Por Herculano Domício - Jornal Cruzeiro do Vale

Por Herculano Domício

11/09/2015

MULTAS I
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O repórter Thiago Moraes revelou aqui na edição de sexta-feira, que as multas da Ditran e Polícia Militar contra os gasparenses aumentaram no mesmo período (janeiro a agosto) de um ano para o outro 412,5%: de 918 para 4.705 multas. Não vou polemizar sobre o volume. Mas, reafirmar que a Ditran é um ente político, com dono. Seus agentes vivem sob constrangimento e medo constantes. É blitz que termina antes do tempo para não multar gente conhecida e que dá telefonemas para o poder de plantão, ou então multas, aplicadas contra a própria prefeitura, que somem por artifícios arrumados entre entendidos.

MULTAS II
Lembram-se daquele carro da prefeitura que foi parar numa oficina para ser consertado? Lá um menor, empregado dela, passou o final de semana num rolê. Os agentes da Ditran tentaram cercá-lo. Comunicaram o fato. Aplicaram as multas. O dono da oficina, que até então não sabia de nada, comunicado e orientado, foi à Delegacia e fez um Boletim de Ocorrência: ?furto?. Com isto, as multas foram retiradas. Por que, se houve a infração? Se o filho, menor, ?rouba? o carro do pai, é pego, a Ditran, por canetaço do diretor, por orientação política dos que estão no poder ou as Jaris, em julgamento técnico, retirariam essa multa?

MULTAS III
Os próprios agentes, depois de lerem o Cruzeiro, perguntaram: onde está o dinheiro destas multas todas relatadas na reportagem? Esta é outra face da Ditran que lhe retira a legitimidade de multar a torto e a direito: a falta de transparência. (Para comparação, publico na área de comentários da coluna mais acessada na internet daqui o que está acontecendo em São Paulo e alertou o Ministério Público). Um requerimento, o 60/2015, do dia sete de abril e assinado pelos vereadores Ciro André Quintino, PMDB, e Andréia Symone Zimmermann Nagel, DEM, dorme na Ditran e na prefeitura. Desconfia-se que estejam usando o dinheiro das multas para finalidade diversa a que manda a legislação.

MULTAS IV
O que o requerimento quer saber? Quantas contas existem referentes ao convênio de trânsito (multa de trânsito)? Extrato mensal da conta bancária do ano de 2013 até o mês atual? Nota fiscal e relatório anual conforme artigo 320 do CTB? Quanto foi gasto com a sinalização? Quanto foi gasto com a engenharia de tráfego? Quanto foi gasto com a engenharia de campo? Quanto foi gasto com o policiamento? Quanto foi gasto com fiscalização? Quanto foi gasto com educação de trânsito? Quanto é o consumo mensal e anual de combustível das viaturas? Obs: Apresentar documentos comprobatórios. Resumindo: multam, enchem as burras, mas não prestam contas aos que pagam a conta. É assim a Ditran. Falta o Ministério Público se interessar de fato por este assunto. Acorda, Gaspar!

MOBILIDADE
Quer uma prova de como o tal Plano de Mobilidade Urbana de Gaspar é uma peça de ficção, distante da realidade e do debate com a comunidade? Pois nele não estão as alças de acesso do povo da Margem Esquerda (sempre esquecido pela atual administração) à ponte do Vale. Trata-se de birra, pois o prefeito Pedro Celso Zuchi, PT, e sua turma, já participou de uma audiência em que isto foi debatido. A vereadora Andréia Symone Zimmermann Nagel, DEM, corre contra o tempo. Ela pediu que o prefeito reconsidere esta situação. O presidente da Câmara, José Hilário Melato, PP, e o líder do governo de Zuchi, seu cunhado, Antônio Carlos Dalsochio, PT, acham a iniciativa da vereadora despropositada e atrasada.

TRAPICHE

A permissão para o transporte coletivo em Gaspar é irregular e se discute na Justiça por anos a fio desde 2002. Está quase vencendo. A prefeitura do PT de Pedro Celso Zuchi, que implantou o serviço em Gaspar, comemora. Já está quase na hora de nova licitação.

Tanto que o Diário Oficial dos Municípios ? aquele que se esconde na internet e não tem hora para sair ? acaba de publicar a Tomada de Preços nº 173/2015. É para contratação de empresa que vai fazer os estudos e projetos de transporte coletivo urbano de passageiros daqui.

E precisa? Dinheiro e tempo jogados fora. Ora, quem ganha não respeita o edital, fica por isso mesmo por mais de uma década, nada acontece com a empresa, muito menos com o administrador público que acoberta e perpetua a falha. Os envelopes vão ser abertos no dia 1º de outubro. E quem está comandando este processo? O engenheiro de todas as obras e planejamento desde o primeiro governo de Zuchi (2000 a 2004), Soly Waltrick Antunes Filho. Acorda, Gaspar.

O PT usou a possibilidade de chuva para cancelar o desfile de Sete de Setembro em Gaspar. Na verdade, a prefeitura e o partido queriam evitar a qualquer custo os protestos que se programavam nos bastidores.

O ex-presidente da Câmara, Marcelo de Souza Brick, PSD, é fissurado por unanimidades. Ele tenta dizer aos gasparenses que é capaz de implementar as ideias de Élcio de Souza.  Resta saber se o próprio Élcio acredita nisto.

Se Élcio acredita, recomenda-se então a ele ler com cuidado aquele bilhete de declaração de amor ? e que publiquei na coluna de terça-feira na internet, a mais acessada -, como sendo a via solução dos problemas de Gaspar.  Só autoajuda e muito amor. Deus Salve Gaspar!

E por falar em Marcelo. Ele falou com o PMDB e pediu a vaga de vice. Falou com o DEM e pediu para fazer uma dobradinha. Será que vai reunir todos num balaio só?

O PMDB daqui, como em outros locais, é um poço de polêmicas e contradições. O diretório de Gaspar, às vésperas de uma eleição que promete ser disputada, fecha questão: a deputada estadual Dirce Heidercheit, da Grande Florianópolis, será a representante do partido daqui.

Leituras. Está em processo a fritura do deputado Aldo Schneider, do Médio Vale, e o isolamento do vereador Ciro André Quintino. Pressionado, Aldo abriu mão do ex-prefeito Adilson Luis Schmitt, sem partido, tudo pela harmonia com o diretório do PMDB de Gaspar. Parece que foi um jogo. Ele foi levado ao erro. E Aldo corre o risco de ficar fraco por aqui depois da expressiva votação nas últimas eleições.

Diárias. O prefeito Pedro Celso Zuchi já ganhou em diárias este ano R$6.574,00, além do seu salário, é claro. Já a vice Mariluci Deschamps Rosa, R$2.915,50.

Alguns políticos de Gaspar tremem. Coisa da moda e da moralidade pública. Um empresário estuda uma delação premiada na operação Dupla Face, de Itajaí.

Sem chances. O Tribunal de Contas não considerou rever. Confirmou a multa de R$2.500,00 ao ex-prefeito Adilson Luis Schmitt, sem partido, e R$1.000,00 ao atual, Pedro Celso Zuchi, PT, por representação do Ministério Público do Trabalho contra irregularidades na contratação temporária e admissão de pessoal sem realização de concurso público.

Edição: 1715

Comentários

Herculano
14/09/2015 19:52
PACOTE SA COMO EPITÁFIO DA CRISE, por Igor Gielow, para o jornal Folha de S. Paulo

Os semblantes abatidos e as barbas por fazer deram o tom do "body language" da dupla Joaquim Levy e Nelson Barbosa: os ministros anunciaram o pacote de cortes governamentais e sugestão de aumento de impostos com a proverbial cara de velório.

É virtualmente impossível o governo conseguir aprovar no Congresso, "em três meses" como pontuou o ministro da Fazenda, as diversas medidas apresentadas que dependem dos parlamentares.

Coroa a tentativa a busca pela volta "provisória" de alguma versão da CPMF. Ainda que necessária, essa medida diz respeito ao conjunto da sociedade que, em sua maioria esmagadora segundo as pesquisas, rejeita liminarmente o governo. Deputado ou senador algum vai querer ver seu nome associado a isso.

Outras leis propostas também são intragáveis no atual ambiente político. Mudanças previdenciárias que precisam de apoio de algum "grupo de trabalho"? Ganhar R$ 4,8 bilhões ao colocar o Fundo de Garantia do trabalhador para bancar a primeira faixa do Minha Casa, Minha Vida? Mexer com o funcionalismo público, que fecha avenidas em Brasília a qualquer sinal de que estão olhando para seus privilégios?

Até o Sistema S e exportadores entraram na dança. Parece que a equipe econômica resolveu colocar todas as cartas na mesa ?se o tivesse feito há alguns meses, seria um ato de coragem política que talvez tivesse alguma chance.

Só que uma coisa é apresentar um pacote de maldades em nome da salvação nacional quando você tem apoio popular e político para tanto. A gestão Dilma Rousseff, para todos os efeitos, não existe como ente funcional. O pacote de hoje soa como epitáfio da crise, salvo algum milagre insondável.
Juju do Gasparinho
14/09/2015 19:00
Prezado Herculano:

Frase do dia no Blog do Noblat:

NOTA DE FALECIMENTO
"Essa aliança [do PT com o PMDB] já acabou.
O primeiro partido do governo hoje é o PMDB".

Tarso Genro, ex-ministro da justiça e ex-governador do Rio Grande do Sul.

Isso prova que o vereador Jaime, a vereadora Iracema Marli (boneca do ventríloquo Celso de Oliveira) fizeram o papel de bobos.
Quem mandou eles serem bocós.
Herculano
14/09/2015 16:54
AMANHÃ É DIA DE COLUNA INÉDITA PARA OS INTERNAUTAS

A coluna Olhando a Maré, a mais acessada, a que conta e detalha os fatos da comunidade de Gaspar e Ilhota, que muitos sabem, mas poucos têm coragem de tratá-los, já está pronta. Amanhã cedo ela estará disponível aos internautas e que fazem do portal do Cruzeiro do Vale, o mais acreditado e acessado na região.
Herculano
14/09/2015 16:47
ADIVINHA QUEM VAI PAGAR A PESADA CONTA DA INCOMPETÊNCIA, CORRUPÇÃO, MENTIRA, TEIMOSIA , PROPAGANDA ENGANOSA E EMPREGUISMO DO GOVERNO DO PT, PMDB, PSD, PP, PDT PCdoB, PTB, PR, PRB E OUTROS? OS BRASILEIROS PAGADORES DE PESADOS IMPOSTOS E OS POBRES A QUE USARAM PARA CHEGAR AO PODER SEM PLANOS DE GOVERNO E RESULTADOS PARA A SOCIEDADE

Conteúdo do jornal Folha de S. Paulo. Texto de Valdo Cruz, Marina Dias e Natuza Nery, da sucursal de Brasília. Além de promover cortes de pouco mais de R$ 25 bilhões para equilibrar as contas do governo, o Planalto elevará impostos e vai sugerir a recriação da CPMF, sendo esta provisória e com alíquota menor (0,2%), para cumprir, assim, a meta de 0,7% do PIB (Produto Interno Bruto) em 2016.

Assessores presidenciais afirmam que também deve haver aumento do IOF (Imposto sobre Operações Financeiras) e alguma tributação que atinja "o andar de cima". A nova CPMF - tributo que, anteriormente, ficou conhecido como "imposto do cheque", por incidir sobre movimentação financeira - deve valer por dois anos.

A volta da CPMF, porém, depende de aprovação pelo Congresso. Já o IOF pode ser alterado sem necessidade de aval dos congressistas.

Segundo a Folha apurou, a previsão é de arrecadação extra superior a R$ 30 bilhões com o aumento de tributos.

Na nova proposta, o aumento de receita entre elevação de tributos e redução de isenções fiscais tende a superar a ficar entre R$ 40 bilhões e R$ 45 bilhões.

Na proposta orçamentária enviada ao Congresso em 31 de agosto, o governo previa um deficit de R$ 30,5 bilhões para o ano que vem, o equivalente a 0,5% do PIB.

Portanto, o esforço fiscal necessário para atingir a meta do ano que vem é de R$ 64 bilhões, o suficiente para zerar o deficit e cumprir sua parte no superavit primário de cerca de R$ 34 bilhões extras.

Uma entrevista coletiva para apresentar os cortes, que atingirão diversos programas sociais, foi marcada para a tarde desta segunda-feira (14). Os ministros Joaquim Levy (Fazenda) e Nelson Barbosa (Planejamento) apresentarão os números.

PROGRAMAS SOCIAIS

Técnicos do Executivo afirmam que a redução de gastos ficará entre R$ 25 bilhões e R$ 26 bilhões.

Os programas mais prejudicados devem ser o PAC e o Minha Casa Minha Vida.

A equipe da presidente Dilma Rousseff ainda pode fazer pequenas mudanças na conta final até o início da coletiva.

Na semana passada, a área econômica analisava elevar os juros sobre capital, que afeta a distribuição de lucros de uma empresa entre seus acionistas ?e que também precisa do aval do Congresso.

Além de despesas administrativas, haverá ainda a redução de subsídios e isenções fiscais. No domingo, ministros afirmavam que o governo também iria propor aumento de impostos. É dado como certo que a nova proposta orçamentária virá com aumento expressivo de arrecadação.

APOIO

Não por acaso, o pacote de cortes será mostrado para os presidentes da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), e do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), antes do anúncio.

O Planalto não quer correr o risco de ver as medidas serem bombardeadas pelos condutores do processo legislativo a que parte delas será submetida.

Para cobrir o deficit e chegar aos 0,7% de superavit primário prometido, equivalentes a cerca de R$ 45 bilhões, essas medidas adicionais serão necessárias.

Os cortes mais profundos em programas sociais devem aumentar o fosso entre Dilma e seu antecessor, Luiz Inácio Lula da Silva, que é crítico do ajuste.

Na semana passada, quando o Brasil teve sua nota rebaixada, Lula fez críticas ao corte de programas sociais como forma de responder à crise econômica e espezinhou a Standard & Poor's -a mesma empresa que havia dado o chamado grau de investimento ao Brasil em 2008, quando o então presidente Lula disse viver "um momento mágico".
João João Filho de João
14/09/2015 13:58
Sr. Herculano:

O fantástico, é que o cerco ao Vagabundo Sapo Barbudo está se fechando.

"20 mil torcedores de Ribeirão Preto saem do estádio aos gritos de "1,2,3, Lula no xadrez !".

Postado por Polibio Braga

"O movimento #lulapreso, lançado há pouco em São Paulo pelo Movimento Brasil, ganhou ímpeto ontem a tardinha em Ribeirão Preto, conforme fotos, videos e informações enviadas ao editor por WhatsApp esta manhã.

Foi no jogo entre Botafogo e Ribeirão Preto e Gama.

Além do boneco gigante do Pixuleco, exposto sobre as arquibancadas, 20 mil torcedores começaram a entoar o refrão "1,2,3... Lula no xadrez", grito de guerra que acompanhou a massa quando ela saiu do estádio.

O Movimento Brasil foi recebido na cidade pelo Grupo Brasil Limpo. Ambos assinaram o pedido de impeachment disponibilizado na Web, ao lado de outros 28 movimentos anti-corrupção."

Realmente, um gol de placa do Movimento Brasil.
Eduardo
14/09/2015 11:57
Prezado Herculano
Não é de admirar as diárias do prefeito, agora as diárias do recente Secretário de Saúde é de espantar. Nomeado pelo Decreto n 6340 de 30 de Março de 2015, e assumindo o cargo em 01/04/2015, pasmem até o mês de agosto já ganhou em diárias a bagatela de R$ 9.912,50 (nove mil novecentos e doze reais e concientes centavos). Não está errado, esse é o valor que está no portal da transparência. São R$ 2.478,12, por mês considerando que as diárias são dos meses, maio, junho, julho e agosto. É por isso que o Prefeito vai na Rádio Sentinela, programa do Júlio Carlos e diz que servidor Estatutário dá prejuízo pro Município é servidor Comissionsdo dá lucro. Só pra esclarecer o Secretário é cargo Comissionado. É uma maravilha.
Herculano
14/09/2015 10:40
ESTILO COLOMBO: NOVA AGÊNCIA REGULADORA NASCE COM O VÍCIO POLÍTICO DAS EXTINTAS

Conteúdo do Bloco de Notas, do Diário Catarinense, da RBS Florianópolis. Texto de Upiara Boschi.No ato banal de encaminhar à Assembleia Legislativa os nomes que vão compor a diretoria da nova agência reguladora de serviços públicos, o governador Raimundo Colombo (PSD) deixou claro seu estilo político. A criação da Aresc nasceu de uma tentativa de racionalizar uma estrutura que contava com duas agências - Agesc, de serviços públicos, e Agesan, de saneamento básico -, ambas discretas, pouco efetivas e apinhadas de indicações partidárias.

Reforma administrativa: um passo já foi

Após alguma resistência na Assembleia Legislativa, a proposta de fusão foi aprovada. Foram extintas 56 vagas efetivas não preenchidas, e o número de comissionados, somadas as duas antigas estruturas, caiu de 19 para 15. Um tímido passo na reforma administrativa que Raimundo Colombo vem prometendo desde que a reeleição em primeiro turno lhe garantiu a sensação de que não deve a ninguém este segundo mandato.

Nova agência reguladora: cortes sem dor

Essa vontade de mexer na máquina, promover reformas que racionalizem o Estado e o tornem mais eficiente, sempre presente em discursos em tom de desabafo, acabam esbarrando no apego de Raimundo Colombo às velhas práticas de ocupação dos cargos. Por isso, o ato banal de indicar a primeira diretoria da Aresc é tão emblemática das contradições internas do governador catarinense.

Peemedebistas temem que nova agência reguladora vá para ex-deputado pepista

Para a presidência, o ex-deputado estadual Reno Caramori (PP), premiado pela fidelidade que o levou a desistir de tentar a sexta reeleição quando o PP ficou fora da coligação governista. Nas demais diretorias, a verdadeira fusão: dois ex-Agesan, um ex-Agesc.

Da agência que cuidava do saneamento básico, chegam os políticos aposentados Sérgio Grando (PPS), ex-deputado estadual e ex-prefeito de Florianópolis, e Içuriti Pereira (PMDB), ex-vereador da Capital e presença constante em cargos comissionados do Estado desde os governos de Luiz Henrique. Da Agesc, vem Francisco Camargo, o dono da franquia do PTB em Santa Catarina, que garantiu alguns segundos à coligação governista em 2014.

Nessa lógica, que permeia e deve continuar permeando todo o governo, acelera-se com o freio de mão puxado. Racionalizada, mais enxuta, fortalecida, a Aresc nasce com os vícios dos órgãos que substitui.
Herculano
14/09/2015 07:57
ILUSÕES TRIBUTÁRIAS, por Vinicius Mota, para o jornal Folha de S. Paulo

Abriu-se a fórceps o debate no Brasil acerca de níveis e distribuição da tributação e do endividamento do governo, de um lado, e de extensão e qualidade dos serviços públicos, do outro.

Diz-se que o Brasil cobra impostos como uma nação desenvolvida, mas oferece serviços públicos comparáveis aos dos países mais pobres do mundo. A fim de discutir a sério a questão, é melhor abandonar raciocínios superficiais como esse, que conduzem a conclusões falsas.

A cobrança de tributos é elevada por aqui como fatia da produção. A produção brasileira por habitante, contudo, fica muito distante da dos países ricos. O Brasil tributa mais que os EUA como proporção do PIB, mas ao final de um ano o governo americano recolhe em dinheiro o quíntuplo do obtido pelo brasileiro.

A taxação permite ao setor público dos EUA gastar US$ 18 mil por habitante ao ano. Os governos brasileiros têm à disposição menos de um terço disso. Não dá, objetivamente, para esperar que o Brasil ofereça serviços públicos de qualidade semelhante aos americanos.

É plausível que a ineficiência e a corrupção, sendo maiores aqui do que lá, contribuam para aumentar a distância entre os dois padrões de serviço público. Mesmo, no entanto, que esses dois fatores fossem hipoteticamente anulados, restaria a enorme e insuperável barreira da renda.

A parcela elevada que os impostos cobram da produção no Brasil e a contribuição crescente do dinheiro que o governo empresta da sociedade indicam, isso sim, o esgotamento das fontes de recurso para financiar o gasto público. O resultado imediato a esperar desse choque com a realidade é a redução dos serviços prestados e da renda transferida pelo Estado.

A nossa guerra neste século é por tornarmo-nos um país rico. Ofereceremos serviços públicos de alta qualidade apenas se, e quando, atingirmos esse objetivo.
Herculano
14/09/2015 07:49
TRABALHISTAS BRITÂNICOS COMETEM SUICÍDIO POLÍTICO, por Caio Blinder

O que dizer sobre o Partido Trabalhista na Grã-Bretanha? É difícil ver um partido que trabalha tanto para não chegar ao poder. Com suas amarguras, o Brasil conhece intimamente a expressão "década perdida" (teremos mais uma). O paralelo pode ser feito com a decisão no sábado do Partido Trabalhista de eleger Jeremy Corbyn para liderá-lo.

Significa mais uma década perdida, mais uma década, ou mais, fora do poder, hoje nas mãos dos conservadores. O primeiro-ministro David Cameron não é lá grande coisa e ficará eternamente grato com a decisão da oposição.

Extremista de esquerda e deputado desde 1983, Corbyn é a vanguarda do atraso, com suas propostas de estatização de indústria, terceiro mundismo amoral em política externa e o desprezo por esforços de modernização do Partido Trabalhista empreendidos por Tony Blair. O ex-primeiro-ministro foi um político que soube conduzir o seu partido ao poder nos anos 90, assim como Bill Clinton nos EUA com os democratas. A enfática vitória de Corbyn mostra o desarranjo político na Europa e EUA, com os golpes contra o centrismo desferidos pela extrema esquerda e pelo nacionalismo xenofóbico de direita.

Para dar uma medida do atraso de Corbyn, aqui vai a histórinha emblemática. Corbyn foi eleito pela primeira vez para a Câmara dos Comuns em 1983. Naquele ano, a plataforma trabalhista pregava o desarmamento nuclear unilateral, a nacionalização da indústria e a proposta para que a ONU mediasse a disputa entre Grã-Bretanha e a Argentina sobre as ilhas Malvinas (Falkland). Na expressão memorável, a plataforma trabalhista foi descrita como a "mais longa nota de suicídio da história política". Ao atrasar novamente o relógio em 2015, os trabalhistas economizam palavras na nota de suicídio. Ela agora contém apenas duas palavras: Jeremy Corbyn.

Nesta autodestruição, 60% dos eleitores que votaram na disputa interna dos trabalhistas deram a vitória para Corbyn. Ele é uma caricatura do radicalismo de esquerda. Corbyn endossou a "resistência" dos iraquianos contra as tropas lideradas pelos EUA de George W. Bush na invasão de 12 anos atrás (com o engajamento entusiasmado do então primeiro-ministro Blair) e apoiou os ataques contra tropas britânicas.

Corbyn se refere aos terroristas do Hamas e do Hezbollah como "amigos" e na pornografia política suprema, em 1984 ele saudou os terroristas do IRA (os extremistas da Irlanda do Norte) que tinham acabado de tentar assassinar a então primeira-ministra Margaret Thatcher. A visão geopolítica de Corbyn é categórica. Se os EUA vão para um lado, o mandamento é ir para o outro, não importa o contexto.

Um dos motivos do triunfo de Corbyn foi a facilidade das regras. Bastava qualquer gaiato pagar três libras (cinco dólares) e se registrar para votar na escolha do líder partidário. Foi o estouro da boiada anacrônica de esquerdistas ressentidos, com a ajuda de conservadores que investiram um punhado de libras para colaborar na autodestruição da oposição.

A vitória de Corbyn confirma a era do outsider, que investe contra os políticos tradicionais e a tal da corrupção das elites. Na Europa, estão aí o primeiro-ministro grego Alexis Tsipras (extrema-esquerda) e demagogos de extrema-direita como o britânico Nigel Farage e a francesa Marine Le Pen. Nos EUA, é a era de Donald Trump e do veterano hippie socialista Bernie Sanders nas primárias dos republicanos e dos democratas.

Com Corbyn, o Partido Trabalhista está condenado a ser um movimento de protesto e não uma alternativa realista aos conservadores.
Herculano
14/09/2015 07:31
GOVERNO QUER DEMITR METADE DOS TERCEIRIZADOS, por Cláudio Humberto

Equipe do Ministério do Planejamento estuda pacote de medidas que prevê a demissão de 50% dos funcionários terceirizados em atividade na esfera federal, além da suspensão de concurso públicos entre 2016 e 2018, e a criação de "jornada remota", no Executivo, no Legislativo e no Judiciário, estimulando servidores a trabalhar em casa, recebendo gratificações baseadas no desempenho e no cumprimento de metas.

Corte de servidores

O pacote do governo também fixa a meta de reduzir em 30% o número de servidores, premiando inclusive as demissões voluntárias.

Boquinhas mantidas

O governo Dilma ainda não levou a sério a necessidade de cortar mais do que mil cargos comissionados, que totalizam quase 24 mil.

Jogada partidária

O corte dos terceirizados agrada as centrais sindicais ligadas ao PT. Sindicatos de terceirizados são ligados à Força Sindical, de oposição.

BC esvaziado

A proibição de concurso por três anos prejudicará o Banco Central, que prevê a aposentadoria de 75% dos seu servidores, nos próximos anos.

GOVERNOS DO PT TRIPLICAM GASTS COM PESSOAL

Desde que o Partido dos Trabalhadores assumiu o comando do governo federal, o custo da folha de pessoal triplicou: em 2002, quando Lula venceu a eleição presidencial, o custo de todos os funcionários do governo era de R$ 75 bilhões por ano. Ao fim do segundo mandato de Lula, o custo já havia ultrapassado os R$ 183 bilhões. Com Dilma, o aumento acelerado continuou e os custos pularam para R$ 240 bilhões.

Causa I

FHC contratou 19 mil servidores em 8 anos; Lula aumentou o quadro em 205 mil. Dilma, só no primeiro mandato, contratou 115 mil pessoas.

Causa II

Em 2002, a máquina pagava, em média, R$ 40,4 mil/ano por cada servidor. Em 2014, Dilma paga R$ 110,4 mil em média a cada um.

Foco nas boquinhas

O gasto com servidores da ativa passou de R$ 43 bilhões (2002) para R$ 144 bilhões no último ano. Aposentadorias e pensões levam o resto

Rompimento...

Cresce dentro do PMDB pressão para romper com o governo Dilma no congresso do partido, em 15 de novembro. A sigla não quer ser sócia na investida de subir impostos via decreto presidencial.

...quase garantido

A ala peemedebista ligada ao vice-presidente Michel Temer segue a linha de Joaquim Levy (Fazenda): cortar gastos. Nos bastidores, o partido voltou a flertar com o PSDB, que já pensa no "governo Temer".

Impeachment positivo

O líder do SD, Arthur Maia (BA), avalia que a população apoia uma eventual abertura de processo de impeachment da presidente Dilma. Diz que o cidadão vai sentir que há substância nas ações da Câmara.

Ursinho carinhoso

Conhecido por tiradas ácidas, o deputado Lúcio Vieira Lima (PMDB-BA) cutucou o governo pela perda de grau de investimento: "Não tenho dinheiro. Só posso dar carinho e atenção ao povo".

Impeachment, já

Instalado o Movimento Parlamentar Pró-Impeachment, a oposição organiza ato na Praça da Sé, em São Paulo. A proposta é levar a insatisfação do reduto tucano e espalhar para o restante do Brasil.

