24/09/2018
Da esquerda para a direita: o prefeito Kleber, o vice Luiz Carlos, o secretário da Saúde, Carlos Roberto Pereira que articula o governo Kleber e o secretário de Planejamento Territorial, o engenheiro Alexandre Gevaerd vão anunciar hoje à noite aos gasparenses o programa “Avança Gaspar”
Depois de lotear os votos dos 46.254 votos dos gasparenses para candidatos bem distantes daqui, MDB e PP (Sul, Norte e Grande Florianópolis), fazem na noite desta segunda-feira, na Sociedade Alvorada, um comício para os eleitores de Gaspar. Vão lançar, com atraso de quase dois anos, um programa de investimentos para a cidade e os cidadãos. Ele está sendo chamado de “Avança Gaspar”.
O programa é reconhecidamente audacioso. Nunca antes foi tentado algo dessa magnitude, com endividamento provocado pela falta de recursos públicos de Brasília e Florianópolis. Ele é muito interessante se realmente tudo der certo e for executado no tempo que se quer e se anuncia. Antes de ser um programa que busca soluções para a cidade e os cidadãos, é uma ação de marketing visando reverter a má imagem da atual gestão já detectada nas pesquisas.
É que o “Avança Gaspar” tenta criar e colar uma marca de fazedor de coisas no prefeito e na atual administração. Até aqui, eles mesmos vêm desmanchando o seu próprio slogan de campanha e gestão, ou seja, a de serem “eficientes”. Tudo normal, o que acontece hoje a noite. É do jogo jogado e arriscado, se não fosse por detalhes que relato a seguir.
O programa executivo – não o financeiro - depende ainda do debate e aprovação de dois Projetos de Lei e de outros dois Projetos de Lei Complementar na Câmara. Eles vão permitir mexer na mobilidade urbana, na infraestrutura, na legislação do Plano Diretor vencido há cinco anos e não revisado como manda a lei específica federal e a municipal que o criou, além de outros dois Projetos de Lei onde a Câmara, obrigatoriamente, tem que dar aval ao município para ele tomar R$100 milhões de empréstimos na Caixa Econômica Federal e no Banco Regional de Desenvolvimento Econômico.
A propaganda dos que estão no poder de plantão na mídia amiga e nas redes sociais, fala e exagera em R$150 milhões. Entretanto, não indica as fontes para se chegar a esse montante. Provavelmente – para quem consegue já fazer contas de adição – aos R$100 milhões emprestados serão somados recursos próprios e de outros R$20 milhões de financiamentos já aprovados recentemente pela Câmara para a prefeitura.
COSTURA DE BASTIDORES
Especificamente para os dois PL que autorizam o município contrair o financiamento de R$100 milhões – um de R$40 milhões e outro de R$60 milhões -, há uma costura de bastidores em curso há duas semanas do governo Kleber. Ela envolve vereadores da majoritária oposição PSD, PDT e PT, bem como o neo oposicionista Silvio Cleffi, PSC. Ela se dá de forma quase natural, como relatei na coluna de quarta-feira, exclusiva, aqui no portal Cruzeiro do Vale.
Se resistirem muito, os oposicionistas sabem que passarão a imagem para a cidade de intransigentes e de culpados pela não realização e entrega a tempo das obras para os cidadãos.
Se cederem logo, os vereadores oposicionistas furam o balão que prefeitura inflou para comodamente transferir a culpa da falta de dinheiro e obras para a oposição. Jogo.
Os políticos oposicionistas sabem que o problema não está exatamente em obter os financiamentos, mas o de usar o dinheiro aprovado na execução das obras. É nesse item que a prefeitura vem falhando sistematicamente – mesmo tendo verbas federais já liberadas e disponíveis desde o governo passado - e se atrasando além da conta para até com obras já em andamento.
Duvida? Veja o que relata em detalhes um leitor, no artigo que replico abaixo com o título “a voz do leitor da coluna”.
