Por Herculano Domício - Jornal Cruzeiro do Vale

Por Herculano Domício

08/09/2015

REFORMA OU APARELHAMENTO? I
Qual a razão do PT de Gaspar, liderado pelo presidente e vereador líder da bancada, José Amarildo Rampelotti, a administração de Pedro Celso Zuchi, com o líder do governo, seu cunhado Antônio Carlos Dalsochio, todos do PT, defenderem tanto os PLCs que mudam de forma discricionária os servidores de suas funções originais e a Reforma Administrativa, que aumenta as despesas com pessoas? Porque tramam uma armadilha para a próxima administração municipal. Ela possivelmente não será do PT e poderá ser do PSD, PMDB, DEM ou outra surpresa que não gravita nas rédeas do PT daqui e o de Blumenau, que manda no PT daqui.

REFORMA OU APARELHAMENTO? II
Esta é a razão pela qual o PT, sindicalista na sua origem, rejeita o Sindicato dos Trabalhadores no Serviço Púbico de GAspar - Sintraspug - nesta discussão, rejeita qualquer diálogo, mesmo sendo minoria com uma bancada de quatro vereadores num universo de 13. O PTe a prefeitura não possuem argumentos técnicos e não querem se abrir com a cidade. Querem, na surdina, colocar desde já na corda bamba, sob a sua manipulação e tutela, a próxima administração se não for ela do PT. Então cabe ao PMDB, PSD, DEM e até mesmo o PP de Luiz Carlos Spengler Filho, pois o de José Hilário Melato é PT de Zuchi, olhar com mais acuidade este assunto essencial. Devem sinalizar o que querem quando e se forem governo no ano que vem, ou pelo menos, se estabelecerem no diálogo com a sociedade. Ela não tolera mais a falta de transparência e a farra dos políticos e gestores públicos com os nossos pesados impostos, ainda mais em tempo de crise, toda ela criada pelo PT, a propaganda enganosa, o autoritarismo e a incompetência administrativa. Acorda, Gaspar!

COISAS DO ASFALTO I
O que esta notícia tem a ver com Gaspar? Aparentemente nada. Tem a ver com a maioria das prefeituras. Inclusive o PT que manda no daqui, conhece bem deste assunto. Tanto que fuçou e encontrou coisa grossa no tal Tapete Negro, em Blumenau, na administração de João Paulo Kleinubing, PSD. A polêmica foi suficiente para derrotar a si próprio, o PT ? que nem chegou ao segundo turno com Ana Paula Lima - e principalmente, o candidato de Kleinubing, Jean Jackson Kuhlmann. Por fora, o jovem Napoleão Bernardes, PSDB, venceu, com o apoio branco do PT no segundo turno de lá.

COISAS DO ASFALTO II
Voltemos. A notícia é a seguinte. Um processo de sindicância interna instaurado por determinação do prefeito Arno Zimmermann, PMDB, (se fosse ele do PT, dificilmente faria isto e até a sindicância interna levaria anos, e se por acaso tivesse que apontar culpados, arrumaria outros) está em andamento na prefeitura de Ituporanga, no Alto Vale. A iniciativa foi imediata, logo após tomar conhecimento, por meio do pedido de informações solicitado pela Câmara de Vereadores, da possibilidade de irregularidades na compra de asfalto para pavimentação de ruas do município. O objetivo é apurar e esclarecer, de forma rápida, os fatos denunciados.

COISAS DO ASFALTO III
A sindicância de lá está na fase de tomada de depoimentos. A previsão é de que em dez dias esteja concluída. Ulalá. Após este prazo, as informações serão encaminhadas ao Ministério Público, à Câmara de Vereadores e à Polícia Civil. Para se ter uma ideia: em Gaspar já foram empenhados mais R$570 mil para o fornecimento de asfalto.

COISAS DO ASFALTO IV
Agora veja a diferença no procedimento. No dia dez de fevereiro a vereadora Andreia Symone Zimmermann Nagel, DEM, se interessou pelo assunto. Fez um simples e ingênuo requerimento, o de número 15. Ela fez algumas perguntas óbvias ao prefeito Pedro Celso Zuchi, PT, sobre este assunto. Mas até hoje, passados seis meses, nada de respostas. E a princípio, não se trata de desconfianças, mas de fiscalização. O pessoal da prefeitura do PT, se não querem esconder alguma coisa, devem estar muito ocupado, ou está sem qualquer controle, ou para esse pessoal escolado, o vereador que fiscaliza o prefeito deve ser ignorado, humilhado, constrangido, combatido ao exerçer uma prerrogativa constitucional. Transparência zero. Desprezo às leis, total. O que a vereadora quer saber, ela o faz em nome dos gasparenses, seus eleitores. Afinal, se não é pirraça e contra a lei, o que a prefeitura esconde da cidade, dos cidadãos e cidadãs?

COISAS DO ASFALTO V
O que Andréia pediu? Informações sobre as ruas que foram pavimentadas nos últimos seis anos. Quantas foram? Em que bairros e se foram pavimentadas com asfalto ou lajotas; se foram no de sistema de mutirão, do Orçamento Participativo ou somente simplesmente pagas pela prefeitura; se elas são corredores de serviço e ou vias locais; o valor do investimento feito pela prefeitura em cada obra; ainda, considerando as vias que receberam pavimentação asfáltica, informar: a) quais critérios (fluxo de veículos, gabarito da rua, extensão etc) determinaram o volume da camada asfáltica de cada rua? b) de que forma ocorreu o controle da quantidade de asfalto que foi colocado em cada via? c) qual é o prazo de garantia da pavimentação asfáltica realizada pela Prefeitura ou empreiteira? d) quais as intervenções efetivadas pela Prefeitura, diante das condições da pavimentação de algumas ruas que apresentaram problemas dentro do prazo de garantia?

ANDREIA QUER SABER
O requerimento 150/2015 da Vereadora Andréia Symone Zimmermann Nagel, DEM, ao prefeito Pedro Celso Zuchi, quer saber sobre o destino que foi dado ao entulho do Posto de Saúde, antigo CAR, bem como, cópias dos respectivos documentos que comprovem o local depositado. Hum! Além daquele crime de destruir na calada de um sábado e transformar tudo em entulho, de acabar com a história, de fazer tudo de supetão e sem discutir com a cidade, pode haver aí um crime ambiental, e dos brabos. Alô doutor Henrique da Rosa Ziesemer! Misturaram tudo, incluindo lâmpadas, químicos, vidros, metais... O requerimento vai ser apresentado na sessão de amanhã para ser votado. Quem será contra? Acorda, Gaspar!

?ESQUECERAM? AS ALÇAS I
Aquela audiência pública, montada e feita há poucos dias no auditório da Câmara para atender minimamente à legislação sobre o Plano de Mobilidade Urbana, revelou o quanto os vereadores e a secretaria de Planejamento da prefeitura têm um olhar discriminatório sobre a cidade e a necessária integração entre o lado direito e o esquerdo do Rio Itajaí Açú, que dividem a cidade ao meio. Falta de conhecimento e informação não é. Tanto que o próprio prefeito Pedro Celso Zuchi, PT, seus secretários, e alguns vereadores já participaram de uma audiência pública no ano passado quando se discutiu as tais alças de acesso do pessoal da Margem Esquerda à agonizante ponte do Vale. Elas vão evitar que o povo da Margem Esquerda para chegar e sair de lá ao Centro de Gaspar tenh que ir perigosamente à rótula da nova duplicada da BR-470 (quando for, pois se arrasta e a prefeitura não acompanha o drama das pessoas de lá).

?ESQUECERAM? AS ALÇAS II
É por isto, que a vereadora Andreia Symone Zimmermann Nagel, DEM (novamente ela) colocou na Ordem do Dia da sessão de amanhã da Câmara o ofício nº 126/2015 dirigido ao presidente José Hilário Melato, PP. ?(...) solicito a Vossa Excelência que providencie junto ao Executivo Municipal uma mensagem ao Projeto de Lei Complementar nº 06/2014, que Institui o Plano Diretor de Transporte e Mobilidade, incluindo no Anexo II, Mapa de Vias Projetadas e no Anexo XVIII, Tabela de Vias Projetadas, duas vias coletoras projetadas, para acesso à Ponte do Vale pelos Bairros Margem Esquerda e Lagoa e vice-versa?. Só o prefeito Pedro Celso Zuchi, PT, é quem pode corrigir este "esquecimento" dele próprio e da sa equipe. O presidente da Câmara, José Hiláro Meato, PP, que defende Zuchi, já colocou pedras no caminho. Disse que vai dar muito trabalho, pois terá que se mudar os mapas. Ele, pelo jeito, prefere o atraso, o perigo e flerta com a co-responsabilidade das tragédias anunciadas. O cunhado e líder deZuchi, Antônio Carlos Dalsochio, sugere as alças ocuparem o local de uma ciclovia projetada no tal Plano de Mobilidade Urbana. Uma coisa não tem nada a ver com a outra. É preciso a ciclovia e as alças de acesso à ponte do Vale. Acorda, Gaspar!

RAIO X PERFEITO
Do ex-deputado Federal e senador do MDB e PMDB, Jaison Tupy Barreto, 82 anos, lúcido, direto e com a língua afiada como nos tempos da ditadura, agora no seu exílio em Balneário Camboriú na entrevista que concedeu ao Diário Catarinense, da RBS Florianópolis, referindo-se às SDRs e ao governador Raimundo Colombo, PSD. ?Eles construíram um sistema político aqui que desserve a população catarinense. Tirou-nos a voz, tirou-nos força política e vive de migalhas, de favores. Aquilo que é nosso direito passou a ser fruto da gratidão, só porque nos deram. Isso é anti-política, isso é a negação da cidadania, que eles construíram juntos com pessoas ilustres. Essas secretarias regionais, o Colombo criticou violentamente, mas sustentou. Agora, reconhece que está na hora de acabar com esse cabide de emprego porque não tem nada a ver com a descentralização?.

TRAPICHE

Registro. Amanhã, quarta-feira, dia nove, é o Dia do Veterinário. Em Gaspar, o Dia vai ser comemorado pelos profissionais e acadêmicos que atuam aqui com um jantar por adesão no Restaurante Raul?s. Reserva e informações no telefone 3397.9500.

A pauta da sessão desta terça-feira da Câmara de Gaspar, é a continuidade do feriadão.

Mais um exemplo de falta de planejamento. A duplicação da BR 470 anda a meia boca e trabalha contra os moradores da Margem Esquerda. Os que residem, por exemplo, da Rua Bonifácio Zendron, estão com o acesso interrompido à aquela rodovia e restringindo a mobilidade. E com a semana de chuva, tudo piorou. DNIT, empreiteira e prefeitura ignoraram os apelos da comunidade.

Título do press release da propaganda: ?prefeitura adquire novo caminhão para serviços de iluminação pública?. A manchete correta deveria ser esta: ?prefeitura de Gaspar termina com a escuridão de muitas ruas e troca as lâmpadas queimadas que cria insegurança na população?. O que adianta ter um caminhão novo se a secretaria de Obras, tocada por Lovídio Carlos Bertoldi, PT, não faz o serviço que tem que ser feito com o caminhão que já possui?

O senso de propaganda da administação petista, todavia, falou mais alto outra vez. Ao invés de colocar o caminhão que custou R$256 mil no serviço, colocaram na praça Getúlio Vargas rodeado de puxa-sacos para simbolizar a entrega à cidade.

Enrolado como sempre.  O edital 184/2015 foi adiado. Ele trata da licitação para a construção do CDI Belchior. A nova data é para o dia 25 de setembro.

Amanhã, quarta-feira, dia nove, as duas horas da tarde, na Apae, acontece a segunda reunião que discutirá a acessibilidade em Gaspar, principalmente para as pessoas com deficiência ou mobilidade reduzida.

O governo de Gaspar é conhecido pela sua surdez aos pedidos da comunidade e senso de vingança aos que não se ajoelham aos donos do poder de plantão. Parece que é também analfabeto. Fala tanto em mobilidade, mas o trânsito não anda e não há planos, nem planejamento. Quando este assunto fundamental vai à discussão nas redes sociais, entre gasparenses, moradores daqui e que se engarrafam nas ruas daqui, a polêmica se instala. O velho prevalece sobre o óbvio, como a falta de um guarda ou de uma solução para a passagem defronte as Linhas Círculo nos momentos cruciais do dia, onde tudo emperra. Acorda, Gaspar!

E a ponte do Vale? Em maio, Pedro Celso Zuchi, PT, direto de Brasília, numa das muitas viagens para resolver este e outros assuntos, anunciou para a imprensa divulgar e todos nós esquecermos, de que a obra recomeçaria em julho. Hoje é dia oito de Setembro.

Aqui é diferente. Em Taió, o juiz Rafael Espíndola Berndt, deu 100 dias para o prefeito Hugo Lembeck, PMDB, construir um centro de zoonoses. A liminar atendeu a uma Ação Civil Pública, da promotora Raquel Urquiza Rodrigues Medeiros. O prazo vence no dia 19. Nada foi feito e o prefeito já disse que não tem condições para atender a determinação judicial. Vai pagar R$1 mil por dia de multa.

Mudou? ?Chega de demagogia nesta cidade! Aquele que deveria dar o exemplo (Prefeito) não dá e ainda desmerece a todo momento o trabalho desta Casa de Leis!?. Quem escreveu isto no seu facebook nesta semana? O mesmo que se calou muitas vezes na Câmara diante das imposições da minoria da bancada do PT, tudo para preservar o acordo que fez para ser presidente da Casa. Exatamente: o presidente do PSD e vereador Marcelo de Souza Brick. Resultado, foi apoiado. Pode ser tarde esta decisão. Até porque até a semana passada, como registrei, achava que o amor é um ingrediente de solução total para os problemas de Gaspar.

A página do vereador que andava meio sem interação com os ses fãs, reagiu. Pincei esta entre outras intervenções dos que aprovaram a mudança do Brick. ?Parabéns, pela franqueza! Alguém tem que ter a coragem de falar a todos, o que nós já sabemos, não dá mais para sermos omissos por comodidade, não podemos mais, sermos geridos por inconsequências, que por osmose passamos pela vida sem nos preocuparmos, sem percebermos o que está acontecendo ao nosso redor. Temos que mudar, muda Gaspar!? (Antonio Carlos Nicolodi)

Comentários

Sidnei Luis Reinert
10/09/2015 15:12
Piada levyana de Ministro da Fazenda

Só pode ser piada de Ministro da Fazenda ouvir o Joaquim Levy, um digno representante do rentismo bancário que sacaneia e explora o Brasil, ter a coragem de afirmar, em entrevista ao Jornal da Globo, que "a população vai estar preparada para pagar impostos":

"Não adianta só você dizer que é para cortar e não dizer onde vai cortar. Não adianta querer resolver as coisas pedindo para a população assinar um cheque em branco, tem que olhar, examinar onde dá para cortar. O governo vai, deve cortar gastos, sim. Mais do que já cortou em outros casos. E também se a gente precisar pagar imposto eu tenho certeza que a população vai estar preparada para fazer isso, porque é um caminho para ter o equilíbrio, para poder crescer e a gente quer crescer para criar emprego. Se pagar um pouquinho mais de impostos e a economia crescer, você tem o imposto de volta".

Realmente, os rentistas e seus banqueiros-economistas amestrados vivem em outro planeta: a Imposturolândia - terra vizinha do planeta apenas identificado pela sigla PQP...
Herculano
10/09/2015 14:35
DEVIA ESTAR EMBRIAGADO OU É UM MENTIROSO CONTUMAZ E JOGA COM FALTA DE MEMÓRIA DA MAIORIA, OU É UM MANIPULADOR SEM CURA. DEPOIS DE COMEMORAR EM 2008 O GRAU DE INESTIMENTOS E CULPAR OS ADVERSÁRIOS POR NÃO CONSEGUI-LO, O EX-PRESIDENTE LUIZ INÁCIO LULA DA SILVA, PT, DISSE HOJE QUE PERDER ESTE GRAU NÃO SIGNIFICA NADA

De Buenos Aires, onde participa de um congresso sobre desenvolvimento com responsabilidade fiscal (uau!), o ex-presidente minimizou o rebaixamento da nota de risco do Brasil pela agência Standard & Poor?s; "Isso não significa nada", afirmou; "Significa que apenas a gente não pode fazer o que eles querem. A gente tem que fazer o que a gente quer", acrescentou; Lula disse ainda "achar muito engraçado" o fato de as agências de classificação de risco não utilizarem nos "países quebrados da Europa" os mesmos critérios empregados no caso do Brasil; em seu discurso no evento, Lula disse que "a América do Sul não pode temer a crise. Se tomarmos atitudes erradas, corremos o risco de perder o que conquistamos".

Mas de que seminário o ex-presidente está participando e dando lições aos outro? Da irresponsabilidade fiscal e incompetência administrativa? Wake upo, Brazil!
Herculano
10/09/2015 14:08
A PRESIDENTE DILMA VANA ROUSSEFF, PT CONTINUA CEGA, MAL INFORMADA, SEM ASSESSORAMENTO OU TEIMA EM FAZER O POVO SOFRER MAIS DO QUE ESTÁ SOFRENDO. O QUE ELA DECLAROU HOJE? DE QUE O CENÁRIO ECONÔMICO NÃO É CATASTRÓFICO.

Conteúdo do jornal Folha de S. Paulo. Texto de Marina Dias, Valdo Cruz e Isabel Versiani, da sucursal de Brasília. Em reunião de emergência com sua coordenação política, a presidente Dilma Rousseff negou nesta quinta-feira (10) que o rebaixamento da nota de crédito do Brasil configure um "cenário catastrófico" para o país, mas pediu urgência para sua equipe anunciar cortes de gastos públicos, incluindo principalmente os relacionados à reforma administrativa, que seria concluída somente no fim do mês.

Durante a reunião, a presidente disse a sua equipe que é preciso ter "unidade" dentro do governo e "agilidade e urgência" na definição de cortes de despesas. Só depois, segundo ela, o Executivo vai negociar com o Congresso medidas de aumento de receitas, "transitórias", até conseguir o reequilíbrio das contas públicas.

