Por Herculano Domício - Jornal Cruzeiro do Vale

Por Herculano Domício

07/07/2015

NA FRENTE OUTRA VEZ I

O Jornal Cruzeiro do Vale não foi o primeiro jornal de Gaspar, mas é o que mais tempo está em atividade ininterrupta: 25 anos. Eu o acompanho bem de perto neste tempo todo. Na verdade é a saga de Gilberto Schmitt, um gasparense da gema e que deixou um emprego estável e promissor na Furb, de Blumenau, para se desafiar num sonho e no incerto.  

NA FRENTE OUTRA VEZ II

O Cruzeiro do Vale está vivo, forte e mais do que isso: respeitado, ou seja, o verdadeiro e o melhor prêmio de seus leitores. O Cruzeiro e o Gilberto desafiaram o tempo, as pressões e os algozes que teimam ou fingem não compreender o papel da imprensa livre, profissional, plural e investigativa numa comunidade de donos. Não é o mais polêmico. Simplesmente é o de mais crédito e o de maior circulação. Não nasceu para ser um jornal de partido ou de grupos de interesses, mas para ser identificado com a comunidade e principalmente o seu futuro. 

NA FRENTE OUTRA VEZ III

No governo de Francisco Hostins, PDC, não deu tréguas aos que se associaram ao seu governo e quiseram fazer dele um balcão de negócios. O ex-prefeito Luiz Fernando Poli, PFL, percebeu o valor crítico do jornal a favor da comunidade. Já Bernardo Leonardo Spengler, o Nadinho, PMDB, foi ao afastamento e nada passou longe dos olhos do jornal e seu editor. Adilson Luiz Schmitt, PMDB e PSB, fez do jornal um problema para si e sua administração. Pedro Celso Zuchi e seu PT, após a nova eleição em 2008 quando se beneficiou do desgaste de Adilson, mal orientado, apostou no isolamento, descrédito e no enfraquecimento financeiro do jornal. Deu errado. O jornal ficou mais forte, com mais crédito e um dos raros porta-vozes da comunidade. Isto é história, legado e jornalismo.

NA FRENTE OUTRA VEZ IV

O Cruzeiro do Vale é conhecido por sua iniciativa, inovação e promoção. Agora, sai na frente mais uma vez. Vai dar um passo audacioso. E na edição passada, o Cruzeiro do Vale surpreendeu seus leitores tradicionais e os jovens que transitam nas novas mídias. Ele não vai apenas mudar mais uma vez visual, ou seja, fazer a maquiagem dos fracos. Vai avançar no conceito e sendo completo na comunicação digital. Aliás, será um aperfeiçoamento à coragem e pioneirismo de anos atrás. Foi o Cruzeiro do Vale que criou o seu portal próprio, fácil e acessível. E o portal se tornou líder. Foi O Cruzeiro que introduziu em Gaspar as reportagens em vídeo. Ficou mais vivo, completo e assistido. É o portal que mais se atualiza nos acontecimentos da cidade. É referência. 

NA FRENTE OUTRA VEZ V

Foi o Cruzeiro que teve outras ações pioneiras como a confecção da Listas Telefônicas e Guia de Ruas de Gaspar, revistas comemorativas e históricas, o Bailes do Hawaii, a Noite de Gala, o Stammtischs e as construções das casas para doações comunitárias em parceria com líderes, poder público e anunciantes. Tudo com sucesso e decorrente da credibilidade. O Cruzeiro do Vale entra numa nova geração de comando com Indianara e Gilberto Filho, bem como com o editor Jean Laurindo. Na frente outra vez... na tecnologia. Porque na circulação, no tempo e na credibilidade está há muito. 

possivelfotoherculanoGG.jpgO tempo. Rivais, o prefeito Pedro Celso Zuchi, PT, e o ex Adilson Luiz Schmitt, sem partido, encontraram-se e se cumprimentaram na abertura da Expo-feira e do Festival da Tilápia para o espanto de uns e alegria de outros, naquilo que deveria ser normal entre pessoas educadas. Adilson era um inconformado com a interrupção da expo-feira. Na era do celular, nas escapa; tudo se propaga. 

TRAPICHE

Contagem regressiva. Em julho recomeçam as obras da ponte do Vale (prefeito Pedro Celso Zuchi, PT, direto de Brasília). 

Enfim, mais uma utilidade desta coluna: pauteira para outras sem assuntos.

O presidente do PT, vereador José Amarildo Rampelotti, não erra. Está gravado. Ele afirmou que Gaspar produz hoje 400 mil toneladas de Tilápias (10 mil carretas de 40 toneladas). Outros do governo petista prosseguiram no mesmo discurso. Mantra. 

Este número só será verdadeiro se houver comprovação da comercialização desta quantidade por notas fiscais. E como quem controla e fiscaliza estas notas é a prefeitura, ela está obrigada ao exercício. Se não, será mais uma conversa de pescador. 

Um comunicado feito pelo presidente da Câmara, José Hilário Melato, PP, esconde um arranca rabo que houve entre ele e Emerson Pereira, servidor de carreira do Legislativo. Pedro Paulo Schramm volta a ser o procurador da Câmara no lugar dele. 

Melato teria ficado descontente com o desfecho que levou a até então estagiária Aline Bailer ser efetivada assessora parlamentar do vereador Jaime Kirchner, PMDB. Ela estava à disposição de todos os vereadores, mas servia com exclusividade ao gabinete do presidente e sem perspectivas de melhor aproveitamento. 

No comunicado interno que fez, Melato disfarçou a decisão (sua prerrogativa) de força que tomou. Foi ?político? com Emerson. ?Aproveito para agradecer e elogiar a contribuição este servidor, colaborando como Procurador Jurídico. Na Câmara de Vereadores de Gaspar. Emerson com disciplina, ética e justiça, soube bem desenvolver as suas atividades de Procurador Jurídico da Casa?. 

Tá bom. Se o Emerson tinha todas estas qualidades, por que ele foi rifado e bem no meio da legislatura? 

O vereador Marcelo Brick de Souza, PSD, só agora ? depois de quase três anos de mandato e um ano de campanha - descobriu que Gaspar possui um sistema de transporte coletivo. Mais de que isso. Andou nele e ?comprovou?, tardiamente, o que a cidade inteira sabe de há muito: ele é de péssima qualidade. 

Sem tréguas. O ofício 122/2015 da vereadora Andréia Symone Zimmermann Nagel, DEM, ao presidente da Câmara José Hilário Melato, PP, mostra o tamanho do descaso do prefeito Pedro Celso Zuchi, PT, com o Legislativo e a vereadora que a combate sem tréguas. Andréia pediu ao presidente José Hilário Melato, PP, e amigo do governo do PT, medidas judiciais cabíveis para o prefeito Zuchi responder os requerimentos 45, 158, 178, 187, 203. Eles foram aprovados pelos vereadores nas sessões no ano de 2014. 

Melato arquivou o ofício. Andreia insiste e quer reapresentar os requerimentos sem respostas. Se o prefeito continuar a se negar à transparência e insistir no descaso com a Câmara, a vereadora pretende ir mais longe: Judiciário. Pensa num mandado de segurança para obter as respostas as suas perguntas ignoradas até aqui pela prefeitura.

 

 

 

Edição 1702

Comentários

Juju do Gasparinho
09/07/2015 20:21
Prezado Herculano:

"Perdemos o Nordeste"

'O Antagonista soube que o Brahma abriu o seu coraçãozinho com o ex-primeiro-ministro espanhol Felipe González.

"Perdemos o Nordeste", disse o coroné Brahma a Felipe González'.

A fome é má conselheira.
Nada como a realidade dos preços e desemprego para fazer o nordestino cair na real.





Herculano
09/07/2015 19:52
TEMER: "NÃO PRECISA SEGURAR DILMA, ELA NÃO CAI", por Josias de Souza

No exercício da Presidência da República, Michel Temer visitou nesta quinta-feira (9), no município de Dourados (MS), o Sisfron, Sistema Integrado de Monitoramento de Fronteiras. Foi questionado pelos repórteres sobre a crise política, informa o repórter Adriano Moretto, no Globo. Perguntaram-lhe até quando o PMDB conseguirá segurar Dilma na poltrona.

E Temer: "Não precisa segurar a presidente Dilma, ela não cai. Tem capacidade de trabalho e somos aliados. Naturalmente, colaboramos com o país". Com essa frase, acabou ecoando a própria Dilma, que dissera, em entrevista à Folha: "Eu não vou cair, eu não vou cair, eu não vou?"

Temer foi instado a comentar também a decisão da Justiça Federal de Brasília de converter Renan Calheiros (PMDB-AL), presidente do Senado, em réu num processo em que é acusado de favorecer a construtora Mendes Júnior em troca de propinas para o custeio de uma filha que teve em relacioamento extraconjugal. Temer, de novo, contemporizou:

"Esse é um processo que está se seguindo e as causas serão examinadas. Quando se tem aquilo julgado e condenado é outra história. Agora ele tem direito a ampla defesa e não devemos nos preocupar com a situação."
Violeiro de Codó
09/07/2015 19:31
Sr. Herculano:

Segundo o site Diário do Poder, o ex-ministro da Casa Civil do governo Lula, José Dirceu, alegando que está sob "iminente ameaça" de prisão na Operação Lava Jato, insiste no pedido de habeas corpus preventivo. Em recurso ? agravo regimental ? ao Tribunal Regional Federal da 4.ª Região (TRF4), seus advogados sustentam que a imprensa, constantemente, noticia a possibilidade de a Justiça Federal em Curitiba, base da Lava Jato, mandar prendê-lo.

Os advogados de Zé Dirceu dizem que Lula "está temeroso" com possível prisão.

Que bom que estão temerosos!
Na hora das falcatruas, das fanfarronices e outros que tasi, estava tudo bem. Tudo era festa.
Agora estão com medo?
E nós com isso?
Pagamos a conta e amargamos as consequências das cafagestadas deles. Que apodreçam na prisão!
Fui!
Pernilongo Irritante
09/07/2015 18:33
Bom mesmo seria a tia Cotinha.
Vocês não conhecem? Nem eu!

Pois é, procura-se um prefeito!
Tia Maria
09/07/2015 16:48
Tiu Xicus

Você ta brincando, o cara embarca num ônibus pra dizer que trabalha? Tu é louco ou tem uma teta armada pra ti, assim como teve no Samae enquanto havia um acordo cor de rosas com teu ex chefe.

Nao morro de amores pelo Kleber, mas é mais autêntico que o teu velho novo Collllor.

Nem Kleber nem o massonico Brick trabalharam na vida.
Que deputado tais falando? Do Jean Khulmam e João Paulo Kleinubing? Que dles fizeram por Gaspar? Nem o dinheiro do hospital este vagaba repassa. É o povo que precisa e nao Zuchi e sua corja e mamadores.
E outra o Marcelo foi assessor deste deputado né? O do protegido pela gran cruz no caso do tapete negro.

Melhor o Ciro Quimtino do milagroso sato pau podre, corrigindo santo do pauzinho oco e mamador de teta. Te exergam e respeita o colunista que o trabalho dele.
Sidnei Luis Reinert
09/07/2015 15:17

De Ronaldo Caiado:

Dilma "Golpista" Rousseff tem razão: seu governo mostra na prática o seu golpe aplicado em cima dos brasileiros nas eleições. "Não tinha crise, não tinha nada." Hoje é inflação. É desemprego. É descontrole. É golpe do PT!

http://www1.folha.uol.com.br/poder/2015/07/1653695-quem-e-golpista-mostra-na-pratica-as-tentativas-diz-dilma-sobre-aecio.shtml
Tio Chico
09/07/2015 13:51
Tio Maria,

Kleber é a solução, hehehe, da onde tirasse isso? Cabideiro, não inverta os valores, seja verdadeiro com você mesmo, olhe, veja quem mais do que nunca poderia ser o novo Collor? Kleber, que é que não trabalha duro? Kleber, cabideiro. Quem foi o cabo eleitoral do deputado mais bem votado que ele trabalhou pesado aqui em Gaspar? Kleber, quem é que acha que é a ultima bolacha do pacote? kleber. O tio Maria, até parece piada, quem é que tentou assumir a prefeitura por toda lei? Kleber, quem é que anda na rua e nem cumprimenta ninguém? Kleber. Faço uma pergunta, quantas vezes o kleber andou de ônibus? Quantas vezes ele parou para de fato ouvir alguém?, tem muitos filiados do PMDB que estão com nojo desta politica asquerosa, e outra, Ao invés de contar piada aqui, se escreva nos se vira nos trinta.
Herculano
09/07/2015 13:12
da série: falso álibi para continuar roubando e perdoando os ladrões

VÍDEO ESQUERDA ASSOCIA O ATIPETISMO AO ANTISSEMITISMO. JUDEUS DO BRASIL E DE TODO OMUNDO, LEVANTEM SUA VOZ CONTRA ESTA VERGONHA, por Reynaldo Azevedo, de Veja.

Circula na Internet um troço asqueroso - oriundo daqueles blogs chamados "sujos", que nada mais são do que extensões do PT - que associa o crescente repúdio da sociedade ao partido à perseguição sofrida pelos judeus na Alemanha nazista.

A primeira imagem que aparece na tela já é de uma notável delinquência intelectual. Está lá: "Os petistas, os judeus? e o nazismo, o que ele têm em comum?"

Mesmo para os propósitos asquerosos da peça, a pergunta é energúmena. Houvesse alguma lógica no lixo moral, indagar-se-ia outra coisa: "O antipetismo, o antissemitismo e o nazismo, o que eles têm em comum?".

E, em qualquer caso, a resposta seria "nada". Comparar qualquer coisa ao nazismo raramente resulta em pensamento que preste. É o caso de lembrar a "Lei de Godwin", referência a uma afirmação do advogado Mike Godwin: "À medida que se exacerba um debate online, a probabilidade de surgir uma comparação envolvendo Adolf Hitler ou o nazismo aproxima-se de 1" - ou seja, de 100%. Acontecerá. Portanto, de saída, associações dessa natureza já se descredenciam.

A menos, claro, que as similaridades sejam realmente apontadas, factualmente indicadas, que não se fique apenas na retórica oca. E, é claro, isso o vídeo petista não faz porque é impossível.

Notem: o nazismo era uma corrente de militância que nasceu antissemita - e, no caso, pouco importava o que os judeus fizessem ou deixassem de fazer. Os nazistas resolveram apontar o "mal" que eles causariam à Alemanha partindo do princípio de que agiram do mesmo modo história e mundo afora porque conspiradores pela própria natureza. A loucura antissemita havia atingido o estado da arte no fim do século 19 com o surgimento, na Rússia czarista, dos "Protocolos dos Sábios de Sião", um suposto plano de judeus e maçons para dominar o mundo.

O antissemitismo, à diferença do antipetismo, não se sustenta em uma base objetiva de dados. Os judeus carregriamam o mal porque judeus, e, se são judeus, só podem ser maus. E ponto. É preconceito na sua acepção mais original, primitiva. Se uma máquina de guerra chega ao poder num país tendo o ódio aos judeus como um pilar, as consequências são aquelas conhecidas.

Preconceito contra o PT? Como assim? O partido elegeu quatro vezes o presidente da República. Trata-se da legenda com o maior número de filiados do país. O Brasil votou majoritariamente num ex-operário - repudiando o preconceito de classe - e numa mulher, repudiando o preconceito de gênero. Criou-se, em torno de Lula, ao contrário do que vai naquela peça lamentável, uma esfera de preconceito positivo: passou-se a cultivar a imagem de um homem naturalmente sábio, que já teria vindo ao mundo com a memória da humanidade; que não precisaria nem se entregar ao luxo de estudar.

Os judeus não assaltaram os cofres da Alemanha.

Os judeus não assaltaram as empresas públicas.

Os judeus não conduziram a Alemanha à ruína econômica.

Os judeus não se colocavam como a fonte única da virtude.

Os judeus não procuraram ser a única força da qual poderia emanar o bem possível.

Se, hoje, em número crescente, brasileiros identificam o PT com o roubo e com a bandalheira, é porque petistas, no poder, se entregaram ao roubo e à bandalheira. Judeus não saíram na Alemanha hitlerista a acusar adversários depois de flagrados metendo a mão no dinheiro público - até porque isso não aconteceu.

O antipetismo que está nas ruas não nasce de um preconceito, mas de uma constatação. Não se repudia exatamente o petista, mas o partido. Embora, na maioria das vezes, um petista saiba o que significa o petismo.

À diferença do que está no vídeo, ademais, ninguém acusa o PT de deter o monopólio do roubo. Ao contrário: o que se cobra é onde está aquele partido que dizia ter o monopólio da virtude.

Não se esgota aí a vigarice intelectual do vídeo. Quem discrimina um judeu por seu judeu, um gay por ser gay, um negro por ser negro, um branco por ser branco, um hétero por hétero (e por aí afora?) está, na prática pedindo a exclusão do mundo não apenas do objeto particular de seu repúdio, mas de todos os que exibem aquele mesmo "defeito" original. Não se pode escolher ser judeu, gay, negro, hétero?

Mas se pode, sim, escolher ser petista ou não. Que eu saiba, não se trata de um etnia, de uma raça, da qual não se possa abrir mão, ainda que alguém eventualmente quisesse.

O petismo é tão-somente a escolha de um partido e da forma como se entende a política. Nada mais. O mesmo vale para qualquer outra legenda.

É estupefaciente que se comparem os militantes de uma máquina de assalto ao poder com os judeus perseguidos na Alemanha. É, além de tudo, ofensivo. Quantos petistas irão para a câmara de gás? Quanto serão fuzilados sem defesa? Quando serão enterrados em vala comum? Quantos terão confiscados seus bens?

Judeus do Brasil e de todo o mundo, com essa peça publicitária, essa gente, definitivamente, passou dos limites. Até porque, fosse o caso de comparar, o que o tal vídeo fala sobre a imprensa remete às palavras de Goebbels, ministro da propaganda nazista, num comício de 10 de fevereiro de 1933, 11 dias depois de Hitler se tornar chanceler.

Encerro

O PT, felizmente, ainda não virou nem uma raça nem uma condição humana. Trata-se apenas de um partido que produziu alguns desastres no Brasil. E, por isso, é alvo da crítica de muita gente.

Judeus do Brasil e de todo mundo, repudiem a associação indecorosa que empresta ao antipetismo a importância que não tem e retira do holocausto judaico a importância que tem.
Tia Maria
09/07/2015 12:59
Ao tio tiu Xico,

Que ódio? Você ta louco?
Herculano a todos desde o pt, pfl dem pmdb e psd. Nao escapa nada d por isso o admiro.
Mas seja sincero, Marcelo trabalhando duro! !?
Nunca trabalhou na vida, agora almeja ser o collor, por isso de ônibus, se faz vítima, anda de ônibus, defende a causa animal, coisa que nunca fez, corre atrás de abaixo assinado de projetos ja encaminhados, para dizer que foi o pai da criança.

Só tem uma saída Kleber neles.

O Brick seria um retrocesso, melhor Lu iu Andreia.
te enxerga tiuuu Xico.
Diferente de ti, acho o Herculano até protege o Marcelinho massonico
Herculano
09/07/2015 12:40
350% A MAIS, por Lauro Jardim, de Veja

As possibilidades de impeachment de Dilma Rousseff, via TCU ou TSE, têm despertado o interesse do internauta brasileiro. Nos últimos sete dias, de acordo com levantamento inédito da Bites Consultoria, o Google Brasil teve 160% mais pesquisas combinando "significado" e "impeachment".

A possível sucessão de Dilma Rousseff também deixou os internautas curiosos. Pesquisas que relacionaram "quem assume" e "impeachment" cresceram 250%, enquanto buscas sobre Michel Temer aumentaram 350% e sobre a qual partido ele pertence, 80%.

Eduardo Cunha, a quem caberia encaminhar o impeachment na Câmara, foi relacionado ao tema em 80% mais buscas no Google Brasil.
Herculano
09/07/2015 12:37
A INFLAÇÃO QUE O GOVERNO NÃO CONTROLA E PERMITE, "COME" O SEU DINHEIRO. OS MAIS POBRES SÃO OS MAIS PREJUDICADOS. EM 21 ANOS, REAL PRDE PODER DE COMPRA, E NOTA DE R$100 VALE R$19,90

Conteúdo do Uol (Folha de S. Paulo). Texto de Sofhia Carmargo. Desde que o Plano Real foi lançado, em 1º de julho de 1994, até 1º de julho de 2015, a moeda se desvalorizou 80,1%. Com isso, a nota de R$ 100, na prática, vale hoje R$ 19,90, segundo cálculos do matemático financeiro José Dutra Vieira Sobrinho. Clique nas imagens acima e veja quanto valem outras cédulas e moedas de real Arte/UOL

Quarta-feira, dia1º, o Plano Real fez 21 anos.

Segundo o matemático financeiro José Dutra Vieira Sobrinho, a inflação acumulada de 1/7/1994 até 1°/7/2015, medida pelo IPCA, é de 402,4% (considerando um IPCA estimado em 0,7% em junho de 2015).

Em decorrência desse fato, a cédula de R$ 100 perdeu 80,1% do seu poder de compra desde o dia em que passou a circular.

Apesar de o valor de face da cédula indicar R$ 100, o poder de compra da nota atualmente é de apenas R$ 19,90. "O valor da moeda foi reduzido a um quinto nesses 21 anos", diz Vieira Sobrinho.

Mesmo com desvalorização, real atingiu objetivos

O matemático financeiro acredita que mesmo com essa desvalorização, o Plano Real tem sido uma vitória, pois a moeda ainda tem poder de compra.

Heron do Carmo, professor de Economia da Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade da Universidade de São Paulo (FEA-USP), concorda com a análise do matemático financeiro.

"O Plano Real tem sido um sucesso no sentido de controlar a hiperinflação. Para se ter uma ideia, apenas no primeiro trimestre de 1990, a inflação acumulada foi maior do que durante todo o Plano Real."

Segundo as contas do professor Vieira Sobrinho, entre janeiro e março de 1990, a inflação acumulada pelo IPCA, no trimestre, ficou em 437,02%, superior à inflação acumulada nos 21 anos do Plano Real, de 402,4%.