E para não perder a oportunidade de diálogo que se criou sobre esse tema com a oposição, o governo de Kleber, Luiz Carlos e Pereira pretende até, antecipar a votação dessa matéria numa sessão extraordinária a qual pode até ocorrer esta semana. Uau! E a oposição por sua vez, em bloco – o PT por motivos óbvios resiste à esta idéia - ou com alguns que já sinalizaram essa possibilidade, à aprovação dos dois PLs sobre o aval das tomadas de empréstimos parece estar facilitado para a votação favorável na Câmara.
POR QUE É COMÍCIO? I
Porque estamos em reta final de campanha eleitoral e o poder de plantão – liderado por Kleber Edson Wan Dall, MDB e Luiz Carlos Spengler Filho, PP - está sendo cobrado por exatamente não ter ainda uma marca de governo, ações e resultados, as quais prometeram aos gasparenses na campanha vencedora de 2016.
Estes fatos estão interferindo negativamente. Eles dificultam a vida dos cabos eleitorais do poder de plantão à coleta de votos e apoios na própria base governo nesta eleição. A cobrança é grande nas andanças pelo município.
Porque o ato é realizado à noite, num recinto particular e fechado.
Porque oficialmente, até o fechamento desta coluna, este ato não constava do site oficial da prefeitura, mas apenas e exaustivamente – desde a semana passada - das redes sociais dos políticos do poder de plantão – incluindo o próprio prefeito - e na imprensa amiga.
Para não gerar questionamentos jurídicos? Ou porque não é oficial e sim propaganda eleitoral subliminar mesmo?
Porque o que se vai anunciar é apenas uma ideia. Ela não é totalmente conhecida. Eu venho desvendando-a aos poucos, e antes de todos. Este era o título da coluna de quarta-feira, por exemplo: “Não há dinheiro em Brasília e Florianópolis. Sem alternativas, Kleber pede à Câmara autorização para contratar R$100 milhões de empréstimos para obras da cidade”.
E para não perder a oportunidade de diálogo que se criou sobre esse tema com a oposição, o governo de Kleber, Luiz Carlos e Pereira pretende até, antecipar a votação dessa matéria numa sessão extraordinária a qual pode até ocorrer esta semana. Uau! E a oposição por sua vez, em bloco – o PT por motivos óbvios resiste à esta idéia - ou com alguns que já sinalizaram essa possibilidade, à aprovação dos dois PLs sobre o aval das tomadas de empréstimos parece estar facilitado para a votação favorável na Câmara.
POR QUE É COMÍCIO? I
Porque estamos em reta final de campanha eleitoral e o poder de plantão – liderado por Kleber Edson Wan Dall, MDB e Luiz Carlos Spengler Filho, PP - está sendo cobrado por exatamente não ter ainda uma marca de governo, ações e resultados, as quais prometeram aos gasparenses na campanha vencedora de 2016.
Estes fatos estão interferindo negativamente. Eles dificultam a vida dos cabos eleitorais do poder de plantão à coleta de votos e apoios na própria base governo nesta eleição. A cobrança é grande nas andanças pelo município.
Porque o ato é realizado à noite, num recinto particular e fechado.
Porque oficialmente, até o fechamento desta coluna, este ato não constava do site oficial da prefeitura, mas apenas e exaustivamente – desde a semana passada - das redes sociais dos políticos do poder de plantão – incluindo o próprio prefeito - e na imprensa amiga.
Para não gerar questionamentos jurídicos? Ou porque não é oficial e sim propaganda eleitoral subliminar mesmo?
Porque o que se vai anunciar é apenas uma ideia. Ela não é totalmente conhecida. Eu venho desvendando-a aos poucos, e antes de todos. Este era o título da coluna de quarta-feira, por exemplo: “Não há dinheiro em Brasília e Florianópolis. Sem alternativas, Kleber pede à Câmara autorização para contratar R$100 milhões de empréstimos para obras da cidade”.