Segundo assessores presidenciais, as medidas de cortes de gastos serão anunciadas nos próximos dias, não descartando a possibilidade de algumas delas serem editadas ainda nesta quinta, em entrevista coletiva do ministro Joaquim Levy (Fazenda), prevista para o início da tarde.

O governo promete cortar na "carne" e, além disto, será feito um "pente fino" nos programas sociais, para melhorar a gestão destes gastos e combater fraudes caso elas ainda existam. Está descartado, porém, cortar programas de transferência de renda, como o Bolsa Família.

Nesta quarta-feira (9), a agência Standard & Poor's rebaixou a nota de crédito do Brasil de BBB- para BB+, tirando dessa forma o selo de bom pagador do Brasil e a avaliação de Dilma é que o governo precisa emitir sinais de segurança ao mercado "o quanto antes".

Um dos participantes da reunião disse que as "medidas de cortes" serão anunciadas tão logo fiquem prontas, buscando sinalizar para o Congresso e o mercado que o governo fará sua parte para atingir a meta de superavit primário de 0,7% do PIB (Produto Interno Bruto) no próximo ano.

A reunião foi marcada de emergência na manhã desta quinta e pegou de surpresa o vice-presidente Michel Temer e os ministros que participaram do encontro. Entre eles, Joaquim Levy (Fazenda), Aloizio Mercadante (Casa Civil), José Eduardo Cardozo (Justiça), Gilberto Kassab (Cidades) e Ricardo Berzoini (Comunicações).

META

A orientação da presidente é deixar claro que o governo vai buscar cumprir a meta de superavit primário de 0,7% do PIB (Produto Interno Bruto) no próximo ano.

Para isto, será fechado até a próxima semana um conjunto de medidas de corte de gastos e aumento de receitas para fazer um esforço fiscal da ordem de R$ 64 bilhões, o necessário para zerar o déficit de R$ 34 bilhões previsto no Orçamento de 2016 enviado ao Congresso e garantir a parte do governo federal no superavit do setor público no ano que vem.
Herculano
10/09/2015 13:48
PARA QUE SERVE A IMPRENSA LIVRE E INVESTIGATIVA? PARA DAR TRANSPARÊNCIA AO QUE OS POLÍTICOS FAZEM NA SOMBRA COM O DINHEIRO DOS NOSSO PESADOS IMPOSTOS. DEPOIS DESTA NOTA RENAN CALHEIROS, PMDB-AL, VOLTOU ATRÁS E CANCELOU A VIAGEM QUE LIDERAVA

TEMPOS DE CRISE, por Lauro Jardim, de Veja

A época é de vacas magras e dólar caro, mas nem por isso os importantes compromissos internacionais dos parlamentares brasileiros somem da agenda.

Encabeçado por Renan Calheiros, um grupo de senadores vai à China na semana que vem, onde fica até o dia 30 de setembro. Também estão na comitiva Antonio Anastasia, Flexa Ribeiro, Humberto Costa, Vanessa Grazziottin, Jader Barbalho, Valdir Raupp, entre eles.

Esperando que as passagens aéreas das excelências não sejam de primeira classe, e sim de classe executiva, e considerando o dólar a 3,78 reais, o custo dos bilhetes de ida e volta Brasília-Pequim pode variar de 223 885 reais a 801 681 reais no total.

Numa conta simples ? nove senadores durante quinze dias no país asiático ? também se chega ao número de nada menos que 45 diárias pagas pelo contribuinte, que não deve, é claro, esperar hotéis pouco estrelados.
Herculano
10/09/2015 08:05
A BRINCADEIRA ACABOU, por Renato Andrade

Se faltava alguma coisa para coroar a sequência de erros do governo Dilma, que jogaram a economia brasileira numa espiral recessiva, agora não falta mais.

A partir desta quinta-feira, o Brasil volta a ser considerado um país pouco seguro para investidores colocarem seu dinheiro. O selo de bom pagador, concedido pela agência Standard & Poor's em abril de 2008, durante o governo do ex-presidente Lula, virou pó, apenas oito meses depois da reeleição de sua sucessora.

O governo só tem a si mesmo para culpar. Os argumentos apresentados pela agência de risco para explicar por que o país não tem mais condições de manter o título são claros.

A mirabolante ideia de apresentar uma proposta de Orçamento com um rombo de R$ 30,5 bilhões para o próximo ano ?mais um ineditismo do governo petista? foi o lance derradeiro que garantiu a passagem de volta do Brasil ao clube dos países que pagam caro para conseguir dinheiro nos mercados internacionais.

A indefinição, os recuos, os sinais trocados, toda a falta de coordenação de um governo sem rumo indicavam que esse resultado chegaria em algum momento. Ao que parece, o Planalto esperava uma certa benevolência por parte da turma do dinheiro. Perdeu a aposta. Perdeu o Brasil.

Dilma e seus ministros mais próximos não podem reclamar de que não foram avisados. De Joaquim Levy ao vice Michel Temer, passando por uma infinidade de empresários, banqueiros e políticos de partidos distintos, todos ponderaram que o caminho adotado estava errado. Mesmo assim, por teimosia ou incompetência ?ou ambos?, a presidente não teve pulso para mudar o rumo das coisas a tempo de evitar o desastre.

É difícil imaginar a magnitude dos estragos que a economia brasileira sofrerá a partir de agora. A única certeza é que esses estragos virão.

Dilma defendeu na segunda-feira a adoção de "remédios amargos" para resolver os problemas. Talvez seja tarde demais para salvar o paciente.
Herculano
10/09/2015 08:03
LEVY DIZ QUE A SOCIEDADE TEM DE DIZER O QUE QUER. JÁ DISSE! QUANDO ELEGEU DILMA E QUANDO PEDE QUE ELA SAIA, por Reinaldo Azevedo, de Veja

Impressionante, sob várias aspectos, a entrevista concedida no começo da madrugada de hoje por Joaquim Levy, ministro da Fazenda, a William Waack e Christiane Pelajo, do "Jornal da Globo". Em primeiro lugar, destaque-se: é bom assistir a uma conversa de verdade, em que os jornalistas dão consequência à resposta do entrevistado, em vez enfileirar questões. Adiante.

O que se viu foi um Joaquim Levy absolutamente perdido, que confessa, na prática, a falência de um modelo. Ainda que com uma fala um tanto rebarbativa, meio errática, o ministro deixou claro que não vê mais espaço para cortar gastos. Ficou evidente que o governo vai mesmo insistir é na elevação de impostos.

Num dado momento, Levy chegou perto de dizer que é preciso mesmo cortar os tais gastos sociais. Eis aí: quem vai botar o guizo no pescoço do gato? Se não me engano, Lula é um dos inspiradores de uma tal "Frente Brasil Popular". Seu principal alvo: a política de austeridade.

Ao longo de 13 anos de governo, o PT foi engessando o Orçamento e ampliando a fatia dos chamados desembolsos obrigatórios, regulados por lei. São eles que sofrem aumentos automáticos. Ainda que o governo corte aqui e ali, gasta-se neste ano mais do que no passado.

O que mais me impressionou foi ver Levy fazendo uma espécie de discurso da união nacional - ou alguma coisa nessa vizinhança. Afirmou, lá pelas tantas, que os brasileiros precisam, afinal, decidir o que querem. E avançou, sugerindo que o eventual aumento de impostos agora seria compensado, mais tarde, pela estabilização da economia e pela retomada do crescimento. Seria, deu pra entender, um esforço concentrado e transitório.

Pois é? O diabo, e Levy sabe disso, é que, para que se faça algo do gênero, é preciso que haja confiança no governo - o que foi devidamente lembrado por William Waack. E essa confiança não existe nem existirá com Dilma. A eventual elevação da carga tributária só vai azedar ainda mais os ânimos.

Levy estava a falar, na verdade, que a sociedade tem de pactuar o que quer. Pois é, ministro!!! Um técnico como o senhor não tem mesmo de ser um especialista em política - sim, neste governo, ninguém é. Mas eu lhe refresco a memória.

A sociedade disse o que queria, ao menos por maioria, ainda que apertada, nas urnas. Dilma ganhou a (re)eleição há menos de um ano e ainda não fechou nove meses de seu segundo mandato. Como sabe Levy, a situação da economia em outubro do ano passado já era dramática. Mas Dilma não apenas omitiu isso dos brasileiros como acusou os que apontavam os problemas de "pessimistas". João Santana criou até uma personagem para ironizar os críticos: o "Pessimildo".

Na entrevista ao "Jornal da Globo", Levy disse, em síntese, que o país está mesmo quebrado, que não tem dinheiro para pagar as contas, que não há mais onde cortar e que, sem novos impostos, não há solução. A resposta está na política. Com a matemática, já não resta quase nada a fazer.

Tendo a concordar. Se ele espera, no entanto, que Dilma tem condições de liderar um consenso mínimo, pode botar o burro na sombra e voltar para o Bradesco. Isso não vai acontecer.
Herculano
10/09/2015 07:53
O DESRESPEITO COM OS DOENTES, IDOSOS E POBRES CONTINUA PELO GOVERNO DO PT DE GASPAR

A prefeitura derrubou na surdina o posto de saúde da Rua São José. Desapareceram dali as desumanas filas para se pegar fichas e ser atendido.

Onde elas estão agora? Na Rua Industrial José Beduschi, no posto do barirro Sete
Herculano
10/09/2015 07:50
PMDB JÁ DISCUTE O PÓS-DILMA, por Rogério Gentile para o jornal Folha de S. Paulo

Michel Temer divulgou uma nota no feriado para tentar desfazer a impressão de que trabalha "nas sombras" para substituir Dilma Rousseff no Palácio do Planalto. Não conseguiu, obviamente, ainda que, ao pé da letra, não deixe de ter certa razão. Outros atuam nas sombras por ele.

O vice atua às claras mesmo, com movimentos calculados e sugestivos, ainda que em alguns instantes tenha dado passos maiores do que a extensão de suas pernas ?daí a necessidade de precisar se explicar em um texto tão inusitado quanto estéril. Temer disse que não conspira contra a presidente e que "sabe, no limite da lei, até onde pode ir".

O peemedebista age sempre no interesse de atingir três objetivos imediatos: expor seu comprometimento com a estabilidade econômica (e com o empresariado), demonstrar sua capacidade de apaziguar o Congresso e evidenciar, por ação ou omissão, a fragilidade política da sua antiga companheira de chapa.

Fora isso, com o governo em estado pré-falimentar, seu trabalho maior é o de sentar e aguardar. Aguardar os desdobramentos da operação Lava Jato, aguardar a análise das supostas pedaladas fiscais no TCU e aguardar os entendimentos que seus correligionários iniciaram com a oposição em torno de um cenário pós-Dilma.

Conversas sobre as quais FHC jogou alguma luz ao falar que a solução da crise passa pela "formação de um novo bloco de poder que tenha força suficiente para reconstruir o Estado brasileiro". Na prática, isso significa acertar a seguinte costura: os tucanos participam de um eventual governo Temer, o apoiam no Congresso, mas exigem que ele deixe o caminho livre para 2018.

A anemia de Dilma é tão grande que, mesmo diante de tudo isso, precisa fechar os olhos. Se já está difícil sobreviver com o PMDB mexendo-se nos bastidores, imagine o que pode ocorrer se o partido ganhar um motivo para romper de fato.
Herculano
10/09/2015 07:47
OPOSIÇÃO QUER INICIAR IMPEACHMENT EM OUTUBRO, por Cláudio Humberto na coluna que publicou hoje nos jornais brasileiros

A oposição fechou acordo com o presidente da Câmara, Eduardo Cunha, para fortalecer o movimento pelo impeachment de Dilma, em razão de crime financeiro e do crime das "pedaladas fiscais", o financiamento de sua campanha com dinheiro roubado da Petrobras e o ambiente de ingovernabilidade. A ideia é formalizar a proposta em outubro, condensando em apenas um os 17 pedidos existentes.

Tamos aí

Eduardo Cunha não ficará à frente da campanha pró-impeachment, a ser lançada nesta quinta, mas também prometeu não atrapalhar.

Câmara é soberana

A Câmara avalia que o impeachment de Dilma não depende de decisão do Tribunal de Contas da União ou do Tribunal Superior Eleitoral.

Vai com tudo

Com o agravamento da crise, a oposição pretende demonstrar que Dilma atrapalha a retomada e pode levar o País para o buraco.

Fora de sintonia

O movimento pró impeachment, a ser lançado nesta quinta-feira, conta com apoio discreto do senador Aécio Neves, presidente do PSDB.

BRASIL VIROU LINHA AUXILIAR DA VENEZUELA NA OEA

É constrangedor o histórico do Brasil como linha auxiliar do regime venezuelano na Organização dos Estados Americanos (OEA). No ano passado, quando a deputada Maria Corina tentou discutir no âmbito da OEA a repressão sangrenta de Nicolás Maduro a manifestantes, o representante brasileiro Breno Dias Costa nos cobriu de vergonha para bajular o regime chavista. Disse que Corina queria criar um "circo".

Falta a lona

Indicado à embaixada do Brasil em Honduras, Breno Dias Costa deve explicar no Senado, durante sua sabatina, quem é o palhaço no circo.

País de segunda

O governo brasileiro não aceita ser criticado em questões de direitos humanos, na OEA, e ainda toma as dores da Venezuela nesse campo.

Daí o sucesso

Enquanto taxistas paravam o centro de São Paulo tentando ganhar no grito, motoristas do Uber não deixaram os passageiros na mão.

Levy mudou muito

Mesmo isolado, Joaquim Levy se rendeu aos salamaleques do poder. Antes, ele defendia a redução do Estado e dos seus custos. Agora, faz a opção fácil pelo aumento de impostos, sem mexer nas mordomias e privilégios da burocracia estatal - das quais, aliás, hoje se beneficia.

Quem quer dinheiro?

Réu por corrupção no Supremo, o deputado Paulinho da Força (SD-SP), um santo homem, distribui "pixulecos" - as cédulas que simulam dinheiro, com caras de Dilma e Lula - e pede o impeachment de Dilma.

Imposto sobre a teta

Se cada um dos 9,4 milhões servidores públicos brasileiros pagasse um "dízimo" mensal de dez reais, o governo poderia criar um fundo de R$ 28 bilhões que, em 30 meses, cobriria o "rombo" no Orçamento.

Menos apetite

Deputados federais gastaram em restaurantes R$ 53,78 mil no mês de agosto, mas não coçaram o bolso: a Câmara concedeu-lhes o ressarcimento. Deve ser a versão parlamentar do "fome zero"

Ministro Rolando o Lero

Em audiência pública, José Eduardo Cardozo (Justiça) apenas enrolou proprietários rurais surrupiados por invasões de índios. As vítimas só queriam que o ministro cumprisse a lei. Mas ele prega o "consenso".

Teclado tucano

Assessores do Planalto andam à beira do ataque de nervos. Colegas contam com graça os "pitis" do sub do sub da Articulação na Casa Civil, Luís Tauffer Padilha. Dizem que em recente reunião sobre Olimpíadas, ele perdeu as estribeiras só porque um teclado parou de funcionar.

Caos no DF

O deputado Rogério Rosso (PSD-DF) está preocupado com a situação financeira do governo do DF. Acordos do governo Agnelo Queiroz (PT) com sindicatos, que tomaram os cofres públicos de assalto, vão agregar R$1,5 bilhão à cada vez mais impagável folha de pagamento.

Bala na agulha

Bajulado pela presidente, que tenta aliciá-lo, Leonardo Picciani (RJ), líder do PMDB, intercede até por nomeações de outros partidos. Tratou com Dilma de uma indicação de Jovair Arantes (PTB-GO) para a Caixa.

Pensando bem...

...já que defende o corte de gastos, o PMDB deveria propor a extinção dos ministérios que controla, por inúteis, e a venda do Palácio Jaburu, por desnecessário.
Herculano
10/09/2015 07:37
NOTA OFICIAL DO MINISTÉRIO DA FAZENDA, MAS NÃO É DO GOVERNO DE DILMA VANA RUSSEFF, DO PT, NEM DO MINITÉRIO DO PLANEJAMENTO DE NELSON BARBOSA QUE A MANDO DE DILMA VIVE BOICOTANDO FERNANDO LEVY. A CONFERIR DURANTE O DIA.

Em face da nova avaliação da nota de crédito de longo prazo em moeda estrangeira pela agência Standard & Poor’s (S&P), o governo brasileiro reafirma seu compromisso com a consolidação fiscal.

O governo entende que o esforço fiscal é essencial para equilibrar a economia em um ambiente global de incerteza e, juntamente com iniciativas microeconômicas, aumentar a produtividade do país e criar as condições para a retomada do crescimento na esteira do fim do boom das commodities.

Esse esforço complementa as medidas macroeconômicas tomadas desde o começo do ano que já tem se refletido no processo de reequilíbrio das contas externas e na queda das expectativas de inflação para 2016 e 2017 entre outros indicadores.

O esforço fiscal em 2015 se traduziu na redução de subsídios em empréstimos, o corte de R$ 78 bilhões de despesas discricionárias e na votação de importantes medidas de redução de renúncias fiscais e reforma do seguro desemprego e pensões.

O projeto de lei orçamentária para 2016 incorpora importante disciplina nas despesas discricionárias e esforços de gestão para reduzir as despesas obrigatórias. O processo para se garantir a meta de superávit primário de 0,7% do PIB em 2016 será completado nas próximas semanas com o envio de propostas na área de gastos e receitas discutidas com o Congresso Nacional, em paralelo nos próximos meses a ações legislativas de caráter estrutural para aumentar a eficiência, previsibilidade e produtividade da economia.

Joaquim Levy
Ministro da Fazenda
Herculano
10/09/2015 07:27
S&P TIROU DE DILMA O PAPEL DE CULPAR OS OUTROS, Josias de Souza

Dilma Rousseff já tinha perdido quase tudo. Sem investidores, o Brasil grande do pré-sal transformara-se num ponto perdido no futuro longínquo. Sem crescimento, o país do pleno emprego tornara-se um traço marcante do passado recente. Com Lava Jato, o discurso do ?eu não sabia? convertera-se num mico do presente. Quando parecia não haver mais nada a perder, a Standard & Poor?s eliminou o papel que a presidente exercia com mais brilhantismo. Ela não pode mais culpar os outros - nada de FHC, de crise internacional ou de estiagem prolongada. Ao retirar do Brasil o selo de bom pagador, a principal agência de classificação de risco sinalizou que a crise brasileira se chama Dilma.