Marionete

Sem autonomia, o ministro Joaquim Levy (Fazenda) vem sendo comparado ao seu antecessor, Guido Mantega. Segundo empresários, Dilma é o "ministro da Fazenda", pois interfere em tudo da área.

Vexame nacional

É humilhante a situação dos comandantes das Forças Armadas. O governo determinou que rolem as dívidas para o próximo ano, mas não dá garantia de pagamento aos fornecedores, o que causa insatisfação.

Velhos hábitos

Mesmo após a Constituição de 88 pôr fim à censura, no fim do governo Sarney, há exatos 26 anos, edição do jornal "O Pasquim" foi apreendida por conta de montagem com o deputado federal Paulo Maluf (PP-SP).

Pensando bem...

... o corte de cargos do governo poderia começar de cima para baixo. Bem de cima
Herculano
14/09/2015 07:17
NA CONTRAMÃO, por Aécio Neves, senador mineiro, presidente do PSDB e candidato derrotado por Dilma Vana Rousseff, PT, nas últimas eleições, em artigo publicado o jornal Folha de S. Paulo

Na semana passada, o Brasil perdeu o grau de investimento, pelos sucessivos erros de política econômica dos governos Lula e Dilma.

Como se sabe, de 2003 até 2008, o governo do PT se caracterizou pela continuidade da política econômica do governo FHC. Nesse período, o maior crescimento da economia mundial, o boom de commodities e a melhora da produtividade, fruto de reformas iniciadas no final de década de 1980, nos levaram a conquistar o grau de investimento no auge da crise financeira internacional em 2008.

A partir dali, o presidente Lula começou a implementar o programa econômico do PT, que partiu da premissa de que o governo é onipotente e decide quem serão os vencedores; que taxa de juros poderia ser fixada por decreto; que o aumento da dívida pública e a concessão exagerada de subsídios levariam a um maior crescimento; que o controle de tarifas públicas poderia conter a inflação e que o gigantismo do Estado era a única forma de aumentar oferta de serviços de educação e saúde.

O resultado foi que, a partir de 2011, a produtividade parou de crescer, o buraco das contas externas mais do que dobrou ?um superavit primário que era de R$ 128 bilhões em 2011 transformou-se em um deficit de R$ 32,5 bilhões, em 2014 e a dívida bruta do Brasil cresceu em mais de R$ 500 bilhões decorrente de empréstimos para bancos públicos e da concessão indiscriminada de subsídios.

O Brasil, já neste ano, será o país emergente com maior endividamento bruto e com a maior conta de juros e, mesmo assim, a presidente Dilma mandou para o Congresso uma proposta orçamentária que prevê deficit primário de mais R$ 30 bilhões e um drástico crescimento da despesa.

Que ajuste fiscal é esse?

Ao final, a perda do grau de investimento não chegou a ser uma surpresa diante da avalanche de erros, agravada pelo maior escândalo de corrupção da história do Brasil, a Lava Jato, e a incapacidade política deste governo de planejar o futuro e de apresentar um caminho minimamente confiável para a superação da crise.

Recuperar o grau de investimento exige credibilidade para negociar com o Congresso e com a sociedade um ajuste fiscal estrutural e uma ampla agenda de reformas que aumente a produtividade e acelere o crescimento do país. Falta a este governo competência, credibilidade e apoio político para essa tarefa.

Em resumo: em 2008, no auge da crise, o Brasil recebe o selo de bom pagador, fruto das reformas do governo FHC e até ali mantidas em grande parte pelo governo Lula. Agora, enquanto o mundo se recupera e as principais economias voltam a crescer, o Brasil vê sua nota de crédito ser rebaixada. Obra de responsabilidade exclusiva do PT e seus governantes.
Herculano
14/09/2015 07:06
A MESMA DE SEMPRE, por Valdo Cruz

Aliados, próximos e distantes, são unânimes em dizer que Dilma Rousseff precisa mudar, reinventar-se, para sair da encalacrada em que se meteu e superar a crise atual. Questão de sobrevivência.

Pois bem, um episódio ainda inédito mostra que ela até pode ter mudado em algumas coisas, mas não em certos tipos de comportamentos que causaram um belo estrago no seu governo e também no país.

No final de agosto, a Petrobras decidiu aumentar em 15% o gás de cozinha para as distribuidoras. A estatal não reajustava o produto desde dezembro de 2002. Isso mesmo. Passou todo governo Lula e o de Dilma também sem mexer neste preço.

Dois dias depois, Dilma pega o telefone, liga para o presidente da Petrobras, Aldemir Bendine, e lhe dá uma bela bronca, daquelas que adora aplicar em assessores desobedientes. Tudo porque a estatal fez o que devia e, por sinal, não recuou.

Ou seja, a história alardeada pelo governo de que a petroleira, sob nova direção, passou a ter liberdade para definir sua política de preços não é assunto bem resolvido na cabeça da presidente da República.

É bom lembrar que a crise da estatal não vem só da Operação Lava Jato, mas também do intervencionismo presidencial, que segurava o preço dos combustíveis para baixar a inflação na marra. Um fracasso.

Os números mostram o prejuízo que esta política deixou na empresa. No reinado de Dilma Rousseff, a estatal encolheu US$ 200 bilhões. Seu valor caiu de US$ 228,211 bilhões para US$ 28,032 bilhões.

Enfim, algo segue bem errado no Planalto. Aliados ameaçam abandonar o barco, a economia está em frangalhos e a presidente encontra tempo para dar uma bronca num assessor que cumpriu o seu dever.

Como diz um empresário amigo, mas que já começa a perder a paciência com a presidente, ela gasta muito tempo com detalhes e não foca no essencial. Mais do que isto, demora a enxergar o essencial.
Herculano
14/09/2015 07:01
ESTA É A PROVA DE QUE O PT ERROU E FOI INCOMPETENTE COMO GOVERNO. ERROU E MENTIU PARA A POPULAÇÃO. COMO MENTE SEMPRE, PODE ESTAR DISSSIMULANDO OUTRA VEZ. DIZ QUE VAI CORTAR GASTOS PARA VER APROVADO NOVOS IMPOSTOS PARA TAMPAR O BURACO DA FARRA, LADROAGEM E A GESTÃO TEMERÁRIA. PODE SER UM JOGO. NÃO HAVERÁ CORTES, NEM MUDANÇAS PARA APLICAR BEM OS PESADOS IMPOSTOS QUE OS BRASILEIROS PAGAM E O SACRIFÍCIO TERÁ SIDO EM VÃO MAIS UMA VEZ

MANCHETES DESTA SEGUNDA-FEIRA: DILMA PREPARA CORTE

Conteúdo do jornal Folha de S. Paulo. Texto de Natuza Nery, da sucursal de Brasília. A presidente Dilma Rousseff prepara um corte superior a R$ 22 bilhões nas despesas do governo como forma de evitar o agravamento da crise. O valor equivale a 1,54% do Orçamento de 2016. Programas sociais não devem ser poupados. O anúncio será feito nesta segunda (14).

Segundo a Folha apurou, o governo também vai propor aumento de impostos e redução de subsídios e isenções fiscais, componentes centrais da política econômica do primeiro mandato da petista.

Com as duas medidas, o governo espera zerar o deficit de R$ 30,5 bilhões projetado no Orçamento de 2016.

O segundo desafio do governo será tomar medidas adicionais para se aproximar o máximo possível da meta de economia de 0,7% do PIB (cerca de R$ 45 bilhões) para o ano que vem.

O anúncio, que foi objeto de reuniões no fim de semana e será amarrado após um encontro de ministros na manhã desta segunda, é a primeira resposta às cobranças do mercado por ter enviado um Orçamento com deficit, medida que levou a agência Standard & Poor's a tirar o selo de bom pagador do país no dia 9, agravando a crise.

"A linha é austeridade extrema, cortar até o osso", disse um ministro.

AÇÕES

Este primeiro anúncio irá tratar da venda de terrenos e imóveis, de leilões de apartamentos funcionais, revisão de contratos, diminuição de secretarias e diretorias e redução de cargos comissionados.

Em outra ponta, falará sobre redução de despesas obrigatórias (90% do que o governo gasta), como gastos com a Previdência e funcionalismo, medidas que dependem de aprovação do Congresso, instituição hoje conflagrada.

Não por acaso, o pacote será mostrado para os presidentes da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), e do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), antes do anúncio. O Planalto não quer correr o risco de ver as medidas serem bombardeadas no Legislativo.

Para cobrir o déficit e chegar aos 0,7% de superavit prometido, equivalentes a R$ 45 bilhões, essas medidas adicionais serão necessárias.

Conforme auxiliares presidenciais, o corte de gastos pode chegar a R$ 25 bilhões, dependendo do desenho que Dilma adotar. É o mesmo valor defendido pelo ministro Joaquim Levy (Fazenda) antes do envio do Orçamento.

Cortes em programas sociais deverão aumentar o fosso entre Dilma e seu antecessor, Luiz Inácio Lula da Silva, que é crítico do ajuste.

Na semana passada, Lula fez duras críticas ao corte de programas sociais como forma de responder à crise econômica e espezinhou a Standard & Poor's ?a mesma empresa que havia dado o chamado grau de investimento ao Brasil em 2008, quando o então presidente Lula disse viver "um momento mágico".

A reforma ministerial, outra frente no esforço de Dilma para tentar debelar a crise, deve ficar para a semana que vem. Isso porque ela ainda não teve tempo para falar com todos os ministros cotados para deixar a Esplanada. A ideia é cortar dez das 39 pastas, mas algumas podem meramente perder o status de ministério.
Herculano
13/09/2015 20:31
ELE NÃO CONHECE O PT DE GASPAR

Abaixo, publico um artigo de Ferreira Gullar. O lead traz:

"Lula e sua turma agem sem remorsos, julgando-se no direito de se apropriarem dos bens públicos"

Só dos bens públicos? E dos privados de quem não se sujeita à ditadura do poder.
Herculano
13/09/2015 20:28
O FIM DO CAMINHO, por Ferreira Gullar, escritor e poeta, no jornal Folha de S. Paulo

Lula e sua turma agem sem remorsos, julgando-se no direito de se apropriarem dos bens públicos

Escrevi, certa vez, que a geração ideológica que havia combatido a ditadura e que assumiu o poder no Brasil após o regime militar chegava ao seu fim, isto é, cumprira a sua função e se esgotava.

O grupo liderado por Fernando Henrique Cardoso, de uma esquerda moderada, governou até 2002, quando Luiz Inácio da Silva ganhou as eleições e, com isso, a facção mais radical daquela geração assumiu o governo e nele se manteve até agora, no segundo mandato de Dilma Rousseff. Essa é uma geração que, em diferentes graus, situava-se à esquerda dos que apoiaram a ditadura e se aliou, consequentemente, aos partidos que pregavam o marxismo, embora não fosse aquele seu pensamento.

Nesse quadro, nasceu o Partido dos Trabalhadores, liderado por um operário e formado por simpatizantes da Revolução Cubana. Mas os grupos guerrilheiros foram destroçados, e o sistema soviético em seguida desabou.

Desse modo, quando o PT chegou ao poder, as fantasias revolucionárias já estavam fora de moda. Além disso, os escândalos do mensalão e, agora, as delações da Operação Lava Jato revelaram que, se Lula e seu pessoal foram de fato revolucionários algum dia, ao chegarem ao poder mudaram de projeto.

Imagino o que se passou na mente dos petistas: se a postura revolucionária não tinha mais cabimento, que fazer com o poder que lhes caíra no colo? Antes de tudo, não deixar que viesse a escapar-lhe das mãos e, para consegui-lo, a providência fundamental era manter e ampliar o apoio do eleitorado pobre.

Isso, por um lado; por outro, não dividir com ninguém os cargos importantes da máquina do Estado, como os ministérios e as grandes empresas estatais. Aliou-se, então, aos pequenos partidos, aos quais, em vez de dar altos cargos, comprou com dinheiro público: o mensalão.

Tendo nas mãos os ministérios e as estatais, infiltrou-os com a nomeação de mais de 20 mil "companheiros", sem concurso, a fim de que cedessem parte do salário ao partido e trabalhassem pela ampliação do número de novos militantes a favor do governo.

Mas isso não era tudo. O principal residia na apropriação das grandes empresas do Estado e particularmente da maior delas ?a Petrobras. Ficou comprovado, na Operação Lava Jato, que, desde 2003? quando Lula assumiu o governo?, criou-se na Petrobras um "clube", formado por altos funcionários, ligados aos partidos do governo, e representantes de grandes empreiteiras, que prestavam serviço à empresa. As licitações ?que envolviam centenas de milhões de reais? eram manipuladas de modo que, em rodízio, cada uma daquelas empresas obtivesse os contratos.

O custo das obras era então duplicado e as propinas distribuídas aos partidos e participantes das falcatruas, disso resultando, para a Petrobras, prejuízos bilionários, por ela mesmo admitidos.

A tais prejuízos somam-se os resultantes de negociatas envolvendo a compra e a construção de refinarias. E era Lula quem acusava seus opositores de pretenderem privatizar a Petrobras. Ele, de fato, não a privatizou: apropriou-se dela.

Lula e sua turma agem sem remorsos, uma vez que, sendo eles os defensores dos verdadeiros interesses nacionais, julgam-se com o direito de se apropriarem dos bens públicos.

Vou dar um exemplo. Há algum tempo, antes da Lava Jato, uma senadora do PT, indagada sobre os crescentes prejuízos sofridos pela Petrobras, respondeu: "Só quem se preocupa com isso são os acionistas. A Petrobras existe para servir ao povo".

Ou seja, não tem de dar lucro. Agora, a Operação Lava Jato mostrou que a sua eleição ao Senado, em 2014, foi financiada com propinas da Petrobras e, assim, dá para entender a sua tese: a senadora é o povo.

Esse é um tipo de populismo que, se arvorando defensor dos pobres, atribui-se o direito de usar de qualquer meio, inclusive a corrupção, para manter-se no poder.

Lula e Dilma só não contaram com duas coisas: que a gastança demagógica levaria o país à crise econômica e que suas falcatruas seriam reveladas à opinião pública.

O engodo se desfez, a credibilidade dos petistas despencou. Qual será o desfecho dessa comédia não sei dizer, mas que o lulopetismo já não engana a quase ninguém, não resta dúvida.
Herculano
13/09/2015 20:26
O HUMOR DE JOSÉ SIMÃO

E atenção! Tormento Econômico! O aumentou aumentou! E a Dilma Granda Chefa Toura Sentada já começou os cortes.

A Dilma vai cortar os sábados, o motel, o Carnaval, o churrasco e o pastel de feira. Pastel de feira não! Vai dar rebelião. Se cortar o pastel de feira, não vai ter manifestação, vai ter rebelião!

E um amigo disse que a Dilma tem cara de quem inventou a segunda-feira. E eu acho que a Dilma tem cara de quem inventou o feriado com chuva. E o Aécio tem cara de quem inventou a sexta-feira à noite! Rarará!

Resumo da crise econômica: a Dilma estourou o cartão. A Dilma tá no vermelho! Rarará!
Sidnei Luis Reinert
13/09/2015 19:13
PEDIDO DE CASSAÇÃO DO REGISTRO DO PT, POR SUA VINCULAÇÃO AO FORO DE SÃO PAULO, AO VIOLAR O ART. 28, ALÍNEA II, DA LEI DOS PARTIDOS POLÍTICOS E OUTROS ENCAMINHAMENTOS.
Para: TSE / PGR / STJ /
NO TSE:

1) Protocolo nº 5.754/2015: que pede a cassação do registro do PT [por sua vinculação ao Foro de São Paulo], por violar o art. 28, alínea II, da Lei dos Partidos Políticos, que determina que seja cassado o registro de partido que esteja "subordinado a entidade ou governo estrangeiro".

2) Protocolo nº 5.755/2015: que pede a cassação do registro do PT [por sua relação com o MST, que caracteriza "organização paramilitar", violando assim o art. 28, insico IV, da Lei dos Partidos Políticos.

NA PROCURADORIA GERAL DA REPÚBLICA:

3) Manifestação 20150014188: denúncia contra a Presidente da República sra. Dilma Roussef, por infração do art. 49 da Constituição Federal, em decorrência de empréstimos ilegais a diversas nações estrangeiras.

NO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL:

4) Protocolo nº 272680: Denúncia contra o Presidente do Tribunal Superior Eleitoral, ministro José Antonio Dias Toffoli, por fazer "apuração secreta" do 2º turno das eleições presidenciais, infringindo o art. 87 da Lei Eleitoral.

Com encaminhamentos aos comandos militares, baseado no art. 142 da Constituição Federal, para que seja garantido o cumprimento da lei.


http://www.peticaopublica.com.br/pview.aspx?pi=BR80923
Herculano
13/09/2015 18:59
PT REUNIDO

O PT de Gaspar estava reunido agora a noite no seu diretório. Concorrido. Também pudera: pesquisa que mostra que as coisas não andam bem por aqui (a exemplo do que acontece em Brasília), nomes novos que se introduzem na busca de oportunidades, as finanças que não vão bem, as votações travadas na Câmara, o olho clínico do Ministério Público, e a parte da imprensa que não se conseguiu domar, apesar de todos os corretivos, ameaças e pressões.

Outra. Quem te viu e te vê agora. Só carrões nos dois lados da Rua Itajaí.
Sidnei Luis Reinert
13/09/2015 18:52
ESQUERDISTAS DE PRIMEIRO MUNDO HUMILHAM OS ESQUERDOPATAS BOLIVARIANOS. LÁ ELES ESTUDAM. AQUI ELES SURRUPIAM O DINHEIRO DOS CONTRIBUINTES. IMPERDÍVEL!!

Publicado em 10 de ago de 2015
Governos indisciplinados gastam mais do que arrecadam. Comumente, a primeira solução para ajudar a tirar o orçamento do vermelho é o aumento da carga tributária. O pensamento comum é o de que quanto maior for a carga tributária, maior será a receita do governo.

Neste vídeo, Tim Groseclose, professor de Ciências Políticas e Economia, nos apresenta de maneira simples um conceito muito importante na Economia: a Curva de Laffer. Ele nos explica a real relação entre taxas tributárias e arrecadação, e como altas taxas tributárias podem causar o efeito inverso ao que se espera, ou seja, podem sufocar a economia e diminuir a receita ao invés de aumentá-la.

https://www.youtube.com/watch?v=zxo_Ivy5RKw
João João Filho de João
13/09/2015 18:24
Sr. Herculano:

O site Gente Decente informa que o número de assinaturas Pro Impeachment da Bruxa do Castelo Mal Assombrado, já está em 707. 094.

Vaca voa?
Voooaaa!!
Herculano
13/09/2015 16:41
da série, o vale tudo para se perpetuar no poder e na ladroeira, impondo sacrifícios às pessoas, e destruindo as conquistas econômicas e sociais

LULA PEDE ÁGUA A TEMER, por O Antagonista

Soubemos, pelo Estadão, que Lula procurou Michel Temer, há oito dias. De acordo com o jornal, "Lula pediu ajuda a Temer por avaliar que, se o PMDB abandonar Dilma, o processo de impeachment será deflagrado"...

Investigado por tráfico de influência e também pelo petrolão, Lula se comporta como um pedinte nos bastidores, enquanto bota banca de líder popular em eventos organizados por sindicalistas.

Não cansaremos de repetir: Lula acabou.
Belchior do Meio
13/09/2015 14:04
Sr. Herculano

Frase do dia no blog do Noblat:

"Tenho [receio de que Dilma não conclua o mandato].! E tenho, também, dentro do possível, procurado colaborar para que isto não ocorra. Mas está cada vez mais difícil. O Palácio não consegue criar uma relação de confiança com seus aliados?

Moreira Franco, ex-ministro de Dilma, presidente da Fundação Ulysses Guimarães, centro de estudos do PMDB

A Boneca de Pano é bananeira que deu cacho.
Vaza Mocreia. Vai pentear macaco.
Herculano
13/09/2015 13:04
BINGO. É PARA SE FICAR PREOCUPADO. FALHA NA GESTÃO PROVOCARAM A QUEBRA DA UNIMED PAULISTANA

Conteúdo do jornal O Estado de S. Paulo. A quebra da Unimed Paulistana levantou algum temor no mercado de um risco sistêmico no setor de saúde, o que afetaria indiretamente companhias de capital aberto. Embora esse receio seja visto como exagerado por especialistas, o caso da Unimed Paulistana chamou atenção para um problema de difícil solução no mercado de saúde suplementar brasileiro: a falta de alternativas no negócio de planos individuais. A modalidade sofre com uma redução de oferta e, nos últimos anos, várias operadoras deixaram de oferecer esses planos por considerarem o negócio pouco atrativo financeiramente.

A explicação para a falta de apetite de operadoras pelos planos individuais é, segundo pessoas no setor, um descompasso entre um alto ritmo de crescimento dos custos com atendimento médico e o controle dos reajustes de preço feito pela Agência Nacional de Saúde (ANS). O fato é que tais planos ainda atendem cerca de 10 milhões de pessoas, 19% do total do mercado, beneficiários que em maior frequência são aposentados e idosos. A falta de alternativas expõe o desafio de como atender essas pessoas e, em São Paulo, já praticamente não há oferta de planos individuais fora da Unimed.

Analistas do mercado ponderam que hoje há companhias bastante saudáveis entre as operadoras mais relevantes do mercado. A existência de operadoras menores, mais expostas aos planos individuais e que precisam melhorar sua gestão, porém, é um fato.

Nos últimos anos, diversas operadoras deixaram de vender novos planos individuais: é o caso de todas as grandes seguradoras, além da Amil e da Intermédica, entre outras. "Se o governo quiser que haja aumento de oferta, tem que haver flexibilização das regras, e acredito que uma maior oferta de planos individuais seja importante para a competição", diz Luiz Augusto Carneiro, superintendente Executivo do IESS.

Os custos das operadoras de planos de saúde individuais com consultas, exames, terapias e internações cresceram 17,7% nos 12 meses encerrados em junho de 2014, o dado mais recente apurado pelo Índice de Variação de Custos Médico-Hospitalares (VCMH) do Instituto de Estudos de Saúde Suplementar (IESS). O reajuste de preço autorizado pela Agência Nacional de Saúde (ANS) este ano foi de 13,55% e ele foi de 9,65% ano passado.

No início do mês, foi determinado que a Unimed Paulistana deve negociar a transferência da totalidade de sua carteira de beneficiários num prazo de 30 dias. Para especialistas, o caminho mais simples seria que a carteira fosse incorporada pelo próprio sistema Unimed, por meio da Central Nacional Unimed (CNU) e a Federação das Unimeds do Estado de São Paulo (Fesp), mas pessoas nesse mercado avaliam que há sinais de divergências entre os gestores dessas cooperativas e a Unimed Paulistana.

Se não houver solução, a carteira da Unimed Paulistana iria a leilão, mas experiências recentes com leilões foram frustradas, lembra o advogado José Luiz Toro. "Tem operadora que tem medo de assumir carteira de outra e ficar responsável por dividas trabalhistas e tributárias, é um receio que não é fundamentado na regulamentação, mas existe", diz. No caso do leilão falhar, os beneficiários da Unimed Paulistana teriam portabilidade para migrar para outros planos de mesmo preço sem carência, o que o advogado vê como um risco porque poderia elevar a sinistralidade de outras companhias do mercado.

A Agência Nacional de Saúde (ANS) publicou uma nova regra flexibilizando algumas normas para transferência de carteira de beneficiários em leilões, o que pode influenciar no caso da Unimed Paulistana. Entre as mudanças, consta a possibilidade de aumentar preços em planos individuais caso se comprove sinistralidade superior aos percentuais históricos.

Para a professora Ana Maria Malik, coordenadora de um centro de estudos de gestão em saúde da Fundação Getúlio Vargas (FGV), oportunidades em melhoria de gestão de custo precisam ser capturadas pelas operadoras. Ana Maria destaca iniciativas de prevenção de doenças e melhor acompanhamento do histórico dos pacientes como uma forma de reduzir despesas e melhorar a saúde financeira das companhias.
Herculano
13/09/2015 12:49
REGISTRO

Faz aniversário hoje, o engenheiro Maurilio Schmitt. Ele foi secretário de Planejamento de Gaspar, na administração do irmão Adilson Luiz Schmitt, sem partido, até ele próprio fazer e sancionar a lei contra o nepotismo
Herculano
13/09/2015 12:40
MAIS UM LÍDER EMPRESARIAL DE SANTA CATARINA E REFERÊNCIA COMO EMPREENDEDOR PARA TODOS SE VAI. MORRE EGGON JOÃO DA SILVA, UM DOS FUNDADORES DA WEG, DE JARAGUÁ DO SUL. ELE TINHA 85 ANOS

Morreu nesta madrugada, aos 85 anos, Eggon João da Silva, um dos fundadores daWeg de Jaraguá do Sul, uma das maiores fabricantes de equipamentos elétricos do mundo. O empresário faleceu de causas naturais na cidade de Jaraguá do Sul.

Segundo nota oficial, o corpo está sendo velado nas dependências da Associação Recreativa Weg (ARWEG) desde as 8h deste domingo. O sepultamento será às 16h30min no Cemitério Central de Jaraguá do Sul.

O empresário, que nasceu em 17 de outubro de 1929 no que é hoje o município de Schröeder, Norte de Santa Catarina, fundou em 1961 a Weg, juntamente com Werner Ricardo Voigt e Geraldo Werninghaus. Desde 2014, eles aparecem na lista de bilionários da Forbes. Juntos, o trio Werner Voigt, Eggon da Silva e Diether Werninghaus acumula, segundo a publicação, a soma de R$ 20,32 bilhões. Atualmente,Décio da Silva, filho mais velho de Eggon da Silva, é o presidente do Conselho de Administração da empresa.

Com o empresário, por várias vezes, tive contato por força do exercício do jornalismo na década de 1970 e depois como executivo de empresas do ramo de alimentos e agroindústria. Simples, direto, claro, discreto e sem meias palavras. Falava de sonhos, resultados e novidades. De si, pouco. Assim, foi a impressão que ele me deixou.
Herculano
13/09/2015 12:28
PORQUÊ GASPAR CAMINHA PARA TRÁS E JUSTAMENTE NUMA ADMINISTRAÇÃO PETISTA QUE QUANDO ESTÁ NA OPOSIÇÃO INFERNIZA E PREGA (O QUE É CORRETO) O DIÁLOGO, A INTERFERÊNCIA E A PARTICIPAÇÃO POPULAR. FAZ DOS TEMAS PALANQUES E NÃO UMA SOLUÇÃO COMUM E PARA DOS

VAMOS COMPARAR. HÁ DUAS SEMANAS GASPAR "MOSTROU" À COMUNIDADE O PLANO DE MOBILIDADE URBANA. PRIMEIRO FOI UMA ÚNICA AUDIÊNCIA E NA CÂMARA, FEITA POR POLÍTICOS APEAS PARA CUMPRIR UMA EXIGÊNCIA LEGAL. SEGUNDO, NADA NAQUELA AUDIÊCIA PODERIA SER MODIFICADO OU AGREGADO. ENTRE POUCOS DO PT - COMO SE FOSSE O TUTOR DE TODOS NÓS - TUDO DECIDIDO. E PARA FAZER "VOLUME" (APENAS ISTO), A RELATORA, BEM INTENCIONADA E PARA IMPRESSIONAR, TROUXE PARTE DOS SEUS ALUNOS DO CURSO DE EDUCAÇÃO DE ADULTOS.

