16/06/2015
DILEMAS I
O PT de Gaspar, que é comandado pelo de Blumenau e articulado por aqui pelo ex-tucano Doraci Vanz, começa a se estabelecer em dilemas. O primeiro deles é se realmente vingar a tese de um mandato sem reeleição para prefeito. Aprovada essa decisão no Congresso e sancionada como lei, os partidos e coligações terão que criar uma fila, com gente boa de votos, convencimento, com fatos novos para se perpetuar no poder. Pedro Celso Zuchi não fez isso. O segundo dilema é a nova marca do PT como um partido sem caráter. Isso mancha gente boa do próprio partido. Os candidatos, por consequência, ficam enfraquecidos no jogo eleitoral.
DILEMAS II
O terceiro dilema do PT de Gaspar é o de ir para valer para a disputa do ano que vem, ou fingir e ?entregar? o jogo num conluio de bastidores com os donos da cidade e que poderá dar a vez a um empresário. Uma pesquisa recente circulou entre os petistas daqui. E ela os deixou boquiabertos. Os petistas não acreditaram nos minguados números que viram. E culpam os gasparenses de ingratos, não eles próprios que tanta bobagem fazem como a patrulha, o aparelhamento, o constrangimento e dissimulação. Isso cansou e não engana mais. O quarto dilema: Zuchi não possui candidato. E se fingir, Zuchi fará por dois caminhos: queimará gente do partido que o inferniza ou num grande jogo, será protagonista do seu próprio destino e não exatamente do PT de Gaspar. Salvará a sua pele. Nada mais. Resta saber se o PT de Blumenau que manda aqui permitirá.
DILEMAS III
Os dilemas anteriores são estratégicos. Mas, há os de fatos e reais. Um deles: Zuchi vai cumprir a promessa que fez à vice Mariluci Deschamps Rosa de torná-la prefeita? Poderá. E a colocará numa fria para disputar uma eleição praticamente perdida pelos desgastes circunstanciais. Ou vai lhe dar seis meses de mandato no apagar do seu governo? Zuchi de verdade não confia em ninguém para sucedê-lo. Nem no seu secretário de Obras, Lovídio Carlos Bertoldi, que já se vestiu para disputar a prefeitura no ano que vem; também não gostaria de arriscar com Mariluci. Vai que ela leva e cria raízes por quatro anos...
DILEMAS IV
E o presidente do partido, José Amarildo Rampelotti, que já indicou que não quer reeleição. Quer ?coisa melhor? (?), apesar da chance na disputa para deputado estadual. Para ele isso não valeu. Então para se vingar, é possível que Zuchi deixe o barco correr: com Rampelotti candidato ele se livraria da pressão e o tiraria da fila para sempre. Afinal qual é a chapa dos sonhos dos Zuchi, incluindo o seu cunhado Antônio Carlos Dalsochio? Mariluci fecha o mandato de Zuchi (paga o combinado); a esposa Liliane concorre à prefeitura com Rui Deschamps com a força do Belchior (tudo fica em casa), Zuchi vai a deputado (se a Justiça Eleitoral permitir) na dobradinha com Ana Paula Lima a Federal, com Décio Neri de Lima vice do senador Dário Berger na aliança do PT com o PMDB ao governo do Estado (na contramão da ruptura nacional dos dois partidos). Acorda, Gaspar!
O aniversário da professora Andreia Symone Zimmermann Nagel, DEM, encheu a sociedade Tiradentes, na Lagoa. Presentes? Doação de produtos perecíveis. Eles permitiram a montagem de 250 cestas e que foram doadas à Conferência Vicentina para uso e repasse aos mais necessitados. Belo gesto.
(Atualizada às 15h15: Correção. Escrevi que os alimentos doados no aniversário da vereadora Andreia Symone Zimmermann Nagel proporcionaram 250 cestas para a Conferência Vicentina. Errei duas vezes. Primeiro que não foram 250, mas 350. Segundo é que não são cestas, mas quilos.)
TRAPICHE
Contagem regressiva. Em julho recomeçam as obras da ponte do Vale (prefeito
Pedro Celso Zuchi, PT, direto de Brasília).
Ilhota em chamas. O ex-prefeito Ademar Felisky, PMDB, acaba de ser multado em R$2.000,00 pelo Tribunal de Contas. E
le atrasou os
O próprio PSD estadual está convencido de que no momento o partido não possui um candidato viável a prefeito de Gaspar. Mais. Ilhota foi uma experiência que prejudicou os planos daqui. Faltou perceber o desastre político administrativo e isolá-lo ao contexto de lá. O PSD daqui, todavia, não descartou totalmente a possibilidade de ter uma candidatura.repasses à Câmara do duodécimo nos meses de janeiro, março e agosto de 2009 bem como janeiro e
fevereiro de 2011. Quem denunciou Ademar foi o ex-presidente da Câmara, Luiz Peixe.
O que está claro, entretanto? Que o PT, PMDB e PSD tentam a hegemonia das próximas eleições municipais por aqui. Qualquer quarta via tem que ser combatida. O PMDB mais e PSD menos, possuem discursos e pré-candidatos, mas eles por enquanto não conseguem aglutinar e anular a possibilidade de uma novidade, ou a chamada quarta via.
O PMDB possui dois estigmas a serem superados: uma liderança forte para conduzir e ser fiador do processo, bem como honrar os acordos que faz para ser poder, mas quando no poder esquece dos tratados feitos.
O suplente de vereador Charles Petry, PV, e representante do Belchior está de malas prontas para o PDT. Tanto que admite que o seu mandato irá apenas até setembro. Ele substitui a vereadora Ivete Mafra Hammes, PMDB, que se licenciou para tratamento de saúde.
O ex-prefeito Adilson Luiz Schmitt, eleito pelo PMDB, ex-PSB e PPS, está sem partido. Diz que está afastado da política. Mas articula como ninguém. Alimenta a irmã e professora Viviana Maria Schmitt dos Santos para vereadora pelo PSD nas próximas eleições. Os alvos são o vereador Ciro André Quintino, PMDB, e o cunhado de Ciro, Mário Pera, PSDB.
O PDT quer ser vice do PMDB em Gaspar. Antes, por conveniência, terá que sair do governo de Pedro Celso Zuchi, PT. E o PT quer o PMDB de vice. Vai dai..
O vice-presidente da Assembleia, Aldo Schneider, desta vez foi ciceroneado no Stammtich de Gaspar, apenas pelo vereador Ciro André Quintino, ambos do PMDB. Quem trouxe Aldo pela primeira vez a Gaspar foi o ex-prefeito Adilson Luiz Schmitt.
O presidente do PSD de Gaspar, Fernando Neves, depois de bater em retirada da administração de Daniel Christian Bosi, em Ilhota, também está se retirando do comando do partido em Gaspar. Vai passar a faixa para o vereador Marcelo de Souza Brick. Tudo para nada se questionar e se associar na campanha de 2016. Vai ser difícil.
Hospital do PT de Gaspar. Um vídeo mostrou o desumano atendimento no Pronto Atendimento na semana passada. Circulou, indignou e bombou nas redes sociais. Não se trata de exagero desta coluna como sempre alegam os interventores. É uma realidade. É fruto do aparelhamento político num local sensível para a vida de muitas pessoas e que virou disputa política de grupos que querem o poder a qualquer custo. Acorda, Gaspar!
Edição 1696
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