Por Herculano Domício - Jornal Cruzeiro do Vale

Por Herculano Domício

21/07/2015

QUEM SE HABILITA?

O PSD de Gaspar vai ter candidato no ano que vem. Isto está certo. Faz parte do plano do partido de lançar candidatos em todos os municípios catarinenses e dos planos do deputado Jean Jackson Kuhlmann, de Blumenau. Jorge Teixeira está atrás do nome ideal. O desastre de Ilhota é um fato complicador, ainda mais sabendo-se que o deputado Kuhlmann é o patrocinador do governo de Daniel Christian Bosi, que não se sabe se irá a reeleição. Se for, piora tudo. Contaminará o discurso de Gaspar. 

O PAPEL HIGIÊNICO I

O caso da falta de papel higiênico na nossa mais antiga e tradicional escola estadual, Honório Miranda, revela, em resumo, o desastre dos políticos com os cidadãos, os pagadores de pesados impostos e que por falta de respeito e responsabilidade praticamente dos governantes eleitos por nós, não possuem retorno mínimo. E neste caso, o retratado é o governador Raimundo Colombo, PSD. O assunto foi motivo de várias observações na semana passada na área de comentários desta coluna na internet ? a mais acessada no portal do Jornal Cruzeiro do Vale, o mais antigo, o de maior circulação e o de mais crédito. 

O PAPEL HIGIÊNICO II

Revela também a total inutilidade da secretaria de Desenvolvimento Regional de Blumenau (e todas as outras). O secretário Cássio Quadros, PSD, foi incapaz de fazer uma simples licitação emergencial por falta de previsibilidade. Revela que a SDR é apenas um cabideiro para políticos sem empregos e votos, carissimamente pagos pelo povo, um ente desprezado. Revelou o autismo do vereador Marcelo de Souza Brick, PSD, que se interessou pelo assunto via o seu face book, mas só depois que houve o protesto dos alunos em praça pública e ganhou a exposição na mídia. Esta indecência já havia aparecido na Câmara em denúncia feita pela bancada petista e Brick fez ouvido de mouco, achando que ele se resolveria com o tempo. Todavia, o tempo foi padrasto da inércia, dos alienados e vivaldinos.   

REFORMAR? I 

A maioria das obras tocadas pela prefeitura petista de Gaspar têm algo em comum: tão logo elas ficam prontas, são reformadas. Ou elas são mal projetadas, ou são mal contratadas, ou são mal aprovadas, ou são mal fiscalizadas. Na verdade falta a responsabilização dos culpados. Os vereadores da dita oposição fecham os olhos. E quando alguém levanta o problema ? normalmente é a vereadora e professora [agora licenciada] Andreia Symone  Zimmermann Nagel, DEM -, a bancada petista cai matando de pau, intimidando, acusando, constrangendo e até perseguindo. Quer mais um exemplo? 

REFORMAR? II

No ano passado a prefeitura distribuiu um press release para a propaganda que continha estas informações: ?partir do dia 4 de agosto, o CDI Professora Mercedes Melato Beduschi abrirá suas portas e começará a atender as crianças do bairro Bateias. O educandário ficará no antigo prédio da Escola de Educação Básica Luiz Franzói, que foi reformado e está sendo adequado para receber aproximadamente 100 crianças da Educação Infantil?.  Pois bem: o que está na praça menos de um ano depois? 

REFORMAR? III

O edital 162/2015 para reforma do telhado e melhorias do CDI Mercedes Melato Beduschi. A abertura da licitação vai ser no dia 30 e estima-se gastar, sem aditivos, R$ 79.492,16. Perguntar não ofende: que raios foi a reforma que aconteceu lá na escola, anunciada na propaganda oficial e que em menos de um ano precisa ser reformada outra vez? Gastou-se dinheiro à toa? A lista de fatos assim é longa. Acorda, Gaspar

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Foto: Gilberto Schmitt / Montagem: Henrique Gustavo / Texto: Herculano Domício

 

TRAPICHE

Contagem regressiva. Em julho recomeçam as obras da ponte do Vale (prefeito Pedro Celso Zuchi, PT, direto de Brasília). 

Os vereadores de Gaspar estão de férias depois de quatro meses de trabalho muito duro. Reuniram-se uma vez por semana nas tardes de terça-feira e durante três horas. 

Entre eles, os petistas de Gaspar tem três palpites. Se o candidato do PT não decolar em Gaspar, em pelo menos dois nomes eles não descarregariam votos: Kleber Edson Wan Dall, PMDB, por ser birra antiga de Pedro Celso Zuchi e sua Liliane, bem como em Andreia Symone Zimmermann Nagel, DEM, por ser birra nova do casal Zuchi, família Dalsochio e dos Rampelottis. Vão descarregar em quem deixá-los governar de fato e por debaixo dos panos, mesmo não ganhando a eleição. Então façam as apostas quem é que conta com a simpatia do PT! 

O morro do Serafim, na parte gasparense no Belchior Alto, já está asfaltado. Faltam apenas a sinalização da pista e a finalização de obras laterais. A obra foi encomendada pelo casal Ana Paula (emenda parlamentar) e Décio Neri de Lima ao governador Raimundo Colombo, PSD. É um presente do casal de políticos petistas ao povo de Luiz Alves. O asfaltamento vai ser o mote da campanha 2016 para os luizalvenses. 

Já para Gaspar o casal de políticos de Blumenau e que manda e desmanda na administração petista de Pedro Celso Zuchi, ainda não conseguiu convencer Dilma Vana Rousseff, PT, a liberar a verba para se pagar o que está pendurado com a Artepa Martins e para terminar as obras da ponte do Vale. Triste

O presidente da Câmara, José Hilário Melato, PP, foi ontem à rádio explicar ao povo ? desinformado - porquê tem que contratar mais gente na Casa das Leis. Fácil, foi ele que contra a opinião da cidade, aumentou o número de vereadores e jurava que isto não traria novas despesas. Trouxe. Disto ninguém perguntou. E ele então enrolou a todos. 

O ex-presidente da Acig, Rogério Alves de Andrade está em campanha aberta pró Kleber Edson Wan-Dall, PMDB, para prefeito. Ele tem liderado reuniões aglutinativas. 

Então. Gaspar vai ter a tocha das Olimpíadas, mas não terá a ponte do Vale, o Anel de Contorno, a urbanização da Marinha, do loteamento das Casinhas de Plástico, a estruturação do da Arena Multiuso, a ponte do Bela Vista, a drenagem do Bela Vista...Circo. 

Os vereadores de Gaspar ficaram numa saia justa daquelas dias atrás. Ouviram dos que estavam no plenário de que o horário em que eles se reúnem é impróprio para o povo ouvi-los, participar e fiscalizá-los. 

Perseguição. Nas escolas municipais de Gaspar se instalou agora o controle de pensamento e liberdade de expressão. Medo e censura. Quem criticar a atual administração, é chamado para uma ?conversinha? na prefeitura. Contando, ninguém acredita! 

Pois é. Sabe-se que José Hilário Melato e João Alberto Pizzolatti Júnior são gêmeos na política. Pizzolatti complicadíssimo na Operação Lava Jato, depois de dar uma de galo e resistir, já admite por seus advogados [no Jornal Nacional de sábado] de que o dinheiro da corrupção do PP pode ter ido ? ?sem ele saber?? - para as suas campanhas eleitorais. Então... 

Edição 1706

Comentários

Sidnei Luis Reinert
23/07/2015 14:07
Polícia Militar se reúne com comunidade de Gaspar

Na segunda-feira (20), a comunidade do bairro Belchior Alto,em Gaspar, fez uma manifestação pedindo mais segurança. Na época, nossa equipe foi até o local conferir.

Na tarde de ontem, a Polícia Militar se reuniu com a comunidade para dar um retorno.

Autor: RICTV Record


http://ricmais.com.br/sc/seguranca/videos/policia-militar-se-reune-com-comunidade-de-gaspar/
Herculano
23/07/2015 13:58
TRUMP LÁ, DATENA AQUI, por Bernardo Mello Franco

Americanos e paulistanos só vão às urnas no fim de 2016, mas a disputa pelo lançamento de candidaturas já começou. No noticiário, as atrações do momento são personagens exóticos à fauna política: o magnata Donald Trump e o apresentador José Luiz Datena.

Os dois têm mais em comum do que o Empire State e o Banespão. Sem serem políticos tradicionais, investem no carisma pessoal, no discurso conservador e na imagem de que podem resolver tudo sozinhos, acima dos partidos e das instituições.

Trump, o bilionário excêntrico, aposta no lado mais materialista do sonho americano. Quer ser admirado pelo tamanho das torres, cassinos e hotéis batizados com o seu nome. Promete comandar a Casa Branca como se fosse uma de suas empresas.

Datena, o locutor policial, apela ao medo da violência e do caos urbano. É capaz de narrar um roubo de galinha como o crime do século, ou um engavetamento na Marginal como o novo 11 de Setembro.

Com estilo agressivo, os dois encarnam o populismo de direita que prolifera na tevê aberta e nas redes sociais. Parecem estar sempre indignados, mas só atacam os elos mais fracos da sociedade, nunca a elite ou o sistema. São revoltados a favor.

Trump chamou atenção em junho ao chamar imigrantes mexicanos de estupradores e traficantes. Agora se dedica a espinafrar colegas de partido. Datena defende a PM e ataca presidiários e menores infratores. Quem discorda é xingado no ar de "bandido", "imbecil" ou "vagabundo".

Embalado pela repercussão dos insultos, o magnata disparou na corrida às primárias do Partido Republicano. O apresentador da Band ainda não aparece nas pesquisas paulistanas, mas é cortejado por três partidos, incluindo o PSDB.

Há uma forte chance de nenhum deles se viabilizar como candidato. Se isso ocorrer, já serão vencedores. Trump atrairá mais holofotes para seus negócios, e Datena vai valorizar o passe na guerra pela audiência
Herculano
23/07/2015 13:54
A ESCOLHA DE SOFIA, por Reynaldo Rocha

Não há uma crise institucional. Isso acontece quando os poderes republicanos param de operar. Em uma conversa com um amigo culto, antenado e consciente, concluímos que o que está em curso é um processo que pode ser chamado de ?escolha de Sofia?. Quem viu o filme entenderá a analogia. Há sobre a mesa duas opções: entre o insuportável e o desesperador, qual escolher?

A continuação do desgoverno e da decomposição moral e administrativa poderá transformar os brasileiros em zumbis. A deposição de Dilma conduzirá a um buraco negro que sabemos onde começa mas nem imaginamos como termina.

A questão ética exige que a cambada vá para a cadeia. Dilma sabia sim da corrupção correndo solta. Usou-a e dela se beneficiou. Nunca existiu a mulher impoluta criada recentemente para livrar-se de Lula ? esse sim afundado no volume morto. Dilma jamais recusou trabalhos sujos. Foi ela quem insultou Ruth Cardoso com dossiês fraudulentos. Fantasiada de faxineira, só aceita afastar ministros pegos com dinheiro na mão. Quando pôde, tratou de reconduzi-los ao cargo.

Devemos temer o futuro determinado por eles e financiado por nós? Temos de engolir os impostos extorsivos que patrocinam usadas como instrumentos eleitoreiros? Devemos suportar a tal base alugada onde reinam Sarney, Maluf, Collor, Newton Cardoso, Renan e outros neopetistas, além dos neoladrões e veteranos como Fernando Pimente?.

O Brasil virou notícia no mundo graças aos recordes de corrupção estabelecidos pelo país do futuro que nunca chega. É a miragem no deserto que some quando parece ao alcance da mão. Grandes empresas que cresceram roubando têm seus donos e diretores enjaulados. Outras estão quebradas, muitas sem saúde para produzir.

O Supremo abriga ministros sem currículo para reivindicar o emprego de bedel. O Poder Judiciário se recusa a percorrer o bom caminho traçado por um juiz de primeira instância, qne é colocado na mira dos poderosos que sonham com o prosseguimento do assalto. Qual será a escolha de Sofia?

Em 16 de agosto a gente se encontra. Nas ruas. Decidiremos juntos
Herculano
23/07/2015 13:40
QUESTÃO DE PRIORIDADE, editorial do jornal Folha de S. Paulo

Renan cogita manobra para atrapalhar trabalhos do MPF; políticos que não são alvo de investigações não podem aceitar a instrumentalização

A ideia ainda está em gestação, mas já deveria provocar arrepios em todos os cidadãos que prezam o combate à corrupção e se preocupam com a seriedade das instituições brasileiras.

Segundo se noticia, Renan Calheiros (PMDB-AL), presidente do Senado, estuda uma estratégia para quebrar a linha de frente do Ministério Público Federal (MPF) na Operação Lava Jato, que investiga desvios bilionários na Petrobras.

A manobra consistiria em retardar a apreciação, no Senado, do nome que vier a ser indicado pela presidente Dilma Rousseff (PT) para chefiar o MPF pelo próximo biênio.

Mantendo tradição iniciada pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, a petista deve designar o candidato mais votado em uma eleição realizada pelo órgão.

Favorito na disputa interna, o atual procurador-geral da República, Rodrigo Janot, só poderá ser reconduzido ao cargo, contudo, se contar com a aprovação da maioria absoluta dos senadores ?regra estabelecida pela Constituição, que entretanto não fixa prazos.

Caso se encerre seu mandato (no dia 17 de setembro) sem essa definição, assumirá interinamente o vice-presidente do Conselho Superior do Ministério Público. Trata-se de Eitel Santiago de Brito Pereira, que jamais constou de lista tríplice elaborada pelo MPF.

O problema não está na figura de Pereira, mas na própria maquinação atribuída a Renan Calheiros. Incluído em março na lista de autoridades investigadas pela Procuradoria-Geral da República, o peemedebista busca desde então uma maneira de retaliar Janot.

Político experimentado e ardiloso, Renan decerto sabe que, hoje, as investigações conduzidas pelo MPF não dependem apenas de uma pessoa, e o afastamento provisório ou definitivo do atual chefe do órgão não seria garantia de tranquilidade. Mas o senador também sabe que mudanças na cúpula dificilmente deixariam de se traduzir em atrasos processuais.

Pouco importa, na verdade. A movimentação pode dar com os burros na água e nem por isso estará livre das mais duras críticas.

Assim como Eduardo Cunha (PMDB-RJ), presidente da Câmara dos Deputados, e o ex-presidente Fernando Collor, senador pelo PTB-AL ?para citar os mais retumbantes?, Renan Calheiros ensaia pôr uma instituição de Estado a serviço de seus interesses pessoais.

Embora a atitude seja inaceitável, pode-se entender por que agem desse modo alguns políticos sobre os quais pesam graves suspeitas: enfraquecer os órgãos de investigação é sua prioridade. Espera-se que a dos demais deputados e senadores vá precisamente na direção oposta
Herculano
23/07/2015 13:34
CAA DE PAU. TÁTICA BANDIDA PARA SE MANTER NO PODER E NAS ROUBALHEIRAS. LULA BUSCA FHC - SEU ALVO DE DESQUALIFICAÇÃO CONTÍNUA - PARA DISCUTIR CRISE E CONTER IMPEACHMENT

Conteúdo do jornal Folha de S. Paulo. Texto de Daniela Lima, Marina Dias e Ricardo Balthazar. O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva autorizou amigos em comum a procurar seu antecessor, o tucano Fernando Henrique Cardoso, e propor uma conversa entre os dois sobre a crise política. O objetivo imediato do movimento é conter as pressões pelo impeachment da presidente Dilma Rousseff.

Há cerca de duas semanas, amigos de Lula discutiram separadamente com ele e FHC a possibilidade de um encontro dos dois. Os contatos ocorreram às vésperas de o tucano viajar de férias para a Europa.

Lula disse a aliados que a conversa poderia ser por telefone e antes de Fernando Henrique viajar. O tucano preferiu deixar a definição de um eventual encontro para ser discutida depois que ele voltar ao Brasil, em agosto.

Não foi o primeiro aceno de Lula à oposição. Em maio, ele encontrou o senador José Serra (PSDB-SP) na festa de um amigo comum e disse que gostaria de marcar uma conversa reservada. Lula derrotou Serra na eleição de 2002.

Lula tem mantido somente os aliados mais próximos informados sobre essas conversas, e só avisou que procuraria Fernando Henrique na véspera de autorizar os contatos com o antecessor.

A intenção do petista é buscar um conciliador na oposição para tentar dissipar, pelo menos dentro do PSDB, as forças que trabalham pelo impeachment da presidente.

A crise que envolve Dilma aprofundou-se nas últimas semanas, com o avanço das investigações sobre corrupção na Petrobras, a crise econômica e a rebeldia dos aliados do PT no Congresso.

Por meio de nota, a assessoria de imprensa do Instituto Lula afirmou nesta quarta-feira (22) que o ex-presidente não tem interesse em conversar com Fernando Henrique nem soube de nenhum interesse da parte do antecessor.

Por e-mail, Fernando Henrique disse à Folha: "O presidente Lula tem meus telefones e não precisa de intermediários. Se desejar discutir objetivamente temas como a reforma política, sabe que estou disposto a contribuir democraticamente. Basta haver uma agenda clara e de conhecimento público."

Serra não quis confirmar o conteúdo da conversa que teve com Lula em maio, e disse apenas que não tem nenhum encontro marcado com ele.

As informações sobre a movimentação de Lula foram confirmadas à Folha por integrantes do Instituto Lula e políticos de três partidos. Para a assessoria de Lula, "relatos anônimos" servem apenas para alimentar "especulação".

A aliados com quem discutiu o assunto, Lula disse preferir uma conversa discreta com FHC. O petista tem procurado evitar que seus movimentos ampliem a radicalização do ambiente político.

Lula, que fez recentemente críticas ao modo como Dilma vem lidando com a crise, tem procurado agir como bombeiro e procurou líderes do PMDB, como o senador Renan Calheiros (AL), para conter os ânimos no Congresso.

O ex-presidente debateu com seus auxiliares durante meses a decisão de buscar reaproximação com os tucanos. Os petistas sabem que a radicalização da campanha presidencial do ano passado, em que Dilma atacou FHC, tornou mais difícil o diálogo com eles.

No PSDB, há dúvidas sobre a conveniência de uma conversa que tenha como tema a governabilidade de Dilma. Mesmo tucanos considerados moderados, que hoje são contra o impeachment, temem que um diálogo com o PT seja visto como conchavo e arranhe a imagem do partido.

O presidente do PSDB, senador Aécio Neves (MG), que foi derrotado por Dilma na eleição presidencial do ano passado, é visto pelos petistas como um dos principais obstáculos a qualquer tentativa de acerto entre os dois grupos políticos.
Mariazinha Beata
23/07/2015 13:32
Pesquisa fresquinha.
Categoria: Política Criado em Terça, 21 Julho 2015 22:56 Escrito por







Seu Herculano:

Do Blog Gente Decente:

"Pesquisa fresquinha repousa na mesa do Cafajeste Ordinário. É aterradora.
Nenhum prefeito do partido-quadrilha tem, hoje, chance de se reeleger.
Nenhum dos possíveis candidatos à novas prefeituras, seria eleito, se as eleições fossem hoje".

O PT MÓÓRREU!
CHÓÓRA, ZUCHI!
Bye! bye!

Herculano
23/07/2015 13:24
REDUÇÃO DE SUPERÁVIT DEIXA DILMA SE SENTIDO, po Josias de Souza

Em atenção a um insistente pedido de Lula, Dilma Rousseff decidiu circular. Nesta quarta-feira, foi a Piracicaba inaugurar uma fábrica de etanol. Não será surpresa se os operadores políticos do Planalto logo concluírem que o melhor mesmo é a presidente ficar restrita aos palácios de Brasília. Dilma não tem o que dizer. Seu discurso se desconectou do mundo real.

Num dia em que o governo reconheceu que sua penúria é crônica, reduzindo a meta de superávit fiscal de 1,13% para 0,15% do PIB, a presidente declarou o seguinte: "Sem dúvida, estamos em um ano de travessia e também de novas possibilidades. Estamos atualizando as bases da nossa economia e vamos voltar a crescer dentro do nosso potencial.''

Até aqui, a única travessia testemunhada pela plateia foi a passagem do Éden dos videoclipes da campanha para o inferno do segundo mandato. Novas possibilidades? De fato, nunca antes na história houve situação tão adequada para o surgimento de um Brasil inteiramente novo. Caos não falta.
Herculano
23/07/2015 13:15
SEM TEMPO, por Merval Pereira, de O Globo

Nunca ficou tão claro o pensamento do ministro Joaquim Levy sobre as condições de nossa economia quanto agora, quando teve que enfrentar a realidade de não ser possível realizar o superávit primário com que se comprometera. Avisou aos navegantes que essa derrota momentânea não significa que o ajuste fiscal tenha sido superado, ao contrário.

Quanto mais demorar o ajuste, mais vai ser necessário cortar. Essa discussão sobre o superávit primário reflete bem o afastamento entre aquele encarregado oficialmente de comandar a economia e os que supostamente fazem parte da base política do governo, e deveriam dar a ele as condições para que o ajuste fiscal fosse realizado.

O ministro Joaquim Levy foi aconselhado inutilmente a não se meter nessa tarefa, pois não fazia parte da grei que está no poder. Houve uma ocasião em que um amigo economista relacionou diversos nomes - Vaccari, Gleisi, Ideli, Mercadante, Berzoini, Rossetto, Edinho - e perguntou a Levy se ele fazia parte dessa turma.