"Nós temos agora menos convicção na política fiscal do gabinete da Presidência", anotou a S&P em seu relatório. Atribuiu-se a desconfiança às sucessivas revisões das metas de superávit fiscal. A de 2015 caiu de 1,13% para 0,15% do PIB. E o superávit de 2016, fixado inicialmente em 0,7%, virou um déficit de 0,3% do PIB no orçamento enviado por Dilma ao Congresso com um burado oficial de R$ 30,5 bilhões. "Esta mudança reflete um desacordo com a composição e magnitude das medidas necessárias para reequilibrar as contas públicas", anotou a agência.

O déficit de prestígio do ministro Joaquim Levy junto ao Planalto também não escapou à percepção da S&P. "Enquanto o Ministério da Fazenda está trabalhando em várias medidas para recuperar a meta de superávit inicial de 0,7% do PIB, elas terão de ser negociadas?de forma fragmentada com o Congresso."

A agência reparou também que Dilma desgoverna a economia potencializando as divergências entre Levy e os ministros Nelson Barbosa (Planejamento) e Aloizio Mercadante (Casa Civil). "A série de eventos que leva à proposta de Orçamento [deficitário] nos sugere coesão diminuída dentro do gabinete da presidente Dilma Rousseff", escreveu a S&P. Isso "contribui para a nossa avaliação de um perfil de crédito mais fraco, dada a magnitude dos desafios nas frentes políticas, econômicas e fiscais do Brasil, que precisavam de um apoio firme, a fim de maximizar poder de negociação do Executivo com o Congresso."

Quem quiser pode desqualificar a S&P, como fez o líder de Dilma na Câmara, José Guimaraes (PT-SP), há seis semanas, quando a agência informou que o Brasil entrara em viéis de baixa. "Essas agências não têm nada que se meterem no Brasil, deviam estar preocupadas com a vida delas, não com o Brasil", ralhara Guimarães. "Essa crise, em certa medida é forjada. [?] Essas análises não deveriam nem ser levadas em conta, isso não tem a menor importância."

O diabo é que as críticas à agência foram, por assim dizer, previamente desautorizadas por Lula em abril de 2008, quando a mesma S&P concedeu o grau de investimento ao Brasil. Ainda na pele de presidente, Lula celebrou a novidade à sua maneira, discursando num evento em Teresina (PI).

Dono de um talento iniqualável para simplificar as coisas, Lula valeu-se de uma analogia com dois trabalhadores. Um é bem-posto na vida, paga em dia o aluguel e vive em função da família. "Esse é o investment grade [grau de investimento]", ensinou Lula. O outro trabalhador torra todo o salário na mesa de jogo e no balcão do boteco. "Era assim que o Brasil era", lecionou Lula. "O Brasil estava quebrado, não tinha credibilidade." Quer dizer: tomado pelas palavras de 2008, o criador acredita que o rebaixamento da S&P fez do Brasil da criatura um país bêbado e desacreditado.

Durante todo o seu primeiro mandato, Dilma exagerou nos gastos públicos, deu isenções e subsídios a granel e negligenciou o controle da inflação. Como se fosse pouco, aniquilou a confiança nos dados oficiais com manobras contábeis. Recuou as finanças públicas para algum ponto da década de 90. Reeleita, madame recrutou Joaquim Levy no Bradesco. Parecia decidida a retirar a economia brasileira da mesa de jogo e do balcão do boteco. Era lorota.

A idéia de que a presidente ainda reúne condições políticas para debelar a crise econômica exige uma pré-condição: o discurso oficial não pode agredir a realidade nem desmerecer a inteligência da plateia. Quando um governo fala em aumentar impostos antes de tirar sangue da máquina pública transforma remédio em veneno.

Supondo-se que consiga superar a maldição do vice Michel Temer -"ninguém vai resistir três anos e meio com esse índice baixo? de popularidade -, Dilma terá pela frente um mandato duro de roer. Sempre que cair na tentação de encontrar um demônio para transferir a custódia de suas culpas, basta que a presidente dê uma olhada no espelho.
Herculano
10/09/2015 07:21
HÁ POUCO DIAS FOI BLUMENAU. AGORA CRICIUMA. PARA GASPAR NADA. SOBRE O ANEL DE CONTORNO NEM UM PIO. O PRESIDENTE DO PSD FALTOU A SESSÃO DA CÂMARA DE TERÇA-FEIRA SEGUNDO ELE, EM BUSCA DE SOLUÇÕES PARA GASPAR FLORIANÓPOLIS. SERÁ?

Manchete do Diário Catarinense, da RBS Florianópolis. Raimundo Colombo assina convênios e libera R$ 12,5 milhões para Criciúma

Nesta quarta-feira, o governador Raimundo Colombo, PSD e o vice, Eduardo Pinho Moreira, que é do PMDB estiveram em Criciúma (terra de Pinho), no Sul do Estado, para a assinatura de convênios com a prefeitura, em ato na subprefeitura do Rio Maina. A cerimônia coroa a assinatura de convênios no valor de R$ 12,5 milhões ao município.
Herculano
10/09/2015 07:11
A REALIDADE. O MUNDO DE VERDADE DESMANCHA O DISCURSO DO PT (O PMDB É SÓCIO DIRETO DESTA LAMBANÇA) DA FANTASIA CRIADA PARA ENGANAR OS ANALFABETOS, IGNORANTES, DESINFORMADOS, FRACOS, MEDROSOS E DEPENDENTES SEUS ELEITORES PREFERENCIAIS E QUE LEGITIMAM NO PODER O PARTIDO POR ELEIÇÕES LIVRES E DEMOCRÁTICAS

MANCHETE NO MUNDO (NÃO SÓ NO BRASIL) DESCONTROLE DAS CONTAS PÚBLICAS FAZ AGÊNCIA STANDARD & POORS TIRAR DO BRASIL SELO DE PAÍS BOM PAGADOR. OUTRAS AGÊNCIAS DE RISCOS DEVEM FAZER O MESMO

Conteúdo do jornal Folha de S. Paulo. A incapacidade da gestão Dilma Rousseff de equilibrar as contas públicas e as divergências públicas de integrantes do governo levaram a agência Standard & Poor's a rebaixar a classificação do Brasil para grau especulativo (com maior risco de calote).

A decisão deve elevar os juros cobrados do país.

A agência indicou ainda que a nota pode sofrer novo rebaixamento nos próximos meses. A perda do grau de investimento - selo de bom pagador - já era esperada desde que o governo enviou ao Congresso, no final do mês passado, Orçamento prevendo rombo nas contas em 2016. Analistas, no entanto, não esperavam que a decisão ocorresse tão cedo.

Antes do anúncio, para tentar recuperar a credibilidade, a presidente se comprometera a enviar nas próximas semanas propostas de aumento de receitas e corte de despesas, para economizar 0,7% do PIB em 2016. Em seu comunicado, a S&P aventa a possibilidade de o país enfrentar três anos seguidos de deficit e dívida crescente.
Herculano
09/09/2015 21:18
REBAIXAMENTO - A BOMBA ERA ESPERADA, MAS NEM POR ISSO DEIXA DE PROVOCAR ESTRAGOS. OLHE AÍ, DILMA, A BELEZA DE SUA OBRA!, por Reinaldo Azevedo, de Veja.

Em 30 de abril de 2008, quando a S&P conferiu ao Brasil a categoria de "grau de investimento", a então diretora de rating soberano da agência, Lisa Schineller, explicou os motivos. Segundo ela, tudo indicava que as escolhas do governo Lula, então, eram de longo prazo, e o tripé que animava o mercado era composto de regime de metas de inflação, austeridade fiscal e câmbio flutuante. Ela ainda afirmou: "Essa ação do governo gera as bases para mitigar o tamanho da dívida pública em relação ao PIB no Brasil, que é maior do que em outros países que já são investment grade (grau de investimento)".

Pois é? Se a S&P tivesse olhado com mais calma, já em 2008, havia evidências de que o modelo petista tinha pés de barro. Demoraria para quebrar, mas quebraria. O fato é que Dilma mandou para o mato o regime de metas de inflação e teve de arrebentar com a austeridade fiscal para tentar manter o jeito petista de fazer as coisas. Valia tudo, menos perder a eleição. E a dívida, claro!, voltou a mostrar a fuça feia.

A notícia cai como uma bomba? Cai. Mas uma bomba absolutamente esperada, o que não ajuda muito. Depois que o governo teve a ousadia de enviar ao Congresso um Orçamento com um rombo admitido de R$ 30,5 bilhões, o que se poderia esperar? As três principais agências, diga-se - as outras duas são a Fitch e a Moody?s -, já haviam anunciado que a situação fiscal é que poderia determinar se o Brasil continuaria ou não como grau de investimento.

E, como sabemos, houve uma brutal deterioração nesse fundamento.

Era tudo aquilo de que o Brasil e Joaquim Levy, ministro da Fazenda, não precisavam agora. Até porque dificilmente as outras agências mantêm avaliações muito divergentes durante largo período. A Moody?s rebaixou o Brasil em agosto, mantendo perspectiva estável para a nota: de Baa2 para Baa3. Também se está a um degrau apenas do grau especulativo.

O país está um pouquinho melhor da Fitch, a dois níveis ainda da nota vermelha. Mas já entrou no radar. Há dois dias, a agência afirmou que o seu foco de atenção está na ?dinâmica de crescimento e na dívida..? Então estamos fritos! Shelly Shetty, diretora sênior de ratings soberanos, disse que "a baixa performance do Brasil está se tornando estrutural". Nada impede que uma agência salte mais de um nível ao fazer a sua avaliação, para cima ou para baixo.

Eis aí? Com a sua espetacular incompetência, Dilma Rousseff conseguiu devolver o Brasil para o grupo dos maus pagadores, segundo uma das agências, e o deixou na marca do pênalti nas outras duas.

Os esforços de Joaquim Levy não conseguiram impedir o desastre. Aliás, sua figura, infelizmente, já começa a cair num certo descrédito. No fim das contas, a máquina parece realmente muito mais poderosa do que ele próprio e seus instrumentos limitados de intervenção.

Quais as consequências do rebaixamento, especialmente se a S&P for seguida pelas duas outras agências? O Brasil pagará juros mais altos pra se financiar no mercado externo. Boa parte dos investidores colocará o país no fim da lista de prioridades. Há inúmeros fundos de investimento que são simplesmente proibidos de alocar recursos para países que estejam no grau especulativo.

Nesta terça-feira, Luiz Inácio Lula da Silva participou de um evento no Paraguai e ensinou uma lição: entre combater a fome e investir em infraestrutura, é preferível a primeira opção. Só um idiota oporia uma coisa a outra. Uma vez opondo, o desastre, como se nota, é certo.

É claro que os indicadores econômicos vão se deteriorar ainda mais, que a economia vai piorar e que os ânimos políticos vão se acirrar.

Antes que FHC o fizesse, eu sugeri que Dilma renunciasse, como vocês sabem.. Ela bem que podia optar por esse gesto de grandeza. Eu prometo manter todas as vinhetas estreladas por ela no programa "Os Pingos nos Is", da Jovem Pan.
Herculano
09/09/2015 21:11
O PT DE DILMA TORNOU O BRASIL UM CASSINO. ISTO NÃO É COISA DA OPOSIÇÃO, MAS DA IMPOSIÇÃO DE UMA POLÍTICA ERRÁTICA, DE QUEM NÃO CONSEGUIU SEQUER TOCAR UMA LOJA DE 1,99.

ISTO NÃO É INVENÇÃO E NEM ATOS DA TAL OPOSIÇÃO, QUE DE VERDADE NEM EXISTE, POIS SE FOSSE VERDADEIRA, NÃO DEIXARIA O GOVERNO LADRÃO E CORRUPTO DOMINAR O BRASIL: É FATO. COMO É O BRASIL QUEBRADO E O REBAIXAMENTO DA NOTA DO BRASIL AO GRAU ESPECULATIVO. WAKE UP, BRAZIL!
Juju do Gasparinho
09/09/2015 19:07
Prezado Herculano:

Recadinho do Blogueiro Manoel para o Ministro da Fazenda:

"Impostos? Vai à merda, Levy!

Diárias: R$ 553 milhões
Passagens+Locomoção: 767 milhões
Cartões corporativos da Presidência: 4.5 milhões
Publicidade mentirosa: 275 milhões

Tudo isto em 2015.

Faz a soma Levy e vá procurar aumento de impostos na ..... na... $#//:-)&**!"

Tomara que essa nova besta desse governo de desavergonhados tenha entendido o recado.
Herculano
09/09/2015 17:11
QUAL A DIFERENÇA DE GASPAR. AQUI O MINISTÉRIO PÚBLICO AINDA NÃO SE INTERESSOU PELO ASSUNTO DE VERDADE. E QUAL A MANCHETE DE SÃO PAULO? MP APURA DESTINO DE DINHEIRO ARRECADADO OM MULTAS. ATÉ JULHO, O VALOR ARRECADADO COM AUTUAÇÕES PASSOU DE R$ 500 MILHÕES, DE ACORDO COM DADOS DA PREFEITURA DE SÃO PAULO

Conteúdo BandNews. O Ministério Público decidiu abrir um inquérito a fim de apurar para onde vai o dinheiro das multas de trânsito aplicadas na cidade de São Paulo, segundo a Rádio BandNews FM. A investigação está a cargo do promotor de Justiça Marcelo Milani, da Promotoria de Patrimônio Público. O objetivo é solicitar um esclarecimento sobre o assunto ao prefeito Fernando Haddad e ao secretário Municipal dos Transportes, Jilmar Tatto.

Até julho, o valor arrecadado com multas na cidade de São Paulo passou de R$ 500 milhões, de acordo com dados da própria prefeitura. No primeiro semestre deste ano, a Companhia de Engenharia de Tráfego (CET) aplicou mais de 6 milhões de autuações na capital paulista, aumento de 22% em relação ao mesmo período de 2014.

Funcionários da Companhia de Engenharia de Tráfego, que pediram para não ser identificados, revelaram à reportagem da Rádio SulAmérica Trânsito que estão sendo cobrados para autuarem e guincharem mais veículos. São as metas de multas que agentes da CET recebem em várias regiões de São Paulo.

"Depois que teve troca de chefia, começou um terrorismo em cima da gente, querendo resultado em cima de autuação. Chegou a um ponto que, em uma reunião, nos disseram que a única forma de segurar a gente era mostrar resultado de multa", revelou um funcionário. As mudanças de chefias de departamentos citadas pelo entrevistado aconteceram entre maio e junho deste ano.

As ameaças, segundo os agentes, são sutis e veladas e nunca são registradas por e-mail ou documento, apenas verbalmente, em reuniões a portas fechadas.

"Nada formal, só passam por voz, não escrevem em lugar nenhum", confirma outro funcionário. "E se a quantidade de multas não melhorar, o cara é transferido, trocado de turno, tudo para dificultar a vida do cara?.

Os funcionários ouvidos pela reportagem reclamam que essa postura atrapalha a concentração nas funções diárias, como monitorar o trânsito, ou simplesmente dirigir os veículos e motos com segurança.

De acordo com os relatos, os agentes não são orientados a inventar multas, mas a pressão e o medo de mudança acabam influenciando na interpretação de alguma suposta irregularidade de trânsito. "Eu trabalho há 15 anos na CET e nunca tinha sido estabelecida uma meta como esta. Não pode ser cobrada uma meta do agente, porque isso pode interferir no julgamento do agente. Agora está este inferno. Ou você faz multa, ou está correndo risco de ser transferido ou demitido?.

Meta de 120 guinchamentos por dia

Esta intensificação de autuações também atinge a área de remoção de veículos das ruas com guinchos. "Antigamente se trabalhava com duas empresas, cada uma empregando 10 guinchos e ainda dividindo a frota com a Polícia Militar", recorda o entrevistado. "Hoje, a CET sozinha está com 30 guinchos. E os contratos são milionários. Para justificar este custo elevado, precisa guinchar. Então existe uma meta de 120 guinchamentos por dia".

Para outro agente ouvido, esta medida vai contra todo o treinamento que eles receberam até hoje. "Fazer guinchamento em, por exemplo, área azul, não segue o critério de verificar se oferece risco de segurança e fluidez que, até então, era adotado para nós".

Os novos guinchos estão agindo não apenas na remoção de veículos parados em zona azul, mas também na de carros quebrados em vias públicas.

Apesar de as multas estarem dentro da lei, os agentes acreditam que o foco em educação no trânsito está sendo deixado de lado. "As campanhas neste sentido, obviamente, tinham um lado educativo e preventivo e agora, infelizmente, tem que fazer fiscalização sem que haja um tipo de campanha, uma informação mais divulgada?.

Outras autuações que não eram observadas pelos agentes, como não parar completamente o veículo quando há placas de "Pare", já começaram a ser fiscalizadas. Em um cruzamento sem semáforo, se o motorista não parar, engatar a primeira marcha para depois seguir, será também multado.

CET nega denúncia

Em resposta, a Companhia de Engenharia de Tráfego afirma não ter nenhum procedimento que determine ou indique o cumprimento de metas quanto à elaboração de autuações de trânsito ou ação diversa de sua função original.

Sobre qualquer denúncia que saia do campo legal de sua ação, a CET diz estar pronta a apurar toda e qualquer situação.

Agente da CET é flagrado trabalhando como pedreiro

Se agentes da CET denunciaram que sofrem ameaças para realizar meta de multas, eles também são pressionados para realizar serviços para os quais não foram contratados. Novamente a Rádio SulAmérica Trânsito recebeu outra denúncia de que os marronzinhos estariam sendo deslocados para realizar a função de pedreiro em unidades da empresa.

Para apurar a informação, não foi preciso uma grande operação. A reportagem conseguiu flagrar, em pouco tempo, um agente, com enxada na mão, misturando areia e cimento para a realização de um serviço no prédio da companhia na Rua do Sumidouro, na região de Pinheiros, zona oeste. O motivo do trabalho seria a falta de recursos para contratar um pedreiro de fato.

