20/11/2009
Propaganda I
Não tem jeito. Agora a prefeitura está com uma propaganda nas rádios dizendo o que ela fez pelos gasparenses. Diz estar abrindo o hospital. Não é verdade. Quem está abrindo o novo hospital, foi atrás de recursos privados e públicos (incluindo os da prefeitura) e bancou toda a sua reforma, peitando médicos, políticos, setores da comunidade que foram contra e até agora põem dúvidas, foi o novo Conselho e o grupo gestor voluntário e profissional. A iniciativa de dar esta virada pela cidade foi da Acig (incentivada pela Bunge), CDL, Ampe, Rotary, Lions e a imprensa de um modo geral. Também é verdade que muita gente abandonou o barco no caminho. A propaganda da prefeitura, mais uma vez, é enganosa e desrespeitosa. Nem informar quem é o parceiro do asfalto que foi colocado lá, ela informa.
Propaganda II
A informação correta seria se a prefeitura dissesse aos munícipes que ela está fechando parcialmente o Cars durante a semana e que na campanha, prometeu que jamais aconteceria, além de fechá-lo completamente nos feriados e finais de semana para economizar dinheiro e atendimento ambulatorial à população.
Propaganda III
A outra informação que a prefeitura deveria dar a população é que a promessa de campanha de colocar no hospital R$200 mil por mês para pagar os serviços que ele executará para o município, não vai acontecer. Pelo menos é isso o que está no Orçamento que rola na Câmara. Mais: o "press release" que informa ter a prefeitura colocado na obra R$2 milhões precisa ser esclarecido. E foi, se somado os recursos do ano passado quando o prefeito era Adilson Luiz Schmitt, PSB e outros R$1,5 milhão neste ano,porque o prefeito Pedro Celso Zuchi se viu obrigado por uma lei, também de origem do ex-prefeito, aprovada na Câmara no ano passado e que a então vereadora, Mariluci Deschamps Rosa, PT tentou modificá-la para menor. Nem mais. Nem menos.
Constrangimentos
O presidente da Associação dos Moradores do Gasparinho, Carlos Eurico Fontes, o Zuza, afirmou aqui que o Município não foi transparente na compra do terreno para a construção das casas dos desabrigados no seu bairro. O pessoal da administração foi rápido e disse que era despeito. Zuza, que também é empresário do ramo imobiliário, segundo a prefeitura, tinha um terreno para vender e perdeu o negócio. Zuza ficou espinhado. Negou e desafiou à apontar o terreno que ele teria oferecido. Todos emudeceram. É a velha tática da desqualificação, do constrangimento e da falta de argumentos com quem tenta contestar as ações sem a participação popular. Acorda, Gaspar.
Lá como cá I
Esta é a abertura do artigo do articulista Fernando de Barros e Silva, na Folha de S.Paulo, edição da Quarta-Feira, dia 18, sob o título, "No Vácuo de Lula". Qualquer semelhança com os acontecimentos e ações daqui, por favor, é mera coincidência. É algo orquestrado essa volta ao obscurantismo, ao totalitarismo, à defesa ao desprezo das leis, das regras da ética. Tudo pela perpetuação no poder.
Lá como cá II
"Lula acredita que o Tribunal de Contas da União é um entrave ao progresso do país. Seu governo quer manietar o TCU para reduzir os efeitos práticos da fiscalização das obras e da aplicação dos recursos públicos. Lula também disse há pouco que a imprensa não deve fiscalizar o poder, mas informar seus leitores. Se for mais que um jogo de palavras, trata-se de uma defesa do jornalismo subalterno. Seria, claro, um enorme retrocesso, mas o traço obscurantista foi logo assimilado ao repertório de disparates de Lula a que, afinal, estamos habituados". Fernando arrisca à uma conclusão: "Sob a retórica da democratização, o que se busca é esvaziar a imprensa independente, aquela que fiscaliza e dá azia em Lula todas as manhãs".
Quantos somos?
Afinal. Quantos somos em Gaspar? Segundo o o IBGE - Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística - éramos 54.396 em 2006. E o próprio IBGE estimou que seríamos 54.687 almas em 2008. A SDR - Secretaria de Desenvolvimento Regional - de Blumenau publicou há pouco, em edital, que Gaspar tinha 55.489 habitantes neste 2009. Mas, para o pessoal do Orçamento Participativo somos 65.217, ou seja, 10 mil a mais, o absurdo de 17,5% de diferença. E isso tem uma fonte oficial: a contagem no cadastro de atendimentos da secretaria de Saúde. Veja os detalhes em "Afinal. Quantos são os que moram em Gaspar?", no blog www.olhandoamare.wordpress.com.
Exemplo
O líder e empresário do setor de turismo, Vilmar de Oliveira Schürmann ( antes foi idelizador e ex-presidente da Ceval e Bunge), gasparense honorário, homem de comunidade, de visão, de sucesso e resultados gerenciais incontestáveis, acaba de dar mais um exemplo aos céticos locais. Mesmo longe da cidade, vai doar todos os frigrobares do novo hospital de Gaspar. E sem propaganda.
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