Por vaidade, interesses pessoais ou puro patriotismo, Levy assumiu a tarefa de reequilibrar a economia, e agora se vê às voltas com um apoio congressual pífio e, mais que isso, no meio de um tiroteio em que ninguém é de ninguém. Balas perdidas cortam os ares brasilienses, e a qualquer momento é possível que vítimas surjam do nada.

Todos atiram contra todos, como na famosa cena do filme de Tarantino "Cães de aluguel", e todos morrem no final. A referência é muito comum nos dias de hoje em Brasília. A impossibilidade de realizar um superávit primário de 1,1% do PIB já era prevista desde que o ministro Levy assumiu esse compromisso ao tomar posse no Ministério da Fazenda sem a presença da presidente Dilma, lembram- se? Se já era difícil em situação normal, a tarefa mostrou-se impossível com o correr do tempo, quando se verificaram o empenho da base aliada em livrar a própria cara, diante da impopularidade do governo Dilma; e a disposição da oposição de fazer o jogo do quanto pior, melhor, a fim de escancarar a impossibilidade de o governo ter o mínimo controle da situação.

Uma tática de que o PT se utilizara com sucesso em anos a fio de oposição, mas que o PSDB sempre rejeitara. Tanto que o fim do fator previdenciário, aprovado com o apoio maciço dos tucanos, alertou seu próprio eleitorado de que aquela farra com o dinheiro público não era a maneira correta de fazer oposição ao governo, transformava- se em oposição ao país.

Dilma parece convertida momentaneamente à tese da necessidade do equilíbrio das contas, tanto que foi a última a aceitar a mudança da meta. Para os otimistas, um superávit primário de 0,15% do PIB é melhor do que o déficit registrado no ano passado, o que não deixa de ser verdade.

Mas a desistência de realizar um superávit, e adiar a meta para o próximo ano, e mesmo assim reduzindo a meta previamente anunciada também em 2016, pois é disso que se trata, não dá boa referência para os rumos da economia.

Como Dilma continua assumindo oficialmente a desculpa de que a economia está sofrendo reajustes devido aos problemas internacionais, mas voltará logo a crescer, não é provável que tenhamos um governo sério por muito tempo. A "nova matriz econômica" que provocou toda esta crise parece ser ainda uma ameaça para quando as contas estiverem equilibradas. Desse ponto de vista, é até uma sorte que a solução aguardada vá demorar mais um pouco.

Com o atraso das medidas, é provável que Dilma não tenha nem mesmo tempo para tentar retomar suas antigas teses econômicas. No tempo que lhe resta de governo, e ninguém, nem mesmo ela, sabe quanto é isso, vai ficar aos trancos e barrancos tentando se equilibrar entre a necessidade de ser responsável fiscalmente e a tentação de retomar o caminho que ainda lhe parece mais correto.

Mas, como o vice Michel Temer já disse que, em um eventual governo seu, o ministro da Fazenda será Levy, temos tempo para pensar. O país terá esse tempo?
Herculano
23/07/2015 11:50
O DESGOVERNO DO PT E PMDB. DESEMPREGO SOB A 6,9% EM JUNHO, MAIOR TAXA PARA O MÊS DESDE 2010

Conteúdo do Uol (Folha de S. Paulo O desemprego chegou a 6,9% em junho, a maior taxa para o mês desde 2010, segundo o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). Naquele ano, o desemprego em junho foi de 7%.

Na comparação com maio deste ano, quando foi de 6,7%, o desemprego cresceu 0,2 ponto percentual, resultado considerado estável pelo instituto. Em relação a junho de 2014, quando era de 4,8%, o aumento foi de 2,1 pontos percentuais.

Os dados foram divulgados pelo IBGE nesta quinta-feira (23) e fazem parte da PME (Pesquisa Mensal de Emprego). A PME é baseada nos dados das regiões metropolitanas de Recife, Belo Horizonte, São Paulo, Salvador, Rio de Janeiro e Porto Alegre.

O IBGE considera desempregado quem não tem trabalho e procurou algum nos 30 dias anteriores à semana em que os dados foram coletados.

População desempregada cresceu em um ano

O número de pessoas sem trabalho foi estimado em 1,7 milhão em junho, ficando estável na comparação com maio, mas cresceu 44,9% na comparação com junho de 2014, com 522 mil pessoas a mais procurando emprego.

A população com trabalho foi estimada em 22,8 milhões, resultado também considerado estável no mês, e com queda de 1,3% em um ano, ou menos 298 mil pessoas.

A população não economicamente ativa, que são as pessoas consideradas fora do mercado de trabalho (que não têm nem procuram emprego), foi de 19,3 milhões de pessoas, número considerado estável na comparação mensal e na anual.

O número de trabalhadores com carteira assinada no setor privado ficou estável no mês, em 11,5 milhões, e recuou 2% (menos 240 mil pessoas) em relação a junho de 2014.

Desemprego aumentou nas seis regiões em um ano

Segundo o IBGE, a análise mensal mostrou que a taxa de desocupação não mudou em nenhuma das regiões pesquisadas em relação a maio.

Em relação a junho de 2014, porém, a taxa cresceu em todas as regiões. Em Recife, passou de 6,2% para 8,8%; em Salvador, de 9% para 11,4%; em São Paulo, de 5,1% para 7,2%; em Porto Alegre, de 3,7% para 5,8%; no Rio de Janeiro, de 3,2% para 5,2% e em Belo Horizonte, de 3,9% para 5,6%.

Em 12 meses, rendimento médio do trabalhador caiu 2,9%

O rendimento médio real (ajustado pela inflação) dos trabalhadores foi de R$ 2.149,10, crescendo 0,8% na comparação com maio (R$ 2.132,58 ) e diminuindo 2,9% em relação a junho de 2014 (R$ 2.212,87).

Em junho, o rendimento médio real subiu em Recife (2,2%); Belo Horizonte e Porto Alegre (1,1%, ambos); Rio de Janeiro (0,8%) e em São Paulo (0,7%). Em Salvador, caiu (-0,7%).

No ano, o rendimento caiu em quatro regiões: Rio de Janeiro (-5%); Salvador e São Paulo (-3,1%, ambos) e Belo Horizonte (-2,5%), com alta em Recife (0,5%) e estabilidade em Porto Alegre.

Junho teve corte de 111,2 mil de vagas

Segundo o Ministério do Trabalho, o Brasil fechou 111.199 vagas de trabalho com carteira assinada em junho, o pior resultado para o mês desde 1992. Os dados foram divulgados no último dia 17 e são baseados no Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados).
Herculano
23/07/2015 11:45
A DOLOROSA CONTA FISCAL, editorial do jornal Correio Braziliense

Pressionada ante as evidências do momento gravíssimo na economia brasileira, a presidente Dilma Rousseff foi obrigada a rever os compromissos estabelecidos para assegurar o ajuste fiscal. A redução da meta de superavit se tornou forçosa após a constatação de que seria impossível alcançar uma economia equivalente a 1,1% do PIB, em 2015, em um cenário de queda brutal da arrecadação. De janeiro a maio, o governo amealhou apenas R$ 6,6 bilhões do montante destinado a pagar os juros da dívida pública. Trata-se de parte ínfima, pouco mais de 10% dos R$ 55 bilhões necessários a esse fim.

Para compensar a dificuldade em obter receita, o Planalto e a equipe econômica decidiram ampliar o corte de despesas no orçamento. Há expectativa de que a tesourada retire R$ 8,6 bilhões das contas públicas, que se somariam aos R$ 70 bilhões acordados previamente. Em mais uma demonstração dos males crônicos do Estado brasileiro, é certo que o contingenciamento atingirá investimentos e prejudicará setores prioritários, como a educação e a pesquisa científica.

A redução da meta fiscal corrói um dos pilares do plano de ajuste econômico defendido por Joaquim Levy. O ministro da Fazenda era contrário às mudanças no superavit neste momento, pois entende que a medida causa desconfiança entre os investidores estrangeiros e as agências de risco, atentas ao diagnóstico se o país reúne condições de manter o atual grau de investimento. Levy perdeu a queda de braço com o colega do Planejamento, Nelson Barbosa, em prova contundente de que ele não é unanimidade na Esplanada. Em que pese o esforço do ministro da Fazenda em sobrepujar as divergências na política econômica de Dilma Rousseff, é legítimo questionar se ele estará disposto a continuar no barco, usando uma analogia náutica, ao feitio de Levy.

A decisão do governo Dilma, ainda que necessária, não poderia ocorrer em pior momento. Resulta da série de equívocos cometidos pelas seguidas administrações petistas, que nos bons tempos mantiveram as despesas governamentais em alta e se omitiram na condução das reformas imprescindíveis para dinamizar a economia. Insistiram no estímulo ao consumo como método de crescimento, em vez de priorizar os investimentos. Com as contas em apuros e o país afundando na recessão, os dirigentes do PT aplicam uma dose ainda maior do remédio amargo ao paciente. É uma dolorosa conta a ser paga pela sociedade brasileira.
Herculano
23/07/2015 11:42
NOVAS VAGAS NA CARCERAGEM INDICAM MAIS PRISÕES, por Cláudio Humberto

O pedido da Polícia Federal de remoção de oito presos, entre os quais os presidentes das empreiteiras Odebrecht e Andrade Gutierrez, para um presídio nos arredores de Curitiba, pode representar um novo movimento para abrir vagas, na carceragem da PF, tendo em vista a expectativa de eventuais novas prisões. Esse tipo de movimento já aconteceu antes, às vésperas de várias fases da Operação Lava Jato

NOVOS PERSONAGENS

Em Brasília, há a forte expectativa de prisão de vários personagens cujo envolvimento ficou patente na "Politeia", a 14ª fase da Lava Jato.

MATERIAL SOB ANÁLISE

O material recolhido nos 53 mandados de busca na "Politeia" pode oferecer elementos para que o juiz Sérgio Moro decrete novas prisões.

POLÍTICOS BLINDADOS

De todos os investigados, somente os detentores de mandato estão menos intranquilos: eles só podem ser presos em flagrante delito.

PROCEDIMENTO PADRÃO

O delegado federal Igor de Paula, da força-tarefa da Lava Jato, afirma que a transferência de presos é um "procedimento padrão". É mesmo.

IMPEACHMENT DEPENDE DE CONCESSÕES DE DILMA

O impeachment atormenta, de forma persistente, a presidente Dilma. E mesmo com o tom menos beligerante de Eduardo Cunha (PMDB-RJ), peemedebistas na Câmara acreditam que o apoio à cassação, no Congresso, depende da liberação de cargos e emendas. A expectativa é do "fato jurídico concreto" nos processos que tramitam contra Dilma no Tribunal de Contas da União e no Tribunal Superior Eleitoral.

BECO SEM SAÍDA

Para parlamentares da base aliada do governo, se houver "fato jurídico" (prova) será impossível apoiar um governo com só 7% de aprovação.

ÀS CLARAS

Uma possível votação de pedido de impeachment contra a presidente Dilma seria realizado no Plenário da Câmara. E com votos abertos.

RECUO ESTRATÉGICO

A pedido de Michel Temer, Cunha resolveu adotar discurso menos inflamado, mas insiste na ideia de angariar apoio pelo impeachment.

CAÇA AOS MINISTROS

O ex-presidente Lula ainda defende as demissões dos ministros Aloizio Mercadante (Casa Civil) e José Eduardo Cardozo (Justiça). Para ele, Mercadante boicota as negociações com a base aliada, especialmente com o PMDB de Michel Temer, e Cardozo "perdeu o controle" da PF.

NO MESMO BARCO

Petistas acreditam que o envolvimento de Lula na Lava Jato pode selar o destino de Dilma e até o impeachment. Ela pediu aos ministros para defenderem o ex-presidente publicamente, mas pode ser tarde demais.

SEM MORAL

Pela primeira vez em seu governo, não existem mais ministros ou ex-ministros de Dilma Rousseff no Conselho de Administração da Petrobras desde a saída de Guido Mantega, no mês de março este ano.

ESTÃO MESMO

Ex-ministro da Casa Civil de Lula, José Dirceu virou profeta: há dois meses ele desabafara que Lula e Dilma foram covardes no julgamento do mensalão. "Agora estamos todos no mesmo saco", disse ele.

OPORTUNIDADE

O embargo americano a Cuba ainda existe, mas, diante da vontade política do capital, não há conservadorismo nem esquerdismo que resista. Com mais de 95% da economia estatizada, tudo está por fazer. Em Brasília, empresários locais se mobilizam. Os paulistas já foram.

DUDU FICA

Eduardo da Fonte (PE) diz que recebeu apoio dos colegas e segue como líder do PP. "Instituí que a liderança vigora por um ano, fico até o fim de 2015, mas estou a disposição da vontade da bancada", explica.

MUSCULATURA

Eduardo Cunha (PMDB-RJ) turbina o PSC, dando relatorias relevantes para André Moura (PSC-SE). Caso o PMDB não lhe dê espaço para a eleição presidencial de 2018, Cunha considera ir para o partido cristão.

ESPERTALHÃO

A Operação Política Supervisionada (OPS) descobriu que o deputado Wellington Roberto (PR-PB) está utilizando dinheiro público de maneira irregular. Ele abastece veículos de seu escritório parlamentar em posto cujos irmão e cunhado são sócios. A conta já chega a R$ 190 mil.

PENSANDO BEM...

Se o Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) é tão transparente, deveria ser o primeiro a defender a CPI. l
DUDU
23/07/2015 11:40
TOCHA OLIMPICA:

TENHO UMA SUGESTÃO DE TRAJETO PARA PASSAGEM DA TOCHA OLÍMPICA POR GASPAR .

1º A TOCHA DEVERIA VIR DE AVIÃO POUSAR NO AEROPORTO QUERO-QUERO (ABANDONADO) SEGUIR PELA ROD. DR. PEDRO ZIMMERMANN ( ESBURACADA) PASSAR SOBRE O VIADUTO DA MAFISA ( ATRAVESSADO ) SEGUIR SENTIDO ANEL VIÁRIO-NORTE ACESSAR RUA ITAJAI ( MUITO ESBURACADA) DESVIAR PELO ANEL DE CONTORNO DE GASPAR ( 4 PISTA + CICLOVIA OU SERA QUE NÃO?) ATE RUA BRUSQUE PASSAR SOB VIADUTO ( FICTÍCIO ) SEGUIR ATÉ A PONTE DO VALE ( INACABADA) ACESSAR AS ALÇAS DE ACESSO DA MARGEM ESQUERDA ( !!!!!!!!!!!) PASSAR PELA ESTRADA DA LAGOA ( EM ÓTIMAS CONDIÇÕES ) ATÉ A BR 470 ( TODA DUPLICADA***? ) SENTIDO ITAJAÍ ATÉ A PONTE DA SAUDADE ( CONCLUIDA?) PARA FINALMENTE CHEGAR EM ITAJAÍ.
Herculano
23/07/2015 07:49
COMO OS OUTROS NO ENXERGAM. BRASIL VIROU FILME DE TERROR DIZ FINANCIAL TIMES

"A incompetência, a arrogância e a corrupção esmagaram a magia brasileira". É assim, sem meias palavras, que o jornal britânico Financial Times começa uma dura análise sobre a condição atual do Brasil.

Com o título "Recessão e corrupção: a crescente podridão no Brasil", o texto publicado nesta quarta-feira destaca os fatores que levaram o Brasil a virar "um filme de terror sem fim".

O primeiro deles é o método desastroso que perseguiu as decisões econômicas do primeiro mandato da presidente Dilma Rousseff, que, nas palavras do jornal, manipulava a economia com sua "nova matriz econômica".

Para reparar os erros do passado, o governo Dilma tem adotado medidas corretivas "dolorosas, mas necessárias" que como efeito têm reduzido os salários reais, "cortado empregos e esmagado a confiança nos negócios", além do pífio desempenho da petista nas sondagens de opinião pública.

Mas, para a publicação, o que mais pesa na situação escabrosa do Brasil é o escândalo de corrupção na Petrobras.

"A senhora Rousseff enfrenta acusações de que sua gestão quebrou regras de financiamento de campanha e que maquiou as contas do governo; ambas [acusações] são suficientes para um impeachment".

O Financial Times pondera que, pelo menos por enquanto, os políticos preferem que Dilma se mantenha no poder e ganhe o crédito pelos problemas do país.

"Mas este cálculo pode mudar ao passo que eles precisarem salvar a própria pele", diz o texto. Para o jornal, o rompimento do presidente da Câmara, Eduardo Cunha, com o governo na última sexta seria uma prova disso.

O cenário deve piorar se o ex-presidente Luis Inácio Lula da Silva for alvo de processo por envolvimento no esquema de corrupção.

"Isso aprofundaria o racha entre ele e Rousseff", diz o jornal. Se isso se concretizar, todos os fatores conspirariam para a deposição da presidente, na opinião da publicação.

Mas nem tudo são más notícias no país, diz o jornal. O texto argumenta que o zelo pela Petrobras mostra o quanto as instituições democráticas são fortes no Brasil.

"Em um país onde os poderosos pensam que estão acima da lei, Marcelo Odebrecht, chefe da maior empresa de construção do Brasil, está preso", afirma o texto.

O jornal pontua que, se por um lado, o aprofundamento das investigações da Operação Lava Jato tem preocupado investidores, por outro, se "isso levar políticos e empresários a pensar duas vezes antes de pagar suborno, este terá sido o maior o maior avanço da luta da região [América Latina] contra a corrupção", diz a publicação.

Enquanto esta história não chega ao seu desfecho prático, o jornal prevê ao menos mais três anos solitários para a presidente Dilma.

"Os brasileiros são pragmáticos, então, o pior cenário de um impeachment caótico será evitado", afirma. "Mesmo assim, o mercado tem começado a cobrar o preço pelo risco".

Conclusão: o pior ainda pode estar por vir para o Brasil, na visão do Financial Times
Herculano
23/07/2015 07:38
ESTE RECADO É DO SECRETÁRIO DE SAÚDE, JOÃO PAULO KLEINUBING, PSD NO FACEBOOK

Amanhã, estarei em Blumenau, com o ministro das Cidades, Gilberto Kassab, na assinatura de convênio para pavimentações de ruas do município.
Em 15 de abril, conforme postei aqui no Facebook, marquei audiência com o ministro Kassab, com lideranças políticas da cidade; o prefeito Napoleão Bernardes, os deputados estaduais Jean Kuhlmann e Ismael dos Santos, os vereadores Mario Hildebrant e Fábio Fidler, e secretários municipais para tratarmos de investimentos desse porte em Blumenau.


De Abril para cá, juntamente com os deputados estaduais Jean Kuhlmanne Ismael Dos Santos, viemos semanalmente cobrando do ministro a efetivação dos pleitos da cidade, e assim seguiremos.

Amanhã, o ministro vem atender parte de nossas demandas. Sempre deixei claro que, minha função como secretário de Estado da Saúde é um enorme desafio que enfrento com vigor e muita determinação, mas que não deixaria de representar nossa cidade de Blumenau, nossa região, na busca por recursos do governo federal e levantando as nossas bandeiras do Vale do Itajaí e de toda Santa Catarina.

Volto. A verba da ponte do Vale está no mesmo ministério das Cidades, de Gilberto Kassab. Então ele virá na região e nada? Nem uma passadinha para conhecer o drama? Acorda, Gaspar!
Herculano
22/07/2015 21:47
A MÁQUINA DE NEGÓCIOS POUCO TRANSPARENTES. GRÁFICA LIGADA AO PT GIROU R$67 MILHÕES EM CINCO ANOS?

Conteúdo do jornal O Estado de S. Paulo. Relatório de Inteligência Financeira da Operação Lava Jato mostra que a Editora Gráfica Atitude, sob suspeita de ter sido usada para captar propinas para o PT, movimentou R$ 67,7 milhões entre junho de 2010 e abril de 2015.

A gráfica, controlada pelo Sindicato dos Bancários de São Paulo - entidade ligada ao PT -, é alvo de uma investigação da Polícia Federal que atribuiu ao ex-tesoureiro petista João Vaccari Neto os crimes de corrupção e lavagem de dinheiro do esquema Petrobrás.

O Relatório de Inteligência foi produzido pelo Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf) e anexado aos autos da Lava Jato na segunda-feira, 20. O documento integra o dossiê de indiciamento do empresário Marcelo Bahia Odebrecht, presidente da maior empreiteira do País, a quem a Polícia Federal imputa os mesmos crimes de Vaccari e também organização criminosa e crime contra a ordem econômica.

Os investigadores suspeitam que existam relações da Odebrecht com a Gráfica Atitude. Um dos fatos registrados no relatório do delegado Eduardo Mauat da Silva é um jantar organizado pelo empreiteiro em sua residência, em 2012, a pedido do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

Despertou a atenção dos investigadores da Lava Jato, o fato de que entre empresários e banqueiros foram convidados dois sindicalistas, administradores da gráfica - Juvandia Morandia Leite, presidente do Sindicato dos Bancários, e Sérgio Aparecido Nobre, do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, reduto sindical que celebrizou Lula nos anos 70.

Inteligência

A devassa nas contas da Atitude revela que entre agosto e 2008 e janeiro de 2010 a empresa Observatório Brasileiro de Mídia - da qual Juvandia consta como presidente - recebeu R$ 833 mil da gráfica, por meio de 40 operações bancárias.

O documento revelou ainda que R$ 17,95 milhões foram depositados em espécie na conta da Editora Gráfica Atitude, por meio de 137 operações, entre dezembro de 2007 e março de 2015, pelo Sindicato dos Bancários.