Entre os trabalhos executados pelos agentes da CET, estão o reboque de paredes e a colocação de piso.
Herculano
09/09/2015 13:41
BRASIL GANHA A COPA DA CORRPÇÃO, por Clóvis Rossi, para o jornal Folha de S. Paulo.

Não é novidade, mas sempre é importante e instrutivo quando se comprova cientificamente o que diz a sabedoria convencional. O que diz a sabedoria convencional, empiricamente?

Que corrupção e educação (na verdade, a falta dela) são dois dos problemas que mais embaçam a vida do brasileiro.

Pois agora o Fórum Econômico Mundial acaba de pôr ciência nessa suposição, ao divulgar seu primeiro Relatório sobre Crescimento Inclusivo e Desenvolvimento.

O relatório trata de sete áreas, subdivididas em várias outras: Educação e Capacitação; Emprego e Trabalho; Construção de Ativos e Empreendedorismo; Intermediação Financeira; Corrupção; Serviços Básicos e Infraestutura; e Transferências Fiscais (mais exatamente: como o sistema tributário contrabalança a desigualdade de renda sem minar o crescimento?).

O Brasil e mais 25 países são listados como de renda média superior e a comparação do relatório se faz exclusivamente entre nações da mesma faixa.

Nesse campeonato - que equivaleria à série B do campeonato mundial da economia e do desenvolvimento - o Brasil até que não se sai tão mal, ao contrário do que ocorre em outros rankings em que os países mais ricos também entram na disputa.

Diz o relatório, por exemplo, que "o Brasil se beneficia de um alto nível de inclusão financeira, o melhor colocado nesta área entre todos os países do mesmo grupo de renda".

No capítulo emprego, "o desemprego registrado é inferior ao muitos outros países, embora o setor informal permaneça significativo, o que drena potencial renda de impostos".

Na área da proteção social, o Fórum registra o conhecido "progresso na proteção social em anos recentes, em particular por meio de programas de transferência de renda".

Quer dizer: não somos um caso perdido, por mais que o humor do brasileiros hoje em dia diga majoritariamente o oposto.

Aí, chega-se aos quesitos realmente problemáticos. Em Educação, é o vexame de sempre: o Brasil fica em 18º lugar entre os 20 países de sua faixa de renda para os quais há dados que permitam comparação.

Os últimos lugares, aliás, ficam para a América Latina: de cima para baixo, Argentina, México, Uruguai, Brasil e Colômbia.

Desnecessário dizer que Educação é um ativo essencial para atingir o objetivo do relatório, que é o de abrir uma discussão em profundidade sobre como alcançar inclusão social sem prejudicar o crescimento.

Há uma segunda área aparentada com Educação e Capacitação em que o Brasil vai igualmente mal: é no ambiente para a construção de ativos e para o empreendedorismo.

O Brasil fica no penúltimo lugar entre os 25 países listados no relatório, sempre na mesma classe de renda.

Por fim, corrupção: o Brasil só está melhor do que a Venezuela, que é o mais próximo de Estado falido que se tem nas Américas. Fica em 25º lugar.

O ranking leva em conta não apenas a tolerância zero para propinas e corrupção como também se há competição justa nos mercados de produtos e de capitais.

É óbvio que a reiterada criação de cartéis para concorrências públicas torna qualquer competição viciada e ajuda a entender a posição do Brasil nesse quesito.

Parece evidente que, sem resolver os nós que emperram seu crescimento com inclusão social, os ativos do país perdem totalmente seu brilho
Arara Palradora
09/09/2015 13:31
Querido, Blogueiro!

Não nutro simpatia pelo governador do estado do Rio Grande do Sul,
(peemedebista é tão bandido como petista), mas é de tirar o chapéu pela presença de espírito dele ao dizer:

"Não posso tirar leite de vaca morta". Literalmente, não pode.
Essa vaca já morreu faz tempo, ela só esqueceu de cair.

Voeeeiii...!!!
Herculano
09/09/2015 13:28
O RETRATO DE UM DESGOVERNO E A BANANA QUE MANDA PARA OS PAGADORES DE PESADOS IMPOSTOS. GOVERNO FEDERAL PREVÊ CONCLUSÃO DAS ORAS DA BR-470 SÓ EM 2022

Conteúdo da coluna "Guarda Sol, do Diário do Sol, da RBS Itajaí e Balneário Camboriú. Não bastasse o balde de água fria provocado pela redução da disponibilidade de recursos da União para as obras de duplicação da BR-470 no ano que vem (quase 30% menos do que no ano passado, resultado nos cortes do orçamento), o Plano Plurianual do governo federal apresentado na semana passada, que orienta as ações pelos próximos quatro anos, também traz um dado preocupante para a empreitada: o prazo de conclusão das obras, previsto para 2017, passou para 2022.

São cinco anos a mais de trânsito perigoso em uma rodovia marcada por mortes violentas e por uma espera interminável por solução.

Até lá, o custo total da obra deve alcançar R$ 1,1 bilhão
Herculano
09/09/2015 13:23
O GOVERNO DO PT, PMDB, PSD, PP, PDT, PC do B, PTB, PR, PRB ESTÃO QUEBRANDO O BRASIL. INSATISFEITOS, QUEREM EMPOBRECER AINDA MAIS OS CIDADÃOS PARA CONTINUAR TUDO COMO ESTÁ, O EMPREGUIMO SEM FIM DOS COMISSIONADOS, DOS MINISTEROS INÚTEIS, DA CORRUPÇÃO, A FALTA DE SAÚDE PÚBLICA, EDUCAÇÃO DE QUALIDADE, SEGURANÇA E OBRAS ESSENCIAIS COMO A DUPLICAÇÃO DA BR-470, A PONTE DO VALE....

PROPOSTA DE ELEVAR O IMPOSTO DE RENDA PREVÊ A 4ª FAIXA DE COBRANÇA E AUMENTO PRA AS PESSOAS JURÍDICAS

Conteúdo do jornal Folha de S. Paulo. Texto de Leandro Colon enviado especial a Paris, Valdo Cruz, Natuza Nery, Marna Dias, Gustavo Patu e Gustavo Uribe da sucursal de Brasília. O ministro Joaquim Levy (Fazenda) admitiu nesta terça-feira que o aumento do Imposto de Renda é uma das alternativas em estudo pelo governo para equilibrar as contas públicas.

Assessores do governo disseram à Folha que há pelo menos duas ideias em discussão. Uma delas seria criar uma quarta faixa de cobrança para pessoas de renda mais alta, com alíquota entre 30% e 35%.

Outra seria aumentar a tributação de pessoas que recebem rendimentos de suas próprias empresas, que pagam 4% a 5% de IR em vez da alíquota de 27,5% cobrada dos assalariados da faixa de renda mais alta existente hoje.

Preocupados com a reação negativa às declarações de Levy, assessores presidenciais destacaram ao longo do dia que ainda não há uma posição fechada e lembraram que propostas de aumento de IR sempre enfrentaram fortes resistências.

Imposto de Renda em outros países

TEMER

Mas logo depois da declaração de Levy, o vice-presidente Michel Temer (PMDB) disse que é preciso evitar "remédios amargos" e que a ampliação de tributos é solução só "em último caso".

A fala vai na contramão do que disse a própria presidente Dilma Rousseff em mensagem para marcar o 7 de Setembro, na qual ela defendeu a necessidade de "remédios amargos" para superar a crise. Também diverge de governadores do PMDB que, reunidos por Temer em um jantar nesta terça (8), defenderam a volta da CPMF.

Segundo interlocutores do vice-presidente, sua fala, antes do jantar com os governadores do partido e logo após uma conversa reservada com Dilma, refletiu as conversas que ele teve ao longo do dia com políticos e empresários, todos refratários à ideia de primeiro aumentar impostos para solucionar o problema de caixa do governo.

O próprio Temer, no início do dia, cogitou encampar a ideia do ex-ministro Delfim Neto de elevar a Cide, imposto que incide sobre a gasolina, como possibilidade para ajudar a evitar o deficit de R$ 30,5 bilhões no Orçamento da União do ano que vem. Mas após ouvir reclamações de aliados peemedebistas e de empresários, o vice atenuou o discurso e, no jantar com aliados, apenas classificou a proposta de "interessante", sem porém assumi-la.

"Aumento de tributo só em última hipótese, descartável desde já", disse, após encontro de vinte minutos com Dilma. "Não queremos isso [aumentar impostos], temos que evitar remédios amargos."

Arrecadação da Cide

Mais cedo, os presidentes do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), e da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), já haviam se manifestado publicamente contra a ideia de elevar tributos, posição que defenderam durante o jantar do partido.

A discussão sobre aumento de impostos expôs novamente os desacertos internos do governo e escancarou a dificuldade que o Planalto terá para fechar um pacote de medidas baseado principalmente em aumento de receita para reequilibrar suas contas.

Nas últimas semanas, o governo já foi obrigado a recuar da proposta de recriação da CPMF diante da reação contrária de empresários e aliados. Depois, desistiu de bancar a proposta de um Orçamento com deficit em 2016 e passou a dizer que buscaria encontrar soluções, com o Congresso, para o rombo.

Assessores presidenciais admitiram à Folha que, mais uma vez, o governo não acertou o discurso ao lançar propostas e ficou acuado diante de reações contrárias.

Além de IR e Cide, técnicos também preparam propostas para a elevação do PIS/Cofins e do IOF (Imposto sobre Operações Financeiras) e um imposto provisório sobre operações financeiras com validade de dois anos.
Digite 13, Delete
09/09/2015 13:20
Oi, Herculano;

Temer Volta a Trombar com Dilma - às 08:13HS
Esse "bolha" combina muito bem como VICE de uma ANTA.
Vai ser babaca assim, lá na China...

Agora, ver a impostora Dilma encurralada num presídio de chapa de aço com medo do POVO, não tem preço há, há, há...

Onde anda o Coração Valente da covarde?
Herculano
09/09/2015 13:08
DILMA SEM AGENDA, por Lauro Jardim, de Veja

Se há uma expressão da qual nunca mais se ouviu falar no governo Dilma é "agenda positiva".

A agenda positiva é um recurso clássico dos governos que enfrentam alguma crise. É só a popularidade cair e lá vem alguém da área de comunicação com a ideia mágica: "agenda positiva"

Dilma Rousseff, neste segundo mandato, até que tentou lançar mão desse recurso.

Anunciou um novo programa de concessões na área de infraestrutura em junho. Alguns programas sociais foram lançados ou relançados em cerimonias no Palácio do Planalto.

Só que bastava uma cerimonia dessas acontecer para uma notícia de "agenda ruim", geralmente vinda da Lava-Jato ou da economia, engolfar a novidade que o governo tentava lançar.

Hoje, nem isso o governo tenta mais. Até o Minha Casa minha Vida 3 que seria lançado nesta semana terá que ser repensado. Não há recursos.

Na verdade, não é que seja um governo sem agenda positiva. É um governo sem agenda.
Sidnei Luis Reinert
09/09/2015 12:38
Brasil na contra mão

Primeiro-ministro japonês Shinzo Abe vai reduzir imposto das empresas em 3.3 pontos.
Já no paraíso tupiniquim quer-se elevar os impostos de qualquer forma!
Herculano
09/09/2015 08:25
AH, LEVY!!! AÍ NÃO DÁ!!! ENTÃO FALEMOS DE CARGA TRIBUTÁRIA, por Reinaldo Azevedo, de Veja.

Não adianta! A ordem é mesmo enfiar a mão no bolso dos brasileiros. Já que o governo não consegue fazer corte de gastos - saibam que se vai torrar mais dinheiro público mais neste ano do que no ano passado -, então é preciso resolver o buraco fiscal pelo lado das receitas.

Nesta terça-feira, em Paris, o ministro Joaquim Levy, da Fazenda, admitiu que o governo estuda elevar a tunga do Imposto de Renda para fazer caixa: "Pode ser um caminho (aumento de IR), é essa a discussão que a gente está tendo agora e que acho que temos que amadurecer mais rapidamente no Congresso".

Certo!

Não sei se tentando nos enganar ou se, de fato, por candidez, ele se saiu com uma desculpa bastante exótica, a saber: "Em relação aos países da OCDE, a gente tem menos impostos sobre a renda, sobre a pessoa física do que na maior na parte dos países da OCDE. É uma coisa a se pensar".

Levy faz, às vezes, um esforço imenso para que eu perca o respeito por ele. A afirmação é intelectualmente desonesta. O imposto sobre pessoa física não é uma medida do peso tributário. O conjunto dos impostos em relação ao PIB é. No Brasil, é de 35,7%, a maior da América Latina.

Todos os países que cito abaixo, diga-se, pertencem à OCDE. No Chile, a carga tributária é de 20,8%; nos EUA, de 24,3%; na Suíça, de 28,2%: no Canadá, de 30,7%; em Israel, de 31,6%; no Reino Unido, de 35,2%? E, meus caros, comparem a qualidade dos serviços públicos prestados nessas nações - nem o Chile é exceção - com aquilo que se faz por aqui.

Na semana passada, Levy ameaçou deixar o cargo. O envio de uma peça orçamentária com um déficit de R$ 30,5 bilhões caiu como uma bomba em sua credibilidade - isso porque todos sabem que o número repete praticamente a performance do ano passado, também deficitária, não fossem as maquiagens feitas pelo governo, o que pode render a recomendação do TCU para que as contas sejam rejeitadas.

Dilma sabe que está ruim com ele e que será pior sem ele. Então deixou o homem um pouco mais solto para buscar receita. Ele está mais assanhado que lambari na sanga. Como a recriação da CPMF precisa do aval do Congresso, estuda-se a possibilidade de elevar as alíquotas dos tributos que podem ser alterados por decreto: além do Imposto de Renda, há a Cide (Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico) - que taxa combustíveis -, o IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados) e o IOF (Imposto sobre Operações Financeiras).

A oposição já reagiu, e há parlamentares que falam até num decreto legislativo que anule eventual iniciativa do governo. Nesse caso, para ser aprovado, ele precisa apenas da maioria simples das duas Casas, desde que garantido o quórum (257 deputados e 41 senadores).

Sim, há um rombo no caixa. Mas Levy está brincando com fogo.
Herculano
09/09/2015 08:16
DEFESA VAI DELEGAR PODER DE VOLA A COMANDANTES MILITARES

Conteúdo do jornal Folha de S.Paulo. O Ministério da Defesa vai editar uma portaria para delegar aos comandantes da Marinha, Exército e Aeronáutica a competência da edição de atos relativos a pessoal militar. A função já era dos comandantes, mas foi passada ao ministro da Defesa, Jaques Wagner, por decreto assinado por Dilma Rousseff.

O texto, publicado na sexta (4) no "Diário Oficial" da União, causou polêmica entre os militares.

O governo tenta minimizar o desgaste com as Forças Armadas, que já estavam insatisfeitas com a ideia do Planalto de retirar o status de ministério do Gabinete de Segurança Institucional, comandado pelo general José Elito.

O decreto estava parado na Casa Civil havia três anos, e a assinatura sem aviso prévio de Dilma gerou surpresa. Nem a cúpula do Ministério da Defesa nem oficiais das Forças Armadas pareciam estar plenamente informados da decisão da presidente.

De acordo com a Casa Civil, porém, quem solicitou o envio do decreto à presidente foi a Secretaria-Geral do Ministério da Defesa.

Diante da polêmica, a pasta precisou divulgar uma nota, na tentativa de esclarecer que o decreto tinha como objetivo apenas atualizar um anterior, de 1999, que ainda considerava como existentes os antigos ministérios da Marinha, Exército e Aeronáutica.

À Folha, Wagner foi enfático: "Não houve nenhuma intenção de usurpação de poder. Foi simples normatização".

Entre as atribuições que passaram, por ora, para as mãos do ministro, estão a transferência para a reserva remunerada de oficiais superiores, intermediários e subalternos, reforma de oficiais da ativa e da reserva, demissões a pedido, promoção a postos oficiais superiores, designação e dispensa para missão de caráter eventual ou transitória no exterior, entre outras.

Ainda segundo o texto, que entra em vigor 14 dias após sua publicação, as competências poderiam ser subdelegadas pelo ministro aos comandantes das Forças Armadas ?o que será concretizado com a portaria editada pela Defesa em até duas semanas.

Procurados, Marinha e Aeronáutica não quiseram se pronunciar sobre o assunto. O Exército não respondeu.
Herculano
09/09/2015 08:13
TEMER VOLTA A TROMBAR COM DILMA, por Ricardo Noblat, de O Globo

Se você acha que o vice-presidente Michel Temer trombou feio com a presidente Dilma Rousseff na semana passada ao dizer que ela não conseguirá governar até o fim do seu mandato com popularidade tão baixa foi porque não soube ou não prestou atenção no que leu sobre o que ocorreu ontem à noite em Brasília.

Na segunda-feira, em pronunciamento à Nação por meio das redes sociais, Dilma confessou que o governo no ano passado gastou acima do que podia e que por isso mesmo será obrigado a adotar "medidas amargas". Os principais ministros do governo passaram a terça-feira em reuniões estudando as tais "medidas amargas.

Para quem pariu um Orçamento da União de 2016 com um rombo de 30 bilhões de reais, só restou ao governo acenar com cortes de despesas, ainda por calcular, e aumento de impostos. Em Paris, o ministro Joaquim Levy, da Fazenda, admitiu aumentar o Imposto de Renda dos brasileiros que ganham mais.

Em Brasília, de preferência mediante o anonimato, ministros sopraram para jornalistas que o governo poderia aumentar impostos que não dependem de aprovação do Congresso, e propor a criação de uma contribuição provisória para atravessar os próximos anos de crise. Por contribuição provisória, entenda-se: um novo imposto.

Foi aí que Temer trombou direto com Dilma pela segunda vez em menos de uma semana. Antes de se reunir à noite com os governadores e líderes do PMDB na Câmara dos Deputados e no Senado, Temer deu uma entrevista onde disse:

- Temos que evitar remédios amargos e, se for possível simplesmente cortar despesas, a tendência é essa.