BLUMENAU, QUE É GOVERNADA PELO PSDB, QUE O PT JULGA ALGO ULTRAPASSADO, DA ELITE PARA OS SEUS CONCEITOS PROGRESSISTAS DE GOVERNO POPULAR E QUE POR ISSO DEVE SER ELIMINADO DA VIDA POLÍTICA BRASILEIRA PARA O PT REINAR SEM QUALQUER CONTESTAÇÃO, ACABA DE FAZER A PRIMEIRA AUDIÊNCIA SOBRE O PLANO DE MOBILIDADE URBANA DE LÁ

E QUAL A MANCHETE DO JORNAL DE SANTA CATARINA, O JORNAL DA RBS DE BLUMENAU? MORADORES DISCUTEM ACESSIBLIDADE EM AUDIÊNCIA PÚBLICA EM BLUMENAU. PRIMEIRO ENCONTRO TEMÁTICO REUNIU 250 PESSOAS (UAU! NA ASSOCIAÇÃO BLUMENAUENSE DE DEFICIENTES FÍSICOS. HUM! QUANTA DIFERENÇA!

E para comparar o que se fez lá e aqui, reproduzo o texto de Fernanda Ribas. A primeira audiência pública por eixo temático sobre o Plano Municipal de Mobilidade Urbana de Blumenau ocorreu neste sábado com a participação de 250 moradores na Associação Blumenauense de Deficientes Físicos (Abludef). Aos representantes da Secretaria de Planejamento os deficientes físicos apresentaram as principais necessidades de acessibilidade nas ruas de Blumenau.

[Em Gaspar isto está apartado. E o tema é visto como uma inconveniência. Abaixo eu registrei uma reunião feita na Apae para discutir direitos mínimos e básicos que a administração petista não está nem ai, por iniciativa da vereadora (e professora licenciada) Andreia Symone Zimmermann Nagel, DEM. É isto mesmo, do DEM, um partido conservador]

Segundo a presidente da Abludef, Maria Helena Maba, a maioria dos participantes reivindicou melhorias em calçadas, semáforos com dispositivos sonoros, mais acessos especiais próximos às clínicas e hospitais, bom funcionamento dos elevadores nos ônibus do transporte público e mais recursos para deficientes visuais e auditivos nos terminais urbanos.

- Foi uma ótima oportunidade para a associação ser ouvida. Todo mundo colaborou colocando questões de acessibilidade. Agora cabe ao poder público dar o retorno de tudo que falamos aqui - avalia Maria Helena.

A cadeirante Hilda Maria da Rocha participou do início ao fim da audiência e afirma que muitas melhorias foram solicitadas ao longo do evento, mas que a cobrança deve ser feita para que as necessidades dos deficientes constem no Plano Municipal de Mobilidade Urbana:

- Esse tipo de encontro deveria ocorrer sempre para eles lembrarem nas nossas necessidades. Tudo o que falamos aqui deve sair do papel e efetivamente ser colocado em prática. As ruas da nossa cidade deveriam ter um padrão de acessibilidade - acrescentou Hilda Maria.

Na avaliação do secretário de Planejamento Urbano, Juliano Gonçalves, a audiência sobre acessibilidade foi a que teve a maior presença de público e com o maior número de contribuições. Segundo ele, a proposta foi igual aos outros encontros, mas teve uma dinâmica diferente, em que todos puderam individualmente fazer os pedidos.

- Os deficientes são os que mais sofrem com os problemas de mobilidade urbana e foram os que mais contribuíram. Foi muito importante a interação deles com reivindicações para incluirmos no plano.

Todas as sugestões feitas nos encontros temáticos serão reunidas com as questões apontadas nas audiências públicas que ocorreram em agosto e maio deste ano e serão sistematizadas dentro do plano, que terá constante atualização.

Audiências por tema

18 de setembro
19h: Transporte aéreo
Aeroclube de Blumenau, na Rua Ernst Kaestner, 1.255

26 de setembro
9h: Transporte coletivo / transporte sobre trilhos
Furb Campus II - auditório do bloco D 010, na Rua São Paulo, 3.250

E para terminar ou continuar: acorda, Gaspar!
Herculano
13/09/2015 08:23
ARRECADAÇÃO DE OUTROS PAÍSES COM REPATRIAÇÃO DE RECURSOS MOSTRA EXPECTATIVA DO GOVERNO BRASILEIRO FORA DA REALIDADE, por Lauro Jardim, de Veja

A expectativa do governo de botar em seu caixa 150 bilhões de reais com o projeto de repatriação de recursos não declarados no exterior fez Joaquim Levy parecer pessimista com sua previsão de 25 bilhões de reais.

Um estudo do Credit Suisse, feito com base em experiências em quatorze países, sugere que um e outro podem estar animados demais.

Se observada a média do que esses países arrecadaram, em comparação aos respectivos PIBs, o governo brasileiro conseguirá 8,2 bilhões de reais.
Herculano
13/09/2015 08:13
LUTA DE CLASSES NA ILHA FISCAL, por Vinicius Torres Freire para o jornal Folha de S. Paulo

Empresários ativos na política, pró-Dilma ou não, dão um mês de prazo para governo arrumar as contas

HÁ UM GRUPO de empresários ativo na política da crise que "tolera" aumento de impostos mas "encaminha sugestões" de corte de despesas públicas, tem paciência limitada e pragmática com Dilma Rousseff e prefere que a saúde do governo se estabilize, ainda que em nível crítico, até antes de novembro.

Essa é a cara simpática da coisa. Algumas dessas pessoas não acreditam que o governo vá arranjar os mais de R$ 60 bilhões que faltam para que se entregue um projeto de Orçamento com superavit primário de 0,7% do PIB em 2016. A maioria, aliás, nem se ocupa desses detalhes.

Os bons economistas que trabalham para essas pessoas, quase todos com passagens pelo governo, fazem previsões disparatadas de resultado primário, de zero a deficit de 1% do PIB em 2016, diferença de mais de R$ 60 bilhões.

Então qual é a conversa? Sem novidades no front, afora a ideia de que o governo tem um mês, por aí, para arrumar qualquer coisa que ponha ordem na casa.

Todo mundo parece cônscio do calendário da crise: Lula ameaça largar Dilma, em outubro o TCU manda as contas condenadas da presidente ao Congresso e em novembro o PMDB pode pular do barco.

No mais, trata-se de:

1) Manter Joaquim Levy, por ora a âncora de um plano do que, acham, deve ser feito da política econômica. No mínimo, porque ainda não sabem o que viria após Levy ou Dilma-Levy, para nem falar do tumulto da transição e do "povo na rua";

2) Estabilizar a situação, dar "um jeito" no Orçamento de 2016, com cortes sociais "inevitáveis" e contenção de reajustes de salário mínimo e servidores. Tudo de modo a preparar talho mais "estrutural": reforma administrativa, revisão de contratos, Orçamento "base zero" e cadeado de gastos do INSS. Se necessário, algum "sacrifício": até imposto ruim (variantes de CMPF) e, ora vejam, sobre heranças ("não vai render grande coisa").

Essa é uma versão bem organizada do que se diz. Essas pessoas não estão preocupadas com tecnicalidades. Têm "programas" tão informais quanto isso que se aqui se chama de "grupo": são mais uma rede de banqueiros maiores, empresários grandes e consultores. Todos dão palpites discretos ou participam de discussões de assuntos públicos, mas de hábito se mantêm à margem da política. Pode-se chamá-los, por comodidade, de "Comitê Levy".

Há ao menos um outro "comitê", com muitos industriais, de gente mais envolvida em política, vários próximos do PMDB. Seguram-se para não pedir explicitamente a cabeça de Dilma. Como parte relevante do PMDB, vários têm birra de Levy. Quanto ao destino da presidente, importam-se mais com o "timing" político do que com a economia.

Fazem campanha furiosa contra impostos. Vários sentem saudade do "nacional-empresismo" do desenvolvimentismo dilmiano. Seriam o Comitê Industrialista. Alguém pode chamá-los de Linha Fiesp-Firjan-CNI, mas nesse mundo também há divergências grandes.

Aliás, é difícil ouvir empresário e executivo de qualquer ramo que não queira ver a presidente pelas costas já. Foram contidos graças às declarações públicas de banqueiros maiores pedindo "calma, pessoal" ?muitas dessas pessoas temem banqueiros grandes. Mas a paciência parece se esgotar em todas as frentes.
Herculano
13/09/2015 08:10
EXECUTIVOS DA ANDRADE GUTIERREZ IMPLICAM PSDB, por Cláudio Humberto na coluna que publicou hoje nos jornais brasileiros

Acordo de delação premiada firmado por dois executivos da construtora mineira Andrade Gutierrez, uma das integrantes do cartel de empreiteiras responsável pela roubalheira à Petrobras, envolve no esquema do Petrolão as principais lideranças do PSDB, maior partido de oposição ao governo Dilma. São citados na delação os senadores José Serra (SP), Aécio Neves (MG) e Aloysio Nunes Ferreira (SP).

Acusação oficial

O senador Aloysio Nunes (PSDB-SP) já foi indicado pelo Procurador-Geral, Rodrigo Janot, como um dos alvos da investigação da Lava Jato.

Doação tucana

A Andrade Gutierrez contribuiu com R$ 19 milhões para a campanha a presidente da República do senador tucano Aécio Neves.

Doação petista

A Andrade Gutierrez também é a empreiteira que mais contribuiu com a campanha de reeleição da presidente Dilma (PT): R$ 21 milhões.

Empreiteiras generosas

Andrade Gutierrez, Camargo Corrêa, Queiroz Galvão, Odebrecht e OAS doaram R$ 64 milhões para Dilma e R$34 milhões para Aécio.

SEM "BOQUINHAS" GOVERNO POUPARIA R$ 2 BILHÕES

Se o governo Dilma extinguisse os quase 24 mil cargos comissionados DAS (Direção e Assessoramento Superiores) distribuídos a aliados, apenas da administração federal direta, com fundações e autarquias, seria possível poupar mais de R$ 1,9 bilhão por ano. Desses 23.941 cargos quase 25% são de livre nomeação, para qualquer cumpanhêro. Cargos de livre nomeação custam ao contribuinte R$ 344 milhões/ano.

100 mil garantidos

O governo Dilma possui 99,5 mil cargos e funções de confiança, segundo Boletim Estatístico de Pessoal do Ministério do Planejamento.

Curso Dilma

A atual "comandante da nação" foi responsável pela criação de mais de nove mil cargos. A maior parte de Função de Coordenação de Cursos.

Voz solitária

O senador Reguffe (PDT-DF) vê um excesso revoltante. "Alguns cargos devem ser de confiança, mas não esse excesso revoltante que temos".

Estrategista

Eduardo Cunha avisou que esta semana terá pauta única: o projeto da reforma política, que volta do Senado. Ele acredita que a Câmara precisa superar o tema, até para se "distrair" da Lava Jato.

Efeito alucinógeno

Com o plenário do Senado reformado, o cheiro de cola exalava. Senadores não perderam a piada. Diziam que o governo não queria quórum na terça, "para evitar o impeachment!", provocou um senador.

Luz de velas

No Rio de Janeiro, a falta de recursos faz quartéis das Forças Armadas ficarem sem luz à noite, para economizar. No calor escaldante do Estado, a tropa da Marinha vive sem ventilador ou ar-condicionado.

Assessor predestinado

Durou apenas vinte dias no cargo o novo assessor de imprensa do Palácio do Planalto, Nelson Breve, o predestinado. Em plena crise, não há porta voz nem assessor de imprensa. Quem cuida de tudo é o ex-prefeito de Araraquara e ministro Edinho Silva, inexperiente na área.

Cem milhões!

Uma babel de pessoas fala em nome do governo, cada uma na sua língua. É a receita do caos. E o governo paga R$ 100 milhões anuais às melhores (e piores) empresas de assessoria de imprensa do Brasil.

Point de Aécio

Após se mudar para Brasília com a família, Aécio Neves (PSDB-MG) adotou o "Dudu Bar" como seu favorito. Sempre que aparece em restaurantes da cidade, Aécio é muito tietado por clientes e garçons.

Não teve posse

Há 31 anos, em Goiânia, foi realizado o primeiro comício da campanha de Tancredo Neves, reunindo cerca de 300 mil pessoas. Tancredo viria a ser eleito o primeiro presidente civil após 21 anos de ditadura militar.

Mãos à obra

Quem pavimenta a ponte entre PMDB e PSDB é o presidente do SD e escudeiro de Eduardo Cunha, Paulinho da Força (SP), que virou réu no Supremo Tribunal Federal por lavagem de dinheiro e corrupção.

Pergunta no plenário

Viagem internacional do vice com todos os ministros peemedebistas é visita, fuga ou transição?
Herculano
13/09/2015 08:04
Como funciona. O Ministro credenciado pela mulher de Lula, que no Mensalão advogou para que nada fosse considerado e punido; que usou e abusou das entrevistas para esclarecer e se posicionar; que numa crise econômica em tamanho, valendo-se da fraqueza política se reuniu as escondidas com Dilma para advogar aumentos absurdos para a guilda (pelo menos foi isso que se usou de desculpa pública para o encontro furtivo), que diante do trabalho técnico de um juiz para desvendar (e punir) a roubalheira o Petrolão, pede, lembra ou ensina agora que a imparcialidade e silêncio contra a sociedade são vitais aos juízes, pois poderia neste trabalho de esclarecimento via a mídia, estar emprenhado de ranços ideológicos.

JUDICATURA E DEVER DE RECATO, por Ricardo Lewandowsky, presidente do Supremo e do Conselho Nacional de Justiça para o jornal Folha de S. Paulo

É antigo nos meios forenses o adágio segundo o qual juiz só fala nos autos. A circunspecção e discrição sempre foram consideradas qualidades intrínsecas dos bons magistrados, ao passo que a loquacidade e o exibicionismo eram ?e continuam sendo? vistos com desconfiança, quando não objeto de franca repulsa por parte de colegas, advogados, membros do Ministério Público e jurisdicionados.

A verbosidade de integrantes do Poder Judiciário, fora dos lindes processuais, de há muito é tida como comportamento incompatível com a autocontenção e austeridade que a função exige.

O recato, a moderação e mesmo a modéstia são virtudes que a sociedade espera dessa categoria especial de servidores públicos aos quais atribuiu o grave múnus de decidir sobre a vida, a liberdade, o patrimônio e a reputação das pessoas, conferindo-lhes as prerrogativas constitucionais da vitaliciedade, inamovibilidade e irredutibilidade de vencimentos para que possam exercê-lo com total independência.

O Código de Ética da Magistratura, consubstanciado na Resolução 60, de 2008, do Conselho Nacional de Justiça, consigna, logo em seu artigo 1º, que os juízes devem portar-se com imparcialidade, cortesia, diligência, integridade, dignidade, honra, prudência e decoro.

A incontinência verbal pode configurar desde uma simples falta disciplinar até um ilícito criminal, apenada, em casos extremos, com a perda do cargo, sem prejuízo de outras sanções cabíveis.

A Lei Complementar nº 35, de 1979, estabelece, no artigo 36, inciso III, que não é licito aos juízes "manifestar, por qualquer meio de comunicação, opinião sobre processo pendente de julgamento, seu ou de outrem, ou juízo depreciativo sobre despachos, votos ou sentenças de órgãos judiciais, ressalvada a crítica nos autos ou em obras técnicas ou no exercício do magistério".

O prejulgamento de uma causa ou a manifestação extemporânea de inclinação subjetiva acerca de decisão futura, nos termos do artigo 135, V, do Código de Processo Civil, caracteriza a suspeição ou parcialidade do magistrado, que permitem afastá-lo da causa por demonstrar interesse no julgamento em favor de alguma das partes.

Por mais poder que detenham, os juízes não constituem agentes políticos, porquanto carecem do sopro legitimador do sufrágio popular. E, embora não sejam meros aplicadores mecânicos da lei, dada a ampla discricionariedade que possuem para interpretá-la, não lhes é dado inovar no ordenamento jurídico.

Tampouco é permitido que proponham alterações legislativas, sugiram medidas administrativas ou alvitrem mudanças nos costumes, salvo se o fizerem em sede estritamente acadêmica ou como integrantes de comissões técnicas.

Em países civilizados, dentre eles o Brasil, proíbe-se que exerçam atividades político-partidárias, as quais são reservadas àqueles eleitos pelo voto direto, secreto e universal e periódico. Essa vedação encontra-se no artigo 95, parágrafo único, inciso III, da Constituição.

Com isso, não só se impede sua filiação a partidos como também que expressem publicamente as respectivas preferências políticas. Tal interdição mostra-se ainda mais acertada porque os magistrados desempenham, ao par de suas relevantes atribuições, a delicada tarefa de arbitrar disputas eleitorais.

O protagonismo extramuros, criticável em qualquer circunstância, torna-se ainda mais nefasto quando tem o potencial de cercear direitos fundamentais, favorecer correntes políticas, provocar abalos na economia ou desestabilizar as instituições, ainda que inspirado na melhor das intenções.

Por isso, posturas extravagantes ou ideologicamente matizadas são repudiadas pela comunidade jurídica, bem assim pela opinião pública esclarecida, que enxerga nelas um grave risco à democracia.
Herculano
13/09/2015 07:50
A CADA LADO O QUE LHE CABE, por Ricardo Noblat para O Globo

Era o que faltava.

Os defensores de Dilma, contingente em processo de extinção, começam a culpar os "pescadores de águas turvas?, aqueles ?que apostam no quanto pior, melhor?, pelo acúmulo de crises que abalam o país e que começam a revogar avanços econômicos e sociais há muito contabilizados.

Não é o PT que comanda o leme do país há 12 anos? Não foi nesse período, e somente nele como diz Lula e repetem seus acólitos, que o Brasil de fato se afirmou como uma potência mundial capaz de provocar inveja em outros países? O resgate dos pobres da miséria não foi uma obra exclusiva do PT?

Demos de barato, portanto, que tudo isso seja verdade, somente a verdade, nada mais do que a verdade. Então por que tudo de ruim que está acontecendo conosco desde o fim do primeiro governo de Dilma deve ser atribuído ou compartilhado com os que não rezam pela cartilha do PT? Logo esses sem nenhum poder de mando?

Quem de fato pode responder pelos erros de condução econômica do Dilma 1? A oposição? Os que se limitaram a assistir o jogo? Quem gastou além do que o país podia para garantir a permanência do PT no poder? Que candidato a presidente na mais recente eleição mentiu à farta para vencer seus adversários?

Quem, agora, sem ao menos pedir desculpas, alega que não se deu conta do tamanho da crise que se avizinhava? Como se não tivesse tido todas as indicações necessárias para que adotasse providências há tempo. É por isso que os programas sociais, antes considerados intocáveis, estão sendo cortados ou simplesmente congelados.

Quem pôs a faca na garganta do governo obrigando-o a fazer todas as opões que o levaram ao desastre, carregando o país? Foram as ?forças ocultas?? Foi o chamado Consenso de Washington? Foi a impiedosa ação do neoliberalismo? Ou foi a incompetência de um partido que dispunha unicamente de um projeto de poder?

De há muito que o país foi dividido pela retórica oficial entre ?nós e ?eles?. A essa altura, para que não reste dúvida sobre quem é responsável pelo quê, é melhor que fique assim por mais algum tempo.
Herculano
13/09/2015 07:41
A ÚLTIMA CHANCE, editorial do jornal Folha de S. Paulo, longo, grave e publicado na capa do jornal (que nunca foi convervador e o mais plural de todos) da edição deste domingo

Às voltas com uma gravíssima crise político-econômica, que ajudou a criar e a que tem respondido de forma errática e descoordenada; vivendo a corrosão vertiginosa de seu apoio popular e parlamentar, a que se soma o desmantelamento ético do PT e dos partidos que lhe prestaram apoio, a administração Dilma Rousseff está por um fio.

A presidente abusou do direito de errar. Em menos de dez meses de segundo mandato, perdeu a credibilidade e esgotou as reservas de paciência que a sociedade lhe tinha a conferir. Precisa, agora, demonstrar que ainda tem capacidade política de apresentar rumos para o país no tempo que lhe resta de governo.

Trata-se de reconhecer as alarmantes dimensões da atual crise e, sem hesitação, responder às emergências produzidas acima de tudo pela irresponsabilidade generalizada que se verificou nos últimos anos.

Medidas extremas precisam ser tomadas. Impõe-se que a presidente as leve quanto antes ao Congresso -e a este, que abandone a provocação e a chantagem em prol da estabilidade econômica e social.

Também dos parlamentares depende o fim desta aflição; deputados e senadores não podem se eximir de suas responsabilidades, muito menos imaginar que serão preservados caso o país sucumba.

É imprescindível conter o aumento da dívida pública e a degradação econômica. Cortes nos gastos terão de ser feitos com radicalidade sem precedentes, sob pena de que se tornem realidade pesadelos ainda piores, como o fantasma da inflação descontrolada.

A contenção de despesas deve se concentrar em benefícios perdulários da Previdência, cujas regras estão em descompasso não só com a conjuntura mas também com a evolução demográfica nacional. Deve mirar ainda subsídios a setores específicos da economia e desembolsos para parte dos programas sociais.

As circunstâncias dramáticas também demandam uma desobrigação parcial e temporária de gastos compulsórios em saúde e educação, que se acompanharia de criteriosa revisão desses dispêndios no futuro.

Além de adotar iniciativas de fácil legibilidade, como a simbólica redução de ministérios e dos cargos comissionados, devem-se providenciar mecanismos legais que resultem em efetivo controle das despesas -incluindo salários para o funcionalismo-, condicionando sua expansão ao crescimento do PIB.

Embora drásticas, tais medidas serão insuficientes para tapar o rombo orçamentário cavado pela inépcia presidencial. Uma vez implementadas, porém, darão ao governo crédito para demandar outro sacrífico -a saber, alguma elevação da já obscena carga tributária, um fardo a ser repartido do modo mais justo possível entre as diversas camadas da população.

Não há, infelizmente, como fugir de um aumento de impostos, recorrendo-se a novas alíquotas sobre a renda dos mais privilegiados e à ampliação emergencial de taxas sobre combustíveis, por exemplo.

Serão imensas, escusado dizer, as resistências da sociedade a iniciativas desse tipo. O país, contudo, não tem escolha. A presidente Dilma Rousseff tampouco: não lhe restará, caso se dobre sob o peso da crise, senão abandonar suas responsabilidades presidenciais e, eventualmente, o cargo
Herculano
13/09/2015 07:37
AS BARBAS DE MOLHO, por Coluna Carlos Brickmann

A Polícia Federal pediu ao Supremo que autorize a tomada de depoimento de Lula, por suspeita de ter sido beneficiado no Petrolão. O pedido foi feito pelo delegado Josélio Sousa. "(...) a presente investigação não pode se furtar de trazer à luz da apuração dos fatos a pessoa do então presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, que, na condição de mandatário máximo do país, pode ter sido beneficiado pelo esquema em curso na Petrobras, obtendo vantagens para si, para seu partido, o PT, ou mesmo para seu Governo, com a manutenção de uma base de apoio partidário sustentada à custa de negócios ilícitos na referida estatal".

Por que o pedido ao Supremo, se Lula não tem cargo público e o habitual seria ouvi-lo na primeira instância? Talvez porque o delegado saiba que está tocando no supremo ídolo petista: investigá-lo será visto pelo PT como crime de lesa-majestade, muito mais grave do que investigar a própria presidente Dilma. De todos os alvos da investigação, este é o mais sensível: Lula é o PT, o PT é Lula.

Só Lula? Não: o lobista Fernando Falcão Soares, Fernando Baiano, acaba de negociar sua delação premiada, na qual promete dar detalhes e provas da participação de Dilma na compra da refinaria de Pasadena, no Texas - aquela cujo preço se multiplicou. Na época, Dilma presidia o Conselho de Administração da Petrobras. Baiano deve alvejar também os presidentes da Câmara, Eduardo Cunha, e do Senado, Renan Calheiros.

Na linha de sucessão, só se livra Michel Temer.

E TEM MAIS

O Tribunal de Contas da União está pronto para enviar ao Congresso seu parecer sobre as "pedaladas fiscais" da presidente. O jornal virtual Brasil 247 (www.brasil247.com/pt), próximo ao PT e ao Governo, acredita que o TCU recomendará a rejeição. Com isso, abre caminho jurídico para o impeachment.

Mais: um forte grupo de deputados ameaça obstruir qualquer projeto de interesse do Governo até que o impeachment entre na pauta. O caminho está combinado: o presidente da Câmara, Eduardo Cunha, rejeita a proposta de impeachment, e será surpreendentemente derrotado pelo plenário, que a porá em votação. Ainda não há votos suficientes para aprová-la, mas a pressão contra Dilma é fortíssima.

O BALANÇO DO BARCO

Publicitários, jornalistas e políticos que amavam o PT estão se afastando em silêncio. Um governador, de partido que integra a base governista, acredita que a presidente deixe o cargo ainda em setembro. Há outras avaliações.

Mas é quase consensual a ideia de que o peru de Natal de Dilma não será servido no palácio.

O TAMANHO DO BURACO

O ex-presidente Lula disse que o rebaixamento do Brasil por uma agência de risco não tem nenhuma importância. Mas, tão logo foi anunciada a queda do Brasil para a categoria de investimento especulativo, os papéis da Petrobras na Bolsa americana caíram 5,1% - só no primeiro dia.

Mas isso é apenas a cereja do bolo da gestão, digamos, heterodoxa da empresa. A Petrobras vale hoje no mercado (a avaliação é feita pelo preço de suas ações em Bolsa) cerca de US$ 31 bilhões.

Há cinco anos, seu valor de mercado era de cerca de US$ 300 bilhões.

O FUNDO DO BURACO

E não está computado, na queda de valor da principal empresa brasileira, o custo das ações movidas por acionistas que a acusam de desvio de lucros para atos pouco convencionais. Estão em jogo algumas dezenas de bilhões de dólares.
Banana no chão

Não é verdade que a presidente Dilma atravesse a rua só para escorregar numa casca de banana que está na outra calçada. Dilma vai muito mais longe em busca de um tombo. O decreto que retira atribuições dos comandantes militares e as repassa ao ministro da Defesa, tão bobo que estava há três anos na gaveta sem que ninguém dele se lembrasse, tão inútil que o ministro Jaques Wagner promete nem usá-lo, devolvendo aos comandantes os poderes de remanejamento de pessoal, foi assinado de surpresa, às vésperas do feriado, sem que os comandantes fossem avisados.

Pior: o ministro da Defesa diz que não sabia de nada, a presidente diz que não sabia de nada, o ministro da Defesa interino (o comandante da Marinha, já que Wagner estava fora) diz que não assinou nada. Se ninguém sabia do caso, como é que o papel foi parar no Diário Oficial? Foi posto lá pela secretária executiva do Ministério da Defesa, Eva Maria Chiavon, da estrita confiança do ministro Jaques Wagner (com quem já trabalhara no Governo da Bahia). E esposa de Francisco Chicão Chiavon, segundo de João Pedro Stedile no comando do MST.

Lembrando Lula, é o subcomandante do exército de Stedile.

ESCORREGANDO!

O tal decreto pegou mal e deixou o pessoal da Defesa desnorteado. A Assessoria de Comunicação Social do Ministério, no dia 8 de setembro, enviou à imprensa uma Nota de Esclarecimento sem texto e sem data (Brasília, x/x/2015), mas com assinatura.

Depois, enviaram outro texto, com um discurso do ministro Jaques Wagner em que reafirma seu compromisso com as Forças Armadas. Só que o discurso foi pronunciado em 2 de janeiro de 2015.
Eta, ministro lerdo!
Herculano
13/09/2015 07:31
PRESIDENTE TEM POUCO TEMPO PARA REAGIR, DIZEM EMPRESÁRIOS

Conteúdo do jornal Folha de S. Paulo. Texto de Natuza Nery e Valdo Cruz, ambos da sucursal de Brasília. Empresários fizeram chegar ao governo a avaliação de que, com a perda do grau de investimento, a presidente Dilma Rousseff precisa agir rapidamente e mostrar resultados até outubro. Caso contrário, ficará difícil manter o apoio do setor empresarial.