Entre as décadas de 80 e 90, o Brasil viveu uma época de hiperinflação. Segundo cálculos do matemático, no período de maio de 89 a abril de 90, a inflação foi de 6.821,3%, o que dá 42,3% ao mês, em média.

"Uma nota que tivesse um valor de face de 100 nessa época, em um ano valeria 1,44, ou seja, teria perdido 98,6% do seu valor", afirma o professor. "Em contrapartida, em 21 anos, o Real ainda preserva algum valor. Isso é uma vitória", diz.

Como se proteger da inflação?

Quem tem dinheiro para investir pode aplicar em investimentos que rendam inflação mais juros, protegendo o dinheiro dos efeitos da inflação. A poupança fazia esse papel até o ano passado, mas ela está rendendo abaixo da inflação. Ou seja, aplicar na poupança não protege o dinheiro.

A alternativa podem ser títulos públicos, como papéis do Tesouro IPCA+, que pagam a inflação mais um percentual. Os especialistas também recomendam o Tesouro Selic.

Segundo economistas, um pouco de inflação pode ser saudável numa economia e é melhor do que a deflação (quando há queda generalizada de preços).
Herculano
09/07/2015 12:30
O RETRATO DO DESASTRE DE UM GOVERNO IRRESPONSÁVEL, INCOMPETENTE E IDEOLÓGICO. AUMENTA O DESEMPREGO E AGRAVA A CRISE ECONÔMICA.

Ó conteúdo é do Uol (Folha de S. Paulo). O desemprego registrado no trimestre que terminou em maio foi de 8,1%, o que representa uma alta em relação ao mesmo período do ano anterior (7%) e também em relação ao trimestre encerrado em fevereiro deste ano (7,4%).

O resultado é o mais alto desde o início da série histórica, em 2012. No trimestre encerrado em abril deste ano, o desemprego registrado tinha sido de 8%.

Os dados foram divulgados nesta quinta-feira (9) pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) e fazem parte da Pnad (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios) Contínua Mensal.

A Pnad Contínua Mensal avalia os dados do mês em questão (no caso, maio), assim como as informações dos dois meses anteriores (março e abril).

Segundo o instituto, são pesquisados 211.344 domicílios particulares permanentes distribuídos em cerca de 3.500 municípios.
Herculano
09/07/2015 12:27
LULA E O GOLPISMO

Está no seu facebook: "hoje, vivemos o período de maior solidez da nossa democracia desde a proclamação da República. O acúmulo das lutas do povo brasileiro forjaram as bases de um país mais rico, menos desigual e consciente de seu potencial. Por isso, não há espaço para retrocesso: o tempo do golpismo passou para nunca mais".
Sidnei Luis Reinert
09/07/2015 12:24
GOVERNO PTRALHA NOTA 10!!!


De Ronaldo Caiado:

Estamos caminhando para terminar o ano com 10% de desemprego e 10% de inflação e as medidas adotadas pelo governo demonstram que no fundo não há um projeto para resgatar o país dessa escalada. É preciso entender de uma vez por todas que a crise tem origem política. Ela está no Palácio do Planalto, sentada no gabinete presidencial. É inaceitável que a situação de todo um país esteja subjugada pela vaidade pessoal da presidente que insiste em se manter no poder quando a verdadeira razão para a crise está na falta de credibilidade e confiança em seu governo.
Herculano
09/07/2015 12:21
ACORDO ENTRE VIEIRA E PSD INCLUIU A PERSPECTIVA DE PAVAN ASSUMIR PRESIDÊNCIA DA ALESC, por Cláudio Prisco Paraíso

Surgiu um novo ingrediente no complexo processo político que levou à vitória do deputado estadual Marcos Vieira na disputa pela presidência estadual do PSDB. O grupo dele, como se sabe, acena para a inclusão dos tucanos na tríplice aliança em 2018, substituindo o PMDB. A triangulação visa a unir, ainda, o PSD e o PP. Em troca, além do suporte que ajudou a guindar Vieira ao comando tucano, ficou amarrado o apoio da cúpula do PSD ao projeto de Leonel Pavan (discursando nas fotos), que pretende assumir a presidência da Alesc em 2017.

OBJETIVO É DISPUTAR O SENADO

O mandato de Gelson Merísio vai até fevereiro daquele ano. Na condição de chefe do Legislativo, Pavan poderá se apresentar como "nome natural" a uma das duas vagas ao Senado. Neste cenário, Paulo Bauer teria que disputar a eleição de deputado federal.
Dentro da perspectiva desta aliança com PSD, PP e PSDB, outro nome mapeado para 2017 no comando do Parlamento é o de Silvio Dreveck (PP), líder do governo Colombo. Pelo PMDB, quem ganha musculatura é o atual vice-presidente, deputado Aldo Schneider.

A perspectiva de Leonel Pavan também ajuda a explicar porque ele está lançando o filho, Junior Pavan, como pré-candidato a prefeito de Balneário Camboriú.
Sidnei Luis Reinert
09/07/2015 12:21
Perdidos na bolsa que assusta

A Bolsa Brasileira já perdeu mais de 13% de investidores pessoas físicas.

A continuar baixa a maré, a previsão para 2016 é que tenhamos apenas 250 mil investidores no Brasil.

Só para comparar, nos EUA são 30 milhões e, na Europa, 50 milhões de investidores pessoas físicas.

Tem culpa quem?

Alguns tentam explicar o "efeito manada" com o medo da perda em grande escala.

Mas especialistas de mercado garantem que a fuga dos investidores é um efeito da corrupção que gerou estranheza em relação aos papéis mais fortes e blues chips.

Também apontam que a crise resulta de uma fiscalização tardia, inócua e ineficiente da Comissão de Valores Mobiliários - um órgão direta e equivocadamente vinculado ao Ministério da Fazenda.

Mudança estrutural

Se a Xerife CVM não acordar e punir com dez anos de inabilitação os responsáveis por grandes escândalos na gestão de empresas, principalmente as estatais de economia mista, a tendência é que, daqui a 5 anos, restarão uns 50 mil aplicadores pessoas físicas.

Para que isso aconteça será necessária uma profunda mudança estrutural que dê independência, de direito e de fato, à CVM, blindando-a das influências da politicagem e do poderio econômico.

Além disso, será preciso mudar a legislação com sanções mais rápidas e multas mais altas contra os infratores e delinquentes contumazes do mercado de rentismo tupiniquim.

Paulada preliminar

A direção da Petrobras ficou pt da vida porque o Tribunal Arbitral proferiu decisão cautelar considerando como um único campo as concessões de Baleia Anã, Baleia Azul, Baleia Franca, Cachalote, Caxaréu, Jubarte e Pirambu.

A decisão obriga a Petrobras a depositar, trimestralmente, em favor da Agência Nacional de Petróleo & Gás, aproximadamente R$ 350 milhões.

O montante correspondente às diferenças históricas que chegam a R$ 2,2 bilhões e que deixaram de ser cobradas até a data da decisão preliminar da ANP.


http://www.alertatotal.net/
Tio Chico
09/07/2015 10:43
Talvez vão me chamar de tio chico da família Addams.

Sou natural daqui, cresci aqui, e vivo com os pulmões cheios de esperança, e minhas esperanças, como de muita gente, estão em Marcelo Brick, não compactuo com o PT, nem com o PMDB, para mim ambos são desastres. Mas não vim aqui para falar mau de concorrente, toda vida que eu abro para ver está coluna estão criticando o Marcelo, criticar é fácil, pimenta nos olhos dos outros é mais ainda. Mas eu gostaria de saber o porque deste ódio, ou desgosto pelo rapaz, Marcelo vem trabalhando duro, e vem demostrando isso, preocupado com o povo de Gaspar, a turma que tenta falar mau dele na verdade, veem o que não vê nos deles, a capacidade de realizar, o menino pioneiro, primeira campanha a vereador, já eleito como o mais votado. Não fez nenhuma tramoia, honesto e trabalhador, sempre focado, os concorrentes estão com medo dele, tentam por toda lei desmoraliza-lo, mas é difícil, todos os que estão ao redor dele ajudam ainda mais para deixa-lo como o melhor candidato para Gaspar.
Luiz Orlando Poli
09/07/2015 10:23
Palo$$i ! aquele que disse que sua consultoria tinha tido um bom resultado com uma excelente taxa de suce$$o ! Agora na mira da lava jato do juiz MORO !
Herculano
09/07/2015 07:26
ATÉ GLEISE SONEGOU VOTO AO GOVERNO NO SENADO, por Josias de Souza

Para compreender a situação do governo no plenário do Senado é necessário um certo distanciamento. Que começa com uma fuga de aliados de Dilma Rousseff do painel de votações. Na noite desta quinta-feira (8), o Planalto esperava que sua tropa votasse contra um reajuste aos aposentados, em defesa dos cofres da Previdência. Vários integrantes da infantaria governista preferiram desertar do placar luminoso. Embora presentes, não digitaram seus votos. Procedeu assim, por exemplo, a petista Gleisi Hoffmann, ex-ministra e amiga de Dilma.

Há no Senado 81 senadores. O painel registrava a presença de 71. Desses, apenas 61 imprimiram suas digitais no painel eletrônico na votação mais importante da noite, a única que foi nominal. O governo perdeu por um placar de 34 votos a 25. Houve uma abstenção. E Renan Calheiros, que presidia os trabalhos, não votou. A lista de votantes pode ser conferida aqui.

Além de Gleisi, escapou do painel gente como o líder do PMDB Eunício Oliveira (CE), a protogovernista Vanessa Grazziotin (PCdoB-AM), a petista Angela Portela (RR), o kassabista Omar Aziz (PSD-AM) e Sandra Braga (PMDB-AM), mulher do ministro Eduardo Braga (Minas e Energia). O número mais bonito da novela de suas governistas existências foi esse que iriam executar no momento em que se auto-excluíram do espetáculo.

Outros atores filiados a legendas governistas também sonegaram votos a Dilma. Mas mostraram a cara. Por exemplo: Paulo Paim (PT-RS), Walter Pinheiro (PT-BA), Lasier Martins (PDT-BA) e Zezé Perrela (PDT-MG). Excluído o líder Eunício, que fugiu, votaram 11 senadores do PMDB de Michel Temer. Sete desses votos foram contra a orientação do governo.

Respirava-se o mesmo cheiro de fim de feira que exalou da sessão que aprovou, na semana passada, o projeto que concedeu aos servidores do Judiciário um reajuste médio de 59,5%. Dessa vez, foi a voto a medida provisória que prorroga até 2019 a regra de reajuste do salario mínimo.

A proposta veio da Câmara com um enxerto que o governo preferia evitar. Os deputados estenderam o reajuste do mínimo a todos os aposentados. Algo com potencial para quebrar a Previdência, segundo o líder do governo Delcídio Amaral (PT-MS), que foi efusivamente vaiado pelas galerias, apinhadas de aposentados.

Os operadores do Planalto fizeram tudo para se livrar do apêndice enxertado na Câmara. Mas tudo não quis nada com eles. Na votação que mais fez o líder Delcídio molhar a camisa, o governo pegou carona numa emenda apresentada pelo senador Cristovam Buarque (PDT-DF). Sugeria a troca do índice de inflação adotado no projeto. Em vez do INPC, os reajustes seriam calculados pelo IPC-C1, da Fundação Getúlio Vargas.

O governo não tinha a mais remota intenção de colocar a ideia de Cristovam em prática. Endossou-a apenas porque, se aprovada, o projeto teria que ser devolvido à Câmara. E o Planalto ganharia tempo para negociar uma fórmula suportável ou enterrar a proposta. Votada simbolicamente, a emenda foi aprovada. O diabo é que a oposição exigiu votação nominal, que resultou na já mencionada derrota de 35 a 25.

A continuar nesse ritmo, se Dilma sobreviver à crise que a engolfa seu governo terá três anos e meio de ocaso. O recesso parlamentar começa no próximo dia 17. Na prática, as fornalhas do Congresso ficarão ligadas por mais uma semana. Parece pouco. Mas é tempo suficiente para pelo menos mais uma grande derrota.
Herculano
09/07/2015 07:24
TRANSPARÊNCIA ZERO. MANIUPULAÇÃO E MENTIRAS DEZ. EX-DIRETOR REFIRMA PROIBIÇÃO À DIVULGAÇÃO DE DADOS NA ELEIÇÃO

Conteúdo do jornal Folha de S. Paulo. Texto de Andreia Sadi e Gabriel Mascarenhas da sucursal de Brasília. O ex-diretor do Ipea (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada) Herton Araújo contou à Justiça Eleitoral que foi impedido de divulgar, durante a campanha de 2014, dados da Pnad (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios) 2013 que mostravam aumento da extrema pobreza no Brasil.

O depoimento foi tomado em 27 de maio e faz parte de uma ação movida no final do ano passado pelo PSDB contra Dilma Rousseff e Michel Temer no TSE (Tribunal Superior Eleitoral). A ação pede a cassação da chapa encabeçada pela petista por abuso de poder econômico e político.

O Ipea é vinculado à SAE (Secretaria de Assuntos Estratégicos da Presidência).

No depoimento, a que a Folha teve acesso, Araújo disse que os dados mostravam que a ''pobreza tinha aumentado de 3, alguma coisa para 4, alguma coisa''.

Ele afirmou ter entrado em contato com o então presidente do Ipea, Serguei Soares: "Olha, esse aumento é marginal, e a gente tem que falar isso para a população''. Segundo Araújo, a divulgação da Pnad era praxe. "Aí eu recebi a notícia de que eu não podia falar com a imprensa por causa da lei eleitoral."

Mais adiante, Araújo conta ter recebido um e-mail de ''um diretor'' com os dizeres: "'É, Herton, acho que nesse período de eleição', ele até brincou assim, 'o que é terra vira mar e o que é mar vira terra. Eu estou com um monte de produto aqui que eu estou querendo divulgar e foi pedido para a gente divulgar só depois das eleições'."

O ex-diretor do Ipea foi interrogado se o assunto foi levado a outras esferas do Poder Executivo, como ministros. Ele disse que, quando entregou sua carta de demissão, o então ministro Marcelo Neri o procurou para tentar reverter a sua decisão.

"[Neri] Sabia que tinha aumentado (...), aí quando o dado foi ruim, ele recuou. Na minha opinião. Como estava aquele contra-ataque na política, a política influenciou muito. Acho que as pessoas ficaram com medo'', disse.

OUTRO LADO

O ex-presidente do Ipea Serguei Soares informou que a decisão de não divulgar o estudo foi tomada pela diretoria colegiada, por unanimidade, antes de o instituto ter acesso aos dados. E que apenas trabalhos com periodicidade regular foram publicados, entre eles uma Carta de Conjuntura com dados negativos da economia brasileira.

"Herton jamais [pode] dizer que foi para beneficiar quem quer que seja."

O Ipea diz que a decisão da diretoria ocorreu a partir de orientações enviadas pela Controladoria-Geral da União. O órgão, porém, não enviou a ata da reunião em que o tema foi deliberado, conforme a Folha solicitou, nem informou se o procedimento ocorreu em outros anos eleitorais. Marcelo Neri não respondeu à reportagem.
Herculano
09/07/2015 07:17
OUTRO TSUNAMI MUNDIAL E QUE CAUSARÁ UMA RESSACA POR AQUI NUMA ECONOMIA FRACA PELO DESGOVERNO IDEOLÓGICO E IRRESPONSÁVEL DO PT, PMDB, PP, PDT, PSD, PCdoB, PR, PRB E OUTROS. BOLSA CHINESA DESPENCA 6% E ACENDE SINAL DE ALERTA GLOBAL

Das agências internacionais. Um novo dia de pânico na Bolsa de Xangai (China), com queda de 6%, acendeu mais um sinal de alerta na economia global, que já sofre com as indefinições da crise grega e sobre os juros americanos.

Em cerca de 20 dias, o mercado chinês perdeu um terço do valor (US$ 3,5 trilhões, pouco menos que o PIB alemão) e, apesar das sucessivas intervenções de Pequim, o clima de incerteza persiste e analistas discutem se a crise na Bolsa se tornará uma crise financeira, ao estilo Lehman Brothers, em 2008.

A derrapada da segunda maior economia global derrubou junto os mercados de commodities. O minério de ferro, principal produto de exportação do Brasil, teve a maior queda em sete anos. Para a economia brasileira, além do risco para as já fracas exportações, teme-se impacto nos financiamentos prometidos por Pequim.
Herculano
09/07/2015 07:13
O PAPA, AS MASSAS E O VAZIO, por Clóvis Rossi para o jornal Folha de S. Paulo

Francisco prega revolução, mas a igreja precisa fazer sua própria mudança para recuperar fiéis que perdeu

O papa Francisco fugiu do texto previamente preparado em uma de suas apresentações públicas no Equador para pronunciar uma frase que é, a um só tempo, um retrato acabado dos tempos modernos e uma condenação a ele.

Lamentou o papa que a morte de um pobre não escandalize ninguém, ao passo que "a queda de três pontos na Bolsa de uma capital do mundo deixa todo o mundo louco".

Não é de surpreender, pois, que o papa fale seguidamente de revolução e derivados.

Aconteceu no Rio de Janeiro, durante o Encontro Mundial da Juventude, quando Francisco convidou a moçada a ser revolucionária.

Aconteceu de novo agora, quando disse, sempre no Equador, que a fé [dos católicos] é "revolucionária".

Só mesmo uma revolução de fato para que o mundo se comova mais ante a morte de um pobre do que ante a queda na Bolsa.

Mas, atenção, a revolução de que o papa tanto fala não é pegar em armas, derrubar os governos de turno e implantar regimes que corrijam as injustiças sociais de que Francisco também tanto fala.

Trata-se, como ele deixou claro de novo no Equador e certamente o fará outra vez na Bolívia e no Paraguai, de uma revolução interior, da prática cotidiana dos ensinamentos do Evangelho.

"Evangelizar é a nossa revolução", disse.

É bonita essa pregação. É igualmente importante que o papa, ao contrário de seus dois antecessores mais imediatos, esteja reverenciando religiosos perseguidos e/ou mortos pelas ditaduras que ensanguentaram a América Latina.

Na Bolívia, por exemplo, prestará homenagem ao padre jesuíta Luís Espinal, morto pela ditadura boliviana da época em 1980. Antes, em maio, beatificara monsenhor Óscar Romero, o arcebispo de San Salvador, fuzilado quando celebrava missa também em 1980.

Por mais louváveis que sejam a retórica humanista do papa e as homenagens aos caídos, suspeito que sejam inócuas.

O papa, chame-se Francisco ou João Paulo 2º, de fato atrai multidões em seus périplos pela América Latina, subcontinente de 425 milhões de católicos ou 40% do total mundial de seguidores dessa fé.

O problema é que, terminada a viagem, fica o vazio. O Pew Research Center, centro norte-americano especializado em pesquisas, como diz o nome, informa que, até os anos 60, 90% dos latino-americanos se diziam católicos.

Até então, os papas não viajavam à América Latina. O primeiro a fazê-lo foi Paulo 6º, em 1968.

Hoje, depois das multitudinárias concentrações para receber João Paulo 2º em suas 18 viagens pela região, os católicos são 69% --21 pontos percentuais menos, portanto.

William Neuman, em "The New York Times", faz uma comparação que Francisco certamente abominaria: "Como uma corporação multinacional que enfrenta queda nas vendas, redução da fatia de mercado, crescente concorrência e uma marca cansada, a igreja é vulnerável".

Quem sabe se ela fizer a revolução que o papa prega para o mundo externo, especialmente em matéria de costumes, essa multinacional da fé recupere os exércitos que vem perdendo.

O papa Francisco enfrentará esse desafio?
Herculano
09/07/2015 07:07
GOLPISTA É QUEM USA DINHEIRO ROUBADO PARA FINANCIAR CAMPANHA ELEITORAL E ESCONDE A GASTANÇA CRIMINOSA COM PEDALADA FISCAIS, por Augusto Nunes, de Veja

Não há sinais de vida inteligente na entrevista de Dilma Rousseff publicada pela Folha. A leitura das três páginas é a travessia de um deserto de ideias, planos, projetos ou programas. Nessa terra desolada só vicejam vigarices, platitudes, palavrórios sem pé nem cabeça e muita conversa fiada. A aridez da paisagem é acentuada pela ausência de explicações, justificativas ou meras atenuantes para as delinquências que colocaram a declarante na mira do Tribunal de Contas da União, da Justiça Eleitoral e da Operação Lava Jato.

Por falta de álibis a tripular, Dilma embarca em fantasias de colegial. Uma delas é qualificar de "golpista" quem acha que os artigos do Código Penal e as normas constitucionais valem para todos. A indistinta aplicação da lei não tem qualquer parentesco com golpismo. Golpista é quem usa dinheiro roubado da Petrobras para financiar a própria candidatura. Golpista é quem gasta o dinheiro que não tem e tenta esconder o rombo com pedaladas fiscais. Golpista é quem promove bandido a ministro e ajuda corruptos de estimação a escapar da cadeia.

Por ter sido submetida há quase 50 anos a sessões de tortura que os democratas de verdade sempre abominaram, a mulher que desgoverna o país se concedeu o direito de passar o resto da vida contando mentiras. Vai logo aprender que o que houve no passado não autoriza ninguém a assassinar a verdade todo o tempo. Muito menos torturar o presente e trucidar o futuro do Brasil.
Herculano
09/07/2015 07:04
PRESIDIDO POR RÉU, SENADO VIRA CASA DA GALHOFA, por
Josias de Souza

A Justiça Federal de Brasília aceitou denúncia feita pelo Ministério Público Federal contra Renan Calheiros. Nesse processo, o senador é acusado de enfiar no Orçamento da União emendas que favoreceram a construtora Mendes Júnior. Em troca, um lobista da empresa bancou o custeio de uma filha que Renan teve em relacionamento extraconjungal com uma repórter. Com isso, o Senado da República passa a ser presidido por um réu.


Renan comanda o Senado pela quarta vez. A cada nova recondução, os senadores entregaram o comando a um Renan diferente. Primeiro, um presidente improvável. Depois, um presidente impensável. Na sequência, um presidente inaceitável. O Renan re-re-re-reeleito em fevereiro passado com o decisivo apoio de Dilma Rousseff é o mesmo Calheiros de sempre. O que mudou dessa vez foi o Senado, convertido pela reincidência em Casa da Galhofa.

