Por maioria na Câmara, Kleber - que propagava ser o novo na política - faz acordo com o nanico PDT e abre espaços no governo no velho toma-lá-dá-cá - Jornal Cruzeiro do Vale

Por maioria na Câmara, Kleber - que propagava ser o novo na política - faz acordo com o nanico PDT e abre espaços no governo no velho toma-lá-dá-cá

08/03/2019

PDT é agora Kleber I

A política é feita de negócios e contradições, principalmente às programáticas. O governo de Kleber Edson Wan Dall, MDB, do vice Luiz Carlos Spengler Filho, PP, e do prefeito de fato, o advogado Carlos Roberto Pereira, que é o secretário da Saúde e presidente do MDB gasparense, precisava se reinventar. E se reinventou. Entregou-se à velha política do toma-lá-dá-cá, quando todos pregam mudanças. Casou-se com o nanico PDT, até ontem arqui-adversário na Câmara e aliado de sempre dos governos do petista Pedro Celso Zuchi. As ocupações de cargos já começaram; as confusões também. Na Câmara, o vereador e presidente do PDT, Roberto Procópio de Souza, de adversário ferrenho, tornou-se avalista incondicional de Kleber e Pereira, para a desconfiança do PP e outros que há tempos esperam pelas sobras.

PDT é agora Kleber II

A primeira a ser empregada – e de forma legal, registre-se - por Kleber foi a mulher do próprio Procópio, Ana Janaina de Medeiros de Souza. Ela participou do governo de Zuchi e que não está filiada ao PDT. Ana fez concurso para assistente social. Foi 12ª colocada, chamada em outubro, foi “deslocada” para trabalhar na nova gestão da Superintendência da Defesa Civil. Atua como gestora de fato da área. Já reportei em detalhes na coluna do portal do Cruzeiro do Vale, o mais antigo, mais acessado e atualizado de Gaspar e Ilhota. Diante do que expus, a situação foi regularizada no Diário Oficial dos Municípios só neste 15 de fevereiro. Ou seja, o probatório da senhora Souza está sendo feito fora do foco para a qual ela foi habilitada no concurso.

PDT é agora Kleber III

Agora, veio a outra parte do jogo. Emerson Mauricio Costodio Barth, PDT, foi nomeado por Kleber para cargo em comissão de Diretor de Fiscalização. No PRB coligado, Emerson era o diretor dessa área no governo Zuchi. O outro nomeado é Pedro Pereira, conhecido como Geada. Ele nasceu e viveu no MDB; virou PDT e agora é diretor do Procon de Gaspar, terreno exclusivo que já foi do advogado Procópio – hoje de volta ao escritório de advocacia dele - no tempo de ZuchiEntenderam a trama? Quem sobrou e se tornou um problema? A ex-superintendente do Procon de Gaspar, Simone Carime Makki Voigt. Ela esperava a promoção pelo trabalho profissional que vinha desenvolvendo e não ser levada à uma mera subordinada do Geada, numa jogada política partidária de poder. Para o lugar dela, foi nomeado Thiago Felipe Zardo Machado.

PDT é agora Kleber IV

O mundo dá voltas, o tempo é o senhor da razão e ele lava a alma dos perseguidos. Simone, foi parar – em expresso contragosto - num cargo de consolação como responsável pelo setor de compras no Samae, onde estará exposta sob a instabilidade do presidente, o mais longevo dos vereadores, José Hilário Melato, PP. Justamente numa área onde há uma profissional concursada e boicotada pelo poder de plantão, Ivonete Maas dos Santos. Kleber corre atrás do prejuízo que avalizou; está jogando água nesta fervura. Simone é mulher de Irineu, assessor do juiz Renato Mastella e que atuou aqui na Comarca. Mastella promovido, está em Florianópolis. Irineu acompanhou o juiz, Simone ficou aqui onde o casal possui domicílio: apostou no Procon; segurou até bandeiras do MDB nas esquinas de Gaspar nas eleições de outubro. Neste freio de arrumação, Kleber precisa mais de uma maioria na Câmara do que de um juiz em vara criminal na Comarca de Florianópolis. Kleber que abra o olho!

PDT é agora Kleber V

Como o vereador Procópio se tornou peça chave do governo de Kleber? Criando uma maioria para fazer oposição a Kleber na Câmara e o colocando na parede via a imprensa e o judiciário. Primeiro fez de Silvio Cleffi, PSC, a cria de Kleber, presidente da Câmara e um opositor para a maioria no Legislativo. A candidata de Kleber era a mais jovem vereadora de Gaspar, Franciele Daiane Back, PSDB, partido que nunca esteve no governo. Segundo, abarrotou o governo com requerimentos assertivos. Como não eram respondidos, entrou na Justiça com mandados de segurança colocando de joelhos Kleber. Usou isso, para se projetar na imprensa de credibilidade local. Depois de mostrar a sua capacidade de articulação contra Kleber, Procópio negociou a sua própria rendição com cargos para os seus no governo. Olhou a reeleição do vereador de parcos 481 votos – o último dos 13 - num ambiente que será sem coligações. Todos assistem estupefatos, inclusive o PT. Para lembrar. Nem tudo é matemático ou certo: Procópio também perdeu a eleição à presidente da Câmara, prometida por Kleber, MDB, PP e PSC. Na articulação, Ciro André Quintino, MDB, levou com os votos da dita oposição criada, vejam só, pelo próprio Procópio para encurralar e pedir vantagens a Kleber para o PDT. Deuo o troco à traição. Acorda, Gaspar!

TRAPICHE

Igualzinho. Lembram-se daquela “novela” dos Guinchos Mondini no governo petista de Pedro Celso Zuchi, que se renovou o contrato até não ser mais ele possível? Gaspar ficou sem o serviço de guincho e pátio para os carros apreendidos, gerando prejuízos ao próprio Galego e que ainda tenta cobrá-lo na Justiça.

Pois não é que acontecendo o mesmo com a sucessora ACkar. Acaba de ser feito o terceiro aditivo ao contrato SAF-70, de 2013. Há duas semanas, por conta dessa não renovação, Gaspar ficou sem o serviço de guincho.

Outra há um processo errado nesse pátio da ACkar. O contrato é para remoção (guincho) e guarda de veículos. Está se fazendo a liberação via ofício da Ditran. A inspeção é da ACkar e não de um agente de trânsito, em falta na Ditran. E dizer que o vice-prefeito Luiz Carlos Spengler Filho, PP, é um agente de trânsito.

O que é feito da presidente da Juventude do MDB de Gaspar, Natália Florêncio?

Coisa triste ser governo. O suplente de vereador José Ademir de Moura, PSC, que está no lugar de José Hilário Melato, PP, não sabe a que senhores servir: os eleitores ou o governo.

Queixou-se dos buracos e do mato que segundo ele, está tomando conta das ruas, calçadas e praças de Gaspar. Entretanto, da tribuna, assegurou que não está enxergando o culpado disso, a não ser o calor, a chuva...

O vereador Cícero Giovane Amaro, PSD, é funcionário público; concursado no Samae. Vira e mexe ele reclama que os funcionários são amaldiçoados – inclusive na imprensa e redes sociais -e que sem eles não existiria uma série de serviços.

O vereador finge, ou não entende as queixas dos pagadores de pesados impostos, os que verdadeiramente sustentam a máquina pública. O trabalhador não é contra os servidores, mas seus privilégios, todos legais, e custam ao bolso dos trabalhadores e que os pagadores de impostos não possuem o mesmo direito.

Veja, por exemplo, este da Câmara onde está o vereador. Lá se pode pedir o adiantamento de 50% do 13º, rotulado de gratificação anual, no primeiro dia do ano. E pelo menos dois já tiveram esse benefício legal concedido: Marcos Alexandre Klitzke em 15 de fevereiro, e Vagner César Campos Maciel, em 25 de janeiro.

Então não se trata de ser contra ou a favor dos funcionários públicos, mas de se ter uma isonomia social entre os trabalhadores, principalmente os da iniciativa privada, os demitidos e de salários achatados nas crises econômicas, bem como os mais pobres – muitos deles desempregados e viventes de bicos - e que – por serem maioria – verdadeiramente pagam essa alta conta de privilégios quando compram alimentos, acessam serviços básicos como transportes, compram remédios...

No fundo, o que se questiona, é o modelo de desigualdades que transfere recursos dos mais pobres para os que possuem estabilidade e proteção por leis especiais no trabalho.

Neste sábado é dia comemorar a felicidade no Baile do Hawaii, na Associação da Bunge. A promoção e produção é Cruzeiro do Vale e faz parte da programação dos 85 anos de Gaspar.

 

Edição 1891

Comentários

Miguel José Teixeira
11/03/2019 10:52
Senhores,

Na mídia:

"Seja no sambódromo ou nos blocos, nunca se viu tanta política no Carnaval brasileiro...

Faz sentido: na folia, política. Na política, folia!

E quem paga a festa? Nós "burros-de-cargas".

Acorda, Brasil! Já estamos quase em meados de março. . .
Zebedeu
11/03/2019 07:55
Bom dia Senhor,

O senhor saberia nos dizer por que cargas dagua a obras do Macaco Vei pararam, especialmente a do Gasparinho? Falta dinheiro, planejamento ou competência?
Herculano
10/03/2019 19:54
MÉDICOS ABREM MÃO DE COBRANÇA POR CIRURGIA DE BOLSONARO

Conteúdo de O Antagonista. A internação de Jair Bolsonaro no hospital Albert Einstein em janeiro e fevereiro custará R$ 400 mil aos cofres públicos.

A verba, relata a Folha, sairá dos recursos da Presidência da República.

Os custos não incluem o trabalho dos médicos que realizaram a cirurgia para a reconstrução do trânsito intestinal. Os profissionais não cobraram pela operação nem pela consulta de revisão
Herculano
10/03/2019 19:43
SITE BARNABÉ

O site da Câmara de Gaspar funciona no horário reduzido do funcionalismo.

O que deveria estar disponível 24 horas por dia nos sete dias da semana, agora, chega final de semana ele descansa e priva os gasparenses de pesquisas e da transparência.

Gasta-se para embelezá-lo, mas falha na atualização de conteúdo e disponibilidade.Este final de semana o fato se repetiu. Acorda, Gaspar!
Herculano
10/03/2019 19:40
REGISTRO

Hoje é dia de aniversário de José da Silva, popular Zequinha da Celesc, sujeito de bom papo, fácil relacionamento, incorporado ao folcore de Gaspar e de oratória popular, usada por muitos políticos para os palanques de antigamente. Contam-se 80 anos
Herculano
10/03/2019 15:55
GASPAR QUE É FELIZ É MAIOR QUE OS POLÍTICOS NO PODER DE PLANTÃO

E por que disso? Porque os políticos prometem a felicidade e´eleitos,entregam-na a si próprios e aos seus (parentes, amigos, laranjas, mulas...)

A população percebe que fica de fora dessa partilha, seja qual partido ou ideologia for.

Por inveja devido à incapacidade de tornar a coletividade feliz, ou vingança para não ver um outro fazer o papel que prometeu a coletividade para ela ser feliz, boicota, sabota e trama contra.

E foi por isso, que a nona edição do Baile do Havaii, criado, produzido e promovido pelo jornal e portal Cruzeiro do Vale, que fez parte do calendário oficial dos 85 anos de emancipação de Gaspar, foi sucesso no sábado na Associação da Bunge.