A conjectura foi transmitida a interlocutores de Dilma como alerta para a necessidade da petista ser firme na definição de medidas para reequilibrar as contas públicas.

Segundo relatos à Folha feitos por dois empresários envolvidos nas articulações para segurar Joaquim Levy (Fazenda) no cargo, o setor ainda prefere que Dilma reaja e se mantenha no governo.

Para eles, um processo de saída da presidente seria ainda mais traumático para a economia, com maior incerteza a curto prazo, e reações imprevisíveis de movimentos sociais que apoiam o governo.

Mas duas semanas se passaram sem que Dilma tenha iniciado os prometidos cortes para cobrir o deficit de R$ 30,5 bilhões, exigência dos "barões do PIB" (Produto Interno Bruto) para manter o apoio.

Empresários criaram um cardápio com sugestões para reduzir o rombo. Começa com a necessidade de manter três vetos presidenciais: à extensão do reajuste do salário mínimo para aposentados, à flexibilização das regras para a aposentadoria instituída pelo fator 85/95 e ao reajuste do Judiciário que, para algumas carreiras, pode chegar a 76%.Outro item é a redução de despesas obrigatórias.

"Nas próximas cinco ou seis semanas, é preciso encontrar uma forma de compor o Orçamento. Óbvio que não dá para reformar todas as despesas obrigatórias, mas é preciso reformar algumas", disse um empresário sob condição do anonimato.

O setor privado propõe ainda a reforma do PIS/Cofins (em estudo pela Fazenda), o aumento da contribuição previdenciária do funcionalismo de 11% para 12%, além da instituição de algum imposto sobre herança ?desde que não recaia sobre o patrimônio.

"Querendo ou não, ela foi eleita, não há nada contra ela juridicamente. Então, sua saída seria mais política", disse outro empresário à Folha.

Um interlocutor da presidente disse que o Planalto conta com essa avaliação para sobreviver à crise. Segundo ele, o empresariado não quer aventuras, mas também não quer ver o país "desmanchar".

No setor privado, a avaliação é que o governo precisa definir logo os cortes de gastos e aumento de receitas e garantir, até outubro, que o pacote seja implementado.

VACILO

Nas palavras de um executivo, a presidente não pode vacilar mais porque, do contrário, haverá um agravamento da crise política e econômica até o final do ano, fazendo com que empresários que ainda estão com o governo e representam boa parte do PIB brasileiro percam a paciência com o Palácio do Planalto.

No setor empresarial, a avaliação é que a presidente subestimou a reação do mercado à decisão de enviar ao Congresso um Orçamento com previsão de deficit primário no próximo ano.

Agora, segundo executivos, ela terá de correr contra o tempo para não perder também o grau de investimento concedido pelas agências Moody's e Fitch, depois de ter perdido o da mais importante delas, a Standard & Poor's.
Herculano
13/09/2015 07:26
PRAGMATISMO, por Renato Andrade para o jornal Folha de S. Paulo

O apoio que Dilma ainda tem junto ao empresariado pode desaparecer rapidamente. Se o governo não conseguir costurar uma solução imediata para as finanças públicas, o suporte vai evaporar.

Banqueiros, empresários e industriais ainda acreditam que é melhor resolver as coisas com a petista no Planalto a embarcar na perigosa canoa da troca de comando do país antes do tempo regulamentar.

Um dos efeitos práticos de o Brasil ter perdido a carteirinha do clube de países seguros para investimentos foi o encurtamento do prazo de reação esperado pelo turma do PIB.

Isso tem uma explicação óbvia. Vários foram os recados enviados ao Planalto. Todos ignorados. Como o rebaixamento veio mais rápido do que o esperado, a pressão cresceu.

Uma semana antes do desastre, executivos se reuniram com o ministro Joaquim Levy, em São Paulo, para falar algumas obviedades.

O recado era simples: o governo precisava fazer de tudo para evitar o rebaixamento da nota de crédito brasileira. Com a economia travada, o desemprego em alta e os juros na estratosfera, a perda do selo de bom pagador agora só alimentaria ainda mais a desconfiança, a praga que aniquila qualquer atividade.

O governo fez promessas, mas acabou atropelado na quarta-feira (9).

O que está sendo colocado sobre a mesa da presidente Dilma Rousseff agora não é uma operação faca no pescoço. A essência do debate atende pelo nome de pragmatismo.

Se as coisas não tomarem outro rumo, a economia vai afundar ainda mais, empregos vão desaparecer e o lucro dessas empresas vai minguar.

O que até agora estava restrito a conversas de bastidores começa a chegar ao grande público. O manifesto assinado pelas federações das indústrias de São Paulo e Rio de Janeiro é um bom exemplo disso.

Se Dilma não transformar palavras em ações nas próximas semanas, o que hoje é apoio vai se transformar em desembarque.
Herculano
12/09/2015 22:09
HÉLIO BICUDO: "O LULA É UM DOS GRANDES RESPONSÁVEIS PELA CORRUPÇÃO NESTE PAÍS", por Augusto Nunes, de Veja

Fundador do PT, ex-vice-prefeito de São Paulo, Hélio Bicudo sempre combateu criminosos sem hesitações e sem medo. Nos anos 70, por exemplo, enfrentou o esquadrão da morte chefiado por Sérgio Fleury, um homicida disfarçado de delegado que figura na história nacional da infâmia como o mais famoso torturador a serviço da ditadura militar.

Aos 93 anos, o procurador de Justiça aposentado não perdeu a combatividade nem a coragem. Na semana passada, em parceria com a advogada Janaina Conceição Paschoal, ele encaminhou à Câmara dos Deputados um documento em que denuncia contra Dilma Rousseff por crimes de responsabilidade e solicitou a abertura do processo de impeachment.

Fora do PT desde a descoberta do Mensalão, Bicudo conheceu Lula quando o chefão da seita bandida "morava num apartamento do tamanho desta sala". No vídeo de poucos segundos, o inimigo de meliantes mostra o que o falso pai dos pobres de fato é: a mãe do colossal esquema corrupto que começou a ser desmontado pela Operação Lava Jato
Herculano
12/09/2015 22:02
ACESSIBILIDADE VIRA TEMA PARA A CIDADANIA EM GASPAR

O evento foi pouco divulgado. Mas, um grupo de pessoas promete virar este jogo em Gaspar. A reunião aconteceu na quarta-feira na Apae. Uma das pessoas que liderou este processo foi a professora e vereadora Andreia Symone Zimmermann Nagel, DEM. "O importante não é liderar, mas atrair pessoas comprometidas para esta causa e sensibilizar o poder público", ressaltou

"Reunião foi muito proveitosa. Formamos uma comissão que vai trabalhar na elaboração do estatuto da Associação a partir da próxima semana. Em breve faremos a assembleia para eleição dos membros da diretoria da associação da pessoa com deficiência".

O Executivo estava representado por representantes da secretaria da Educação, da Saúde e da Ditran. Da Câmara vieram os vereadores Hamilton Graf, PT e Marcelo de Souza Brick, PSD. Oadvogado Renato Nicoletti se comprometeu a ajudar nos trâmites burocráticos da futura Associação. O outro advogado presente, Olávio Pereira, representando o Lions, também colocou o escritório à disposição da causa.
Herculano
12/09/2015 21:34
OUTRA VEZ?

Título do press release da prefeitura de Gaspar: Diretor da FME entrega projeto de reforma do Centro de Eventos João dos Santos ao Ministro do Esporte

1. De novo vão fazer reforma no João dos Santos?

2. O Brasil não está quebrado? Vão começar a enganação igualzinha a que se faz com a Ponte do Vale?

3. Aliás, foi no Ginásio dos Santos que o PT fez a encenação sobre a ponte do Vale e a duplicação da BR 470. Quem é que já esqueceu aquele teatro feito para a imprensa que não pergunta e não enxerga o óbvio, diante de assinatura de papelinhos, fotos posadas e discursos cretinos.

4. Perguntar não ofende. O que foi feito da caneta de Ideli Salvatti dada a Pedro Celso Zuchi como prova de que tudo assinado seria cumprido nas datas anunciadas para calar a boca dos críticos e a os artigos dos céticos (dizem que o gesto tinha endereço)? Acorda, Gaspar!
Herculano
12/09/2015 20:29
À MEIA BOCA

O PT de Gaspar começou hoje a discuti o processo de escolha do candidato do partido que vai tentar substituir o prefeito Pedro Celso Zuchi.

Apesar do clima de enterro diante das pesquisas e do que acontece no plano nacional, mesmo assim está claro um tom de disputa interna no ar por algo que se sabe que será muito difícil.
Herculano
12/09/2015 20:06
CÂMARA DEVE TRATAR DO IMPEACHMENT DE DILMA A PARTIR DA SEMANA QUE VEM

Conteúdo do jornal Folha de S. Paulo. Texto de Natuza Nery e Mariana Haubert, da sucursal de Brasília. A Câmara deve começar a tratar formalmente do processo de impeachment de Dilma Rousseff nesta semana, quando deputados de oposição apresentarão requerimentos ao presidente da Casa, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), para que ele se posicione sobre os 13 pedidos de deposição.

Cunha já avisou que pretende negar, se não todas, boa parte das ações exigindo o impeachment. Com os demais, ele continuaria protelando.

O roteiro dos defensores do afastamento é então apresentar recursos questionando uma das recusas de Cunha. Assim, o caso precisaria ser submetido ao plenário. Se for aprovado por maioria simples (257 deputados), o processo é deflagrado.

Os partidos PPS, Solidariedade, DEM e PSDB encomendaram estudos para embasar o rito desse processo. Provocarão Cunha com as chamadas questões de ordem. A partir delas, o presidente da Câmara terá de informar como será a tramitação desses atos, bem como prazos para recursos e parlamentares autorizados a promovê-los.

Se as questões de ordem forem submetidas na terça (15), como é a intenção, o comando da Câmara deve demorar uma semana para apreciá-las, segundo a Folha apurou.

As denúncias contra Dilma começaram a entrar na Câmara em fevereiro. Em geral, quando há falhas na documentação, como não ter firma reconhecida ou o denunciante não mostrar provas ou indicar onde encontrá-las, elas são encaminhas para o arquivamento.

Em julho, a cúpula da Casa, porém, optou por notificar os autores de alguns pedidos solicitando que corrigissem os erros. A prática é considerada inusual.

"A oposição não quer adotar um caminho que seja questionado juridicamente", disse o líder do DEM, deputado Mendonça Filho (PE).

Eduardo Cunha já confidenciou a interlocutores que pretende seguir os passos do hoje vice-presidente da República, Michel Temer (PMDB-SP), quando este chefiava a Câmara.

Em 1999, ele indeferiu um pedido de impeachment contra o presidente Fernando Henrique Cardoso. À época, o então deputado petista José Dirceu, hoje preso pela Operação Lava Jato, apresentou um recurso contra o arquivamento. O recurso foi derrotado no plenário por 342 votos, contra 100 a favor da abertura do processo.

Se, no caso de Dilma, esse recurso for eventualmente aprovado, Cunha criaria, então, uma comissão especial com a participação de todos os 28 partidos com representação na Casa.

Na etapa seguinte, Dilma seria notificada sobre o processo e teria dez sessões para apresentar a sua defesa.

Segundo cálculos internos, um processo como este demoraria cerca de um mês de tramitação. Só então seria possível saber se a denúncia seguiria adiante, devendo, ainda, passar pelo plenário da Câmara e, depois, pelo Senado, que executaria o julgamento em si.
Herculano
12/09/2015 20:03
A MANCHETE COM DISCRIMINAÇÃO

O 247, o veículo de comunicação do governo e PT, patrocinado preferencialmente por anunciantes de empresas (Petrobrás) e bancos (BB, Caixa e BNDEs) estatais estampa: "Como a PM de Alckmin matou mais um jovem negro". Afinal quem semeia a divisão e a discriminação?

Ontem, no Rio de Janeiro, um militar da Marinha, matou um motorista que atropelou um fuzileiro naval depois de "furar" uma barreira em alta velocidade. O título então deveria ser assim: "Como a Marinha de Dilma matou mais um..."
Herculano
12/09/2015 09:59
MERCADANTE VAI FICANDO, DILMA VAI SANDO, O EMPRESARIADO DESEMBARCANDO, ATÉ LULA ESTÁ FUGINDO..., por Reinaldo Azevedo, de Veja.

Se a presidente Dilma Rousseff não sabe, informo. O clima é de desembarque. Não importa para onde se olhe. Recente nota-manifesto assinada pela Fiesp e pela Firjan traduziu o que anda pensando o empresariado. Lideranças de outros setores da economia já buscam interlocuções de olho no pós-impeachment. Se a situação já era muito difícil antes de a Standard & Poor?s pôr o guizo no pescoço do gato, piorou bastante agora. Ninguém vê saída para a presidente - e isso inclui os petistas.

Não sei se notam, mas o próprio Lula começa a buscar um lugarzinho no pós-Dilma. É ele, não outro, quem está por trás de uma tal Frente Brasil Popular, que busca resistir ao governo pela esquerda.

Por enquanto, somos governados pela paralisia. O Planalto ainda não fez anúncio de corte nenhum nem deixou claro quem pretende tungar para aumentar a receita. Seus cinco milhões de coordenadores políticos anunciaram para esta sexta um esboço ao menos de resposta para a crise terminal, mas não veio nada. Estamos falando de uma gente que se especializou em dar tiro no próprio pé. Em vez disso, o dia foi tomado pela negativa enfática de que Aloizio Mercadante vá deixar a Casa Civil, embora Dilma busque alguém para a? Casa Civil.

Conforme o esperado, conforme o sabido, conforme o óbvio, o PT não quer entregar a pasta. Ficará feliz se ela sair das mãos de Mercadante, que é, primeiro, mercadantista e, secundariamente, petista. O partido insiste em manter o ministério que, em tese, ao menos, faz a coordenação geral do governo. Estamos diante de uma natureza. Ainda que sob o risco de perder tudo, a legenda não aceita abrir mão de um pedaço. E, assim, Dilma vai caminhando para o abismo.

Não sei se há tempo, a esta altura, de fazer alguma coisa. A presidente conta em seus quadros com políticos com mais trânsito do que as pastas às quais estão confinados. Há Gilberto Kassab (Cidades), do PSD, um bom articulador. O problema, nesse caso, são as resistências que enfrentaria em alas do PMDB.

Há Kátia Abreu (Agricultura), peemedebista ainda recente, é verdade, mas com abrangência suprapartidária em razão de ser também uma liderança do único setor da economia que não está no vermelho ? o agronegócio. Até Aldo Rebelo (Ciência e Tecnologia), do PCdoB, seria uma alternativa para tentar ampliar o diálogo. E, quando escrevo, "até", refiro-me ao fato de que seu partido é pequeno. Sua interlocução no Congresso, no entanto, é bem maior. Afinal, já presidiu a Câmara.

Mas não tem jeito. O PT insiste em ter o controle da máquina - máquina sabidamente desgovernada, que atira para todo lado. O petista Jaques Wagner (Defesa), em razão de sua fala fácil, aparecia como cotado para a função, mas se desmoralizou com o episódio do decreto que tentou destituir os comandantes militares de atribuições? militares! A porcaria foi redigida por sua secretária-executiva sem que ele soubesse. A tal continua no cargo. Não me parece que isso o credencie para a Casa Civil.

O governo chegou a emitir nesta sexta uma nota negando que Mercadante vá deixar o cargo, destacando, adicionalmente, seus relevantes serviços ao governo. Soou como piada nos meios políticos porque se sabe que não há serviço relevante nenhum.

Encerro com um trecho da minha coluna de ontem na Folha:
"Algum entendimento terá de ser feito para convencer a sociedade de sacrifícios adicionais, além daqueles que já estão em curso. Ou é isso, ou vem por aí uma espiral negativa de longuíssima duração. E a arena desse pensamento não é o Ministério da Fazenda. A Joaquim Levy, ou a outro, entregar-se-á uma máquina de calcular números. A realidade exige alguém que seja bom no cálculo político.

Ocorre que isso não se faz sem uma relação de confiança, que não existe mais. É preciso saber identificar o momento em que todos os bares se fecham e as virtudes se negam. Tá bom, presidente! Eu a deixo com o seu Riobaldo. Mas com um outro - aquele que cobra da senhora é coragem."
Herculano
12/09/2015 09:56
ONDE ESTÁ O DINHEIRO DAS MULTAS DE GASPAR?

Se a prefeitura manda bananas para o pedido de explicações e eles não possuem coragem para ir à Justiça para mostrar esta afronta, está mais do que na hora do Ministério Público se interessar por este assunto.

Aumentam-se a arrecadação, não se presta contas e a própria Ditran está sucateada? Troco de diretor e tudo ficou igual ou pior. Acorda, Gaspar!
Herculano
12/09/2015 09:44
AS PALAVRAS NO MURO, por Demétrio Magnoli, geógrafo e sociólogo, no jornal Folha de S. Paulo

Para azar de Dilma, os 'contribuintes' decidiram falar inglês, convertendo-se em 'pagadores de imposto'

Adam Smith escreveu, em 1776, que "cada imposto" representa, para os que o pagam, "um emblema de liberdade, não de escravidão". Ele tinha em mente o conceito de contrato social: uma relação de legitimidade vinculando governantes e governados. Anos antes, a Revolução Americana começara como uma revolta de colonos contra os impostos. "Não à tributação sem representação" ?a bandeira dos revoltosos apontava a ilegitimidade de atos tributários decididos por um Parlamento distante, que não abrigava representação das Treze Colônias. Dilma Rousseff deveria refletir sobre essa história, na hora em que busca, pela via tributária, uma saída para a quadratura do círculo de seu Orçamento deficitário.

Nos EUA, usa-se a expressão "taxpayer", o "pagador de imposto". No Brasil, "contribuinte", o que é uma aula inteira sobre as relações estabelecidas entre o Estado e a sociedade. O tributo, na versão americana, é "imposto", termo que implica uma tensão essencial: a "imposição" só será aceita se o poder for visto como legítimo. Por aqui, a tensão se dissolve no próprio domínio da linguagem: os indivíduos "contribuem", voluntariamente, para um Estado que não lhes deve explicações. A "contribuição" não é, no caso, "um emblema de liberdade", mas a naturalização da "escravidão". Hoje, porém, para azar de Dilma, os "contribuintes" parecem decididos a falar inglês, convertendo-se em "pagadores de imposto".

A tributação é um ato político tão distintivo quanto o voto. A definição do valor e da incidência social dos impostos solicitam, nas democracias, a busca de um mínimo de consenso. Para obtê-lo, o governo precisa cercar-se de argumentos persuasivos e de sólido embasamento técnico. Dilma, porém, está à caça de R$ 30,5 bilhões, o tamanho do buraco no Orçamento. No lugar de uma proposta amparada na noção de justiça tributária, seu governo lança redes afoitas ao mar. Tentando restaurar a CPMF (registre-se o nome: "contribuição"), apelou à mentira, sua companheira de cama e mesa. Agora, numa admissão tácita de que a invocação da "saúde" era só uma alegação oportunista, esboça aumentar as alíquotas do IPI, do IOF e da Cide ("contribuição", ela também), enquanto ensaia a elevação do Imposto de Renda. Nessa trajetória, ao menos, dissolveu uma narrativa lendária: de mestre carpinteiro que entalharia relevos delicados nos gastos e receitas, Joaquim Levy reduziu-se a um ávido, atabalhoado, cobrador de impostos.

"Não à tributação sem representação", está escrito no muro da história. O dilema é de legitimidade: os eleitores não se sentem representados por um governo que traiu o voto e, imerso no fabuloso escândalo do petrolão, quer cobrir com impostos o poço perfurado pela irresponsabilidade fiscal. Quem, exceto néscios incuráveis e governistas profissionais, pode criticar o Congresso por resistir à ofensiva dos mercenários da tributação aleatória?

Há meses, o país pede a Dilma a admissão dos erros de política econômica do primeiro mandato. Não seria "penitência cristã" ou "autocrítica comunista", explicou FHC, mas um gesto tão ousado quanto indispensável. De um lado, pelo recurso inédito à verdade, propiciaria a recuperação de uma réstia de legitimidade. De outro, por meio de uma revisão doutrinária, ofereceria algumas certezas sobre os rumos do segundo mandato. Surda, a presidente prefere zombar de todos, atribuindo a crise a uma súbita, imprevista, mudança na conjuntura externa e, mais ainda, insistindo no conto infantil de que errou por fazer o bem.

Dilma não pode admitir o erro de fundo porque não está disposta a romper com suas crenças ideológicas e, sobretudo, para não romper com o lulopetismo. Presa na dupla teia, tornou-se escrava de seu fracasso, que condena o país à espiral recessiva. O governo já não pode tributar, pois tornou-se incapaz de representar.
Herculano
12/09/2015 09:41
da série: o PT montou uma república de ladrões sem nenhum pudores dos nossos pesados impostos que faltam à saúde pública, educação, segurança, obras....

CONTRATO EM PASADENA RENDEU PROPINA À CAMPANHA DE LULA EM 2006, DIZ CERVERÓ, por Josias de Souza

Em proposta de delação premiada entregue a procuradores que atuam na Lava Jato, o ex-diretor Internacional da Petrobras Nestor Cerveró revelou: em troca de um contrato estimado em R$ 4 bilhões para modernizar a refinaria de Pasadena, no Texas, a construtora Odebrecht se dispôs a adiantar uma propina de R$ 4 milhões à campanha presidencial de Lula, em 2006. Cerveró se oferece para detalhar essa e muitas outras transgressões, informa a revista Época..

Cerveró cita três políticos como beneficiários de propinas: o petista Delcídio Amaral (MS), o petebista Fernando Collor e os peemedebistas Renan Calheiros (AL) e Jader Barbalho (PA). Menciona também reunião que teve com o vice-presidente Michel Temer para queixar-se de achaque que vinha recebendo de deputados do PMDB.

Preso há dez meses, Condenado pelo juiz Sérgio Moro a 17 anos de cadeia pelos crimes de corrupção passiva e lavagem de dinheiro, Cerveró tenta celebrar um acordo de delação com a Procuradoria da República desde julho. Vão abaixo os termos de sua mais recente proposta de colaboração em troca de benefícios judiciais.

1. Modernização de Pasadena: Cerveró conta que o tema foi discutido às vésperas das eleições presidenciais de 2006, em almoço num restaurante fino, na Praia do Flamengo, no Rio. Presentes, três diretores da Petrobras - Cerveró, Paulo Roberto Costa e Renato Duque - e dois executivos da Odebrecht - Márcio Faria e Rogério Araújo. Foi à mesa um debate sobre contrato para a revitalização da refinaria texana de Pasadena, da qual a Petrobras tornara-se sócia meses antes. Negócio estimado R$ 4 bilhões. Em troca do contrato, disse Cerveró, os executivos da construtora se comprometeram a adiantar propina de R$ 4 milhões à campanha de Lula.

Ouvida, a Odebrecht declarou que de fato foi "consultada, formalmente e não em nenhum tipo de evento social, sobre a possibilidade de formar consórcio com outras construtoras brasileiras para disputar contrato para eventual modernização da refinaria de Pasadena." Sustenta, porém, que as obras jamais foram realizadas. Acrescentou que "tal convite, por parte da Petrobras, não tem qualquer relação com doações eleitorais que a empresa faz." Lula não se manifestou.

A revista informa que a Petrobras chegou a preparar uma carta de intenção de contratar a Odebrecht para a obra de Pasadena. Mas optou por celebrar outro contrato. Nele, a Odebrecht figura como responsável pelas reformas em refinarias da estatal no mundo todo, inclusive em Pasadena.

2. Butim de Pasadena: de acordo com Cerveró, a ruinosa compra da refinaria de Pasadena rendeu R$ 15 milhões em propina. Ele envolve no esquema a área Internacional da Petrobras, que ele dirigia, outros funcionários da estatal e senadores como Delcídio Amaral, líder do governo no Senado; Renan Calheiros, presidente da Casa, e Jader Barbalho. Procurados, os senadores negaram ter recebido propinas.

3. Intermediação de Fernando Baiano: Cerveró afirmou na sua proposta de delação que o lobista Fernando Baiano foi o preposto da bancada do PMDB do Senado no rateio das propinas amealhada na Diretoria Internacional da Petrobras. Pelo menos US$ 2 milhões, disse ele, foram para Renan e Jader, em 2006. Baiano realizou os repasses por meio de um segundo lobista, cujo nome é mantido em sigilo para não prejudicar as investigações - o personagem também quer negociar uma delação.

4. Reunião com Temer: Cerveró anotou em sua proposta de delação que foi achacado por um grupo de 50 deputados do PMDB. Para mantê-lo no cargo de diretor Internacional da Petrobras, o grupo exigia um megamenslão de US$ 700 mil. Cerveró disse ter recorrido ao pecuarista José Carlos Bumlai. Pediu-lhe que intermediasse um encontro com o vice-presidente Michel Temer. Na versão de Cerveró, a reunião ocorreu no escritório de Temer, em São Paulo. Ouvido, Temer confirmou o encontro. Mas negou que tivesse feito qualquer movimento para manter Cerveró no cargo.

5. Fatia de Collor: da diretoria Internacional, Cerveró foi deslocado para a diretoria financeira da BR Distribuidora, subsidiária da Petrobras. Em 2009, Lula brindou Fernando Collor (PTB-AL) com três poltronas na BR. Numa delas, Collor manteve Cerveró. Que informa em sua proposta de delação ter ajudado a fechar negócio que rendeu propinas a Collor. Envolvendo uma rede de postos de combustíveis.
Herculano
12/09/2015 09:33
O ABRAÇO DE AFOGADO JÁ NÃO PODE MIS SER DESFEITO. DILMA ROUSSEFF SERÁ PRA LULA O QUE CELSO PITA FOI PARA PAULO MALUF, por Augusto Nunes, de Veja

Lula é o pai do naufrágio econômico que chegou com a mãe agarrada à proa da nau dos condenados. O desastre começou a desenhar-se em 2008, quando o então presidente fez de conta que não passava de marolinha o tsunami financeiro internacional. Transformou-se em questão de tempo no ano seguinte.

Ambos de olho na eleição de 2010, o padrinho e a afilhada passaram a jurar de meia em meia hora que o Brasil fora o último país a entrar e o primeiro a sair da crise. Já encerrada no universo das nações sérias, a crise que Lula proibiu de atravessar o Atlântico hoje é responsabilizada por todos os equívocos, sandices e crimes produzidos pelos embusteiros no poder.

Agora, com a água inundando os porões desse Titanic infestado de ineptos e corruptos, Lula resolveu criticar a sucessora para fingir que não tem nada a ver com o poste que fabricou e instalou no Palácio do Planalto. Tarde demais, constata o comentário de 1 minuto para o site de VEJA. Esgotou-se o estoque de truques. O ilusionista malandro já não tapeia sequer plateia amestrada.

Como informam todas as pesquisas, o chefão da seita e sua cria estão afundando juntos. Esta coluna avisou faz alguns anos que Dilma Rousseff seria o Celso Pitta do Lula. Já é. O estadista de galinheiro não vai safar-se do abraço de afogado que antecipará a morte política. Se tiver juízo, logo estará concentrado em tempo integral no esforço para continuar em liberdade.