Os vínculos monetários entre Renan e a Mendes Júnior vieram à luz em 2007. Os senadores tiveram, então, a oportunidade de cortar Renan pela raiz, passando-lhe na lâmina o mandato. Mas armou-se uma pantomima: em troca da preservação do mandato, Renan renunciou à presidência do Senado. E seus pares deram crédito à versão segundo a qual o dinheiro repassado por Renan à ex-amante viera da venda de gado.

Os senadores decidiram se fingir de bobos pelo bem da República. Proliferavam as evidências de que a defesa de Renan não parava em pé. Mas não convinha arriscar a estabilidade do Legislativo em nome da verdade. Então, ficou combinado desde essa época que nada tinha acontecido. E o Senado, habitat natural de vetustas figuras, passou a conviver com uma boiada de dúvidas.

O gado de Renan transita invisível pelo gabinete da presidência, pelo salão azul, pelo cafezinho, pelo plenário. De vez em quando, alguém pisa no rabo de uma vaca, arrancado-lhe um mugido. Foi o que sucedeu no final de janeiro de 2013, dias antes de o Senado reconduzir Renan à presidência pela terceira vez, com o apoio de Lula.

O então procurador-geral da República, Roberto Gurgel, protocolou no STF uma denúncia contra Renan. Acusou-o de peculato, falsidade ideológica e uso de documento falso. O relator do caso é o ministro Luiz Edson Fachin, recém-chegado ao Supremo. O processo envolve os mesmos fatos que acabam de fazer de Renan um réu. A diferença é que uma ação é penal e a outra é cívil, por improbidade.

Afora os mugidos que soam desde 2007, Renan responde a três inquéritos nascidos da Operação Lava Jato. Foram abertos no STF em março, pouco depois da quarta recondução de Renan à chefia do Senado. Procurado nesta quarta-feira para se manifestar sobre sua nova condição de réu, Renan preferiu não falar. Nem precisa.

Já está entendido que, para o Senado, os fatos relacionados a Renan não são morais nem imorais. São apenas dados de uma proeza: Renan dissociou-se de suas próprias ações. Mantém-se incólume a si mesmo.

À plateia resta concordar com uma velha tese de Dostoiévski: se Deus não existe, tudo é permitido. Se Renan continua na presidência do Senado, extinguem-se todos os valores éticos e morais.

Num instante em que o mandato de Dilma Rousseff está sob questionamento, você talvez devesse considerar a hipótese de rezar pela saúde de Michel Temer. A presença de Eduardo Cunha e de Renan Calheiros nas presidências da Câmara e do Senado coloca no terceiro e quarto lugar na linha de sucessão o lamentável e o abominável. Se preferir, você pode tentar um suicídio. Tudo é permitido.
Herculano
09/07/2015 07:01
GOVERNO ESCONDEU DÍVIDA PARA CAMUFLAR PEDALADAS, por Cláudio Humberto na coluna que publicou hoje nos jornais brasileiros

Em sua prestação de contas, que devem ser rejeitadas pelo Tribunal de Contas da União (TCU) no próximo dia 5, o governo Dilma "escondeu" dívidas de R$ 270 milhões junto a bancos oficiais, como Caixa e Banco do Brasil, na tentativa de camuflar ou "apagar as provas" do crime das "pedaladas", punido pela Lei de Responsabilidade Fiscal - que consiste em fazer bancos oficiais financiar programas sociais do governo.

Dura lex sed lex

O crime das pedaladas é tão claro, para técnicos e ministros do TCU, que não há clima para nem sequer uma "aprovação com ressalvas".

Dourando a pílula

Integrante da "bancada governista" no TCU tenta convencer os colegas a "dourar a pílula", substituir a palavra "rejeição" por outra, mais amena.

Novo paradigma

O TCU vai usar a rejeição das contas de Dilma para estabelecer novo paradigma no trato das contas públicas e afirmar independência.

LRF É SÓ UM BEBÊ

O governo alega que "pedaladas" são praticadas desde 1992. Esquece que de lá para cá surgiu a Lei de Responsabilidade Fiscal.

2015: GOVERNO PAGOU R$ 218 MILHÕES EM DIÁRIAS

O governo Dilma torrou, apenas até maio deste ano, R$ 218 milhões em diárias para funcionários públicos. A Anvisa desbancou o INPE, "campeão" de 2014, e emplacou treze dos quinze maiores "diaristas" do governo; eles faturaram, em média, R$ 54 mil cada. O governo gastou, em 2014, R$ 1 bilhão com diárias, que são pagas como "compensação" para gastos de servidores para cada dia de viagens de trabalho.

Lei amiga
Segundo a lei, diárias só são concedidas para indenizar o servidor por despesas extras com "pousada, alimentação e locomoção urbana".

Só um contrato
Dentro do programa de Aperfeiçoamento do SUS, da Anvisa, só um dos contratos destinou R$ 800 mil para diárias da agência em março.

Tudo na nossa conta
Os funcionários que mais receberam diárias do governo gastaram mais de R$ 804 mil até maio. Todos no exterior e "aperfeiçoando o SUS".

Morte no Jaburu
O vice Michel Temer tomou um baita susto, pela manhã, durante sua caminhada matinal nos jardins do Palácio Jaburu, onde mora: ele ouviu um tiro. Em seguida soube que um sentinela do Exército se matara.

Pode, MPF?
O governo Dilma já não divulga seus gastos com cartões corporativos há dois meses. Até abril, já havia torrado R$ 14,3 milhões com essa forma de pagamento. Tudo secreto, a pretexto de "segurança nacional".

Obstrução no Senado
O senador Petecão (PDT-AC) decidiu obstruir a votação para indicação de embaixadores, caso o governo Dilma não resolva a questão dos refugiados bolivianos, que enfrentam grandes dificuldades no Brasil.

Saia justa
Petistas gaúchos já não sabem como lidar com a presença e o poder do ministro da Aviação Civil, Eliseu Padilha (PMDB), no governo Dilma. Ele incomoda de Tarso Genro a Miguel Rossetto. Na oposição, o PT o chamava de "Eliseu Quadrilha". Mas a "quadrilha" era outra.

Cidadão brasiliense
O senador Aécio Neves (PSDB-MG) virou morador de Brasília. Alugou casa e se mudou "de mala e cuia" com a família para a cidade. Está encantado com a rotina de convivência com os filhos Julia e Bernardo.

Queimando pontes
O ministro Mauro Vieira (Relações Exteriores) empenha-se em queimar pontes: já deixou claro ao presidente do Senado, Renan Calheiros, que não atenderá suas recomendações de inclusão de diplomatas no quadro de acesso. Só Marco Aurélio Top-Top tem essa prerrogativa.

Ufa, escapou
O ministro Joaquim Levy não viajou com Dilma para Ufa, na Rússia. Preferiu cuidar da saúde. Alexandre Tombini, do Banco Central, está lá há dias e assinou a ata do novo banco, uma espécie de "FMI do B".

Crise viajando
Dilma, a "d. Crise", encontrará outros países em dificuldades, na cúpula do Brics, mas caindo feio nos indicadores e com forte crise política e moral no fundo, apenas o Brasil. A crise russa é coisa do embargo econômico. E a China reduziu sua velocidade de crescimento.

Questão de trabalho
O governo jamais será beneficiado pela própria medida de reduzir a jornada e os salários de funcionários de empresas: é que poucos trabalham por lá.
Herculano
09/07/2015 06:51
ASSUNTO POLÊMICO E QUE PODE DAR EM IMPEACHMENTE: CRIME DE RESPONSABILIDADE FISCAL. E JÁ COMEÇOU O AJEITAMENTO. DEPOIS DE DAR 30 DIAS E QUE VENCERIAM AGORA, TRIBUNALDE CONTAS DA UNIÃO DEVE ADIAR PARA AGOSTO JULGAMENTO DAS "PEDALADAS" DO GOVERNO DILMA E DO PT

Conteúdo do jornal Folha de S. Paulo. Texto de Valdo Cruz e Márcio Falcão da sucursal de Brasília. A presidente Dilma Rousseff ganhou tempo para a estratégia de sua equipe de tentar convencer a base aliada no Congresso a não aprovar eventual rejeição das contas do governo pelo TCU (Tribunal de Contas da União).

Inicialmente previsto para ocorrer em julho, o julgamento do parecer do ministro Augusto Nardes, que deve pedir a rejeição das contas do governo Dilma de 2014, será realizado provavelmente em meados de agosto.

Dois ministros do TCU disseram à Folha que o tribunal precisa analisar com cuidado as respostas que a presidente encaminhará até o dia 22 de julho, quando completa o prazo de 30 dias concedido pelo órgão ao governo para explicar as irregularidades apontadas pelos técnicos.

A oposição conta com a rejeição das contas para usá-la como argumento jurídico para a abertura de um processo de impeachment contra Dilma.

Caso o TCU rejeite as contas do governo, ele pode determinar correções para as irregularidades e punições para funcionários envolvidos nas operações, como ministros, mas não para a presidente da República.

No caso de Dilma, a avaliação ficaria com o Congresso, que pode aprovar ou não o parecer do TCU sobre o caso.

Reservadamente, um ministro disse que o tribunal não pode aparentar que "está com muita pressa" em julgar o caso porque pode passar a impressão de que tem interesse particular em rejeitar as contas do governo.

TENDÊNCIA DE REJEIÇÃO

Dentro do governo, hoje, há uma avaliação de que a tendência do TCU é pela rejeição das contas da presidente. Por isso, o Planalto já começou a fazer um trabalho preparatório no Senado e na Câmara para convencer os parlamentares a não embarcarem na opinião do TCU.

A presidente Dilma escalou os ministros Nelson Barbosa (Planejamento) e Luís Inácio Adams (Advocacia-Geral da União) para a tarefa.

O parecer do ministro Augusto Nardes aponta várias irregularidades nas contas do governo de 2014, entre elas as chamadas "pedaladas" fiscais, que permitiram ao governo segurar despesas com ajuda dos bancos públicos que pagam, por meio de transferências, programas sociais como o Bolsa Família e o Minha Casa, Minha Vida.

Nardes apontou ainda que o governo foi avisado de que teria de cortar despesas e, mesmo assim, aumentou gastos no último ano do governo.

TSE

Além do TCU, o governo enfrenta outra batalha jurídica. A expectativa é que o TSE (Tribunal Superior Eleitoral) também julgue em agosto ações movidas pela oposição.

O PSDB acusa a campanha petista de abuso de poder político e econômico por ter sido financiada com dinheiro de corrupção, o que tornaria a eleição da petista "ilegítima". Segundo petistas, o cenário no TSE seria mais delicado para Dilma. Pelo menos três dos sete ministros devem votar contra o governo.

Um depoimento considerado decisivo para o caso é do dono da UTC, Ricardo Pessoa, que fechou acordo de delação premiada com o Ministério Público. Ele será ouvido na próxima semana.
Herculano
09/07/2015 06:39
PARA JUIZ, CRÍTICAS DE DILMA A DELATORES OFENDEM O SUPREMO

O conteúdo é do jornal Folha de S.Paulo. O texto é de Graciliano Rocha. O juiz Sergio Moro, que conduz os processos da Operação Lava Jato no Paraná, rejeitou as críticas feitas pela presidente Dilma Rousseff aos delatores do esquema de corrupção descoberto na Petrobras, classificando seus comentários como "inapropriados" e "ofensivos" para o Supremo Tribunal Federal.

Moro se manifestou sobre as declarações da presidente sem mencionar o nome de Dilma, no final de um ofício divulgado nesta quarta-feira (8) em que defendeu a manutenção da prisão preventiva do empresário Marcelo Odebrecht, preso em Curitiba sob suspeita de envolvimento com o esquema de corrupção.

"Mesmo juízo de inconsistência cabe às equiparações inapropriadas entre 'prisão cautelar' e 'tortura' ou entre 'criminosos colaboradores' e 'traidores da pátria'", escreveu Moro. "Não há como este Juízo ou qualquer Corte de Justiça considerar argumentos da espécie com seriedade."

Dilma criticou os delatores na semana passada, durante viagem aos Estados Unidos, ao ser perguntada sobre os depoimentos do empreiteiro Ricardo Pessoa, que lançou suspeitas sobre o financiamento da campanha da petista à reeleição no ano passado.

Dilma comparou os delatores ao traidor da Inconfidência Mineira, Joaquim Silvério dos Reis, e a presos políticos que entregaram companheiros após sofrer tortura na ditadura militar. Em entrevista à Folha nesta semana, ela repetiu as críticas. "Não gosto de delatores", disse.

No ofício desta quarta, o juiz Moro lembrou que a delação de Pessoa foi homologada pelo STF. "São eles [os comentários sobre Silvério e a ditadura], aliás, ofensivos ao Egrégio Supremo Tribunal Federal que homologou os principais acordos de colaboração, certificando-se previamente da validade dos pactos e da voluntariedade dos colaboradores", escreveu o juiz.

Advogados que defendem pessoas investigadas pela Lava Jato têm usado argumentos semelhantes ao de Dilma para acusar Moro e os procuradores que conduzem as investigações de prender os suspeitos para coagi-los a fechar acordos de colaboração.

No pedido de habeas corpus de Marcelo Odebrecht, a defesa acusa o juiz Sergio Moro de usar a prisão cautelar como "retaliação" a quem prefere defender a própria inocência a se tornar delator.

O instituto da colaboração premiada, em troca de redução de pena, é descrito pelos advogados de Marcelo Odebrecht como a "chave de entrada e de saída da cadeia".

No ofício ao juiz Nivaldo Brunoni, relator do pedido de libertação do empresário no Tribunal Regional Federal da 4ª Região, Moro também refutou essa alegação.

O pedido de habeas corpus de Marcelo Odebrecht e os de outros executivos presos com ele em junho deverão ser julgados na próxima semana.

Moro reafirmou em seu despacho sua convicção de que as evidências que ligam a Odebrecht ao cartel de empreiteiras que teria participado do esquema de corrupção tornam inverossímil a alegação da defesa de que Marcelo Odebrecht se mantinha "olimpicamente afastado" do dia-a-dia da sua empresa.

Ele citou e-mails encontrados nos computadores da Odebrecht que mostram o executivo discutindo com os subordinados um contrato de sondas para exploração do pré-sal.
Herculano
09/07/2015 06:36
A ESQUERDA PRESSIONA DILMA, por Bernardo Mello Franco para o jornal Folha de S.Paulo

A presidente Dilma Rousseff terá que fazer concessões à esquerda se quiser mobilizar os movimentos sociais em defesa de seu mandato. O recado tem sido repetido a ministros petistas e ao ex-presidente Lula em conversas reservadas sobre o agravamento da crise.

Acuada pela oposição oficial e pelo PMDB, Dilma agora enfrenta a pressão de aliados históricos do PT para abandonar o ajuste fiscal. Na prática, a esquerda quer trocar o apoio nas ruas pela cabeça do ministro da Fazenda, Joaquim Levy.

"O governo está muito fraco e precisa mais do que nunca das ruas para resistir ao golpe. Mas não podemos defender um governo que está ficando indefensável por causa dessa política econômica", afirma Guilherme Boulos, principal líder do Movimento dos Trabalhadores Sem Teto.

O ativista ficou contrariado ao saber que a presidente prepara medidas para ampliar o ajuste, como ela contou à Folha. "A crise se agravou, e a reação da Dilma é dizer que vai aprofundar ainda mais o ajuste. Isso cria dificuldade para os movimentos que estão dispostos a enfrentar a ofensiva golpista", diz Boulos.

Apesar das críticas, ele articula um ato de "resposta à direita" para 20 de agosto, quatro dias depois dos protestos convocados por grupos anti-Dilma. "Será uma grande mobilização contra o golpismo, o Eduardo Cunha e a ofensiva conservadora, mas também contra a política econômica", ressalta o líder do MTST.

Próximo ao ex-presidente Lula, o senador petista Lindbergh Farias reforça a pressão. "O governo tem que parar de atirar na própria base. Quem pode defender Dilma contra o golpe são os movimentos sociais e o Lula. O que a gente quer é que o governo pare de atrapalhar", afirma.

A tese da guinada à esquerda seduz cada vez mais petistas, mas embute altos riscos. Se desistir do ajuste, Dilma pode perder o apoio que lhe resta no PMDB e engajar setores do empresariado e do mercado financeiro no movimento pró-impeachment.
Herculano
09/07/2015 06:31
DEU NA "FORBES": BRASIL TEM INFLAÇÃO ALTA, E A CULPA É DA MEGA-SENA

Conteúdo Brasilianismo. Texto de Daniel Buarque. Uma reportagem sobre aumento da inflação no Brasil publicada no site da revista de economia "Forbes'' indica de forma irônica as principais culpadas pela alta inflação e os aumentos dos preços no país: As loterias.

"Brasileiros presos numa economia podre estão se voltando à Mega-Sena para ganhar mais dinheiro (se tiverem sorte). Preços de loterias aumentaram recentemente, empurrando a inflação para cima'', diz a publicação.

A revista explica que o aumento dos gastos inclui outros itens, como leite, carnes e alimentação fora de casa, mas destaca que realmente há impacto das loterias.

"A vida no Brasil está ficando mais cara'', diz.
Leonardo
08/07/2015 23:27
Ilhota realmente está a deriva..... a balsa e a administração estão no mesmo nível, encalhadas, paradas.... estacionadas sem servir pra nada.... Que vergonha.... as pessoas estão sofrendo muito...... descaso de um prefeito incompetente.
Pernilongo Irritante
08/07/2015 21:56
Sabem porque Dilma está na Rússia?
Porque a coisa pra ela aqui no Brasil está Russa.

Será que comprou passagem só de ida?
Aurélio Marcos de Souza
08/07/2015 20:18
Herculano Tribunal de Justiça de santa Catarina acabou de emitir a seguinte nota.

"O Projeto que congela repasses do duodécimo poderá fechar comarcas em Santa Catarina

O Poder Judiciário de Santa Catarina corre risco de descontinuidade em seus projetos, desativação de serviços e paralisação de investimentos. Não se descarta sequer a possibilidade de cerrar comarcas. A constatação parte do presidente do Tribunal de Justiça, desembargador Nelson Schaefer Martins, ao receber na tarde desta quarta-feira (8/7) dados preliminares do estudo técnico que esmiúça o projeto de lei em tramitação na Assembleia Legislativa e que prevê alteração no repasse de valores do duodécimo aos poderes.

"Não se pode esquecer que a justiça presta um serviço tão essencial quanto aqueles disponibilizados pelas áreas de saúde, educação e segurança pública", alerta o presidente da Corte Estadual. Sem contar, lembra, que muitas vezes direitos básicos do cidadão neste segmento só são garantidos através da via judicial. A medida anunciada, e prestes a ser apreciada pelo Legislativo, implica no congelamento de valores a serem repassados aos poderes. O presidente do TJ, contudo, aguarda a conclusão dos estudos para poder apresentá-lo aos demais integrantes da Corte, em reunião administrativa prevista para acontecer na próxima sexta-feira (10/7).

Medidas como a suspensão imediata de qualquer contratação de servidores aprovados em concurso público, assim como de instalações de novas unidades jurisdicionais e o fechamento de outras, deverão estar na pauta da reunião. Deste encontro, após discussões, sairá a posição oficial do Judiciário, a ser encaminhada para ciência aos parlamentares estaduais. Nela, aliás, deverá constar a nominata das unidades e serviços suscetíveis ao corte por região. De qualquer forma, é grande a preocupação com os reflexos da eventual aprovação do projeto de lei, principalmente para um tribunal que teve atestado pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ) a vice-liderança em produtividade dentre os tribunais de justiça de médio porte em todo o país. "

Minha sugestão para nosso governador que em vez de reduzir o duodécimo dos demais poderes constituídos ele deveria de terminar é com estes cabides empregos que são as SDRs, porque o lugar de politico é no cargo a que foi eleito, e se não ser premiado com cargo caso não tenha sido eleito.
Herculano
08/07/2015 19:52
O GOLPE RETÓRICO, por José Aníbal, um dos fundadores do PT, amigo de lutadas de Dilma Vana Rousseff, mas que trocou o partido para ser deputado por São Paulo, onde foi secretário de Ciências, Tecnologia e Desenvolvimento. Hoje é presidente do Instituto Teotônio Vilela, que suporta o PSDB.

Se alguém pode derrubar a presidente Dilma Rousseff neste momento é o poder judiciário. São as instituições republicanas - não a oposição - que investigam se o PT, mais uma vez, desviou dinheiro público para fraudar o processo político e assim continuar no poder.

Se a continuidade do mandato presidencial está ameaçada, o golpe é urdido pela Constituição Federal. Ela fixou os limites da moralidade pública e da boa conduta administrativa que a presidente não respeitou. O crime de responsabilidade, aliás, parece feito sob medida para Dilma.

Como no Mensalão, quando o PT teve de criar a tese do 'julgamento político' para tentar desviar o foco do banditismo provado nas altas esferas de poder, a tese do golpe agora é a vacina retórica contra o peso da lei - que, a julgar pelos destemperos de Dilma Rousseff, está a caminho.

O contorcionismo retórico segundo o qual lobos malvados rondam o Estado de Direito é mais uma das lorotas que Dilma se habituou a contar aos brasileiros. Atribuir à oposição, às "elites" ou à "imprensa golpista" as pendências do PT com a Justiça e com os códigos criminais não vai funcionar.

Primeiro, porque pressupõe que as pessoas sejam burras e gostem de ser enganadas - a aprovação de Dilma fala por si. Segundo, pois depende da leniência das instituições. A Lava Jato mostra que este tempo já passou. Além do mais, o PT não é primário quando o assunto é fraude contra a democracia.

O ministro da Justiça foi na base do 'se colar, colou': "É de um profundo despudor democrático (...) O desejo de golpe sob o manto da aparente legalidade é algo reprovável do ponto de vista jurídico e ético". Ele falava das doações 'legais' a partir de desvios na Petrobras? Ou das fraudes contábeis no ano eleitoral?

