Por Herculano Domício - Jornal Cruzeiro do Vale

Por Herculano Domício

25/08/2015

ENGANA QUE EU GOSTO I
Quando os políticos vão mudar? Inclusive os que se dizem novos ou diferentes na política? Em Gaspar, há mais de um ano das eleições e parece que elas serão ainda este mês, está havendo uma disputa nas redes sociais dos pretensos candidatos à prefeitura daqui. É a de quem posta mais fotos com figurinhas carimbadas. Elas têm como objetivo dois resultados: demarcar falsamente territórios e dar a sensação de que está havendo apoio implícito pelos fotografados. Eles são pegos no embalo emocional do registro do evento pelas facilidade dos celulares de cada um. Por curiosidade, consultei um deles.

ENGANA QUE EU GOSTO II
?Os políticos até agora só me fizeram perder tempo, dinheiro e esperanças; provaram que eu era um sonhador e que este negócio de política é para gente bem diferente do que penso e ajo. Ainda bem, pois não vão tirar o meu sono e à disposição que tenho de viver bem sem eles?.

ENGANA QUE EU GOSTO III
Esta disputa seria sadia e renovadora se os pretensos pré-candidatos, inclusive aqueles iôs-iôs, tivessem claro o discurso para a distinta plateia daquilo que vão fazer de diferente se eleitos ou do que apontam como errado por aqui. Sim, porque se está bom, não há razão para mudar. E se está errado, é preciso apontar, confrontar e dizer com toda a clareza como se quer fazer certo. Quais são os planos? Por que querem mudar? Com quem vão mudar? E mais, se realmente possuem capacidade de mudar, com currículos realizadores.

ENGANA QUE EU GOSTO IV
Ora, pré-candidatos que não conseguem sequer contestar o que está ai na praça ? parte da bancada do PMDB que possui pré-candidato apoia de forma clara a administração do PT, assim como a do PSD, ? a princípio não possuem legitimidade para querer mudar. Pior. É ver alinhamentos com um ou com outro sem saber as mudanças pregadas. Parece um Fla x Flu. Vale a emoção, o momento. Deixa-se a razão de lado e a discussão do futuro da comunidade. Isto é ruim demais. Entre as muitas imagens que recebi de internautas, selecionei duas. Uma mostra o staff do PMDB de Kleber Edson Wan Dall com a família do ex-prefeito Francisco Hostins, PDC, e a outra o staff do PSD de Marcelo de Souza Brick, com o ex-executivo da Bunge Alimentos, Sérgio Roberto Waldrich. A eleição não será neste outubro, mas do ano que vem. Até lá, os cenários mudarão. Acorda, Gaspar!

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E A PONTE DO VALE I?
O PT de Gaspar é igualzinho ao nacional. É uma franquia de moer. Nada se pode questionar ou se esclarecer. O esquema se arma para constranger, humilhar, desafiar, prejudicar, censurar, intimidar e amedrontar. Tudo para prevalecer a propaganda enganosa, o discurso, o poder e se esconder o que deveria ser público e transparente. O vereador Marcelo de Souza Brick, PSD, na sessão de terça-feira, entrou com o requerimento, o 138, pedindo respostas ao prefeito Pedro Celso Zuchi, PT. Básico. Inocente. Óbvio. Algumas respostas informais já dei aqui, há muito, e várias vezes, à cidade, aos leitores e às leitoras.

E A PONTE DO VALE II?
O que pede o vereador no requerimento que fez e aprovou?  ?A cópia, na íntegra, do contrato firmado com a Construtora Aterpa M.Martins S/A; a cópia do Termo Aditivo nº. 1 ao Contrato SAF 44/2012; a planilha de custos apresentada na proposta da empresa; em consulta ao Portal Transparência do Governo Federal, verifica-se que situação do Convênio nº.787188 está aguardando prestação de contas. Essa prestação de contas foi feita?; encaminhar cópia da prestação de contas; caso não tenha sido feita, justificar o motivo?.

E A PONTE DO VALE III?
Pronto, o vereador está a um passo de desvendar mais uma mentira. E como ele, está em campanha, foi à rádio promover o seu angu. Para que? O próprio Zuchi resolveu ir à rádio desqualificar o vereador, ao invés de responder o que ele questiona. Evitou por um ponto final nesse assunto e calar a boca do vereador. No fundo, Brick está colhendo o que plantou. Almofadinha, sempre preferiu ficar em cima do muro e lidar com flores, para não atiçar e ter que enfrentar verdadeiramente o PT, o destruidor de reputações, o fissurado pelo poder a qualquer preço, incluindo a propaganda enganosa.

E A PONTE DO VALE IV?
Então, vou praticamente repetir o comentário na sexta-feira que fiz na coluna da internet, a mais acessada. Quem são os culpados por esta situação onde nem expressar opinião podemos mais ou um vereador no papel constitucional, pedir esclarecimentos em nome da comunidade e de seus eleitores para cuja finalidade foi eleito? Por que acreditamos em políticos que jogam e nos manipulam aos seus interesses? Um, entre muitos exemplos. O prefeito Pedro Celso Zuchi, PT, foi à Rádio 89.7, e culpou o PSD de Marcelo de Souza Brick, de Raimundo Colombo e de Gilberto Kassab, ministro das Cidades e presidente nacional do partido pelo atraso e falta de perspectivas de recomeçar as obras da ponte do Vale.

E A PONTE DO VALE V?
Zuchi e outros políticos daqui e alhures, vão às rádios. Não são perguntados sobre as incoerências anteriores. Falam e jogam com a falta de memória dos cidadãos comuns. Fica-se por isto mesmo. Eles podem até estar no papel deles. Mas quem deveria reagir, enfrentar, esclarecer é frouxo, não faz papel que lhe cabe; e ainda diz ser oposição por aqui (talvez a única exceção seja a vereadora Andreia Symone Zimmermann Nagel, DEM, e por isso é duramente perseguida). A dita oposição fica caladinha, e se reage, faz isto com cuidados, não confronta, não desmascara. Quer a prova? A Câmara o PT tem apenas quatro de 13 vereadores, mas quase sempre tem vantagem.

E A PONTE DO VALE VI?
A culpa pelo não término da ponte do Vale não é do PSD como quer Zuchi. É claramente do PT de Zuchi, de José Amarildo Rampelotti, Antônio Carlos Dalsochio, Daniel Reis, Hamilton Graff, Décio Neri e Ana Paula Lima que mandam aqui, Ideli Salvatti, Luiz Inácio Lula da Silva, Dilma Vana Rousseff que avalizaram a obra. Afinal quem é que manda no governo de Brasília? O PT ou o pendurado PSD? Quem quebrou o Brasil? O PT ou o PSD, ou ambos, por serem sócios deste desastre? Quem anunciou a obra e fez a festa por aqui sozinho várias vezes como o pai e mãe do que agora se tornou uma encrenca? Foi o PT ou o PSD? Quem prometeu recomeçar a obra em julho depois de uma vez mais viajar a Brasília para resolver este assunto entre muitas, foi Zuchi, ou Marcelo, ou Colombo, ou Kassab ? que ao se encontrar com Zuchi aqui recentemente - demonstrou não saber de nada?

E A PONTE DO VALE VII?
Outra, por que na sua incoerente entrevista, o prefeito Zuchi poupou o PP de José Hilário Melato, de João Alberto Pizzollatti Junior, o que influenciava verdadeiramente no ministério das Cidades, e cuja verba se anunciava como liberada, mas sumiu e se explicou mais tarde que foi parar outro lugar (qual mesmo)? Resposta: porque Melato faz parte do time de Zuchi e do PT. Outra. Esta promessa não cumprida na eleição passada foi a ajudou Zuchi da campanha. Ajudou Dilma. Talvez, por falta de memória do povo isto seja coisa do passado...

E A PONTE DO VALE VIII?
Pior. A verba não se libera para pagar o que está atrasado porque ela não existe. Isto explicável. Na verdade, além dela estar cortada diante da crise econômica criada pelo PT que desgoverna o Brasil, ela também não chega por aqui porque, vejam só, porque pode estar faltando a prestação de contas de parte do que já se liberou. E foi isto que incomodou Zuchi e sua turma. Então Zuchi prefere desmoralizar o vereador e colocar a culpa no PSD ao invés de esclarecer este assunto de uma vez para a cidade e os cidadãos. Coisas da burocracia? Hum!

E A PONTE DO VALE IX
Concluindo. Marcelo não é culpado pelo que acusa Zuchi, nem o PSD, mas ambos o são na medida que não enfrentam e desmascaram estas situações de forma direta, consistente e sistematicamente. Ele espera que outros como Andreia e também os colunistas sem rabo preso, façam no lugar dele, para apenas usufruir de tudo nas eleições do ano que vem. A cidade já percebeu a manobra. O PT também. Acorda, Gaspar!

 

TRAPICHE

Aquela audiência da Mobilidade Urbana foi um circo. Voltarei ao tema na coluna de sexta-feira.

De um leitor da coluna ao ler a notícia de que a obra da pavimentação do Morro Serafim, na divisa do Belchior Alto e Luiz Alves, ficará pronta em setembro: ?se para asfaltar 2,8 quilômetros levaram quase dois anos, imaginem o Anel de Contorno com 22 Km?

Alívio. O Tribunal de Contas do Estado julgou regular os ?atos de gestão do exercício de 2007, do Serviço Autônomo Municipal de Água e Esgoto de Gaspar ? Samae, dando quitação  Luiz Carlos Spengler,  de acordo com o relatório e parecer emitidos nos autos. Foi na gestão do ex-prefeito Adilson Luiz Schmitt.

Depois de enrolar e muita entrevista sobre o assunto, Gaspar vai ter uma comissão multidisciplinar para desenvolver soluções técnico-sanitárias no correto e legal controle populacional de cães e gatos.

Comissão Multidisciplinar é composta pelos seguintes membros: Luiz Carlos Venske, Diretor em Vigilância e Saúde (presidente da comissão); Maurício Pamplona, Médico Veterinário; Eloíza Campregher Probst, Assistente Social; Rozângela Aparecida Alves Elias, Diretora Geral de Educação; Nilton Hening, Procurador Municipal; e Daniel Fernando Cardoso, Gerente de Meio Ambiente.

O vereador Jaime Kirchner, PMDB, quer saber do prefeito Pedro Celso Zuchi, PT, informações detalhadas sobre a capacidade de endividamento do Município de Gaspar. Três observações: se houvesse um portal de transparência efetivo, este pedido nem precisaria ser feito; poderá ser tarde e a prefeitura não tem tido boa vontade nas respostas; o vereador precisará de um contador experiente na gestão pública para descobrir e se surpreender.

Está na coluna de Cláudio Prisco Paraíso. ?Lideranças do PSDB realizaram mais dois seminários regionais. Em Timbó, reuniram lideranças do Médio Vale do Itajaí, onde o prefeito Napoleão Bernardes confirmou publicamente o que já se sabia nos bastidores, avisando que buscará a reeleição em Blumenau. A cúpula também discursou, afirmando que os tucanos vão lançar candidatos a prefeito em Timbó, Indaial, Rodeio, Pomerode e Gaspar. A conferir!?. Gaspar? Quem?

Já que o presidente do Itaú quer que Dilma Vana Rousseff, PT, continue na presidência da República, o povo quer que Dilma na presidência do Itaú. Será que os acionistas topam?

Moacir Pereira escreveu. O PP entra em nova fase. Com a morte do senador Luiz Henrique da Silveira, PMDB, Amin [Esperidião e novo presidente do partido em Santa Catarina] desponta com a principal liderança estadual e o político com maior número de mandatos populares. Terá, portanto, atuação relevante em 2016. Tem credenciais para disputar o governo em 2018 se o PP conseguir selar uma ampla coligação que conte com fortes aliados, no caso os que prestigiaram a Convenção. Se as negociações concluírem que o candidato ao governo deva ser o tucano Paulo Bauer ou o pessedista Gelsom Merísio, Amin tem cadeira cativa na chapa como candidato ao senado. As costuras entre PP, PSD, PSDB e PSB estão adiantadas.


Edição 1713
 

Comentários

Sempre Ilhota
27/08/2015 21:34
Caro Herculano,
Só para que todos vejam meu comentario da boa materia sobre ilhota:
"Caro aquieumoroaquieucuido, muito engraçado a resposta de vocês para meu comentário, eu faço um comentário com fundamento mostrando os links onde podem conferir a veracidade do que eu digo e oq vcs fazem? Inventam que eu trabalho na prefeitura, q devo estar ganhando muito dinheiro pra defender etc etc... por que? Porque é mais fácil falar por falar, difícil é comprovar. Mas tudo bem, apesar do meu pouco conhecimento na área publica, fui atrás de informações e dados para conferir, porque só com isso o que eu digo tem credibilidade, ao contrario do comentário de vcs, certo? Então, fui no diário oficial do município e achei o seguinte na publicação do dia 3/8/15, nesse link -> http://edicao.dom.sc.gov.br/1438624378_edicao_dom_1797.pdf pagina 221 ali tem os contratos e as informações que preciso para saber das ruas desse convenio, o que esta publicado ali é o seguinte, Rua Leoberto Leal R$ 475.190,31, Modesto Vargas R$ 239.512,61 e Ângelo Três R$ 582.581,95, sendo que já foi liberado R$ 569.400,01 como o comentário do aquieumoro mesmo disse, somando esses valores temos o total de R$ 1.866.684,88 certo? só calcular ai, se o convenio é de R$ 1.950.000,00 como que as obras custaram mais R$? Quem é o mentiroso agora hein?! Não preciso falar mais nada né! Nossa querida ilhota não precisa de pessoas como vocês que não contribuem em nada, se eu realmente amo meu município, não vou apenas criticar uma gestão pq não gosto do ciclano e do fulano, mas se eu acho um problema vou fazer uma critica construtiva, sempre querendo o bem da minha cidade, independente se eu gosto ou não do gestor ou de quem trabalha la, certo? Esse é o pensamento correto. Agora, se a prefeitura não faz, vcs vão criticar, se faz, vão dar um jeito pra criticar tbm, então não faz sentido nenhum, cadê o critério? Agora tem uma matéria boa e vcs mesmo assim criticam, totalmente sem noção, dessa forma da pra perceber que não adianta argüir com quem não esta nem ai pro município. Outra, eu como um cidadão que pago meus impostos, que tenho direito, não me importo como que é feito, como vai ser feito as obras, eu só pesquiso porque sou metido mesmo, mas o que pra mim, para meus amigos e familiares, o que realmente importa é ver a obra concluída e poder usufrui-la, e ponto final. "
Herculano
27/08/2015 20:43
TENTARAM MELAR, DESMORALIZAR E ARRUMAR UMA BRECHA PARA SE LIVRAR DAS PENAS E DA TIPIFICAÇÃO, MAS... STF REJEITAM ANULAR ACORDO DE DELAÇÃO DE YOUSSEF NA OPERAÇÃO LAVA JATO

Conteúdo do jornal Folha de S. Paulo. Texto de Márcio Falcão, da sucursal de Brasília. Por unanimidade, o STF (Supremo Tribunal Federal) rejeitou nesta quinta-feira (27) um pedido para anular a delação premiada do doleiro Alberto Youssef com o Ministério Público Federal.

Os ministros confirmaram a decisão do ministro Teori Zavascki, relator da Operação Lava Jato no tribunal, que homologou o acordo de delação, que determina benefícios e obrigações para o colaborador.

Youssef é apontado como um dos principais organizadores do esquema de desvio de recursos da Petrobras. Foi a partir dos depoimentos dele que o STF abriu a maioria dos inquéritos contra 35 congressistas suspeitos de ligação com os desvios da estatal.

O STF discutiu um recurso apresentado pela defesa de Erton Medeiros Fonseca, executivo da Galvão Engenharia, questionando o aval dado por Zavascki ao acordo de colaboração. A defesa do executivo argumentou que Youssef não teria credibilidade para fechar uma colaboração porque se tratava de um criminoso profissional e também por ter quebrado o cumprimento de uma delação fechada em outro caso, o do Banestado.

Nas delações premiadas, os acusados reconhecem participação nos crimes e comprometem-se a ajudar nas investigações em troca de benefícios como a redução de pena. O acordo precisa ser corroborado por provas.

Votaram pela rejeição do pedido os ministros Dias Toffoli, relator, Gilmar Mendes, Luiz Edson Fachin, Luiz Roberto Barroso, Rosa Weber, Luiz Fux, Cármen Lúcia, Marco Aurélio Mello, Celso de Mello e Ricardo Lewandowski. Como é alvo, Teori não participou do julgamento.

Os ministros não chegaram a analisar o teor dos depoimentos de Youssef ?trataram apenas da validade do acordo de delação. Eles reforçaram que as colaborações ou até a combinação de termos de colaboração não servem para sustentar uma condenação, sendo preciso provas que comprovem as declarações.

"Não se admite condenação penal quando a única prova resistir na prova de agente colaborar. Mesmo que se associem a outros depoimentos, não importa", disse o ministro Celso de Mello, chegado a afirmar que um "conluio de delinquentes" assaltou a Petrobras.

Para os ministros, a quebra de um acordo não impede que outro seja celebrado, caso o Ministério Público considera a participação relevante, porque ele não interfere no teor dos depoimentos dos colaboradores. Isso porque a homologação valida apenas o acordo que traz benefícios e obrigações para o delator, sem confirmar o teor das declarações.

"A delação não é homologada tão abstrata assim. É preciso ter uma dose de verossimilhança", disse Luiz Fux.

"[A delação permitiu] penetrar nesse grupo que se apoderou do aparelho do Estado, promovendo um assalto imoral, criminoso ao Erário e desviando criminosamente recursos que tinham outra destinação, a destinação socialmente necessária e aceitável", disse Celso de Mello.

"Os depoimentos desse agente como meio de obtenção de provas revelaram-se eficazes no afastamento desse véu que encobria esse conluio de delinquentes, que estão agora sofrendo a ação persecutória do Ministério Público", completou.

ANULAÇÃO

Lewandowski, presidente do STF, fez uma defesa de Zavascki afirmando que ele "não cometeu nenhuma ilegalidade, nenhum abuso de poder".

O ministro afirmou ainda que o fato de delações serem fechadas com delatores ainda preso não anula necessariamente a delação. Segundo o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, 30% das delações foram fechadas com pessoas ainda presas.

Lewandowski afirmou ainda que, como a colaboração tem natureza negocial ele pode ser rompido.

"A prisão por si só não vicia a vontade do delator. Eu penso que nada impede que o delator que comprove que sofreu algum constrangimento a comprometer a livre manifestação de sua vontade, com familiares ameaçados, acometidos por doença, esse ato por ter natureza negocial não subsistirá", disse.

Os ministros Dias Toffoli, Gilmar Mendes, Rosa Weber, também abordaram que a personalidade do delator não interfere nas delações, uma vez que as acusações ainda terão que ser comprovadas.

Fachin e Barroso ponderaram ainda que um acusado não pode questionar a colaboração fechada por outro, mesmo tendo sido citado nos depoimentos, porque ele não é parte do acordo, que trata dos benefícios e exigências.

Barroso colocou ainda que o descumprimento trouxe consequências para Youssef, como prisão preventiva, ações penais retomadas e até condenação pelo caso Banestado.
Herculano
27/08/2015 16:42
O BRASIL LADEIRA ABAIXO NO GOVERNO DO PT, PMDB, PP, PSD, PDT, PTB, PCdoB, PR, PRB... DÉFICIT PRIMÁRIO ACUMULADO DE 0,27% DO PIB NO ANO É O PIOR EM 18 ANOS

Conteúdo do jornal Folha de S. Paulo. Texto de Isabel Versiani, da sucursal de Brasília. Com as receitas em queda por causa da retração da atividade econômica e diante de um aumento do gasto com subsídios, o governo federal fechou o mês de julho com um deficit de R$ 7,2 bilhões em suas contas.

No ano, o saldo está negativo em R$ 9,1 bilhões, o equivalente a -0,27% do PIB. Foi o primeiro deficit primário para o período desde o início da série do Tesouro, em 1997.

De janeiro a julho, as receitas do governo federal caíram 3,7%, já descontado o efeito da inflação. No mesmo período, as despesas ficaram praticamente estáveis, com variação de 0,4%
O governo federal tem como meta fazer uma economia para o pagamento de juros de R$ 5,831 bilhões no ano.

Incluindo também o resultado de Estados e municípios, o objetivo é cumprir um superavit primário de R$ 8,747 bilhões, o equivalente a 0,15% do PIB.

SUBSÍDIOS

As despesas com subsídios mais do que triplicaram em 2015, em meio a um esforço do governo para colocar em dia despesas que foram postergadas nos anos anteriores depois que a prática foi questionada pelo TCU (Tribunal de Contas da União).

Em julho apenas, houve uma concentração de pagamentos no valor de R$ 7,2 bilhões, o que explica boa parte do deficit do mês.

No acumulado do ano, o gasto ficou em R$ R$ 18,8 bilhões, alta de 205% acima da inflação.
Herculano
27/08/2015 16:38
SE A MODA PEGA, MAIS GENTE VAI PERDER A BOQUINHA. SECRETÁRIO É EXONERADO APÓS "FESTINHA" EM GABINETE

O secretário de Obras de Camboriú, Jackson Genésio da Rosa, foi desligado da prefeitura depois que vazaram fotos em que aparece em uma suposta festa, com direito a cerveja e um bolo de dinheiro nas mãos, no gabinete da secretaria.

O ex-secretário teria dito à prefeita que as fotos foram uma brincadeira de seus amigos e que as fotos da "happy hour" foram tiradas fora do horário de expediente.

A prefeita Luzia Coppi Mathias, PSDB, ainda não anunciou quem será o substituto. Ela também rescindiu o contrato com o servidor José Augusto da Silva Madeira, que era operador de retroescavadeira e também aparece nas fotos.

Jackinho tinha se licenciado do cargo de vereador para assumir a secretaria de Obras. Conforme a assessoria da prefeitura, ele deve esperar um tempo antes de retornar para a Câmara.
Herculano
27/08/2015 15:27
TEM GENTE EM SANTA CATARINA TREMENDO. EX-DEPUTADO DO PP PRESO NA LAVA JATO DECIDE FAZER DELAÇÃO PREMIADA

Conteúdo do jornal Folha de S. Paulo. Texto de Flávio Ferreira, de São Paulo, e Estelita Hass Carazzai, de Curitiba

O ex-deputado federal e ex-presidente do PP (Partido Progressista) Pedro Corrêa, preso pela Operação Lava Jato, decidiu negociar um acordo de delação premiada com o Ministério Público Federal para colaborar com as investigações e obter redução de pena.

Se o objetivo de Corrêa for alcançado, ele será o primeiro político investigado por suspeita de envolvimento com o esquema de corrupção descoberto na Petrobras a se tornar delator.

Corrêa disse a pessoas próximas que está disposto a revelar uma extensa lista de crimes, que pode envolver dezenas de políticos e levar a Operação Lava Jato a novos ministérios e estatais.