Não satisfeito de se opor diretamente a Dilma e ao que ela e seus ministros planejam, Temer disse mais:

- As pessoas não querem em geral aumento de tributo. Tenho sustentado exatamente o corte de despesas. Aumento de impostos só em última hipótese; última hipótese descartável desde já.

Até o meio da tarde de ontem, Temer ainda defendia o aumento da Cide, tributo cobrado sobre a venda de combustíveis. Foi o ex-ministro Delfim Neto, da Fazenda, quem convenceu Temer das vantagens de aumentar a Cide. Com isso poderia ser gerada uma receita adicional de 14 bilhões de reais, sendo 11 bilhões para o governo federal e o resto para Estados e municípios.

Eduardo Cunha, presidente da Câmara, Renan Calheiros, presidente do Senado, e outras vozes de peso do PMDB fizeram Temer mudar de ideia. Para não ficar isolado e continuar se distinguindo de Dilma, ele esqueceu o aumento da Cide e advogou o que prefere seu partido: o simples corte de despesas.

Assim também Temer conta pontos com empresários e banqueiros que não suportam mais ouvir falar em aumento de impostos. De resto, se reaproxima da oposição, contrária a mais impostos, e deixa Dilma falando sozinha. Tudo o que Dilma queria era que Temer ajudasse o governo a resolver o rombo do orçamento.

Temer já disse que não moverá uma palha para substituir Dilma. Mas a seu modo está movendo, sim.
Herculano
09/09/2015 08:10
NO , WE CANT'T, por Alexandre Schwarstman, professor, doutor em economia, ex-diretor d Banco Central, e que a equipe de Guido Mantega tentou processá-lo por escrever artigos em que apontava erros na política econômica do governo de Dilma Vana Rousseff, PT.

Só alguém sem noção do funcionamento da economia poderia sugerir mais dívida como solução para os males

Na semana passada, procurei mostrar que a recessão iniciada em meados do ano passado resulta da política econômica que vigorou com maior intensidade de 2011 a 2014.

As consequências de expansão desmesurada do gasto, descaso com a inflação, controles de preços e intervenções no domínio econômico foram aceleração inflacionária, deficit externos crescentes, desarranjo de setores importantes e aumento considerável da dívida pública, sem, é bom deixar claro, conseguir acelerar o crescimento. Além disso, há razões para crer que, entre as heranças da experiência desastrada do período, se encontra também a impossibilidade de políticas anticíclicas.

O nome, algo pomposo, representa medidas que poderiam atenuar, ou abreviar, a recessão. Em particular, uma queda de atividade, como a observada neste ano, poderia ser combatida com aumento do gasto e redução da taxa de juros, conforme defendido por alguns.

Não se trata de nada incomum. Outros países o fizeram, por exemplo, em resposta à crise de 2008, e mesmo o Brasil optou por esse caminho naquele momento. Resta, porém, saber por que foi possível fazê-lo à época, mas não agora.

A resposta é óbvia, mas, como parece haver quem ainda não tenha entendido a natureza do problema, o melhor é explicitá-la.

Tome-se o caso do Brasil em 2008-2009. O país vinha de alguns anos de superavit primários superiores a 3% do PIB, que trouxeram a dívida pública de patamares próximos a 70% do PIB entre 2003-2005 para 55% do PIB às vésperas da crise.

A inflação, que havia superado em média por 1,4 ponto percentual a meta no período 2003-2005, ficou ao redor daquela entre 2006 e 2008. Em resposta a esse desempenho, as expectativas de inflação quando o BC começou o processo de redução de juros em 2009 estavam apenas levemente acima de 4,5%, revelando uma credibilidade até então inédita quanto ao compromisso da instituição com o regime.

Por fim, o balanço de pagamentos registrara superavit de US$ 45 bilhões entre 2003 e 2007 (média equivalente a 1,1% do PIB por ano), enquanto o BC acumulara perto de US$ 190 bilhões em reservas adicionais.

Posto de outra forma, a sabedoria não foi reagir à recessão com o afrouxamento das políticas fiscal e monetária (assim como o uso de parte das reservas), mas sim ter preparado o terreno para isso, reduzindo a dívida, controlando a inflação, acumulando superavit externos e reservas.

Agora, com inflação na casa de 9,5% (7,7% caso desconsideremos as tarifas públicas), não há espaço para reduzir a taxa de juros sem criar um problema mais sério à frente.

Já o crescimento da dívida pública atingiu mais de 9% do PIB nos últimos 12 meses, sugerindo que sua dinâmica consegue ser pior do que a observada mesmo em economias com dívidas maiores.

Isso fica transparente na evolução do prêmio de risco associado ao Brasil, que foi a 3,7% ao ano, contribuindo para aprofundar a recessão.

Nesse contexto, só alguém sem a menor noção de funcionamento da economia e da história recente do país poderia sugerir aumento do endividamento como a solução para nossos males. Se isso bastasse, não estaríamos na situação complicada em que nos encontramos. Há risco que até o governo tenha sentido o tamanho da encrenca, mas certamente não os keynesianos de quermesse.
Herculano
09/09/2015 08:06
PLANO DE FRONTEIRAS "NÃO EXISTE", CONCLUI TCU, por Cláudio Humberto, na coluna que publicou hoje nos jornais brasileiros

O governo Dilma vai enfrentar mais uma confusão a partir desta quarta-feira: o ministro Augusto Nardes, relator do Tribunal de Contas da União no caso das ?pedaladas fiscais? do governo Dilma, irá divulgar um relatório em que avalia a atual situação do Plano Nacional de Fronteiras. Nardes concluiu que o plano, que permitiria ao Planalto coordenar a proteção à fronteira brasileira, simplesmente não existe.

Plano para quê?

Com 16 mil km de fronteiras com dez países, o Brasil é o 2º maior consumidor de cocaína e derivados do mundo, segundo a Unifesp.

Factoide

Um dos primeiros "factoides" do governo Dilma, o Plano Nacional de Fronteiras foi lançado em junho de 2011 e realizou só duas operações.

Inexpressivo

O balanço do PNF são duas operações realizadas entre 2011 e 2012: a Op. Sentinela e a Op. Ágata, que apreenderam juntas 850t de drogas.

Comparativo

Em junho deste ano, a Polícia Federal apreendeu 21,3 toneladas de drogas só na fronteira do Mato Grosso do Sul com Paraguai e Bolívia.

QUEDA DO REAL "DERRETE" SALÁRIOS DE DIPLOMATAS

A desvalorização do real em relação ao dólar, que já ultrapassa os R$ 3,80 no câmbio oficial, derrete os salários dos diplomatas brasileiros. Os vencimentos são convertidos para dólares, quando servem no exterior, mas, como não podem ganhar mais que ministro do Supremo Tribunal Federal, vale a regra do "abate-teto". Com isso, os salários de sofrem redução em até 1.200 dólares (ou R$ 4.560) mensais.

Na real

A cotação do dólar chegou a R$ 3,80 no câmbio oficial, sexta (4). No câmbio da vida como ela é, já ultrapassa os R$ 4,20.

Detalhe

Diplomatas não recebem mais que ministros do STF, mas no exterior eles pagam contas em dólares, euros e libras. Os ministros, em reais.

Drama

Diplomatas fazem relatos dramáticos sobre prestações, escolas dos filhos, etc, que já não podem pagar, com a queda do real e dos salários

Linha cruzada

O governo voltou a irritar o Congresso ao anunciar novo corte nas emendas, que passaram de R$ 8,38 milhões para R$ 7,82 milhões por parlamentar. Inicialmente, o valor previsto era R$ 16 milhões.

Boquinha de siri

Na reunião da equipe de articulação do Planalto, nesta terça (8), uma pauta estava proibida: a investigação dos ministros Aloízio Mercadante (Casa Civil) e Edinho Silva (Comunicação), enrolados na Lava Jato.

Muita calma...

Eduardo Cunha prometeu à oposição que não vai aderir ao governo Dilma, mas avisou que é preciso reduzir o tom beligerante. Para ele, o importante é garantir a governabilidade e a estabilidade econômica.

Paulinho vira réu

O deputado Paulinho da Força (SD-SP) virou réu no Supremo Tribunal Federal por crime contra o sistema financeiro, lavagem de dinheiro e formação de quadrilha, em escândalo de desvios do banco BNDES.

Terreno baldio

O vice-presidente Michel Temer se irritou com Dilma. Incentivada por Aloizio Mercadante, a petista avançou em assuntos que eram tratados apenas por Temer, quando ainda chefiava a articulação política.

Fui

O deputado federal Glauber Braga (RJ) vai sair do PSB. Pesou o clima desde que o senador Romário (RJ) tomou seu lugar na presidência do PSB do Rio. Braga flertou com PCdoB, mas deve ir para o PSOL.

Mudança na estratégia

A oposição já negocia com partidos da base aliada do governo para aumentar a pressão sobre Dilma, alegando que ela "não tem condições de ficar no cargo e deve renunciar". A ideia é afastar a pecha de "golpe" do impeachment, deixado em segundo plano, e insistir na renúncia.

Encrenca à vista

O presidente da CPI do BNDES, Marcos Rotta (PMDB-AM), encerra nesta semana as audiências com ex-presidentes do banco. E prevê confusão na votação de novas convocações e de quebras de sigilos.

Pensando bem...

... faz todo o sentido que uma presidente sem estratégia não tenha recebido o ministro de Assuntos Estratégicos no segundo mandato.
Herculano
09/09/2015 08:00
AMARGO PLACEBO, por Gustavo Patu, para o jornal Folha de S. Paulo

O poder que resta a Dilma Rousseff é o de promover um estrago ainda maior que o de agora. E, convém recordar, o caminho do desastre venceu as eleições ?quando a preferência pela presidente reconduzida foi menos evidente que a repulsa ao ajuste econômico.

Entre gafes, hesitações e trapalhadas, a petista persiste no estelionato eleitoral que custou sua popularidade. No reconhecimento homeopático dos erros do primeiro mandato, já consegue verbalizar até a necessidade dos "remédios amargos" rechaçados na campanha.

Curiosamente, decorrido quase um ano de medidas estudadas, medidas anunciadas, medidas atacadas e medidas abandonadas, o famigerado ajuste está muito mais para placebo do que para remédio.

Como mostram os balanços do Tesouro Nacional, os gastos do governo neste ano conseguem superar o recorde impressionante estabelecido em 2014 ?e isso descontando uma inflação próxima dos dois dígitos.

Não chega a ser surpresa, portanto, a ineficácia da terapêutica: contra a descrença de credores e investidores na solidez das contas fiscais, ministrou-se (com trocadilho) simplesmente uma redução no ritmo de expansão das despesas.

É o bastante, porém, para alimentar a choradeira que une empresários a movimentos sociais, enquanto acadêmicos se oferecem para defender a tese pitoresca segundo a qual uma nova escalada de benefícios, investimentos e subsídios produzirá crescimento econômico, mais arrecadação e equilíbrio orçamentário.

Nenhum político, de situação ou oposição, demonstra a disposição de informar a eleitores infantilizados e irritadiços que o ajuste pela frente não é mero desconforto transitório nem será obtido com melhora de gestão ou combate à corrupção.

Mais cômodo e justo - mas também perigoso - é deixar que Dilma se vire para defender o aumento da gasolina ou do Imposto de Renda.
Herculano
09/09/2015 07:56
NÃO POSSO TIRAR LEITE DE VACA MORTA, DIZ GOVERNADOR SOBRE AS FINANÇAS DO RIO GRANDE DO SUL, por Josias de Souza

Reunidos na noite desta terça-feira no Palácio do Jaburu, residência oficial do vice-presidente Michel Temer, os governadores do PMDB traçaram um cenário de ruína ao relatar os efeitos da crise econômica nos seus Estados. Um dos mais encalacrados, o governador gaúcho José Ivo Sartori, referiu-se à herança que recebeu do antecessor petista Tarso Genro como uma espécie de brejo: "Não posso tirar leite de vaca morta."

Execrado pelo funcionalismo do Rio Grande do Sul por impor o pagamento de contracheques em parcelas, Sartori falou como se governasse o insolúvel. Disse que as corporações tomaram o Estado de assalto. Só a folha dos servidores inativos consume 59% da receita estadual, disse.

Marcelo Miranda, do Tocantins, afirmou que atravessa o seu terceiro mandato como governador. E jamais vivenciara uma crise tão aguda. Receia não ter dinheiro para honrar a folha salarial do mês que vem.

No exercício do seu primeiro mandato como governador, o alagoano Renan Filho previu um futuro duro de roer. Afirmou que o quadro de insolvência, que já é uma realidade nos municípios brasileiros, chega agora aos Estados. E subirá até a esfera federal.

Os governadores realçaram durante o jantar servido por Temer que a situação é mais grave no pedaço do mapa do Brasil onde o petismo costumava colher votações mais acachapantes. Com a crise a pino, a região Nordeste já exibe uma taxa de desemprego de dois dígitos: 10,3%. No resto do país, informou o IBGE, o desemprego fechou em 8,3% no segundo semestre.

Luiz Fernando Pezão, do Rio, mostrou-se preocupado com o que está por vir. Receia que a taxa de desemprego exploda no Estado a partir de abril do ano que vem, quando se encerram as obras preparatórias para as Olimpíadas de 2016. Só a Odebrecht mantém no Rio 35 mil trabalhadores, disse Pezão aos correligionários. Não sei o que vou fazer com toda essa gente, lamuriou-se Pezão.

Com a arrecadação de impostos em declínio, o governador capixaba Paulo Hartung enxerga nos royalties do petróleo uma perspectiva de receita. Para que ela se concretize, sugeriu que o PMDB pegue em lanças pela volta do modelo de concessão para a exploração das jazidas de óleo do pré-sal. Criado sob FHC, esse modelo foi substituído no governo Lula pelo modelo de partilha, pelo qual Dilma morre de amores.
Herculano
09/09/2015 07:52
A TRAVESSIA NO ABISMO, por Vinicius Torres Freire para o jornal Folha de S. Paulo

Mais Cide, mais IR, corte em saúde e educação: pacote fiscal da beira do abismo tem de tudo e de nada

QUALQUER AUMENTO de imposto e muito corte de gastos tendem a provocar efeitos colaterais daninhos. Em caso de barbeiragem, podem ter mesmo efeito inverso do planejado. Um pacote completo, organizado, com objetivos de pelo menos médio prazo (uns três anos), no entanto, deve dar alguma previsão de ordem no futuro próximo do país.

Não há, no entanto, plano algum nem mesmo para alinhavar esse pacote, que o governo passou a chamar recentemente de "travessia". Trata-se de uma salada de corte de gastos com aumento de impostos, mas nem mesmo entre os economistas do governo há acordo mínimo sobre quanta cebola e quanto tomate entram nesse prato de mixórdia.

O pacote vem sendo alinhavado em público, mas no pior sentido da palavra, uma espécie de "reality show" de terror macroeconômico misturado a gritaria de feira com bate-boca de rua.

Na algazarra, ouvia-se de tudo.

Que, em breve, o governo vai baixar medida provisória que permite repatriar dinheiros enviados de modo irregular, quiçá criminoso, para o exterior, desde que pagos impostos e multas.

Que o governo vai vender seu direito de receber dívida atrasada e certa com a União. Isto é, vende com desconto ao setor privado o direito de receber débitos, antecipando receita, a qual de resto nem consegue cobrar. Vai "securitizar", versão moderna da concessão de uma "fazenda de tributos", para ser sarcástico.

Que o governo pretende aumentar o Imposto de Renda da Pessoa Física, para o ano que vem, e criar uma alíquota adicional, de 35%.

Que o governo vai mesmo ampliar a Desvinculação de Receitas da União (pode se furtar a cumprir parte das determinações constitucionais de gastos, o que na prática talha gastos de saúde e educação).

Que o governo pretende aumentar o "imposto da gasolina", a Cide (R$ 0,50, pelo menos). A Cide tem o apoio de Michel Temer (PMDB), o vice-presidente, que, no entanto, não quer saber de outros impostos (CPMF e variantes, com duração de dois ou três anos, mais IOF, mais IPI). Cogitava-se ainda, outra vez, de passar um contrabando de aumento de imposto na reforma do PIS/Cofins.

Temer continua afinado com empresários industriais em pé de guerra contra a derrama, afinado, aliás, como tem estado o PMDB inteiro. Ontem, Anfavea, Fiesp, o senador Romero Jucá (PMDB) e Eduardo Cunha (PMDB), presidente da Câmara, batiam pesado em cada item do impostaço que ia sendo vazado.

Sim, as informações não são publicadas, mas vazadas, por vezes devido a intrigas sabotadoras. A presidente não coordena a discussão interna e move-se feito uma biruta a reagir aos ventos das vociferações contra impostos e cortes.

Noutras vezes, à sua maneira de governar em surtos à beira do abismo, reconhece o inevitável, tardiamente, e aceita abandonar outra parte de seu programa entre doidivanas e fraudulento de 2014. Agora, está subindo no telhado o Minha Casa, Minha Vida.

Mesmo quando seu governo agoniza, não teve a ideia óbvia de promover um debate social organizado, com empresários, movimentos sociais, o que for, se ainda é possível, pois o PMDB desembarca aos poucos. Seu governo é um tumulto, de resto amalucado. Falta apenas aparecer um Rasputin.
Herculano
09/09/2015 07:40
CAMISA LISTRADA, por Carlos Brickmann

São três movimentos de xeque à rainha; por coincidência, simultâneos.

1 - Neste jogo de xadrez, o Supremo autorizou investigações, pedidas pelo procurador Janot, contra dois ministros próximos de Dilma, Edinho Silva e Aloízio Mercadante. Ambos levam para dentro do Palácio do Planalto a Operação Lava Jato, que agora sitia o Governo. Ambos carregam maldição recorrente: Edinho foi tesoureiro de campanha, como Delúbio, condenado, como Vaccari, processado; Mercadante é chefe da Casa Civil, como José Dirceu, condenado, preso agora por outro processo; como Palocci, Erenice, Gleisi. Ambos são delatados pelo empreiteiro Ricardo Pessoa, UTC, por receber recursos ilegais. Pessoa diz que o dinheiro foi para as campanhas de Lula em 2006 e Dilma em 2010.