A escalada retórica, como se vê, tenta construir um discurso de vitimização que se antecipa ao veredito das instituições. Por que Dilma e o PT desconfiam das instituições, depois de tanto usá-las como exemplos de solidez e de independência na campanha eleitoral? Porque a história deles não fecha.

Dilma e o PT querem que os brasileiros acreditem que a leniência com a corrupção - e as vantagens políticas ali obtidas - se justificam pela luta de classes. O problema nesta fábula de Robin Hood 2.0 é que os supostos benfeitores dos pobres roubam do Estado para dar a eles mesmos. Para os pobres restam às contas a pagar pelos malfeitos, como a de luz. A história não fecha. Não adianta jogar purpurina.

O esvaziamento da presidente e o irrefreável avanço das investigações mostram que a narrativa do Planalto para a crise tem tudo para dar errado. Como disse o ex-ministro Carlos Ayres Britto, tudo se dá dentro da mais natural constitucionalidade. O único golpe aqui é o retórico, como o do tiro contra a inflação, estilo Collor. Melhor seria Dilma guardar o chororô e o ranger de dentes para quando a Justiça se manifestar.
Herculano
08/07/2015 19:23
da série: o vale tudo para se manter no poder, inclusive o de levar à miséria a nação e o sacrifício ao povo.

MUDAR A POLÍTICA ECONÔMICA, UNIFICAR A BASE SOCIAL E ENFRENTAR O GOLPE, por Lindbergh Farias, senador do PT fluminense

Parte 1

A leitura dos jornais no final de semana me deixou indignado. Jamais pensei que o Brasil iria reviver seu passado obscuro: uma conspiração aberta, sem peias nem pudor, contra uma presidenta eleita democraticamente pela maioria do povo brasileiro. É lamentável constatar que entre os principais envolvidos nessa conspiração estão muitas das principais lideranças do PSDB, um partido que no passado se comportou como um dos fiadores da democracia brasileira.

Advirto que golpe é como brincar com fogo. É como abrir uma caixa de Pandora. Um golpe sabe-se como começa e nunca se sabe como termina. Em 1964, dizia-se que o golpe duraria até 1965, quando da eleição do novo presidente da República. Resultado: durou vinte e um longos anos. Mas os golpistas não passarão, para relembrar as palavras da heroína da guerra civil espanhola, Dolores Ibárruri.

Minha angústia aumenta ao perceber que o governo que elegemos, da honrada presidenta Dilma Rousseff, parece ainda não ter noção da gravidade da conspiração que visa derrubar o seu governo ainda este ano. O povo brasileiro amadureceu e não será conivente com qualquer tentativa de ruptura da ordem democrática no país. É por isso que não se pode ter uma posição defensiva.

Em Brasília, não é segredo para ninguém que a aliança do PSDB com setores do PMDB não está restrita a questões como a redução da maioridade penal. Tramam para afastar uma presidenta da República eleita de forma legítima. Nem se pede mais segredo de bastidores, a conspiração é aberta e escancarada.

Há dois argumentos centrais exibidos pelos que defendem a ruptura da continuidade democrática. O primeiro, pauta de todos os discursos, é o de que a crise política e a fragilidade do governo estão fazendo o Brasil afundar em um cenário de recessão e de alta da inflação. Afirmam que não há como sairmos dessa situação sem mudar o governo.

O outro argumento - este de bastidor - é que nunca houve na história do Brasil um governo tão fraco na relação com o Poder Judiciário, o Ministério Público e a Polícia Federal. Se em público os tucanos aplaudem o juiz Sérgio Moro, em privado falam de abusos no processo e prometem que, se chegarem ao poder, tudo mudará. Não cansam de repetir que não agirão como Dilma, "que lavou as mãos", e prometem um governo forte, com ascendência sobre o Ministério Público, trânsito no STF e nos meios de comunicação. Lembram que, no período FHC, era o presidente quem escolhia o Procurador (Engavetador) da República. Não havia eleição, isso foi "invenção do Lula". Nunca vi tanto cinismo junto!

Trata-se, como evidente, de um discurso encomendado para seduzir setores da própria base governista. Vou mais longe: o que começou como uma conspiração está tomando a feição de um acordo, já com roteiro e plano de ação prontos. Falam-se das "pedaladas" e da rejeição das contas pelo TCU, mas a grande aposta é no TSE.

Sabe-se que o PSDB, logo que terminou as eleições presidenciais do ano passado, entrou com uma representação, uma AIJE (Ação Indireta de Investigação Eleitoral), de suposto "abuso de poder econômico". Procura-se de todas as maneiras forjar um depoimento de um dos delatores presos na Operação Lava Jato, falando de "origem ilegal de recursos de campanha". Pronto. Arrumou-se o mote.
Herculano
08/07/2015 19:22
MUDAR A POLÍTICA ECONÔMICA, UNIFICAR A BASE SOCIAL E ENFRENTAR O GOLPE, por Lindbergh Farias, senador do PT fluminense

Parte 2

A partir desse depoimento, parte-se para cabalar votos no Tribunal. Como é um Tribunal pequeno, apenas sete membros, uma maioria circunstancial de quatro permite o afastamento da presidenta da República. Sem nem precisar passar pelo Congresso! Sem nem passar pelo complexo e desgastante processo de um impeachment! Restaria a Dilma apenas lutar por uma liminar junto ao STF.

Resultado do hipotético julgamento junto ao TSE, afastados a Presidenta e o Vice, assumiria a Presidência da República, por três meses, o deputado Eduardo Cunha, enquanto novas eleições seriam realizadas. Este é o roteiro preferencial da chanchada preparada pela oposição e por alguns setores da ainda formalmente chamada ?base governista?.

Alguém pode perguntar: o PMDB embarca nesta canoa furada mesmo contra Michel Temer? Ora, o Temer é minoria no PMDB. Além disso, aqui sabemos que ele não tem boas relações com seu próprio partido no Senado. E o controle da bancada do PMDB na Câmara é de Eduardo Cunha, que adoraria assumir a Presidência da República de forma interina. Evidentemente, se esse caminho não der certo, vão-se tentar outras veredas, a exemplo do impeachment e TCU.

Diante da gravidade da situação brasileira, o que nós, democratas e militantes de esquerda, podemos fazer para impedir o golpe, seja judicial ou parlamentar? Podemos fazer muito. Na minha avaliação, a questão central é mobilizar nossas bases sociais para irem às ruas. Eles têm que temer nossa capacidade de reação. Temos que anunciar que, se optarem por esse caminho, estarão colocando o Brasil em um clima de radicalização e confronto que atenta contra nossa democracia. Mas para isso precisamos da ajuda do governo. É preciso que governo pare de atacar a sua própria base! É hora de reaglutinar aquela turma que foi para as ruas no segundo turno da eleição da Dilma.

Como fazer isso? Tomando coragem (que tal nos inspirarmos nos gregos?) para reorientar a política econômica. É um erro primário conduzir a economia desconsiderando a conjuntura política. Estamos em tempos de guerra. Não se atira contra a própria tropa, contra aqueles que podem sair às ruas em defesa da legalidade democrática.

Ainda resta alguma dúvida de que os "planos de austeridade" de Joaquim Levy estão fracassando? Nesse aspecto, está acontecendo entre nós exatamente uma repetição do que houve na Grécia, Espanha e Portugal. Essa política econômica neoliberal de Levy não é a nossa, nem Dilma foi eleita com essas propostas. Dizer que inexistem alternativas é falso, basta ler o debate econômico brasileiro e internacional e verificar que as alternativas existem, sim.

Essa política econômica mergulhou o país em recessão. O Levy fez o ajuste dizendo que esse era o "único" caminho para recuperar o equilíbrio fiscal. Só que, ao impor ao país, conscientemente, uma recessão mastodôntica, a arrecadação do Estado não para de cair. Consorciado à queda da arrecadação, vem a elevação das taxas de juros (cada 0,5% de subida na SELIC significa R$ 7 bilhões de impacto fiscal negativo).

Resultado: a situação fiscal do Brasil só vem piorando. O déficit nominal de 2014, no ano passado, foi de 6,7; agora, no acumulado dos últimos doze meses, subiu para 7,9. Ou seja, está dando errado, apesar das consequências sociais e políticas desastrosas. O desemprego saiu de 4,9 em dezembro do ano passado e já há previsão de chegar a perto de 9% ao fim do ano. A Pesquisa Mensal de Emprego (PME) do IBGE mostra que a massa salarial real habitual (sem o 13º salário) diminuiu 10% entre novembro do ano passado e maio deste ano.

A consequência dessa política econômica fracassada recai sobre os ombros dos trabalhadores e dos mais pobres, os que votaram em nosso governo, os que fizeram Dilma e Lula presidentes da República. São essas dezenas de milhões de brasileiros que confiaram em nós, a base social de nosso projeto vitorioso de inclusão social. É a confiança dessas pessoas que temos que reconquistar.

Isso só será possível se o governo entender a gravidade da crise, esquecer um pouco o Levy e seu samba de uma nota só do ajuste fiscal. Com isso, girar à esquerda com um programa que defenda o emprego e a renda dos trabalhadores, taxação das grandes fortunas, a legalidade democrática, a soberania nacional e os direitos humanos frente a essa ofensiva conservadora.

Temos que nos associar a essas pautas que, inclusive, serão tema de uma grande Conferência Nacional, no começo de setembro, chamada pelos movimentos sociais. Isso pode reunificar nosso campo político em cima de um programa que daria ânimo e disposição para a tropa ir à luta. É hora de parar com as ilusões: a ideia ingênua de que é possível neutralizar os mercados e a mídia e, dessa maneira, apaziguar o clima de radicalização em curso no Brasil.

Presidenta Dilma, por favor, entenda que essa turma quer a sua e as nossas cabeças. A nossa "Dilma coração valente"tem que reaparecer e governar com o programa vencedor das eleições. Olhar para o seu povo. Ser a guerreira defensora dos mais pobres, defensora dos empregos.

Este é um daqueles momentos de encruzilhada da história do Brasil em que somente o povo é capaz de nos livrar do golpe em curso. Se o governo não entender a gravidade da crise e continuar no mesmo rumo, mantiver a mesma política econômica recessiva, ainda assim vamos continuar na trincheira contra o golpe. No entanto, infelizmente, tudo será mais difícil, principalmente a necessária mobilização popular contra o golpe e os golpistas.
Arara Palradora
08/07/2015 19:19
Querido, Blogueiro!

Estadão: "A Justiça Federal de Brasília tornou Renan Calheiro réu em processo civil no qual é acusado de ter recebido propina da Mendes Júnior entre 2005 e 2007".

Os ratos pouco a pouco vão saindo de seus buracos fétidos.

E sobre Lula processar Caiado por chamá-lo de "BANDIDO FROUXO",
veremos:
BANDIDO = Aquele indivíduo que participa, só é/ou acompanhado, em
incursões duvidosas promovendo unicamente em benefício próprio a angariação de recursos financeiros e materiais oriundos de terceiros.
FROUXO = solto, mole, mal apertado, despreparado, tímido.

CAIADO, me arrole como testemunha de defesa!

Voeeeiii...!!!
Herculano
08/07/2015 19:15
DILMA RISCA FÓSFORO, TEMER SEGURA BALDE D'ÁGUA, por Josias de Souza

Na enfezada entrevista que concedeu à Folha, Dilma 'Não Vou Cair' Rousseff riscou um fósforo para mostrar que não há gasolina no tanque que move a oposição, apenas "luta política" e um discurso "um tanto quanto golpista". Diante do cheiro de óleo queimado, Michel Temer, o vice de madame, levou as mãos ao balde d?água.

A bordo do jato presidencial, a caminho da Rússia, Dilma festejou as reações que provocara: "O Aécio vestiu a carapuça'', exultou, com as labaredas subindo-lhe pelas pernas. Em Brasília, uma repórter perguntou ao vice, agora no exercício da Presidência: a presidente disse que setores da oposição são golpistas, o senhor concorda? E Temer, vertendo precaução e esperteza, respondeu:

"Nós não devemos discutir esse tema. Nós devemos pensar no Brasil. Eu penso que situação e oposição - e a oposição existe também para ajudar a governar, mesmo quando critica -, nós temos que pensar no Brasil. Temos que fazer uma grande unidade nacional. Mais do que nunca é necessário o pensamento conjugado dos vários setores da nacionalidade, portanto dos vários partidos políticos, para que nós caminhemos juntos, em benefício do Brasil. Essas discussões, acho que não vale a pena levar adiante."

A sagacidade política de Dilma cabe numa caixa de fósforos porque Lula só lhe ensinou o trecho da cartilha que trata da tática do "nós-contra-eles". A experiência de Temer já lhe permite observar a crise sob a lógica das seguradoras: quanto maior o risco, mais lucrativa a apólice. Ficando Dilma, o PMDB cobrará pelo apoio um preço compatível com a fragilidade da contratante. Saindo Dilma, Temer pode passar de vice a versa. Vai à poltrona principal esgrimindo o discurso da "grande unidade nacional''.
Herculano
08/07/2015 19:10
ESTAMOS BEM. O PRESIDENTE DO SENADO, RENAN CALHEIROS, DO PMDB DE ALAGOAS, VIRA RÉUS SOB A ACUSAÇÃO DE RECEBER DA MENDES JÚNIORPOR EMENDAS

O conteúdo é do jornal O Estado de S. Paulo. A Justiça Federal de Brasília decidiu tornar o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), réu em processo em que o senador é acusado de ter recebido propina da construtora Mendes Junior para apresentar emendas parlamentares que beneficiavam a empreiteira. O Ministério Público Federal acusa Renan de ter tido despesas de um "relacionamento extraconjugal" pagas pela empresa na sua primeira passagem pelo comando da Casa (2005-2007).

A ação de improbidade movida pelo MP foi revelada, com exclusividade, pelo Broadcast Político, serviço de notícias em tempo real da Agência Estado, em setembro do ano passado. No processo que corre na 14ª Vara Federal do Distrito Federal, os procuradores sustentam que Renan enriqueceu ilicitamente, forjou documentos para comprovar que tinha recursos para bancar as despesas pessoais e ainda teve evolução patrimonial incompatível com o cargo.

Em decisão publicada no dia 16 de junho, o juiz Waldemar Cláudio de Carvalho recebeu a petição inicial movida pelo MP contra o presidente do Senado, tornando-o réu na ação. O magistrado decretou segredo de justiça no caso, o que impossibilita a confirmação de mais detalhes. A defesa de Renan Calheiros deve recorrer da decisão.

O presidente do Senado terá, agora, de contestar os fatos da ação. Se for condenado por improbidade, Renan pode perder o cargo público e ainda ser obrigado a ressarcir a União pelo dano causado.

O caso a que se refere a ação de improbidade remonta ao ano de 2007. Na época, Renan renunciou à presidência do Senado para evitar a cassação do mandato após ser alvo de uma série de acusações, entre elas a de ter tido, conforme apontou a revista Veja, despesas pessoais pagas por Cláudio Gontijo, lobista da Mendes Junior.

No final de janeiro de 2013, dias antes de Renan se eleger para mais um dos quatro mandatos à frente do Senado, o então procurador-geral da República, Roberto Gurgel, ofereceu denúncia criminal no Supremo Tribunal Federal (STF) contra o senador por peculato, falsidade ideológica e uso de documento falso por causa desses fatos. O processo, que estava sob relatoria do presidente da Corte, ministro Ricardo Lewandowski, foi encaminhado ao gabinete do ministro Luiz Edson Fachin, que assumiu uma cadeira no tribunal em junho. Ele encaminhou o caso, no início de julho, para a Procuradoria-Geral da República. A investigação também corre sob sigilo.

A ação de improbidade é um desdobramento, na esfera cível, do mesmo caso. Segundo a ação, no Orçamento enviado pelo governo ao Congresso para os anos de 2005 e 2006, não havia qualquer alusão à construção do cais de contêineres no Porto de Maceió, obra tocada pela Mendes Junior desde 2001. O empreendimento, segundo o MP, só passou a virar prioridade após a apresentação de emendas parlamentares por Renan. Viraram réus na ação de improbidade o peemedebista, Cláudio Gontijo e a Mendes Junior.

"O ato por si só, de receber valores de empresas diretamente interessadas em emendas parlamentares, já constitui ato de improbidade administrativa, mas quando a vantagem econômica é recebida em atenção aos 'serviços' prestados pelo agente público no exercício do seu cargo, a repulsa da sociedade é ainda mais grave", afirma o MP, na ação.

O presidente do Senado ainda é alvo de outros três inquéritos abertos no STF em março pelo ministro Teori Zavascki. Ele é investigado pelos crimes de formação de quadrilha, corrupção passiva e lavagem de dinheiro na Operação Lava Jato.

Procurado pela reportagem por meio de sua assessoria, o presidente do Senado não quis se manifestar.
Anônimo disse:
08/07/2015 18:39
Herculano, quem não sabe que Lulla é bandido?
Talvez as minhocas embaixo da terra.
Juju do Gasparinho
08/07/2015 18:35
Prezado Herculano:

No Blog do Coronel:

"Eduardo Cunha convoca cadeia nacional de rádio e tv para dia 17 de julho, último dia para Dilma tentar explicar o crime das 'pedaladas fiscais'. Data pode marcar abertura do processo de impeachment."

Ele acescenta: "Lauro Jardim da revista Veja não sacou a jogada de Cunha. Lauro diz que ele vai falar sobre as realizações da Câmara no primeiro semestre deste ano".

Prefiro a primeira opção, e que todos os anjos do céu digam AMÉM!

RENATO NICOLETTI
08/07/2015 17:02
Fugindo um pouco dos temas que comandam este espaço, aproveito para sugerir a todos os poderes, o executivo (prefeitura, Policias Militar e Civil), judiciario (vara da infancia) e legislativo (nobres vereadores), que prestem um pouco mais de atenção num tema que atormenta todo e qualquer organizador de evento nesta cidade; as burocráticas licenças, seja para um grande evento ou mesmo uma simples feijoada. Está na hora de rever este procedimento, pois da forma como está, as entidades e os cidadãos tem que ser fortes e teimosos pra cumprir com todas as etapas. Este espaço é pequeno pra descrever o tamanho da burocracia e exigencias esdrúxulas na minha opinião. Quem já precisou, sabe do que estou falando. Apenas um pequeno exemplo: qual a razão da PM e juizo da infancia exigirem alvará de funcionamento e sanitário? Isto não é competencia da Prefeitura? E há outros mais absurdos. Sentem-se por favor todos novamente na mesma mesa, e facilitem um pouco a vida de quem quer andar dentro da lei. Lembrem-se que facilitar a burocracia não é sinônimo de abrir exceção ou privilégios, é apenas permitir que qualquer cidadão possa fazer. Por favor peço mais uma vez.
Odir Barni
08/07/2015 17:01

O SONTRASPUG FAZ 26 ANOS HOJE, 08 DE JULHO DE 2015.

Caro Herculano; Mesmo que tentem ofuscar o nosso trabalho, as Leis permanecem.
Por incrível que pareça, procurei no site do Sintraspug uma foto dos tempos em que iniciamos nossa caminhada. Só encontrei fotos das manifestações atuais, uma camionete com brindes de natal; jovens com nariz de palhaço e um encontro na Câmara de Vereadores, batendo palmas pelas grandes conquistas??? Nosso trabalho foi pautado no quis diz a Constituição Brasileira. Graças ao então prefeito Francisco Hostins, conseguimos aprovar na Justiça do Trabalho, 26 cláusulas das 50 apresentadas. Após 26 anos o sindicato acaba de se tornar um cabide de emprego, cada um defendendo a sua liberação para ficar esperando o que o Executivo manda; fazem paralisações e depois o máximo que conseguem é não descontar os dias parados. O sistema tomou conta deste país, os xiitas do passado tornaram-se amigos do rei. Quem achava que fazíamos pouco pelos servidores, hoje lutam para manter o que conquistamos. Que Deus abençoe os servidores municipais; eu estou convicto de que eu e meus companheiros fizemos a nossa parte, esperamos que os atuais diretores consigam manter as nossas conquistas. Nada melhor que um dia após o outro!
Herculano
08/07/2015 15:26
SEM DISCURSO E ARGUMENTOS, LULA REAGE E PROCESSA SENADOR DO DEM QUE O CHAMOU DE BANDIDO

Conteúdo do jornal O Estado de S. Paulo. O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva entrou com um pedido de queixa-crime no Supremo Tribunal Federal (STF) contra o senador Ronaldo Caiado (DEM-GO).

A defesa do ex-presidente pede a condenação do senador pelos crimes de "calúnia, injúria e difamação".

Em fevereiro, o senador escreveu em sua conta no Twitter uma mensagem chamando o ex-presidente de "bandido".

"Lula tem postura de bandido. E bandido frouxo! Igual à época que instigava metalúrgicos a protestar e ia dormir na sala do delegado Tuma", escreveu Caiado na rede social.


Para a defesa, a postagem pode ser configurada como crime de calúnia e difamação.

No documento, os advogados argumentam ainda que o tipo de afirmação feita por Caiado extrapola a imunidade parlamentar e configurou uma grave ofensa ao ex-presidente.

Essa última afirmação foi feita para evitar que o senador alegue imunidade parlamentar para se eximir de culpabilidade pela postagem.

O pedido foi protocolado nesta quarta-feira, 8, e ainda aguarda distribuição para um ministro relator
Mariazinha
08/07/2015 13:50
Seu Herculano,

Olha as lideranças do PT na Câmara;
Sibá Machado e José Guimarães ... só de pensar da vontade de rir!

Bye, bye!
Juju do Gasparinho
08/07/2015 13:46
Prezado Herculano:

Sabes que concordo plenamente com o Blogueiro Manoel?
Veja só, o comentário dele sobre o PMDB, que ele diz ser Partido Mercenário do Brasil.

"Mercenários e Burros.

O PMDB é composto por um bando de otários brigando por cargos de segundo e terceiros escalões.
Se impinchar a véia Anta pode ocupar todos os cargos que quiser. Desde o mais importante, até o mais mequetrefe."

Um político sem bom senso não é levado a sério.
Belchior do Meio
08/07/2015 13:31
Sr. Herculano:

No Gente Decente há somente este frase,
"O FBI entrou na Operação Lava-Jato".