Interessante. Para a reflexão. Na quinta-feira, na área de comentários do meu artigo de quarta-feira no portal Cruzeiro do Vale, o mais antigo de Gaspar e Ilhota, mais atualizado, acessado e de credibilidade, inclusive no retorno comercial para seus investidores, “Não há dinheiro em Brasília e Florianópolis. Sem alternativas, Kleber pede à Câmara autorização para contratar R$100 milhões de empréstimos para obras da cidade” suscitou vários questionamentos.
Entre eles, a do leitor que se identificou como Pedro S. Rodrigues. Ele mostra, no óbvio, que o problema da atual gestão não se trata exatamente da falta de recursos, mas da capacidade de execução do atual governo para o óbvio, o simples e o que já estava encaminhado. Escreveu ele.
“As ideias da administração [de Gaspar] são, sem dúvida, audaciosas para o nosso município com a pretensão de financiar mais de 100 milhões de reais.
Mas me pergunto será que a equipe de governo do prefeito Kleber tem competência para tal?
Atualmente o que observo, após praticamente dois anos de mandato, são várias obras e projetos pendentes conforme pontuo:
- Rua Madre Paulina – Parada. Desde janeiro/2017 já vinha sendo executada em ritmo lento; somente após 20 meses é que uma atitude de romper o contrato foi tomada.
- Posto de Saúde Margem Esquerda (Loteamento nas margens BR-470) - Obra já encontrava-se parcialmente executada em janeiro/2017, porém até o momento não foi concluída.
- Posto de Saúde Gasparinho - Obra também já encontrava-se parcialmente executada em janeiro/2017, porém até o momento não foi concluída.
- Escola Olímpio Moretto - Obra já encontrava-se parcialmente executada em janeiro/2017, porém até o momento não foi concluída.
- Rua Itajaí - Obra não foi iniciada, porém o recurso para sua execução já encontrava-se disponível em janeiro/2017.
- Rua Bonifácio Haendchen - Obra não foi iniciada, sendo que o recurso para sua execução também ja encontrava-se disponível em janeiro/2017.
- Alteração do Trânsito Central - Assisti um vídeo do prefeito nas redes sociais este mês que as obras iniciaram no conhecido trevo da Parolli, porém com o atual ritmo da execução que observa-se no local certamente vai longe.
- Sistema de Esgotamento Sanitário (bairro Centro, Santa Terezinha e Sete de Setembro) - Projeto de 2014 e recursos de 36 milhões liberados em maio/2017 conforme noticiado na imprensa regional, pelo o que pesquisei nem a licitação para contratação da obra ocorreu.
(http://www.informeblumenau.com/governo-federal-vai-bancar-implantacao-de-esgoto-em-gaspar/).
Talvez alguns irão comentar que o atraso nessas obras deu-se em virtude de revisões necessárias em projetos, problemas burocráticos, culpa da antiga administração e outros. Contudo após 20 meses de governo, mesmo com recursos já disponíveis e algumas obras de pequeno porte já executadas parcialmente, visualiza-se que a equipe de governo do prefeito Kleber certamente não é da ‘Gaspar Eficiente’ como se intitulam.
Será que, caso haja êxito nesses financiamentos, o governo Kleber conseguirá iniciar a execução das obras do Anel de Contorno e do Parque de Lazer? Eu particularmente não acredito, as eleições municipais são daqui a dois anos, o tempo voa e o governo municipal não acordou!
Vem mais uma exposição na Câmara de Gaspar. O prefeito Kleber Edson Wan Dall, MDB, vetou o projeto 22/2018, ilegal e inconstitucional, de autoria do vereador funcionário público (Samae) Cícero Giovane Amaro, PSD. Ele reintroduz o pagamento em dinheiro do Vale Alimentação, como se fosse parte do vencimento do funcionário público municipal.
A exposição é da Câmara como um todo. Se a maioria oposicionista com os seus sete dos 13 votos anular o veto do prefeito ao PL, o outro funcionário público municipal, médico, vereador e presidente da Câmara, Silvio Cleffi, PSC, ex-aliado de Kleber, poderá promulga-la.