Lá na Associação da Bunge estavam as pessoas felizes, a nova geração que pode dar a Gaspar um novo amanhã. Em casa, os políticos rançosos (e espertos) trocavam mensagens nos seus aplicativos. Nem todas podem ser de conhecimento público. Acorda, Gaspar!
Miguel José Teixeira
10/03/2019 09:51
Senhores,

Pinçado do texto abaixo:

". . . a esquerda mostrou que só consegue se unir no campo da ficção."

Bingo!!!

Olhem seus ícones: lula, dilma, guevara, castros, maduro, chaves e agora, o espanado zédeabreu. . .
Herculano
10/03/2019 07:53
ORVALHO DE CAVALO E BANANAS, por Vinicius Torres Freire, no jornal Folha de S. Paulo

Tutela não impede Bolsonaro de causar tumulto em rede nacional e no governo

Jair Bolsonaro tratou de lombadas e da importação de bananas do Equador em seu primeiro pronunciamento ao vivo. São assuntos da paróquia mental do presidente, mas pelo menos não houve outra crise urinária, como no Carnaval.

No último ano, o Brasil comprou US$ 108 milhões em produtos equatorianos, 0,06% do total das nossas importações. Cerca de 61% foram gastos em chumbo, preparados de peixe, chocolate e cacau. Bananas nem são discriminadas na lista.

Bolsonaro reclamava do que acha concorrência indevida com as frutas do Vale do Ribeira, região pobre do estado de São Paulo, onde passou infância e adolescência.

Poucos dias antes do pronunciamento, "live", a Justiça suspendera as compras de bananas do Equador, para a satisfação da Confederação Nacional dos Bananicultores, que reclama dos subsídios e de vírus da fruta importada, bidu.

Embora Bolsonaro seja um nacionalista rudimentar, não se pode deduzir do discurso da banana que o presidente vá se opor à abertura comercial proposta em tese pelo ministro da Economia, Paulo Guedes.

Ao ouvir tais conversas, há quem se anime com um otimismo perverso: seriam ideias limítrofes, restritas à paróquia mental do presidente, sem efeitos maiores ao menos na política econômica.

De fato, as ideias de Bolsonaro resultam de picuinhas com as lombadas da sua vida: com os quilombolas e a família rica de sua região de infância, com a multa ambiental que tomou quando pescava. Ocupa-se de mineração por causa de uma geopolítica adoidada (o nióbio, a invasão da Amazônia) e do gosto de faiscar ouro - andava com uma bateia no carro. Seus costumes vêm de um mundo de gente que faz rolos e tem milicianos.

Nada disso é inofensivo ou risco menor, pois as picuinhas de Bolsonaro se transformam em insultos contra milhões de brasileiros, iniciativas que ainda não são institucionalizadas, mas por ora meios de mobilização da horda. Também grave é o efeito dessa mentalidade sobre a viabilidade do governo e do país.

As manias que explodem em surtos mais ou menos calculados causam desordem e disseminam incerteza política e econômica. É assim com o presidente e com o circo de aberrações de Itamaraty, Educação e Direitos Humanos.

Difunde-se, porém, a ideia de que o governo possa ser tutelado e em parte terceirizado. Na sexta-feira (8), o Ministério da Educação sofreu discreta intervenção militar, provocada, enfim, por aquela carta enviada às escolas. Houve expurgo dessa gente ligada a um influenciador digital de seitas bolsonaristas chamado Olavo de Carvalho.

Os generais já intervieram no caso de Israel, China, Venezuela e vários disparates presidenciais. Tentam afastar os filhos do capitão do Planalto, mas os filhos são parte desse bicho de várias cabeças, o presidente "Bolsonaros". Em público, o vice-presidente, Hamilton Mourão, governa o gabinete de crise permanente.

O presidente da Câmara, Rodrigo Maia, é um improviso parcial de primeiro-ministro. Articula a reforma da Previdência e supervisiona até a formação difícil da coalizão de Bolsonaro.

Mas Maia não pode nem quer assumir quase só a responsabilidade pela reforma, até porque não tem os recursos do Planalto para tanto.

Os generais têm ascendência sobre Bolsonaro, mas não a caneta. De resto, não podem ameaçar o presidente com uma debandada do governo, pelo qual são corresponsáveis.

É o maior desgoverno da paróquia, agora em rede nacional e insociável.
Herculano
10/03/2019 07:49
COLUNA CARLOS BRICKMANN, por Carlos Brickmann

O presidente da República se queixa de que é impossível viajar de carro sem ser multado, critica a fiscalização eletrônica e diz que não vai gastar mais dinheiro com isso. Não investirá em novas lombadas eletrônicas e, quando as atuais esgotarem sua vida útil, não serão renovadas.

Há estradas em que a oscilação da velocidade máxima parece mesmo uma pegadinha para multas. Mas este é problema do Governo, não da tecnologia. E, num país em que mais de 50 mil pessoas morrem por ano no trânsito e 350 mil vão para o hospital, que vale mais: evitar multas ou evitar mortes?

A instalação da lombada eletrônica no Brasil, em 1992, foi decisiva para reduzir os acidentes de trânsito em 70%. O BID, Banco Interamericano de Desenvolvimento, cita a experiência brasileira como referência mundial. No lugar onde há lombadas eletrônicas, os acidentes se reduziram em 30% e as mortes em 60%. Em pontos mais perigosos, as mortes caíram a quase zero.

Ninguém gosta de ser multado, mas pesquisa de 2002 dá 84% a favor do monitoramento eletrônico. Estudo do Ibmec mostra que em 2004 as lombadas eletrônicas evitaram mais de mil mortes. Custo das lombadas? Comparando, pequeno: cada acidente com morte nas rodovias federais custa R$ 418 mil ao Governo; cada ferido, R$ 86 mil. Mesmo que os acidentados se recuperem totalmente - o que nem sempre ocorre - saturam o SUS.

Vale a pena morrer para não ser multado?

FALA MUITO!

Não há dúvida de que os três zeros à esquerda, 01, 02 e 03, dão trabalho ao PaiPai. Mas Bolsonaro, o Zero Alfa, também não perde uma oportunidade de provocar polêmicas que, se perder, farão mal ao Governo, e se ganhar não lhe trarão qualquer vantagem. Já brigou com Daniela Mercury, Caetano, com dois senhores que acham que ficar nus no centro de São Paulo, com o dedo no ânus e urinando um no outro, é um protesto contra sabe-se lá o que. A briga com os referidos senhores (que dizem fazer oposição aberta, mas não revelam seus nomes) repercutiu no mundo - e repercutiu mal. Bolsonaro fala muito, durante o Carnaval soltou 29 twitters, sobre os mais diversos temas, mas só tocou no que é importante, a reforma da Previdência, na sexta, 7. Aí falou sobre reforma tributária e retomada dos investimentos. Aliás, a reforma da Previdência é o que interessa à economia, aqui e lá fora.

A opinião de dois peladões pouco higiênicos não tem a menor importância. Pois foi com eles (mais alguns artistas) que o presidente gastou boa parte de seu tempo.

MUIIIIITO!

Bolsonaro, em frase infeliz, disse que democracia e liberdade só existem quando as Forças Armadas querem. E a Constituição, nada? A coisa pegou tão mal que o general Augusto Heleno teve de explicar que não era bem isso. E, em sua permanente campanha para ignorar jornais e jornalistas, Bolsonaro anunciou que todas as quintas usará um live para contar o que o Governo faz. Trabalho inútil: em menos de três meses, e apesar do tempo no hospital, Bolsonaro encaminhou a maior parte da reforma da Previdência e o pacote anticrime de Sérgio Moro. Seria mais que suficiente para consagrar seu início de Governo, apesar de alguns ministros esquisitos - desde que não quisesse discutir também questões celestiais de gênero, como o sexo dos anjos.

PROBLEMAS...

Há forte desaceleração nos mercados internacionais, em grande parte por causa da disputa comercial entre EUA e China. As exportações chinesas caíram 20,7% em fevereiro. Esperava-se a queda, mas algo como 6%. Em dinheiro: o superávit previsto para fevereiro era de US$ 24,5 bilhões. Ficou em US$ 4,12 bilhões. Em janeiro, o superávit tinha sido de US$ 39,16 bilhões. E algo que afeta o Brasil: as importações caíram 5,2%, contra 2,5% previstos. A Bolsa de Xangai perdeu 3% em um só dia.

... E RESULTADOS

Nos Estados Unidos, onde a economia vive uma fase de pleno emprego (até 4% de desempregados), houve alguma criação de vagas: de 4%, o índice de desemprego caiu para 3,9%. O salário médio subiu 0,3% em fevereiro; de um ano para outro, a alta salarial foi de 3,3%, contra 3,2% de janeiro. Não são taxas espetaculares, mas são positivas. E Trump já começa a se preparar para a reeleição. Os opositores democratas ainda não têm nomes fortes.

A VIDA COMO ELA FOI

Um livro notável, de um jornalista notável, com depoimentos de notáveis jornalistas, será lançado amanhã, na sede da ABI, Rio, às cinco da tarde. Aziz Ahmed, em Memórias da Imprensa Escrita, conta tudo o que viu, e que não foi pouco: Carlos Lacerda, antes de ser político, queria ser autor de novelas; De Gaulle jamais disse que o Brasil não é um país sério; uma festa no dia da posse do presidente Kennedy foi suspensa pela polícia, chamada por um cidadão incomodado com o barulho. Leia ali a última entrevista de Ricardo Boechat. Há Samuel Wainer, há o próprio Aziz Ahmed.

Não dá para perder.
Herculano
10/03/2019 07:40
COM OPOSIÇÃO FICTÍCIA, ESQUERDA PROTAGONIZA COMÉDIA PASTELÃO BARATA, por Bruno Boghossian, no jornal Folha de S. Paulo

Participação de políticos em piada de ator global revela oposição ingênua e sem rumo

Como se não bastasse um governo alucinado, a oposição também migrou para o mundo do delírio. Ex-presidentes, líderes parlamentares e dirigentes de partidos de esquerda tentaram fazer uma brincadeira e declararam apoio ao ator José de Abreu como presidente autoproclamado do Brasil.

A piada começou como uma crítica ao venezuelano Juan Guaidó, que fez o mesmo em seu país para tentar derrubar Nicolás Maduro. O ator global gostou do personagem e transformou a esquete em um palanque contra Jair Bolsonaro. Os políticos que entraram na onda talvez não tenham percebido, mas são estrelas de uma comédia pastelão barata.

Abreu começou a convocar figuras da esquerda nas redes sociais para seu governo fictício - e elas responderam. Chamada para o Ministério de Energia Convencional e Alternativa, Dilma Rousseff pediu que ele conduzisse o Brasil "com perseverança e olhando para nossa gente".

Na partilha de cargos, Lula recebeu o Ministério dos Justos. Da prisão, mandou um bilhete ao ator declarando ser seu cabo eleitoral.

Além dos petistas, Jandira Feghali (PC do B) chegou a publicar uma foto de um evento convocado por Abreu em seu desembarque no aeroporto do Rio, na sexta (8). "O presidente chegou!", exclamou.

O que deveria ser um protesto bem-humorado revelou uma oposição ingênua e sem rumo.

Convidado pelo global para ser o ministro fictício das Relações Institucionais, o deputado Marcelo Freixo (PSOL) respondeu: "Kkkkkk". Criticado por um seguidor, argumentou que o humor "também desestabiliza a tirania". E completou: "A ação da esquerda no Congresso não tem sido pequena, seja justo".