Corrêa também promete oferecer aos procuradores da Lava Jato detalhes sobre as indicações políticas para cargos em órgãos do governo federal e a distribuição da propina do esquema a congressistas.

Condenado pelo STF (Supremo Tribunal Federal) por seu envolvimento com o mensalão em 2012, o ex-deputado tem dito que também poderia fazer revelações sobre o esquema, que distribuiu dinheiro a parlamentares em troca de apoio ao governo no Congresso no início do primeiro mandato do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (2003-2010).

Nesta quarta-feira (26), Corrêa prestou depoimento à Justiça Federal em um dos processos da Lava Jato e disse que seus familiares não têm qualquer envolvimento com os fatos investigados no caso.

Segundo o doleiro Alberto Youssef e o ex-diretor da Petrobras Paulo Roberto Costa, delatores da Lava Jato, Corrêa recebia pagamentos mensais do esquema e era um dos líderes do PP que decidiam como distribuir os recursos destinados ao partido.

Segundo Costa, ele recebeu R$ 5,3 milhões só na campanha eleitoral de 2010. Sua filha, a ex-deputada Aline Corrêa (PP-SP), também recebia pagamentos mensais do esquema, de acordo com Youssef.
Herculano
27/08/2015 13:37
JANOT ESTÁ LIVE PARA BATER EM CHICO E EM FRANCISCO, por Hélio Doyle

Treze senadores são investigados na Operação Lava-jato. A nomeação do procurador-geral, Rodrigo Janot, foi aprovada pelo Senado com 12 votos contra e uma abstenção. Ninguém sabe quem são, a não ser o autodeclarado Fernando Collor, pois nesses casos o voto das excelências continua secreto. O senador não tem satisfações a dar a seus eleitores sobre como o representa no Congresso, muito menos à população. Podem alegar que, pela Constituição, os senadores não representam o povo, representam as unidades federativas.

Janot agora, mais do que antes, está livre para exercer plenamente suas funções e bater em Chico e em Francisco. Não depende mais dos políticos para se manter na Procuradoria e a autoridade de sua função lhe permite agir com isenção e imparcialidade nas investigações que conduz. Não que não pudesse fazer isso antes, mas sempre fica no ar a dúvida.

A aprovação de autoridades públicas pelo Senado é uma medida, em princípio, positiva. Permite, em tese, que o parlamento participe das nomeações, equilibrando seu poder com o do Executivo. O presidente da República indica, mas só nomeia depois da aprovação do Senado, que submete os designados a uma sabatina. É o caso, entre outros, de ministros do Tribunal de Contas e dos tribunais superiores, de embaixadores e de dirigentes de agências reguladoras. Há modelos melhores, mas não dá para dizer que esse é totalmente ruim. Em tese.

O problema é que na prática a teoria é outra. E a prática é o critério da verdade. A realidade é que a boa intenção, de equilibrar os poderes, dá aos senadores mais poder para pressionar e até chantagear não só o governo como os próprios indicados, que dependem deles. Janot teve de se submeter apenas às ofensas do senador Collor e a algumas perguntas mal-intencionadas ou imbecis, pois nenhum senador além daquele que diz ter aquilo roxo teria coragem de enfrentá-lo nas atuais circunstâncias - a não ser no voto escondido.

Mas candidatos a ministro de tribunal e a outras funções que dependem do Senado passam apertado. Por uma tradição nociva e degradante, imposta pelos senadores, espera-se deles que eles sejam visitados, um a um, para pedir a bênção. Foi triste ver o último indicado para ministro do Supremo peregrinando pelo Senado com uma pastinha e a mulher ao lado, como um pedinte de votos. E, pior, rogando aos senadores que esquecessem o que já havia escrito e declarado. Indigno para quem está na mais alta Corte de Justiça do país.

Senadores impõem nomes ao governo para, em troca, aprovar nomes que o governo indica. Troca-troca mesmo: indica o meu que eu aprovo o seu. Senadores se aproveitam de sua prerrogativa de aprovar ou não para exigir nomeações, liberações de emendas e coisinhas mais para aprovar um indicado. Ou para fazer política partidária. O pior é que o governo cede, na maioria das vezes.

Suas excelências fazem barganha política com as funções públicas da mais alta relevância. Não há como justificar a indicação do genro do senador Eunício de Oliveira (PMDB), Ricardo Fenelon Junior, com menos de 28 anos e nenhuma experiência, para dirigir a agência reguladora da aviação. Foi aprovado rapidamente, em um dia. Mas um experiente técnico, um dos melhores especialistas no setor, Bernardo Figueiredo, foi rejeitado para a agência de transportes porque alguns senadores do PMDB e do PTB queriam pressionar o governo para conseguir algumas daquelas coisinhas sobre as quais não falam publicamente.

Bem fez outro renomado especialista em transportes que se negou a fazer o beija-mão aos senadores sob o argumento óbvio de que todos já o conheciam, pois até ministro já tinha sido. Alguns senadores foram reclamar ao governo e o quase indicado, Paulo Sérgio Passos, desistiu. O embaixador Guilherme Patriota teve sua indicação para representante na Organização dos Estados Americanos rejeitada porque senadores direitistas alegaram ser ele um "bolivariano". Na verdade, queriam mandar recado ao governo.

Sem falar nas sabatinas geralmente formais e cerimoniosas, nas quais boa parte dos senadores demonstra seu despreparo sem nenhum pudor e outros se limitam a bajular ou criticar os indicados, sem consistência. A maioria dos senadores, na verdade, não passaria numa sabatina de verdade.

Quando houver um governo que deixe de lado esse pragmatismo irresponsável e lesivo adotado em nome de uma falsa governabilidade, talvez os senadores se sintam intimidados e não insistam em seu jogo sujo. Quando a imprensa parar de tratar essas coisas como inerentes à vida política e não narrá-las como normais, talvez a população veja melhor o que acontece nos bastidores daquela que deveria ser, em tese, uma respeitável casa legislativa. Mas, na prática, não é mesmo.

Janot, felizmente para ele e para o país, passou pelos que acreditam mesmo serem os "pais da pátria".
Sidnei Luis Reinert
27/08/2015 12:18
Dilma, ainda estressada, avalia que risco de impeachment diminui muito após concessões aos políticos


Edição do Alerta Total ? www.alertatotal.net
Por Jorge Serrão - serrao@alertatotal.net

Apesar do estresse constante, do profundo desgaste de imagem e do insistente noticiário negativo sobre a crise econômica - que é estrutural no caso brasileiro -, a Presidenta Dilma Rousseff já trabalha com um cenário de que diminuiu, sensivelmente, o risco de ser submetida a um processo de impeachment. Embora, intimamente, saiba que não tem condições morais e credibilidade para continuar desgovernando o Brasil, Dilma constatou que, mais uma vez, a pressão política se reduz quando a União abre seus cofres para liberar emendas parlamentares ou para criar novos impostos que gerem renda para os quebrados estados e municípios (como o cotado retorno da CPMF). O velho "dando que se recebe" angaria a "permissiva tolerância" de governadores, prefeitos, senadores e deputados.

Dilma pode até continuar no poder, aos trancos e barrancos. Mas a maior crise nunca antes vista na História do Brasil (econômica, Política e moral) tem caráter estrutural. O modelo capimunista de Estado, cartorial, cartelizado, centralizador, sem transparência e sistemicamente corrupto, é o causador de todos os males - principalmente o que mantém no poder políticos tão eticamente desclassificados, despreparados para lidar com a coisa pública e sempre prontos para saquear ou desperdiçar, sem perdão, o dinheiro que os cidadãos são forçados a pagar em quase uma centena de impostos, taxas e "contribuições".

Os empregos são extintos. O desemprego aumenta. A qualificação da mão de obra, que continua ruim, joga as pessoas para a economia informal - agora, por causa da tecnologia fiscal, também taxada absurdamente. Neste cenário, os negócios diminuem drasticamente. O desemprego aumenta, o comércio não vende, prestadores de serviços deixam de atuar, recebem com atraso ou são caloteados. As famílias acabam pagando o pato, cada vez mais endividadas. Começam os perigosos atrasos de pagamento que evoluem para inadimplência ou até um calote definitivo.

As pessoas e empresas ficam com seus nomes negativados. Tornam-se "rotinas" o estouros dos cartões de crédito, do cheque especial ou dos empréstimos bancários (com juros escorchantes que só aumentam o lucros recordes dos bancos). A dificuldade de ganhar dinheiro (honestamente) gera atrasos em impostos, alugueis e até nas prestações da casa própria. O Brasil é vítima do escandaloso spread bancário ? diferença entre o custo de captação e a taxa efetivamente cobrada pelos bancos ao consumidor final - que já chega a 31,4%. O caos se completa com a deterioração do mercado de trabalho, o baixo crescimento econômico e a inflação (oficial) acima de 9% no acumulado em 12 meses. A perda do poder de compra real é muito maior.

Apesar desse cenário que gera o caos, com instabilidade psicológica do cidadão e descontentamento que evolui para a ira com o desgoverno, a classe política continua fazendo seus conchavos para permanecer no poder. O que se viu ontem nas quase dez horas de sabatina dos senadores com o Procurador Geral da República, Rodrigo Janot, foi absolutamente dantesco e vergonhoso. Depois de muito faz de conta, em ataques pessoais, o Senado referendou a permanência de Janot no cargo. Foram 59 votos a favor, 12 contra e uma abstenção. Tudo fica como dantes na procuradoria do abrantes... Janot, agora, vai mandar processar todos os políticos corruptos?!

Não adianta falso otimismo editorial de oposição ao desgoverno. Se depender da vontade da classe política, Dilma segue empurrando com a barriga que perdeu andando de bicicleta, nadando na piscina do Alvorada ou na dieta forçada por seus nutricionistas. O mandato, dificilmente, ela não perde. No entanto, é sempre bom lembrar que estamos em uma guerra institucional de todos contra todos, com o povão cada vez mais pt da vida.

A ira das massas, com o agravamento da crise, é a única ameaça concreta contra Dilma. Este risco persiste. Hoje, parece que Dilma continuará de pé. Amanhã... Sempre é outro dia...
Herculano
27/08/2015 11:46
CNI CLASSIFICA DE "ABSURDO" PROJETO DE VOLTA DA COBRANÇA DA CPMF

Conteúdo do jornal Folha de S.Paulo. Texto de Valdo Cruz, da sucursal de Brasília. O presidente da CNI (Confederação Nacional da Indústria), Robson Andrade, disse à Folha classificar de "um absurdo" o projeto do governo de ressuscitar a CPMF (o chamado imposto do cheque) para bancar o cumprimento da meta de superavit primário do próximo ano.

"É um absurdo, mais um imposto para a sociedade pagar, enquanto o caminho ideal seria o governo promover uma redução de gastos públicos para deixar a economia se recuperar", afirmou Robson Andrade ao tomar conhecimento da proposta do governo para fechar o Orçamento da União de 2016.

Andrade disse ainda que a CPMF é um "imposto de má qualidade", do qual o país havia ficado livre e, agora, "querem trazê-lo de volta num momento ruim da economia".

Em sua opinião, aumento de imposto vai tirar mais recursos do setor privado para bancar gastos públicos que deveriam estar sendo reduzidos.

Esta receita, segundo o presidente da CNI, é a pior possível num momento em que a economia brasileira está em recessão e precisando se recuperar. Para ele, a proposta vai levar a mais desaceleração econômica no país.

"Estamos totalmente na contramão do mundo. Enquanto outros países estão com juros baixos e reduzindo a carga tributária para impulsionar suas economias, aqui estamos vendo a cada dia uma nova proposta de aumento de imposto e a taxa de juros está nas alturas", reclamou o empresário.

A ideia de recriar a CPMF foi apresentada à presidente Dilma pela equipe econômica para garantir o cumprimento da meta de superavit primário de 0,7% do PIB (Produto Interno Bruto) em 2016.

Como o espaço para cortes de despesas está pequeno e há fortes resistências dentro do governo para aprofundar o bloqueio de gastos, assessores presidenciais consideram que o melhor caminho seria aprovar a volta da CPMF.

Para conquistar o apoio de governadores ao projeto, o governo estuda recriar a medida como imposto e não mais contribuição. Deste modo, os recursos seriam repartidos também com governadores e prefeitos, que também estão enfrentando dificuldades de caixa neste ano.

Extinta em 2007, durante a gestão Lula, a volta da CPMF foi descartada no primeiro semestre deste ano após o ministro da Saúde, Arthur Chioro, defender uma fonte adicional de recursos para financiar a saúde pública.

O Palácio do Planalto já trabalha em uma minuta de uma PEC (Proposta de Emenda à Constituição) prevendo a nova CPMF, a decisão final depende da presidente Dilma Rousseff
Herculano
27/08/2015 10:58
À FATA DO QUE FAZER, DILMA INVENTA DE REFORMAR O SEU GOVERNO. NÃO DARÁ CERTO, por Ricardo Noblat, de O Globo.

Quem pedia a Dilma uma reforma ministerial? Lula, não. Ele é contra uma reforma ministerial nas atuais circunstâncias. Acha que ela só trará desarranjos. Disputas entre partidos. E ao fim e ao cabo, insatisfação generalizada.

Michel Temer, o vice-presidente da República e presidente do PMDB, pensa como Lula. Seu partido deixou de acossar Dilma atrás de mais vagas no ministério. Parece conformado com o que tem. Por que despertar o apetite do PMDB?

O PT sempre quer mais vagas no ministério. Mas não pode reclamar das que tem - 11 vagas. É o partido com maior número de ministros. Seria até capaz de se sentir atraído por uma reforma se for para ocupar mais espaço. Para perder? Não tem graça.

Se perguntarem a Gilberto Kassab, ministro de Cidades, se o seu PSD daria conta de mais ministérios, logicamente ele responderá que sim. Mas não espera ganhar novos ministérios. É novo em Brasília. Prefere ir com calma. Jamais.

Carlos Lupi, presidente do PDT, não reivindica mais ministérios. Quer ter somente o prazer de trocar Manoel Dias, ministro do Trabalho e seu correligionário, por outro nome mais sensível aos pedidos dele, Lupi. E está de bom tamanho.

Dilma anunciou que extinguirá 10 dos 38 ministérios. O que conseguiu? Que seus aliados entrassem em pânico com medo de perder os que têm. Em pânico também deixou os 22 mil ocupantes de cargos de livre nomeação ao dizer que dispensará mil deles.

Procedeu assim para quê? Para ser louvada por uma mixaria de economia? Não será. Para recuperar alguns pontinhos de popularidade? Esqueça. Para ser apontada como incoerente já que há pouco tempo chamou reforma ministerial de "panaceia"?

Durante a campanha do ano passado, toda vez que Aécio Neves ou Marina Silva falava em enxugar o governo, Dilma provocava: ?Vão cortar o quê? O ministério da Igualdade Racial? O da Mulher? O dos Direitos Humanos"?

É razoável supor que nenhum desses será cortado por ela. E então? Cortará o das Relações Institucionais responsável pela coordenação política do governo? Tudo bem. Está vago. Não fará falta. E mais o quê? Acabará com o da Micro e Pequenas Empresas?

Desempregará Guilherme Afif Domingues, ministro a quem tanto considera e disso faz alarde? Sei. Adiante. Juntará os ministérios do Desenvolvimento Agrário com o da Agricultura? Faz sentido. Seria de fato recomendável.

Só que o da Agricultura representa o agronegócio. No outro está o Incra, um latifúndio do Movimento dos Trabalhadores Sem Terra. Quero ver no que daria tal mistura. E o Ministério da Pesca? Desempregará o ministro que é filho do senador Jáder Barbalho?

Turismo? Pode ser incorporado por algum ministério mais encorpado da área econômica. E o que será do ministro Henrique Eduardo Alves, ex-presidente da Câmara dos Deputados pelo PMDB, indicado para o cargo por Eduardo Cunha?

Quanto ao ministério do Gabinete de Segurança Institucional: Dilma detesta o general que o ocupa. Não despacha com ele por birra. Portanto... Portanto, nada. Os militares não gostarão de perder o ministério. O da Defesa já é comandado por um civil.

Estão tendo uma ideia da encrenca que Dilma arranjou para si? Como se ela não tivesse tantas outras encrencas para administrar.
Marcos
27/08/2015 10:47
Sergio Waldrich, homem inteligente e capaz, grande empreendedor, se o Marcelo pegar um pouquinho da seriedade e inteligencia dele, será um grande aprendizado.
Francisco Hostins, outro que dispensa comentários, sério, honesto e deu exemplo de como administrar uma prefeitura, se o Kleber pegar um pouco de conhecimento dele, do que é administrar sem ter rabo preso, será um grande feito.
Aos dois Marcelo e Kleber, só tenho a dizer que essas companhias só agregam, bastam saber utilizar, não como marketing pessoal, mas sim para fazer o que é certo.
Herculano
27/08/2015 10:39
RELAÇÕES DE ALCKMIN COM AÉCIO SE DETERIORAM, por Josias de Souza

Geraldo Alckmin e Aécio Neves tornaram-se um desentendimento esperando para acontecer no ninho do tucanato. Ambos ambicionam a vaga de candidato do PSDB à próxima sucessão presidencial. Imaginou-se que pegariam em lanças apenas depois das eleições municipais de 2016. Mas o ambiente interno do partido degrada-se prematuramente, bem antes do previsto.

Longe dos refletores, os partidários de Alckmin acusam Aécio de utilizar a presidência do PSDB para ajustar a estrutura partidária aos interesses do seu projeto político. Por exemplo: em Sergipe, a presidência do partido foi retirada de José Carlos Machado, vice-prefeito de Aracaju, para ser entregue a um advogado chamado Pedrinho Barreto, que acaba de trocar o PR pelo PSDB.

Por trás do destituído Machado estava o prefeito de Aracaju, João Alves (DEM), simpático às pretensões políticas de Alckmin. Na retaguarda de Pedrinho Barreto está o senador sergipano Eduardo Amorim, convidado por Aécio para trocar o PSC pelo PSDB, com o propósito de preparar a legenda para as eleições de 2016 e, sobretudo, de 2018.

Em privado, Alckmin queixou-se a integrantes do seu grupo da pouca visibilidade que teve nos últimos comerciais que o PSDB levou ao ar em rede nacional de rádio e tevê. Acha que Aécio dividiu a vitrine eletrônica de maneira desproporcional, autoconcedendo-se um espaço maior que o cedido a outros grão-tucanos.

O PSDB vive em dois universos. No oficial, os líderes tucanos jamais discutem. No paralelo, eles quase nem se falam. Quando conversam, se desentendem falando o mesmo idioma.
Roberto Basei
27/08/2015 09:29
De quem é o ONUS!

O ônus da prova é, pois, o encargo, atribuído a uma das partes, de demonstrar a existência ou inexistência daqueles fatos controvertidos no processo, necessários para o convencimento do juiz.

Leia mais: http://jus.com.br/artigos/19694/o-onus-da-prova-no-processo-civil-moderno#ixzz3k1AMBTEX
Herculano
27/08/2015 08:19
IVANZÃO PRECISA ARRUMR UM PERFIL PRÁ ELE, por Carlos Tonet

Presidente do PDT, Roberto da Luz, esteve agora na Nereu e colocou o próprio nome como postulante a prefeito no ano que vem.

Rodrigão Vieira perguntou sobre o Ivanzão.

Robertão disse que Ivan tem expressão, mas que qualquer filiado tem o direito de pleitear a vaga e que "precisa ter perfil".

Melhor o Ivan sair atrás de um perfil pra ele também...

Desapego

Luz disse ainda que toda a brigaçada com o Ivan Naatz foi esquecida em nome de um acordo "para beneficiar a cidade".

Que bonitinho.

Depois disse que o PDT é um partido republicano, que não quer cargos, e que, nas vezes em que esteve no governo, indicava apenas 12 cargos comissionados no máximo.

Que bonitinho.
Herculano
27/08/2015 07:54
PARA OS POLÍTICOS HÁ DINHEIRO. PARA OS DOENTES, NÃO.

O ministério da Saúde acaba de anunciar cortes no orçamento para custear mutirões de cirurgia em Santa Catarina. Eram de R$ 60 milhões. Agora são só R$ 5 milhões. E este é um governo popular
Herculano
27/08/2015 07:20
FORA, LEVY!, por Rodrigo Constantino, de Veja.

O ministro da Fazenda não é liberal nem aqui, nem na China, e sua presença no governo serve apenas para manchar a imagem do liberalismo

Dia desses, um amigo perguntou se Joaquim Levy é liberal. Evidentemente que não, como já demonstrei algumas vezes. Embora tenha estudado numa universidade (Chicago) de viés liberal, o valente está muito longe de ter assimilado os princípios e teorias liberais.

Porém, além de não ser liberal, Levy tem demonstrado ser também um mau economista. Por que digo isso? Deixemos que o grande Bastiat responda:

Na esfera econômica, um ato, um hábito, uma instituição, uma lei não geram somente um efeito, mas uma série de efeitos. Dentre esses, só o primeiro é imediato. Manifesta-se simultaneamente com a sua causa. É visível. Os outros só aparecem depois e não são visíveis. Podemo-nos dar por felizes se conseguirmos prevê-los.

Entre um bom e um mau economista existe uma diferença: um se detém no efeito que se vê; o outro leva em conta tanto o efeito que se vê quanto aqueles que se devem prever.

E essa diferença é enorme, pois o que acontece quase sempre é que, quando a consequência imediata é favorável, as consequências posteriores são funestas e vice-versa. Daí se conclui que o mau economista, ao perseguir um pequeno benefício no presente, está gerando um grande mal no futuro. Já o verdadeiro bom economista, ao perseguir um grande benefício no futuro, corre o risco de provocar um pequeno mal no presente.

De resto, o mesmo acontece no campo da saúde e da moral. Frequentemente, quanto mais doce for o primeiro fruto de um hábito, tanto mais amargos serão os outros. Testemunham isso, por exemplo, o vício, a preguiça, a prodigalidade. Assim, quando um homem é atingido pelo efeito do que se vê e ainda não aprendeu a discernir os efeitos que não se veem, ele se entrega a hábitos maus, não somente por inclinação, mas por uma atitude deliberada.

Assim como o atual governo Dilma Rousseff só tem um projeto, que é tentar evitar o impeachment e esticar o mandato até o fim, Joaquim Levy é um homem obcecado por uma única meta (de curto prazo): manter a todo custo o famigerado grau de investimento do país, homologado pelas três mais importantes agências de risco: Moodys, Standard & Poors e Fitch. Para tanto, elas exigem que o governo equilibre suas contas e, de preferência, obtenha um pequeno superávit primário. Pelo visto, isso é tudo que o indigitado economista enxerga e se propõe a fazer, não importam as conseqüências futuras.

Ora, como reduzir os gastos do governo não é tarefa fácil ? nem aqui nem em qualquer outro lugar do planeta -, já que a tendência inerente e natural de todo Estado é sempre agigantar-se, Levy escolheu o caminho mais fácil/cômodo e tem focado praticamente todas as suas energias na tentativa tresloucada de aumentar as receitas, ainda que num ano particularmente ruim, com uma recessão prevista na casa dos 2%.