Nesta sexta-feira, a Polícia Federal avisou que quer ouvir o homem que sabe de tudo sobre a roubalheira do mensalão. O pedido de autorização ao Supremo Tribunal Federal sugere que a PF ignora que ex-presidentes não têm direito a foro especial. Lula é um suspeito como tantos outros. Se for condenado e transferido para uma cadeia, será um preso comum
Herculano
12/09/2015 07:57
POLÊMICA NA PRAÇA

Rola nas redes sociais, o seguinte desabafo

"Indignado.....

Pela segunda vez na nossa Cidade [Gaspar], um Circo vem trazer alegria para nossas crianças , e o q acontece?

O juiz proibiu a entrada de crianças, sabe porque?


Porque Crianças não podem estar na rua depois das 20h, mesmo acompanhados dos pais, isso mesmo não é piada kkkk.

Agora eles podem estar no centro quebrando tudo.....

Podem estar na escadaria da Matriz usando droga...

Oque acontece? Nada

Daí não aparece ninguém...

Por isso q aqui em Gaspar não se cria nada, tenho vergonha, infelizmente...

Falo oq para meu filho?
Segunda vez isso já...

A Solução é ir para outra cidade assistir, lá as coisas são diferentes...

Como sou educado, ............ Pra vcs!"
Herculano
12/09/2015 07:37
DILMA APOSTA NA LAVA JATO CONTRA O IMPEACHMENT, por Cláudio Humberto, na coluna que publicou hoje nos ornas brasileiros

Se a Lava Jato tem atormentado a presidente Dilma Rousseff desde a sua deflagração, em março de 2014, agora representa sua esperança de escapar do impeachment. Ela recebeu garantias, que fontes de sua assessoria dizem não identificar, de que as principais ameaças ao seu mandato, do vice-presidente Michel Temer ao presidente da Câmara, Eduardo Cunha, dificilmente escaparão da mão pesada da Lava Jato.

A faxineira

Informada também que está fora da Lava Jato, Dilma fixou a meta de "entrar para a História" como aquela que "varreu a corrupção do Brasil".

Maus bocados

Assessores de Dilma também espalham que, além de Eduardo Cunha, o presidente do Senado, Renan Calheiros, enfrentará maus bocados.

Salve-se quem puder

Assessores mais próximos contam que Dilma não está nem aí com o envolvimento de aliados e até de ministros na Lava Jato.

Te vira, malandro

Dilma sente pesar com o envolvimento cada vez mais claro de Lula na Lava Jato, mas, dizem assessores, não perde noite de sono com isso.

FAB USA HELICÓPTERO PARA SINALIZAR INSATISFAÇÃO

Quem interpreta sinais do poder, em Brasília, viu significado na escolha de um pequeno helicóptero para levar Dilma do Alvorada à Base Aérea, ontem (11), de onde ela voaria para o Nordeste. Em lugar de possantes e confortáveis VH-36 Caracal, comprados à França para transportar a presidente, a FAB fez o traslado num modesto Esquilo, o "kinder ovo". Isso ocorre dias depois da retirada de poder de comandantes militares. Mesmo restabelecidas as prerrogativas deles, o mal-estar permanece.

Dilma em seu labirinto

No embarque, não havia autoridades, assessores, só militares da FAB. Até a unidade dos Bombeiros só apareceu após o "kinder ovo" decolar.

Protagonismo político

Com histórico de ação política, de Getúlio a JK, a FAB aprecia se impor a autoridades. Fez isso ao ex-presidente Fernando Collor, em 1992.

Engajamento político

Collor revelou que sua "ficha caiu" quando, já afastado, o piloto da FAB negou a ele um curto sobrevoo de despedida no lago Paranoá.

Segura a onda

Dilma censurou a acidez do ministro Aloizio Mercadante (Casa Civil) ao falar de Joaquim Levy (Fazenda). Apenas em público, claro. Dentro do PT a rusga continua. E se soma a Aloizio o senador Lindbergh Farias.

Jogo combinado

Na terça-feira (15) a oposição entrega aditamento ao pedido de impeachment de Dilma protocolado por Hélio Bicudo, histórico fundador do PT. A papelada deve ser rejeitada por Eduardo Cunha, presidente da Câmara. A ideia é fazer do impeachment um "projeto do plenário".

Pátria...

A Universidade Federal do Paraná abriu vagas para "todos os beneficiários do Programa Nacional de Educação na Reforma Agrária" se inscreverem a uma das 60 vagas para o curso de Direito.

... Educadora

Se sobra dinheiro para financiamento de estudo dos sem-terra, falta para o Ministério da Educação. Com a crise financeira, o governo cortou R$ 1 bilhão no orçamento do seu ministério "mais importante".

Muro da vergonha

O muro construído no desfile de 7 de Setembro, que separava a presidente Dilma da população, custou R$ 161,6 mil. No ano passado, o valor das placas metálicas e grades custaram R$ 150,8 mil.

Governismo agudo

O PTB na Câmara olha com desconfiança o repentino "governismo" de Jovair Arantes (PTB-GO), destoando do sentimento da bancada. Dizem que o motivo seria uma indicação para a Caixa Econômica Federal.

Prestígio, na Argentina

Em encontro com Cristina Kirchner, o ex-presidente Lula se ofereceu para subir no palanque do candidato governista à presidência argentina, Daniel Scioli. Desmoralizado no Brasil, Lula foi atendido.

Na nossa conta

Quem passar pelo Congresso já pode ver alguns senadores desfilando com os novos carrões. Os outros modelos, com apenas dois anos de uso, serão substituídos. O contrato pelo mimo já custou R$ 2,3 milhões.

Pensando bem?

? o rebaixamento do Brasil, de estados e empresas brasileiras pelas agências de risco provocou até saudades do FMI no Congresso.
Herculano
12/09/2015 07:25
O TEMPO FOGE, por André Singer, ex-assessor do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, PT, para o jornal Folha de S.Paulo

O rebaixamento do Brasil pela Standard & Poor's, ao provocar mais uma rodada de reações tópicas de um governo desesperadamente carente de orientação, inaugura o que pode ser um dos últimos capítulos do segundo mandato de Dilma Rousseff. Não tanto pelas consequências econômicas da nota negativa, mas pelo vácuo político que ajuda a formar em torno do Planalto enquanto, do outro lado da Praça dos Três Poderes, a contagem regressiva dos que se engajaram na tese do impeachment começa a atrair mais adeptos.

Em resposta à perda do selo de boa pagadora, a presidente ordena cortes urgentes e medidas administrativas de contenção. Trata-se do equivocado cálculo de que ao ceder a esmo às pressões imediatas, agora potencializadas pela agência de rating, diminuirá a adesão ao plano golpista. Não percebe que a única coisa que pode preservá-la ?e junto com ela a integridade democrática e as conquistas sociais do período lulista? seria apresentar uma perspectiva coerente de médio prazo, organizando arco de forças interessadas em acordo mínimo de estabilidade e fim da recessão.

Mas para tanto, Dilma precisaria sair da encalacrada em que começou a se meter no dia seguinte à reeleição, quando, ao contrário de tudo o que prometera, foi buscar no mercado financeiro alguém para comandar o Ministério da Fazenda. Isolada do conjunto da burguesia, aconselhada por Lula desde 2012 a tirar Guido Mantega, com a Operação Lava Jato desmontando os partidos, na iminência de ter Eduardo Cunha no comando da Câmara dos Deputados, a recém-reeleita deu o passo fatal.

Com uma economia já parada e os juros em ascensão permanente, Dilma optou por um ajuste fiscal draconiano e assassino. Não foi preciso sequer esperar que os cortes orçamentários fossem efetivados. Bastou o anúncio deles para que todos os agentes ?consumidores, investidores, empresas ? começassem a contrair as atividades.

O resultado aí está. Uma recessão prevista de pelo menos 2,5% em 2015, o desemprego em alta, a renda do trabalhador em baixa e, com a arrecadação despencando, o rombo fiscal aberto. Diante do estrago, numa espécie de reflexo condicionado, os conservadores pressionam por mais dureza e rigor. Só que atendidos tais apelos, daqui a alguns meses estaremos em um poço ainda mais profundo e o governo ?qualquer que seja ele? em maus lençóis.

Do ponto de vista de classe, um pacto de ruptura com esse círculo vicioso seria possível e permitiria diminuir as perdas de todos. Porém, o tempo político para que a presidente o encabece se esfuma dia a dia. A triste alternativa do impeachment, como arremedo antidemocrático do parlamentarismo que não temos, poderá jogar o problema no colo de um eventual "gabinete" Michel Temer.
Herculano
12/09/2015 07:16
GESTÃO FORA DOS TRILHOS, editorial do jornal Folha de S. Paulo

Dificuldades do governo Dilma para administrar as contas se repetem no setor de infraestrutura, como se verifica no caso das ferrovias

O fracasso da administração de Dilma Rousseff (PT) vai dos grandes números das finanças do governo à enorme desordem na gestão dos projetos de infraestrutura - entre os quais estão os de ferrovias, muitas faraônicas, outras frustradas, como se acaba de ver no caso da Oeste-Leste.

Tome-se o trem-bala, que ligaria São Paulo e Rio de Janeiro. A ideia fantástica, gestada no governo Lula, desde 2013 é moribunda, depois de desperdiçados milhões de reais em estudos e na criação de uma estatal de logística. Não houve interesse nesse plano sem projeto ou viabilidade, estimado pelo mercado em R$ 50 bilhões.

Outra ideia fantástica, a da ferrovia Bioceânica, foi anunciada meses atrás. Integra outro grande plano de infraestrutura. Trata-se de um caminho de ferro que, depois de trilhar Goiás, Mato Grosso e Rondônia, atravessaria os Andes e chegaria ao Pacífico pela costa do Peru.

Seria um projeto de interesse chinês, mas criticado por empresas da região. Demandaria investimentos privados de R$ 40 bilhões - estimativa feita no escuro, pois os estudos talvez fiquem prontos somente em meados de 2016.

Quanto às demais ferrovias constantes do plano de logística de Dilma 1, nada foi adiante.

No meio-tempo entre essas propostas mirabolantes, o então presidente Lula anunciou em 2010 a "Joia do PAC": a ferrovia Oeste-Leste (Fiol), que prometeu para 2013. Tratava-se de projeto mais modesto, mas útil. Ligaria um novo porto baiano à ferrovia Norte-Sul.

Por ali seriam carregados minério de ferro, grãos, açúcar e álcool produzidos no oeste baiano. A Fiol propiciaria oportunidades de empreendimento a uma região pobre. O primeiro trecho deveria estar pronto em 2012. O segundo, em meados de 2013.

A ligação com o Tocantins, contudo, ainda não tem traçado final, e não há previsão de término da obra, que já consumiu R$ 3 bilhões.

Não há dinheiro para concluí-la, pois a estatal encarregada, além de inepta, viu-se afetada pelos cortes de investimentos. Os atrasos anteriores deveram-se, como de costume, a projetos ambientais e de engenharia ruinosos ?em outros termos, pura falta de planejamento.

Segundo reportagem do jornal "O Estado de S. Paulo", procura-se agora apenas evitar a paralisação total dos trabalhos e a degradação do que já foi feito. Não é muito, pois está pronta apenas a metade do trecho baiano, que conduzirá a um ponto que ora não existe.

Tais fracassos e desperdícios são ineficiências elevadas a várias potências. A construção da precária infraestrutura do país é retardada de um modo também dispendioso. Um fabuloso fracasso gerencial.
Herculano
12/09/2015 06:45
MANCHETE DO DIÁRIO CATARINENSE

O jornal da RBS Florianópolis, informa o que fala entre políticos, diante da relevância que a ex-senadora tinha no PT e no jogo político e principalmente, por ser ministra das Relações Institucionais no governo do seu ídolo, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

PF quer que Ideli responda se sabia de esquema de propina na Petrobras. Depoimento foi solicitado ao STF junto ao de outros ex-ministros e o ex-presidente Lula

A gasparense honorária, Ideli Salvatti, com toda a sua influência só não conseguiu para Gaspar e os do Vale do Itajaí, a verba para terminar as obras da ponte do Vale, e ainda depois de ser um cão de guarda feroz do governo e do PT, foi abandonada. Se pesar alguma coisa sobre ela, não tem foro privilegiado. Vai ficar exposta. O PP, por exemplo, não deixou o ex-deputado e ex-presidente do PP catarinense, João Alberto Pizzolatti Filho, ao relento. Arrumou um cargo de secretário no governo de Roraima. E ele nem precisa ir lá.
Odir Barni
11/09/2015 22:04
HOJE ENCONTREI GASPAR MAIS SEGURA.

Caro, Herculano; Parei meu carro na rua Indl. José Beduschi no local destinado aos idosos e esqueci de colocar a identificação no painel. Fui ao SINTRASPUG pegar uma autorização para minha esposa que já estava no consultório médico. Ao retornar já tinha um talão, expedido pela monitora Franciel, comprovante n. 046252. Sai para reguraliza-lo na rua São José e quando passei pelo ponto de táxi da rua Augusto Beduschi parei, erroneamente à esquerda; meus amigos avisaram : cuide que os guardas vem lhe multar, conversei por uns 10 minutos e em seguida veio um carro com um guarda com panca de coronel e me deu de dedo, para me defender veio o TÊ Soares, dizendo que eu ja estava de saída. O guarda, no exercício de seu dever, ficou me enchendo o saco e eu saiu. Minha esposa que estava no carro me falou que eu estava errado, fato que eu aceitei normalmente. Fui até ao prédio da Àrea Azul e paguei 5 reais para regularizar a situação do cartão com o DITRAN. Fiquei feliz em ver que Gaspar tem melhorado no item segurança do trânsito. Se em 15 minutos fui abordado duas vezes pense o que eles não multam durante o dia. De uma coisa eu tenho certeza esta guarda municipal não é a guarda do tempo do Poli, comandada pelo Sena que não arrecadava para pagar a folha dos guardas; hoje, pelo que escuto paga o sistema e sobra um bocado. Salve Gaspar!!!!
José de Oliveira Santos Neto
11/09/2015 21:44
Lelo

Não fala besteira, em primeiro lugar você deveria falar mal do seu governador, que não traz nada para Gaspar, sim, pois seu partido está na coligação a nível estadual, em segundo lugar você deveria primeiro se informar o que está acontecendo na cidade de Gaspar, os investimentos que estão ocorrendo com recursos da prefeitura, além do asfalto que você reconhece, isso é bom, reconhecer as coisas boas da administração municipal, novos postos de saúde e outros investimentos que estão sendo feitos com recursos próprios. Veja os outros municípios do Vale onde seu partido é coligado, veja Lelo o que está acontecendo, quantas empresas estão se instalando no município, isso é fruto de um trabalho que envolve credibilidade de uma administração, enfim, olhe para o seu umbigo primeiro, antes de criticar somente por criticar, Lelo. Falando em segurança, aquela que é dever do governador, Lelo, como anda em Gaspar?
Sidnei Luis Reinert
11/09/2015 21:24

DE Ronaldo Caiado:

A presidente Dilma Rousseff e o governo brasileiro se calam mostrando total conivência e aval à prisão política do líder oposicionista Leopoldo López. É uma ação violenta aos direitos humanos e torna a presidente da República parceira do ditador Maduro. Enquanto isso, a União Européia dá uma declaração contundente cobrando que a Venezuela reveja essas penas a Leopoldo López e a três estudantes. Já ficou provado que os diplomatas e auditores independentes foram impedidos de acompanhar a fase final do julgamento.
O fato do governo Maduro determinar ao judiciário a imputacao de uma pena de quase 14 anos tem um único objetivo: que é criar uma revolta da população de oposição ao seu governo. Com isso, tenta impedir o processo eleitoral que deverá ocorrer dia 6 de dezembro. Maduro sabe que será derrotado e por isso tenta criar situações de conflito com a Colômbia, agora internamente provoca as oposições para tentar explicar o golpe que pretende implantar. A presidente Dilma rasgou a cláusula de democracia que existe no acordo para o ingresso da Venezuela no Mercosul. Vamos trabalhar para excluir a ditadura venezuelana do Mercosul.

http://www1.folha.uol.com.br/mundo/2015/09/1680330-opositor-venezuelano-leopoldo-lopez-e-condenado-a-13-anos-de-prisao.shtml?mobile
antonio souza
11/09/2015 20:30
gostaria de saber delgio roncaglio ex-presidente do pmdb falou com kleber e foi convidado a ser candidato a veriador mais o marcelo esta convidando ela para vir com ele como vai ficar seu grande amigo adilson
o delgio ajudo ele e muito .
Herculano
11/09/2015 20:22
A DESCULPA ESTUPEFACIENTE DE ADAMS PARA TENTAR LIVRAR A CARA DE DILMA NO TCU, por Reinaldo Azevedo, de Veja

Quando nada mais há a dizer, qualquer coisa serve. É o que orienta a ultima parte da defesa que o advogado geral da União, Luís Inácio Adams, faz da presidente Dilma Rousseff, enviada ao Tribunal de Contas da União. A penúria intelectual do governo chega a ser, por si, escandalosa.

Sabem com que Adams justificou os procedimentos contábeis heterodoxos e ilegais feitos pelo governo, apelidados de "pedaladas fiscais"? Segundo o advogado-geral, elas se deveram à "evolução imprevisível" da economia no fim de 2014.

Reitero: se não fosse absoluta falta do que dizer, eu iria inferir que o homem está a escarnecer da gente, a nos tratar como idiotas, como cretinos.

Escreve ele:
"A realidade econômica evoluiu de maneira imprevisível para todos os analistas. Quem projetava um impacto de redução de commodities, aumento do dólar, de mudança do quadro econômico do jeito que aconteceu no final de 2014? Essa realidade é que gerou a necessidade de mudança de meta que foi acatada pelo Congresso e em 31 de dezembro o governo atendeu à lei".

É incrível! Estava tudo mais do que escrito nas estrelas. A desvalorização das commodities mostrou que viria para ficar já em meados de 2012, quando Dilma estava com um ano e meio de seu primeiro mandato. A partir dali, analistas já começavam a alertar para as dificuldades futuras.

Mas calma aí! Adams se esquece de que o país passou por eleições no ano passado. E isso significa que a oposição também apresentou seu diagnóstico, apontando, diga-se, a quase totalidade dos problemas que estão por aí. Onde está a surpresa?

Sobre gastos feitos sem a autorização do Congresso, o advogado-geral insiste na desculpa petista de sempre, o famoso "FHC também fez" - o que, dizem ministros do TCU, não confere com a realidade, não na dimensão ou na escala do governo Dilma.

A defesa de Adams também politiza o caso de maneira desastrada. Sabe que a recomendação para que as contas sejam rejeitadas servirá de forte argumento da oposição para acusar Dilma de crime de responsabilidade. Aludindo ao que parece ser um eventual pedido de impeachment, Adams considera: "O fundamental é que temos que mostrar nossa força institucional. O Brasil conquistou uma estabilidade institucional e econômica. Nosso esforço é estabelecer isso como padrão para o mundo".

Sim, claro! E em que um julgamento realmente autônomo do TCU e uma decisão idem da Câmara ameaçariam a força institucional? Ao contrário! Esta só sairia fortalecida.
João João Filho de João
11/09/2015 20:21
Sr. Herculano:

Esta é mais uma das PuTarias deste governo:

"O valentão presidente da CUT é conselheiro do BNDES".

Postado por Polibio Braga;

"O presidente da CUT, Vagner de Freitas, o bufão sindicalista do PT, que dentro do Palácio do Planalto, numa solenidade com a presença da presidente da República, ameaçou pegar em armas, caso Dilma fosse cassada, é membro do Conselho de Administração do BNDES. Vagner é sindicalista e banqueiro ao mesmo tempo. A atividade paralela do sindicalista chamou a atenção de quem leu o balanço semestral do banco, publicado nesta segunda-feira. A vaga reservada à iniciativa privada há 40 anos, como lembra a coluna Radar, de Lauro
Jardim".

É por estas e tantas outras, que acabei de votar na petição online Pró
Impeachment.
A contagem estava em 513. 061 assinantes.

Fora LuLLa - Fora DilmANTA - Fora PT
Herculano
11/09/2015 20:14
CORDA EM CASA DE ENFORCADO, por Fernando Gabeira, no jornal O Estado de S Paulo

Temer falou que Dilma não se mantém no governo com o baixo índice de popularidade. Foi um deus-nos-acuda. Não se fala em corda em casa de enforcado.

O governo só pensa em sobreviver, e paradoxalmente, cava seu próprio abismo. Não me refiro apenas às notícias ruins que os dados econômicos nos transmitem. Refiro-me à performance autodestrutiva do governo. Dilma viveu um 7 de Setembro isolada por placas de ferro, não teve condições de se dirigir ao país, com hora marcada na televisão.

No entanto, na véspera, acordou com uma ideia genial: vou sacanear os militares. Eles estão muito quietos. E assinou um decreto reduzindo os poderes dos comandos das Forças Armadas. Às vezes fico pensando se não é uma tática. Mas não consigo entender sua lógica. Como Dilma não é uma articuladora diabólica, prefiro pensar que é só incapacidade.

Levy, em Paris, disse que a elevação do Imposto de Renda pode ser um caminho para cobrir o rombo fiscal. É ou não é um caminho?

Ele vai apanhar muito por sua ideia. E talvez nem chegue a apresentá-la. Qualquer Maquiavel de botequim o aconselharia ou a fazer de uma vez ou, então, silenciar.

O erro de Levy ainda se pode explicar pelo desespero de buscar recursos para um Orçamento estourado. Mas é um erro que encobre outro maior: a ideia de aumentar impostos depois de o governo ter perdido a credibilidade.

O raciocínio de Temer, que deu inúmeras explicações sobre a frase, completava-se com a expectativa de que a crise seria superada e Dilma iria recuperar um nível de popularidade "razoável". Mas é a própria expectativa de Temer que não é razoável. Como Dilma vai recuperar a popularidade? Como vai conduzir a recuperação econômica? Como uma presidente sem experiência política vai fazer a travessia, uma vez que a maioria a considera mentirosa e responsável pelo buraco em que nos metemos?

As raposas do PMDB diriam: para bom entendedor meia palavra basta. Não é bem assim. Carlos Lacerda, no livro República das Abelhas, dizia que o Brasil parecia um homem que foi bêbado para a cama, dormiu pouco e mal, mas precisa acordar bem cedo pela manhã. Você tem de sacudi-lo, estapeá-lo. Se ficar fazendo festinha, ele não se levanta.

Lacerda apoiou alguns socos abaixo da linha da cintura, como o golpe militar de 64. Mas sua frase me fez refletir um pouco sobre esse possível despertar do Brasil.

Os fatos negativos se sucedem. Essa incrível quantidade levará a um salto de qualidade por si própria? Ou vai surgir da esfera da política, no sentido mais amplo, o impulso para que o salto se dê?

As manifestações de 16 de agosto indicaram uma grande confiança na Operação Lava Jato. Uma confiança merecida. No entanto, será que ela basta?

Estamos entrando numa crise de longa duração. Quanto mais tempo perdermos, mais vamos impor ao país, inclusive às novas gerações, grandes dificuldades futuras.

Será preciso uma intervenção maior da sociedade. De todas as maneiras. Em Nova York o cantor Fábio Junior denunciou a quadrilha que domina o Brasil. Alguns discutiram os termos do protesto, o público do cantor, seus recursos estéticos. Mas o cantor e os brasileiros que estavam lá, não importa sua opção estética, são morenos como nós, pagam impostos, têm sonhos e gostam do Brasil. Eles se manifestaram como inúmeros outros o fazem aqui, dentro do país.

Essa pressão social sobre um governo incapaz funciona como algumas sacudidas para o país acordar. Mas como um homem que dormiu tarde e precisa acordar cedo, será preciso ainda mais.

Já está ficando ridícula essa história de Dilma se desculpar pela metade. O governo não tem de responder apenas pelos seus erros, que ela nem admite completamente, usando o condicional: se cometi erros, é possível? Ora, os governos de Dilma e Lula estão na iminência de responder por crimes, no petrolão e nas campanhas presidenciais.

Nesse emaranhado de problemas, há os que, como Temer, têm uma expectativa de que Dilma faça a travessia. Ninguém, no entanto, é capaz de analisar desafio por desafio e nos convencer de como ela vai superá-los.

Da crença num suposto respeito à legalidade eleitoral, desloca-se rapidamente para a crença num milagre. Esperam que Dilma acorde renovada e conduza a grande travessia. Aí, ela acorda invocada e vai mexer com os militares ? que, por sinal, foram bastante discretos na reação.

A cada semana inventam um novo imposto. A cada semana fracassam. O governo é um Sísifo ao contrário. Sísifo pelo menos, segundo a lenda, levava a pedra até o alto da montanha e a recolocava incessantemente. O governo está no alto da montanha jogando pedra para baixo. Quebrou o país, dirigi-lo tornou-se uma responsabilidade tão áspera que a própria oposição hesita em assumi-la.

Então, como vamos sair dessa? As pessoas na rua pedem impeachment, de uma forma que as vezes me preocupa. Acham que o impeachment vai resolver todos os problemas. Na verdade, é só um passo. Se as forças políticas não conseguem discutir nem o impeachment, abertamente, o que dirá de um programa nacional para se sair da crise?

Muitos analistas concordam que a crise pode levar-nos a um retrocesso, dependendo da maneira como a enfrentamos. O problema é que nem sequer a estamos enfrentando de forma coordenada. Essa lentidão pode nos custar alguns anos a mais de sufoco.

Dilma naufragou no oceano de suas mentiras, nas correntes geladas da crise, na trajetória de delinquência institucional do PT. No momento, somos como um barco de refugiados à deriva no Mediterrâneo.

Não podemos naufragar, nem esperar resgate. Somos grandes demais para a Europa, ou qualquer outro continente. Ou nadamos ou afundamos.
Herculano
11/09/2015 20:10
SANTA CATARINA TEM A NOTA REBAIXADA PELA MOODY'S

Depois sou eu o bocudo. Há meses, na contra mão da propaganda oficial e fanfarrona do governo de Raimundo Colombo, PSD, escondida pela maioria dos veículos de comunicação do estado, sempre afirmei que tudo era casca.

Santa Catarina tem um dos piores governos, e que ficou refém do falecido senador Luiz Henrique da Silveira e do PMDB para ser minimamente governável.

E agora? A Moody's está a serviço dos adversários?
Herculano
11/09/2015 20:02
COMO NÃO CONSEGUE MAIS ENGANAR POR AQUI, PARA ONDE O PT E A PRESIDENTE DILMA FORAM HOJE? PARA O PIAUÍ SE ESTABELECER NA ALIENAÇÃO E NO RIDÍCULO

Em Teresina, durante lançamento do evento Dialoga Brasil [ ms com quem o PT e a presidente dialogam?], presidente Dilma Vana Rousseff, PT criticou os que "querem sempre um desastre" e pediu repúdio aos que defendem o "quanto pior, melhor".

Ela esqueceu de dizer que quem quer e insistem o desastre é [é ela mesma. Então que engana, mente, dissimula? Então que nos levou ao quanto pior, senão o PT e ela mesma. Meu Deus. Por esta e outras, Entendem-se a razão pela qual o PT precisa de analfabetos, ignorantes, desinformados, pobres...


"Nós vivemos hoje um momento que muita gente considera que quanto pior, melhor. Quanto pior, melhor para uma minoria. Quanto pior, pior para o conjunto da população brasileira. Nós devemos repudiar esses que querem sempre o desastre, sempre a catástrofe", afirmou Dilma Rousseff.
Herculano
11/09/2015 19:50
HISTORIAGRAFIA MERECE QUE A PF INTERROGUE LULA, Josias de Souza

O delegado Josélio Sousa, da Polícia Federal, pediu autorização ao STF para interrogar Lula. Alega que ele, "na condição de mandatário máximo do país" na época do assalto à Petrobras, "pode ter sido beneficiado pelo esquema [?], obtendo vantagens para si, para seu partido, o PT, ou mesmo para seu governo, com a manutenção de uma base de apoio partidário sustentada à custa de negócios ilícitos na referida estatal." Alvíssaras!