Até agora, quem mais incomodou o governo na Câmara e no Senado foi o centrão, que conseguiu emparedar Bolsonaro. Enquanto isso, a oposição parece não ter ideia de como fazer oposição. Rachada entre siglas que disputam protagonismo, a esquerda mostrou que só consegue se unir no campo da ficção.
Herculano
10/03/2019 07:36
BOLSONARO É QUEM GARANTE MÍDIA DESINFORMADA, por Cláudio Humberto, na coluna que publicou hoje nos jornais brasileiros

Diante de notícia sobre "inquietação dos militares", desconfie, mas se a manchete destaca "generais preocupados com recuos do presidente", tenha certeza: é mentira. Muitos jornalistas sem fontes não deveriam fazer isso, mas optam pela fantasia aparentemente porque não falam com ninguém no Planalto. Eles mal sabem que, disciplinados, militares batem continência e todos - todos - têm Bolsonaro como ídolo. Mas há um culpado pela desinformação na grande mídia: o próprio presidente.

ESPAÇO DESPERDIÇADO
Bolsonaro se incomoda demais com a imprensa para alguém que a despreza. Seria mais inteligente ocupar seus espaços.

MR. SIMPATIA
"A mídia é feita para governados e não para governantes", diz o vice Mourão, que usa bem o espaço "naturalmente reservado" na mídia.

O BARATO DAS REDES
Bolsonaro recebeu 11 jornalistas para uma conversa promissora, mas o barato dele é outro: redes sociais, onde se sente bem mais à vontade.

EMOÇÃO DIÁRIA
À aproximação de Bolsonaro, no quotidiano do Planalto, militares de qualquer patente até se emocionam. A cada contato, a cada "bom dia".

FORÇA-TAREFA DO MPF EM CURITIBA FICOU BILIONÁRIA
O acordo entre a justiça dos Estados Unidos, a Petrobras e o Ministério Público Federal fixou o pagamento, pela estatal, de R$2,5 bilhões ao estado brasileiro, mas o dinheiro acabou nas mãos da força-tarefa da Lava Jato em Curitiba. Esse valor corresponde a 60% do orçamento de todo o Ministério Público Federal (MPF). O acordo provocou estupefação no Supremo Tribunal Federal (STF), até porque a gestão de fundos dessa natureza não está prevista na lei que disciplina o MPF.

DESTINATÁRIO ERA OUTRO
Ministros do STF acham que o dinheiro entregue ao MPF deveria ser devolvido ao governo, em vez de ser entregue a alguns procuradores.

MP BILIONÁRIO
Do total, R$1,25 bilhão ficarão numa conta corrente do MPF. Após dois anos os rendimentos vão para uma fundação privada da repartição.

PARTE INTERESSADA
Após 5 anos de criação da conta do MP e do fundo privado, todo o valor que esteja na conta será destinado para a fundação do MPF.

NÃO VALE O DESGASTE
Ao lutar pela manutenção do Benefício de Prestação Continuada, na reforma da Previdência, o presidente da Câmara, Rodrigo Maia, disse que isso pode ser politicamente "mortal" e o impacto fiscal seria nulo.

TECNOLOGIA É A CHAVE
O ministro Sérgio Moro (Justiça) defendeu uso de tecnologia para coibir crimes contra a mulher. De 51 mil tornozeleiras eletrônicas no Brasil, apenas 2,83% (1.450) são usadas na proteção de mulheres, disse.

FIM DA MORDOMIA
O governador Ronaldo Caiado (DEM-GO) determinou o leilão de dois carros de luxo Hyundai Equus que serviam ao ex-governador Perillo, avaliados em R$350 mil. A grana vai para o Hospital Materno Infantil.

BOQUINHAS, COMO SEMPRE
O cargo de Líder do Governo no Congresso foi criado em 1985 para atuar apenas em sessões conjuntas da Câmara e do Senado. Desde o governo Lula, ganhou caráter permanente, com direito a muitos cargos.

VALIDADE DA CNH
Por decisão de Bolsonaro, o governo estenderá o prazo de validade da habilitação. Avalia apoiar projeto do deputado João Roma (PRB-BA), que amplia de cinco para dez anos o prazo de validade da CNH.

AZAR É Só NOSSO
Houve apenas três ganhadores nos 21 primeiros sorteios da Mega Sena de 2019. A Caixa faturou R$872,6 milhões e pagou só R$263 milhões em prêmios somando a Mega Sena, a Quina e a Quadra.

DEMOCRACIA CHILENA
Neste domingo (11) o Chile lembra os 29 anos do fim da ditadura militar no país, marcado pela posse do presidente Patrício Alwyn em 1990, após o fim do regime chefiado pelo general Augusto Pinochet.

LONGO CAMINHO
De acordo com o governo, chega a 6% a média de mulheres ligadas ao trabalho no campo. É o setor de menor presença feminina. Outro é o Congresso, onde são apenas 11% dos parlamentares.

PERGUNTA NO COMEÇO
O governo mal começou ou começou mal?
Herculano
10/03/2019 07:08
A TURMA DA LAVA JATO CRIOU CRIOU UMA FUNDAÇÃO, por Elio Gaspari, nos jornais O globo e Folha de S. Paulo

Os doutores da força-tarefa superestimaram sua força e extrapolaram suas tarefas

Em setembro passado, a Petrobras e o governo americano assinaram um acordo pelo qual a empresa encerrou seus litígios com os órgãos reguladores daquele país. Era um espeto de US$ 2,95 bilhões. Nessa negociação acertou-se que o equivalente a R$ 2,5 bilhões seriam pagos às "autoridades brasileiras".

Em dois momentos o acordo se refere às "Brazilian authorities" como destinatárias do dinheiro.

Em janeiro deste ano, o doutor Deltan Dallagnol e outros 11 procuradores da força-tarefa da Lava Jato de Curitiba assinaram um acordo com a Petrobras pelo qual o dinheiro que deveria ir para as "autoridades brasileiras" foi para uma conta aberta numa agência da Caixa Econômica de Curitiba em nome do Ministério Público Federal.

Seria razoável supor que os R$ 2,5 bilhões fossem para a conta do Tesouro Nacional, nome de fantasia da Bolsa da Viúva, mas, afinal de contas, eles, como os diretores de hospitais, também são autoridades.

Os doutores da força-tarefa superestimaram sua força e extrapolaram suas tarefas. Superestimaram seus poderes colocando sob sua jurisdição um dinheiro que deveria ir para o Tesouro. Exorbitaram suas tarefas quando estabeleceram que metade dos R$ 2,5 bilhões seja transformado num fundo para financiar uma fundação de direito privado.

Ela ainda não existe, mas, segundo os procuradores, seus recursos "serão destinados ao investimento social em projetos, iniciativas e desenvolvimento institucional de entidades idôneas que reforcem a luta da sociedade brasileira contra a corrupção, inclusive para a proteção e promoção de direitos fundamentais afetados pela corrupção, como os direitos à saúde, à educação e ao meio ambiente, dentre outros". Tudo, enfim.

O ervanário, correspondente ao orçamento da Universidade de Campinas, foi burocraticamente apropriado para sustentar uma fundação de natureza privada. Se essa tivesse sido a combinação da Petrobras com o governo americano, seria o jogo jogado. Em nenhum momento os procuradores de Curitiba ou mesmo a Procuradoria-Geral da República são mencionados no acordo americano.

No item 7 do acordo firmado pelo Ministério Público com a Petrobras, os doutores dizem que "as autoridades norte-americanas consentiram" em que os recursos "sejam satisfeitos com base no que for pago (...) conforme acordado com o Ministério Público Federal".

Seja qual for o significado desse "satisfeitos", esse consentimento não consta do acordo. Vá lá que tenham combinado noutra sala. Pode sobrar para o lado americano da combinação.

No item seguinte está escrito que "conforme previsto no acordo com a Security Exchange Commission (a CVM americana) e o Departamento de Justiça, na ausência de acordo com o Ministério Público Federal, 100% do valor acordado com as autoridades americanas será revertido integralmente para o Tesouro norte-americano".

Isso não consta do texto mencionado. Lá está escrito que o dinheiro voltará para o Tesouro americano se a Petrobras não o entregar às autoridades brasileiras. Nada a ver com "acordo com o Ministério Público Federal".

A turma da Lava Jato acha que pode tudo. Pode até nomear um procurador aposentado para presidir essa fundação milionária. Talvez possa, mas fica feio.

Serviço: Todos os documentos mencionados neste texto podem ser consultados no site Migalhas.

FACHIN TRAVOU A FESTA
Talvez a turma da Lava Jato possa tudo, mas num caso semelhante ao da apropriação burocrática dos R$ 2,5 bilhões do acordo da Petrobras, o ministro Edson Fachin travou a festa.

O Ministério Público Federal queria destinar o butim amealhado pelo casal de marqueteiros João Santana e Mônica Moura ao Fundo Penitenciário Nacional. Eles deviam R$ 6 milhões em multas e repatriaram US$ 21,8 milhões de contas que mantinham no exterior, alimentadas por empreiteiras.

FACHIN FOI CLARO
"O valor deve ser destinado ao ente público lesado, ou seja, a vítima, aqui compreendida não necessariamente como aquela que sofreu diretamente o dano patrimonial, mas aquela cujo bem jurídico tutelado foi lesado. No caso, a Administração Pública."

Fachin mandou que o dinheiro da multa também fosse para a Viúva, "cabendo a ela e não ao Poder Judiciário, inclusive por regras rigorosas de classificação orçamentária, definir, no âmbito de sua competência, como utilizará essa receita".

HARDT NÃO LEU
A defesa de Lula está sendo boazinha com a juíza Gabriela Hardt, que o condenou a 12 anos no processo do sítio de Atibaia. Reclamam porque ela copiou e colou trechos de outra sentença de Sergio Moro.

É pior. A doutora simplesmente não leu o que assinou. Se tivesse lido, não diria que Léo Pinheiro e José Aldemário Pinheiro são duas pessoas diferentes. Léo é o apelido de Aldemário. Esse seria o erro menor.

Na última página de sua sentença, quando colou o trecho da sentença de Moro, ela menciona um "apartamento" quando julgava o caso de um sítio. "Apartamento" era o tríplex do Guarujá.

A juíza não leu o que colou.

VIVANDEIRAS
Seja qual for a leitura que se faça da frase de Bolsonaro - "democracia e liberdade só existem quando a sua respectiva Força Armada assim o quer" -, fica uma pergunta: e quando elas não a querem, o que entra no lugar?

A resposta simples é que se vai para uma ditadura, mas isso não é tudo. Vai-se também para um período de anarquia militar.

Na ditadura das louvações de Bolsonaro, a anarquia instalou-se na madrugada de 2 de abril, quando o general Costa e Silva nomeou-se ministro da Guerra. Sucederam-se sedições. Em 1965, o marechal Castello Branco foi obrigado a editar o Ato Institucional nº 2, que acabou com a eleição para presidente e governadores. Em 1968, Costa e Silva foi (com gosto) levado a baixar o AI-5. Em 1969, impedindo a posse do vice-presidente Pedro Aleixo para instalar a Junta Militar dos "Três Patetas".

Em outubro de 1977, no último suspiro da anarquia, o ministro Sylvio Frota achou que emparedaria o presidente Ernesto Geisel. Foi demitido.

O então capitão Augusto Heleno, atual ministro do Gabinete de Segurança Institucional, deve se lembrar desses dias, pois era um jovem ajudante de ordens de Frota.