Depois de ter obtido, no Congresso, a aprovação do projeto de reoneração da folha de pagamento, medida que afeta principalmente as empresas intensivas de mão de obra, justamente num período de aumento contínuo das taxas de desemprego, Levy pretende agora alterar as alíquotas e a forma de cobrança do PIS/COFINS.

Para enganar os incautos, o ministro alega que o projeto faz parte da política de simplificação tributária. Balela! A troca do sistema cumulativo, com alíquota de 3,65% sobre a receita bruta, para o não cumulativo, no qual se descontam certos insumos da base de cálculo (materiais e serviços de terceiros), porém com uma alíquota de 9,25%, além de onerar sobremaneira as empresas, também complica muito o cálculo e a burocracia necessários para o cumprimento daquela obrigação. Quem diz isso não sou apenas eu, mas gente que entende do riscado:

Segundo o Instituto Brasileiro de Planejamento Tributário (IBPT), ?ao mudar a alíquota do PIS/Cofins para 9,25%, a tributação no setor de serviços se tornará insuportável, podendo causar o fechamento de milhares de empresas e de postos de trabalho. ?Adicionalmente, ao invés da propalada simplificação, o fim do regime de cumulatividade ampliará ainda mais a complexidade e os custos da asfixiante burocracia brasileira?.

Em resumo, para tentar alcançar um objetivo de curto prazo (a manutenção do Investment Grade), o mau economista Joaquim Levy está comprometendo de forma irreversível a saúde econômica de longo prazo do país, pois (como qualquer bom economista liberal saberia) aumentos da carga tributária dificilmente serão revertidos no futuro, o quê contribuirá para reduzir ainda mais a nossa taxa de poupança e, consequentemente, de investimento. Some-se a isso os nossos já baixíssimos níveis de competitividade e produtividade e um futuro sombrio se agiganta no horizonte.
Herculano
27/08/2015 07:07
BOLSA-PESCADOR CUSTOU R$ 8,3 BILHÕES DESDE 2011, por Cláudio Humberto na coluna que publicou hoje nos jornais brasileiros

Forte candidato a extinção na reforma ministerial da crise, o Ministério da Pesca e Aquicultura tem cadastrados quase 1,2 milhão de pescadores artesanais que já receberam mais de R$ 8,3 bilhões desde 2011. O curioso é que em 2003 eram 230 mil pescadores no Brasil, em 2009 o número já havia pulado para 730 mil, volume que quase dobrou nos últimos seis anos. Mas a produção da pesca tem tendência a cair.

Retroativo

A Transparência do governo mostra pescadores que receberam, em 2013, dinheiro relativo ao período do defeso observado em 1999.

E a produção, ó

Em 2013, o Brasil produziu 2 milhões de toneladas de peixe, com o crescimento da produção estagnado e dependente da aquicultura.

Muito estranho

Alvo de fraudes constantes, o MPA chamou 24 mil beneficiários para recadastramento só no Maranhão, estado do ministro Helder Barbalho.

Margem para fraude

Nos extremos, há pescadores que receberam R$ 30 mil desde 2011 e outros tiveram que restituir mais de R$ 10 mil recebidos indevidamente.

PARTIDOS EVITAM PEDIR AFASTAMENTO DE CUNHA

Por ora, Eduardo Cunha (PMDB-RJ) pode respirar aliviado. Ao menos sete partidos declinam da ideia de oficializar o pedido de afastamento dele da Presidência da Câmara dos Deputados. A orientação é esperar o Supremo Tribunal Federal decidir se aceita ou não a denúncia oferecida pelo procurador-geral da República, Rodrigo Janot. Cunha é acusado de corrupção e lavagem de dinheiro no âmbito da Lava Jato.

Motivo escuso

PSDB, DEM, SD e PSC estão fechados com Cunha. A oposição conta com o deputado para manter o "sangramento" do governo Dilma.

Segura a onda

O PDT se reuniu nesta terça para deliberar sobre o assunto. Rachado, o partido ainda não deve formalizar apoio pelo afastamento.

Cortou o barato

Nem o PT vai oficializar nada antes de o STF se pronunciar. A ordem veio de Lula e foi repassada pelo presidente do partido, Rui Falcão.

Sem crise

O deputado Lúcio Vieira Lima (PMDB-BA) afirma que o impeachment de Dilma retirou os restaurantes de Brasília da crise econômica. "Nunca os deputados e senadores se reuniram tanto para conspirar", ironiza.

Choro

Na Comissão Mista de Orçamento, o deputado Hildo Rocha (PMDB-MA) arrancou risadas ao oferecer lenço para a presidente do colegiado, Rose de Freitas (PMDB-ES): "(Porque) a senhora chora demais".

Filme queimado

A presidente Dilma escolheu a dedo quem não iria anunciar o corte na Esplanada. O ministro Aloizio Mercadante (Casa Civil) pulou fora: ele já é detestado o bastante para ter que dar a (má) notícia aos aliados.

O Breve

Cotado para ser demitido na reforma, o ministro Henrique Alves (Turismo) foi apelidado na Esplanada de "prefeito de Natal": ele vive na capital potiguar distribuindo ações e benesses com ajuda do ministério.

Investimentos no País

John Pierson e John Lopes, diretores da Lockheed Martin, maior empresa de defesa e inovação do mundo, confirmaram investimentos no Brasil aos ministros Armando Monteiro (Desenvolvimento) e Jaques Wagner (Defesa), incluindo um centro de tecnologia em Pernambuco.

Pela metade

O PDT do Senado está rachado: Acir Gurgacz (PR), Telmário Mota (RR) e Zezé Perrella (MG) sempre votam com o Planalto. Reguffe (DF), Cristovam Buarque (DF) e Lasier Martins (RS) são contra o governo.

Discurso desafinado

Contradizendo o vice-presidente Michel Temer, José Guimarães (PT-CE), líder do governo na Câmara, diz que o peemedebista segue na articulação política. Na segunda-feira, Temer anunciou que não vai mais se meter nas negociações sobre as emendas parlamentares.

Vista grossa

Quem sorri para as paredes é o ministro Aloizio Mercadante (Casa Civil). Ele acha que o afastamento de Michel Temer da articulação política é uma vitória pessoal dele, cuja atuação boicotou todo o tempo.

Pensando bem...

...Dilma deveria ser inserida no cadastro de proteção ao crédito: ainda está devendo tudo que prometeu durante a campanha.
Herculano
27/08/2015 06:57
CARTEL DO SACO DE LIXO A FAVOR DE DILMA

O Antagonista, sempre insatisfeito, foi atrás para saber quem é a patroa da doméstica Ângela Maria, usada como laranja para receber R$ 1,6 milhão da campanha de Dilma. A patroa se chama Juliana Cristina Dini, que vem a ser irmã de Flávio Dini. Os dois herdaram a Izzoplast do pai Fernando Dini Neto, que faleceu em 2010.

A Izzoplast recebeu da campanha de Dilma R$ 1,59 milhão.

A Izzoplast foi denunciada em maio pelo Ministério Público por integrar uma quadrilha que fraudava licitações para a venda de sacos de lixo em todo o Estado de São Paulo. O cartel era comandado pela empresa Jofran e integrado pela Kid Lixo, Okplast, Papalix e... Izzoplast.

A campanha de Dilma é um lixo
Herculano
27/08/2015 06:54
JANOT, NA PRÁTICA, DIZ QUE DELATOR MENTIU PORQUE AMEAÇADO DE MORTE PO CUNHA! É? E O PRCURADOR-GERAL FEZ O QUÊ?, por Reinado Azevedo, de Veja

É tal a avalanche de denúncias, acusações e vazamentos da Operação Lava-Jato que a imprensa começa a perder a mão sobre o que está em curso e permite que coisas da maior gravidade sejam ditas, assim, como quem afirma que hoje é quarta-feira. Já houve um caso muito sério nesta terça. Nesta quarta, na sabatina de Rodrigo Janot na Comissão de Constituição e Justiça do Senado, de novo! A que me refiro? Vamos lá.

O senador Humberto Costa (PT-PE), um dos investigados na Lava-Jato, indagou Janot sobre a credibilidade de delatores que mudam de versão. Afinal de contas, o "prêmio" que recebem supõe que digam a verdade. É claro que estava se referindo a Júlio Camargo, aquele que primeiro sustentou que não havia pagado propina a Eduardo Cunha (PMDB-RJ), invertendo mais tarde a sua versão.

Janot afirmou então que os benefícios da delação de Camargo foram mantidos porque as afirmações mais recentes que fez - "Cunha recebeu propina" - contribuíram para avançar na investigação. Muito bem!

O procurador-geral poderia ter parado por aí, mas seguiu adiante e informou que, como castigo, a multa que Camargo terá de pagar por ter mentindo será maior - antes, era de R$ 70 milhões. E agora vem o que realmente é gravíssimo:

"Teve como consequência o agravamento da pena de multa. Não teve nenhuma outra consequência, porque nos convencemos que ele estava em estado de ameaça. Não falou antes porque tinha receio de sua própria vida. Nessa retificação que ele faz, a espontaneidade dele é visível. 'Eu temo pela minha vida', ele disse. 'Só voltei agora, porque a investigação chegou a um ponto que minha omissão está clara, mas continuo temendo pela minha vida'".

Epa! Aí a coisa ficou séria demais. Todos sabem, porque isso foi tornado público, que Júlio Camargo disse que tinha medo de Eduardo Cunha, presidente da Câmara. Salvo engano, não se havia falado de ameaça de morte, não é mesmo? Eu me lembro de Camargo ter dito que temia a influência do deputado?

Pergunto: é corriqueiro que um procurador-geral da República confira estatuto de verdade à acusação de um delator, que se diz ameaçado de morte pelo presidente da Câmara, e não faça nada sobre o caso em particular? Será que nós, do jornalismo, não estamos perdendo o senso de proporção e de gravidade das coisas?

Se o Ministério Público Federal, na pessoa de Rodrigo Janot, acreditou que Júlio Camargo estava mesmo sendo ameaçado de morte por Cunha, qual é a sua obrigação? Deixar para tratar do assunto numa sabatina ou reunir os indícios e oferecer uma denúncia? Se denúncia não há, é porque também inexistem os indícios. Nesse caso, Janot acreditou em Camargo porque quis. Apesar da elevação da multa, é claro que o bandido será premiado mesmo tendo mentido. Ou antes ou agora.

Youssef
É o segundo dia em que uma heterodoxia gigantesca vem a público, embora seja tratada como coisa corriqueira. Nesta terça, em acareação, Alberto Youssef demonstrou conhecer o conteúdo de uma delação premiada que ainda está sob sigilo. Vale dizer: um bandido preso sabe o teor de um depoimento que deveria estar apenas sob o domínio do Ministério Público.

É bom começar a botar ordem nessa história. No dia 26 de agosto de 2015, o procurador-geral da República endossou a versão de um delator premiado, segundo o qual foi ameaçado de morte por ninguém menos do que o presidente da Câmara. Não ofereceu denúncia a respeito, e a imprensa fez de conta que isso é a coisa mais normal do mundo.

Se é verdade que aconteceu, e Janot não ofereceu a denúncia, é grave. Se Camargo mentiu, e Janot comprou a versão, também é grave.

A propósito: Camargo perdeu o medo de Cunha por quê?
a: porque virou, de repente, um corajoso?;
b: porque passou a ter medo de um perigo maior?
c: Ainda. Isso tudo é só coisa de bandido tentando se safar.
Herculano
27/08/2015 06:41
O DUELO QUE NÃO HOUVE, por Bernardo Mello Franco para o jornal Folha de S. Paulo

Há tempos uma sessão não era tão aguardada no Senado. Antes das dez da manhã, um batalhão de jornalistas e assessores já se acotovelava na sala da Comissão de Constituição e Justiça. Ninguém queria perder o embate de Fernando Collor com o procurador Rodrigo Janot.

O investigado estimulou a expectativa por um duelo com o investigador. Chegou cedo e se instalou na primeira fila, de frente para a cadeira reservada ao procurador. Como um ator concentrado em seu papel, esperou calado, com a expressão fechada e os olhos injetados e fixos em Janot.

Os seguranças observavam seus poucos movimentos com tensão. Collor repetiria o pai, também senador, que atirou e matou um colega no plenário? A política brasileira não se civilizou tanto desde 1963. O ex-presidente o confirmou nas últimas semanas, ao chamar o procurador de "filho da puta" na tribuna.

O suspense durou quase três horas. Quando sua vez chegou, Collor abriu a metralhadora verbal. Em tom agressivo, repetiu acusações que já havia feito e reclamou da divulgações de descobertas da Lava Jato. "Estamos diante de um catedrático no vazamento de informações. Vazar informações que correm sob segredo de Justiça é crime", esbravejou.

Denunciado com base em outros artigos do Código Penal, Collor pareceu surpreendido pela atitude firme de Janot. Sereno, porém firme, o procurador exigiu silêncio ao se defender. "Vossa Excelência não me interrompa", disse. Foi o único ensaio de bate-boca entre os dois. Fora do alcance das câmeras, o senador voltou a murmurar palavrões.

Quando o tempo de Collor acabou, a sala vivia uma sensação de anticlímax. O ex-presidente prometeu voltar, mas não apareceu mais na sala. "Todo mundo esperava uma guerra, mas só tivemos uma batalha de Itararé, o duelo que não houve", ironizou um senador petista. A CCJ aprovou a recondução de Janot por 26 a 1. Como Collor é suplente na comissão, seu voto não foi contabilizado.
Herculano
26/08/2015 21:49
REGISTRO

Morreu na cidade de Lages o ex-prefeito Renato Ramos de Oliveira, o Renatinho. Foi eleito vice-prefeito na chapa de Raimundo Colombo e assumiu a prefeitura por dois anos quando Colombo renunciou para disputar o governo em 2010. Seu sepultamento será amanhã na cidade de Lages.
Herculano
26/08/2015 21:46
A LAVA JATO E O PROPINODUTO DE 2003, por Deltan Dallagnol, 35, procurador da República, é coordenador da força-tarefa da Operação Lava Jato.

Não acreditamos que vá ocorrer com a Lava Jato o que houve no caso do propinoduto, que mais de dez anos depois não teve julgamento definitivo

Em 2003, a Justiça da Suíça bloqueou US$ 33,4 milhões que fiscais estaduais do Rio de Janeiro mantinham ocultos naquele país, por suspeita de serem oriundos de práticas corruptas. O fato foi comunicado às autoridades brasileiras, que investigaram e processaram esses servidores, no que veio a ser conhecido como o escândalo do propinoduto.

Depois de tantos anos, seria de imaginar que esses valores já teriam sido devolvidos aos cofres fluminenses e que os responsáveis tivessem cumprido, ou estivessem cumprindo, suas penas. Infelizmente, a verdade é bem diferente. Por que, então, devemos lembrar desse escândalo? Entendendo o passado, podemos evitar erros no presente.

É verdade que a Operação Lava Jato trouxe uma chama de esperança. Ainda que essa chama em si não altere a extrema injustiça de nosso sistema de Justiça penal, sua luz abre uma janela de oportunidade para essa mudança.

No caso do propinoduto, o Ministério Público Federal, em 2003, acusou criminalmente dezenas de investigados, que foram condenados em outubro do mesmo ano. Embora o julgamento tenha sido rápido, essa era apenas a primeira de quatro etapas da Justiça criminal.

No Brasil, há três tribunais que reveem a decisão do juiz criminal, o que torna o processo extremamente demorado. Cada corte tem suas próprias dificuldades para atender à duração razoável do processo que seria, na teoria, uma garantia constitucional. Uma das principais causas da lentidão é a amplitude das possibilidades de recursos.

A apelação no caso propinoduto foi julgada pelo primeiro tribunal revisor em 19 de setembro de 2007, cerca de quatro anos após o primeiro julgamento. A terceira instância, o Superior Tribunal de Justiça, proferiu julgamento em 2 de dezembro de 2014, porém ainda cabem novos recursos dentro da mesma corte.

Só após esses novos recursos, então, o Supremo Tribunal Federal - que julga 100 mil processos por ano - apreciará o caso. Estamos longe de uma decisão final. Se o caso ficar no STF o mesmo tempo que passou até agora no STJ, demorará cerca de 20 anos desde a acusação e 24 anos desde os crimes. Só depois os criminosos poderão ser presos, se não houver prescrição.

No Brasil, os sistemas recursal e prescricional conjugados são uma máquina de impunidade. No caso do propinoduto, os crimes de corrupção, sonegação e evasão de divisas foram declarados prescritos pelo STJ no fim de 2014. Em 2013, noticiou-se que, em razão da demora da Justiça brasileira em julgar definitivamente o caso, a Suíça considerava devolver aos réus as dezenas de milhões de dólares bloqueados.

O sistema de Justiça penal brasileiro tem muitas mazelas que livram os corruptos, e essa é só uma delas. As várias "brechas da lei" permitem que criminosos de colarinho branco escapem impunes e que o dinheiro desviado jamais seja recuperado.

Para que essas brechas sejam fechadas, o Ministério Público Federal ?instituição defensora da sociedade, da democracia e dos direitos fundamentais? propôs um pacote de reformas na legislação chamado Dez Medidas Contra a Corrupção. Nele estão medidas para impedir que a corrupção ocorra, para punir e recuperar o dinheiro usurpado e para acabar com a impunidade.

Estamos colhendo assinaturas para que as dez medidas possam ser apresentadas como projeto de iniciativa popular. O juiz Sergio Moro foi o primeiro a assiná-la com procuradores da República e policiais federais que atuam na Lava Jato. Foi criado o site www.10medidas.mpf.mp.br para quem quiser conhecer melhor ou apoiar a iniciativa.

Não acreditamos que a Lava Jato terá o mesmo fim - ou a ausência de um fim - do propinoduto. A dimensão e a importância do esquema descoberto, que faz da Lava Jato um ponto fora da curva, traz a perspectiva de sua priorização na Justiça, o que pode resultar num julgamento bastante rápido.

Contudo, não podemos perder a perspectiva: se queremos combater a impunidade e a corrupção de forma eficiente, é necessário mudar o sistema. A Lava Jato cria um ambiente propício para essas mudanças, a fim de evitar que outros grandes casos de corrupção arrastem-se na Justiça por décadas até a impunidade de crimes gravíssimos.
Herculano
26/08/2015 21:36
A RAINHA PASMADA E A ECONOMIA NUA, por Alexandre Schwartsman, 52, doutor em economia pela Universidade da Califórnia, Berkeley e ex-diretor do Banco Central do Brasil, é professor do Insper. O PT tentou já tentou processá-lo para que ele não emitisse opiniões técnicas sobre a política macroeconômica brasileira

Ou a presidente não faz a menor ideia dos (muitos) erros que cometeu ou está tentando nos enrolar.

Ainda em minha encarnação corporativa tive de entrevistar vários candidatos a uma posição nas diversas instituições em que trabalhei. Uma pergunta se mostrou particularmente reveladora: qual o seu maior defeito? Não era incomum que o entrevistado respondesse "perfeccionismo", senha para que fosse, claro, rejeitado: ou não fazia a menor ideia de seus verdadeiros defeitos ou estava simplesmente tentando enrolar o entrevistador.

Tive a mesma sensação ao ler trechos da entrevista da presidente em que, instada a reconhecer seus erros, respondeu ter sido a "demora em perceber que a situação era mais grave do que imaginávamos".

E segue: "Ninguém imaginaria que o preço do petróleo cairia de US$ 105 (...) para US$ 43". Sobre o aumento do gasto público, argumenta que só no fim do ano passado é que teria percebido que a arrecadação caiu. Ou a presidente não faz a menor ideia dos (muitos) erros que cometeu ou está tentando nos enrolar. Talvez ambas as alternativas.

Ela insiste na fantasia da origem internacional da crise que vivemos, capturada na semana passada pelas notícias de uma possível queda de 2% do PIB no segundo trimestre, do desemprego a 7,5%, o mais alto registrado em julho desde 2009, e pela destruição de quase 900 mil empregos formais nos últimos 12 meses.

Parece se esquecer do que ocorreu no seu primeiro mandato, mas nada custa refrescar sua memória: o PIB cresceu ao estonteante ritmo de 2% ao ano, levando à alucinante expansão de 1% anual da renda per capita; a inflação, mesmo com controles de preços, superou 6% ao ano; a dívida pública aumentou de 51% para 59% do PIB; por fim, o deficit externo alcançou mais de US$ 100 bilhões (4,5% do PIB) no ano passado. Não há dúvida de que se trata de desempenho medíocre; em compensação, foi acompanhado de desequilíbrios macroeconômicos severos...

Não se ponha a culpa no resto do mundo. Entre 2011 e 2014, o PIB mundial cresceu 3,6% anuais, marginalmente mais que os 3,5% ao ano registrados nos quatro anos anteriores. No mesmo período os termos de troca, a relação entre os preços das coisas que o Brasil exporta e as que importa, foram 12% melhores do que o observado no segundo mandato do presidente Lula, quando o país cresceu a 4,5% ao ano.

As causas foram domésticas. O erro da presidente não foi a demora em perceber que a situação internacional mudou, mas sim ter sido incapaz de entender que a desaceleração da economia brasileira depois de 2010 se deveu a restrições do lado da capacidade de produção, da falta de mão de obra às carências de infraestrutura.

Por causa disso tomou medidas para estimular a demanda, que não apenas falharam em acelerar o crescimento como levaram aos desequilíbrios macroeconômicos acima listados.

É por esse motivo, não pela pressão de "ideólogos de inspiração neoliberal, com forte apoio no empresariado", que foi forçada a adotar a atual política econômica. A verdade é que não restou opção ao governo que não fosse abjurar das práticas do período 2011-2014 e correr para evitar o ainda pior.

Não é por outra razão que a presidente, outrora orgulhosa condutora da política econômica heterodoxa, é hoje forçada a se contentar com o papel de rainha da Inglaterra, tutelada em seu labirinto, contando os dias para se livrar do fardo que a persegue.
Herculano
26/08/2015 21:27
FORA DO MICROFONE, por Lauro Jardim, de Veja

Enquanto Rodrigo Janot respondia as perguntas de Fernando Collor, durante a sabatina no Senado, o ex-presidente voltou a xingar o procurador-geral.

Xingou Collor, movendo os lábios e quase sem emitir som:

- Calhorda. Filho da puta.

As duas ofensas foram repetidas seguidas vezes, todas observadas pelos demais senadores que estavam à mesa ao lado de Janot.

Janot não se desestabilizou. Collor deixou a sabatina, após ouvir as respostas de Janot.
Herculano
26/08/2015 20:49
DEPOIS DO JORNAL CRUZEIRO DO VALE DENUNCIAR ALGO QUE ESTAVANA CARA DE TODOS E INCOMODAVA MUITA GENTE, ATRASADA, A PREFEITURA TOMA UMA DECISÃO: VAI DEMOLIR IMÓVEL FREQUENTADO POR USUÁRIO DE DROGAS

A Prefeitura de Gaspar decidiu demolir o prédio que abrigava o antigo Clube Amigos da Figueira e que fica no terreno doado ao Senai para abrigar a sede da entidade no município.

