Por Herculano Domício - Jornal Cruzeiro do Vale

Caminhão pipa I
Você se lembra deste assunto? Polêmico. E não terminou. Primeiro comemorou-se aqui com festa e capa de jornal, entrevistas às rádios a decisão do juízo da Comarca livrando o prefeito Pedro Celso Zuchi, PT, de culpa no caso e que aconteceu no seu primeiro mandato (2000-2004). Logo depois todos choraram. O Tribunal em Florianópolis reformou a sentença. Condenou o prefeito e os que participaram do negócio. Nem defesa apresentaram. Um rolo.

Caminhão  pipa II
Logo em seguida veio a notícia de que o Tribunal de Contas, também o tinha inocentado o prefeito de algo que ele próprio já havia sido condenado. Mas, não era nada disso. O TCE apenas o livrou de uma multa que aplicou, pois como ele próprio alegou em sua defesa, a Justiça já havia lhe condenado e cobrado a tal multa.  Ou seja, ninguém pode pagar duas vezes a mesma pena. Agora, o Tribunal de Justiça abriu um Inquérito para apurar um possível crime na locação do caminhão pipa. Foi na Sexta-Feira, dia Primeiro de Outubro. O assunto está com o Desembargador Torres Marques.

João David de Borba
O comissionado João David de Borba, de Blumenau, foi nomeado aqui e por acerto políico,teve do prefeito Pedro Celso Zuchi, PT, um decreto liberando-o para trabalhar no Ministério Público do Trabalho, em Blumenau. A contragosto, teve que voltar  a Gaspar ?  local onde não queria trabalhar. Voltou porque a cessão era irregular. Denunciado,  recorreu. Perdeu na Justiça Federal e agora perdeu também no Tribunal de Contas. A publicação da decisão 4471/2010 aconteceu no Diário Oficial, 594, do Tribunal, na Sexta-Feira, dia Primeiro de Outubro. Borbinha foi nomeado ?diretor do Núcleo de Associações de Bairros?, mas na sua volta foi renomeado para ?assessor administrativo da Procuradoria Geral do Município?, num daqueles cargos de assessores.

Propaganda
Dia 30 de Setembro.  Este era o título do mais um ?press release?da prefeitura: ?Zuchi assina convênio para construção de escola e viaduto?. O assunto é velho e como se vê, só se assina, não se faz nada. A Escola é a Luiz de Franzói, na Bateias,  vai ser construída sobre uma área que era de preservação. Ela foi aterrada sem licença ambiental. O outro é o viaduto na Avenida das Comunidades. A divulgação era para alimentar a propaganda pré-eleitoral. Só isso. Agora, é esperar e conferir.

Figurinhas
Os resultados nas urnas em Gaspar mostram a força de algumas lideranças que estão fora do poder: Ivete Hammes, Walter Morello, Pedro Pepê Schmitt, Marcelo Brick,Tereza da Trindade, Adilson Luiz Schmitt, Rodrigo Boeing Althoff, Ademir Serafim, Amadeu Mitterstein entre outros.

Adilson Fora I
Desde o dia 16 de Setembro ? só quem teve acesso ao ?Filieweb percebeu isso - o ex-prefeito Adilson Luiz Schmitt não é mais do PSB que teve até Ciro Gomes na sua filiação por aqui. Aliás, Adilson nunca foi PSB. Sempre esteve no PMDB. Ele diz que está com nojo da política. Duvido. Acabou de mostrar de que está vivo como cabo eleitoral de Aldo Schneider e Mauro Mariani, ambos do PMDB, eleitos com expressivos votos daqui. Se não bastasse, Adilson já espalhou e.mails pedindo votos para José Serra, PSDB, no segundo turno. Acho que estão ai os dois nós: primeiro o horror (até doentio) que ele tem contra o PT, e o PSB é um aliado incondicional do PT em Santa Catarina com Djalma Berger e no plano nacional; segundo, esta decisão tem cheiro de trama para 2012.

Adilson Fora II
Adilson é ex e atual genro de Oswaldo Schneider, o Paca, ex-prefeito pelo MDB e atual presidente do PMDB gasparense. As relações políticas entre os dois nem sempre foram um mar de rosas. A saída de Adilson do PSB pode ter o dedo providencial do seu sogro Paca, quer não quer ver o genro atrapalhando os seus planos de se tornar um candidato viável nas próximas eleições. Adilson nega. Penso também que não será surpresa se Adilson voltar ao PMDB e assim apaziguar tudo naquele que ainda é a melhor força para enfrentar o PT em Gaspar.

Dança dos números
Para refletir: Mariluci Deschamps Rosa, PT, 6.363(2006) e 11.054 (2010); Paulo França, PMDB, 1.001 (2006) e 2.520 (2010); Jean Kuhlmann, DEM,961 (2006) e 2.027(2010); Ismael dos Santos 1.132 (2.002), 663 (2006) e 1.374 (2.010); Giancarlo Tomelin, PSDB, 306 (2006) e 1.134 (2010); Aldo Schneider, PMDB, zero (2006) e 1.040 (2010); César Souza Júnior, DEM, 257 (2006) e 896 (2010); César Cim, PDT, 352 (2002), 734 (2006) e 798 (2010); Dagomar Carneiro, PDT, 1031 (2006) e 733 (2010); Serafim Venzon, PSDB, 584 (2010) e 667 (2010).

edição 1235