2 - O Tribunal de Contas envia em breve ao Congresso o relatório sobre as contas do Governo Dilma; é provável que recomende a rejeição (o que pode levar ao impeachment). O TSE pede investigações sobre as contas de campanha de Dilma (o que pode levar à anulação de sua chapa e à cassação do mandato).

3 - O juiz Sérgio Moro pede hoje ao Senado a aprovação de projeto de lei que permite a prisão de réus de certo tipo de crimes, tão logo condenados em segunda instância (podem recorrer, mas presos. Hoje, podem recorrer em liberdade). Entre os crimes previstos, há corrupção, peculato, lavagem de dinheiro - em resumo, Lava Jato. O projeto é votado pela Comissão de Constituição e Justiça do Senado em caráter terminativo. Não precisa ser aprovado pelo plenário.

LUZ NO TÚNEL

Se todas essas manobras derem certo, o Governo estará em risco mortal: de cassação (por irregularidades na campanha eleitoral), de impeachment (por prestação irregular de contas), de desmoralização (por abrigar beneficiários de propina); e de ter importantes líderes presos por roubalheira ou crimes parecidos.

Mas há uma luz no fim do túnel: no Senado, 40% dos parlamentares são oficialmente suspeitos de participação em crimes. Votarão a medida que poderá colocá-los na cadeia antes que se encerre toda a escalada de recursos? Na Câmara a situação é semelhante: 130 dos 513 deputados (mais de um quarto) respondem a inquéritos ou ações penais no Supremo Tribunal Federal. Vão resistir ao aumento da possibilidade de ir para a cadeia por botar a mão no nosso dinheiro.

Curiosidade: um dos patrocinadores do projeto que antecipa prisões é o senador tucano Aloysio Nunes, de São Paulo. Ele é investigado pelo Supremo.

NAU SEM LASTRO

Enquanto os problemas se avolumam e o comando do PT se preocupa com bonecos infláveis e discussões gastronômicas (coxinhas, foie-gras, empadinhas), o partido se desidrata. Por enquanto, 263 petistas eleitos trocaram de legenda.

E as investigações que levam a Lava Jato aos porões do Planalto mal começaram.

ENTÃO, TÁ

O ministro Joaquim Levy diz que provavelmente será preciso criar um imposto provisório para "a travessia", um imposto que funcione como ponte para o momento em que as despesas do Governo estiverem equacionadas e, com o fim da crise, a arrecadação dos demais impostos esteja em alta. Depois seria retirado.

O ministro Levy é inteligentíssimo e dono de amplos conhecimentos: formou-se engenheiro naval, fez mestrado na FGV, doutorou-se em Economia em Chicago. Mas, se não temos seus conhecimentos, temos boa memória: o IOF foi criado como imposto provisório, regulatório - com o objetivo de encarecer eventualmente determinadas operações que, do ponto de vista do Governo, devessem ser reduzidas. Foi criado em 1966, sobrevive até hoje e virou imposto comum, com a função de arrecadar mais dinheiro para o Tesouro. A CPMF, Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira, foi criada em 1993 (e, como dizia o nome, não deveria ser permanente). Seu prazo previsto de duração era de um ano. Mas foi dificílimo derrubá-la, o que só aconteceu catorze anos depois. A CPMF resistiu, embora mudando de nome (e de alíquota - sempre subindo), a quatro mandatos presidenciais.

Joaquim Levy sabe muito, mas ignora que nada é tão permanente quanto um imposto provisório. Ou, pior ainda, não ignora, não.

SONHO REALIZADO

O ano de 1989 foi triste para Dilma Rousseff: seus ídolos Lula e Brizola perderam as eleições presidenciais - e justo para Fernando Collor, por quem não nutria qualquer afeto (ainda estavam longe os tempos em que se aliaria a ele). O Muro de Berlim caiu; o bloco soviético iniciou seu rápido processo de dissolução.

Pois não é que Dilma conseguiu ressuscitar o Muro? Não tinha a extensão nem os recursos de engenharia do Muro de Berlim, mas o Muro de Brasília, de ferro e aço, desempenhou a mesma função de manter o povo num lugar distante.

IMPRENSA ESTRANHA

Deu no jornal. Em 7 de setembro, comentando o Pixuleco, o boneco inflável de Lula com roupa de presidiário, informou que seu peso era de 100 kg, vazio, e 300 kg, cheio. E disse que sua idade era de menos de um mês: "Ficou pronto no final de julho".

Se ficou pronto no final de julho, em 7 de setembro tinha mais de um mês. E, se vazio tinha cem quilos e cheio 300, que ar mais pesado era esse?
Adilson Luis Schmitt
09/09/2015 07:12

DIA DO MÉDICO VETERINÁRIO 09 DE SETEMBRO


"Médico Veterinário um profissional essencial para a saúde dos animais, homens e do meio ambiente!"

Os Médicos Veterinários são profissionais cada vez mais presentes na vida as pessoas. Na medida em que os cães e gatos, especialmente, deixaram de ser apenas animais de estimação e tornaram-se membros da família, os veterinários conquistaram espaço fixo na agenda, ao lado de pediatras e de médicos de outras especialidades. Esta relação é confirmada pelo impressionante crescimento da quantidade de consultórios veterinários e de Pet Shops.

A atividade de Médico Veterinário é, sem dúvida, a mais conhecida pelo grande público. Entretanto, ela sempre esteve presente no nosso dia a dia. Ao consumir carne, ovos, leite, mel, a maioria das pessoas nem imagina que um Médico Veterinário é quem garante a qualidade e a segurança destes e de outros alimentos de origem animal. Ele está presente desde o campo, no cuidado com a saúde e o bem-estar dos animais de produção. É atuante na fabricação, verificando as técnicas de manejo, de higiene e de segurança. E na fiscalização, conferindo se todas as determinações legais foram seguidas. Trabalhando, com rigor e dedicação, como Responsável Técnico nas indústrias e em supermercados e como fiscal na Inspeção municipal, estadual ou federal, o Médico Veterinário impede que alimentos impróprios para o consumo cheguem às nossas mesas. O Médico Veterinário tem participado ativamente de ações conjuntas com CRMV-SC, Ministério da Agricultura, Cidasc, Vigilância Sanitária, Polícia Militar para cobrar do mercado a garantia dessa qualidade.

Neste 9 de setembro, Dia do Médico Veterinário, reconhecemos o trabalho desse profissional também na garantia da saúde humana. Ele também é o responsável pela prevenção de doenças transmitidas por animais, como a leptospirose, a leishmaniose e a raiva. Na Saúde Pública, com pesquisa, planejamento, programas de controle de zoonoses e com ações educativas, o veterinário protege também a nós, seres humanos. E muito mais poderia ser feito nesse campo, se esse profissional fosse inserido oficialmente nas equipes de saúde da família em todos os municípios brasileiros. É uma questão de bom senso.

CRMV-SC Conselho Regional de
Medicina Veterinária de Santa Catarina

Adilson Luís Schmitt
Médico Veterinário
UFPR-1.990

Herculano
08/09/2015 21:48
da série, depois de tanta barbeiragem e para permanecer nela se inventa uma oposição avassaladora que nunca existiu, arquiteta de um golpe vil

BRASIL VIVE CLIMA DE "GUERRA CIVIL" SEM ARMAS, por Hélio Doyle

Um país em guerra civil não tem como enfrentar com sucesso seus problemas econômicos e financeiros. Nem é preciso explicar por quê. O Brasil não vive uma guerra civil, pois não há conflitos armados, mas o clima de beligerância exaltada que existe hoje, da mesma maneira, impede que soluções viáveis e eficazes sejam encontradas para superar a crise e retomar, ainda que em prazo longo, o crescimento e o desenvolvimento do país.

Esse clima de "guerra civil" sem armas que existe hoje tem a mesma motivação da guerra civil com armas: derrubar o governo eleito em 2014. E em estado de guerra não há, por parte do lado que busca a derrubada do governo, o menor interesse em encontrar saídas para a crise. Para os que querem o fim do governo, quanto pior, melhor. Que a crise se agrave.

A presidente Dilma Rousseff está sob o cerco das forças que lhe fazem oposição e querem vê-la fora do governo. Não há trégua, a não ser por um ou outro pronunciamento mais conciliador por parte de alguns oposicionistas que querem desgastar a presidente para vencê-la nas próximas eleições, não para destroná-la agora.

Não há como tirar de Dilma e do governo a culpa pela situação ter chegado a esse ponto. Os erros na política, na economia e na gestão foram muitos no mandato anterior e continuam sendo muitos agora. A condução irresponsável da campanha levou à vitória eleitoral e à derrota política. É fácil para um marqueteiro ganhar a eleição e viajar para Paris no dia seguinte, cheio de dinheiro e sem nenhuma responsabilidade pelos desdobramentos das enganações que plantou. Fez o seu trabalho, e do avião pode dar ao país aquela célebre banana da antiga novela.

O governo está sitiado. Pelas forças políticas de oposição, que, ainda que divididas quanto à solução posterior, estão unidas para derrubá-lo. Pela chamada grande imprensa, boa parte da qual deixou de fazer jornalismo para fazer política, e que empresta seus espaços a redatores de panfletos raivosos. Por banqueiros e empresários - não todos, ainda - que não veem mais na presidente as condições para liderar a retomada do crescimento. Pela maioria da população, que mesmo não sendo necessariamente simpática à oposição, está insatisfeita pela queda da economia e pelos inúmeros casos de corrupção desvendados a cada dia.

Não há clima para o debate qualificado, para a discussão democrática, em torno da crise ou de qualquer tema. Os que querem derrubar o governo radicalizaram suas posições e seus procedimentos. Seus discursos e ações são demagógicos e irresponsáveis. Recorrem à violência, ao ódio, a palavras de ordem fascistas e neonazistas. Incitam a população a hostilizar o outro lado, a agredir, até a recorrer à baixaria, como fez o medíocre cantor Fábio Júnior em público, e no exterior.

É, sem dúvida, o pior dos mundos para Dilma. Mas o governo sitiado, cercado, tem de reagir. E juntar suas forças, ainda que minoritárias, para enfrentar os adversários que, muitos deles, já se portam como inimigos. O que vemos, porém, é o governo errando um pouquinho mais a cada dia, sem estratégia, sem planejamento, recorrendo a velhas e desgastadas fórmulas para sair das cordas. E sem saber, de fato, como superar a crise: vai pela fórmula de Levy ou de Barbosa, vai atender ao empresariado ou aos movimentos sociais? O governo não consegue discutir os remédios que propõe sequer internamente e com sua já reduzida, embora forte, base social.

A ofensiva oposicionista já tem seus adeptos dentro do próprio governo. É grande a presença do que se chama de quinta coluna: os infiltrados que sabotam o governo de dentro, como se fossem aliados. E que já se posicionam para ocupar seus lugares no que, pensam, virá depois. Quinta colunas, em qualquer guerra, têm de ser combatidos.

Resistir à ofensiva adversária é preciso, para o governo. E possível, apesar do cerco se apertando. Mas para isso é preciso dizer claramente à sociedade qual é sua estratégia para combater a crise, e não ficar indo e vindo, tomando decisões e recuando, aceitando as divergências internas como naturais. É preciso mostrar que não aceita a corrupção, mas aí não pode conciliar com corruptos notórios, da base ou de fora, e manter no governo ministros acusados, mesmo que a culpa não tenha sido comprovada. É preciso sair do isolamento, mas não erguendo muros na Esplanada dos Ministérios. Para sair do cerco e enfrentar a crise, é preciso adotar métodos novos.

A derrubada do governo passa, nos planos dos oposicionistas, pelo Congresso e pelo Judiciário. É o chamado golpe brando, sem armas. Mas só acontecerá com o apoio da maioria da população. Há uma boa parte do povo querendo a derrubada, mas nem todos os que hoje estão contra o governo acham que esse é o caminho. É essa parcela que o governo tem de ter a seu lado contra o golpe, além, claro, dos que já o apoiam.

Para isso, porém, o governo tem de tomar rumo. Do jeito que vai, não vai.
Herculano
08/09/2015 20:46
AUSENTE MAIS UMA VEZ

Quem faltou a sessão da Câmara que começou às três horas da tarde, foi o ex-presidente da Casa, presidente do PSD e vereador Marcelo de Souza Brick.

Vira e mexe, os feriados são emendados pelo Marcelo. Da última vez, tentou dizer que estava em Florianópolis resolvendo questões locais. Na verdade, o repórter Jota Aguiar, da Sentinela do Vale, na sua festa de premiação, revelou que Marcelo estava a passeio com a família em São Paulo.

Hoje, preventivamente, Marcelo postou fotos na sua rede social dizendo que pela manhã estava em Florianópolis, segundo ele, para "para cobrar algumas demandas da nossa cidade".

Pelo jeito, ele aprendeu com o prefeito Pedro Celso Zuchi, PT, nas suas inúmeras idas as Brasília. Sempre está cobrando as demandas, mas resolvendo os problemas de verdade, nada. Acorda, Gaspar!
Herculano
08/09/2015 20:18
ABAIXO DE PORCHAT, por Lauro Jardim, de Veja

Sem veiculação na TV, e sem possibilidade de panelaço, o discurso de 7 de setembro de Dilma Rousseff não despertou grande interesse dos brasileiros no YouTube.

O vídeo do pronunciamento da presidente, postado no canal do Palácio do Planalto ontem às 11h10, teve 102 172 visualizações até o meio dia de hoje. O número é bem menor que o 1,3 milhão de visualizações do novo vídeo do Porta dos Fundos, protagonizado por Fábio Porchat, publicado às 11h de ontem.

Até às 16h, o pronunciamento de Dilma foi assistido 109 503 vezes no YouTube, contra 1,4 milhão de visualizações na esquete do Porta dos Fundos.
Herculano
08/09/2015 19:56
A MELHOR LIÇÃO DO PT AO POVO. ELA VALE MUITO MAIS DO QUE MILHARES DISCURSOS MENTIROSOS E PROPAGANDA ENGANOSAS.

Um leitor da coluna, chamado de Ricardo, escreve-me e publiquei o texto abaixo.

Uma súplica. Um grito desesperador. Mas, ele tem culpado: nós os eleitores que votamos nesta gente ou não fomos suficientemente corajosos, competentes e claros para desmascarar esta sórdida organização criminosa, que se disfarça de partido político numa franquia nacional.

"Está desesperador para quem tem que pagar as contas no final do mês. Tenho uma empresa com pouco mais de 100 funcionários, estamos fazendo o possível e o impossível para não precisar reduzir esse número, mas estamos perdendo forças, temos mais dois meses para que algo de melhor aconteça. Fico muito triste quando sabemos que nosso Brasil, grande e rico por si só, é governado por um sistema (e não partido) que possibilite aos Políticos sacanearem tanto o povo. O que deve ser feito para acabar com isso?"

Vamos por partes.

Ricardo, vai ficar pior. O governo não quer cortar a mamata, o empreguismo dos seus e acabar com roubalheira do nosso dinheiro. Insiste em aumentar os impostos para continuar na farra (tentaram na semana passada, recuaram, mas voltaram hoje com a carga toda). Uma desfaçatez sem precedentes.

Mais impostos significa menos dinheiro na economia, nas mãos das pessoas que já não têm mais emprego, que têm seus salários congelados, já corroído pela inflação alta, falta de assistência médica na saúde pública. É mais pobreza, é mais gente fraca, mais gente medrosa para ser manipulada, dominada, constrangida, acusada e ser humilhada por quem está no poder.

Você, Ricardo, diz que não dá conta? Que vai demitir? Que vai desistir e entrar neste círculo de indignidade. Mas, quando demitir um irmão, um trabalhador, a corda mais fraca desse elo perverso criado pelo governo do PT, PMDB, PSD, PP, PDT, PCdoB, PTB, PR, PRB..., seja claro, com a sua consciência.

Explique que você só faz isso, porque o governo prefere empregar mais e 23 mil comissionados, a salário médio de R$10 mil por mês, gente que em muitos casos nem trabalha, nem está em Brasília e só recebe, nos 39 ministérios em Brasília, a criar uma saída honrosa para os trabalhadores da sua empresa e outras milhares na mesma situação. Não esqueça de dizer a todos, que tudo isto é fruto da escolha mal feita nas últimas eleições, que inclui até da compra de votos.

Faça isto já. O Brasil, o governo não tem capacidade e competência, e muito menos piedade de quem produz, gera impostos infinitos, mas está perdendo as esperanças e a dignidade como você relata na carta que publicou. O governo de plantão precisa de gente fraca, subserviente, medrosa, analfabeta, desinformada para se legitimar na sacanagem e se perpetuar nela. Acordem!
Herculano
08/09/2015 19:24
PAULINHO DA FORÇ VIRA RÉU EM AÇÃO NO SUPREMO, por Josias de Souza

A Segundo Turma do STF aceitou denúncia do Ministério Público Federal contra o deputado Paulo Pereira da Silva (SDD-SP). Com isso, Paulinho da Força, como é conhecido, tornou-se réu numa ação penal em que é acusado de lavagem de dinheiro, formação de quadrilha e crime conta o sistema financeiro.

De acordo com a denúncia, Paulinho recebeu verbas desviadas de financiamentos concedidos pelo BNDES a empresas e prefeituras. Coisa intermediada por um conselheiro do BNDES indicado pela Força Sindical, a central comandada pelo deputado. O desvio era consumado por meio de empresa de consultoria que recebia dos clientes do BNDES por serviços não realizados.

Dos cinco ministros que integram a Segunda Turma do STF, apenas três estavam presentes ao julgamento: Gilmar Mendes, Dias Toffoli e Teori Zavascki. Todos consideraram que há na denúncia indícios suficientes para a conversão de Paulinho em réu. A defesa do deputado nega o envolvimento dele nos crimes. Alega que o nome de Paulinho foi utilizado indevidamente por membros de uma quadrilha.

