22/09/2015
A CONDENAÇÃO DE RAMPELOTTI I
Não vou me esticar neste assunto. O vereador José Amarildo Rampelotti, PT, perdeu a primeira batalha na Justiça. É um sinal para os demais, principalmente para os que não se protegem na suposta imunidade parlamentar. A sentença mostra que as observações feitas aqui estavam no caminho certo. Não se tratavam apenas de uma presumível profecia do "professor de Deus", como sempre tentou me ridicularizar, desmoralizar e constranger o vereador sobre as minhas opiniões sobre este e outros temas públicos. Esta guerra na Justiça será longa e de final incerto. Infindáveis recursos processuais. Na fila do julgamento de primeiro grau por aqui na Comarca sobre o mesmo tema, estão ainda Antônio Carlos Dalsochio, cunhado do prefeito Pedro Celso Zuchi, e a secretária de Desenvolvimento Social, o pivô deste caso assustador, Maristela Cizeski, todos do PT, além dos comuns Mary Zuchi e André Gisley Hostins. A propagação deste assunto ficou restrito aqui. Os demais, inclusive a imprensa regional, fizeram um obsequioso silêncio. A maioria por medo. Outros por simples desinteresse. Incrível.
A CONDENÇÃO DE RAMPELOTTI II
Os que são meus leitores e leitoras, conhecem o caso em detalhes há mais dois anos. E como a nossa memória sempre falha, vou apenas resgatar dois antigos artigos que escrevi sobre este caso, cheios de propositais equívocos, onde a Rede Globo foi pautada para promover a audiência de uma novela, ruim de Ibope, e não retornou aqui para terminar o que começou de forma torta. Os meus textos a seguir são autoexplicativos para quem não conhece a história. O artigo ?Ana Paula I, II e III? foi publicado na edição de nove de julho de 2013 do jornal Cruzeiro do Vale, o mais antigo, o de maior circulação, o mais acreditado, o único a se interessar por esta trama, retrato do seu comprometimento com a comunidade na transparência e dialética dos fatos. Enquanto a ?Arte de engolir sapos. Tudo pelo poder?, foi publicado apenas na internet no dia dez na área de comentários deste portal, o mais acessado, o mais antigo e mais acreditado. Vejam como os dois artigos estão atualizados depois de mais de dois anos. Acorda, Gaspar!
ANA PAULA I
Aos que esperam uma coluna extensa (como as que já escrevi) sobre a juíza Ana Paula Amaro da Silveira e a Audiência Pública promovida na quinta-feira pela Comissão de Gestão Pública da Câmara para esclarecer as infundadas acusações contra os abrigamentos e adoções daqui, desculpem-me, vou decepcioná-los. Não repetirei tudo o que escrevi por meses, solitariamente, sob ameaças, e até sob a observação de leviano da imprensa local. Não recordarei naquilo fui desmoralizado pelo PT, ameaças do poder e gente que devia proteger crianças, mas que as prefere ao criminoso abandono. Estou de alma lavada. E a juíza inocentada, merecedora de uma estátua pelo que fez pelas crianças e o martírio que lhe impuseram seus covardes e abjetos algozes, os mesmos que subjugam uma cidade há anos. E o Cruzeiro do Vale? Foi o canal corajoso. Ele se renegou ao silêncio cumplice. Permitiu os meus comentários e observações. Ganhou mais um troféu. Dos muitos que possui. Daqueles de verdade.
ANA PAULA II
Onde estavam os vereadores José Amarildo Rampelotti e Antônio Carlos Dalsóchio, cunhado do prefeito Pedro Celso Zuchi, todos do PT? E seus contundentes discursos de perseguição e revanche? Fugiram! Não enfrentaram. E por quê? Sabiam que mentiam; que tramavam; que fantasiavam; que seriam desqualificados com a verdade. Por que não foram lá e perguntaram onde estavam às crianças gasparenses doadas ao exterior e que passam fome e sofrem abusos como acusam nos discursos aos desinformados? Faltou caráter. Tentaram-me sempre me desonrar, desqualificar, medrar, humilhar neste e outros assuntos. Onde estava o presidente da Câmara, o mais petista de todos, José Hilário Melatto, PP, para receber tanta gente ávida por esclarecimentos e qualificados magistrados e promotores? Belo anfitrião ele, heim! Ou ficou com inveja da coragem, da inciativa cidadã da vereadora Ivete Mafra Hammes, PMDB, e o seu gol em favor da comunidade, da transparência e da verdade?