A Atitude caiu no radar da PF desde que o empresário Augusto Ribeiro de Mendonça, um dos delatores da Lava Jato, declarou que em 2010 o então tesoureiro do PT, João Vaccari Neto - preso desde abril de 2015 sob acusação de corrupção e lavagem de dinheiro -, lhe pediu que "doasse" R$ 2,4 milhões para o PT por meio de depósito em conta da gráfica.

Segundo Mendonça, um contrato assinado entre uma empresa dele, a Setec, com a Gráfica Atitude estipulou o repasse de R$ 1,2 milhão, em pagamentos mensais de R$ 100 mil.

Quebra de sigilo bancário da gráfica ligada ao PT apontou a existência de depósitos que totalizaram R$ 2,25 milhões, entre 2010 e 2013 nas contas da Gráfica Atitude, oriundos de três empresas controladas pelo delator, Projetec Projetos e Tecnologia, Tipuana Participações e SOG Óleo e Gás.

A análise das movimentações bancárias encampa o período em que as empresas de Mendonça fizeram repasses ao PT via gráfica, a pedido de Vaccari. O ex-tesoureiro do partido foi um dos dirigentes do sindicato dos bancários.

Segundo o documento de inteligência financeira, os débitos, entre 2010 e 2015, totalizaram R$ 33,88 milhões, dos quais R$ 8,31 milhões por meio de 1.861 TEDs, DOCs e transferências entre contas, R$ 7,3 milhões constando como pagamentos diversos, R$ 7,09 milhões para quitar 1.257 depósitos e R$ 5,85 milhões pagos pela compensação de 1.592 cheques.

Defesas

A assessoria de Juvandia Moreira Leite, presidente do Sindicato dos Bancários de São Paulo, não retornou contatos da reportagem.

O criminalista Luiz Flávio Borges D?Urso tem reiterado taxativamente que o ex-tesoureiro do PT João Vaccari Neto jamais pediu propinas.

O PT afirma que todas as doações que recebeu tiveram origem lícita e foram declaradas à Justiça eleitoral.

A Odebrecht sustenta que não participou do cartel de empreiteiras na Petrobras e que nunca pagou propinas.

Quando teve seu nome citado por Augusto de Mendonça, a gráfica Atitude, por meio de seu coordenador de planejamento editorial, Paulo Salvador, afirmou que nunca tratou de patrocínios para a empresa do lobista com o tesoureiro do PT João Vaccari Neto. Salvador, contudo, evitou responder ao ser questionado sobre a delação do executivo, que afirmou ter depositado valores na conta da gráfica a pedido de Vaccari. "Não recebemos nenhuma demanda da Justiça ainda."

Na ocasião, ele afirmou que a Atitude não pertence ao PT ou à CUT, mas possui uma "afinidade política" com a sigla nos temas que aborda em suas publicações.
Herculano
22/07/2015 21:38
COM ANÚNCIO, LEVY ENCOLHE NO CARGO, por Igor Gielow para o jornal Folha de S. Paulo

Se no mercado financeiro já havia sérias dúvidas sobre a capacidade de o ministro Joaquim Levy salvar a lavoura da economia com o ajuste que propôs até aqui, o anúncio deste começo de noite de quarta (22) parece enterrar de vez qualquer percepção neste sentido.

Politicamente, Levy sai derrotado triplamente. Dourando ou não a pílula ao sacar o argumento da credibilidade de previsões, o fato é que ao baixar a meta da economia que o governo vai fazer ele basicamente admite que seu ajuste não está funcionando.

Segundo, viu adicionada à receita uma espécie de gatilho de permissividade: se medidas que dependem de um Congresso conflagrado não forem aprovadas, a regra permite que um resultado ainda pior seja aceito.

Soa mais como desculpa antecipada do que "construção de expectativas".

Por fim, a tesourada no Orçamento, que mesmo o Planalto via como essencial há poucas semanas para dar a sinalização sobre a seriedade das intenções do governo, ficou abaixo da metade do que Levy gostaria. Ponto para Nelson Barbosa (Planejamento), eterno opositor do aperto no cinto.

Com isso, Levy sai menor desta nova rodada de anúncios econômicos, ainda que venda a concordância com tudo o que foi anunciado. O PT vai comemorar a gradual debacle de seu antípoda "empoderado" a contragosto por Dilma Rousseff já que ela nunca teve afinidade ideológica ou econômica com o ministro.

Sobe assim a cotação de Barbosa no governo, algo bem distantes de agradar os agentes econômicos neste momento. Se o PT conseguir emplacar mudanças na coordenação política do governo, aí a "retomada" terá sido completa, com um previsível agravamento na agenda de crise.

Além de criticar o ajuste proposto por Levy, setores do PT próximos do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva também gostariam de ver um nome como do petista Jaques Wagner (ora ministro da Defesa) na coordenação política do governo.

Aa equação aqui é mais complexa pois melindraria ainda mais o PMDB. O vice-presidente Michel Temer (PMDB-SP) foi colocado na função justamente para azeitar a relação com o partido, particularmente para facilitar a aprovação do ajuste no Congresso.

O presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ) já rompeu publicamente com Dilma, e Renan Calheiros (PMDB-AL) presidiu o Senado no primeiro semestre como um adversário do Planalto a maior parte do tempo.

Com Cunha enfraquecido após ser acusado no âmbito da Operação Lava Jato, foi significativo ontem ver Levy visitar Renan e o senador Romero Jucá (PMDB-RR) antes da entrevista coletiva sobre o corte. E citar nominalmente a "presidência do Senado" como fator de apoio aos esforços do governo.

Tais agrados fazem parte de uma tentativa do Senado em apaziguar a relação com Renan, mas tal movimento já ocorreu sem sucesso em outros momentos.
Herculano
22/07/2015 18:49
da série: os defensores da teta ilícita

COMO A ELITE QUER DESTRUIR A ODEBRECHT E A IMPORTÂNCIA GLOBAL DE LULA, por Walter Santos, editor da Revista Nordeste

O ano de 2015 chegou como referência cronológica atípica para, em nome da ética e da moral no serviço público brasileiro, por meio de fatos construídos a partir da política partidária, identificar este tempo como a inevitável "lavagem da roupa suja" e, assim, construir a solução para extirpar os negócios nacionais, através da operação "Lava Jato" - operação que identifica e busca punir desvios públicos inaceitáveis.

Só que, ultimamente, ao que parece, há um macro processo com viés nítido de querer acabar de vez com as grandes marcas brasileiras dos negócios bilionários internacionais.

Antes de teses, enfatizemos direto ao assunto o caso Odebrechet - a mais importante referência de grandes negócios brasileiros dentro e fora do Brasil, em especial fora de solo nacional, entretanto, transformada ultimamente em símbolo de uma marca forjada em falcatruas.

Na verdade, a empresa de origem baiana é, ao contrário, uma referência da indústria brasileira no cenário internacional, agora se configurando em alvo dos interesses capitalistas estrangeiros querendo não só tirá-la do mercado global mas, especialmente, expurgá-la de seu próprio solo nacional para germinar possibilidades de firmas estrangeiras assumirem seu papel.

Como ninguém discute a questão básica de considerar indispensável a conclusão da operação "Lava Jato", que identificou operações bilionários enviadas a vícios, portanto, precisa de solução punitiva exemplar, nem por isso pode-se querer acabar com o patrimônio de referência internacional, como é a Odebrechet, porque há muitos anos ela se credencia em territórios estrangeiros com fama de qualidade e de tamanho global.

LULA É O OUTRO GRANDE ALVO

Outro dia, expomos como o lendário Secretário de Estado americano, Henry Kissinger, se transformou no grande articulador do desarmamento ideológico com a China, mas levando para o solo de Mao Tse Tung, todas as grandes marcas dos Estados Unidos, sem isso se consolidar com desvios nem escândalos, ao contrário, zelo pela soberania dos produtos americanos.

No Brasil, contudo, e em especial nas ultimas semanas, o noticiário e as estratégias do capital internacional e da Grande Mídia é querer considerar o ex-presidente Lula numa referência de escândalo por ter estado reforçando marcas brasileiras de importância, entre elas a Odebrechet, porque esta é a posição dos Lideres internacionais em favor de suas empresas.

HILLARY E SARCOZY VIERAM FAZER LOBBIES PARA SUAS EMPRESAS

Na recente negociação dos Caças adquiridos pelo Governo brasileiro todos os grandes nomes internacionais interessados no caso, a exemplo de Hillary Clinton, Sarcozy (França) e até o todo poderoso russo Vladimir Putin, etc, estiveram no Brasil defendendo abertamente as empresas de seus países. Nenhum desses casos não foi nem será tratado senão como obrigação patriótica de defender suas causas e empresas.

EM SÍNTESE

Durante os últimos tempos, o ex-presidente Lula se credenciou como uma das mais importantes figuras do Planeta, em termos de dimensão popular e estratégica, por ter capacidade de representar e defender o interesse brasileiro, mas sempre com ética e respeito aos principais de soberania nacional e dos negócios.
Herculano
22/07/2015 18:18
OS POLÍTICOS NÃO TOLERAM DO JOGO TRANSPARENTE. USAM TODOS OS TIPOS DE PRESSÃO PARA SALVAR A PELE SE CONTINAUREM NA ESBÓRINA COM OS NOSSOS PESADOS IMPOSTOS. ADVOGADA DE DELATORES DO PETROLÃO RENUNCIA A CLIENTES

Conteúdo do jornal O Estado de S. Paulo. A criminalista Beatriz Catta Preta renunciou à defesa do lobista Julio Camargo, delator do petrolão que implicou o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), no esquema. Ela também renunciou à defesa de outros dois delatores da Operação Lava Jato: Pedro Barusco, ex-gerente de Engenharia da Petrobras, e o lobista Augusto Ribeiro de Mendonça. A renúncia foi comunicada pela advogada à Justiça Federal no Paraná por meio de petições protocoladas nos processos em que os três delatores são réus.

Na semana passada, Julio Camargo, em depoimento ao juiz Sérgio Moro, que conduz as ações da Lava Jato, revelou ter sofrido pressão do presidente da Câmara para pagar propina de 5 milhões de dólares. O valor seria referente a dois contratos de 4 bilhões de reais da estatal para a contratação de navios-sonda. A advogada foi convocada no começo do mês pela CPI da Petrobras para prestar esclarecimentos sobre a origem do dinheiro com que os investigados custeiam suas defesas. Pouco antes, ela conseguiu no Supremo Tribunal Federal suspender a acareação agendada pela comissão entre Barusco e Renato Duque.

"Beatriz Catta Preta e Luiz Henrique Vieira, advogados que esta subscrevem, constituídos nos autos do processo em epígrafe e demais procedimentos oriundos da denominada Operação Lava Jato, vem, com fundamento no artigo 5º, § 3º, da Lei nº 8.906/94, manifestar suas renúncias ao mandato que lhe fora outorgado por Pedro José Barusco Filho", comunicou a advogada em uma das petições.

Catta Preta foi artífice da fase mais explosiva da Lava Jato. Sob sua orientação, o primeiro delator, o ex-diretor de Abastecimento da Petrobras Paulo Roberto Costa, revelou o amplo esquema de corrupção que tomou conta de diretorias da estatal. Ele apontou ainda nomes de deputados, senadores e governadores que teriam recebido porcentual de propinas pagas por empreiteiras. Depois da delação de Costa, a criminalista renunciou à causa, assumida pelo advogado João Mestieri.

No último dia 20, segunda-feira, Beatriz Catta Preta enviou e-mail para os delatores, informando sobre sua decisão. "Prezado Sr. Pedro Jose Barusco Filho, Boa tarde. Vimos pela presente notificá-lo da renúncia a todos os poderes a nos outorgados por Vossa Senhoria. Comunicamos que Vossa Senhoria devera constituir novo procurador no prazo de 10 dias a contar desta data. No mais, até o termo final do prazo acima, seremos responsáveis por Vossa defesa em ações e procedimentos em andamento, exceto perante CPI, CADE, CGU, Receita Federal, dentre outros. Atenciosamente, Beatriz Catta Preta", escreveu para o ex-gerente de Engenharia da Petrobras
Herculano
22/07/2015 18:02
A LEI E O PODER, COMO OS DOIS TRAMAM JUNTOS A FAVOR DO ILEGAL NOS RITOS PROCESSUAIS. SUPREMO PEDE QUE MORO ENVIE INFORMAÇÕES ANTES DE JULGAR AÇÃO QUE CITA CUNHA

Conteúdo do jornal Folha de S. Paulo. Texto de Márcio Falcão, da sucursal de Brasília. O presidente do STF (Supremo Tribunal Federal), Ricardo Lewandowski, determinou nesta quarta-feira (22) que o juiz federal Sergio Moro envie informações requisitadas pelo tribunal sobre o processo que cita pagamento de propina ao presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), antes de julgar a ação.

Foi neste processo que o lobista Julio Camargo fez referência ao pagamento de propina de US$ 5 milhões a Cunha. O deputado nega ligação com o escândalo.

Atendendo a um pedido de Cunha, Lewandowski fixou que Moro tem de enviar, em até dez dias, esclarecimentos sobre a reclamação do presidente da Câmara de que o juiz feriu a Constituição ao tentar investigar um deputado.

O objetivo do presidente da Câmara é anular o depoimento de Camargo e trazer o processo para o Supremo.

Ele argumenta que a ação no Paraná tem o mesmo foco do inquérito do STF que já investiga sua suposta participação no esquema de corrupção na estatal. Segundo a Folha apurou, Camargo fez a mesma afirmação sobre ao peemedebista ao Ministério Público Federal.

O presidente do STF pediu a Moro esclarecimento para avaliar se houve alguma irregularidade por parte do magistrado. A decisão de Lewandowski foi tomada um dia depois de ele ter sido procurado por Cunha pessoalmente em seu gabinete.

"Defiro o pedido alternativo do reclamante para determinar ao juízo reclamado que preste as informações requisitas por meio eletrônico [...], as quais, todavia, deverão ser encaminhadas ao STF antes da prolação da sentença [...] de modo a evitar a perda de objeto da presente reclamação", diz o despacho do ministro.

A defesa do deputado argumentou que, se as explicações fossem enviadas por meio físico, a ação no Paraná poderia ser julgada antes que o STF tratasse das reclamações do deputado contra Moro.

Em tese, a partir do dia 29 a ação tocada por Moro estará disponível para que o juiz decida se condena ou absolve os quatro acusados.

Além de Camargo, respondem a essa ação penal o doleiro Alberto Youssef - ambos são delatores na Operação Lava Jato -, além de Fernando Baiano, considerado operador do PMDB no esquema de corrupção na Petrobras, e o ex-diretor da área internacional da estatal Nestor Cerveró.
Herculano
22/07/2015 13:46
MENSAGENS DE ODEBRECHT EXPÕEM AO VALE-TUDO, por Josias de Souza

Existe a Odebrecht e existe a "Odebrecht". Existe a maior empreiteira do país e existe tudo o que está implícito quanto se diz ?Odebrecht?. É uma entidade além dos canteiros de obras. É o poder sem trono, que usa o Brasil como laboratório dos seus excessos.

A "Odebrecht" está furiosa com a divulgação das mensagens que a Polícia Federal fisgou no celular do seu presidente, Marcelo Odecrecht. Acha que foi um desserviço. Algo que apenas confunde a opinião pública com interpretações distorcidas e descontextualizadas.

Os textos revelam a inquietação do mandachuva da Odebrecht com a Lava Jato. Neles, encontram-se preciosidades como a referência a um Plano B associado às iniciais da operação policial: LJ. Está escrito "trabalhar para parar/anular (dissidentes PF?)".

Sérgio Moro, juiz da Lava Jato, deu prazo para que a empreiteira se explique. Achou "perturbadora" a insinuação de que silvérios da PF seriam usados numa trama para melar a apuração do escândalo que expõe as vísceras da promiscuidade que marca as relações do capital privado com o poder estatal.

O doutor Moro exagera. Apinhadas de referências a políticos e de orientações heterodoxas -"vazar doações de campanha", "asseguraremos a família" e "vamos segurar até o fim" - as mensagens de Marcelo Odebrecht não são perturbadoras nem tranquilizadoras. São apenas dados de um fenômeno.

A Odebrecht conseguiu, por meio do seu presidente preso, a proeza de se dissociar das ações da "Odebrecht", de se manter incólume a si mesma. O que as mensagens do celular do mandarim da Odebrecht informam, com outras palavras, é que a "Odebrecht", espécie de benemérita das campanhas, considera-se indultada pelos serviços prestados à democracia. Seus negócios têm todo o direito de recorrer ao vale-tudo. E seus líderes não devem nada a ninguém. Muito menos explicações.
Poço de Lambaris
22/07/2015 13:02
Papa Bagre, será porque a dona da empresa que vai construir em cima do terreno do outro empresario é a ex esposa do secretário de agricultura de Ilhota.
A vaca vai tossir e muito.
Herculano
22/07/2015 12:39
AI TEM

Por que políticos e especialmente o PT gostam tanto de anunciar, fazer e prolongar as obras? O noticiário respondem por si só. É um ralo de dinheiro público, que só é público devido aos nossos pesados impostos que pagamos a todos instantes
Herculano
22/07/2015 12:37
NÃO É REPETIÇÃO DA NOTÍCIA ABAIXO. É UM DESMEMBRAMENTO. AFINAL QUEM TINHA DÚVIDAS DISTO? ESTADOS UNIDOS TAMBÉM MONITORARAM LIGAÇÃO ENTRE LULA E O GOVERNO DA VENEZUELA

Conteúdo do jornal O Estado de S.Paulo. A relação entre o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, a empreiteira Odebrecht e o governo da Venezuela também estavam entre os documentos examinados pela diplomacia americana, que monitorou as obras da construtora no exterior e apontou sinais de corrupção. Um telegrama enviado pela embaixada dos EUA em Caracas para o Departamento de Estado, no dia 7 de dezembro de 2006, fala sobre como o apoio de Lula à campanha para a reeleição de Hugo Chávez "poderia parecer um passo diplomático errado, mas realmente foi simplesmente um bom negócio".

O apoio de Lula se dava por meio de licitações vencidas pela empresa brasileira. "A ponte [sobre o rio Orinoco] foi construída pela empresa de construção brasileira Odebrecht e financiada pelo banco de desenvolvimento do Brasil, BNDES", diz o telegrama. "Supostamente, ela custou à Venezuela entre 1,1 bilhão e 1,2 bilhão de dólares [supostamente 40% acima do orçamento] e planos já existem para uma ponte número três", indicou.

"Apesar de a Odebrecht ter também 'vencido' o contrato para a terceira ponte, pelo que sabemos não houve um processo de licitação", indicam os americanos. No mesmo e-mail, a diplomacia dos EUA aponta como a Odebrecht também é a principal empresa nas obras das linhas 3 e 4 do metrô de Caracas.

Em 13 de novembro de 2007, outro telegrama voltou a falar das relações entre a Odebrecht e a diplomacia venezuelana. Desta vez, o alerta havia partido do então senador Heráclito Fortes, ex-DEM e atualmente deputado pelo PSB do Piauí. No dia 5 de novembro, ele telefonou para o embaixador americano em Brasília, Clifford Sobel, para pedir para ter uma conversa "ao vivo" com o diplomata. "Ele pediu um encontro urgente para levantar um assunto que ele não poderia falar pelo telefone", explicou o telegrama.

O assunto era a relação entre Venezuela, Irã, Rússia e o governo brasileiro. Fortes explicaria no encontro com o embaixador que "a diplomacia oficial venezuelana é cada vez mais comercial, com enormes contratos para empresas como a gigante brasileira Odebrecht, que então faria lobby pela Venezuela".
Papa Bagre.
22/07/2015 12:35
Alguns empresários de Ilhota querem saber mesmo de quem é aquele galpão pre moldado que tem em cima daquele terreno terraplanado atras dos Bombeiros Voluntários de Ilhota. Dizem que o terreno que era do município foi doado a 2 empresas, mais tem uma só empresa somente vai construir, vai usar sua área é a do outro empresario também.
Será do porque o secretario da Agricultura de Ilhota faz questão de esconder tanto este assunto. O assunto vai feder é muito.
Herculano
22/07/2015 12:20
DEPOIS DA TEMPESTADE VEM O TUFÃO, por Carlos Brickmann
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O Congresso, onde a presidente apanhou que nem genta granda neste semestre, entrou em férias. A crise foi embora? Não: a crise está no ar, mas com os pés solidamente plantados no chão. Lula, o primeiro-companheiro deste Governo, está sendo investigado pelo Ministério Público, por suspeita de relações estranhas com empreiteiras. O Tribunal Superior Eleitoral examina a possibilidade de que a campanha de Dilma tenha recebido recursos desviados da Petrobras (neste caso, o registro da chapa Dilma-Temer é cassado, e caem ambos). O Tribunal de Contas da União estuda as contas do Governo Dilma, e há quem defenda sua rejeição, por conta das pedaladas fiscais. Os presidentes da Câmara e do Senado são investigados, há uma imensa bancada parlamentar na mira do Ministério Público e da Polícia Federal, há grandes empresários sob suspeita, ou já condenados. E, em menos de duas semanas, o presidente da Câmara, Eduardo Cunha, promete detonar mais duas bombas: a CPI do BNDES e a dos Fundos de Pensão.

Dilma cai? Pode ser; depende de como a situação evoluir. Uma data decisiva será o domingo, 16 de agosto, dia marcado para as marchas Fora, Dilma. Muita gente nas ruas enfraquecerá a presidente. Se houver pouca gente, ela se fortalece. Mas, de qualquer modo, Dilma é frágil: a avaliação de seu Governo, segundo a pesquisa CNT-MDA, divulgada pela Agência Brasil, estatal, continua caindo - de 10,8% para 7,7%, em julho. E 55,5% acreditam que a situação vai piorar.

