Por Herculano Domício - Jornal Cruzeiro do Vale

Sono I
A notícia foi dada aqui em primeira mão. Agora o caso do ?caminhão pipa? (e que tornou um problema já no primeiro mandato de Pedro Celso Zuchi e Albertina Deschamps, ambos do PT) acabou se transformando num Inquérito para uma possível, ou não, Ação Civil Pública. Quem propôs? O próprio Tribunal de Justiça. Este assunto deixou muito nervoso o pessoal da prefeitura (que quer encontrar  quem teve a ?ideia? de investigar este tema. Não fui eu. Nem o Gilberto, muito menos o Aurélio Marcos, o Adilson ou o Acácio como os do poder imaginam e tramam).

Sono II
Este Inquérito foi proposto pela própria Justiça possivelmente devido ao tempo em que ele tramita na Jurisdição, nas chicanas e nas falsas comemorações.  É o que parece ser, a primeira vista, o típico tiro dado para um lado e saído pela culatra de quem quis enrolar e propagandear falsamente. E para arrematar: esse pessoal da prefeitura julga os outros pelas atitudes e modos deles próprios. Acha que os outros só propõem Ação para intimidar, constranger e retaliar. Acorda, Gaspar.

Ponte I
O Promotor Público de Gaspar, Murilo Adaghinari, quer responsabilizar e obrigar o município de Gaspar, leia-se o prefeito Pedro Celso Zuchi e a vice Mariluci Deschamps Rosa, ambos do PT, a restaurar a nossa velha ponte Hercílio Deecke sobre o Rio Itajaí Açú e assim, dar garantias proteção mínima aos que dela se utilizam diariamente. O doutor Murilo acaba de protocolar uma Ação Civil Pública na Primeira Vara da Comarca de Gaspar. A instauração do inquérito aconteceu em Março, fruto de uma denúncia. O inquérito evoluiu. Agora, diante das provas e circunstâncias tornou-se uma Ação Civil Pública.

Ponte II
E qual foi a base da denúncia, do inquérito e da Ação? Um laudo elaborado e assinado pela própria Defesa Civil de Gaspar e a Diretoria de Trânsito ? Ditran, sobre as possíveis perigosas condições da ponte. Este laudo se escondeu na própria prefeitura. É isso mesmo. Eu o consegui via fontes críveis e o publiquei no blog Olhando a Maré ( o qual foi invadido no dia 11 de Setembro e de lá retirado o seu conteúdo, bem como até possíveis provas, o que cada vez mais se entende melhor a razão de tal ato). O pessoal da prefeitura preferiu remediar o perigo que eles próprios atestaram em laudo oficial com um toco de madeira, calçando o pilar da ponte. Hilário se não fosse algo tão sério. Na época, esse pessoal ao invés de agir em favor da comunidade,  ficou uma arara com a divulgação do laudo que escondiam. A titular da Defesa Civil, Mari Inez Testoni Theiss chegou ao cúmulo de ir atrás do possível ?vazador? do que prevenir e fomentar uma solução ao grave caso e que ameaça vidas. Pode? Aqui pode. Acorda, Gaspar.

Ponte III
Quem fez a denúncia ao Ministério Público? Na ausência de vereadores ? que deviam fiscalizar e tomar iniciativas como estas em favor da comunidade que representam ? e na falta de responsabilidade da própria Defesa Civil, foi o cidadão Aurélio Marcos de Souza que representou o caso para o promotor. Pois, é. Foi Aurélio, quem mais uma vez se preocupou com a cidade, e a integridade dos cidadãos e das cidadãs.  O inquérito concluído no dia 29 de Setembro tinha o número 06.2010.000896-1. A Ação Civil Pública para quem se interessar em acompanhá-la é a 025.10.004547-7. Só falta, mais uma vez, culpar-me por mais este ato de cidadania de outros e que apenas alertei aqui na coluna e no blog, com provas. Acorda, Gaspar.

Férias
Como o combinado no início do ano com o editor Gilberto Schmitt, estou em contagem regressiva para as férias. Faço este aviso para que não haja surpresas e mal entendidos. Esta é a minha antepenúltima coluna antes do meu retorno em Dezembro. Também preparo a volta do blog, que passa por um pente fino da polícia especializada para se descobrir  o autor (ou os autores), e possivelmente as razões, da invasão que retirou dele em Setembro, oito meses de conteúdo.

?Católica?
A ex-ministra Dilma Vana Rousseff, PT, está numa maré de dúvidas (e azar). Agora ela é Católica, fervorosa. E como está em campanha à Presidência, Dilma foi ao Santuário de Aparecida um dia antes de 12 de Outubro, dia da padroeira. As imagens mostram muitas coisas, uma delas elementar: Dilma sequer sabe fazer o sinal da cruz corretamente. É algo mínimo, básico e instintivo de um Católico Apostólico Romano. Depois essa gente diz que é coisa da imprensa, da Oposição... Falta-lhes verdade, respeito e transparência.

Hospital I
Vocês sabem quanto a prefeitura de Balneário Camboriú repassa  por mês ao Hospital Santa Inês? R$350 mil. Um acordo, feito agora, repassa mais outros R$50 mil por mês para a unidade neonatal (com UTI). E o hospital de lá faz as contas e diz que é pouco. Tem ainda um déficit de R$400 mil por mês. Aqui em Gaspar, o repasse é de R$175 mil por mês e o prefeito, a vice e os vereadores do PT acham que é muito (e fariam de tudo para diminuir). O seu genro, Fernando Buchen é o diretor clínico do hospital,  ou seja, cuida da parte dos médicos. A queixa de falta deles é continua e grande. E é por falta de pediatra que, frequentemente, repito, frequentemente, os gasparenses ainda têm que nascer em Blumenau, mesmo que o obstetra esteja de plantão no hospital, e  ganhando por isso ( o que é justo). Uma vergonha.

Hospital II
Pior. O PT já fez do hospital de Gaspar um cabide de emprego para o companheiro Aldo Avosani, que também não trouxe ( e nem trará) solução nenhuma. A linha direta com Luiz Inácio Lula da Silva e com a gasparense honorária que tanto apregoam nas campanhas e nas sucessivas entrevistas de rádios, até agora não rendeu nada para o Hospital e a comunidade gasparense. Só discursos. Aliás, o PT pensa que a solução para o caso é repassar o hospital (reconstruído por a iniciativa de um grupo de corajosos que teve que enfrentar o PT e os próprios médicos) que atende pobres, para a Unimed, que só atende associados dela (e que há três anos anunciou abrir o seu por aqui e até agora nada). Para quem já fechou o CARS, após prometer que jamais faria isso nas 24 horas de atendimento em sete dias por semana, falta pouco para sacramentar mais esta barbaridade. Acorda, Gaspar.

edição 1238