O capitão Bolsonaro deixou o Exército em 1988, com a carreira comprometida por atos de indisciplina. Como paisano, deve evitar uma carapuça lançada em 1964 pelo marechal Castello Branco quando apontou para as "vivandeiras alvoroçadas, (que) vêm aos bivaques bolir com os granadeiros e provocar extravagâncias do Poder Militar".

PAULO FALARÁ?
A banda chique do PSDB paulista está conformada e acha que em breve seu operador Paulo Vieira de Souza começará a colaborar com a Viúva.

Paulo Preto está na cadeia e já foi condenado a penas que somam mais de um século.
Herculano
09/03/2019 22:20
DEUS TINHA RAZÃO, por Bolívar Lamounier, sociólogo, na revista Istoé

Consta que Deus realmente se empenhou em ser brasileiro, mas desistiu quando constatou quantos incompetentes, irresponsáveis e desmiolados fazem parte de nossas elites políticas, econômicas, sindicais, empresariais, clericais etc. Não quis emprestar seu prestígio a um País de tal forma obcecado pelo fracasso.

De fato, em 2018, a economia brasileira logrou o portento de crescer 1,1%. Isso mesmo: 1,1 por cento. Cifra que sequer arranha a massa de mais de doze milhões de desempregados. Nossa renda por habitante é de uma cruel mediocridade, algo em torno de onze mil e quinhentos dólares anuais. Se operarmos o milagre de fazê-la crescer 3% ao ano, levaremos 23 anos - uma geração inteira - para atingir o modesto nível atualmente desfrutado por Portugal. Mesmo conhecendo esses números, uma parte substancial das elites a que me referi resiste com unhas e dentes a reformar o País.

Outro dia, li que uma ilustre doutora em economia contestava a necessidade de reformar a Previdência devido à estrutura demográfica brasileira. Ora, sabemos todos que a chamada transição demográfica - a passagem de um padrão de alta natalidade e alta mortalidade para um de baixa natalidade e baixa mortalidade - ocorreu no Brasil em um período de cerca de 40 anos, um terço do tempo que se verificou na França, por exemplo. Ou seja, de agora em diante, se o tempo de trabalho para se aposentar não for substancialmente aumentado, teremos um número decrescente de jovens trabalhando para assegurar a aposentadoria de uma quantidade enorme de aposentados precoces.

Com um seríssimo agravante: a parcela decrescente de jovens incumbida de sustentar os aposentados precoces terá um nível de escolaridade e qualificação baixíssimo, diria mesmo catastrófico, para enfrentar os novos desafios do mundo do trabalho. A maioria deles estará condenada a empregos ruins e mal remunerados. Será uma catástrofe para ninguém botar defeito.


Mas ainda tem mais. Esse País que estamos delineando já começa a se configurar. Será uma realidade escancarada dentro de quinze ou vinte anos. A desigualdade social será pior que a atual. O conflito entre grupos e camadas sociais, mais acirrado do que nunca. A indiferença de cada um pelo destino coletivo, o culto à amoralidade, à criminalidade e a tudo mais que meu leitor quiser imaginar, provavelmente estarão em franca ascensão. Convenhamos, pois: Deus tinha razão.

Sem reforma na Previdência, a desigualdade social será pior que a atual. Os conflitos, mais acirrados que nunca. Culpa das elites
Herculano
09/03/2019 22:09
BAILE DO HAVAII

Acaba de começar na Associação da Bunge, em Gaspar, a nona edição do Baile do Hawaii, criação e promoção do jornal e portal Cruzeiro do Vale.

Lotação maior do que os anos anteriores, mesmo com o poder de plantão político trabalhando contra para que tudo fosse um fracasso, como forma de vingar a independência do jornal e portal que sobrevive sem as verbas da prefeitura e que sustentam a concorrência sem audiência.

Acorda, Gaspar!
Herculano
09/03/2019 22:06
REDE DESISTE DE FUSÃO

A Rede desistiu da fusão com o PPS, informa o Estadão.

A decisão foi tomada neste sábado em reunião da Executiva Nacional do partido, em Brasília.
Herculano
09/03/2019 20:14
INJUSTIÇA

Os aposentados mais ricos ficam com 41% do dinheiro da Previdência. Todos servidores públicos e políticos. São eles que estão manipulando o jogo para continuar a injustiça e para tanto, dizem que são os defensores dos pobres. Os analfabetos, ignorantes e desinformados estão se deixando enganar mais uma vez por gente sabida e decidida.
Herculano
09/03/2019 20:05
UM GURU PRA BOI DORMIR

De Rodrigo Constantino, no twitter

Olavo de Carvalho faz mal à direita brasileira, e seus "alunos" inspirados em Steve Bannon, que nem Trump quis por perto, fazem mal ao governo Bolsonaro. Eu quero o sucesso desse governo, e por isso mesmo acho fundamental retirar certas figuras jacobinas de lá.
Herculano
09/03/2019 07:58
HOJE É DIA DE BAILE HAWAII NA ASSOCIAÇÃO DA BUNGE, EM GASPAR. DUAS BANDAS. SEIS HORAS DE FESTA E ALEGRIA
Herculano
09/03/2019 07:56
REFORMA PREVIDENCIÁRIA DOS MILITARES NÃO TERÁ AUMENTO SALARIAL

Conteúdo de O Antagonista. Em entrevista ao Estadão, o secretário especial de Previdência, Rogério Marinho, afirmou que o projeto que muda a previdência dos militares não vai prever aumento salarial para a categoria.

Segundo Marinho, porém, o projeto permitirá a incorporação de gratificações à medida que o militar avance na carreira, o que não teria impacto previdenciário.

"É um projeto em que, ao mesmo tempo em que trabalha a reestruturação da assistência, também há uma 'rearrumação' da questão da carreira, mas não aumento salarial, nada que implique em impacto previdenciário", disse.
Herculano
09/03/2019 07:35
da série: começou o enquadramento às maluquices e malucos influentes no governo, descomprometidos com o pragmatismo e resultados pela qualidade do ensino

SAÍDA DE PUPILOS DO MEC ESCANCARA QUEDA DE BRAÇO ENTRE OLAVO DE CARVALHO E MILITARES, por Daniela Lima, na coluna Painel, do jornal Folha de S. Paulo

Pane no sistema
A saída de quadros ligados a Olavo de Carvalho do Ministério da Educação marca novo patamar na queda de braço travada entre o guru do bolsonarismo e militares que compõem o governo. Dois parlamentares ligados ao escritor definem o episódio como a maior crise já exposta no núcleo ideológico que dá suporte ao presidente. Em disputa está a tutela do discurso de Jair Bolsonaro. Aliados do Planalto não veem o MEC como o único front. Apostam em tensões também no Itamaraty.

Até tu, Brutus?
Olavistas atribuíram a decisão de Vélez de demitir ou deslocar aliados do escritor como fruto da pressão de diversos grupos, mas especialmente de pessoas ligadas ao Exército e ao Ministério da Economia. Ações de empresas como a Kroton fecharam em alta nesta sexta (8).

Torniquete
Assim que a crise começou a explodir nas redes sociais, Bolsonaro escalou aliados para tentar conter o desconforto. No fim, nem todas as exonerações previstas foram publicadas.

Questão de estilo
Olavistas não negam incômodo com o que chamam de impasse entre o "conservadorismo que Carvalho representa e que mobiliza apoiadores de Bolsonaro" e o "positivismo dos militares", vistos como pouco afeitos a pautas de costumes e religião, além de muito pragmáticos nas relações exteriores.

Fraquejou
O anúncio de que o presidente planeja uma viagem à China foi visto como sinal de que ele está "cedendo ao discurso dos militares". Quando parlamentares do PSL foram ao país comunista, Olavo de Carvalho protagonizou uma cruzada nas redes.

Eis-me aqui
Em meio à crise, ganhou corpo um movimento para substituir Vélez no MEC. Stavros Xanthopoylos, que ajudou a elaborar o programa de Bolsonaro na campanha e tem afinidade com militares, começou a falar sobre o assunto com integrantes do governo ligados à área.

Menos um
A saída de Pablo Antônio Tatim da Subchefia de Ação Governamental da Casa Civil releva mais um sinal de divisão no Planalto. Apesar da proximidade com o ministro Onyx Lorezoni, ele não conseguiu vencer a resistência do grupo ligado ao general Floriano Peixoto (Secretaria-Geral da Presidência).

Com açúcar...
Auxiliares do ministro Onyx Lorenzoni (Casa Civil) dizem que uma das principais preocupações do Planalto é a composição da Comissão de Constituição e Justiça da Câmara, que deve ser instalada na próxima semana.

...e com afeto
O grupo da articulação política do Planalto diz que espera contar com a ajuda de Rodrigo Maia (DEM-RJ), presidente da Casa, para convencer líderes partidários a indicarem ao colegiado nomes que "tenham carinho" pela reforma da Previdência.

Mais de 40ºC
Caciques do centrão fizeram graça da contagem de apoios às novas regras de aposentadoria na Câmara apresentada pelo ministro Paulo Guedes (Economia) ao Estado de S. Paulo. Em entrevista ao jornal, Guedes disse que faltam menos de 50 votos para aprovar a medida. "Está com febre", disse um líder.

Ligue os pontos
Na véspera da montagem das comissões que vão analisar a reforma, o Judiciário celebrou o pedido de criação da Frente Parlamentar Mista em Defesa do Serviço Público. O autor da proposta, Professor Israel Batista (PV-DF), registrou o apoio de 235 deputados.
Herculano
09/03/2019 07:26
OS JOVENS, A MUDANÇA E O MEDO

Frases de dois tuítes de Luiz Felipe Pondé

Não, os jovens não estão preparados para fazer um mundo melhor. Nenhum jovem nunca esteve. Essa ideia é um fetiche vagabundo de alguns poucos jovens dos anos 1960 e adjacências. Ou de artistas que fazem desse fetiche seu mercado de consumo.

Os jovens estão com medo, e com razão. Olham para os mais velhos e veem um bando de gente imatura fingindo que tem 25 anos mentais. O culto do retardamento mental como forma de autonomia. Professores que mais parecem mendigos em busca de autoestima.
Herculano
09/03/2019 07:23
PRESIDENTE 'INTERVÉM' E FAZ UMA LIMPA NO MEC, por Cláudio Humberto, na coluna que publicou hoje nos jornais brasileiros

O presidente Jair Bolsonaro decidiu iniciar uma espécie de "intervenção branca" no Ministério da Educação, chefiado pelo colombiano Ricardo Vélez. O ministro foi chamado ao Palácio do Planalto na quinta-feira (7) para ser informado da decisão do comando do governo de iniciar a substituição de assessores e secretários do MEC. Segundo fonte do Planalto, nesta fase inicial podem ser dispensadas até oito pessoas.

IMPERDOÁVEIS
A decisão de fazer "uma limpa" no MEC foi motivada por erros e constrangimentos provocados inclusive nas redes sociais.

ASSIM NÃO DÁ
Bolsonaro tem grande respeito pelo filósofo Olavo de Carvalho, mas não permitirá que ele administre o MEC por meio de "discípulos".

DESMENTIDO
Ao ser informado da decisão do Planalto, o filósofo foi às redes sociais pedir que seus seguidores abandonem o governo.

BOCA DE SIRI
Procurado pela coluna, o Ministério da Educação não comentou as demissões até o fechamento desta edição.

REDES PERMITEM A BOLSONARO ROMPER ISOLAMENTO
Muita gente estranha a dedicação extremada de Jair Bolsonaro às redes sociais, endossando as críticas duras a postagens do presidente durante o Carnaval. Mas poucos sabem que é através das redes sociais que Bolsonaro, em seu isolamento no palácio Alvorada, imposto pelo poder, mantém contato com o seu povo. Adora um bate papo, contar piadas, dar risadas, e nas redes sociais ele vive um pouco disso.