Dilma Rousseff, quem diria!, tem índice de apoio inferior à inflação.

POÇO SEM FUNDO...

A pesquisa CNT-MDA, divulgada pela estatal Agência Brasil, traz números desastrosos para o Governo. Por exemplo, 62,8% dos entrevistados (contra 59,7% em março) são favoráveis ao impeachment de Dilma. Dos pesquisados, 78,3% ouviram falar do Petrolão. Destes, 69,2% acham que a presidente é culpada pela corrupção; e, para 65%, Lula está envolvido no escândalo. O maior culpado na Operação Lava Jato, para 40,4% dos entrevistados, é o Governo; depois, partidos (34,4%), diretores ou funcionários da Petrobras (14,2%) e empreiteiras (3,5%).

Ou seja, 89% dos eleitores ouvidos culpam o Governo pelo Petrolão.

...COM TERRA EM CIMA

E o efeito disso tudo nos índices de intenção de voto? Se as eleições fossem hoje, Aécio teria 35,1% no primeiro turno, vencendo Lula (22,8%) e Marina (15,6%). No segundo turno, Aécio venceria com 49,6%, contra 28,5% de Lula. Em outros dois cenários, Lula estaria à frente de Serra ou de Alckmin no primeiro turno, mas perderia no segundo: Serra teria 40,3% contra 31,8% de Lula, e Alckmin o venceria por 39,9% contra 32,3%.

Claro que a eleição não é hoje, e de agora até 2018 há muita coisa para acontecer - inclusive a campanha eleitoral. Mas os resultados da pesquisa mostram que Lula recebeu cartão amarelo.

DIA DE FÚRIA

Atenção: o prazo concedido pelo Tribunal de Contas da União para Dilma explicar as manobras fiscais conhecidas como "pedaladas" termina hoje. Caso as respostas não sejam dadas, ou o TCU as considere insatisfatórias, há a possibilidade de reprovação das contas da presidente. Se o Congresso aceitar o parecer do TCU pela rejeição das contas, estará aberto o caminho para que a presidente seja afastada do cargo.

Há muito caminho até lá, entretanto: o TCU pode conceder novo prazo ao Governo, o Congresso pode adiar o exame das contas ou, mesmo que o TCU as rejeite, decidir aprová-las. Mas com a queda de popularidade da presidente e boa parte do eleitorado favorável ao impeachment, Dilma pode ficar em situação ainda pior do que hoje.

O que se discute: o Governo determinou a bancos públicos que cobrissem despesas com programas sociais, para repasse posterior dos recursos. Há quem considere que assim se configurou um empréstimo dos bancos públicos ao Governo que os controla, o que é proibido pela Lei de Responsabilidade Fiscal. O Governo diz que não houve empréstimo e que esse tipo de providência foi adotado por administrações anteriores, sem problemas.

OS GREGOS JÁ SABIAM

A origem das tragédias, ensinavam os sábios de Atenas, era a Húbris: o orgulho desmedido, a soberba que ultrapassava os limites. Isso provocava a vingança dos deuses: a Nêmesis, o divino ciúme. E, muitas vezes, os deuses lançavam sobre a pessoa que ignorava os limites a Ate, que a deixava cega para a razão e a levava a agir emocionalmente, sem medir consequências, até destruir-se sozinha.

Eduardo Cunha tomou a presidência da Câmara contra o Governo, impôs-se como principal líder da oposição, desgastou imensamente a presidente Dilma. E acabou achando que podia tudo. Não era verdade: não podia intimidar a máquina do Ministério Público e do Judiciário. E não podia romper oficialmente com o Governo: seus colegas de PMDB (e também os do baixo clero, o segundo time da Câmara) gostaram de brincar de oposição, mas abandonar os cargos públicos é excessivo para eles.

A Nêmesis foi o isolamento político, que ele ainda pode romper. Mas esquecer que está sendo investigado e agir como se nada lhe pesasse nos ombros pode cegá-lo para a razão. Cunha é forte tendo o PMDB, o baixo clero, Renan Calheiros e Michel Temer.

Sozinho, ele é apenas Eduardo Cunha.
Herculano
22/07/2015 11:52
CPI DO BNDES, por Miriam Leitão para o jornal O Globo

O BNDES recebeu, desde 2008, R$ 500 bilhões de recursos públicos e, durante muito tempo, negou informações até a órgãos de controle. Foi preciso o Supremo Tribunal Federal se pronunciar. É claro que o banco pode ser objeto de uma análise profunda de suas decisões de financiamento, seus critérios técnicos de alocação dos recursos e, principalmente, quanto custa para o país. O banco tem a indispensável função de financiar o investimento de longo prazo, mas há uma pilha de dúvidas razoáveis sobre a sua operação que devem e podem ser respondidas. Os contribuintes precisam ter informação mais clara, e auditável, sobre o custo dos financiamentos concedidos pelo banco. Diante disso, uma CPI do BNDES que se disponha a olhar sinceramente para os equívocos da instituição financeira é muito bem-vinda. Não adianta, no entanto, ir com o espírito de vingança que marcou a decisão da presidência da Câmara dos Deputados ao criar a Comissão Parlamentar de Inquérito.

Neste espaço, já escrevi inúmeras vezes sobre a atuação do BNDES, criticando critérios e políticas. Mas as dúvidas não se esgotam nos empréstimos para grandes empreiteiras e nos créditos para operações no exterior. O banco conduziu uma explícita política de concentração empresarial no país que beneficiou enormemente alguns grupos em detrimento de outros. No setor de carne, o grupo JBS foi escolhido para ser a maior empresa do Brasil - na verdade uma das maiores do mundo - em fornecimento de proteína animal, sem que houvesse um ganho palpável para o país e para os consumidores. Perdigão e Sadia foram objetos de operação de salvamento após a crise da subprime. Votorantim Celulose e Aracruz, também. Houve empréstimos ou operações de compra de ações em empresas que estavam com dificuldades financeiras.

Algumas empresas cresceram de forma desproporcional exatamente porque contavam com recursos fartos e baratos no BNDES. O crescimento das melhores companhias aconteceria naturalmente, talvez, mas em um ritmo mais sustentável, se a política do BNDES não fosse a de escolher os grupos nos quais o banco despejou recursos. O dinheiro era dado em dois balcões ao mesmo tempo. Por um lado, comprava ações ou debêntures conversíveis das empresas; por outro, emprestava recursos nas empresas das quais havia ficado sócio.

Se a CPI for apenas atrás de algum caso espetacular, deixará de ver o mais absurdo no BNDES, que é a diretriz com a qual ele foi dirigido nos últimos anos, e a mudança na forma de garantir recursos ao banco, através de endividamento público. O Tesouro empresta a TJLP, hoje em 6%, e se financia a uma taxa Selic de 13,75%, e que hoje deve subir ainda mais. A diferença entre os juros é dinheiro do contribuinte que vai para grupos empresariais. Nada mais justo que o contribuinte queira saber para quem vai o dinheiro, que critério o banco usa e quais são as suas garantias.

O governo dirá que a economia vai parar se houver CPI do BNDES. Não há motivo algum para que operações de financiamento não continuem sendo aprovadas durante o período em que o Congresso faz seu trabalho de análise das operações do banco. Contudo, se o Congresso estiver querendo apenas ameaçar o governo, será uma oportunidade desperdiçada.

O país precisa do BNDES, da mesma forma que precisa da Petrobras. Se a estatal de petróleo tem sido submetida à investigação, o banco também pode. O governo começa a apresentar os argumentos de sempre, de que a economia vai parar, e que as linhas de crédito para evitar demissões e atenuar a crise não poderão ser concedidas pelo BNDES se houver CPI. Por que mesmo as linhas de crédito teriam que ser suspensas? Se o produto financeiro estiver sendo preparado para que os créditos sejam concedidos com critérios transparentes, sólidas garantias e para boas empresas, não há motivo para temer sua interrupção. O argumento de que a economia não aguenta uma CPI é, no mínimo, estranho. O país tem o direito de saber como são alocados os recursos que vêm de impostos ou do endividamento público.

O banco sempre garante que não há possibilidade de ingerência política em suas decisões, que nunca perdeu dinheiro com empréstimos ou compra de ações de empresas como as de Eike Batista. Ótimo. Então, o governo nada tem a temer de uma CPI do BNDES.
Herculano
22/07/2015 11:49
A "DELAÇÃO PREMIADA" DE MARCELO, por Merval Pereira para o jornal O Globo

Quando Marcelo Odebrecht, preso em Curitiba, encaminhou um bilhete a seus advogados orientando "destruir e-mail sondas", ligou-se logo a orientação a um email descoberto pela Polícia Federal em que um diretor da empreiteira falava em conseguir um "sobrepreço" num contrato de sondas petrolíferas.

Logo os advogados da Odebrecht correram a explicar que esse ?destruir? era metafórico, e queria dizer apenas que era preciso provar que ?sobrepreço? também não significava ?sobrepreço?, mas sim uma taxa legal do contrato. Agora, a Polícia Federal encontrou uma série de anotações de Marcelo Odebrecht em seus celulares, e várias delas dão a entender coisas gravíssimas.

Por exemplo, ele questiona em uma delas seu vice-presidente jurídico se é necessário avisar Edinho (Silva?) que nas campanhas dela (Dilma Rousseff?) e também de (Fernando?) Haddad pode aparecer dinheiro de uma conta na Suíça. Seria um aviso amigo ou uma ameaça? Quer dizer o que todos nós imaginamos, que a campanha presidencial de Dilma foi financiada por dinheiro ilegal?

O juiz Sergio Moro deu dois dias para que haja uma explicação oficial por parte do empreiteiro sobre o significado de cada uma daquelas anotações, que estão sendo traduzidas pela Polícia Federal com a ajuda de vários órgãos de imprensa e blogs, dentre os quais se destaca O Antagonista, de Diogo Mainardi e Mario Sabino.

Para Moro, o trecho mais perturbador é a referência à utilização de 'dissidentes PF' junto com o trecho "trabalhar para parar/anular" a investigação. "Sem embargo do direito da defesa de questionar juridicamente a investigação ou a persecução penal, a menção a 'dissidentes PF' coloca uma sombra sobre o significado da anotação.", ressalta o juiz.

Uma das anotações encontradas pela PF nos celulares de Marcelo Odebrecht diz ser necessário ter "contato ágil/permanente com o grupo de crise do governo e nós para que informações sejam passadas e ações coordenadas".

Há ainda entre as anotações algumas que indicam que os executivos da empreiteira presos na Operação Lava-Jato Marcio Faria e Rogério Araújo são orientados para que não "movimentem nada e que serão reembolsados, bem como terão suas famílias asseguradas". Além disso, Marcelo lembra a necessidade de "higienizar apetrechos" dos dois, o que, segundo a Polícia Federal "traduz a ideia de que os apetrechos (a exemplos de telefones, tabletes, notebooks, pendrives, etc) sejam limpos, impedindo assim que em possível apreensão, tais apetrechos possam conter informações prejudiciais aos supracitados".

Em outro momento, aparece a possibilidade de incentivar uma "delação premiada" de Rogério Araújo como sendo um plano alternativo (fallback). Segundo a Polícia Federal, "referência a Rogerio Araújo e conta corrente na Suíça é constante, indicando a preocupação de Marcelo com a mesma, como pode ser observado na anotação 'RA vs cc Sw (direção fluxo? Delação dos envolvidos?)".

No caso da "declaração premiada" combinada, seria como fazer doações de dinheiro roubado como se fossem legais, uma tática utilizada pelas empreiteiras. ASssim como o dinheiro fica "lavado" pelo TSE, a "delação" seria oficializada pelo Supremo Tribunal Federal.

Como alternativa, o presidente da Odebrecht admite a possibilidade de ter dado dinheiro para caixa 2 de campanha: "Campanha incluindo caixa 2, se houver era soh com MO (a PF acredita ser a MO Consultoria, empresa de fachada de Alberto Youssef), que não aceitava vinculação. PRC (Paulo Roberto Costa) soh se foi rebate de cx2."

Vários nomes de políticos surgem no decorrer das anotações, inclusive altas cifras para o Vaca, que todos acreditam ser João Vaccari, o tesoureiro do PT já preso.

As anotações de Marcelo Odebrecht são muito detalhadas, o que combina com a descrição de seus carcereiros em Curitiba, que certa vez o definiram como uma pessoa que passa o dia escrevendo, tomando notas. Graças a esse hábito, a Polícia Federal tem em mãos uma coletânea de notas e informações que podem se equivaler a uma delação premiada depois de devidamente decodificada.
Herculano
22/07/2015 11:45
ESTADOS UNIDOS MONITORAM OBRAS DA ODEBRECHT NO EXTERIOR E APONTAM SINAIS DE CORRUPÇÃO

Conteúdo do jornal O Estado de S. Paulo. Texto de Jamil Chade, correspondente internacional. A diplomacia americana monitorou os negócios da empreiteira brasileira Odebrecht no exterior e apontou para suspeitas de corrupção em obras espalhadas pelo mundo na segunda gestão do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva na Presidência (2007-2010). Telegramas confidenciais do Departamento de Estado norte-americano revelados pelo grupo WikiLeaks relatam ações da empresa brasileira e suas relações com governantes estrangeiros. Lula é citado em iniciativas para defender os interesses da Odebrecht no exterior.

No dia 21 de outubro de 2008, a embaixada americana em Quito (Equador) descreve a pressão imposta sobre as empresas brasileiras pelo presidente daquele país, Rafael Correa. O governo equatoriano ameaçava expulsar tanto a Odebrecht quanto a Petrobrás, alegando descumprimento de contratos.

A embaixada americana em Quito, porém, alerta ao Departamento de Estado dos EUA que o motivo da pressão seria outro: corrupção. "Alfredo Vera, chefe da Secretaria Anticorrupção do Equador, levantou questões sobre os preços e financiamento dos contratos da Odebrecht", indicou o telegrama. "Apesar de não termos informações de bastidores no projeto San Francisco (usina), o posto ouviu alegações com credibilidade de corrupção envolvendo o projeto de irrigação da Odebrecht em Manabi de um ex-ministro de Finanças que se recusou a assinar os documentos do projeto diante de suas preocupações sobre a corrupção", afirmaram os EUA.
Herculano
22/07/2015 10:02
PARA QUE SERVE O MONOPÓLIO DOS PARTIDOS? por Hélio Doyle

Os congressistas fingem que não concordam com isso, mas por trás da maioria dos problemas que hoje assolam o Brasil está o nosso falido sistema eleitoral. Não com exclusividade, claro, mas com forte predominância. Não veem isso os que não querem que esses problemas sejam superados ou que gostam do sistema eleitoral em vigor porque são beneficiados por ele. Por isso, não são seriamente discutidos quando se fala em "reforma política".

Têm a ver com o sistema eleitoral a corrupção que grassa no aparelho estatal e no Congresso Nacional e a baixíssima qualidade intelectual e ética da maioria dos que são eleitos para, em tese, representar o povo nas casas legislativas. O sistema favorece os que integram as panelinhas partidárias e os que recebem dinheiro de empresários para fazer suas campanhas.

Um dos problemas desse sistema é a obrigação de o candidato estar filiado a partido político para disputar eleições. É uma norma sem o menor sentido, a não ser o de garantir aos partidos o monopólio e o controle da atividade política, além de ótimos negócios: fundo partidário, venda de tempo de televisão e de vagas para candidatos, e por aí vai.

A necessidade de se filiar a um partido e se submeter aos ditames de seus líderes, muitos deles corruptos conhecidos, afasta muita gente boa da vida política. Também porque não basta se filiar ? depois é preciso contar com a boa vontade dos dirigentes para obter a legenda e se candidatar. Boa vontade que depende, muitas vezes, de fidelidade canina, pagamento em espécie ou amigos bem posicionados.

A legislação eleitoral poderia prever a candidatura avulsa, especialmente para cargos majoritários, ou a formação de frentes de candidatos para disputar uma eleição proporcional específica. Isso existe em diversos países, mas nem se pensa em adotar a fórmula no Brasil.

Outro problema é o alto custo das campanhas eleitorais e o seu financiamento por empresas privadas. As campanhas poderiam ser mais baratas, o que não quer dizer com menos duração - na verdade, os que querem menos dias de campanhas são os que procuram dificultar o surgimento de candidatos novos, que possam ameaçá-los. Quanto menos tempo para aparecerem, melhor.

Há diversas maneiras de baratear as campanhas: na limitação real de gastos, na redefinição dos programas eleitorais na TV, na limitação à contratação de cabos eleitorais e na repressão severa à compra de votos. E é mais barato um sistema em que a eleição de parlamentares seja total ou parcialmente majoritária (o voto distrital, ou distrital misto), na qual os eleitores tenham relação mais próxima com os candidatos ou em que a lista partidária ou autônoma prevaleça ? sem entrar no mérito político dessas propostas, todas com prós e contras.

Por fim, o financiamento dessas campanhas por empresas privadas é que tem definido a composição dos parlamentos e, em boa parte, dos postos executivos. Quem tem mais dinheiro para gastar na campanha eleitoral leva grande vantagem, pois pode comprar melhores estrategistas e mais cabos eleitorais, produzir programas de TV mais bem elaborados, colocar mais propagandas nas ruas e, no limite, comprar mais eleitores.

Esse dinheiro gasto nas campanhas, como todos sabem, vem das contribuições das empresas privadas. Que, para serem generosas com os políticos, superfaturam os serviços que prestam ao Estado. Ou de empresários interessados em defender seus interesses, ou de igrejas que querem formar bancadas para assegurar suas vantagens. Daí, por exemplo, o peso desproporcional que fazendeiros e evangélicos têm nos parlamentos, e a quase ausência de operários.

Claro que não é só isso que leva a política brasileira ao patamar degradante em que se encontra hoje. Há muitos outros fatores. Mas acabar com o monopólio dos partidos, baratear as campanhas e proibir o financiamento privado ajudaria muito.
Herculano
22/07/2015 07:35
OS ESADOS UNIDOS SABIAM

O jornal O Estado de S. Paulo revela que o serviço secreto dos Estados Unidos monitorou o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, PT, o cara, segundo Barack Obama, no serviço de lobby pelo mundo a favor das empreiteiras brasileiras. Hum! Será que teremos um caso Fifa?
Herculano
22/07/2015 07:32
O CAOS ECONÔMICO CRIADO PELO PT E PMDB PARA SE MANTEREM NO PODER E NA ROUBALHEIRA CONTINUADA PARA POUCOS SE AGRAVA E OS BRASILEIROS COMO UM TODO VÃO PAGAR A CONTA DESTA AVENTURA COM MAIS SACRIFÍCIOS. MANCHETE DA HORA E QUE SE ENCONDIA: DILMA DECIDE REDUZIR META FISCAL E DEBATE NOVOS CORTE DE GASTOS.

Conteúdo do jornal Folha de S. Paulo. Texto de Valdo Cruz, Marina Dias e Fábio Monteiro a sucursal de Brasília. A presidente Dilma decidiu reduzir a meta fiscal deste ano e vai fazer um novo corte provisório de gastos no Orçamento da União para melhorar o desempenho das contas públicas neste ano.

Segundo a Folha apurou, o número que estava sendo fechado nesta terça-feira (21) à noite pode reduzir o superavit primário de 1,1% para 0,15% do PIB (Produto Interno Bruto) em 2015.

Um assessor presidencial disse que, para cumprir esta nova meta, o governo fará um corte adicional no Orçamento, além do feito no início do ano, de R$ 70 bilhões.

O número final estava sendo fechado em reunião da presidente Dilma com sua equipe e os debates estavam concentrados no tamanho do novo bloqueio de gastos.

Enquanto o Ministério da Fazenda defendia um corte significativo, o do Planejamento defendia o menor bloqueio possível para evitar uma paralisia do governo.

Os ministros Joaquim Levy (Fazenda) e Nelson Barbosa (Planejamento) já vinham divergindo sobre a redução da meta. Levy buscava garantir a menor redução da meta possível. Sua equipe técnica chegou a falar em algo acima de 0,8% do PIB. Já o Planejamento defendia reduzir a meta fiscal para cerca de 0,6%.

Segundo técnicos, os estudos sobre o comportamento da receita, que registrou uma queda real de 2,9% no primeiro semestre, indicaram que a situação fiscal do governo estava pior do que o previsto.

Daí a avaliação de que a redução da meta teria de ser bem maior do que a defendida inicialmente pela equipe econômica, tanto da Fazenda como do Planejamento.

A nova meta será anunciada oficialmente nesta quarta (22), quando o governo tem de divulgar sua programação orçamentária bimestral, apontando a situação real das contas públicas da União (leia texto ao lado).

No Congresso, o senador Romero Jucá (PMDB-RR) já apresentou uma emenda ao projeto da LDO (Lei de Diretrizes Orçamentárias) de 2016 alterando a meta deste ano para 0,4% do PIB, mas deve ser acionado pelo governo para ajustar sua emenda ao novo número do superavit.

NOVO CENÁRIO

Nesta terça, o ministro Joaquim Levy (Fazenda) já dava indicações de que o governo poderia reduzir sua meta. "O relatório [da programação orçamentária] está indicando mudança no cenário de arrecadação e econômico, esperamos poder responder [a esta situação] com vigor e mais realismo", afirmou.

Numa sinalização de que a meta de fato será reduzida, ele disse que o governo "tem plena consciência que mudar eventualmente a meta não significa o fim do ajuste, pelo contrário, vamos ter que continuar fazendo o ajuste".