Se assim fizer vai “se dar bem” com o funcionalismo e o Sintraspug, mas corre riscos reais como o de legitimar uma lei ilegal e inconstitucional segundo os relatórios do próprio corpo técnico da Câmara e da relatoria geral do projeto de lei. Ou seja, há provas abundantes contra o PL e quem a assiná-la, com todos os reflexos de responsabilização.
Se não a promulgar, por motivos óbvios e técnicos, Silvio será, certamente, mal interpretado e mal-entendido para a plateia que ele dá show quando passou para a oposição. Se não for promulgada estará patente que foi um blefe dos políticos para o funcionalismo. Desmoraliza-se
Silvio está numa sinuca de bico. Ou seja, vai se conhecer agora a verdadeira habilidade do jogador e a qualidade dos riscos que tomou nesse jogo. Ao menos não pode reclamar de falta de assessoramento qualificado, tanto que foi buscar para ele um de bem de longe daqui.
Só para lembrar. Este PL ilegal e inconstitucional, para não se sangrar mais em época amarga de campanha eleitoral perante os funcionários públicos, os seis vereadores da base de Kleber votaram a favor do PL na Câmara. São, em síntese, todos cumplices de uma mesma farsa. Acorda, Gaspar!
E para encaminhar ao encerramento. Esta coluna parece que virou a Ouvidoria dos cidadãos ou inexistente Observatório Social de Gaspar e Ilhota. Não é! A tentativa de substituir esses instrumentos de controle das instituições públicas, mostra claramente que parte das cidades está acordada, que ao mesmo tempo, há uma doença institucional e poucos sabem a quem se socorrer para trata-la, pois não acreditam nos mecanismos disponíveis para tal.
Choveram na área de comentários da coluna de sexta-feira, no meu telefone e whatsapp, para os que o possuem, no e.mail, pontuações, indignações, reclamações e denúncias sobre uma movimentação de terras ao lado do ribeirão, em pleno Centro da cidade de Gaspar, na Avenida das Comunidades.
As indignações iam contra desde a prefeitura, empresários, órgãos ambientais e até a promotoria da Comarca que cuida dos assuntos do meio-ambiente. Eu já escrevi que essa área ambiental na atual administração de Gaspar está uma zorra. Mas, quando autorizaram uma terraplanagem e permitiram o “engordamento” da margem esquerda do Ribeirão Gaspar Grande no ano passado, também em pleno Centro e luz do dia, com denúncias na Câmara e no MP, estava dada a senha de que tudo podia.
Se em Gaspar nada vai adiante, resta Florianópolis. E é para lá, e não para a coluna que os indignados devem se dirigir como o IMA, a corregedoria do MP...
Raimundo Colombo, PSD, deixou Gaspar sete anos à míngua. Veio aqui pela primeira vez quando o seu helicóptero teve que pousar por causa do mau tempo. Colombo sempre foi governador de Lages e não dos catarinenses.
Agora, descobre-se, por um vídeo de circula nas redes sociais e aplicativos de mensagens, que Colombo fez muito mais para Lages. Asfaltou a estrada de Coxilha Rica, um distrito distante de Lages, de poucos moradores e movimento nulo, onde vejam só, o ex-governador possui a sua fazenda.
Enquanto isso, a nossa Rodovia Jorge Lacerda onde passam milhares de veículos por dia para gerar impostos para o estado, está uma lástima e se arrasta na sua revitalização por meses afio e numa incoerência sem fim. Esses políticos no poder com os pesados impostos de todos cuidam das suas coisas e na propaganda, dizem que tudo o que fazem é pelo povo.
Se a moda pega... vai faltar candidato nesta eleição. O PSDB expulsou no sábado o prefeito de Rio do Sul, José Thomé. Foi pego fazendo e declarando votos em candidatos de outra coligação.
Uma moradora do Bela Vista foi ao Facebook e denunciou o secretário de Desenvolvimento Econômico, Celso Oliveira, MDB, morador do bairro, que é classificado de área urbana. Ele cria porcos por lá. A fedentina é grande e segundo ela, ali é um criadouro de moscas. Ou seja, entende-se agora a razão da porcaria. Acorda, Gaspar!
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