QUEM FAZ, QUEM LÊ
"Zero Dois", como Bolsonaro chama seu filho Carlos, administra suas contas nas redes sociais. Mas o presidente gosta de ler as mensagens.

COMO TODO MUNDO
Como qualquer pessoa, ele adora a força que recebe dos seguidores, e também se aborrece e às vezes não consegue ignorar os ataques.

CONECTADO
Fora de redes sociais, Bolsonaro gosta de conversar "sobre a vida lá fora" com auxiliares humildes do Alvorada, além de seguranças.

CHAPA ESQUENTOU
O suplente do deputado Marcelo Álvaro Antônio (PSL), atual ministro do Turismo, pode arrumar as gavetas porque o titular vai reassumir o mandato. O presidente Jair Bolsonaro deve demiti-lo sem demora.

PETISTA PREMIADO
Diplomatas perseguidos na era PT não entendem as homenagens do governo Bolsonaro ao ex-ministro petista das Relações Exteriores Antonio Patriota, que será removido de Roma para Haia, na Holanda.

E PARA ÁFRICA, NADA?
Último chanceler do governo Dilma, Mauro Vieira vai para Atenas e Luiz Alberto Figueiredo, o penúltimo, para Copenhague. Na era PT, diplomatas não-petistas acabavam em remotos países africanos.

MANDOU BEM
Em Brasília, o governador Ibaneis Rocha abriu inquérito contra médicos flagrados assistindo tevê, enquanto dezenas de doentes na sala de espera choravam por atendimento. E demitiu o diretor do hospital.

HAJA RIVOTRIL
A denúncia na 13ª Vara federal de Curitiba contra o ex-senador Sérgio Machado, ex-presidente da estatal Transpetro nos governos Lula e Dilma, aumentou muuuuito o consumo de Rivotril no MDB de Alagoas.

LARANJAL MAIS PRóXIMO
O presidente do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP), publicou tweet na sexta (8) avisando que estava "em Laranjal do Jari". As redes sociais não perdem a piada: "ele não precisava viajar para visitar um laranjal".

Só NO GOGó
Criada por ocasião do Dia Internacional da Mulher, a comissão externa sobre violência contra mulher tem cinco deputadas de quatro partidos. O PT, que explora o tema no discurso, não tem ninguém.

CARNE DE PESCOÇO
A Justiça Federal do DF aceitou denúncia para investigar esquema de propina no Banco de Brasília (BRB). O juiz Vallisney de Oliveira é o mesmo que aperta o petista Lula por vender medidas provisórias.

PENSANDO BEM...
...prioridade e comprometimento de verdade no Congresso, só com as regalias e folgas.
Herculano
09/03/2019 06:58
da série: a importância da imprensa e a razão pela qual os políticos no poder plantão, sejam de que ideologia, grupos ou partidos pertençam, tentam calar, desmoralizá-la, sufocam-na financeiramente. Temem serem pegos de calças curtas ou à exposição de suas sacanagens e hipocrisias.

O LARANJAL FLORESCE, por Julianna Sofia, secretária de Redação da sucursal de Brasília do jornal Folha de S. Paulo

Por que Bolsonaro não defende o ministro do Turismo? Não o demite? Não classifica acusações de fake news?

Não há hoje na Esplanada dos Ministérios quem defenda a permanência do ministro Marcelo Álvaro Antônio (Turismo) no governo. Nem o próprio presidente Jair Bolsonaro se arrisca a escudar o subordinado e joga-o na arena com os leões. "Deixa as investigações continuarem", declarou nesta sexta (8).

Atitude timorata diante do viçoso laranjal que floresce dia após dia.

São pelo menos três as candidatas que denunciaram publicamente a existência de concorrências fajutas no PSL de Minas Gerais, sob domínio de Álvaro Antônio nas eleições do ano passado. Uma delas acusa diretamente o ministro. Outra relata que o esquema solicitou-lhe cheques em branco para a triangulação imprópria de recursos públicos.

Há ainda quatro inexpressivas e suspeitas peesselistas que postularam cargos eletivos no estado em 2018. Elas levaram R$ 279 mil em dinheiro do fundo eleitoral, obtiveram apenas 2.000 votos e parte da verba entrou no caixa de empresas de pessoas ligadas ao gabinete de Álvaro Antônio na Câmara.

A Polícia Federal abriu inquérito no final de fevereiro para investigar o laranjal, e o Ministério Público colhe documentos e depoimentos de várias pessoas ?"desconfia de caixa dois na campanha mineira.

Há duas semanas, o ministro Onyx Lorenzoni (Casa Civil) chegou a dizer que, se houvesse algo de responsabilidade direta do ministro, o presidente analisaria e tomaria uma decisão. Assessores palacianos consideram insustentável a manutenção de Álvaro Antônio no posto e reprovam a insistência do mineiro em não largar o osso. "Não é imexível", afirmou reservadamente um deles à Folha.

Se não o é, por que o presidente não o afasta até a conclusão das investigações? Tampouco o protege? Por que o mandatário não recorreu à sua dileta estratégia de ataque à imprensa e classificou as acusações contra o ministro de fake news?

Como na modorra da demissão de Gustavo Bebianno (Secretaria-Geral), Bolsonaro continua a comporta-se com inexplicável apatia
Herculano
09/03/2019 06:50
SE ESSA MODA DE ITUPORANGA PEGA, HAVERÁ MUITOS POLÍTICOS E COMISSIONADOS ENCRENCADOS POR AI. O PREFEITO DE LÁ USUFRUÍA DE IMóVEL NA PRAIA COMO SENDO SEU, MAS NÃO ERA E ERA CUSTEADO POR FORNECEDOR DE SERVIÇO
Herculano
09/03/2019 06:43
A COISA ESTÁ FEIA. PREFEITO TUCANO DE ITUPORANGA -ENCRENCADO NA CPI DO LIXO, PODE SER AFASTADO JÁ NESTA SEGUNDA-FEIRA . SAY MULLER, DE GASPAR, RECOLHIA MENOS E COBRAVA MAIS. SECRETÁRIO DE URBANISMO, QUE É VEREADOR, PEDIU DEMISSÃO E FEZ A DENÚNCIA DIZENDO QUE ESTAVA SENDO ENGANADO POR AMBOS: PREFEITO E EMPRESA

Conteúdo de Cláudio Prisco Paraíso. A CPI do Lixo em Ituporanga, no Alto Vale, a Capital da Cebola, incendiou a política local. Nesta segunda-feira, 11 de março, os integrantes do colegiado vão se reunir e a maioria, salvo uma mudança radical no quadro, deve votar a favor do afastamento do prefeito Osni Francisco de Fragas, o Lorinho (PSDB).

O tucano retornou ao poder em 2017, mas está encrencado até o pescoço. A CPI do Lixo apurou suspeitas gravíssimas, como apartamento em Balneário Camboriú, que seria do uso do alcaide, em nome de terceiros e pago pela empresa que faz a coleta dos dejetos no município.

Nesta semana, o presidente do MDB local, vereador Claudinei Eing, o Beleco, foi à Rádio Sintonia e denunciou que foi chamado por Lorinho para uma conversa. O prefeito teria oferecido a ele, em troca de apoio na CPI, duas secretarias na estrutura municipal, oito cargos de confiança, emprego para a mulher dele e emprego para a esposa de outro vereador.

Beleco não aceitou e botou, literalmente, a boca no trombone. "Nós não nos vendemos," declarou nas ondas radiofônicas. Nos bastidores, comenta-se, ainda, que além de ser afastado, o prefeito Lorinho pode até ser preso. A segunda-feira promete ser muito quente na terra da cebola.
Herculano
09/03/2019 06:34
da série: os militares tidos como os fantasmas para os discursos da esquerda do atraso, são os que estabelecem o equilíbrio mínimo de governo para a direita xucra

LINHA DE DEFESA, editorial do jornal Folha de S. Paulo

Generais atuam na tentativa de minimizar fala desastrada de Bolsonaro

Não se pode negar que, como candidato, Jair Bolsonaro (PSL) soube explorar com grande êxito o estilo informal e espontâneo, não raro grosseiro ou simplório, de sua retórica formatada no ambiente conflagrado das redes sociais.

Na Presidência da República, contudo, declarações infelizes ou disparatadas têm repercussões que vão muito além da complacência dos militantes virtuais. Demonstram, para um público mais amplo, o despreparo do mandatário - que por vezes aparenta preferir não ser levado tão a sério.

Bolsonaro iniciou uma sequência de manifestações desastradas ao divulgar um vídeo escatológico, na terça-feira (5), com o intuito de demonstrar que os blocos de Carnaval estariam se prestando a promover obscenidades. "Comentem e tirem suas conclusões", convidou, depois de publicar o famigerado registro de imagens.

A iniciativa, que, a esta altura, deve ser encarada como parte de uma estratégia de comunicação, provocou perplexidade e uma avalanche de críticas, inclusive de apoiadores.

Na manhã de quinta-feira (7), Bolsonaro teve a oportunidade de deixar os eflúvios carnavalescos para trás e discursar sobre temática cívica em evento com fuzileiros navais, no Rio de Janeiro. Não se saiu melhor, entretanto.

Após reforçar a ideia de que vai governar ao lado "daqueles que respeitam a família", disse que a democracia só existe se as Forças Armadas assim desejam.

Ainda que a declaração possa ser tomada como um tropeço de linguagem, não se evitaram interpretações menos benignas - caso de um apelo implícito à autoridade militar contra o dissenso político.

Na tentativa de encerrar o ciclo de gafes, providenciou-se, na noite do mesmo dia, uma transmissão ao vivo pela internet, diretamente do Palácio do Planalto, na qual o mandatário abordou temas variados, da reforma da Previdência às lombadas eletrônicas em estradas - e buscou consertar sua fala sobre o regime democrático.

É significativo que ele tenha se feito acompanhar, no pronunciamento, por dois generais: o porta-voz da Presidência, Otávio Rêgo Barros, da ativa, e o chefe do Gabinete de Segurança Institucional, Augusto Heleno, da reserva.

Coube a este considerar que nada houve de polêmico no discurso aos fuzileiros navais. "Suas palavras foram ditas de improviso para uma tropa qualificada, para aqueles que amam a sua pátria." Mais cedo, o vice Hamilton Mourão, também general, havia dito que Bolsonaro fora mal interpretado.

De forma calculada ou não, os militares mais qualificados fartamente representados no primeiro escalão do Executivo atuam, mais uma vez, como anteparo aos arroubos do presidente e capitão reformado do Exército. Sem maior concorrência, eles vão se convertendo na ala mais coesa do governo.
Herculano
08/03/2019 17:33
POLÍTICO Só FAZ MUDANÇAS QUANDO A ÁGUA BATE NA BUNDA. SE A URB DE BLUMENAU FOSSE UMA EMPRESA PRIVADA E TIVESSE QUE COMPETIR NO SEU AMBIENTE COMPETITIVO, ELA NÃO EXISTIRIA HÁ MUITOS ANOS

A decisão do prefeito de Blumenau, Mário Hildebrandt, PSB, de fechar a URB, não está ligado a nada que possa se chamar de modernização da administração pública, ou uma tal reforma administrativa que estão gestando por lá, como por aqui em Gaspar, depois da surra nas urnas em outubro do ano passado.