Nos últimos anos, nenhuma revelação conseguiu abalar o prestígio do morubixaba do PT, mesmo que o enredo fique, às vezes, meio assim, digamos, ilógico. O mundo ao redor de Lula, apodrecido, desaba. Mas o ex-presidente continua enchendo o noticiário de conselhos e ensinamentos. O personagem faz comícios e reuniões, almoça e janta com a sucessora, move-se embalado pela certeza de que nada afetará o seu bom nome.

A conversão do PT em máquina coletora de fundos ocorreu durante os oito anos do império de Lula, com as bençãos do imperador. Quando Roberto Jefferson jogou o mensalão no ventilador, o soberano ensinou aos súditos que "o PT fez, do ponto de vista eleitoral, o que é feito no Brasil sistematicamente''. Ao notar que o melado escorria além do desejável, Lula fugiu da cena do crime, refugiando-se atrás da tese do "eu não sabia". E ficou por isso mesmo.

O petrolão nasceu ainda sob Lula, num instante em que o STF fechava a conta do escândalo anterior. E explodiu no colo de Dilma. Herdeira do esquema, a presidente demorou um ano e meio para se desfazer dos diretores acomodados na Petrobras para azeitar a gatunagem. Súbito, a criatura juntou-se ao criador atrás do biombo do "eu não sabia".

"Atenta ao aspecto político dos acontecimentos", anotou o delegado no ofício endereçado ao STF, "a presente investigação não pode se furtar de trazer à luz da apuração dos fatos a pessoa do então presidente da República." De fato, qualquer investigador desatento consideraria a inquirição de Lula imprescindível. Considerando-se observações feitas por delatores e menções que aparecem em papeis e grampos, o imprescindível torna-se inevitável.

A historiografia merece um depoimento de Lula à Polícia Federal, sob a supervisão do Ministério Público Federal. Nem que seja para acomodar a falta de lógica do "eu não sabia" num documento oficial. Ou o STF entende isso ou um pedaço da história do maior escândalo da República vai virar lenda.
Herculano
11/09/2015 19:38
A MIGUELADA E A PATADA, por Carlos Tonet

Deciolino e o governo diziam que a duplicação da BR-470 ficaria pronta em 2017.

Nunca acreditei, dada a complexidade da obra e pelo fato de o DNIT se recusar 300 vezes a apresentar bendito cronograma.

Agora o governo diz que o troço vai ficar pra 2022.

Embarrigaram 5 anos.

O curioso foi observar duas rações hoje no Jornal de Santa Catarina, a do Décio e a do Moacir Pereira.

Ouvido pelo Santa Décio tenta dar uma miguelada.

Primeiro, disse que dinheiro não é problema: "O problema não é dinheiro, mas a burocratização das avaliações".

Logo em seguida admite os cortes: "Houve redução de gastos em todo mundo, não só no Brasil".

Mas a grande pérola do Décio no Santa foi essa: "Orçamento é a coisa mais fantasiosa que existe neste País"

Ora, Décio, tu e a Ideli deviam ter dito isso pra gente no dia em que assinaram a tal ordem de serviço, assim a gente ia ficar menos frustrado.

Já o Moacir Pereira desceu-lhe o porrete.

A iracunda nota de abertura tem o seguinte título: "BR-470: o Governo da Enganação".
Lélo
11/09/2015 19:35
Gaspar está abandonado

" É assalto, é multa é assalto, é demolição é assalto , é dessinteresse é assalto, é rir da cara das pessoas é assalto, é falta de atendimento é assalto, é jogo sujo é assalto, sem projetos é assalto!!!!
Ei prefeito por favor vá para Gramados tomar vinio e um chá quente, e deixe quem tem força ,coragem e vai honrar pelo nossa cidade assumir este assalto , a quer dizer desta vez sequestro , são anos e nao sai nada, não sai vontade, não sai brilho nos olhos, só sai calçamento e asfalto!!! Povo acordou meu nego ,olha sua presidente!!! Não é nada contra sua pessoa, mas para Gaspar a tempo você não soma ,somente atrapalha!!!! Gaspar está abandonada é na educação, segurança e saúde!!! O asfalto é apenas assalto!
Herculano
11/09/2015 19:32
CHEIRO DE PIZZA NO AR. O BRASIL DOS DESIGUAIS ONDE OS PODEROSOS TÊM A MELHOR INTEPRETAÇÃO E FATIA DAS LEIS QUE DEVERIAM TORNAR TODOS IGUAIS A PARTIR DELA E ENTRE SI. SUPREMO REVOGA PUBLICIDADE E TORNA SIGILOSO INQUÉRITO DA LAVA JATO

Conteúdo do jornal Folha de S Paulo. Texto de Rubens Valente, da sucursal de Brasília. Pela primeira vez desde o início das investigações sobre o envolvimento de políticos com crimes de corrupção e desvios revelados na Operação Lava Jato, um inquérito que era público desde a abertura, em março, tornou-se agora sigiloso no STF (Supremo Tribunal Federal).

Até aqui, estavam em segredo de Justiça no STF, relacionados à Lava Jato, medidas investigatórias que tramitam em paralelo aos inquéritos, como pedidos de quebra de sigilos bancário e fiscal, pedidos de busca e apreensão e termos e depoimentos nos acordos de delação premiada.

O inquérito número 3994, com cerca de 1.400 páginas, que investiga possíveis crimes de corrupção e lavagem de dinheiro cometidos pelo senador Benedito de Lira (PP-AL) e pelo seu filho, o deputado federal Arthur Lira (PP-AL), foi aberto em março a pedido da PGR (Procuradoria Geral da República) e por determinação do ministro relator, Teori Zavascki.

Em março, além de acolher o pedido de abertura da investigação, Zavascki também determinou que os autos tramitassem sem segredo de Justiça. Ele tomou decisão semelhante em relação a duas dúzias de inquéritos abertos na mesma época.

Na manhã desta quarta-feira, porém, o mesmo inquérito sobre os Lira recebeu a chancela do segredo de Justiça, permanecendo disponível à consulta apenas para os advogados dos acusados e à PGR. Desde quarta-feira, cidadãos que não são parte dos autos não têm mais acesso aos documentos. Decisões do ministro outrora públicas, por exemplo o próprio ato que ordenou a abertura do inquérito, também passaram a sigilosas.

Indagada pela Folha, a assessoria do STF informou que o inquérito se tornou sigiloso "em razão da inclusão no processo de documentos que correm sob sigilo previsto em lei". A assessoria da PGR informou que não partiu dos procuradores da República o pedido de sigilo.

A Folha apurou que os documentos citados pelo STF são depoimentos do empresário Ricardo Ribeiro Pessoa, dono da UTC Engenharia, prestados como parte do acordo de delação premiada fechado pela PGR e homologado pelo STF.

Como os depoimentos de Pessoa tratam de vários políticos, o sigilo poderá ser adotado por Teori em outros inquéritos abastecidos pelas declarações do empresário. Indagada se a mesma decisão deverá se estender a outros procedimentos, a assessoria do STF não havia respondido até o fechamento deste texto.

A íntegra dos depoimentos prestados por Pessoa no acordo, sob os cuidados da PGR e do STF, ainda não foi tornada pública em nenhuma instância do Judiciário ?nas últimas semanas, a imprensa tem divulgado trechos, sem o fac-símile dos documentos. Na Justiça Federal de primeira instância, em Curitiba (PR), o juiz federal Sergio Moro interrogou Pessoa - cujas imagens foram tornadas públicas no processo -, mas o empresário se restringiu a falar sobre pessoas sem o foro privilegiado.

O inquérito no STF agora sigiloso tem por objetivo investigar as informações prestadas por dois delatores da Lava Jato, o doleiro Alberto Youssef e o ex-diretor de Abastecimento da Petrobras Paulo Roberto Costa. Eles disseram que os Lira se beneficiaram de recursos do esquema montado na Petrobras entre empreiteiros e dirigentes da estatal.

No último dia 2, o procurador-geral da República Rodrigo Janot denunciou os dois políticos e Pessoa por corrupção e lavagem de dinheiro. Pessoa reconheceu, na sua delação, ter pago cerca de R$ 2 milhões em espécie para Arthur Lira por meio de uma empresa de fachada, a SM Terraplanagem, pertencente ao empresário Adir Assad, também preso na Lava Jato.

Segundo Ricardo Pessoa, os valores "foram retirados na sede da UTC em São Paulo pelo próprio Arthur Lira" e a entrega foi feita pelo diretor financeiro da empresa, Walmir Pinheiro Santana.

"A inexistência de fato da SM Terraplanagem Ltda., a ausência da efetiva prestação dos serviços à UTC Engenharia e a inidoneidade das notas fiscais emitidas na relação entre as duas empresas foi constatada pela Receita Federal", afirmou a PGR, na denúncia.

Ouvidos no mesmo inquérito, Arthur Lira e Benedito Lira negaram qualquer envolvimento nas irregularidades da Petrobras, assim como Adir Assad, ao ser ouvido em outros procedimentos na Justiça Federal do Paraná.
Juju do Gasparinho
11/09/2015 19:01
Prezado Herculano:

@diegoescosteguy "Lula perde 'rating' no New York Times"

MA-RA-VI-LHA! Mas como diz eLLe, isso não tem importância.

@coroneldoblog "Lula acaba de perder o grau de investimento:
de candidato ao prêmio Nobel para investigado pela Polícia Federal por tráfico de influência".

MA-RA-VI-LHA! Só tem notícia boa.
Herculano
11/09/2015 16:31
E AGORA! VÃO ANULAR AS MULTAS?

Manchete de hoje do Cruzeiro do Vale: carro da prefeitura [de Gaspar] é guinchado com três irregularidades.

Com a palavra a Ditran
Aloysio Mesquita Pereira
11/09/2015 16:20
O Mussum

tu achas que os candidatos do PMDB e PT sao diferentes do Marcelo Brick?

O que fez o sr. Kleber Wandall como vereador a nao ser apresentar moções e passar a idéia de ser bom moço e incomodar o pessoal que está almoçando nas festas?
E o candidato do PT que nunca foi vereador o que fez pelo povo de Gaspar?

Pra mim está claro, nunca fizeram nada a nao ser propaganda enganosa como se viu ao longo tempo mostrado pelo Herculano.

Cambada de ordinários, isto sim.
Herculano
11/09/2015 15:48
ASSIM É O PT. QUANTO MAIS INCOMPETENTE E ENROLADO, MAIS GARANTIDO NO CARGO E NA BOQUINHA. ONDE ISTO É DIFERENTE NESTA FRANQUIA NACIONAL? UM MANTRA.

O JORNAL FOLHA DE S.PAULO DE HOJE TROUXE A INFORMAÇÃO DE QUE O MINISTRO QUE TUDO ATRAPALHA NO GOVERNO DILMA VANA ROUSSEFF, ALOÍZIO MERCANDANTE, PODERIA SER TROCADO. PARA QUE? ANTES MESMO DO BARNABÉS IREM AO TRABALHO, O PALÁCIO JÁ TINHA NOTA DISTRIBUIDA DESMENTIDO E FORTIFICANDO-O. OU SINALIZANDO QUE O CAOS CONTINUARÁ.

Conteúdo do jornal Folha de S. Paulo. A Presidência divulgou nota buscando negar a manchete da edição impressa da Folha desta sexta-feira (11), segundo a qual Dilma Rousseff busca nomes de fora do PT para substituir o ministro-chefe da Casa Civil, Aloizio Mercadante.

Segundo a nota, "o governo federal desmente com veemência a manchete", pois "a reportagem não condiz com a realidade".

O texto da Presidência faz elogios a Mercadante, afirmando que ele faz um "trabalho fundamental para a gestão", que "tem colaborado para a construção da estabilidade política". Segundo a nota, a reportagem "serve apenas para fomentar especulações desnecessárias".

A Folha mantém a informação publicada, apurada com três interlocutores diferentes da presidente e reiterada por um quarto na manhã desta sexta. A negativa do governo reflete a irritação da presidente, segundo a Folha apurou, com o vazamento de suas intenções.

A reportagem informa que a presidente estuda substituir Mercadante por algum nome de impacto, fora do PT ou até mesmo da classe política, para tentar salvar a governabilidade sob a intensa crise política e econômica a que o país está submetido.
Herculano
11/09/2015 14:51
DERRUBARAM O PRÉDIO, MAS NÃO DERRUBARAM A FILA. A COMPETÊNCIA DE UMA AÇÃO, REVELA-SE NA INCOMPETÊNCIA DE OUTRA

O portal do jornal Cruzeiro do Vale, o mais antigo, o de maior credibilidade, o que se preocupa com os fatos daqui e o mais acessado, acaba de registrar mais uma cena cotidiana: doentes, pobres e cidadãos que dependem do poder público esperando em longas filas e até desmaiando nelas de tanto esperar para ser atendidos no posto de saúde de Gaspar.

Ontem, como uma premonição, registrei aqui este desumano e desalinho, ainda mais numa administração petista, onde a prioridade é o povo, o pobre e principalmente o desinformado.

O que aconteceu hoje? O previsível.

O governo de Pedro Celso Zuchi, PT, conseguiu destruir e acabar com o posto de saúde do Centro, numa casa com traços de história para a cidade. Mas, a administração petista não conseguiu fazer o essencial: acaba com as filas, a espera e a desumanidade nos postos de saúde. Apenas trocou de lugar: o que acontecia a vista de todos, principalmente os que passavam ai para o colégio da Madre Lampell, a Rua São José, passou para mais escondido na Industrial José Beduschi.

E para que não haja nenhuma dúvida, a fila e o despeito produziram mais uma prova e que a vida e a saúde valem pouco para os políticos e gestores públicos, no uso dos nossos pesados impostos.

E para encerrar. O que registra o relato do portal? "A equipe do Cruzeiro do Vale tentou contato com o Secretário de Saúde de Gaspar, Cleones Hostins, mas ele não atendeu às ligações". Acorda, Gaspar!
Mussun
11/09/2015 14:46
O caso é grave!
Marcelo vende uma imagem de ser proativo, de bom moço, exímio.
Mas onde está o trabalho efetivamente realizado?
Quais são os projetos, reuniões, indicações, moções?
Vamos a algumas constatações: Se alguém promove uma homenagem, ele abraça o "homenageado alheio" e posta fotos querendo os méritos! Quando alguém marca uma reunião, ele cuidadosamente exclui das imagens as pessoas responsáveis pelo evento, e posta fotos, como sendo o articulador do tema.
Exemplos simples, coisas pequenas, mas expõe claramente a falta de ética, seriedade. Querer pontuar, tirar vantagem do trabalho alheio é no mínimo ridículo. Pior é enganação, trapaça.
Esse é o preferido de alguns por aqui... Deus queira que de poucos!
Herculano
11/09/2015 14:29
GOVERNO À DERIVA, Miriam Leitão para o jornal O Globo

O governo dá todas as demonstrações de estar completamente confuso sobre como enfrentar a perda do grau de investimento. Esta não é hora de meias palavras, ambiguidades ou "confucionismos". É preciso um plano que mostre que o país pode reverter esse resultado, evitar que outras agências sigam o caminho da Standard & Poor"s. As reações até agora foram patéticas.

As hesitações, os sinais mistos, a falta de clareza levaram o país a perder um patrimônio pelo qual ele fez um longo esforço. As agências de risco erraram muitas vezes, e a lista desses erros encheria esta coluna, mas o fato é que, quando um país sai do grau de investimento para o grupo dos países de risco especulativo, ele está deixando de disputar capital em um mercado de US$ 15 trilhões para outro onde circulam apenas US$ 1,5 trilhão.

Haverá menos capital para os títulos brasileiros e para as empresas brasileiras. Os juros cobrados serão mais altos. Haverá mais investidores interessados em vender papéis e títulos do Brasil do que em comprar. As empresas perdem possibilidade de captação e por isso vão investir menos a um custo maior. Isso reduz a capacidade de retomar o crescimento.

Diante desse cenário, os ministros dão entrevistas descosidas em que não respondem às perguntas diretas sobre cortes de gastos, apostam na miragem de um dinheiro no exterior que viria de volta ao país para resgatar a economia e avisam que alguns impostos vão subir, sem dizer quais.

Esta é a hora de apresentar um plano organizado e crível de recuperação do equilíbrio fiscal. Já devia ter sido feito antes da casa arrombada, mas já que houve o rebaixamento, a resposta não podia ser tão improvisada quanto está sendo. Até porque era previsível depois da trapalhada do Orçamento deficitário.

A Standard & Poor"s apresentou uma linha de eventos da qual é difícil discordar.

- O governo tinha um plano e estávamos avaliando a execução. Depois o plano mudou, de superávit para déficit, e com isso nosso cenário teve que mudar também. Antes havia uma meta definida por vários anos, e o governo ia atrás da meta, agora houve duas mudanças de metas em um curto espaço de tempo, o que nos leva a um cenário de três anos seguidos de déficit primário - disse Lisa Schineller, diretora da agência.

Como sempre acontece depois do rebaixamento da nota de crédito soberana, as empresas estão sendo rebaixadas. Isso significa que os horizontes de financiamento se encurtam. Ainda que o rebaixamento fosse esperado, aconteceu mais cedo do que o mercado avaliava e veio ainda com uma perspectiva negativa, o que pode ser uma indicação de novo rebaixamento. O dólar subiu ainda mais. Chegou a R$ 3,91 e fechou um pouco mais baixo. O Ibovespa caiu pouco porque já caiu demais. A Petrobras recuou 4,65%.

O economista Marcelo Carvalho, do BNP Paribas, acha que o câmbio a este nível aumenta muito o risco de o ano fechar com uma inflação de dois dígitos. O número de agosto veio baixo, mas isso já se esperava. O acumulado em 12 meses ficou praticamente no mesmo ponto, na casa de 9,5%.

- A projeção agora fica mais no intervalo entre 9,5% e 10% do que entre 9% e 9,5%. A estimativa para o PIB pode ser revista para pior. Já estamos com - 3% este ano. O importante é o governo evitar a ambiguidade na política econômica, tem que ter clareza, transparência, um plano definido - disse.

O Itaú Unibanco revisou seu cenário para 1% de déficit primário e 2,8% de recessão este ano. Outras instituições estão revendo seus números e cenários.

Na entrevista concedida ao "Valor", a presidente foi perguntada sobre a divisão entre seus ministros da Fazenda e Planejamento. Ela respondeu que está numa fase "Confúcio" e que prefere o caminho do meio.

Não há esse caminho. Na campanha da reeleição, a presidente dizia que o ajuste fiscal não era necessário e atacou quem o propôs. Ao assumir, anunciou uma meta que depois foi reduzida e avisou no Orçamento que nem isso cumpriria. A presidente escolheu o caminho de não fazer o ajuste. Está na hora de a chefe do governo entender que os truques de marketing não funcionam na vida real. É a hora do sim ou do não.

Não é o fim do mundo, o Brasil pode reverter esse resultado, mas o governo tem que demonstrar que o comando é firme e tem uma direção.
Herculano
11/09/2015 14:25
GOVERNO À DERIVA, por Miriam Leitão, para o jornal O Globo

O governo dá todas as demonstrações de estar completamente confuso sobre como enfrentar a perda do grau de investimento. Esta não é hora de meias palavras, ambiguidades ou "confucionismos". É preciso um plano que mostre que o país pode reverter esse resultado, evitar que outras agências sigam o caminho da Standard & Poor"s. As reações até agora foram patéticas.

As hesitações, os sinais mistos, a falta de clareza levaram o país a perder um patrimônio pelo qual ele fez um longo esforço. As agências de risco erraram muitas vezes, e a lista desses erros encheria esta coluna, mas o fato é que, quando um país sai do grau de investimento para o grupo dos países de risco especulativo, ele está deixando de disputar capital em um mercado de US$ 15 trilhões para outro onde circulam apenas US$ 1,5 trilhão.

Haverá menos capital para os títulos brasileiros e para as empresas brasileiras. Os juros cobrados serão mais altos. Haverá mais investidores interessados em vender papéis e títulos do Brasil do que em comprar. As empresas perdem possibilidade de captação e por isso vão investir menos a um custo maior. Isso reduz a capacidade de retomar o crescimento.

Diante desse cenário, os ministros dão entrevistas descosidas em que não respondem às perguntas diretas sobre cortes de gastos, apostam na miragem de um dinheiro no exterior que viria de volta ao país para resgatar a economia e avisam que alguns impostos vão subir, sem dizer quais.

Esta é a hora de apresentar um plano organizado e crível de recuperação do equilíbrio fiscal. Já devia ter sido feito antes da casa arrombada, mas já que houve o rebaixamento, a resposta não podia ser tão improvisada quanto está sendo. Até porque era previsível depois da trapalhada do Orçamento deficitário.

A Standard & Poor"s apresentou uma linha de eventos da qual é difícil discordar.

- O governo tinha um plano e estávamos avaliando a execução. Depois o plano mudou, de superávit para déficit, e com isso nosso cenário teve que mudar também. Antes havia uma meta definida por vários anos, e o governo ia atrás da meta, agora houve duas mudanças de metas em um curto espaço de tempo, o que nos leva a um cenário de três anos seguidos de déficit primário - disse Lisa Schineller, diretora da agência.

Como sempre acontece depois do rebaixamento da nota de crédito soberana, as empresas estão sendo rebaixadas. Isso significa que os horizontes de financiamento se encurtam. Ainda que o rebaixamento fosse esperado, aconteceu mais cedo do que o mercado avaliava e veio ainda com uma perspectiva negativa, o que pode ser uma indicação de novo rebaixamento. O dólar subiu ainda mais. Chegou a R$ 3,91 e fechou um pouco mais baixo. O Ibovespa caiu pouco porque já caiu demais. A Petrobras recuou 4,65%.

O economista Marcelo Carvalho, do BNP Paribas, acha que o câmbio a este nível aumenta muito o risco de o ano fechar com uma inflação de dois dígitos. O número de agosto veio baixo, mas isso já se esperava. O acumulado em 12 meses ficou praticamente no mesmo ponto, na casa de 9,5%.

- A projeção agora fica mais no intervalo entre 9,5% e 10% do que entre 9% e 9,5%. A estimativa para o PIB pode ser revista para pior. Já estamos com - 3% este ano. O importante é o governo evitar a ambiguidade na política econômica, tem que ter clareza, transparência, um plano definido - disse.

O Itaú Unibanco revisou seu cenário para 1% de déficit primário e 2,8% de recessão este ano. Outras instituições estão revendo seus números e cenários.

Na entrevista concedida ao "Valor", a presidente foi perguntada sobre a divisão entre seus ministros da Fazenda e Planejamento. Ela respondeu que está numa fase "Confúcio" e que prefere o caminho do meio.

Não há esse caminho. Na campanha da reeleição, a presidente dizia que o ajuste fiscal não era necessário e atacou quem o propôs. Ao assumir, anunciou uma meta que depois foi reduzida e avisou no Orçamento que nem isso cumpriria. A presidente escolheu o caminho de não fazer o ajuste. Está na hora de a chefe do governo entender que os truques de marketing não funcionam na vida real. É a hora do sim ou do não.

Não é o fim do mundo, o Brasil pode reverter esse resultado, mas o governo tem que demonstrar que o comando é firme e tem uma direção.
Herculano
11/09/2015 14:24
GESTÃO TEMERÁRIA, CORRUPÇÃO, IRRESPONSABILIDADE E ROUBALHEIRA. O PT ERA CONTRA A PRIVATIZAÇÃO SÓ PARA MAMAR E QUEBRÁ-LA. VEJA ISTO NO JORNAL FOLHA DE S PAULO. "PETROBRÁS PROPÕE CORTE DE SALÁRIOS E REDUÇÃO DE JORNADA DE TRABALHADORES", por Nicole Pamplona.

A Petrobras decidiu apelar ao corte de jornada, com redução de salários, para enfrentar a crise financeira. A proposta foi feita nesta quinta-feira (10) aos sindicatos dos petroleiros, em negociações sobre o acordo coletivo de trabalho de 2015.

Segundo a empresa, uma das opções apresentadas aos sindicatos prevê o corte de 25% nos salários para os empregados da área administrativa, em troca de uma redução da jornada de trabalho para 30 horas semanais.

"A cláusula será uma opção do empregado, condicionada à aprovação de seu gerente imediato", afirmou a companhia.

Além disso, a empresa propõe a redução no valor pago por horas extras nos fins de semana, de 100% para 80% do salário, segundo sindicalistas.

A proposta foi recebida com indignação pelos petroleiros. "Isso só incendiou a categoria para a greve", disse o sindicalista Deyvid Bacelar, representante dos trabalhadores no conselho de administração da estatal.

A categoria vem ameaçando iniciar uma greve desde a semana passada, em protesto contra o plano de negócios da companhia, que prevê corte de investimentos e venda de ativos.

A paralisação chegou a ser marcada para o último dia 4, mas foi adiada diversas vezes. Nesta sexta-feira (11), uma reunião definirá novas estratégias para a greve, informou a Federação Única dos Petroleiros (FUP).

A entidade evitou detalhar as propostas apresentadas pela empresa, limitando-se a dizer que não correspondem à pauta de reivindicações, que é "política".

A Petrobras diz que continua "aberta ao diálogo para as negociações sobre o acordo".

REBAIXAMENTO

A Petrobras perdeu nesta quinta (10) o selo de bom pagador conferido pela agência de classificação de risco Standard & Poors.

A avaliação da dívida da Petrobras, seja em moeda estrangeira ou nacional, caiu de BBB- para BB, com perspectiva negativa. A agência ainda não divulgou nota explicando as razões do rebaixamento.

Com a decisão da Standard & Poors, a Petrobras mantém o grau de investimento com apenas uma das três maiores agências globais. Para a Fitch, a dívida da estatal ainda é classificada como BBB-.
Herculano
11/09/2015 14:00
DELEGADO DA POLÍCIA FEDERAL PEDE QUE LULA SEA OUVIDO NA LAVA JATO

Conteúdo do jorna Folha de S. Paulo. Texto de Marcio Falcão e Rubens Valente, a sucursal de Brasília. Em relatório entregue ao Supremo Tribunal Federal nesta quinta-feira (10), o delegado da Polícia Federal Josélio Azevedo de Sousa solicitou que o ex-presidente da República Luiz Inácio Lula da Silva seja ouvido em inquérito no STF que trata de parlamentares com foro privilegiado como desdobramento da Operação Lava Jato.

A informação foi divulgada nesta sexta-feira (11) pela revista "Época" e confirmada pela Folha.

O pedido ainda será analisado pela Procuradoria-Geral da República. Pelas regras em vigor no STF, os pedidos da PF só são avaliados pelo ministro relator dos casos da Lava Jato, Teori Zavascki, depois de uma manifestação formal do procurador-geral da República, Rodrigo Janot.

Se Janot for contrário à ideia de ouvir Lula, o ministro do STF não irá ouvi-lo.

Em seu relatório, o delegado reconhece que não há provas do envolvimento direto de Lula, porém considera que a investigação "não pode se furtar à luz da apuração dos fatos" se o ex-presidente foi ou não beneficiado "pelo esquema em curso na Petrobras", "obtendo vantagens para si, para seu partido, o PT, ou mesmo para seu governo, com a manutenção de uma base de apoio partidário sustentada à custa de negócios ilícitos na referida estatal".