1. Quando desapropriou, a prefeitura sabia risco que ciava. Pagou para ver.

2. Era lá - na época da desapropriação - que deveria ela demolir e não criar um mocó para desocupados, muitos deles, criados na falta de uma política de inclusão social da quase inexistente secretaria de Desenvolvimento Social.

3. Isto é resultado da falta de planejamento e previsibilidade. Soube-se há um mês, que o terreno doado pela prefeitura para o Senai, não vai ser utilizando a curto prazo. O Senai está sem grana diante da crise criada por um governo destrambelhado, irresponsável e descomprometido com um projeto de governo, substituído por um projeto de poder, que sacrifica todos os brasileiros.
Herculano
26/08/2015 20:25
INCOMPETENTE ATIVO X INCOMPETENTE PASSIVO, por Carlos Tonet

Existem basicamente dois tipos de incompetentes: o incompetente passivo e o incompetente ativo.

Dos dois, o segundo é o mais perigoso.

Você até pode conviver com um incompetente passivo, pois o raio de estrago dele é geralmente restrito.

Já o incompetente ativo é uma desgraça. Ele toma decisões e assume riscos, ordena gastos e movimenta estruturas afoitamente, achando-se o tal, imaginando-se o gerentão fodão.

O Financial Times fez uma reportagem sobre o Brasil dizendo que o impeachment da Dilma não resolveria nada, pois iríamos apenas substituir um medíocre por outro.

Pois aí está o engano do FT.

Há uma diferença entre os medíocres Dilma e Temer.

Temer é um medíocre passivo. Faria um governo feijão com arroz tipo o Sarney, sem inventar, sem delírios.

Já a Dilma, a gerentona, é nossa incompetente mais ativa e nos conduz a um futuro com perspectivas assustadoras diante dos resultados de suas ações desastrosas, aplaudidas e tocadas adiante por um séquito de incompetentes passivos que a seguem cegamente.
Herculano
26/08/2015 19:57
AS VIÚVAS

O ex-prefeito de Joinville, ex-deputado, ex-ministro, ex-governador e ex-senador, Luiz Henrique da Silveira, deve estar se mexendo no caixão. É quem tanto ele isolou, o deputado Mariani, também com base política em Joinville, está vestido de presidente do PMDB estadual.

Luiz Henrique centralizou a liderança e no se grupo não construiu sucessão, então...
Fabiola
26/08/2015 16:19
"Analfabeto fazendo conta é um perigo. São 9,3 atendimentos médicos por dia e não 9.375. O burro não soube onde colocar a vírgula.
Será que teremos que importar também professores de matemática cubanos?''

Ô "jente" burra! Affffffff....depois analfabeto é o Lula!...hahahahaha...que piada!
Herculano
26/08/2015 15:06
O EMBATE QUE NÃO HOUVE. COLLOR X JANOT

Conteúdo do jornal O Estado de S. Paulo. Francine Marquez. O senador Fernando Collor de Mello chegou cedo à sabatina de Rodrigo Janot e sentou na primeira fila. Ele que é alvo de investigação pela Operação Lava Jato, tendo sido denunciado pelo Procurador.

Quando chegou a sua vez começou seus questionamentos citando uma situação de quando Janot era subprocurador da República e, supostamente, teria trabalhado paralelamente como advogado, questionando ao PGR se isso era "eticamente aceitável". Também trouxe a memória uma atuação de Janot como advogado da Orteng contra a Petrobras.

Collor acusou Janot de ter falsificado as informações a respeito da contratação sem licitação a empresa de comunicação, Oficina da Palavra.

O parlamentar afirmou que o PGR causou prejuízo mensal de R$ 67 mil aos cofres públicos, devido ao aluguel de uma mansão no Lago Sul, que teria sido feita sem licitação.

Collor também acusou Rodrigo Janot de ter vazado informações das investigações da Operação Lava Jato, se referindo a "Lista de Janot". Alegando, "Quem está dizendo isso não sou eu, não sou só eu" afirmou o senador.E se referiu a um diálogo que teria tido com o Procurador, no passado, onde este condenava um antecessor que tinha esse tipo de conduta.

Assim que Janot começou a dar suas explicações sobre as afirmações de Collor, este foi interrompido pelo senador, "Vossa excelência não me interrompa", falou Janot. O presidente da sessão advertiu o Fernando Collor.

O procurador afirmou que sua atuação profissional é firme no que se trata do combate a corrupção. Começou respondendo sobre a questão da Orteng, alegando que o processo não envolvia a Petrobras, sendo que ação teve início no ano de 1997 e durou mais de 14 anos.

Em relação aos contratos com a empresa Oficina da Palavra afirmou que são legais. Sobre o aluguel da mansão em área nobre de Brasília, afirmou que houve falsidade ideológica da empresa que apresentou alvará falso no momento de fechar o contrato.

Negou também qualquer vazamento de informações por sua parte, "Eu sou discreto".

O PGR Terminou declarando a importância da luta contra a corrupção no Brasil.
Herculano
26/08/2015 13:09
TSE DECIDE INVESTIGAR CONTAS DE DILMA; MINISTRA LUCIANA LÓSSIO, QUE JÁ FOI ADVOGADA DA PETISTA EM 2010, PARALISA JULGAMENTO, por Reinaldo Azevedo, de Veja.

O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) já formou uma maioria em favor do prosseguimento da AIME 761. Trata-se da Ação de Investigação de Mandato Eletivo que vai apurar se a campanha da presidente Dilma Rousseff à reeleição cometeu abuso de poder político e econômico e empregou dinheiro do propinoduto da Petrobras. A ação, uma das quatro que tramitam no tribunal que pedem a cassação da chapa que elegeu Dilma - o que também cassaria o mandato de Michel Temer -, foi proposta pelo PSDB. O julgamento, no entanto, foi paralisado por um novo pedido de vista, agora de autoria da ministra Luciana Lóssio.

Bem, não há como não lembrar: Luciana foi advogada da campanha de Dilma em 2010. O mínimo de bom senso recomendaria que se declarasse impedida de votar. Mas ela não fez isso. Notem: eu não acho que ela deveria se abster de participar do julgamento porque indicada por Dilma ou porque advogou, de modo genérico, para o PT.

Eu estou informando que ela foi advogada da candidatada Dilma em 2010. Em nenhuma democracia do mundo seria aceitável que se comportasse como juíza da candidata Dilma de 2014. Ah, sim: o outro patrocinador da chegada de Luciana ao tribunal foi Ricardo Lewandowski. http://veja.abril.com.br/blog/reinaldo/geral/assim-nao-presidente-dilma-ou-uma-decisao-tipica-de-uma-soberana-de-banania/. Escrevi a respeito no dia 14 de outubro de 2011.

Inicialmente, a relatora do caso, Maria Thereza de Assis Moura, havia negado o pedido. Mas os tucanos entraram com um agravo regimental - isto é, pediram que o plenário se manifestasse -, e já se tem a maioria dos sete votos. Quatro ministros até agora optaram pela abertura do processo: João Otávio Noronha, Gilmar Mendes, Luiz Fux e Henrique Neves. Dias Toffoli, presidente da corte, deve dar o quinto voto. Fux, aliás, havia pedido vista na semana retrasada. Ao entregar o seu voto, sugeriu que as quatro ações sejam reunidas numa só, o que não deve acontecer. E por que não?

Porque isso criaria atrito no tribunal. Caso houvesse a junção, a relatora seria justamente Maria Thereza, que deu voto favorável à coligação liderada pelo PT. Ocorre que Noronha é relator de duas das ações. E sobraria no ar aquele cheirinho de manobra, não é mesmo? Fux votou pela continuidade da investigação, mas a sua proposta de unificação deve ser rejeitada.

A votação teve alguns momentos de dura altercação entre Mendes e Maria Thereza. Ela alegou que o PSDB não apresentou as evidências de irregularidades quando entrou com a ação e, por isso, manteve seu voto contrário. Mendes observou que o tribunal não poderia ignorar os fatos que, hoje, estão aos olhos de todos, trazidos à luz pela Operação Lava-Jato. Henrique Neves notou que, para a abertura do processo, o que o PSDB apresentou é suficiente. Segundo ele, não há como dizer se houve ou não fraude e que, por isso mesmo, é preciso que se faça a investigação.

Que sentido faz a ministra Luciana Lóssio pedir vista quando o próprio presidente do tribunal já deixou claro que houve a formação da maioria? Não vejo nenhum, a não ser retardar a abertura do processo e, eventualmente, expor ministros à pressão, uma vez que eles podem mudar de opinião enquanto o julgamento não é encerrado. Não creio que vá funcionar.

Ação longa
A ação num tribunal eleitoral é longa. Se é o caso, vamos dizer, de tirar o país do transe, está longe de ser um caminho abreviado. É inegável, no entanto, que Dilma fica com mais uma espada pendendo sobre a cabeça. O tipo de ação que começará a tramitar, tão logo a ex-advogada de Dilma e agora ministra entregue seu voto, permite a ampla apresentação de provas - inclusive com o compartilhamento do que for produzido pela Lava-Jato.

O tribunal forma a maioria em favor da abertura do processo no dia em que Gilmar Mendes, relator da prestação de contas da presidente Dilma Rousseff no mesmo TSE, enviou ao Ministério Público Estadual de São Paulo relatório técnico elaborado pelo Fisco paulista que detectou irregularidades em outra empresa contratada pela campanha da petista em 2014.

O ministro, diga-se, determinou que o Ministério Público Federal e a Polícia Federal abram investigação criminal para apurar se a campanha de Dilma recebeu dinheiro do propinoduto da Petrobras. Rodrigo Janot vai ter de agir ou explicar por que não age.

O passado bate à porta do PT e não vai abandoná-lo.
Heculano
26/08/2015 12:55
NA PÁTRIA DO PIXULECO, NEM INFERN É O LIMITE, por José Nêumanne, para o jornal O Estado de S. Paulo

Em plena campanha, a candidata à reeleição Dilma Rousseff afirmou, sem medo de ser contrariada, que seria capaz de "fazer o diabo" para ganhar eleições. Foi uma das poucas verdades que disse ao longo de todo o pleito - talvez a única. Prometeu o paraíso nos trópicos e está entregando uma conjunção infernal de crises: política, econômica e, sobretudo, moral.

Mas nenhuma das mentiras que ela contou em palanques e debates na TV é comparável à sua reação aos protestos de 16 de agosto dos revoltados com a corrupção e com seu padim Lula, indignados com seu partido de adoção, o PT, e insatisfeitos com a má gestão de seu desgoverno. Em vez de dar alguma satisfação aos manifestantes, mandou uma trinca de porta-vozes falar por ela. Foram eles seu porta-voz, Edinho Silva, acusado na Operação Lava Jato de ter recebido dinheiro sujo para a campanha dela, da qual ele era tesoureiro; e os líderes de seu desgoverno na Câmara, José Guimarães (PT-CE), chamado pelo ex-presidente de Lula de ?aloprado? após um assessor ter sido preso no aeroporto com dólares na cueca e irmão de José Genoino, ex-presidente de seu partido e condenado por corrupção pelo Supremo Tribunal Federal; e no Senado, José Pimentel (PT-CE), que ninguém sabe de onde vem nem para onde vai. O tal trio classificou como manifestações de "intolerância" os protestos pacíficos, dos quais não participaram os anarquistas black blocs de junho de 2013 e em que não se registrou, por isso mesmo, nenhum ato de vandalismo.

O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, do PSDB, cobrou da presidente o "gesto de grandeza" da renúncia. O apelo serviu de senha para conter o oportunismo em duas mãos da oposição, dividida entre o golpismo do senador Aécio Neves (PSDB-MG), tentando antecipar a eleição presidencial, e a esperteza de Geraldo Alckmin (PSDB-SP), que prefere deixar o desgoverno dela desabar sobre nossas cabeças descobertas até 2018. "Vamos deixá-la sangrar", disse o senador Aloysio Nunes (PSDB-SP).

Mas não provocou nenhuma reação da chefona do governo. Como esperar um "gesto de grandeza" de uma presidente incapaz sequer de reconhecer os próprios erros? Ou de corrigir, de forma satisfatória, a trajetória errática da condução de sua política econômica? Ela deu uma guinada para a direita nomeando Joaquim Levy ministro da Fazenda. E logo em seguida convocou o fantasma da origem da catástrofe, que ela encomendou a Guido Mantega no primeiro mandato, ao distribuir benesses à indústria automobilística, cujos operários têm retribuído o patrocínio do próprio desemprego com índices espetaculares de rejeição, que foi de 84% no ABC na pesquisa do Datafolha com índice nacional de 71%.

Posterior à pesquisa, o desemprego do mês passado foi o pior de todos os meses de julho nos anos anteriores. Com a perspectiva de chegar o fim do ano com 1 milhão de brasileiros sem emprego, a tendência é seus índices de popularidade desabarem, aumentando em proporção similar a intolerância da cidadania à corrupção, sobre a qual Dilma e seus asseclas calam. Mas os fatos se sucedem de forma espantosa: as notícias de que a Camargo Corrêa devolverá R$ 700 milhões às estatais tungadas e de a UTC ter vencido licitação na BR com um preço 795% maior que o dos concorrentes não levaram Dilma a reconhecer o óbvio.

E agora, ao confessar que não percebeu a dimensão da crise na campanha, insinuando que sofremos aqui o efeito do desabamento chinês, a presidente já merece receber - juntos - os Prêmios Nobel da Economia, por gerir uma crise vinda de fora um ano depois; da Física, por ter antecipado o efeito à causa; e da Literatura. Pois superou Jonas, considerado pelo Prêmio Nobel Gabriel García Márquez o inventor da ficção porque contou à mulher que fora engolido e expelido por uma baleia. Comparado com Dilma, o profeta bíblico é um repórter sem imaginação.

Na campanha, o marqueteiro João Santana produziu um vídeo em que mãos peludas de banqueiros furtavam a comida da mesa do trabalhador, referindo-se a Neca Setúbal, assessora da adversária Marina Silva. Um ano depois, tornada a terra prometida o deserto de desesperança geral, Roberto, irmão de Neca e presidente do Itaú-Unibanco, disse à Folha de S.Paulo que a saída da reeleita do poder provocaria "instabilidade". Com lucro líquido de R$ 20,242 bilhões no ano passado, 29% acima do resultado de R$ 15,696 bilhões de 2013, talvez ele tema que a "instabilidade" que infelicita centenas de milhares de trabalhadores sem holerite, este ano, vá bater às portas do seu banco.

Dilma, que se jacta de ter resistido à tortura na ditadura, adotou na tal campanha o codinome de Coração Valente. Recentemente, ao lado de Barack Obama, na Casa Branca, disse desprezar delatores, referindo-se a colaboradores da Justiça na Operação Lava Jato, o único empreendimento público do Estado brasileiro a merecer respeito da cidadania. E a guerrilheiros que, torturados, deram informações a torturadores que os levaram a companheiros de armas. No entanto, não contestou o coronel Maurício Lopes Lima, que ela havia acusado de ter quebrado seus dentes, no DOI-Codi da Rua Tutoia. Lima negou e até fez blague dizendo em entrevista ao Portal IG, citada pelo jornalista Luiz Cláudio Cunha no jornal Já, de Porto Alegre: "Se eu soubesse naquela época que ela seria presidente, eu teria pedido: 'Anota meu nome aí. Eu sou bonzinho'". A frei Tito o tal oficial apresentou o DOI-Codi como "a sucursal do inferno".

Dilma também não contestou o relatório apresentado pelo Exército à Comissão da Verdade, que ela constituiu, assegurando que nada aconteceu de irregular em suas dependências. A ditadura acabou, mas as vítimas das pedaladas e outras artimanhas de seu desgoverno nesta Pátria do Pixuleco vivem um inferno em cuja porta, ao contrário do de Dante Alighieri, não têm mais esperança nenhuma a deixar.
Herculano
26/08/2015 12:47
A IGNORÂNIA É UMA DÁDIVA, editorial do jornal O Estado de S. Paulo

A presidente Dilma Rousseff escolheu mais uma vez recolher-se ao conforto que a supina ignorância dos fatos proporciona a quem a alega para justificar por que não tomou as medidas necessárias para evitar que o País se esboroasse. Em entrevista a três jornais na última segunda-feira, convocada às pressas para tentar explicar uma reforma administrativa confusa e oportunista, Dilma quis convencer os leitores de que "não dava para saber" no ano passado o tamanho da crise econômica. Ao dizer isso, ela torna a apostar que todos os brasileiros são mais alienados da realidade do que ela.

De tão recorrente, a estratégia de Dilma de dizer que "não sabia" se tornou o bordão de seu governo. O caso da Petrobrás é exemplar. Embora na última década ela tenha ocupado cargos que lhe davam poder suficiente para saber o que se passava em cada sala dos escritórios da principal estatal brasileira - foi ministra de Minas e Energia, presidiu o Conselho de Administração da Petrobrás e chefiou a Casa Civil, além de ter se tornado presidente da República com fama de especialista em energia, durona e centralizadora -, Dilma alegou, candidamente, que desconhecia o processo de destruição da empresa, que envolvia a corrupção de vários de seus principais executivos e bilhões de reais desviados. "Eu não tinha a menor ideia de que isso acontecia na Petrobrás", declarou ela ao Estado em setembro de 2014.

Agora, mantendo esse padrão, Dilma declara que não sabia do envolvimento de petistas no escândalo do petrolão. "Eu não imaginava. Fui surpreendida. Lamento profundamente", disse a presidente na mais recente entrevista, emulando seu criador, o ex-presidente Lula, que, na eclosão do escândalo do mensalão, deu essa inesquecível declaração aos brasileiros: "Quero dizer a vocês, com toda a franqueza, eu me sinto traído. Traído por práticas inaceitáveis das quais nunca tive conhecimento. Estou indignado pelas revelações que aparecem a cada dia, e que chocam o País".

Mas Dilma admite ser ignorante não apenas em relação à corrupção que carcome seu governo à vista de todos. Para espanto geral, a "gerentona" petista disse, a respeito da crise econômica, que errou ao ter "demorado tanto para perceber que a situação poderia ser mais grave do que imaginávamos". E ainda tentou dividir com seus governados o fardo de sua ignorância, ao dizer que "ninguém imaginava isso".

Ora, os dados a respeito da degradação da economia, fruto das políticas irresponsáveis de uma presidente que atropelou, uma a uma, todas as regras da boa administração, estavam disponíveis para quem estivesse disposto a vê-los. Já em meados do ano passado, a arrecadação federal apresentava queda, e as contas do governo sobreviviam com Refis e pedaladas. A crise que Dilma só agora admite ver não começou ontem.

Mas Dilma tinha uma eleição a ganhar e, conforme suas próprias palavras, ela se sentiu autorizada a fazer "o diabo" contra seus adversários, atribuindo-lhes a intenção de tomar medidas de austeridade que ela mesma agora é obrigada a adotar. Não se pense, contudo, que a petista se emendou.

Todas as decisões que tomou para contornar a crise são meros truques para tentar engambelar a plateia. O ajuste fiscal, que já era tímido, foi escalpelado no Congresso graças à desastrada condução política de Dilma. E agora a presidente diz que aceita cortar Ministérios - medida que, durante a campanha eleitoral, ela classificou de "lorota".

Como de hábito, Dilma não sabe quais pastas serão suprimidas, mas calcula que serão fechados cerca de mil dos 22,5 mil cargos comissionados. Isso dá apenas 5% do total - uma taxa de desemprego de apaniguados bem menor do que a enfrentada pelos brasileiros em geral, que caminha para os dois dígitos.

Diante de tudo isso, não há razão para crer que, embora finalmente tenha se dado conta dos imensos problemas do País, Dilma tenha decidido fazer o básico para resolvê-los. Ao contrário: com suas decisões erráticas, motivadas pela desesperada necessidade de se manter no poder, a presidente tende a perenizá-los.
Sidnei Luis Reinert
26/08/2015 12:47
Mudança assim, não!

Recado, em caixa alta, dado pelo coronel Maciel em seu blog Velha Águia:

DOU POR BEM RECOMENDADO À DONA DILMA E SEUS ASSECLAS QUE NÃO SE DEVE ?NEM PENSAR?, NEM MESMO POR BRINCADEIRA, EM TROCAR O NOME DE RUAS, PONTES, VIADUTOS, ESCOLAS, OU SEJA LÁ O QUE FOR, DOS GENERAIS OU DE QUALQUER OUTRO MILITAR PERTENCENTE AOS ANTIGOS QUADROS DA GLORIOSA CONTRA- REVOLUÇÃO REDENTORA DE 64, POR NOMES DE BANDIDOS TERRORISTAS AMIGOS DA SENHORA, DONA DILMA, POIS ISSO É O MESMO QUE ?CUTUCAR LEÃO COM VARA CURTA?.

ESTA RECOMENDAÇÃO, CURTA E GROSSA, DEVE IMEDIATAMENTE ENTRAR EM VIGOR, LIDA, RELIDA E PUBLICADA COM DESTAQUE EM TODA GRANDE MÍDIA FALADA, ESCRITA OU TELEVISIONADA, VISANDO O ?BOM ANDAMENTO DO SERVIÇO?.

ASSINADO: TODOS NÓS, MILITARES E CIVIS, EM CUJAS VEIAS CORRE O SANGUE GENEROSO DAQUELES GENERAIS DA NOSSA ANTIGA E SAUDOSA ?VELHA-GUARDA-BRASILEIRA?.

http://www.alertatotal.net/
Sidnei Luis Reinert
26/08/2015 12:43
Falcatruas no financiamento eleitoral e acareação entre Paulinho e Youssef ferram com ofensiva de Dilma


Edição do Alerta Total ? www.alertatotal.net
Por Jorge Serrão - serrao@alertatotal.net

Nem bem Dilma Rousseff lançou sua ofensiva para tentar continuar no poder, alvejando inimigos próximos e neutralizando o "fogo amigo" vindo do PT-PMDB, e novos fatos comprovadamente escandalosos põem em risco a chapa reeleitoral dela e de Michel Temer. Em pesadíssimo relatório de 33 páginas, o supremo ministro Gilmar Mendes, também do Tribunal Superior Eleitoral, justificou ontem o que chamara, na semana passada, de suspeita de lavagem de dinheiro e falsidade ideológica no financiamento da campanha do PT de 2014.

O tempo fechou para Dilma também na CPI da Petrobras, que promoveu a tão esperada acareação entre a dupla de condenados na Lava Jato, Paulo Roberto Costa e Alberto Youssef. O ex-diretor de Abastecimento da Petrobras repetiu, várias vezes, que todas as decisões tomadas na empresa tinham o respaldo do Conselho de Administração, que foi presidido por Dilma Rousseff e Guido Mantega, durante os 12 anos de governos petistas. Indo além deste "batom na calcinha e na cueca", Youssef antecipou que sua nova delação premiada, na esfera do STF, vai revelar como funcionou a doação à campanha que elegeu Dilma, em 2010. E repetiu o mantra: Lula e Dilma sabiam de tudo que se passava na Petrobras...