Para o governo, a meta fiscal inicial ficou inviável diante da desaceleração mais forte da economia neste ano.

O país vai registrar recessão no primeiro ano do segundo mandato da petista. Oficialmente, o governo já prevê um recuo de 1,5% no PIB, mas teme que ele seja ainda maior, de até 2%.

Além do corte, o Ministério da Fazenda estuda novas medidas que poderiam gerar até R$ 50 bilhões neste ano, mas o governo ainda avalia o que é viável implementar imediatamente.

ENTENDA O QUE ESTÁ EM JOGO

1- O que é a meta fiscal?

É a economia que o governo promete fazer para controlar a dívida pública

2- Qual é a meta atual?

É ter um superavit primário (receitas superando despesas, exceto as referentes a juros) de R$ 66,5 bi, ou 1,1% do PIB

3- Quem define a meta?

É fixada na Lei de Diretrizes Orçamentárias, proposta pelo governo e aprovada pelo Congresso.

4- Como é calculada?

O governo calibra a meta de acordo com o que deseja para a dívida: para que a dívida caia, a meta deve subir.

5- O que acontece hoje?

A cada bimestre, é feita uma reavaliação das previsões de receita feitas pelo governo no início do ano, e as despesas são ajustadas para assegurar a poupança prometida. É o que fará o governo nesta quarta. A reavaliação é enviada ao Congresso

6- E se a meta for reduzida?

O governo tem mais liberdade para elevar despesas ou reduzir a arrecadação. A dívida pode crescer, o que traz riscos como inflação, crise financeira e insolvência
Herculano
22/07/2015 07:24
MEU DEUS! VEJA A COMPARAÇÃO. ESTAMOS MESMO PERDIDOS. A CÂMARA PIOROU MUITO, DIZ SEVERINO CAVALCANTI.

Conteúdo do jornal Folha de S. Paulo. Texto e entrevista de Leonardo Souza, da sucursal do Rio de Janeiro. Ex-presidente da Câmara que renunciou em 2005 acusado de receber propina do dono de um restaurante da Casa, Severino Cavalcanti, PP, 84 anos, avalia que a instituição piorou muito desde sua saída.

"Está muito ruim. Você só ouve piadas", disse em entrevista à Folha por telefone. "Na minha gestão era porta aberta, todo mundo tinha entrada. Não tinha esse negócio de 'eu sou o dono do mundo'".

A referência é ao atual presidente da Casa, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), acusado por um delator da Operação Lava Jato de receber US$ 5 milhões em propina.

Folha - Como o sr. avalia o trabalho da Câmara neste ano?

Severino - Está havendo um certo tumulto. A coisa tem que ser fiscalizada. Quem deve tem que pagar.

Folha - O que o sr. acha da atuação de Eduardo Cunha como presidente da Câmara?

Severino - Eu achava que ele, no início, estava tentando realmente acertar. Mas agora está tomando umas posições um pouco confusas. Se ele participou, digamos, de alguma coisa danosa, ele tem que pagar também. Não é porque ele é presidente que não vai pagar.

Folha - Um delator na Lava Jato afirmou que Cunha lhe exigiu US$ 5 milhões.

Severino - Ele tem de provar que realmente não participou disso.

Folha - E ele tem condição de continuar a presidir a Câmara?

Severino - Se for comprovado que ele recebeu esse dinheiro, não tem condição.

Folha - Oferecida a denúncia pelo Ministério Público, ele deveria renunciar?

Severino - Se não renunciar, [os demais deputados] deveriam cassar o mandato dele. Se for provado [o recebimento de propina].

Folha - O sr. mantém atividades políticas?

Severino - Estou com 84 anos. Houve uma denúncia falsa contra mim, de um camarada que queria de qualquer maneira ficar no restaurante [da Câmara dos Deputados]. Está provado que ele é incorreto.

Folha - Que imagem a Câmara dos Deputados passa para o Brasil atualmente?

Severino - A Câmara tem que mostrar à nação que não compactua com bandalheira.

Folha - Piorou a imagem da Câmara?

Severino - Ah, está muito ruim; você só ouve piadas.

Folha - Comparada com o período em que o sr. presidiu a Casa?

Severino - Piorou muito. Na minha gestão, era porta aberta, todo mundo tinha entrada. Não tinha esse negócio de "eu sou o dono do mundo", não.

Folha - Eduardo Cunha é um bom deputado?

Severino Eu acho que ele tem alguma justificativa para chegar aonde chegou. Ele ganhou a eleição contra o PT, numa vitória esmagadora. Ele derrotou o Lula, assim como eu derrotei. Eu saí sozinho e fui eleito presidente da Câmara dos Deputados, numa vitória esmagadora.
Herculano
22/07/2015 07:00
RESPOSTA DE SECRETÁRIO REPERCUTE MAL NO CENTRO ADMINISTRATIVO, por Cláudio Prisco Paraíso

Repercutiu muito mal no Centro Administrativo a resposta que o secretário Filipe Mello deu ao deputado Leonel Pavan (PSDB), que anunciou, esta semana, que articularia a convocação do titular do Turismo catarinense para dar explicações acerca do processo licitatório do Centro de Eventos de Balneário Camboriú.

A manifestação do tucano foi registrada pelo blog. Filipe Mello declarou à imprensa que o parlamentar, que é ex-
governador e ex-senador, "não tem moral para falar do centro, pois quando era governador nada fez nada para tornar a obra realidade." Pelos corredores do Centro Administrativo, a declaração de Mello soou como inaceitável, ultrapassando os limites do possível.

Segundo um privilegiado interlocutor do poder e do PSD, "faltou equilíbrio e bom senso ao secretário." Ainda mais em um momento no qual o governador Raimundo Colombo está em lua-de-mel com Pavan, tricotando com o tucano - que tem um voto na Alesc - a todo momento. O ex-governador também vem mantendo excelente interlocução com o presidente da Assembleia, Gelson Merísio, presidente licenciado do PSD, partido do governador. Merísio e Pavan viajaram juntos aos EUA recentemente.

Volto. Felipe Mello, já foi PSDB, é filho de um ex-tucano o sumido deputado Federal, Jorginho Mello, hoje no PR. Então tratam-se de conhecidos que se despenam magoados e buscam espaços. E os catarinenses pagando esta conta.
Herculano
22/07/2015 06:55
O POLÍTICO QUE FINGE

A Câmara de Gaspar está de férias. Tem vereador que discorda e diz que está trabalhando. Como assim, se não há sessão e então nada se decide? Vereador foi eleito para participar das sessões e são elas que validam o seu trabalho e o seu valor. O resto é enganação.
Herculano
22/07/2015 06:52
A CABEÇA DOS OLIGARCAS, por Elio Gaspari para os jornais Folha de S. Paulo e O Globo

Em 11 de setembro de 2001, o vigarista Bernard Maddoff achou que suas fraudes não seriam descobertas

Marcelo Odebrecht está preso e foi indiciado pela Polícia Federal. Em sua cela no Paraná, mantém um diário do cárcere. Os barões da Camargo Corrêa foram condenados e, na oligarquia política, fabrica-se uma crise institucional. Houvesse ou não uma Lava Jato, a desarticulação do Planalto envenenaria as relações com o Congresso. Ademais, essa crise tem um aspecto inédito. De um lado, estão servidores a respeito dos quais não há um fiapo de restrição moral ou mesmo política. São os magistrados e os procuradores. Do outro lado está o outro lado, para dizer pouco. Nunca aconteceu isso na vida pública brasileira.

O presidente da Câmara, deputado Eduardo Cunha, estaria retaliando o governo ao permitir a criação de uma CPI para investigar os empréstimos dos BNDES. Há uma armadilha nessa afirmação. Ela pressupõe uma briga de quadrilhas, com Cunha de um lado e o Planalto do outro. Ou há esqueletos no BNDES ou não os há. Se os há, a CPI, bem-vinda, já deveria ter sido criada há muito tempo. Se não os há, nada haverá.

A verdadeira crise institucional está nas pressões que vêm sendo feitas sobre o Judiciário. Quem conhece esse mundo garante que nunca se viu coisa igual. Se as pressões forem bem sucedidas, avacalha-se o jogo. Cada movimento que emissários do governo fazem para azeitar habeas corpus de empresários encarcerados fortalece a ideia de que há um conluio entre suspeitos presos e autoridades soltas. Ele já prevaleceu, quando triturou-se a Operação Castelo de Areia.

Em 2009, a Camargo Corrêa foi apanhada numa versão menor da Lava Jato. Dois anos depois, ela foi sedada pelo Superior Tribunal de Justiça e, há meses, sepultada pelo Supremo Tribunal Federal. Agora o ex-presidente da empresa e seu vice foram condenados (com tornozeleira) a 15 anos de prisão. O ex-presidente do conselho de administração levou nove. Desta vez a Viúva foi socorrida por dois fatores. O efeito Papuda, resultante da ida de maganos e hierarcas para a cadeia, deu vida ao mecanismo da colaboração de delinquentes em busca de penas menores. Antes, existiam acusações, agora há confissões. Já são 17. A Castelo de Areia não foi uma maravilha técnica, mas a sua destruição será um assunto a respeito do qual juízes não gostarão de falar.

Quem joga com as pretas tentando fechar o registro da Lava Jato sabe que a Polícia Federal e o Ministério Público estão vários lances à frente das pressões. Da mesma forma, quem se meteu nas petrorroubalheiras sabe que suas pegadas deixaram rastro. Curitiba dribla como Neymar. Quando baixa uma carta, já sabe o próximo passo.

Afora os amigos que fazem advocacia auricular junto a magistrados, resta a ideia da fabricação da crise institucional. Ela seria tão grande que a Lava Jato passaria a um segundo plano. É velha e ruim. Veja-se por exemplo o que aconteceu ao vigarista americano Bernard Maddoff: na manhã de 11 de setembro de 2001, ele sabia que seu esquema de investimentos fraudulentos estava podre. (Era um negócio de US$ 65 bilhões.) Quando dois aviões explodiram nas torres gêmeas de Nova York e elas desabaram, matando três mil pessoas, ele pensou: "Ali poderia estar a saída. Eu queria que o mundo acabasse".

Madoff contou isso na penitenciária onde, aos 77 anos, cumpre uma pena de 150 anos.
Herculano
22/07/2015 06:33
ÓCIO INCNSTITUCIONAL, editorial do jornal Folha de S. Paulo

Contrariando regra da Constituição, parlamentares entram em recesso; atitude reforça a impressão de que se sentem acima da lei

Falando em cadeia nacional de rádio e televisão na sexta-feira (17), o presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), listou as iniciativas tomadas pela Casa no primeiro semestre.

Da chamada PEC da Bengala à redução da maioridade penal, da extinção do fator previdenciário à votação da reforma política, "nunca a Câmara trabalhou como agora", afirmou, após enumerar as ações realizadas sob seu comando.

Pode ser. Embora a aprovação de leis em ritmo frenético nem sempre represente um ativo parlamentar - mudanças apressadas no ordenamento não raro resultam em contradições -, é evidente que, nesse ponto, a atual legislatura se diferencia das anteriores. Iguala-se, porém, quando se trata de ignorar uma certa regra constitucional.

O segundo parágrafo do artigo 57 da Constituição determina: "a sessão legislativa não será interrompida sem a aprovação do projeto de lei de diretrizes orçamentárias". Não há espaço para dúvidas; em redação clara e direta, o constituinte hierarquizou as prioridades.

Nenhum congressista haverá de dizer que desconhece o texto da Lei Maior do país. Todos, contudo, passaram a desfrutar, desde segunda-feira (20), de um recesso de duas semanas em suas atividades na Câmara e no Senado.

Bastou um acordo entre os líderes dos partidos e os presidentes das duas Casas para que a votação das diretrizes orçamentárias cedesse lugar ao ócio parlamentar.

Deram de ombros, portanto, para a peça legislativa que estabelece as metas da administração pública federal para o ano seguinte, servindo de base para a elaboração do Orçamento da União.

No ano passado, manobra idêntica colaborou para um atraso de meses na definição dos gastos previstos para 2015, prejudicando, entre outras coisas, o repasse de recursos a Estados e municípios.

Os proventos e benefícios dos congressistas, por sua vez, não ficaram nem ficarão prejudicados nessas duas semanas de folgas irregulares. Os 594 parlamentares receberão integralmente o salário de R$ 33,7 mil, bem como as verbas de gabinete e as generosas regalias vinculadas aos cargos.

Desrespeitando normas que deveriam ser observadas por todos neste país ou premiando-se com vantagens pecuniárias e mimos inalcançáveis para a maioria da população, deputados e senadores apenas reforçam a impressão de que se sentem acima da lei.

Ou se sentiam: com o avanço das investigações no âmbito da Operação Lava Jato, muitos políticos nem conseguirão aproveitar suas folgas como gostariam.
Herculano
22/07/2015 06:30
ENTEDA. A CONFUSÃO SÓ ESTÁ COMEÇANDO. BEBÊ CATARINENSE SERÁ REGISTRADO COM NOMES DE PAI, DUAS MÃES E SEIS AVÓS NA CERTIDÃO DE NASCIMENTO

Conteúdo do jornal Diário Catarinense, da RBS Florianópolis. Texto de Jefferson Botega. Uma criança que vai nascer em Santa Catarina terá direito ao registro em sua certidão de nascimento do nome do pai, de duas mães e dos seis avós. A decisão liminar da 2ª Vara da Família de Florianópolis leva em consideração a dinamicidade das relações familiares. Segundo os autos, um casal de mulheres buscou um parceiro para ser o pai da criança que desejava. Consensualmente estabeleceu-se relação e a partir daí surgiu o pedido judicial para que essa formação multiparental fosse reconhecida de direito.

"A ausência de lei para regência de novos ? e cada vez mais ocorrentes ? fatos sociais decorrentes das instituições familiares não é indicador necessário de impossibilidade jurídica do pedido", interpreta o juiz Flávio André Paz de Brum, titular da 2ª Vara da Família da comarca da Capital.

Entenda quais as regras da gestação de substituição no Brasil

Ele deferiu o pedido que "busca desde já preservar o que corresponde à realidade familiar, dada a prevalência do afeto que expressa juridicamente o que de ocorrência no mundo concreto, na complexidade humana, e de interesse da criança por nascer".

O juiz reforça que o "caráter biológico não é o critério exclusivo na formação de vínculo familiar".

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De acordo com a assessoria de imprensa da 2ª Vara da Família da Capital, não há registro de outras decisões semelhantes em Santa Catarina. O único registro seria em Santa Maria, no Rio Grande do Sul. O caso será analisado pelo Ministério Público e depois retorna para a sentença do juiz.
Herculano
22/07/2015 06:23
TENDÊNCIA DO TCU É NÃO RECONDUZIR PRESIDENTE, por Cláudio Humberto na coluna que publicou hoje nos jornais brasileiros

De um modo geral, ministros do Tribunal de Contas da União (TCU) não acreditam que seu presidente, Aroldo Cedraz, tenha condições de concluir seu mandato, no final do ano, considerando a gravidade das acusações de tráfico de influência envolvendo seu filho na corte. Mas, ainda que "sobreviva" até lá, seu mandato tende a não ser renovado, como é da tradição. Mandato de presidente do TCU é de um ano.

Tradição

É praxe no TCU o presidente cumprir dois mandatos de um ano, até para coincidir com mandatos de tribunais superiores do Judiciário.

Agravamento

Os ministros são sempre elegantes, quando se referem à iminente queda de Aroldo Cedraz, condicionando-a ao agravamento da situação.

Caiu por terra

O pedido de vista de processo de Ricardo Pessoa (UTC) demoliu a alegação de Cedraz de não tratar de casos envolvendo o filho Tiago.

Sem precedentes

Só os ex-presidentes Guilherme Palmeira, e Élvia Castello Branco, por aposentadoria, não foram reconduzidos no TCU.

PP DEVE DERRUBAR LÍDER DA BANCADA NA CÂMARA

O Partido Progressista (PP), que tem o maior número de políticos investigados pela Polícia Federal, na Operação Lava Jato, articula a destituição do líder da bancada na Câmara, Eduardo da Fonte (PE). Os deputados progressistas dizem que não há "a menor condição" de serem representados por Eduardo da Fonte após mandado de busca e apreensão cumprido pela Polícia Federal na casa do parlamentar.

Dificuldade

O grande problema é encontrar um deputado com nome limpo. Numa bancada com 39, 20 parlamentares estão sendo investigados pela PF.

Tapando buraco

Fonte havia sido reconduzido após a eleição de Artur Lira (PP-AL) para a presidência da Comissão de Constituição e Justiça da Câmara.

Gasparzinho

Fonte é chamado de Gasparzinho pelos colegas. Dizem que ele não participa de reuniões de bancada e nem orienta os correligionários.

TIPO EPORTAÇÃO

A Lava Jato chegou a Portugal. O Ministério Público português investiga as negociações envolvendo a Vivo, Telefónica e a Oi. O elo do escândalo é Otávio Azevedo, ex-acionista da Portugal Telecom e presidente da Andrade Gutierrez, enrolado na Lava Jato preso pela PF.

Ponte aérea

Nem parece que o Congresso está em recesso. Após divulgação do arraso na popularidade do governo Dilma (7,7%), vários parlamentares voltaram a Brasília. E foram direto para a Presidência da Câmara.

Sem ajuda dos universitários

O governador da Bahia, Rui Costa (PT), nitidamente despreparado, não tem ajuda do padrinho, ministro Jaques Wagner (Defesa), empenhado em ajudar a salvar Dilma. E substituir Aloizio Mercadante na Casa Civil.

Procura-se padrinho

A situação do ministro Henrique Alves (Turismo) se complicou. Após o rompimento de Eduardo Cunha (PMDB-RJ) com o governo, ele tenta apoio do vice-presidente Michel Temer para se segurar no ministério.

Pedaladas fiscais

Encerra-se nesta quarta (22) o prazo para Dilma se explicar sobre as pedaladas do governo. As pedaladas são a maior aposta da oposição para iniciar o processo de impeachment de Dilma na Câmara.

Segura a onda

O PCdoB, conhecido como linha auxiliar do governo, orientou os parlamentares da Câmara a evitar confrontos com o presidente da Casa, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), desafeto público do Planalto.

Sem preocupação

O presidente da CPI da Petrobras, Hugo Motta (PMDB-PB), promete esclarecer as declaração do delator Júlio Camargo, que acusou Eduardo Cunha de cobrar propina. Na CPI, Cunha estará "blindado".

Esfriou

A crise entre a maior parte do PMDB e o governo Dilma afastou chance de Gabriel Chalita ser vice na chapa do prefeito Fernando Haddad (PT-SP). Caciques paulistanos querem nome próprio do PMDB para 2016.

Pensando bem...
... se continuar a queda no mesmo ritmo, a aprovação de Dilma (7,7%) deve terminar 2015 não só menor que a inflação: pode perder até para o PIBinho.
Herculano
21/07/2015 22:23
GOOGLE/TRADUTOR - TEMER DIZ NOS ESTADOS UNIDOS QUE, SE DILMA CAIR E SE ELE ASSUMIR, JOAQUIM LEVY FICA NA FAZENDA, por Reynaldo Azevedo, de Veja.

O vice-presidente Michel Temer (PMDB) está nos EUA. Falou a investidores. Seu discurso tem de ser interpretado e vale mais por aquilo que está apenas sugerido do que por coisas que disse, mas nas quais certamente não acredita - sem querer ser adivinho. Comentou, por exemplo, os apenas 7,7% de ótimo e bom do governo Dilma na pesquisa CNT/MDA: "Isso é cíclico, né? Aconteceu em muitos governos, e a avaliação depois melhora. Vamos aguardar o futuro". Pode ocorrer, de fato, de um governante reverter a avaliação a seu respeito, mas Temer sabe que isso depende de circunstâncias objetivas - por exemplo, uma melhora na economia. Vai acontecer? Não tão logo! O vice sabe que a imagem do Brasil entre investidores se deteriorou terrivelmente. E tentou se apresentar, e ao PMDB, como âncora da estabilidade. E ele o fez na base do "Fica Levy". Explico.

Temer afirmou que, caso seja candidato à Presidência em 2018 e vença a disputa, Joaquim Levy permanecerá no Ministério da Fazenda. Na verdade, foi indagado a respeito dessa hipótese e respondeu: "Claro, claro! Ele está fazendo um belo trabalho".

Não existe ainda um "Google/tradutor" que verta a linguagem dos políticos para o português claríssimo. Se houvesse, a resposta do programa seria esta: "Caso Dilma caia e eu assuma a Presidência, Levy fica. Afinal, se estou dizendo que eu mesmo o levaria se fosse eleito, por que não o manteria se assumisse a cadeira de Dilma?". Ou por outra: Temer, mui respeitosamente, admite que os investidores se importam menos com quem ocupa a cadeira da Presidência do que com quem ocupa a de ministro da Fazenda.

Cumprindo seu papel institucional, defendeu o governo no caso das chamadas "pedaladas fiscais" e disse ter a certeza de que o Planalto está juridicamente amparado. Vamos ver.

Antes, em palestra a advogados, afirmou que, em algum momento, o PMDB deixará o governo porque pretende disputar a Presidência da República em 2018. Vai mesmo? Sei lá eu. Parece que tudo caminha para isso. De novo, é preciso interpretar: se o partido teria de deixar os cargos que ocupa, é um sinal de que, qualquer que seja o seu destino, não estará em companhia do PT.

Temer fez considerações sobre a oposição: "No Brasil, sempre foi assim. Quem perdeu a eleição acha que tem que contestar. [A oposição] deve se opor por uma questão de mérito, não simplesmente porque perdeu. O sistema jurídico impõe que a oposição fiscalize, critique, observe, contrarie e controverta, precisamente para ajudar a governar".