Os fatos que deram origem à denúncia agora convertida em ação penal foram apurados em 2007 numa operação da Polícia Federal batizada de Santa Tereza. Paulinho vai ao banco dos réus num instante em que integra a frente de oposição favorável ao impeachment de Dilma Rousseff.
Juju do Gasparinho
08/09/2015 18:50
Prezado Herculano:

Veja que coisa linda, achei no blog do Coronel:

Movimento "Fora Dilma" da Oposição terá até petição eletrônica.

(Painel da Folha) Líderes de oposição ao governo Dilma Rousseff na Câmara dos Deputados marcaram o lançamento formal do Movimento Pró-Impeachment para a próxima quinta-feira. Em um ato na própria Câmara, devem divulgar uma petição eletrônica pra recolher assinaturas em defesa do afastamento de Dilma. O grupo deve contar ao menos com os líderes de PSDB, DEM, PPS, PSC e Solidariedade.

O movimento é amparado simbolicamente pelo pedido apresentado por Helio Bicudo, mas ainda analisa todos os requerimentos protocolados na Câmara para decidir qual será formalmente abraçado.A ideia é que, fortalecido pelas assinaturas populares, os deputados consigam pressionar Eduardo Cunha (PMDB-RJ), presidente da Casa, para que ele se posicione sobre algum dos pedidos que já foram apresentados à Câmara. Mesmo que Cunha rejeite um dos pedidos, basta um recurso apresentado por um deputado para que o plenário delibere sobre a abertura ou não do processo de impeachment."

Já é alguma coisa.
Ricardo
08/09/2015 17:34
Boa tarde Herculano.
Está desesperador para quem tem que pagar as contas no final do mês. Tenho uma empresa com pouco mais de 100 funcionários, estamos fazendo o possível e o impossível para não precisar reduzir esse número, mas estamos perdendo forças, temos mais dois meses para que algo de melhor aconteça. Fico muito triste quando sabemos que nosso Brasil, grande e rico por si só, é governado por um sistema (e não partido) que possibilite aos Políticos sacanearem tanto o povo. O que deve ser feito para acabar com isso? Você sabe e todo mundo sabe que um deputado estadual que precisa gastar em torno de 1.000.000,00 "um milhão" de reais para se eleger vai fazer esquema. Como acabar com isso, "políticos" que só pensam em tornar a politica um negócio rentável, ao invés de estarem trabalhando para fazer um Brasil melhor, pensando no que fazer para garantir um futuro digno, ao invés de ficarem pensando em qual empreiteira terá que fazer tal obra para alavancar dinheiro para se reeleger ou fazer um sucessor. Como acabar com as regalias dos funcionários Públicos. Tenho uma Tia que trabalha na procuradoria do estado, ganha pouco mais de 13.000,00 por mês, sabia que ela vai se aposentar com esse salário, me diz por que ela pode e uma pessoa não sendo funcionário público não? Por que um engenheiro, médico, advogado empresario, etc não pode se aposentar com um valor desses?? No máximo com pouco mais de 4.000,00, isso é justo?? Aí eles vem com esse papo furado de fundo de garantia. A revolta é muito grande por causa do descaso com o dinheiro público. Desculpa por esse texto, comecei com um assunto entrei em outro, mas o caso principal é a sacanagem que virou a coisa Pública e Política.
Arara Palradora
08/09/2015 13:52
Querido, Blogueiro!

"Reforma ou Aparelhamento? II"

A diferença entre o vereador Lu e o vereador Melato - ambos do PP, é que eles são de estirpes diferentes dentro do partido.

UM é da ala do camarote, o OUTRO é da ralé pátio de fábrica.

Voeeeiii...!!!
Casinha de Plástico
08/09/2015 13:37
Sr. Herculano; concordo com o Dicionário Irritado.
A cabeça dele é de um perfeito PaTeta.
Um inútil para o município de Gaspar.
Juju do Gasparinho
08/09/2015 13:33
Prezado Herculano:

Não consigo entender o que passa pela cabeça de uma pessoa como a do prefeito de Taió. Com a multa diária de R$1.000,00 ele poderia construir o Centro de Zoonoses.
O pequeno idiota é do PMDB, mas tem cérebro do PT.
Herculano
08/09/2015 13:26
O BRASIL LADEIRA ABAIXO. "BAIXA PERFORMANCE DO BRASIL ESTÁ SE TORNANDO ESTRUTURAL", DIZ FITCH

Conteúdo da revista Veja. A agência de classificação de risco Fitch afirmou nesta terça-feira que focará na dinâmica da dívida e no crescimento econômico quando for avaliar novamente a nota do Brasil e alertou que o mau desempenho do país 'está se tornando estrutural'. Em abril deste ano, a agência manteve o rating BBB do Brasil, alterando apenas sua perspectiva para negativa. A Fitch é a única das três principais agências - as outras são Moody's e Standard & Poor's - que manteve o país a dois degraus do terreno especulativo.

"A baixa performance do Brasil está se tornando estrutural", alertou a diretora sênior de ratings soberanos da Fitch, Shelly Shetty, durante conferência em Londres. "O foco de nossa atenção será sobre a dinâmica de crescimento e dívida. Não há limiar mágico", disse ela, acrescentando que o país já estava altamente endividado quando recebeu o grau de investimento.

A Fitch diz que o Brasil tem desafios crescentes na questão fiscal e também na retomada do crescimento econômico. O avanço médio de cinco anos está abaixo da mediana dos países com nota de crédito na faixa BBB e a inflação está bem acima da mediana desse grupo. Já o superávit primário vem caindo basicamente desde a média de 3,6%, entre 2003 e 2005, e se transformou em déficit no ano passado. "A meta de superávit (para este ano) foi reduzida de 1,1% para 0,15%", lembrou a agência na apresentação.

A Fitch ainda apontou que a dívida bruta brasileira estava em quase 60% do PIB no fim de 2014, acima da mediana da faixa BBB, de 40%, enquanto os gastos com juros como porcentual das receitas do governo estavam em mais de 15%, sendo que a mediana do grupo é de menos de 10%. "As dinâmicas de dívida são desafiadoras, mas não explosivas", afirma o texto, mostrando um gráfico que mostra que a dívida brasileira deve rodar perto de 65% até 2017.

Nesse slide, intitulado "Brasil: o grau de investimento está em risco?", a Fitch lembra que quando a Croácia foi rebaixada para o nível especulativo, em 2013, o principal motivo foi o crescimento fraco e os desafios fiscais. Na época, a dívida bruta daquele país estava em 69% do PIB.

Pontos positivos - Mesmo assim, a apresentação indica que o Brasil ainda tem alguns pontos positivos, como a alta proporção de dívida em moeda local e as contas externas robustas, inclusive com uma melhora na balança comercial nos últimos meses. A agência aponta ainda que a inflação está acima da meta, mas que as expectativas estão melhor ancoradas. Os desafios políticos, no entanto, crescem, com a popularidade da presidente Dilma Rousseff em uma mínima recorde. A Fitch também cita a recente desvalorização do real.

Na semana passada, ao comentar a proposta de Orçamento do governo para 2016, que veio com déficit de 30,5 bilhões de reais, a agência afirmou que "as revisões para baixo colocam a tendência do superávit primário bem abaixo do cenário base da Fitch usado em abril (quando o rating do Brasil foi reafirmado) e refletem os crescentes riscos para a trajetória das finanças públicas e da dívida".
Herculano
08/09/2015 12:46
BENS INDISPONÍVEIS DE PAULO PIZZOLATTI, PP, EX-PREFEITO DE POMERODE, por Moacir Pereira

A juíza Iraci Kuraoka Schioccet acatou ação civil pública impetrada pelo Ministério Público Estadual e decretou a indisponibilidade dos bens do ex-prefeito de Pomerode, Paulo Pizzolatti (PP). Ele é acusado de comprar um imóvel sem licitação com preços bem acima do mercado imobiliário. O ex-prefeito é irmão do ex-deputado João Pizzolatti (PP).

Sem escritura
Paulo Pizzolatti enviou em 2010 projeto à Câmara de Vereadores de Pomerode, em regime de urgência. Foi aprovado no mesmo dia pela justificativa emergencial do prefeito. Três anos depois nenhuma obra havia sido erguida no terreno adquirido sem licitação. Até agora a escritura não foi lavrada. O bloqueio dos bens do ex-prefeito é de 1,9 milhão de reais.
Dicionário irritado
08/09/2015 09:48
Ao vereador Marcelo:

Demagogia:
"Prática de promessas que não podem ser cumpridas, animação das paixões populares com promessas irrealizáveis, apelo a emoções e sentimentos para ter o apoio do povo, discurso feito para dominar as facções populares, prática de aparentar honestidade com segundos objetivos, controle das paixões populares com vista ao poder político".

Esse é o PRÓPRIO Marcelo Brick. Aquele que fala do prefeito, usa a tribuna para gritar (embora que tardiamente), como fez na ultima sessão. E sabe o que ele fez ao sair da tribuna? Saiu sorrindo, cumprimentou e deu tapinhas nas costas do "companheiro" do PT.

Falsidade? Desvio de caráter? Não consegue enxergar as próprias bobagens? Autoestima elevada? Desconfiômetro pifado?

Herculano
08/09/2015 08:26
SEM A CRISE ECONÔMICA E ÉTICA, SANTA CATARINA JÁ ERA O PATINHO FEIO DO GOVERNO FEDERAL. AGORA...

O Diário Catarinense, da RBS Florianópolis, informa: os cortes anunciados pelo governo federal para 2015 e 2016 já atingem obras nas rodovias de Santa Catarina. Conforme o orçamento da União para o ano que vem, a duplicação da BR- 280, os contornos ferroviários de Joinville e de São Francisco do Sul e a duplicação da BR-470 estão ameaçados. O plano do orçamento tem uma previsão de déficit de R$ 30 bilhões, com cortes em diversos setores em todo o país. O projeto ainda pode ser alterado a qualquer momento, desde que se tenha recurso disponível.
Herculano
08/09/2015 07:50
EM VEZ DE MURO DE METAL, POR QUE NÃO A BURCA?, por Josias de Souza

Grande ideia essa de erguer um muro de metal no canteiro central da Esplanada para manter a plateia afastada da Dilma no desfile de 7 de Setembro. Mas não se deve parar por aí.

Pode-se aperfeiçoar a iniciativa por meio de um programa oficial de camuflagem.

Por que não adotar a burca como vestimenta oficial da presidente?

Vestida de preto, dos pés à cabeça, Dilma não saltaria mais aos olhos.

Com duas vantagens:

1) Em tempos de arrocho fiscal, Dilma economizaria na maquiagem.

2) A presidente poderia aproveitar o tempo que deixaria de gastar escolhendo a tonalidade do blush para, digamos, governar o país.
Herculano
08/09/2015 07:48
DILMA, O REMÉDIO AMARGO, A CALHA DISFARÇADA DE JORNALISTA E EX-JORNALISTAS COM VESTES DE CANALHA, por Reinaldo Azevedo, de Veja

Atenção, caros leitores! Cada um escreva e pense o que quiser. O que se espera é um mínimo de coerência em respeito aos leitores. Em abril do ano passado, espalhou-se a versão de que o senador Aécio Neves (PSDB-MG), se eleito presidente da República, estaria disposto a administrar um "remédio amargo" na economia se necessário fosse. Nem sei se aconteceu mesmo. Consta que alguém perguntou: "E se for preciso?" E o tucano teria dito o que diria qualquer pessoa lógica: "Bem, se for preciso?"

Insisto: nem sei se aconteceu. Mas foi o que bastou para a canalha financiada disfarçada de jornalista e para ex-jornalistas, envergando as vestes de canalha financiada, sair propagando por aí: "Ah, o tucano quer remédio amargo? Amargo para quem? Só o povo vai pagar o pato? Olhem aí o que a oposição pretende fazer?" E, por um bom tempo, este tema pautou a imprensa e a subimprensa.

Dilma não teve a coragem de fazer, neste ano, um pronunciamento de Sete de Setembro. Pela primeira vez, um presidente da República se abstém de tal, como direi?, imposição cívica. Quis evitar panelaço. Povo, para Dilma, hoje em dia, só depois de selecionado pelas forças de segurança e devidamente contido dentro de um engradado de aço. A presidente optou pela gravação de um vídeo, divulgado nas redes sociais. Como o decoro não é o forte da turma, até a crise migratória que atinge a Europa foi o tema. Onde houver uma desgraça, os petistas a tomam de empréstimo para tentar minimizar os próprios desastres.

Um trecho merece destaque. Leia:
"Se cometermos erros, e isso é possível, vamos superá-los e seguir em frente. Quero dizer a vocês: alguns remédios para essa situação, é verdade, são amargos, mas são indispensáveis. As medidas que estamos adotando são necessárias para botar a casa em ordem, reduzir a inflação, por exemplo, nos fortalecer diante do mundo e conduzir, o mais breve possível, o Brasil à retomada do crescimento. Podemos e queremos ser exemplo para o mundo, exemplo de crescimento econômico e valorização das pessoas."

Ah, entendi? Então Dilma é que terá de administrar "remédios amargos". Também nesse caso, o que se atribuiu a Aécio era uma intenção secreta da governanta que disputava a reeleição.

A canalha financiada disfarçada de jornalista e ex-jornalistas com vestes de canalha financiada apostam na memória curta do povo e da imprensa. Não aqui.

No dia 19 de setembro, em entrevista coletiva, afirmou a então candidata do PT, referindo-se a 2015, depois de uma entrevista a uma TV:

"Eu não acredito em ano de remédio amargo. Nós seguramos a crise com salário, emprego e investimento. No Brasil, nós temos perspectivas de aumentar a taxa de investimento e não temos uma baixa produtividade do trabalho. A vantagem é que, se der uma fresta, a gente cresce, essa é a vantagem, porque eu não diminui o investimento".

No dia 18 de outubro, durante o horário eleitoral do segundo turno, Lula apareceu na campanha de Dilma e disse a seguinte pérola:
"Pedi uma reflexão para alertar que aqueles que diziam que era impossível nascer um novo Brasil são os mesmos que tentam voltar agora e dizem que têm um remédio para todos os males do Brasil. Pode estar certo que qualquer remédio deles tem o gosto amargo do desemprego, do arrocho salarial e da falta de oportunidades".

É evidente que Dilma cometeu crimes de responsabilidade. E em penca. Mas, ainda que não fosse assim, deveria cair fora. Não é possível que não haja sobrado nem mesmo um resquício de senso de ridículo e da boa e velha vergonha na cara.

E o que faz nessa hora a canalha financiada disfarçada de jornalista? Ora, continua disfarçada, recebendo o capilé das estatais, que financia a sua sem-vergonhice. E o que fazem os ex-jornalistas, com vestes de canalha financiada? Ora, continua disfarçada, vendendo mistificações baratas e enterrando no opróbrio o que lhe resta de reputação.

Ainda bem que o Brasil está mudando e que essa gente, queimando os últimos neurônios, não tem reposição.
Herculano
08/09/2015 07:41
BOMBA NA COZINHA, por Renato Andrade para o jornal Folha de S. Paulo

Sem fazer barulho, o ministro Teori Zavascki, do Supremo Tribunal Federal, autorizou a instalação de uma bomba dentro da cozinha do Palácio do Planalto.

Ao liberar investigações contra os ministros Edinho Silva (Comunicação Social) e Aloizio Mercadante (Casa Civil), o discreto ministro do STF abriu mais um capítulo de desconforto e pressão dentro de um governo que não consegue ter um minuto de sossego desde que Dilma garantiu mais quatros anos de poder.

Muita gente dentro do governo vai dizer que investigado não é culpado, o que é uma verdade. Mas as coisas não seguem essa lógica simples.

Mesmo em situações de calmaria, não é agradável ter dois dos mais próximos auxiliares sob a lupa do Ministério Público e da Polícia Federal por suspeita de terem recebido dinheiro de um esquema de corrupção na Petrobras. Imaginem no atual cenário. É dor de cabeça na certa.

Se Dilma seguir sua tradição, os dois ministros continuarão despachando no Planalto, mesmo com outros assessores defendendo que a presidente deve aproveitar a situação para promover uma mudança radical na composição de sua equipe na Esplanada dos Ministérios.

O problema dessa proposta de reformulação completa da equipe é que ela pressupõe uma disposição do Congresso, dos empresários e da população em dar um voto de confiança para a presidente tentar arrumar a casa e começar, ainda em setembro, uma espécie de segundo mandato do segundo mandato.

Pelo jeito que as coisas andam é difícil imaginar que esse aval será concedido. Ainda assim, essa pode ser a única alternativa à disposição da presidente para ganhar fôlego e tocar o governo até o fim de 2018.

Se a bomba Zavascki estourar sobre o ministro mais próximo da presidente e sobre seu "bombeiro" da crise, Dilma pode ficar sem condições e tempo para corrigir o rumo do governo. A petista não pode se dar ao luxo de correr tamanho risco.
Herculano
08/09/2015 07:38
da série: o ódio é só dos adversários, nunca do PT.

A HORA E A VEZ DOS TUCANOS SEREM INVESTIGADOS, DENUNCIADOS E JULGADOS, por Chico Vigilante, deputado distrital, líder sindical

Aécio Neves, não é um político sério. Não sabe o que é democracia. Nunca aceitou sua derrota nas urnas para Dilma Rousseff. Vive tramando, comendo pelas bordas, mas a cada passo, cai mais no ridículo e escancara sua alma de abutre, inimigo do Brasil e dos interesses do povo brasileiro.

De seu avô Tancredo Neves não herdou, absolutamente nada, nem o carisma nem o caráter. É um deslumbrado frequentador de bares e boates cariocas que, próximo dos 60 anos, ainda tenta disfarçar a idade com implante de cabelo e uso de botox, no lugar de se preocupar verdadeiramente em contribuir com os destinos do país.

Quando penso que é incapaz de demonstrar estupidez maior, ainda me surpreendo com mais uma manifestação de Sua Excelência. Desta vez ele defende a impunidade de suspeitos de corrupção. Obviamente para políticos tucanos.

Em nota, ele protestou neste domingo ( 6 de setembro ) contra a abertura de inquérito sobre as contas da campanha de 2010 do senador Aloysio Nunes, candidato a vice presidente em sua chapa, em 2104.