Enquanto Youssef não fala tudo que sabe sobre 2010, a questão do financiamento eleitoral de 2014 fica eletrizante. Gilmar Mendes demonstrou as tais "práticas" que ensejariam abertura de ação penal pública. Se ficar comprovado que o Partido dos Trabalhadores recebeu, indiretamente, recursos vindos das falcatruas na Petrobras, investigadas pela Lava Jato e reveladas nas delações premiadas, o PT corre risco até de sofrer uma punição mais grave, por violação da Lei dos Partidos Políticos. E nem adianta a petelândia choramingar perseguição, pelo fato de Gilmar Mendes ter sido indicado para o STF pelo ex-Presidente FHC - aquele que faz de tudo para poupar o PT...

Gilmar Mendes voltou a pedir à Corregedoria Eleitoral que reexamine se existe também ilegalidade idêntica na prestação de contas da campanha presidencial do PT, da qual ele foi o relator. A mesma que o TSE julgou e aprovou, com ressalvas, em dezembro de 2014. Agora, Gilmar Mendes apresenta indícios concretos de que uma empresa que recebeu recursos do Petrolão, em tese, pode ter promovido financiamento indireto de campanha feito por empresa impedida de doar - no caso, a Petrobras, que é uma companhia de economia mista.

Gilmar Mendes mandou o Ministério Público de São Paulo investigar um caso concreto. A Secretaria de Fazenda de São Paulo, a pedido do TSE, confirmou que a empresa Angela Maria do Nascimento Sorocaba-ME, aberta em agosto de 2014, em apenas um mês, emitiu notas fiscais eletrônicas no valor de R$ 3,7 milhões, sem o pagamento de impostos. Do total, 1,6 milhão foram diretamente para a campanha de Dilma. A grana pagou a empresa Embalac Indústria e Comércio Ltda - fornecedora de material para a campanha petista. A Secretaria de Fazenda de São Paulo constatou que a empresa era fantasma. Não foi encontrada no endereço comercial.

A diligência realizada na residência da proprietária, Angela Maria do Nascimento, confirmou a armação. Angela informou ao fisco paulista que foi orientada a abrir a empresa para funcionar apenas no período eleitoral. O contador dela, Carlos Carmelo Antunes, coincidentemente também contador da Embalac, informou que abriu a nova empresa a pedido dos donos da empresa fornecedora de material. A intenção era livrar a Embalac de custos com impostos. Foram emitidas 29 notas para a campanha de Dilma referentes ao fornecimento de placas e faixas.

A Secretaria de Fazenda paulista investiga outra suspeita, quase evidência, de irregularidade no recebimento indevido de dinheiro para a campanha. O alvo é a empresa Focal Confecção e Comunicação Visual. A informação da Secretaria de Fazenda a Gilmar Mendes ressalva que ?conclusões preliminares, pois devido ao grande volume de documentos apresentados faz-se necessário mais tempo para o aprofundamento das investigações e elaboração de relatório final?.

A maioria no TSE tende a reabrir o processo que investiga a chapa Dilma-Temer por crime eleitoral... O tempo ainda vai esquentar ainda mais em Brasília... E se Ação de Impugnação de Mandato Eletivo prosperar, a casa cai de vez para a petelândia...

Agora, independentemente de qualquer resultado de ação judicial, Dilma não tem mais nenhuma condição de continuar à frente da Presidência, completamente desmoralizada, impopular e sem credibilidade. Quanto mais ela insistir em ficar, pior será para ela e o Brasil.
Herculano
26/08/2015 12:42
SÓ COISAS BOAS, AVESTRUZ

O PMDB de Gaspar que apoia Kleber Edson Wan Dall, criou u grupo no Whats app. Mas, ninguém do partido pode emitir opinião de questionamento. Se isto acontecer, é sacado fora do grupo.

Como o PMDB de Gaspar tem um passado de censura a veículos de comunicação, vai agora censurar redes sociais e aplicativos? Coisa de avestruz.
Herculano
26/08/2015 12:39
NO PAÍ DO FAZ DE CONTA DA PRESIDENTE DA REPÚBLICA, por Ricardo Noblat, de O Globo

Enquanto a crise econômica sobe mais um degrau a cada dia, a presidente Dilma Rousseff mantém distância prudente dos seus efeitos atravessando o país de uma ponta à outra dentro do seu mundinho de faz de conta.

Em Cantaduva, interior de São Paulo, ela entregou, ontem, 1.237 unidades do programa Minha Casa Minha Vida, uma das poucas realizações bem-sucedidas do seu governo. E para não ser incomodada, passou longe do centro da cidade.

Ali, cerca de 500 pessoas protestaram contra a visita dela pondo panos pretos nas janelas e fechando o comércio por meia hora. "Eu quero dizer que vamos superar esse momento de dificuldade", proclamou Dilma durante a solenidade de entrega das casas.

Ela estava entre autoridades de sua comitiva e do governo de São Paulo, e diante de uma plateia amiga montada para aplaudi-la. O ato no conjunto habitacional foi blindado. O bairro ficou todo cercado para evitar a presença de eventuais manifestantes.

Os contemplados com casas e seus acompanhantes se valeram de ônibus especiais para chegar ao local da solenidade. Todos foram submetidos a detectores de metais. Não carregavam armas nem quaisquer artefatos que pudessem pôr a presidente em risco.

Quatro casas haviam passado por uma maquiagem nos últimos dois dias para que Dilma as visitasse e posasse para fotos - e somente nelas. Foram pintadas e ganharam jardins com flores plantados às pressas, segundo o jornal O Estado de S. Paulo.

Dilma parecia satisfeita. Antes havia concedido entrevistas a duas emissoras de rádio de cidades vizinhas de Cantaduva sem que seus entrevistadores a tivessem aborrecido com perguntas embaraçosas. Foram entrevistas amenas, encomendadas, digamos assim.

A presidente mais impopular da história do país pode repetir afirmações fantasiosas do tipo:

- Não tenho como garantir que a situação em 2016 será maravilhosa. Muito provavelmente não será. Mas também não será a dificuldade extrema que muitos pintam.

(Dilma sabe que a situação não será nem remotamente maravilhosa. Mas ao fazer questão de dizer isso, tenta sugerir que a situação poderá ser boa. Ou razoável. Quando de fato será ruim.)

- Vamos continuar a ter dificuldades, até porque não sabemos como o mercado internacional vai se comportar.

(A menção ao "mercado internacional" é para reforçar sua pregação de que ele é culpado pela crise que atinge o Brasil ? e não o governo dela.)

- Acredito que é sempre assim: as pessoas querem que as coisas sejam imediatamente resolvidas. É compreensível, mas nem sempre ocorre assim, nem na vida da gente.

(Aqui, uma crítica velada aos que esperam uma solução rápida para a crise. Ora, eles acreditaram no discurso de campanha de Dilma de que nada ocorreria de ruim - pelo contrário.)

- Nossa ideia é que dificuldades sejam enfrentadas o mais rápido possível. Mas quanto mais gente estiver torcendo pro ?quanto pior melhor?, mais longa será essa travessia.

(Indireta para a oposição, a quem Dilma acusa de torcer pelo pior.)

De volta a Brasília no final da tarde, Dilma reencontrou-se com o mundo real. Para seu desgosto.
Luiz orlando Poli - sociólogo
26/08/2015 09:45
O que move um país é a autoestima de seu povo , é ele acreditar no seu potencial é ser o único agente de seu próprio destino, é exigir um governo que não basta somente ter legitimidade , mas fundamentalmente credibilidade que resulte em confiabilidade. Infelizmente estamos atualmente sem esses ingredientes .
Entendo que para reverter esse cenário é preciso qualificar a POLITICA com uma PROFUNDA e MORALIZADORA REFORMA da mesma ou essas crises podem vir a se repetir num espaço curto de tempo.

Herculano
26/08/2015 08:02
O HUMOR DE JOSÉ SIMÃO

Dilma corta ministérios! Primeiro ela vai cortar os ministros que não conhece. Depois os que não lembra!
Herculano
26/08/2015 08:00
O OLHO DA CRISE ESTÁ NO BUNKER, por Elio Gaspari para os jornais O Globo e Folha de S. Paulo

Tendo produzido uma crise econômica e política, a doutora Dilma e o PT mostram-se dedicados a agravá-la. Chamaram Joaquim Levy para cuidar das contas e puxaram-lhe o tapete. Chamaram Michel Temer para cuidar da articulação política e cortaram-lhe as asas. Nos dois casos, os doutores contribuíram para a própria fritura. Levy esqueceu-se de traçar a linha da qual não recuaria. Temer saiu-se com a sibilina declaração de que se precisava de "alguém que tenha capacidade de reunificar a todos". (Ele?) Por mais que esses episódios tenham feito barulho, não justificam a encrenca que deles resultou.

Antagonismos fazem parte da rotina de qualquer governo, em qualquer época. O que distingue a barafunda da doutora Dilma é a sua capacidade de criar novos problemas magnificando os velhos. O governo não demorou para perceber a gravidade da crise econômica que alimentou, tentou negá-la e deu no que deu.

A crise política tem duas peculiaridades. Uma vem do PT, a outra é de Dilma. O PT não faz alianças, recruta súditos ou sócios. Dilma, por sua vez, chegou à Presidência da República sem jamais ter vivido o cotidiano de um Parlamento.

A experiência parlamentar parece uma trivialidade, até um desdouro. Não é bem assim. Tome-se o exemplo de dois hierarcas do Executivo: Delfim Netto e Roberto Campos. Como czares da economia, mandaram como ninguém. Foram para o Congresso e viraram outro tipo de pessoa, mais tolerantes, livres de algumas certezas que o poder lhes dera. No Executivo, o sujeito acha uma coisa, manda fazer e ponto final. O Trem-Bala, por exemplo. No Congresso, o mesmo sujeito vai para uma reunião, expõe seu ponto de vista e é contraditado por outro parlamentar, um idiota, talvez ladrão. Deverá ouvi-lo respeitosamente e habituar-se a perder calado, caso seu adversário consiga mais votos que ele. No palácio, manda quem pode e obedece quem tem juízo. No Congresso, manda quem tem maioria.

A falta de experiência parlamentar (o caso de Dilma) ou a incapacidade de preservar alianças (o caso do PT) influi no metabolismo dos palácios, transformando-os em bunkers: "Nós estamos certos e todos os outros estão errados". Em seguida, dentro do bunker, estabelece-se uma competição de egos. "Eu estou certo e meu rival dentro do governo é a causa de todos os males."

Desgraçadamente, uma vez criada a mentalidade do bunker, o mundo em volta deixa de ter importância. Briga-se pela briga. O exemplo extremo dessa patologia pode ser encontrado no bunker mais famoso de todos os tempos, o da Chancelaria do 3º Reich, em 1945. Aquilo é que era bunker, a oito metros de profundidade. Hitler e seu "núcleo duro" enfurnaram-se nele em janeiro e de lá o Führer comandava sua guerra, tendo Martin Bormann como seu braço direito. Velho rival do espalhafatoso marechal Herman Goering, Bormann teve o seu momento de esplendor no dia 25 de abril e conseguiu demiti-lo de todos os cargos, expulsando-o do partido.

Os russos estavam a poucos quarteirões de distância. No dia 30 de abril, o Führer matou-se e, uma semana depois, o poderoso Bormann deixou o bunker. Enfim, vencera e fora designado testamenteiro de Hitler e chefe do partido nazista. Morreu na rua, a pouca distância do bunker
Herculano
26/08/2015 07:57
CONSEQUÊNCIAS, por Antonio Delfim Netto, ex-ministro do Planejamento e da Fazenda

O nível generalizado de desconfiança que dissolveu instantaneamente a relação de simpatia entre a sociedade e o governo Dilma, foi a descoberta que todo o custoso marketing feito durante a campanha eleitoral era apenas um nevoeiro para esconder uma triste realidade.

A decepção se apossou dos seus eleitores, um pouco mais de um terço do total, ainda que maioria no segundo turno. Hoje estão reduzidos a menos de 10% do total.

E, pior, aparentemente confinados ao gueto do ONGoismo, dos movimentos sociais domesticados e de sindicatos, todos beneficiados ou financiados pelo governo federal. A verdade é que um pouco menos de dois terços dos eleitores já eram contra ela no dia da eleição.

Parte da rejeição ao governo é devida ao conhecimento que a presidente, para reeleger-se, acelerou a crise fiscal anunciada há pelo menos 20 anos. Esta assumiu, agora, o status superior de "estrutural", uma vez que o crescimento da receita (mesmo com os aumentos de impostos de mais de 10% do PIB no período) vão continuar a crescer menos do que a despesa, que é determinada endogenamente, pela vinculação de 90% dos gastos!

Dilma tem dificuldades de lidar com o problema, uma vez que, em 9 de novembro de 2005 ?quando era chefe da Casa Civil?, chamou o plano de ajuste fiscal de longo prazo que estava sendo preparado de "rudimentar" e acrescentou que "o tal debate é absolutamente desqualificado e não há autorização do governo para ele ocorrer".

O surpreendente é que todos sabiam que ele estava sendo estimulado por Lula, por sugestão dos ministros Antonio Palocci e Paulo Bernardo.

Para sentir a gravidade da situação atual, em dezembro de 2013 o deficit nominal do governo foi de 3%, contra 6,2% em dezembro de 2014 e estima-se que terminaremos 2015, com um deficit nominal de 7% e, que a relação dívida bruta que era de 53,3% em dezembro de 2014, atingiu 58,9% em 2015 e deve beirar 62% ao final de 2015, um aumento de quase 10% do PIB em apenas dois anos!

Outra parte significativa da rejeição expressa nas "passeatas cívicas", nos "panelaços" etc. parece vir da impressão generalizada que Dilma ignorou a realidade talvez, inconscientemente, como revelou sua entrevista na edição de ontem a esta Folha.

Como disse Nietzsche, "as mentiras mais comuns são as que contamos para nós mesmos; as outras são, relativamente, exceções".

É preciso muita sorte e muita arte e engenho para desfazer tal impressão. Restabelecer a confiança da sociedade, é condição preliminar (ainda que não suficiente) para a volta do crescimento econômico que corrigirá todas as coisas.
Herculano
26/08/2015 07:55
130 MIL SERVIDORES INGRESSARAM NO GOVERNO FEDERAL NOS ÚLTIMOS ANOS

Conteúdo do Contas Abertas.O governo anunciou nessa segunda-feira (24) uma reforma administrativa para cortar gastos. Os planos incluem o fim de dez ministérios e o corte de mil cargos de confiança. Ao logo dos últimos meses, o Contas Abertas vem divulgando uma série de dados sobre como a "máquina pública" aumentou nos últimos anos.

Atualmente, o Poder Executivo possui 39 ministérios com orçamento de R$ 2,8 trilhões em 2015. Para fazer a administração funcionar cerca de 616 mil servidores civis ativos trabalham em órgãos, autarquias e fundações. De 2002 para cá, foram quase 130 mil servidores federais civis a mais no quadro.

Esplanada100 mil cargos, funções de confiança e gratificações

O Poder Executivo federal possui quase cem mil cargos, funções de confiança e gratificações. Somente os chamados cargos de Direção e Assessoramento Superior (DAS) somam 22.559. Tanto a quantidade de servidores como as ?comissões? cresceram significativamente nos últimos anos. Nos últimos 13 anos, cerca de 30 mil novos cargos, funções de confiança e gratificações foram criados. Os DAS eram de 18.374 em 2002.

Presidência tem 18 mil servidores

Com a intenção de dar maior visibilidade e prestígio a algumas áreas, ou para criar cargos atrativos politicamente, a Presidência da República cresceu de forma significativa nos últimos anos. Em 2007, eram 5.697 funcionários. Em março passado, a quantidade passou a ser de exatos 18.388 servidores.

A quantidade de servidores da Presidência da República inclui a Vice-Presidência, as Secretarias, que possuem status de ministério, a Controladoria Geral da União (CGU), a Advocacia Geral da União (AGU) e a Agência Brasileira de Inteligência (Abin). Também são contabilizados servidores da ANTAQ, a ANAC e do Ipea.

A estrutura da Presidência da República, também está a Secretaria de Relações Institucionais, que ainda existe com status ministerial, embora a função de titular do cargo estivesse sendo desempenhada pelo vice-presidente, Michel Temer. Também integram as secretarias de Promoção da Igualdade Racial, da Micro e Pequenas Empresas, Assuntos Estratégicos, de Direitos Humanos e de Políticas para Mulheres.

39 ministérios

A principal mudança vai ser na Esplanada dos Ministérios. Hoje são 39. Pelo menos dez vão ser cortados, segundo promessa do Governo. Em 1985, no governo José Sarney, eram 25. O governo Fernando Collor reduziu para 16. E depois o número só foi aumentando, Itamar Franco teve 23 ministros. Fernando Henrique deixou o governo com 32 ministérios. O presidente Lula, com 37.

A presidente Dilma Rousseff tem, hoje, 39 ministérios: 13 são do PT; 7, do PMDB. Mas outros sete partidos também estão na Esplanada.

O que deve ser cortado

Na ponta de caneta de Dilma para serem cortados, devem estar as secretarias de Portos, Aviação Civil e Assuntos Estratégicos, além da mais nova Pasta de Micro e Pequenas Empresas. O Gabinete da Segurança Institucional e o ministério da Pesca e Aquicultura também não devem escapar da extinção, ou poderão perder o status de órgão superior.

Para o cientista político, Antônio Flávio Testa, é preciso acabar com esse aparelhamento da administração pública. "Não adianta extinguir ou fundir ministérios, sem racionalizar os recursos e tornar mais efetiva a qualidade do gasto e dos serviços públicos. É apenas jogar os problemas de um lado para o outro", explica.

Testa afirma que, os cargos de confiança deveriam atender a um projeto de governo e não aos partidos, pois dessa forma os servidores e autoridades poderiam ser cobrados quanto aos resultados exigidos.

"Nenhum presidente consegue governar com 39 ministérios. Alguns ministros nunca despacharam com a Dilma. Do que adianta, existir a instituição se não tem orçamento ou projetos? As secretarias, por exemplo, não possuem prestígio, não tem agenda, não tem nada", ressalta o cientista político.

Discurso diferente

O corte de ministérios é uma mudança de posição da presidente. A proposta era defendida pelo candidato tucano Aécio Neves (MG), na campanha presidencial do ano passado. Em junho, Dilma sinalizou a intenção de ter um primeiro escalão mais enxuto. "Cada ministro tem um papel. Criticam muito porque nós temos muitos ministérios. Acho que teremos de ter menos ministérios no futuro", reconheceu.

A redução de pastas já foi cobrada publicamente pelos presidentes da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), e do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), como gesto do governo num contexto em que tenta aprovar uma série de propostas impopulares no Congresso, que aumentam impostos e restringem o acesso a benefícios.
Herculano
26/08/2015 07:47
A OPINIÃO DE QUEM ENTENDE por Carlos Brickmann

Um excelente jornalista, Ricardo Sérgio Mendes, jamais se deu ao trabalho de ler projetos de mudança da legislação trabalhista. Ia direto à opinião da Fiesp, a Federação das Indústrias, e demais entidades patronais, e explicava: "Se eles forem a favor, é porque eu vou me ferrar. Se forem contra, então é boa para mim".

Não é preciso fazer qualquer análise sofisticada para saber como vai o Governo: se o maior banqueiro privado do país, Roberto Setúbal, apoia Dilma, é porque o Governo Dilma é bom para ele e os demais banqueiros. Quem não for banqueiro que arque com as consequências e pague a conta. E sem reclamar.

Aliás, nem precisaríamos recorrer à sabedoria do velho jornalista: a própria propaganda de Dilma nos informou que, quando os banqueiros se articulam, a comida some da mesa dos cidadãos. E, agora como nunca, os banqueiros se articularam e ganharam prestígio: em vez de simplesmente assistir à nomeação de um dos seus para o comando da Economia, foram consultados oficialmente para saber quem a presidente reeleita escolheria para a Fazenda. Mandaram que fosse Joaquim Levy. Para obedecer aos banqueiros, Dilma rejeitou até Henrique Meirelles, o candidato de Lula: era banqueiro, mas não era o indicado pelos bancos.

E ninguém estranhe que Setúbal, cuja competência como banqueiro é reconhecida por todos, apoie um Governo que se diz de esquerda e que condena a elite endinheirada de São Paulo. Este colunista, se fosse Setúbal, também seria Dilma desde criancinha. Quando é que os bancos ganharam tanto dinheiro?

COMPLEMENTANDO

O banco dirigido por Roberto Setúbal anunciou que, para ampliar os lucros, vai fechar 15% de suas agências. O Sindicato dos Bancários é tradicionalmente petista (de lá saíram o ministro Ricardo Berzoini, o tesoureiro do PT João Vaccari Neto, o ministro Luiz Gushiken e Sérgio Rosa, da Previ).

Irá protestar contra um aliado tão bom só para defender os empregos de seus associados?

POETA QUANDO CALADA

Dilma Rousseff nunca falha: na entrevista que concedeu à Folha, Estadão e O Globo, disse que para enfrentar o baixo crescimento fez uma "política pró-cíclica". Ou seja, em português correto, sua política buscava sustentar o ciclo de baixo crescimento. Mas Dilma pretendia dizer o contrário, que fez uma "política anticíclica", ou seja, buscando reverter a estagnação. Foi traída pelo dilmês. Disse ainda que não tinha percebido que a economia estava tão deteriorada.

Conclusão do jornalista Cláudio Humberto: "Ao admitir, um ano e meio depois, que não percebeu a gravidade da crise, agora é oficial: Dilma não precisa de oposição para chamá-la de incompetente". Conclusão do jornalista Gabriel Meissner: "Se até Dilma percebeu que a crise é grave, a coisa está bem feia".

ERRO REPETIDO

Equivocam-se os que denominam de Tico e Teco os dois famosos neurônios. Os nomes não vêm dos desenhos de Disney, mas de outro filme: Débi e Lóide.

AINDA PODE PIORAR

Dilma e seus aliados estão mais otimistas, achando que a declaração de Roberto Setúbal e a incapacidade do PSDB de se unir para escolher seu caminho dão um bom fôlego ao Governo. Como diria um personagem conhecido, menas, menas: há muitos focos de crise ainda intocados. O PMDB, por exemplo: hoje à noite, reúnem-se parlamentares do partido para discutir como afastar Dilma sem precisar do apoio de Aécio e Alckmin. O grupo de Renan não vai; mas, se achar que os opositores de Dilma são mais fortes, adere na hora. E Michel Temer, embora não vá mexer uma palha, ao menos em público, para derrubar a presidente, não reclamará se o poder cair em seu colo. Há também o depoimento do presidente do BNDES, Luciano Coutinho, na CPI da Câmara. Em princípio, Coutinho, que é do ramo, tem tudo para sair-se bem; mas, se algum deputado tiver estudado o assunto, talvez possa criar-lhe (e ao Governo) alguns problemas.