O vice-presidente fez questão de deixar claro que se tratava de uma crítica genérica ao comportamento das oposições, não a esta que está aí. Disse: "Tenho colegas jornalistas brasileiros aqui e não estou fazendo nenhuma crítica à oposição lá do Brasil. Os que foram oposição hoje foram situação no passado e poderão vir a ser situação no futuro. A coisa é sempre a mesma. Enquanto você não mudar os costumes políticos, ninguém vai ter esse conceito jurídico positivo de situação e oposição".

É? Parece-me um bom retrato de como o PT se comportou desde a sua fundação, em 1980, à chegada ao poder, em 2003.

O senador Aécio Neves (MG), presidente do PSDB, respondeu à analise do vice e afirmou que os oposicionistas brasileiros defendem as instituições e que, como quer Temer, atuam em função do mérito do governo, em defesa das instituições e da população brasileira: "Somos oposição porque respeitamos o Brasil e os brasileiros".
Herculano
21/07/2015 21:52
QUANDO A JUSTIÇA É CHAMADA PARA ESCONDER O DELITO E AMPARAR O IMPLICADO QUE DEVE EXPLICAÇÕES. CUNHA PROCURA LEWANDOWSKI E PEDE PRESSA EM DECISÃO SOBRE MORO

Conteúdo do jornal Folha de S. Paulo. Texto de Márcio Falcão da sucursal de Brasília. Disposto a anular eventuais provas produzidas na Operação Lava Jato, o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), procurou nesta terça-feira (21), pessoalmente, o presidente do STF (Supremo Tribunal Federal), Ricardo Lewandowski, para tratar da atuação do juiz Sergio Moro, responsável pelas investigações do esquema de corrupção da Petrobras no Paraná.

Acompanhado de seu advogado, o ex-procurador-geral da República Antonio Fernando de Souza, o peemedebista pediu pressa na decisão de Lewandowski sobre seu pedido para que o processo sobre suposta corrupção na contratação de navios-sonda pela Petrobras seja suspenso na Justiça do Paraná e enviado ao STF.

Foi a Moro que o lobista Julio Camargo citou propina de US$ 5 milhões a Cunha. Camargo, em tese, teria feito a mesma afirmação sobre ele à Procuradoria-Geral da República.

O argumento do presidente da Câmara é que o juiz feriu competência do Supremo ao investigá-lo, sendo que a Constituição garante que deputados só pode ser alvo de apuração no STF - o chamado foro privilegiado. Os advogados do presidente pedem ainda que o Supremo determine a anulação de eventuais provas produzidas sob a condução de Moro.

O gesto Cunha foi visto, nos bastidores do tribunal, como um ato de pressão sobre o presidente do Supremo. O encontro durou quase uma hora. O deputado deixou o STF afirmando que não trataria do assunto.

A defesa do presidente da Câmara requereu que o presidente do STF tome uma decisão antes mesmo de o juiz Sérgio Moro responder ao pedido de informações encaminhado pelo tribunal sobre a reclamação do deputado. O juiz tem cinco dias para se posicionar.

Antonio Fernando negou que a reunião represente algum tipo de pressão: "Demos entrada numa reclamação e viemos esclarecer alguns pontos. O advogado normalmente despacha petições, esclarece pontos. [...] A audiência havia sido pedida por ele [Cunha], que tinha outros assuntos a tratar".

Respondem à ação penal questionada por Cunha no STF Camargo, o doleiro Alberto Youssef ?os dois são delatores na Operação Lava Jato?, além de Fernando Baiano, considerado operador do PMDB no esquema de corrupção na Petrobras, e o ex-diretor da área internacional da estatal Nestor Cerveró.
Herculano
21/07/2015 20:09
DILMA AGORA LUTA PARA PROVAR QUE É IGUAL A FHC, por Josias de Souza

Dilma Rousseff passou 13 anos guerreando para emplacar a tese segundo a qual o seu governo e o de Lula foram diferentes do de Fernando Henrique Cardoso. De repente, a presidente petista pega em lanças para provar que, em matéria de perversão fiscal, sua gestão é igualzinha à administração do antecessor tucano. Acusada pelo TCU de sacar a descoberto em bancos estatais, Dilma sustenta que, em 2000 e 2001, FHC também deu suas pedaladas.

Embora tenha pedalado muito mais do que FHC, Dilma invoca o passado para mostrar que, quando assumiu a Presidência, já não havia nenhum pecado original. Por essa lógica, o TCU não poderia torcer o braço de Dilma depois de ter livrado a cara de FHC. Admite-se, no máximo, que a Corte de Contas emita um aviso prévio: atenção, gente, a partir de agora a irresponsabilidade fiscal é pecado.

Em 2005, quando Roberto Jefferson jogou o mensalão no ventilador, Lula dissera, numa entrevista parisiense, que o PT fez apenas o que se faz sistematicamente no Brasil. No petrolão, o PT escorou-se no depoimento de dois delatores para trombetear que as irregularidades na Petrobras começaram na gestão FHC.

Quando precisa atenuar suas culpas, o petismo aposenta o "nunca antes na história" e passa a reivindicar a companhia do tucanato. Não podendo elevar sua estatura, Dilma adere à tática do rebaixamento do teto.
Herculano
21/07/2015 19:46
SOBRE PLANEJAMENTO

Ao que se escondeu como Rodansky. Por Gaspar e os gasparenses, gostaria de todos os dias dar com a língua nos dentes.

Como você relata, o mutirão - pouco antes visto -para diminuir o tempo que já extrapolou o prometido se dá por três aspectos: a pesquisa que o PT daqui possui e mostra que a coisa está feia; a fiscalização cerrada da vereadora Andreia Symone Zimmermann Nagel, DEM, que você também registra; e o acompanhamento da coluna para evitar a repercussão.
Rodansky
21/07/2015 18:33
Herculano

O senhor deu com a lingua nos dentes, quando disse que a drenagem não tinha planejamento. Segunda e terça mais de 7 maquinas e 10 caminhoes trabalhando direto e amanhã transito liberado. Sem contar que a água ja foi liberada. Falo isto por que resifo aqui na Pedro Simon.

Nunca vi tanta gente obsrvando a obra. Tinham uns 20 engenheiros populares. Vi prefeito vive vereadores Graf Rampelotti e vereadora Nagel.
Negão das Fridas
21/07/2015 14:18
Interessante... A nota divulgada pela prefeitura de Gaspar, na sua página, sobre a entrega dos alimentos no hospital de Gaspar. Alimentos arrecadados na troca de ingresso do show da cantora baiana Margareth Meneses, evento promovido pelas turnês do SESC.

Não sei qual foi a contrapartida do município de Gaspar para a realização desse evento. Mas sei que divulgaram um público de 500 pessoas no evento, antecipadamente disponibilizaram 450 ingressos. E sobre a entrega dos alimentos, normalmente, quando se arrecada doações é comum se divulgar a quantidade de alimentos em quilos, o que foi arrecadado. Agora vejam se tem lógica, já que era para se trocar um quilo de alimento não perecível pelo ingresso: 450 ingressos era para ter lá 450 quilos de alimentos não perecíveis, ou seja, quase meia tonelada. Será que apenas eu que enxerguei isso?

http://www.gaspar.sc.gov.br/noticias/index/ver/codMapaItem/20033/codNoticia/318106#.Va57FKRVikp

Outra falha, foi não divulgar que essa turnê é promovida pelo SESC, e apesar de o show ter sido muito bom, o município de Gaspar não tem um palco adequado para as artes. Vergonha.
Herculano
21/07/2015 13:28
COMO FUNCIONA O PT E O GOVERNO DO PT COM O PMDB. HÁ UM EXÉRCITO PARA PROCURAR DEFEITOS NOS OUTROS E EXIGIR A CORREÇÃO. E ISTO É CERTO. MAS, QUANDO PEGO NO ERRO, SE JUSTIFICA E QUER O PERDÃO PORQUE OUTROS FAZEM OU JÁ FIZERAM. VEJA A FRÁGIL DEFESA PARA ESTE CRIME DE MÁ GESTÃO E RESPONSABILIDADE FISCAL PREVISTO EM LEI. NO TRIBUNAL DE CONTAS, PLANALTO DIÁ QUE 17 ESTADOS ADOTARAM "PEDALADAS FISCAIS" E QUE FERNANDO HENRIQUE CARDOSO, PSDB, TAMBÉM JÁ FEZ ISTO.

Conteúdo do jornal O Estado de S. Paulo. Em sua defesa formal a ser encaminhada na quarta-feira (22) ao TCU (Tribunal de Contas da União), a presidente Dilma Rousseff vai sustentar que 17 Estados e o governo tucano de Fernando Henrique Cardoso adotaram práticas semelhantes às "pedaladas fiscais".

As pedaladas são atrasos em repasses do Tesouro Nacional para a Caixa Econômica Federal cumprir compromissos de programas sociais. O argumento é que essas manobras não constituíram operações de crédito e, portanto, não infringiram a LRF (Lei de Responsabilidade Fiscal), como apontou a corte de contas.

Dilma reuniu ontem sua equipe para tratar dos detalhes da defesa. O Planalto quer evitar a qualquer custo uma inédita reprovação de suas contas pelo TCU, que analisa o balanço anual do governo federal há 78 anos. O parecer da corte, que deve ser emitido em agosto, subsidia o julgamento das contas pelo Congresso. A oposição e setores rebelados da base governista apostam numa eventual rejeição para pedir o impeachment de Dilma.

Em sua defesa, o governo mencionará, ainda, que também houve atrasos na transferência de recursos à Caixa, ocorridos em 2000 e 2001, para justificar pontos destacados pelo ministro do TCU, Augusto Nardes, relator do processo de análise de contas, como "distorções" no balanço do governo Dilma. Além disso, um levantamento feito pelo governo apontará que os 17 Estados trabalharam da mesma forma, com atrasos pontuais em repasses de recursos públicos.

Para o governo, os contratos da Caixa com os ministérios que administram os pagamentos do programa Bolsa Família, e dos programas seguro-desemprego e abono salarial, todos financiados com recursos do Tesouro, são contratos de "prestação de serviços". Dessa forma, os atrasos nos repasses - que o governo admite - não podem ser compreendidos como crime de responsabilidade fiscal.

Ao apresentar dados sobre as manobras de 2000 e 2001, quando a Lei de Responsabilidade Fiscal tinha acabado de ser sancionada pelo ex-presidente FHC, Dilma Rousseff pretende mostrar ao TCU que a prática, em maior ou menor medida, nunca foi causa para uma reprovação das contas. A mensagem também é considerada importante para o Congresso, que é o responsável pela decisão final sobre as contas do governo.

Dilma também sustentará que mudanças no entendimento do TCU não podem fomentar condenações sem um aviso prévio, mas devem alterar condutas futuras do governo.

Sobre o não contingenciamento de R$ 28 bilhões em gastos no decreto de programação orçamentária de novembro de 2014, o governo vai sustentar que baseou suas estimativas na aprovação do projeto que reduzia a meta fiscal, já em tramitação no Congresso.

Mais uma vez, o Palácio do Planalto deve citar como exemplo a era FHC. O governo levantou um decreto orçamentário de abril de 2002 , quando o governo deixou de realizar alterações fiscais porque conduzia "estudos para elevação das alíquotas do IOF".
Mariazinha Beata
21/07/2015 13:24
Seu Herculano;

Já sei onde os petistas (da legião satânica) vão descarregar os votos se o meliante deles não deslanchar. No deslumbrado.

Bye, bye! Agradeço o sobrenome.
Herculano
21/07/2015 13:23
A INVEJA. DILMA SUPERA FHC E ATINGE PIOR NÍVEL DE APROVAÇÃO EM PESQUISA CNT/MDA

Parte 1

Conteúdo do jornal Folha de S. Paulo. Texto de Mariana Heubert., da sucursal de Brasília. Mesmo diante da tentativa de recuperar a sua popularidade, a avaliação do governo da presidente Dilma Rousseff atingiu o menor nível histórico na pesquisa CNT/MDA, marcando 7,7% de aprovação com quem o considera ótimo ou bom e com 70,9% que consideram seu governo ruim ou péssimo, segundo pesquisa CNT/MDA divulgada nesta terça-feira (21).

Outros 20,5% consideram o governo apenas regular e 0,9% não souberam responder. Em relação a um eventual pedido de impeachment da presidente, 62,8% dos entrevistados se disseram a favor da saída da petista enquanto 32,1% disseram ser contra. Nesta questão, 5,1% das pessoas não souberam ou não quiseram responder.

Na pesquisa anterior, de março, 64,8% dos entrevistados consideram o governo da petista ruim ou péssimo contra 10,8% que o avaliam como ótimo ou bom.

O pior índice registrado pela pesquisa até então havia sido em setembro de 1999, no segundo mandato do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB). Na época, o governo do tucano foi avaliado positivamente por apenas 8% dos entrevistados, e 65% fizeram avaliação negativa de sua gestão. O levantamento é feito desde julho de 1998.

Para 60,4% dos entrevistados, a crise econômica é a mais grave crise pela qual o país passa no momento. Já a crise política foi considerada mais grave por 36,2% das pessoas questionadas.

IMPEACHMENT

Em relação a um eventual pedido de impeachment da presidente, 62,8% dos entrevistados se disseram a favor da saída da petista, enquanto 32,1% disseram ser contra. Nessa questão, 5,1% não souberam ou não quiseram responder.

Para a maioria dos entrevistados (26,8%), a principal justificativa para um impedimento de Dilma seriam irregularidades nas prestações de contas do governo, as chamadas pedaladas fiscais, sendo seguido por outro motivo, o da corrupção na Petrobras (25%). Outra justificativa para o impeachment seria a comprovação de irregularidades nas contas de campanha presidencial de 2014, motivo considerado por 14,2% dos entrevistados.

A aprovação do desempenho pessoal de Dilma registrou 15,3% de aprovação, contra 79,9% de desaprovação. Nesta pergunta, 4,8% dos entrevistados não soube ou não quis responder. Este também é o menor nível histórico registrado pela pesquisa CNT/MDA para a avaliação pessoal da petista.

Foram entrevistadas 2.002 pessoas em 137 municípios de 25 estados nas cinco regiões do país. A margem de erro é de 2,2 pontos percentuais, com 95% de nível de confiança.

ELEIÇÕES

A pesquisa simulou cenários eleitorais, com três possíveis candidatos do PSDB, considerando que as eleições poderiam ser hoje. Em perguntas estimuladas, em que os pesquisadores indicam os nomes dos candidatos, apenas o senador Aécio Neves (MG) poderia ficar a frente de ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin e o senador José Serra (SP) ficariam em terceiro lugar, atrás da ex-senadora Marina Silva.

No primeiro cenário, Aécio registrou 35,1% das intenções de voto, sendo seguido por Lula, com 22,8%. Marina Silva aparece em terceiro lugar com 15,6% das intenções de voto. A pesquisa citou ainda o deputado federal Jair Bolsonaro (PP-RJ), que ficou com 4,6% neste cenário.

Com Alckmin na disputa, Lula registra 24,9% das intenções de voto e Marina Silva, 23,1%. O tucano aparece em terceiro, com 21,5% dos votos. Bolsonaro registrou 5,1% dos votos.

Já no terceiro cenário, com o senador José Serra (PSDB-SP), disputando a eleição. Lula aparece novamente em primeiro lugar, com 25% sendo seguido novamente por Marina Silva, com 23,3%. Serra registrou 21,2% das intenções de voto e Bolsonaro, 5,5%.

O presidente da CNT, o ex-senador Clésio Andrade (PMDB-RJ), explicou que a inclusão do nome de Bolsonaro se deu porque a pesquisa costuma citar possíveis candidatos de menor expressão. "Em pesquisas passadas, citamos outros nomes e agora incluímos o dele", disse em entrevista após a divulgação da pesquisa.

Apesar de Marina Silva ter ficado em segundo lugar em dois cenários, a pesquisa registrou simulações de um segundo turno apenas entre os três candidatos do PSDB e Lula. Nos três cenários, Lula perderia as eleições. Aécio poderia vencer o petista com 49,6% das intenções de voto, contra 28,5% de Lula; Alckmin poderia vencer com 39,9%, contra 32,3%; e Serra registraria 40,3%, contra 31,8% dos votos. Andrade admitiu que os cenários estimulados foram uma "falha da pesquisa".

A pesquisa também mediu a percepção de como estaria um governo de Aécio Neves em relação ao da presidente Dilma, caso ele tivesse vencido as eleições de 2014. Para 44,8%, ele seria melhor e para 10,9%, pior. Já para 36,5% dos entrevistados, os governos seriam iguais.

Questionado sobre o por que de a pesquisa não ter feito uma pergunta livre sobre intenção de voto, sem sugerir nomes de candidatos, Andrade afirmou apenas que a sondagem segue "um padrão e esse padrão tem sido mantido, independente de questões locais e regionais".
Herculano
21/07/2015 13:22
A INVEJA. DILMA SUPERA FHC E ATINGE PIOR NÍVEL DE APROVAÇÃO EM PESQUISA CNT/MDA

Parte 2, A corrupção

Para metade dos entrevistados (53,4%), a corrupção é um dos principais problemas do país. Para 37,1%, ela é o principal problema e para 7,8%, ela não está entre os principais problemas. Apenas 0,3% não a consideram como um problema.

Grande parte dos entrevistados (78,3%) declarou já ter ouvido falar sobre as investigações da Operação Lava Jato e sobre o envolvimento da Petrobras e para maior parte deles, Dilma tem mais culpa no caso de corrupção do que Lula, sendo que 69,2% consideram que a presidente é culpada pela corrupção que está sendo investigada na estatal e 23,7% disseram que ela não tem culpa. Já os que consideram Lula como culpado, somaram 65%, contra 27,2% que o eximem de culpa.

A pesquisa, no entanto, não fez nenhuma pergunta espontânea sobre quem seria o culpado pela corrupção na Petrobras. Nos dois questionamentos sobre culpados, a pesquisa sugeriu primeiro o nome de Dilma e, depois, o nome de Lula.

Questionado sobre a metodologia, Andrade afirmou apenas que a pesquisa considerou o governo atual e o anterior porque eles correspondem ao período das denúncias de corrupção. Andrade foi vice-governador de Aécio Neves, no primeiro mandato, quando ele governou Minas Gerais, entre 2003 e 2010.

Para os que já ouviram falar da operação, o governo é o maior responsável pela corrupção na Petrobras (40,4%), sendo seguido pelos partidos políticos (34,4%), pelos diretores ou funcionários da empresa (14,2%), construtoras (3,5%) e outros fatores (2,8%). Já para 0,4% dos entrevistados, nenhum dos citados é responsável pela corrupção na empresa.

A maioria dos entrevistados (67,1%), no entanto, não acredita que os culpados pela corrupção na Petrobras serão punidos. As penas deverão ser aplicadas apenas segundo 30% dos entrevistados. O cenário piora quando se pergunta se as denúncias prejudicarão a economia do país, em que 86,8% dizem que sim, e apenas 11,9% consideram que elas não têm influência no cenário econômico.

E para metade das pessoas (52,5%), o governo não conseguirá resolver o problema de corrupção na estatal. Apenas 8% consideram que a corrupção pode ser extirpada da empresa e 37% acham que os problemas serão resolvidos em parte.

EXPECTATIVAS

A pesquisa registrou também que 55,5% dos entrevistados acreditam que a situação do emprego no país vai piorar nos próximos seis meses, sendo que 15% acreditam em um cenário melhor e 27,5% dizem que não vai haver mudanças. Já em relação à renda mensal para o mesmo período, metade dos entrevistados disseram a situação permanecerá igual.

Dos entrevistados, metade teme ficar desempregado e 43,7% disseram não ter este medo. A sondagem, no entanto, não questionou em quanto tempo eles temiam perder seus empregos. Quase 70% das pessoas disseram conhecer alguém que ficou desempregado nos últimos seis meses.
Maria Amélia que não é Lemos
21/07/2015 13:17
Sr. Herculano:

Quando os nazipetistas assumem os 9,1% de inflação, é sinal que ela já passou dos 20%.
Toda dona de casa sabe que isso é verdade.
Herculano
21/07/2015 13:16
CÓDIGO ODEBRECHT É O MAIOR DESAFIO DA LAVA JATO

Conteúdo do 247. A Operação Lava Jato tem um desafio à altura do professor de simbologia Robert Langdon, que é o protagonista de todos os romances de Dan Brown, como o célebre Código da Vinci: trata-se de desvendar o chamado "Código Odebrecht".

Isso porque o empresário Marcelo Bahia Odebrecht, presidente da construtora, fez dezenas de anotações em seus celulares, com nomes de vários políticos. Citou, por exemplo, GA, numa referência a Geraldo Alckmin, JS, que pode ser José Serra, mas também MT, que seria Michel Temer, e JW, numa indicação a Jaques Wagner.

Numa das mensagens mais intrigantes, Marcelo Odebrecht escreveu "Armadilha Bisol/contra-infos. RA? EA/Veja?".

Bisol é, sem sombra de dúvida, o ex-senador João Paulo Bisol, do PSB, que, em 1994, atuou na chamada CPI dos "Anões do Orçamento". Naquela época, quando foram apreendidas 18 caixas de documentos na residência de um ex-diretor da Odebrecht, a CPI julgava ter em mãos todo o mapa nacional da corrupção, que seria liderada pela Odebrecht. "Não é um poder paralelo. É superior. O Estado brasileiro é instrumento nas mãos desse poder", disse Bisol, referindo-se à Odebrecht.

