Por Herculano Domício - Jornal Cruzeiro do Vale

Por Herculano Domício

10/11/2009

 Conselho I

Esta correspondência é um conselho de um leitor assíduo. Ela está no portal do jornal Cruzeiro do Vale e é assinada por Maurício Barth. "Com certeza não sou PT, mas tenho acompanhado vossos comentários e crônicas e fico a me questionar: este cara é muito bom, pena que ele só tem capacidade de ver e ouvir coisas negativas, erros e até mesmo falhas... Já pensou se declinasse, às vezes, suas sábias opiniões para alguma coisa de bom que o Celso Zuchi está fazendo?  Como diz um velho ditado, tudo o que é demais,  é veneno inclusive o próprio remédio... Que é remediar... Moderar,  etc. Devo crer que vossa capacidade também é infinitamente capaz de dar umas sugestões ou apreciar algo de bom... Será?

Conselho II

Maurício. Respeito a sua opinião. Também não sou bom. Agora, o prefeito é uma pessoa exposta e elogiá-lo ou criticá-lo é uma consequência. Elogios normalmente são feitos pela sua equipe e a assessoria de Comunicação que nunca fala ou admite defeitos (por ofício). Você poderia muito bem ao ocupar este espaço, nominar e inflar exatamente essas virtudes. Não o fez. E bem sabe o porquê. Eu também fico a me refletir por que tantos equívocos? E sugerir, é parte da visão crítica. Continuar no erro é o que vejo ao se justificar, tentar negar e até desmoralizar, desqualificar, constranger como tentaram e tentam comigo. E quando errei, sempre fui o primeiro a reconhecer o meu erro e pedir desculpas a quem equivocadamente se afetou por ele e principalmente, a quem me leu e confiou em mim.

 Conselho III

Para quem não conhece Maurício Barth. Ele é pai de Emerson, hoje diretor de Fiscalização da secretaria de Planejamento e Desenvolvimento, foi candidato a vereador pelo PV e fez 70 votos. Como se vê, a defesa tem propósitos, até porque os cargos do PV orientados pelo secretário de Agricultura, Alfonso Bernardo Hostert, estão por um fio ou empurram os verdes para a filiação no PT. Maurício e Emerson, até 2008, eram os responsáveis pelo ajuizamento arbitral em Gaspar.

Mãe de todos

Olha só o que a ministra Dilma Rousseff proferiu este final de semana em São Paulo: "nós somos de fato os grandes democratas do Brasil". Engraçado, há seis anos o insano e continuado presidente da Venezuela, Hugo Chaves, disse algo semelhante. Eu, heim!

 Hospital aberto I

O prefeito Pedro Celso Zuchi, PT, foi à rádio no sábado pela manhã para anunciar a data da reinauguração e da abertura do novo Hospital com ares de conquista sua. Parece que a história do checão vai se repetir. O Hospital estava prometido para abrir em Setembro. Só vai abrir ser reinaugurado em Dezembro porque o prefeito, a sua vice e o presidente da Câmara atrasaram 45 dias a entrega dos recursos federais obtidos junto ao governador Luiz Henrique da Silveira. Entregues aqui,  primeiro virou palanque para políticos (que pediram até faixa para Lula) e depois propaganda enganosa da famosa foto do checão  para a imprensa e os mal informados, como se os recursos da prefeitura fossem.

 Hospital aberto II

O novo Hospital vai abrir, porque a Bunge anunciou que vai doar para isso, e mai uma vez, outros R$600 mil; vai abrir porque os voluntários, o Conselho e o grupo gestor vão fazer um bazar com produtos apreendidos pela Receita Federal;  vai abrir porque o governo do estado promete mais novos recursos; vai abrir porque tem muita gente séria querendo isso e longe dos políticos de plantão. Falta agora, o prefeito e sua vice confirmarem as suas promessas de campanha de colocarem lá R$200 mil por mês, de manterem o CARs aberto 24 horas, bem como a senadora Ideli Salvatti se coçar sobre este assunto.

Opinião

A parte do PV que continua empregada na prefeitura de Gaspar se esforça para mostrar fidelidade do PT e escapar da degola nos cargos.  Alceu Torres Júnior escreveu esta sobre os projetos que vão regularizar as obras irregulares e clandestinas em Gaspar "Não sou contra as leis que possibilitem a regularização do que pode ser regularizado. A comunidade precisa da oportunidade de corrigir equívocos, não equívocos irreparáveis, mas sim equívocos burocráticos". Parecem que eles não são tão burocráticos assim. Veja o porque em "Discurso para pequenos, benefícios para os grandes", no blog  www.olhandoamare.wordpress.com

 Atitude

Uma reportagem no jornal Cruzeiro do Vale mostrou as Testemunhas de Jeová construindo 12 casas em regime de mutirão e de forma regular, em Gaspar. Ela gerou um turbilhão de comentários comparando-a principalmente com a inércia pública. Eu também dei lá o meu pitaco. "O leitor José Antônio chamou este ato de atitude. Paulo Henrique Hostert lembrou a ausência de políticos e à presença de voluntários e pessoas determinadas. Está ai uma fórmula de sucesso. Cidadania se faz sem discurso, sem faixas de agradecimentos, sem assessoria de comunicação, sem marketing, sem propaganda enganosa, sem votos, mas com exemplos e resultados coletivos. Os Testemunhas de Jeová, como Cristo, compreendem as angústias humanas e minimizam ou solucionam na palavra e atitude. Os políticos também, mas precisam permanentemente das nossas angústias para se perpetuarem na promessa e como intermediários da solução que nunca trazem". Acorda, Gaspar.

Comentários

Paulo Zimmermann
11/11/2009 08:14
Falando em construir casas, ao passar pelo bairro Bela Vista, notei que a nova rua, "construída" pelos "desabrigados" invasores do tão falado terreno que pertence a um banco, ganhou até nome, tem uma plaquinha na entrada, rua Vila Nova. E solução para o problema? Nada, é claro...
Paulo Zimmermann
11/11/2009 08:02
Esse hospital, em sua inauguração, se de fato ocorrer na data anunciada (mais uma), será uma coisa bonita de se ver. Depois de tanta demora, tanta polêmica e tanta politicagem, não seria de admirar se até o Lula vier para cortar a fita. Aliás, político não vai faltar, todos sorridentes e babões, muitos tapinhas nas costas, com seus discursos longos e previsíveis. Checões vão circular à vontade, cada qual disputando em tamanho com os demais, todo mundo disputando a paternidade da criança, mas sustentar que é bom, será?

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