ANA PAULA III
Onde estava a secretária de Desenvolvimento Social, Maristela Cizeski e sua pastoral da Criança, o furacão e terror destas infundadas dúvidas talhado para a vingança rasteira a serviço do governo petista? Onde estava a Rede Globo e o repórter José Raimundo, os porta-vozes da difamação? Onde estava a ministra de Direitos Humanos, Maria do Rosário, PT? Aliás, para contrapô-la apareceu a carta do ministro da secretaria Geral da presidência, Gilberto Carvalho, PT, católico, em defesa do trabalho de Ana Paula em Gaspar e que Gilberto conheceu pessoalmente. Foram 400 processos reexaminados. Todos sem mácula. Exemplares. A promotora Luciana Uller que cuida deste assunto na Primeira Vara testemunhou esta conclusão da corregedoria. Nada contestou. Preferiu o silêncio. Ao invés de trabalhar pela cidade, a atual administração petista e seus asseclas se preocupam em manchar reputações e limpar ou encobrir gente lambuzada. As vozes das ruas conhecem este jogo doentio e bandido. Uma última observação: no que se articulava o Ceja (Educação de Jovens Adultos) e a Agapa (Associação de Proteção dos Animais) para audiência? Recuaram? Acorda, Gaspar!
A ARTE DE ENGOLIR SAPOS. TUDO PELO PODER
Antônio Carlos Dalsóchio, PT, é vereador. É o líder do governo de Pedro Celso Zuchi, PT, no lugar do titular José Amarildo Rampelotti, providencialmente licenciado. Dalsóchio é mais: é cunhado do prefeito, seu ídolo.
Dalsóchio e Amarildo, o amarelado, se destacaram na bancada do PT na Câmara nas dúvidas e acusações, infundadas, sem nexo e da difamação contra a juíza Ana Paula Amaro da Silveira. Tudo armado. Jogral combinado. O PT daqui, com os padrinhos de Blumenau, Florianópolis, Brasília e a pastoral da Criança, foram à forra contra a juíza, mas covardemente, só depois que ela saiu daqui, por sua decisão, para uma promoção na Capital. O problema? É que Ana Paula, técnica, por dever funcional e ofício teve que sentenciar por provas nos autos e convicções contra o município, gestores públicos e o poder.
Armaram um escândalo para desmoralizá-la via a Rede Globo no caso dos abrigamentos e adoções de menores. Calcularam mal por três aspectos: julgaram a idoneidade da juíza pela deles; foram contra um projeto que juíza tocou por dez anos e que se tornou exemplo e referência nacional; e os processos, a pedido da própria juíza, sofreram todos uma devassa completa pela corregedoria, que ao final sacramentou como livre de qualquer mácula processual ao tempo dos despachos e decisões.
Na sessão da Câmara de ontem, isto foi posto as claras. Foi o que revelou a audiência Pública da Comissão de Gestão Pública da Câmara na qual nem Dalsóchio e Rampelotti, os algozes, tiveram coragem de ir. Ontem, como se nunca tivesse mencionado tal assunto, Dalsóchio engoliu sapos. Fez um sepulcral silêncio, apesar do incômodo e do deboche durante o discurso veemente, contundente, eloquente, claro, insofismável da vereadora Ivete Mafra Hammes, PMDB, a condutora de tal audiência.
E por que Dalsóchio fez este sacrifício? Porque joga. Tudo pelo poder. O PT catarinense e seus advogados que atuam hoje à tarde no caso da cassação de Zuchi, têm a certeza de que o partido e o grupo daqui erraram e trabalharam contra Zuchi, ao fazer o que fizeram contra a juíza.
Ou seja, chamaram a atenção da magistratura catarinense e até nacional, para o senso de revanchismo, perseguição e difamação não apenas contra adversários, imprensa, mas contra o Judiciário quando não estão contentes com as decisões tomadas nos juizados e tribunais próprios para as soluções das contendas. Aliás, o Brasil conhece este tipo de ira muito bem. Veja o que acontece com os condenados do mensalão que inventaram e alimentar a PC 33, a PEC 37, que só disfarçaram e se sossegaram, depois que atiçaram as ruas contra estas barbaridades para um regime democrático e independência dos poderes constituídos.
Então por que Rampelotti se licenciou? Por que Dalsóchio ficou providencialmente quieto na sessão de ontem da Câmara? Não apenas porque sabem agora que a imunidade parlamentar não lhes garante o direito de acusar, reiteradamente, julgadores sem provas, lançando dúvidas sobre a idoneidade moral, ética e técnica deles, mas porque, orientados, tentam não colocar mais combustível no julgamento de hoje à tarde.
Ou seja. Este silêncio é apenas uma trégua esperta para não contaminar o julgamento. Nada mais. Acorda, Gaspar!
TRAPICHE
A berçarista, ex-vereadora e atual vice-prefeita reeleita, Mariluci Deschamps Rosa, é a candidata do PT à sucessão Pedro Celso Zuchi. Ele próprio bateu o martelo no sábado na durante a Feijoada dos Amigos, no Barracão, reduto da família Zuchi e Dalsochio, escolhida a dedo para se manter a audiência numa época de ventos ruins.
Entornou o caldo. O PT cozinhava este assunto nas reuniões internas do partido pois entendia ser muito cedo para as decisões. A batida do martelo no sábado, pode ser um ensaio para medir as reações e pressões internas e externas. Entretanto, surpreendeu, o secretário de Obras, Lovídio Carlos Bertoldi, que está vestido de candidato do partido faz algum tempo; surpreendeu a ?turma de fora do partido?, que diz representar os empresários (?) e por isso interfere na administração, Odilon Áscoli e Ivo Carlos; bem como o próprio presidente do partido, o vereador José Amarildo Rampelotti. Ele até nutria esperanças na indicação, ou então, pelo menos comandar o processo. Nem um, nem outro.