Não se sabe ao certo o que seria a "armadilha Bisol", mas, naquela época, o empresário Emílio Odebrecht agiu em duas frentes. Concedeu entrevistas, acusando Bisol, e também fez vazar listas que poderiam atingir mais de 200 parlamentares ? assim, por instinto de preservação dos parlamentares, a CPI foi enterrada. Bisol chegou a se dizer ameaçado de morte, mas, aos poucos, a CPI começou a ser esquecida até pelos meios de comunicação.

Nas mensagens de Marcelo, filho de Emílio, chamam a atenção sua preocupação com a imagem e com as relações com a imprensa. Depois de escrever "contra-infos", numa referência a um possível jogo de contra-informações, ele anota "RA" e "EA/Veja". EA são as iniciais do jornalista Eurípedes Alcântara, diretor de Redação de Veja. RA são as iniciais do blogueiro Reinaldo Azevedo, que acentuou suas críticas à Operação Lava Jato após a prisão de Marcelo Odebrecht, mas também de Rogério Araújo, um diretor da empresa que está preso em Curitiba.

Marcelo também faz referências à empresa de assessoria de imprensa CDN, do empresário João Rodarte. Em seguida, fala de uma suposta "tática Noboa", que seria discutida também com o publicitário Nizan Guanaes, um dos acionistas da CDN. Recentemente, o único Noboa que esteve envolvido em escândalos foi o magnata equatoriano Álvaro Noboa, produtor de bananas, na América Central, que foi apontado como dono de uma conta secreta numa conta do HSBC na Suíça, com US$ 92,1 milhões. Questionado sobre o dinheiro, Noboa disse que esqueceu os recursos num hotel e que a quantia, usada para suas despesas pessoais na Suíça, foi depositada numa conta aberta por terceiros em seu nome.
Pernilongo Irritante
21/07/2015 13:13
Brasil, o país da gangorra.
A aprovação da Dilma cai e a inflação sobe.

Na foto Zuchi está segurando um papelinho.
Quem vai usá-lo, e em que banheiro?
Herculano
21/07/2015 12:42
PERGUNTAR NÃO OFENDE. MAS PARA QUE SERVE? JÁ FOI TESTADO? E A DRENAGEM? E A COMPORTA?

A comissão "Comunidade Unidos do Bela Vista" convida os moradores para participarem nesta quarta-feira, amanhã, dia 22 da prestação de contas da aquisição da moto bomba. Local Escola Arnoldo Agenor Zimmerman as 19:00 horas. A comprada bomba foi coordenada pelo vereador Giovânio Borges, PSD.
Herculano
21/07/2015 12:38
ELETROSUL: A CAPITULAÇÃO E O DEBOCHE, por Moacir Pereira, para o Diário Catarinense, da RBS Florianópolis

Está marcada para o dia 28 de julho, as 10h, a posse dos novos dirigentes da Eletrosul, com o ex-prefeito Djalma Berger, do PMDB, na presidência, e o ex-deputado Cláudio Vignatti, do PT, na Diretoria Financeira. Hoje, às 10 h, os novos diretores concedem entrevista coletiva na sede da estatal federal.

Capitulação

A posse de Djalma Berber na presidência da Eletrosul revela que a presidente Dilma Rousseff capitulou mais uma vez. Logo depois da reeleição, a presidente afirmou e repetiu aos principais assessores que não permitiria indicações politicas no sistema elétrico. Tirar o competente engenheiro Márcio Zimmermann para nomear o político Djalma Berger é um tiro na meritocracia e um deboche para com os técnicos da estatal e a população de Santa Catarina
Herculano
21/07/2015 12:34
A "INGUINORÂNÇA QUE ATRAPAIA O PROGRESSIO", OU PROPOSITADAMENTE ESTIMULA OUTROS ANALFABETOS PARA CONTINUAREM NA MANIPULAÇÃO DOS ESPERTOS POLÍTICOS

As 10.59, alguém que se escondeu como Sergyus Colpann, fez este questionamento. "Mas o quê que o município a ver com a segurança fo Belchior? Isto não é um dever do Estado? "

Às 6.09, sobre este assunto arrematei: "E o vereador do bairro, Jaime Kirchner, PMDB, vira e mexe, quer unir o problema de Blumenau, a Vila Nova Esperança, com o Belchior, numa ligação direta, ao invés de lutar junto ao governo do Estado, do qual é sócio, por mais policiamento na região".

Alguma dúvida de quem é a responsabilidade do policiamento e segurança no Belchior ou em qualquer lugar do estado? A reportagem ´que foi transmitida a pouco, também esclarece este assunto. Uma vergonha. São depoimentos. São histórias verdadeiras. E de pagadores de pesados impostos.

A prefeitura não tem culpa? Tem também. Não foi ela que aumentou o perímetro urbano, mas não articulou a infraestrutura para dar suporte a este novo status. E quer mais. A comunidade construiu uma base para os policiais. Fizeram festa, discursos, promessas. Discursos. E os policias nunca apareceram por lá. Viatura foi comprada a ronda. Mas, a Polícia Militar não aparece por lá.

Amanhã haverá uma reunião na PM de Gaspar para novamente debater este assunto. Preparem-se para ouvir as desculpas de sempre: falta efetivo. Os bandidos estão rindo e comemorando. Os pagadores de impostos acuados. Acorda, Gaspar!
Sergyus Colpann
21/07/2015 10:59
Herculano

Mas o quê que o município a ver com a segurança fo Belchior? Isto não é um dever do Estado?
Belchior Alto
21/07/2015 09:24
Quanto ao Morro do Belchior e não Serafim, além de faltar a pintura e a lateral também falta em algumas partes desse trecho a segunda camada asfáltica.
Mais uma coisa, o povo de Luiz Alves será o maior beneficiado, mas também muitas pessoas e empresas da região inclusive de Gaspar prestam serviços em Luiz Alves. Não desmereça a importância dessa obra. Quanto ao políticos citados e os outros tantos que nos representam, você pode falar o que quiser, porque se tem uma raça que perdeu o respeito da população foram os deputados estaduais e federais.
Para conhecimento: Morro do Serafim é chamado o que fica após a divisa de Gaspar com Luiz Alves, ou seja é do lado de Luiz Alves. Morro do Belchior é esse trecho que foi asfaltado e fica do lado de Gaspar.
Abraço
Arlete Figueiredo
21/07/2015 08:58
Agora ficou claro, porque o rapazinho não critica, não se opõe, não denuncia o PT. Interesse de ambos para continuar no poder. APARELHADO. Essa é a conclusão. O PSD é o queridinho do PT.

Herculano
21/07/2015 07:59
ASSALTADOS

Circula nas redes sociais. A comunidade do bairro Belchior participou na manhã desta segunda-feira, dia 20, de uma reportagem sobre os assaltos que estão acontecendo no local. O jornalista Alexandre José fez a matéria, que deve ir ao ar nesta terça-feira, dia 21, ao meio dia.
Herculano
21/07/2015 07:49
DISCO ARRANHADO, por Bernardo Mello Franco para o jorna Folha de S Paulo.

A cada vez que o calo da Lava Jato aperta, o senador Renan Calheiros abre fogo contra o governo. O script foi repetido na última sexta, em vídeo sobre a atuação do Senado no primeiro semestre.

Com a imagem desgastada pelo petrolão, o peemedebista voltou a investir na rejeição à presidente Dilma Rousseff. Reclamou da política econômica e descreveu o ajuste fiscal como "irracional" e "tacanho".

"Não tenho oráculo para profetizar o desfecho dessa crise, muito menos o tempo de sua duração. Mas estamos na escuridão, assistindo a um filme de terror sem fim", afirmou.

Em tom professoral, ele chamou o governo de "perdulário". "É preciso cortar. Cortar ministérios, cortar cargos comissionados, enxugar a máquina pública, fazer a reforma do Estado e ultrapassar, de uma vez por todas, essa prática superada da boquinha e do apadrinhamento", disse.

Seria um discurso elogiável, se o autor não estivesse sob investigação no Supremo por causa dos seus afilhados na Petrobras. O mais notório deles, Sérgio Machado, comandou a Transpetro por quase 12 anos.

Revelando um talento desconhecido para a meteorologia, Renan previu novas chuvas e trovoadas sobre o Planalto. "Não diria que será um agosto ou setembro negros, mas serão meses nebulosos", avisou.

Ao reclamar da Lava Jato, o senador disse ser alvo de acusações que se repetem como um "disco arranhado". É verdade, mas a culpa não está com quem o investiga.

Há um mês, o peemedebista virou réu por um escândalo que veio à tona em 2007, quando ele foi acusado de receber propina de um lobista da Mendes Júnior. Oito anos depois, Renan e a empreiteira se reencontraram no noticiário do petrolão.

O colecionador Fernando Collor está com saudade de seus carrões. Ele pediu ao Supremo a devolução da Lamborghini e da Ferrari que a PF apreendeu na Casa da Dinda.
Herculano
21/07/2015 07:47
TRÊS GRANDES ESPERTALHÕES, por Ricardo Noblat, de O Globo

Há mais coisas a aproximarem Lula, Fernando Collor e Eduardo Cunha do que possa supor a vã imaginação.

Primeira: são amorais. Não existe o certo e o errado para eles, existe o que lhes convém.

Segunda: amam o poder acima de tudo, da família, dos amigos, dos parceiros.

Terceira, e paremos por aqui: no momento, reclamam da Justiça como se fossem perseguidos por ela. Quem não os conheça que os compre!

Na última sexta-feira, Lula entrou com reclamação no Conselho Nacional do Ministério Público pedindo a suspensão de inquérito aberto contra ele pelo Ministério Público Federal. Conseguiu que o inquérito corra em segredo.

Lula é suspeito de tráfico de influência para favorecer aqui e lá fora a construtora Odebrecht, o maior cliente do BNDES, banco movido a dinheiro público.

A Odebrecht é também o maior cliente de Lula desde que ele deixou a presidência da República e se tornou lobista e palestrante de quem lhe pague, por vez, R$ 300 mil para falar bem de si mesmo e dos seus governos. Do governo de Dilma, não, porque ele está no "volume morto".

Lula continua um cara de pau. Disse outro dia: "Se tem um brasileiro indignado sou eu. Indignado com a corrupção."

Ainda na presidência, Lula não se constrangia em pedir favores às construtoras, hoje enroladas com a roubalheira na Petrobras. Desde favores pequenos do tipo o empréstimo de um helicóptero para transportar parte da comitiva dele, a favores milionários que o beneficiariam diretamente.

Foi assim que se tornou devedor de Léo Pinheiro, presidente da OAS, preso em novembro último.

Pinheiro não cobrou um tostão para terminar a construção de um apartamento tríplex de Lula no Guarujá (SP). Nem mesmo para reformar inteiramente o cinematográfico sítio que Lula e a família frequentam em Atibaia (SP).

Amigos de Lula o defendem com a desculpa de que ele procede como ex-presidentes dos Estados Unidos que ganham a vida na condição de lobistas e palestrantes.

É fato que ganham. Com algumas diferenças. A menor: ex-presidentes americanos não escondem o lobby que fazem. Lula, sim.

A maior diferença: ex-presidentes americanos não podem ser candidato a mais nada. Lula pode. Que tal devolvermos ao poder um ex-lobista de empreiteiras que enriqueceu a serviço delas? Já pensaram? Não seria algo promíscuo? Ou deveras arriscado?

Perguntem a Collor o que ele acharia. Não perguntem. Seria perda de tempo. De adversário visceral de Lula, a quem derrotou na eleição de 1989, Collor passou a seu aliado ganhando em troca duas diretorias da BR Distribuidora, uma subsidiária da Petrobras.

Deu-se bem. Muito bem. Somente em dois contratos ali, embolsou R$ 23 milhões. Mais do que o valor de toda a sua fortuna declarada à Justiça.

Do alto da mais cara frota particular de carros importados de que se tem notícia no país, Collor miou em discurso no Senado: "Fui humilhado. O Poder Legislativo foi humilhado".

Queixava-se depois que seus endereços em Brasília haviam sido revistados por ordem do Supremo Tribunal Federal (STF). O falso caçador de marajás acabou caçado como o mais descarado e ambicioso deles.

Para competir com Collor e Lula em matéria de desfaçatez, somente Eduardo Cunha. Acusado de ter recebido 5 milhões de dólares de propina, Cunha rompeu com o governo que nada teve a ver com isso.

E bateu no Procurador Geral da República por lhe faltar coragem para bater no STF, que o investiga. Ameaça usar o cargo de presidente da Câmara para azucrinar Dilma. Com medo, blefa.

É outro, como Collor, cujo destino é rolar ladeira abaixo. (Ainda não estou certo do destino de Lula).

Cunha é um político provinciano, que só chegou aonde está porque ruiu a qualidade de nossos representantes no Congresso.

Serviu a interessados em derrubar o governo enquanto extraía vantagens do mesmo governo.

Em breve, quando virar réu em processo no STF, não servirá para mais nada.
Herculano
21/07/2015 07:14
ONDE O GOVERNO DO PT NOS METEU! OS EMPRESÁRIOS PERDERAM A COMPETITIVIDADE INTERNACIONAL. MENOS MERCADO. MENOS EMPREGO. MENOS GANHO. BRASIL JÁ PAGA TAXA DE JUROS DE PAÍS SEM GRAU DE INVESTIMENTO

Juros de dez anos brasileiros superam os da Rússia, país considerado de alto risco de calote. Para economista, credores do Brasil não querem "pôr fogo no inferno porque estão dentro dele"

Conteúdo do jornal Folha de S. Paulo. Texto de Toni Sciarreta. O Brasil ainda não perdeu o chamado grau de investimento, espécie de selo de bom pagador da dívida das agências de risco, mas os juros da dívida brasileira negociados no exterior já são compatíveis com o de países como a Rússia, considerada uma opção especulativa de aplicação por ter um alto risco de inadimplência.

Para um prazo de dez anos, os juros brasileiros negociados nesta segunda (20) estavam em 4,889% ao ano - acima dos 4,877% da Rússia, país com avaliação "Ba1" da Moody's, a primeira nota especulativa da agência.

Hoje, o Brasil tem avaliação "Baa2", a segunda nota do grau de investimento da Moody's (veja ao lado).

As taxas subiram nos últimos dias, mas estão abaixo dos 5,107% de 17 de março, logo após a série de protestos contra o governo Dilma.

A agência está concluindo a revisão da avaliação do país, cujo rating tem perspectiva negativa, sugerindo que deverá ser rebaixado para "Baa3" - nota da Turquia, que paga juros de 4,682% para a dívida de dez anos.

Mesmo se for rebaixado pela Moody's, no entanto, o Brasil seguirá com grau de investimento, porém, no primeiro degrau. Será a mesma posição que tem nas agências Standard & Poor's e Fitch.

O rebaixamento brasileiro pela Moody's é dado como certo pelos investidores.

A dúvida é se a agência vai manter a perspectiva negativa. Se isso ocorrer, será sinal da um possível novo rebaixamento e, dessa vez, perdendo o grau de investimento.

Nos negócios com CDS ("credit default swap", em inglês), um "seguro" para cobrir eventuais calotes, a situação do Brasil é um pouco melhor. O CDS de cinco anos está em 275 pontos, abaixo dos 314 da Rússia, mas acima de Turquia (217) e Índia (175).

O investidor que compra proteção para um título do Brasil de US$ 10 milhões paga US$ 275 mil por ano ao vendedor do CDS. Em julho de 2014, pagava US$ 140 mil.

FOGO NO INFERNO

Para Jason Vieira, economista da Infinity Asset, os juros brasileiros estão até bem-comportados diante da instabilidade política e das perspectivas de crescimento.

Um dos fatores é que muitos investidores têm títulos brasileiros, diferentemente do que ocorre com a Grécia e a Venezuela. "Não se deve colocar fogo no inferno quando se está dentro dele."

Segundo Zeina Latif, economista da XP Investimentos, a sustentabilidade da dívida pública em longo prazo continua ditando as incertezas. "Antes de se discutir a crise de confiança e a crise política, já se falava da piora do ambiente econômico devido à orientação equivocada da política econômica com estímulos excessivos."
Herculano
21/07/2015 07:06
DESPREZO PELAS INSTITUIÇÕES, por Ricardo Balthazar para o jornal Folha de S. Paulo

Sempre que se veem acuados pelo avanço da Operação Lava Jato, os petistas recorrem à mesma velha tática empregada por seus adversários para reagir às investigações: atiram contra as instituições que estão no seu encalço.

Quando o empresário Ricardo Pessoa apontou o dedo para o tesoureiro de sua campanha eleitoral, a presidente Dilma Rousseff sugeriu que os procuradores da Lava Jato agem como os militares que torturavam presos políticos para que entregassem seus companheiros na ditadura.

Na semana passada, quando um procurador do Distrito Federal decidiu investigar as suspeitas de que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva usou sua influência para favorecer empreiteiras no Brasil e no exterior, Lula foi ao Conselho Nacional do Ministério Público reclamar.

Acusado de receber US$ 5 milhões em propina do petrolão, o deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ) disse que os procuradores o perseguem e coagiram o lobista Julio Camargo a mentir para incriminá-lo. A tese de Cunha é que o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, prometeu entregar sua cabeça aos petistas para garantir o aval da presidente à renovação do seu mandato em agosto.

O que une os petistas e seus adversários nesses episódios é o desprezo pelas instituições que conduzem as investigações da Lava Jato. Esse comportamento contribui para tumultuar ainda mais o ambiente político, num momento em que todo mundo acusa o rival de golpista.

Na sexta-feira, enquanto Cunha declarava guerra ao governo em sua barricada na Câmara, o Palácio do Planalto reagia com uma nota elegante em que defendeu a harmonia entre os Poderes e proclamava sua "isenção" diante das investigações.

Para quem outro dia igualou procuradores e torturadores, foi um avanço. Será preciso esperar a próxima revelação da Lava Jato para saber se a mudança de tom foi sincera, ou se o novo discurso será abandonado quando se tornar inconveniente.
Herculano
21/07/2015 07:04
O JORNALISMO QUE DESINFORMA E DESRESPEITA O LEITOR

Está no Jornal e Santa Catarina, da RBS Blumenau.

O automóvel BMW 125 que caiu no rio Itajaí-Açu no Centro de Blumenau neste fim de semana deve começar a ser buscado nessa segunda-feira. A informação é do Gerente da Guarda de Trânsito de Blumenau, Sérgio Martineiz. O proprietário do veículo, ainda não identificado, teria contratado uma empresa particular para buscar o carro no rio.

[ Como assim? Se não foi identificado, como se sabe que ele teria contratado uma empresa particular de guincho? Esta é a dica certa para se chegar ao nome d proprietário ou motorista pois os dois podem ser diferentes]

Martineiz informou também que o laudo do acidente foi feito e, segundo o motorista, ele e o carona saíram nadando e fugiram do local pois estavam sofrendo de uma crise de hipotermia.

[Ai é para acabar. Perfeita aula de jornalismo que mata qualquer um de vergonha. Ora se o laudo foi feito, ele deve conter a identificação do veículo e então sabe-se quem é o proprietário. Se agora neste parágrafo, revela-se quem é o motorista, sabe-se o nome dele, mas o omite dos leitores. Se há laudo e personagens, a história está completa, mas ela continua um mistério. É por esta e outras que admiro o Carlos Tonet e eu quando chefe dele, não deixaria isto passar em branco sem um belo raspão].

Afinal a quem o Jornal de Santa Catarina está protegendo para sonegar informações essenciais aos seus leitores razão da sua existência como produto?
Herculano
21/07/2015 06:51
TERCEIRO TURNO, por Vera Magalhães, da coluna Painel, do jornal Folha de S. Paulo

Preocupada com a ofensiva do PSDB pela anulação das eleições nacionais do ano passado, Dilma Rousseff instituiu uma tropa de choque de advogados para defender a chapa presidencial formada por ela e pelo vice Michel Temer. O grupo assume o trabalho com a missão de evitar, junto à Justiça Eleitoral, a reversão do resultado das urnas e, ainda, de fazer um pente fino em busca de irregularidades nas contas do rival Aécio Neves (PSDB-MG), ainda não analisadas pelo TSE.

Ponta de lança
A banca será liderada por Flávio Caetano, coordenador jurídico da campanha de 2014. Ele deixou o Ministério da Justiça nesta segunda-feira para atuar exclusivamente no caso.

Em revista
Dilma ficou irritada ao saber, pela Folha, que o doleiro Alberto Youssef disse ao Tribunal Superior Eleitoral ter sido procurado por emissários de sua campanha. Havia, porém, um advogado da presidente acompanhando o depoimento.
Herculano
21/07/2015 06:48
TRISTE FIM DE LULA, O GAROTO LEVADO DAS EMPREITEIRAS, por Ricardo Noblat, de O Globo

Na eleição presidencial do ano passado, a campanha da presidente Dilma Rousseff e o PT bateram duro, muito duro na candidata Marina Silva (PSB) porque uma de suas amigas e conselheiras, Neca Setúbal, era um dos herdeiros do Banco Itaú. E daí? Pois é...

Em alguns sites chapa branca, Neca foi apresentada como "a bilionária que comanda a campanha de Marina". Em outros como "a fada madrinha de Marina". O que se pretendeu foi atingir a imagem de Marina de candidata de origem pobre e independente.

Pouco importava que Neca, especialista em Educação, tivesse assessorado Fernando Haddad quando ele se candidatou e se elegeu pelo PT prefeito de São Paulo. Naquela ocasião, o PT fez que não viu a condição econômica de Neca. Como se a condição a condenasse.