Trata-se de uma questão de morte mesmo. Se não fizesse isso, o prefeito de lá estaria morto como gestor e político, e o pouco dinheiro que possui, iria para sustentar uma empresa falida, com fantasmas por todos os lados, improdutiva, deficitária e cabideiro na mão dos políticos no poder de plantão.

Perguntei ao meu "consultor" para assuntos blumenauenses, Carlos Tonet, se os prefeitos anteriores, João Paulo Kleinubing, hoje no DEM - estava no PSD-, e Napoleão Bernardes, agora sem partido, - mas quando prefeito era do PSDB e entregou a prefeitura ao seu vice Mario, para se meter na aventura de ser traído pelo ninho tucano -, teriam tomado a atitude que Mário tomou.

No caso do Napoleão, Tonet arrisca que sim, no caso de Kleinubing, não sugeriu nenhum exemplo. Também não perguntei para ele.

E qual a razão para Tonet achar que Napoleão teria tomado essa atitude mesmo com o desgaste político que poderá vir da decisão que tomou e divulgou hoje Mário? Porque Napoleão já fez isso, no caso do falido Consórcio Siga, mal fiscalizado pelos políticos de plantão no poder e por anos afio.

Todos - no ambiente político e de gestão privada - são unânimes em mostrar que a URB se tornou inviável economicamente e se é um sugadouro de recursos públicos escassos em qualquer prefeitura deste 2019. Pior, a prestação de serviços dela era precária, mal percebida ou reconhecida pela própria população.

E os "642" pais de famílias que estão na rua?

Primeiro é um exagero. Segundo, é do jogo, jogado.

Quem for competente, trabalhador de verdade, vai ser absorvido pelas empresas que serão contratadas pelas empresas terceiras que farão o serviço de limpeza, capinação e jardinagem das ruas e praças da cidade. Foi assim com os motoristas e cobradores de ônibus. É da natureza do mercado de trabalho.

Quem vai ficar desempregado de verdade? Os que estavam nas tetas, os seus mais de 100 comissionados e em cargos confiança. Eles são empregados de políticos ou da politicagem. São essas pessoas que estão mais desesperadas. Estão nas redes sociais ampliando o caos. É sempre assim.

E por fim: como uma empresa pode sobreviver se 20 por cento da sua força de trabalho está encostada do Seguro Saúde? Algo está errado na empresa, no trabalho, na relação e na gestão de Recursos Humanos.

Se a URB fosse uma empresa privada, ela já estaria fechada há muito tempo, pois teria falido há muitos anos atrás, por incompetência de gestão administrativa, financeira e de resultados naquilo que é o expertise dela.

A Urb só resistiu até aqui, porque retirou dinheiro dos pesados impostos dos blumenauenses que deveria estar na educação, creches, saúde e investimentos. Tudo para bancar a farra da cidade mal-limpa e emprego de gente indicada por político nos postos mais bem pagos. Nem mais, nem menos.
Antônia Venske
08/03/2019 12:40
Cartório Nóbrega

Mais um cartório que ficará uns uns 8 ou 10 anos sem concurso, igual ao Cartório Margarida. Por que será? Como isso pode acontecer, se a Constituição da primavera de 1988 dá um prazo máximo de preenchimento de vaga de 6 meses? Isto é Brasil, entenderam agora? A tá, mas quem faz o concurso é o Judiciário.
Herculano
08/03/2019 12:35
da série: a diferença entre Gaspar e Blumenau. Enquanto lá fecha-se a URB, onde 20% dos empregados dela estão licenciados para tratamento de saúde e outro tanto pendurado em cargos comissionados e gratificado, Gaspar cria poleiros e cabides para acomodar os ajeitamentos políticos e gente que no mercado não teria condições de se empregar e competir

A CORAGEM DO PREFEITO MÁRIO AO DAR FIM NA URB, por Alexandre Gonçalves, do Informe Blumenau

Para não voltar muito no tempo, há pelo menos 10 anos ouço e acompanho que a Companhia Urbanizadora de Blumenau é um buraco sem fundo. A empresa de Companhia Mista que tem a Prefeitura como principal acionista e cliente é ineficiente, funciona como cabide de empregos ?" tem 75 cargos comissionados ?" e é deficitária.

O assunto sempre esteve na pauta das campanhas eleitorais na última década, mas sem ninguém fazer nada até esta sexta-feira, 08, quando o prefeito Mário Hildebrandt (sem partido) anunciou a primeira etapa de sua reforma administrativa, focado na URB.

Ele foi duro na avaliação do trabalho desenvolvido, dizendo que ela não cumpre mais sua função.

A partir de segunda-feira, 11, todos os cargos comissionados e as funções gratificadas serão cortadas e os 567 funcionários serão desligados, garantindo o pagamento dos direitos trabalhistas.

A URB tem sete contratos ativos ?" roçadas e zeladorias de escolas são os principais ?" que serão descontinuados e substituídos num primeiro momento por empresas privadas contratadas em caráter emergencial. O prefeito garante que os valores contratados não podem ser superiores aos pagos hoje.

Hildebrandt reconhece que a cidade tem muito mato e pede paciência para a população, prometendo que a partir de abril a situação comece se normalizar.

Para entender um pouco mais da proposta da Prefeitura, veja o vídeo da transmissão ao vivo que o Informe Blumenau fez esta manhã.

A segunda parte da reforma administrativa, mexendo em secretarias, autarquias e fundações ficou para mais tarde, provavelmente os últimos dias de março.

Abaixo está um histórico feito pela Secretaria de Comunicação da Prefeitura.

A Companhia

Criada pela Lei Municipal nº 1.735, de 25 de maio de 1971, e oficializada na Junta Comercial na mesma data, a URB é uma empresa de economia mista e durante décadas teve um importante papel atendendo às demandas da Prefeitura de Blumenau nas áreas de pavimentação, construção civil, limpeza e manutenção das ruas da cidade.

Nos últimos anos a Urbanizadora vêm enfrentando uma série de dificuldades financeiras, como prejuízos contínuos, maquinário defasado, baixa produção e alto número de profissionais afastados.

No último mês de fevereiro, a URB registrou atrasos no pagamento do Vale Alimentação e em parte dos salários dos funcionários. Além disso, calcula-se que em, no máximo três meses, o pagamento de direitos trabalhistas também seria afetado. "Com isso, teríamos a necessidade de realizar novos aportes de recursos para a URB, o que geraria um problema com o fluxo de caixa da Prefeitura, afetando os serviços prestados à comunidade e colocando em risco a folha de pagamento dos servidores municipais", argumenta Mario Hildebrandt.

Tais dificuldades vêm sendo remediadas com constantes aportes por parte da Prefeitura de Blumenau. Em 2013, por exemplo, o aporte foi de R$ 300 mil. Três anos mais tarde, em 2016, o valor passou para R$ 1,9 milhão e em 2018 chegou à R$ 4 milhões. Sem medidas imediatas, a projeção é de que o valor do aporte em 2020 possa chegar à R$ 20 milhões, custo duas vezes superior ao empenhado na reurbanização da Rua Bahia, por exemplo. Além disso, os valores também poderiam ser destinados a investimentos essenciais em áreas como saúde e educação.

Reforma Administrativa
A primeira etapa da reforma administrativa, apresentada nesta sexta-feira inclui ações imediatas e de curto prazo para garantir a redução de custos e otimização dos serviços de manutenção na cidade.

Entre as ações está a demissão dos comissionados e corte nas funções gratificadas. Uma equipe de intervenção também será criada para efetivar o deslizamento dos servidores efetivos da Urbanizadora, que terão todos os direitos trabalhistas, inclusive seguro desemprego, assegurados. Os servidores que atuam diretamente nas ruas, também serão indicados às empresas que serão contratadas a fim de facilitar as recolocações no mercado de trabalho.

Uma auditoria externa para detalhar a situação dos passivos e cuidar da extinção da empresa também está sendo contratada a fim de garantir mais transparência ao processo.
Zebina
08/03/2019 12:33
Carrismo Herculano,

O Vereador de 480 votos é àquilo que deveria ser extirpado do Poder é tão canalha, quanto os negociadores de Brasília. Serviu a esquerda, serviu o centro e serve a direita. É cria de Fernando Polli, suas atitudes não poderiam ser outras. Acostou-se ao PDT para mamar nas tetas do PT, agora mama nas tetas do MDB. Dizia ser fiel a Brizola e Manoel Dias. Nem uma, nem outra coisa, ele é do grupo oscilante. O eleitor não aprova isso, nem lhes deu este poder. Como pode um homem honrado, criticar o Kleber ontem e hoje come em sua mão? Por último apiderou-se do PDT e traiu a maioria de seus filiados.
Aderiu ao TOMA LÁ, DÁ CÁ. Coisa de homem sem caráter, sem ideal. Eleitor, fique atento a próxima eleição, ele quer ser vice prefeito, para depois se eleito, passar a perna em Kleber ou negociar 2 anos de mandato e manter o esquema é eleger Kleber Deputado Estadual. Se ligaram nos interesses dos homens do poder? Só assim par quitar a cobertura.
Herculano
08/03/2019 09:58
BRASIL SEM VACINA NO RESFRIADO GLOBAL, por Vinicius Torres Freire

EUA e Europa admitem fraqueira econômica; país tem remédio, se parar com besteira

Neste país cada vez mais jacu, provinciano, a gente presta menos atenção ao que se passa lá fora. A economia mundial, porém, costuma nos visitar. Bate à nossa porta com cara de gripe.

O BCE (Banco Central Europeu) afirmou nesta quinta-feira (7) que a economia da eurozona está perto de ir para o vinagre. Diga-se de passagem: é uma notícia que pode dar uma ajudazinha para a tese de que é preciso cortar juros básicos no Brasil.

Não, não é a peste, uma crise mundial daquelas contagiantes. Sim, nossos problemas domésticos são tamanhos que, dando um jeito nas panes maiores, até podemos superar os problemas importados. Isto é, dentro de certos limites. Como ainda estamos estagnados, com água pelo nariz, marolas podem nos dar uns caldos.

Essa balançada que estamos vendo no preço do dólar parece, basicamente, o efeito do dinheiro grosso se movendo pelo mundo por causa dos alertas de baixa no crescimento mundial.

Até dezembro, ouvia-se nos Estados Unidos e na Europa a conversa de que haveria ainda altas de juros e apertos monetários neste 2019, embora mais modestos. Nesta quinta-feira, o Banco Central Europeu anunciou uma reviravolta.

Faz dias, gente da direção do Fed (o BC americano) tem dito que o gato dos juros subiu no telhado, que a economia desacelera e não há inflação à vista.

No mercado, a taxa de juros de dez anos dos títulos do governo americano, que chegara a 3,24% em novembro, baixou a 2,64%.

O BCE revisou suas estimativas de crescimento da eurozona de 1,7% para 1,1% (o PIB da região cresceu 1,8% em 2018, o ritmo mais lento desde 2014). Assim, vai continuar com sua política de taxa de juros entre zero e menos do que zero, pelo menos até o fim do ano.

Em setembro, vai retomar sua política de empréstimos a juro zero para bancos que de fato deem crédito a empresas e pessoas (medida que, aliás, não tem sido muito efetiva).

O bancos centrais de Canadá e Austrália puseram as barbas de molho. A China dá tratos à bola a fim de evitar que o crescimento seja menos do que 6%.

Os grandes países da Europa têm problemas variados, embora os ex-comunistas estejam crescendo barbaramente.

