Por Herculano Domício - Jornal Cruzeiro do Vale

Debate I

Neste sábado pela manhã tem o tradicional debate dos candidatos a prefeito de Gaspar. Será no Salão Cristo Rei. As rádios Sentinela do Vale e Nativa FM vão transmiti-lo ao vivo. Participam ainda este Cruzeiro do Vale e o Jornal Metas. Há duas semanas, a juíza eleitoral Ana Paula Amaro da Silveira homologou o formato e as regras aprovadas pelos coordenadores de campanha dos candidatos. Uma equipe da ACIG, CDL e Ampe - co-promotores com os veículos de comunicação da cidade -, preparam o evento há três semanas.

 Debate II

Esta é de chorar. Na semana passada ao ver a pesquisa publicada por este Cruzeiro do Vale teve até assessor que imaginou a desistência do seu candidato no debate como o melhor caminho para não se expor. Pode? Pode sim. Se não tem propostas, costuma mentir, fugir de perguntas incômodas e das soluções. Antes de pensar em faltar ao debate, o candidato devia era desistir de concorrer às eleições. Na minha opinião, isto teria mais coerência. Acorda Gaspar.

 Coluna

Ao sabor de interesses partidários, específicas colunas que assino neste Cruzeiro do Vale vêm sendo multiplicadas, estão circulando ou sendo divulgadas em Gaspar como se propaganda partidária fosse. Apesar de públicas, quem delas usufrui faz isso por conta e risco. Melhor, sabe das repercussões que tal fato pode ter. Eu não fui consultado e nem autorizei ( e nem autorizaria) tal prática. Não estou a serviço de ninguém em particular. Estou tão somente a serviço de um compromisso profissional e da minha consciência de cidadão em favor da legitimidade e crescimento de uma comunidade. Acorda Gaspar.

 Análises

Aos leitores da coluna: não farei mais nenhuma análise sobre a pesquisa publicada aqui na edição de terça-feira passada. Para mim, é um fato do passado. O meu único comentário sobre o assunto foi editado no Portal do Cruzeiro (www.cruzeirodovale.com.br), na própria terça-feira, como parte de uma reportagem especial sobre o assunto. Por favor, acesse-o. Estou preocupado e curioso, na verdade, com a próxima pesquisa e que certamente lerá um novo momento da campanha. Acorda Gaspar.

 Despachos

Depois da divulgação da pesquisa encomendada e paga pelo Cruzeiro do Vale, informações dão conta de que certos candidatos e simpatizantes próximos as candidaturas apelaram. Antes, além de pedirem votos, eles rezavam aos santos de preferência por proteção e milagres. Agora, incluíram a macumba e despachos para fazer e desfazer vantagens e desvantagens ou combater o que chamam de mau olhado. Será que vai dar certo? Na ausência de carisma, trabalho e propostas sérias para o eleitor e a cidade, era só o que estava faltando nesta campanha. Acorda Gaspar.

 Cassado I?

O prefeito Adilson Schmitt, PSB, acaba de se livrar, definitivamente, diga-se, dos três processos de cassação que estavam tramitando na Câmara de Vereadores. E a notícia não ganhou repercussão principalmente pelo suposto erro jurídico em que está envolto o assunto. Não há base legal e processual para cassá-lo. Pode até ter fatos. Por enquanto, nem ele e nem outros prefeitos serão cassados com base na lei que ai está. Ela primeiro vai ser julgada no mérito pelo Tribunal de Justiça de Santa Catarina. E isso vai demorar. Acorda Gaspar.

 Cassado II?

Quando os vereadores, orientados por assessores, criaram a tal Emenda 6, esta coluna foi a única que afirmou que se estava criando uma "lei" apenas para cassar o prefeito de plantão. Análise técnica. Veio um monte de críticas e apostas. Quando o questionamento foi parar o Tribunal, novamente a coluna antecipou o que poderia acontecer. Todos torceram o bico na Câmara. Agora, há decisão liminar: a Emenda 6 não pode ser usada em processo de cassação de prefeito em Gaspar. Tiveram que enfiar a viola no saco, encerrar os processos e ficar bem quietos em época de campanha para levar o rótulo de derrotados e favorecer o réu. Acorda Gaspar.

 Partidos? I

Essa carapuça serve por aqui. "Eu acho que todos os partidos se dividem em certas questões, mas não nas fundamentais. A divisão de São Paulo é uma coisa tópica, eleitoral e não está em jogo nenhum princípio. Eu sou contra essas divisões. Mesmo no caso de São Paulo, eu posso ter alguma opinião sobre quem deve ser o candidato, mas, uma vez que se tomou a decisão, tem que seguir, ou então não entra no partido". Esta frase do final de semana é do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso sobre o jogo de trairagem de parte dos tucanos paulistas e que está colocando o ex-governador Geraldo Alckimin (PSDB) fora de combate na corrida pelo segundo turno da prefeitura paulistana e favorecendo assim, o prefeito Gilberto Kassab (DEM).

 Partidos ? II

Em Gaspar não é diferente. O presidente do PSDB ensaiou-se com o PT. Vestiu o PMDB de diabo. Agora se finge de morto. Por isso, tem candidato a vereador que ignora a chapa majoritária com um vice do PSDB. Presidente estadual do PSDB não dá as caras por aqui. O vice-governador, que é PSDB, prefere outras cidades do Vale. O deputado do PSDB da região finge que não teve votos por aqui e assim vai. Para combinar, o PP e o PDT estão na mesma toada. É um trio bem desafinado para uma só coligação. Nada é diferente com o PMDB que está em frangalhos e o DEM que se dividiu e é motivo de piadas. E depois todos falam de "alianças" e reclamam dos números das pesquisas, de colunistas etc e tal. Deviam antes olhar para o próprio umbigo e fazer a "mea culpa", depurar os partidos e excluir certas figuras que vivem pulando de galho em galho em todas (mas, todas) as eleições. Acordem políticos. Acorda Gaspar