A PONTE PARA O FUTURO

Uma das condições básicas para qualquer retomada do desenvolvimento e superação da crise econômica, a segurança jurídica, é o tema de um simpósio dos mais importantes, que a Sociedade de Estudos Jurídicos Brasil-Alemanha, Sejubra, promove no próximo dia 20 em Joinville.

Dois ministros do STJ, Ricardo Villas Bôas Cueva e Marco Aurélio Gastaldi Buzzi, falam sobre o tema para investidores alemães. Segurança jurídica é, para o investidor, um assunto essencial.

O PÓ DA HISTÓRIA

Muita gente indignada com o presidente boliviano Evo Morales, que disse que, "se houver golpe", ele e os bolivianos "vão defender a democracia no Brasil". A interpretação é de que Morales ameaçou agir militarmente (o que não chegou a dizer). Mas não há motivo para preocupação. No final do século 19, vitorioso na guerra franco-prussiana, o primeiro-ministro alemão Otto von Bismarck foi informado por um jornalista de que a Grã-Bretanha, enfraquecida pela Guerra da Crimeia e há longos anos enfrentando apenas lutas coloniais, ameaçava intervir na Europa.

O jornalista quis saber qual seria sua reação se os ingleses desembarcassem. Bismarck não hesitou: "Ora, chamaria a Polícia!"
Spargont
26/08/2015 07:37
Herculano,

O que você quis mostrar ou esconder em dizer que Gaspar está no rolo de Itajai?

Quem está no rolo? Prefeitura ou empresário que sustenta teu salário pagando publicação no teu jornal?

Como tu és um frouxo e só é homem atrás de um teclado guarda pra ti e não publiques.
Herculano
26/08/2015 07:37
COMO ESSE PESSOAL NOS ENGANA

Vão diminuir ministérios? Quantos? Quando? Ou seja, criaram uma expectativa. Destamparam a chaleira, apenas.

Como sabem que a maioria é analfabeta, ignorante, desinformada, dependente e tem ainda os medrosos, vão continuar enganando.

Brasília tinha oito mil comissionados. Nos governos petistas, do PMDB, PP, PSD, PDT, PC do B, PTB, PR, PRB e outros, este número saltou para 22 mil. E não são salários menores, em média do que oito mil. alguns chegam a quase 20 mil, isto sem falar nos cartões corporativos usados a rodo e diárias.

E quanto é a previsão dos políticos enganadores de cortar este cargos com do possível corte do número de ministérios? Em torno de mil, isto se houver uma fiscalização da sociedade

Ou seja, tudo maquiagem, enganação, marquetagem. Wake Up, Brazil!
Herculano
26/08/2015 07:29
A LOROTA VENCEU, por Bernardo Mello Franco para o jornal Folha de S. Paulo

É possível encher o espaço desta coluna com declarações da presidente Dilma Rousseff e seus aliados contra a ideia de cortar ministérios. A sugestão circulou em diversos momentos, mas sempre foi tratada com desprezo no Planalto.

Uma boa oportunidade surgiu depois dos protestos de junho de 2013, quando a popularidade presidencial sofreu o primeiro tombo. Pressionada pelas ruas, Dilma foi aconselhada a enxugar a máquina em sinal de austeridade. "Há um consenso hoje na questão do número exagerado de ministérios", disse o então presidente da Câmara, Henrique Eduardo Alves, sugerindo o fim de 14 pastas.

A presidente escalou Jaques Wagner, então governador da Bahia, para responder em seu nome. "Não é reduzindo ministério que se dá eficiência à máquina pública", disse ele. Dois anos depois, o peemedebista e o petista esqueceram a divergência e foram premiados com a mesma moeda. Hoje, eles são 2 dos 38 ministros do governo Dilma.

O tema voltou na campanha de 2014, quando Aécio Neves e Marina Silva prometeram passar a navalha na Esplanada. Como nenhum deles se encorajou a nomear as pastas que seriam sacrificadas, a presidente se sentiu à vontade para contra-atacar.

"Tem gente querendo reduzir ministérios. Um deles o da Igualdade Racial, outro o que luta em defesa das mulheres. Eu acho um verdadeiro escândalo querer acabar", disse, em setembro. No mês anterior, ela definira a promessa dos adversários como uma "cegueira tecnocrática".

Reeleita, Dilma teve nova chance de reduzir o time, mas bateu o pé. "Outra lorota", disse em novembro, ao ser questionada sobre os rumores de que enxugaria o segundo escalão. Ela insistiu que a medida não geraria "economia real" para o governo.

Ao voltar atrás, Dilma deixou duas hipóteses em aberto. Ou mentiu antes, ao dizer que não precisava cortar ministérios, ou mente agora, ao agir contra suas convicções. Em qualquer dos casos, a lorota terá vencido.
Herculano
26/08/2015 07:26
ENROLADOS NA LAVA JATO BANCARAM FILME DE LULA, por Cláudio Humberto, na coluna que publicou hoje nos jornais brasileiros

A devoção de empreiteiras ao ex-presidente Lula coincide com o início do "petróleo" em seu governo. Enquanto montavam os esquemas revelados pela Operação Lava Jato, Odebrecht, OAS, Camargo Corrêa e Estre Ambiental financiavam "Lula, o filho do Brasil", filme de 2010 que bajula o político do PT. E faturariam mais de R$ 6,8 bilhões entre 2004 e 2015 na era Dilma, segundo o Portal da Transparência.

Retorno garantido

A empresa de Marcelo Odebrecht, preso na Lava Jato, foi a que mais faturou no governo Dilma: quase R$ 3,9 bilhões.

Propinoduto

A Estre Ambiental, uma das patrocinadoras do filme, é acusada de pagar propina de R$1,4 milhão ao ex-diretor Paulo Roberto Costa.

Tem mais

A JBS Friboi, maior financiadora da campanha eleitoral de 2014, e até a EBX, do ex-bilionário Eike Batista, deram dinheiro para o filme.

Número 1

A cervejaria Brahma ajudou a bancar o filma. "Brahma" foi o codinome usado pelo ex-presidente da OAS Leo Pinheiro para se referir a Lula.

PMDB PREPARA TERRENO PARA DEIXAR O GOVERNO

O vice-presidente Michel Temer abriu as "portas da infidelidade" da bancada peemedebista, que trabalha para aprovar, no congresso nacional do partido, o rompimento com o governo Dilma e o PT. Denunciado pelo Ministério Público, o presidente da Câmara, Eduardo Cunha, articula antecipar a convenção de novembro para outubro. Com Temer fora da articulação, o PMDB já pensa na transição do governo.

Barco furado

Na Câmara, a avaliação é que até o ex-presidente Lula abandonará Dilma. Com Aloizio Mercadante, o governo afundará. E rápido.

Precedente

Osmar Terra (RS) lembra que na convenção do partido, em 2014, 42% defenderam não apoiar Dilma. "A situação piorou", diz o deputado.

Orelha em pé

PP e PSD reconhecem a dificuldade. "Sem Temer, não funciona a articulação", afirma Dudu da Fonte (PP-PE).

É a pindaíba

A Aeronáutica oficialmente se recusa a explicar a decisão de eliminar um dia útil na semana: agora, a carga horária da Força Aérea Brasileira é de segunda a quinta, de 8h às 17h. E a sexta-feira será eterna folga.

Cabo de guerra

Marta Suplicy e Gabriel Chalita acertaram uma trégua sobre o rumo do PMDB-SP em 2016. Nos bastidores, segue tudo igual. Marta faz lobby com vereadores e Chalita, grudado no prefeito Fernando Haddad (PT).

Efeitos da crise

Em Florianópolis, pesquisa do Instituto Paraná mostra que a rejeição à presidente Dilma é pior entre os eleitores com ensino fundamental, 81,9%, quando comparado aos eleitores com ensino superior, 80%.

Assunto proibido

O ministro Gilberto Kassab (Cidades) garantiu a empresários, semana passada, que a crise econômica será debelada. Mas ao ser perguntado sobre Dilma, ele se esquivou: "Conversamos em outro momento..."

O piloto sumiu

Dilma deveria considerar seu governo, e não Eduardo Cunha, o maior problema: 157 mil desempregados em julho, a inflação explode, caem os investimentos e a confiança nela se aproxima de zero.

Linha de batalha

O governo conta votos no plenário da Câmara: para aprovar projetos de lei, precisa arrumar no mínimo 257 votos favoráveis; para barrar o impeachment de Dilma, terá de garantir 200 votos contra a proposta.

Mudou a cara

A CPI do BNDES ouve esta semana o presidente do banco, Luciano Coutinho. Ele abandonou a atitude arrogante, negando documentos e informações até ao TCU, e agora usa modelito "paz e amor".

Vai que é tua, Dilma

Eduardo Cunha brincava com buzinaço de funcionários do Judiciário, que pediam a derrubada do veto de Dilma ao reajuste dos servidores. "Então não é para mim (o buzinaço)", brincou o presidente da Câmara.

Pensando bem...
... a acareação entre o doleiro Alberto Youssef e o ex-diretor da Petrobras Paulo Roberto Costa, na CPI, precisa de uma acareação.
Herculano
26/08/2015 07:14
DESFORA DO PESSIMILDO, editorial do jornal Folha de S. Paulo
Desforra de Pessimildo.

Dilma Rousseff reconhece que errou diante da crise econômica no ano passado, mas atenua o mea-culpa com um enredo pouco crível

A presidente Dilma Rousseff (PT), quem diria, reconheceu que errou diante da crise econômica.

Segundo declarou em entrevista a esta Folha e aos jornais "O Globo" e "O Estado de S. Paulo", demorou para perceber que a situação poderia ser mais grave do que imaginava. "Talvez nós tivéssemos de ter começado a fazer uma inflexão antes", completou. Se não o fez, foi porque "não tinha indício de uma coisa dessa envergadura".

Mesmo os mais crédulos petistas terão dificuldades para acreditar na versão presidencial ?mas, num paradoxo fácil de entender, preferirão se deixar enganar por esse enredo fantasioso. Do contrário, precisarão admitir que Dilma não enxergou o óbvio.

Durante todo seu primeiro mandato, não faltaram alertas sobre o esgotamento do modelo econômico que patrocinou. Em 2014, a arrecadação já caía de forma acelerada; era claro que fortes ajustes seriam inevitáveis.

Na disputa eleitoral, a campanha da petista até criou um personagem ranzinza para zombar de quem criticava o governo. Tratava-se do boneco Pessimildo, que talvez hoje a presidente queira contratar como conselheiro.

A despeito do muito que parece haver de insincero no mea-culpa de Dilma, a verdade é que, para um país imerso em profunda crise, interessa menos o que se diz do passado e mais o que se faz em relação ao futuro. Quanto a isso, a presidente deu sinais que merecem ser acompanhados com atenção.

Indicou, por exemplo, que apoia certas reformas essenciais, como a da Previdência. É sem dúvida positivo que Dilma tenha se alinhado ao diagnóstico de que o país tem um problema com o envelhecimento da população e que é necessário reduzir o peso dos gastos obrigatórios no Orçamento ?55% deles referentes a aposentadorias.

Embora não tenha ido ao detalhe, presume-se que se trata de aval à proposta de estabelecer uma idade mínima para a aposentadoria que consta da Agenda Brasil, elaborada sob liderança política do Senado para preencher o vazio da pauta presidencial.

Dilma também endossou a promessa de cortar dez ministérios e mil cargos comissionados (5% do total). Anunciada pelo ministro do Planejamento, Nelson Barbosa, a medida, passe o trocadilho, foi mal planejada: não se sabe sequer quais pastas serão eliminadas, muito menos que economia a iniciativa poderá promover.

Ainda assim, há algo de simbólico nesse possível corte ?e a presidente mais impopular da história pode tentar recuperar, com esse gesto, alguma conexão com as ruas.

Será difícil, para não dizer impossível. Escamotear a verdade ou descumprir recentes promessas, contudo, de nada ajudarão Dilma Rousseff a retomar prestígio e credibilidade em níveis mínimos para fazer avançar uma agenda de reformas imprescindíveis ao país.
Herculano
25/08/2015 22:47
AÇÃO DO PSDB CONTRA DILMA AVANÇA: 4x1

Conteúdo do O Antagonista. Após mais um debate acalorado entre Gilmar Mendes e Maria Thereza, a ministra Luciana Lóssio pediu vistas numa estratégia escancarada para adiar a investigação por mais uma semana. O esforço será em vão. Dos 7 ministros do TSE, cinco já votaram. Thereza foi a única a pedir o arquivamento da ação de impugnação de mandado eletivo apresentada pelo PSDB contra a campanha de Dilma. Votaram a favor Gilmar, Luiz Fux, Henrique Neves e João Otávio Noronha.

Maria Thereza, que tem julgado a favor do PT, defendeu a tese (vencida) de que o TSE não seria o local para discutir as fraudes descobertas nas contas da campanha de Dilma, uma vez que os crimes já são apurados pela Lava Jato em Curitiba. É um argumento viciado. Lóssio deve segui-la, assim como Dias Toffoli.

Gilmar Mendes insistiu na instrução do caso, no compartilhamento das provas e repetiu os argumentos usados no pedido de abertura de investigação encaminhado à PGR na sexta-feira passada. Se ficar comprovado que o financiamento da campanha de Dilma se deu mediante recurso da Petrobras, via propina, existe uma proibição legal clara.

- Não estamos validando fraudes, não estamos validando a corrupção.
Herculano
25/08/2015 21:39
GASPAR ESTÁ NO ROLO DE ITAJAÍ?

Na operação Dupla Face que mandou pra cadeia políticos, administradores públicos e empresários, o Ministério Público divulgou que ao todo foram cumpridos 26 mandados de busca para reunir documentos, que também incluíram ações em Bombinhas, Gaspar e Balneário Camboriú. Gaspar? Hum!
Pagando Brabo
25/08/2015 21:31
Em tempos de crise que prefeitos por ai a fora cortam sálarios, Gaspar vai na contra mão, ou esta muito bem ou falta administração, alem de o prefeito ter um alto salario, ele e seus asseclas, olha o que estava no Diário Oficial dos municípios, aquele que se esconde na internet, na edição de 14 de Agosto, a Exoneração de um assecla do prefeito do cargo de Diretor de planejamento, que no momento da saída , depois de quase 6 anos de "deserviços", prestados, sim "deserviços", pois o que o mesmo planejou para o município, nestes seis anos? Bom e se não bastasse este absurdo, o mesmo cidadão, na mesma edição do Diário Oficial, foi assentado no cargo de Diretor de incubadora, agora pergunto? vai incubar o que no município, nestes últimos 15 meses de administração, só se vai incubar ovos de cobra, ou qualquer outro animal peçonhento, pois outra coisa o mesmo não vai fazer. Alo Camara de vereadores fiquem de olho.
Herculano
25/08/2015 21:02
O PREFEITO DO PT DE GASPAR TEM UM DOS MAIORES SALÁRIOS DO VALE DO ITAJAÍ. MAS QUEM DÁ O EXEMPLO EM TEMPO DE CRISE É O PREFEITO POMERODE, DO PMDB.

O prefeito de Pomerode, Rolf Nicolodelli, PMDB, decretou a redução em 10% o próprio salário, de seu vice, secretários e comissionados. A iniciativa busca a redução de gastos com a folha de pagamento e evitar que serviços essenciais sejam prejudicados. O município, assim como outros que adotaram procedimentos semelhantes, sofre com o atraso de repasse de recursos federais e estaduais. Além do corte nos salários, a Prefeitura de Pomerode cortou gastos com diárias, cursos e horas extras. O corte representa uma economia de R$ 36,8 mil por mês, o que para um município de 30 mil habitantes é representativo. A medida entra em vigor em 1° de setembro e vale pelos próximos três meses. Após esse período será analisada e poderá ser prorrogada.

Em Gaspar, apesar deste assunto ser proibido e não ser público, o portal transparência inclusive não traz o salário de ninguém, o prefeito Pedro Celso Zuchi ganha em torno de R$21 mil por mês, afora aquelas diárias. Os secretários, em torno de R$9 mil por mês.
Herculano
25/08/2015 20:46
GILMAR PEDE INVESTIGAÇÃO DE EMPRESA CONTRATADA PELA CAMPANHA DE DILMA. EMPRESA CRIADA 2 MESES ANTES DA ELEIÇÃO FATUROU MILHÕES DE DILMA

Conteúdo do jornal O Estado de S. Paulo. O ministro Gilmar Mendes, vice-presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), enviou ao Ministério Público Estadual de São Paulo relatório técnico elaborado pelo Fisco Paulista que detectou irregularidades em empresa contratada pela campanha de 2014 da presidente Dilma Rousseff. A empresa, com nome de Angela Maria do Nascimento Sorocaba-ME, foi aberta em agosto de 2014 - a dois meses da eleição - e somente entre agosto e setembro emitiu notas fiscais no valor de R$ 3,683 milhões. Deste valor, R$ 1,651 milhão foi emitido em nome da campanha presidencial petista.

Segundo o apurado, não há nenhum destaque de impostos nas notas fiscais emitidas e não há "registro de entrada de materiais, produtos e serviços". A empresa seria responsável por entregar produtos de publicidade, placas, standards e faixas, além de despesas com pessoal.

A Fazenda Estadual de São Paulo não encontrou a empresa no seu endereço comercial. A proprietária da companhia foi localizada em endereço residencial e disse ter sido "orientada a abrir a empresa para funcionar no período eleitoral". De acordo com ela, todo o material era proveniente de outra empresa, a Embalac Indústria e Comércio Ltda. O contador das duas empresas, Carlos Carmelo Antunes, disse ter aberto a segunda empresa a pedido dos sócios da Embalac "com o intuito de faturar os produtos destinados às eleições em nome de Angela, para que a Embalac não fosse desenquadrada do regime Simples Nacional".

O relatório foi elaborado pela Fazenda Estadual paulista depois do pedido de Mendes para que o órgão verificasse indícios de irregularidades com relação à gráfica Focal Confecção e Comunicação Visual. Em ofício ao TSE, a Fazenda do Estado afirmou que precisaria de mais tempo para análise sobre a Focal "devido ao grande volume de documentos apresentados". O órgão fazendário, no entanto, apurou a situação fiscal de outros estabelecimentos paulistas citados na prestação de contas da presidente e apontados pela assessoria técnica do TSE, entre eles a empresa Angela Maria do Nascimento Sorocaba-ME.

Diante do verificado, o ministro quer que o Ministério Público paulista apure "eventual ilícito" com relação à empresa.

Na última sexta-feira, Gilmar Mendes, que é relator da prestação de contas da petista, pediu a abertura de investigação de suposta prática de atos ilícitos. Em despacho encaminhado à Procuradoria-Geral da República e à Polícia Federal, Mendes indica "potencial relevância criminal" na campanha petista.
Herculano
25/08/2015 17:03
SEM CONTROLE. SEM DISFARCES. UM COMPRA E OUTRO SE VENDE. PARA TODOS SE MANTEREM NO PODER E SACRIFICANDO A SOCIEDADE QUE SE DESEMPREGA, QUE PAGA TUDO MAS CARO DEVIDO A INFLAÇÃO ALTA. TUDO ISTO COM OS NOSSOS PESADOS IMPOSTOS QUE ESTÃO FALTANDO NA SAÚDE PÚBLICA, NA EDUCAÇÃO, NA SEGURANÇA, NAS OBRAS COM A PONTE DO VALE, DUPLICAÇÃO DA BR-470, MOBILIDADE URBANA, SANEAMENTO BÁSICO... NOTÍCIA DO FIM DA TARDE CONTRA OS BRASILEIROS.

PARA CONTER REBELIÃO, GOVERNO LIBERARÁ R$500 MILHÕES PARA CONGRESSISTAS

Conteúdo do jornal Folha de S. Paulo. Por Ranier Bragon, da sucursal de Brasília. Em meio à crise política e econômica, o governo anunciou nesta terça-feira (25) a liberação de verbas para conter ameaças de novas rebeliões no Congresso Nacional.

O ministro Eliseu Padilha (Aviação Civil), que hoje integra a articulação política do governo Dilma Rousseff, foi à Câmara dos Deputados anunciar a liberação nos próximos dias de meio bilhão de reais para emendas que os congressistas fizeram ao Orçamento da União de 2015.

Devido às dificuldades econômicas, o Palácio do Planalto vinha represando esses pagamentos, o que causou grande desconforto entre os parlamentares.

"Isso é dinheiro na veia da economia", afirmou o ministro após reunião com integrantes da Comissão Mista de Orçamento do Congresso. As emendas representam, geralmente, pequenas obras e investimentos nos redutos eleitorais dos deputados e senadores.

Padilha disse ter superado uma "queda de braço" com a área econômica. "Já pagamos R$ 300 milhões, temos agora R$ 500 milhões e depois teremos mais", afirmou o ministro.

Com o anúncio, a expectativa do governo é a de que a comissão vote a Lei de Diretrizes Orçamentárias, que deveria ter sido aprovada até o início de julho. A LDO fixa os parâmetros para a elaboração do Orçamento do ano seguinte.

Padilha acertou com os congressistas também a aprovação de projeto que permite ao governo pagar todas as emendas feitas por congressistas nos anos anteriores e que não saíram do papel, os chamados "restos a pagar". O valor total está em torno de R$ 3,8 bilhões.

A liberação de verbas já foi motivo de discussão entre Padilha e o ministro da Fazenda, Joaquim Levy. Padilha, representando Michel Temer, havia firmado compromisso com congressistas de que conseguiria a verba. A equipe técnica da Fazenda, no entanto, barrou a liberação.

O ministro da Aviação Civil reagiu: "Não vou recuar na minha palavra", disse para Levy, em uma discussão tensa que logo repercutiu na Esplanada.

A confusão acabou aumentando a pressão de setores do PMDB para que Temer deixasse a articulação política do governo, decisão que o peemedebista comunicou à presidente Dilma Rousseff nesta segunda (24). Nesta terça, entretanto, afirmou que sua saída será gradual.

Outro ponto discutido na reunião foi o compromisso assumido pelo governo, que cedeu após ameaças de rebelião, de liberar verbas para emendas apresentadas pelos deputados que assumiram o mandato em fevereiro. Pelas regras até então, eles só poderiam apresentar emendas para o Orçamento de 2016.