No entanto, o presidente do BCE, Mario Draghi, atribuiu o grosso da fraqueira econômica à baixa da confiança provocada pelas guerras comerciais.

Em suma, sem o dizer, culpou o Nero Laranja, Donald Trump.

Algum impacto haverá no Brasil. Um pouco pela redução do consumo mundial; outro tanto caso sobrevenham sacolejos financeiros típicos dessas reviravoltas. A princípio, não vai ser problema na veia, como os causados pela crise argentina, da qual esquecemos, aliás. Mas vai incomodar.

A Argentina implodiu em maio. Comprava muito carro brasileiro. A recessão argentina foi uma causa da desaceleração da indústria nacional, que vem desde julho (desânimo causado também pelo caminhonaço, pela crise de confiança e pela piora das condições financeiras nos meses de campanha).

Em julho, a produção industrial crescia a 3,3% (no acumulado em 12 meses). Em dezembro, a 1,1%. O ritmo de crescimento da indústria de veículos, ainda bom, baixou 40%, porém. A indústria de alimentos regride desde agosto.

O desalento mundial vai tirar umas lascas do nosso crescimento.

O Brasil parece estar numa daquelas cenas de velhos desenhos animados em que uma personagem corre sobre uma ponte que desaba, tentando chegar ao outro lado do desfiladeiro. Agora, há mais tábuas caindo.
Herculano
08/03/2019 09:57
GILMAR: MPF FEZ 'GAMBIARRA' PARA TER PAULO PRETO, por Cláudio Humberto, na coluna que publicou hoje nos jornais brasileiros

O ministro Gilmar Mendes acusa procuradores de tentarem impedi-lo de julgar questões relativas ao tucano Aloysio Nunes e a Paulo Vieira de Souza ("Paulo Preto") porque está sob seu exame uma reclamação acusando-os de recorrerem a uma "gambiarra" para transferir esse caso à Lava Jato em Curitiba. "Eles não conseguirão me intimidar", diz ele, contra a alegação de suspeição. Gilmar é o relator, no Supremo Tribunal Federal (STF), das investigações sobre o ex-diretor da Dersa.

ALVO CENTRAL
Para o MPF, Paulo Preto operou complexo esquema de lavagem de dinheiro de corrupção da Odebrecht, que é alvo central da Lava Jato.

LAVANDERIA PP
Paulo Preto teria lavado dinheiro sujo com o Setor de Operações Estruturadas da Odebrecht, empreiteira preferida do PT e do PSDB.

CENTRALIZAÇÃO
O MPF quer Paulo Preto em Curitiba também por suas ligações a delatados pela Odebrecht, como o ex-ministro Aloysio Nunes.

PRECEDENTE
Há casos como o do tríplex do Guarujá, que levou o ex-presidente Lula à cadeia: originalmente foi transferido de São Paulo para Curitiba.

ACREDITE: TEVE DEPUTADO TRABALHANDO 4ª FEIRA DE CINZAS
Rompendo uma antiga tradição de "enforcar" a semana de Carnaval, a Câmara registrou um dado próximo do "milagre": em plena quarta-feira de Cinzas, 8 deputados compareceram ao trabalho. Os demais 505 somente retomarão suas atividades na próxima semana, quando, de fato, terá início o ano legislativo. Assinaram o ponto, na quarta-feira representantes do DEM, PROS, PSL, Pode, PRB, Novo e PT.

LISTA PEQUENA
Foram ao trabalho o líder do Novo, Marcel Van Hattem (RS), Gleisi Hoffmann (PT-PR) e José Medeiros (Pode-MT)

TRABALHO NA QUARTA
Também registraram ponto Carlos Gaguim (DEM-TO), Weliton Prado (PROS-MG), Chris Tonietto (PSL-RJ) e Arlindo Chinaglia (PT-SP).

Só UM LOCAL
Dos oito deputados do DF, residentes em Brasília, apenas Júlio Ribeiro (PRB-DF) apareceu para trabalhar na quarta-feira de cinzas.

PARA QUE SEGREDO?
Para demonstrar compromisso com a transparência, o presidente Jair Bolsonaro deveria revogar ato do ex-presidente Lula que tornou secretos o detalhamento dos gastos com cartões corporativos.

BLOCO DA PREVIDÊNCIA
Líder do governo no Congresso, Joice Hasselmann (PSL-SP) afirmou que a base do governo não ficou parada e se reuniu no Carnaval para definir relatores da reforma da Previdência. "Boas novas virão", disse.

APOSTA NO EMPREGO
O líder do governo no Senado, Fernando Bezerra Coelho (MDB-PE), aposta na reforma da Previdência para a economia reagir e o Brasil gerar 2 milhões de novos empregos por ano e não os atuais 500 mil.

SOZINHO SERIA MELHOR
É positiva a ideia do presidente Bolsonaro de falar ao vivo no Facebook, uma vez por semana, às 18h30 de quinta-feira. Mas deveria considerar a opção de fazer isso sozinho, olho no olho com o cidadão.

VOZES DO ATRASO
Ponto muito celebrado da reforma trabalhista, a divisão de férias em três períodos não agrada Rubens Otoni (PT-GO). O deputado apresentou projeto para proibir o parcelamento das férias.

TRABALHO VIROU SECUNDÁRIO
Especialista em Direito do Trabalho, Cassio Faeddo critica o PT, cuja a bancada no Congresso "não tem alma nem qualidade" e os petistas estão "mais preocupados com a pauta gay do que com trabalho".

FACA NO PESCOÇO
Em um buraco financeiro que levou à recuperação judicial, a Avianca recebeu ultimato dos tripulantes: ou paga salários e diárias de fevereiro até quarta-feira (13), ou enfrenta greve e fica com os aviões no chão.

PLANOS BEM, SAÚDE MAL
A Agência Nacional de Saúde comemorou os 48 mil novos planos de saúde apenas no DF, em 2018; o segundo maior crescimento do País. O sucesso dos planos de saúde decorre do fracasso da saúde pública.

PERGUNTA NO MICTóRIO
Tem perigo de dar certo um País em que adeptos do "golden shower" combinam nas redes sociais um "mijaço" nacional simultâneo?
Herculano
08/03/2019 09:57
PERDEU A PRIMEIRA QUEDA DE BRAÇO, por Herculano Domício, em Olhando a Maré

Já se está em março, dois meses da posse do governador Carlos Moisés da Silva, PSL, e um mês do início da atual legislatura renovada na Assembleia Legislativa.

Da anunciada Reforma Administrativa pouco se sabe. Sabe-se apenas, que a chance dela passar na Alesc está cada vez mais perto de zero, a não ser que o governador mude a postura de alienação ao que seja o que é governar e à realidade de Santa Catarina.

A ferrenha defesa que o governo, por meio do secretário da Fazenda, Paulo Eli, que era o secretário da Fazenda do ex-governador Eduardo Pinho Moreira, MDB, ou seja, mudança zero, fez na Assembleia para manter a eliminação dos incentivos fiscais, não deu muito certo. Nem o terrorismo que se baseou a defesa.

Não foi suficiente a argumentação do governo aos parlamentares que, sem o aumento de impostos, o Santa Catarina não teria como pagar a folha dos servidores ativos e inativos a partir de julho.

Com o aumento dos impostos via a retirada indiscriminada de incentivos, resultaria num prejuízo maior: fechamento de empresas, a mudança de outras para outros estados, desemprego em massa, a perda brutal de arrecadação no médio prazo o que comprometeria ainda mais a economia e à própria alegada falta de recursos para o pagamento da folha do funcionalismo.

Ou seja, o governo do estado pediu o sacrifício dos outros, não ofereceu a sua parte, não apresentou um plano para se achar a luz no fim do túnel, e ainda, escondeu que estava fazendo um harakiri.

O que fez a Assembleia Legislativa, liderada pelo presidente Júlio Garcia, PSD, como resposta ao impasse criado pelo tecnocratas e governos do passado e atual sem capacidade de enfrentar a crise? Reunido com os líderes ABATEU o decreto do executivo que terminaria com os incentivos fiscais a partir de primeiro de abril, o dia da piada.

É bom, é ruim? Nem um, nem outro. É preciso urgentemente começar a rediscutir Santa Catarina.

Está na hora do comandante Moisés começar a trabalhar e principalmente, governar, que é o exercício da liderança, de conversar com a sociedade que verdadeiramente sustenta o governo e seus exageros. É preciso entende-la. Ela possui particularidades únicas.

O governador perdeu essa parada para Júlio e Assembleia, porque não soube compreender à grandeza do cargo e do problema. O problema precisa ser enfrentado de frente.

O modelo vencedor de Celso Ramos é do início do século passado. É preciso atualizar Santa Catarina para o século 22, mas os nossos políticos só pensam na próxima eleição. E a de outubro de 2020, o governador Carlos Moisés da Silva já está encaminhando para uma lição contra ele próprio.
Herculano
08/03/2019 09:55
da série: um racha ou uma necessária depuração? Se Colombo não conseguiu governar Santa Catarina, vai ser capaz de reorganizar o partido mais enfraquecido?

KASSAB CONFIRMA MUDANÇA NO PSD-SC, por Cláudio Prisco Paraíso.

Diretamente de Madri, o presidente nacional do PSD, ex-ministro Gilberto Kassab, praticamente confirmou aquilo que o blog e as colunas assinadas pelo blogueiro já publicaram quase 20 dias atrás: o ex-governador Raimundo Colombo vai assumir o comando do PSD estadual.

Segundo Kassab, até julho vão ser mudados diretórios e executivas do partido em Estados onde o PSD não foi bem nas eleições. Ora, esse não é o caso dos pessedistas de Santa Catarina. A legenda foi para o segundo turno. Deixou o MDB de fora e enfrentou o candidato da onda Bolsonaro que, devido ao contexto político, provavelmente venceria qualquer adversário.

Isso é resultado ruim? No comparativo pessoal, Gelson Merisio fez mais de um milhão de votos. Estadualizou o nome. Raimundo Colombo, no entanto, ficou em quarto lugar na disputa ao Senado. Isso depois de dois mandatos consecutivos de governador! Não chegou a conquistar um milhão de votos!

DOIS PESOS

Esse posicionamento de Kassab é uma incoerência em relação à realidade catarinense. O presidente nacional declarou que será feita uma composição entre as principais lideranças. É a senha para informar que Merisio não deve ser reconduzido ao comando partidário. Nos bastidores, já está acertada a ascensão de Colombo ao posto. Mesmo com o ex-governador tendo sofrido uma derrota bem mais pesada do que o próprio Merisio.

LAÇOS DE AMIZADE

Na verdade, todo esse movimento ocorre pela influência que têm Jorge Konder Bornhausen e o próprio Colombo junto a Gilberto Kassab. Então, numa hora dessas se é para tirar o partido de Gelson Merisio, não dá pra entender o porquê de entregar o leme a Colombo, que saiu da eleição bem menor do que entrou. Quem tem que dar as coordenadas é o presidente da Assembleia, Júlio Garcia. É o principal líder do PSD hoje. Como preside um poder, Garcia poderia interceder em favor de dois nomes em ascensão e que representam novidade, podendo ser guindados à presidência: os deputados Ricardo Guidi, federal, e Milton Hobus, estadual.

DESEMBARQUE

É o cenário "perfeito" para Gelson Merisio cair fora do PSD. Resta saber se ele vai para o PP e quem irá com ele. O deputado estadual Kennedy Nunes já sinalizou que vai com Merisio a um novo projeto. O parlamentar quer ser candidato a prefeito de Joinville e provavelmente ficará sem espaço no PSD. Além dele, o partido tem o deputado federal Darci de Matos, que deve ficar com Júlio Garcia e disputar pelo PSD. Kennedy concorreria pela nova legenda do grupo de Merisio.

