Por Herculano Domício - Jornal Cruzeiro do Vale

O PV e o PT I

A teimosia do prefeito Pedro Celso Zuchi e da sua vice Mariluci Deschamps Rosa, ambos do PT, bem como de seus luas pretas no poder e da parcela do PT que controlam , está forçando o nascedouro de um filhote que pode frustrar os sonhos  e os planos do seu criador. A criatura é o PV liderado pelo vereador Rodrigo Boeing Althoff.  Isto ainda vai dar samba, folia e ressaca. É a amostra acabada da imposição do prefeito e de parcela seu partido para com quem não está hoje e não o querem no centro do poder.

O PV e o PT II

Zuchi e Mariluci apostam no quanto pior melhor. Ou estão mal orientados. Apostam no quanto mais fraco melhor para se manipular.  Apostam na divisão. Por isso apostam, mas apenas na aparência, nos "verdes" recentemente defenestrados do diretório local,  como os secretários Alfonso Bernardo Hostert (Agricultura) e Ednei da Silva (Assistência Social). Enquanto isso na gaveta do prefeito, estão as cartas demissionárias dos dois para os cargos serem ocupados pelos companheiros do PT se a manobra não der certo do jeito que a armaram. Este é o jogo.

O PV e o PT III

Zuchi torce para o PV de Gaspar brigar internamente, se desgastar publicamente e depois ter a desculpa de que o partido dividido ele não o quer.  Faz bem. E no PV dividido, Zuchi não quer Rodrigo como interlocutor oficial, muito menos alguém do PV regional. É assim que ele diz a seus interlocutores. Ou seja, não gosta de gente esclarecida. Este é o samba de várias notas, mas estranhamente, de um tom só: o do PT.

O PV e o PT IV

Julita Schramm, recém eleita presidente do PT de Gaspar, não deve mudar arranjo deste enredo (se antes não for questionada na legitimidade no posto). Ao contrário, a sua eleição tende aumentar à disputa. A  onda Marina Silva pode favorecer o PV. Com ela já veio o Marcos Schramm, o Marquinhos, e que já teve 389 votos. Outros virão com a derrota de Natalino Silva na disputa do diretório do PT de Gaspar no domingo passado. É a folia. É só aguardar.

O PV e o PT V

Enquanto o prefeito Zuchi mede forças e orienta o seu grupo para desprezar o PV de Gaspar, ele na verdade,  cria algo que pode ser a terceira via política; uma alternativa para o velho;  algo que poderá ser a sua própria degola para quem começa sentir dúvidas sobre os resultados do seu governo sem diálogo, repetindo o anterior. Rodrigo se escala para ser deputado Federal. É a ressaca

O PV e o PT VII

Por que? O gesto de Rodrigo vai na direção de reforçar e fazer crescer  o PV de Gaspar, dando legitimidade ao que o prefeito diz ser algo sem representação. Abre o caminho para o estadual de Blumenau, Ivan Naatz,  e enfraquece Mariluci se PV e PT estivessem na coligação. Mas, no fundo, Rodrigo mede a temperatura e assim pode palmilhar a candidatura à prefeitura em 2012, a chamada terceira via. Será que o PT vai topar a aposta desprezo que ainda faz nas encenações de gabinete com o PV?

Hospital

Os vereadores foram mais sensíveis do que os senhores da prefeitura. Aprovaram o aumento dos R$130 mil atuais por mês, previstos no orçamento municipal ao novo Hospital. Foi para R$170 mil e que havia sido combinado com a secretaria da Saúde ( na campanha, a promessa era de R$200 mil). Foram nove votos a zero. O presidente não vota. Ou seja, foi unânime. No caso da Apae, foram inseridos R$200 mil para a compra do ginásio. Agora tudo depende do prefeito Pedro Celso Zuchi, PT. Ele pode acatar ou vetar.

Recado

Do empresário  do ramo imobiliário Carlos Eurico Fontes, o Zuza, ao ser acusado pelos petistas gasparenses de que trabalha em causa própria.  "Eu agora que estou entrando pra turma da 3ª idade, a turma dos sessentões - não dá mais pra ficar espinhado por pouca coisa. Jamais estive reunido com a cúpula do PT local para tratar de assuntos relativos à compra de imóveis ou implementação de qualquer outro projeto. Primeiro que não concordo com a maneira de que estão governando o município; segundo que não tenho qualquer relacionamento particular ou profissional com nenhum dos administradores públicos que me permitisse interferir ou participar de qualquer decisão. Como representante efetivo de uma comunidade vou lutar tenazmente por tudo o que for correto e legal porque, também, não tenho o rabo preso e não pactuo com essa política suja e rasteira do município".