Pelo acordo, será pago R$ 1,2 bilhão para as emendas dos cerca de 250 deputados novatos: R$ 4,8 milhões para cada um deles. Apesar dos compromissos, vários deputados manifestaram ceticismo em relação às promessas feitas por Padilha na reunião
Claudio
25/08/2015 15:45
Marcelo faltando novamente na sessão paga pelo povo. Passeando em Florianópolis, na secretaria de saúde.
Se mete em tudo e não resolve nada. Almofadinha é elogio!
Herculano
25/08/2015 15:38
O BRASIL E A ONDA CHINESA, editorial do jornal O Estado de S. Paulo

Ruim para a China, ruim para o Brasil, uma economia dependente em excesso da prosperidade chinesa. Mais uma vez a bolsa brasileira foi abalada pela turbulência no mercado chinês. O choque espalhou-se por todos os continentes, em mais uma segunda-feira negra. Esta expressão foi usada pelo Diário do Povo, de Pequim, ao noticiar a queda de 8,49%, a maior desde 2007, do Índice Xangai Composto. Uma queda de 8,48% havia ocorrido em 27 de julho, também uma segunda-feira. Enquanto especialistas, em todo o mundo, discutem a situação da China e especulam sobre a gravidade real da crise, pelo menos uma certeza já é possível: países emergentes e em desenvolvimento, exportadores principalmente de commodities - produtos básicos e semimanufaturados -, são os principais perdedores.

Ninguém pode dizer com segurança, hoje, se a economia da China se acomodará num crescimento próximo de 6%, num patamar um pouco inferior ou mesmo se afundará numa crise mais grave, hipótese por enquanto muito improvável. Mas o Brasil e outros fornecedores de commodities para o mercado chinês já foram afetados pela baixa das cotações internacionais.

Esse movimento acompanhou a desaceleração do crescimento da China, com efeitos mais sensíveis na receita cambial desses países de um ano para cá. Para ficar só no desempenho do agronegócio: nos 12 meses até julho, a receita de exportação do setor, US$ 99,81 bilhões, foi 9,4% menor que a do período imediatamente anterior principalmente por causa da redução dos preços. Nesse intervalo, a cotação da soja em grãos caiu 21,2%; a de farelo de soja, 18,6%; a de óleo de soja, 16,3%; a de açúcar, 10,5%; a de papel e celulose, 8,7%; e as de carnes, 5,2% Os preços do minério também caíram. A queda dos preços médios foi a causa principal da redução de 21,7% da receita proporcionada pelas vendas de básicos e de 5,9% da obtida com a exportação de semimanufaturados, na comparação dos números de janeiro a julho deste ano com os de igual período do ano passado. Outros fatores também contribuíram para a baixa das cotações, mas a desaceleração chinesa foi com certeza um dos mais importantes, talvez mesmo o mais importante.

Todos os países muito dependentes da venda de minérios e de produtos agrícolas foram prejudicados pela mudança das condições do mercado e, de modo especial, pelo menor dinamismo da economia chinesa. As vendas do Brasil para a China ficaram em US$ 22,68 bilhões de janeiro a junho deste ano. Esse valor foi 19,4% menor que o dos mesmos meses de 2014.

A composição das vendas para o mercado chinês é esclarecedora. No ano passado, o Brasil faturou US$ 40,62 bilhões no comércio com a China e os produtos básicos proporcionaram 84,42% desse valor. Somando-se a isso a receita dos semimanufaturados, as vendas de commodities garantiram 95,92% do valor exportado. Sobraram, portanto, apenas 4,08% da conta de manufaturados: apenas US$ 1,62 bilhão.

Neste ano, o padrão se repete, mas com um volume de comércio menor. De janeiro a julho, as vendas de básicos corresponderam a 85,11% da receita e a de commodities (incluídos os semimanufaturados), a 96,69% do total faturado.

Pelo menos um analista estrangeiro, o economista Oleg Melentyev, do Deutsche Bank, chamou a atenção, na segunda-feira, para o problema dos emergentes afetados pela desaceleração chinesa e pela depreciação das commodities.

Governantes mais atentos perceberam a urgência de mudanças na composição das exportações e, de modo especial, na relação de dependência com a China. O governo brasileiro, no entanto, continua dando prioridade, oficialmente, ao chamado comércio Sul-Sul e dando pouca importância, na prática, aos problemas de produtividade e de competitividade da indústria.

A presidente Dilma Rousseff, tudo indica, permanece fiel às escolhas da diplomacia petista, incluída a relação semicolonial com a China.
Herculano
25/08/2015 15:36
PIXULECO 171, O HERÓI INFLÁVEL, por Guilherme Fiuza para revista Época (O Globo)

Lula ficou revoltado com Pixuleco, um boneco inflável de 12 metros de altura que apareceu em Brasília nas manifestações do dia 16. Pixuleco é uma caricatura de Lula com roupa de presidiário e a inscrição "13-171" (leia mais em Personagem da Semana). A sátira motivou uma nota oficial do Instituto Lula, afirmando que o ex-presidente nunca fez nada de errado e só foi preso na ditadura militar por defender as liberdades. Nunca antes um ex-presidente da República polemizou com um boneco inflável - que veio desinflar o mito de Lula. E, quando isso se consumar, acabará a bateria da marionete que governa o Brasil.

Lula está indignado, porque a indignação é seu disfarce perfeito. Um dia ele já se indignou de verdade, mas, quando notou que o figurino do injustiçado chorão lhe dava poderes mágicos, não vestiu mais outra roupa. Lula manda no Brasil há 12 anos e continua se queixando da opressão - fórmula perfeita para eleger uma oprimida profissional, que luta dia e noite contra uma ditadura encerrada 30 anos atrás.

Hoje, há quem diga que essa ditadura foi profética ao prender Lula: atirou no que via e acertou no que ainda não existia. É evidentemente uma piada. O autoritarismo militar não tem graça, e Lula não estava destinado a ser o Pixuleco 171.

Quem lhe reservou esse destino, quase sem querer, foi ele mesmo.

Lula não se enrolou por banditismo. Se enrolou por mediocridade. Foi muito pobre e, ao se aproximar do poder, mais forte do que o impulso de combater a pobreza foi o instinto de se vingar dela. Vingança pessoal, bem entendido. Não resistiu aos convites do poder como status, como ascensão social. Quem conviveu com ele nos primeiros anos de palácio se impressionou com os charutos, os vinhos caros e demais símbolos de riqueza. Um ex-operário fascinado pela opulência dos magnatas. Isso não costuma dar certo. Não para um político.

Luiz Inácio da Silva é um cara simpático, engraçado. Não tem o olhar demoníaco de um Collor, que exala prepotência e crueldade. Mas, assim como a imensa maioria dos companheiros petistas, tem uma noção visceral de sua mediocridade. Os companheiros morrem de medo de sua própria covardia. Daí o desespero com que se agarram às tetas do Estado, com a forte desconfiança de que não serão capazes de mamar em outra freguesia. Talvez até alguns fossem capazes - Lula muito mais do que Dilma, por exemplo mas eles mesmos não acreditam. E não pagam para ver. Ou melhor: pagam para não ver.

E pagam bem. A República do Pixuleco é possivelmente um dos mais formidáveis sistemas de corrupção da civilização moderna - se é que se pode chamar isso de civilização. Um sistema montado sobre um trunfo infalível em sociedades infantilizadas e sentimentaloides: a chantagem emocional. Lula da Silva chora, e os corações derretidos ficam cegos para tudo - inclusive para o saque a seus próprios bolsos. O Brasil está sendo roubado de forma obscena há 12 anos pelos coitados, e não se sabe mais quantos exemplares de Joaquim Barbosa e Sergio Moro serão necessários para o país enxotar o governo criminoso.

A Lava Jato já evidenciou: as campanhas presidenciais de Lula e Dilma foram abastecidas com dinheiro roubado da Petrobras. Enquanto Lula batia boca com o boneco inflável, explodia a confissão de Nestor Cerveró sobre o uso de propina do navio-sonda Vitória 10 000 para a campanha de Lula em 2006. O próprio Instituto Lula que foi visto polemizando com o Pixuleco é uma central de arrecadação de cachês milionários do ex-presidente, oficialmente para palestras pagas por grandes empreiteiras - as mesmas que ganham obras no exterior graças ao lobby do palestrante.

Não é que o impeachment de Dilma seja uma saída legítima - ele é a única saída legítima, se os brasileiros ainda quiserem salvar suas instituições da pilhagem desenfreada. A legalidade no país leva todo dia um tapa na cara das trampolinagens companheiras sucessivamente reveladas e expostas, escatologicamente, à luz do sol. Dilma é a representante oficial da pilhagem - e só os covardes duvidam disso.

Se o Brasil tiver vergonha na cara, cercará o Congresso Nacional e o "encorajará" a fazer o que tem de ser feito. Se ficar em casa chupando o dedo, talvez o país tenha de ser libertado por um boneco inflável.
Herculano
25/08/2015 14:21
ENQUANTO GASPAR FICA QUIETA QUANTO AO CONTORNO SUL, BRUSQUE SE MOVIMENTA

Atendendo proposição do deputado estadual Níkolas Reis, PDT a Comissão de Transportes e Desenvolvimento Urbano realiza nesta quinta-feira (27), às 11h, no Plenarinho da Assembleia Legislativa, Audiência Pública para discutir o projeto de duplicação da Rodovia Antônio Heil, que liga os municípios de Brusque e Itajaí.

O objetivo é reunir as autoridades competentes para ouvir da comunidade sugestões de aperfeiçoamento do projeto. "Nós temos recebido demandas de algumas localidades e entendemos que esse é o momento de reunir os responsáveis para fazer esse debate", afirma o parlamentar.
Herculano
25/08/2015 14:14
O FATOR RAIMUNDO COLMBO, por Cláudio Prisco Paraíso

Prestigiadíssima, sem dúvida, a convenção do PP que guindou Esperidião Amin à presidência estadual da legenda. Os tucanos foram em peso, marcando presença com os senadores Paulo Bauer e Dalirio Beber, e os deputados Marcos Vieira e Leonel Pavan. O PSD também foi muito bem representado, com o presidente da Alesc, Gelson Merísio, o secretário de Estado da Saúde, João Paulo Kleinübing e o deputado federal João Rodrigues, que está com um pé no DEM, principalmente se prevalecer a tese da janela de troca de partido. Pelos lados do PSB, destaque para o presidente estadual, Paulo Bornhausen.

Mais de mil pessoas lotaram o plenário, consolidando o retorno do ex-governador e ex-senador, agora deputado federal, à ribalta da política Barriga-Verde. A maioria falando em nova tríplice aliança, envolvendo PSD, PSDB e PP, não necessariamente nessa ordem. E, no melhor estilo os três mosqueteiros, incluindo o PSB também.

Beleza, mas tem gente esquecendo dois detalhes importantes neste contexto: Raimundo Colombo, governador do Estado por duas vezes vencedor no primeiro turno do pleito, é a grande liderança política do Estado atualmente e não apareceu no evento do PP. E ainda é muito, mas muito cedo para imaginar a consolidação de qualquer tipo de aliança.
Herculano
25/08/2015 14:10
LAVA JATO ENCONTRA INDÍCIO DE REPASSE DE DINHEIRO SUJO PARA A SENADORA PAANAENSE E PRMEIRA DEFENSORA DO PR, GLEISE HOFFMANN

Conteúdo da revista Veja. Texto de Laryssa Borges.Investigadores da força-tarefa da Operação Lava Jato encontraram indícios de que a senadora petista e ex-ministra da Casa Civil Gleisi Hoffmann (PT-PR) pode ter sido beneficiária de dinheiro sujo movimentado no escândalo do petrolão pela empresa Consist. As suspeitas de envolvimento da senadora e de seu marido, o ex-ministro das Comunicações Paulo Bernardo, foram detectadas depois da Polícia Federal e o Ministério Público terem rastreado as movimentações do advogado e ex-vereador Alexandre Romano, preso na mais recente fase da Lava Jato por suspeitas de operar um esquema de pagamento de propina no Ministério do Planejamento.

Há indícios de que Romano recebeu 37 milhões de reais em propina de empresas do Grupo Consist em um esquema que beneficiava firmas para a prestação de serviços de informática para gestão de empréstimos consignados. Ao rastrear os pagamentos recebidos pelas empresas do Consist, os investigadores descobriram repasses do advogado Guilherme Gonçalves, que atuou em campanhas políticas do PT e da própria Gleisi, diretamente para a senadora petista.

Pelas anotações apreendidas em poder do advogado Guilherme Gonçalves, há indícios de que o dinheiro que irrigava o esquema da Consist no Ministério do Planejamento abastecia a família de Gleisi Hoffmann. Nas anotações, mais suspeitas: "Diversos PT, PB, Gleisi". Em um dos casos, o dinheiro que os investigadores afirmam ser propina chegou até a quitar os salários do motorista da senadora petista, Hernany Mascarenhas. Em depoimento no inquérito da Lava Jato, Guilherme Gonçalves confirmou que utilizava recursos recebidos a título de honorários advocatícios da Consist para pagar "despesas urgentes", como as de Gleisi Hoffmann. Nenhum desses débitos "urgentes", porém, foi ressarcido pelos supostos clientes ou mesmo por cobrado de volta pelo advogado.

Em uma planilha apreendida no escritório de Gonçalves, os detalhes que podem incriminar Gleisi são mais evidentes: em anotações registradas como "Fundo Consist", há referência a um crédito de cerca de 50.000 reais com "diversos lançamentos de débitos em favor da Senadora e de pessoas a ela ligadas". "Consta anotação de que, do pagamento de cinquenta mil reais de honorários pela Consist a Guilherme em 29/09/2011, ele teria acertado com o ex-Ministro Paulo Bernardo, marido de Gleisi Hoffmann, que ficaria, desta feita, com todo o montante", relata o juiz Sergio Moro após receber o resultado das investigações.

"As provas, em cognição sumária, revelam que parte expressiva da remuneração da Consist, cerca de 9,6% do faturamento líquido, foi repassada, por solicitação de Alexandre Romano, ao advogado Guilherme Gonçalves, em Curitiba, que, por sua vez, utilizou esses mesmos recursos para pagamentos associados à Senadora da República Gleisi Hoffmann", conclui Moro, que, por ter encontrado indícios de irregularidades envolvendo a senadora, determinou o envio da investigação para o Supremo Tribunal Federal (STF). Como Gleisi tem direito ao chamado foro privilegiado, ela só pode ser processada no tribunal de Brasília.

A senadora Gleisi Hoffmann já é alvo de um inquérito no STF depois de ter sido citada pelos delatores Alberto Youssef e Paulo Roberto Costa. Tanto o doleiro quanto o ex-diretor de Abastecimento da Petrobras apontaram a parlamentar do PT como destinatária de 1 milhão de reais, desviados da Petrobras, e repassado como doação de campanha. Na versão de Youssef, o dinheiro sujo foi entregue a um preposto da petista em um shopping de Curitiba.

"Desconheço as relações contratuais que o Dr. Guilherme Gonçalves mantém com outros clientes, assim como desconheço qualquer doação ou repasse de recursos da empresa Consist a minha campanha", disse a senadora Gleisi em nota. "Todo o trabalho do Dr. Guilherme Gonçalves consta nas minhas prestações de contas, aprovadas pela Justiça Eleitoral. Em relação a 2014 ainda existe débito com seu escritório, o que está a cargo do Partido dos Trabalhadores", afirmou.
Sidnei Luis Reinert
25/08/2015 11:05
Collor x Janot

Não vai ser fácil a aprovação do nome de Rodrigo Janot para continuar como Procurador Geral da República, ao menos no que depender do senador alagoano Fernando Collor de Mello, denunciado por ele na Lava Jato, por acusação de receber propinas em contratos da BR Distribuidora.

Collor usou a tribuna do Senado para detonar Janot, a quem deseja criar embaraços na sabatina da Comissão de Constituição e Justiça:

"É esse tipo, sujeitinho a toa, de procurador-geral da Republica, da botoeira de Janot, que queremos entregar à sociedade brasileira? Possui ele a estabilidade emocional, a sobriedade que sempre lhe falta nas vespertinas reuniões que ele realiza na procuradoria? Possui ele a estabilidade emocional, repito, a sobriedade, o perfil democrático e mais do que isso, esta ele dotado da conduta moral que se exige para um cargo como esse? Não senhoras e senhores. Não me parece ser este o caso".

"A verdade é que infelizmente a equipe do senhor Janot pode às 5h40 da manhã, mesmo sem apresentar mandado judicial, pode arrombar um apartamento funcional e invadir a privacidade de qualquer senador. Hoje fui eu, amanhã pode ser qualquer um de nós. Até quando vamos permitir esse estado policialesco que a PGR pretende implantar?"

"Trata-se afinal de um fascista. Trata-se o senhor Rodrigo Janot de um fascista da pior extração e cuja linhagem pode ser refletida nas palavras de Plutarco: ?Nada revela mais o caráter de um homem do que seu modo de se comportar quando detém um poder e uma autoridade sobre os outros: essas duas prerrogativas despertam toda paixão e revelam todo vício?.
Herculano
25/08/2015 10:33
UM POLÊMICA DA FÉ

Na Gaspar católica de muitos padres, bispos e arcebispo nascidos aqui, instalou-se nas redes sociais uma polêmica. Por que os padres aparecem numa encomenda de corpo e em outras não.

Não tenho nada a ver com o assunto, mas tenho alguns palpites e que beiram a obviedade

Primeiro a comunidade cresceu demais e o atendimento pastoral ficou complicado. Segundo, a regra é não ir e ser substituído por diáconos. A exceção, todavia, é ir, e isto depende de escolhas, inclusive, da amizade pessoal que o religioso tinha pelo falecido, e o direito da escolha de acompanhar o enterro de um amigo, aproveitando para então fazer a cerimônia religiosa
Herculano
25/08/2015 10:18

PELA PORTA DOS FUNDOS

O presidente do Supremo Tribunal Federal, ministro Ricardo Levandowski, entrou pela porta dos fundos do Tribunal de Justiça do Estado. Ele veio participar da assinatura do convênio que está implantando a audiência de custódia em Santa Catarina. Evitou um ruidoso protesto de servidores da Justiça Federal, Tribunal Regional Eleitoral e Tribunal Regional do Trabalho. Os serventuários reivindicam derrubada do veto da presidente Dilma ao projeto de lei de reajuste salarial.
Curioso de Gaspar
25/08/2015 09:59
Curioso é que só acontece aqui.

Na coluna de sexta-feira passada, o senhor Herculano chegou a comentar que o PMDB estadual por decisão somente iria lançar candidatos onde tivesse tv local. Como fica o PMDB de Gaspar? Será que a sua tese que talvez eles iriam com o PT é Verdadeira?

Se analisarmos fielmente, as peças vão se encaixando, o quebra cabeça começa a se montar. O PMDB estadual está nem ai para Gaspar, ainda menos para essa turma que acha que está tudo ganho, só irão ganhar se aliar com o PT, na verdade nem isso. Deus no céu e PACA na terra, nem ele irá ajudar, estão na verdade tentando tirar a água de dentro do barco pois o furo é grande e não existe revezamento que aguente este exercício.

O fracasso é evidente, bastam ver quando seu candidato passa na rua, não cumprimenta ninguém, só faz isto em véspera de eleição se não só em campanha.

Para minha curiosidade esse Titanic está afundando não só em Gaspar.
Thiago
25/08/2015 09:18
Bom dia Povo.
Herculano, em alguma parte do blog acima no Trapiche, você comenta sobre o tempo que uma obra pública leva para ficar pronta. Pois bem, se tem uma coisa nesse País que nossos Desgovernantes (Prefeitos, Governadores, Presidente) sabem fazer é enrolar. É muito difícil você acompanhar alguma obra que seja de fato levado a sério, agilizando pensando no bem da comunidade. Não, eles preferem enrolar, complicar, fazer o povo suplicar pela finalização de uma obra, mas tudo isso com um intuito, de inaugurar na hora certa, para garantir a permanência no poder. Dane-se o que é certo ou melhor, o negocio é fazer e concluir no momento oportuno. Então meu caro Herculano, uma cidade, estado, pais, governado com esses pensamentos, mostram o quanto deve ser bom viver da politica. "Não importa o que é melhor e certo, o importante é garantir-se no poder, vale a pena $$".
Herculano
25/08/2015 08:49
A ALIENADA E MÁ INTENCIONADA. DILMA PARA SE MANTER NO PODER SE FINGE DE VÍTIMA E DIZ QUE GOVERNO ERROU AO DEMORAR PERCEBER A GRAVIDADE DA CRISE ECONÔMICA. TODOS SABIAM. TODOS ALERTARAM E ELA DESAFIOU A UNANIMIDADE - COM O PT E SEU GRUPO DE ARAUTOS DA VERDADE, PARA SE ELEGER E PARA SACRIFICAR OS BRASILEIROS. QUEM ACREDITA EM MAIS ESTA MANOBRA MARQUETEIRA?

Parte 1

Conteúdo do jornal Folha de S. Paulo. Entrevista e texto de Natuza Nery, da sucursal de Brasília. A presidente Dilma Rousseff ensaiou um mea-culpa nesta segunda (24) e admitiu que errou na avaliação da situação econômica durante a campanha eleitoral do ano passado, demorando a perceber a gravidade da crise.

Em entrevista à Folha e a outros dois jornais brasileiros, a petista afirmou que as dificuldades só ficaram mais claras entre novembro e dezembro de 2014, depois, portanto, de sua reeleição.

A presidente convidou jornalistas para explicar a reforma administrativa anunciada nesta segunda pelo governo, que promete cortar dez ministérios e mil cargos de confiança até setembro.

Admitir erros e cortar na carne eram duas das principais cobranças feitas pela oposição e até por aliados desde a corrida presidencial.

Dilma evitou responder aos críticos que defendem seu impeachment ou renúncia. Apesar da forte turbulência econômica e política, mostrou-se tranquila.

"Estou em fase budista", disse. Mas, ao defender o ex-presidente Lula, chamou de "fascista" quem incentiva a intolerância.

A presidente disse não que não tinha ideia sobre o envolvimento de petistas no esquema de corrupção da Petrobras. Questionada se havia sido "completamente surpreendida", respondeu, lacônica: "Fui. Acho, e lamento profundamente". -

Reforma administrativa
A presidente previu dificuldades políticas para mexer em redutos ocupados por aliados, mas disse que ninguém será preservado dos cortes, nem mesmo seu partido, o PT. "Vamos passar todos os ministérios a limpo", disse ela.

Em entrevista à Folha em julho, porém, ela classificou como "lorota" a proposta de redução dos ministérios, defendida pela oposição, por não trazer "economia real" aos cofres públicos. Nesta segunda, disse que o objetivo principal não é arrecadar mais. "Quero tornar eficiente o gasto. E tenho, ao mesmo tempo, de fazer a composição política". Alegou não ter feito antes um enxugamento da Esplanada porque tinha "urgências maiores", como o ajuste fiscal. "Ninguém consegue brigar em todas as frentes."

Critérios
Dilma argumentou que seus objetivos são ganhar eficiência de gestão, mas não quis antecipar quais cargos cortará. "Não posso dizer quem está marcado para morrer porque eu não tenho certeza, primeiro, se vai morrer". Questionada se o PT seria preservado, disse: "Óbvio que não, querida. Não é por partido. O critério não pode ser o PT será preservado e todos os outros... Não será isso."
Herculano
25/08/2015 08:48
A ALIENADA E MÁ INTENCIONADA. DILMA PARA SE MANTER NO PODER SE FINGE DE VÍTIMA E DIZ QUE GOVERNO ERROU AO DEMORAR PERCEBER A GRAVIDADE DA CRISE ECONÔMICA. TODOS SABIAM. TODOS ALERTARAM E ELA DESAFIOU A UNANIMIDADE - COM O PT E SEU GRUPO DE ARAUTOS DA VERDADE, PARA SE ELEGER E PARA SACRIFICAR OS BRASILEIROS. QUEM ACREDITA EM MAIS ESTA MANOBRA MARQUETEIRA?

