Por Herculano Domício - Jornal Cruzeiro do Vale

Concerto do conserto
A coluna de hoje é uma homenagem ao presidente do Samae, Lovídio Carlos Bertoldi e ao grande concerto (é com ?c? mesmo apesar da desafinada sinfonia) que patrocinou aos gasparenses: o lixo de Gaspar, que manobrou, segundo ele, para economizar ao Município e para os munícipes. Economizar? Um réquiem com mau cheiro e em várias partes.  Depois de quase um ano e meio de lenga-lengas, aumentou-se absurdamente para todos; pediu pinico à antiga empresa que recolhia e à qual acusou de dúvidas (a Recicle, de Brusque) e de quebra colocou a alta conta do lixo desta experiência da Say Muller no colo de todos os gasparenses. Isto sem falar na compra da balança de R$ 75 mil e que não tem utilidade alguma até agora. Acorda, Gaspar.

Repetição
Não vou repetir o que escrevi no blog. Querem outras? Leiam no  www.olhandoamare.com: ?Tribunal suspende doação de área verde ao INSS?; ?Gaspar é uma máquina de ?regularizar?o irregular?; ?Zuchi propôs acabar com a superintendência do Belchior?; ?Promotoria questiona no Tribunal o desmembramento?; e ?Gaspar se isola. Pontes caem. Culpados têm desculpas?. Acorda, Gaspar.

Pontes caem I
Por que as pontes caem ou estão prestes a cair em Gaspar? Falta-lhes a óbvia e necessária manutenção em alguns casos. Em outros, falta-lhes o essencial: o projeto, o cálculo e o responsável. Pelo menos é o que se descobre e depreende no despacho da juíza Ana Paula Amaro da Silveira, que na Ação 025.10.000301-4, negou a liminar para Ademir Anderson. Ele queria impedir a construção de uma ponte e que, segundo ele, estaria prejudicando o seu patrimônio.

Pontes caem II
Nos vistos do despacho da magistrada está lá: ?finalmente, asseverou que ao procurar o ente público réu em busca de soluções, obteve a informação de que a obra sequer possui projeto para a execução.? O ente público neste caso é o Município, por meio da secretaria de Obras, a secretaria de Planejamento e do prefeito. No despacho a juíza pediu ao Município de Gaspar: ?Em igual prazo, deverá juntar aos autos o projeto da obra relatada na exordial, acompanhado de outros documentos administrativos necessários a execução desta. Esta ponte fica na Rua José Schmitt Sobrinho, no acesso ao Vale da Fumaça. Já caiu três vezes. Lá já morreu um casal de advogados. As cabeceiras de concreto estão sendo construídas pela WF, empresa da Bateias, fornecedora de marmitas, e que ganha muitas licitações diferentes por aqui. Uma vez até ela perdeu a concorrência porque faltava engenheiro responsável e aval do CREA ? Conselho Regional de Engenharia e Arquitetura.

Canelada
O ex-presidente da Acig, Samir Buhatem, teve um  encontro nada amistoso com o prefeito Pedro Celso Zuchi na abertura do Festival de Aeromodelismo. Tudo por conta de uma insinuação de um ato familiar feito em público durante a reinauguração do hospital no ano passado. Buhatem reagiu. Ao fim, todos se entenderam.

Na Justiça
O ex-vereador Celso de Oliveira, PMDB, entrou na Justiça para o ?Ressarcimento de Danos Causados em Acidente de Veículos?. O acidente aconteceu no final do ano passado e foi manchete no noticiário local. O processo é o 025.10.001130-0 e tem como réu, o espólio de Diego Jessé Pinheiro (e Giovani Alberto Nunes). 

Reflexão
Juan Domingo Peron, ex-presidente populista da Argentina (apoiado pela Igreja Católica e Movimentos Sindicais), citado num artigo recente assinado pelo ex-prefeito do Rio de Janeiro César Maia, DEM. ?Quando tivemos quase toda a imprensa contra, ganhamos, mas quando controlamos quase toda a imprensa, perdemos?. Ou seja, segundo Maia: é tão inócuo os governos tentarem manipular a imprensa quanto à imprensa tentar manipular governos.

Profecia
?Não há chance do PT perder eleições?, disse o presidente Luiz Inácio Lula da Silva no final de semana em entrevista ao jornal espanhol ?El Pais?. Se não há chances, então por que e para que haverá eleições este ano no Brasil?  Então vamos economizar tempo, dinheiro, liberdade, discursos, idéias, debates, denúncias, disputas e principalmente democracia.

Orçamento participativo
Estão cada vez mais quentes as reuniões do tal Orçamento Participativo. Primeiro não tem a dita participação popular. A caravana oficial é muitas vezes superior aos convidados locais que não vão por achar uma perda de tempo. Segundo, o prefeito Pedro Celso Zuchi nunca está presente. A desculpa é que a noite ele está sempre estudando em Brusque (faz Direito). Terceiro, para os que vão, os questionamentos tem sido cada vez mais explícitos e contundentes contra a vice Mariluci Deschamps Rosa e à equipe de governo, presentes. A última feita na Capela Santa Catarina, no Belchior Baixo, não terminou bem.