26/06/2015
O CONTORNO I
O governador Raimundo Colombo, PSD, foi a Blumenau na AMMVI ? e Gaspar pertence à entidade - na terça-feira à noite. Lá, deu uma aula irresponsabilidade gerencial e desperdício. Disse ele que o projeto do Contorno de Gaspar ? que se enrola ao gosto dos políticos e dos discursos de campanha - feito pela Iguatemi ? a que se especializou em fazer projetos e ganhar muito bem por eles - é totalmente inexequível. Mas uma pergunta simples ninguém fez (como sempre): quem permitiu que a Iguatemi fizesse um projeto que o governo não pode bancar, apesar de vital e necessário? Foi o próprio governo tocado por Colombo, via Secretaria de Desenvolvimento Regional de Blumenau ? o cabideiro de empregos de políticos sem votos - bem como as secretarias estaduais que cuidam da infraestrutura que tocaram esse assunto. Outra. E agora vão gastar mais para refazê-lo para se descobrir que é inexequível mais uma vez?
O CONTORNO II
Colombo só confirmou que se desperdiçou dinheiro dos nossos pesados impostos e que está faltando para o essencial. Os seus gestores falharam, não acompanharam, não discutiram com a sociedade o projeto e as alternativas. Todos continuam distantes dessa transparência e nós pagando com o dinheiro e paciência. Resultado? Criam-se gargalos para mobilidade e o desenvolvimento. E isso parece proposital com os gasparenses que já sofrem com a falta de lideranças fortes. Faz-se um projeto impossível de se executar, a verba do Orçamento vai embora e para Blumenau. E por quê? Porque tem mais votos do que aqui, é mais organizada e as entidades de lá não estão aparelhadas por partidos populistas. O governador Raimundo Colombo ou está sendo enrolado, ou está nos enrolando. Não há outra alternativa. E os representantes dele aqui, todos quietos, concordando com esse quadro de Dante. Acorda, Gaspar!
EM SILÊNCIO I
Impressionante é o silêncio do vereador Hamilton Graff, PT, sobre as mazelas do Hospital do PT de Gaspar no atendimento da população e que às vezes beira a desumanidade. Foi Mitinho, que sessão sim, outra também, virou super entendido em Saúde Pública e especialista em prestação de contas, contratos e atendimento no Hospital de Gaspar. E por esse conhecimento até então desconhecido, Mitinho denunciou os possíveis dúvidas do Hospital administrado por particulares.
EM SILÊNCIO II
Tudo planejado e orquestrado para fundamentar a intervenção e aparelhar o Hospital de Gaspar por quem não teve sequer coragem e capacidade para recuperá-lo fisicamente. O aparelhamento do PT para administrar a própria verba da prefeitura que até então diziam ser demais para quem a recebia e fazia milagres. Tudo piorou por lá desde então. Imaginaram que os governos federal e estadual inundariam de verbas para o pessoal do PT daqui se esbaldar. Miou. Sobre o atendimento desumano, incluindo os vídeos postados comprovando o estado ruim das coisas por lá, Mitinho agora está mudo. Completamente mudo. Afinal, ele ajudou a provocar esta situação. É sócio do desastre. Nada mais.
?GRATIFICAÇÕES?
Na coluna passada, as notas em ?Pelo Cano? mostram como comissionados da prefeitura de Gaspar, com vencimentos mais altos, em cargos aparentemente relevantes, fazem concursos para funções menores e fora da área de conhecimento só para entrar no serviço público, aparelhá-lo e instrumentalizá-lo. O vice-presidente do Sindicato dos Trabalhadores no Serviço Público de Gaspar ? Sintraspug -, Carlos Eduardo Junkes, possui outra leitura para esse movimento. Segundo ele, a reforma administrativa que tramita na Câmara tem as respostas para esses casos: as gratificações. No projeto é um boi de asas. Não diz exatamente quem pode recebê-las. Bingo.
Ilhota em chamas. O plenário da Câmara de Vereadores há muito virou sala de velório. Já houve cancelamento ou transferência de sessões por causa dessa necessidade. Já a capela mortuária que o atual governo prometeu na campanha está assim, como na foto.
TRAPICHE
Contagem regressiva. Em julho recomeçam as obras da ponte do Vale (prefeito Pedro Celso Zuchi, PT, direto de Brasília).
Acreditem se quiser. O ex-prefeito Adilson Luiz Schmitt, ex-PMDB, PSB, PPS e hoje sem partido, está propagando na cidade que vai ficar cinco anos sem participar da política partidária e campanhas.
O presidente do PT de Gaspar, líder da bancada na Câmara e campeão de votos, José Amarildo Rampelotti, desabafou na Câmara que o prefeito Pedro Celso Zuchi, PT, já não aguenta mais responder os questionamentos do Ministério Público.
Alguma coisa está errada. O Ministério Público é quem diz não entender a razão pela qual as administrações de Gaspar e Ilhota insistem tanto em afrontar a lei e serem resistentes à transparência.
Na quarta-feira, a administração de Pedro Celso Zuchi foi em peso fazer uma exposição para a promotora Mônica Lerch Lunardi, que cuida da área da Infância e Juventude. Ilhota, governada por Daniel Christian Bosi, não se preparou para o evento.
Nesta semana ocorre a Festa de São Pedro. Os políticos têm se escondido de eventos tradicionais como o dia Primeiro de Maio do Tupi, o Rodeio do Coração do Vale (o costelaço até foi cancelado) e o Stammtisch. No ano que vem, é ano de eleições. Será também ficarão escondidos do povo?
O que era negado, agora é sabido. Os black-blocs, bandidos mascarados, que acabavam com o patrimônio público, privado e as manifestações pacíficas são braços de apoio do PT. O ator Sérgio Mamberti, impaciente e inconformado, reclamou a razão pela qual o PT não mais os usa para intimidar o povo brasileiro. Vergonha.
Blitz da Ditran na Rua São José, no Centro. Um carro é pego com o para-brisa rachado. O motorista e proprietário dá um telefonema para uma amigo influente na prefeitura. A blitz, coincidentemente, é encerrada. E ele propaga a vantagem.
Decididamente, esta coluna nunca foi premiada pelo compadrio corporativo. Não precisa desse tipo de mimo para ser reconhecida. Líder de audiência, ela sempre vai preferir premiar os leitores e leitoras.
Ilhota em chamas. Ofício do Dnit explica as razões pelas quais as obras da Ponte de Ilhota está parada: ?deve-se às pendências no projeto executivo a serem apresentadas pelo Governo do Estado para serem aprovadas pelo DNIT e dar continuidade das obras?. Ah, bom! Não é falta de dinheiro? Hum!
Importância. Perguntar não ofende. Quantas vezes o governador Raimundo Colombo, PSD, veio a Gaspar? Não vale aquele pouso forçado no quartel da Polícia Militar e nem a ida dele à Sociedade Harmonia, no Belchior, para a assinatura da pavimentação de um trechinho do Morro do Serafim. Ele só foi lá para cumprir uma agenda com a família Décio Neri e Ana Paula Lima, ambos do PT.
Edição 1699
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