31/08/2010
Humor
No Brasil, fazer piada de político (uma classe acima de nós cidadãos e cidadãs comuns) em época de eleição era proibido. Era até a semana passada. O Superior Tribunal Eleitoral concedeu a liminar contra mais uma afronta à própria Constituição Federal. Agora, respondam-me rápido: proibir piadas sobre e de políticos? Isto é sério ou é também é uma piada? Aliás, muitos políticos são a própria piada, ou não? E a lista em Gaspar é grande.
A máquina I
Raciocinem comigo, por favor. Será que eu estou tão enganado assim? Como pode se chamar um político que ?trabalha? para o seu povo apenas um mês antes da eleição? Coletor de votos? Esperto? Manipulador de trouxas? Vamos aos fatos; para as coisas reais. O governo de Pedro Celso Zuchi e do PT de Gaspar, disse que tinha dificuldades para cumprir o que prometeu nos palanques porque a catástrofe ambiental de Novembro de 2008 consumia tempo e recursos. Nada a contestar. Plenamente aceitável. Blumenau e Ilhota também tiveram. Mas, o que governo Federal, com os seus múltiplos padrinhos fez pelo município e os gasparenses nos momentos mais dolorosos?
A máquina II
Logo em seguida, veio a desculpa de que o governo de Adilson Luiz Schmitt, PSB, deixou muitas dívidas, dúvidas e sucatas. E aí, parece é que começou a bravata e a falta de rumo. É que o ex-prefeito deixou dinheiro em caixa, maquinário etc e prevendo o discurso difamatório tratou logo de fazer provas. E para criar um factóide, e desmontar as provas, a atual administração montou uma CPI na Câmara com documentos forjados, que os próprios secretários confessaram a manobra. Lembram-se da empreiteira Salseiros que diziam receber por algo que não fez por aqui? Um vexame daqueles. Coisa de amador.
A máquina III
Aí inventaram uma campanha publicitária plagiada e antiga ?Deixa o homem trabalhar?. Foi desmoralizada de imediato. Nem saiu. E foi desmoralizada pelos próprios autores com a nova ?aqui o trabalho nunca pára?. É uma coisa de doido. As duas campanhas tinham como objetivo informar a população de que não faziam mais porque alguém, uma fictícia ou suposta Oposição não permitia. A verdadeira Oposição na Câmara, inexiste; nenhum partido está estruturado numa Oposição ao atual governo e o trabalho se existiu, eles próprios atesta que nunca parou.
A máquina IV
Insatisfeitos com a incompreensão popular, montaram uma reunião com meia dúzia de empresários e os delegados do Orçamento Participativo. Insinuaram, como se publicou, que não conseguiam dormir direito por causa de 14 processos no Tribunal de Contas e no Tribunal de Justiça. Provou-se que todos são de birras e erros administrativos ? inclusive o caso da drenagem do Bairro Santa Terezinha - e que para se livrar deles e trazer resultados para a comunidade, a prefeitura está se adaptando às exigências da Lei (e de todos os processos). E de quebra, nesta comicidade, projetaram gratuitamente o Acácio Schmitt e o Aurélio Marcos de Souza (até então personagens menores).
A máquina V
Qual a verdadeira obra da prefeitura? A reabertura do hospital ou o fechamento parcial do Cars que juraram deixá-lo aberto 24 horas? O asfaltamento do centro da cidade? A retificação, alargamento e asfaltamento da Rua Vidal Flávio Dias? A retirada da barreira do Arraial do Ouro? A construção da ponte no Belchior Baixo? Ou vão negar que isso foi feito pelo governo do estado, pelo governador Leonel Pavan, PSDB, a quem os petistas locais chamam de tucanalhas (tucanos canalhas talvez como gratidão pelos investimentos à comunidade)?
A máquina VI
E o dinheiro do governo Federal para o Anel de Contorno e segunda ponte que se anunciou? E para o Hospital que se prometeu há dois anos? E para o tal viaduto da Rua Duque de Caxias ali na entrada do Gasparinho e que rendeu jornais por aqui ao deputado padrinho? E a recuperação da condenada Ponte Hercílio Deecke? E o tratamento de esgotos e ampliação do tratamento de água que falta nas torneiras? Por enquanto, só o brutal aumento do preço do lixo pelo Samae pra todos nós. A dragagem do Santa Terezinha continua no papel. De concreto, só a inauguração do IF-SC no bairro Bela Vista, que se atrasou nas obras e burocracia por quase um ano para exatamene coincidir com a campanha eleitoral.
A máquina VII
Como o jogo de cena não deu muito certo, como a cata de votos provocou uma reação de descontentamento generalizado na comunidade, alguém acordou. Nesta última semana transformaram a cidade num canteiro de pequenas obras de manutenção. Maquiagem. Coisa do dia a dia. Estão limpando, colocando tubos, capinando, refazendo calçamento, asfaltando, varrendo etc. Será que a população vai se enganar mais outra vez pela máquina do faz de conta, trata o eleitor e a eleitora como burros e se lembra dele um mês antes de cada eleição? Acorda, Gaspar.
Enrolação
O procurador geral do município, Mário Wilson da Cruz Mesquita declarou à repórter Fernanda Pereira que a prefeitura tinha intenção de desapropriar o terreno da massa falida Banco Econômico para reurbanizá-la via o PAC (?) e assim dispô-la aos desabrigados da região da Marinha. Só não fez isso porque a área foi invadida e devido às exigências legais, terras invadidas não servem. Não é bem assim. O PAC tem um viés para casos assim, além do que um acordo entre o Banco, os invasores, a promotoria e o gerenciamento do PAC resolveria tudo isso. Quando quis, o doutor Mesquita foi atrás de algo semelhante, aquela área da massa falida da Sulfabril na Margem Esquerda, cujo valor e propriedade se discute na Justiça. Está se construindo numa área que tem um depósito Judicial e apenas uma imissão de posse. Ou não? Acorda, Gaspar.
Preços
Uma ponte estimada em R$706 mil descobre-se que é possível fazê-la por R$140 mil. Uma escola vai custar R$939 mil e um CDI R$1,33 milhão. Saiba dos detalhes acessando o blog www.olhandoamare.com e leia os artigos ?Ponte estimada em R$706 mil será construída por R$140 mil? e ?CDI vai custar mais do que uma escola nova em Gaspar??
edição 1225
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