumo. É mais uma peça de gabinete sem a devida participação da sociedade organizada que será a usuária.
TRAPICHE
O jornalista Silvio Rangel, PDT, foi escolhido novo secretário de Turismo, Indústria e Comércio de Gaspar. Ele admitiu que falta diálogo na cidade para atrair investimentos. Ou seja, ratificou o que sempre escrevi aqui. Nada como um dia após o outro e o tempo como senhor da razão.
“É preciso pensar nos investimentos econômicos para a cidade e em um projeto que fortaleça a economia local. Precisamos de uma visão de futuro, mesmo em médio prazo é necessário retomar alguns diálogos e evidenciar o nome do município criando uma marca forte”, reforçou Rangel
A sessão da Câmara de hoje promete ser morna. Nenhum Projeto de Lei para votação. Dos três requerimentos, o 168/2015, o vereador Jaime Kirchner, PMDB, pede ao prefeito Pedro Celso Zuchi, PT, a lista das obras realizadas através da Superintendência do Belchior. Ele quer os custos; as parcerias, informando-se o valor do Município e/ou valor dos Municípios parceiros. Quer saber também as ruas, pontes, galerias, alargamentos de ruas, drenagens, calçamentos, asfalto, e outras melhorias/manutenções que merecem destaque. Iniciou a campanha.
Ilhota em chamas I. O Tribunal de Contas condenou o ex-prefeito Ademar Felisky, PMDB, e aplicou uma multa de R$1.200,00, por ele não publicar os atos oficiais de Ilhota no Diário Oficial dos Municípios – aquele que se esconde na internet e não tem hora para ser publicado. Felisky dizia que colocava no mural ou na porta da prefeitura. Piada.
Ilhota em chamas II. Ao mesmo tempo, no mesmo julgamento, o Tribunal recomentou ao atual prefeito, Daniel Christian Bosi, PSD, que não imite Felisky. Parece que fez melhor. Ignorou a Câmara.
Ilhota em chamas III. Lembram-se daquele rolo que rola desde 2013 quando o prefeito Daniel Christian Bosi, PSD, contratou advogado terceiro de forma irregular para prestar serviços para a prefeitura? O Tribunal de Contas acaba de condená-lo. Além disso lhe aplicou uma multa de R$1.136,52.
Ilhota em chamas IV. E para piorar, o Tribunal acaba de abrir um processo para apurar a razão pela qual o prefeito Daniel não prestou as contas de 2014 à Câmara. Acuado, ele fez isto só agora no dia 23 de setembro.
Um governo com a cara do descaso. A rodovia Jorge Lacerda, ou SC 412, está cheia de buracos. O projeto de revitalização já está pronto. Falta o Deinfra de Raimundo Colombo, PSD, e da secretaria de Desenvolvimento Regional, de Cássio Quadros, PSD, autorizar a licitação.
O suplente de vereador Charles Petry, do Belchior, trocou o PV e surpreendeu assinando a ficha no DEM.
Ele substitui na coligação a vereadora que se licenciou para tratamento de Saúde, Ivete Mafra Hammes, PMDB. Seu médico já a liberou. Diz que está novinha em folha. Agora em novembro ela passará por uma perícia do INSS.
Outro que foi para o DEM e surpreendeu foi Pedro Waldrich, o Dinho do Belchior, ex-vereador pelo PMDB e que estava no PPS.
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