Ao citar eventuais indícios sobre o papel de Lula no esquema da Petrobras, o delegado reconheceu que o doleiro Alberto Youssef e o ex-diretor de Abastecimento da Petrobras Paulo Roberto Costa apenas "presumem que o ex-presidente da República tivesse conhecimento do esquema de corrupção", tendo em vista "as características e a dimensão do mesmo".

O delegado frisou que "os colaboradores, porém, não dispõem de elementos concretos que impliquem a participação direta do então presidente Lula nos fatos".

Além de Lula, o delegado quer que sejam ouvidos os políticos do PT Rui Falcão, presidente do partido, José Eduardo Dutra e José Sérgio Gabrielli, ambos ex-presidentes da Petrobras, José Filippi Jr., ex-tesoureiro das campanhas de Lula e Dilma Rousseff, e os ex-ministros Ideli Salvatti, Gilberto Carvalho e José Dirceu.

O delegado também pediu que sejam ouvidos políticos do PMDB e do PP, como os ex-ministros Francisco Dornelles e Mario Negromonte
Pagando Brabo
11/09/2015 13:23
Pois é, em Gaspar tudo tenta se varrer para baixo do tapete, agora acharam a melhor ideia para acabar com a fila nos postos de saúde do município, a fila vai ser online, o sistema vai ser mudado. Com isso olho o tapete ai, oras a fila para marcar consulta semanal esta ali todo mundo vê, mas para evitar isso vai passar a ser online, ninguém vê mas existe, basta ver as imensas filas de espera que esta na secretaria de saúde, para exames, até os mais básicos, ou uma simples consulta com qualquer especialidade. ESTE É O JEITO PTRALIA DE TRABALHAR ESCONDE OS PROBLEMAS
Mariazinha Beata
11/09/2015 13:22
Seu Herculano:

A mãe do veriadorzinho deve estar pensando;

"Tadinho do meu filhinho, tão barrigudinho e tão esganadinho, não pensa no coletivo só no seu umbigo.
Quando algum coleguinha fala a voz do povo, ele pensa que é iniciativa despropositada e atrasada.
Acho que os vermes do meu barrigudinho estão afetando seu cérebro".

Que mãe lúcida!
Bye, bye!
Herculano
11/09/2015 12:59
DE VOLTA AO ETERNO PAÍS DO FUTURO, por Márcio Garcia, professor e economista, para o jornal Valor Econômico

Pela reação do governo após o rebaixamento do Brasil para grau especulativo, a crise deve se aprofundar

Não foi surpresa, ainda que tenha vindo antes do que se esperava. Aqueles que vinham alertando para os crescentes erros de política econômica dos governos do PT, desde a substituição de Palocci por Mantega, em 2006, podem experimentar o consolo de ter alertado para o desastre iminente. Mas isso, é claro, é o regozijo do desesperado passageiro que tivesse avisado que o Titanic estava em rota de colisão com o iceberg.

O importante, agora, é o que fazer para que o país supere a crise e volte a crescer. Infelizmente, as perspectivas continuam muito sombrias. As entrevistas das principais autoridades após o rebaixamento pela S&P mostram uma cacofonia preocupante.

O ministro da Fazenda, no Jornal da Globo, enfatizou reiteradamente a necessidade imperiosa de fazer escolhas que forcem os gastos públicos a caberem no PIB. Referiu-se, especificamente, à necessidade de passar da discussão infindável à ação imediata, com o Executivo apontando exatamente onde cortar os gastos públicos. Soou como um apelo de um médico que não consegue implementar o tratamento que julga fundamental para salvar o paciente.

O ministro do Planejamento, um dos mentores da malfadada Nova Matriz Econômica foi, por ironia do destino, porta-voz da reação oficial ao rebaixamento pela S&P. Tentou, naturalmente, minimizar o estrago. Recentemente, vem afirmando que o ajuste fiscal só pode ser feito com o país crescendo. Tal afirmativa é, na melhor das hipóteses, uma tautologia. A estagflação que ora vivemos é, em grande medida, fruto da enorme incerteza gerada pela política econômica equivocada e errática. Sem a percepção de que há um norte e que o governo vai persistir em obter o equilíbrio fiscal a despeito das conhecidas dificuldades, o investimento não vai se recuperar, o país não voltará a crescer, e a situação fiscal se agravará. O ministro do Planejamento prestaria grande serviço ao país se trocasse seu discurso dúbio por ações claras em prol do ajuste fiscal, sua responsabilidade primeira.

Já a presidente, em extensa entrevista ao Valor, perdeu mais uma grande oportunidade de mostrar que seu governo já não está sem rumo. Continua sem reconhecer minimamente os erros de seus governos. Elogia as políticas de desonerações casuísticas, sem redução correspondente dos gastos. Exalta o despejo de centenas de bilhões do Tesouro no BNDES, sem que a taxa de investimento tenha subido. Rotula tais medidas de contracíclicas, sem mencionar que tiveram seu auge justamente em 2010, quando a economia estava no vermelho, crescendo a 7,6%. Atribui o desastre atual à crise externa, cuja extensão e profundidade teria sido mal avaliada pelo governo, e à consequente queda nos preços de commodities. Afirma ter feito corte de gastos e reclama da rigidez orçamentária, como se fosse novidade. Evita os temas espinhosos, como o efeito do aumento real do salário mínimo sobre a previdência, como se fosse possível empurrá-los mais um pouco com a barriga. Definitivamente, não parece ter se dado conta da gravidade da crise econômica atual.

Sem descer aos detalhes que seu ministro da Fazenda diz serem fundamentais para amarrar o compromisso do governo com o ajuste fiscal, afirma genericamente que obterá um superávit primário de 0,7% do PIB em 2016. Espero estar errado, e que, de fato, os projetos com os cortes de despesas obrigatórias sejam enviados ao Congresso Nacional e que o governo invista seu depauperado capital político em aprová-los. Seria uma excelente surpresa.

Infelizmente, contudo, o cenário mais provável é mais do mesmo, com o governo titubeando entre opções mutuamente exclusivas, aumentando a incerteza e prolongando a recessão. Neste cenário, um dos riscos relevantes, a médio prazo, é a ameaça de acabarmos por voltar a recorrer ao financiamento inflacionário do déficit público, a terrível dominância fiscal que nos levou à hiperinflação.

Stefan Zweig ficaria certamente decepcionado em ver o Brasil, novamente, queimando mais uma possibilidade de deixar de ser um eterno país do futuro.
Herculano
11/09/2015 12:56
QUEM TE VIU, QUEM TE VÊ, por Merval Pereira, de O Globo

A 1º de maio de 2008, escrevi uma coluna intitulada "O moderno e o arcaico" para festejar a obtenção do grau de investimento pelo Brasil da agência de risco Standard & Poor"s. Naquele momento, comemorava-se o fato de que "a política econômica do governo Lula, baseada no tripé regime de metas de inflação, austeridade fiscal e câmbio flutuante, tendo ficado demonstrado que é de longo prazo, deu as condições para a decisão da agência de risco Standard & Poor"s de promover o país à condição de "investment grade" anunciada ontem"

Embora a decisão tenha um cunho estritamente financeiro, comentava na ocasião, pois leva em conta apenas se um país tem condições de pagar suas dívidas, "ela tem sem dúvida um significado institucional importante, destacado em vários pronunciamentos dos porta-vozes da agência"

Até mesmo o então presidente do Supremo Tribunal Federal, Gilmar Mendes - hoje considerado um adversário pelo PT -, exaltava o aspecto político de uma decisão eminentemente financeira, pois "ela representa o reconhecimento de que estamos em um processo democrático maduro, em que as instituições funcionam"

O presidente Lula aproveitou a ocasião para repetir uma frase do regime militar, e comemorou: "Ninguém segura o Brasil" Em outra ocasião, pareceu mais centrado e disse que "temos que ter uma euforia comedida, porque o jogo tem muito tempo pela frente, e nós sabemos que estamos construindo um processo de macroeconomia neste país, que vai levar algum tempo ainda para a gente poder estar se consolidado definitivamente como uma grande nação e uma grande economia"

Para Lula, o grau de investimento representava "uma vantagem extraordinária neste mundo globalizado" O presidente recorreu na ocasião a uma de suas tradicionais metáforas, comparando a figura de dois trabalhadores. Um deles é um homem comportado, que cuida da família, paga o aluguel e não tem vícios. "Esse é o investment grade" explicou Lula a seus seguidores.

O outro recebe o dinheiro, torra tudo em mesa de jogo ou bebe demais, e está quebrado. "Então, era assim que era o Brasil. O Brasil estava quebrado, não tinha credibilidade" O moderno e o arcaico do título da coluna de 2008 analisava justamente as visões conflitantes dentro do PT a respeito da economia brasileira.

A continuidade da política econômica foi citada por FH na ocasião para criticar a tentativa de petistas de tentar um 3º mandato para Lula. O tucano dizia que o país já alcançara desenvolvimento político para ter políticas públicas de interesse nacional e apartidárias, e não dependia de um líder específico.

Naquela ocasião, assim como agora, o que impedia uma aproximação de partidos da mesma origem social-democrata como PT e PSDB era uma visão de Estado que, ontem mesmo, Fernando Henrique relembrou na conversa que tivemos no lançamento de seu livro "A miséria da política" no Rio. O PT tem visão do papel do Estado que é de "aparelhamento" potencializado pela ocupação da máquina pelo espírito do sindicalismo que domina o governo.

Essas visões conflitantes fizeram com que a reforma do Estado, iniciada no governo FH, com a redução da máquina pública e a valorização das chamadas "carreiras de Estado" fosse vista pela gestão Lula como um "desmanche" da máquina pública, o que provocou a mudança de rumo, com o aumento de mais de 200 mil cargos no funcionalismo público e um aumento de gasto com servidores acima do crescimento da economia.

Curiosamente, na mesma ocasião acontecia em Minas uma aproximação entre o governador Aécio Neves e o prefeito petista Fernando Pimentel, com a finalidade de sinalizar a possibilidade de união de políticos de partidos diferentes, mas com pontos de vista coincidentes, que permitisse vislumbrar um futuro governo formado por forças políticas com visões modernas de atuação política e da gestão pública.

Os dois consideravam que a união do PT com o PSDB seria necessária para aprovar no Congresso as reformas estruturais de que o país precisa para crescer com segurança, entre elas as da Previdência, tributária e política.

Essa aproximação, no entanto, foi vetada pela direção nacional do PT na ocasião, e o que prevaleceu de lá para cá foi o aprofundamento de uma política estatizante que abandonou aos poucos o tripé que sustentava a economia, para adotar um populismo econômico que nos levou à atual situação de perda do grau de investimento pela mesma agência Standard & Poor"s.

Mas, para o Lula de hoje, isso não tem a menor importância.
Herculano
11/09/2015 12:52
O DESCRÉDITO DOS POLÍTICOS

O portal do Cruzeiro do Vale, o mais antigo, o que cuida de assuntos daqui e o mais acessado, perguntou aos seus leitores se eles acreditam que a duplicação da BR 470 vai ficar pronta até 2017, como acaba de esticar o prazo e prometer o governo federal, ou prá lá de 2022.

A maioria, e bota maioria nisso, mais de 86% está achando que isto só acontecerá depois de 2022.
Herculano
11/09/2015 11:31
FIESP E FIRJAN, SÓ DEPOIS DE LONGO SUCATEAMENTO AS INDÚSTRIAS PELOS GOVERNOS PT, RESOLVERAM ENTRAR NA ONDA E ROMPER O TAMBÉM LONGO SILÊNCIO. ESTÃO DIZENDO PÚBLICA E FORMALMENTE O ÓBVIO. ESTÃO TAMBÉM ASSINANDO QUE FORAM O CÚMPLICES DESTE ESTADO DISTRUIÇÃO PERMANENTE DE COMPETITIVIDADE, GERAÇÃO DE EMPREGOS E RIQUEZAS. E A FIESC?

A Fiesp e a Firjan vêm a público expor sua perplexidade com a inação do Governo diante da deterioração crescente do quadro econômico no país.

A perda do grau de investimento por uma agência de rating internacional é o desfecho de uma série de hesitações, equívocos e incapacidade de lidar com os desafios de uma conjuntura econômica cujo esfacelamento é resultado de incontáveis erros cometidos ao longo dos últimos anos.

A sucessão de erros foi coroada pelo envio ao Congresso Nacional da peça orçamentária do próximo ano com previsão de déficit de mais de R$ 30 bilhões. Assim, o Poder Executivo abriu mão de uma de suas prerrogativas mais básicas: a iniciativa de propor ao Legislativo o ordenamento das receitas e despesas públicas segundo suas prioridades. Com esse ato, o governo abriu mão de governar.

Não há uma estratégia clara sobre o que fazer para lidar com crise tão aguda, nem parece haver a capacidade de empreender o esforço tão necessário de entendimento nacional que viabilizaria a adoção de um programa consensual de ajustes na esfera econômica.

É mais do que passada a hora de implementar um rigoroso ajuste fiscal no país. Não um ajuste de mentirinha. O Brasil clama por um ajuste fiscal de verdade e baseado em cortes de despesas.

O país repudia com ênfase novos aumentos de impostos. Esta é a receita fácil de sempre, mas a sociedade não aguenta mais pagar a conta da incompetência do Estado.

Só reformas estruturais de longo prazo recolocarão o Brasil no rumo do crescimento econômico e geração de emprego. O setor produtivo precisa de menos tributos para voltar a dar conta de girar a roda da economia. É o contrário do que o Governo propõe.

É preciso adotar uma regra de ouro para as despesas públicas a fim de que não possam elevar-se acima da taxa de crescimento do PIB.

É vital que se implemente um programa ousado de venda de ativos públicos, que poderia amenizar a necessidade de arrecadação de recursos. É hora de assumir responsabilidades e abandonar a letargia e a inação!

É evidente a boa vontade dos empresários em colaborar para um entendimento nacional. Mas é preciso que haja uma contrapartida, um rumo, um norte. É tudo o que o Brasil não enxerga hoje.

O tempo corre contra o país. Já se perdeu o grau de investimento. Até o final do ano, podemos ter 1,5 milhão de postos de trabalho perdidos.

O atual ambiente de incerteza penaliza corporações brasileiras de todos os tamanhos. As pequenas e médias empresas estão sufocadas. Muitas lutam apenas para sobreviver. Outras fecham suas portas.

É em nome de cada uma destas empresas e de seus trabalhadores que FIRJAN e FIESP vêm a público para cobrar um posicionamento firme e propostas concretas que exponham um plano para superar a grave crise em que o país foi colocado.

A disposição de colaborar é permanente, mas não incondicional. É preciso constatar que há uma contrapartida de quem tem a responsabilidade de conduzir o país.

O Brasil não pode mais esperar!

Paulo Skaf, presidente da Fiesp

Eduardo Eugenio Gouvêa Vieira, presidente da Firjan
Herculano
11/09/2015 11:16
GREGÓRIO: "QUEREM TIRAR A DILMA PARA ROUBAR MAIS", PROPAGA EM MANCHETE O 247 SUSTENTADO PELO PT E O GOVERNO. AINDA BEM QUE GREGÓRIO É HUMORISTA E A PIADA MEIO SEM GRAÇA NÃO PODE SER LEVADA A SÉRIO, AINDA MAIS EM PORTUGAL ONDE FOI ENTREVISTADO SOBRE ESTE ASSUNTO

O humorista e escritor Gregório Duvivier, do grupo Porta dos Fundos, concedeu uma entrevista ao canal 24, em Portugal, em que detonou o movimento pelo impeachment da presidente Dilma Rousseff.

"Será que só agora descobriram a corrupção? É tudo uma grande mentira. Querem tirá-la para roubar mais. Quem quer a Dilma fora é Renan Calheiros, Eduardo Cunha e Aécio Neves, que são comprovadamente corruptos", disse ele.

Gregório afirmou ainda que essa mudança seria equivalente a "limpar o chão com bosta".

"São esses que querem tirar um presidente por causa da corrupção ? Até parece. É querer limpar o chão com bosta!"

Em outro trecho da entrevista, o ator afirmou que Dilma corre o risco de cair justamente por ser a presidente menos conivente com a corrupção que o Brasil já conheceu
Herculano
11/09/2015 09:35
RIOBALDO DO ADEUS, por Reinaldo Azevedo, para o jornal Folha de S. Paulo.

Dilma precisa reler aquele seu Riobaldo de uma nota só: "O que ela [a vida] quer da gente é coragem". Acabou

Dilma deveria renunciar. Seria um gesto delicado com o Brasil. Todos receberíamos a decisão como um pedido de desculpas, ainda que silencioso. Não é possível que ela não perceba que já não tem como fazer parte da solução. Tornou-se só um catalisador de problemas.

A presidente precisa reler aquele seu Riobaldo de uma nota só: "O que ela [a vida] quer da gente é coragem", tomada a frase como sinônimo de teimosia e resistência. Até porque o sentido original do texto ?vá lá ver, leitor, em "Grande Sertão Veredas" - é outro. Minas lhe oferece uma saída honrosa, com Drummond: "Há uma hora em que os bares se fecham/ e todas as virtudes se negam". Acabou.

Não é conspiração, não é golpe, não é tramoia, não é sina, não é nem mesmo fraqueza. Memórias de um ex-jagunço sentimental e sentencioso, em momentos assim, viram só mais uma pedra no meio do caminho. É a realidade, a carnadura concreta da poética do poder, para apelar um pouquinho a João Cabral, que impõe à petista o ato elegante. Dou de barato que ela fez o possível, atendendo aos ditames de sua formação intelectual e do partido em cujo altar teve de se ajoelhar.

Temos aí "a soma e o resto", para citar Henri Lefebvre, que rompeu com o Partido Comunista quando a petista desta história tinha só... 11 anos!

Não é que tenha dado tudo errado com o seu governo. Em certa medida, deu tudo certíssimo, segundo, ao menos, a matemática entranhada nas coisas. As despesas cresciam sistematicamente acima da receita. Quando o binômio supervalorização das commodities/modelo ancorado no consumo evidenciou que não era sustentável, a partir de meados de 2012, ela resolveu alimentá-lo com medidas adicionais que... aumentaram as despesas e diminuíram a receita! As tarifas públicas foram represadas para conter a inflação, estimulada pelos anabolizantes injetados na economia. E o país quebrou. CQD. Como queríamos demonstrar.

Quantas vezes a mandatária foi advertida para o que havia do lado de lá do sinal de igualdade da equação petista? Não obstante, os críticos eram demonizados, ridicularizados, tratados como inimigos do povo. Ainda hoje se procura fazer deles uma caricatura, desqualificando-os como interlocutores do jogo democrático - e a interlocução na democracia se faz é entre adversários, não entre aliados. No fim das contas, vamos convir, nem a senhora, presidente, nem seu partido entendem direito essa conversa de tensão virtuosa entre contrários. O petismo atua é para eliminar os que não se rendem.

Agora não há mais tempo. Algum entendimento terá de ser feito para convencer a sociedade de sacrifícios adicionais, além daqueles que já estão em curso. Ou é isso, ou vem por aí uma espiral negativa de longuíssima duração. E a arena desse pensamento não é o Ministério da Fazenda. A Joaquim Levy, ou a outro, entregar-se-á uma máquina de calcular números. A realidade exige alguém que seja bom no cálculo político.

Ocorre que isso não se faz sem uma relação de confiança, que não existe mais. É preciso saber identificar o momento em que todos os bares se fecham e as virtudes se negam. Tá bom, presidente! Eu a deixo com o seu Riobaldo. Mas com um outro - aquele que cobra da senhora é coragem.
Herculano
11/09/2015 08:22
A MENOS RUIM DAS HIPÓTESES, por Gustavo Patu para o jorna Folha de S. Paulo

"O ritmo lento do ajuste fiscal contribuiu para a formação de uma grande e crescente dívida", escreve a tradicional agência de classificação de risco que acaba de rebaixar a nota do Brasil.

Estamos em 3 de setembro de 1998, há quase exatos 17 anos, a agência é a Moody's e o governo que procrastina os reparos no Orçamento é o do tucano FHC, em campanha pela reeleição. O país não contava com o selo de bom pagador: estava sendo rebaixado de investimento inseguro para ainda mais inseguro.

Um pacote de dezenas de medidas havia sido editado meses antes, incluindo invencionices como redução de gastos administrativos, suspensão de reajustes salariais e cortes de bolsas de estudo. Uma das poucas providências a sair do papel foi a elevação "temporária" - em vigor até hoje - da alíquota máxima do Imposto de Renda, de 25% para 27,5%.

Enquanto a Bolsa de Valores desaba, o governo se diz surpreso com o rebaixamento, que considera precipitado. O Planalto fala em um pacto pelo ajuste fiscal, mas o reequilíbrio das contas só virá no ano seguinte, após uma disparada do dólar.

A alíquota da CPMF, o tributo "provisório" sobre a movimentação financeira, é praticamente duplicada. Até o final da administração tucana seria introduzida ainda a Cide sobre a gasolina e outros combustíveis. É prometida uma reforma tributária, que não vai para a frente.

A experiência ensina que:

1) o governo subestima riscos e adia ajustes o quanto pode; só se move quando o dólar dispara;

2) cortes de gastos administrativos, venda de imóveis e outras miudezas são conversa fiada;

3) aumento temporário de imposto é conversa fiada;

4) as opções mudaram pouco em duas décadas: IR, CPMF, Cide;

5) um acordo político mínimo em torno de mais um aumento da carga tributária já é uma perspectiva otimista para o cenário atual.
Herculano
11/09/2015 08:17
É O CINISMO, MARCA REGISTRADA DO PT, QUE O POVO BRASILEIRO NÃO AGUENTA MAIS! LULA DIZ, AGORA, QUE REBAIXAMENTO DO BRASIL "NÃO SIGNIFICA NADA" por Rodrigo Constantino

Para o ex-presidente Lula, o fato de a S&P ter rebaixado a nota brasileira "não significa nada". "É importante que a gente tenha em conta que o fato de ter diminuído o grau de investimento não significa nada. Significa que apenas a gente não pode fazer o que eles querem. A gente tem que fazer o que a gente quer", afirmou Lula.

"Porque quando eles diminuem, vem a receita de mais arrocho, mais ajuste, mais desemprego, mais corte de gastos. Não vem nunca nunca mais educação, mais profissionalismo, mais investimento", acrescentou.

Lula também criticou as agências de classificação de risco: "Eu acho engraçado como eles têm facilidade de tomar medidas contra a dor de barriga na América Latina", disse. "Todo mundo sabe quantos países da Europa estão quebrados. E eles não têm coragem de reduzir o rating de nenhum deles".

O líder do governo petista na Câmara, José Guimarães, foi na mesma linha: "Não é o rebaixamento de uma agência do fim do mundo que vai diminuir o ânimo do governo em buscar soluções para equacionar os problemas da economia brasileira. É claro que quem está na tese do quanto pior, pior, vê uma notícia assim e passa a comemorar".

O povo brasileiro, guerreiro, é capaz de suportar até a baita crise que o PT causou, com alta inflação, queda da atividade e desemprego crescente. O que o povo não aguenta mais mesmo, não tolera nem mais um segundo, é o cinismo dessa gente, a cara de pau dos petistas, esse eterno duplo padrão que é sua marca registrada. Vejam o que o mesmo Lula disse quando essa "agência do fim do mundo" resolveu aumentar a nossa nota:

Ninguém engole mais tanta imoralidade, tanta duplicidade. Uma coisa é o jogo político, com suas táticas de comunicação e tudo mais. Outra, completamente diferente, é essa falta de caráter, esse cinismo atroz de quem diz A hoje na maior empolgação, apenas para dizer o oposto de A amanhã, como se nunca tivesse dito o contrário antes. O PT transformou a mentira e o cinismo em seus instrumentos principais de "trabalho". A canalhice não tem limites mesmo!
Herculano
11/09/2015 08:06
da série, o retrato acabado da propaganda enganosa da pátria educadora

GREVE E NADA MAIS, editorial do jornal Folha de S. Paulo

Estendendo-se por mais de cem dias e prejudicando cerca de 1 milhão de estudantes em todo o país, a greve nas universidades federais brasileiras não decorre exclusivamente dos severos cortes orçamentários experimentados no setor.

Dentro de conjuntura econômico em que as restrições se impõem com urgência extrema, o Ministério da Educação por certo não dispõe de recursos capazes de contentar a comunidade universitária.

Deterioração de equipamentos, falta de produtos básicos para pesquisas e eliminação de serviços terceirizados compõem um quadro em que a sensação de abandono nas faculdades agrava-se a ponto de induzir ainda mais descaso e desesperança no sistema.

Reduziu-se em 11% a rubrica de custeio do MEC. Em si, o corte talvez não tivesse impacto tão visível se uma radical renovação na rotina administrativa das universidades fosse empreendida ?com enxugamento da máquina burocrática.

Ocorre que, ao lado de redução nos gastos, deu-se crescimento expressivo do número de alunos matriculados. Na Universidade Federal do Rio de Janeiro, diz o reitor, a expansão foi de 55% de 2007 a 2014.

O conhecido processo de euforia e ilusão na gestão pública cobra agora seu preço. No MEC, gastos com investimento sofreram diminuição bem mais expressiva do que os de custeio (46%).

Não é de agora, entretanto, que movimentos de greve se alastram pelas universidades públicas. A prática repete-se quase anualmente, desorganizando o calendário letivo, atrasando a diplomação dos formandos e impondo-lhes imediato prejuízo pelo atraso em seu ingresso no mercado de trabalho.

Os estudantes tornam-se reféns de uma mobilização que, em vez de surgir como último e excepcional recurso, funciona como expediente usual, alimentado ao sabor das convicções extremadas de minúsculos grupos militantes.

A constatação não é segredo para a grande maioria de estudantes, professores e funcionários; reivindicam-se, com nula disposição para negociar, compensações salariais num momento em que, como tampouco se desconhece, é nula a capacidade governamental para o aumento de gastos.

O resultado é o de sempre: greve e mais greve; corriqueira e permanente, greve e nada mais.
Herculano
11/09/2015 08:03
CÂMARA AMEAÇA PARAR ATE VOTAR O IMPEACHMENT, por Cláudio Humberto

Após o lançamento da campanha para destituir a presidente Dilma, nesta quinta-feira (10), a oposição articula obstrução e paralisação no exame de projetos de interesse do governo, até que o impeachment entre na pauta das discussões. Como o presidente da Câmara, Eduardo Cunha, líderes de oposição consideram que o governo Dilma "acabou" e sua permanência no cargo é altamente prejudicial ao País.

Cortes profundos

O impasse pode abrir espaço para que o Congresso assuma o ônus de promover os cortes radicais de custos, no Executivo, que a crise exige.

Impostos, não

Eduardo Cunha já avisou que a Câmara não aceitará projetos de aumento de impostos: "Sou radicalmente contrário".

Boquinhas, não

Dilma se recusa a acabar privilégios e até mordomias, como carro oficial, e a fazer cortes nas 100 mil boquinhas distribuídas a aliados.

No cafezinho

"Existe a conversa, não há nada decidido", diz Rubens Bueno (PPS-PR). Ele considera essencial a adesão de Cunha à ideia.

MA: PREFEITOS SE DILIAM AO PSDB E ISOLAM DINO

O estilo de Flávio Dino (PCdoB) no governo Maranhão, mantendo distância da classe política, tem provocado um movimento de prefeitos, deputados e vereadores, único no País, que se filiam ao PSDB quase em massa. É como estivessem em busca de liderança política. Esse movimento fortalece o vice-governador tucano Carlos Brandão, que tem sido citado como candidato à sucessão de Flávio Dino, em 2018.

campos opostos

Em São Luís, Flávio Dino apoiará a reeleição do atual prefeito, do PDT, mas o vice tucano Carlos Brandão apresentará candidato do PSDB.