Então, não adianta os chiliques da vaca que tosse - ela adotou a sua postura de ex-terrorista ESTELA que pôs em prática ao mugir:
não caio, não caio ... não vou sair, não vou sair ...
Vai sim, quem mandou ser IMORAL!
João João Filho de João
08/07/2015 13:11
Sr. Herculano:

Inflação chega a 8,89% em 12 meses até junho, maior taxa desde 2003.

Postado por Polibio Braga

"A inflação oficial brasileira, medida pelo IPCA, acelerou e atingiu 8,89% no acumulado dos últimos 12 meses. É taxa acumulada mais alta desde dezembro de 2003 (9,30%). Os dados foram informados pelo IBGE nesta quarta-feira. Na comparação entre junho e maio, a alta foi de 0,79% em junho. Trata-se da maior taxa para meses de junho desde 1996 (1,19%), época em que o país fazia a transição da hiperinflação para taxas mais moderadas. A inflação pelo IPCA foi assim maior do que em junho do ano passado (0,40%) e em maio deste ano (0,74)."

Só 8%? Deve ser mensal!
O que sobe menos é o combustível que botou a PTroubras no chão.
É só pegar os preços em qualquer supermercado e veremos que este índice é petralha, é mentiroso e é manipulado.
Bem ao estilo petista de governar.

Mas, o que me pegou de surpresa mesmo, foi a "fuga" do vereador LU,
ir à Brasilia para não enfrentar o sindicato.
#brochante
Sidnei Luis Reinert
08/07/2015 13:00
Texto que os membros do Movimento Avança Brasil - Maçons.Br estão enviando, individualmente, ao e-mail do ministro do TCU, Augusto Nardes. Qualquer cidadão pode fazer o mesmo.


E-mail: min-an@tcu.gov.br

Caro Ministro Augusto Nardes,

Não tenho certeza se o senhor havia lido o texto abaixo, enviado quando da decisão do TCU em convocar a Presidente da República a se explicar sobre as contas de 2014.

Seja como for, fiquei surpreso, para não dizer estupefato em ler notícias sobre uma parte do processo ter ?sumido? do TCU, justamente a parte que citava as irregularidades cometidas em prol da campanha eleitoral. Algo que pode futuramente funcionar como evidência para uma cassação de diploma, vis-a-vis a invalidação do pleito.

Dando aqui o benefício da dúvida, seria bom que a sociedade recebesse uma resposta sua sobre essa grave denúncia de irregularidade processual do Tribunal de Contas. Há um mês atrás assistimos aos senhores elogiando a si mesmos pela decisão equilibrada, democrática. Esperamos que os senhores entendam que estamos aguardando o desfecho deste episódio para avaliar a legitimidade destes auto-elogios, para que eles possam ser tornar elogios de fato.

Mais: esperamos que os senhores não cometam o erro de acreditar que vivemos naquele país malemolente, cordial e de memória curta que era o Brasil. Esse Brasil morreu. E, deixo aqui minha opinião, graças a Deus este país morreu.

Vivemos hoje num país que EXIGE justiça, transparência, cumprimento das leis e da ordem. O TCU é ? ou deveria ser - um dos principais órgãos reguladores desta transformação.

Não há possibilidade de uma manobra destas prosperar nesse Brasil que vivemos hoje. Espero que todos os envolvidos no processo de julgamento, para seu próprio bem, tenham consciência disto.

Herculano
08/07/2015 11:38
O TAMANHO DO ROUBO E DESCONTROLE. ESTE DINHEIRFAZ FALTA PARA VOCÊ NOS POSTOS DE SAÚDE, NOS HOSPITAIS PÚBLICOS, PARA MAIS ESCOLAS E EDUCAÇÃO DE QUALIDADE, MAIS SEGURANÇA E POLICIAIS, MAIS OBRAS DE INFRAESTRUTURA COMO A PONTE DO VALE, DUPLICAÇÃO DA BR 470...

O presidente do Coaf (Conselho de Controle de Atividades Financeiras), Antonio Gustavo Rodrigues, disse nesta terça à CPI da Petrobras que o órgão enviou 267 relatórios sobre movimentações financeiras atípicas às investigações da Operação Lava Jato que somam R$ 51,9 bilhões.

Segundo Rodrigues, foram 8.918 comunicações de operações financeiras atípicas nesses 267 relatórios, com o nome de 27 mil pessoas físicas e jurídicas.

Os números da movimentação financeira, porém, podem incluir operações repetidas. Por isso, Rodrigues disse que devem ser vistos com essa ressalva. Também não querem dizer que todas as operações foram ilegais.
Herculano
08/07/2015 10:46
NEM MANDIOCA NEM TOCHA OU BOLA DE FOLHA DE BANANEIRA:DILMA SENTE FATALMNTE ATRAÍDA PELA CASCA DE BANANA, por Reinaldo Azevedo, de Veja

Quantas vezes vocês já leram textos meus acusando a presidente Dilma Rousseff de cruzar a rua só para pisar em casca de banana?

Nunca antes na história "destepaiz" uma pessoa tão inábil havia chegado politicamente tão longe. Não é que eu não esperasse. Previ que a dupla Dilma-Aloizio Mercadante (Casa Civil) daria errado. É um texto de 20 de janeiro de 2014 (clique aqui para lê-lo). A presidente parece sentir especial prazer em inflar crises. Não há problema pequeno, inclusive os de retórica, que ela não consiga piorar. Dilma é bem mais confusa do que sua sintaxe. É bem mais atrapalhada do que seu pensamento. É bem mais desorganizada do que seu discurso.

No domingo, o PSDB fez a sua Convenção Nacional. Como escrevi aqui, bateu duro no governo - e poderia ser diferente? -, mas não encaminhou o impeachment como palavra de ordem. Nas declarações a jornalistas, tucanos expressaram a convicção de que a presidente não termina o mandato. E daí? Já ouvi isso de peemedebistas. Já ouvi isso de pepistas. Já ouvi isso de? petistas! Uma pessoa com um mínimo de "savoir-faire" e "savoir-vivre" políticos daria publicamente de ombros, mas, nos bastidores, chamaria seus líderes no Congresso para articular uma resposta. E pronto!

Mas sabem como é? Dilma é uma fatalista e acredita que ninguém consegue resistir às paixões. Ela pode se encantar com a mandioca, com a bola de folha de bananeira, com o cachorro que está sempre atrás de uma criança ou com a tocha olímpica, mas a sua perdição é a casca de banana. Convocou para segunda uma reunião de presidentes e líderes de partidos aliados, forçou Michel Temer - vice-presidente e coordenador político - a arrancar das legendas um desnecessário manifesto em favor da legalidade e concedeu aquela entrevista desastrosa à Folha de S.Paulo, em que volta a misturar delação premiada com tortura, em que chama seus críticos de golpistas e em que quase os desafia para uma luta campal.

Consequência de tanta clarividência política: Dilma, não a oposição, levou o impeachment para o centro do debate político, para dentro do Palácio do Planalto, para dentro do Palácio Congresso, para dentro do Palácio da Justiça, para dentro do TCU, para dentro dos lares, para o noticiário de TV. A presidente que me perdoe, mas isso é de uma burrice que chega a ser escandalosa. Imagino um petista inteligente - sim, existe isso, e não se deve confundir inteligência com qualidade moral - a botar a mão na cabeça: "Ah, não! Lá vai ela de novo!".

Se o impeachment, até outro dia, a muitos parecia uma possibilidade remota, coisa dos movimentos mais duros de oposição, agora virou carne de vaca dos tempos de inflação baixa: todo mundo está consumindo. Obra de Dilma! Não foi o que ela fez com a refinaria de Pasadena? Durante quase dois anos, só eu insistia nesse assunto na grande imprensa. Escrevi 17 textos - me sentia até um Policarpo Quaresma da questão. Até o dia em que Dilma decidiu dizer ao Estadão que, na condição de presidente do Conselho, fora ludibriada por Nestor Cerveró. Aí veio o pandemônio.

Notem: eu estou pouco me lixando para as trapalhadas de Dilma. O problema é que estou convicto de que ela governa com a mesma falta de destreza com que pensa e com que faz política. Observem: se a sua popularidade fosse grande, vá lá demonizar a oposição. Não deveria fazê-lo em caso nenhum, mas, destaco, não seria um ato estúpido do ponto de vista puramente pragmático. Quem, no entanto, tem só 9% de ótimo e bom deve tomar muito cuidado quando fala um "cospe aqui". A essa altura, a esmagadora maioria da população se alinha com aquilo que o PSDB ainda nem defendeu: o impeachment.

É claro que a presidente só pode ser tirada da sua cadeira por força da lei, mas isso não nos impede de constatar que essa é hoje a vontade da esmagadora maioria do povo. Movimentos de extrema esquerda ameaçam botar fogo no circo se isso acontecer. É bravata! Não teriam como enfrentar a população. Mas reitero: isso só pode ser feito dentro da lei. Ocorre que é justamente com as leis que a presidente anda enrolada.

Volto a janeiro do ano passado
Quando Dilma transferiu Mercadante da Educação para a Casa Civil, escrevi o seguinte naquele meu texto de janeiro do ano passado:
"Mesmo na pasta da Educação, Aloizio Mercadante se transformou numa espécie de voz política de Dilma. Vai funcionar? Ninguém sabe. Em princípio, sua tarefa termina no dia 31 de dezembro. Se a presidente for reeleita, ele continua como homem forte do governo. Nunca foi conhecido por sua habilidade política. Tem uma certa e reconhecida vocação para ser professor de Deus. Sua gigantesca vaidade sempre o precede. Em política, costuma dar errado.

Observem que Lula jamais o levou para a Esplanada dos Ministérios. Em 2003, lembre-se sempre, com o governo enfrentando ainda uma crise de confiança e com Antonio Palocci sendo apresentado como a âncora da estabilidade, Mercadante enchia os ouvidos da imprensa com um certo "Plano B" para a economia. No passado mais remoto, foi o homem que convenceu Lula, em companhia de Maria da Conceição Tavares, de que o Plano Real seria um fracasso."

Não era uma profecia. Era só uma análise racional. Eis aí. Hoje, Mercadante é o principal conselheiro de Dilma, e Dilma é a principal inspiradora de Mercadante. O resultado se mede em desastres.
Herculano
08/07/2015 10:37
REGISTRO

Quem faz aniversário hoje, é o ex-radialista Valnei Henriques

Quem faz 26 anos de fundação, é o Sintraspug - Sindicato dos Trabalhadores no Serviço Público de Gaspar. Ele surgiu pela abnegação do ex-contador da prefeitura, Odir Barni
Herculano
08/07/2015 10:30
EM CLIMA PRÉ-ELEITORAL, LEONEL PAVAN ASSUME A PRESIDÊNCIA DO PSDB DE BALNEÁRIO CAMBORIÚ

Com a presença de mais de 500 pessoas, incluindo prefeitos, lideranças estaduais tucanas e da região, o deputado estadual Leonel Pavan assumiu oficialmente a presidência da nova executiva municipal do PSDB de Balneário Camboriú, em reunião partidária que lotou o auditório do Hotel Marambaia nesta segunda-feira à noite e marcada por críticas contundentes a atual administração do prefeito Edson Renato Dias (PMDB). Durante o ato, o empresário Leonel Junior Pavan, filho do deputado, fez seu primeiro discurso político colocando nome à disposição para disputar a prefeitura nas eleições do ano que vem.
Luiz Orlando Poli
08/07/2015 09:25
GOLPE ? Será que o TCU ! PF ! MP ! estão arquitetando um GOLPE em nosso país ?
Herculano
08/07/2015 08:25
O PSDB E SU MANDATO DIVINO, por Elio Gasperi para os jornais O Globo e Folha de S. Paulo

Ter horror ao comissariado e a Dilma é uma coisa, mas comprar gato por lebre é bem outra

Quando alguém discorda de um comissário petista, ele insinua que isso é coisa de quem está a serviço de algum interesse antissocial. Já o tucano é mais elegante. Quando o sujeito discorda, ele explica de novo. Na sua última convenção, o PSDB apresentou-se pronto para assumir o governo, como se a derrota eleitoral do ano passado tivesse sido apenas um acidente. Melhor explicado, seria revertido.

Admitam-se todas as premissas expostas pelo tucanato. Aécio Neves perdeu a eleição para uma "organização criminosa". O PT não gosta dos pobres, mas do poder. O governo perdeu o rumo. Admita-se também que o PSDB pode ser uma alternativa às pedaladas e às petrorroubalheiras. Nesse caso, diante do que está aí, nada melhor que ele.

Na mesma convenção em que o tucanato apareceu pintado para a guerra aconteceram dois episódios. Eduardo Azeredo, ex-presidente do partido e ex-governador de Minas Gerais, foi colocado entre os convidados de honra do evento. Réu no caso do mensalão mineiro, anterior ao petista, Azeredo renunciou à presidência do partido e a uma cadeira de deputado federal para abrigar-se no rito da primeira instância. Como o tesoureiro João Vaccari, ovacionado no congresso do PT, ele é inocente até que haja sentença judicial condenando-o. O tucanato tinha mais uma surpresa cerimonial. Incluiu entre os aliados que discursaram a deputada Cristiane Brasil (PTB-RJ), filha e herdeira do notável Roberto Jefferson, que cumpre em regime aberto a pena de sete anos a que foi condenado pelo Supremo Tribunal.

Políticos experientes como os candidatos Aécio Neves e Geraldo Alckmin poderiam ter contornado esses constrangimentos mas, quando contrariados, os tucanos explicam de novo. Para eles, o mensalão mineiro e Roberto Jefferson nada têm a ver com a essência do mensalão petista.

A ação da Justiça diante do mensalão do PT mandou para a penitenciária gente que confiava na impunidade do andar de cima. O "efeito Papuda", por sua vez, abriu o caminho para 16 casos de colaboração de delinquentes com as investigações das petrorroubalheiras. Alguma coisa mudou no país, mas o tucanato persevera.

À primeira vista, o PSDB estaria na situação do Mr. Jones da canção de Bob Dylan: "Alguma coisa está acontecendo aqui, mas você não sabe o que é". Essa hipótese é benigna, porém implausível. O tucanato sabe o que está acontecendo e quer mudar o país à sua maneira, com Eduardo Azeredo entre os convidados de honra e Cristiane Brasil na tribuna. Age como se tivesse recebido do Padre Eterno um mandato para governar o país. Replica a soberba de Lula e do comissariado petista ao solidarizarem-se com os mensaleiros.

O mandato da doutora Dilma não pode ser desligado por um clique do Tribunal de Contas da União ou do Tribunal Superior Eleitoral. No primeiro caso, o parecer do TCU precisa passar pelo rito da Câmara e do referendo de seu plenário. No segundo caso, basta que um ministro do TSE peça vista do processo para que o julgamento seja paralisado. Mesmo que quatro dos sete ministros antecipem seu votos condenando o governo, a sentença estará bloqueada. Sem crise institucional, as coisas funcionam desse jeito. Com crise, o que há é a crise.
Herculano
08/07/2015 08:18
A DIGITAL DA CONDUÇÃO ECONÔMICA ERRÁTICA DO GOVERNO DO PT

"Reduzir jornadas é reconhecer que crise chegou ao trabalhador", diz presidente da Federação das Indústrias de Santa Catarina, Glauco José Corte
Herculano
08/07/2015 08:14
A DIGITAL DO PSDB, por Bernardo Mello Franco para o jornal Folha de S. Paulo

Em entrevista recente ao UOL, o senador Aécio Neves disse ter evitado que seu partido pusesse a "digital" na eleição de Eduardo Cunha à presidência da Câmara. É verdade. O PSDB apoiou um candidato azarão e esperou a vitória do peemedebista para então formar dobradinha com ele, com o objetivo comum de desgastar o governo Dilma.

Como a impressão digital é usada em investigações policiais, presume-se que Aécio associasse a candidatura Cunha à possibilidade de crimes. A outra hipótese é de ato falho, como o que o senador cometeu nesta quarta ao dizer que foi reeleito presidente da República, e não do PSDB.

Há uma semelhança entre a atitude dos tucanos na eleição da Câmara e na discussão atual sobre impeachment. Nos dois casos, o partido parece sonhar com o bônus sem o ônus. Não quis se associar a Cunha e agora tenta se desvincular do movimento para derrubar Dilma antes do fim do mandato, em 2018.

O PSDB já tentou contestar duas vezes a eleição de 2014. Defendeu uma exótica auditoria nas urnas e pediu que o TSE diplomasse Aécio no lugar de Dilma. Só deixou a impressão de que não aceitava perder.

Agora os tucanos fazem pose de estátua enquanto torcem para que a presidente caia de maduro. No domingo, Aécio disse que o fim do governo pode ser "mais breve do que alguns imaginam". FHC afirmou que o partido "está pronto para assumir".

O PSDB precisa decidir se quer ou não antecipar a saída de Dilma, assumindo a responsabilidade por sua escolha. Se continuar mais preocupado em preservar sua digital da cena do impeachment, o pote de ouro pode acabar no colo do PMDB.

Pró-memória: Carlos Ayres Britto, o ex-ministro do STF que diz não ver "perigo de golpe", atuou na campanha de Aécio em 2014. Recebeu R$ 56 mil por um parecer sustentando que a obra do aeródromo de Cláudio (MG) foi legal.
Herculano
08/07/2015 08:10
REDISTRIBUIÇÃO

Os vereadores José Hilário Melato e Luiz Carlos Spengler Filho, ambos do PP de Gaspar, diziam favoráveis à redistribuição dos servidores no projeto que ontem teve a votação adiada por oito a dois para agosto.

Na hora da verdade eles foram a Brasília para não enfrentar os servidores e nem Sintraspug.
Herculano
08/07/2015 08:05
OS INIMIGOS DA RAINHA, por Carlos Brickmann

Quem não sabe o que busca não identifica o que acha, dizia Immanuel Kant. Dilma decidiu bater duro, mas identificou o inimigo errado: o ódio pelo PSDB é tamanho que continua atacando Aécio, enquanto elogia o PMDB.

Dilma enfim percebeu que está em risco, mas ainda não sabe que Aécio e o PSDB são café com leite. Seus inimigos são mais hábeis, mais poderosos e mais bem situados: estão dentro do Governo e comandam Senado e Câmara. Basta seguir a linha do tempo: o esfacelamento da base de Dilma coincide com a vitória, para a presidência da Câmara, do deputado Eduardo Cunha - que a presidente, embora se tratasse de um aliado, tentou trocar por um petista. Cunha, um dos parlamentares mais competentes do Congresso (pena que não esteja exatamente do lado do bem), reagiu duro, mostrando que o PT não tem aliados e quer todos os cargos; e derrotando várias vezes a presidente. Oficialmente, ele e Renan comandam alas opostas do PMDB; na prática, só existe uma ala no PMDB, a que gosta de cargos. Ele e Renan formam uma dupla unida: ele é o durão, Renan é o flexível. Os dois propõem que o PMDB se afaste do Governo, enquanto Temer diz defender a aliança. O fato é que os três, juntos, ocupam todos os espaços.

Os três querem a saída de Dilma. Se só ela sair, por impeachment ou crime de responsabilidade, Temer assume (se ela ficar, Temer continua na coordenação política). Se saírem ela e Temer, por irregularidades na campanha, Cunha assume e comanda novas eleições. E, tenha certeza, seu candidato de coração não é Lula.

SIM, NÃO, TAVEZ

Mas ninguém imagine que Renan, Cunha e Temer sejam Os Três Mosqueteiros, um por todos, todos por um. Renan e Eduardo Cunha, se puderem, salvarão o mandato de Temer, para que ocupe a Presidência no lugar de Dilma. Se não puderem, não correrá uma lágrima: Cunha assume e convoca eleições. Cumpre a lei. De acordo com as regras não escritas da política, Temer será homenageado e transformado em conselheiro do partido.

Vai virar uma gloriosa memória.

O MANTO DIÁFANO

A articulação já se faz à luz do dia. O PMDB está negociando com adversários do PT uma maneira legal de convencer Dilma a sair, mantendo Temer no poder. O PSDB gostou da conversa de que o país não aguenta três anos e meio de uma presidente que esbraveja, grita e pensa que manda, mas sem poder real; e de que é preciso vencer a crise de governabilidade.

PMDB e PSDB, juntos - e com o inevitável apoio do PTB, PPS, DEM e adesistas de última hora - têm ampla maioria no Congresso. O PT de Dilma pensa em atrair de volta o PMDB; o PT de Lula quer o "exército de Stedile" nas ruas.

Mas, tirando a própria Dilma e uns poucos ministros, ninguém aposta um picolé de limão em sua permanência.

DIAS DE FÚRIA

Hoje - por coincidência, aniversário dos 7x1 da Copa que abalaram o Brasil - há uma acareação de Pedro Barusco com seu antigo chefe Renato Duque, ex-diretor de Serviços da Petrobras, na CPI. Se Barusco tinha quase US$ 100 milhões que na delação premiada aceitou devolver, quanto teria cabido a seu chefe?

Amanhã é pior: a acareação é de Barusco com João Vaccari Neto, ex-tesoureiro do PT. A oposição espera que Barusco possa comprovar que a campanha de Dilma recebeu recursos desviados da Petrobras (nesse caso, o Tribunal Superior Eleitoral pode cassar o registro da candidatura de Dilma e Temer, retirando-lhes o mandato). Mais: se Vaccari mentiu à CPI em seu primeiro depoimento, em abril, está sujeito a processo criminal - o que poderia estimulá-lo a aderir à delação premiada, na qual contaria sua vida de tesoureiro do PT.

A propósito de delação premiada, Ricardo Pessoa, da UTC, é um nome-chave na questão de doações de campanha. Ele sabe se e quando houve dinheiro sujo.

AS CHANCES DE DILMA

Por incrível que pareça, as melhores oportunidades da presidente estão no Congresso. Mesmo que o Tribunal de Contas recomende a rejeição das contas de Dilma, isso não passará de recomendação. O TCU é órgão auxiliar do Congresso. E o Congresso, mesmo contra a recomendação do tribunal, pode aprovar as contas. Mas pode ser mais sutil - o que faz parte do estilo do PMDB: para julgar as contas de Dilma, seria preciso analisar primeiro as contas pendentes. Há 15 relatórios que não foram examinados, e que têm precedência. A questão pode ir longe e só ser examinada depois de terminado o mandato da presidente.