Parte 2

Corrupção
Questionada se, em algum momento, imaginou que petistas estivessem envolvidos no esquema de corrupção descoberto na Petrobras, disse: "Não". Quando um dos jornalistas quis saber se tinha sido "completamente surpreendida", respondeu: "Fui. Acho, e lamento profundamente".

Lava Jato
Dilma não quis tecer comentários sobre o juiz Sergio Moro. "Minha querida, me desculpa, se você me perguntar de qualquer pessoa, não vou dar opinião". Sobre o futuro da Lava Jato, afirmou: "ninguém pode interromper esse processo". Reconheceu, porém, que "as investigações, quanto mais rápidas, melhor".

Saída
Dilma não quis responder sobre os pedidos de impeachment, feitos pela oposição, ou para que renuncie ao cargo, sugestão do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso. "Não vou falar", afirmou. "Não é fácil, né? Não é uma sugestão fácil [pedir para alguém que renuncie."

Erro 1
"Vocês sempre me perguntam: em que você errou? Eu fico pensando (...). Em ter demorado tanto para perceber que a situação podia ser mais grave do que imaginávamos. E, portanto, talvez nós tivéssemos de ter começado a fazer uma inflexão antes", disse. "Talvez porque não tinha indício de uma coisa dessa envergadura. A gente vê pelos dados", justificou. "Nós levamos muito susto. Nós não imaginávamos. Primeiro que teria uma queda da arrecadação tão profunda. Ninguém imaginava". Para a presidente, a crise só ficou evidente entre novembro e dezembro.

Erro 2
"Gasto público. Talvez o meu erro foi não ter percebido prematuramente que a situação seria tão ruim como se descreveu. Ela [dificuldade] começa em agosto. Só vai ficar grave entre novembro e dezembro. É quando todos os Estados da federação percebem que a arrecadação caiu", disse.
Herculano
25/08/2015 08:48
A ALIENADA E MÁ INTENCIONADA. DILMA PARA SE MANTER NO PODER SE FINGE DE VÍTIMA E DIZ QUE GOVERNO ERROU AO DEMORAR PERCEBER A GRAVIDADE DA CRISE ECONÔMICA. TODOS SABIAM. TODOS ALERTARAM E ELA DESAFIOU A UNANIMIDADE - COM O PT E SEU GRUPO DE ARAUTOS DA VERDADE, PARA SE ELEGER E PARA SACRIFICAR OS BRASILEIROS. QUEM ACREDITA EM MAIS ESTA MANOBRA MARQUETEIRA?

Parte 3

Michel Temer
Dilma fez um desagravo ao vice-presidente da República, que deixou parte da articulação política do governo nesta segunda. "O Temer, aquele dia estava inteiramente estressado porque percebeu que o país ia ter uma aprovação de uma medida provisória que impactaria em bilhões e bilhões", contou. "Não acho que ele falou aquilo [sobre a necessidade de ter 'alguém' para 'unificar' o Brasil] com a intenção que atribuíram a ele. O Temer tem sido de imensa lealdade comigo", "tem responsabilidade com o país", defendeu. "O papel dele é a macro política, não a micro".

Congresso
"Não dá para dizer que cada vez que você perde é uma crise. Não é. Se olhar o cômputo geral, a palavra é 'exitoso'. Apesar de sofrer derrotas sucessivas no Legislativo, afirmou que, "mesmo com todas as turbulências, foi um período bastante tranquilo". Segundo ela, a primeira fase da articulação política, que aprovou o ajuste fiscal, foi "um sucesso".

Lula
Dilma defendeu o ex-presidente Lula. "Não acho correto o que fazem com ele. Quero manifestar em alto e bom som que não concordo", disse. "Acho que tentam diminuí-lo, que tentam envolvê-lo. Não acredito que em algum momento no futuro dê certo. Eu acho que é uma coisa triste de ver isso sendo feito. Passam de todos os limites."

Intolerância
Em seguida, sem citar nomes ou partidos, sinalizou que a oposição incentiva um sentimento de "intolerância inadmissível". "De repente você começa a ver que isso é cultivado, incentivado. A intolerância é a pior coisa que pode acontecer numa sociedade, porque cria um 'nós e o eles'. O 'nós' tem direto a tudo, e o 'eles', a nada. É fascista."

Chanceler
A presidente negou que sua relação com o ex-presidente Lula esteja arranhada. "As minhas relações com o Lula são as mais próximas possíveis". Dilma afirmou, porém, não ter oferecido um ministério ao ex-presidente. "Jamais acharia que o presidente Lula, pelo tamanho dele, [...] mas claro que, se houvesse esse interesse do país, eu não teria nenhum obstáculo", afirmou. "Todos aqueles que tentaram ou tentam me afastar dele, não vai dar certo. Eu conheço certas coisas do Lula de olhar. E não acho correto o que fazem com ele. Quero manifestar que acho que todas as atitudes que tentam diminuí-lo não vão dar certo".
Herculano
25/08/2015 08:47
A ALIENADA E MÁ INTENCIONADA. DILMA PARA SE MANTER NO PODER SE FINGE DE VÍTIMA E DIZ QUE GOVERNO ERROU AO DEMORAR PERCEBER A GRAVIDADE DA CRISE ECONÔMICA. TODOS SABIAM. TODOS ALERTARAM E ELA DESAFIOU A UNANIMIDADE - COM O PT E SEU GRUPO DE ARAUTOS DA VERDADE, PARA SE ELEGER E PARA SACRIFICAR OS BRASILEIROS. QUEM ACREDITA EM MAIS ESTA MANOBRA MARQUETEIRA?

Parte 4

Eduardo Cunha
Questionada sobre o que sentia em relação ao presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), que ameaça patrocinar um processo de impedimento da petista no Congresso, afirmou, reclamando da pergunta: "Estou ficando budista, viu?". O cara pode ter denunciado ele, mas não se faz isso, não se manifesta pessoalmente sobre ninguém. Eu não tenho comentários. Estou hoje uma pessoa Dilminha paz e amor."

Crescimento
Dilma não quis projetar a evolução do PIB (Produto Interno Bruto) para 2016 nem dizer se haverá aumento de impostos.

"Vamos nos esforçar para que não ocorra [crescimento negativo]. Mas ainda não sabemos como fica o mercado internacional. Espero que a gente tenha um crescimento positivo. Eu espero, mas...". Em seguida, reclamou: "Só jornalista acha que previsão é exata."

Desemprego
"Nos preocupamos imensamente com duas coisas. Primeiro é a queda no emprego. Segundo é a inflação." A presidente previu que a desaceleração da economia da China "terá um efeito bastante acelerado". Todo mundo pensa que é só commodities. Não é."

Pessimismo
"Acho um perigo pessoas muito pessimistas em relação ao cenário, posto que uma das forças em relação à economia é a expectativa. Não dá para ficar plantando quanto pior, melhor", disse. "Não temos bolha. Nossas instituições financeiras todas são estáveis. Ninguém aqui no Brasil usou o crédito para comprar ativos desbragadamente. Ou se endividou comprando ações. Não temos uma estrutura especulativa no Brasil."

Marola ou tsunami?
"Até eu voltar [da reunião] dos Brics [em julho], estava achando que [a situação da China] era superável. Só não contava com essa queda sistemática [das bolsas]. Estava achando que era superável por tudo que eu sabia. Ia ter dificuldade, mas não ia ter uma situação muito difícil. A partir de hoje, não sei. Ninguém sabe."

Levy
A presidente mostrou-se chocada com rumores espalhados no mercado financeiro nesta segunda de que seu ministro da Fazenda, Joaquim Levy, deixaria o cargo pelo fato de ter viajado para os Estados Unidos inicialmente sem compromissos oficiais. "Vou te falar uma coisa, é de assustar. Me disseram hoje que ele tinha saído daqui porque tinha brigado. É mentira. Ele foi ver a menina [filha] dele, que vai para a China passar um ano."

Fofoca
Avessa a vazamentos de ações do governo para a imprensa, Dilma disse ter lido "um livro muito interessante sobre fofoca". "Daquele [Yuval Noah] Harari, 'Sapiens - uma breve história da humanidade'". "E uma das coisas que ele diz, sabe qual é? Que nós [humanos] criamos vínculos sociais. [...] E uma das coisas que mais unia era fofoca. Uma coisa que nos distingue, que chimpanzé não faz. Orangotango não faz. Fazemos nós só."
Herculano
25/08/2015 08:35
RENOVAR? por Paulo Alceu

Esperidião Amin escolheu Gilson dos Santos e Antonio Carlos Vieira para compor o tripé de comando do PP. Longe de questionar o conhecimento e a identidade de ambos com o partido, mas renovar é preciso. Os eleitores mudaram, a linguagem mudou e o discurso poderá ficar defasado...
Herculano
25/08/2015 08:21
UM GOVERNO IÔ-IÔ, SEM RUMO, SEM PLANEJAMENTO, SEM CAIXA, SEM LÍDER.

A presidente Dilma decide pagar 50% do 13° salário de aposentados em setembro, depois de ensaiar atrasá-los, de dividir em três parcelas.
Planalto voltou atrás após anunciar que parcelaria o benefício. Os outros 50% serão pagos normalmente em novembro
Herculano
25/08/2015 08:17
EMERSON ANDRADE VOLTA

Dois decretos mostram uma dança de cadeiras entre os comissionados. Sai Vera Zuchi e entra Emersom Andrade para ser "encarregado de transporte coletivo", de Gaspar.

Outra dança. Jean Carlos de Oliveira foi nomeado em substituição a Terezinha Cerutti de Arruda como membro ara integrar o CMDCA - Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente de Gaspar.
Herculano
25/08/2015 08:08
CAIXA BAIXA. FAZENDA REALIZA OPERAÇÃO PARA COBRAR DÍVIDAS DE R$ 542 MILHÕES EM ÉPOCA DE CRISE PARA TODOS

A Secretaria de Estado da Fazenda de Santa Catarina deu início na última quarta-feira, 19, à operação Dívida Ativa - Evitando Protesto. O objetivo é cobrar administrativamente os créditos tributários inscritos em dívida ativa que, somados, apresentam valor acima de R$ 100 mil por contribuinte.

Integrantes do Grupo Especialista em Cobrança Administrativa (GE-Cobrança) de todas as Gerências Regionais da Fazenda Estadual (GERFEs) irão contatar 670 contribuintes informando o montante do débito tributário, bem como a forma de pagamento ou parcelamento. As equipes reforçam que os créditos tributários inscritos em dívida ativa estão sujeitos ao protesto em cartório ou ajuizamento de ação de execução fiscal, acrescidos das respectivas custas.

No total, a Fazenda irá cobrar R$ 542 milhões até o dia 31 de agosto.
Herculano
25/08/2015 08:04
VEJA COMO SÃO AS COISAS E COMO ELAS FUNCIONAM. EM ITAJAÍ, O GOVERNO DO PP AO VER SEUS MEMBROS ENVOLVIDOS EM UMA DENÚNCIA DO MINISTÉRIO PÚBLICO, AFASTOU TODOS PREVENTIVAMENTE. SE FOSSE UM GOVERNO DO PT ISTO ACONTECERIA? OS EXEMPLOS MOSTRAM QUE FICARIAM E AINDA MAIS FORTALECIDOS. ESTA É A NOTA OFICIAL DA PREFEITURA DE ITAJAÍ

"O Prefeito de Itajaí, Jandir Bellini comunica que, em virtude da operação 'Dupla Face' deflagrada na manhã desta segunda-feira (24) pelo Ministério Público de Santa Catarina, tomou a decisão de exonerar os servidores comissionados e afastar os servidores efetivos envolvidos na investigação.

Atendendo a determinação da justiça, foram exonerados o Secretário de Obras, Tarcízio Zanelato; Secretário da Fazenda, Marcos de Andrade e o Coordenador Técnico de Ações Integradas da Secretaria de Planejamento, Orçamento e Gestão, Edson Mauricio Dognini.

Também foram exonerados por iniciativa do prefeito o Secretário de Habitação, Sadi Antonio Pires; o Secretário de Planejamento, Orçamento e Gestão, Douglas Cristino; o Procurador Geral do Município, Rogério Nassif Ribas; o Secretário de Urbanismo, Paulo Praun, e o Coordenador Técnico da Secretaria de Urbanismo, Sérgio Ardigó.

Os servidores efetivos que ocupavam cargos comissionados, Paulo Praun e Marcos Andrade, também serão afastados de suas funções até o termino das investigações.

O Prefeito de Itajaí repudia qualquer ato de corrupção e irá contribuir com a investigação ficando à disposição das autoridades".
Herculano
25/08/2015 07:57
O GOVERNO TENTA GANHAR TEMPO PARA UMA PAUSA NA MORTE COTIDIANA, por Valentina de Botas

A presidente deveria se mancar, aproveitar a boa ideia que será - se for - mal executada e extinguir o governo. Mas Dilma Rousseff deseja mesmo continuar não governando o país. Ora, e não é isso mesmo o que faz o desejo? Prende-nos naquilo que não é nosso. Traída pelo desejo de vergar sem quebrar, enquanto quebra o país, a presidente dedilha sua lira do delírio fragmentando-se em ações sucessivas que há muito só cuidam dos cacos da figura política mais tosca da história do país - qualquer país.

O Brasil toca sozinho a própria rotina na qual tudo o que funciona só funciona apesar da presidente atada ao desejo de salvar aparências vazias. Consumando outra mentira da campanha eleitoral, o anúncio dos ministros aparvalhados quanto à redução aleatória de 10 ministérios - por que não 9 ou 11? - não explicou o planejamento da coisa, os objetivos e as estratégias para alcançá-los. Nas mentiras transparentes, a verdade é antevista na tentativa de enrolar o público pagante e ganhar tempo para uma pausa na morte cotidiana do governo.

A proposta é ótima, pena que não há proposta; o país só teria a ganhar, mas é aí que entra Dilma acabando com as chances de a nação ter algum ganho. Ainda que haja a redução, restará esse governo cuja chefe instala, na equipe multidisciplinar da articulação política com várias disciplinas da imbecilidade política do governo, o secretário pessoal que, mais do que tudo, é um amigo-funcionário que é tão popular entre os políticos quanto um amigo de Dilma pode ser.

Giles Azevedo deve ser ótimo confidente e tal, daqueles para quem se confessa até o índice de massa corporal, mas é perturbador saber que o obscuro articulador político esteve ao lado de Dilma em cada, vá lá, ideia que ela teve. Torço pelo dia em que a lei despejará a súcia do poder e é exasperante perceber que os planos que o bando tem são o de fugir da realidade com esses espetáculos de bisonhice explícita e aquele implícito de arranjos paridos por quem nem mesmo pode se garantir.

É cada vez mais entristecedora e intolerável a constatação renovada de que o Brasil se deixou submeter, por tanto tempo, por uma escória que é tão ruim para a política quanto é boa para a vigarice.
Herculano
25/08/2015 07:51
DILMA ESTÁ PRESTES A ANUNCIAR QUE É 100% OUTRA, por Josias de Souza

Dilma Rousseff está na bica de anunciar ao país que é uma outra mulher. Desde 1º de janeiro de 2015, dia em que tomou posse do seu segundo mandato, Dilma é outra. Decidiu que quem ela foi até a campanha presidencial do ano passado não estava preparada para governar o Brasil. Foi boa enquanto durou. Mas era cega. E agora é outra.

Reeleita, Dilma revela-se ao país aos pouquinhos, para não chocar as crianças. Até o final de setembro, ela extinguirá dez dos 39 ministérios que, em campanha, defendia com vigor . Finalmente, Dilma poderá comunicar ao país que já é 100% outra.

A nova Dilma é uma mulher assim, do mesmo tamanho, só que bem mais magra. Faz dieta e pedala diariamente. Continua filiada ao PT. Mas decidiu ser mais realista do que o PSDB. Por isso abandonou todas as suas convicções. Já tinha mudado no macro, abraçando o Joaquim Levy e rendendo-se ao liberalismo. Agora, muda no micro, prometendo enxugar a Esplanada. Faz por pressão o que deixou de fazer por opção.

Dilma só não mudou duas coisas. Manteve o mesmo nome, para não ter que trocar os documentos. Manteve também sua crença no Todo-Poderoso. "Minhas relações com Lula são as mais próximas", disse nesta segunda-feira (24). "Quem tentar me afastar dele não conseguirá.'" Lula é o pastor de Dilma. E nada lhe faltará.
Herculano
25/08/2015 07:25
DILMA SE COMPLICA CO A SAÍDA DE MICHEL TEMER, por Cláudio Humberto, na coluna que publicou hoje nos jornais brasileiros

A decisão do vice Michel Temer (PMDB) de abandonar a articulação política é o que de pior poderia acontecer a presidente Dilma. Analistas políticos experientes dizem que ele nem precisa passar a conspirar contra a titular do cargo: ainda que não estimule isso, o Palácio Jaburu, sua residência oficial, vai virar local de romaria de parlamentares que sonham com a queda de Dilma e a posse dele no Palácio do Planalto.

É só ficar quieto

Para o ex-ministro Geddel Vieira Lima (PMDB-BA), Temer nem precisa fazer coisa alguma. "Se ficar quieto, a presidência cai no seu colo".

Desconfiança

Temer é reconhecido pelos amigos por sua lealdade e ponderação, mas Dilma e o PT sempre o trataram com desdém e desconfiança.

Rompimento

O afastamento de Temer fortalece a defesa que o grupo liderado por Eduardo Cunha faz do rompimento do PMDB com o PT e o governo.

Impeachment

Sem o PMDB na bancada governista, o impeachment de Dilma pode deixar de ser factível para se transformar em forte possibilidade.

ITAÚ PLANEJA DESATIVAR 15% DAS 4 MIL AGÊNCIAS

O presidente do Itaú, Roberto Setúbal, antecipou aos analistas de mercado, semana passada, como vai aumentar o lucro: o banco irá fechar 15% das suas 4 mil agências nos próximos três anos. Em dez anos, o objetivo é mais radical: fechar metade delas. Isso representa uma economia vigorosa nos gastos com trabalhadores. No primeiro corte de 15% das agências, serão ceifados cerca de 9 mil empregos.

Navalha na carne

No prazo de dez anos, a estimativa no banco Itaú é de um total de 30 mil postos de trabalho a menos.

Banco sem bancário

A fria explicação do Itaú é que, hoje, 36% do resultado de varejo já são do atendimento digital (internet, celular, telefone, autoatendimento).

Feito para você

O dado mais cruel: em 2012, mais de 83% do lucro do Itaú eram realizados pelos gerentes. Hoje, esse índice está em 46%.

Situação delicada

Na opinião de Lula, a saída de Michel Temer deve apressar a tramitação do pedido de impeachment de Dilma. Para o ex-presidente, sem o PMDB de Michel Temer, a situação de madame é "delicada".

Ela se segurou

No encontro privado com Michel Temer, ontem, Dilma fez um grande esforço para evitar a habitual grosseria. Fingiu até que queria a permanência dele, mas a decisão estava tomada há duas semanas.

Piada pronta

O BNDES, que tem CPI para chamar de sua no Congresso, e o BTG Pactual, enrolado em compras suspeitas de sondas, promovem mesa-redonda ensinando a "desatar nós" dos financiamentos de concessões.

Melhor extinguir

Entre os pedetistas da Câmara, poucos se habilitam a assumir a vaga de Manoel Dias no Ministério do Trabalho. Reclamam da falta de verbas e da perda de importância do ministério.

Cuidado com a TAM

Houve rebelião no voo 8043 da TAM, Miami-Brasília, domingo à noite, com o atraso de mais de 2h, com todos a bordo. Parte deles havia sido vítima de dois dias de cancelamento desse voo, e o atraso os deixou exasperados. Queriam deixar o avião, um velhíssimo Boeing 767.

Rato de primeiro mundo

A entrevista em que a diretora destacava o "padrão primeiro mundo" do Hospital Geral do Estado, em Maceió, foi interrompida em razão de um visitante imprevisto: um rato. Assustado com o alarido, o bicho "vazou".

Celina no TCDF

A presidente da Câmara Legislativa do DF, Celina Leão (PDT), pode assumir uma vaga no Tribunal de Contas distrital, que é cargo vitalício. Wasny de Roure (PT) e Dr.Michel (PP) também disputam a vaga.

Outro endereço

Após ter sido ministro do Turismo, cargo que ocupou como uma opção técnica, Vinicius Lages tem trabalhado para assumir uma das presidências no Sistema S. Atualmente ele trabalha no Senado.

Pensando bem...

...ao admitir, um ano e meio depois, que não percebeu a gravidade da crise, agora é oficial: Dilma não precisa de oposição para chamá-la de incompetente.
Herculano
25/08/2015 07:17
A SAIDA DO VICE, por Bernardo Mello Franco para o jornal Folha de S. Paulo

A saída de Michel Temer da coordenação política é uma péssima notícia para Dilma Rousseff. A decisão do vice agrava o isolamento da presidente e fortalece os setores do PMDB que pregam o rompimento com o Planalto.

Em abril, Dilma pediu ajuda a Temer para conter o derretimento de sua base no Congresso. Era uma situação de emergência: os partidos aliados sabotavam os projetos do governo e ameaçavam inviabilizar o pacote do ajuste fiscal.

O vice substituiu o inoperante ministro Pepe Vargas, de uma ala minoritária do PT, e entrou em campo com as moedas de sempre. Emprestou os ouvidos às queixas dos políticos e reabriu o balcão para negociar cargos e verbas federais.

O arranjo deu um alívio momentâneo ao governo, mas não foi capaz de pacificar as relações com o Congresso. Não havia dinheiro para saciar todo o apetite dos parlamentares, e o grupo de Temer começou a bater de frente com os petistas.

Os aliados do vice acusavam a Casa Civil de boicotá-lo. Ele costurava acordos, mas não tinha poder para honrar o que prometia. Do outro lado, o PT reclamava de sua proximidade com defensores do impeachment. O caldo entornou quando Temer disse que era preciso encontrar "alguém" para "reunificar a todos".

A fala radicalizou a disputa entre as duas facções e reforçou o "ambiente de intrigas", nas palavras do vice. O afastamento se tornou uma mera questão de tempo, até ser formalizado nesta segunda-feira.

O anúncio de Temer foi festejado pela ala do PMDB que torce pela queda da presidente. Quem conspirava às escuras ganhou um incentivo para passar a agir à luz do dia.

A oposição também viu motivos para se animar, apesar de o peemedebista ter renovado as suas juras de lealdade a Dilma. No fim das contas, a saída da coordenação política o devolverá ao papel clássico de um vice: aguardar a eventual saída do titular para substituí-lo.

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