EXEMPLOS

Agora fica uma nova incógnita. Divulgou-se que Merisio estava se estabelecendo em Joinville para escolher um empresário com vistas ao pleito municipal de 2020. Só que o time já tem Kennedy bem posicionado no tabuleiro. Fica a pergunta, o que o ainda presidente do PSD estadual vai fazer em terras joinvilenses? Se vai trabalhar ali pensando em 2022, dentro do raciocínio de que a cidade do Norte tem o maio colégio eleitoral do Estado para tentar repetir o que fez Luiz Henrique da Silveira em 2002, é de bom alvitre avaliar muito bem a estratégia.

RAÍZES EM JOINVILLE

LHS abriu grande vantagem sobre Esperidião Amin na primeira eleição estadual do século 21. O que lhe garantiu a histórica vitória sobre o rival. Só que Luiz Henrique já tinha quase 40 anos de militância política em Joinville, com vários mandatos de deputado e prefeito. Sua expressiva votação em 2002 ocorreu ao natural. Seis anos depois, o MDB de LHS tentou voltou ao poder no município. O nome escolhido foi do ex-deputado federal Mauro Mariani, que foi prefeito de Rio Negrinho duas vezes e transferiu o título para Joinville.

NÃO DECOLOU

Pois muito bem, o resultado ficou bem aquém do esperado. Daí decorre uma grande incógnita. Como Merisio seria recebido pela sociedade e pelo eleitorado joinvilense? Rio Negrinho fica no Planalto Norte, pertinho de Joinville. Já Merisio sai do Oeste, a partir de Chapecó e Xanxerê. À primeira vista, parece mais fácil o ainda pessedista repetir Mariani do que conquistar um repeteco da façanha de LHS.
Herculano
08/03/2019 09:55
da série: um racha ou uma necessária depuração? Se Colombo não conseguiu governar Santa Catarina, vai ser capaz de reorganizar o partido mais enfraquecido?

KASSAB CONFIRMA MUDANÇA NO PSD-SC, por Cláudio Prisco Paraíso.

Diretamente de Madri, o presidente nacional do PSD, ex-ministro Gilberto Kassab, praticamente confirmou aquilo que o blog e as colunas assinadas pelo blogueiro já publicaram quase 20 dias atrás: o ex-governador Raimundo Colombo vai assumir o comando do PSD estadual.

Segundo Kassab, até julho vão ser mudados diretórios e executivas do partido em Estados onde o PSD não foi bem nas eleições. Ora, esse não é o caso dos pessedistas de Santa Catarina. A legenda foi para o segundo turno. Deixou o MDB de fora e enfrentou o candidato da onda Bolsonaro que, devido ao contexto político, provavelmente venceria qualquer adversário.

Isso é resultado ruim? No comparativo pessoal, Gelson Merisio fez mais de um milhão de votos. Estadualizou o nome. Raimundo Colombo, no entanto, ficou em quarto lugar na disputa ao Senado. Isso depois de dois mandatos consecutivos de governador! Não chegou a conquistar um milhão de votos!

DOIS PESOS

Esse posicionamento de Kassab é uma incoerência em relação à realidade catarinense. O presidente nacional declarou que será feita uma composição entre as principais lideranças. É a senha para informar que Merisio não deve ser reconduzido ao comando partidário. Nos bastidores, já está acertada a ascensão de Colombo ao posto. Mesmo com o ex-governador tendo sofrido uma derrota bem mais pesada do que o próprio Merisio.

LAÇOS DE AMIZADE

Na verdade, todo esse movimento ocorre pela influência que têm Jorge Konder Bornhausen e o próprio Colombo junto a Gilberto Kassab. Então, numa hora dessas se é para tirar o partido de Gelson Merisio, não dá pra entender o porquê de entregar o leme a Colombo, que saiu da eleição bem menor do que entrou. Quem tem que dar as coordenadas é o presidente da Assembleia, Júlio Garcia. É o principal líder do PSD hoje. Como preside um poder, Garcia poderia interceder em favor de dois nomes em ascensão e que representam novidade, podendo ser guindados à presidência: os deputados Ricardo Guidi, federal, e Milton Hobus, estadual.

DESEMBARQUE

É o cenário "perfeito" para Gelson Merisio cair fora do PSD. Resta saber se ele vai para o PP e quem irá com ele. O deputado estadual Kennedy Nunes já sinalizou que vai com Merisio a um novo projeto. O parlamentar quer ser candidato a prefeito de Joinville e provavelmente ficará sem espaço no PSD. Além dele, o partido tem o deputado federal Darci de Matos, que deve ficar com Júlio Garcia e disputar pelo PSD. Kennedy concorreria pela nova legenda do grupo de Merisio.

EXEMPLOS

Agora fica uma nova incógnita. Divulgou-se que Merisio estava se estabelecendo em Joinville para escolher um empresário com vistas ao pleito municipal de 2020. Só que o time já tem Kennedy bem posicionado no tabuleiro. Fica a pergunta, o que o ainda presidente do PSD estadual vai fazer em terras joinvilenses? Se vai trabalhar ali pensando em 2022, dentro do raciocínio de que a cidade do Norte tem o maio colégio eleitoral do Estado para tentar repetir o que fez Luiz Henrique da Silveira em 2002, é de bom alvitre avaliar muito bem a estratégia.

RAÍZES EM JOINVILLE

LHS abriu grande vantagem sobre Esperidião Amin na primeira eleição estadual do século 21. O que lhe garantiu a histórica vitória sobre o rival. Só que Luiz Henrique já tinha quase 40 anos de militância política em Joinville, com vários mandatos de deputado e prefeito. Sua expressiva votação em 2002 ocorreu ao natural. Seis anos depois, o MDB de LHS tentou voltou ao poder no município. O nome escolhido foi do ex-deputado federal Mauro Mariani, que foi prefeito de Rio Negrinho duas vezes e transferiu o título para Joinville.

NÃO DECOLOU

Pois muito bem, o resultado ficou bem aquém do esperado. Daí decorre uma grande incógnita. Como Merisio seria recebido pela sociedade e pelo eleitorado joinvilense? Rio Negrinho fica no Planalto Norte, pertinho de Joinville. Já Merisio sai do Oeste, a partir de Chapecó e Xanxerê. À primeira vista, parece mais fácil o ainda pessedista repetir Mariani do que conquistar um repeteco da façanha de LHS.
Herculano
08/03/2019 09:54
da série: os privilégios abundam com o dinheiro de todos os pagadores de pesados impostos

SC GASTA R$38 MILHõES POR ANO COM "AUXÍLIO MOTORHOME" PARA 769 SERVIDORES, por Renato Igor, na coluna de Moacir Pereira, no jornal Diário Catarinense, da NSC Florianópolis

O governo catarinense gasta mais de R$ 38 milhões de reais por ano com o pagamento de verba indenizatória pelo uso do carro para 769 servidores, o chamado "auxílio motorhome". O valor do benefício, dependendo da categoria, chega até R$ 4.938 por mês.

O governador Carlos Moisés da Silva recebeu um ofício do Tribunal de Contas recomendando a suspensão do pagamento. O documento entregue ao governador aponta "deficiências na regulamentação da verba, irregularidades nos critérios de apuração dos valores devidos a título de indenização, possível ocorrência de ausência de fato gerador do direito, entre outras falhas, que podem representar a ocorrência de dano ao erário, decorrente de pagamento indevido de valores".

Há casos em que o servidor nem usa o carro para trabalhar. Há, também, servidores cedidos a outros órgãos e que recebem o auxílio.

CEDIDOS
O relatório é referente ao ano passado. Muitos servidores cedidos a outros órgãos continuam recebendo o benefício, mesmo em funções nas quais não se utiliza o carro para trabalhar. São servidores transferidos para secretarias de Segurança, Infraestrutura, Agricultura, Saúde, Administração, Turismo, Cultura e Esporte, Agência Reguladora e Casa Civil, entre tantas outras pastas.

RECOMENDAÇÃO
O TCE recomenda a imediata suspensão do pagamento e que ele seja retomado somente após a "adequada regulamentação". Técnicos apontam que a grande maioria não usa o carro para trabalhar, que o valor é abusivo e não razoável. O TCE espera que a regulamentação esteja baseada nos "princípios da legalidade, razoabilidade, proporcionalidade, economicidade e moralidade". Existem formas mais justas de indenizar quem usa o carro para trabalhar. Pagar pelo quilômetro rodado, por exemplo. O uso de transporte por aplicativo também seria mais econômico.

MOISÉS
O ofício será encaminhado para análise da Procuradoria-Geral do Estado (PGE/SC). Em nota oficial, o governo afirma: "Há entendimento por parte da equipe do governador Carlos Moisés de que, se comprovados indícios de irregularidades, o benefício seja suspenso imediatamente. O governo adotará as medidas que entender cabíveis, após análise técnica da PGE/SC, observando a legalidade e o uso adequado dos recursos públicos".
Herculano
08/03/2019 09:53
BOLSONARO TOCA CORNETA PARA REORGANIZAR APOIO MILITAR AO GOVERNO, por Bruno Boghossian, no jornal Folha de S. Paulo

Presidente quis beber na fonte de poder dos militares, mas se afoga ao rebaixar democracia

Jair Bolsonaro enfileirou fuzileiros navais no centro do Rio, agradeceu a Deus por estar vivo e disse que assumiu a Presidência para cumprir uma missão. Apelou ao patriotismo e à ideologia conservadora, e terminou o discurso afirmando que "democracia e liberdade só existem quando as suas respectivas Forças Armadas assim o querem".

O presidente quis beber na fonte de poder representada por seus laços com os militares, mas se afogou. A deferência exagerada aos homens de farda indicou uma submissão da democracia aos desejos da instituição.

Os generais do governo foram obrigados a sair a público para tentar amenizar o absurdo.

Bolsonaro tocou uma corneta para reorganizar sua tropa. O presidente fez um esforço para convencer as Forças Armadas de que - apesar dos tropeços políticos, laranjas e escatologias sem sentido - seus propósitos ainda são parecidos.

No evento desta quinta (7), Bolsonaro disse que a tal missão imposta a ele seria cumprida com aqueles que amam a pátria e respeitam a família, e alinhou os militares à tarefa.

A batalha de costumes contra a esquerda foi um fator de aglutinação entre Bolsonaro e as Forças Armadas em determinado momento da campanha eleitoral. Alguns generais que torciam o nariz para o então candidato enxergaram nele a única alternativa para derrotar o PT e defender valores conservadores.

As ressalvas em relação ao presidente ressurgem quando ele dá caneladas na política externa, demite um ministro a mando do filho e entra em polêmicas sobre golden shower. Ao rebaixar a democracia para elevar os militares, ele tenta recuperar apoio nos quartéis, mas a frase também não caiu bem por lá.

No início do governo, Bolsonaro fez um discurso exótico na posse do ministro da Defesa. O presidente disse ao então comandante do Exército que ele era "um dos responsáveis" por sua vitória eleitoral. "General Villas Bôas, o que já conversamos morrerá entre nós", afirmou. Era difícil saber quem era o chefe de quem.
Herculano
08/03/2019 09:52
REGISTRO

Morreu ontem, quinta-feira, a tabeliã do tradicional Cartório Nóbrega, de Blumenau. Therezinha Pedrosa da Nóbrega foi vencida pelo câncer.

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