NO LUGAR CERTO

A presidente Dilma Rousseff viajou na terça para a Rússia, para participar da 7ª Reunião de Cúpula do Brics - grupo formado por Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul.

Dificilmente a cidade-sede teria um nome mais adequado: Ufa.

ATENAS É AQUI

Grécia é para os fracos. O Ministério do Planejamento foi obrigado, por um requerimento do senador Reguffe, do PDT de Brasília, a revelar informações até agora secretíssimas. O Governo Federal tem 23.941 cargos de confiança, para os quais pode nomear quem quiser, sem concurso (os Estados Unidos, com população 50% maior, com economia sete vezes maior, têm 8 mil cargos de confiança).
Herculano
08/07/2015 07:55
CORRA, DILMA, CORRA, por Ana Estela de Sousa Pinto para o jornal Folha de S. Paulo

Alice tem Alzheimer.

Tinha destaque numa universidade de ponta, família encaminhada, 50 anos com fôlego e saúde.

Uma proteína anormalmente produzida formou placas, porém, no seu cérebro; átomos de fósforo em massa criaram emaranhados com outra proteína, e ela passou a esquecer palavras, depois caminhos, pessoas.

Tarde demais, diz o médico ao casal atônito: quem tem muitos recursos intelectuais cria estratégias para contornar os danos da doença. Quando os sintomas incomodam, o mal já se tornou crítico.

O Brasil é a Alice dos recursos naturais. A crise é feia? "O país é grande", respondem: temos água, terra, sol e gente em abundância. Que gastamos em abundância, enquanto acumulamos placas de ineficiência.

Estamos no 61º lugar do ranking global de inovação, mas plantamos muita soja. Perdemos de 120 países na atratividade a negócios, mas na entressafra da soja plantamos milho.

Somos os reis do boi e da galinha. Mas queimamos um terço dessas riquezas em nossas estradas e portos.

Tratamos pessoas como porcos e pés de cana - temos muitos braços. E assim, metade dos alunos não consegue interpretar textos, estamos no mais baixo nível de aplicação científica, 2 em cada 3 brasileiros de 15 anos não entendem percentuais, frações ou gráficos. O país é o penúltimo de ranking global de patentes.

Sobram braços, faltam sinapses.

Por fim, escorados em nossas vantagens competitivas naturais, assistimos a homens públicos (não apenas no Legislativo), como átomos desgovernados de fósforo, formarem grumos perigosos no tecido do país.

Em entrevista à Folha nesta terça (folha.com/no1652517), a presidente Dilma Rousseff prometeu reformas que chamou de "tipo tipo": "Medidas estruturantes, que contribuem ao mesmo tempo para o ajuste como para o médio e longo prazos".

Mas corra, Dilma, corra!

É tarde demais para Alice.

Para o Brasil pode ficar também.
Herculano
08/07/2015 07:49
"CARTEIRADA" DE DILMA NO TCU IRRITA OS MINISTROS

Repercutiu mal junto a ministros do Tribunal de Contas da União (TCU) a atitude da presidente Dilma de convidar deputados para ouvi-la falar mal do processo que responde pelas "pedaladas fiscais". Os ministros acharam a atitude de Dilma uma patética tentativa de "carteirada". Um dos mais experientes, irritado, observou: "Dilma não percebeu que, neste momento, ela precisa mais de advogado do que de deputado".

Admissão de derrota

A aposta de Dilma nos parlamentares foi para convencê-los a tentar neutralizar, no Congresso, sua derrota no TCU, que considera certa.

A rebordosa

Segundo a Lei de Responsabilidade Fiscal, as "pedaladas fiscais" constituem crime. Dilma está sujeita até a cassação do mandato.

Velha tática

O PT recorreu à velha prática de desqualificar quem o ameaça. Saiu da reunião com Dilma atacando o critério de escolha de ministros do TCU.

Velha crítica

Orientado por Dilma, o deputado José Guimarães (PT-CE) disse que o TCU "não pode continuar sendo um prêmio de políticos aposentados".

ZAVASCKI CULPA MPF DE ANOT PELOS VAZAMENTOS

O ministro Teori Zavascki, relator da Lava Jato no Supremo Tribunal Federal, está convencido de que foi o Ministério Público Federal, do procurador-geral Rodrigo Janot, que vazou as assombrosas revelações de Ricardo Pessoa, dono da construtora UTC. O depoimento do ex-chefe do "clube de empreiteiras" que roubou a Petrobras desestabilizou o governo Dilma, cuja campanha em 2014, teria recebido dinheiro sujo.

Indignação

O desconforto com o MPF e Janot não é segredo para interlocutores mais próximos de Teori Zavascki. O ministro teria ficado indignado.

Vazamento

O teor do acordo de delação celebrado entre Ricardo Pessoa e o Ministério Público Federal vazou simultaneamente a seu envio ao STF.

Quem selecionou?

A irritação do ministro Teori Zavascki tem a ver com a caracterização dos "vazamentos" seletivos aos quais se referem políticos citados.

À beira de um ataque

Dilma já não reconhece os que restam à sua volta. Na reunião do Alvorada, segunda (6) à noite, foi grosseira com o ministro Luiz Adams (AGU), que gentilmente operava os slides, e com um pobre garçom, gritando que ambos estavam "demorando demais" em suas tarefas.

MP da Homologação da Crise

A MP do Emprego foi detalhada por Dilma aos parlamentares, na reunião do Alvorada, sem saber que vários dos presentes, seus "aliados", já a haviam apelidado de "MP da Homologação da Crise".

A crise era gravíssima

Dilma diz que a MP do Emprego foi "inspirada na Alemanha" para dar a impressão de coisa do primeiro mundo. Lorota. Lá, isso ocorreu numa situação de crise aguda na economia da Alemanha Ocidental agravada pela anexação da antiga Alemanha Oriental, que estava falida.

Pedido suspeitíssimo

Membros da CPI da Petrobras desconfiam do pedido do ex-gerente Pedro Barusco para cancelar acareação com o ex-tesoureiro do PT João Vaccari Neto. Podem até submetê-lo a junta médica.

Tamos aí

Aécio Neves chegou à reunião da comissão de reforma política, no Senado, no exato momento em que se discutia a sucessão em caso de perda de mandato. Ele pegou o microfone e, em tom de brincadeira, não perdeu a deixa, provocando risos: "Sou a favor de novas eleições!"

Há ministro?

O ministro Henrique Alves (Turismo), que 90 dias após a posse ainda não conseguiu ser recebido por Dilma, anda tão por baixo que nem foi incluído na foto oficial da posse, ontem, do novo secretário Nacional de Políticas do Turismo, Junior Coimbra.

7x1, ano 1

Crise econômica, política, institucional, ética, partidária, Lava Jato e Eletrolão... Nesta quarta-feira (8), aniversário dos 7x1, o governo Dilma, seis meses após sua posse, já parece estar perdendo de 7x0.

A indústria sofre

Desde 2011, durante o governo Dilma, a produção industrial brasileira tem perdido força: em 2010, a indústria subiu 10,5%, em 2011 recuou 0,3%, em 2012, 2,7%, em 2013 cresceu 1,2% e em 2014, caiu 3,2%.

TCU ou UTC, eis a questão

Dilma sabe que cairá - diz o leitor Glauco Fonseca, de Porto Alegre. Só não sabe se por força do TCU ou da UTC...
Herculano
08/07/2015 07:36
DILMA REAGE, editorial do jornal Folha de S. Paulo

Presidente contesta críticas em entrevista; embora sua situação jurídica e política seja muito difícil, faltam as condições para afastamento

Cercada por uma atmosfera de descrédito e isolamento quase sem precedentes, a presidente Dilma Rousseff (PT) procura reagir. Na extensa entrevista a esta Folha publicada terça-feira (7), defendeu-se das acusações que lhe fazem e qualificou parte da oposição de golpista.

Prometeu contestar as evidências de que seu governo violou a Lei de Responsabilidade Fiscal mediante manipulação contábil no ano passado. Renovou seu compromisso com o ajuste das contas públicas em curso, cuja implantação pretende acelerar. E reiterou sua aversão à delação premiada como recurso investigativo.

"Eu não vou cair. Eu não vou, eu não vou", insistiu com ênfase exagerada, para em seguida lançar um repto temerário, passe o trocadilho, aos que preconizam seu impedimento, desafiando-os com outra repetição: "Venha tentar, venha tentar".

O impeachment presidencial é, como se sabe, remédio extremo para situações extremas. Depende de dois requisitos, um jurídico, o outro político, para se consubstanciar.

É necessário reunir um conjunto robusto de provas a indicar que o/a presidente cometeu crime de responsabilidade no exercício de suas funções. E é preciso que se configure amplo consenso político de que lhe faltam condições mínimas para seguir governando.

Embora numa democracia qualquer pessoa possa manifestar seu desejo de que o governo caia, uma proposta de impeachment só deve ser considerada seriamente se e quando aqueles dois critérios estiverem atendidos.

Ainda não é o caso. Espera-se que o Tribunal de Contas da União julgue as contas do governo até o final de agosto; caso sejam rejeitadas, como parece provável, caberá ao Legislativo deliberar sobre eventual abertura de processo de impeachment.

Quanto às denúncias de que dinheiro ilegal foi usado na campanha que reelegeu a presidente, conforme acusam delatores identificados na Operação Lava Jato, caberá ao Tribunal Superior Eleitoral decidir sobre sua veracidade.

Em caso de condenação, haverá recurso ao Supremo Tribunal Federal. Do ângulo jurídico, portanto, a situação da presidente é grave, mas ainda indefinida.

Do ponto de vista político, as perspectivas não parecem melhores. Com 10% de apoio, sua sustentação popular é das piores jamais medidas. Atiçado por uma liderança atrevida, o Congresso está em guerra contra o governo e ameaça desfigurar as medidas imprescindíveis para o país sair da crise.

O próprio êxito do ajuste pressupõe um período em que o prestígio do governo venha a se deteriorar ainda mais.

Ainda assim, é preciso esperar que as instituições concluam seu trabalho. Impeachment é solução traumática que convém evitar enquanto houver alternativa
Dança retorna CMDCA
07/07/2015 21:38
Pelo que corre nas redes sociais, o projeto de dança foi protocolado no CMDCA.

Agora espero que o Vice Presidente do Conselho e conselheiro Cleber Sabel (Diretor Departamento Pessoal, do GOVERNO), lembramos que existe a palavra DEFIRO.

E que pense, e reflita sobre a importância deste projeto.
E que não venha com Bla, bla.......

Esperamos que você seja parcial, e que as questões politicas não interfiram no seu parecer.
E não adianta dizer que você é neutro em suas decisões.

Eu como uma das apoiadores do projeto, solicito a presença de todos na plenária.
E demostrar para Cleber como é fundamental este projeto.
Herculano
07/07/2015 21:37
A QUE SE ESCONDEU COMO ANITA

Eu estou tão tendencioso, que aprovei a sua confusa opinião

Obrigado. Você no seu comentário reconhece a força do jornal, um jornal de opinião, o mais lido e credibilidade, principalmente. Talvez este seja o verdadeiro medo.

Esquece o Adilson! Ele é quem não saiu de você. E é gente como você que dá sobrevida a ele e depois fica choramigando pelos cantos, culpando outros.

Se a Andreia é um boneco na mão do Adilson, a história terá que ser recontada. Ou você não conhece o Adilson, ou não conhece a Andreia. Pior, talvez você não conheça você mesma.

Quer mais? Ninguém espalhou o boato de pesquisas. Fui eu quem escrevi na coluna impressa que o PT fez a sua (e ficou murcho), o PMDB fará a sua (para mostrar os números para Florianópolis e Brasília que querem empurrar chapas goela abaixo do diretório daqui) e eu fiz a minha, com o meu dinheiro (e não foi pouco).

Poderia publicá-la. Não há impedimento legal nenhum. Não estamos em época eleitoral. Fiz, a tenho. E ela me orienta nos meus comentários e assertividades, exatamente para não falar bobagens como as que você escreve.

Em Gaspar, sempre teve várias pesquisas sérias ( sim porque tem aquela que o PT montou e distribuiu da prefeitura dizendo que Ideli estava a caminho do segundo turno) em época de eleições municipais As únicas que publicadas tiveram uma margem de assertividade foram contratadas e pagas (também não foi pouco) pelo jornal Cruzeiro do Vale. Isto é história. Isto é jornalismo.

Quanto a pesquisa proibida pela Justiça que você remói, foi um acontecimento para o jornalismo. Já me posicionei claramente aqui, várias vezes sobre este assunto. É inadmissível que isto tenha acontecido e quem fez isto? O PMDB, usando o advogado de outro partido. Já o resultado dela, não sei. Até porque foi proibida.

Então Anita? Quem é mesmo que precisa se acordar? Eu por exemplo não me escondo. É uma questão de caráter e que falta a maioria dos políticos daqui e seus asseclas que vivem contando historinhas para gente sem memória.
Herculano
07/07/2015 20:46
ROMERO JUCÁ DIZ QUE "DILMA DEU UMA DE COLLOR", Josias de Souza

O senador Romero Jucá, cacique do PMDB, espantou-se com o teor da entrevista que Dilma Rousseff concedeu à Folha. Ficou especialmente impressionado com o trecho em que Dilma repetiu três vezes, em timbre peremptório, a frase "eu não vou cair". O senador enxergou no comentário de Dilma um quê de Collor, o presidente que foi apeado da poltrona pela via do impeachment.

"Pense num juízo! A presidente Dilma deu uma de Collor, chamou a crise para si", comentou Jucá, segundo as repórteres Maria Lima e Fernanda Krakovics.

Collor também dizia que permaneceria no Planalto até o último dia do mandato. Daí a lembrança de Jucá. Em 1992, Collor pronunciou um arroubo que passaria à história como um tiro contra o próprio pé. Em solenidade oficial, o então presidente convocou seus apoiadores a saírem às ruas num domingo.

"Peçam às suas famílias que no próximo domingo saiam de casa com peças de roupa com uma das cores de nossa bandeira", exortou Collor na época. "Exponham nas janelas toalhas, panos e o que tiver nas cores da nossa bandeira. [?] Nós estaremos mostrando onde está a verdadeira maioria: na minha gente, no meu povo, nos pés descalços, nos descamisados. Naqueles por quem fui eleito e para quem estarei governando até o último dia do meu mandato."

No dia escolhido por Collor, as ruas foram tomadas por uma rapaziada trajando preto. E Collor se deu conta de que já não havia tantos brasileiros dispostos a confiar nele. Afastado do cargo temporariamente pela Câmara, renunciou ao mandato poucas horas antes do início da sessão do Senado convocada para apreciar o pedido de impeachment. Os senadores deram de ombros para a renúncia. E levaram até o fim o processo de cassação. Hoje, senador pelo PTB de Alagoas, Collor é um feliz apoiador do governo Dilma.
Sidnei Luis Reinert
07/07/2015 19:52
TCU some com documento contra Dilma Rousseff

Brasil 07.07.15 12:50
Um fato inadmissível ocorre no TCU.

O tribunal deu trinta dias para Dilma Rousseff tentar explicar as pedaladas fiscais. Esse prazo se esgota no dia 21. Só que no aviso enviado a ela não constam as irregularidades apontadas pelo Ministério Público de Contas -- em resumo, o documento com as manobras orçamentárias perpetradas para uso eleitoral.

Mais: o documento do Ministério Público de Contas que descreve as irregularidades eleitoreiras de Dilma Rousseff sumiu do processo dentro do próprio tribunal. Tudo na caluda, tudo feito para facilitar a defesa da petista.

É uma sem-vergonhice. É uma canalhice. É um escândalo.

No último dia 3, o procurador Júlio Marcelo de Oliveira enviou um requerimento pedindo explicações ao ministro Augusto Nardes, relator das pedaladas. Até agora, obteve apenas o silêncio. Estamos de olho, Augusto Nardes. Exigimos, mais do que explicações, uma ação rápida para corrigir esse absurdo digno de uma república de bananas.
Tubarão
07/07/2015 19:04
Sr. Herculano:

Sabia que o vereador carcamano não é flor que se cheire.
E ele não é o único, atrás dele tem um monte.
Arara Palradora
07/07/2015 19:00
Querido, Blogueiro!

A frase do chefe da Organização Criminosa - Lullaladrão, vai ser o mote do Marcelo Brick para prefeito?

Voeeeiii...!!!
Onda do PT
07/07/2015 18:31
O governo federal - PT anda sem base para aprovação de seus projetos, e essa onda de não ter base parece que refletio em Gaspar.
O PT daqui anda com a mesma dificuldade, não conseguindo aprovação de projetos. Primeiro a reforma Administrativa, que já disse aqui que nunca irá sair do papel, pois o PT daqui não tem base para isso ir adiante, e no fundo os petistas sabem que não irão conseguir, reconhecem que não tem "poder" e conhecimento técnico para a aprovação.
E hoje o projeto de redistribuição, mais uma vez foi derrotado.

Nada de reforma, e nada de redistribuição.
A redistribuição acompanhando a sessão acho que será aprovado, mas não como os amigos do rei queriam para hoje.
E a reforma essa sim afirmo que nunca irá sair do papel.

Gaspar falta secretários e gestores com pulso.....


Anita
07/07/2015 18:13
Herculano, você já foi mais autentico, mais pluralista, hoje parece viciado, tendencioso, usa a força de formar opinião de um veiculo de comunicação conquistada a anos para tentar impor sua vontade. Isso é a mesma atitude dos políticos que você sempre critica. O poder cega, como também a soberba. Parece que só o que você diz ou só o que sua preferida faz que é o correto. Se é tão eficiente assim, veiculo de comunicação não é orgão com poder de fiscalização, denuncie no orgão competente. Quem é competente não gosta de se aparecer, age, mostra resultado. Como você mesmo disse, o Adilson saiu do PMDB, mas o PMDB não saiu dele. A Andréia saiu do Adilson, (e por mais que tentam dizer o contrário) o Adilson não saiu dela e nem vai sair, está com ela como sempre nos bastidores. Quem esteve na Expo Gaspar e entende um pouco da malandragem política percebeu que A turma do Adilson trabalha como nunca para a vereadora. O Sonho de uma Ala do PMDB é a Andréia de vice do Cleber e o sonho da outra ala (Adilsista) é o Cleber de vice dela. Criticam o Cleber, chamam de cabideiro, no fundo é vontade de estar no lugar dele, de ser a bola da vez de quem coloca a campanha na rua pelo PMDB. Ódio e amor caminham juntos. Se odeiam, mas se amam, porque são iguais. (Vão estar juntos na próxima eleição. Anota aí). Inventam pesquisas, espalham boatos, criam factóides, jogam baixo, como sempre jogou uma ala do PMDB. Saiu de la Adilson, e dele Luiz Nagel e que foi aprimorada pelo PT, por isso ficaram pra traz. Mas ninguém engana a todos o tempo todo, a verdade sempre aparece. Estão sempre espalhando boatos de pesquisas, difamando os concorrentes com codinomes, enfim... Mas nunca mostram essas pesquisas. Porque não mostram? é real? está registrada? é feita por ulgum órgão competente e independente? tem metodologia? então mostrem. Qual o medo de mostrar? Me admira muito você que sempre pede para Gaspar acordar, defender esse tipo de atitude. Não condiz com o que você defende. Ou está vedado ou é cumplice. Na última eleição tinha várias pesquisas, uma inclusive foi proíbida. Nessas pesquisas Adilson era cotado a disputa final com o PT. Como ficou mesmo o resultado? Gaspar nao merece esse tipo de político e esse tipo de discussão. Mudam as caras mais as práticas sao as mesmas. Acorda Herculano.
Herculano
07/07/2015 16:38
PROJETO QUE REDISTRBUI OS SERVIDORES MUNICIPAIS TEVE A SUA VOTAÇÃO ADIADA

Agora a pouco, a Câmara de Vereadores de Gaspar decidiu adiar a votação do projeto de lei complementar 4/2015. Polêmico e sem aval de parte da diretoria do Sintraspug - Sindicato dos Trabalhadores no Serviço Público de Gaspar - e redistribuia parte dos servidores.

O pedido e adiamento da votação foi encaminhado pelo vereador Ciro André Quintino, PMDB. Só Antônio Carlos Dalsóchio, líder do governo e cunhado do prefeito Pedro Celso Zuchi, e o presidente do partido, José Amarildo Rampelotti.

O assunto volta em Agosto.
Herculano
07/07/2015 12:48
PRESIDENTE DILMA REAGE E AVISA: GOVERNO NÃO ACABOU, por Ricardo Kotscho, jornalista enganjado e ex-assessor do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, PT

Ponham-se no meu lugar: por onde começar este texto, depois dos acontecimentos dos últimos dias e horas que, numa velocidade cada vez maior, levaram a guerra política à beira de uma crise institucional sem precedentes, trinta anos após a redemocratização do país?

Tinha ido dormir com a sensação de que o governo estava no chão e as oposições só contavam as horas para saber quando e como assumiriam o poder.

Acordei nesta terça-feira com a manchete da Folha em que a presidente Dilma Rousseff, na mais franca e contundente entrevista desde a primeira posse, reage ao cerco desfechado contra ela na última semana para avisar que o seu governo não acabou:

"O que você quer que eu faça? Eu não vou cair. Eu não vou, eu não vou. Isso é moleza, é luta política. As pessoas caem quando estão dispostas a cair. Não estou. Não tem base para eu cair. E venha tentar, venha tentar", desafiou, indignada com os que se movimentam para encurtar seu segundo mandato e promover um terceiro turno.

Já que ninguém se dispunha a isso, no governo, no PT e na base aliada, a presidente resolveu sair em sua própria defesa. Parece que finalmente ela se deu conta da gravidade da crise que já dura seis meses e atinge todos os setores da vida nacional. Abriu o coração, falou tudo o que estava entalado na garganta e desabafou, referindo-se a "certa oposição um tanto quanto golpista":

"Eu não vou terminar meu mandato por quê? Para tirar um presidente da República, tem que explicar por que vai tirar. Confundiram seus desejos com a realidade ou tem uma base real?".