Senador frustrado

Flávio Dino não gosta de receber políticos e amigos: dizem que o seu sonho é se eleger senador. Governador, para ele, seria uma chatice.

Projeto de poder

A filiação em massa ao PSDB tem a ver com as eleições de 2016. Seu presidente, Aécio Neves, quer candidaturas próprias em todo o País.

Pró impeachment

Em menos de 24 horas, o abaixo-assinado contra Dilma lançado no site proimpeachment.com.br acumulou 200 mil assinaturas. O site foi criado por parlamentares da oposição e até da base aliada do governo.

Devagar...

O deputado Lúcio Vieira Lima (PMDB-BA) avalia que ainda não está na hora de "envolver" o Senado no pedido de impeachment da presidente Dilma. Diz que primeiro o pedido precisa ser aprovado na Câmara.

...e sempre

Para ilustrar a cautela, o deputado Lúcio Vieira Lima diz que se "abraçar tudo de uma vez, acaba dando errado" e exemplifica: "o pato faz três coisas e por isso faz tudo mal. Anda mal, nada mal e voa mal".

Mão estendida

A Frente Parlamentar da Agropecuária, uma das mais influentes do Congresso Nacional, comunicou ao presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), que apoia a sua permanência no cargo.

Pavão na liderança

A insatisfação com líderes da Câmara tornou-se regra: agora, tucanos reclamam do deputado Carlos Sampaio (SP), a quem chamam de "pavão". Acusam-no inclusive de ser grosseiro com os liderados.

Uber vencerá

Políticos oportunistas tentam suprimir o direito de escolha dos cidadãos. Um parecer da comissão de juristas da OAB-DF indica que é inconstitucional proibir o aplicativo, o que deve ser anulado na Justiça.

Varejo

O ministro Henrique Alves (Turismo) reina na distribuição de cargos com interesse eleitoral. Nomeou para sua assessoria a irmã de um aliado, o deputado estadual Ricardo Motta (Pros-RN).

Troca-troca

Carlos Lupi disparou convite a parlamentares para a filiação, próximo dia 16, dos ex-governadores do Ceará Ciro e Cid Gomes ao PDT. Os dois irmãos são conhecidos pela "maleabilidade" partidária.

Doença ou lorota?

Lula disse que o Brasil virou "país sério" e "dono do nariz" quando recebeu grau de investimento, em 2008. Agora que o perdeu, segundo Lula, "não significa nada".
Herculano
11/09/2015 07:53
EM MATÉRIA DE RISCO, PSDB NÃO PODE CANTAR DE GALO
parte 1

Conteúdo do 247, veículo preferencial o PT e do governo, patrocinado basicamente por verbas de empresas (Petrobrás) e bancos (BB, Caixa e BNDES) estatais, aém de suspeito de receber verbas na Operação Lava Jato. Em 2008, no segundo governo do ex-presidente Lula, o Brasil ganhou, pela primeira vez, o grau de investimento da agência de classificação de risco Standard & Poor´s, algo que não havia acontecido durante os oito anos do governo anterior, de Fernando Henrique Cardoso.

Nesta quarta-feira, o País perdeu o selo de bom pagador da S&P, o que gerou críticas ferrenhas por parte da oposição, que até reforçaram o discurso do golpe. O presidente do PSDB, senador Aécio Neves, falou em "fim do governo Dilma" logo após a notícia. Hoje, declarou que estamos "vivendo o caos anunciado".

Em matéria de risco, no entanto, o PSDB não pode cantar de galo, como mostra a tabela da própria agência. Durante o governo Itamar Franco, a nota do Brasil era apenas B. Depois que FHC assumiu como presidente, em 1995, o rating chegou a ser elevado para B+ e BB-, mas voltou para B+ em 2002, ano em que o tucano deixou o posto.

Após o início do governo Lula, a melhora da nota foi cada vez mais acentuada. Em 2004, voltou a subir para BB-. Em 2006, mais um degrau: BB. Em 2007, o rating subiu para BB+ e, em 2008, o País entrou para o clube dos devedores com melhor qualidade de crédito, com BBB-, subindo ainda em novembro de 2011 para BBB.

Um novo rebaixamento da nota só foi registrado em maio de 2014, quando voltou para BBB-, mas ainda mantendo o grau de investimento no País. O rating permaneceu o mesmo em julho deste ano. Na noite desta quarta-feira, o Brasil voltou ao primeiro nível sem grau de investimento.

Durante os governos do PSDB, o Brasil precisou recorrer três vezes ao Fundo Monetário Internacional (FMI) em busca de empréstimos e sempre esteve próximo ao risco especulativo. O selo de bom pagador só foi conquistado com Lula e sua política de acumulação de reservas internacionais.

"O governo brasileiro continua trabalhando para melhorar a execução fiscal e torná-la sustentável. É fundamental a retomada do crescimento. Você vai notar que de 1994 a 2015 só em sete anos, a partir de 2008, a nota foi acima de BB+", lembrou a presidente Dilma Rousseff em entrevista concedida ao jornal Valor Econômico nesta quinta-feira.

"Portanto", acrescentou Dilma, "essa classificação não significa que o Brasil esteja em uma situação em que não possa cumprir as suas obrigações. Pelo contrário, está pagando todos os seus contratos como também temos uma clara estratégia econômica. Vamos continuar nesse caminho e vamos retomar o crescimento deste país".

No artigo abaixo, o sociólogo, especialista em relações internacionais e assessor da liderança do PT no Senado Marcelo Zero afirma que o grau de investimento perdido ontem pela S&P, fato que vem sendo tratado pela imprensa como "uma espécie de apocalipse econômico", diz ele, foi obtido em abril de 2008 "graças à gestão econômica competente dos governos do PT". Leia:

"Esclarecimentos sobre a Retirada do Grau de Investimento"

A retirada do grau de investimento dos papéis da dívida brasileira pela agência Standard and Poor´s, uma entre as três grandes agências que calculam riscos de investimentos, vem sendo acolhida, pela grande mídia oposicionista, como uma espécie de apocalipse econômico. Uma demonstração da suposta incompetência da gestão econômica dos governos do PT.

Ora, em primeiro lugar, é preciso destacar que o grau de investimento foi obtido, em abril de 2008, graças à gestão econômica competente dos governos do PT. Durante os anos em que governaram os que hoje nos acusam de má gestão, o Brasil nem sequer chegou perto desse grau concedido pelas agências. Ao contrário, no final do período neoliberal o risco país estava em estratosféricos 2.500 pontos e nossos papéis tinham classificação B+, quatro degraus abaixo do grau de investimento. Na época, nossos títulos eram pouco mais que lixo. E não o eram por causa do ?efeito PT?, como dizem os críticos, pois, durante toda a gestão tucana, os títulos da nossa dívida jamais estiveram próximos do grau de investimento obtido nos governos do PT.

Em segundo, é necessário considerar que a agência referida muitas vezes não fez julgamentos isentos e precisos. Na realidade, a agência em questão têm um histórico de erros grosseiros. Em fevereiro deste ano, a Standard and Poor´s foi obrigada, pela justiça dos EUA, a pagar multa e indenizações no valor de US$ 1,5 bilhão ao Departamento de Justiça norte-americano e a 19 estados daquele país, por sua ação desastrada no movimento especulativo que deflagrou a atual grande crise mundial.

Com efeito, pouco antes do estouro da bolha especulativa, a Standard and Poor´s, ignorando as evidências, classificava papéis do mercado subprime, inclusive os do Lehmann Brothers, como de baixo risco.

No julgamento, a agência foi forçada a admitir que as suas ?análises? desses títulos foram afetadas por suas ?preocupações comerciais?. O Attorney General Eric Holder foi, entretanto, mais direto. Afirmou: ?embora essa estratégia da S&P tenha evitado desapontar seus clientes, ela causou graves danos à economia, contribuindo para a deflagração da pior crise financeira desde a Grande Depressão?.

Portanto, é indispensável tomar com muito cuidado quaisquer decisões de agências que estão comprovadamente comprometidas com os interesses especulativos de grandes investidores internacionais.

Em terceiro, não se pode dissociar, como faz maliciosamente a mídia oposicionista, as dificuldades econômicas atuais do Brasil dessa grande crise mundial, para a qual a S&P contribuiu de forma decisiva. A crise atual, muito mais longa, profunda e extensa que as crises periféricas enfrentadas pelos atuais críticos, se agravou com o fim do ciclo das commodities e, agora, se abate pesadamente sobre os países emergentes.

Na época em que mandavam os críticos de hoje, as crises tinham denominação geográfica: crise da Rússia, do México, da Argentina, da Ásia, etc. Hoje, trata-se, de fato, de uma grande crise mundial, que afeta, em maior ou menor grau, todos os países. Até mesmo o gigante chinês, moderna locomotiva econômica internacional, vem sendo afetado pela crise.
Herculano
11/09/2015 07:53
EM MATÉRIA DE RISCO, PSDB NÃO PODE CANTAR DE GALO
parte 2

No ano passado, mais de 80% dos países do mundo teriam apresentado déficits orçamentários, alguns bem mais sérios que o apresentado pelo Brasil. A bem da verdade, boa parte dos países desenvolvidos está em situação muito pior que o Brasil, com déficits orçamentários mais volumosos que o brasileiro e indicadores gerais bem mais deteriorados.

Mas, mesmo assim, muitos mantêm grau de investimento. Exemplo disso tem sido a classificação da República da Itália a quem a S&P concede grau de investimento, apesar de sua relação dívida/PIB manter-se acima de 130%, enquanto que essa relação no Brasil representa praticamente a metade desse percentual. Um mistério que a S&P não explica. Talvez para não afetar interesses de seus clientes, como fez em 2008.

De todo modo, no curto prazo, o rebaixamento dos títulos brasileiros poderá provocar elevação da taxa de câmbio, pela saída adicional de capitais estrangeiros; pressão por maior elevação da taxa de juros, devido ao aumento do risco de nossos papéis; queda nas bolsas nacionais, pela saída de investidores estrangeiros e redução da disponibilidade linhas de crédito para empresas brasileiras.

Muitos especuladores se aproveitarão desse rebaixamento, turbinado pela ação dos que desejam o "quanto pior melhor", para obter lucros imediatos apostando contra o Brasil, em meio a um clima de pessimismo cuidadosamente gestado por motivos políticos menores.

Entretanto, o mercado já vinha se antecipando a esses movimentos especulativos. Desde a última avaliação, em 28/07 último, a S&P havia sinalizado o viés negativo da próxima avaliação e, portanto, já era de conhecimento do mercado a tendência dessa agência de risco reduzir a classificação dos títulos brasileiros, passando para o grau especulativo.

Nesse sentido, os agentes de mercado já vinham adotando, nos últimos meses, atitudes antecipatórias, como a saída gradual do mercado de ações, o fechamento antecipados de contratos de câmbio e a aplicação em títulos públicos, mediante taxas de juros mais elevadas.

Essas atitudes antecipatórias levaram a que o mercado já estivesse precificando os efeitos de uma eventual perda do grau de investimento, o que tende a minimizar os efeitos da decisão da S&P, após seu anúncio no dia de ontem.

Assim sendo, embora se prevejam alguns prejuízos de curto prazo, no médio prazo a nossa economia, que tem indicadores mais sólidos que a média dos países desenvolvidos, deverá absorver esse rebaixamento, e o governo continuará a tomar as medidas para voltar fazer o país crescer, distribuindo renda e oportunidades para todos.

Apesar da S&P, dos especuladores e dos que confessamente fazem oposição ao Brasil.

Diga-se de passagem, esses últimos afirmam, de forma irresponsável, que não cabe a eles contribuir para a solução das dificuldades atuais do Brasil. Com isso demonstram duas coisas: 1) não têm compromisso com o País e 2) não têm condições de governá-lo, pois, no fundo, não têm ideias e propostas a apresentar à Nação.

Por último, deve-se enfatizar que o principal fator para a demora na reversão das expectativas dos investidores, principal objetivo do ajuste, está no clima político deteriorado, acalentado por uma oposição que, como os especuladores financeiros, aposta contra o Brasil.

Mais que em eventuais déficits orçamentários, nosso problema maior está no déficit de compromisso com o Brasil e sua democracia.
Herculano
11/09/2015 07:44
da série, a grana fácil acabou, vai haver mais guerrilha e menos pompa nas redes e sites para sustentar a propaganda enganosa

AGÊNCIA DIGITAL DO PT ANUNCIA FIM DO CONTRATO DE R$6,4 MILHÕES COM O PARTIDO, por Fernando Rodrigues

A Pepper, agência de comunicação interativa que atua nas redes sociais, entregou nesta 5ª feira (10.set.2015) uma carta à Direção Nacional do PT anunciando que não pretende renovar o contrato que mantém com o partido.

A relação entre a empresa e o PT continua até 31 de dezembro. Na carta enviada ao presidente nacional do partido, Rui Falcão, a Pepper diz ter resolvido informar sua decisão com antecedência para que seu cliente tenha tempo de "selecionar e escolher um novo fornecedor, sem risco de descontinuidade do serviço de comunicação digital".

O contrato que a Pepper mantém com o PT tem um valor de R$ 530.000,00 por mês - um total de R$ 6,360 milhões por ano. A empresa trabalha para o partido há 4 anos, cuidando da comunicação da legenda nas redes sociais, criando e produzindo o conteúdo do site. Desde 2012, a Pepper também administra o Facebook da presidente Dilma Rousseff.

Com o final do contrato, o PT terá de procurar outra empresa para cuidar do Facebook da presidente da República.

OPERAÇÃO ACRÔNIMO
Neste ano de 2015, a Pepper esteve no noticiário por causa da Operação Acrônimo, que tem como um dos alvos principais o governador de Minas Gerais, Fernando Pimentel (PT), e a mulher dele, Carolina Oliveira.

A Operação Acrônimo, conduzida pela Polícia Federal, apura suspeitas de desvio de recursos públicos para o financiamento de campanhas do PT. Em junho, por determinação do ministro Herman Benjamin, do Superior Tribunal de Justiça (STJ), foi realizada busca e apreensão na sede da Pepper, em Brasília, e em outras empresas.

As investigações começaram em 2014, depois de policiais federais terem apreendido um avião com R$ 113 mil a bordo. Próximo a Pimentel, o empresário do setor gráfico Benedito Rodrigues, o Bené, estava na aeronave.

A Pepper apareceu no âmbito da Operação Acrônimo, entre outras razões, porque Carolina Oliveira trabalhou por 28 meses na empresa e recebeu um total de R$ 440.000 nesse período (anos de 2013 a 2014). A empresa também prestou serviços nessa mesma época ao BNDES e recebeu R$ 520 mil.

Em um comunicado oficial, a Pepper nega qualquer irregularidade. Diz que todos os contratos foram legais e os preços compatíveis com os praticados no mercado.

O QUE É A PEPPER
A Pepper, cuja proprietária é Danielle Miranda Fonteles, trabalha para o PT desde meados de 2010. Ajudou o marqueteiro João Santana, responsável pela campanha eleitoral que levou Dilma Rousseff ao Palácio do Planalto.

A empresa foi criada em 2008 para atuar nas redes sociais, desenvolvendo portais, sites e produzindo conteúdo para a web.

Entre outros trabalhos e clientes da Pepper estão o portal Sou Agro e o site de notícias Metrópoles, que acaba de ser lançado em Brasília sob o comando do ex-senador Luiz Estevão.

Além da campanha eleitoral de Dilma, em 2010, a Pepper atuou em 2014 nas campanhas vitoriosas ao governo da Bahia, de Rui Costa (PT), e ao governo de Alagoas, de Renan Filho (PMDB). Em 2008, a empresa trabalhou para a então petista Marta Suplicy, que disputou (e perdeu) a eleição para a Prefeitura de São Paulo.
Herculano
11/09/2015 07:37
COMPROMISSOS DO GOVERNO DILMA FCAM NO GOGÓ, por Josias de Souza

'Boa notícia' de Dilma sobre o lançamento da fase 3 do 'Minha Casa, Minha Vida' ficou no gogó

Às 14h13 do dia 5 de agosto, Dilma Rousseff plugou-se à internet para anotar na conta que mantém no Twitter uma "boa notícia". Ela acabara de marcar a data do lançamento da terceira fase do programa Minha Casa, Minha Vida. Planejara com sua assessoria uma cerimônia grandiosa. Coisa compatível com a meta vazada para o noticiário nos dias seguintes: 3 milhões de novas casas populares. Era tudo gogó.

Nesta quinta-feira (10), dia escolhido por Dilma, a solenidade pomposa virou uma reunião a portas fechadas com representantes de movimentos sociais e construtoras. A meta sumiu. Não há nem mesmo data para o início da nova fase. Informou-se que haverá mudanças nas faixas de renda do programa e uma elevação da taxa de juros cobrada da faixa mais alta. Mas a presidente se absteve de enviar ao Congresso uma medida formalizando as novidades. Por ora, só gogó.

Sem dinheiro, o governo decidiu enxugar o orçamento do 'Minha Casa'. A prioridade passou a ser arranjar verbas para concluir a segunda fase do programa, que convive com a constrangedora marca de 1,4 milhão de casas ainda pendentes de conclusão. O ministro Nelson Barbosa (Planejamento) condicionou a fixação de metas e datas à aprovação de um orçamento pelo Congresso. De antemão, avisou que o ritmo da fase 3 será ditado pela penúria fiscal.

O programa de casas populares não é exceção, mas parte de uma regra vigente no segundo mandato de Dilma, iniciado há nove meses. A garganta tornou-se a principal ferramenta de gestão da presidente. O fenômeno afeta outra iniciativa estratégica: o plano de concessões de obras de infraestrutura à iniciativa privada. Foi anunciado como novidade em junho. Mas, em verdade, tratava-se do relançamento do programa anunciado há três anos, que fracassou por conta do excesso de intervencionismo do governo.

Dessa vez, anunciou Dilma, as concessões de ferrovias, estradas, portos e aeroportos resultariam em investimentos de 198 bilhões. Gogó. Espremendo-se a cifra, verificou-se que a previsão era de que apenas R$ 69 bilhões se materializariam até 2018, último ano do atual mandato. Nada para 2015. Para 2016, algo como R$ 20 bilhões. Tudo condicionado à realização de estudos de viabilidade técnica e de impacto ambiental das obras. Que se encontram atrasados.

Quer dizer: embora tenha parado de torcer o nariz dos empresários, tornando as futuras concessões mais atraentes, o governo perde-se numa burocracia que trava investimentos que, embora tímidos, são essenciais para um país em que a única coisa que cresce deforma consistente é a dívida pública.

No mês anterior, maio, o Planalto aproveitara a visita do primeiro-ministro chinês Li Keqiang para trombetear um pacote de cooperação com a China que resultaria em investimentos de US$ 53 bilhões. A coisa incluía, entre outras coisas, obras nos setores de transportes, energia e mineração. O problema é que havia mais vapor do que energia nos entendimentos.

Excetuando-se acordos que vinham sendo negociados há tempos -a compra de 22 jatos da Embraer e a reabertura do mercado chinês para a carne brasileira- todo o resto era gogó. Inclusive a festejada Ferrovia Transoceânica, que ligaria por 4.700 quilômetros de trilhos o Oceano Atlântico, no Brasil, ao Pacífico, no Peru, cortando a floresta amazônica e a cordilheira dos Andes. A mesma obra já havia sido anunciada um ano antes, durante visita de outra autoridade chinesa ao Brasil, o presidente Xi Jinping.

O que parecia ser um negócio da China -R$ 53 bilhões caídos do céu- não passava de memorandos de intenção à espera da realização de estudos e da fixação de prazos e condições. Numa palavra: mais gogó.

Noutra iniciativa, Dilma convidou os governadores para uma reunião no Palácio da Alvorada, em julho. A única coisa que resultou desse encontro foi uma notícia falsa, veiculada no blog do Planalto, sobre uma inexistente unanimidade dos governadores contra a tese do impeachment da anfitriã. No mais, tudo não passou de gogó.

A presidente pediu apoio dos governadores contra a aprovação do que chamou de pautas-bomba no Congresso. Continuou sendo surrada nas votações, sobretudo na Câmara. De resto, ao discursar para os governadores, Dilma propôs a celebração de um "pacto nacional" pela redução de homicídios no país (assista um trecho no vídeo abaixo). Encerrada a reunião, ninguém mais tocou no assunto. É como se os governadores tivessem desligado Dilma da tomada.

Noutro movimento de garganta, a presidente endossou a agenda de projetos desenvolvimentistas reunida em cima do joelho pelo presidente do Senado, o sempre investigado Renan Calheiros (PMDB-AL). Batizada de 'Agenda Brasil', a coleção de projetos foi submetida por Renan a uma comissão especial. Dilma não tocou mais no assunto.

No momento, o gogó da presidente dedica-se a tarefas mais prementes: a promessa de colocar em pé até o final do mês um pacote de ajustes que combine cortes de despesas, reformas estruturais e elevação de tributos.
Herculano
11/09/2015 07:33
PAPO SÉRIO, por Mônica Bergamo, para o jornal Folha de S. Paulo

Ministros, deputados e senadores do PT já consideram não apenas possível mas provável que a presidente Dilma Rousseff seja afastada do governo num processo de impeachment ainda neste ano. O clima é de abatimento.

RITO
Pelo monitoramento do PT, o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), rejeitará pedidos de impedimento, inclusive o de Helio Bicudo. Deputados da Frente Pró-Impeachment, com 280 votos, recorreriam ao plenário e, com maioria simples, votariam pela admissibilidade do impeachment, primeiro passo para o afastamento de um presidente.

HISTÓRIA
Um senador do PT observa que foi a partir da aprovação da admissibilidade do impeachment de Fernando Collor que "as pessoas começaram a acreditar e tomaram as ruas do país" para derrubá-lo do poder, em 1992. O mesmo poderia acontecer com Dilma Rousseff.

EMPURRÃO
Nesse clima de pressão máxima, o impeachment seria então apreciado na Câmara. Como o voto é aberto, até mesmo parlamentares de oposição que são contra o afastamento se veriam forçados a votar a favor
Herculano
11/09/2015 07:26
MULTA V
reeditado de 09.09, as 17.11. Complementa o tema da coluna desta sexta-feira

QUAL A DIFERENÇA DE GASPAR. AQUI O MINISTÉRIO PÚBLICO AINDA NÃO SE INTERESSOU PELO ASSUNTO DE VERDADE. E QUAL A MANCHETE DE SÃO PAULO? MP APURA DESTINO DE DINHEIRO ARRECADADO OM MULTAS. ATÉ JULHO, O VALOR ARRECADADO COM AUTUAÇÕES PASSOU DE R$ 500 MILHÕES, DE ACORDO COM DADOS DA PREFEITURA DE SÃO PAULO

Conteúdo BandNews. O Ministério Público decidiu abrir um inquérito a fim de apurar para onde vai o dinheiro das multas de trânsito aplicadas na cidade de São Paulo, segundo a Rádio BandNews FM. A investigação está a cargo do promotor de Justiça Marcelo Milani, da Promotoria de Patrimônio Público. O objetivo é solicitar um esclarecimento sobre o assunto ao prefeito Fernando Haddad e ao secretário Municipal dos Transportes, Jilmar Tatto.

Até julho, o valor arrecadado com multas na cidade de São Paulo passou de R$ 500 milhões, de acordo com dados da própria prefeitura. No primeiro semestre deste ano, a Companhia de Engenharia de Tráfego (CET) aplicou mais de 6 milhões de autuações na capital paulista, aumento de 22% em relação ao mesmo período de 2014.

Funcionários da Companhia de Engenharia de Tráfego, que pediram para não ser identificados, revelaram à reportagem da Rádio SulAmérica Trânsito que estão sendo cobrados para autuarem e guincharem mais veículos. São as metas de multas que agentes da CET recebem em várias regiões de São Paulo.

"Depois que teve troca de chefia, começou um terrorismo em cima da gente, querendo resultado em cima de autuação. Chegou a um ponto que, em uma reunião, nos disseram que a única forma de segurar a gente era mostrar resultado de multa", revelou um funcionário. As mudanças de chefias de departamentos citadas pelo entrevistado aconteceram entre maio e junho deste ano.

As ameaças, segundo os agentes, são sutis e veladas e nunca são registradas por e-mail ou documento, apenas verbalmente, em reuniões a portas fechadas.

"Nada formal, só passam por voz, não escrevem em lugar nenhum", confirma outro funcionário. "E se a quantidade de multas não melhorar, o cara é transferido, trocado de turno, tudo para dificultar a vida do cara?.

Os funcionários ouvidos pela reportagem reclamam que essa postura atrapalha a concentração nas funções diárias, como monitorar o trânsito, ou simplesmente dirigir os veículos e motos com segurança.

De acordo com os relatos, os agentes não são orientados a inventar multas, mas a pressão e o medo de mudança acabam influenciando na interpretação de alguma suposta irregularidade de trânsito. "Eu trabalho há 15 anos na CET e nunca tinha sido estabelecida uma meta como esta. Não pode ser cobrada uma meta do agente, porque isso pode interferir no julgamento do agente. Agora está este inferno. Ou você faz multa, ou está correndo risco de ser transferido ou demitido?.

Meta de 120 guinchamentos por dia

Esta intensificação de autuações também atinge a área de remoção de veículos das ruas com guinchos. "Antigamente se trabalhava com duas empresas, cada uma empregando 10 guinchos e ainda dividindo a frota com a Polícia Militar", recorda o entrevistado. "Hoje, a CET sozinha está com 30 guinchos. E os contratos são milionários. Para justificar este custo elevado, precisa guinchar. Então existe uma meta de 120 guinchamentos por dia".

Para outro agente ouvido, esta medida vai contra todo o treinamento que eles receberam até hoje. "Fazer guinchamento em, por exemplo, área azul, não segue o critério de verificar se oferece risco de segurança e fluidez que, até então, era adotado para nós".

Os novos guinchos estão agindo não apenas na remoção de veículos parados em zona azul, mas também na de carros quebrados em vias públicas.

Apesar de as multas estarem dentro da lei, os agentes acreditam que o foco em educação no trânsito está sendo deixado de lado. "As campanhas neste sentido, obviamente, tinham um lado educativo e preventivo e agora, infelizmente, tem que fazer fiscalização sem que haja um tipo de campanha, uma informação mais divulgada?.

Outras autuações que não eram observadas pelos agentes, como não parar completamente o veículo quando há placas de "Pare", já começaram a ser fiscalizadas. Em um cruzamento sem semáforo, se o motorista não parar, engatar a primeira marcha para depois seguir, será também multado.

CET nega denúncia

Em resposta, a Companhia de Engenharia de Tráfego afirma não ter nenhum procedimento que determine ou indique o cumprimento de metas quanto à elaboração de autuações de trânsito ou ação diversa de sua função original.

Sobre qualquer denúncia que saia do campo legal de sua ação, a CET diz estar pronta a apurar toda e qualquer situação.

Agente da CET é flagrado trabalhando como pedreiro

Se agentes da CET denunciaram que sofrem ameaças para realizar meta de multas, eles também são pressionados para realizar serviços para os quais não foram contratados. Novamente a Rádio SulAmérica Trânsito recebeu outra denúncia de que os marronzinhos estariam sendo deslocados para realizar a função de pedreiro em unidades da empresa.

Para apurar a informação, não foi preciso uma grande operação. A reportagem conseguiu flagrar, em pouco tempo, um agente, com enxada na mão, misturando areia e cimento para a realização de um serviço no prédio da companhia na Rua do Sumidouro, na região de Pinheiros, zona oeste. O motivo do trabalho seria a falta de recursos para contratar um pedreiro de fato.

Entre os trabalhos executados pelos agentes da CET, estão o reboque de paredes e a colocação de piso.

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