O que fez Zuchi expressar publicamente a indicação e a sua preferência? A surpresa Andreia Symone Zimmermann Nagel se filiando ao PSDB; a promessa que fez de indicar Mariluci como candidata quando compôs na reeleição; a maré contra o PT daqui e nacional que põe sob dúvidas o projeto de poder e identidade do partido; o controle que a família Zuchi possui sobre Mariluci. Por fim, ao indica-la, Zuchi deixa para ela, decidir se quer ou não esta oportunidade. Se ?fugir? por qualquer razão, inclusive a de saúde, fica Zuchi livre de qualquer cobrança.
O ex-prefeito Adilson Luiz Schmitt, sem partido, não foi à filiação de Andreia Symone Zimmermann Nagel no PSDB. Ele está inconformado.
Adilson não gostou de ser informado um dia antes do anúncio oficial de uma negociação que soube depois, durou muito tempo. Queria ter participado dela e se possível, ativamente. Andreia justifica: ?ele não é do DEM nem do PSDB e isto ficou restrito a poucos dos dois partidos?. Mesmo assim ele continua inconformado. Aos poucos ficará sem opção.
Ilhota em chamas. Os vereadores Almir Aníbal de Souza e Luiz Fischer, ambos do PMDB, presidente e vice da Câmara de Ilhota, denunciaram formalmente a falta de prestação de contas de 2014 do prefeito Daniel Christian Bosi, PSD.
Os destinatários das denúncias: presidente do Tribunal de Contas, procurador geral de Justiça e a segunda promotoria da Comarca de Gaspar, a que cuida da moralidade pública. Ao TCE, os vereadores pedem inclusive o bloqueio das contas enquanto não houver a regularização desta situação.
Por que a Câmara tomou esta decisão? Porque ouviu da promotora Chimelly Louise de Resenes Marcon, de que eles e o Legislativo são tão culpados quanto o prefeito: não fiscalizaram no tempo em que tinham que fazer isto.
O batismo de Andreia Symone Zimermmann Nagel, surpreendeu os mais céticos. Acorreram num sábado, à tarde, num horário impróprio, além de dezenas de convidados quatro deputados: Serafim Vezon, Vicente Caropreso, Marcos Vieira (presidente do partido) e Leonel Pavan, além do suplente Marco Antônio Wanrowky, um senador Dalírio Beber, o prefeito de Blumenau, Napoleão Bernardes e o vice de Ilhota, Lauri Adão Júnior entre outros como o anfitrião e presidente do partido aqui, Renato Nicoletti, e o de Blumenau, José Carlos Oeschler, que na verdade é do Belchior Baixo, aqui em Gaspar,
Na falta de argumento político, houve na oposição surpreendida pelo fato e ato, quem contestasse o teor do discurso de Andreia: família, união e busca de resultados comuns. Para quem divide a cidade, nada pior: a construção comum de resultados. No discurso, simples e direto, Andreia buscou o caminho da conciliação, sem diminuir ninguém. A melhor obra, segundo ela, é a cidadania, o respeito e a transparência dos políticos com a sua cidade. Teve gente que ficou arrepiada com o argumento, então resolveu apelar...
O batismo de Francisco Hostins Júnior, Rogério Alves de Andrade e outros teve o vice-governador Eduardo Pinho Moreira, Valdir Cobalchini (presidente do partido) e do gasparense Renato Vianna, diretor do Badesc e a reafirmação de que Kleber Edson Wan Dall é o candidato do partido nas eleições municipais do ano que vem. Gente de peso. Discursos fortes e de comprometimento. Vianna por exemplo assegurou: "dar continuidade ao trabalho das velhas lideranças".
A passagem do vice-governador Eduardo Pinho Moreira, PMDB, criou uma cena de isolamento e privilégio. Foi-lhe entregue, no gabinete do presidente da Câmara, José Hilário Melato, PP, e entre poucos, o título de cidadão honorário. Por que o PMDB de Gaspar resolveu conceder a honraria sem festa, solenidade e divulgação? E a um político que vive da exposição?
Definitivamente, uma coluna que surpreende até pelo silêncio e a incapacidade de ser onipresente.
A semana das surpresas e da afirmação de territórios em fotos. Quatro para o álbum da próxima disputa eleitoral.
O PMDB de Gaspar reuniu a velha guarda para trazer sangue novo. Prestígio não faltou na reunião feita no Alvorada. | ![]() |
![]() |
Os padrinhos e seus afilhados neófitos peemedebistas. Estranho mesmo é este gesto de batismo |
Andreia recebe o batismo no ninho tucano, quatro deputados e um senador, além do presidente daqui | ![]() |
![]() |
Andreia e Napoleão Bernardes sob testemunhas num surpresa que bombou na semana passada |
Edição: 1717
Copyright Jornal Cruzeiro do Vale. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita do Jornal Cruzeiro do Vale (contato@cruzeirodovale.com.br).