Na festiva convenção promovida pelo PSDB no domingo, em que foi reeleito para a presidência do partido, o senador mineiro Aécio Neves, derrotado por Dilma nas urnas há apenas oito meses, já se apresentou como candidato a tomar seu lugar o mais rápido possível, com direito a jingle de campanha, claque, camisetas, e tudo.

A euforia dos tucanos era tanta que, ao perguntar a Fernando Henrique Cardoso quando seria a estreia do seu programa de televisão no Canal Brasil, Aécio ouviu a seguinte resposta do ex-presidente, em tom de brincadeira, é claro:

"Pelo ritmo que vai, quando estrear você já será presidente".

Esqueceram de combinar com o governador paulista Geraldo Alckmin, outro pré-candidato, que saiu da convenção enciumado com a babação de ovo sobre Aécio, e com o senador José Serra, que nas últimas semanas já está oferecendo seu passe ao PMDB, caso eles precisem de um nome para disputar as próximas eleições presidenciais.

Dividido como sempre e animado como nunca, o PSDB deu muita bandeira, mostrando que não está disposto a esperar até 2018. Sem apresentar qualquer proposta alternativa ao país para o enfrentamento da crise e jogando tudo apenas no desgaste da presidente, o partido oficial da oposição acabou dando munição aos que denunciam suas manobras golpistas, agora voltadas para os tribunais, com o descarado apoio da mídia hegemônica.

Com esta oposição, Dilma reuniu forças para sair da toca e ir ao ataque, no momento de maior isolamento e mais delicado do seu governo, em que apenas a lealdade do vice Michel Temer parece estar do seu lado.

Na surpreendente e corajosa entrevista concedida por Dilma a Maria Cristina Frias, Valdo Cruz e Natuza Nery, nenhum assunto ficou de fora, nem mesmo o boato espalhado na internet de que teria tentado o suicídio:

"Eu não quis me suicidar na hora que eles estavam querendo me matar lá (quando foi presa durante o regime militar), a troco de quê eu quero me suicidar agora?".

Para deixar clara sua disposição de resistir às tentativas golpistas e retomar a iniciativa da agenda, hoje nas mãos do líder de fato da oposição, Eduardo Cunha, presidente da Câmara, durante toda a segunda feira a presidente manteve reuniões com a coordenação política do governo e líderes e presidentes dos partidos da base aliada.

Dois são os próximos desafios de Dilma: o julgamento das contas do governo, com as chamadas pedaladas fiscais, no TCU, e o das suas contas da campanha eleitoral, no TSE. É das decisões a serem tomadas nestes tribunais, possivelmente ainda este mês, que dependerão os próximos capítulos desta guerra política sem quartel, e sem fim à vista. Preparem seus corações.
Everaldo Marcelo
07/07/2015 12:42
O vereador que andou de ônibus deveria ter procurado o deficiente físico José Luiz Kirsch que há mais de 10 anos entrou na justiça para questionar a qualidade de nosso transporte coletivo urbano, esta que é de péssima conforme pode constatar nosso aprendiz de oportunista a alguns dias atras.

José Luiz Kirsch é deficiente físico SIM, mais CEGO e OMISSO como alguns políticos de Gaspar NÃO.

Nos perguntamos se durante estes 10 anos, nossos políticos estavam cegos e surdos porque não conseguiram sequer ver e ouvir o que a população sempre lhes demonstrou e disse do transporte coletivo urbano.



Herculano
07/07/2015 12:41
O ROTO E O QUEBRADO. PRESSIONADA POR GENTE SÉRIA E COM DINHEIRO PARA FAZER AS REFORMAS ESTRUTURAIS, TORNANDO-SE ASSIM MINIMAMENTE SUSTENTÁVEL ECONOMICAMENTE, LIVRANDO-SE DO POPULISMO, GRÉCIA QUER OS POBRES DOS BRICS COMO SÓCIOS DA SUA DESGRAÇA. O BRASIL TEM O BNDES PARA SOCORRE-LA. NÃO É A TODA, QUE OFICIALMENTE E POR NOTA, O PT DEU APOIO AO ENFRENTAMENTO DELA COM A UNIÃO EUROPEIA.

Está no jornal Folha de S. Paulo de hoje. Governo grego quer estreitar relações com os Brics.Líderes gostariam de aceno do bloco por solução que evite colapso do país. Grupo se reúne a partir desta quarta na Rússia, para lançamento oficial de banco de desenvolvimento

A informação e o texto é de Leandro Colon, enviado especial à Ufa, na Rússia. Isolado pelos líderes europeus, o primeiro-ministro da Grécia, Alexis Tsipras, quer se aproximar do Brics, o bloco econômico formado por Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul.

Ministros do governo grego, a maioria do Syriza, partido de esquerda comandado por Tsipras, pressionam o premiê a estreitar as relações diante do risco real de o país ter de deixar a zona do euro.

Os chefes de Estado do Brics, incluindo a presidente Dilma Rousseff, reúnem-se entre quarta (8) e quinta (9) em Ufá, na Rússia, para lançar oficialmente o Novo Banco de Desenvolvimento, composto por recursos de cada país e com um capital que pode chegar a US$ 100 bilhões.

Há planos de uma delegação do Syriza ir à Rússia. Segundo a assessoria do partido, por causa da reforma ministerial em curso pós-plebiscito, a viagem ficou indefinida, mas ainda pode ocorrer.

Lideranças do Syriza não creem na viabilidade de um convite tão cedo para a Grécia ser o sexto membro do bloco, mas querem um aceno da cúpula em defesa de uma solução na Europa que evite o colapso do país. Na visão de setores do partido, os Brics seriam, num primeiro momento, aliados políticos e alternativas de interlocução.

Na semana passada, a mídia grega levantou rumores de que o país estaria negociando com a Rússia para ser o sexto membro do Brics.

A direção do Syriza chegou a anunciar em maio que Tsipras foi convidado pela Rússia a integrar o bloco. Na quinta (2), diante das especulações na Grécia, o ministro de Finanças russo, Anton Siluanov, negou a informação.

Há ao menos duas razões óbvias que inviabilizam esse tipo de acordo: o fato de a Grécia integrar, mesmo sob risco de sair, a zona do euro, e de não ter nada a oferecer diante de dívida de 177% do PIB.

O país não teria condições de colaborar com o novo banco, criado para investimentos e relações comerciais entre os Brics, e não para socorrer ninguém à beira do abismo
Passageiro
07/07/2015 12:22
Perseguição não! É medo da sina se repetir! Mudar para pior o que já está difícil de suportar!
O único mérito dele neste passeio foi não ter perdido o ônibus.

Afinal! Tá sempre atrasado, tentando correr atrás do prejuízo.

E olha que sou um coitado, que bate com a cabeça no vidro do ônibus todos os dias. Não sei de nada!!! ????
Zeca daLua
07/07/2015 11:54
Ao Roberto Azevedo e Claudete Pereira

Prezados

O primeiro a andar de ônibus pedindo votos foi o Poli e Celo Brick é um Poli moderno, porém piorado, é un jundia, um sabão. Certeza que se eleito, Gaspar andará para trás assim como foi o F Poli.

E o Herculano, não esta perseguindo ninguém, apenas retratando a realidade. Ele malha o Zuchi, o pulha e cabideiro Kleber e o Mininu bonitinho. Só isso, quer que desenhe?
Sidnei Luis Reinert
07/07/2015 11:46
Blog
Felipe Moura Brasil


07/07/2015 às 5:14 \ Brasil, Cultura
Eduardo Cunha desmascara OAB e seu presidente petista

size_810_16_9_cunha-eduardoO presidente da Câmara, Eduardo Cunha, desmascarou a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), que eu chamo de Ordem dos Amigos do Brahma, e seu presidente petista, Marcus Vinicius Coêlho, após a divulgação de uma pesquisa encomendada pela entidade ao Datafolha.

Ela aponta que 74% dos entrevistados são contrários ao financiamento empresarial de partidos e políticos, como se isto quisesse dizer que são a favor do financiamento público. Na verdade, eles simplesmente responderam: ?Você é a favor ou contra que empresas privadas possam financiar as campanhas de partidos??

Dinheiro para políticos? Claro que o povo dirá que não.

Eu já mostrei aqui e aqui que a função da OAB é produzir manchetes a favor do PT ? e a dos 74% é apenas mais uma.

Cunha, que é favorável ao financiamento privado, soltou o verbo:

?Eu não vi essa pesquisa e tem que ver como foi feita a pergunta. Pelo que vi até agora ninguém da população quer gastar o dinheiro que pode ir para a saúde, para a educação, ir para campanha política. Eu não vi uma pesquisa até hoje que dissesse isso.?

?A OAB não tem muita credibilidade há muito tempo. As minhas críticas à OAB são constantes.?

?A credibilidade deles, que não têm eleição direta, que não prestam contas como autarquia que eles são, esse roubo do exame da Ordem, com aqueles que não conseguem ter o direito a exercer a profissão pela qual eles prestaram vestibular, exerceram a faculdade e se formaram, a OAB tem uma série de questionamentos.?

?A OAB é um cartel, é um cartel de uma eleição indireta, de uma série de poder feito com movimento de milhões sem fiscalização. Então, a OAB tem que ser questionada em muitos pontos dela, a OAB precisa ser mais transparente.?

Cunha ainda criticou Coêlho por ele ter se manifestado contra a redução da maioridade penal e por ser próximo ao deputado petista Alessandro Molon (PT-RJ), que deve questionar no Supremo Tribunal Federal (STF) nesta semana a sessão em que a redução foi aprovada.

?Se você pegar os folhetos de campanha pela eleição do Molon no Rio de Janeiro, ele (Coêlho) faz parte dos folhetos de campanha do Molon. Ele é um agente do Molon, é um apoiador do Molon.?
Roberto Azevedo
07/07/2015 09:48
Parabéns, Marcelo Brick!!!

Nunca na história recente de Gaspar eu tinha vista um político dentro de um ônibus. Foi um prazer andar com você na linha Lagoa.
Claudete Pereira
07/07/2015 09:44
Herculano, eu gostaria de entender essa sua perseguição ao vereador Marcelo Brick, se o homem não faz nada, você reclama. Se faz, reclama também.

É louvável a atitude do vereador ir conhecer a qualidade do transporte público. Poucos e acredito que o único que teve essa medida. Tenho absoluta certeza que enquanto vereador vai apresentar requerimentos para solucionar alguns problemas.

Como diria o Lula, "Deixa o homem trabalhar"
Herculano
07/07/2015 09:10
O HUMOR DE JOSÉ SIMÃO

Predestinado do século: novo Ministro das Finanças da Grécia: Euclid Tsakalotos! Kalote com K maiúsculo! Rarará!

E o referendo? Ganhou o Caloteus! Novo deus grego: Caloteus.

Novíssimo deus grego: Sifudeus!

Rarará!
Herculano
07/07/2015 09:07
BRASIL VOLTA DEZ ANOS NO TEMPO, por Lauro Jardim, de Veja

De acordo com dados do próprio governo, o pico do consumo de energia no Brasil no domingo foi de 61 559 megawatt-hora (MWh). E o que isso significa?

Significa que ficou no patamar do consumo de energia verificado por exemplo em 7 de abril de 2005, quando alcançou 60 774 MWh. Ou seja, é como se o Brasil tivesse voltado dez anos no tempo.
Herculano
07/07/2015 08:56
UM VÍDEO TRANSFOMA EM RÉU CONFESSO, por Augusto Nunes, de Veja

Em outubro de 2010, depois de abandonar o local do emprego para concentrar-se nas atividades de cabo eleitoral da candidata Dilma Rousseff, o ainda presidente Lula baixou em Angra dos Reis fantasiado de operário da Petrobras. E reduziu a mais um comício o que deveria ser a cerimônia de lançamento da plataforma P-57, construída pela empresa holandesa SBM Offshore.

"Já teve presidente que falava que a Petrobras é uma caixa preta, ninguém sabe o que acontece lá dentro", começa o melhor dos piores momentos do falatório, eternizado no vídeo de 22 segundos. "No nosso governo ela é uma caixa branca? e transparente", mentiu. "Nem tão assim, mas é transparente?", recitou a ressalva debochada antes de escorregar na bazófia perigosa: "A gente sabe o que acontece lá dentro, e a gente decide muitas das coisas que ela vai fazer".

Somada ao que se descobriu sobre o Petrolão, a gravação transforma Lula em réu confesso. Ao contar que não só acompanhou de perto como frequentemente determinou os caminhos cinzentos percorridos pela estatal, ele decifrou o claro enigma: Os condutores da Lava Jato não precisam mais procurar o chefão do maior esquema corrupto de todos os tempos.
Herculano
07/07/2015 08:53
O PIOR RETRATO DA CRISE QUE AFETA TODOS NÓS, RESULTADO DE UM DESGOVERNO SEM PERSPETIVAS. POUPANÇA SOFRE SAQUES PELO 6º MÊS E ACUMULA PERDAS DE R$ 39 BILHÕES NO ANO

O saldo das poupanças brasileiras voltou a ficar negativo em junho, segundo o Banco Central.

No mês passado, os saques na poupança somaram R$ 169,1 bilhões, R$ 6,26 bilhões acima dos depósitos. Em junho de 2014, a captação tivera saldo positivo de R$ 3,2 bilhões.

Foi o sexto mês consecutivo de desfalque da poupança, que vem sofrendo resgates em razão do endividamento das famílias e da inflação. Somando todo o primeiro semestre, a poupança brasileira já perdeu R$ 38,5 bilhões.

Outro motivo para o esvaziamento das poupanças é a taxa básica de juros mais elevada, que torna outras formas de investimento, como o Tesouro Direto, mais atrativas.
Herculano
07/07/2015 08:48
da série: na ausência de argumentos, arruma-se culpados exógenos

AUTORITARISMO E MACHISMO SÃO O PANO DE FUNDO DAS CRÍTICAS A DILMA, Chico Vigilante, sindicalista e deputado distrital pelo PT

parte 1

Para grande parcela da sociedade brasileira a cultura machista ainda predomina e distorce o papel real que a mulher brasileira já alcançou na sociedade.

Muitos creem que ela é boa para ser dona de casa, cozinheira, faxineira, lavadeira mas não para ser engenheira, médica e muito menos para ser uma deputada, senadora ou dirigente política em altos escalões do governo.

A pouca quantidade de mulheres existentes hoje em cargos no Legislativo estadual e federal em relação ao que a própria lei eleitoral exige é prova disso. A lei não é cumprida porque os homens não fazem questão de terem mulheres na política. Apenas engolem a exigência.

E essa visão não é disseminada apenas por homens mas compartilhada também por mulheres. O machismo e o autoritarismo estão tão arraigados na cultura deste país que muitas mulheres ainda não conseguem enxergar que criticar publicamente e gratuitamente uma presidente da república mulher significa contribuir para que as conquistas femininas retroajam na história.

Quando Dilma chegou ao poder, e se manteve nele mais um mandato, fez feliz a muitas mulheres que viram ai reconhecidos os seus valores femininos, mas desagradou a milhares de machistas que se acham no direito de não aceitar que uma mulher chegue ao cargo mais alto da direção de uma Nação.

Aliada ao machismo de fundo, a situação de Dilma fica mais crítica devido à visão autoritária da oposição que não aceita perder, que não aceita que os interesses das classes dominantes deste país sejam contrariados.

Iniciada bem antes das eleições para impedir a reeleição de Dilma, a estratégia de tirar Dilma do poder se encontra hoje totalmente enraizada em setores da imprensa, justiça e parlamento nacionais. Todos estão de acordo em encontrar uma vítima para levar à forca, à guilhotina, para acalmar os ânimos acirrados da turba insatisfeita.

Para a oposição, o que vem depois não importa, desde que não seja o PT, e a continuidade da defesa de crescimento do país com distribuição de renda. Distribuir pra que ? Não querem que seus filhos estudem com negros nas universidades, nem que seu porteiro se sente ao lado deles no mesmo avião.

A campanha da elite brasileira para enfraquecer, humilhar e ou derrubar Dilma levou milhares de despreparados politicamente as ruas pedindo a volta da ditadura e o impeachment da presidente. Como não são organizados o movimento arrefeceu em termos de multidão mas permanece gangrenando a imagem da presidente na internet e na grande mídia.

Cada dia que passa me surpreendo mais com o desrespeito galopante que toma conta das redes sociais contra a figura de Dilma como presidente - o que poderíamos considerar um posicionamento político - mas principalmente me assusta o desrespeito pela figura de Dilma como mulher, que poderia ser a mãe, ou a irmã de cada um de nós. Este é um desrespeito aceito pela cultura autoritária e machista que ainda é forte no Brasil.

Chamar Dilma de gorda é um comportamento machista puro e simples. Vi muitas pessoas repetirem isso, rindo. Depois que a presidente emagreceu e ficou mais bonita, não vi as mesmas pessoas elogiando este fato. Se estava gorda era gorda, se emagreceu está "acabada ".

No meio da crise econômica mundial, que obviamente tem desdobramentos no Brasil, um dos mais conhecidos chargistas deste país desenhou Dilma de joelhos sendo decapitada. Com certeza ele acha bonito os vídeos de algozes do Estado Islâmico cortando cabeças na internet. Ele devia se envergonhar disso.

Adesivos vendidos pela internet mostram Dilma num posto de combustíveis com a mangueira da bomba de gasolina entre as pernas abertas; Mesmo após a ministra da Secretaria de Política para as Mulheres, Eleonora Menicucci, ter pedido "ação urgente" ao Ministério Público e à Polícia Federal para "impedir a produção, veiculação, divulgação, comercialização e utilização do material" criminoso, vários sites na internet continuam anunciando o produto
Herculano
07/07/2015 08:47
da série: na ausência de argumentos, arruma-se culpados exógenos

AUTORITARISMO E MACHISMO SÃO O PANO DE FUNDO DAS CRÍTICAS A DILMA, Chico Vigilante, sindicalista e deputado distrital pelo PT

parte 2

Entender como normal ou se calar diante a propagação desse tipo de mensagem é referendar a violência contra as mulheres como algo aceitável dentro dos padrões de nossa cultura.

Até mesmo Joaquim Barboza, ex presidente do STF, surge das cinzas com saudades dos holofotes e decide dizer que Dilma comete crime de responsabilidade ao atentar contra o andamento do judiciário.

Quando Dilma atentou contra o andamento do Judiciário? Por acaso não gostar de delatores é atentar contra o Judiciário? Enlouqueceu de vez.

Ao afirmar que "a Constituição não autoriza o Presidente a 'investir politicamente' contra as leis vigentes, minando-lhes as bases", a intenção de Barboza é clara : enfraquecer a imagem de Dilma perante a opinião pública, ajudar a campanha difamatória da oposição contra Dilma e o PT.

Ainda bem que existem ainda homens e mulheres que percebem e se preocupam com o que está acontecendo no Brasil. Esta semana me identifiquei profundamente com uma carta enviada a Dilma por Julia Dworkin, uma moradora do Rio de Janeiro e que se diz não petista.

Ela diz: "apesar das divergências políticas que tenho com o governo, te admiro profundamente Dilma. Admiro sua história, sua postura, sua coragem. Sofro com você todas as vezes que te atacam de forma pessoal, cruel e criminosa. Dói em mim. Toda vez que me deparo com esses ataques, sempre penso em como você está se sentindo ao ver aquilo. E penso em todas as vezes que isso aconteceu comigo e com mulheres que gosto. Quando vejo a forma que falam de você, lembro-me de quantas vezes homens me olhavam com aquele mesmo olhar de desprezo, e quantas vezes falaram de mim de forma desrespeitosa e cruel. Seu rosto abatido da última semana me representa. Representa todas as mulheres atacadas, agredidas, silenciadas e humilhadas deste país?.

A situação é preocupante mas quando vejo mulheres comuns que que saem do silêncio para defender Dilma em meio de uma campanha de pregação do ódio contra a presidente, percebo que pelo Brasil afora existem muitas júlias, apesar dos Aécios, dos Barbozas, dos Cunhas ...

O virulento e desrespeitoso ataque verbal sofrido por Dilma durante visita a universidade de Stanford, nos EUA, por dois jovens brasileiros que furaram o esquema de segurança, foi criticado por Paulo Blikstein, professor daquela instituição.

Em carta enviada ao Painel do Leitor da Folha, Blikstein afirma que a ação dos dois jovens ( que tem fotos juntamente com Bolsonaro em seus facebboks ) lembra a virulência de grupos políticos fascistas que infelizmente proliferam pelo mundo.

O professor dá um alerta ao Brasil: Entre erros e acertos do governo e da oposição, há um que ambos devem evitar a todo custo: ignorar o perigo do crescimento desse tipo de ideologia violenta e fascista, normalmente acompanhada de homofobia e racismo.

Neste momento é importante e decisivo que os movimentos sociais provoquem e incentivem o debate em torno do fim da pregação do ódio e sobre a democratização da mídia. Assim teremos melhores canais para expor a verdade e os pontos positivos das ações governamentais.

Este deve ser o objetivo da sociedade. Se unir em torno de novas conquistas, e não se dividir em nome do ódio e da humilhação de sua presidente. Chega de autoritarismo. O Brasil tem leis conquistadas ao longo de décadas de lutas e elas devem ser cumpridas.

Abaixo o machismo secular das fazendas e senzalas. O maior motivo do ódio das elites contra contra Dilma, Lula e o PT é exatamente por seu maior feito: ter conseguido fazer as senzalas invadirem e compartilharem das benesses da Casa Grande. Isso eles não conseguem aceitar.
Herculano
07/07/2015 08:28
ESPIONAGEM

O presidente norte americano Barack Hussein Obama II, Democrata, acaba de desistir de espionar a presidente brasileira, Dilma Vana Rousseff, PT. É que ele não entende o que ela fala. Nem os brasileiros
Herculano
07/07/2015 08:23
DILMA ESTÁ ATRASADA, por Bernardo Mello Franco para o jornal Folha de S. Paulo

"Eu não vou, eu não vou. O meu recado é claro. Eu não vou cair". As duras declarações de Dilma Rousseff à Folha revelam que a presidente finalmente entendeu que está com a cabeça a prêmio. Não está claro, no entanto, se ela terá tempo e força suficientes para reagir à ofensiva que ameaça derrubá-la.