O PT, a começar por sua filiada mais ilustre, Dilma, subiu nos tamancos revoltado com a ligação que se faz de Lula com a construtora Odebrecht. Ontem, por sinal, o presidente da Odebrecht acabou indiciado por vários crimes - um deles o de corrupção.

Nos dois governos de Lula, a Odebrecht foi a construtora que mais tomou dinheiro público emprestado pelo BNDES. Foi também, com a ajuda de Lula, a que mais conseguiu bons negócios em outros países. A princípio, nada demais.

O que parece excessivo: ao deixar a presidência, Lula tornou-se palestrante preferencial da Odebrecht e lobista dela aqui dentro e lá fora, coisa que ele teima em negar. E isso é muito diferente do que fazem ex-presidentes americanos e ex-primeiros-ministros ingleses.

Porque Lula não é um ex-presidente qualquer. Depois de Dilma, ninguém é mais influente no governo dela do que Lula. Qualquer sugestão que ele faça tem tudo para ser aceita. E em outros países se sabe disso. Daí o tapete vermelho que lhe estendem.

Ex-presidentes americanos não podem concorrer a nenhum cargo público. Ex-presidente brasileiro pode. E Lula não esconde a ambição de suceder Dilma. De resto, é pouco crível que construtoras envolvidas aqui em corrupção se comportem muito bem lá fora.

A associação com gente mal comportada não recomenda Lula, não é mesmo? Imaginem se o Itaú tivesse reformado a casa de Marina no Acre sem lhe cobrar um tostão... A OAS reformou um tríplex de Lula e um sítio dele sem nada lhe cobrar. Pura bondade!

Marina está em paz no canto dela. Neca, também. Lula está sendo investigado por tráfico de influência. A condução da economia no segundo e malfadado governo Dilma segue nas mãos de um banqueiro, Joaquim Levy.
Herculano
21/07/2015 06:44
isto serve para Gaspar também. O mundo mudou. A competição também. E ela sempre traz melhoras e desafia os acomodados

REGULAR, NÃO PROIBIR, editorial do jornal Folha de S. Paulo

Não convém vetar aplicativos como o Uber; é melhor criar regras que disciplinem o serviço e estimulem a concorrência com o táxi

Não constitui surpresa nem novidade a controvérsia sobre os aplicativos que conectam motoristas autônomos a passageiros. Ao longo da história, sempre houve resistência corporativista diante de avanços tecnológicos capazes de modificar as relações estabelecidas num determinado mercado.

É precisamente esse o caso das "caronas pagas". Apresentando benefícios como tarifas mais baixas, preços definidos por antecipação ou carros melhores, o serviço ocupa fatias de um território que há pouco tempo parecia refratário à livre disputa comercial ?e o faz com inegável sucesso.

A empresa mais conhecida, Uber, começou a funcionar em 2010, em San Francisco (EUA). Cinco anos depois, chegou a 58 países e 320 cidades, com valor de mercado em torno de US$ 40 bilhões (em recente lista da revista norte-americana "Forbes", a Petrobras aparecia com US$ 44,4 bilhões).

Considerada a força da concorrência, a aguerrida reação dos taxistas era previsível. Em São Paulo, onde o aplicativo entrou em operação no ano passado, escavam-se trincheiras no Judiciário e no Legislativo ?as batalhas nas duas frentes permanecem sem desfecho.

Verdade que, por atuarem em um limbo normativo no Brasil, os motoristas autônomos não precisam cumprir as mesmas exigências que os taxistas, como dispor de um alvará e submeter-se às regras estabelecidas para o transporte público individual remunerado.

Daí decorre boa parte das vantagens competitivas apresentadas pelos aplicativos, embora os profissionais a eles vinculados não tenham descontos na compra do carro nem isenção do IPVA.

Resolver tais diferenças pelo veto à modalidade privada, porém, serviria apenas para reforçar a reserva de mercado para um serviço caro e, em muitas cidades, ineficiente.

O melhor caminho é regulamentar a atividade mediada por empresas como a Uber e criar mecanismos de equalização entre os serviços a fim de reforçar a concorrência.

A legislação brasileira está defasada. Datada de 2011, não leva em conta as possibilidades geradas por essa nova tecnologia.

Há muito espaço para melhorar. De acordo com um sindicato de São Paulo, o deficit de táxis na cidade monta a 12 mil carros (são cerca de 34 mil legalizados). Um dos sintomas é a venda ilegal de alvarás, cujo valor passa de R$ 100 mil.

Prefeitos e vereadores que se preocupam com a população não podem impedir a entrada de novos atores nesse palco. Devem, ao contrário, regulamentar as "caronas pagas", criando regras que aumentem a segurança do usuário e protejam seus interesses, entre os quais está a melhoria dos serviços.

Em plena revolução digital, os moradores da cidade não podem ser privados de um benefício apenas para que parte de uma categoria mantenha privilégios decorrentes da reserva de mercado
Herculano
21/07/2015 06:39
DUAS MANCHETES DO DIA QUE IRRITA O GOVERNO, OS LADRÕES E OS PAGADORES DE PESADOS IMPOSTOS DE QUEM TOMARAM O DINHEIRO NÃO MÃO GRANDE PARA POUCOS

A primeira. Juiz Sérgio Moro condena executivos de empreiteira por corrupção. Antiga cúpula da Camargo Corrêa pagou propina de R$ 50 mi, conclui Justiça. É a primeira condenação de executivos investigados na Lava Jato por desvios na Petrobras.

A segunda. Anotações sugerem que a poderosa empreiteira Odebrecht - que tem o seu arrogante presidente Marcelo peso - tentou deter avanço de investigação. Em notas encontradas pela PF, executivo fala em buscar coordenação com 'grupo de crise do governo'. Empresário menciona contatos com políticos e propõe 'higienizar apetrechos' de dois executivos sob suspeita.
Herculano
21/07/2015 06:33
É OU NÃO É UMA FRANQUIA NACIONAL DE SACANAGENS. É O DNA DESSA GENTE. NÃO TEM JEITO. SEMPRE ACHAM OS OUTROS, UN TOLOS

Veja esta notícia e reflita. O prefeito de São Paulo, o poste inventado por Luiz Inácio Lula da Silva, Fernando Haddad, PT, infla balanço de metas da Prefeitura de São Paulo. Gestão petista contabiliza etapas burocráticas no índice de desempenho. Entidade que idealizou plano de metas diz que município deveria incluir apenas as obras e ações entregues
Herculano
21/07/2015 06:28
ADVOGADOS ACHAM QUE SERÃO ALVOS DA LAVA JATO, por Cláudio Humberto, na coluna que publicou hoje nos jornais brasileiros.

Advogados de investigados na Lava Jato estão convencidos de que serão os próximos alvos de mandados de busca e apreensão e até de prisão. Acham que a força-tarefa tentará dificultar a defesa, colocando-os sob suspeita de cumplicidade. Consideram-se em desvantagem porque enfrentarão na Justiça os "advogados do Estado", do Ministério Público Federal, que atuam em parceria com a Polícia Federal.

Negociação

Chegaram à força-tarefa rumores de que alguns defensores de réus sob delação premiada estariam negociando a escolha dos delatados.

Recuos suspeitos

Desconfia-se na Lava Jato da atitude de réus sob delação premiada que corrigiram seus depoimentos, recuando de acusações já feitas.

Intimidação

A convocação da criminalista Beatriz Catta Preta para depor na CPI da Petrobras foi encarada pelos advogados como tentativa de intimidação.

Clientes ilustres

O ex-gerente Pedro Barusco e o lobista Julio Camargo foram dois dos clientes de Catta Preta que fizeram acordo de delação premiada.

EXECUTIVOS SÃO CONDENADOS, MAS DONOS ESCAPAM

O juiz Sergio Moro faz História, condenando executivos da Camargo Correa à prisão, mas os magnatas donos da empreiteira, que lucraram bilhões com negócios sujos, inclusive na Petrobras, escapam de fininho. Donos de empreiteiras enroladas cresceram na corrupção, multiplicaram o patrimônio e o lucro, mas não são incomodados na Lava Jato. Tampouco se aplicou neles o princípio do "domínio do fato".

Autorizados

Verdadeiros "parceiros" dos políticos que suas empresas financiam, os acionistas não desautorizaram executivos e se locupletaram do roubo.

Leniência = indecência

A influência dos acionistas das grandes empreiteiras explica a defesa enfática do governo Dilma dos indecorosos "acordos de leniência".

Elo mais fraco

À exceção de um ou outro, como Marcelo Odebrecht e Ricardo Pessoa (UTC), foram presos funcionários. Altos executivos, mas empregados.

Com fins lucrativos

As chamadas "entidades sem fins lucrativos", que são fundações, ONGs, partidos políticos, associações, sindicatos etc., arrancaram do governo Dilma, desde 2011, mais de R$ 30 bilhões. A média desse tipo de operação no governo Lula foi a metade: R$ 3,5 bilhões por ano.

Romero presidente

Líder de governo de sonho, que tira de letra abacaxis bem indigestos, e profundo conhecedor da Casa, Romero Jucá (PMDB-RR) é hoje o mais provável sucessor de Renan Calheiros na presidência do Senado.

Um desqualificado

Professores das universidades estaduais da Bahia estão parados há dois meses. Invadiram a secretaria de Educação. Inábil e politicamente desqualificado, o governador Rui Costa não recebe os grevistas.

Pelas costas

É bom Dilma não esperar apoio do PMDB agora que Eduardo Cunha rompeu com o governo. Que espere ainda menos dos peemedebistas Geddel Vieira Lima, Osmar Terra, Moreira Franco e Leonardo Picciani.

Mundo da lua

Líder do governo no Senado, Delcídio Amaral (PT-MS) não deve durar no cargo. Já trombou com dois senadores: Simone Tebet e Omaz Aziz. A dupla quer distância e servidores dizem que Delcídio é "líder inábil".

Lágrimas de crocodilo

Chorar em Brasília pode ter ajudado Cristina Kirchner: o maior opositor Mauricio Macri ganhou as eleições para a prefeitura de Buenos Aires, com o afilhado dele. Mas a vantagem não chegou a quatro por cento.

Xodó dos investidores

Levantamento coordenado pela CNI mostra que os países da Aliança do Pacífico (Chile, Peru, Colômbia e México) receberam o maior número de projetos de investimentos de multinacionais brasileiras: 43. O Mercosul é o segundo, com 25, seguido da União Europeia, com 23.

Terra indígena

A bancada ruralista no Congresso anda irritada com o governo Dilma. Dizem que o Ministério da Justiça tenta adiar a votação da Emenda que trata da indenização por terras desapropriadas para abrigar indígenas.

Pensando bem...
... a crise comprova: não há fundo de poço que não possa afundar ainda mais.
Herculano
21/07/2015 06:17
CRENTE NA LAJE, por Luiz Felipe Pondé, filósofo, para o jornal Folha de S. Paulo.

Digamos a verdade: a elite cultural não aprecia muito o povo. Dito de forma direta assim, parece uma insensibilidade perigosa em época de ofendidos por todos os lados.

A vida nunca foi tão fácil na maior parte do planeta Terra e nunca houve tanta gente chata e mimada reclamando de tudo. Não só a longevidade aumentou nos últimos anos, a chatice autoconfiante também.

O que é elite cultural? Basicamente, estudantes e professores universitários, escritores, jornalistas, publicitários, cientistas sociais, filósofos, teólogos, historiadores, cientistas, psicanalistas e psicólogos de diversos matizes, médicos, arquitetos, artistas, fotógrafos-artistas, atores e diretores de teatro, produtores culturais, cineastas, engenheiros (só aqueles casados com psicanalistas), advogados, grandes empresários e humoristas que se levam muito a sério.

Ou seja, gente que, para exercer sua função, deve estudar "mais um pouco" do que a maioria. Está bom como definição? Claro que posso reduzir essa definição, mas não quero ofender ninguém, pelo menos no tocante a esta definição.

E do outro lado desta definição, "o povo", com suas crenças, visões estreitas de mundo e sua laje. Seu banal senso comum sobre a vida. Intelectuais detestam senso comum de quem "crê na família" - só para dar um exemplo clichê, tá?

O povo é aquela entidade abstrata que, quando vota em quem achamos certo, cumpriu plenamente com sua soberania na democracia (e alguns até gozam quando falam frases do tipo "o povo decidiu!").

Mas quando o povo fala alguma coisa com a qual não concordamos, ai, ai, ai!. Então dizemos: "ignorantes, alienados, mal-educados, reacionários, crentes!".

Ou, como num ato de condescendência, sacamos a hipótese que serve para tudo: falta educação!!

Do contrário, eles seriam a favor do aborto, contra a diminuição da maioridade penal, seriam todos ateus (e se fossem religiosos, pelo menos, seriam budistas light, católicos "da libertação", que é gente como "nóis", ou do candomblé, que é religião de oprimido, então tudo bem).

E mais: seriam a favor dos gays e associados, não falariam frases idiotas como "vamos defender a família". Resumindo a ópera: pensariam como nós (assumindo que esse "nós" existe como unanimidade).

E aí vem o pesadelo: o Congresso tem muito crente! Esses reacionários vão tomar a Paulista de mim!

Nossa elite intelectual talvez descubra que tem gozado com a própria voz e com o próprio pensamento há muito tempo. E esqueceu que o mundo não cabe em nossos papos cabeça.

Falando para grupinhos que tomam vinho conosco e que dizem amém a tudo que afirmamos, esquecemos que a maioria das pessoas está preocupada é se Jesus está ou não do lado delas. Só de pensar numa coisa dessas, alguns coleguinhas querem vomitar. Não, o "povo" não cabe nos três ou quatro autores que temos cultuado.

O povo, se você não enche muito o saco dele, fica fazendo o que a elite quer que ele faça: trabalhar, gastar e concordar com o que ensinamos para eles.

Chega a ser hilária nossa ambivalência nisso: quando o povo faz algo que cabe em nossa concepção "progressista", o povo é soberano e devemos deixá-lo "falar" e decidir diretamente. Quando o povo sai com absurdos como votar num "Congresso crente", aí não vale.

Assumimos que se tiver professor suficiente que pensa como nós, o povo vai acordar e concordar com nossas pautas, que só cabem em nosso bolso.

Na América profunda a educação é bastante boa, e, no entanto, nessa mesma América profunda é que está o "Bible Belt", o cinturão bíblico dos mais religiosos. Logo, a conta não fecha.

Não é educação ruim (concordo, a nossa é ruim mesmo). É apenas o fato de que o povo não pensa como a elite cultural e intelectual (mais seleta ainda!) quer que ele pense. A elite fica nervosinha com isso.

Queremos que o povo tenha a educação que nós queremos, aquela que "esmagará a infâmia" - leia-se, a religião -, como dizia o iluminismo francês, responsável por nossa ignorância com relação ao "povo".

O Brasil é um país religioso. Bem-vindos ao Brasil que não cabe em nossas crenças
Herculano
21/07/2015 06:09
SEGURANÇA NO BELCHIOR

Moradores do Belchior, mostraram na TV Ric Record, de Blumenau, o que se esconde em Gaspar: a insegurança do povo de lá. Os assaltos aumentaram. A Polícia Militar daqui, em silêncio. Falta efetivo e à distância física contribui e facilita para os bandidos, que vem de Blumenau, a via mais rápida de acesso.

E o vereador do bairro, Jaime Kirchner, PMDB, vira e mexe, quer unir o problema de Blumenau, a Vila Nova Esperança, com o Belchior, numa ligação direta, ao invés de lutar junto ao governo do Estado, do qual é sócio, por mais policiamento na região.
Herculano
21/07/2015 06:04
QUEM DIRIA!

Estado terminal. Não foi capaz de suportar a concorrência organizada e empresarial do privatizado de Navegantes. Coisa feita por políticos, por governo e gente que não entende do riscado, mas sempre encontra uma boquinha, sempre dá nisso. O colunista Cláudio Prisco Paraíso, do A Notícia, da RBS de Joinville, informa.

O Porto de Itajaí está na ordem do dia, em Brasília. Há uma verdadeira cruzada na Capital para tentar salvar o terminal, à beira da falência. A APM Terminals, que administra o complexo, estaria disposta a investir R$ 165 milhões para a modernização. Mas o investimento depende da autorização do TCU (Tribunal de Contas da União) para que o contrato de arrendamento possa ser prorrogado. Hoje é de apenas oito anos.

Volto. Quando na década de 1990, a Ceval, de Gaspar, implantou o seu piooneiro terminal frigorífico da Braskarne - dentro da nova legislação da privatização parcial dos portos -, o porto se revelou já naquela época improdutivo, incapaz de ser competitivo e se lançar à modernização.

Preferiu combater e fechar a barra do Rio para preservar as boquinhas, impedir a entrada de navios para chamar a atenção para novo, e os trabalhadores organizados resolveram fazer uma greve nacional, enquanto as regras no porto privado - protegida por uma nova legislação - não fossem mudadas para o ócio do porto público, como terno de oito pessoas, a autonomia para indicar trabalhadores sem condições e vontade para trabalhar, cumprir horários flexíveis, diminutos e um monte de impeditivos e custos, que só uma guilda organizada a partir do Império era capaz de ter como privilégios nos sindicatos organizados cheios de vícios, manhas e protetores.

O resultado está chegando a contas gotas depois de décadas e no outro lado do Rio. Quem perde? A sociedade e a cidade.
Herculano
21/07/2015 05:47
DILMA INAUGURA SUA FASE DE ENGOLIORA DE SAPOS, por Josias de Souza

Submetida desde o ano passado aos rigores da dieta criada pelo médico argentino Maximo Ravenna, Dilma Rousseff teve de introduzir uma novidade no seu cardápio. Engoliu todos os sapos que Eduardo Cunha e Renan Calheiros lhe atravessaram na garganta nos últimos dias. Fez isso por absoluta necessidade, sem esboçar indigestão.

Em reunião com o núcleo de coordenação política do governo, Dilma combinou com ministros e líderes no Congresso que o governo reagirá aos ataques dos presidentes da Câmara e do Senado com humildade e moderação. Ou seja: estava completamente fora de si.

Noutros tempos, o rompimento de Cunha e as críticas de Renan à política econômica fariam Dilma entrar em erupção. Hoje, fraca e impopular, a presidente não tem musculatura para comprar brigas. Faz política. Enquanto engole batráquios, tentará restaurar o sistema de cooptação parlamentar.

Destacado para falar aos repórteres, o ministro peemedebista Eliseu Padilha (Aviação Civil), que administra o balcão de cargos e verbas em nome do articulador e vice-presidente Michel Temer, martelou a tese segundo a qual o rompimento de Cunha é pessoal e qualificou Renan como um aliado do governo.

De Nova York, onde se encontra, Michel Temer chamou os tremores que distanciam o Congresso do Planalto de "crisezinha". Para compreender o otimismo do governo, deve-se comparar o segundo mandato de Dilma a um prédio de dez andares.

Ao reassumir a Presidência, há quase sete meses, Dilma escalou o topo. Em seguida despencou do décimo andar. No momento, está em queda livre entre o sétimo e o sexto andar. E o governo festeja: "Até aqui, tudo bem."
Herculano
21/07/2015 05:43
CENÁRIOS E PERSPECTIVAS DE UM DEBATE ANTECIPADO, por Upiara Boschi, para o Diário Catarinense, da RBS TV Florianópolis

Dizem que uma eleição começa quando termina a apuração da anterior. Essa regra tem se mostrado cada vez mais forte no mundo isolado da política, que se retroalimenta de suas intrigas e articulações durante meses a fio, visando a próxima disputa, as próximas composições. Essa condição gera fatos que só são fatos dentro do ambiente político, raramente chegando até o ponto de ônibus.

Nesse mundo particular, 2018 já começou em Santa Catarina, mesmo que o governador Raimundo Colombo (PSD) ainda tenha pouco mais de seis meses do segundo mandato que conquistou em outubro do ano passado. Pela lógica dos bastidores, está praticamente definido que os dois principais sócios da aliança governista, PSD e PMDB, estarão separados na próxima eleição. A morte do senador Luiz Henrique da Silveira, em maio, deu fim ao principal fiador de uma aliança que se mostrou imbatível eleitoralmente e que deve se encerrar por diversos fatores - da falta de apaziguadores à ausência de nomes peemedebistas ou pessedistas que surjam como favoritos em uma disputa estadual. Há também certa incompatibilidade de gênios que sempre existiu, mas que parece ter se tornado pouco suportável. É um fim de relação.

Nesse contexto, o PSD tem Gelson Merisio, João Rodrigues, João Paulo Kleinübing, Milton Hobus e Antonio Gavazzoni sonhando com a sucessão de Colombo. No PMDB, Dário Berger, Mauro Mariani e Eduardo Pinho Moreira selaram o acordo de focar nas eleições municipais e depois partir para a disputa interna pela vaga.

Periféricos no Estado, tucanos e petistas vivem o desafio de quem quer ser protagonista. Em comum, divisões internas. O PSDB certamente teria em Paulo Bauer um nome lembrando pelos eleitores, pelas disputas majoritárias de 2010 e 2014, mas falta ao senador o trânsito no próprio partido - como explicitado pela derrota na disputa pelo comando da sigla para o deputado estadual Marcos Vieira. O PT tenta montar um projeto atrelado ao PMDB, que depende do sucesso de Dário ou Mariani como candidato ao governo. Ainda com força nos municípios, o PP tem lançado sem nome mais forte, o ex-governador e deputado federal Esperidião Amin, como forma de se posicionar melhor no tabuleiro eleitoral.

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