Por Herculano Domício - Jornal Cruzeiro do Vale

Waldrich

Sérgio Roberto Waldrich está deixando a presidência da Bunge Alimentos, ainda com sede em Gaspar. Ele construiu uma carreira brilhante e exemplar. Foi o primeiro "office-boy" da então Ceval Agro Industrial SA, em 1972, quando ela era ainda um projeto rejeitado pelos vereadores daqui e que por isso quase cassaram o prefeito da época, Paulinho Wehmuth, por ele terraplanar e aterrar a área do Poço Grande onde se construiu a Cereais do Vale (Ceval). Engenheiro químico formado na Furb, este blumenauense filho de gasparenses do Belchior Baixo chegou ao topo da maior empresa de agronegócios da América do Sul substituindo um executivo ícone no Brasil; de relevantes ações sociais em Gaspar, o também engenheiro químico e graduado em Curitiba, o florianopolitano (filho de um alemão e uma brasileira), mas gasparense honorário, Vilmar de Oliveira Schürmann. Eu me orgulho muito do aprendizado, superação e de ter participado ativamente por 25 anos do time vencedor e dessa história de sucesso ímpar do empreendedorismo brasileiro e até internacional. Com as mudanças necessárias, vão perder Santa Catarina e principalmente Gaspar. Só a atual administração municipal, sem planejamento, inovação, profissionalismo, relacionamentos, equipe voltada para desafios estruturados, sustentabilidade e novas fontes de receitas, ainda não percebeu isso. Todos vão perder agora e principalmente no futuro. Acorda, Gaspar.

Dilema do PT I

Quer um exemplo de picuinha? Quer uma amostra de como a atual administração de Gaspar perde tempo com coisa menor? E tenta mandar em todos ou fazer tudo do seu jeito? É por isso, provavelmente, que falta tempo para o homem trabalhar. O PV pertencia à coligação vencedora. Indicou até a fatia de ocupação na prefeitura durante a lua-de-mel. O PT tratou de fazer dessa fatia uma filial sua e longe do verdadeiro PV. Ela ficou conhecida como os "melancias" (verdes por fora e vermelhos por dentro).

Dilema do PT II

O PV de verdade desmascarou a jogada. Saiu da coligação. O PT até agora enrolou e não tirou nenhum "melancia" do governo de Pedro Celso Zuchi e Mariluci Deschamps Rosa. Nem mesmo o possível crime ambiental no Bairro Bateias e feito sob a tutela do secretário de Agricultura e suplente de vereador, Alfonso Bernardo Hostert, bem como do seu diretor de meio ambiente, Walter Brucker Júnior, dois "melancias", foi capaz de mudar o cenário. Ah! Não é crime ambiental o aterro? Então por que pararam a obra depois de aterrarem nascentes, riachos e lagoas? Se ele estava regular e tinham as licenças, por que não continuaram e terminaram a obra? O caso é sério. Está na polícia. E o PV do estado quer tudo isso esclarecido e se livrar de uma possível mancha vermelha na vida verde que defende. É só aguardar.

Dilema do PT III

E por que o PT de Gaspar reluta em chamar Alfonso à responsabilidade, culpá-lo e defenestrá-lo? Simples. Ele é autor intelectual e operacional de uma outra encrenca daquelas: a possível compra de votos que se fez no Jardim Primavera, no Bairro Bela Vista e que envolve o prefeito, a vice e outros dois vereadores. Todos pisam em ovos neste assunto que está na Polícia Federal e no Tribunal Regional Eleitoral. Se correr o bicho pega. Se ficar o bicho come. E o bicho Alfonso vai sobrevivendo, aprontado das suas, colocando mais gente no seu balaio. E o PT cada vez mais refém do bicho que criou e alimentou para desmoralizar o verdadeiro PV local. Acorda, Gaspar.

IPTU, taxas e Justiça I

No orçamento, Gaspar pretende arrecadar perto de R$3 milhões com o IPTU - Imposto Predial e Territorial Urbano. Uma parte virá de juros altos e outras de taxas consideradas inconstitucionais. O judiciário já derrubou este tipo de taxa em outros casos e até tem gasparense nesse meio. A Móveis Gamba, que desde 2004 não as paga por conta de decisão judicial. No orçamento, a prefeitura para este ano, ela quer arrecadar com este tipo de taxa (não apenas com as do IPTU, é claro) algo em torno de R$ 868 mil. Não é pouco, se comparado com o que se quer com o IPTU, por exemplo.

IPTU, taxas e Justiça II

Na quinta-Feira, dia 18, enquanto todos estavam de férias na cidade, o nanico PPS, sem nenhum vereador por aqui, estava trabalhando e questionando em prol da cidadania. Ele deu entrada de uma Ação Direta de Inconstitucionalidade no Tribunal de Justiça. Na longa peça, o PPS pede a inconstitucionalidade do item 3.7 da tabela das taxas de serviços administrativos (taxa de expediente, que tem como fato gerador as despesas de emissões dos carnês e despesas bancárias) que regulamenta o art. 243 e art. 257, todos da Lei municipal n° 1.330, de 13/12/1991, do Município de Gaspar. O advogado é Ênio César Muller, do escritório do ex-procurador geral do município, Aurélio Marcos de Souza. A Ação já subiu para o pleno e o relator é o Desembargador César Abreu. Foi pedida a cautelar. Se julgada procedente esta Adin, ela beneficiará todos os gasparenses. Mais detalhes, leia "PPS vai ao Tribunal contra a farra das taxas municipais" e "Leitor faz contas e diz que juros do IPTU são absurdos", no blog www.olhandoamare.wordpress.com. Acorda, Gaspar.

Calote

O governador Luiz Henrique da Silveira e o secretário de Desenvolvimento Regional, Paulo França, ambos do PMDB, prometeram em discursos, mas até agora não liberaram os recursos vitais para o funcionamento do novo Hospital de Gaspar. Nem os do Fundo Social, nem os da secretaria da Saúde. França diz que está sem forças para cobrá-los e pede ajuda(?). A secretária de Saúde, Carmem Zanotto, por exemplo, diz que não há verbas na secretaria para a região e Gaspar. Ou ela está mal assessorada, ou está ouvindo os médicos e que já fecharam o hospital um dia, ou desconhece o orçamento que gerencia, ou mente. Nem mais. Nem menos. Os dados estão na internet.