Dilma está atrasada. Enquanto passeava de bicicleta por Brasília, os adversários se aproximaram perigosamente do palácio. O PMDB, que sustenta a coalizão governista, voltou a sabotá-la. O PSDB, que lidera a oposição oficial, passou a falar abertamente em encurtar seu mandato.

A situação tomou contornos dramáticos na última semana. O vice Michel Temer ameaçou devolver a coordenação política, e o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, ensaiou abandonar o cargo. O Planalto conseguiu desarmar as duas bombas, mas não apresentou um plano objetivo para tirar a presidente do buraco.

Dilma começou a esboçá-lo nesta segunda, em duas reuniões para mobilizar a tropa. Entretanto, o gesto para romper o isolamento pode vir tarde demais. O PMDB segue as ordens dos incendiários Renan Calheiros e Eduardo Cunha, que conspiram abertamente contra a presidente. O PSD de Gilberto Kassab tem ajudado a derrotar o governo em temas importantes, como a maioridade penal.

Acuada, Dilma parece apostar apenas na própria biografia para se defender. Na entrevista a Maria Cristina Frias, Valdo Cruz e Natuza Nery, voltou a citar sua capacidade de resistência, testada nas prisões da ditadura. "As pessoas caem quando estão dispostas a cair. Não estou", disse. "Não tem base para eu cair. E venha tentar, venha tentar", desafiou.

Para aliados próximos, só a vontade pessoal não salvará a presidente. Nesta segunda, ela foi estimulada a atuar nos bastidores para evitar a rejeição de suas contas no TCU e no Tribunal Superior Eleitoral. Peemedebistas e tucanos tentam influenciar as duas cortes há semanas para tentar apeá-la do poder.
Herculano
07/07/2015 08:02
PT SAUDOU O "NÃO" DOS GREGOS AO EURO-ARROCHO, por Josias de Souza

O PT divulgou nota oficial para saudar o resultado do plebiscito antiausteridade realizado na Grécia. Seis em cada dez gregos disseram "não" ao aprofundamento da política econômica austera imposta pelos credores da Grécia - à frente o Banco Central Europeu e o FMI. Rejeitaram-se coisas como elevação de impostos e corte de direitos trabalhistas e previdenciários.

Em seu texto, o PT anota: "A vitória do povo grego, conduzida pelos companheiros da Coligação Syriza, que governa aquele país, pode ser considerada também como um triunfo dos povos valentes da América Latina e uma viva demonstração de que é possível resistir às pressões das políticas neoliberais e negociar em condições mais vantajosas aos trabalhadores e camadas populares de seus países."

Subscrita por Rui Falcão, presidente da legenda, a nota acrescenta: "O PT manifesta seu mais profundo respeito e admiração ao povo grego, berço da democracia, no momento histórico em que inflige uma derrota ao capitalismo mais selvagem."

Beleza. Os "companheiros da Coligação Syriza" estão entregando ao povo grego a mercadoria que prometeram em campanha. Agora, para manter a coerência, os companheiros do PT têm duas alternativas: ou pegam em lanças por um plebiscito em que os brasileiros digam "sim" ou "não" ao arrocho do governo Dilma ou explicam à plateia as razões que levaram a presidente petista a implementar no governo o ajuste impopular que dizia ser coisa do antagonista tucano Aécio Neves.
Olhar 43
07/07/2015 08:00
Aos Administradores do Hospital de Gaspar:

A promessa de vocês era fiscalizar e auditar as contas do Hospital, certo ?

Então podem começar pela entrada do estacionamento do Hospital.

O sistema que calcula o valor a pagar do estacionamento não está funcionando e o funcionário cobra o valor conforme a cara do usuário.

Não é aceitável permanecer no hospital por 20 minutos e ao sair pagar R$ 3,50.

Nem nos estacionamentos dos Shopping das nossa vizinha Blumenau a gente paga esse valor absurdo.
Herculano
07/07/2015 07:58
JÁ ESTAMOS NO PÓS-DILMA, por Reynaldo Rocha

E agora? Estamos no pós-Dilma. O velório ainda acontece - como no interior - na sala da casa. Já se pensa em recolocar tudo em seu lugar depois da saída do cortejo. Por obrigação profissional e instinto de sobrevivência, mantive contato com formadores de opinião neste fim de semana. Algumas figuras ilustradas e outras situadas no centro do poder.

Não houve uma única manifestação que remetesse à prorrogação do (des)governo Dilma. Constatação unânime: o governo acabou. Ou pela renúncia ou pelo impeachment, o epílogo não vai demorar. Mas ninguém faz ideia do quem vem lá, como na canção de Lenine.

Dilma hoje é um ser a evitar - sobretudo por especialistas em não ficar ao lado de quem possa infectá-los. Eles temem o risco do contágio. Confrontados com o cenário de horror, querem distância do desastre inevitável.

Discute-se abertamente se Dilma sairá do Planalto com Michel Temer a tiracolo, o que faria de Eduardo Cunha o presidente interino até que seja eleito nas urnas o novo titular do cargo. Ou se Temer substituiria Dilma, repetindo-se a fórmula que instalou o vice Itamar Franco no gabinete do qual Fernando Collor fora despejado. Nessa hipótese, a eleição pelo voto ficaria para 2018.

"Ninguém faz ideia de quem vem lá!" E do que virá. Certamente será uma vitória. Mas que não se transforme em mais um capítulo do mesmo pesadelo. Que tenhamos aprendido. E que os que pensam representar-nos entendam que pouco contribuíram para o desfecho.

Precoce para alguns, tardia para muitos, o certo é que não se trata de morte natural. Foi suicídio.
Herculano
07/07/2015 07:52
PSDB ACHA QUE ACAREAÇÃO VAI "DESMASCARAR O PT", por Cláudio Humberto na coluna que publicou hoje nos jornais brasileiros

O PSDB aposta as fichas na acareação do ex-gerente da Petrobras Pedro Barusco com o ex-tesoureiro do PT João Vaccari Neto, quinta (9) às 9h30. Os parlamentares estão confiantes de que as revelações de Barusco, que fez acordo de delação premiada, vão "desmascarar o PT" e mostrar que Vaccari mentiu no primeiro depoimento à CPI, em abril. Além de demonstrar que a campanha de Dilma recebeu dinheiro sujo.

Mentir não pode

A eventual constatação de mentiras de João Vaccari Neto na CPI poderá resultar em novos processos criminais contra ele.

Ameaça de cassação

O financiamento ilegal da campanha pode determinar o cancelamento do registro da candidatura de Dilma, cassando-lhe inclusive o mandato.

Nitroglicerina pura

O TSE julgará se o dinheiro roubado financiou a campanha de Dilma. O dono da UTC, Ricardo Pessoa, é testemunha-bomba nessa ação.

Outra acareação

A acareação de Barusco com seu ex-chefe Renato Duque, que foi diretor de Serviços da Petrobras, será nesta quarta (8), às 9h30.

BASES DA CRISE GREGA SÃO IDÊNTICAS À BRASILEIRA

Se a Grécia está sem saber o que será o amanhã, no Brasil muitos acordaram apreensivos. É que alguns erros gregos, na economia, têm similares por aqui. Como um governo caro e sofrendo de obesidade mórbida, por exemplo. Os gregos chegaram a ter seis mil empresas públicas, com servidores ganhando 14º e 15º salários (mais bônus de férias, feriados, Natal e páscoa), imunidade, aposentadoria integral etc.

Quebra inevitável

Aposentados com menos de 55 anos, na Grécia, custam mais de um bilhão de euros por ano. A frágil economia grega não aguenta isso.

Mesma doença

No Brasil como na Grécia, enxugar a máquina, nem pensar. O governo Lula inchou o governo, hoje com mais de 23 mil cargos comissionados.

Ajustes errados

Na Grécia como no Brasil, quando finalmente aumentaram taxas e mexeram nas aposentadorias, fizeram errado. Mas a conta vem aí.

Trio da articulação

Sondado há dez dias, Tadeu Filippelli foi finalmente oficializado para chefia de gabinete da Secretaria de Relações Institucionais. Fará parte da tentativa de articulação do governo, com Temer e Eliseu Padilha.

Insetos palacianos

A Presidência da República abriu licitação de R$ 86,6 mil para dar fim a insetos e outros animais que circulam pelo Alvorada, Planalto e anexos. Mais da metade é para limpar o local de trabalho e a moradia de Dilma.

Tô fora

O experiente senador Romero Jucá (PMDB-RR), que Renan Calheiros chama de "relator-geral da República", é um dos políticos alarmados com a crise institucional. Ele já não aposta um tostão furado em Dilma.

Tá feia a coisa

Deputado federal cujo humor jamais sofre abalos, Lúcio Vieira Lima (PMDB-BA) perde a verve quando é convidado a comentar a crise no governo Dilma. Fecha a expressão, preocupado. A coisa está feia.

A um passo

O ex-governador do Distrito Federal Paulo Octávio, atualmente no PP, partido da base aliada do governo Dilma, compareceu à convenção nacional do PSDB que reconduziu Aécio Neves à presidência.

Contra a maré

O governo Dilma torrou, inutilmente, US$ 9 bilhões de nossas reservas cambiais nos últimos doze meses para tentar conter a alta do dólar. A cotação subiu 41%, de R$ 2,22 em julho de 2014 para R$ 3,14 ontem.

Patrocínio na carne

As duplas campeãs no mundial de vôlei de praia da Holanda, como os incríveis Alisson e Bruno Schmidt, tinham tatuado no ombro o brasão da Marinha. O pai de Bruno, Felipe, que é irmão de Oscar e Tadeu Schmidt, foi capitão de mar e guerra da Marinha.

Devagar, devagarinho...

Só agora, até por despreparo e desinformação, a Anac liberou o uso de celulares no modo avião em voos da Gol. O Brasil ainda está três anos atrás de outros países, onde já se usa conexão wifi desde 2012.

Expertise

A Presidência da República abriu licitação para o "controle de pragas" em seus palácios. Deveria entregar a missão à força-tarefa da Lava Jato.
Herculano
07/07/2015 07:33
"EU NÃO VOU CAIR, ISSO AÍ É MOLEZA", AFIRMA A PRESIDENTE DILMA VANA ROUSSEF EM ENTREVISTA EXCLUSIVA PARA O JORNAL FOLHA E S, PAULO. PRESIDENTE CHAMA A OPOSÇÃO DE "UM TANTO GOLPISTA", DIZ QUE "O PMDB É ÓTIMO" E QUE NÃO SE SENTE NO VOLME MORTO

A entrevista e o texto são de Maria Cristina Frias, colunista, além de Valdo Cruz e Natuza Nery, da sucursal de Brasília

Parte 1

No auge da pior crise de seus quatro anos e meio de governo, a presidente Dilma Rousseff desafiou os que defendem sua saída prematura do Palácio do Planalto a tentar tirá-la da cadeira e a provar que ela algum dia "pegou um tostão" de dinheiro sujo.

"Eu não vou cair. Eu não vou, eu não vou. Isso aí é moleza, é luta política", disse a presidente nesta segunda-feira (6), durante entrevista exclusiva à Folha, a primeira desde que adversários voltaram a defender abertamente seu afastamento do cargo.

Apesar do cerco político que parece se fechar a cada dia, Dilma chamou os opositores para a briga. "Não tem base para eu cair, e venha tentar. Se tem uma coisa que não tenho medo é disso", afirmou a presidente, acusando setores da oposição de serem "um tanto golpistas".

Com dedo indicador direito erguido, foi mais enfática: "Não me atemorizam". A presidente tirou o PMDB da lista de forças políticas que tentam derrubá-la. "O PMDB é ótimo", disse Dilma, esquivando-se de responder sobre o flerte de figuras do partido com a tese do impeachment.

Dilma descartou a hipótese de renúncia e comentou o boato disseminado na internet, e prontamente desmentido por ela, de que havia tentado se matar. "Eu não quis me suicidar na hora que eles estavam querendo me matar lá [na cadeia, durante a ditadura militar], a troco de que eu quero me suicidar agora?".

Folha - O ex-presidente Lula disse que ele e a sra. estavam no volume morto. Estão?
Dilma Rousseff - Respeito muito o presidente Lula. Ele tem todo o direito de dizer onde ele está e onde acha que eu estou. Mas não me sinto no volume morto não. Estou lutando incansavelmente para superar um momento bastante difícil na vida do país.

Folha - Lula disse que ajuste fiscal é coisa de tucano, mas a sra. fez.
Dilma - Querido, podem querer, mas não faço crítica ao Lula. Não preciso. Deixa ele falar. O presidente Lula tem direito de falar o que quiser.

Folha - A sra. passa uma imagem forte, mas enfrenta uma fase difícil.
Dilma - Outro dia postaram que eu tinha tentado suicídio, que estava traumatizadíssima. Não aposta nisso, gente. Foi cem mil vezes pior ser presa e torturada. Vivemos numa democracia. Não dá para achar que isso aqui seja uma tortura. Não é. É uma luta para construir um país. Eu não quis me suicidar na hora em que eles estavam querendo me matar! A troco de quê vou querer me suicidar agora? É absolutamente desproporcional. Não é da minha vida.

Folha -Renúncia também?
Dilma - Também. Eu não sou culpada. Se tivesse culpa no cartório, me sentiria muito mal. Eu não tenho nenhuma. Nem do ponto de vista moral, nem do ponto de vista político.
Herculano
07/07/2015 07:32
"EU NÃO VOU CAIR, ISSO AÍ É MOLEZA", AFIRMA A PRESIDENTE DILMA VANA ROUSSEF EM ENTREVISTA EXCLUSIVA PARA O JORNAL FOLHA E S, PAULO. PRESIDENTE CHAMA A OPOSÇÃO DE "UM TANTO GOLPISTA", DIZ QUE "O PMDB É ÓTIMO" E QUE NÃO SE SENTE NO VOLME MORTO

A entrevista e o texto são de Maria Cristina Frias, colunista, além de Valdo Cruz e Natuza Nery, da sucursal de Brasília

Parte 2

Folha - A sra. fala que não tem relação com o petrolão, mas está pagando a conta?
Dilma - Falam coisas do arco da velha de mim. Óbvio que não [tenho nada a ver com o petrolão]. Mas não estou falando que paguei conta nenhuma também. O Brasil merece que a gente apure coisas irregulares. Não vejo isso como pagar conta. É outro approach. Muda o país para melhor. Ponto.

Agora excesso, não [aceito]. Comprometer o Estado democrático de direito, não. Foi muito difícil conquistar. Garantir direito de defesa para as pessoas, sim. Impedir que as pessoas sejam de alguma forma ou de outra julgadas sem nenhum processo, também não [é possível].

Folha - O que acha da prisão dos presidentes da Odebrecht e Andrade Gutierrez?
Dilma - Olha, não costumo analisar ação do Judiciário. Agora, acho estranho. Eu gostaria de maior fundamento para a prisão preventiva de pessoas conhecidas. Acho estranho só.

Não gostei daquela parte [da decisão do juiz Sergio Moro] que dizia que eles deveriam ser presos porque iriam participar no futuro do programa de investimento e logística e, portanto, iriam praticar crime continuado. Ora, o programa não tinha licitação. Não tinha nada.

Folha - A oposição prevê que a sra. não termina seu mandato.
Dilma - Isso do ponto de vista de uma certa oposição um tanto quanto golpista. Eu não vou terminar por quê? Para tirar um presidente da República, tem que explicar por que vai tirar. Confundiram seus desejos com a realidade, ou tem uma base real? Não acredito que tenha uma base real.

Não acho que toda a oposição que seja assim. Assim como tem diferenças na base do governo, tem dentro da oposição. Alguns podem até tentar, não tenho controle disso. Não é necessário apenas querer, é necessário provar.

Folha - Delatores dizem que doações eleitorais tiveram como origem propina na Petrobras.
Dilma - Meu querido, é uma coisa estranha. Porque, para mim, no mesmo dia em que eu recebo doação, em quase igual valor o candidato adversário recebe também. O meu é propina e o dele não? Não sei o que perguntam. Eu conheço interrogatórios. Sei do que se trata. Eu acreditava no que estava fazendo e vi muita gente falar coisa que não queria nem devia. Não gosto de delatores.

Folha - Mesmo que seja para elucidar um caso de corrupção?
Dilma - Não gosto desse tipo de prática. Não gosto. Acho que a pessoa, quando faz, faz fragilizadíssima. Eu vi gente muito fragilizada [falar]. Eu não sei qual é a reação de uma pessoa que fica presa, longe dos seus, e o que ela fala. E como ela fala. Todos nós temos limites. Nenhum de nós é super-homem ou supermulher. Mas acho ruim a instituição, entendeu? Transformar alguém em delator é fogo.

Folha - Tem gente no PMDB querendo tirar a sra. do cargo.
Dilma - Quem quer me tirar não é o PMDB. Nã-nã-nã-não! De jeito nenhum. Eu acho que o PMDB é ótimo. As derrotas que tivemos podem ser revertidas. Aqui tudo vira crise.

Folha - Parece que está todo mundo querendo derrubar a sra.
Dilma - O que você quer que eu faça? Eu não vou cair. Eu não vou, eu não vou. Isso é moleza, isso é luta política. As pessoas caem quando estão dispostas a cair. Não estou. Não tem base para eu cair. E venha tentar, venha tentar. Se tem uma coisa que eu não tenho medo é disso. Não conte que eu vou ficar nervosa, com medo. Não me aterrorizam.

Folha - E se mexerem na sua biografia.
Dilma - Ô, querida, e vão mexer como? Vão reescrever? Vão provar que algum dia peguei um tostão? Vão? Quero ver algum deles provar. Todo mundo neste país sabe que não. Quando eles corrompem, eles sabem quem é corrompido.
Herculano
07/07/2015 07:21
O PT DE GASPAR E OS SEUS NOMES PREFERIDOS

O PT vende a imagem de plural, democrático, afeito ao diálogo e competente. Mas na hora da verdade, a realidade se mostra bem diferente. O melhor retrato está na enrascada que todos estamos metidos no plano nacional.

Em Gaspar, por ser uma franquia, nada disso é diferente.

Vira e mexe, o PT impõe nomes seus, ou de ajustes políticos qu promove para nominar obras e logradouros públicos.

O que está hoje na pauta da sessão da Câmara? O requerimento 116/2015 do vereador Ciro André Quintino, PMB, ao prefeito Pedro Celso Zuchi, PT.

O vereador quer saber a autorização de pessoa da família concordando com a denominação, acompanhada de cópia de documento que comprove o grau de parentesco; e o abaixo-assinado de proprietários/moradores lindeiros à via concordando com a denominação. Quanto a essas assinaturas, cumpre esclarecer que não devem ser de simpatizantes à ideia de denominação, mas sim de lindeiros proprietários, pois a estes sim cabe a manifestação sobre a concordância do nome da rua no respectivo abaixo-assinado.

Não que o Vereador tenha outro nome, ou discorde que o nome Thereza Schmitt seja dada a uma via sem nome no bairro do Belchior Central. É que isto é isto é um procedimento normal que deveria nascer assim na procuradoria do Município onde se formulou o projeto de Lei. Aliás, nominar ruas em Gaspar a rodo já deu processo que impede construções em quase cem delas por irregularidades outras. Acorda, Gaspar!
Herculano
07/07/2015 06:58
ETERNO CANDIDATO

O Esperidião Amim Helou Filho, foi lançado candidato a governador na convenção do PP, em Araranguá. Em Araranguá?

A coisa já foi melhor. Para relembrar: Esperidião foi duas vezes governador, senador e deputado, além de ter sido prefeito de Florianópolis e candidato a presidência de República.

A outra coisa mal resolvida de Esperidião é o seu PP, parceiro do PT e envolvido até o pescoço com as graves dúvidas da República.
Herculano
07/07/2015 06:50
DILMA MORDE A ISCA DA INTERRUPÇÃO DO MANDATO, por Josias de Souza

O retrato de um governo é o que sobra para ser desenterrado muitos anos depois. No futuro, quando a arqueologia política fizer suas escavações à procura de documentos e objetos que ajudem a entender a decomposição da Era petista, encontrará em meio aos destroços desta segunda-feira, dia 6 de julho do ano da graça de 2015, um quadro revelador.

O quadro mostra a caída em si de Dilma Rousseff, o exato momento em que ela morde a isca do seu infortúnio. Às vésperas de uma viagem à Rússia, a rainha frágil convoca uma reunião de emergência com os áulicos do reino, para tentar entender porque diabos seus cortesãos decidiram se entender com a oposição para apeá-la do trono. Ao fundo, o vice-rei Michel Temer anuncia aos repórteres que a soberana está "tranquila".

Os arqueólogos talvez apresentem esta cena como um marco da derrocada da dinastia inaugurada 13 anos antes por Lula. Saída das provetas do monarca, num laboratório improvisado nos subterrâneos do palácio, a criatura exasperou-se ao notar que seu 2º reinado, com escassos seis meses de existência, definhava. Dependendo de como reagisse, não poderia viajar tranquila nem para visitar o companheiro Evo Morales, na vizinha Bolívia.

As conclusões dos arqueólogos serão reforçadas quando deitarem os olhos num vídeo gravado na véspera. Nele, o petista José Eduardo Cardozo, encarregado dos negócios da Justiça, declara em entrevista: "É de um profundo despudor democrático e de um incontido revanchismo eleitoral falar em impeachment da presidente como têm falado alguns parlamentares da oposição. O desejo de golpe, sob o manto da aparente legalidade, é algo reprovável do ponto de vista jurídico e ético.''

A entrevista de Cardozo será apresentada no futuro como um instante bizantino. Embora chefiasse a Polícia Federal, ele via mais despudor no debate democrático do que nas arcas eleitorais da rainha, contaminadas pelas doações podres do companheiro-delator Ricardo Pessoa. Mais: embora convivesse com aliados como Renan Calheiros e Eduardo Cunha, Cardozo atribuía toda a eletrificação da conjuntura às forças retrógadas do tucanato. Não percebeu que, até aquele momento, a turma do ex-monarca FHC jogava parada. É Bizânzio no seu estado mais puro, concluirão os arqueólogos.

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