Aécio Neves tenta defender o indefensável: a não investigação das denúncias a respeito. E sob que alegação? Pasmem, ele chama a atenção sobre o risco dessas investigações desviarem-se do seu foco principal, que segundo afirma, é a responsabilização daqueles que, no PT e partidos aliados, montaram um complexo esquema de corrupção que assaltou os cofres da Petrobras e financiou a manutenção desse grupo no poder.

A conduta de Aécio Neves e sua turma, leva a crer que o povo brasileiro é estúpido e que vai acreditar nesta balela que ele vem sempre ruminando, a de todos os corruptos deste país estão no PT e nos demais partidos, com exceção do PSDB, onde todos são homens sérios e honrados como ele.

Ele se esquece de explicar, no entanto como tanta seriedade e tanta honradez resiste a todas as denúncias que o Brasil inteiro vem testemunhando contra ele.

Em depoimento dia 25/08 à CPI da Petrobras na câmara Federal, o doleiro Alberti Youssef confirmou ter tomando conhecimento de que Aécio quando deputado federal recebia dinheiro de um esquema de corrupção na Centrais Elétricas de Furnas.

Segundo o documento Lista De Furnas, cuja autenticidade foi atestada pela Polícia Federal, com o nome de candidatos a deputados, senadores e governadores e os montantes reassafos a cada um, o esquema movimentou cerca de 40 milhões distribuídos a 156 políticos, sendo mais da metade deste montante repassado às campanhas de Serra, Alckimin e Aécio.

Em depoimento anterior à Policia Federal, o doleiro ja havia afirmado que PP e PSDB compartilhavam uma diretoria de Furnas e que os pagamentos a políticos seriam de pelo menos 100 mil dólares mensais entre 1996 e 2000.

O esquema, foi também revelado em denúncia de 2010 oferecida pela procuradora Andreia Baiao, da PGR do Rio de Janeiro. Similar ao que disse Youssef, a procuradora apontava a empresa Bauruense como intermediária dos recursos arrecadados pela estatal para financiar as campanhas de 2002 do candidato derrotado à presidência, José Serra, de Geraldo Alckmin, eleito governador de São Paulo e Aécio Neves, eleito para o governo de Minas - todos tucanos - cujo esquema seria operado pela irmã de Aécio, Andrea Neves.

Bom, se o delator tem credibilidade para denunciar políticos de outros partidos porque não teria para denunciar os tucanos. Deve prevalecer o que o PGR, Rodrigo Janot, disse em seu depoimento no Senado durante a sabatina para a aprovação de sua recondução ao cargo: pau que dá em Chico, deve dar também em Francisco.

Isso é o que o povo brasileiro deve ir as ruas para exigir :tratamento igual para todos. Todos aqueles cujos nomes surgirem nos acordos de delação premiada, devem sim ser investigados e se comprovadas as acusações, serem indiciados e julgados. Corruptos na cadeia, sim, mas todos, não apenas aqueles que as elites brasileiras acreditam que merecem ser condenados.
Herculano
08/09/2015 07:31
PIXULECO É EMPREENDIMENTO DE DAR INVEJA NO PT, por Josias de Souza

Comercializado a R$ 10 a unidade, Pixulekinho virou um sucesso de vendas

Com a tesouraria crivada de escândalos e o tesoureiro João Vaccari Neto trancafiado numa cadeia do Paraná, o PT deflagrou na internet a campanha "Seja Companheiro", cujo lema é o seguinte: "O Brasil precisa do PT e o PT precisa de você. Faça sua doação". A iniciativa testa a disposição da militância petista para garantir ao partido uma "autossustentação" financeira que permita abrir mão das doações de empresas privadas. O sonho do PT está na bica de ser realizado pelo Movimento Brasil, um grupo antipetista que luta pelo impeachment de Dilma.

Depois de levar às ruas do país o Pixuleko, numa espécie de caravana da cidadania do gigantesco boneco inflável de Lula vestido de presidiário, o grupo lançou o Pixulekinho. Trata-se de uma miniatura do bonecão, feita com propósitos comerciais. Confeccionaram-se 600 peças. Foram rapidamente vendidas durante a parada militar de 7 de Setembro, em Brasília, ao preço de R$ 10 a unidade.

Outro sucesso de vendas do Movimento Brasil são as camisetas com imagens do Pixuleko e do principal algoz do petismo no escândalo da Petrobras, o juiz Sérgio Moro. São comercializadas pelo valor unitário de R$ 30. O dinheiro coletado banca as viagens dos manifestantes e a manutenção do Pixuleko. A coisa caminha tão bem que o grupo decidiu expandir os negócios.

No desfile desta segunda-feira, estreou em Brasília, ao lado do Pixuleko, a Pixuleka. Trata-se de uma enorme boneca de Dilma, com nariz de Pinóquio. Vem aí a pixulekinha e as camisetas com a cara da presidente inflável. Suprema ironia: o comércio da raiva contra as duas principais lideranças do ex-PT garante a autossustentação da causa pró-impeachment.

O sucesso dos souvenirs é a mais eloquente evidência de que um pedaço crescente das ruas já não se dispõe a engolir a imagem que Lula e Dilma fazem de si mesmos. Descanonizado, o criador é visto por parte dos brasileiros como um candidato ao xilindró. Desmistificada, a criatura é enxergada como uma reles mentirosa. O mais dramático é que os personagens caminham em direção ao abismo com as próprias pernas.

O PT ainda não divulgou um balanço da sua campanha de coleta de fundos, lançada há apenas oito dias. Se for um fiasco, o partido talvez devesse pensar em abrir uma lojinha com produtos anti-petistas. Os fins justificam os meios, ensina o velho adágio. Aplicada ao caso do próprio PT, a frase serviu para justificar qualquer coisa - das alianças com os capazes de tudo às nomeações de incapazes de tudo. Na fase atual, em que o partido se desobrigou de fazer sentido, é uma desculpa como qualquer outra.
Herculano
08/09/2015 07:17
MUITO PARA NADA, por Jânio de Freitas para o jornal Folha de S. Paulo

Perdeu-se no tempo a aproximação possível entre o PSDB e os que priorizam o combate às desigualdades

Por caminhos muito diferentes, Lula e Fernando Henrique imaginam soluções muito semelhantes para a complicação mais acirrada deste sempre complicado país. Um tanto originais nas formas de suas propostas, não o foram no teor, já expresso por um ou outro empresário.

Lula já falara, mais de uma vez, na "união dos que pensam no país". Agora elevou o estado de ânimo e a união imaginados: "Se recuperarmos a harmonia política (...)". Harmonia, nada menos.

Do impeachment, passando pela Dilma como "pessoa honrada", pela entrega da "solução" aos tribunais, pela "grandeza da renúncia", até outras variantes, Fernando Henrique está agora com a solução vinda de "um bloco de poder": "É algo que engloba, além dos partidos, os produtores, os consumidores, os empresários e os assalariados, e que se apoia também nos importantes segmentos burocráticos do Estado, civis e militares". Para ser a união de todo o país, só faltaram as passistas de escolas de samba.

Mas, nessas propostas, onde fica a realidade? Não é isso, por certo, mas parecem propostas de ambição grandiosa o bastante para que nada seja feito. Perdeu-se no tempo, em ambições pessoais e mediocrização política, a aproximação possível entre o PSDB, quando se propunha a ser social-democrata, e os que priorizam as políticas de combate às desigualdades, tantas, que caracterizam o país.

Hoje, o PT e os demais componentes deste segmento admitiriam por conveniência, só por isso, alguma aproximação com a linha encabeçada pelo PSDB. Motivo, portanto, incapaz de sustentar um programa e ações de unidade razoável. E, já de saída, o colapso mental do PT nem teria contribuição a dar para uma tentativa de pacto entre opostos.

O PSDB, depois de desfigurado por ambições e pela degradação do pensamento político, por oportunismo deixou-se minar pelos militantes da antipolítica. Transfigurou-se em representação partidária dos que anseiam por uma "saída pela direita", bem à direita.

Como os petistas são os aturdidos porque emudecidos, os peessedebistas são os aturdidos porque, falastrões, não conseguem dizer a mesma coisa dois dias seguidos.

O nível a que a animosidade chegou tem poucos precedentes no Brasil. Muitos falam em ódio, e é isso mesmo. Os três maiores jornais têm publicado artigos com nível de ódio e insulto que, retratando bem esse estado, mesmo nas grandes crises do passado só apareceram nos poucos jornais da ultradireita.

Essa extremização furiosa reflete e insufla um estado em que tudo de ruim é possível e nada de bom tem oportunidade. E o entendimento amplo seria muito bom para o país.
Herculano
08/09/2015 07:14
ESTÁ PÉSSIMO

O portal do jornal Cruzeiro do Vale, o mais acessado, está perguntando. "Como você avalia a estrutura de acessibilidade atual das lojas, empresas, calçadas e órgãos públicos de Gaspar?"

A resposta péssimo disparou com mais de 54%. E não se trata apenas de poder público.
Herculano
08/09/2015 07:09
NO DF, SAÚDE PÚBLICA CUSTA MAIS QUE NOS EUA, por Cláudio Humberto na coluna que publicou hoje nos jornais brasileiros

O orçamento anual da Secretaria da Saúde do governo do Distrito Federal, de R$ 6,01 bilhões este ano, é uma vez e meia maior que o orçamento do equivalente ao Ministério da Saúde dos Estados Unidos. O orçamento ("budget") do United States of Health & Human Services, dos EUA, de US$ 1,02 bilhão, soma R$ 3,8 bilhões em reais. Apesar disso, o DF tem um dos piores serviços de saúde pública do Brasil.

Diferença gigante

O custo anual de R$ 121 bilhões do Ministério da Saúde brasileiro é 31,8 vezes maior que o seu congênere americano.

Comprometimento

Nos EUA não tem SUS, como o Brasil, o que reduz muito seus custos, mas o compromisso com a atividade-fim é total. E não há corrupção.

Investimento mínimo

No DF, o orçamento de R$ 6,01 bilhões reserva apenas 1,8% desse total para investimento na reforma e construção de unidades de saúde.

Gastos máximos

São gastos em salários 82% do orçamento da Saúde do DF. E apenas 18% em remédios, vacinas, materiais, alimentação de doentes etc.

MERCADANTE NÃO ESCAPA DA "MALDIÇÃO DA CASA CIVIL"

Novo investigado na Lava Jato, o paulista Aloizio Mercadante é outro que não escapa da "maldição" dos que assumiram o cargo de ministro da Casa Civil na era do PT. Como os demais, ele acabou enrolado em escândalos. O mais recente foi a acusação de receber propina de empreiteiras. Mercadante repetiu os demais envolvidos, denominando de "doações" o que a força-tarefa da PF prefere chamar de "propina".

O primeiro caso

A "maldição da Casa Civil" destruiu reputações, a começar por José Dirceu, que era apontado como o mais provável sucessor de Lula.

Abatido em pleno voo

Pretendente à sucessão, Antônio Palocci foi enxotado da Casa Civil no início da era Dilma sob suspeita de corrupção e enriquecimento ilícito.

Maldição feminina

Foram ministras da Casa Civil da era petista Erenice Guerra, acusada de tráfico de influência, e Gleisi Hoffmann, enrolada no petrolão.

Emprego estável

Alternativas ao deputado Eduardo Cunha na presidência da Câmara são mesmo especulações. Não há a chance de o processo da Lava Jato vir a ser concluído no Supremo antes do término do seu mandato.

Vontade soberana

Apesar de o impeachment depender muito do presidente da Câmara, Eduardo Cunha diz que nessa decisão o plenário será soberano. Só que não: sob sua presidência, o plenário se comporta como ele quer.

Malas prontas

O PCdoB pode reduzir sua bancada de 13 deputados. Aliel Machado (PR) anda insatisfeito com os rumos do partido apoiando a política econômica do governo Dilma. O deputado já foi assediado pelo PMDB.

Representante oficial

Numa roda com cinco deputados peemedebistas, a piada que rolava era que Leonardo Picciani (RJ) abandonou a liderança da bancada para atuar como representante do governo do Rio, em Brasília.

Condicionante

O deputado Eduardo da Fonte (PP-PE), enrolado no "petróleo" tanto quanto vários outros políticos governistas, aceita perder espaço na reforma ministerial, desde que o enxugamento atinja todos os partidos.

Acácio é o cara

Aloizio Mercadante (Casa Civil) é um Conselheiro Acácio saído da obra de Eça de Queiroz: intelectual raso, político medíocre, dotado de obtusidade córnea que considera tão insuportável o protagonismo de Michel Temer na articulação quanto o de Joaquim Levy na economia.

Voando alto

Com Eduardo de Cunha na presidência da Câmara, as companhias aéreas comemoram. Diante da imprevisibilidade da pauta de votações, bilhetes emitidos por deputados, que não são usados, geram multas superiores a R$ 100, o trecho. Tudo ressarcido pela cota parlamentar.

Estaca zero

A extinção do financiamento privado de campanha, no Senado, pode encalacrar a reforma política. "Desenha-se cenário que caminha para o travamento da reforma", diz o deputado Rogério Rosso (PSD-DF).

Pensando bem...

...em 2014, Guido Mantega disse que "quebraria a cara" quem apostasse na alta do dólar. Na verdade, quem quebrou foi o Brasil.
Herculano
08/09/2015 07:01
O PT PELO AVESSO, editorial do jornal Folha de S. Paulo

Mesmo que nada esteja provado contra Lula, boneco Pixuleko sintetiza a ojeriza que seu partido desperta em fatias crescentes da sociedade

O Pixuleko, boneco inflável que representa o ex-presidente Lula (PT) em trajes de presidiário, vai-se provando um sucesso. Apareceu pela primeira vez em Brasília no dia 16 de agosto, durante protesto contra o governo Dilma Rousseff (PT); circulou em seguida por capitais como São Paulo e Curitiba e agora começa a se multiplicar.

Grupos de Brasília, São Paulo e Fortaleza aproveitaram manifestações do 7 de Setembro para exibir réplicas variadas do Pixuleko - o nome faz referência ao termo que, segundo um dos delatores da Operação Lava Jato, era empregado por João Vaccari Neto, ex-tesoureiro do PT, para tratar de propina.

Na Esplanada dos Ministérios, o Movimento Brasil, que criou a primeira versão do ícone, diz ter vendido 600 miniaturas do boneco, ao preço de R$ 10 a unidade. O grupo também comercializa, por R$ 30, camisetas com a imagem do Pixuleko ou do rosto de Sergio Moro, juiz federal responsável pela Lava Jato em Curitiba.

De acordo com integrantes do movimento, tais negócios ajudam a bancar viagens de manifestantes e a manutenção dos bonecos gigantes - o maior deles mede 12 metros de altura e chega a 300 quilos quando inflado.

A ironia salta aos olhos. Nas décadas de 1980 e 1990, um PT bastante diferente do atual também vendia adesivos e bandeiras para financiar suas atividades partidárias. Contava para isso com militantes de carteirinha que assumiam a tarefa voluntariamente.

Iniciativas dessa natureza parecem hoje impensáveis para uma agremiação que se profissionalizou a caminho da Presidência ?e que, instalada no poder, protagonizou os maiores escândalos de corrupção de que se tem notícia, nos quais desvios de dinheiro público e recursos de campanhas eleitorais andaram ruinosamente juntos.

Petistas históricos como José Genoino e José Dirceu viram-se condenados pelo Supremo Tribunal Federal no julgamento do mensalão; o mesmo Dirceu volta ao cárcere em meio às investigações da pilhagem na Petrobras.

Não admira que o número de simpatizantes do PT seja cada vez menor, ou que exista uma debandada de prefeitos dispostos a tentar a reeleição em 2016 por outra sigla. A imagem da legenda está cada vez mais associada à dos esquemas ilícitos que abrigou, e seus principais nomes pouco fazem para mudar esse quadro.

Entende-se, pois, o sucesso do Pixuleko. Mesmo que nada esteja provado contra Lula, o boneco vestido de presidiário sintetiza a ojeriza que seu partido desperta em camadas crescentes da sociedade. A oposição, não por mérito das agremiações políticas, arrumou um símbolo anti-PT. Falta ainda um programa de governo.
Herculano
08/09/2015 06:54
Reeditado das 14.16, do dia 07.09.2015

MEDO DOS PROTESTOS FAZ GASPAR CANCELAR DESFILE

A suposta previsão de chuva dos "serviços" de meteorologia fez com que a prefeitura e a secretaria de Educação, cancelassem o principal desfile de Sete de Setembro, no Centro de Gaspar. O Belchior Alto, distante daqui, manteve a programação com as instituições de lá, como o Colégio Frei Policarpo e o CDI Cecília Venturi.

Quem orientou esta decisão e errou mais uma vez? A Indefesa Civil de Gaspar.

Ela aconteceu na sexta-feira. Ora, previsão meteorológica não é precisão. E ainda mais com quase quatro dias de antecedência. Era tudo o que o governo do PT, fortemente questionado por aqui, precisava para não ficar exposto a possíveis protestos durante o desfile.

Não choveu. Blumenau, que é governada pelo PSDB, manteve o desfile. E lá a Defesa Civil, é autoridade e não um local de cabide de emprego para curiosos e amigos do prefeito.

A decisão de cancelar, deveria ser feita às vésperas ou no dia do desfile, como é de costume, como é da prudência, como é da responsabilidade. Afinal, escolas se preparam por meses seguidos para esta data.

E por que então se cancelou tão antes aqui em Gaspar? Esperteza, medo e falta de diálogo com a sociedade. O PT nacional, e o daqui mandado pelo de Blumenau liderado por Décio Neri e Ana Paula Lima não é diferente. Prefere a destruição (como o do posto de saúde) a construção (como o saneamento e a urbanização do loteamento das Casinhas de Plástico, por exemplo).

O PT sabia que haveria, sem organização pela falta de uma oposição efetiva, mas espontânea, manifestações como o da Banda São Pedro (que está a míngua porque até agora não aceitou o aparelhamento), do Grupo de Dança (que nem convidado para o desfile foi), gente que anda à mingua com as fanfarras, entre outros.

Ao final foi bom para todos: um feriado a mais. Acorda, Gaspar!

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